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53 ISSN 1517-1329 Novembro, 2003 A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001
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Novembro ISSN 1517-1329 53 - cpatc.embrapa.br · rentabilidade pela milhocultura no Brasil foi de R$ 512,16/ha; na região Nordeste foi de R$ 185,08/ha; no Sudeste o valor foi gerado

Nov 08, 2018

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53ISSN 1517-1329

Novembro, 2003

A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001

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República Federativa do BrasilLuiz Inácio Lula da SilvaPresidente

Ministério da Agricultura, Pecuária e AbastecimentoRoberto RodriguesMinistro

Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaConselho de AdministraçãoJosé Amauri DimárzioPresidenteClayton CampanholaVice-Presidente

Alexandre Kalil PiresDietrich Gerhard QuastSérgio FaustoUrbano Campos RibeiralMembros

Diretoria-Executiva da Embrapa

Clayton CampanholaDiretor-PresidenteGustavo Jauark ChiancaHerbert Cavalcante de LimaMariza Marilena T. Luz BarbosaDiretores-Executivos

Embrapa Tabuleiros Costeiros

Lafayette Franco SobralChefe-geral

Maria de Fátima Silva DantasChefe Adjunto de Administração

Maria de Lourdes da Silva LealChefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento

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Manuel Alberto Gutiérrez CuencaCristiano Campos Nazário

Aracaju, SE2003

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Ministério da Agricultura, Pecuária e AbastecimentoEmbrapa Tabuleiros Costeiros

ISSN 1517-1329

Novembro, 2003

53

A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001

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© Embrapa 2003

Disponível em http://www.cpatc.embrapa.br

Embrapa Tabuleiros CosteirosAv. Beira Mar, 3250Caixa Postal 44Fone: **79-2261300Fax: **79-2261369www.cpatc.embrapa.brE-mail: [email protected]

Comitê Local de Publicações

Presidente: Maria de Lourdes da Silva LealSecretária-Executiva: Aparecida de Oliveira SantanaMembros: Emanuel Richard de Carvalho Donald Ederlon Ribeiro de Oliveira Marcondes Maurício de Albuquerque Denis Medeiros dos Santos Jéfferson Luis da Silva Costa Hélio Wilson Lemos de Carvalho

Supervisora editorial: Aparecida de Oliveira SantanaEditoração eletrônica: Wesleane Alves Pereira

1ª edição 2003

Todos os direitos reservados.A reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte,

o constitui violação dos direitos autorais (Lei n 9.610).

CUENCA, M.A.G., NAZÁRIO, C.C. A cultura do milho: aspectos conjunturais e

sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001. 18 p, 2003.

(Embrapa Tabuleiros Costeiros. Documentos, 53). Disponível em

http//www.cpatc.embrapa.br

CDD: 634.61

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Manuel Alberto Gutiérrez Cuenca

M.Sc. Economia Agrícola, Pesquisador da Embrapa

Tabuleiros CosteirosTel: 226-1333 E-mail: [email protected]

Cristiano Campos NazárioEstudante de Economia - Universidade Federal de

Sergipe, Estagiário da Embrapa Tabuleiros CosteirosTel: 226-1333 E-mail: [email protected]

Autores

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Sumário

A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001

Introdução

Aspectos conjunturais da milhocultura

Evolução da produção do milho no Estado de Sergipe de 1990 a 2001

Evolução da área colhida com milho no Estado de Sergipe de 1990 a 2001

Comportamento do rendimento físico do milho de 1990a 2001

Referências Bibliográficas

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Introdução Analisa-se neste trabalho algumas características conjunturais da cultura do

milho, assim como a evolução da área colhida, da quantidade produzida e do

rendimento por hectare da cultura no estado de sergipe, avaliando as diferenças

e contribuições de cada município da região em relação ao estado como um

todo.

O milho em Sergipe é cultivado principalmente consorciado a outras culturas,

predominando o sistema de consórcio com feijão (CUENCA, 1999). O seu

cultivo é pouco tecnificado, devido ao fato de que a cultura é utilizada como

cultivo de subsistência pelos grupos familiares, com utilização de mão-de-obra

própria. Em virtude da sua descapitalização não conseguem contratar

trabalhadores fora da propriedade, e geralmente por falta de garantias reais, os

bancos não lhes concedem nenhum tipo de crédito agrícola (CUENCA,1997,

1998,2000).

No estado de Sergipe é indiscutível a importância do milho, sob o ponto de

vista alimentar, como alternativa econômica de exploração agrícola em

pequenas propriedades familiares e como atividade de ocupação da mão-de-

obra menos qualificada. Cuenca e Nazário (2002) mostraram que na região do

BSF/SE, 56% da área colhida com milho esta localizada em propriedades

menores que 10 ha, estrato esse que em 1996 concentrava 85% dos

estabelecimentos envolvidos com esta cultura na mencionada região. O milho

também gera renda e emprego em todas as demais regiões sergipanas, já que é

cultivável em todo o Estado, principalmente, em pequenas propriedades e

A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipeentre 1990 e 2001.Manuel Alberto Gutiérrez CuencaCristiano Campos Nazário

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06 A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001

adapta-se facilmente aos diversos tipos de solo e clima existentes em Sergipe.

O milho ocupa o primeiro lugar no volume de produção de grãos no mundo. Em

2002 foram produzidas aproximadamente 602 milhões de toneladas,

movimentando-se no mercado internacional, aproximadamente, 70 milhões de

toneladas anuais.

A América do Norte/Central lidera a produção, gerarando no ano passado, mais

de 43% da produção mundial, a Ásia produziu 28%, a Europa gerou 12%, a

América do Sul respondeu por 10% e a África por 7% (FAO, 2003).

A área colhida, em 2002, foi de 138,9 milhões de hectares, dos quais 31%

localizaram-se no continente asiático, 29% na América do Norte e Central,

19% na África, 12% na América do Sul e 10% na Europa.

Em relação ao rendimento (Kg/ha), a liderança coube a América do Norte e

Central, onde a cultura chegou a produzir 6.492 kg/ha, a Oceania foi o outro

continente que com 5.758 kg/ha, também conseguiu ficar acima da média

mundial (4.427 kg/ha), os demais continentes conseguiram rendimentos

menores assim: Ásia (4.128 kg/ha), América do Sul (3.564 kg/ha), África

(2.998 kg/ha) e Europa (2.876 kg/ha) (FAO, 2003).

Os países com maior contribuição no referente à produção mundial em 2002

foram: Estados Unidos (41%), China (19%), Brasil (6%), México (3%); já

Argentina, Índia e África do Sul contribuíram com apenas 2% cada. Esses sete

países responderam naquele ano por aproximadamente 75% da produção

mundial de milho, cultura praticada em aproximadamente 135 países

(FAO,2003).

No Brasil existem atualmente 38 milhões de hectares plantados com lavouras

anuais, das quais aproximadamente 13 milhões de hectares são ocupadas com

milho, que é ao lado da soja um dos cultivos anuais com maior área cultivada

no país. A milhocultura é praticada em todo o território nacional, com a

utilização das mais variadas tecnologias. Estima-se que aproximadamente 20%

da produção seja destinada para o auto-consumo nas unidades produtoras. O

produto participa também em média, com 64% e 66% na composição da ração

destinada a avicultura e suinocultura, respectivamente.

Pela Tabela 1, conclui-se que, entre 1990 e 2001, o Brasil registrou um

Aspectos Conjunturais da Milhocultura

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aumento de 97% na quantidade produzida de milho e uma expansão de

apenas 8% na área colhida. Esses percentuais denotam que o aumento na

quantidade produzida deveu-se principalmente à elevação do rendimento, o

qual teve um aumento de 82% no mesmo período. Isto deveu-se seguramente

ao papel desempenhado pelas novas tecnologias desenvolvidas pela pesquisa

agropecuária na área de melhoramento e manejo da cultura.

Tabela 1 - Produção, área e produtividade do milho no Brasil, 1990 a 2001.

Em 1990, 55% da produção do milho originava-se da região Sul, 25% originou-

se no Sudeste, 15% produziu-se no Centro-Oeste e apenas 3% foi produzido

nas regiões Norte e Nordeste, respectivamente. Já em 2001 as participações

na produção nacional das Regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e

Norte foram de 54%, 20%, 20%, 4% e 2%, respectivamente. Manteve-se

portanto a supremacia da região Sul na geração da produção de milho,

registrando-se apenas uma pequena troca de participação entre as regiões

Sudeste e Centro-Oeste que registraram queda e aumento de 5%,

respectivamente, em relação a produção nacional.

Em 1990 os estados com maiores participações na produção nacional foram:

Paraná (24%), Minas Gerais (11%), Rio Grande do Sul (19%), Santa Catarina

(13%), São Paulo (13%), Goiás (9%), Mato Grosso e Mato Grosso do Sul

(3%,cada). Em 2001 o quadro de participação estadual na produção nacional

foi: Paraná (30%), Rio Grande do Sul (15%), São Paulo, Goiás e Minas Gerais

A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001

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(10%, cada), Santa Catarina (9%), Mato Grosso do Sul (5%) e Mato Grosso

(4%).

A cultura no país é utilizada tanto em cultivo isolado, principalmente,

praticado com altos índices de mecanização e tecnologia, com uso de

sistemas de irrigação geralmente automatizados, encontrados principalmente

nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste; ou também como cultura

intercalada, principalmente com feijão, podendo ser associada também com

outras culturas de ciclo curto tais como fumo, amendoim, inhame, mandioca,

etc., maximizando o uso da área por hectare e naturalmente aumentando as

possibilidades de obtenção de maior renda por unidade produtiva,

principalmente na nossa região, onde o milho é explorado geralmente em

áreas menores, que os módulos correntemente usados no Sul, Sudeste e

Centro-Oeste (IBGE, 1996).

É interessante observar que quanto maior o tamanho da propriedade, melhor

é a diluição dos custos fixos, sendo que, na safra 1999/2000, o custo médio

por saco numa propriedade de 150 ha resultou em US$ 5,40/saco e em US$

4,94/saco para área de 450 ha; Isto se justifica pelo fato de que a pequena

propriedade leva desvantagem, principalmente na diluição do custo fixo e o

investimento liquido por hectare, é o caso do impacto causado pelo custo da

mecanização que é maior na pequena propriedade, pois pelo fato de não

compensar adquirir uma colheitadeira automotriz, o pequeno produtor tem o

custo adicional do aluguel da máquina (AGRIANUAL, 2000).

A forma de exploração e os níveis de tecnologia aplicados é determinante na

geração de receita por unidade de área explorada. Em 2001 a média de

rentabilidade pela milhocultura no Brasil foi de R$ 512,16/ha; na região

Nordeste foi de R$ 185,08/ha; no Sudeste o valor foi gerado por ha foi de

R$ 562,71/ha e na região Sul esse valor chegou a R$ 628,40/ha.

Apesar da média de rentabilidade no Nordeste ficar muito abaixo da média

brasileira, encontramos estados que conseguem médias acima da regional,

como é o caso de Bahia que atingiu os R$ 342,60/ha. Sergipe com R$

206,66/ha conseguiu superar os estados do Maranhão, Piauí, Paraíba, Rio

Grande do Norte e Pernambuco, que apenas conseguiram R$ 196,51/ha, R$

113,22/ha, 105,55/ha, R$ 52,62 e R$ 48,88/ha respectivamente, em 2001.

A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001

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Os produtores brasileiros de milho sofrem a cada ano, em função do aumento

significativo dos custos de produção. Eles tem a desvantagem de não ter o

preço de venda formado em dólar, como no caso da soja, enquanto os insumos

utilizados são regidos pela variação cambial.

Por outro lado, a desvalorização cambial, ocorrida a finais de 1998, beneficiou

indiretamente os produtores de milho, já que no curto prazo, devido à mudança

do cenário econômico provocada pela desvalorização cambial do Real, os

setores da produção animal, grandes consumidores de rações preparadas a base

do milho, aumentaram a demanda de rações para aumentar as exportações de

carne.

Os preços pagos aos produtores de milho, no período entre 1993 e 2001,

apresentaram quedas constantes, assim a autosustentabilidade do produtor de

milho como da maioria dos agricultores brasileiros é muito delicada, pois como

pode ser observado na Tabela 2, os preços, em algumas regiões, chegaram a

cair mais da metade, em comparação aos existentes em 1993, como foi o caso

da região Sudeste (São Paulo), onde registrou-se queda de 47%, no Paraná

caíram 42%, em Goiás declinaram 42% e no Rio Grande do Sul a diminuição foi

de 41%.

Tabela 2. Média** dos preços pagos ao produtor de milho nas principais regiões produtoras do país 1990 a 1999 US$/saca de 60 kg

Com as mudanças na moeda Argentina ocorridas no ano de 2001, as

importações de milho ficaram mais acessíveis e baratas, isso fez com que os

preços internos caíssem naquele ano.

Já no último biênio (2001/2002) houve uma recuperação nos preços pagos ao

produtor, isto deveu-se ao desequilíbrio entre oferta e demanda ocasionado

pela redução de área das safras de verão a partir de 2001 e a quebra da

safrinha de 2001/02, devido a problemas climáticos nos principais estados

produtores. Outro fator de melhoria nos preços pagos ao produtor, nesse

A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001

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biênio, foi o aumento na demanda de grãos por parte da avicultura e

suinocultura, que em 2002, responderam por 52% e 32% do total do consumo

animal de milho, respectivamente. Por outro lado a desvalorização do real

perante o dólar influenciou duplamente o mercado do milho em primeiro lugar,

impedindo a importação, principalmente da Argentina de onde vieram

1.516.325 toneladas em 2000 e apenas 24.931 toneladas em 2002. Em

segundo lugar, o alto valor do dólar estimulou as exportações chegando a 5,63

milhões de toneladas em 2001. Para 2002, previa-se exportações

insignificantes, devido ao pouco saldo da safra 2001, mas o total de 1,53

milhões de toneladas, exportadas nos primeiros 7 meses de 2002, contrariou

totalmente as previsões iniciais. A grande quantidade das exportações, somado a à redução de área plantada (1 Safra) a partir da safra 2000/2001, devido à

ampliação do plantio de Soja, seguramente trará problemas de abastecimento

em 2003, consequentemente elevando os preços do produto no início desse

ano. Isto pode propiciar oportunidade de melhores ganhos aos produtores da

segunda safra, assim como aos produtores nordestinos, que fazem seus

plantios coincidindo com a segunda safra do Sul, Sudeste.

Como dito anteriormente, em situações de desequilíbrio entre oferta e demanda,

como foi o caso da safra 2000/2001, os preços internos do milho ficam acima

dos da paridade internacional, o que não acontece com os produtos destinados

ao mercado internacional, como a soja. Assim os produtores de milho terão

uma espécie de reserva de mercado, pois como as despesas de importação são

altas (fretes, taxas, cambio etc.) o produto importado, posto na indústria custa

aproximadamente US$7,00/saca resultando muito acima do preço pago ao

produtor brasileiro, podendo este subir até o limite do mencionado preço de

importação.

A médio e longo prazo a preocupação mundial de produzir bioenergia, como o

caso do estímulo dado nos Estados Unidos para a fabricação de álcool de milho,

a ser utilizado como aditivo natural nos combustíveis para veículos, trará, com

certeza, modificações no mercado internacional de milho, favorecendo as

exportações brasileiras nos próximos anos.

A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001

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Evolução da produção de milho no estado de sergipe de 1990 a 2001

O Estado de Sergipe, segundo dados do IBGE, produziu uma média de 26.781

toneladas de milho nos primeiros três anos da década de 90 (1990/1992),

aumentando sua produção para uma média em torno de 83.957 toneladas nos

últimos três anos da década (1998/2000). A milhocultura é de fundamental

importância na sobrevivência da agricultura familiar sergipana, encontra-se

presente na totalidade dos municípios do nosso Estado, ainda que em alguns

municípios sua presença seja inexpressiva (Tabela 3). O município de Simão

Dias aparece, em 2002, como principal produtor estadual, produzindo neste

ano por volta de 12.960 toneladas, todavia no inicio da década sua produção

era inexpressiva, apresentando somente 216 toneladas. Em seguida temos

Ribeirópolis, o qual passou de 1.247 toneladas em 1990 para cerca de 4.575

toneladas de milho em 2001. Macambira aparece em terceiro lugar, com

produção de 2.520 toneladas em 2001, aumentado bastante a sua produção,

visto que em 1990 produzia somente 405 toneladas. Simão Dias participava no

total estadual com 28% de toda a produção com a cultura em 2001, se

tornando o município mais representativo da cultura, pois no ano de 1990 sua

contribuição chegava a apenas 1%. Ribeirópolis participa com 10%,

apresentando evolução na participação, já que em 1990 esse município

contribuía com 7%. Macambira concentra cerca de 5% da produção no ano

2001, mantendo-se constante até 1995, para em seguida evoluir. Esse três

municípios contribuem com 43% de toda a produção estadual, situando-se

basicamente no semi-árido sergipano.

A produção pertencente a todos os municípios sofreu variações positivas no

decorrer da mencionada década. Simão Dias evoluiu sua produção em 5.900%

no período de 1990 a 2001, tendo como principal biênio evolutivo 1993/1994

(1706%), tendo como pior biênio o anterior 1992/1993, o qual caiu 81%. O

município de Macambira teve uma evolução de 522% no período analisado,

tendo como principal biênio 1993/1994 (1150%) e como biênio menos

expressivo 1991/1992 (-77%). Ribeirópolis apresentou um aumento de 267%

na produção de milho no período analisado, ficando no biênio de 1993/1994

com um aumento de 1400% e em 1991/1992 com uma diminuição de 81%.

A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001

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Frei Paulo teve uma evolução de 57% no período em estudo, sendo que o seu

melhor biênio foi 1993/1994 (5900%) e o pior 1992/1993 (-93%). Carira teve

sua evolução entre 1990 e 2001 de somente 6%, sendo seu pior biênio o de

1992/1993 (-95%) e o melhor 1993/1994 (15456%). As médias de evolução

para cada município estudado ficou da seguinte forma: Carira (1411%), Frei

Paulo (559%), Poço Verde (13021%), Simão Dias (193%), Macambira

(118%) e Ribeirópolis (136%).

No Estado de Sergipe existiam, em 1990, segundo dados estatísticos do IBGE,

em torno de 29.798 hectares, aumentando em 2000 para cerca de 78.488

hectares, para no ano seguinte diminuir para 54.114 hectares, registrando

uma diminuição de 45% de 2000 para 2001 (Tabela 4). No período em

estudo, o milho concentrava quase a metade de sua área (47%) em apenas 6

dos 75 municípios localizados no Estado de Sergipe. Poço Verde foi o que, em

2000, obteve a maior concentração de área (23%) dos municípios estudados,

passando de 275 ha em 1990 para 18000 há em 2000, perdendo posição no

ano seguinte, caindo bruscamente para apenas 6%. Simão Dias concentrava,

em 2000, 12% da área plantada, passando a ser o maior concentrador de área

em 2001 (22%). Frei Paulo e Lagarto participavam com 5% de concentração

de área, cada um. A média da concentração de área ficou da seguinte forma:

Simão Dias e Poço verde ficaram com 11%, cada um; Lagarto obteve 4% de

média; Frei Paulo e Ribeirópolis 3%, cada um e Macambira ficou com apenas

2%.

No período compreendido entre 1990 e 2001, todos os municípios analisados

apresentaram evoluções positivas em suas áreas com milho, merecendo

destaque o município de Poço Verde, o qual terminou o período com uma

evolução de 1100%. Simão Dias ficou com um crescimento de 900% na área

colhida. Ribeirópolis, Frei Paulo, Macambira e Lagarto demonstraram os

seguintes porcentuais de evolução: 69%, 107%, 208% e 250%,

respectivamente. As médias de evolução na área colhida ficou da seguinte

Evolução da área colhida com milho no estado de sergipe de 1990 a 2001

A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001

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maneira: Poço Verde (797%), Frei Paulo (71%), Simão Dias (51%), Macambira

(38%), Ribeirópolis (32%) e Lagarto (14%).

Analisou-se também os principais biênios com evolução de área, destacando os

pontos máximos e mínimos de cada município. Poço Verde teve no biênio de

1991/1992 o seu pior desempenho, caindo cerca de 75% e em 1993/1994

localiza-se o seu apogeu 8400%. Simão Dias começou bem a década, pois no

biênio de 1990/1991 sua área aumentou 297%, caindo 57% no biênio

1992/1993. Frei Paulo apresentou o seu melhor biênio em 1993/1994 (650%),

caindo em 1992/1993 (78%). Macambira diminuiu sua área colhida no biênio

de 1992/1993 (50%) e aumentou em 400% no biênio subsequente

1993/1994, Lagarto no biênio de 1991/1992 aumentou 89% sua área e em

1993/1994 caiu 16% e Ribeirópolis também aumentou 400% no biênio

1993/1994 e queda de 60% em 1992/1993.

O comportamento do rendimento do milho nos diferentes municípios do estado

de Sergipe teve influência, ao longo da década de 90, dos mesmos problemas

verificados quando da análise sobre a evolução da quantidade e área colhida no

Brasil. Agregando-se àqueles a falta de incentivos governamentais que

possibilitasse a renovação dos milharais e ainda os preços baixos pagos pelo

produto no início dos anos 90.

Nem sempre os maiores produtores são os que possuem o maior rendimento por

hectare, como é o caso de Poço Verde, que em 2000 foi considerado o maior

produtor, obtendo rendimento menor que os demais municípios analisados. No

biênio de 1990/1991 quase todos os municípios analisados apresentaram

aumento de produtividade. Poço Verde evoluiu seu rendimento em 100%,

Pinhão e Frei Paulo aumentaram em 75%, Carira apresentou o maior porcentual

em relação aos municípios analisados 167%, entretanto o único município que

não evoluiu foi Simão Dias, permanecendo seu rendimento constante nos anos

de 1990 e 1991. O rendimento médio dos municípios ficou na seguinte ordem

de escala: Poço Verde (188%), Frei Paulo (58%), Carira (53%), Simão Dias

(46%) e Pinhão apareceu com a menor média do período (34%) (Tabela 5).

A evolução do rendimento no período analisado apresentou diferenças, pois dois

dos seis municípios analisados decaíram bastante em rendimento. O município

Comportamento do rendimento físico do milho de 1990 a 2001

A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001

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14

de Simão Dias foi o que apresentou maior evolução da produtividade no

período analisado, ficando com um aumento de 500%, Ribeirópolis apresentou

uma evolução de 117%, Carira ficou com o porcentual evolutivo de apenas

1%. Somente os municípios de Poço Verde e Frei Paulo ficaram com

decréscimo de produtividade, com queda de 67% e 24%, respectivamente. Os

principais biênios de evolução do rendimento ficaram da seguinte forma: Simão

Dias teve o seu pico máximo de evolução em 1992/1993 (400%) e o mínimo

em 1991/1992 (-54%), Ribeirópolis apresentou o biênio de 1991/1992 como o

de queda da produtividade -66% e o de aumento foi o de 1993/1994 (200%).

O município de Frei Paulo decaiu seu rendimento em 67% no biênio de

1992/1993, para em 1993/1994 obter uma ganho de 700%. Carira

demonstrou queda significativa no biênio de 2000/2001 (60%), ficando com

biênio de aumento apenas em 1993/1994 (567%).

A evolução média dos municípios foi representado da seguinte forma: Poço

Verde ficou com média de 188%, Frei Paulo (58%), Carira (53%), Simão Dias

(46%) e Ribeirópolis (26%).

CUENCA, M.A.G e NAZÁRIO, C.C. A cultura do milho no Baixo São Francisco

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15

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16Tabela 3 - Quantidade(toneladas) produzida de milho no Estado de sergipe de 1990 a 2001.

Municipios 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001

Amparo de São Fco. 91 105 60 38 112 90 36 45 45 45 44 43

Aquidabã 525 700 250 240 1.125 1.215 810 900 1.080 1.020 1.428 1.366

Aracaju 8 7 10 2 5 4 5 8 7 4 5 5

Arauá 53 54 44 57 97 110 92 57 128 96 112 84

Areia Branca 114 158 118 156 130 210 154 120 160 154 175 172

Barra dos Coqueiros 9 9 10 7 14 15 305 25 33 22 35 36

Boquim 86 103 122 106 95 88 112 123 99 86 92 71

Brejo Grande - - - - - - - 4 4 4 4 4

Campo do Brito 123 198 120 198 218 325 300 144 144 189 189 192

Canhoba 315 378 216 50 224 540 180 198 168 220 218 214

Canindé de São Fco. 530 2.255 705 921 3.639 2.835 3.965 3.390 50 440 325 402

Capela 330 490 136 120 560 560 525 560 448 600 720 1.200

Carira 1.039 3.564 980 45 7.000 3.500 6.653 4.410 5.800 10.395 6.000 1.098

Carmópolis 17 36 29 32 41 38 18 51 40 52 69 64

Cedro de São João 90 91 60 44 108 121 54 63 72 63 62 61

Cristinápolis 177 119 103 117 92 113 104 73 228 166 200 152

Cumbe 175 315 63 84 270 315 400 400 238 320 360 450

Divina Pastora 4 32 8 13 12 15 36 50 98 133 170 170

Estância 74 71 71 98 80 93 84 56 111 98 107 77

Feira Nova 150 1.260 90 8 1.100 700 1.300 1.430 1.440 1.690 2.080 1.872

Frei Paulo 1.069 1.975 540 40 2.400 1.760 9.504 5.040 6.900 9.504 5.250 1.680

Gararu 1.540 2.688 140 9 4.700 4.440 5.600 4.800 880 3.080 1.560 1.000

General Maynard 6 15 29 23 27 25 25 29 42 34 43 42

Gracho Cardoso 420 700 88 10 680 720 720 900 510 960 1.200 560

Ilha das Flores 2 5 5 5 21 15 8 12 15 12 12 10

Indiaroba 71 67 65 108 121 140 119 62 114 104 115 93

Itabaiana 316 315 236 346 400 448 480 200 240 220 230 240

Itabaianinha 130 106 88 99 87 104 93 66 210 165 187 126

Itabi 420 672 72 6 752 700 840 960 400 780 660 630

Itaporanga d'Ajuda 88 70 68 95 83 95 87 47 88 83 90 69

Japaratuba 300 144 191 156 182 130 101 166 179 192 174 213

Japoatã 120 162 108 50 196 90 105 96 108 288 426 397

Lagarto 458 541 1.096 912 1.264 1.320 1.530 1.805 1.782 1.599 2.000 1.666

Laranjeiras 47 41 51 34 40 36 110 66 74 75 77 84

Macambira 405 1.039 240 120 1.500 1.440 3.000 2.025 3.150 4.118 2.635 2.520

Malhada dos Bois 175 196 108 60 171 135 90 81 100 121 119 110

Malhador 104 130 59 65 144 120 144 64 72 80 133 91

Maruim 29 50 32 45 36 50 9 60 43 52 51 56

Moita Bonita 198 174 120 162 247 184 240 108 130 130 188 208Monte Alegre de

Sergipe 250 3.420 50 10 4.700 5.160 5.600 5.200 700 4.340 2.016 630

Muribeca 175 140 98 54 108 135 108 117 130 130 128 128

Neópolis 60 90 78 78 180 210 180 161 288 270 267 265Nossa Senhora

Aparecida 1.604 2.970 300 10 2.400 2.100 6.000 3.300 3.750 4.900 5.600 1.345

Nossa Sa. da Glória 360 4.703 120 30 6.200 6.000 6.860 6.175 1.808 6.720 3.640 1.320

Nossa Sa. das Dores 420 840 180 250 1.080 720 810 900 512 800 850 960

Nossa Sa. de Lourdes 245 405 50 5 600 400 540 500 200 600 720 360

Nossa Sa. do Socorro 49 41 70 49 38 46 44 75 66 76 68 64

Pacatuba 26 39 30 27 77 160 150 135 135 136 134 132

Pedra Mole 62 190 28 20 576 576 1.782 496 800 675 750 192

Pedrinhas 43 48 58 48 63 68 81 81 69 52 56 45

Pinhão 903 1.802 240 120 3.000 2.400 6.000 2.660 4.080 10.692 6.201 960

Pirambu 42 61 51 24 26 20 9 50 45 44 40 50

Poço Redondo 380 3.400 120 56 7.140 5.360 5.800 6.300 840 1.500 540 468

Poço Verde 25 306 70 3 4.250 1.084 9.900 14.250 14.850 24.750 15.300 99

Porto da Folha 600 5.600 250 60 8.075 7.200 7.500 6.750 680 2.880 1.170 735

Propriá 438 396 98 255 542 495 684 564 785 810 630 628

Riachão do Dantas 400 673 579 480 948 984 1.080 1.235 1.386 696 720 476

Riachuelo 23 22 23 13 19 23 38 75 94 92 81 119

Ribeirópolis 1.247 2.138 400 160 2.400 2.576 6.000 2.420 3.360 2.450 3.975 4.575

Rosário do Catete 45 130 32 32 36 50 50 66 58 68 60 70

Salgado 143 171 213 182 316 336 414 475 416 280 400 309

Santa Luzia do Itanhy 88 79 62 81 123 151 110 59 110 97 106 80

Santa Rosa de Lima - - - 27 108 102 80 72 72 72 71 69

Santana do São Fco. 83 144 159 117 112 98 65 116 128 154 134 142

Santo Am das Brotas 46 92 140 86 64 98 46 141 133 146 150 170

São Cristóvão 51 58 57 63 43 66 77 149 166 157 153 138

São Domingos 98 171 213 182 347 240 288 285 277 182 240 190

São Francisco 21 31 28 27 72 42 22 36 36 36 28 27

São Miguel do Aleixo 368 832 120 45 1.350 1.260 4.000 2.376 2.880 3.500 4.372 732

Simão Dias 216 857 1.663 324 5.850 4.968 6.300 6.745 6.930 11.200 8.550 12.960

Siriri 60 168 48 40 120 140 140 140 136 128 153 414

Telha 90 90 60 60 126 117 90 90 90 96 29 28

Tobias Barreto 10 97 12 - 475 617 882 1.093 1.584 1.710 1.600 72

Tomar do Geru 59 63 62 71 55 78 90 48 294 278 284 164

Umbaúba 71 73 68 84 76 97 87 64 111 104 170 82

TOTAL SE 90 A 2001 18609 49375 12361 7854 79668 67016 109845 92093 73429 118215 86931 46.726

A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001

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17Tabela 4 - Área colhida(ha) com milho no Estado de sergipe de 1990 a 2001.

Municipios 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001

Amparo de São Fco. 130 150 100 70 140 90 50 50 50 50 49 48

Aquidabã 750 1.000 500 400 1.250 1.350 900 900 900 850 1.190 1.188

Aracaju 12 12 15 4 8 7 8 10 8 5 6 8

Arauá 90 92 75 85 180 170 154 114 212 161 188 142

Areia Branca 190 200 150 130 130 150 130 120 100 110 113 111

Barra dos Coqueiros 15 15 15 12 21 25 470 30 40 30 40 55

Boquim 150 180 200 220 120 110 125 130 100 108 115 120

Brejo Grande - - - - - - - 5 5 5 5 5

Campo do Brito 207 250 200 180 220 250 250 180 120 135 138 140

Canhoba 450 540 300 100 320 450 200 180 200 200 198 195

Canindé de São Fco. 615 4.150 650 680 4.320 3.030 3.050 3.300 100 600 300 440

Capela 550 700 340 300 800 700 750 700 560 750 800 1.200

Carira 1.750 2.250 1.400 150 3.500 1.750 2.800 3.150 2.900 3.500 4.000 1.830

Carmópolis 30 50 45 50 67 60 30 62 50 70 80 92

Cedro de São João 150 130 100 80 120 110 60 70 80 70 69 68

Cristinápolis 300 202 175 173 175 175 175 137 379 280 336 255

Cumbe 350 450 210 210 450 450 500 500 340 400 450 450

Divina Pastora 8 45 12 20 18 23 49 60 120 180 200 250

Estância 125 120 120 145 150 154 140 112 187 166 182 131

Feira Nova 300 1.500 180 40 1.100 700 1.000 1.100 1.200 1.300 1.600 1.440

Frei Paulo 1.350 1.425 900 200 1.500 800 3.200 3.150 3.000 3.200 3.500 2.800

Gararu 2.200 3.200 280 30 5.000 3.700 4.000 4.000 1.100 2.200 1.300 1.000

General Maynard 10 25 45 35 42 40 40 35 50 45 50 60

Gracho Cardoso 700 1.000 220 50 850 800 600 900 510 800 1.000 560

Ilha das Flores 5 10 10 10 30 20 10 15 20 15 15 13

Indiaroba 120 114 110 160 230 225 200 124 191 176 194 156

Itabaiana 400 450 400 350 400 320 400 250 200 220 230 240

Itabaianinha 220 180 150 147 165 163 155 132 348 277 315 212

Itabi 600 700 120 30 800 700 700 800 500 650 550 630

Itaporanga d'Ajuda 150 118 115 140 160 155 145 93 148 140 152 117

Japaratuba 250 200 300 240 280 200 160 200 210 250 200 300

Japoatã 200 270 180 100 280 150 150 120 150 270 368 346

Lagarto 800 950 1.800 1.900 1.600 1.650 1.700 1.900 1.800 1.950 2.500 2.800

Laranjeiras 67 67 80 63 65 55 85 80 90 100 90 120

Macambira 585 750 400 200 1.000 800 1.500 1.350 1.500 1.600 1.700 1.800

Malhada dos Bois 250 280 150 100 190 150 100 90 100 110 108 107

Malhador 150 140 100 90 120 100 120 80 60 80 85 91

Maruim 50 70 50 70 55 80 15 73 50 70 60 80

Moita Bonita 250 220 200 180 250 153 200 120 100 130 130 130

Monte Aleg. de Sergipe 500 3.800 100 50 4.700 4.300 4.000 4.000 1.000 3.100 1.680 700

Muribeca 250 200 140 100 150 150 120 130 130 130 128 128

Neópolis 100 150 130 130 300 350 300 230 320 300 297 294

Nossa Sa. Aparecida 2.700 2.500 1.000 100 2.000 1.500 3.000 3.000 2.500 3.500 4.000 2.241

Nossa Sa. da Glória 600 5.225 240 150 6.200 5.000 4.900 4.750 2.260 4.800 2.800 1.320

Nossa Sa. das Dores 700 1.200 360 500 1.200 900 900 1.000 640 800 850 800

Nossa Sa. de Lourdes 350 450 100 25 600 400 450 500 200 500 600 360

Nossa Sa. do Socorro 70 150 110 75 60 75 70 90 80 100 80 90

Pacatuba 40 60 50 50 110 200 200 180 180 170 167 165

Pedra Mole 90 120 70 50 320 360 600 450 400 450 500 320

Pedrinhas 76 85 95 100 80 85 90 85 70 65 70 75

Pinhão 1.140 1.300 600 300 1.500 1.200 2.500 1.900 1.700 3.600 3.900 1.600

Pirambu 60 85 80 52 40 30 14 60 55 60 50 70

Poço Redondo 950 6.800 300 280 8.400 6.700 5.800 7.000 1.200 2.500 550 610

Poço Verde 275 1.700 425 100 8.500 8.958 11.000 15.000 15.000 16.500 18.000 3.300

Porto da Folha 1.200 8.000 500 300 9.500 8.000 7.500 7.500 1.360 3.200 1.300 1.050

Propriá 220 250 70 166 340 310 410 380 490 480 380 378

Riachão do Dantas 700 850 950 1.000 1.200 1.230 1.200 1.300 1.400 870 900 800

Riachuelo 36 36 36 20 28 35 60 90 115 120 100 170

Ribeirópolis 1.800 1.800 1.000 400 2.000 1.610 2.500 2.200 2.400 2.450 2.650 3.050

Rosário do Catete 80 180 50 45 55 80 65 80 70 90 70 100

Salgado 250 300 350 380 400 420 460 500 420 400 500 520

Santa Luzia do Itanhy 150 134 105 120 235 245 185 117 182 162 178 134

Santa Rosa de Lima - - - 45 150 120 100 90 90 80 79 77

Santana do São Fco. 150 200 250 180 170 150 100 140 160 200 160 200

Santo Am das Brotas 80 150 220 150 95 150 75 170 160 190 170 260

São Cristóvão 75 77 90 90 65 100 120 180 190 210 180 200

São Domingos 172 300 350 380 350 300 320 300 280 260 300 320

São Francisco 30 45 40 50 80 50 25 40 40 40 30 28

São Miguel do Aleixo 620 700 300 150 900 840 2.000 1.980 1.800 2.500 2.750 1.220

Simão Dias 1.200 4.760 4.200 1.800 6.500 6.460 7.000 7.100 7.000 8.000 9.500 12.000

Siriri 120 280 120 100 200 200 200 200 170 160 170 460

Telha 150 150 100 100 180 130 100 100 100 100 30 30

Tobias Barreto 115 540 70 - 950 880 980 1.150 1.600 1.900 2.000 900

Tomar do Geru 100 106 105 105 105 120 150 95 486 467 478 276

Umbaúba 120 124 115 125 145 150 145 128 184 174 285 138

TOTAL SE 90 A 2001 29798 65012 23218 14912 83914 71803 81960 86637 62210 79881 78488 54.114

A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001

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18Tabela 5 - Rendimento(kg/ha) do milho no Estado de sergipe de 1990 a 2001.

Municipios 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 Média

Amparo de São Fco. 700 700 600 542 800 1.000 720 900 900 900 897 896 796

Aquidabã 700 700 500 600 900 900 900 1.000 1.200 1.200 1.200 1150 912

Aracaju 666 583 666 500 625 571 625 800 875 800 833 625 681

Arauá 588 586 586 670 538 647 597 500 603 596 595 592 591

Areia Branca 600 790 786 1.200 1.000 1.400 1.184 1.000 1.600 1.400 1.548 1550 1171

Barra dos Coqueiros 600 600 666 583 666 600 648 833 825 733 875 655 690

Boquim 573 572 610 481 791 800 896 946 990 796 800 592 737

Brejo Grande - - - - - - - 800 800 800 800 800 800

Campo do Brito 594 792 600 1.100 990 1.300 1.200 800 1.200 1.400 1.369 1371 1060

Canhoba 700 700 720 500 700 1.200 900 1.100 840 1.100 1.101 1097 888

Canindé de São Fco. 861 543 1.084 1.354 842 935 1.300 1.027 500 733 1.083 914 931

Capela 600 700 400 400 700 800 700 800 800 800 900 1000 717

Carira 593 1.584 700 300 2.000 2.000 2.376 1.400 2.000 2.970 1.500 600 1502

Carmópolis 566 720 644 640 611 633 600 822 800 742 862 696 695

Cedro de São João 600 700 600 550 900 1.100 900 900 900 900 898 897 820

Cristinápolis 590 589 588 676 525 645 594 532 601 592 595 596 594

Cumbe 500 700 300 400 600 700 800 800 700 800 800 1000 675

Divina Pastora 500 711 666 650 666 652 734 833 816 738 850 680 708

Estância 592 591 591 675 533 603 600 500 593 590 587 588 587

Feira Nova 500 840 500 200 1.000 1.000 1.300 1.300 1.200 1.300 1.300 1300 978

Frei Paulo 791 1.385 600 200 1.600 2.200 2.970 1.600 2.300 2.970 1.500 600 1560

Gararu 700 840 500 300 940 1.200 1.400 1.200 800 1.400 1.200 1000 957

General Maynard 600 600 644 657 642 625 625 828 840 755 860 700 698

Gracho Cardoso 600 700 400 200 800 900 1.200 1.000 1.000 1.200 1.200 1000 850

Ilha das Flores 400 500 500 500 700 750 800 800 750 800 800 769 672

Indiaroba 591 587 590 675 526 622 595 500 596 590 592 596 588

Itabaiana 790 700 590 988 1.000 1.400 1.200 800 1.200 1.000 1.000 1000 972

Itabaianinha 590 588 586 673 527 638 600 500 603 595 593 594 591

Itabi 700 960 600 200 940 1.000 1.200 1.200 800 1.200 1.200 1000 917

Itaporanga d'Ajuda 586 593 591 678 518 612 600 505 594 592 592 590 588

Japaratuba 1.200 720 636 650 650 650 631 830 852 768 870 710 764

Japoatã 600 600 600 500 700 600 700 800 720 1.066 1.157 1147 766

Lagarto 572 569 608 480 790 800 900 950 990 820 800 595 740

Laranjeiras 701 611 637 539 615 654 1.294 825 822 750 855 700 750

Macambira 692 1.385 600 600 1.500 1.800 2.000 1.500 2.100 2.573 1.550 1400 1475

Malhada dos Bois 700 700 720 600 900 900 900 900 1.000 1.100 1.101 1028 879

Malhador 693 928 590 722 1.200 1.200 1.200 800 1.200 1.000 1.564 1000 1008

Maruim 580 714 640 642 654 625 600 821 860 742 850 700 702

Moita Bonita 792 790 600 900 988 1.202 1.200 900 1.300 1.000 1.446 1600 1060

Monte Alegre de Sergipe 500 900 500 200 1.000 1.200 1.400 1.300 700 1.400 1.200 900 933

Muribeca 700 700 700 540 720 900 900 900 1.000 1.000 1.000 1000 838

Neópolis 600 600 600 600 600 600 600 700 900 900 898 901 708

Nossa Senhora Aparecida 594 1.188 300 100 1.200 1.400 2.000 1.100 1.500 1.400 1.400 600 1065

Nossa Sa. da Glória 600 900 500 200 1.000 1.200 1.400 1.300 800 1.400 1.300 1000 967

Nossa Sa. das Dores 600 700 500 500 900 800 900 900 800 1.000 1.000 1200 817

Nossa Sa. de Lourdes 700 900 500 200 1.000 1.000 1.200 1.000 1.000 1.200 1.200 1000 908

Nossa Sa. do Socorro 700 273 636 653 633 613 628 833 825 760 850 711 676

Pacatuba 650 650 600 540 700 800 750 750 750 800 802 800 716

Pedra Mole 688 1.583 400 400 1.800 1.600 2.970 1.102 2.000 1.500 1.500 600 1345

Pedrinhas 565 564 610 480 787 800 900 952 985 800 800 600 737

Pinhão 792 1.386 400 400 2.000 2.000 2.400 1.400 2.400 2.970 1.590 600 1528

Pirambu 700 717 637 461 650 666 642 833 818 733 800 714 698

Poço Redondo 400 500 400 200 850 800 1.000 900 700 600 981 767 675

Poço Verde 90 180 164 30 500 121 900 950 990 1.500 850 30 525

Porto da Folha 500 700 500 200 850 900 1.000 900 500 900 900 700 713

Propriá 1.990 1.584 1.400 1.536 1.594 1.596 1.668 1.484 1.602 1.687 1.657 1661 1622

Riachão do Dantas 571 791 609 480 790 800 900 950 990 800 800 595 756

Riachuelo 638 611 638 650 678 657 633 833 817 766 810 700 703

Ribeirópolis 692 1.187 400 400 1.200 1.600 2.400 1.100 1.400 1.000 1.500 1500 1198

Rosário do Catete 562 722 640 711 654 625 769 825 828 755 857 700 721

Salgado 572 570 608 478 790 800 900 950 990 700 800 594 729

Santa Luzia do Itanhy 586 589 590 675 523 616 594 504 604 598 595 597 589

Santa Rosa de Lima - - - 600 720 850 800 800 800 900 898 896 807

Santana do São Fco. 553 720 636 650 658 653 650 828 800 770 837 710 705

Santo Am das Brotas 575 613 636 573 673 653 613 829 831 768 882 654 692

São Cristóvão 680 753 633 700 661 660 641 827 873 747 850 690 726

São Domingos 569 570 608 478 991 800 900 950 989 700 800 594 746

São Francisco 700 688 700 540 900 840 880 900 900 900 933 964 820

São Miguel do Aleixo 593 1.188 400 300 1.500 1.500 2.000 1.200 1.600 1.400 1.589 600 1156

Simão Dias 180 180 395 180 900 769 900 950 990 1.400 900 1080 735

Siriri 500 600 400 400 600 700 700 700 800 800 900 900 667

Telha 600 600 600 600 700 900 900 900 900 960 966 933 797

Tobias Barreto 86 179 171 - 500 701 900 950 990 900 800 80 569

Tomar do Geru 590 594 590 676 523 650 600 505 604 595 594 594 593

Umbaúba 591 588 591 672 524 646 600 500 603 597 596 594 592

A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001

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