Conheça as diferenças entre Perigo e Risco [email protected] www.anipla.com Notícias Anipla para quem pensa a agricultura. 16.09.15 Se não desejar receber as atualizações da Anipla, envie por favor um email com o assunto “remover” para: [email protected] Já recebe a FitoSíntese? Subscreva já! Cultivar a Segurança Venda Responsável OS PRODUTOS FITOFARMACÊUTICOS SÓ PODEM SER VENDIDOS A MAIORES DE IDADE. ENTREGUE AS EMBALAGENS VAZIAS DE PRODUTOS FITOFARMACÊUTICOS NUM PONTO DE RETOMA VALORFITO Compreender a diferença entre PERIGO e RISCO Como é que os legisladores olham para este assunto? Com os legisladores as coisas tornam-se mais difíceis, dependendo do país. Podem ter dife- rentes critérios e basear as suas decisões na política em vez de as basear na ciência. Como é que se decide se um risco é aceitável ou não? Um problema é que a forma como os legisladores avaliam a resposta dos consumi- dores a uma novidade no mercado, não é a mesma que eles próprios têm enquanto consu- midores. Por exemplo, consideremos o uso do BPA [Bisphenol-A] na comida enlatada. Nós assistimos a uma mudança massiva na regula mentação do BPA em todo o mundo, devido aos media. Somos levados a pensar que as pessoas “na rua” deveriam saber do assunto, mas na realidade a maioria dos consumidores têm um conhecimento muito limitado e às vezes nulo do que é o BPA. Este é um exemplo da desconexão entre os media, os políticos e os legisladores. Como é que aborda estes assuntos nos seus vídeos? Sou relativamente conservador e tenho muito cuidado em não dizer às pessoas qual a “forma certa” de pensar ou a dar a “resposta certa”. Pelo contrário, eu prefiro fornecer às pessoas a informação e as reflexões que possam fazer sentido sobre os próprios assuntos e pensar de forma crítica na ciência fiável. Tento ficar em áreas com as quais estou familiarizado com o “estado da arte” da ciência, em que existam consensos ou em que o peso da evidência científica cai definitivamente para um determi- nado lado. Que recomendação daria aos cientis- tas para comunicarem melhor com o público? Que tratem a sua audiência como um parceiro e nunca subestimem a inteligência do público. Os cientistas não sabem tudo o que o púbico sabe e vice-versa. É um fluxo de informação em dois sentidos. Informem o público; não o eduquem. É necessário entender o que é que o público espera de vós e como podem ser bené- ficos para eles. Tem a ver com dar-lhes o que precisam de saber para tomarem as melhores decisões para eles. In CropLife International https://croplife.org/news-views/ Dr. Andrew Maynard Perigo / Risco PERIGO RISCO PERIGO RISCO Os tubarões são perigosos! Olhá-los da praia não tem qualquer risco, mas nadar com eles sim! A lexívia é perigosa! Ter uma embalagem de lexívia no armário da cozinha, não tem qualquer risco, mas bebê-la sim! A diferença entre perigo (conjunto de características e propriedades intrínsecas capazes de causar dano ou prejuízo) e risco (a probabilidade real de ocorrência desse dano ou prejuízo) é muito importante no mundo da ciência agronómica. Alguns críticos reclamam a proibição de produtos fitofarmacêuticos com base apenas nas suas propriedades de perigo, quando, na sua utilização real, a exposi- ção ao risco é muito baixa e por vezes não existe. É por isso que a indústria fitofar- macêutica defende uma regulamentação baseada na avaliação do risco e não do perigo. O Dr. Andrew Maynard, do Centro para o Risco de Cancro da Escola de Saúde Pública da Universidade de Michigan, explica estes conceitos através de dese- nhos simples, feitos num quadro branco “Risk Bites”, e responde a algumas perguntas: Como explica a diferença entre risco e perigo? Algo que é perigoso tem potencial para causar danos. Por outro lado, algo que é arriscado, tem probabilidade de causar danos. Este é um dos vários pontos que eu menciono nos vídeos “Risk Bites”. O perigo não muda – quer algo esteja sobre uma mesa, nas nossas mãos ou a milhas de distância – mas o risco muda muito, pois este depende da exposição ao perigo. Qual é o problema que advém das pessoas não entenderem esta diferença? Podem tomar decisões que acabam por poder causar mais danos do que evitá- -los. Se tomarmos decisões relativas a determinados riscos que não estejam bem fundamentadas ou não entendermos o que é mesmo importante, não podemos garantir que as nossas decisões são as mais seguras. A dificuldade está nas pessoas e organizações não estarem preparadas para pen- sarem de uma forma lógica acerca do risco. Faz parte da natureza humana (mesmo os cientistas não pensam de forma lógica, quando pensam que o estão a fazer). Portanto, uma grande parte da nossa atividade é tentar perceber qual a perceção das pessoas acerca do risco e os processos psicológicos envolvidos na sua avaliação, e depois usar essa informação para ajudar as pessoas a escolher as melhores opções. Dois exemplos que ilustram a diferença entre PERIGO e RISCO: Veja o video