GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras 1 Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, SA (Montantes expressos em euros, exceto quando indicado) 1. Informações Gerais A Groupama Seguros de Vida, S.A. (adiante designada por Groupama Vida ou Companhia) foi constituída em 1991 sob a forma jurídica de sociedade anónima, com o objetivo de desenvolver a atividade do ramo Vida em Portugal. A Companhia encontra-se registada em Portugal sob o NIF 502661313 e matriculada na Conservatória do Registo Comercial. A sua sede é na Avenida de Berna, 24-D, Lisboa. A Companhia dedica-se ao exercício da atividade de seguros para o ramo Vida para o qual obteve a devida autorização da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF). A sua atividade é exercida em Portugal. Situação económica internacional O crescimento económico global foi outra vez ténue em 2014, depois de elevadas expectativas criadas no início do ano. Após a crise financeira internacional de 2008 e a grande recessão de 2009, o ano de 2010 parecia o início da retoma, com uma taxa de crescimento global de 5,4% (dados FMI). No entanto, os três anos seguintes mostraram uma desaceleração da economia global, com crescimentos próximos dos 3%, com o ano de 2014 ainda a acompanhar este nível de crescimento. Nas zonas económicas mais importantes, os EUA e a Zona Euro, os recentes crescimentos foram distintos, denotando ritmos diferentes e mesmo ciclos económicos distintos. Enquanto que na Zona Euro o crescimento de 2014 deve cifrar-se por valores a rondar apenas os 0,8% (com inflação de 0,5%), os EUA estão num ciclo de evolução distinto, com um crescimento de cerca de 2,4% para 2014 (inflação de 1,7%). Nas economias ditas emergentes, as quais têm vindo ao longo dos últimos anos a suportar os crescimentos mundiais, o ano de 2014 foi de constantes revisões em baixa, sobretudo no grupo denominado dos BRICS, embora no caso da China se tenha estabilizado nos 7%. Prevê-se que o ano de 2015 apresente maiores crescimentos, ainda que haja divergentes estados de crescimento, conforme a zona geográfica que se faça a análise. Enquanto que as economias anglo-saxónicas (EUA e Reino Unido) deverão ter crescimentos elevados e sustentados, a Zona Euro e o Japão estão em estágios diferentes, havendo ainda algumas dúvidas sobre como se processará o ano de 2015 nesta matéria. Para a União Económica Europeia estão previstas algumas medidas que deverão permitir a retoma progressiva, como sejam uma política monetária muito acomodatícia, políticas orçamentais tendencialmente menos restritivas, que se juntam à depreciação da moeda e à acentuada queda dos preços do petróleo. No entanto, embora os estímulos económicos possam beneficiar os crescimentos – sendo ainda incertos os impactos ao nível do crescimento real e do reforço dos níveis de emprego -,
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GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
1
Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, SA (Montantes expressos em euros, exceto quando indicado)
1. Informações Gerais
A Groupama Seguros de Vida, S.A. (adiante designada por Groupama Vida ou Companhia) foi
constituída em 1991 sob a forma jurídica de sociedade anónima, com o objetivo de desenvolver
a atividade do ramo Vida em Portugal.
A Companhia encontra-se registada em Portugal sob o NIF 502661313 e matriculada na
Conservatória do Registo Comercial. A sua sede é na Avenida de Berna, 24-D, Lisboa.
A Companhia dedica-se ao exercício da atividade de seguros para o ramo Vida para o qual
obteve a devida autorização da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões
(ASF). A sua atividade é exercida em Portugal.
Situação económica internacional
O crescimento económico global foi outra vez ténue em 2014, depois de elevadas expectativas
criadas no início do ano. Após a crise financeira internacional de 2008 e a grande recessão de
2009, o ano de 2010 parecia o início da retoma, com uma taxa de crescimento global de 5,4%
(dados FMI). No entanto, os três anos seguintes mostraram uma desaceleração da economia
global, com crescimentos próximos dos 3%, com o ano de 2014 ainda a acompanhar este nível
de crescimento.
Nas zonas económicas mais importantes, os EUA e a Zona Euro, os recentes crescimentos
foram distintos, denotando ritmos diferentes e mesmo ciclos económicos distintos. Enquanto
que na Zona Euro o crescimento de 2014 deve cifrar-se por valores a rondar apenas os 0,8%
(com inflação de 0,5%), os EUA estão num ciclo de evolução distinto, com um crescimento de
cerca de 2,4% para 2014 (inflação de 1,7%).
Nas economias ditas emergentes, as quais têm vindo ao longo dos últimos anos a suportar os
crescimentos mundiais, o ano de 2014 foi de constantes revisões em baixa, sobretudo no
grupo denominado dos BRICS, embora no caso da China se tenha estabilizado nos 7%.
Prevê-se que o ano de 2015 apresente maiores crescimentos, ainda que haja divergentes
estados de crescimento, conforme a zona geográfica que se faça a análise. Enquanto que as
economias anglo-saxónicas (EUA e Reino Unido) deverão ter crescimentos elevados e
sustentados, a Zona Euro e o Japão estão em estágios diferentes, havendo ainda algumas
dúvidas sobre como se processará o ano de 2015 nesta matéria.
Para a União Económica Europeia estão previstas algumas medidas que deverão permitir a
retoma progressiva, como sejam uma política monetária muito acomodatícia, políticas
orçamentais tendencialmente menos restritivas, que se juntam à depreciação da moeda e à
acentuada queda dos preços do petróleo.
No entanto, embora os estímulos económicos possam beneficiar os crescimentos – sendo
ainda incertos os impactos ao nível do crescimento real e do reforço dos níveis de emprego -,
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os fatores de natureza política podem condicionar a confiança dos agentes económicos. Atos
terroristas em território europeu, as tensões entre a Rússia e o Ocidente, bem como a situação
política e económica da Grécia, podem condicionar e restringir todas as medidas que, do lado
monetário, possam ser colocadas em prática.
Situação económica nacional
A economia portuguesa registou em 2014 um crescimento de 0,9%, em torno do que era
expectável. No entanto, este crescimento teve bases diferentes das expectadas, na medida em
que a procura interna acabou por contribuir mais do que se esperava para o crescimento anual,
com a procura externa líquida a contribuir negativamente para este indicador. O contributo das
exportações líquidas desiludiu no ano de 2014
Vários fatores contribuíram para este comportamento. Do lado das exportações, o
encerramento da unidade de refinação de petróleo, embora que temporário, contribuiu para um
comportamento pior do que o esperado, pois as exportações de combustíveis refinados para o
exterior têm um peso muito significativo nas exportações. Pelo lado das importações, verificou-
se um aumento acima do esperado, refletindo a retoma e o aumento da procura interna,
sobretudo de bens duradouros.
De qualquer forma, a tendência de crescimento da economia, já verificada a partir de meados
de 2013, confirmou-se neste ano de 2014. De muito positivo nota-se a geração de riqueza,
cujos contributos são agora mais equilibrados. Assim, depois de três anos de retração, a
procura interna voltou a aumentar; as importações deixaram de contribuir positivamente para a
expansão, sinalizando o padrão de crescimento mais equilibrado, apoiado pelas componentes
domésticas da procura agregada; e as exportações contribuíram positivamente (embora com
efeito minorado pela interrupção da atividade de refinação).
Para 2015 espera-se um ano de consolidação de tendências, com a expansão da atividade
económica para níveis que deverão atingir cerca de 1,5%. Para este desempenho contribuirá
certamente o contributo positivo da procura interna e o regresso dos contributos favoráveis da
procura externa líquida. O rendimento das famílias deverá aumentar, por via da redução da
carga fiscal e dos aumentos de rendimentos dos funcionários públicos e pensionistas,
derivados das decisões do Tribunal Constitucional. Do lado do Investimento, esperam-se
igualmente notícias positivas, não só ao nível da Construção, mas também em Máquinas e
Equipamentos. Por fim, uma nota para o Turismo, cujo contributo para evolução da economia
nacional continuará a ter um papel fundamental na recuperação esperada.
2. Bases de apresentação das demonstrações financeiras e principais políticas
contabilísticas adotadas
2.1. Bases de apresentação
As demonstrações financeiras apresentadas reportam-se ao exercício findo em 31 de
Dezembro de 2014 e foram preparadas de acordo com o Plano de Contas para as Empresas
de Seguros, emitido pela ASF e aprovado pela Norma Regulamentar n.º 4/2007-R, de 27 de
Abril, e subsequentemente alterado pelas Normas n.º 20/2007-R de 31 de Dezembro e n.º
22/2010-R de 16 de Dezembro, e ainda de acordo com as normas relativas à contabilização
das operações das empresas de seguros estabelecidas pela ASF.
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Este plano de contas, atualmente em vigor, introduziu as Normas Internacionais de
Contabilidade e Reporte Financeiro (“IAS/IFRS”) em vigor tal como adotados na União
Europeia, exceto a IFRS 4 - Contratos de Seguro, relativamente à qual apenas são adotados
os princípios de classificação do tipo de contratos celebrados pelas empresas de seguros. As
IAS/IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards
Board (“IASB”) e as interpretações emitidas pelo Internacional Financial Reporting
Interpretation Committee (“IFRIC”), e pelos respetivos órgãos antecessores.
Tal como descrito abaixo, na nota 2.2, a Companhia adotou na preparação destas
demonstrações financeiras, as normas contabilísticas emitidas pelo IASB e as interpretações
do IFRIC de aplicação obrigatória desde 1 de Janeiro de 2014. Esta adoção teve impacto em
termos de apresentação das demonstrações financeiras e das divulgações, não originando, no
entanto, alterações de políticas contabilísticas, nem afetando a posição financeira da
Companhia.
As demonstrações financeiras estão expressas em euros (exceto, quando indicado) e estão
preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com exceção dos ativos registados ao
justo valor, nomeadamente ativos financeiros e imóveis de rendimento. Os restantes ativos e
passivos são registados ao custo amortizado ou ao custo histórico.
A preparação de demonstrações financeiras requer que a Companhia efetue julgamentos e
estimativas e utilize pressupostos que afetam a aplicação das políticas contabilísticas e os
montantes de rendimentos, gastos, ativos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou
diferenças destes face à realidade poderão ter impactos sobre as atuais estimativas e
julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade ou onde
são utilizados pressupostos e estimativas significativas na preparação das demonstrações
financeiras encontram-se analisadas na nota 3.
As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 13 de
Março de 2015.
2.2. Normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas
Existem as seguintes novas normas adotadas pela União Europeia que são de aplicação
obrigatória a partir de 1 de Janeiro de 2014.
Normas
• IAS 32 (alteração) ‘Compensação de ativos e passivos financeiros. Esta alteração faz
parte do projeto de “compensação de ativos e passivos” do IASB, o qual visa clarificar o
conceito de “deter atualmente o direito legal de compensação”, e clarifica que alguns sistemas
de regularização pelos montantes brutos (as câmaras de compensação) podem ser
equivalentes à compensação por montantes líquidos. A adoção desta norma não teve impacto
nas demonstrações financeiras da companhia.
• IAS 36 (alteração) ‘Divulgação do valor recuperável para ativos não financeiros’. Esta
alteração trata da divulgação de informação sobre o valor recuperável de ativos em imparidade,
quando este tenha sido mensurado através do modelo do justo valor menos custos de vender.
A adoção desta norma não teve impacto nas demonstrações financeiras da companhia.
• IAS 39 (alteração) ‘Novação de derivados e continuidade da contabilidade de
cobertura’. A alteração à IAS 39 permite que uma Entidade mantenha a contabilização de
cobertura, quando a contraparte de um derivado que tenha sido designado como instrumento
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de cobertura, seja alterada para uma câmara de compensação, ou equivalente, como
consequência da aplicação de uma lei ou regulamentação. A adoção desta norma não teve
impacto nas demonstrações financeiras da companhia.
• Alterações à IFRS 10, 12 e IAS 27 - ’Entidades de investimento’. A alteração define
uma Entidade de investimento (‘Investment entities’) e introduz uma exceção à aplicação da
consolidação no âmbito da IFRS 10, para as entidades que qualifiquem como Entidades de
investimento, cujos investimentos em subsidiárias devem ser mensurados ao justo valor
através de resultados do exercício, por referência à IAS 39. Divulgação específicas exigidas
pela IFRS 12. A adoção desta norma não teve impacto nas demonstrações financeiras da
companhia.
• IFRS 10 (nova), ‘Demonstrações financeiras consolidadas’. A IFRS 10 substitui todos
os procedimentos e orientações contabilísticas relativas a controlo e consolidação, incluídas na
IAS 27 e na SIC 12, alterando a definição de controlo e os critérios aplicados para determinar o
controlo. O princípio fundamental de que uma entidade consolidada apresenta a empresa-mãe
e as suas subsidiárias como uma única entidade, permanece inalterado. Esta norma não tem
impacto nas demonstrações financeiras da companhia.
• IFRS 11 (nova), ‘Acordos conjuntos’. A IFRS 11 foca-se nos direitos e obrigações dos
acordos conjuntos em detrimento da sua forma legal. Os acordos conjuntos podem ser
operações conjuntas (direitos sobre os ativos e obrigações) ou empreendimentos conjuntos
(direitos sobre os ativos líquidos pela aplicação do método de equivalência patrimonial). A
consolidação proporcional de empreendimentos conjuntos deixa de ser permitida. Esta norma
não tem impacto nas demonstrações financeiras da companhia.
• IFRS 12 (nova), ‘Divulgação de interesses em outras entidades’. Esta norma
estabelece os requisitos de divulgação para todas as naturezas de interesses em outras
entidades, como: subsidiárias, acordos conjuntos, associadas e entidades estruturadas, de
forma a permitir a avaliação da natureza, riscos e efeitos financeiros associados aos interesses
da Entidade. Esta norma não tem impacto nas demonstrações financeiras da companhia.
• Alterações à IFRS 10, 11 e 12, ‘Regime de transição’. Esta alteração clarifica que,
quando um tratamento contabilístico diferente das orientações da IAS 27/SIC 12 resultar da
adoção da IFRS 10, os comparativos apenas devem ser ajustados para o período contabilístico
imediatamente precedente, sendo as diferenças apuradas reconhecidas no início do período
comparativo, em Capitais próprios. A alteração introduzida na IFRS 11, refere-se à obrigação
de testar para imparidade o investimento financeiro que resulte da descontinuação da
consolidação proporcional. Os requisitos de divulgação específicos estão incluídos na IFRS 12.
Esta alteração não tem impacto nas demonstrações financeiras da companhia.
• IAS 27 (revisão 2011), ‘Demonstrações financeiras separadas’. A IAS 27 foi revista, na
sequência da emissão da IFRS 10, e contém os requisitos de contabilização e divulgação para
os investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas, quando a
Entidade prepara demonstrações financeiras separadas. Esta alteração não tem impacto nas
demonstrações financeiras da companhia.
• IAS 28 (revisão 2011),’Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos’. A
IAS 28 foi revista, na sequência da emissão da IFRS 11, e prescreve o tratamento contabilístico
para investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos, definindo ainda os requisitos
de aplicação do método de equivalência patrimonial. Esta alteração não tem impacto nas
demonstrações financeiras da companhia.
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2.3. Normas, alterações a normas existentes e interpretações que já foram publicadas e
cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de julho
de 2016, ou em data posterior, e que a Companhia decidiu não adotar antecipadamente:
• IAS 1 (alteração), ‘Revisão às divulgações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em
ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso da
União Europeia. A alteração dá indicação relativamente à materialidade e agregação, a
apresentação de subtotais, a estrutura das demonstrações financeiras e a divulgação das
políticas contabilísticas. A companhia irá aplicar esta alteração no início do período anual em
que esta se tornar efectiva. A mesma terá impacto ao nível das divulgações a efectuar nas
demonstrações financeiras.
• IAS 16 e IAS 38 (alteração), ‘Métodos de cálculo de amortização e depreciação
permitidos (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta
alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração
clarifica que a utilização de métodos de cálculo das depreciações/ amortizações de ativos com
base no rédito obtido, não são por regra consideradas adequadas para a mensuração do
padrão de consumo dos benefícios económicos associados ao ativo. É de aplicação
prospectiva. Esta alteração não terá impacto nas demonstrações financeiras da companhia.
• IAS 19 (alteração), ‘Planos de benefícios definidos – Contribuições dos empregados’ (a
aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2014). Esta alteração ainda está
sujeita ao processo de endosso da União Europeia. A alteração à IAS 19 aplica-se a
contribuições de empregados ou entidades terceiras para planos de benefícios definidos, e
pretende simplificar a sua contabilização, quando as contribuições são independentes do
número de anos de serviço. A companhia irá aplicar esta alteração no início do período anual
em que esta se tornar efectiva.
• IAS 27 (alteração), ‘Método da equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras
separadas’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta
alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração
permite que uma entidade aplique o método da equivalência patrimonial na mensuração dos
investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas, nas demonstrações
financeiras separadas. Esta alteração é de aplicação retrospetiva. Esta alteração não terá
impacto nas demonstrações financeiras da companhia.
• Alterações à IFRS 10 e IAS 28, ‘Venda ou contribuição de ativos entre um investidor e
uma sua Associada ou Empreendimento conjunto’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em
ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela
União Europeia. Esta alteração clarifica que na venda ou contribuição de ativos entre um
investidor e uma sua associada ou empreendimento conjunto, o ganho/perda apurado é
reconhecido na totalidade quando os ativos transferidos constituem um negócio, e apenas
parcialmente (na quota-parte detida por terceiros) quando os ativos transferidos não constituem
um negócio. Esta alteração não terá impacto nas demonstrações financeiras da companhia.
• Alterações às IFRS 10, 12 e IAS 28, ‘Entidades de investimento: aplicação da isenção
à obrigação de consolidar’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de
2016). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta
alteração clarifica que a isenção à obrigação de consolidar aplica-se a uma empresa holding
intermédia que constitua uma subsidiária de uma entidade de investimento. Adicionalmente, a
opção de aplicar o método da equivalência patrimonial, de acordo com a IAS 28, é extensível a
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uma entidade, que não é uma entidade de investimento, mas que detém um interesse numa
associada ou empreendimento conjunto que é uma “Entidade de investimento”. Esta alteração
não terá impacto nas demonstrações financeiras da companhia.
• IFRS 11 (alteração), ‘Contabilização da aquisição de interesse numa operação
conjunta’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016).Esta
alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração
introduz orientação acerca da contabilização da aquisição do interesse numa operação
conjunta que qualifica como um negócio, sendo aplicáveis os princípios da IFRS 3 –
concentrações de atividades empresariais. Esta alteração não terá impacto nas demonstrações
financeiras da companhia.
Melhorias às normas 2010 – 2012, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou
após 1 de julho de 2014). Estas melhorias ainda estão sujeitas ao processo de endosso pela
União Europeia. Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 2, IFRS 3, IFRS
8, IFRS 13, IAS 16, IAS 24 e IAS 38. Estas melhorias terão impacto nas demonstrações
financeiras da companhia, ao nível da IFRS 8 e IAS 24.
Melhorias às normas 2011 - 2013, (a aplicar na União Europeia nos exercícios que se iniciem
em ou após 1 de janeiro de 2015). Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS
1, IFRS 3, IFRS 13, e IAS 40. Apenas a melhoria na IAS poderá vir a ter impacto nas contas da
companhia.
Melhorias às normas 2012 - 2014, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou
após 1 de janeiro de 2016). Estas melhorias ainda estão sujeitas ao processo de endosso pela
União Europeia. Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 5, IFRS 7, IAS 19
e IAS 34. Apenas as melhorias na IFRS 7 terão impacto expectável nas divulgações futuras da
companhia.
IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou
após 1 de janeiro de 2018). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União
Europeia. A IFRS 9 substitui os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e
mensuração dos ativos e passivos financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre
créditos a receber (através do modelo da perda esperada); e (iii) aos requisitos para o
reconhecimento e classificação da contabilidade de cobertura. A adoção desta norma terá
impacto nas demonstrações financeiras da companhia.
Interpretações
IFRIC 21 (nova), ‘Taxas do governo’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou
após 17 de junho de 2014). A IFRIC 21 é uma interpretação à IAS 37 e ao
reconhecimento de passivos, clarificando que o acontecimento passado que resulta
numa obrigação de pagamento de uma taxa ou imposto (que não imposto sobre o
rendimento - IRC) corresponde à atividade descrita na legislação relevante que obriga
ao pagamento.
2.4. Principais políticas contabilísticas adotadas
As principais políticas contabilísticas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras
são as descritas abaixo e foram aplicadas de forma consistente para os períodos apresentados
nas demonstrações financeiras.
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2.4.1. Reporte por segmentos
Um segmento de negócio é um conjunto de ativos e operações que estão sujeitos a riscos e
proveitos específicos diferentes de outros segmentos de negócio.
Um segmento geográfico é um conjunto de ativos e operações localizados num ambiente
económico específico, que está sujeito a riscos e proveitos que são diferentes de outros
segmentos que operam em outros ambientes económicos.
2.4.2. Especialização de exercícios
Os rendimentos e os gastos são considerados quando obtidos ou incorridos,
independentemente do momento do recebimento ou pagamento, estando assim relevados nas
demonstrações financeiras dos períodos a que respeitam.
2.4.3. Transações em moeda estrangeira
As conversões para euros das transações em moeda estrangeira são efetuadas ao câmbio em
vigor na data em que ocorrem.
Os valores dos ativos expressos em moeda de países não participantes na União Económica
Europeia (UEM) foram convertidos para euros utilizando o último câmbio de referência indicado
pelo Banco de Portugal.
As diferenças de câmbio entre as taxas em vigor na data da contratação e as vigentes na data
de balanço, relativas aos ativos/passivos monetários, são contabilizadas na conta de ganhos e
perdas do exercício.
Os ativos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda
estrangeira, são convertidos à taxa de câmbio, à data da transação. Ativos e passivos não
monetários expressos em moeda estrangeira registados ao justo valor são convertidos à taxa
de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado. As diferenças cambiais
resultantes são reconhecidas em resultados, exceto no que diz respeito às diferenças
relacionadas com ações classificadas como ativos financeiros disponíveis para venda, as quais
são registadas em reservas.
2.4.4. Ativos tangíveis
Estes bens estão contabilizados ao respetivo custo histórico de aquisição sujeito a depreciação
e testes de imparidade.
Os terrenos não são depreciados. As depreciações dos restantes ativos tangíveis foram
calculadas através da aplicação do método das quotas constantes, por duodécimos, com base
nas seguintes taxas anuais, as quais refletem, de forma razoável, a vida útil estimada dos bens:
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No reconhecimento inicial dos valores dos outros ativos tangíveis, a Companhia capitaliza o
valor de aquisição adicionado de quaisquer encargos necessários para o funcionamento
correto de um dado ativo, de acordo com o disposto na IAS 16 ‘Ativos Fixos Tangíveis’. Ao
nível da mensuração subsequente, a Companhia ota pelo estabelecimento de uma vida útil que
seja capaz de espelhar o tempo estimado de obtenção de benefícios económicos, depreciando
o bem por esse período. A vida útil de cada bem é revista a cada data de relato financeiro.
Os gastos subsequentes com os ativos tangíveis são capitalizados no ativo apenas se for
provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para a Companhia. Todas as
despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como gasto, de acordo com o
princípio da especialização dos exercícios.
Quando existe indicação de que um ativo possa estar em imparidade o seu valor recuperável é
estimado, devendo ser reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de
um ativo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas em
resultados para os ativos registados ao custo.
O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o
seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor atual dos fluxos de caixa estimados
futuros que se esperam vir a obter do uso continuado do ativo e da sua alienação no fim da sua
vida útil.
2.4.5. Propriedades de investimento
A Companhia classifica como imóveis de rendimento os imóveis cuja recuperabilidade seja por
via da obtenção de rendas ao invés do seu uso continuado, utilizando os critérios de
mensuração da IAS 40.
As propriedades de investimento são reconhecidas inicialmente ao custo de aquisição,
incluindo os custos de transação diretamente relacionados, e subsequentemente ao seu justo
valor. Variações de justo valor determinadas a cada data de balanço são reconhecidas em
resultados. As propriedades de investimento não são depreciadas.
Dispêndios subsequentes relacionados são capitalizados quando for provável que a
Companhia venha a obter benefícios económicos futuros em excesso do nível de desempenho
inicialmente estimado.
O justo valor dos terrenos e edifícios de rendimento baseia-se numa valorização efetuada por
um avaliador independente.
Os avaliadores independentes possuem formação académica e qualificação profissional
reconhecida e relevante para a emissão dos relatórios de avaliação, versando várias áreas, das
quais se destacam a consultoria imobiliária, a coordenação, fiscalização e gestão de
empreendimentos, o ensino e a investigação.
A determinação dos valores do património imobiliário, por parte dos avaliadores independentes,
é baseada nos seguintes métodos:
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Método de substituição:
Consiste na determinação do valor do edifício através da soma do valor de mercado do terreno
e de todos os custos necessários à construção de um edifício de iguais características físicas e
funcionais. Na determinação do valor final do edifício deve ser considerada a taxa de
depreciação em função da sua antiguidade, estado de conservação e estimativa de vida útil,
bem como as margens de lucro requeridas.
Método comparativo:
Consiste na avaliação do terreno ou edifício por comparação, ou seja, em função de
transações e/ou propostas efetivas de aquisição em relação a terrenos ou edifícios que
possuam idênticas características físicas e funcionais, e cuja localização se insira numa mesma
área do mercado imobiliário. A utilização deste método requer a existência de uma amostra
representativa e credível em termos de transações e/ou propostas efetivas de aquisição que
não se apresentem desfasadas relativamente ao momento de avaliação.
Método dos múltiplos do Rendimento:
Consiste no apuramento do valor do terreno ou edifício mediante o quociente entre a renda
anual efetiva ou previsivelmente libertada, líquida de encargos de conservação e manutenção,
e uma taxa de remuneração adequado às suas características e ao nível de risco do
investimento, face às condições gerais do mercado imobiliário no momento de avaliação.
Método de atualização de rendas futuras:
Consiste no apuramento do valor do terreno ou edifício através do somatório dos fluxos
financeiros efetiva ou previsivelmente libertados e do seu valor residual no fim do período de
investimento previsto ou da sua vida útil, atualizados a uma taxa de mercado para aplicações
com perfil de risco semelhante.
Ver adicionalmente a Nota 26.
2.4.6. Ativos intangíveis
Os gastos incorridos com a aquisição de software são reconhecidos como ativos intangíveis,
assim como as despesas adicionais suportadas pela Companhia necessárias à sua
implementação.
Os gastos diretamente relacionados com o desenvolvimento de software pela Companhia,
relativamente aos quais se verifiquem as seguintes condições, são reconhecidos como ativos
intangíveis, de acordo com a IAS 38 ’Ativos Intangíveis’:
a) O desenvolvimento do software é algo tecnicamente viável, para que fique disponível
para utilização;
b) A Companhia pretende completar o software e utiliza-o;
c) Existe intenção pela Companhia, de completar o software e utilizá-lo;
d) É possível demonstrar que o software irá gerar benefícios económicos futuros;
e) A Companhia dispõe de adequados recursos técnicos, financeiros e outros para
concluir o desenvolvimento e usar o software, e
f) As despesas atribuíveis ao desenvolvimento do software durante o seu
desenvolvimento podem ser mensuradas.
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Os ativos intangíveis estão mensurados ao respetivo custo histórico de aquisição, sendo
sujeitos a amortizações e testes de imparidade. As suas amortizações são calculadas através
de aplicação do método das quotas constantes, seguindo o critério duodecimal, ao longo de 3
anos, período que reflete de forma razoável a vida útil estimada dos ativos intangíveis.
Todos os restantes encargos relacionados com os serviços informáticos, incluindo a
manutenção de software, são reconhecidos como gastos quando incorridos.
2.4.7. Ativos financeiros
i) Classificação
A Companhia classifica os seus ativos financeiros no momento da sua aquisição
considerando a intenção que lhes está subjacente, de acordo com as seguintes categorias:
Ativos financeiros detidos para negociação
Adquiridos com o principal objetivo de gerar valias no curto prazo. Esta categoria inclui
também os derivados que não se encontrem designados para cobertura contabilística.
Ativos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de
ganhos e perdas
Esta categoria inclui os ativos com derivados embutidos, designados no momento do
seu reconhecimento inicial ao justo valor, com as variações subsequentes no justo
valor reconhecidas em resultados.
Ativos financeiros a deter até à maturidade
Nesta categoria são classificados títulos de rendimento fixo, apresentando uma
maturidade e fluxos de caixa fixos ou determináveis, que a Companhia tem intenção e
capacidade de deter até ao seu vencimento. Estes ativos financeiros encontram-se
registados pelo custo amortizado. De acordo com este método, o valor do instrumento
financeiro em cada data de balanço corresponde ao seu custo inicial, deduzido de
reembolsos de capital efetuados e perdas por imparidade, e ajustado pela amortização
com base no método da taxa efetiva, de qualquer diferença entre o custo inicial e o
valor de reembolso.
Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efetiva, que permite calcular o
custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efetiva
é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados
associados ao instrumento financeiro, permite igualar o seu valor atual ao valor do
instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.
Taxa anual
Aplicações informáticas 33,33%
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Empréstimos concedidos e contas a receber
Os empréstimos e contas a receber incluem os ativos financeiros não derivados com
pagamentos fixado ou determinável, não admitidos à cotação num mercado ativo. São
registados neste elemento do ativo os depósitos a prazo em instituições de crédito.
Ativos financeiros disponíveis para venda
Os ativos disponíveis para venda são ativos financeiros não derivados que (i) a
Companhia tem intenção de manter por tempo indeterminado, (ii) que são designados
como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) que
não se enquadrem nas categorias anteriormente referidas.
ii) Reconhecimento, mensuração inicial e desreconhecimento
Aquisições e alienações: (i) ativos financeiros ao justo valor através dos resultados, (ii)
ativos financeiros disponíveis para venda e (iii) investimentos a deter até à maturidade, são
reconhecidos na data da negociação (trade date), ou seja, na data em que a Companhia se
compromete a adquirir ou alienar o ativo. Os ativos financeiros referidos acima são
inicialmente reconhecidos ao seu justo valor adicionado dos custos de transação, exceto
nos casos de ativos financeiros ao justo valor através de resultados, caso em que estes
custos de transação são diretamente registados em resultados.
Os ativos financeiros são desreconhecidos quando (i) expiram os direitos contratuais da
Companhia ao recebimento dos seus fluxos de caixa, (ii) a Companhia tenha transferido
substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção ou (iii) não
obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados
à sua detenção, a Companhia tenha transferido o controlo sobre os ativos.
iii) Mensuração subsequente
Após o seu reconhecimento inicial, os ativos financeiros detidos para negociação e os ativos
financeiros ao justo valor com reconhecimento em ganhos e perdas são valorizados ao justo
valor, sendo as suas variações reconhecidas em ganhos e perdas.
Os investimentos detidos para venda são igualmente registados ao justo valor sendo, no
entanto, as respetivas variações reconhecidas em reservas, na parte que pertence ao
acionista, até que os investimentos sejam desreconhecidos, ou seja, identificada uma perda
por imparidade, momento em que o valor acumulado dos ganhos e perdas potenciais
registados em reservas é transferido para resultados. No caso dos produtos com
participação nos resultados, as variações do justo valor são reconhecidas inicialmente em
Reservas (Capital Próprio) e, posteriormente, transferidas para a conta de ‘Participação nos
resultados a atribuir’, na quota-parte pertencente ao beneficiário.
Ainda relativamente aos ativos monetários disponíveis para venda, o ajustamento ao valor
de balanço compreende a separação entre (i) as amortizações segundo a taxa efetiva, (ii)
as variações cambiais (no caso de denominação em moeda estrangeira) – ambas por
contrapartida de resultados - e (iii) as variações no justo valor (exceto risco cambial),
conforme descrito acima.
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Os investimentos a deter até à maturidade são mensurados em balanço ao custo
amortizado, de acordo com o método da taxa efetiva, com as amortizações (juros, valores
incrementais e prémios e descontos) a serem registados na conta de ganhos e perdas.
O justo valor dos ativos financeiros cotados é o seu preço de compra corrente (“bid-price”).
Na ausência de cotação, a Companhia estima o justo valor utilizando (i) metodologias de
avaliação, tais como, a utilização de preços de transações recentes, semelhantes e
realizadas em condições de mercado, técnicas de fluxos de caixa descontados e modelos
de avaliação de opções parametrizados de modo a refletir as particularidades e
circunstâncias do instrumento, e (ii) pressupostos de avaliação baseados em informações
de mercado.
Os instrumentos financeiros para os quais não é possível mensurar com fiabilidade o justo
valor, bem como as ações não cotadas, são registados ao custo de aquisição.
iv) Transferências entre categorias de ativos financeiros
Em Outubro de 2008 o IASB emitiu a revisão da norma IAS 39 ‘Reclassificação de
instrumentos financeiros’ (Amendements to IAS 39 ‘Financial Instruments: Recognition and
Measurement’ e IFRS 7 ‘Financial Instruments Disclosures’). Esta alteração veio permitir
que uma entidade transfira ativos financeiros detidos para negociação para as carteiras de
ativos financeiros disponíveis para venda, empréstimos concedidos e contas a receber ou
para ativos financeiros detidos até à maturidade, desde que esses ativos financeiros
obedeçam às caraterísticas de cada categoria.
As transferências de ativos financeiros disponíveis para venda para as categorias de
empréstimos concedidos e contas a receber e investimentos a deter até à maturidade, são
também permitidas.
v) Imparidade
Imparidade de títulos
A Companhia avalia regularmente, por carteira de títulos, se existe evidência objetiva de
que um ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, apresentem sinais de imparidade.
Para os ativos financeiros que apresentem sinais de imparidade, é determinado o respetivo
valor recuperável, sendo as perdas por imparidade registadas por contrapartida da conta de
ganhos e perdas.
Um ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, encontra-se em imparidade sempre que
exista evidência objetiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram
após o seu reconhecimento inicial, tais como: (i) para os instrumentos de capital cotados,
uma desvalorização continuada ou de valor significativo na sua cotação, e (ii) para títulos de
divida, quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor estimado dos fluxos de
caixa futuros do ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, que possa ser estimado
com razoabilidade.
A Companhia considera que um ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, se encontra
em imparidade após o reconhecimento inicial, de acordo com regras estabelecidas pela
ASF.
Assim, o ativo financeiro é objeto de imparidade, se:
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a) Já tiver sido objeto de imparidade em exercícios anteriores; ou
b) A cotação de bolsa esteja em permanência inferior ao valor de custo (declinio
prolongado) nos últimos 24 meses, ou
c) A cotação na data de fecho é inferior a 50% do valor de custo, variando esta
percentagem em função da volatilidade média dos Mercados (declínio
significativo de 50%).
O montante da imparidade apurado é reconhecido em custos, e resulta da diferença entre o
valor de custo e o valor de cotação à data de fecho, deduzida de qualquer perda de
imparidade, no ativo, anteriormente reconhecida em resultados.
Quando existe evidência de imparidade nos ativos financeiros disponíveis para venda, a
perda potencial acumulada em reservas, correspondente à diferença entre o custo de
aquisição e o justo valor atual, deduzida de qualquer perda de imparidade no ativo
anteriormente reconhecida em resultados, é transferida para resultados. Se num período
subsequente o montante da perda de imparidade diminui, a perda de imparidade
anteriormente reconhecida é revertida por contrapartida de resultados do exercício até à
reposição do custo de aquisição, Esta situação acontece se o aumento for objetivamente
relacionado com um evento ocorrido após o reconhecimento da perda de imparidade,
exceto no caso da ações ou outros instrumentos de capital para os quais não é possível
reconhecer qualquer reversão de imparidade. As valorizações subsequentes de ações e
outros instrumentos de capital são reconhecidas em reservas.
No que se refere aos investimentos detidos até à maturidade, as perdas por imparidade
correspondem à diferença entre o valor contabilístico do ativo e o valor atual dos fluxos de
caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de
juro efetiva original do ativo financeiro. Estes ativos são apresentados no ativo, líquidos de
imparidade. Caso estejamos perante um ativo com taxa de juro variável, a taxa de juro a
utilizar para a determinação da respetiva perda de imparidade é a taxa de juro efetiva atual,
determinada com base nas regras de cada contrato. Em relação aos investimentos detidos
até à maturidade, se num período subsequente o montante de perda por imparidade
diminui, e essa diminuição pode ser objetivamente relacionada com um evento que ocorreu
após o reconhecimento da imparidade, esta é revertida por contrapartida de resultados do
exercício.
Ajustamentos de recibos por cobrar e para créditos de cobrança duvidosa
Os ajustamentos de recibos por cobrar têm por objetivo reduzir o montante dos prémios em
cobrança ao seu valor estimado de realização. Os recibos emitidos e não cobrados no final
do exercício são refletidos na rubrica ‘Contas a receber por operações de seguro direto’.
O cálculo destes ajustamentos é efetuado com base nos valores dos prémios por cobrar,
aplicando os critérios definidos pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de
Pensões, de base económica.
Retomando a situação dos produtos financeiros, importa referir que, excecionalmente, e
devido a limitações dos circuitos administrativos e informáticos, podem ocorrer situações em
que estando as apólices financeiras já anuladas, existam recibos que a elas respeitam, se
encontrem por regularizar (i.e. em cobrança). Os recibos que se encontrem nesta situação
deverão ser analisados caso a caso e constituído o respetivo ajustamento para recibos por
cobrar. No final de 2014 não existiam recibos nestas circunstâncias, pelo que não houve
necessidade de constituir nenhum ajustamento a eles referente.
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Os ajustamentos para créditos de cobrança duvidosa destinam-se a reduzir o montante dos
saldos a receber resultantes de operações de seguro direto, de resseguro ou outras, à
exceção dos recibos por cobrar, ao seu valor provável de realização, sendo calculado em
função da antiguidade dos referidos saldos, tendo por base uma análise económica.
A Companhia realiza iniciativas para a regularização dos montantes em dívida, quer através
da sua área de contencioso quer recorrendo posteriormente, se for o caso, à via judicial.
2.4.8. Outros ativos financeiros: derivados embutidos e instrumentos financeiros
derivados
Os instrumentos financeiros derivados são reconhecidos na data da sua negociação (trade
date) pelo seu justo valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros
derivados é reavaliado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa
reavaliação registados diretamente em resultados do período.
O justo valor dos instrumentos financeiros derivados corresponde ao seu valor de mercado.
Os instrumentos financeiros com derivados embutidos são reconhecidos inicialmente ao justo
valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é reavaliado
numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados
diretamente em resultados do período, nos casos em que o derivado não está intimamente
relacionado com o ativo base, e na reserva de reavaliação nos restantes casos.
O justo valor é baseado em preços de cotação de mercado, quando disponíveis, e na ausência
de cotação (inexistência de mercado ativo) é determinado com base na utilização de preços de
transações recentes semelhantes, e realizadas em condições de mercado ou com base em
metodologias de avaliação disponibilizadas por entidades especializadas, baseadas em
técnicas de fluxos de caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o
efeito do tempo, a curva de rentabilidade e fatores de volatilidade.
2.4.9. Passivos financeiros
Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual
da sua liquidação ser efetuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro ativo financeiro,
independentemente da sua forma legal.
A Companhia tem registados como passivos financeiros os passivos resultantes de contratos
de investimento (operações de capitalização com taxa garantida e sem participação nos
resultados).
Os passivos financeiros incluem passivos de contrato de investimento e são registados (i)
inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de transação incorridos e (ii)
subsequentemente ao custo amortizado, com base no método da taxa efetiva.
2.4.10. Caixa e equivalentes de caixa
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e seus equivalentes
englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da
data de balanço, prontamente convertíveis em dinheiro e com risco reduzido de alteração de
valor, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em instituições de crédito.
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2.4.11. Capital social
As ações são classificadas como capital próprio quando não há obrigação de transferir dinheiro
ou outros ativos. Os custos incrementais diretamente atribuíveis à emissão de instrumentos de
capital são apresentados no capital próprio como uma dedução dos proventos, líquida de
imposto.
2.4.12. Contratos de seguro e contratos de investimento
Os Contratos de seguro são contratos segundo o qual a seguradora aceita um risco de seguro
significativo do segurado, aceitando compensar este no caso de um acontecimento futuro
incerto especificado o afetar de forma adversa. Este tipo de contrato cai no âmbito da IFRS 4
(seguros de vida puros);
Os Contratos de investimento são contratos que envolvem exclusivamente risco financeiro.
Estes contratos podem ainda ser diferenciados entre contratos puramente financeiros e
aqueles que possuem uma caraterística de participação discricionária. Se os contratos de
investimento forem puros cairão no âmbito da IAS 39 (é o caso dos produtos de taxa garantida
e sem participação nos resultados), enquanto os contratos com a caraterística de participação
discricionária se inserem na IFRS 4 (Produtos de capitalização com taxa garantida e com
participação nos resultados), tal como os Unit Linked com componente de risco.
A. Os contratos de seguro e os contratos de investimento com participação nos resultados,
são reconhecidos e mensurados como segue:
i) Prémios
Os prémios brutos emitidos são registados como proveitos no exercício a que respeitam,
independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.
Os prémios de resseguro cedido são registados como custos no exercício a que respeitam,
da mesma forma que os prémios brutos emitidos.
ii) Custos de aquisição
Os custos de aquisição são essencialmente representados pela remuneração
contratualmente atribuída aos mediadores pela angariação de contratos de seguro e de
investimento.
As comissões contratadas são registadas como gastos no momento da emissão dos
respetivos prémios ou renovação das respetivas apólices.