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NOSSO Informativo mensal do Câmpus Salvador campus Abr / Mai 2014 Ano 2 N° 10 Projeto acadêmico beneficia ONGs Combate à opressão é o mote do Coletivo Pagu Salinas é destaque em pesca e aquicultura
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Nosso Campus #10 - Abril / Maio 2014

Mar 22, 2016

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Crescencio Lima

Informativo mensal do IFBA Câmpus Salvador
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NOSSOInformativo mensal do Câmpus Salvador

campusAbr / Mai 2014 Ano 2 N° 10

Projeto acadêmicobeneficia ONGs

Combate à opressãoé o mote do Coletivo Pagu

Salinas é destaqueem pesca e aquicultura

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2 Abril / Maio 2014

Com a palavra...

Reitora Aurina Santana, Diretor Geral do Câmpus Salvador Alberti no Nascimento, Coordenadora de Comunicação Andréa Costa - DRT BA 1962, Jornalista responsável Verusa Pinho - DRT BA 3546, Reportagem Gabriela Cirqueira e Verusa Pinho, Projeto gráfi co Gustavo Pontas, Diagramação Felippe Moura e Lilian Caldas, Revisão Andréa Costa, Apoio administrati vo Ana Paula Couti nho, Impressão Grasb | Periodicidade Mensal, Tiragem 1.000 exemplares, Circulação Câmpus Salvador e Reitoria | Endereço Rua Emídio dos Santos, s/n, Barbalho - Salvador/BA, CEP: 40301-015 | Telefone (71) 2102-9509 | Facebook IFBA_Salvador_Ofi cial | Site www.ifb  a.edu.br | Email comunicacao_ssa@ifb  a.edu.br

Certa  vez,  ouvi  dizer  que os  fi nais  são  clichês,  os  proble-mas se resolvem, o mocinho e a mocinha  se  casam,  as  disputam terminam e todas as relações se encaixam de forma harmônica. É justamente esse senti mento que vivo agora e, talvez, seja esse tal fi nal de novela que os alunos do 4º ano começam a viver. 

Não é  fácil  concluir um cur-so. No IFBA, vivemos, desde o iní-cio,  muitas  expectati vas,  depois decepções  e  surpresas.  Mas  é quase  unanimidade  que  o  Insti -tuto Federal da Bahia transforma vidas! A maioria  dos  jovens que entra  nos  cursos  integrados  se depara com uma liberdade com-pletamente diferente dos outros colégios. Alguns aproveitam essa liberdade  para  amadurecer  -  os que não o fazem raramente che-gam até o fi nal. É justamente isso que o IFBA é capaz de fazer com as pessoas: crescer!

Lembro-me até hoje da aula inaugural,  quando  professor  Al-berti no falava sobre uma relação de  amor  e  ódio  entre  os  alunos e o  IFBA. Mas  todos que  se  for-maram  queriam  fi car  mais  um pouco.  Confi rmo  essa  afi rmação e tenho certeza de que todos os 

meus  colegas  formandos  tam-bém gostariam de fi car mais um pouco. Talvez esse senti mento de pouco se  torne muito, uma sau-dade  que  começa  antes mesmo da nossa saída. 

Para os colegas, digo que as amizades consolidadas permane-

marcam de forma decisiva, mas, certamente,  todos  deixam  algo que fi ca para sempre.

O único casamento que per-cebo nesse fi nal é simbólico, um laço que vai permanecer ao longo da vida. Foram dias se preparan-do  para  aquela  prova;  um  can-saço  enorme  naquela  reposição de  tarde;  um  esforço  parti cipar daquele  campeonato  de  futsal; uma alegria passar em matemá-ti ca;  aquela  inesquecível  manhã na  praça  vermelha;  o  desfrutar do vento na quadra externa; fi car estudando por dias na biblioteca; aquela  semana  inteira  de moni-torias;  aquela  lista  de  milhares de questões; aquela eleição con-turbada do grêmio; aquele pedi-do de 0,2 décimos ao professor; aquele  óti mo  professor;  aquele professor chato; aquela aula que peguei  no  sono;  aquele  dia  que fi quei até tarde no ponto de ôni-bus;  aquela  ladeira  onde  quase me assaltaram; aquela visita téc-nica  que  amei...  Senti rei  muita falta desse IFBA!

José William OliveiraEx-aluno de automação in-

dustrial e ex-membro do grêmio e do Conselho Superior (CONSUP)

cerão  por  anos,  um  companhei-rismo  que  ajuda  a  enfrentar  os problemas e nos faz mais fortes. Aos  professores,  uma  enorme admiração.  Bem  verdade  que muitos  passam  pela  trajetória dos alunos e não  são  todos que 

“No IFBA, vivemos desde o início

muitas expectativas, depois decepções

e surpresas. Mas é quase unanimidade

que o Instituto Federal da Bahia

transforma vidas!”

Envie o seu arti go, de 30 a 40 linhas, ou sugestão de pauta para comunicacao_ssa@ifb  a.edu.br, com nome completo, curso ou setor, além de contatos telefônicos.  Serão desconsideradas as produções de caráter políti co-parti dário e/ou religioso, bem como conteúdos preconceituosos e depreciati vos a grupos e/ou pessoas. 

O final é clichê

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Social

Elaborado pelo docente do Câm-pus  Salvador  Luiz  Machado,  em  par-ceria com o professor Luiz Cláudio dos Santos  e  estudantes do  curso  técnico de informáti ca do Câmpus Camaçari, o Projeto Ada tem por objeti vo dar opor-tunidades  a  organizações  que  preci-sam  informati zar  seus  serviços,  em busca  de  um  melhor  arranjo  insti tu-cional, inserindo as pessoas no mundo globalizado através da inclusão digital. 

Com  o  compromisso  de  benefi -ciar organizações não governamentais (ONGs),  a  ação  começou  em  2010, quando o professor Luiz Machado esta-va lotado em Camaçari, e já benefi ciou 10 insti tuições, com o desenvolvimen-to  de  sistemas  para  armazenamento de  dados.  “Diante  desse  contexto,  as intenções  são  as  melhores  possíveis. Exercer o nosso papel de cidadão, aju-dando insti tuições que não têm meios para  adquirir  um  soft ware  que  facili-te  suas  demandas  diárias.  Para  isso, uti lizamos  os  recursos  tecnológicos aprendidos durante o curso”, explica o docente.

“Quem deu o nome ao Ada - que é uma linguagem de programação - foi o aluno Pedro Torres, da primeira tur-ma de  informáti ca de Camaçari. Esta-mos na 3ª edição, com algumas novi-dades. Agora as ati vidades acontecem no Câmpus Salvador, com graduandos da  engenharia  industrial  elétrica,  que estão  desenvolvendo  os  sistemas  em linguagem Java e, posteriormente,  fa-rão  o  acompanhamento  das  pessoas responsáveis pelo armazenamento de dados nas insti tuições - Associação Be-nefi cente Metropolitana  (ABM)  e  As-sociação de Combate às Drogas e Vio-

Professores e estudantes desenvolvem softwares para ONGs

Inclusão digitallência contra Crianças e Adolescentes do  Estado  da  Bahia  (Agencombate)”, conclui.

Para  Rubens  Moreira,  aluno  do 5º  semestre  da  referida  graduação,  a expectati va  é  de  cumprir  o  esperado para uti lização do banco de dados de forma plena. “A linguagem de progra-mação Java tem interface mais ‘elegan-te’, com aplicações de médio a grande porte. Criar a primeira versão de uma aplicação como essa, mesmo uti lizan-do ferramentas poderosas, é mais tra-balhoso do que muitas  linguagens de alta  produti vidade.  Porém,  com  uma linguagem madura  como  a  Java,  será mais fácil e rápido fazer alterações no sistema, desde que sejam respeitadas as boas práti cas e recomendações so-bre design  orientado  a  objetos”,  des-creve o jovem.

Em março, os estudantes apresen-taram os resultados alcançados, como nota  fi nal  da  disciplina  de  computa-ção aplicada. Na opinião do colega de curso, Victor Bulhosa, que,  junto com mais dois graduandos - Gabriel Casaes e Diego Meireles - está desenvolvendo soft ware  voltado para  o  cadastro  das crianças  da  ABM,  a  ideia  é  oferecer um  programa  simples,  que  não  traga difi culdade  na  manipulação  do  usuá-rio. “Nosso objeti vo é desenvolver um soft ware capaz de realizar cadastros e gerar relatórios com as informações do banco de dados. Essa é a primeira vez que eu parti cipo de uma ati vidade as-sim. A iniciati va é importante porque, como  futuros  engenheiros,  temos  a obrigação  de  criar  projetos  que  me-lhorem o modo de viver e trabalhar da sociedade”, conclui.

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Capa

4 NOSSO Abril / Maio 2014

uma combinação mais do que necessária

O Brasil tem potencial para atin-gir,  até  2030,  uma  produção  anual de 20 milhões de toneladas de peixe, assumindo  um  papel  importante  no aproveitamento do pescado mundial. Atualmente, o país contabiliza 1,3 mi-lhão de toneladas por ano, dado que revela  não  só  o  potencial  existente, mas a necessidade de investimentos e atenção ao setor. Os dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Peque-nas  Empresas  (Sebrae)  foram  moti-vadores para o  l Seminário de Pesca, Aquicultura e Meio Ambiente de Salva-dor e Salinas da Margarida, promovido pelo IFBA, de 28 a 30 de abril.

“O estado da Bahia possui mais de 1.000 km de litoral e a Baía de Todos-os-Santos (BTS) é uma das maiores do planeta, com importância econômica, social e histórica muito maior que o seu tamanho físico. Mais de três milhões de  habitantes,  inúmeras  empresas  e indústrias, além de um grande número de pescadores e marisqueiras, tiram de suas águas o sustento familiar. Integrar as informações sobre as atividades da pesca, aquicultura e meio ambiente é fundamental para o desenvolvimento sustentável  e  duradouro  das  popula-ções da BTS. Esse é o principal objetivo do  evento”,  explica  o  professor  José Martin Ucha, presidente da comissão organizadora do  seminário e  coorde-nador do Núcleo Avançado de Salinas da Margarida.

Segundo especialistas, a pesca ar-tesanal necessita de mais ações gover-namentais, principalmente ao conside-

rar a captura desordenada de espécies para consumo, a pesca ilegal e os indí-cios de sobrepesca. Nesse contexto, o Câmpus Salvador do IFBA, através do Núcleo Avançado Salinas, vem promo-vendo a realização de cursos - por meio do Programa Certific - e eventos para promover o manejo adequado das es-pécies, dando suporte para um melhor investimento  produtivo  e  sustentável nas áreas de pesca e aquicultura, com a formação e qualificação de profissio-nais para atuar no setor.  

“Com a criação dos Nupas - Nú-cleos  de  Pesquisa  Aplicada  em  Pes-ca e Aquicultura  - pelo Ministério da Educação  (MEC),  em 2008,  liderados pelos institutos federais, e a oferta de recursos  específicos  para  a  pesquisa aplicada, um novo panorama foi aber-to e, apesar da descontinuidade dessa política por parte do MEC, os Nupas ca-minharam e muito trabalho tem sido concretizado,  incluindo  a  qualificação de professores em nível de mestrado e 

doutorado no Instituto de Ciências do Mar da Universidade Federal do Ceará (UFC). O IFBA, que já possui, no Câm-pus  Valença,  o  curso  de  aquicultura desde a sua fundação, tem agora, no Núcleo Avançado de Salinas da Mar-garida, um projeto para a implantação do curso técnico em pesca e aquicul-tura,  com  ênfase  na  produção  e  no desenvolvimento de espécies nativas”, comenta a docente Cristiane Silvão, in-tegrante da comissão organizadora do seminário. 

Durante  o  evento,  foram  discu-tidos  diferentes  temas,  como povoa-mento de manguezais, contaminação da  BTS,  desenvolvimento  sustentável da  pesca,  aquicultura  familiar,  de-sempenho  reprodutivo  de  espécies marinhas,  zoneamento  de  parques aquícolas  e  licenciamento  ambien-tal, Programa Certific, homeopatia na aquicultura, além da criação de crustá-ceos (carcinicultura), rãs (ranicultura) e peixes (pisicultura) para a alimentação 

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Pesca, aquicultura e meio ambiente:

Professora Cristiane (ao centro) com mariscadeiras no laboratório móvel

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humana.  Ao  lado  dessas  palestras, conduzidas  por  profissionais  do  IFBA e  especialistas  de  outras  instituições, houve visita à Baía de Todos-os-Santos e apresentação cultural. 

CertificA Rede Nacional de Certificação 

Profissional e Formação Inicial e Con-tinuada (Rede Certific) é uma política pública de inclusão social que se institui através da articulação do Ministério da Educação (MEC) e Ministério do Traba-lho e Emprego (MTE), em cooperação com as instituições e organizações que compõem a referida Rede, como o Ins-tituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA). 

A  ação  no  IFBA  é  voltada  para trabalhadores/profissionais  com  ida-de mínima de 18 anos, que atuam ou tenham atuado na preparação de pes-cados, independentemente da escola-ridade, com o objetivo de reconhecer os saberes adquiridos na sua trajetória de vida. Durante o processo, não é exi-gida  documentação  para  comprovar experiência profissional, nem há limite de vagas, assim, todos os trabalhado-res  que  se  inscrevem  são  atendidos conforme  calendário  institucional  di-vulgado após o  término do processo de inscrição. 

No IFBA, o Programa Certific teve início em 2010,  com a assinatura do convênio  com a Prefeitura Municipal de Salinas da Margarida. Desde então, é o único da instituição em andamento. A  partir  de  2011,  foram  certificadas duas turmas concomitantemente em Conceição e Cairu, distritos de Salinas. Depois, o Certific esteve nas comuni-dades de Encarnação e na sede de Sa-linas, com mais de 150 mariscadeiras e pescadores certificados em prepara-ção e higienização de pescados. 

Para obter a certificação, é ofere-cido um curso de 200 horas, com dis-ciplinas voltadas para boas práticas de 

fabricação;  qualidade  dos  alimentos; pesca  sustentável;  saúde,  meio  am-biente e segurança no trabalho; inclu-são digital e relações humanas; asso-ciativismo, cooperativismo e economia solidária.

“O Certific em Preparação de Pes-cados foi o primeiro do país a adquirir um  laboratório móvel  completo,  um trailer de 12 metros de comprimento, com cozinha, bancadas, microscópio e todo o equipamento necessário para as aulas práticas. Dentre as atividades que  os  profissionais  formados  estão aptos a desenvolver, está a prestação de serviço em entrepostos de pesca-dos e restaurantes. Mas o IFBA presta especial  atenção  ao  cooperativismo, que  pode  ser  um  grande  auxiliar  na emancipação  das  comunidades  de marisqueiras e pescadores”, explica o professor José Ucha. 

Nesse  contexto,  as  certificadas das  primeiras  turmas  organizaram uma  cooperativa.  “Mas  isso  ainda  é pouco, e como uma das ações que o Programa propõe é a elevação da esco-laridade, o IFBA, em 2013, conseguiu a cessão de um terreno para estabelecer o seu Núcleo Avançado de Salinas da Margarida, ligado ao Câmpus Salvador. Nessa área está em fase final de cons-trução a futura Escola de Pesca e Aqui-cultura, que oferecerá curso técnico na modalidade subsequente, e, na etapa 

de licitação, o projeto para construção do Laboratório de Reprodução de Es-pécies Marinhas Nativas, baseado na excelência  do  Centro  de  Estudos  do Mar - Labomar, da Universidade Fede-ral do Ceará (UFC), onde a professora Cristiane  Silvão  (uma  das  ‘mães’  do Programa)  está  se  doutorando,  para trazer a experiência da criação de espé-cies nativas à Baía de Todos-os-Santos e fazer do Núcleo Avançado de Salinas da Margarida um centro de referência na área”, conclui o docente.

Na opinião de Márcia Maria Cer-queira,  que  foi  aluna  do  Certific  em 2013  e  integra  a  Associação  de  Pes-cadores e Marisqueiras de Salinas da Margarida (Apasma), o programa fez o diferencial nas suas práticas de higiene e conservação dos alimentos. “Gostei muito do curso, principalmente quan-do  aprendemos  sobre  as  bactérias. Professor Ucha ensinou a gente a pegar o marisco na maré, deixar de molho, limpar a lama e areia. O resultado é um melhor sabor, mais apurado. Também presto mais  atenção  na  conservação dos alimentos, inclusive no meu dia a dia em casa. Tenho o 2º grau completo e pretendo continuar os estudos, parti-cipando da nova formação técnica que o IFBA irá oferecer. Atualmente estou matriculada no Pronatec e farei curso de ajudante de cozinha”, explica a ma-risqueira e vendedora de acarajé.

Estudantes do programa participam de aulas práticas

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6 Abril / Maio 2014

Curtas

Dia  7  de  maio,  acontece  o  II  Seminário de  Extensão  Direc/Cisa,  quando  serão apresentados  os  resultados  da  execução  dos projetos aprovados no edital nº 1/2013, voltado para as áreas de estudo da Comissão Interna de Sustentabilidade  Ambiental  (Cisa).  Os  projetos propõem  ações  para  o  ambiente  físico  do câmpus, que visam à eliminação do desperdício, à diminuição do consumo e de rejeitos, servindo de  base  para  a  conscientização  e  educação ambiental.  Participaram  estudantes  de  todos os  níveis,  sob  orientação  de  um  professor  ou técnico-administrativo.  O  evento  ocorre  das 8h às 13h, no Áudio 1 do bloco B. Na ocasião, também  haverá  o  lançamento  do  edital  2014, com  inscrições  previstas  para  o  período  de  8 a  23  de maio.  Aos  presentes  será  distribuída, ainda,  a  cartilha  “Consumo  e  desperdício”, do  grupo  Educação  Ambiental  da  Cisa.  Mais informações  no  telefone  2102-9529  ou  pelo e-mail [email protected]

II Seminário Direc/Cisa

No mês de maio, os estudantes do ensino técnico  que  desejam  solicitar  trancamento  de matrícula devem estar atentos para o  término do  prazo,  que  se  encerra  no  dia  9.  Já  para  os graduandos,  esse  pedido  deve  ser  feito  de 12  a  23  de  maio,  enquanto  a  solicitação  das disciplinas a serem oferecidas em 2014.2, de 13 a 15 do mesmo mês. 

Calendário acadêmico

Você sabia que o Câmpus Salvador dispõe de  um  espaço  para  recebimento  e  análise  de sugestões,  elogios,  críticas  e  reclamações? É  a  Ouvidoria,  setor  ligado  à  Diretoria  Geral, que  está  localizado  no  3º  andar  do  prédio administrativo (bloco A). Para ecaminhar a sua solicitação, basta acessar a página http://www.salvador.ifba.edu.br/ouvidoria.html

Ouvidoria Até  junho,  acontecem  as  defesas  de 

monografia da pós-graduação em computação ubíqua  e  distribuída,  oferecida  no  Câmpus Salvador do IFBA desde 2012, através do Grupo de  Sistemas  Distribuídos,  Otimização,  Redes e  Tempo  Real  (GSORT).    As  apresentações ocorrem  na  sala  do  grupo,  localizada  no  3º andar do prédio  administrativo  (bloco A).  Este ano,  mais  25  vagas  foram  oferecidas  para  a especialização. Com carga horária de 364 horas, as aulas ocorrem em dias úteis, das 18h às 22h, e aos sábados, das 8h às 12h.  Mais informações em [email protected] e [email protected]

Defesas de monografia

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Canal do Estudante

Pagu contra a opressãoPatrícia  Galvão,  jornalista  e  artista 

brasileira da década de 1920, é home-nageada de um grupo recém-formado no  Câmpus  Salvador  do  IFBA.  Desde 2013, estudantes dos cursos técnicos in-tegrados se reúnem para discutir temas como machismo, homofobia e racismo, de maneira crítica e dinâmica, através do Coletivo Pagu. 

“Enquanto  o  Coletivo  estava  se estruturando, tinha um nome genérico: ‘Coletivo  Permanente  de  Combate  à Opressão’. Com a organização e a neces-sidade de identificação do grupo, escolhe-mos Pagu, que era o apelido de Patrícia Rehder Galvão, ícone para o movimento modernista, que se iniciou em 1922 no Brasil, e grande referência feminista, por contrapor às regras de comportamento impostas  às  mulheres  naquela  época, tendo sido, inclusive, a primeira mulher presa no Brasil por motivações políticas”, explica Gabriela Bacelar, ex-aluna do curso técnico integrado de química e uma das idealizadoras do Coletivo.

Segundo a jovem, a iniciativa é um canal  para  dialogar  e  agir,  instrumento de  auto-organização,  que  dá  voz  aos estudantes.  “Buscamos  estratégias  de intervenção  que  dialoguem  com  a  so-ciedade e proponham medidas a serem executadas  pelos  órgãos  administrati-vos da  instituição. Para além das ques-tões práticas e imediatas, os estudantes precisam compreender o papel dessas minorias, sua relação com o Estado, his-tória do movimento, sem intolerância ou compreensão limitada de que opressão é algo fechado em si mesmo, causado uni-camente pelos sujeitos que humilham ou violentam, mas destacando sua  ligação com macroestruturas psicológicas  e de poder”, descreve Gabriela.

Resposta aos relatos de alunos divul-

gados nas redes sociais e no III Congresso Estudantil do IFBA (Cones), que ocorreu em julho de 2013 em Barreiras, sobre as-sédio moral e sexual, o Coletivo apresen-ta-se como uma ferramenta de combate a situações de opressão às minorias, que ocorrem ou podem vir a ocorrer dentro do espaço institucional e fora dele. 

Junto  com  a  amiga  Débora  Neri, que também se formou em química e já  havia  integrado  o  grêmio  estudantil, Gabriela visitou o Câmpus Salvador para conversar com alguns estudantes sobre a primeira atividade a ser desenvolvida, a fim de chamar a atenção da comunidade e propor a formação do Coletivo. Surgiu, então, a ideia do “Teatro do Invisível”, cuja intenção era expor uma cena de assédio sexual praticado contra uma menina, por parte de outro estudante, no horário de almoço do refeitório, sem que os demais soubessem  que  tudo  não  passava  de uma encenação. 

“A partir de tal circunstância, desper-taríamos a reflexão sobre o acontecimen-to. Levamos a proposta ao professor Hei-tor Guerra, que ensaiou a cena conosco, e, no dia seguinte, colocamos em prática. Depois marcamos reuniões com os estu-dantes na Praça Vermelha e, aos poucos, estruturamos dias e horários de reunião, bem como o calendário das atividades. Atualmente, continuo colaborando, mas de uma forma menos protagonista por entender que, dado o passo inicial, os es-tudantes da própria instituição precisam 

se  apoderar  e  desenvolver  sozinhos  o processo”, conclui.

Após a intervenção artística, o Co-letivo Pagu realizou o debate “História da mulher e perspectivas da luta feminista”, que contou com a presença de Sandra Muñoz, representando a Marcha das Va-dias, e Gabriela Silva, da Marcha Mundial de Mulheres. Houve, também, um sarau com música e poesia no câmpus, intitula-do “Versos e ritmos contra o machismo”, além da colagem de cartazes em espaços específicos.

O  grupo  é  composto  atualmente por 12 integrantes, cinco garotos e sete meninas. Segundo Heloísa Aurora Men-des, estudante de refrigeração e climati-zação, para este ano, apesar de ainda não ter um calendário de ações, o Coletivo pretende aprofundar a articulação com os departamentos de ciências humanas, grêmio  estudantil  e  demais  setores  do Instituto, para realização de debates e ro-das de discussão.

Na opinião de Guilherme Damasce-no, aluno do curso técnico de automação industrial e participante do grupo, Pagu é sinônimo de ação. “Para mim,  foi uma oportunidade que tive de sair da inércia e ir à pratica. O Coletivo contribui bastante para eu ampliar minha visão de mundo, pois ainda é muito grande o número de casos de preconceito em nossa socieda-de. É sempre bom estar atento a tudo que ocorre no nosso meio e o Pagu ajuda muito nisso”, comenta o jovem.

Programação Todas as quartas e sextas-feiras, às 12h20, a Praça Ver-melha do câmpus torna-se ponto de encontro do Coletivo Pagu.  As reuniões de quarta-feira são voltadas à organização do Coletivo, com avaliação das atividades executadas, definição de novas programações e divisão de tarefas. Já as reuniões de sexta-feira, são encontros para estudo de conteúdos específicos. Mais infor-mações pelo e-mail [email protected] ou celular (71) 8612-8708.

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Cultural

O verso da música do grupo Ti-tãs é um apelo emblemáti co a algo mais que o essencial. Um dos princi-pais desafi os nos processos de ensino e aprendizagem consiste em desen-volver  as  diferentes  habilidades  dos estudantes, que vão além da sala de aula. As ati vidades artí sti cas  - como dança, música,  artes  visuais e  tea-tro - realizadas no Câmpus Salvador do IFBA são elementos fundamentais nesse processo. 

Através  de  desenhos,  pinturas, esculturas,  vídeos  e  fotografi as,  a disciplina de artes visuais desenvolve elementos que representam o mun-do real e dialogam com o imaginário dos  alunos.  O  trabalho  coordenado pela  professora  Diana  Valverde  foi reconhecido pelo XIII Prêmio Arte na Escola Cidadã, em 2012, na categoria ensino médio,  como uma  ideia  ino-vadora.  Segundo  a  docente,  alguns projetos  já  estão  sendo  preparados para o novo ano leti vo. “Uma das ati -vidades programadas para 2014 é a criação de um catálogo, que reunirá as obras apresentadas anteriormente e as que serão produzidas com os no-vos estudantes.”

Outro  exemplo  de  linguagem artí sti ca  prati cada  no  câmpus  é  o teatro.  Desde  1995,  a  cada  ano  le-ti vo, entre 10 e 20 alunos são esco-lhidos  pelo  professor  Heitor  Guerra para integrar as ati vidades do Grupo de Teatro do IFBA. De acordo com o docente,  o  processo  seleti vo  não  é baseado apenas em talentos prévios. “A  seleção  para  o  grupo  não  exige uma  predisposição  para  a  atuação. Escolho pessoas com potencial, mas, 

acima de tudo, observo as necessida-des de muitos alunos em se expressar melhor e serem mais sociáveis. Além disso, o que defi ne a minha decisão é a capacidade desses estudantes de se relacionarem e interagirem com o resto do grupo”, ressalta.

O estudante João Victor Abreu, 1º ano do curso técnico de eletrônica, foi um dos selecionados para integrar a equipe de teatro em 2013. Segundo o estudante, a práti ca nunca esteve em seus planos, mas com a parti ci-pação no grupo, atuar se tornou uma meta para o futuro. “No início senti a muita  vergonha,  por  conviver  com pessoas mais velhas e não ter nenhu-ma experiência anterior com o teatro, apenas uma enorme curiosidade em conhecer o processo de produção de um  espetáculo.  Não  tenho  certeza de como será meu futuro, mas aliar a  carreira  de  eletrônica  com  a  arte de  atuar  é  um dos meus  principais desejos.”

A opinião é  comparti lhada por Otávio Correia Neto, ex-estudante do curso de química e integrante do gru-po de teatro durante três anos. “Estar no grupo foi um desafi o, não como obstáculo, mas como estí mulo à cria-ti vidade e, até mesmo, à conti nuida-de das ati vidades acadêmicas. Com o teatro, consegui energia para concluir minha  formação  e  conheci  pessoas que  serão  importantes para o  resto da minha vida. O grupo e o professor Heitor são os responsáveis por quem eu sou hoje”, destaca.

As  apresentações  de  teatro acontecem, anualmente, no tradicio-nal “Arraiá Culturá”, que traz temáti -

cas  ligadas ao universo  junino, e no fi nal do 2º semestre leti vo, como en-cerramento das ati vidades acadêmi-cas. Além das aulas regulares, o grupo também  trabalha  em  parceria  com outras disciplinas da área de huma-nas do câmpus. Um dos espetáculos, resultado dessa  interação, chama-se “O brilho da escuridão - um grito de liberdade” e foi apresentado na Jor-nada das Relações Étnicas e Raciais, ano passado. 

De acordo com o professor Hei-tor, a parti cipação em eventos como esse impulsiona a vivência do teatro, proporciona a ampliação da visão de mundo e consciência da coleti vidade. “Todos os espetáculos são criados a parti r  das  ideias  dos  próprios  estu-dantes. As peças são frutos do traba-lho coleti vo e da interação do grupo, que escreve os textos e faz a produ-ção do que será apresentado para o público”, conclui. 

Inscrições abertasAté o dia 7 de maio, estão abertas 

as inscrições para o Curso de Extensão em Arte Contemporânea. Os encontros acontecerão  sempre  às  quintas-feiras, de 10h30 às 12h e de 13h20 às 15h20, tendo início no dia 8 de maio. Durante o curso, haverá aulas de pintura, fotografia, instalações, gravação de vídeos, escultu-ra e técnica de mosaico. Até 9 de maio, as oportunidades são para a oficina de tea-tro, com vagas limitadas - 20 ao todo. As atividades começam no dia 13 de maio. Os interessados devem comparecer ao departamento de artes no período da manhã.   Mais  informações  através do telefone (71) 2102-9541. 

“A gente quer... comida, diversão e arte”