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Newsletter do CONSELHO PEDAGÓGICO Escola Secundária Dr. Joaquim Gomes Ferreira Alves - VALADARES ÍNDICE A Terceira Margem “Conhecer a direção”, Álvaro Almeida dos Santos Deliberações do Conselho Pedagógico Sessões de setembro de 2012 Maria Helena Vieira da Silva Outubro 2012 n.º 1
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Newsletter - Conselho Pedagógico, out 2012, nº 1

Mar 26, 2016

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Newsletter englobando as reuniões do mês de setembro de 2012
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Page 1: Newsletter - Conselho Pedagógico, out 2012, nº 1

Newsletter do CONSELHO PEDAGÓGICO

Escola Secundária Dr. Joaquim Gomes Ferreira Alves - VALADARES

ÍNDICE

A Terceira Margem

“Conhecer a direção”,

Álvaro Almeida dos Santos

Deliberações do Conselho Pedagógico

Sessões de setembro de 2012

Maria Helena Vieira da Silva

Outubro 2012

n.º 1

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Escola Secundária Dr. Joaquim Gomes Ferreira Alves | Conselho Pedagógico

1 A terceira margem

A terceira margem

“A pedagogia é, por definição, a terceira margem. E, no conto de Guimarães Rosa, a terceira margem é o próprio rio. Bela metáfora da viagem, da descoberta. É indispensável ler Michel Serres: “Acreditavam-no duplo, ambidextro, dicionário, ei-lo triplo ou terceiro, habitando as duas margens e vivendo no meio, no lugar onde convergem os dois sentidos, mais o sentido do rio que corre. (…) Quem não se mexe, nada aprende. Sim, parte, divide-te em partes. (...) A viagem das crianças, eis o sentido nu da palavra grega pedagogia”. António Nóvoa, Pedagogia, a terceira margem do rio, Lisboa, Assembleia da República, 7 de junho de 2010.

Conhecer a direção

A nossa comunidade educativa conhece e compreende em que direção se orienta o nosso trabalho. Salvo

raríssimas exceções, todos os profissionais da escola, mesmo os recém-chegados, reconheceram, interiorizaram e

estão empenhados neste projeto coletivo.

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2 A terceira margem

Cinco Pilares

De forma muito sucinta, importa referir que a nossa responsabilidade comum tem por base os seguintes cinco

pilares:

desenvolver uma visão e práticas de sucesso académico para todos os alunos: ter em consideração o valor

que a escola acrescenta a cada indivíduo, estabelecer oportunidades para recuperação e reforço de

aprendizagens.

Manter um clima favorável à aprendizagem: respeito por cada membro da comunidade escolar, ambiente

acolhedor, orientado para soluções, com elevado grau de profissionalismo.

A liderança é dos professores e tem como espaço central a sala de aula: liderar pelo exemplo, reforçar

pontos fortes, usando metodologias ativas e desafiadoras.

Desenvolver a qualidade dos processos de ensino-aprendizagem: conhecer e praticar técnicas de um(a)

professor(a) de elevado rendimento, combater o isolamento profissional, incrementar a aprendizagem,

aprender e partilhar práticas e técnicas com colegas, incluindo visitas a aulas de outros professores.

Compreender e agir com base em dados qualitativos e quantitativos do desempenho da escola para

continuar a melhorar: estabelecer metas, definir estratégias e planificar ações para as atingir, encorajar os

alunos a consegui-las, focar no essencial.

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3 A terceira margem

Dimensões de uma escola bem-sucedida

O nosso núcleo de trabalho comum é, portanto, a aprendizagem, o bem-estar e o desenvolvimento de

expectativas elevadas para os nossos alunos. Para tal, as dimensões em que nos focamos são as seguintes:

definição e desenvolvimento de valores e visão que elevem expectativas e ajudem a fortalecer a

confiança mútua;

reorganização, se necessário, de condições para ensinar e aprender;

reestruturação de partes da organização escolar para atribuição de papéis e responsabilidades de

liderança;

enriquecimento de currículo;

continuação da melhoria da qualidade do trabalho dos professores com os seus alunos;

melhoria, sempre, da qualidade de ensino e de aprendizagem;

desenvolvimento da colaboração formal e informal no interior da escola;

fortalecimento das relações com a comunidade educativa.

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4 A terceira margem

Cuidado e confiança

Podem ser entendidos apenas como enunciados bem-intencionados. Porém, cuidado e confiança constituem

princípios de ação que subjazem à relação entre os diferentes membros da comunidade escolar (professores,

alunos, funcionários não docentes, pais - e encarregados de educação-, autarcas, antigos alunos, colaboradores

institucionais ou particulares). Para tal, a coerência e sentido da ação pedagógica, a avaliação para a

aprendizagem, para além da cultura profissional colaborativa não podem constituir apenas enunciados sem

qualquer tradução prática quotidiana. Não há alternativa para se obter confiança social. A autoridade dos

professores apenas se obtém e é reconhecida quando estes demonstram competência profissional alicerçada

em práticas pedagógicas coerentes e produtivas. A perceção do cuidado e a confiança constituem dois

indicadores com respostas muito positivas por parte dos nossos alunos em 2011-2012. Sendo já pontos fortes,

podemos ainda reforçá-los, para que o reconhecimento da competência e autoridade dos nossos profissionais

prossiga e robusteça o clima de confiança social.

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5 A terceira margem

Focos para a melhoria

Ações dinâmicas e de melhoria contínua não se esgotam no passado e possuem desafios, alguns novos, outros

renovados. Com base na avaliação de 2011-2012, foram selecionadas áreas de melhoria, que se concentram

essencialmente no eixo ensino-aprendizagem. Tal como anunciado na reunião de lançamento do ano escolar aos

professores, realizada em 10 de setembro de 2012, os focos para a melhoria da nossa escola em 2012-2013 são

os seguintes:

Clarificação de objetivos e tarefas de aprendizagem: qual o sentido e o que se pretende com as tarefas de

aprendizagem? Um professor que consegue clarificar objetivos e tarefas tem maiores probabilidades de

conseguir que os seus alunos aprendam. Fundamentar, dar sentido e explicitar raciocínios, passo a passo,

constituem aspetos a observar no exercício pedagógico.

Metodologias ativas e variadas: não obstante as melhorias já alcançadas, é necessário que mais professores

liderem e encorajem a aprendizagem dos seus alunos recorrendo a métodos ativos, envolvendo-os. O uso de

ferramentas e novas tecnologias de informação e comunicação não garante, por si só, que os alunos estejam a

aprender.

Práticas que levem a aprendizagens desafiadoras e exigentes: o desafio e a exigência levam-nos a melhorar e a

superar pontos menos fortes. As atividades pedagógicas devem, portanto, orientar-se, em permanência, para

mais e melhores aprendizagens. Identificar, descrever e disseminar práticas bem-sucedidas, dentro de cada

departamento ou em diferentes departamentos curriculares, podem constituir ações facilitadoras para a

melhoria.

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6 A terceira margem

Aplicação coerente de critérios de avaliação e de classificação ao longo do ano letivo: a avaliação não é aquilo

que se diz, mas sim aquilo que se pratica. A aplicação de critérios de avaliação e classificação de forma coerente

ao longo do ano constitui uma prática orientadora e irrevogável.

“Feedback” regular sobre as aprendizagens e respetivos progressos: os alunos têm necessidade de perceber que

progressos alcançaram e quais os que precisam ou podem, ainda, abranger. Este “feedback” regular, tão

individual quanto possível, permite-lhes orientar processos e esforços de aprendizagem e clarificar o que deles se

espera.

Alinhamento – avaliação/ tarefas realizadas em aula: faz sentido que alguém nos avalie pela condução de um

avião se apenas nos ensinou a conduzir um automóvel? Apenas se pode e deve emitir juízos avaliativos em

relação ao que se trabalha em sala de aula e aos saberes que são esperados em função do trabalho realizado com

os alunos.

Articulação entre docentes da mesma turma de gestão de trabalhos, provas de avaliação e esforço dos alunos:

a articulação passa também pela gestão e distribuição de tarefas, responsabilidades e esforço de modo

desafiante e exigente, mas equilibrado. Os planos de trabalho das turmas, elaborados nos diferentes conselhos

das diferentes turmas e adequados aos grupos de alunos concretos que as constituem, são orientadores desta

articulação.

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7 A terceira margem

Supervisão pedagógica: importa, desde já, clarificar que não se trata de avaliação do desempenho. As palavras-

chave que a sustentam comportam conceitos que vão desde as capacidades de ação educativa e autorregulação

até à promoção da autonomia dos alunos, ao saber experiencial e documental, à gestão diferenciada das

aprendizagens, à observação, abertura, comunicação e negociação, ao diálogo e à partilha. Supervisionar práticas

e melhorias torna-se, assim, um processo de aprendizagem coletiva, que não se reduz a um conjunto de juízos de

valor.

Esta é a direção da escola. Estes são os barcos, os remos e os lemes com que percorremos a terceira margem e

levamos connosco vidas com futuro e com esperança. Sejamos corajosos, mas prudentes. Sejamos sempre

responsáveis. Um dia, quem sabe, talvez alguém fique grato.

Álvaro Almeida dos Santos

Diretor

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1 Deliberações do Conselho Pedagógico

Dimensão organizacional:

A distribuição do serviço obriga a uma atenção maior na organização dos professores no

trabalho em equipa.

As visitas de estudo devem ser tratadas interdisciplinarmente nos Conselhos de Turma,

envolvendo os alunos e só tramitarão para contratação verificadas a aprovação e o

envolvimento dos alunos.

Metas curriculares:

Relativamente à divergência entre estas e os programas, em quadro de autonomia da escola, o

Conselho Pedagógico decidirá em função da proposta das áreas disciplinares/ departamentos

curriculares. As planificações são alinhadas aos programas.

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2 Deliberações do Conselho Pedagógico

Critérios de avaliação e classificação 2012/2013:

a. Divulgação/disponibilização:

i. aos alunos:

(1). informação aos alunos nas aulas;

(2) disponibilização em papel aos alunos do 3º ciclo, com conhecimento aos encarregados de educação, e

via e-mail aos alunos do Ensino Secundário

ii. aos pais/encarregados de educação:

(1) informação nas próximas reuniões com pais/encarregados de educação, com termo de conhecimento;

(2) dossiê na posse dos diretores de turma;

(3) página da escola (http://www.esdjgfa.org/, secção alunos).

b. O termo de conhecimento, nas reuniões com os pais/encarregados de educação, agregará o

conhecimento do Regulamento Interno e das alterações que decorrem da lei.

c. Em caso de ausência de algum pai/encarregado de educação, será convocado à escola, no horário de

atendimento, para o efeito.

c. Estrutura:

(1) Matriz comum a todas as disciplinas:

. objetivos da disciplina;

. síntese do programa organizada por período letivo;

. domínios de avaliação das competências, os instrumentos de avaliação e respetivas percentagens;

. aprendizagens transversais: “Educação para a cidadania”, com especificação dos parâmetros.

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3 Deliberações do Conselho Pedagógico

Critérios de avaliação e classificação 2012/2013:

d. Aprendizagens transversais:

(1) Educação para a cidadania, com percentagem de 20% no 3º ciclo e Cursos Profissionais e 15% no Ensino

Secundário, avaliada transversalmente nos diferentes domínios e aferida nos Conselhos de Turma.

(2) A valorização da língua e da cultura portuguesas e o uso das tecnologias de informação e comunicação

incluem-se nas componentes específicas.

(3) Instrumentos para avaliar transversalmente a educação para a cidadania: incorporação dos parâmetros

nas diferentes formas de avaliação do trabalho dos alunos.

(4) Educação para a cidadania: parâmetros:

. implicação na construção do conhecimento auto e corregulado, demonstrando:

a. curiosidade pelo saber

b. espírito reflexivo e criativo

c. flexibilidade cognitiva

d. cooperação em atividades comuns

e. cortesia com o outro;

f. respeito pelo ambiente;

g. desenvolvimento da autonomia.

e. Componentes específicas com percentagens pré-definidas (Portaria 243/2012, de 10 de agosto):

(1) componente da oralidade:

. Português: 25%

. LE: 30%

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4 Deliberações do Conselho Pedagógico

Critérios de avaliação e classificação 2012/2013:

(2) componente experimental:

. Ciências Naturais, Biologia, Física e Química: valor mínimo: 30%, com referência a instrumentos de

avaliação nesta componente.

Da natureza das faltas:

a. Um incidente disciplinar impedirá qualquer atividade desportiva extra-curricular, informação a ser

transmitida pelos diretores de turma na primeira reunião com os alunos.

b. A expressão “munido de material didático ou equipamento” enquadra-se na assiduidade.

(1) Quando o aluno não tem o material/equipamento e isso é impeditivo da participação na aula, o

professor é livre de decidir conforme a lei.

(2) O diretor de turma pode justificar a falta em caso de explicação do encarregado de educação.

(3) Poderão encontrar-se formas de participação do aluno em alternativa.

4. Cursos Profissionais/Ofertas qualificantes: recuperação de horas e de aprendizagens: compete ao

Conselho de Turma decidir das medidas a aplicar em função do Projeto Curricular de Turma nos casos de

excesso de faltas (art.º 20º, n.º 3, da Lei 51/2012)

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5 Deliberações do Conselho Pedagógico

Terminologia adotada na notação de instrumentos de avaliação:

3º ciclo:

0% a 19% - Muito Insuficiente

20% a 49% - Insuficiente

50% a 69% - Suficiente

70 a 89% - Bom

> 90% - Muito Bom

Ensino Secundário:

0 a 4 – Muito Insuficiente

5 a 9 – Insuficiente

10 a 13 – Suficiente

14 a 17 – Bom

> 18 – Muito Bom

A notação expressa as classificações quantitativa e qualitativa (percentagem no 3º ciclo, nota quantitativa

no Ensino Secundário).

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6 Deliberações do Conselho Pedagógico

Plano de melhoria da escola:

1. Plano de melhoria da escola:

a. Integrará a garantia da aplicação dos critérios de avaliação e classificação.

2. Apreciação resultante dos questionários aos alunos, aplicados no ano letivo transato:

Pontos fortes:

i. perceção do cuidado com os alunos;

ii. preocupação com o percurso dos alunos;

iii. vontade e esforço dos professores para que os alunos melhorem.

Pontos fracos:

i. feedback relativo ao desenvolvimento da aprendizagem;

ii. perceção de exigência;

iii. falhas na clarificação de objetivos e de tarefas de aula.

3. Apreciação resultante dos questionários aos professores em sede de Departamento Curricular: os dados

ainda não estão totalmente tratados.

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7 Deliberações do Conselho Pedagógico

Responsabilidade editorial:

Álvaro Almeida dos Santos, diretor

Helena Paz dos Reis Carvalho, professora bibliotecária

Correio electrónico: [email protected]

Projeto “Melhorar a aprendizagem e os resultados na Matemática e nas Ciências”:

Foi apreciado e aprovado por unanimidade o projeto apresentado pelo Departamento de Ciências e

Tecnologias, envolvendo as disciplinas de matemática, física e química e ciências naturais, biologia e

geologia, nos 3º ciclo e Ensino Secundário (26 de setembro de 2012)