VINÍCIUS PAES DE BARROS ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA DO APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA NO BLOCO DA FAET/ICET DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO PARA FINS DE REGA DE JARDIM ORIENTADORA: PROFª. DRª. LUCIANA SANCHES CUIABÁ/MT DEZEMBRO/2013 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA COORDENAÇÃO DE ENSINO DE ENGENHARIA CIVIL TRABALHO DE GRADUAÇÃO
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VINÍCIUS PAES DE BARROS
ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA DO
APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA NO BLOCO DA
FAET/ICET DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
PARA FINS DE REGA DE JARDIM
ORIENTADORA: PROFª. DRª. LUCIANA SANCHES
CUIABÁ/MT
DEZEMBRO/2013
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA
COORDENAÇÃO DE ENSINO DE ENGENHARIA CIVIL
TRABALHO DE GRADUAÇÃO
VINÍCIUS PAES DE BARROS
ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA DO
APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA NO BLOCO DA
FAET/ICET DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
PARA FINS DE REGA DE JARDIM
CUIABÁ/MT
DEZEMBRO/2013
Trabalho de Graduação submetido ao Corpo
Docente da Faculdade de Arquitetura, Engenharia
e Tecnologia da Universidade Federal de Mato
Grosso, como requisito parcial para a obtenção do
título de Bacharel em Engenharia Civil.
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Luciana Sanches
i
RESUMO
O aproveitamento de água de chuva é uma alternativa à utilização de água de alta qualidade
(fornecida pelas concessionárias), sendo uma opção coerente do ponto de vista ambiental e
econômico, pois economiza água potável, diminui a incidência de enchentes, reduz o volume de água
e esgoto a serem tratados e, em determinados lugares, é a solução para combater a escassez de água.
Diante do atual cenário de sustentabilidade, o presente trabalho objetivou apresentar uma proposta de
um projeto de aproveitamento de água de chuva na Faculdade de Arquitetura, Engenharia e
Tecnologia e Instituto de Ciências Exatas e da Terra (FAET/ICET) da Universidade Federal de Mato
Grosso, verificando sua viabilidade técnica e econômico-financeira. Para tanto, realizou-se
diagnóstico da provável área de coleta de água pluvial, buscou-se os dados de precipitação
pluviométrica locais, além dos projetos existentes do local em questão e visitas ao local. A partir de
então, foram realizados as estimativas de captação e demanda da água não-potável, para que fosse
possível dimensionar a rede e os reservatórios. No cálculo do reservatório, percebeu-se a necessidade
de diminuição da área de coleta e demanda, para que o reservatório de armazenamento não tivesse
dimensões exageradas. Desta forma, houve a necessidade de duas diferentes entradas de dados para
viabilizar a execução do projeto. Por fim, elaborou-se levantamento de custos de execução, o qual
evidenciou-se a inviabilidade econômica, pois o investimento seria pago em mais de 67 anos, devido
aos elevados custos dos materiais para a adaptação do sistema pluvial existente do bloco FAET/ICET.
Contudo, tecnicamente, é um projeto viável, e, se forem feitos pesquisas para redução dos custos,
poderá ser viabilizado também ecônomo-financeiramente.
Palavras-Chave: aproveitamento de água de chuva, água não potável, dimensionamento de reservatório.
ii
ABSTRACT
The use of rainwater is an alternative to using high-quality water (provided by utilities), with a
consistent option from an environmental and economic perspective, it saves drinking water reduces
the incidence of floods , reduces the volume of water and sewage to be treated and in some places , is
the solution to tackle the shortage of water. Observing this scenario, this paper aims at proposing a
project to use rainwater in the Faculty of Architecture, Engineering and Technology and Institute of
Physical and Earth Sciences (FAET / ICET) of the Federal University of MatoGrosso , verifying its
feasibility technical, economic and financial. Therefore, it was held diagnosis of probable area
rainwater collection, we sought data on local rainfall, existing projects the location in question and
site visits. Since then, estimates of demand and uptake of non - potable water were performed, it was
possible to scale the network and reservoirs. In the calculation of the tank, we realized the need to
decrease the area of collection and demand, so that the storage tank had not exaggerated dimensions.
Thus there were two different data inputs to enable the execution of the project. Finally, we elaborated
survey of implementation costs, which presented the project as economically unfeasible, the
investment would be paid off in 67.7 years due to the high cost of materials for the adaptation of the
current of the river system FAET / ICET block. However, technically, is a viable project, and, if
searches are made for lower projects cost, the project can be made viable bursar also financially.
Key-words: Rainwater harvesting, non-potable water, tank dimensioning.
iii
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - ABANBAR, CISTERNA TRADICIONAL NO IRÃ. ........................................................................ 4
FIGURA 2 – CHULTUNS – CISTERNAS MAIAS. ......................................................................................... 5
FIGURA 3 - RESERVATÓRIO DE ÁGUA DE CHUVA COM TONEL. ............................................................. 11
FIGURA 4 - RESERVATÓRIO DE ÁGUA DE CHUVA COM RESERVATÓRIO DE AUTOLIMPEZA E TORNEIRA
TABELA 10 - RESERVATÓRIO DE DESCARTE DO RESERVATÓRIO 1 ...................................................... 39
TABELA 11 - DEMANDA DE JARDINS AV17, AV18 E AV21. ................................................................ 40
TABELA 12 - RESUMO ANUAL DO RESERVATÓRIO 2 ............................................................................. 42
TABELA 13 - RESERVATÓRIO DE DESCARTE DO RESERVATÓRIO 2 ....................................................... 43
TABELA 14 – CUSTOS DOS MATERIAIS .................................................................................................. 46
TABELA 15 - CUSTOS DE ÁGUA POR FAIXA DE CONSUMO PARA CATEGORIA PÚBLICA ......................... 47
v
SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................................................ i
ABSTRACT ........................................................................................................................................... ii
LISTA DE FIGURAS .......................................................................................................................... iii
LISTA DE TABELAS ......................................................................................................................... iv
SUMÁRIO ............................................................................................................................................. v
A demanda de água no mundo tem crescido. Uma avaliação realizada pela Organização das Nações
Unidas, em 1997, aponta que a demanda por água doce cresce com velocidade duas vezes maior que o
crescimento da população (CHENG, 2000).
Juntamente a isto, há de se considerar a heterogeneidade da distribuição da água potável no mundo.
De acordo com Villers (2002, apud May, 2004), 20% da água de escoamento global originam-se
exclusivamente na bacia Amazônica. Enquanto isso, outras regiões da América do Sul são
consideradas entre as mais secas do planeta.
Para tanto, o uso de fontes alternativas apresenta-se como a alternativa mais plausível para satisfazer
os locais onde não se faz necessária a utilização da água potável.
Efluentes de processos industriais, esgotos domésticos, águas de drenagem de pátio e agrícola, e águas
salobras, as chamadas águas de qualidade inferior, devem sempre que possível ser utilizadas como
fonte alternativa de abastecimento para usos menos restritivos (ANA, 2005).
A água de chuva se apresenta como uma dessas fontes, sendo uma opção correta do ponto de vista
ambiental e econômico, pois contribui com a economia de água de alta qualidade, além de reduzir
picos de cheia, diminuindo a intensidade e quantidade de enchentes, reduzir custos com tratamento e
fornecimento de água potável e reduzir vazões de lançamento de efluentes, diminuindo o volume de
esgoto a ser tratado.
Esta prática é muito difundida em países como Austrália e Alemanha, que têm avançados estudos e
sistemas sobre o assunto, permitindo a captação de água de boa qualidade de maneira simples e
bastante efetiva em termos de custo/benefício.
O Brasil vem evoluindo na área, com a implantação de normas regulamentadoras (ABNT NBR 15527
- Água de chuva - Aproveitamento de Coberturas em Áreas Urbanas para fins não-potáveis–
Requisitos), implantação de Leis Municipais (como em Guarulhos, São Paulo, Curitiba e Santo
André), criação da Associação Brasileira de Manejo de Água de Chuva (ABCMAC) e estudos sobre
qualidade da água e viabilidade da implantação dos sistemas de aproveitamento.
A cidade de Cuiabá, entretanto, ainda tem poucos estudos sobre o assunto. Por este motivo, este
trabalho tem como objetivo não somente difundir na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
os benefícios da captação e aproveitamento de águas pluviais, mas também estimular o estudo e a
implantação, tecnicamente correta, dos sistemas de utilização de água de chuva.
2
2. OBJETIVO
2.1. TEMA
Estudo e projeto de aproveitamento de águas pluviais no bloco da Faculdade de Arquitetura,
Engenharia e Tecnologia/Instituto de Ciências Exatas e da Terra (FAET/ICET) da Universidade
Federal de Mato Grosso (UFMT) para fins de rega de jardim.
2.2. DELIMITAÇÃO DO TEMA
O desenvolvimento do tema partirá da obtenção de dados da precipitação pluviométrica local, da área
de captação e instalação do sistema de aproveitamento de águas pluviais e dos locais de possível
utilização da água coletada para fins não potáveis (rega de jardim). Os resultados obtidos implicarão
na possível mudança na rede de coleta de águas pluviais da FAET/ICET, para adaptação aos sistemas
de aproveitamento.
2.3. OBJETIVO GERAL
O objetivo geral deste trabalho foi desenvolver um estudo de viabilidade técnico-econômica e projeto
de aproveitamento de águas pluviais, para fins não potáveis, para a FAET/ICET, na UFMT.
2.4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Os objetivos específicos deste trabalho foram:
(a) diagnóstico das condições das áreas de cobertura, calhas e condutores verticais, para captação
de águas pluviais;
(b) elaboração de um projeto de aproveitamento de águas pluviais com o dimensionamento do
sistema de captação e reservação e;
(c) determinação dos custos do projeto.
3
2.5. JUSTIFICATIVA
Devido ao aumento da demanda de água no mundo, à heterogeneidade de precipitação pluviométrica
no espaço-tempo no planeta e aos sistemas ineficientes e insuficientes de tratamento e fornecimento
de água potável, existe escassez de água em diversos lugares do mundo, inclusive no Brasil. Por essa
razão se faz necessário evitar o desperdício e buscar fontes alternativas de abastecimento.
A utilização de água de chuva é uma opção correta do ponto de vista ambiental e econômico, pois
contribui com a economia de água de alta qualidade, além de reduzir picos de cheia, diminuindo a
intensidade e quantidade de enchentes, além de reduzir custos com tratamento e fornecimento de água
potável e reduzir vazões de lançamento de efluentes, diminuindo o volume de esgoto a ser tratado.
Portanto, este trabalho objetiva difundir o tema na UFMT, bem como os benefícios da utilização da
água de chuva acima citados, apresentando, com isso, um item de sustentabilidade à edificação.
2.6. PROBLEMA
É viável técnico-economicamente a implantação de um sistema de aproveitamento de água de chuvas
na FAET/ICET da UFMT para fins de rega de jardins?
2.7. HIPÓTESES
(a) é tecnicamente viável adaptar a rede de águas pluviais da FAET/ICET para coletar e utilizar
água de chuva;
(b) existe precipitação anual suficiente para suprir a demanda nos meses de estiagem e;
(c) é economicamente viável a implantação do sistema de aproveitamento de água de chuva.
4
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1. HISTÓRICO DO APROVEITAMENTO DAS ÁGUAS PLUVIAIS
O armazenamento e utilização de água de chuva não é uma novidade no mundo. Gnadlinger, J.
(2000), descreve diversas situações em que este sistema foi adotado. No Irã existem os Abanbars
(sistema de captação de água de chuva comunitário), conforme Figura1.
Figura 1 - Abanbar, cisterna tradicional no Irã.
Fonte: Gnadlinger (2000)
No deserto de Negev, hoje território de Israel e Jordânia, um sistema integrado de manejo de água de
chuva e agricultura de escoamento de água de chuva existiu há 2.000 anos.
No México, na época dos Astecas e Maias, existiam tradicionais técnicas de armazenamento e
utilização da água de chuva. Ainda hoje pode-se ver ao sul da cidade de Oxkutzcab realizações Maias.
Existia ali, no século XX, uma agricultura baseada na coleta de água de chuva. As cisternas eram
conhecidas como Chultuns (Figura 2) tinham capacidade de 20.000 a 45.000 litros, com diâmetro de
aproximadamente 5 metros, eram escavadas em solo calcário e revestidas com reboco impermeável.
Para captação, a área, acima da cisterna, tinha de 100 a 200 m².
Existiam ainda as Aguadas (reservatórios com capacidade de 10 a 150 milhões de litros) e Aguaditas
(reservatórios menores que as Aguadas, com capacidade de 100 a 50.000 litros), utilizadas nos vales,
para irrigar árvores frutíferas e bosques, além da agricultura de milho e verduras.
5
(a) (b)
Figura 2 – Chultuns – Cisternas Maias.
Fonte: (a) May (2004); (b)<http://academic.reed.edu/uxmal/>
Tais sistemas, entretanto, caíram em desuso. Em Yucatan, por exemplo, o desuso ocorreu devido à
introdução, por colonizadores espanhóis, de novos sistemas de agricultura, que diferiam da realidade
Maia. Em outros locais, como a Índia, o motivo foi parecido.
Em um parâmetro mais atual, os sistemas de barragem, a utilização de águas subterrâneas e os
sistemas de água encanada expandiram-se fazendo com que a coleta e utilização de águas pluviais
fosse deixada em segundo plano, ou mesmo descartada.
3.2. QUALIDADE DA ÁGUA DE CHUVA
May (2004) afirma que a água de chuva tem potencial para ser utilizada nos mais diversos usos, onde
a água não potável é uma alternativa. Em sua pesquisa realizada em São Paulo, foram analisados
diversos parâmetros físico-químicos, dentre os quais turbidez, odor, pH, dureza, ferro, manganês,
cloretos, sulfatos, fluoretos e sólidos dissolvidos totais atenderam aos padrões CONAMA (1986) e da
portaria n° 1469 (2000) do Ministério da Saúde. A maior parte das amostras apresentaram DBO5,20
dentro dos padrões USEPA (1992), menor ou igual a 10. Entretanto, a contaminação bacteriológica
apresentou-se bastante elevada, sendo necessária descontaminação antes do uso.
Pesquisa similar foi feita por Jaques (2005), em Santa Catarina, em que os valores de cor, turbidez e
coliformes fecais foram ligeiramente acima do estabelecido pela Portaria do Ministério da Saúde.
Constatou-se uma diminuição da concentração da maioria dos parâmetros físico-químicos, havendo,
6
então, a necessidade do descarte dos primeiros minutos de chuva (first-flush). Constatou-se ainda que
os valores variam com o material da telha utilizada. A Tabela 1ilustra os resultados deste trabalho.
Tabela 1 - Parâmetros físico, químicos e microbiológicos das diversas coberturas e Portaria n° 518/2004 do MS.
Fonte: Jaques (2005).
Silva (2010) realizou pesquisa da qualidade da água de chuva em Cuiabá, Mato Grosso. Os valores
foram obtidos a partir de amostras coletadas, com descarte inicial e sem descarte inicial,antes de
passar por superfícies de coberturas. Os parâmetros que não atenderam à norma NBR 15527
(ABNT,2007) foram a cor, a turbidez e os coliformes fecais e totais. A cor apresentou valor superior
ao da norma somente nas amostras sem o descarte inicial. Com o descarte da chuva inicial este valor
reduziu para dentro dos limites da norma.Os valores de turbidez não atenderam a norma em ambas as
amostras. Entretanto, deve ser lembrado que dentro do reservatório existirá decantação dos sólidos, o
que diminuirá significativamente este valor no momento do uso. Os valores de coliformes totais e
fecais foram encontrados, confirmando os resultados de Jacques (2004) e May (2005). Faz-se, então,
necessária desinfecção antes do uso, com exceção de usos para rega de jardim e lavagem de carros,
quando a água não for manuseada por crianças (Tomaz, 2011).
Os parâmetros limites determinados pela norma NBR 15527 (ABNT, 2007) estão apresentado na
Tabela 2.
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Tabela 2- Parâmetros de qualidade de água de chuva para usos restritivos não potáveis
Parâmetro Análise Valor
Coliformes Totais Semestral Ausência em 100ml
Coliformes Termotolerantes Semestral Ausência em 100ml
Cloro Residual Livrea Mensal 0,5 a 3,0 mg/L
Turbidez Mensal < 2,0 uTb, para usos menos restritivos < 5,0 uT
Cor Aparente (caso não seja utilizado nenhum corante, ou antes, da sua utilização)
Mensal < 15 uHc
Deve prever ajuste de pH para proteção das redes de abastecimento, caso necessário
Mensal pH de 6,0 a 8,0 no caso de tubulação de aço carbono ou galvanizado
NOTA 1 Podem ser utilizados outros processos de desinfecção além do cloro, como a aplicação de raio ultra-violeta e aplicação de ozônio. a No caso de serem utilizados compostos de cloro para desinfecção buT é a unidade de turbidez cuH é a unidade Hanzen
Fonte: ABNT(2007).
3.3. ECONOMIA DEVIDO A UTILIZAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA
Provou-se em diversos países que a utilização da água de chuva pode promover grandes economias de
água potável em residências. Herrmann e Schmida (1999), na Alemanha, mencionaram que é possível
economizar de 30 a 60% de água potável em uma residência, dependendo da área do telhado e
demanda. Em uma análise de 27 casas em Newcastle, Austrália, Coombeset al. (1999) concluíram a
possibilidade de economia de 60% de água potável. No Brasil, um estudo realizado em Florianópolis,
por Marinoskiet al. (2004) observou um potencial de economia de aproximadamente 40% em um
condomínio residencial composto de seis blocos. Ainda no mesmo país, Vasconcelos (2007)
apresenta, em um estudo de caso de uma residência em Goiânia, com uma economia de mais de 50%
de água potável.
Aliado a estes estudos, Rebouças (1999) escreve que até 60% do volume utilizado em uma residência,
poderia ser substituída por água não-potável, em usos como lavagem de piso, descarga, rega de jardim
e lavagem de carros.
3.4. COLETA DE ÁGUA DE CHUVA PARA REDUÇÃO DO PICO DE CHEIA
A expansão das áreas urbanas altera a cobertura vegetal e, por conseguinte, os componentes do ciclo
hidrológico. Com o aumento da densidade populacional, tem-se o aumento excessivo das áreas
impermeabilizadas. A água da chuva que antes infiltrava no solo, recarregando os aquíferos, passa a
escoar, se encaminhando para o sistema de esgotamento pluvial destas áreas (Cohimet al., 2007).
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Segundo Nefussi e Licco(2000), as enchentes em áreas urbanas são decorrentes, principalmente, da
impermeabilização do solo, da erosão e da disposição inadequada do lixo. A solução mais utilizada
nas cidades brasileiras é a criação de um sistema de rápido escoamento da água da chuva e
retificações dos rios e córregos. Contudo, esta solução não é adequada, pois apenas transporta os
pontos de enchente cada vez mais para jusante.
Diante disto, faz-se necessária a busca por soluções alternativas. A coleta e armazenamento da água
de chuva nas edificações vem como uma destas soluções. Jamaluddin e Appan (2003), em um estudo
realizado na Malásia, obtiveram 10% da redução do pico de cheia de uma residência, utilizando
apenas 19% da coleta com detenção em reservatórios.
3.5. NORMAS E LEIS
Cidades brasileiras, com o objetivo de diminuir a ocorrência e intensidade de enchentes urbanas,
criaram leis que obrigam as construções a reterem água de chuva. Em Santo André a Lei Municipal nº
7.606, de dezembro de 1997 institui a cobrança de taxa referente ao volume de água lançado na rede
de coleta pluvial do município. Em São Paulo, a Lei Municipal nº 13.276 de janeiro de 2002, torna
obrigatória a execução de reservatório para as águas de chuva nos lotes que tenham área
impermeabilizada superior a 500m². Em Curitiba a Lei Municipal n° 10.785, institui medidas para
orientar os usuários sobre a utilização consciente da água nas residências e obriga as novas
construções a possuírem um sistema de reaproveitamento.
A NBR 15527 (2007) - Água de chuva - Aproveitamento de Coberturas em Áreas Urbanas para fins
não-potáveis– Requisitos, regulamenta, no Brasil, os projetos de aproveitamento de água de chuva.
O Decreto nº 24.643, de 10 de julho de 1934, decreta o Código das Águas, que no Título V, - Águas
Pluviais, em seu artigo 103, preconiza que as águas pluviais pertencem ao dono do prédio onde
caírem diretamente, podendo o mesmo dispor delas à vontade, salvo existindo direito em contrário.
Devendo ser ressaltado que a Lei nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997, que institui a Política Nacional
de Recursos Hídricos, cria o Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamentado o inciso
XIX do art. 21 da Constituição Federal, não modificou o artigo 103 do Código das Águas.
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3.6. PREVISÃO DO CONSUMO DE ÁGUA
Há meios de se estimar o consumo de água potável usando parâmetros de engenharia. A grande
dificuldade, entretanto, está no grande volume de informações necessárias que nem sempre estão
disponíveis (Tomaz, 2011). As Tabelas 3 e 4 indicam parâmetros usualmente utilizados.
Tabela 3- Parâmetros de Engenharia para estimativas da demanda residencial de água
Uso Interno Unidades Parâmetros
inferior superior mais provável
Gasto mensal m³/pessoa/mês 3 5 4
Número de pessoas na casa pessoa 2 5 3,5
Descarga na bacia descarga/pessoa/dia 4 6 5
Volume de descarga litros/descarga 6,8 18 9
Vazamento bacias sanitárias percentagem 0 30 9
Frequência de banho banho/pessoa/dia 0 1 1
Duração do banho minutos 5 15 7,3
Vazão dos chuveiros litros/segundo 0,08 0,3 0,15
Uso da banheira banho/pessoa/dia 0 0,2 0,1
Volume de água litros/banho 113 189 113
Máquina de lavar pratos carga/pessoa/dia 0,1 0,3 0,1
Volume de água litro/ciclo 18 70 18
Máquina de lavar roupa carga/pessoa/dia 0,2 0,37 0,37
Volume de água litro/ciclo 108 189 108
Torneira da cozinha minutos/pessoa/dia 0,5 4 4
Vazão da torneira litros/segundo 0,126 0,189 0,15
Torneira de banheiro minutos/pessoa/dia 0,5 4 4
Vazão da torneira litros/segundo 0,126 0,189 0,15
Fonte: Tomaz (2011)
Tabela 4- Parâmetros de engenharia para estimativas da demanda residencial de água potável para uso externo
Uso externo Unidades Valores
Casas com piscina porcentagem 0,1
Gramado ou jardim litros/dia/m² 2
Lavagem de carros litros/lavagem/carro 150
Frequência lavagem de carros lavagem/mês 4
Mangueira de jardim 1/2"20mm litros/dia 50
Manutenção piscina litros/dia/m² 3
Perdas para evaporação em piscina litros/dia/m² 5,75
Reenchimento de piscinas anos 10
Tamanho da casa m² 30 a 450
Tamanho do Lote m² 125 a 750
Fonte: Tomaz (2011)
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3.7. PRINCIPAIS COMPONENTES DO SISTEMA DE REAPROVEITAMENTO
De maneira geral, a superfície de captação da água de chuva para aproveitamento são as coberturas.
Os dispositivos de captação da água são as calhas, condutores e coletores que podem ser de diversos
Observa-se na Tabela 14 que mais de 50% do valor total da implantação é referente ao reservatório de
armazenamento, confirmando o que foi apresentado no item 3.7.3.
47
Em segundo lugar vêm as tubulações que, somadas, ultrapassam os 17%. Em seguida o filtro VF6,
para áreas superiores a 2.000m², com 8,35%.
Considerando um BDI de 35%, tem-se custo de R$ 133.833,91.
Em consulta à Concessionária de Água e Esgoto de Cuiabá (CAB Cuiabá), foi obtida a Tabela 15, que
apresenta os valores cobrados pela concessionária às edificações públicas.
Tabela 15 - Custos de água por faixa de consumo para categoria pública
TARIFA DE ÁGUA
CATEGORIA FAIXA CONSUMO (m³) Valor em R$
Pública 1 10 3,86/m³
2 10+ 6,32/m³ excedente
O consumo anual de água nos jardins é de 369,54m³, distribuídos ao longo de 5 meses. A média
mensal é então 73,9 m³. A eficiência do sistema é de 90%, a partir disso estima-se que serão
substituídos por água não-potável 66,5 m³ de água potável.
O custo de 66,5m³ de água potável é R$ 395,68. Portanto, anualmente serão economizados R$
1.978,40.
Desta forma, o valor de custos de projeto será pago em 67,7 anos, ou seja, 67 anos e 9 meses.
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho alcançou o objetivo verificar a viabilidade econômico-financeira de um sistema de
aproveitamento de água de chuva no bloco da Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia e
Instituto de Ciências Exatas e da Terra na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), nos quais
foram dimensionados os reservatórios necessários, estimados o consumo mensal de água não potável
nos meses de estiagem, levantados os custos diretos de projeto e verificada a viabilidade de
implantação do sistema de aproveitamento de águas pluviais.
Para verificação da viabilidade de implantação do sistema de aproveitamento, foi feito diagnóstico das
condições das coberturas, que são as áreas de coletas de água chuva, e sugerido soluções para os
pontos que não se mostravam adequados para a implantação do sistema.
O método para dimensionamento do reservatório de água potável utilizado foi o da simulação, com
série de dados diários de chuvas. Este foi o método que se mostrou mais preciso e que,
detalhadamente, apresentou o comportamento do reservatório durante todos os dias dos 22 anos de
série histórica utilizados. Desta forma obteve-se, através de duas demandas e áreas de cobertura
diferentes, o volume de reservatório mais adequado para a implantação do sistema.
O sistema de aproveitamento de água de chuva apresentou-se, portanto, como tecnicamente viável,
mesmo se tratando de uma edificação pronta e antiga. Entretanto, a viabilidade econômico-financeira,
devido ao grande tempo de retorno do investimento (67,7 anos), mostrou-se inválida. Esta
inviabilidade foi, principalmente, causada pelos elevados custos dos reservatórios e da adaptação dos
condutores verticais ao sistema de aproveitamento, e pela utilização restrita da água não potável,
somente nos meses de estiagem e para rega de jardim.
Sugere-se, para melhoria dos resultados deste trabalho, que estudos sejam feitos para ampliação dos
locais de consumo de água em todos os meses do ano, além de opções menos onerosas para a
reservação e tratamento da água não potável. Desta forma o sistema se apresentará com melhor
viabilidade econômico-financeira.
49
7. BIBLIOGRAFIA
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51
APÊNDICES
GRUPO C - TELHAS DEFIBROCIMENTO - CANALETE 90
GRUPO B - LAJE REVESTIDACOM MANTA TÉRMICA
GRUPO D - TELHASMETÁLICAS - ONDULADAS
GRUPO A - LAJE REVESTIDACOM PISO CERÂMICO
GRUPO E - TELHAS DEFIBROCIMENTO - ONDULADAS
LEGENDA
GRUPO F - LAJEIMPERMEABILIZADA
GRUPO E - TELHAS DEFIBROCIMENTO - ONDULADAS
GRUPO H - TELHA DEFIBROCIMENTO - ETERMAX
GRUPO I - TELHAS
METÁLICAS - BLOCO QUIMICA
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Reservatório250m³
Torn.
Área decoleta
Jardim
Torn.Jardim
Torn.Jardim
Torn.Jardim
Torn.Jardim
Torn.Jardim
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ANEXOS
AV1
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AVENIDA
DE ACESSO
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IV
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EDIFÍCIOS EM CONSTRUÇÃO
EDIFÍCIOS PROJETADOS
ÁREA VERDES
EDIFÍCIOS CONSTRUÍDOS
TERCEIRIZADOS
REGIÃO 1
1. FAeCC/ FE/ ICHS2. ICHS - Salas de Aula3. ICHS - Laboratório de Geografia4. FAeCC - Pós-graduação5. IE - Salas de Aula6. IE (Instituto de Educação)7. IL (Instituto de Linguagem)8. IE - Psicologia9. Museu Rondon10. FEF -Parque Aquático11. FE/FAeCC - Salas de Aula12. ICHS - Cantina13. Museu Antropologia/ Arqueologia14. FE15. Doc Center16. Humanitas (em projeto)
1. FENF/FAMEV2. FAMEV - Agricultura Tropical3. FAMEV - Medicina Veterinária4. HOVET5. CAE6. FAMEV - Lab. Mecânica de Motores7. FAEN - Lab. Nutrição Animal8. FAMEV - Lab. Anatomia9. Salas de Aula10. FENF - Lab. Madeira11. FAMEV - Lab. Solos12. FENF - Viveiro Florestal13. Cantina14. Salas de Aula (em projeto)
REGIÃO 4
1. Biblioteca Central/Reitoria/PGF2. Teatro Universitário3. Editora Universitária4. CABES5. SINTUF6. UAB/CPD/CAE7. Casa do Estudante
REGIÃO 5
1. PROAD/ PROEG/ PROPEG/ PROPG/ PROPLAN2. PROAD3. Marcenaria4. STI/ GDP/ EIT5. Uniselva/ Grafica6. Grupo de Escoteiros7. Casa do Jardineiro8. Apoio do Biotério/ Maravalha9. Cabine de Transmissões de TV10. Associação Master/ Campo de Futebol11. Guarita12. Casa do Estudante13. Reitoria
REGIÃO 6
1. Faculdade de Direito2. CEV - Coordenação de Exames Vestibulares3. FAEN/ ISC/ FCM/ IB4. IB/ Herbário5. FCM/FANUT/ FAEN6. FAEN7. IF - Pós-graduação8. IC - RNP8a. IC - RNP9. IB - Laboratório de Pesquisa10. FAMEV -Laboratório de Maceração11. Prefeitura do Campus11a. Prefeitura do Campus11b. Prefeitura do Campus12. Contro de Biodiversidade13. Estação Meteorológica14. Salas de Aula15. Tecnologia de Alimentos15a. Tecnologia de Alimentos16. RNP
REGIÃO 7
1. FAET/ ICET/IF1a. FAET (ampliação)2. Salas de Aula3. ICET - Almoxarifado Química4. ICET - Museo de Minerais Fósseis5. IF - CAT6. ICET - CEAUC7. ICET - Centro Analítico8. ICET - Laboratório9. Biotério Central10. Biotério Anexo I11. Zoológico
REGIÃO 8
1. Restaurante Universitário2. FEF - Ginásio de Esportes3. FEF - Salas de Aula3a. FEF - Ampliação4. FEF - Salas de Aula5. PROAD - Coordenação de Segurança6. Quadras Poliesportivas7. Guarita 18. Estação de Tratamento de Esgoto9. Cantina10. Campo de Futebol11. Campo de Areia12. Auditórios
A. Acesso de PedestresB. Acesso de VeículosC. CabinesD. Áreas VerdesE. Estacionamento