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New Rondonópolis - a locomotiva do centro-oeste · 2013. 12. 9. · CNPJ: 01.074.177/0001-03 Av. Cuiabá, 1120 - Ed. Santa Clara ... lilvros do imortal Ailon do Carmo, no acervo

Sep 17, 2020

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w w w . r e g i o n a l m t . c o m . b rEDITORA

E.O.S EDITORA & MARKETINGCNPJ: 01.074.177/0001-03

Av. Cuiabá, 1120 - Ed. Santa Clara3º Andar Sala 33 - Centro

Rondonópolis - Mato GrossoFone: 3423 3288 9649 6817

DIRETOR RESPONSÁVEL Evandro Oliveira dos Santos

JORNALISTA & REDAÇÃO Evandro Oliveira dos Santos / DRT-MT

1062J. V. Rodrigues - 1868 DRT-MT

REPORTAGEMDenis Maris

DIAGRAMAÇÃO e ARTERicardo Lisboa de Castro

SECRETÁRIA & DIGITADORAVera Lucia Soares

COLABORADORESRivian Dias (foto)

Clube 7 (site)Macsuel Oliveira (foto)

Kinoite (Foto)Agora MT (site)GazetaMT (site)

Primeira Hora (site)

DEPT. DISTRIBUIÇÃOWB EntregasLuis Carlos

Tiragem: 3.6003000 Email Marketing

e_mail: [email protected]@regionalmt.com.br

As matérias e artigos assinados, são de inteira responsabilidade

de seus autores, os originais não serão devolvidos.

02 a 10 de Dezembro de 2013 OPINIÃO Jornal Folha Regionalpágina 2

Expediente

J.V RodriguesDa editoria

eles que são os “condutores do progresso”.

Há dez anos a população urbana de Rondonópolis era da ordem de 141.000 habitantes (141.838, para sermos mais exatos, segundo o IBGE). Hoje, ao celebrar 60 anos nossa cidade conta com cerca de 200.000 ha-bitantes, ou seja, uma progressão da ordem de 42%. A considerar--se essa progressão, não estava nem um pouco equivocado o sr. Prefeito Percival Muniz quando, há pouco tempo, em entrevista, previu uma população da ordem de 500.00 habitantes nos próxi-mos 30 anos.

Rondonópolis em todos os seus segmentos político-sócio--econômicos é conduzida prin-cipalmente pelos filhos e netos

dos seus “pioneiros” e “constru-tores do desenvolvimento” - os rondonopolitanos pátrios - os condutores da “Locomotiva do Centro-oeste”. São eles o orgulho de uma cidade que detem uma renda per capta superior à média nacional; que é a primeira em arrecadação tributária do estado; é o polo regional que agrega em seu entorno nada menos do que 18 municípios da região sul do estado. Rondonópolis e centro de referência em atendimento médico para esses municípios cujos munícipes para cá também acorrem para resolver suas pen-dências previdenciárias.

Rondonópolis abriga o mais importante centro comer-cial do estado, com comércio que abriga desde os pequenos comércios aos estabelecimentos das maiores cadeias comerciais do país: desde lojas de departa-mentos a grandes hipermercados e magazines. Sua frota de veícu-los, aí incluídas as motocicletas, está na ordem de um para cada dois habitantes.

Em Rondonópolis acon-

Rondonópolis - a locomotiva do centro-oeste

Lá pelos anos 30 S. Pau-lo foi cognominada a “Locomo-tiva do Brasil” --codinome que prevalece ainda aos dias atuais. Por analogia, principalmente agora que Rondonópolis e sede do maior terminal ferroviário da ALL, a analogia é válida e Rondonópolis muito bem merece o codinome de “LO-COMOTIVA DO CENTRO--OESTE”.

Há justos dez anos quando Rondonopolis se tornava cinquentona, ao co-memorar meio século de sua emancipação política, o jor-nalista que assina essa ma-téria foi um dos editores da revista “Memória Histórica e Genealógica de Rondonópolis”. Naquela ocasião enaltecemos os “pioneiros”, isto é aqueles que aporta-ram por essas para-gens desde os anos 30 e os “construtores do desenvolvimento”, que chegaram após a emancipação do mu-nicípio. Tanto estes quanto aqueles vie-ram dos mais diversos rincões do Brasil: os pioneiros, em sua maioria, do nordeste, empolgados com as promessas da “marcha para o oeste”, do governo Vargas. Os outros vieram principalmente das plagas do sul do país. Eles foram os rondonopolitanos por adoção, os rondonopolita-nos pelo coração que por aqui constituíram família.

Enquanto os pioneiros foram, com suas mãos caleja-das pelo cabo do machado e da enxada os desbravadores do cerrado, com algumas ex-ceções que se estabeleceram no comércio, foram eles que lançaram no solo rondonopo-litano as “sementes” do desen-volvimento, principalmente do agro- negócio. Os construtores do desenvolvimento foram os responsáveis pelo crescimen-to daquelas “sementes” que germinaram e produziram os “frutos do progresso” que hoje está nas mãos dos rondonopoli-tanos pátrios, os filhos daqueles “heróis do cerrado”, a quem são dirigidas as homenagens que prestamos nessas linhas,

tece anualmente a EXPOSUL, a segunda maior feira agropecu-ária nacional, perdendo apenas para a de Barretos (SP). Com a chegada dos trilhos da ALL, Rondonópolis se transformou no principal e maior centro ferroviário da empresa. Em Rondonópolis sobra emprego e falta mão-de-obra. Rondo-nópolis está no entroncamento de duas das principais rodovias federais do país sendo, por assim dizer a porta de entrada para grande parte do estado. É também passagem obrigatória para os estados de Rondônia e Acre. É por Rondonópolis que se escoa a maior parte da pro-dução de grãos do estado, rumo a outras regiões nacionais e aos portos de Santos e Paranaguá,

principais centros de exportação da riqueza agropecuária de Mato Grosso.

E, para não deixar que a poeira do tempo torne nebulosa e imprecisa a memó-ria dos “pioneiros” e dos “construtores do desenvolvimento” de Rondonopolis, os seus

descendentes, rondonopo-litanos pátrios, são hoje, aos 60 anos da emancipação do município, com muito orgu-lho, os “CONDUTORES DO PROGRESSO” levando nossa cidade aos píncaros da gloria de ser a mais importante do estado no agronegócio e, muito em breve, de próprio centro-oeste, tornando-se um dos principais centros -oxalá o principal - do agronegócio brasileiro.

A redação de Folha Re-gional que conta com rondono-politanos pátrios e por adoção, na pessoa do seu Diretor, vem render o seu tributo de justa e merecida homenagem a todos aqueles, rondonopolitanos por filiação e por adoção, que ofere-cem a Rondonópolis os frutos de seu trabalho em prol de seu progresso, principalmente mantendo viva a memória de seus antepassados que foram os semeadores da semente que germinou e está produzindo o progresso de nossa cidade.

“Parabéns Rondonó-polis pelos 60 anos de emancipação político

administrativa”

Estudos arqueológicos feitos no sítio Ferraz E igreja localizado na Reserva do Patrimônio Natural Cidade de Pedra dão conta de que os primeiros sinais de vida na região de Rondonópolis são datados de aproxi-madamente cinco mil anos. A primi-tividade arqueológicas e vivência dos povos indígenas, e aqui elucidamos os bororos, até hoje são objetos de aprofundados estudos, trazendo mais valor a nossa rica história.

Passando para a vivência mais contemporânea destaca-se o iniciar da ocupação com a chegada dos militares, quando do advento da instalação de um destacamento que ocupava a margem do Rio Ponte de Pedra, nome dado para a região naquele momento.

A comunhão de indígenas e desbravadores oficiais que traziam a comunicação telegráfica capitaneada pelo então Tenente Cândido Rondon e posteriormente pelo Tenente Otávio Pitaluga, fizeram que nascesse junto ao Rio Poguba (Hoje Rio Vermelho) a comunidade do Povoado do Rio Ver-melho até certo ponto fragilizada por ser acometida de epidemias e enchen-

* Magno Pereira da Silva

RONDONÓPOLIS: 60 Anos de Emancipação e 5 mil de história, do Patrono Rondon ao Prefeito Muniz

tes, dependente distritalmente de outros lugares como a histórica Santo Antônio do Leverger e depois pela a então pujante cidade de Poxoréu.

Vem à emancipação política em dezembro de 1953, Surge oficial-mente o Município de Rondonópolis. O campo é determinante para o desenvolvimento, trazendo uma aceleração no processo de expansão socioeconômica, pautada com des-taque na soja, no algodão e pecuária.

Este crescimento trouxe alguns reconhecimentos como, “Rai-nha do Algodão”, ‘Rainha da Soja”, “Capital Nacional do Agronegócio” consolidado com suas feiras, como Exposul e Agrishow, chamada tam-bém de “Capital Nacional do Bitrem” por ser pólo graneleiro.

Com isso ganha força o co-mércio e serviço local, fazendo nascer a partir da sua natureza empreende-dora a industrialização, com a vinda de grandes empresas do mundo do agronegócio, cervejaria e outras. Po-dendo ser impulsionada novamente com a inauguração do maior terminal ferroviário da América Latina, sem falar na consolidação do pólo uni-versitário com inúmeras faculdades e institutos.

Rondonópolis é destaque no cenário nacional, segunda gran-de força econômica no estado de Mato Grosso e em muitas áreas a mais promissora, os índices oficiais demonstram isso. Com o seu desen-volvimento a cidade cresce também

politicamente, e ao longo da sua história vários políticos locais já se elegeram como governador, senador, deputado federal e estadual.

Nestes 60 anos de emanci-pação política quero aqui como um cidadão nascido nesta cidade render minhas homenagens a esta cidade que amamos. Dizendo que Rondonó-polis é o que é hoje por causa do seu povo, miscigenado, culturalmente ec-lético, mais aguerrido e trabalhador, que sempre colabora com o desen-volvimento da cidade, ajudando nas crises, cobrando melhorias públicas e sempre gerando mais progresso.

Marechal Cândido Rondon é o patrono legitimamente outorgado para Rondonópolis por sua missão desbravadora e visionária no então somente encontro de rios no sudeste de Mato Grosso.

O Prefeito Atual Percival Muniz, comandante da primavera sexagenária, tem que ter a postura visionária como do nascedouro deste município, onde hoje comumente também se diz encontros de BRs, numa alusão a BR 163 e BR 364 entrada e saída de grande parte dos destaques deste paraíso chamado Rondonópolis, com muitos proble-mas, mais com bem mais virtudes e qualidade. PARABÉNS PARA TO-DOS MUNICÍPES PELOS 60 ANOS DE RONDONÓPOLIS.

*Magno Pereira da Silva é Servidor Públi-co, Filho de Rondonópolis.

* Hermélio Silva

A Fome Cultural dos 60 Anos

Existe uma teia de aranha hereditária, cultural, que vem pas-sando de pai para filho, de geração para geração, perpetuando o fazer cultural, dando ao povo um pouco do circo, além do minguado pão. Da paixão de enamorar-se por uma tela do Valcides Arantes, contemplar uma escultura do Paulo Pires, ouvir o Ma-estro Marinho Franco, através do Sax do Crisóstomo, ou tiradas políticas dos contos de Fernando Almeida, nos lilvros do imortal Ailon do Carmo, no acervo fotográfico da dona Jupia e Matusalém Teixeira, nas histórias de futebol e pesca do Seo Hermenegildo, nos outrora inflamados comícios da Praça dos Carreiros, ou até, nos in-tervalos culturais, que esses 60 anos passaram como um raio, nesta terra do positivista Rondon.

Quem sabe da paz de espí-rito de assistir uma ópera, uma peça teatral, mesmo que seja debaixo do pé de piqui, até mesmo uma apre-sentação do homem da cobra, ou ainda, apenas, as pernas - de- pau do Maurílio Fagundes e do Joelson Santos, não tão distantes campanhas políticas.

Ficamos indagando quem seria o filho mais ilustre da nossa terra, mas também ficamos imagi-nando, que temos apenas 60 anos. Somos uma criança em comparação a outras comunidades quatrocen-tonas. Seria ele político, artista plástico, músico, indigenista, índio, empresário, esportista, ou até mesmo um rondonopolitano residente, ou que por aqui passou? Seria o Tibiriça “Desde menino...”, ou o Vereador Olímpio Alvis, que lhe deu voz? O empresário – diplomata Dhone Dognani, ou o promotor Ari Madeira que abraçou as nossas causas mais difíceis ? A eterna miss-deputada Teté Bezerra ou o jornalista Aroldo Marmo ? Reconhecer os nossos ícones é valorizar a cidade e seus construtores.

Algumas vezes me pego pensando a respeito da cultura ron-

donopolitana, e vejo alguns filhos esconderem a sua naturalidade. Noutras, fico imaginando quão im-portante e divulgado foi o Panagpur para a nossa cidade. O bom de tudo isso é saber que os historiadores, com a razão, o tempo a favor, a frieza acadêmica e a distância do fato escreverão nossa história real como já estamos vendo alguns ousarem, à duras penas, ao confrontarem a cultura, com a cultura dos grãos, a engorda do boi, as inações políticas e o advento do trem.

Queremos montar uma nova teia de aranha, agora preocupada com a responsabilidade sociocultu-ral, com fios de solidariedade – pa-lavra essa que se tornou sinônimo de paz, como bem cita o bispo Casal-dáglia – reunindo amigos, parceiros, simpatizantes, mecenas e apreciado-res do fazer cultural, para tornarem--se multiplicadores, com a finalidade da produção do circo, sem perder a chama que assa o pão, que alimenta pessoas que não tem acesso à arte, e principalmente a alimentação básica. Para consumirmos arte, necessário se faz que tenhamos cultura na veia e alimento na barriga.

*Hermélio Silva é escritor

* Lucinete Rodrigues de Oliveira

Pátria Amada, Rondonópolis

Do ponto de vista da his-tória de cada indivíduo, o apren-dizado da língua falada sempre precede o aprendizado da língua escrita, quando ele acontece. Bas-ta citar os bilhões de pessoas que nascem, crescem, vivem e mor-rem sem jamais aprender a ler e a escrever. E, no entanto ninguém pode negar que são falantes per-feitamente competentes de suas línguas maternas. A língua sofre

mutações consideráveis e ágeis. Tudo isso se constitui razão maior para reafirmar a necessidade de descrever-se a realidade brasilei-ra antes que se percam traços e usos, formas e estruturas ainda não formalmente identificadas, registradas e catalogadas.

Em Mato Grosso, é possí-vel identificar a presença de fatos linguísticos diversos devido à influência do movimento migra-tório da população dos diferentes estados brasileiros e no município de Rondonópolis não é diferente, considerado no país como grande produtor de grãos, tem recebido na cidade a instalação de várias indústrias multinacionais den-tre elas esmagadora e têxtil e consequentemente migrante de todas as partes do país em busca

de trabalho. Tudo isso possibi-lita um cenário de diversidade linguística bastante encantador para um estudo dialetológico. Aqui, ao invés de uma marca linguística individual temos nas falas um conjunto de traços ino-vadores e conservadores que se combinam. Percebe-se nas falas traços linguísticos do português brasileiro de várias partes do país, mas combinados entre si de forma única, o que pode acabar por caracterizar a fala local. Essa riqueza é nossa, faz parte da cul-tura Rondonopolitana. A relação entre os diferenciados usos que se faz da língua constituem-se num benefício de cunho social e, porque não dizer, patriótico.

*Lucinete Rodrigues de Oliveira - Mestra em Ciências da Educação, acadêmica do

curso de Direito e Servidora da Secretaria Municipal de Cultura de Rondonópolis-MT

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Jornal Folha Regional página 0302 a 10 de Dezembro de 2013

Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon patrono de RondonópolisSeu nome era Cândido Ma-

riano da Silva Rondon, era descen-dente de bandeirantes paulistas e de espanhóis dos Pireneus, tendo do lado materno, sangue de índios Boróros e Terenos.

Talvez seja devido a isso o seu grande amor aos índios.

Nasceu na Sesmaria do Mor-ro Redondo, nos campos do Mimoso, ao sul do Estado de MT, na época em que se iniciava a nossa guerra com o Paraguai e por coincidência, no mesmo dia em que o Congresso de Assunção homenageava Francisco Solano Lopes, dando-lhe o título de Marechal em 5 de Maio de l865. Será que sob tal coincidência, espí-rito de batalhas deveria seguir mais tarde a carreira militar e vir a ser um Marechal?

Cândido Mariano da Silva, nasceu órfão de pai e seu sobrenome “Rondon”, foi acrescentado mais tarde, pois era o sobrenome de sua avó Rosa Rondon, mas isso depois de ter sido permitido pelo o Ministério da Guerra, em 28 /11/l890.

Com apenas dois anos de idade ,perdeu também a mãe, Clau-dina Evangelista, cujo nome ele homenagearia na Escola Claudina Evangelista, de Mimoso.

Cândido Mariano da Silva , depois da morte de sua mãe, foi criado

pela madrinha, dona Joaquina e pelo avó João Evangelista.

Aprendeu as primeiras letras com um sargento veterano da Guerra do Paraguai, Jacinto Hélio de Almei-da .Ao deixar Mimoso, aos 7 anos de idade, ele já sábia ler.

Atendendo um pedido de seu falecido irmão, seu tio Manoel Rodrigues da Silva Rondon, levou o menino para Cuiabá, onde con-cluiu os seus estudos primários. Ali, Cândido Mariano da Silva, passou a estudar e viveu em pleno campo, lidando com animais , nadando no Rio Cuiabá, domando novilhos e ao mesmo tempo em que auxiliava o seu tio, trabalhando como caixeiro em sua venda terminando o curso primário, ingressou no Liceu Cuiabano, onde fez o curso secundário. Nesse mesmo Liceu, aos l6 anos já era professor primário.

Mas a carreira militar o atraía e sendo assim, seguiu para o Rio de Janeiro, onde sentou praça no 3º Regimento de Artilharia a Cavalo em 26 de Novembro de l88l, passando logo a freqüentar a Escola Militar e a Escola Superior de Guerra. Não posso deixar de frisar, que Cândido Mariano da Silva, sempre figurou com um dos melhores alunos.

A seguir cursou Engenharia Militar e obteve o título de Bacharel

em Matemática e Ciências Físicas e Naturais. A seguir lecionou nessa mesma Escola quando ainda era Tenente, inclusive sobre Astronomia e Mecânica Racional, no ano de l888 era Alferes. Aluno, e em l890, já era 2º Tenente de Artilharia e Tenente do Estado Maior da 1º classe. Ele era um dos discípulos de Beijamim Constant e também um de seus alu-nos, predileto.

Por ocasião da Proclamação da República em l5 de Novembro de l889, ele estava perto de Beijamim Constant, quando o Marechal Deo-doro da Fonseca proclamou a Repú-blica. Nessa época Cândido Mariano da Silva tinha 24 anos e meio.

Em l890, nomearam-no ajudante da comissão construtora da linha telegráfica Cuiabá- Registro do Araguaia. Dois anos depois era capi-tão de engenharia em l903, Major da mesma Arma. Desde esse ano l890, deixou o Rio de Janeiro ,para cumprir o seu dever no sertão . E no sertão tornou-se um evangelizador dos silvícolas e um bandeirante científico, quase toda a sua existência .

Rondon desbravou e colocou no mapa de nosso País 500.000 km, devidamente reconhecidos, estudados e servidos poR telégrafos e estradas.

Em l907,o então Presidente

da República, Dr. Afonso Pena, mandou chamá-lo e perguntou-lhe: Major Cândido Rondon, é possível ligar Mato Grosso ao Amazonas por telégrafo?

É só querer Senhor Presi-dente foi a resposta singela desse grande herói.

Foi criado, então a Comissão de Linhas Telegráficas Estratégicas de Mato Grosso ao Amazonas e Rondon era o seu Major-Chefe, permane-cendo nessas funções até l930. Essa comissão ficou mais tarde conhecida como a Comissão Rondon.

Em 3 anos Rondon ligava Cuiabá a Santo Antônio da Madeira, entrosando a nova linha no circuito telegráfico nacional, fato impor-tantíssimo para o Brasil, naquele tempo. Foi um trabalho item, que se desdobrou por mais de 250 léguas, em pleno sertão e em matas somen-te percorridas pelos aborígenes e estendeu-se poz mais de 300 léguas, através do Amazonas.

Tempo depois, Rondon en-controu um grande chefe , o General Gomes Carneiro, que também prega-va o respeito aos índios ,tendo decla-rado, numa ordem do dia, em l890.

Marilia Salles entra para a história do exe-cutivo rondonopolitano

“Eu agradeço a todos os seg-mentos da sociedade pela maravilho-sa receptividade, e atenção especial durante esses 15 dias em que estive a frente do Executivo da nossa cidade.”

Marília Salles é natural de Umburatiba MG, passou toda a sua infância em Rondonópolis. Ela e seus 09 irmãos, hoje em áreas diferentes de trabalho, deram a sua colaboração para o desenvolvimento desta cidade. Aqui conheceu o seu esposo Rogério Salles, Ex- prefeito, Ex-Governador, e atual vice-prefeito de Rondonópolis.

FOLHA REGIONAL; Como a senhora se sentiu a frente do Exe-cutivo Municipal Rondonopolitano, chegou a ser um desafio?

Prefeita Marília Salles; Bem, antes eu quero ressaltar, que o Pre-feito, na época, José Carlos do Pátio, solicitou 15 dias de licença, para tratar de diversos assuntos. Eu agradeço a ele por ter oportunizado a mim essa experiência. Foi muito gratificante e honroso estar nesse cargo executivo, ainda que por poucos dias. Nós mu-lheres temos muita sensibilidade, nós

vemos as coisas de uma maneira que diferencia da visão masculina. Não é preconceito, mas isso é bom é neces-sário, e essas duas situações muitas vezes se complementam. O desafio maior foi ter chegado ao cargo, como disse foi muito gratificante.

JFR; A mulher tem conquis-tado avanços em diversos segmentos de trabalho na sociedade que antes era só para os homens. Na sua opi-nião por que as mulheres tem pouco interesse pela política, em especial aqui em Rondonópolis?

Prefeita Marília Salles; Na questão da política local, penso que as mulheres precisam ser mais ar-rojadas, vejo que a participação da mulher ainda é tímida. Quantas candidatas a prefeita nós tivemos em nossa cidade? A mulher precisa avançar mais ,e entrar no processo político. Mas eu ressalto essa questão sem preconceito, é importante a par-ticipação de homens e mulheres no contexto político de qualquer cidade. É sem dúvida uma situação gerada pela cultura do nosso país, é só nos

reportarmos a história. Eu quero dizer também que as mulheres preci-sam ter mais interesse pelas questões políticas. Cito ainda os comunitários e as comunitárias que estão um pouco ausentes dessa participação.

JFR; A sua atuação como Prefeita de Rondonópolis, de certa forma influenciou na caminhada do Dr. Rogério Salles, ou seja na candi-datura dele a vice-prefeito pelo PSDB em 2012?

Prefeita Marília Salles; A minha atuação a frente do Executivo Municipal não invalidou de forma nenhuma a proposta do PSDB.

JFR; Para finalizarmos, como a senhora foi acolhida pela sociedade rondonopolitana, em sendo a primeira mulher a assumir a prefeitura da cidade. Qual foi a reação da nossa população, a senhora chegou a se preocupar com isso em algum momento?

Prefeita Marília Salles; Desde o primeiro ao último dia em que es-tive no Poder Executivo a população foi muito carinhosa comigo, recebi muitas visitas, de comunitários, de autoridades civis e militares. Eu agradeço a todos os segmentos da sociedade pela calorosa receptivida-de durante os 15 dias em que estive a frente do Executivo Municipal. Quero agradecer também a todo o Secretariado, aos funcionários e a imprensa local. A reação do nosso povo foi muito positiva, valeu a pena ficaram boas experiências, foi mais um momento de aprendizagem”. finalizou a ex-prefeita Marilia Salles.

Nesta edição especial dos 60 anos de emancipação política e administrativa de Rondonópolis vê se uma curiosidade no legisla-tivo rondonopolitano em 15 le-gislaturas tivemos 32 presidentes que dirigiram a casa de leis, neste formato é possível perceber que tivemos dois presidentes a mais que o tempo determinado. Isso deu-se por conta da ida de um presidente para a prefeitura como rege a lei eleitoral.

Os ex - presidentes da Câmara Municipal. Cidadãos que dedicaram momentos de sua vida pública ao legislativo em diferentes épocas tiveram suas vidas marcadas na história de Rondonópolis e hoje estão com suas fotos e fatos registrados no memorial da câmara municipal da cidade.

Saudamos os familiares descendentes dos saudosos par-lamentares, que hoje são testemu-nhas vivas do desprendimento, da dedicação que tiveram pela cidade.

Da Editoria / Denis Maris

Câmara Municipal em sua 15ª legislatura já teve 32 Presidentes

Seis décadas de desenvolvimentopor Nelson Pereira Lopes

O município de Rondonópo-lis, completará neste dia 10 de dezem-bro de 2013, seus 60 anos de eman-cipação politica e administrativa, sendo este aniversário um dos mais competitivo de toda sua história. Essa assertiva tem toda razão de ser em virtude do fluxo de desenvolvimento que vem ocorrendo nos últimos anos. Vamos começar esta análise, pelo PIB-Produto Interno Bruto, alcança-do por Rondonópolis, que por sinal é o maior do País, inclusive, igualando ao da China, que chega ao percentual dos 10%, anuais. A corrida empre-endida pela cidade, com as obras já construídas e outras em andamento, demonstra que em breve, será o maior pólo sócio-econômico do País. O fluxo migratório de pessoas que está sendo verificado ultimamente, principalmente por parte da classe empresarial, investidores que buscam melhores e maiores alternativas para seus investimentos, estão aportando em Rondonópolis, cuja realidade, está retratada nos trilhos da Ferrovia que se instalou recentemente, dando

o primeiro passo no transporte das riquezas do agro-negócio, sem contar o mercado de comercialização de pro-dutos, através das grandes empresas mercadistas que estão transformando em realidade um sonho acalentado por velhos pioneiros fundadores deste grande pólo.

O destaque de Rondonó-polis, se comprova na produção de alimentos, que tem como carro chefe, a Soja o Milho o Arroz e o algodão.

Nota-se também, que Ron-donópolis está se transformando na capital das escolas públicas e priva-das, recebendo inúmeras escolas pro-fissionalizantes, além das Faculdades, tanto pública como privada, como por exemplo a Universidade Federal de Mato Grosso, que vem aumentando a oferta de novos cursos no Campus de Rondonópolis, sendo o destaque o Curso de Medicina, já aprovado pelo MEC-Ministério da Educação e Cultura, também, na Instalação da UNEMAT, Universidade Estadual de Mato Grosso, que irá somar a grande oferta de cursos superiores,

aos já existentes na rede particular, ofertados pela Anhanguera e Unic, que oferecem uma game de cursos superiores em todas as áreas do agro-negócio e da agropecuária.

Rondonópolis inicialmente foi a Rainha do Algodão, no primeiro ciclo de seu desenvolvimento, logo em seguida, transformou-se na grande produtora de soja, alcançando o pri-meiro lugar no volume de produção no País.

A população está estimada em 220 mil habitantes, sendo o seu IDH-Indice de Desenvolvimento Humano, carente de melhoramento, principalmente, no saneamento bási-co e na água tratada, além de outras alternativas, no campo da cultura, da segurança pública, e dos serviços prestados pelos governos, federal, estadual e municipal.

A falta de um plano de de-senvolvimento na cidade, que não fora feito na época oportuna, princi-palmente nas aprovações de grandes loteamentos, sem um mínimo de benfeitorias, assim se deu o cresci-mento desordenado da cidade.

A classe politica de Rondo-nópolis está mudando radicalmente seus conceitos de Oposição e Gover-no, numa demonstração de maturi-dade e soma de esforços direcionadas em um só objetivo o desenvolvimento integrado na cidade.

Vamos comemorar o sexa-gésimo aniversário de Rondonópolis com a certeza de que estamos trilhan-do o caminho certo da prosperidade e do progresso.

*Nelson Pereira Lopes é advogado em Rondonópolis

Arquivo Folha Regional / Ed. 58 Pg. 06 Ano 2005

Arquivo Folha Regional / Ed. 71 Pg. 05 Ano 2010

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02 a 10 de Dezembro de 2013 Jornal Folha Regionalpágina 04

60 ANOS DE EMANCIPAÇÃO

Por volta de 1922, a instalação do posto da linha telegráfica, objetivando a comunicação entre o Esta-do de Mato Grosso e Ama-zonas, isto até por volta de 1960. O progresso chegava a Rondonópolis da travessia do Rio Vermelho (Poguba), por uma balsa. Chegavam famílias em busca de me-lhores condições de vida, forasteiros, comerciantes e pequenos empresários das

mais variadas atividades.Estes contribuíram

para que 1953, aconteces-se a emancipação política administrativa de Rondo-nópolis, através da Lei 666 de 10 de Dezembro de 1953, na ocasião foi nomeado o primeiro prefeito de Rondo-nópolis, o Sr. Rosalvo Faria, naquela época Juiz de Paz.

Na atualidade Ron-donópolis tem conforme o último senso aproximada-mente 208mil habitantes e passaram pelo poder exe-cutivo 17 prefeitos sendo que nesse período o atual prefeito Percival Muniz entra para História pois já está no 3ª mandato.

Veja prefeitos: Percival Muniz entra para historia com 3 mandatos

Hisahiro Kida: 45 anos de Incentivo

Hisahiro Kida pioneiro em Rondonópolis, fundador e pro-prietário da empresa Rondoleste Organização Técnica Contábil, uma das mais tradicionais de nossa cida-de, sempre esteve atento ao desen-volvimento social e econômico do município. Kida prestigia a família os seus filhos Akemi de Paula Kida e Klever Kenji de Paula trabalham na empresa e ocupam o cargo de direção na empresa. O empresário faz um breve relato da sua história pessoal, e conta como viu Rondonó-polis quando chegou e o que sentiu nesse período de 45 anos de feliz convivência com a cidade; “ Che-guei em Rondonópolis no ano de 1968, a cidade estava completando 15 anos de emancipação política e administrativa. Vim para trabalhar na especialidade de Contador da

Cooperativa Mista Agropecuária de Rondonópolis, a cidade era bem calma, não havia assaltos, quase todos os moradores praticamente se conheciam.

É bom relembrar bons mo-mentos, e a vida empresarial da cidade naquele período ; onde é hoje a loja Tubarão dos Tecidos, era um posto de gasolina o Posto Atlântic, nas imediações onde é hoje o prédio do Banco do Brasil era um matagal. Onde hoje é a loja Flamboyan também era só mata-gal. Naquela ocasião havia na Av. Marechal Rondon o Bar do Roxinho era ponto de ônibus, havia também um outro ponto que ficava onde é hoje a Caixa Econômica Federal na Arnaldo Estevão, o ponto da Baleia que fazia o trajeto de Rondonópolis a Campo Grande. Havia também

a Casa Araujo do senhor Silvio. Lembro-me muito bem quando as pessoas atravessavam a balsa no Rio Vermelho, uma grande maioria se hospedava na Pensão Cuia. Era a hospedagem mais próxima da bal-sa, as pessoas chegavam cansadas da viagem e lá então pernoitavam.

O hotel do Damasceno era em frente ao Posto Guarujá do Toninho, tenho saudade daqueles tempos, Rondonópolis era pequena tínhamos mais amizades, as pessoas eram mais fraternais, tínhamos mais qualidade de vida.

Em 1970 fui convidado pelo Lamartine da Nóbrega para entrar no Rotary Clube, naquele período só havia o Rotary Centro, próximo a Santa Casa. Depois fundaram o Ro-tary Rondonópolis Leste momento em que passamos a nos reunir con-

juntamente. Promovíamos a festa do shop. O Rotary Clube foi mentor de uma campanha no ano de 1984 para trazer a televisão em cores para que todos assistissem a Copa do Mundo, apesar de todos os esforços não foi possível, a imagem ficou só em preto e branco.

A década de 1970 foi muito positiva para a nossa cidade, o em-presário Ibrahin Zaher, irmão do senhor Elias Zaher ajudou a trazer o Judô para Rondonópolis, convi-dou o professor Manao Ninomia que rapidamente se adaptou aqui e implantou esse esporte na cidade. Também na década de 70 a telefonia deu um grande passo, os telefones tinham apenas 3 dígitos tínhamos que discá-los e então solicitar o número da cidade e da pessoa com quem iríamos falar. Foi também o ano que abriram em Rondonópolis grandes concessionária, a exemplo da Willis e da Volkswagen.

A sociedade rondonopoli-tana da época solicitava as autori-dades do município o asfaltamento da Av. Pres. Médice em pista dupla. Nós freqüentávamos a feira da Praça Carreiros, onde chegavam carroças, caminhões, carros de boi e trator.

Os comícios eram feitos na Praça dos Carreiros, ou enfrente ao campo de futebol onde é hoje o EE-MOP, o campo não era totalmente plano tinha uma caída, e as vezes a bola ia parar no Hotel Central, também conhecido como Hotel do Bagunça que ficava bem próximo. Era o nosso campo preferido onde eu Pretinho, Zé Hugo e os rapazes

ao Progresso rondonopolitanoda época sempre jogávamos futebol.

No ano de 1973 José Marino de Paula me convidou para entrar na Maçonaria, instituição que pos-teriormente alcancei todos os graus até chegar ao mais elevado, o grau 33. É para mim uma honra parti-cipar desta fraternidade que abriga pessoas de bem, praticamente de todos os países.

Em 1977 o então prefeito Walter de Souza Ulysséia fundou o pátio onde alguns anos mais tarde passou a ser a sede da Secretaria Municipal de Transporte.

Conheci alguns Delegados de Polícia de Rondonópolis, dentre eles Moacir Moussalém e o Adibe que sempre me visitava em meu escritório e me aconselhava. Nós saíamos à noite com os amigos mais

próximos, raramente havia brigas motivadas por algum desentendi-mento.

Estou muito feliz por relem-brar um pouco da minha história de vida nesta cidade de Rondon, naquele tempo nós vivíamos com mais qualidade e tínhamos muitos amigos. A cidade cresceu evoluiu, e nós evoluímos com ela. Tudo tem o seu preço, é preciso acompanhar as mudanças, e dar o melhor de nós mesmos. Quero parabenizar Rondonópolis nesta data dos seus 60 anos, para aqui viemos e cons-truímos o nosso futuro, esperamos que a nossa juventude procure fazer pelo menos um pouco daquilo que sempre fizemos.

Da Editoria / Denis Maris

Arquivo Folha Regional / Ed. 78 Pg. 05 Ano 2006

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Jornal Folha Regional página 0502 a 10 de Dezembro de 2013

ALTAMIRO MAIAO Primeiro Morador do Jardim Tropical e do Conjunto São José

Altamiro Severino Maia é natural da cidade de Jaraguá GO, onde passou um pequeno período de sua infância. Seus pais Raimundo Severino Maia e Juvercina Messias de Jesus, tiveram 03 filhos; Altamiro, Geraldo Ribeiro e Isaura Tavares Maia. Quando Altamiro completou 03 anos de idade seus pais foram de mudança para Brasília. A família Maia foi uma das pioneiras na capital federal. Seu saudoso pai não deixou bens, mas deixou uma grande reserva moral, comenta Altamiro que desde muito cedo conheceu o trabalho. Desprendido e dedicado, dos 07 aos 12 anos de idade vendia salgados e doces nas ruas de Brasília. Ele fala com entusiasmo sobre alguns mo-mentos que foram mais importantes de sua vida.

“Já bem próximo aos meus 13 anos conhecemos um casal que havia chegado do Estado de São Paulo, procurava um imóvel para alugar com a finalidade de montar uma loja de produtos industriais para restaurante. Desde então fiquei trabalhando na loja que pertencia

a uma empresa multinacional, co-mecei como cobrador, após fiz um curso de técnico em equipamentos de cozinha. Aos 26 anos de idade sai dessa empresa, e após fui trabalhar na empresa SPI Sociedade Paulista de Investimento. S.A onde entrei como auxiliar de tesouraria, 02 anos após me colocaram no cargo de tesoureiro chefe.

Posteriormente trabalhei com os irmãos Edson Sebba e Edu-ardo Sebba proprietários da matriz da SEBBA Madeiras e Materiais para Construção. Nos dias de hoje a SEBBA atua também no ramo de replantio de árvores, e possui no Brasil um grande projeto de auto sustentabilidade. Permaneci na em-presa durante 07 anos, de onde sai em Agosto de 1981, no mesmo ano recebi o convite do vereador Antonio Lou-renço Neto popular Campo Limpo para vir a Rondonópolis desenvolver um trabalho na área social.

Cheguei nesta cidade no dia 22 de Agosto de 1981, fui morar na COHAB próximo a residência do Antonio Lourenço Neto. Estou nesta

cidade há 32 anos, aqui me casei, constitui minha família, minha es-posa Dulce dos Reis Maia, temos 03 filhos Marcelo dos Reis Maia (Técni-co em Edificações), Marc us dos Reis Vinícius (Técnico em Contabilidade), e Milene dos Reis Maia (Advogada).

Os diversos ramos de co-mércio sempre estiveram na minha trajetória de vida fui convidado para gerenciar a Loja Ponto Certo, e para ocupar o cargo, fui para São Paulo onde fiz um curso de especialização que durou 07 dias, fiquei no coman-do da loja durante 06 meses. Novas mudanças vieram, pela necessidade de desenvolvimento de novos bair-ros fomos habitar o Jardim Tropical onde entramos como os primeiros moradores. O prédio naquela oca-sião foi cedido pelo engenheiro Dr. Eduardo Perez, que era proprietário da construtora CONGEPEL. Foram construídas 13 casas, eu implantei um restaurante de comida caseira, onde servíamos os trabalhadores e diretores da COSIC.

Deixei então a gerencia da loja, para ajudar no restaurante, o movimento tinha aumentado, e o número de pessoas que eram servidas já passava de 30. O primeiro prato servido foi arroz com galinha, feito pela Dona Dulce dos Reis Maia, e assim atendemos os trabalhadores que construíram casas em nossa re-gião Conjunto I, Conjunto II, e Mal. Rondon durante 10 anos. As casas foram construídos pela COSIC, que posteriormente construiu também o Jardim Europa, e o esgoto central da cidade. O acampamento dos funcionários da construtora ficava no terreno onde é hoje a Agroboi, ali nós entregávamos marmita para todos.

Em 2001 comecei minha carreira no legislativo, o vereador Fulô (PMDB) me convidou para ser o seu assessor estou com ele nesse trabalho já por 06 legislaturas, hoje estou no cargo de Chefe de Gabinete. Sinto-me muito feliz, tenho muitos amigos, uma família maravilhosa, gosto do que faço, e agradeço imensa-mente a confiança em que o vereador depositou em mim; Agradeço aos moradores desta cidade que ama-mos, onde chegamos crescemos e evoluímos, parabéns Rondonópolis nessa comemoração dos seus 60 anos de progresso.” Salientou o pioneiro Altamiro Maia, que se prepara para aposentar no dia 08 de novembro de 2014.

Da Editoria / Denis Maris

ÁUREO CÂNDIDO COSTAIlustre personalidade empresarial, cultu-ral e social mato-grossense

Apoiador das boas causas, dos bons projetos para a sociedade rondonopolitana, Áureo Cândido Costa, cidadão fraternal que contribui grandiosamente com o progresso de nossa gente. Desprendido, doou terrenos à muitas instituições que hoje estão estabelecidas em Rondo-nópolis, além de inúmeros apoios aos artistas, pequenos comerciantes, e empresários de diversos setores. É sempre um prazer estar diante do cidadão vitorioso que nos transmite serenidade, sabedoria e humilda-de. Guiratinguense de nascimento, rondonopolitano de coração, está há quase 50 anos na terra de Rondon, Áureo relata.

“Cheguei aqui em 1963, por

tanto há46 anos. Meu pai Jaime Fernandes Costa exerceu a profissão de Contador em Guiratinga durante muitos anos desde 1938 até 1965 quando aposentou. Minha mãe Maria Cândida Costa era costureira e dona de casa, tivemos uma infância muito tranqüila, somos uma família com sete irmãos, o mais velho Aldo, Ademar, Dalva, Zilá, Áureo, Áucio e Alba. A minha infância até aos 12 anos eu passei em Guiratinga, cidade pacata, tranqüila, pequena. Bons vizinhos, bons moradores, cidade com bons colégios, nos estudamos no Colégio das freiras Sagrado Coração de Jesus, no Instituto Lar dos Padres. Foi uma infância saudável, feliz e harmoniosa. Após ter completado

12 anos fui para Rio Verde no estado de Goiás, onde fiz o curso ginasial, após ter completado os estudos fui para Goiânia onde residi durante oito anos fiz o Curso Secundário, Curso de Contabilidade, comecei fazer o Curso de Direito, depois desisti, um grande erro mas são coisas da vida. Fiz o serviço militar em Goiânia na Sétima CR, posteriormente exerci as profissões de Contador e Corretor de Imóveis. A minha vinda de Goiânia para Rondonópolis foi motivada por um convite feito pelo meu primo Wi-liam Cândido de Moraes, que estava com o loteameno da Vila Aurora pa-rado, e precisava reorganizá-lo para fazer o lançamento de vendas, e me convidou para ser sócio da Imobiliária Aurora. Retornei em julho de 1963 e no mês de setembro do mesmo ano nos lançamos a venda dos imóveis da Vila Aurora. Lutamos com mui-tas dificuldades, naquela época nós não tínhamos máquinas abrimos ruas com machado, com foice e com enxadão. Não tínhamos ponte para a travessia, nós construímos uma balsa pequena, e uma ponte que chegou a cair, mas o loteamento teve boa aceitação para os moradores de Rondonópolis, e hoje é um excelente bairro, é um bairro nobre da cidade.” Finalizou o empresário.

Arquivo Folha Regional / Ed. 182 Pg. 07 Ano 2009

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02 a 10 de Dezembro de 2013 Jornal Folha Regionalpágina 06

CONTRATA-SELimpador de piscinas sem experiência,

carga horária semanal 24h. Ligar 0800-646-2012

INFORMATIVOO Dia Mundial de Luta contra a AIDS foi criado para

informar a população sobre a necessidade de prevenção da doença. O preconceito e a discriminação são as maiores barreiras no combate à doença, e os estigmas são provo-

cados principalmente pela falta de conhecimento, mitos e medos.A Campanha do Dia Mundial de Luta contra a AIDS do Ministério da Saúde deste ano irá realizar uma mobiliza-ção nacional para testagem de sífilis, HIV e hepatites virais (B e C). Durante 10 dias, todas as pessoas que desejarem saber sua condição podem procurar as unidades da rede

pública e os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) em todo o país. UNIC- Discentes: Andreia R. Resende e

Evilásia T. Soares- Docente Vera Lucia Neves.

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Jornal Folha Regional página 0702 a 10 de Dezembro de 2013

IDEAL MANGUEIRASEm Rondonópolis concretizamos nossos sonhos nesses 24 anos

Natural de Dourados MS. Chegou em Rondonópolis com 17 anos de idade, já tinha experi-ência no ramo, havia trabalhado em sua cidade natal em empre-sas do ramo de componentes hidráulicos. A família sempre foi oseu porto seguro, e com o apoio dela o jovem empresário com muita determinação montou a loja que hoje é uma das principais do ramo em Rondonópolis. Paulo de Souza Alves fala sobre a sua trajetória, ou seja a mudança de

Dourados MS para a cidade de Rondon;

“Nós já tínhamos parentes que residiam aqui em Rondo-nópolis há algum tempo, eles sempre nos transmitiam boas referências. Uma cidade pólo, com grande produtividade nas lavouras, e desta forma com uma possibilidade de crescimento mais rápido na indústria e no comércio. Sem dúvida esse é um dos atributos que convenceram muitos empresários e trabalhado-

res a virem para esta progressista cidade.

Estamos aqui há 24 anos, em Rondonópolis concretizamos nossos sonhos, a nossa empresa é a concretização de um idealismo, hoje temos mais demil itens em nossa loja. Parentes trabalham conosco, podemos dizer que a nossa empresa é familiar. O nosso ramo émisto de utilidades variadas temos produtos para residências, para o comércio, para industria e para veículos.

Sebastião Pereira - “Tiâo do Gas”De ajudante a empresário revendedor Copagás

O conhecido empre-sário é natural da cidade de Presidente Prudente SP, seus pais João Batista e Maria Porcina eram lavradores, ti-veram cinco filhos. O chefe da família Joâo Batista faleceu quando ele ainda era pequeno. Diante dessa ausência no seio familiar, a sua mãe Porcina resolveu mudar para o Estado do Paraná, onde passou a resi-dir com os filhos na cidade de Londrina. O jovem Sebastião quando completou 15 anos de idade saiu de Londrina, e foi para a cidade de Porecatu onde permaneceu durante 02 anos junto com os seus familiares trabalhando numa usina de cana de açúcar.

Com a infância e a adolescência marcada pelas mudanças e muito trabalho Tião ganhava cada vez mais experiência e se acostumou com os desafios que a vida lhe

pautava. Sempre amou o traba-

lho, e foi através de muita luta que conheceu o Paraguai país vizinho ao nosso. Conta ele;

“Corria o ano de 1954 minha mãe e meus irmãos fomos todos convidados para trabalhar no Paraguai numa fazenda de café em Ponta Porã onde permaneci até os meus 17 anos. Com 18 anos me alisteino Exército em Campo Grande na Quarta Divisão de Cavalaria, onde fiz o curso de motorista. Quando cumpri o meu período militar, retornei novamente para Ponta Porã fui trabalhar na lavoura de café onde permaneci até os meus 20 de idade.

Posteriormente mudei de profissão, mesmo residindo no Paraguai fui ser motorista de caminhão,onde fiquei du-rante 05 anos puxando toras de madeira. Após retornei para

Campo Grande onde fui tra-balhar no transporte coletivo como motorista de ônibus, lá trabalhei também com ter-raplanagem, e fui motorista de taxi.

No ano de 1969fui convidado para trabalhar na empresa Supergasbras em Campo Grande, comecei na função de ajudante do chefe do depósito. Nessa empresa trabalhei durante 08 anos. Em 1977 surgiu uma vaga aqui na cidade de Rondonópolis para gerenciar a Supergasbras, aceitei o convite e vim como funcionário. Três meses depois houve um desentendimento entre o proprietário do depósi-to e a Cia. de gás. A sorte estava do meu lado, em novembro de 1977 a direção da empresa me repassou a representação da Cia em Rondonópolis e região.

Não durou muito tem-po a empresa saiu de Mato

Grosso, e passei então de aju-dante a revendedor Copagas. Hoje representamos na região as duas empresas a Supergas-bras e a Copagas. Temos cerca de 70 funcionários, e uma boa liderança no setor.

Hoje os meus filhos Carlos Alberto, Sueli, José Henrique e Marco Antonio me deixam muito orgulhoso, eles são os diretores das empresas onde cada um tem a sua fun-ção. Essa administração me deixa tranqüilo. Hoje sou um homem realizado, e procuro usufruir das coisas boas da vida, adoro música sertaneja, na verdade eu não tenho pre-conceito gosto da música boa e de todos os estilos. Tenho duas paixões a primeira é a música, gosto de receber os amigos em minha casa, violei-ros, seresteiros, sertanejos da música raiz. É com entusiasmo e alegria que passamos horas agradáveis com muita música boa e ao vivo. A outra paixão é a pescaria, quando a situa-ção permite juntamos alguns companheiros, e vamos apre-ciar a natureza, e desta forma renovamos as nossas energias.

Quero parabenizar os moradores desta querida cida-de pelos 60 aos de emancipa-ção política,de prosperidade e progresso, principalmente os pioneiros, os mais antigos que aqui chegaram e acreditaram no sonho de uma cidade de-senvolvida. Aos jovens eu digo, que acreditem em Rondonó-polis assim como eu acreditei há 36 anos atrás, felicidades à todos. “ Concluiu emocionado o empresário Tião do Gás.

Da Editoria – Denis Maris

Nesse período do ano é grande a saída de materiais au-tomotivos, de manutenção, pre-ventivos industriais ébem maior do que nos meses anteriores. Isto se deve arestaurações de equipa-mentos e substituições causadas por avarias. Os motivos são diver-sos, para começar um ano novo com os equipamentos em dia,e até mesmo por viagens de férias. O segmento de componentes hi-dráulicos está em alta na cidade, e vemse desenvolvendo com o município. Nosso ambiente é agradável procuramos atender os nossos clientes com qualidade e da melhor forma possível.

Como cidadãos temos preocupações com o nosso país, em especial com a área da saúde e da educação. No setortra-balhista vemos que os nossos jovens precisam cada vez mais se preparar e se especializar para atender a grande necessidade dos diversos segmentos de mercado. Rondonópolis nos apresenta o tempo todo marcas positivas do progresso,industrial, tecnológico e humano afinal estamos numa região estratégica. Mas não pode-ríamos deixar de lado a segurança pública, é preciso que asnossas autoridades lancem um olhar também para essa questão que hoje é crítica na cidade.

Parabenizamos Rondo-nópolis pela passagem dos seus 60 anos de emancipação política e administrativa. Queremos que toda a nossasociedade se integre cada vez mais e faça um esforço para que todos os cidadãos te-nham uma melhor qualidade de vida. “ Ressaltou o empresário Paulo de Souza Alves.

Da Editoria / Denis Maris

CDL é parceira de Rondo-nópolis desde 1976

A parceria entre a Câ-mara de Dirigentes Lojistas de Rondonópolis (CDL) e a classe empresarial se torna cada vez mais forte ao longo dos anos. A primeira entidade a defender a classe lojista na cidade é sinôni-mo de qualidade de prestação de serviços à sua categoria e à sociedade desde 1976. Deten-tora do mais amplo cadastro de dados que engloba a Serasa e o SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), a CDL é atualmente o termômetro do comércio local, no setor de varejo.

O sistema de consultas de dados permite aos empre-sários suporte para uma venda mais segura. Pela internet ou telefone é possível saber se o cliente possui condições de compra, se está negativado, com pendências no sistema bancário ou até mesmo em cartórios. O serviço é o mais completo e pode ser adquirido através de pacotes que cabem no orçamento das empresas. Todo o procedimento de cadastro e retirada dos nomes dos clientes no banco de dados é feito pelas empresas.

Consulta gratuitaA CDL também oferece

o serviço de consulta ao nome do consumidor gratuitamente no balcão. Em média 2 mil pessoas consultam o nome na Serasa e no SPC. Para acessar o serviço basta que a pessoa leve documentos pessoais.

CertificaçãoA possibilidade de fa-

zer compras em outros países também é possível através da certificação digital, serviço que deu comodidade, agilidade e eficácia para empresários que possuem negócios no Brasil e no mundo. O serviço também está disponível para pessoas físicas. O processo é feito diretamente com a Serasa Experian o que garante rapidez na entrega da chave, espécie de identidade digital, disponibilizada em 24 horas.

FomentoO fomento do comércio

é objetivo da CDL que sempre monitora a economia da cidade e da região. Através da campa-nha Liquidaqui, que já faz parte do calendário da cidade, propor-

ciona aos lojistas oportunidade de vender mais barato durante uma semana e aos consumidores a compra com preços promo-cionais e prazos diferenciados além de premiar os clientes das lojas que aderem à campanha. Neste ano, a 9ª edição da Liqui-daqui entregou quatro motos 0 quilômetro e atraiu milhares de consumidores, inclusive de outras cidades da região.

Mérito LojistaO monitoramento de

como a empresa está no mercado é proporcionado pela CDL sem ônus aos empresários. Anu-almente, é realizado o Prêmio Mérito Lojista, em que uma pes-quisa junto à população aponta as empresas mais lembradas no ano que antecede ao prêmio. Com o detalhamento da sonda-gem é possível balizar as marcas que estão conquistando o gosto do consumidor e as que estão perdendo clientela. O prêmio é realizado no mês de maio e segue os padrões do Mérito Lojista Nacional da Confederação Na-cional das Câmaras de Dirigentes Lojistas (CNDL).

MissãoA missão de fomentar

o comércio e defender a classe lojista é levada a sério pela dire-toria que acompanha todas as ações políticas da cidade para informar e inteirar os associados das decisões administrativas que podem influenciar a economia ou desenvolvimento da cidade.

A frente da CDL de Ron-donópolis há 5 anos, a presidente Eliane Queiroga lembra que a qualidade dos serviços prestados é grande preocupação da institui-ção. “A seriedade com que todos nós, diretores e colaboradores, da CDL trabalhamos é refletida na confiança dos lojistas que são nossos parceiros ao longo de todos esses anos. Procuramos participar e analisar os fatos que acontecem na nossa cidade para que estejamos a par do que acontecerá e qual será o impacto no comércio. Queremos que nossa cidade seja ainda melhor, com um comércio forte e que acompanhe o desenvolvimento não só de Rondonópolis, mas da região”.

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02 a 10 de Dezembro de 2013 Jornal Folha Regionalpágina 08

PROJETO LUZES DE NATAL 2013:

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Jornal Folha Regional página 0902 a 10 de Dezembro de 2013

Idealizado pela empresa de comunica-ção Folha Regional, em parceria com o comércio e a indústria local, onde cada empresa adota uma árvore para que seja viabilizada a verba de sustentação do projeto. Luzes de Natal esta sen-do apresentado à socie-dade rondonopolitana no seu 6º. ano consecu-tivo de existência, desta forma decorando uma das principais avenidas da cidade que é a Lions Internacional.

Ao todo são 30 árvores instaladas em 30 postes no canteiro central daquela via du-pla com 50 metros de mangueira iluminada. O projeto Luzes de Na-tal este ano teve o apoio imprescindível do pre-feito Percival Muniz, que disse sempre incentivar

tudo que venha contri-buir com o município. Luzes de Natal embele-za, e alegra ainda mais as noites dos rondono-politanos, especialmente aqueles que passam pela Av. Lions ou vão fazer suas compras no centro e depois passam na ave-nida mais gastronômica da cidade. Sem contar que o referido projeto harmoniza o público e o privado dando um respaldo igualitário para ambas as partes, empre-sários e o poder público.

O diretor e ideali-zador do Luzes de Natal jornalista Evandro San-tos agradece a todos os empresários e empresas que estão participando mais uma vez deste arro-jado projeto. Ressaltou que a decoração deste ano tem um gostinho de presente para Ron-

donópolis que completa 60 anos de emancipação política administrativa no próximo dia 10 de Dezembro.

As empresas que fazem parte do projeto neste ano de 2013 são: Plaza Lanches, Cartório do 3º. Ofício, Pesque e Pague do Jailton, Leste Gás, Só Portas, Depósito de Areia Nossa Senhora de Fátima, Mega Turbo, Depósito de Areia Ouro Verde, Auto Escola Fer-rari, Metalúrgica Cen-tral, Rondoleste, União Familiar, Prefeitura Municipal de Rondo-nópolis, Village do Cer-rado, Evolução Turbo, Construtora Farias, Ide-al Mangueiras, Brascel Celulares, Rodofreios, R. Color Tintas, Comando Diesel e MR Factory.

Da Editoria / Denis Maris

PARCERIA NA DECORAÇÃO MARCA 60 ANOS DE RONDONÓPOLIS

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02 a 10 de Dezembro de 2013 Jornal Folha Regionalpágina 10

JOÃO VIANA RODRIGUES“J.V. RODRIGUES”O primeiro jornalista brasileiro a cobrir a guerra do Vietnã

J.V Rodrigues hoje 82 anos,natural de Quixadá estado do Ceará, veio ao mundo em 23 de fevereiro de 1928. Filho de Vicente Rodrigues de Castro, e Francisca Vieira de Castro, ele é engenheiro civil, funcionário do governo federal que muito contribuiu comdesenvol-vimento da região nordeste. A mãe cuidava dos serviços do lar.

JORNAL FOLHA RE-GIONAL; COM QUANTOS ANOSVOCÊ INICIOU SUAS ATIVIDADES JORNALÍSTI-

CAS?Rodrigues; Sai de minha

cidade aos 14 anos fui para Forta-leza onde continuei meus estudos, quandocompletei 15 anos comecei a trabalhar como gráfico, aos 16 co-mecei a fazer revisão do jornal. Em 1945 terminou a guerra, havia várias manifestações na cidade, em uma delas não tinha repórter para fazer a cobertura, o editor do jornal estava preocupado. Naquele momento eu disse à ele me dá a máquina fotográ-fica que eu vou cobrir, e auxiliado por uma taquígrafa fiz a matéria, no dia

seguinte eu já era repórter do jornal O Nordeste de Fortaleza.

JFR: VOCÊ SAIU DE FORTALEZA COM DESTINO AO RIO E SÃO PAULO QUEM O APOIO?

Rodrigues: Eu sai de Forta-leza encaminhado por um amigo, fui direto para os Diários Associados, e me apresentei ao repórter Luciano Carneiro influente personalidade jornalística da revista O Cruzeiro. Fui muito bem recebido, e no dia 24 de janeiro de 1947 comecei trabalhar

no Correio da Manhã, um dia após eu ter chegado ao Rio de Janeiro. Permaneci na empresa por uma temporada e após fui para São Paulo, onde trabalhei no Diários Associados era a maior empresa jornalística da época tinha uma grande rede de jornais no país comandada por Assis Châteaubriant.

JFR: EM SÃO PAULO VOCÊ PARTICIPOU DE UM MOMENTO MARCANTENA COMUNICAÇÃO SOCIAL DO PAÍS, QUE EVENTO FOI ESSE?

Rodrigues: Assis Château-briant grande empresário da comu-nicação social, cidadão brilhante de grande notoriedade trouxe a televisão para o Brasil. Naquele tempo a TV só existia na Inglaterra e nos E.U.A. Foi um grandioso avanço, um come-ço majestoso para a comunicação brasileira, e eu tive a honra de fazer a cobertura do lançamento da tele-visão em nosso país. A televisão foi inaugurada no Brasil em transmissão experimental no dia 7 de setembro de 1950. O primeiro artista a se apre-sentar na TV foi o Frei José Mojica, o primeiro padre cantor a se apresentar na TV brasileira.

JFR: RODRIGUESPOR-QUE A DITADURA TE MAN-DOU PARA O EXÍLIO?

Rodrigues: Corria o ano de

1964, falar na cor vermelha naquele período era extremamente perigoso, a palavra foi banida dos dicionários e trocada por encarnado; “Salão encar-nado do Itamaraty, Salão encarnado do Palácio Campos Elísios etc. Em 31 de março de 1966 fiz uma matéria para a Rádio Marconi comentando sobre a revolução, colocamos no ar,10 minutos depois a emissora estava cercada. Eu já tinha ido para a casa, as 4;00 hs. da manhã bateram na porta e me disseram o senhor está preso, fiquei 45 dias na prisão e após fui exilado.É sem dúvida um dos fatos mais marcantes na vida de um jornalista.

JFR: COMO FOIA SUA ATUAÇÃO NA COBERTURA JORNALÍSTICA NO FRONT DA GUERRA DO VIETNÃ ?

Rodrigues: Aproveitei o meu exílio na Itália onde trabalhei para a revista italiana Horizonte, que me deu a incumbência de fazer a cobertura da guerra do Vietnã. O jornalista de guerra tem que estar na frente da batalha, e por esse motivo fui atingido por vários estilhaços de granada tive vários ferimentos pelo corpo quehoje estão cicatrizados. Foi uma experiên-cia inesquecível, desta forma eu fui o primeiro jornalista brasileiro a cobrir a guerra do Vietnã, mas a serviço da imprensa italiana.

JFR: QUAIS AS OU-TRAS OPORTUNIDADES QUE VOCÊ TEVE DURANTE O SEU EXÍLIO NA ITÁLIA, E HOJE NO BRASIL COMO SE SENTE?

Rodrigues: Trabalhei na ONU, onde estudei no Instituto Superior de Opinião Pública, onde fiz um curso integrado que com-plementa Jornalismo, Publicida-de e Relações Públicas. Em 1955 quando voltei para o Brasil, estava começando a campanha política do Juscelino, recomecei a minha atividade jornalística trabalhando no Correio Paulistano. Produzimos uma matéria cujo o título era, “O mundo sórdido do Crime” naquela época já se explorava a prostituição infantil nos chamados inferninhos. Mas não conseguimos publicá-la, “essas ações da ilegalidade tinha o respaldo de um Senador da República que chegou a ser Vice-Governador de São Paulo.” Fui ameaçado de morte, quando relíamos a matéria já no final do dia alguém chegou de arma em punho e afirmou a sentença. Trabalhei em vários estados do país e depois vim para Mato Grosso, para esta cidade de Rondonópolis onde me sinto em casa com o companheiro Evandro no Jornal Folha Regional.

PAULO JORGEO repórter mais eclético do rádio rondo-nopolitano

Paulo Jorge Mangueira de Souza, natural de Irecê no Estado da Bahia, 32 anos de profissão, casado com Aldenir Santana Galvão de Souza com quem tem 02 filhos Helen Santana e Helton Santana. Tem mais 04 filhos antes do ca-samento; Eliza, Leandro, Naiani e Renan. Veio para Rondonópolis na infância, seus pais Jorge Mangueira de Souza e Nailde Ribeiro de Souza tiveram 06 filhos. Morou por um curto período com os seus irmãos na pequena cidade de Gameleira do Irecê no estado baiano. Na infância havia muito contato coma natureza, e não faltavam as brincadeiras sadias como jogar peões e caçar passarinhos, eram as diversões principais que mais marcaram sua trajetória no estado baiano.

Após completados 08 anos de idade seus familiares mudaram para o Estado de Minas Gerais na cidade de Governador Valadares, e de lá passaram a residir em Tam-bacuri interior de MG. As mudanças naquele período foram constantes, a ponto de retornarem para a Bahia, de onde mudaram para Goiás, residindo na cidade de Gurupi. No estado goiano moraram também em Paraíso do Norte hoje Tocantins.

Vamos saber agora quando os seus pais Jorge Mangueira e dona Naildes chegaram a Rondonópolis, conta ele; “Meus pais vieram para Rondonópolis em 1977, e sempre gostei de ouvir as programações

radiofônicas, sintonizava as rádios Globo do Rio e de São Paulo. Fui me apaixonando pelo rádio. Em 1980 a Rádio Amorin FM 104 convocou os jovens que quisessem começar na emissora como sonoplasta, foi então que me esforcei e trabalhei durante 06 meses. Nesse ínterim o colega Castilho saiu do esporte da Amorin e Juventude, e foi contratado pela Rádio Clube. Foi nesse momento que eu assumi o lugar dele, e assim fiquei no esporte da 104 FM até o ano de 1985. Nesse mesmo ano recebi o convite do diretor da Rádio Clube na ocasião Clóvis Roberto para trabalhar na emissora, de 1985 a 1992 atuei como redator esportivo da Clube, e também apresentava e fazia reportagem de campo.

UM EPISÓDIO MARCAN-TE aconteceu em 1995 quando estávamos transmitindo o jogo entre União e D. Bosco no Estádio Luthero Lopes, ficamos sabendo de repente da morte do capitão Camar-go . A Rádio era emissora mais co-nhecida, e de mais fácil acesso para a imprensa nacional. O jogo perdeu instantaneamente a sua impor-tância naquele momento, demos a notícia em primeira mão, após fomos para a Santa Casa, e lá per-manecemos até o amanhecer. No estúdio da emissora os telefones não paravam de tocar, correspondentes de notícias de agências nacionais e internacionais ligavam para saber detalhes daquele momento trágico.

TIVE A HONRA DE EN-TREVISTAR PRESIDENTES, em coletivas, a mais recente foi a presidenta Dilma Roussef, entre-vistei também Fernando Henrique Cardoso.

RONDONÓPOLIS GI-GANTESCA CIDADE, sempre comentávamos a respeito do de-senvolvimento de Rondonópolis, mas não tínhamos perspectivas no desenvolvimento que hoje a cidade apresenta.

Com muito esforço evolui nos meus conhecimentos e nas pro-fissões, sou Bacharel em Direito, me formei pelo CESUR, e em História pela UFMT.

A COPA DO MUNDO no Brasil e em especial em Mato Gros-so, é um evento sem dimensão para nós, é uma grandiosidade. Cuiabá está ganhando uma infraestrutura que vai ser útil por mais 30 ou 40 anos, a modernidade chegou a Mato Grosso através da Copa do Mundo em 2014.

Nesta data comemorativa dos 60 anos de emancipação polí-tico administrativa desejo a todos os moradores desta cidade sucesso e muitas realizações. Os meus sin-ceros agradecimentos à todos os nossos ouvintes que tem prestigia-do o nosso trabalho na imprensa, na nossa querida Rádio Clube.”

Finalizou o Repórter e apre-sentador Paulo Jorge.

Da editoria Denis Maris

Joselito Pereira da Silva “Zelito Sapateiro” O freguês da feira da Praça dos Carreiros

Joselito Pereira da Silva, 64 anos natural de Poxoréo, casa-do com Maia José da Silva, ambos tem três filhos Claudio Pereira da Silva, Claudia Maysa da Silva e Claudinéia Pereira da Silva. Cinco netos fazem a felicidade dos avós. Joselito mudou-se para Rondo-nópolis quando ainda era criança. Na adolescência procurava uma profissão que pudesse montar o seu próprio ramo de negócio. E assim foi, aos 16 anos de idade in-centivado pelo colega o sapateiro Piza resolveu montar a sapataria.

JORNAL FOLHA REGIONAL; VOCE QUE ACOMPANHOU DE PERTO O CRESCIMENTO DE RON-DONÓPOLIS DURANTE ES-SES ANOS TODOS, O QUE TE MARCOU MAIS NESSA QUESTÃO?

Zelito; Sem dúvida o pon-to alto do crescimento de Rondo-nópolis começou com a feira da Praça dos Carreiros. Os feirantes vinham de vários lugares com suas mercadorias em carros de boi para serem vendidas aqui. Vi-nha gente de Poxoréo, Jarudore, Guiratinga, essas cidades eram cheias depequenos produtores rurais. Muitos criavam bois, car-neiros, porcos, galinhas e traziam para serem vendidos aqui.

JFR; O QUE REPRE-SENTAVA A FEIRA PARA A SOCIEDADE RONDONO-

POLITANA DA ÉPOCA?Zelito; A feira na verdade

era também um grande encontro de amigos e compadres, traziam--se as notícias das cidades vizi-nhas. Laços, vínculos de grande amizade que se tornavam depois em festejados casamentos em nossa região. Com a feira da Praça Carreiros, descobriiu-se a vocação de Rondonópolis para esse grande desenvolvimento que a cidade vive. Era um ambiente de convivência com a natureza, havia também uma mangueira na Rua Otávio Pitaluga com a Mal. Rondon, sempre com a presença dos índios Bororos.

JFR; QUAL A IMPOR-TÂNCIA DA FAMÍLIA NA SUA VIDA?

Zelito; Eu sempre brinca-va quando era jovem, que eu me casaria só se fosse com mulher goiana. E eu tive que ir pra Goiás e acabei conhecendo a minha esposa, elaé natuiral daquele estado e nós casamos aqui em Rondonópolis. A família tem uma importância fundamental na estabilidade do homem. É ne-cessário que as pessoas prestem bastante a atenção nos pequenos detalhes dentro de casa, e dê a sua colaboração a esposa e filhos. Os pequenos detalhes influenciam na felicidade do casal, e acima de tudo ter muita paciência em todas as situações.

JFR; NA SUA OPI-NIÃO NOS DIAS DE HOJE O QUE MAIS FAZ FALTA EM RONDONÓPOLIS?

Zelito; Um bom atendi-mento na Saúde, o atendimento é um grande problema, o povo paga seus impostos, e a saúde tem um atendimento precário. Essa é uma questão fundamental que está faltando para o bem estar e a qualidade de vida dos rondo-nopolitanos, a saúde do jeito que está machuca a gente.

JFR; RONDONÓPO-LIS NA SUA TOTALIDADE ESTÁ DENTRO DAS SUAS ESPECTATIVAS NA QUES-TÃO DESENVOLVIMENTO, O QUE REPRESENTA DEUS PARA O ZELITO, E QUAL É O SEU TIME DO CORAÇÃO?

Zelito; Surpreedente, nós não esperavamos esse avanço todo em tão pouco tempo, hoje quando você sai num horário de pico dirigindo pelas ruas da cidade encontramos grandes en-garrafamentos. Deus é o grande ser criador do céu e da terra, nos dá essa força, Deus é tudo. O meu time do coração é o União, eu carrego no peito um medalhão com símbolo do Campeão de 2010, e no Rio de Janeiro eu sou Botafoguense.

Arquivo Folha Regional / Ed. 199 Pg. 07 Ano 2010

Arquivo Folha Regional / Ed. 205 Pg. 07 Ano 2010

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Jornal Folha Regional página 1102 a 10 de Dezembro de 2013

Percilio Dourado Leal “Silas Piti Melância” O espaço físico do ambulante vira ponto popular obriga-tório a chamada “boca maldita”

Percilio Dourado Leal, 50 anos natural de Rondonópolis, esta no ramo há mais de 25 anos, solteiro, vai levando a sua vida observando o movimento “do alto de sua Kombi,” adaptada para vender vários produ-tos, água de coco, doces, melancias.

JORNAL FOLHA RE-GIONAL; QUAIS OS MOTIVOS QUE O LEVARAM A TRABA-LHAR COM A VENDA AMBU-LANTE?

Piti Melancia; Todos nós temos quefazer algo na vida, ou você trabalha para alguém ou você tenta trabalhar e desenvolver o seu próprio

negócio. É muito mais difícil trabalhar pra gente mesmo, mas eu sempre quis ter o meu próprio negócio, e me sinto feliz aqui neste ponto.

JFR; QUAIS OS ASSUN-TOS QUE AS PESSOAS MAIS CONVERSAMAO PARAREM NA SUA BANCA?

Piti Melancia; Aqui se con-versa sobre o União, Tigrão, sobre política, o povo reclama também de buracos nas ruas, ruas escuras e tudo que está faltando. Fato é que ninguém se esquece dos políticos, as vezes uns falam mal, outros falam bem. Um assunto que é muito discutido aqui

é sobre a atuação do Brasil na Copa do Mundo, já diz o ditado; “cada brasileiro é um técnico,” mas até hoje só ouvi divergências poucas pessoas tem a mesma opinião sobre esse assunto. O pessoal reclama também da segurança pública que hoje ainda não deixa de ser um tema polêmico, por tanto aqui é um pouco a “boca maldita” de Rondonópolis.

JFR; EM RONDONÓPO-LIS EXISTEM VÁRIOS PON-TOS DE AMBULANTES VEN-DENDO OS MESMOS PRO-DUTOS QUE VOCE VENDE, QUAL É O SEGREDO DO SEU SUCESSO PARA SE MANTER HÁ 25 ANOS NO RAMO ?

Piti Melancia; A minha re-ceita é a simplicidade, e a humildade trato todo mundo com o mesmo sor-riso, a mesma alegria. Todos gostam de ser bem recebidos, sirvo a água de côco gelada no momento que o cliente chega, os doces são industrializados mas são fresquinhos. A maioria dos meus clientes já me conhecem há muito tempo, e essa relação de ami-zade antiga é muito importante para o meu ramo negócio. O segredo é a amizade com a presença dos amigos fica mais fácil trabalhar, além do mais eu gosto do que faço.

JFR; QUAIS OS PRO-DUTOS MAIS PROCURADOS

E CONSUMIDOS NO SEU ES-PAÇO AMBULANTE;

Piti Melancia; Devido ao forte calor em nossa cidade um dos produtos mais consumidos aqui é a água de coco, mas muita gente também leva para casa a geléia de mocotó que segundo dizem é afrodi-síaca, as pessoas vem e pedem; “vou levar a geléia com Viagra,” ( risos...) vendo também melancias, doces de amendoim, chicletes e balas.

JFR; O QUE VOCÊ ACHA QUE DEVERIA SER FEITO EMNOSSA CIDADE PARA QUE A POPULAÇÃO VIVA COM MAIS QUALIDADE DE VIDA?

Piti Melancia; Em primeiro lugar as pessoas tem que ser mais humanas no trânsito da cidade, respeitar a sinalização, respeitar os pedestres e cumprir as leis do País. Mais humanização também no atendimento público, nos hospitais, postos de saúde. Arranjar ocupação para as crianças, jovens e adoles-centes através do esporte, cultura e lazer, dar mais condições as famílias para uma melhor sobrevivência, uma melhor distribuição de renda, e mais justiça social.

CALÉ MARIEN: Líder comunitário e incentivador de associações

Escritor em prosa e verso, artista plástico na pintura e na es-cultura, incentivador do grafismo no meio escolar, CaléMarien é também um combativo líder comunitário, sempre preocupado com os menos favorecidos.

Natural de Chapada dos Guimarães onde nasceuem 19 de junho de 1933, é filho de Alfredo Marien, eminente educador á quem muito deve o Estado de Mato Grosso e Rondonópolis em particular.

Em 1946 Calé foi estudar em Goiânia(GO). De 1948 a 1956 viveu pelo Rio de Janeiro, S. Paulo e Vitória (ES). Em 1957 voltou ao Mato Grosso, fixando-se em Rondonópolis. Aqui trabalhou para o DERMAT na construção de estradas e foi gerente de hotel e bancário.

Durante o regime militar foi perseguido em razão da sua causa em defesa dos pobres e oprimidos sendo taxado de comunista e por isso mesmo “inimigo do regime”.

Voltou ao Rio de Janeiro, tendo residido na Baixada Fluminen-se, fiel ao seu espírito de convivência com os pobres. Voltou a Rondonó-polis em 1985, abraçando a causa comunitária trabalhando nos bairros periféricos. Destacado colaborador do Padre Lothar na “Caritas Diocesana”, participou também da formação de mais de 20 Associações de Bairros e Centros Comunitários e foi Diretor da Confederação Nacional das Associa-ções de Moradores.

Com livre trânsito no meio político tanto municipal quanto estadual, Calé, consciente da sua res-ponsabilidade social, continua em sua luta em prol dos menos favorecidos. É um nome a quem Rondonópolis mui-to deve e a quem redemos merecida homenagem nessa festa de 54 anos de nossa cidade.

Frei Roberto Miguel do NascimentoA vocação para a vida religiosa veio desde a infância

Frei Roberto Miguel do Nas-cimento, natural de Campo Grande MS..está ha 16 anos na vida sacer-dotal. Conviveu por um bom tempo em Rondonópolis onde iniciou seus estudos após o segundo grau no ano de 1985. Atuou como auxiliar duran-te 06 anos, retornou para Campo Grande, e de volta a Rondonópolis onde trabalha há 04 anos. Aconvi-vência familiar e a participação na igreja desde a infância influenciaram fortemente o seu ingresso na vida na vida religiosa.

JORNAL FOLHA RE-GIONAL; O SENHOR É NATU-RAL DE QUE ESTADO?

Frei Roberto; Eu e meus familiares somos de Campo Grande MS, passamos uma infância normal, somos uma família grande tenho 10 irmãos. A convivência com meus pais João Miguel Sobrinho (já falecido) e Albertiza Teresa Miguel foi muito boa, elessempre trabalharam na lavoura , fomos aprendendo com eles através do trabalho, e desde cedo aos 07 anos já fomos para a escola.

JFR; QUANDO O SE-NHOR DESCOBRIU QUE TI-NHA VOCAÇÃO PARA O SA-CERDÓCIO?

Frei Roberto; Desde a infân-

cia eu acompanhava a minha família, nas missas nos batizados, e em todas as festividades religiosas. Então desde pequeno eu sentia a vocação para a vida religiosa, que dizer eu já tinha essa vocação. Sem dúvida a convivên-cia familiar e a participação na igreja influenciaram fortemente para que eu entrasse para o sacerdócio.

JFR; COMO O SENHOR ANALISA A EDUCAÇÃO E A CULTURA DO PAÍS, SOBRE-TUDO NO SEGMENTO DA NOSSA JUVENTUDE ?

Frei Roberto; Temos que buscar sempre o saber, é uma coisa de Deus para o ser humano, vamos de encontro aos valores do civismo, temos que resgatá-los. Épreciso uma ocupação digna para os jovens através da cultura, o ensino profissionalizante que hoje ainda está defasado. A educação tem que estar pautada no sentido de preparar os jovens para a vida. Nós somos chamados constan-temente pelas escolas, para auxiliar no comportamento dos alunos tendo em vista a indisciplina de alguns, ve-mos com isso que na escola é preciso sempre promover as coisas de Deus com a presençada família.

JFR; QUAL A VIRTUDE QUE O SENHOR MAIS ADMI-RA NO SE HUMANO ?

Frei Roberto; Sem dúvida é a

Caridade conforme a palavra de Deus coloca, Caridade que muitas vezes é traduzida pelo amor. O próprio Jesus Cristo nos dá esse grande man-damento; “Amai-vos uns aos outros assim como ele nos amou”, isso é fun-damental para o ensinamento cristão Esse é ponto alto do relacionamento humano com fraternalismo.

JFR; QUAL A MENSA-GEM QUE O SENHOR GOS-TARIA DE DEIXAR PARA OS NOSSOS JOVENS?

Frei Roberto; Que os nossos jovens busquem a verdadeira sabe-doria, sempre ao lado das ciências humanas que são apresentadas, não deixar de buscar a sabedoria para o pronto discernimento entre o bem e o mal. Reconhecendo desta forma suas potencialidades não se deixando levar pelo transitório, potencialidades essas fundamentadas nos valores da espiritualidade.

JFR: Finalizou o querido Frei Roberto. “O Frei Roberto Miguel do Nascimento está exercendo o sacerdócio no Seminário São Fran-cisco, onde ocupa o cargo de Ministro Provincial. Ele foi substituido na Paróquia da Matriz Leodir Carrara.”

Presidente do Sipros saúda os rondonopolitanos pelo aniver-sário de emancipação político e administrativa

O professor José Antonio Fávero, natural da cidade de Ata-laia no Estado do Paraná, está em Rondonópolis há 29 anos. Veio para Rondonópolis especialmente para trabalhar, elehavia sido aprovado num concurso público da rede es-tadual de ensino. Está na direção do SIPROS há 06 anos, a entidade foi fundada em Setembro de 1988. Ele destacaos abnegados professores fundadores da instituição; Ocanitz de Araújo, Geraldo José de Oliveira, Vera Lucia Silva, Florita Ribeiro, Marinalva Moura Silva, José Pereira de Oliveira e outros.

“Quero saudar aquitodos os rondonopolitanos pelo aniversário de 60 anos de emancipação político ad-ministrativa. O Sindicato da Categoria dos Profissionais da Educação Básica da Região Sul mato - grossense vem desenvolvendo um grande trabalho. A categoria participa intensamente das atividades, dos eventos progra-mados e isso faz com que e hoje nós possamos cumprir com as nossas metas. Nós buscamos uma sintonia com o crescimento da cidade, os nos-sos associados merecem e precisam de momentos de lazer por isso nos sentimos felizes com a realização de cada evento que acontece em nossa sede social.

Odiretor comenta sobre a boa aceitação dos associados do SI-PROS que conta nos dias de hoje com 1.180 filiados; “Em dezembro de 2011 inauguramos o nosso salão social,

em 2012 inauguramos o campo de futebol society, em 2013 os quiosques, a piscina e os banheiros. No último dia 03 de novembro a categoria comemorou o Dia do Servidor e do Professor um evento bem concorri-do ao qual compareceram cerca de seiscentas pessoas.

Temos a sensação de estar cumprindo o nosso dever, sabemos que ainda há muita coisa a fazer, mas estamos caminhando de degrau em degrau, e passo a passo estamos crescendo. Tudo o que realizamos é pensando na melhoria do nossopa-drão de atendimento. Aos sábados nós disponibilizamos o campo de futebol society, os nossos associados já se habituaram e estão jogando com freqüência,é grande o número de participantes.

Estamos nesta semana co-memorando o aniversário de 60 anos de emancipação político ad-ministrativa desta cidade. Nós da diretoria do SIPROS, funcionários e associados desejamos a todos os rondonopolitanos saúde,progresso e prosperidade. Muito nos orgulha re-sidir nesta cidade que nos deu muitas realizações profissionais e pessoais. Vamos nos projetar para 2014ano da Copa do Mundo, desejamos que muitos turistas possam vir a Rondo-nópolis e conhecer melhor o nosso pantanal mato-grossense, as riquezas da nossa fauna e flora.” Salientou o presidente o do SIPROS José Antonio Fávero.

ITAMAR EVARISTO ELIAS: “Um Intelectual a serviço da Edu-cação e da Pintura”

Natural da vizinha cidade de Poxoréo, onde ficou até os 05 anos de idade, quando seus pais José Evaris-to Elias e Geralda Maria Elias vieram de mudança para Rondonópolis. Itamar e seus 05 irmãos Bira, Ivavá, José Lolita e Doralice tiveram uma infância muito feliz. Casou-se com Delnice Monteiro Elias com tem, tem 03 filhos Khatia Luize, Itamar Júnior, e Cristhian Monteiro. O conhecido e querido professor, se apaixonou também pela pintura, e comenta sobre a sua trajetória de vida e dedicação ao trabalho.

“Os meus familiares sempre

foram ligados ao trabalho, o meu pai trabalhou na fundação da Igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus , foi pipoqueiro tinha um carrinho e fazia ponto em frente a antiga Loja A Vantajosa. A nossa família conviveu muito bem nesta cidade, aqui tive-mos muitas alegrias, participamos do crescimento desta terra que nos acolheu com ternura.

Comecei a minha vida de estudante na Escola Sagrado Co-ração de Jesus onde fiz o primário, o ginasial cursei no EEMOP. Me graduei em Letras pela UFMT, fiz Pós Graduação em literatura grega e

latina na Fundação Severino Sombra no Rio de Janeiro. Comecei a lecio-nar na Fundação Adolpho Strublind Muller, (uma escola da maçonaria) depois de um período dei aulas também no EEMOP e no La Salle. Após 31 anos de trabalho dedicados a educação estou aposentado há 08 meses, foram anos de experiência e satisfação pessoal agradeço a Deus, aos meus familiares, amigos e aque-les que foram meus alunos.

Eu sempre fui apaixonado por pintura, quando eu fazia o giná-sio na Escola La Salle, fui até o Pedro Coelho que naquelas época tinha um ateliê e trabalhava profissionalmente para solicitar um espaço uma vaga afim de que eu pudesse aprender. Mas não tive coragem, não falei com o Pedro, mas não desisti acabei falando com o pintor Hermes Mello que também trabalhava com o Pedro Coelho era um profissional na área, e com ele fui desenvolvendo e apren-dendo a nova profissão. Após alguns anos de aprendizagem fui trabalhar com o saudoso B. Cunha que tinha um ateliê e trabalhava com pintura de camisetas. Convivi, e trabalhei também com o Peixinho. Após fo-ram 11 anos com o Zé Padeiro, e em 1984 eu estava terminando a minha graduação em Letras quando resolvi abrir o meu próprio ateliê.

Um dos trabalhos mais mar-

cantes na minha profissão de pintor foi quando eu estava começando a trabalhar com o Pedro Coelho, fizemos uma faixa para um grande evento na época denominado Reis do Ring. Era então um tradicional espetáculo de Luta Livre que per-corria vários estados e cidades do país. Grandes nomes estiveram se apresentando em nossa cidade um deles Ted Boy Marino liderava uma equipe de famosos lutadores.

Um outro momento mar-cante foi quando nós desenhávamos um trator nas placas de publicidade encomendadas para a Somai CBT. Essa empresa que foi uma das pio-neiras na venda de máquinas agríco-las em Rondonópolis. Estou no ramo de pintura há 40 anos nesta cidade acolhedora. Aqui conheci grandes personalidades, Afro Stefanini, Homero Vilas Boas, Melquíades, Silvião, Cadora, Dodozão sapateiro e outros. Defino Rondonópolis como uma grande mãe que abriga todos os seus filhos, eu e meus familiares parabenizamos a cidade de Ron-don pelo momento comemorativo dos seus 60 anos de emancipação política administrativa. Queremos saudar essa gente maravilhosa que contribuiu com o progresso desta terra, felicidades à todos”. Finalizou o professor.

Da Editoria / Denis Maris

Arquivo Folha Regional / Ed. 202 Pg. 07 Ano 2010

Arquivo Folha Regional / Ed. 116 Pg. 06 Ano 2008

Arquivo Folha Regional / Ed. 194 Pg. 07 Ano 2010

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02 a 10 de Dezembro de 2013 Jornal Folha Regionalpágina 12

Acir: Desenvolvimento aliado ao fortalecimento da economia

Além de levar as reivindica-ções ao poder público, a Acir lutou contra o aumento abusivo de tarifas e a cobrança de taxas impostas pelos governos, sempre trabalhando com o respaldo jurídico no debate das ques-tões, principalmente as trabalhistas.

Um marco na história da diretoria da entidade foi a entrada da primeira, e até agora única, mulher na presidência durante o biênio 2006-2008. Foi nessa gestão que a Acir esteve representada na ExpoCruz, realizada em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia. Esse foi o primeiro evento com rodada de negócios internacio-nais em que a entidade participou.

A Acir tem estado presente em várias missões empresariais em

busca de novos conhecimentos e também com intuito de trazer para a cidade casos de sucesso. Realizar eventos que fomentem o comércio local, estimulando os negócios na cidade tem sido uma constante na entidade, como o Workshop Finan-ceiro, Workshop de E-commerce, a Corrida ACIR Rondon, entre outros.

Um dos produtos elaborados pela Acir, com apoio da Prefeitura de Rondonópolis desde 2006 é o Perfil Rondonópolis. O documento é uma ferramenta de pesquisa para estu-dantes, legisladores e principalmente para investidores, auxiliando-os na tomada de decisão na hora de abrir um novo empreendimento na cidade.

Durante todos os anos, a Acir

tem cumprido sua missão que é a de representar, defender, congregar e desenvolver o segmento empresarial, industrial e de prestação de serviços de Rondonópolis, visando à integra-ção e o fortalecimento da economia local. Uma cidade com um comércio forte e a economia estabilizada é sinônimo de desenvolvimento e qualidade de vida, por isso a Acir trabalha junto para o bem de toda Rondonópolis.

Com essa trajetória gloriosa a Acir, em nome do presidente Luiz Fernando Homem de Carvalho agradece a todos os ex-presidentes, diretores e ex-diretores que fizeram parte dessa história.

Há 60 anos um espaço no meio do cerrado recebeu pessoas de vários estados que vinham para o Mato Grosso em busca de oportuni-dades, com a oferta de terras férteis e baratas. Pelas águas do rio Vermelho chegaram mantimentos, ferramentas e utensílios para os trabalhadores. Por essas mesmas águas chegou a balsa Rosa Bororo que trouxe Marechal Cândido Rondon, desbravador e idealista, que instalou as primeiras linhas telegráficas da região. Esse per-sonagem marcante na história deu nome a cidade que, com a força do trabalho, especialmente do homem do campo, cresceu e se consolidou como potência da região Centro Oeste, essa é Rondonópolis.

Após dois anos de emanci-pação, a cidade ganhou a Associação Comercial e Industrial de Rondo-nópolis (ACIR), fundada por Adolfo Augusto de Moraes. A entidade foi criada com objetivo de integrar e fortalecer a classe, visto que muitos empresários sentiam a necessidade de ter um órgão representativo e que desse apoio em diversas questões ligadas aos seus negócios.

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Jornal Folha Regional página 1302 a 10 de Dezembro de 2013

Sindicato Rural, parte importante da história de Rondonópolis

O desenvolvimento de Ron-donópolis, ao longo das últimas seis décadas, se fez com a dedicação e competência de brasileiros de todas as regiões, que associados aos rondo-nopolitanos de origem, construíram, na confluência dos rios Arareau e Vermelho, uma das mais importantes cidades-polo do interior do Brasil. Além da dedicação do seu povo, a ci-dade contou também com instituições

setoriais de peso, que participaram da construção da sua história, de forma efetiva, consolidando e ampliando ao nível estadual e nacional, sua influên-cia. Entre estas entidades se destaca o Sindicato Rural de Rondonópolis.

Originado da fusão de várias associações classistas em 1967, num momento em que o país padecia sob a ditadura militar, o Sindicato foi criado por um grupo de produtores

rurais, liderado por José Pinto, que fizeram parte da história da Entidade e da própria cidade. Entre eles, An-tonio Finazzi; Juarez Pinto; Olegário Assis Lemos; Hélio Cavalcante Garcia; Adevair Ferreira Marques; Walter Coelho Ribeiro; José Oliveira Aguiar; Edelson Vilela Duarte; Leonézio Pinto de Carvalho, entre outros.

Consolidando a importância e influência da instituição, do Sindi-

cato saíram os vereadores Claudino Marin; João Batista dos Santos (Po-teiro)e; Raul de Oliveira Pinto. Das suas diretorias saíram os deputados Gilmar Fabris; Moisés Feltrin e José Antônio de Ávila (ex-presidente); além dos deputados federais Welling-ton Fagundes; Augustinho Freitas e Afro Stefanini. Oriundos também da diretoria do Sindicato saíram o ex-pre-feito Adilton Sachetti (ex-pesidente) e,

os ex-governadores de Mato Grosso, Carlos Bezerra, José Rogério Salles e Blairo Maggi, hoje senador.

Grandes mulheres partici-param ativamente da construção da história da Entidade, a exemplo de Inez Pugliese de Castro; Francesca Estermann; Célia Borges; Carmen Schneider e a ex-primeira dama de Mato Grosso, Terezinha Maggi, responsável pela implantação do Pro-grama do Novilho Precoce no estado..

A Entidade, em sua história, foi presidida por grandes lideranças do setor da produção rural que, com competência e desprendimento, con-duziram importantes diretorias, como Zéca D’Ávila; Adolpho Thadeu Vieira; Adilton Sachetti; Afrânio Santana; Blairo Maggi; Olavo Aguiar; Ricardo Tomczyk; Paulo Eduardo Beer e o atual presidente, Miguel Weber. No próximo dia 12 ocorrerá a eleição para a nova diretoria, biênio 2014/2016, com uma grande possibilidade de chapa única, encabeçada pelo pro-dutor Francisco Pugliese de Castro, o Chico da Paulicéia e, Aylon Gonçalo de Arruda. Chico é filho de uma das mais emblemáticas lideranças do Sindicato Rural, o nelorista Antônio Luiz de Castro, selecionador do raçador Pana-gpur, um dos mitos da raça no Brasil.

O longo dos anos o Sindicato liderou inúmeras campanhas e inicia-tivas de alta relevância, a exemplo da Campanha Contra a Fome no Nordes-te (1992), ocasião em que arrecadou três carretas de alimentos, enviadas para os flagelados pela seca nordes-tina. Destaque-se também o Curso do Menor Vaqueiro, que formou

uma geração de trabalhadores nas lides do campo e, a realização de um conjunto de 83 cursos de treinamento e especialização de profissionais, em parceria com o Senar MT.

No final da década de 80 ao construir o Parque de Exposições, o Sindicato deu início a realização da Exposul moderna que, de uma feira acanhada, transformou-se num dos cinco maiores e mais importantes eventos brasileiros do setor da produ-ção rural. O Parque é o maior recinto de exposições do país, com 500 mil m² de área disponível e 30 mil m² de área construída, asfaltada e urbaniza-da, com capacidade para abrigar 114 empresas expositoras e 5 mil animais de elite, corte e leite. Dispõe ainda de uma arena de shows e rodeios para 20 mil expectadores, dois recintos de leilões, auditório climatizado, pista para provas hípicas e, pista de pouso com 850 m de extensão.

Se Parintins, no Amazonas, é conhecida pela festa do Boi Meu Boi; Blumenau pela Oktober Fest; Barretos pelo rodeio profissional; Rondonópolis é conhecida como ca-pital do agronegócio, o que é refletido pela Exposul. Os 115.6 milhões de reais realizados na 41ª Exposul 2013 provam a capacidade do Sindicato Rural e do povo de Rondonópolis em promover um evento que ultrapassa fronteiras. Os 60 anos de desenvol-vimento de Rondonópolis mostram a importância do Sindicato Rural e outras entidades na construção desta história de sucesso.

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02 a 10 de Dezembro de 2013 Jornal Folha Regionalpágina 14

Lélo Brega: Pioneiro no esporte, funda-dor do Tigrão da Vila

Lélo Brega é natural de Cassununga, cidade que ficava nas proximidades de Tesou-ro, hoje extinta. Ele sempre foi amante do esporte, e deu muito de si para o desenvolvimento e o crescimentodo Vila Aurora. Quando era jovem aos seus 17 anos já integrava os quadros da agremiação esportiva. Os jogado-res do Vila Aurora vestiram pela primeira vez a camisa do time há

46 anos.L É L O Q U A N D O

VOCÊ CHEGOU EM RON-DONÓPOLIS?

Eu cheguei em 1960, sem-pre residi na Vila Aurora,senti que Rondonópolis tinha vocação para o esporte. Passamos momentos muito difíceis, mas contamos com apoio de muita gente querida que hoje infelizmente não está entre nós. Quero citar aqui o Sr. João

Luiz Cardoso, Osvaldo e Fidélis. E quero prestar a minha home-nagem ao grande amigo Valdir Cuiabano que graças a Deus está entre nós, e fez e tem feito muito pelo nosso esporte. Foi com esses apoios que eu fundei o Tigrão da Vila.

LÉLO VOCÊ SE LEM-BRA QUAIS OS JOGADO-RES QUE ESTAVAM NA PRIMEIRA FOTO DO TI-GRÃO HÁ 46 ANOS ?

A escalação do Tigrão nesse registro de 46 anos era a seguinte;Fio, Carlito, Orlando, Adauto, Leno, Nenê e João Tico – Tico, Zé Cuiabano, Osvaldo, Lourival, Florefaino e eu Lélo Brega.

LÉLO COMO ERA JO-GAR FUTEBOL NAQUELE TEMPO ?

Naquele tempo nós jogá-vamos por amor a camisa, não havia interêsse

Financeiro, era um futebol alegre e descontraído. Como disse muita gente nos ajudou, e desta formas temos o orgulho de ser o primeiro time rondonopolita-no a conquistar o Campeonato Estadual.

LÉLO O SEU LADO FORTE SEMPRE FOI O ESPORTE, MAS TAMBÉM VOCÊ CONTRIBUIU COM O DESENVOLVIMENTO DESTA CIDADE, DE QUE FORMA ?

E u a t u e i c o m o interlocutor,fui praticamente responsável pela instalação em

Rondonópolis do SESC, SENAC, SENAI e o Atacadão.

QUAL A IMPORTÂN-CIA DA FAMÍLIA NA VIDA DO CIDADÃO LÉLO BRE-GA?

Lélo Brega; Sou casado com Mariângela Toloza Nogueira, professora do Cesur formada em Turismo, temos uma, filha De-nise Toloza Nogueira, pela qual temos um carinho e um amor especial. A família é tudo, nos dá o impulso necessário para o nosso crescimento.

E O LÉLO BREGA PO-LÍTICO QUAL A SUA AVA-LIAÇÃO?

Bem, a política faz parte da vida, é uma necessidade, eu fui Secretário de Esportes na gestão do prefeito Alberto de Carvalho. Os recursos eram poucos, mas nós fizemos o que foi possível.

O DESENVOLVI-MENTO DE RODONÓPO-LIS INFLUENCIOU POSI-TIVAMENTE A PRÁTICA ESPORTIVA?

Em todos os bairros tem um campinho, quando o progres-so vai chegando, o campinho do bairro geralmente não é respei-tado. O espaço é utilizado para a construção de industrias, merca-dos, lojas e isso é ruim. É preciso que o poder público se imponha e conserve esses espaços para o lazer e a formação esportiva das crianças. Muito grato pelo espaço e felicidades à todos.

Lamartine da Nóbrega: Pioneiro fundador e representante da Agência da Receita Federal torcedor fanático do União

Lamartine da Nóbrega, 82 anos, natural da cidade de Xapori Estado do Acre onde passou sua infância, e iniciou seus estudos. Na sua juventude residiu no Estado do Pará, mais precisamente em Belém. Quando adulto foi para o Rio de Janeiro, onde completou seus estudos e prestou concurso para Agente da Receita Federal. Lamartine é casado há 62 anos com Dona Adéla da Nóbrega.

SABEMOS QUE UMA DE SUAS PAIXÕES É O FU-TEBOL, INCLUSIVE O SE-NHOR É UM DOS FUNDA-DORES DO UNIÃO, FALE UM POUCO SOBRE ESSA PAIXÃO

O União é uma das mi-nhas paixões, quando aqui che-guei a cidade precisava de uma agremiação esportiva que a iden-tifica-se, e resolvi fundar o time.

Vou citar alguns dos primeiros jogadores que honraram a camisa do União; Formigão, Mário Sér-gio, Paulinho, Índio, Gilson Lira, Gatinho, Cabeção e Joãozinho. O primeiro Título Estadual depois de 31 anos foi obtido com muita luta, a torcida do time cresceu muito. Foi uma grande euforia e alegria que há muito tempo não se via em Rondonópolis. Mas eu tenho também uma paixão cario-ca que é o Fluminense Campeão Brasileiro neste 2.010.

QUAIS OS MOTIVOS QUE O LEVARAM A SAIR DO RIO DE JANEIRO E VIR PARA MATO GROSSO, EM QUE ANO O SR. CHEGOU EM RONDONÓPOLIS?

Do Rio de Janeiro eu vim para Mato Grosso para trabalhar na Alfândega de Corumbá, eu era funcionário do Ministério da Fa-

zenda. Eu enfrentei contrabandis-tas nas fronteiras em Pedro Juan Caballero, e na fronteira da Bolívia também. Eram tempos difíceis, os contrabandistas estavam sempre mais armados do que nós. Vários colegas nossos pereceram, e nessa função fiquei por muito tempo, mas os meus superiores conside-raram que eu havia feito um bom trabalho, e que a minha missão lá estava cumprida. E desta forma fui transferido para Rondonópolis em 1968, ao chegar criei a Agência da Receia Federal.

SR. LAMARTINE, COMO ERA A INFRAES-TRUTURA DE TRABALHO NO INÍCIO DA AGÊNCIA, E COMO FOI A RECEPTI-VIDADE DA POPULAÇÃO RONDONOPOLITANA?

O prédio em que hoje funciona a Receita Federal foi

feito durante a minha gestão, por sinal já é hora do Ministério da Fazenda ampliar, ou fazer outro. No início parte da população ficou preocupada, as pessoas não tinham muita noção como funcionava a Receita, mas aos poucos foi entendendo que nós viemos para somar, e ajudar no engrandecimento desta cidade.

SR. LAMARTINE QUAL FOI O MOMENTO MAIS ESPECIAL,E INES-QUÉCIVEL NESTE ANO DE 2.010 ?

Sem dúvida foi a morte do nosso querido Clóvis Rober-to, o féretro dele foi tão grande, emocionante. O Estado de Mato Grosso perdeu Clóvis Roberto, uma personalidade marcante, um comunicador por excelência. Ele era muito querido, todos nós nos surpreendemos com o número de autoridades presentes ao féretro gente de Brasília, de Goiás, de São Paulo. Nas ruas por onde passava o cortejo o povo aplaudia, até hoje nós estamos entristecidos com essa ausência.

SR. LAMARTINE, POR GENTILEZA DEIXE UMA MENSAGEM FRA-TERNAL AOS LEITORES DO JORNAL FOLHA RE-GIONAL

O meu abraço, e a minha saudação à todos, desejo que os rondonopolitanos tenham um feliz natal e um próspero 2.011, cheio de grandes realizações. Obrigado pela oportunidade e felicidades à vocês.

Morro da Mesa: Concessio-nária soma 34 mil atendi-mentos no primeiro ano de operação

Vinte e quatro horas por dia. Todos os dias da se-mana. Uma equipe de técnicos de enfermagem, auxiliares e resgatistas estão de prontidão, para o socorro imediato às vi-timas de acidentes na rodovia MT130 entre Rondonópolis e Primavera do Leste trecho concedido à Morro da Mesa Concessionária de Rodovias S.A.

No decorrer deste ano ocorreram 3145 atendimentos de socorro médico, na maioria dos casos ocasionados por colisões traseiras e laterais, saída de veículo da pista e queda de moto. Atendimentos aos usuários com os guinchos leves e pesados somam seis mil ocorrências, o guincho leve é utilizado em caso de veículos de passeios e o guincho pesado em caso de caminhões, ônibus e carretas – os veículos são re-movidos para um local seguro.

Destaca-se também o serviço de inspeção de tráfego que gerencia e apoia o serviço de atendimento ao usuário e somam 26 mil ocorrências du-

rante o ano. Toda a logística ne-cessária para um atendimento imediato em caso de acidentes ou em outros imprevistos ocorridos na rodovia estão disponíveis 24 horas.

Com o auxílio de equi-pamentos novos e conserva-dos, recursos materiais e am-bulâncias modernas, é possível prestar não só o socorro no local, como também provi-denciar o encaminhamento dos feridos para hospitais mais próximos.

Após realizar os proce-dimentos de atendimento no local e receber os primeiros cuidados, os feridos são en-caminhados para o hospital mais próximo. Com isso, o funcionamento do serviço de resgate na rodovia pode ser considerado seguro, sincroni-zado e eficiente.

Em caso de necessida-de de socorro médico ou me-cânico na rodovia, o motorista deve acionar a concessionária através da Central de Aten-dimento ao Usuário 0800 646-0130.

Crisóstomo Franco: A ordem está fa-zendo seu papel na documentação dos músicos

Filho do saudoso maestro marinho Franco, o também músico Crisóstomo Franco recebeu a equipe de reportagem do Folha Regional para contar um pouco de sua história, relembrar um pouco da história do pai, para ele, a música é a vida.

Conte-nos um pouco de sua história.

Nasci no Distrito de casu-nunga, que hoje pertence ao muni-cípio de Tesouro na região leste de Mato Grosso, sou filho do maestro Marinho Franco.

E como é ser filho do saudoso maestro?

É uma responsabilidade por-que meu pai foi um grande músico, ainda não vi uma pessoa que como ele, tem habilidade para a música, como estou tocando sax, o mesmo instrumento que ele, temos sempre que caprichar para que possamos chegar ao menos perto do perfil dele. Tem dez anos que meu pai faleceu e a banda “Marinho e seus beat boys” continua, fará 42 anos e de músicae em Rondonópolis, vamos completar 57 anos.

Quando ele faleceu, iríamos mudar esse ano, mas recebemos muitas cartas e e-mails pedindo que o nome continuasse.

O quea família represen-ta para o senhor?

A família Franco para mim é uma dádiva, uma graça e uma benção que temos aqui, são pessoas muito queridas na cidade e na região, meu pai foi muito homenageado em toda

a região, o aeroporto leva o nome dele, tem uma rua que leva o nome dele. Para nós, nossa família é motivo de muita honra, a música não deu dinheiro, mas deu prestígio.

O que a música repre-senta para o senhor?

A música representa tudo porque eu vivo da música, criei meus filhos, tenho minha família, algumas propriedades construídas com mú-sica, então a música é a minha vida.

Como está a situação da Ordem dos Músicos em Ron-donópolis?

A Ordem está fazendo o seu papel que é o de documentar os artistas de Rondonópolis, hoje em vários eventos musicais, exige a do-cumentação e hoje os músicos estão vindo aqui para serem cadastrados. Temos uma média de 520 filiados, temos um projeto de aposentadoria para os artistas.

Em Rondonópolis, o que precisa ser melhorado na cultura?

A sociedade tem que come-çar a prestigiar nossos artistas locais e a prefeitura tem que incentivar e prestigiar os grupos musicais da cidade, temos muitos grupos, mas poucas pessoas conhecem os demais grupos, é preciso ter incentivo, falta valorização dos músicos de nossa cidade.

Arquivo Folha Regional / Ed. 234 Pg. 05 Ano 2010

Arquivo Folha Regional / Ed. 234 Pg. 05 Ano 2010

Arquivo Folha Regional / Ed. 229 Pg. 04 Ano 2010

Page 15: New Rondonópolis - a locomotiva do centro-oeste · 2013. 12. 9. · CNPJ: 01.074.177/0001-03 Av. Cuiabá, 1120 - Ed. Santa Clara ... lilvros do imortal Ailon do Carmo, no acervo

Jornal Folha Regional página 1502 a 10 de Dezembro de 2013

A primeira escola de Rondonópolis “Colégio Sagrado Coração de Jesus”

Segundo o professor Lenine Póvoas, D. Wunibaldo, sentindo o desenvolvimen-to de Rondonópolis, decidiu dar apoio às irmãs catequistas franciscanas na criação do Co-légio Sagrado Caração de Jesus. Antes funcionava precariamen-te, em instalações simples e improvisadas como em toda a frente pioneira. De acordo com o caderno crônicas das irmãs catequistas franciscanas, houve

dificuldades, visto que quase nada havia no povoado: desde a água que era buscada no Rio Arareau até as salas de aula que eram superlotadas devido a escassez de professores.

Durante toda a década de 1950, o ensino de Rondo-nópolis ficou restrito ao nível primário; funcionavam as es-colas Sagrado Coração de Jesus, Adventista, algumas escolas municipais e o curso particular

Nossa Senhora das Graças, da professora Arolda Deutti Silva. Somente na década de 1960 foram criados cursos ginasiais: Ginásio La Salle, Ginásio Esta-dual e Ginásio Treze de Junho.

Assim, no início de 1953 foi inaugurada a primeira etapa do colégio, colégio novo era uma das principais construções da cidade. Hoje o Colégio Sagrado Coração de Jesus, conta com 11 salas de aula, funcionando em três períodos, acolhendo um número de 986 alunos e desenvolvendo projetos va-riados como: CIDADANIA, EDUCAÇÃO AMBIENTAL, RELAÇÕES HUMANAS, ES-COLA PARA PAIS, entre ou-tras, afirmou a então diretora Irmã Francis.

Arquivo Folha Regional / Ed. 78 Pg. 06 Ano 2006

Pró-Reitor da UFMT de Rondonópolis, Ja-vert de Melo Vieira

Natural de Formiga MG, teve uma infância de muita luta, começou a trabalhar com 12 anos de idade atuava no comércio na função de balconista. Comenta ele; “O tra-balho sempre foi muito importante na minha vida, não me arrependo de ter começado a trabalhar tão cedo. Estudei em escola pública, o meu sonho era ser médico, mas só seria possível se eu pudesse ficar em Belo Horizonte. Na minha juventude meu pai adoeceu e eu o acompanhei num Hospital da capital mineira. Mas eu tinha que voltar para Formiga, e lá tive uma oportunidade ganhei uma bolsa de estudo do MEC e comecei a cursar Biblioteconomia numa escola particular. Nesse ínterim meu pai faleceu, infelizmente ele não me viu formado conclui o curso, e a partir de então assumi os meus três irmãos, ajudando-os inclusive na educação.

Depois de formado fui para a cidade de Alfenas onde o meu currículo havia sido encaminhado para a Universidade Federal, sendo posteriormente aprovado. Desta forma iniciei a minha carreira docente dando aula de Biblioteconomia. A partir de então minha vida ficou entre Alfenas e Formiga, nesse ínterim o meu currículo foi encaminhadopara a Universidade de Brasília onde fiz o curso de especialização.

Nesse período recebi um telefonema e uma proposta do pro-

fessor Etewaldode Oliveira Borges me convidando para vir à Rondonópolis. Confesso que quando ele me ligou eu não tinha a menor noção onde ficava Rondonópolis. Foi por intermédio doprofessor Etewaldo que conheci esta cidade, que sem dúvida me proporcionou grandes momentos em minha vida. Corria o ano de 1982 prestei o concurso de nível estadual para Métodos e Técnicas de Pesquisa, fui aprovado. Desta forma comecei a trabalhar na docência em Rondonó-polis, mais precisamente na Escola Nunes Rocha. Posteriormente ajudei a fazer a mudança do prédio daquela escola para o então Centro Pedagó-gico de Rondonópolis. Conheço bem a vida de estudante, e por eles tenho grande apreciação, tenho duas filhas Mariana que é enfermeira portanto já trilhou esse caminho e a Camila que é estudante de engenharia na UFMT em Cuiabá que ainda está fazendo essa caminhada.

Sempre atuei no segmento da educacional, fui chefe do Depar-tamento de Educação da UFMT, e Coordenador de Ensino. Após alguns anos liderando nessas atividades, fui liberado para fazer Mestrado na UNB, conclui o mestrado eretornei ao Campus da UFMT. Em seguida fui para São Paulo onde fiz o Douto-rado em Educação na USP, de volta a Rondonópolis fui eleito diretor do ICHS permaneci a frente do instituto

durante 04 anos. Na administração do então

prefeito AdiltonSachettifui convidado para assumir a Secretaria Municipal de Educação, momento em que tive experiências maravilhosas. Fiquei no cargo de Secretário durante os 04 anos de mandato no governo mu-nicipal do Adilton. O prefeito etoda a equipe educacional nos unimos e trouxemos o IFMT Instituto Federal de Educação para a cidade. E tudo foi concretizado graças ao projeto inicial encaminhado por Sachettiao deputa-do federal Welinton Fagundes, e as demais autoridades governamentais em Brasília.

Meses mais tarde, Fui con-vidado para ocupar o cargo de Pró--Reitor, após uma consulta técnica fui eleito e nomeado, hoje vemos a cidade de Rondonópolis com inú-meras melhorias. Temos alguns distritos industriais, a cidade está em construção e caminha por si só. Há alguns anos atrás os pais de alunos e famílias inteiras clamavam por melhores cursos na UFMT, para que os seus filhos não precisassem sair daqui para estudar. Pois bem hoje o nosso Campus conta com mais infra-estrutura, temos mais salas de aula, biblioteca. Estamos montando um centro de lazer poliesportivo, está em construção o Centro de Convivência dos Estudantes.

Para o ano que vem teremos a implantação do curso de medicina, oferecendo já uma contribuição futu-ra de profissionais que se formarão no Centro Pedagógico de Rondonópolis.

Sou agradecido a esta cidade onde eu construí a minha carreira acadêmica, e que propiciou uma maior motivação no meu trabalho. O Campus Universitário de Ron-donópolis está cada vez mais forte, estamos crescendo. Hoje temos 300 professores e aproximadamente 4.000 alunos. Desejo nesta data aos rondonopolitanos muitas realiza-ções, nos sentimos muito felizes e orgulhosos por sermos parte dessa maravilhosa história de 60 anos de progresso.” Finalizou o Pró –Reitor Javert de Melo Vieira.

Da Editoria / Denis Maris

Antonio Gonçalves Vicente – “Professor Tati”UFMT - Do centro pedagógico ao campus universitário de Rondonópolis

Do Centro Pedagógico de Rondonópolis ao Campus Universi-tário muitas passagens interessantes e inesquecíveis marcaram positiva-mente a vida da cidade e de todos que se envolveram brilhantemente direta e indiretamente naquele mo-mento histórico para o nosso ensino superior. Um dos grandes marcos comemorativos dos 60 anos de Rondonópolis é sem dúvida esse processo que deu início ao CPR e posteriormente a criação do Campus Universitário da nossa cidade. Em nome dos professores Antonio Gon-çalves Vicente, Ubaldo Tolentino de Barros e do pró Reitor professor Ja-vert, saudamos todo o corpo docente desta grandiosa UFMT, em especial os docentes do Campus Universitário de Rondonópolis.

O movimento para a criação do CPR começou em 1974, dele fize-ram parte o saudoso bispo D. Osório Stoffel, Antonio Lino de Sá, Antonio Schommer, Flávio Batalha que veio do Campus de Corumbá especial-mente para ajudar nessa tarefa. Eles se empenharam grandemente para que o Centro Pedagógico de Rondo-nópolis fosse criado.

O professor “Tati” Antonio Gonçalves Vicente, natural da cidade de Palestina S.P, teve a sua formação na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras na capital paulista, nos dias de hoje a UNESP. O professor Tati chegou em nossa cidade no mês de junho de 1976, ele relembra um pou-co da sua trajetória até se fixar aqui;

“Eu estudei com Eli da Skol, nome que ficou popularizado pelo ramo empresarial de bebida que ele dirigia em nossa cidade, nós tínha-mos um plano, um sonho de vir para Mato Grosso. Eu sempre comentava com os amigos que eu gostaria de mo-rar em uma cidade que fosse cortada por um rio. Eu me formei primeiro, fui para Campo Grande, onde dei aula no Colégio D. Bosco onde permaneci atuando por um bom período. Para a minha felicidade os meus colegas indicaram esta querida cidade de Rondonópolis, onde cheguei no início de 1976. Já havia aqui um movimento para a criação do Centro Pedagógico de Rondonópolis.

A aula inaugural aconteceu

no dia 05 maio de 1976, na Escola Adolpho Augusto de Moraes e assim teve início o Centro pedagógico de Rondonópolis. Posteriormente o CPR foi transferido para Escola Joa-quim Nunes Rocha onde funcionou até o final de 1981. Naquela ocasião ofertava cursos de Estudos Sociais, Ciências Exatas, Pedagogia, Ciências Contábeis e Letras. Após alguns dias criamos o Centro Pedagógico de Ron-donópolis que passou a funcionar na Escola Adolpho Augusto de Moraes.

O professor Flávio Batalha veio de Corumbá especialmente para coordenar o CPR, e resolveu entrar no movimento diretivo e disputou o cargo de Vice- Reitor, e acabou vencendo as eleições, assumindo então a vaga que era do Dr. Etewaldo de Oliveira Borges. Nessa ocasião a pertencíamos a UFMT de onde ainda emanavam todas as ações di-retivas. Com a divisão do Estado em 1977 passamos a pertencer a UFMT Campus de Cuiabá.

Havia uma área de 40 hec-tares para a construção do Centro Pedagógico, onde ficava o terreno para a construção do futuro CPR. Na região da dita área começou um mo-vimento, e em pouco tempo passou a ser chamada de Parque Universitário, onde fica hoje o conhecido e populoso bairro. Em uma reunião com o Dr. Etewaldo e demais professores do movimento CPR, sugeri que aquele local não seria ideal para a construção do CPR , por que todos teríamos que atravessar a BR, e isso colocaria em risco a vida de professores, funcioná-rios e estudantes. Já prevendo que o movimento de veículos futuramente pudesse aumentar muito. Então diante dessa situação nós levamos a instalação do Centro Pedagógico para a saída de Guiratinga. Eu sempre tive uma grande amizade com o senhor Áureo Cândido Costa, nos reunia-mos para jogar Bozó todas as tardes. Então expusemos os nossos motivos e fizemos a ele a solicitação da doação da área, no que fomos de pronto atendidos. Como a área pertencia também ao senhor Willian de Moraes ambos assinaram a documentação e o Dr. Etewaldo encaminhou para a UFMT em Cuiabá, fato que ocorreu no ano de 1982.

E assim nasceu o Centro Pedagógico de Rondonópolis, nós começamos com dois cursos de licenciatura curta, quero citar aqui um fato interessante, é que no pri-meiro dia de aula, eu cheguei antes e sentei-me na cadeira do professor. Eu era bem jovem tinha apenas 21 anos, alunos já com idade mais avançada, e ainda não me conheciam estavam no recreio quando voltaram para a sala na minha primeira aula foram dizendo: “Moço sai daí, vem para as carteiras, esse é o lugar do professor.” Eles ficaram surpresos quando eu me levantei e disse eu sou o professor.

Quero ressaltar aqui e no-minar os colegas que atuaram na implantação do CPR e após a instala-ção do Campus da UFMT; Guilherme Lumina Puppato, Dr. Etewaldo de Oliveira Borges, Antonio Lino, a professora Marlene Silva de Oliveira Santos, Valter Korbes, professora Ad-vair Mendes da Silva, Mari Correge, Nicozina Maria Gontijo, Luiz Antonio Polizel, Altair da Silva, Dilcini Pritch, Maria Conceição, alguns dos citados já não estão entre nós.

Quando começamos éramos em 12 professores e 60 alunos, com o passar do tempo, um salto qualitativo ocorreu nesse processo, após a doa-ção do terreno, o então coordenador do campus, o professor Etewaldo de Oliveira Borges, juntamente com uma equipe de professores e servi-dores passou a envidar esforços para a criação de novos cursos.

Em 2005 com a criação de novos cursos, a inserção do campus na política de ampliação de cursos pelo Governo Federal e o fortale-cimento da luta pela Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), hoje o campus conta com 17 cursos de graduação, dois programas de pós-graduação, sendo um curso de Mestrado em Educação e um curso de Mestrado em Engenharia Agrícola e Ambiental, além de vários cursos de especialização e de extensão, projetos e grupos de pesquisas e uma razoável infraestrutura no que se refere a salas de aula, laboratórios, biblioteca e equipamentos. O Campus de Rondonópolis conta hoje com cerca de 3.000 alunos inscritos e 300 professores.

A novas instalações do Cam-pus de Rondonópolis foram inau-guradas no dia 24 de novembro de 2010, em solenidade contou com a presença da Reitora da UFMT Dra. Maria Lúcia Cavalli Neder,do pró Reitor professor Javert, estudantes, autoridades, municipais, estaduais e federais. Na ocasião foi realizada uma homenagem em memória dos pro-fessores ausentes; Professora Soraia Miranda Lima, Prof. Dr. Alessandro Luiz Fraga e o senhor Luiz Mauro Pires Russo. ParabénsRondonópolis pelos 60 anos de progresso.” Finali-zou o pioneiro professor Tati.

Da Editoria / Denis Maris

Um idealizador: Ubaldo Tolentino de Bar-ros professor da UFMT

Entrou para a docência na UFMT em 23 de março de 1981, conta ele; “De 1978 a 1981 havia apenas dois cursos, Estudos Sociais e Ciências Biológicas. Em 1981 eu fui contratado para dar aulas no curso de Ciências Biológicas e Ciências Físicas. Ainda no ano de 1981 foram criados mais três cursos, Letras, Pedagogia e Ciências Contá-beis. Contribui com a implantação dos cursos de Matemática e Biolo-gia, momento em que foi extinto o Curso de Ciências Sociais. Fui chefe dos referidos cursos por mais de 16 anos, hoje ocupo o cargo de Coorde-nador Chefe do Departamento de Matemática e Ciências Biológicas, e coordeno o Curso de Licenciatura em Informática. Nesses 32 anos de profissão muitas coisas acontece-ram, e ocorreram muitas mudanças sociais e culturais.

Cito aqui um exemplo, os alunos há dez ou quinze anos atrás eram mais idealistas, tinham amor pela instituição universidade, havia mais interesse no aprendizado. Nos

dias de hoje vejo que a universidade está isolada distante dos alunos, os alunos não se aproximam dos pro-fessores, não há mais aquele inter relacionamento. Hoje as pessoas só querem títulos.

O curso de matemática forma muito poucos alunos, no passado havia muito mais interes-se, havia muito mais formandos. O curso forma uma, duas ou três pessoas a cada período, e isso fica caro para a universidade. É preciso que as nossas autoridades façam alguma coisa para motivar os alu-nos nessa área. Um curso tem que manter pelo menos 80% dos alunos que entram.

Tenho a considerar ainda a difícil relação dos alunos com o ENEM, depois que o ENEM foi implantado a universidade tem re-cebido alunos de todas as partes do país. E logo aparecem as primeiras dificuldades, exemplificando, um aluno residente em Recife, e que foi aprovado em curso no Campus de Rondonópolis, vai pagar alu-

guel para morar, comida, roupa para lavar etc. Isso vai influenciar de certa forma negativamente na vida do estudante acadêmico. Então vemos alunos trabalhando em vários setores, temos alunos que são vendedores, recepcionistas, gar-çons. Ressalto aqui que não há ne-nhum demérito a essas profissões, mas pelas próprias dificuldades encontradas muitos alunos desis-tem de estudar e retornam aos seus estados de origem sem se formar.

Por isso eu defendo que o ENEM deveria ser regional, seria muito mais lógico, muito mais simples, seria muito mais viável para todos.

Em períodos anteriores a universidade democratizava suas ações, e desta forma acirrava os ânimos para fazer um Campus cada vez melhor. As vagas eram dispu-tadas, hoje perdemos um pouco dessa essência da universidade viva, as pessoas foram perdendo a motivação. A UFMT era o primei-ro organismo no Estado de Mato Grosso, nós fomos perdendo a nossa importância econômica. Mas o respeito o peso a intelectualidade, o conteúdo ainda são respeitados, eu acredito que a UFMT se constitui num grande símbolo da liberdade de expressão.” Concluiu o professor Ubaldo Tolentino de Barros, que é fundador da Sub-Seção da ADUF-MAT – (Associação dos Professores da UFMT)

O Campus Universitário de Rondonópolis é formado pelo Instituto de Ciências Exatas e Na-turais - ICEM, Instituto de Ciências Humanas e Sociais - ICHSM, e o Instituto de Ciências Agrárias e da Terra – ICAT. Hoje temos o Pró - Reitor do Campus Universitário de Rondonópolis ocupa o cargo o Professor Javert de Melo Vieira.

Da Editoria / Denis Maris

Page 16: New Rondonópolis - a locomotiva do centro-oeste · 2013. 12. 9. · CNPJ: 01.074.177/0001-03 Av. Cuiabá, 1120 - Ed. Santa Clara ... lilvros do imortal Ailon do Carmo, no acervo