Top Banner
NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES INTERVALOS DE REFERÊNCIA CONDICIONAIS DE PARÂMETROS DOPPLERVELOCIMÉTRICOS MATERNOFETAIS CONDITIONAL REFERENCE INTERVALS OF MATERNO-FETAL DOPPLER PARAMETERS CAMPINAS 2012
56

NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

May 11, 2021

Download

Documents

dariahiddleston
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Page 1: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES

INTERVALOS DE REFEREcircNCIA CONDICIONAIS DE PARAcircMETROS DOPPLERVELOCIMEacuteTRICOS MATERNOFETAIS

CONDITIONAL REFERENCE INTERVALS OF MATERNO-FETAL DOPPLER PARAMETERS

CAMPINAS 2012

i

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Faculdade de Ciecircncias Meacutedicas

NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES

INTERVALOS DE REFEREcircNCIA CONDICIONAIS DE PARAcircMETROS DOPPLERVELOCIMEacuteTRICOS MATERNOFETAIS

ORIENTADOR Prof Dr RICARDO BARINI COORIENTADOR Prof Dr CLEISSON FAacuteBIO ANDRIOLI PERALTA

CONDITIONAL REFERENCE INTERVALS OF MATERNO-FETAL DOPPLER PARAMETERS

Dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada ao Programa de Tocoginecologia da Poacutes-Graduaccedilatildeo da Faculdade de Ciecircncias Meacutedicas da Universidade

Estadual de Campinas para obtenccedilatildeo do Tiacutetulo de Mestra em Ciecircncias da Sauacutede aacuterea de concentraccedilatildeo em Sauacutede Materna e Perinatal

Masterrsquos dissertation submitted to the Programme of Obstetrics and Gynecology of the College of Medical Sciences of the University of

Campinas (Unicamp) to obtain the degree of Master in Health Sciences in the Perinatal Health

ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE Agrave VERSAtildeO FINAL DA DISSERTACcedilAtildeO DEFENDIDA PELO ALUNA NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES E ORIENTADA PELO PROF DR RICARDO BARINI E COORIENTADA PELO Prof Dr CLEISSON FAacuteBIO ANDRIOLI PERALTA

Assinatura do Orientador

Campinas 2012

ii

FICHA CATALOGRAacuteFICA ELABORADA POR ROSANA EVANGELISTA PODEROSO ndash CRB86652

BIBLIOTECA DA FACULDADE DE CIEcircNCIAS MEacuteDICAS UNICAMP

Informaccedilotildees para Biblioteca Digital Tiacutetulo em inglecircs Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters Palavras-chave em inglecircs

Reference values (Medicine) Longitudinal studies Ultrasonography prenatal

Aacuterea de concentraccedilatildeo Sauacutede Materna e Perinatal Titulaccedilatildeo Mestre em Ciecircncias da Sauacutede Banca examinadora

Ricardo Barini [Orientador] Joatildeo Luiz de Carvalho Pinto e Silva Edward Arauacutejo Juacutenior

Data da defesa 02 ndash 08 ndash 2012 Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo Tocoginecologia Diagramaccedilatildeo e arte final Assessoria Teacutecnica do CAISM (ASTEC)

Tavares Nelsilene Mota Carvalho 1971 - T197i Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais Nelsilene Mota Carvalho Tavares ndash Campinas SP [sn] 2012

Orientador Ricardo Barini Coorientador Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Universidade Estadual de

Campinas Faculdade de Ciecircncias Meacutedicas 1 Valores de referecircncia (Medicina) 2 Estudos

longitudinais 3 Ultrassonografia preacute-natal I Barini Ricardo II Peralta Cleisson Faacutebio Andrioli III Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Ciecircncias Meacutedicas IV Tiacutetulo

j bullbullbull

-()

rv

Aluna NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES

Orientador Prof Dr RICARDO BARINI

Co-Orientador Prof Dr CLEISSON FABIO ANDRIOLI PERALTA

Curso de P6s-Gradua~ao em Tocoginecologia da Faculdade de Ch~ncias Medicas da Universidade Estadual de Campinas

iii

iv

Dedico este trabalho

Aos meus pais queridos Antocircnio e Maria

por toda a dedicaccedilatildeo e ensinamentos de vida

Por meio de seus exemplos de amor educaccedilatildeo caraacuteter

trabalho e perseveranccedila tornaram-me uma pessoa de bem

Ao meu esposo Joaquim

pelo amor companheirismo paciecircncia e incentivo iacutempar

para que eu sempre lute pelos meus sonhos

E com seu exemplo

ensinou-me a ser uma pessoa mais forte e confiante

v

Agradecimentos

Agradeccedilo a Deus forccedila esplecircndida em minha vida sempre me fortalecendo e guiando-

me iluminando-me com Sua sabedoria ensinando-me que adversidades do

caminho satildeo aprendizados que nos tornam mais fortes e melhores

Aos Professores Dr Ricardo Barini e Dr Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta pela

oportunidade credibilidade e por toda a atenccedilatildeo dispensada no decorrer da

elaboraccedilatildeo deste trabalho Sem vocecircs natildeo teria aprendido tanto e concluiacutedo esta

etapa

Agrave Coordenadoria de Aperfeiccediloamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES) pela

concessatildeo da bolsa de Mestrado

Ao Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de

Ciecircncias Meacutedicas (FCM- UNICAMP) e agrave coordenaccedilatildeo do curso pela

oportunidade da realizaccedilatildeo deste Mestrado

Ao Professor Dr Emiacutelio Marussi chefe do serviccedilo de ecografia pelo imenso apoio e

ajuda no decorrer desta empreitada

A Dra Cristina Faro assistente do serviccedilo de ecografia pelos ensinamentos amizade e

apoio principalmente nos momentos mais difiacuteceis

Agrave Vanda de Oliveira bibliotecaacuteria pelo seu profissionalismo sempre me assistindo e

colaborando em minhas pesquisas bibliograacuteficas

vi

Sumaacuterio

Siacutembolos Siglas e Abreviaturas vii

Resumo viii

Summary x

1 Introduccedilatildeo 12

2 Objetivos 19

21 Objetivo geral 19

22 Objetivos especiacuteficos 19

3 Publicaccedilatildeo 20

4 Conclusotildees 44

5 Referecircncias Bibliograacuteficas 45

6 Anexos 52

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa 52

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 54

Siacutembolos Siglas e Abreviaturas vii

Siacutembolos Siglas e Abreviaturas

ACM ndash Arteacuteria Cerebral Meacutedia

AU ndash Arteacuteria Umbilical

AUT ndash Arteacuteria Uterina

CAISM ndash Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacuteded Mulher

DV ndash Ducto Venoso

IG ndash Idade Gestacional

IP ndash Iacutendice de Pulsatilidade

IR ndash Iacutendice de Resistecircncia

PE ndash Preacute-Eclacircmpsia

RCF ndash Restriccedilatildeo de Crescimento Fetal

SD ndash Relaccedilatildeo Siacutestole pela Diaacutestole

SF ndash Sofrimento Fetal

UNICAMP ndash Universidade Estadual de Campinas

Resumo viii

Resumo

Objetivos Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os valores de iacutendices de pulsatilidade (IP) nos fluxos da arteacuteria umbilical (AU)

cerebral meacutedia (ACM) ducto venoso (DV) e IP meacutedio das arteacuterias uterinas

(AUT) por meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da

populaccedilatildeo brasileira Meacutetodos Estudo observacional descritivo longitudinal

realizado de fevereiro de 2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Prof Dr

Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher

Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos

quinzenais foram realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP

venoso do DV em gestantes de baixo risco da 18ordf a 40ordf semana de gravidez

Anaacutelise estatiacutestica Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de

intervalos de referecircncia longitudinais (percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos

mencionados Variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas (variaacuteveis

categoacutericas) Os IP das porccedilotildees placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram

comparados por meio do teste T para amostras independentes Valores de p

menores do que 005 foram considerados significativos Resultados Duzentas e

Resumo ix

trecircs gestantes de baixo risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e

quatro gestantes concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames

ultrassonograacuteficos com mediana de oito exames por paciente (limites de 4 a

12) Houve reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a

idade gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram

IP-AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = 026691-

(0015414 x IG) IP-AUt = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve diferenccedila

significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e abdominal

fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de referecircncia

condicionais (longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

gestacionais em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser mais

adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica

Summary x

Summary

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA UTA MCA DV in low-risk pregnant women between 18-40

weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of

these measurements Maternal and perinatal variables were described using

median and range (continuous variables) absolute and relative frequencies

(categorical variables) The PI obtained at the placental and abdominal portions

of the umbilical artery were compared using independent samples T test P

values of less than 005 were considered statistically significant Results Two

hundred and three low-risk pregnancies were included in the study One

hundred sixty four pregnant women completed the study and underwent 1242

scans There was a significant decrease in the PI values of all studied vessels

with gestational age (GA) The equations obtained for the prediction of the

Summary xi

medians were as follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of

the PI-MCA = 08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2]

Logarithm of the PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UtA = 12362403 ndash

(0014392 x GA) There was a significant difference between the PI-UA obtained

at the abdominal and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001)

Conclusions Longitudinal reference intervals for the main gestational Doppler

parameters were obtained from a Brazilian cohort These intervals could be

more adequate for the follow-up of materno-fetal haemodynamic modifications in

normal and abnormal pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound

Introduccedilatildeo 12

1 Introduccedilatildeo

O efeito Doppler eacute um conceito em fiacutesica que significa a mudanccedila de

frequecircncia de uma onda quando emitida ou refletida por um objeto em

movimento em relaccedilatildeo a um observador O nome atribuiacutedo ao fenocircmeno

homenageia o fiacutesico austriacuteaco Johann Christian Andreacuteas Doppler que o

descreveu pela primeira vez em 1842(1)

A funccedilatildeo Doppler do equipamento de ultrassonografia utiliza mudanccedilas

de frequecircncia do ultrassom para estimar velocidades do sangue no interior dos

vasos Desta forma diferentes velocidades relacionadas a fases distintas em

um mesmo ciclo cardiacuteaco podem ser obtidas e utilizadas para o caacutelculo de

iacutendices Estes satildeo paracircmetros hemodinacircmicos obtidos em locais especiacuteficos do

leito vascular Os mais utilizados em Obstetriacutecia tecircm sido (Figura 1) (2-5)

Introduccedilatildeo 13

Figura 1 - Iacutendices dopplervelocimeacutetricos mais utilizados em Obstetriacutecia

a) Iacutendice de pulsatilidade (IP) ndash descrito por Gosling et al em 1975 definido

como a relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade

diastoacutelica final pela velocidade meacutedia (IP= S-DVM)

b) Iacutendice de resistecircncia (IR) ndash descrito por Pourcelot em 1974 definido como a

relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade diastoacutelica

final pela velocidade sistoacutelica maacutexima (IR= S-D-S)

c) Relaccedilatildeo siacutestole por diaacutestole ndash descrita por Stuart et al em 1990 definida

como a divisatildeo da velocidade sistoacutelica maacutexima pela velocidade diastoacutelica

final (SD)

Os iacutendices dopplervelocimeacutetricos avaliam o comportamento do fluxo

sanguiacuteneo no decorrer do ciclo cardiacuteaco O IP e o IR avaliam diretamente a

Introduccedilatildeo 14

impedacircncia definida como a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de entrada e a velocidade

de fluxo em um local especiacutefico no leito vascular (2-5)

A importacircncia do uso do Doppler em Obstetriacutecia comeccedilou a aumentar na

deacutecada de 70 Por esta eacutepoca foi observada a associaccedilatildeo entre valores

anormais dos iacutendices dopplervelocimeacutetricos nas arteacuterias umbilicais (AU) e a

restriccedilatildeo de crescimento fetal (RCF) o sofrimento fetal (SF) e o aumento no

nuacutemero de internaccedilotildees do neonato em unidades de terapia intensiva (6) Desde

entatildeo a dopplervelocimetria tem sido muito estudada para avaliaccedilatildeo das

circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria Por ser meacutetodo natildeo invasivo

tornou-se indispensaacutevel na investigaccedilatildeo do bem-estar fetal e das respostas

hemodinacircmicas do concepto frente a situaccedilotildees que colocam em risco sua

adequada nutriccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo (7-12)

Para avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo fetal (hemodinacircmica fetal) os principais

vasos estudados satildeo a ACM e o DV (13-17)

O fluxo de sangue na ACM em gestaccedilotildees normais eacute anteroacutegrado e

contiacutenuo durante todo o ciclo cardiacuteaco Os valores de IP obtidos neste vaso satildeo

considerados normais quando acima do percentil 5 de intervalos de referecircncia

(18-20) Na hipoxemia fetal (baixa tensatildeo de oxigecircnio no sangue) ocorre

reduccedilatildeo no tocircnus vascular da ACM e consequente queda nos valores de IP

Aleacutem disso a medida da velocidade do sangue no interior da ACM tem sido

utilizada para a suspeiccedilatildeo de anemia fetal tendo em vista que nesta situaccedilatildeo

Introduccedilatildeo 15

haacute reduccedilatildeo da viscosidade do sangue que passa a fluir mais rapidamente no

interior do vaso (21-23)

O DV eacute um vaso que liga o seio portal (comunicaccedilatildeo da porccedilatildeo intra-

hepaacutetica da veia umbilical com o ramo portal esquerdo) agrave veia cava inferior

imediatamente antes de sua conexatildeo com o aacutetrio direito Este vaso direciona

parte do sangue oxigenado que retorna da placenta para as cacircmaras cardiacuteacas

esquerdas atraveacutes do forame oval assegurando adequado aporte de oxigecircnio para

o miocaacuterdio e ceacuterebro Sua avaliaccedilatildeo eacute imprescindiacutevel em gestaccedilotildees de alto risco

principalmente quando a dopplervelocimetria das AU demonstra ausecircncia de

fluxo (diaacutestole zero) ou fluxo reverso (diaacutestole reversa) durante a diaacutestole

cardiacuteaca Nestes casos alteraccedilotildees no padratildeo de fluxo no ducto venoso tecircm

relaccedilatildeo com falecircncia miocaacuterdica e acidemia fetal (2425) O fluxo de sangue no

DV eacute considerado normal quando seu IP estaacute abaixo do percentil 95 de

intervalos de referecircncia (2627)

A avaliaccedilatildeo do padratildeo de fluxo no DV tambeacutem tem importacircncia no

primeiro trimestre da gestaccedilatildeo (entre 11 e 14 semanas de gravidez) ao

contribuir com o caacutelculo de risco para anomalias cromossocircmicas Aleacutem disso

alteraccedilotildees do fluxo no DV neste periacuteodo relacionam-se ao aumento de risco

para cardiopatias congecircnitas (2829)

A circulaccedilatildeo fetoplacentaacuteria pode ser estudada por meio da

dopplervelocimetria nas AU Em gestaccedilotildees normais o fluxo de sangue do feto

para a placenta aumenta gradativamente com IG o que eacute acompanhado por

Introduccedilatildeo 16

progressiva queda nos valores de IP e IR medidos nestes vasos No segundo e

terceiro trimestres da gestaccedilatildeo o fluxo sanguiacuteneo nas AU eacute contiacutenuo e

anteroacutegrado durante todo o ciclo cardiacuteaco Satildeo considerados normais IP e IR

abaixo do percentil 95 de intervalos de referecircncia (30-34)

A dopplervelocimetria das AU pode ser considerada uma avaliaccedilatildeo

indireta da funccedilatildeo placentaacuteria Quando os IP dessas arteacuterias encontram-se abaixo

do 95o percentil dos intervalos de referecircncia sabe-se que pelo menos 70 das

vilosidades placentaacuterias estatildeo funcionando adequadamente Quando os IP

encontram-se acima deste limite haacute comprometimento da funccedilatildeo de 30 a 50

das vilosidades Quando ocorre a diaacutestole zero ou reversa mais de 50 e mais

de 70 das vilosidades placentaacuterias encontram-se alteradas respectivamente

(35-37) Assim sendo a dopplervelocimetria das AU tem papel relevante na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal contribuindo para a reduccedilatildeo da mortalidade

perinatal principalmente em casos de restriccedilatildeo de crescimento fetal (38-40)

A avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo uteroplacentaacuteria eacute realizada por intermeacutedio da

dopplervelocimetria das AUT Estas apresentam baixo fluxo diastoacutelico e alta

resistecircncia no primeiro trimestre da gestaccedilatildeo Agrave medida que a invasatildeo

trofoblaacutestica ocorre haacute gradativa queda na resistecircncia ao fluxo no interior desses

vasos Dessa forma principalmente apoacutes a 20a semana de gravidez o padratildeo de

fluxo nas AUT passa a ser de baixa resistecircncia refletindo adequado processo

de implantaccedilatildeo da placenta e portanto apropriado aporte de sangue ao

territoacuterio uteroplacentaacuterio (41)

Introduccedilatildeo 17

O papel da dopplervelocimetria das AUT tem sido muito estudado para o

rastreamento da preacute-eclacircmpsia (PE) e de RCF Sabe-se que 772 das

gestantes que desenvolvem PE precoce (antes de 34 semanas) 438 das que

apresentam RCF precoce e 823 daquelas que apresentam ambas as

complicaccedilotildees tecircm IP meacutedio das AUT acima de 15 na metade da gestaccedilatildeo (entre 20

e 24 semanas) (42) Tambeacutem tem sido demonstrado que IP acima do percentil

95 nestes vasos relacionam-se a maior incidecircncia destas adversidades (43-45)

a interpretaccedilatildeo de cada um dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

mencionados acima (AUT AU ACM e DV) tem sido feita rotineiramente com

base em intervalos de referecircncia transversais todos construiacutedos em outros

paiacuteses (1819)

Cabe aqui um breve comentaacuterio sobre intervalos de referecircncia termo mais

correto a ser aplicado para as chamadas curvas de normalidade Intervalos de

referecircncia para quaisquer medidas podem ser elaborados por meio de estudos

transversais ou longitudinais Os intervalos de referecircncia transversais satildeo obtidos de

avaliaccedilotildees uacutenicas dos participantes do estudo sendo muito apropriados para

investigaccedilatildeo do estado de um indiviacuteduo em determinado momento No entanto

os intervalos de referecircncia longitudinais (ou condicionais) satildeo obtidos por

avaliaccedilotildees sequenciais dos sujeitos da pesquisa Desta forma ao se calcular

um valor em um determinado momento do processo evolutivo cada valor de um

mesmo indiviacuteduo eacute levado em conta de forma condicional para o caacutelculo dos

respectivos valores subsequentes Tecircm portanto a finalidade de demonstrar

Introduccedilatildeo 18

padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo isto eacute como se comportam

determinadas medidas ao longo do tempo em indiviacuteduos normais (46-48)

Na gestaccedilatildeo a vantagem potencial do uso de intervalos de referecircncia

longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria a melhor interpretaccedilatildeo

das alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e provavelmente se beneficiariam de

avaliaccedilotildees seriadas (1331)

No Brasil natildeo se dispotildee dos intervalos de referecircncia longitudinais dos

paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais utilizados na atualidade para avaliaccedilatildeo

das circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria (304950) Portanto pode

ser questionado se o seguimento das gestantes com comprometimento do bem-

estar fetal neste paiacutes estaacute sendo realizado da forma mais adequada possiacutevel

Intervalos de referecircncia longitudinais produzidos em outros paiacuteses (162031)

poderiam ser usados como base para seguimento das gestantes brasileiras No

entanto natildeo se sabe se diferenccedilas eacutetnicas interferem nos valores dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos mencionados

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Objetivos 19

2 Objetivos

21 Objetivo geral

Determinar intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais por meio da avaliaccedilatildeo longitudinal de gestantes

de baixo risco entre a 18a e 40a semanas de gravidez atendidas no Hospital da

Mulher Prof Dr Joseacute Aristodemo Pinotti - Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede

da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP)

22 Objetivos especiacuteficos

Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para os

valores de iacutendices de pulsatilidade dos fluxos nos seguintes vasos

Arteacuteria umbilical

Arteacuteria cerebral meacutedia

Ducto venoso

Arteacuterias uterinas

Publicaccedilatildeo 20

3 Publicaccedilatildeo

Artigo submetido agrave Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Dr Cleisson Fabio Peralta Recebemos o artigo Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos maternofetais protocolado sob nordm 4439 O mesmo encontra-se em anaacutelise Atenciosamente Rosane Apda Cunha Casula Secretaacuteria Executiva da RBGO

(16) 3602-2803

Publicaccedilatildeo 21

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Nelsilene Mota Carvalho Tavares1

Sabrina Girotto Ferreira1

Joatildeo Renato Bennini2

Emiacutelio Francisco Marussi3

Ricardo Barini4

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta5

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) Campinas SP Brasil

1Aluna do Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do

CAISM-UNICAMP

2Meacutedico Assistente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

3Professor Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

4Professor Livre Docente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

5Meacutedico Assistente Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

Correspondecircncia

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta

Departamento de Ginecologia e Obstetriacutecia ndash CAISM - UNICAMP

Rua Alexander Fleming 101 - Cidade Universitaacuteria Zeferino Vaz

Distrito de Baratildeo Geraldo

13083-970 - Campinas SP Brasil

Fone (19) 35219188 Fax (19) 35219331

E-mail cfaperaltagmailcom

Publicaccedilatildeo 22

Resumo

Objetivo Determinar intervalos de referecircncia longitudinais para os valores de

iacutendices de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias umbilicais (AU) cerebral

meacutedia (ACM) e uterinas (AUT) e IP venoso do fluxo no ducto venoso (DV) por

meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Meacutetodos Estudo observacional longitudinal realizado de fevereiro de

2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Professor Doutor Joseacute Aristodemo

Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher Universidade Estadual

de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos quinzenais foram

realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP venoso do DV em

gestantes de baixo risco da 18ordf- 40ordf semanas de gravidez Modelos lineares

mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de referecircncia longitudinais

(percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos mencionados Os IP das porccedilotildees

placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram comparados por meio do

teste T para amostras independentes Valores de p menores do que 005 foram

considerados significativos Resultados Duzentas e trecircs pacientes de baixo

risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e quatro gestantes

concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames ultrassonograacuteficos Houve

reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a idade

gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram IP-

AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = -

026691- (0015414 x IG) IP-AUT = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve

diferenccedila significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e

Publicaccedilatildeo 23

abdominal fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de

referecircncia longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos gestacionais

mais importantes em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser

mais adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica vitalidade fetal

Abstract

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) ) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA MCA DV and UTA DV in low-risk pregnant women between

18-40 weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of these

measurements The PI obtained at the placental and abdominal portions of the

umbilical artery were compared using independent samples T test P values of

less than 005 were considered statistically significant Results Two hundred

and three low-risk pregnancies were included in the study One hundred sixty

four pregnant women completed the study and underwent 1242 scans There

Publicaccedilatildeo 24

was a significant decrease in the PI values of all studied vessels with gestational

age (GA) The equations obtained for the prediction of the medians were as

follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of the PI-MCA =

08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2] Logarithm of the

PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UTA = 12362403 ndash (0014392 x GA)

There was a significant difference between the PI-UA obtained at the abdominal

and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001) Conclusions Longitudinal

reference intervals for the main gestational Doppler parameters were obtained

from a Brazilian cohort These intervals could be more adequate for the follow-

up of materno-fetal haemodynamic modifications in normal and abnormal

pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound fetal well being

Publicaccedilatildeo 25

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Introduccedilatildeo

A dopplervelocimetria tem sido uma das principais ferramentas na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal principalmente por meio da obtenccedilatildeo dos iacutendices

de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias uterinas (AUT) umbilicais (AU)

cerebrais meacutedias (ACM) e no ducto venoso (DV) Estes permitem respectiva

avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees hemodinacircmicas nos territoacuterios vasculares

uteroplacentaacuterio (AUT) e fetoplacentaacuterio (AU ACM e DV)1-6

A interpretaccedilatildeo de cada um desses paracircmetros tem sido feita

rotineiramente com base em intervalos de referecircncia transversais que podem

natildeo refletir de forma adequada as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da

gravidez7-9

Potencial vantagem do uso de intervalos de referecircncia longitudinais

desses paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria uma melhor interpretaccedilatildeo das

alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e necessitam de avaliaccedilotildees

seriadas10-12 Aleacutem disso natildeo sabemos se diferenccedilas eacutetnicas podem interferir

nesses intervalos indisponiacuteveis com dados provenientes de nossa populaccedilatildeo

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Publicaccedilatildeo 26

Meacutetodos

Este foi um estudo observacional descritivo longitudinal realizado no

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) de fevereiro de 2010 a maio de 2012 O

Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) aprovou o projeto e todas as pacientes que aceitaram participar do

estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

As gestantes foram selecionadas entre aquelas encaminhadas do preacute-natal

do CAISM para ultrassonografia Obsteacutetrica Os seguintes criteacuterios foram respeitados

para inclusatildeo no estudo 1) gestaccedilatildeo uacutenica 2) idade gestacional (IG) entre 18 e 24

semanas definida com base na data da uacuteltima menstruaccedilatildeo (quando conhecida) ou

na medida do comprimento ceacutefalo-caudal embriatildeofeto no primeiro trimestre da

gravidez interpretado em intervalos de referecircncia publicados por Robinson amp

Fleming13 3) anatomia fetal normal 4) ausecircncia de alteraccedilotildees placentaacuterias

como placenta preacutevia circunvalada com suspeita de acretismo ou de qualquer tipo

de tumor 5) ausecircncia de alteraccedilotildees no cordatildeo umbilical como nuacutemero alterado

de vasos noacutes tumores ou inserccedilatildeo velamentosa na placenta 6) ausecircncia de

doenccedilas maternas 7) gestantes natildeo usuaacuterias de drogas liacutecitas ou iliacutecitas

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para exclusatildeo de pacientes do

estudo 1) qualquer anormalidade estrutural ou cromossocircmica detectada no

periacuteodo neonatal e que natildeo foi diagnosticada durante a gestaccedilatildeo 2) oacutebito fetal

ou neonatal sem causa determinada 3) impossibilidade de obtenccedilatildeo dos dados

do parto e do receacutem-nascido 4) Apgar de 5ordm minuto menor que 7

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 2: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

i

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Faculdade de Ciecircncias Meacutedicas

NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES

INTERVALOS DE REFEREcircNCIA CONDICIONAIS DE PARAcircMETROS DOPPLERVELOCIMEacuteTRICOS MATERNOFETAIS

ORIENTADOR Prof Dr RICARDO BARINI COORIENTADOR Prof Dr CLEISSON FAacuteBIO ANDRIOLI PERALTA

CONDITIONAL REFERENCE INTERVALS OF MATERNO-FETAL DOPPLER PARAMETERS

Dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada ao Programa de Tocoginecologia da Poacutes-Graduaccedilatildeo da Faculdade de Ciecircncias Meacutedicas da Universidade

Estadual de Campinas para obtenccedilatildeo do Tiacutetulo de Mestra em Ciecircncias da Sauacutede aacuterea de concentraccedilatildeo em Sauacutede Materna e Perinatal

Masterrsquos dissertation submitted to the Programme of Obstetrics and Gynecology of the College of Medical Sciences of the University of

Campinas (Unicamp) to obtain the degree of Master in Health Sciences in the Perinatal Health

ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE Agrave VERSAtildeO FINAL DA DISSERTACcedilAtildeO DEFENDIDA PELO ALUNA NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES E ORIENTADA PELO PROF DR RICARDO BARINI E COORIENTADA PELO Prof Dr CLEISSON FAacuteBIO ANDRIOLI PERALTA

Assinatura do Orientador

Campinas 2012

ii

FICHA CATALOGRAacuteFICA ELABORADA POR ROSANA EVANGELISTA PODEROSO ndash CRB86652

BIBLIOTECA DA FACULDADE DE CIEcircNCIAS MEacuteDICAS UNICAMP

Informaccedilotildees para Biblioteca Digital Tiacutetulo em inglecircs Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters Palavras-chave em inglecircs

Reference values (Medicine) Longitudinal studies Ultrasonography prenatal

Aacuterea de concentraccedilatildeo Sauacutede Materna e Perinatal Titulaccedilatildeo Mestre em Ciecircncias da Sauacutede Banca examinadora

Ricardo Barini [Orientador] Joatildeo Luiz de Carvalho Pinto e Silva Edward Arauacutejo Juacutenior

Data da defesa 02 ndash 08 ndash 2012 Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo Tocoginecologia Diagramaccedilatildeo e arte final Assessoria Teacutecnica do CAISM (ASTEC)

Tavares Nelsilene Mota Carvalho 1971 - T197i Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais Nelsilene Mota Carvalho Tavares ndash Campinas SP [sn] 2012

Orientador Ricardo Barini Coorientador Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Universidade Estadual de

Campinas Faculdade de Ciecircncias Meacutedicas 1 Valores de referecircncia (Medicina) 2 Estudos

longitudinais 3 Ultrassonografia preacute-natal I Barini Ricardo II Peralta Cleisson Faacutebio Andrioli III Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Ciecircncias Meacutedicas IV Tiacutetulo

j bullbullbull

-()

rv

Aluna NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES

Orientador Prof Dr RICARDO BARINI

Co-Orientador Prof Dr CLEISSON FABIO ANDRIOLI PERALTA

Curso de P6s-Gradua~ao em Tocoginecologia da Faculdade de Ch~ncias Medicas da Universidade Estadual de Campinas

iii

iv

Dedico este trabalho

Aos meus pais queridos Antocircnio e Maria

por toda a dedicaccedilatildeo e ensinamentos de vida

Por meio de seus exemplos de amor educaccedilatildeo caraacuteter

trabalho e perseveranccedila tornaram-me uma pessoa de bem

Ao meu esposo Joaquim

pelo amor companheirismo paciecircncia e incentivo iacutempar

para que eu sempre lute pelos meus sonhos

E com seu exemplo

ensinou-me a ser uma pessoa mais forte e confiante

v

Agradecimentos

Agradeccedilo a Deus forccedila esplecircndida em minha vida sempre me fortalecendo e guiando-

me iluminando-me com Sua sabedoria ensinando-me que adversidades do

caminho satildeo aprendizados que nos tornam mais fortes e melhores

Aos Professores Dr Ricardo Barini e Dr Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta pela

oportunidade credibilidade e por toda a atenccedilatildeo dispensada no decorrer da

elaboraccedilatildeo deste trabalho Sem vocecircs natildeo teria aprendido tanto e concluiacutedo esta

etapa

Agrave Coordenadoria de Aperfeiccediloamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES) pela

concessatildeo da bolsa de Mestrado

Ao Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de

Ciecircncias Meacutedicas (FCM- UNICAMP) e agrave coordenaccedilatildeo do curso pela

oportunidade da realizaccedilatildeo deste Mestrado

Ao Professor Dr Emiacutelio Marussi chefe do serviccedilo de ecografia pelo imenso apoio e

ajuda no decorrer desta empreitada

A Dra Cristina Faro assistente do serviccedilo de ecografia pelos ensinamentos amizade e

apoio principalmente nos momentos mais difiacuteceis

Agrave Vanda de Oliveira bibliotecaacuteria pelo seu profissionalismo sempre me assistindo e

colaborando em minhas pesquisas bibliograacuteficas

vi

Sumaacuterio

Siacutembolos Siglas e Abreviaturas vii

Resumo viii

Summary x

1 Introduccedilatildeo 12

2 Objetivos 19

21 Objetivo geral 19

22 Objetivos especiacuteficos 19

3 Publicaccedilatildeo 20

4 Conclusotildees 44

5 Referecircncias Bibliograacuteficas 45

6 Anexos 52

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa 52

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 54

Siacutembolos Siglas e Abreviaturas vii

Siacutembolos Siglas e Abreviaturas

ACM ndash Arteacuteria Cerebral Meacutedia

AU ndash Arteacuteria Umbilical

AUT ndash Arteacuteria Uterina

CAISM ndash Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacuteded Mulher

DV ndash Ducto Venoso

IG ndash Idade Gestacional

IP ndash Iacutendice de Pulsatilidade

IR ndash Iacutendice de Resistecircncia

PE ndash Preacute-Eclacircmpsia

RCF ndash Restriccedilatildeo de Crescimento Fetal

SD ndash Relaccedilatildeo Siacutestole pela Diaacutestole

SF ndash Sofrimento Fetal

UNICAMP ndash Universidade Estadual de Campinas

Resumo viii

Resumo

Objetivos Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os valores de iacutendices de pulsatilidade (IP) nos fluxos da arteacuteria umbilical (AU)

cerebral meacutedia (ACM) ducto venoso (DV) e IP meacutedio das arteacuterias uterinas

(AUT) por meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da

populaccedilatildeo brasileira Meacutetodos Estudo observacional descritivo longitudinal

realizado de fevereiro de 2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Prof Dr

Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher

Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos

quinzenais foram realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP

venoso do DV em gestantes de baixo risco da 18ordf a 40ordf semana de gravidez

Anaacutelise estatiacutestica Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de

intervalos de referecircncia longitudinais (percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos

mencionados Variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas (variaacuteveis

categoacutericas) Os IP das porccedilotildees placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram

comparados por meio do teste T para amostras independentes Valores de p

menores do que 005 foram considerados significativos Resultados Duzentas e

Resumo ix

trecircs gestantes de baixo risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e

quatro gestantes concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames

ultrassonograacuteficos com mediana de oito exames por paciente (limites de 4 a

12) Houve reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a

idade gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram

IP-AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = 026691-

(0015414 x IG) IP-AUt = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve diferenccedila

significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e abdominal

fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de referecircncia

condicionais (longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

gestacionais em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser mais

adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica

Summary x

Summary

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA UTA MCA DV in low-risk pregnant women between 18-40

weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of

these measurements Maternal and perinatal variables were described using

median and range (continuous variables) absolute and relative frequencies

(categorical variables) The PI obtained at the placental and abdominal portions

of the umbilical artery were compared using independent samples T test P

values of less than 005 were considered statistically significant Results Two

hundred and three low-risk pregnancies were included in the study One

hundred sixty four pregnant women completed the study and underwent 1242

scans There was a significant decrease in the PI values of all studied vessels

with gestational age (GA) The equations obtained for the prediction of the

Summary xi

medians were as follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of

the PI-MCA = 08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2]

Logarithm of the PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UtA = 12362403 ndash

(0014392 x GA) There was a significant difference between the PI-UA obtained

at the abdominal and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001)

Conclusions Longitudinal reference intervals for the main gestational Doppler

parameters were obtained from a Brazilian cohort These intervals could be

more adequate for the follow-up of materno-fetal haemodynamic modifications in

normal and abnormal pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound

Introduccedilatildeo 12

1 Introduccedilatildeo

O efeito Doppler eacute um conceito em fiacutesica que significa a mudanccedila de

frequecircncia de uma onda quando emitida ou refletida por um objeto em

movimento em relaccedilatildeo a um observador O nome atribuiacutedo ao fenocircmeno

homenageia o fiacutesico austriacuteaco Johann Christian Andreacuteas Doppler que o

descreveu pela primeira vez em 1842(1)

A funccedilatildeo Doppler do equipamento de ultrassonografia utiliza mudanccedilas

de frequecircncia do ultrassom para estimar velocidades do sangue no interior dos

vasos Desta forma diferentes velocidades relacionadas a fases distintas em

um mesmo ciclo cardiacuteaco podem ser obtidas e utilizadas para o caacutelculo de

iacutendices Estes satildeo paracircmetros hemodinacircmicos obtidos em locais especiacuteficos do

leito vascular Os mais utilizados em Obstetriacutecia tecircm sido (Figura 1) (2-5)

Introduccedilatildeo 13

Figura 1 - Iacutendices dopplervelocimeacutetricos mais utilizados em Obstetriacutecia

a) Iacutendice de pulsatilidade (IP) ndash descrito por Gosling et al em 1975 definido

como a relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade

diastoacutelica final pela velocidade meacutedia (IP= S-DVM)

b) Iacutendice de resistecircncia (IR) ndash descrito por Pourcelot em 1974 definido como a

relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade diastoacutelica

final pela velocidade sistoacutelica maacutexima (IR= S-D-S)

c) Relaccedilatildeo siacutestole por diaacutestole ndash descrita por Stuart et al em 1990 definida

como a divisatildeo da velocidade sistoacutelica maacutexima pela velocidade diastoacutelica

final (SD)

Os iacutendices dopplervelocimeacutetricos avaliam o comportamento do fluxo

sanguiacuteneo no decorrer do ciclo cardiacuteaco O IP e o IR avaliam diretamente a

Introduccedilatildeo 14

impedacircncia definida como a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de entrada e a velocidade

de fluxo em um local especiacutefico no leito vascular (2-5)

A importacircncia do uso do Doppler em Obstetriacutecia comeccedilou a aumentar na

deacutecada de 70 Por esta eacutepoca foi observada a associaccedilatildeo entre valores

anormais dos iacutendices dopplervelocimeacutetricos nas arteacuterias umbilicais (AU) e a

restriccedilatildeo de crescimento fetal (RCF) o sofrimento fetal (SF) e o aumento no

nuacutemero de internaccedilotildees do neonato em unidades de terapia intensiva (6) Desde

entatildeo a dopplervelocimetria tem sido muito estudada para avaliaccedilatildeo das

circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria Por ser meacutetodo natildeo invasivo

tornou-se indispensaacutevel na investigaccedilatildeo do bem-estar fetal e das respostas

hemodinacircmicas do concepto frente a situaccedilotildees que colocam em risco sua

adequada nutriccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo (7-12)

Para avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo fetal (hemodinacircmica fetal) os principais

vasos estudados satildeo a ACM e o DV (13-17)

O fluxo de sangue na ACM em gestaccedilotildees normais eacute anteroacutegrado e

contiacutenuo durante todo o ciclo cardiacuteaco Os valores de IP obtidos neste vaso satildeo

considerados normais quando acima do percentil 5 de intervalos de referecircncia

(18-20) Na hipoxemia fetal (baixa tensatildeo de oxigecircnio no sangue) ocorre

reduccedilatildeo no tocircnus vascular da ACM e consequente queda nos valores de IP

Aleacutem disso a medida da velocidade do sangue no interior da ACM tem sido

utilizada para a suspeiccedilatildeo de anemia fetal tendo em vista que nesta situaccedilatildeo

Introduccedilatildeo 15

haacute reduccedilatildeo da viscosidade do sangue que passa a fluir mais rapidamente no

interior do vaso (21-23)

O DV eacute um vaso que liga o seio portal (comunicaccedilatildeo da porccedilatildeo intra-

hepaacutetica da veia umbilical com o ramo portal esquerdo) agrave veia cava inferior

imediatamente antes de sua conexatildeo com o aacutetrio direito Este vaso direciona

parte do sangue oxigenado que retorna da placenta para as cacircmaras cardiacuteacas

esquerdas atraveacutes do forame oval assegurando adequado aporte de oxigecircnio para

o miocaacuterdio e ceacuterebro Sua avaliaccedilatildeo eacute imprescindiacutevel em gestaccedilotildees de alto risco

principalmente quando a dopplervelocimetria das AU demonstra ausecircncia de

fluxo (diaacutestole zero) ou fluxo reverso (diaacutestole reversa) durante a diaacutestole

cardiacuteaca Nestes casos alteraccedilotildees no padratildeo de fluxo no ducto venoso tecircm

relaccedilatildeo com falecircncia miocaacuterdica e acidemia fetal (2425) O fluxo de sangue no

DV eacute considerado normal quando seu IP estaacute abaixo do percentil 95 de

intervalos de referecircncia (2627)

A avaliaccedilatildeo do padratildeo de fluxo no DV tambeacutem tem importacircncia no

primeiro trimestre da gestaccedilatildeo (entre 11 e 14 semanas de gravidez) ao

contribuir com o caacutelculo de risco para anomalias cromossocircmicas Aleacutem disso

alteraccedilotildees do fluxo no DV neste periacuteodo relacionam-se ao aumento de risco

para cardiopatias congecircnitas (2829)

A circulaccedilatildeo fetoplacentaacuteria pode ser estudada por meio da

dopplervelocimetria nas AU Em gestaccedilotildees normais o fluxo de sangue do feto

para a placenta aumenta gradativamente com IG o que eacute acompanhado por

Introduccedilatildeo 16

progressiva queda nos valores de IP e IR medidos nestes vasos No segundo e

terceiro trimestres da gestaccedilatildeo o fluxo sanguiacuteneo nas AU eacute contiacutenuo e

anteroacutegrado durante todo o ciclo cardiacuteaco Satildeo considerados normais IP e IR

abaixo do percentil 95 de intervalos de referecircncia (30-34)

A dopplervelocimetria das AU pode ser considerada uma avaliaccedilatildeo

indireta da funccedilatildeo placentaacuteria Quando os IP dessas arteacuterias encontram-se abaixo

do 95o percentil dos intervalos de referecircncia sabe-se que pelo menos 70 das

vilosidades placentaacuterias estatildeo funcionando adequadamente Quando os IP

encontram-se acima deste limite haacute comprometimento da funccedilatildeo de 30 a 50

das vilosidades Quando ocorre a diaacutestole zero ou reversa mais de 50 e mais

de 70 das vilosidades placentaacuterias encontram-se alteradas respectivamente

(35-37) Assim sendo a dopplervelocimetria das AU tem papel relevante na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal contribuindo para a reduccedilatildeo da mortalidade

perinatal principalmente em casos de restriccedilatildeo de crescimento fetal (38-40)

A avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo uteroplacentaacuteria eacute realizada por intermeacutedio da

dopplervelocimetria das AUT Estas apresentam baixo fluxo diastoacutelico e alta

resistecircncia no primeiro trimestre da gestaccedilatildeo Agrave medida que a invasatildeo

trofoblaacutestica ocorre haacute gradativa queda na resistecircncia ao fluxo no interior desses

vasos Dessa forma principalmente apoacutes a 20a semana de gravidez o padratildeo de

fluxo nas AUT passa a ser de baixa resistecircncia refletindo adequado processo

de implantaccedilatildeo da placenta e portanto apropriado aporte de sangue ao

territoacuterio uteroplacentaacuterio (41)

Introduccedilatildeo 17

O papel da dopplervelocimetria das AUT tem sido muito estudado para o

rastreamento da preacute-eclacircmpsia (PE) e de RCF Sabe-se que 772 das

gestantes que desenvolvem PE precoce (antes de 34 semanas) 438 das que

apresentam RCF precoce e 823 daquelas que apresentam ambas as

complicaccedilotildees tecircm IP meacutedio das AUT acima de 15 na metade da gestaccedilatildeo (entre 20

e 24 semanas) (42) Tambeacutem tem sido demonstrado que IP acima do percentil

95 nestes vasos relacionam-se a maior incidecircncia destas adversidades (43-45)

a interpretaccedilatildeo de cada um dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

mencionados acima (AUT AU ACM e DV) tem sido feita rotineiramente com

base em intervalos de referecircncia transversais todos construiacutedos em outros

paiacuteses (1819)

Cabe aqui um breve comentaacuterio sobre intervalos de referecircncia termo mais

correto a ser aplicado para as chamadas curvas de normalidade Intervalos de

referecircncia para quaisquer medidas podem ser elaborados por meio de estudos

transversais ou longitudinais Os intervalos de referecircncia transversais satildeo obtidos de

avaliaccedilotildees uacutenicas dos participantes do estudo sendo muito apropriados para

investigaccedilatildeo do estado de um indiviacuteduo em determinado momento No entanto

os intervalos de referecircncia longitudinais (ou condicionais) satildeo obtidos por

avaliaccedilotildees sequenciais dos sujeitos da pesquisa Desta forma ao se calcular

um valor em um determinado momento do processo evolutivo cada valor de um

mesmo indiviacuteduo eacute levado em conta de forma condicional para o caacutelculo dos

respectivos valores subsequentes Tecircm portanto a finalidade de demonstrar

Introduccedilatildeo 18

padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo isto eacute como se comportam

determinadas medidas ao longo do tempo em indiviacuteduos normais (46-48)

Na gestaccedilatildeo a vantagem potencial do uso de intervalos de referecircncia

longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria a melhor interpretaccedilatildeo

das alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e provavelmente se beneficiariam de

avaliaccedilotildees seriadas (1331)

No Brasil natildeo se dispotildee dos intervalos de referecircncia longitudinais dos

paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais utilizados na atualidade para avaliaccedilatildeo

das circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria (304950) Portanto pode

ser questionado se o seguimento das gestantes com comprometimento do bem-

estar fetal neste paiacutes estaacute sendo realizado da forma mais adequada possiacutevel

Intervalos de referecircncia longitudinais produzidos em outros paiacuteses (162031)

poderiam ser usados como base para seguimento das gestantes brasileiras No

entanto natildeo se sabe se diferenccedilas eacutetnicas interferem nos valores dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos mencionados

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Objetivos 19

2 Objetivos

21 Objetivo geral

Determinar intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais por meio da avaliaccedilatildeo longitudinal de gestantes

de baixo risco entre a 18a e 40a semanas de gravidez atendidas no Hospital da

Mulher Prof Dr Joseacute Aristodemo Pinotti - Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede

da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP)

22 Objetivos especiacuteficos

Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para os

valores de iacutendices de pulsatilidade dos fluxos nos seguintes vasos

Arteacuteria umbilical

Arteacuteria cerebral meacutedia

Ducto venoso

Arteacuterias uterinas

Publicaccedilatildeo 20

3 Publicaccedilatildeo

Artigo submetido agrave Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Dr Cleisson Fabio Peralta Recebemos o artigo Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos maternofetais protocolado sob nordm 4439 O mesmo encontra-se em anaacutelise Atenciosamente Rosane Apda Cunha Casula Secretaacuteria Executiva da RBGO

(16) 3602-2803

Publicaccedilatildeo 21

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Nelsilene Mota Carvalho Tavares1

Sabrina Girotto Ferreira1

Joatildeo Renato Bennini2

Emiacutelio Francisco Marussi3

Ricardo Barini4

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta5

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) Campinas SP Brasil

1Aluna do Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do

CAISM-UNICAMP

2Meacutedico Assistente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

3Professor Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

4Professor Livre Docente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

5Meacutedico Assistente Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

Correspondecircncia

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta

Departamento de Ginecologia e Obstetriacutecia ndash CAISM - UNICAMP

Rua Alexander Fleming 101 - Cidade Universitaacuteria Zeferino Vaz

Distrito de Baratildeo Geraldo

13083-970 - Campinas SP Brasil

Fone (19) 35219188 Fax (19) 35219331

E-mail cfaperaltagmailcom

Publicaccedilatildeo 22

Resumo

Objetivo Determinar intervalos de referecircncia longitudinais para os valores de

iacutendices de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias umbilicais (AU) cerebral

meacutedia (ACM) e uterinas (AUT) e IP venoso do fluxo no ducto venoso (DV) por

meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Meacutetodos Estudo observacional longitudinal realizado de fevereiro de

2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Professor Doutor Joseacute Aristodemo

Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher Universidade Estadual

de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos quinzenais foram

realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP venoso do DV em

gestantes de baixo risco da 18ordf- 40ordf semanas de gravidez Modelos lineares

mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de referecircncia longitudinais

(percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos mencionados Os IP das porccedilotildees

placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram comparados por meio do

teste T para amostras independentes Valores de p menores do que 005 foram

considerados significativos Resultados Duzentas e trecircs pacientes de baixo

risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e quatro gestantes

concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames ultrassonograacuteficos Houve

reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a idade

gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram IP-

AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = -

026691- (0015414 x IG) IP-AUT = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve

diferenccedila significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e

Publicaccedilatildeo 23

abdominal fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de

referecircncia longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos gestacionais

mais importantes em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser

mais adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica vitalidade fetal

Abstract

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) ) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA MCA DV and UTA DV in low-risk pregnant women between

18-40 weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of these

measurements The PI obtained at the placental and abdominal portions of the

umbilical artery were compared using independent samples T test P values of

less than 005 were considered statistically significant Results Two hundred

and three low-risk pregnancies were included in the study One hundred sixty

four pregnant women completed the study and underwent 1242 scans There

Publicaccedilatildeo 24

was a significant decrease in the PI values of all studied vessels with gestational

age (GA) The equations obtained for the prediction of the medians were as

follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of the PI-MCA =

08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2] Logarithm of the

PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UTA = 12362403 ndash (0014392 x GA)

There was a significant difference between the PI-UA obtained at the abdominal

and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001) Conclusions Longitudinal

reference intervals for the main gestational Doppler parameters were obtained

from a Brazilian cohort These intervals could be more adequate for the follow-

up of materno-fetal haemodynamic modifications in normal and abnormal

pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound fetal well being

Publicaccedilatildeo 25

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Introduccedilatildeo

A dopplervelocimetria tem sido uma das principais ferramentas na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal principalmente por meio da obtenccedilatildeo dos iacutendices

de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias uterinas (AUT) umbilicais (AU)

cerebrais meacutedias (ACM) e no ducto venoso (DV) Estes permitem respectiva

avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees hemodinacircmicas nos territoacuterios vasculares

uteroplacentaacuterio (AUT) e fetoplacentaacuterio (AU ACM e DV)1-6

A interpretaccedilatildeo de cada um desses paracircmetros tem sido feita

rotineiramente com base em intervalos de referecircncia transversais que podem

natildeo refletir de forma adequada as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da

gravidez7-9

Potencial vantagem do uso de intervalos de referecircncia longitudinais

desses paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria uma melhor interpretaccedilatildeo das

alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e necessitam de avaliaccedilotildees

seriadas10-12 Aleacutem disso natildeo sabemos se diferenccedilas eacutetnicas podem interferir

nesses intervalos indisponiacuteveis com dados provenientes de nossa populaccedilatildeo

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Publicaccedilatildeo 26

Meacutetodos

Este foi um estudo observacional descritivo longitudinal realizado no

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) de fevereiro de 2010 a maio de 2012 O

Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) aprovou o projeto e todas as pacientes que aceitaram participar do

estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

As gestantes foram selecionadas entre aquelas encaminhadas do preacute-natal

do CAISM para ultrassonografia Obsteacutetrica Os seguintes criteacuterios foram respeitados

para inclusatildeo no estudo 1) gestaccedilatildeo uacutenica 2) idade gestacional (IG) entre 18 e 24

semanas definida com base na data da uacuteltima menstruaccedilatildeo (quando conhecida) ou

na medida do comprimento ceacutefalo-caudal embriatildeofeto no primeiro trimestre da

gravidez interpretado em intervalos de referecircncia publicados por Robinson amp

Fleming13 3) anatomia fetal normal 4) ausecircncia de alteraccedilotildees placentaacuterias

como placenta preacutevia circunvalada com suspeita de acretismo ou de qualquer tipo

de tumor 5) ausecircncia de alteraccedilotildees no cordatildeo umbilical como nuacutemero alterado

de vasos noacutes tumores ou inserccedilatildeo velamentosa na placenta 6) ausecircncia de

doenccedilas maternas 7) gestantes natildeo usuaacuterias de drogas liacutecitas ou iliacutecitas

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para exclusatildeo de pacientes do

estudo 1) qualquer anormalidade estrutural ou cromossocircmica detectada no

periacuteodo neonatal e que natildeo foi diagnosticada durante a gestaccedilatildeo 2) oacutebito fetal

ou neonatal sem causa determinada 3) impossibilidade de obtenccedilatildeo dos dados

do parto e do receacutem-nascido 4) Apgar de 5ordm minuto menor que 7

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 3: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

ii

FICHA CATALOGRAacuteFICA ELABORADA POR ROSANA EVANGELISTA PODEROSO ndash CRB86652

BIBLIOTECA DA FACULDADE DE CIEcircNCIAS MEacuteDICAS UNICAMP

Informaccedilotildees para Biblioteca Digital Tiacutetulo em inglecircs Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters Palavras-chave em inglecircs

Reference values (Medicine) Longitudinal studies Ultrasonography prenatal

Aacuterea de concentraccedilatildeo Sauacutede Materna e Perinatal Titulaccedilatildeo Mestre em Ciecircncias da Sauacutede Banca examinadora

Ricardo Barini [Orientador] Joatildeo Luiz de Carvalho Pinto e Silva Edward Arauacutejo Juacutenior

Data da defesa 02 ndash 08 ndash 2012 Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo Tocoginecologia Diagramaccedilatildeo e arte final Assessoria Teacutecnica do CAISM (ASTEC)

Tavares Nelsilene Mota Carvalho 1971 - T197i Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais Nelsilene Mota Carvalho Tavares ndash Campinas SP [sn] 2012

Orientador Ricardo Barini Coorientador Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Universidade Estadual de

Campinas Faculdade de Ciecircncias Meacutedicas 1 Valores de referecircncia (Medicina) 2 Estudos

longitudinais 3 Ultrassonografia preacute-natal I Barini Ricardo II Peralta Cleisson Faacutebio Andrioli III Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Ciecircncias Meacutedicas IV Tiacutetulo

j bullbullbull

-()

rv

Aluna NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES

Orientador Prof Dr RICARDO BARINI

Co-Orientador Prof Dr CLEISSON FABIO ANDRIOLI PERALTA

Curso de P6s-Gradua~ao em Tocoginecologia da Faculdade de Ch~ncias Medicas da Universidade Estadual de Campinas

iii

iv

Dedico este trabalho

Aos meus pais queridos Antocircnio e Maria

por toda a dedicaccedilatildeo e ensinamentos de vida

Por meio de seus exemplos de amor educaccedilatildeo caraacuteter

trabalho e perseveranccedila tornaram-me uma pessoa de bem

Ao meu esposo Joaquim

pelo amor companheirismo paciecircncia e incentivo iacutempar

para que eu sempre lute pelos meus sonhos

E com seu exemplo

ensinou-me a ser uma pessoa mais forte e confiante

v

Agradecimentos

Agradeccedilo a Deus forccedila esplecircndida em minha vida sempre me fortalecendo e guiando-

me iluminando-me com Sua sabedoria ensinando-me que adversidades do

caminho satildeo aprendizados que nos tornam mais fortes e melhores

Aos Professores Dr Ricardo Barini e Dr Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta pela

oportunidade credibilidade e por toda a atenccedilatildeo dispensada no decorrer da

elaboraccedilatildeo deste trabalho Sem vocecircs natildeo teria aprendido tanto e concluiacutedo esta

etapa

Agrave Coordenadoria de Aperfeiccediloamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES) pela

concessatildeo da bolsa de Mestrado

Ao Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de

Ciecircncias Meacutedicas (FCM- UNICAMP) e agrave coordenaccedilatildeo do curso pela

oportunidade da realizaccedilatildeo deste Mestrado

Ao Professor Dr Emiacutelio Marussi chefe do serviccedilo de ecografia pelo imenso apoio e

ajuda no decorrer desta empreitada

A Dra Cristina Faro assistente do serviccedilo de ecografia pelos ensinamentos amizade e

apoio principalmente nos momentos mais difiacuteceis

Agrave Vanda de Oliveira bibliotecaacuteria pelo seu profissionalismo sempre me assistindo e

colaborando em minhas pesquisas bibliograacuteficas

vi

Sumaacuterio

Siacutembolos Siglas e Abreviaturas vii

Resumo viii

Summary x

1 Introduccedilatildeo 12

2 Objetivos 19

21 Objetivo geral 19

22 Objetivos especiacuteficos 19

3 Publicaccedilatildeo 20

4 Conclusotildees 44

5 Referecircncias Bibliograacuteficas 45

6 Anexos 52

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa 52

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 54

Siacutembolos Siglas e Abreviaturas vii

Siacutembolos Siglas e Abreviaturas

ACM ndash Arteacuteria Cerebral Meacutedia

AU ndash Arteacuteria Umbilical

AUT ndash Arteacuteria Uterina

CAISM ndash Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacuteded Mulher

DV ndash Ducto Venoso

IG ndash Idade Gestacional

IP ndash Iacutendice de Pulsatilidade

IR ndash Iacutendice de Resistecircncia

PE ndash Preacute-Eclacircmpsia

RCF ndash Restriccedilatildeo de Crescimento Fetal

SD ndash Relaccedilatildeo Siacutestole pela Diaacutestole

SF ndash Sofrimento Fetal

UNICAMP ndash Universidade Estadual de Campinas

Resumo viii

Resumo

Objetivos Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os valores de iacutendices de pulsatilidade (IP) nos fluxos da arteacuteria umbilical (AU)

cerebral meacutedia (ACM) ducto venoso (DV) e IP meacutedio das arteacuterias uterinas

(AUT) por meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da

populaccedilatildeo brasileira Meacutetodos Estudo observacional descritivo longitudinal

realizado de fevereiro de 2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Prof Dr

Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher

Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos

quinzenais foram realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP

venoso do DV em gestantes de baixo risco da 18ordf a 40ordf semana de gravidez

Anaacutelise estatiacutestica Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de

intervalos de referecircncia longitudinais (percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos

mencionados Variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas (variaacuteveis

categoacutericas) Os IP das porccedilotildees placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram

comparados por meio do teste T para amostras independentes Valores de p

menores do que 005 foram considerados significativos Resultados Duzentas e

Resumo ix

trecircs gestantes de baixo risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e

quatro gestantes concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames

ultrassonograacuteficos com mediana de oito exames por paciente (limites de 4 a

12) Houve reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a

idade gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram

IP-AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = 026691-

(0015414 x IG) IP-AUt = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve diferenccedila

significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e abdominal

fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de referecircncia

condicionais (longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

gestacionais em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser mais

adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica

Summary x

Summary

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA UTA MCA DV in low-risk pregnant women between 18-40

weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of

these measurements Maternal and perinatal variables were described using

median and range (continuous variables) absolute and relative frequencies

(categorical variables) The PI obtained at the placental and abdominal portions

of the umbilical artery were compared using independent samples T test P

values of less than 005 were considered statistically significant Results Two

hundred and three low-risk pregnancies were included in the study One

hundred sixty four pregnant women completed the study and underwent 1242

scans There was a significant decrease in the PI values of all studied vessels

with gestational age (GA) The equations obtained for the prediction of the

Summary xi

medians were as follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of

the PI-MCA = 08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2]

Logarithm of the PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UtA = 12362403 ndash

(0014392 x GA) There was a significant difference between the PI-UA obtained

at the abdominal and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001)

Conclusions Longitudinal reference intervals for the main gestational Doppler

parameters were obtained from a Brazilian cohort These intervals could be

more adequate for the follow-up of materno-fetal haemodynamic modifications in

normal and abnormal pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound

Introduccedilatildeo 12

1 Introduccedilatildeo

O efeito Doppler eacute um conceito em fiacutesica que significa a mudanccedila de

frequecircncia de uma onda quando emitida ou refletida por um objeto em

movimento em relaccedilatildeo a um observador O nome atribuiacutedo ao fenocircmeno

homenageia o fiacutesico austriacuteaco Johann Christian Andreacuteas Doppler que o

descreveu pela primeira vez em 1842(1)

A funccedilatildeo Doppler do equipamento de ultrassonografia utiliza mudanccedilas

de frequecircncia do ultrassom para estimar velocidades do sangue no interior dos

vasos Desta forma diferentes velocidades relacionadas a fases distintas em

um mesmo ciclo cardiacuteaco podem ser obtidas e utilizadas para o caacutelculo de

iacutendices Estes satildeo paracircmetros hemodinacircmicos obtidos em locais especiacuteficos do

leito vascular Os mais utilizados em Obstetriacutecia tecircm sido (Figura 1) (2-5)

Introduccedilatildeo 13

Figura 1 - Iacutendices dopplervelocimeacutetricos mais utilizados em Obstetriacutecia

a) Iacutendice de pulsatilidade (IP) ndash descrito por Gosling et al em 1975 definido

como a relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade

diastoacutelica final pela velocidade meacutedia (IP= S-DVM)

b) Iacutendice de resistecircncia (IR) ndash descrito por Pourcelot em 1974 definido como a

relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade diastoacutelica

final pela velocidade sistoacutelica maacutexima (IR= S-D-S)

c) Relaccedilatildeo siacutestole por diaacutestole ndash descrita por Stuart et al em 1990 definida

como a divisatildeo da velocidade sistoacutelica maacutexima pela velocidade diastoacutelica

final (SD)

Os iacutendices dopplervelocimeacutetricos avaliam o comportamento do fluxo

sanguiacuteneo no decorrer do ciclo cardiacuteaco O IP e o IR avaliam diretamente a

Introduccedilatildeo 14

impedacircncia definida como a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de entrada e a velocidade

de fluxo em um local especiacutefico no leito vascular (2-5)

A importacircncia do uso do Doppler em Obstetriacutecia comeccedilou a aumentar na

deacutecada de 70 Por esta eacutepoca foi observada a associaccedilatildeo entre valores

anormais dos iacutendices dopplervelocimeacutetricos nas arteacuterias umbilicais (AU) e a

restriccedilatildeo de crescimento fetal (RCF) o sofrimento fetal (SF) e o aumento no

nuacutemero de internaccedilotildees do neonato em unidades de terapia intensiva (6) Desde

entatildeo a dopplervelocimetria tem sido muito estudada para avaliaccedilatildeo das

circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria Por ser meacutetodo natildeo invasivo

tornou-se indispensaacutevel na investigaccedilatildeo do bem-estar fetal e das respostas

hemodinacircmicas do concepto frente a situaccedilotildees que colocam em risco sua

adequada nutriccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo (7-12)

Para avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo fetal (hemodinacircmica fetal) os principais

vasos estudados satildeo a ACM e o DV (13-17)

O fluxo de sangue na ACM em gestaccedilotildees normais eacute anteroacutegrado e

contiacutenuo durante todo o ciclo cardiacuteaco Os valores de IP obtidos neste vaso satildeo

considerados normais quando acima do percentil 5 de intervalos de referecircncia

(18-20) Na hipoxemia fetal (baixa tensatildeo de oxigecircnio no sangue) ocorre

reduccedilatildeo no tocircnus vascular da ACM e consequente queda nos valores de IP

Aleacutem disso a medida da velocidade do sangue no interior da ACM tem sido

utilizada para a suspeiccedilatildeo de anemia fetal tendo em vista que nesta situaccedilatildeo

Introduccedilatildeo 15

haacute reduccedilatildeo da viscosidade do sangue que passa a fluir mais rapidamente no

interior do vaso (21-23)

O DV eacute um vaso que liga o seio portal (comunicaccedilatildeo da porccedilatildeo intra-

hepaacutetica da veia umbilical com o ramo portal esquerdo) agrave veia cava inferior

imediatamente antes de sua conexatildeo com o aacutetrio direito Este vaso direciona

parte do sangue oxigenado que retorna da placenta para as cacircmaras cardiacuteacas

esquerdas atraveacutes do forame oval assegurando adequado aporte de oxigecircnio para

o miocaacuterdio e ceacuterebro Sua avaliaccedilatildeo eacute imprescindiacutevel em gestaccedilotildees de alto risco

principalmente quando a dopplervelocimetria das AU demonstra ausecircncia de

fluxo (diaacutestole zero) ou fluxo reverso (diaacutestole reversa) durante a diaacutestole

cardiacuteaca Nestes casos alteraccedilotildees no padratildeo de fluxo no ducto venoso tecircm

relaccedilatildeo com falecircncia miocaacuterdica e acidemia fetal (2425) O fluxo de sangue no

DV eacute considerado normal quando seu IP estaacute abaixo do percentil 95 de

intervalos de referecircncia (2627)

A avaliaccedilatildeo do padratildeo de fluxo no DV tambeacutem tem importacircncia no

primeiro trimestre da gestaccedilatildeo (entre 11 e 14 semanas de gravidez) ao

contribuir com o caacutelculo de risco para anomalias cromossocircmicas Aleacutem disso

alteraccedilotildees do fluxo no DV neste periacuteodo relacionam-se ao aumento de risco

para cardiopatias congecircnitas (2829)

A circulaccedilatildeo fetoplacentaacuteria pode ser estudada por meio da

dopplervelocimetria nas AU Em gestaccedilotildees normais o fluxo de sangue do feto

para a placenta aumenta gradativamente com IG o que eacute acompanhado por

Introduccedilatildeo 16

progressiva queda nos valores de IP e IR medidos nestes vasos No segundo e

terceiro trimestres da gestaccedilatildeo o fluxo sanguiacuteneo nas AU eacute contiacutenuo e

anteroacutegrado durante todo o ciclo cardiacuteaco Satildeo considerados normais IP e IR

abaixo do percentil 95 de intervalos de referecircncia (30-34)

A dopplervelocimetria das AU pode ser considerada uma avaliaccedilatildeo

indireta da funccedilatildeo placentaacuteria Quando os IP dessas arteacuterias encontram-se abaixo

do 95o percentil dos intervalos de referecircncia sabe-se que pelo menos 70 das

vilosidades placentaacuterias estatildeo funcionando adequadamente Quando os IP

encontram-se acima deste limite haacute comprometimento da funccedilatildeo de 30 a 50

das vilosidades Quando ocorre a diaacutestole zero ou reversa mais de 50 e mais

de 70 das vilosidades placentaacuterias encontram-se alteradas respectivamente

(35-37) Assim sendo a dopplervelocimetria das AU tem papel relevante na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal contribuindo para a reduccedilatildeo da mortalidade

perinatal principalmente em casos de restriccedilatildeo de crescimento fetal (38-40)

A avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo uteroplacentaacuteria eacute realizada por intermeacutedio da

dopplervelocimetria das AUT Estas apresentam baixo fluxo diastoacutelico e alta

resistecircncia no primeiro trimestre da gestaccedilatildeo Agrave medida que a invasatildeo

trofoblaacutestica ocorre haacute gradativa queda na resistecircncia ao fluxo no interior desses

vasos Dessa forma principalmente apoacutes a 20a semana de gravidez o padratildeo de

fluxo nas AUT passa a ser de baixa resistecircncia refletindo adequado processo

de implantaccedilatildeo da placenta e portanto apropriado aporte de sangue ao

territoacuterio uteroplacentaacuterio (41)

Introduccedilatildeo 17

O papel da dopplervelocimetria das AUT tem sido muito estudado para o

rastreamento da preacute-eclacircmpsia (PE) e de RCF Sabe-se que 772 das

gestantes que desenvolvem PE precoce (antes de 34 semanas) 438 das que

apresentam RCF precoce e 823 daquelas que apresentam ambas as

complicaccedilotildees tecircm IP meacutedio das AUT acima de 15 na metade da gestaccedilatildeo (entre 20

e 24 semanas) (42) Tambeacutem tem sido demonstrado que IP acima do percentil

95 nestes vasos relacionam-se a maior incidecircncia destas adversidades (43-45)

a interpretaccedilatildeo de cada um dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

mencionados acima (AUT AU ACM e DV) tem sido feita rotineiramente com

base em intervalos de referecircncia transversais todos construiacutedos em outros

paiacuteses (1819)

Cabe aqui um breve comentaacuterio sobre intervalos de referecircncia termo mais

correto a ser aplicado para as chamadas curvas de normalidade Intervalos de

referecircncia para quaisquer medidas podem ser elaborados por meio de estudos

transversais ou longitudinais Os intervalos de referecircncia transversais satildeo obtidos de

avaliaccedilotildees uacutenicas dos participantes do estudo sendo muito apropriados para

investigaccedilatildeo do estado de um indiviacuteduo em determinado momento No entanto

os intervalos de referecircncia longitudinais (ou condicionais) satildeo obtidos por

avaliaccedilotildees sequenciais dos sujeitos da pesquisa Desta forma ao se calcular

um valor em um determinado momento do processo evolutivo cada valor de um

mesmo indiviacuteduo eacute levado em conta de forma condicional para o caacutelculo dos

respectivos valores subsequentes Tecircm portanto a finalidade de demonstrar

Introduccedilatildeo 18

padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo isto eacute como se comportam

determinadas medidas ao longo do tempo em indiviacuteduos normais (46-48)

Na gestaccedilatildeo a vantagem potencial do uso de intervalos de referecircncia

longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria a melhor interpretaccedilatildeo

das alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e provavelmente se beneficiariam de

avaliaccedilotildees seriadas (1331)

No Brasil natildeo se dispotildee dos intervalos de referecircncia longitudinais dos

paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais utilizados na atualidade para avaliaccedilatildeo

das circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria (304950) Portanto pode

ser questionado se o seguimento das gestantes com comprometimento do bem-

estar fetal neste paiacutes estaacute sendo realizado da forma mais adequada possiacutevel

Intervalos de referecircncia longitudinais produzidos em outros paiacuteses (162031)

poderiam ser usados como base para seguimento das gestantes brasileiras No

entanto natildeo se sabe se diferenccedilas eacutetnicas interferem nos valores dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos mencionados

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Objetivos 19

2 Objetivos

21 Objetivo geral

Determinar intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais por meio da avaliaccedilatildeo longitudinal de gestantes

de baixo risco entre a 18a e 40a semanas de gravidez atendidas no Hospital da

Mulher Prof Dr Joseacute Aristodemo Pinotti - Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede

da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP)

22 Objetivos especiacuteficos

Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para os

valores de iacutendices de pulsatilidade dos fluxos nos seguintes vasos

Arteacuteria umbilical

Arteacuteria cerebral meacutedia

Ducto venoso

Arteacuterias uterinas

Publicaccedilatildeo 20

3 Publicaccedilatildeo

Artigo submetido agrave Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Dr Cleisson Fabio Peralta Recebemos o artigo Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos maternofetais protocolado sob nordm 4439 O mesmo encontra-se em anaacutelise Atenciosamente Rosane Apda Cunha Casula Secretaacuteria Executiva da RBGO

(16) 3602-2803

Publicaccedilatildeo 21

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Nelsilene Mota Carvalho Tavares1

Sabrina Girotto Ferreira1

Joatildeo Renato Bennini2

Emiacutelio Francisco Marussi3

Ricardo Barini4

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta5

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) Campinas SP Brasil

1Aluna do Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do

CAISM-UNICAMP

2Meacutedico Assistente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

3Professor Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

4Professor Livre Docente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

5Meacutedico Assistente Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

Correspondecircncia

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta

Departamento de Ginecologia e Obstetriacutecia ndash CAISM - UNICAMP

Rua Alexander Fleming 101 - Cidade Universitaacuteria Zeferino Vaz

Distrito de Baratildeo Geraldo

13083-970 - Campinas SP Brasil

Fone (19) 35219188 Fax (19) 35219331

E-mail cfaperaltagmailcom

Publicaccedilatildeo 22

Resumo

Objetivo Determinar intervalos de referecircncia longitudinais para os valores de

iacutendices de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias umbilicais (AU) cerebral

meacutedia (ACM) e uterinas (AUT) e IP venoso do fluxo no ducto venoso (DV) por

meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Meacutetodos Estudo observacional longitudinal realizado de fevereiro de

2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Professor Doutor Joseacute Aristodemo

Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher Universidade Estadual

de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos quinzenais foram

realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP venoso do DV em

gestantes de baixo risco da 18ordf- 40ordf semanas de gravidez Modelos lineares

mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de referecircncia longitudinais

(percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos mencionados Os IP das porccedilotildees

placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram comparados por meio do

teste T para amostras independentes Valores de p menores do que 005 foram

considerados significativos Resultados Duzentas e trecircs pacientes de baixo

risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e quatro gestantes

concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames ultrassonograacuteficos Houve

reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a idade

gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram IP-

AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = -

026691- (0015414 x IG) IP-AUT = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve

diferenccedila significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e

Publicaccedilatildeo 23

abdominal fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de

referecircncia longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos gestacionais

mais importantes em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser

mais adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica vitalidade fetal

Abstract

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) ) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA MCA DV and UTA DV in low-risk pregnant women between

18-40 weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of these

measurements The PI obtained at the placental and abdominal portions of the

umbilical artery were compared using independent samples T test P values of

less than 005 were considered statistically significant Results Two hundred

and three low-risk pregnancies were included in the study One hundred sixty

four pregnant women completed the study and underwent 1242 scans There

Publicaccedilatildeo 24

was a significant decrease in the PI values of all studied vessels with gestational

age (GA) The equations obtained for the prediction of the medians were as

follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of the PI-MCA =

08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2] Logarithm of the

PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UTA = 12362403 ndash (0014392 x GA)

There was a significant difference between the PI-UA obtained at the abdominal

and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001) Conclusions Longitudinal

reference intervals for the main gestational Doppler parameters were obtained

from a Brazilian cohort These intervals could be more adequate for the follow-

up of materno-fetal haemodynamic modifications in normal and abnormal

pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound fetal well being

Publicaccedilatildeo 25

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Introduccedilatildeo

A dopplervelocimetria tem sido uma das principais ferramentas na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal principalmente por meio da obtenccedilatildeo dos iacutendices

de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias uterinas (AUT) umbilicais (AU)

cerebrais meacutedias (ACM) e no ducto venoso (DV) Estes permitem respectiva

avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees hemodinacircmicas nos territoacuterios vasculares

uteroplacentaacuterio (AUT) e fetoplacentaacuterio (AU ACM e DV)1-6

A interpretaccedilatildeo de cada um desses paracircmetros tem sido feita

rotineiramente com base em intervalos de referecircncia transversais que podem

natildeo refletir de forma adequada as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da

gravidez7-9

Potencial vantagem do uso de intervalos de referecircncia longitudinais

desses paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria uma melhor interpretaccedilatildeo das

alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e necessitam de avaliaccedilotildees

seriadas10-12 Aleacutem disso natildeo sabemos se diferenccedilas eacutetnicas podem interferir

nesses intervalos indisponiacuteveis com dados provenientes de nossa populaccedilatildeo

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Publicaccedilatildeo 26

Meacutetodos

Este foi um estudo observacional descritivo longitudinal realizado no

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) de fevereiro de 2010 a maio de 2012 O

Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) aprovou o projeto e todas as pacientes que aceitaram participar do

estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

As gestantes foram selecionadas entre aquelas encaminhadas do preacute-natal

do CAISM para ultrassonografia Obsteacutetrica Os seguintes criteacuterios foram respeitados

para inclusatildeo no estudo 1) gestaccedilatildeo uacutenica 2) idade gestacional (IG) entre 18 e 24

semanas definida com base na data da uacuteltima menstruaccedilatildeo (quando conhecida) ou

na medida do comprimento ceacutefalo-caudal embriatildeofeto no primeiro trimestre da

gravidez interpretado em intervalos de referecircncia publicados por Robinson amp

Fleming13 3) anatomia fetal normal 4) ausecircncia de alteraccedilotildees placentaacuterias

como placenta preacutevia circunvalada com suspeita de acretismo ou de qualquer tipo

de tumor 5) ausecircncia de alteraccedilotildees no cordatildeo umbilical como nuacutemero alterado

de vasos noacutes tumores ou inserccedilatildeo velamentosa na placenta 6) ausecircncia de

doenccedilas maternas 7) gestantes natildeo usuaacuterias de drogas liacutecitas ou iliacutecitas

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para exclusatildeo de pacientes do

estudo 1) qualquer anormalidade estrutural ou cromossocircmica detectada no

periacuteodo neonatal e que natildeo foi diagnosticada durante a gestaccedilatildeo 2) oacutebito fetal

ou neonatal sem causa determinada 3) impossibilidade de obtenccedilatildeo dos dados

do parto e do receacutem-nascido 4) Apgar de 5ordm minuto menor que 7

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 4: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

j bullbullbull

-()

rv

Aluna NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES

Orientador Prof Dr RICARDO BARINI

Co-Orientador Prof Dr CLEISSON FABIO ANDRIOLI PERALTA

Curso de P6s-Gradua~ao em Tocoginecologia da Faculdade de Ch~ncias Medicas da Universidade Estadual de Campinas

iii

iv

Dedico este trabalho

Aos meus pais queridos Antocircnio e Maria

por toda a dedicaccedilatildeo e ensinamentos de vida

Por meio de seus exemplos de amor educaccedilatildeo caraacuteter

trabalho e perseveranccedila tornaram-me uma pessoa de bem

Ao meu esposo Joaquim

pelo amor companheirismo paciecircncia e incentivo iacutempar

para que eu sempre lute pelos meus sonhos

E com seu exemplo

ensinou-me a ser uma pessoa mais forte e confiante

v

Agradecimentos

Agradeccedilo a Deus forccedila esplecircndida em minha vida sempre me fortalecendo e guiando-

me iluminando-me com Sua sabedoria ensinando-me que adversidades do

caminho satildeo aprendizados que nos tornam mais fortes e melhores

Aos Professores Dr Ricardo Barini e Dr Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta pela

oportunidade credibilidade e por toda a atenccedilatildeo dispensada no decorrer da

elaboraccedilatildeo deste trabalho Sem vocecircs natildeo teria aprendido tanto e concluiacutedo esta

etapa

Agrave Coordenadoria de Aperfeiccediloamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES) pela

concessatildeo da bolsa de Mestrado

Ao Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de

Ciecircncias Meacutedicas (FCM- UNICAMP) e agrave coordenaccedilatildeo do curso pela

oportunidade da realizaccedilatildeo deste Mestrado

Ao Professor Dr Emiacutelio Marussi chefe do serviccedilo de ecografia pelo imenso apoio e

ajuda no decorrer desta empreitada

A Dra Cristina Faro assistente do serviccedilo de ecografia pelos ensinamentos amizade e

apoio principalmente nos momentos mais difiacuteceis

Agrave Vanda de Oliveira bibliotecaacuteria pelo seu profissionalismo sempre me assistindo e

colaborando em minhas pesquisas bibliograacuteficas

vi

Sumaacuterio

Siacutembolos Siglas e Abreviaturas vii

Resumo viii

Summary x

1 Introduccedilatildeo 12

2 Objetivos 19

21 Objetivo geral 19

22 Objetivos especiacuteficos 19

3 Publicaccedilatildeo 20

4 Conclusotildees 44

5 Referecircncias Bibliograacuteficas 45

6 Anexos 52

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa 52

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 54

Siacutembolos Siglas e Abreviaturas vii

Siacutembolos Siglas e Abreviaturas

ACM ndash Arteacuteria Cerebral Meacutedia

AU ndash Arteacuteria Umbilical

AUT ndash Arteacuteria Uterina

CAISM ndash Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacuteded Mulher

DV ndash Ducto Venoso

IG ndash Idade Gestacional

IP ndash Iacutendice de Pulsatilidade

IR ndash Iacutendice de Resistecircncia

PE ndash Preacute-Eclacircmpsia

RCF ndash Restriccedilatildeo de Crescimento Fetal

SD ndash Relaccedilatildeo Siacutestole pela Diaacutestole

SF ndash Sofrimento Fetal

UNICAMP ndash Universidade Estadual de Campinas

Resumo viii

Resumo

Objetivos Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os valores de iacutendices de pulsatilidade (IP) nos fluxos da arteacuteria umbilical (AU)

cerebral meacutedia (ACM) ducto venoso (DV) e IP meacutedio das arteacuterias uterinas

(AUT) por meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da

populaccedilatildeo brasileira Meacutetodos Estudo observacional descritivo longitudinal

realizado de fevereiro de 2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Prof Dr

Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher

Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos

quinzenais foram realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP

venoso do DV em gestantes de baixo risco da 18ordf a 40ordf semana de gravidez

Anaacutelise estatiacutestica Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de

intervalos de referecircncia longitudinais (percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos

mencionados Variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas (variaacuteveis

categoacutericas) Os IP das porccedilotildees placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram

comparados por meio do teste T para amostras independentes Valores de p

menores do que 005 foram considerados significativos Resultados Duzentas e

Resumo ix

trecircs gestantes de baixo risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e

quatro gestantes concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames

ultrassonograacuteficos com mediana de oito exames por paciente (limites de 4 a

12) Houve reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a

idade gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram

IP-AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = 026691-

(0015414 x IG) IP-AUt = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve diferenccedila

significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e abdominal

fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de referecircncia

condicionais (longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

gestacionais em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser mais

adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica

Summary x

Summary

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA UTA MCA DV in low-risk pregnant women between 18-40

weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of

these measurements Maternal and perinatal variables were described using

median and range (continuous variables) absolute and relative frequencies

(categorical variables) The PI obtained at the placental and abdominal portions

of the umbilical artery were compared using independent samples T test P

values of less than 005 were considered statistically significant Results Two

hundred and three low-risk pregnancies were included in the study One

hundred sixty four pregnant women completed the study and underwent 1242

scans There was a significant decrease in the PI values of all studied vessels

with gestational age (GA) The equations obtained for the prediction of the

Summary xi

medians were as follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of

the PI-MCA = 08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2]

Logarithm of the PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UtA = 12362403 ndash

(0014392 x GA) There was a significant difference between the PI-UA obtained

at the abdominal and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001)

Conclusions Longitudinal reference intervals for the main gestational Doppler

parameters were obtained from a Brazilian cohort These intervals could be

more adequate for the follow-up of materno-fetal haemodynamic modifications in

normal and abnormal pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound

Introduccedilatildeo 12

1 Introduccedilatildeo

O efeito Doppler eacute um conceito em fiacutesica que significa a mudanccedila de

frequecircncia de uma onda quando emitida ou refletida por um objeto em

movimento em relaccedilatildeo a um observador O nome atribuiacutedo ao fenocircmeno

homenageia o fiacutesico austriacuteaco Johann Christian Andreacuteas Doppler que o

descreveu pela primeira vez em 1842(1)

A funccedilatildeo Doppler do equipamento de ultrassonografia utiliza mudanccedilas

de frequecircncia do ultrassom para estimar velocidades do sangue no interior dos

vasos Desta forma diferentes velocidades relacionadas a fases distintas em

um mesmo ciclo cardiacuteaco podem ser obtidas e utilizadas para o caacutelculo de

iacutendices Estes satildeo paracircmetros hemodinacircmicos obtidos em locais especiacuteficos do

leito vascular Os mais utilizados em Obstetriacutecia tecircm sido (Figura 1) (2-5)

Introduccedilatildeo 13

Figura 1 - Iacutendices dopplervelocimeacutetricos mais utilizados em Obstetriacutecia

a) Iacutendice de pulsatilidade (IP) ndash descrito por Gosling et al em 1975 definido

como a relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade

diastoacutelica final pela velocidade meacutedia (IP= S-DVM)

b) Iacutendice de resistecircncia (IR) ndash descrito por Pourcelot em 1974 definido como a

relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade diastoacutelica

final pela velocidade sistoacutelica maacutexima (IR= S-D-S)

c) Relaccedilatildeo siacutestole por diaacutestole ndash descrita por Stuart et al em 1990 definida

como a divisatildeo da velocidade sistoacutelica maacutexima pela velocidade diastoacutelica

final (SD)

Os iacutendices dopplervelocimeacutetricos avaliam o comportamento do fluxo

sanguiacuteneo no decorrer do ciclo cardiacuteaco O IP e o IR avaliam diretamente a

Introduccedilatildeo 14

impedacircncia definida como a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de entrada e a velocidade

de fluxo em um local especiacutefico no leito vascular (2-5)

A importacircncia do uso do Doppler em Obstetriacutecia comeccedilou a aumentar na

deacutecada de 70 Por esta eacutepoca foi observada a associaccedilatildeo entre valores

anormais dos iacutendices dopplervelocimeacutetricos nas arteacuterias umbilicais (AU) e a

restriccedilatildeo de crescimento fetal (RCF) o sofrimento fetal (SF) e o aumento no

nuacutemero de internaccedilotildees do neonato em unidades de terapia intensiva (6) Desde

entatildeo a dopplervelocimetria tem sido muito estudada para avaliaccedilatildeo das

circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria Por ser meacutetodo natildeo invasivo

tornou-se indispensaacutevel na investigaccedilatildeo do bem-estar fetal e das respostas

hemodinacircmicas do concepto frente a situaccedilotildees que colocam em risco sua

adequada nutriccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo (7-12)

Para avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo fetal (hemodinacircmica fetal) os principais

vasos estudados satildeo a ACM e o DV (13-17)

O fluxo de sangue na ACM em gestaccedilotildees normais eacute anteroacutegrado e

contiacutenuo durante todo o ciclo cardiacuteaco Os valores de IP obtidos neste vaso satildeo

considerados normais quando acima do percentil 5 de intervalos de referecircncia

(18-20) Na hipoxemia fetal (baixa tensatildeo de oxigecircnio no sangue) ocorre

reduccedilatildeo no tocircnus vascular da ACM e consequente queda nos valores de IP

Aleacutem disso a medida da velocidade do sangue no interior da ACM tem sido

utilizada para a suspeiccedilatildeo de anemia fetal tendo em vista que nesta situaccedilatildeo

Introduccedilatildeo 15

haacute reduccedilatildeo da viscosidade do sangue que passa a fluir mais rapidamente no

interior do vaso (21-23)

O DV eacute um vaso que liga o seio portal (comunicaccedilatildeo da porccedilatildeo intra-

hepaacutetica da veia umbilical com o ramo portal esquerdo) agrave veia cava inferior

imediatamente antes de sua conexatildeo com o aacutetrio direito Este vaso direciona

parte do sangue oxigenado que retorna da placenta para as cacircmaras cardiacuteacas

esquerdas atraveacutes do forame oval assegurando adequado aporte de oxigecircnio para

o miocaacuterdio e ceacuterebro Sua avaliaccedilatildeo eacute imprescindiacutevel em gestaccedilotildees de alto risco

principalmente quando a dopplervelocimetria das AU demonstra ausecircncia de

fluxo (diaacutestole zero) ou fluxo reverso (diaacutestole reversa) durante a diaacutestole

cardiacuteaca Nestes casos alteraccedilotildees no padratildeo de fluxo no ducto venoso tecircm

relaccedilatildeo com falecircncia miocaacuterdica e acidemia fetal (2425) O fluxo de sangue no

DV eacute considerado normal quando seu IP estaacute abaixo do percentil 95 de

intervalos de referecircncia (2627)

A avaliaccedilatildeo do padratildeo de fluxo no DV tambeacutem tem importacircncia no

primeiro trimestre da gestaccedilatildeo (entre 11 e 14 semanas de gravidez) ao

contribuir com o caacutelculo de risco para anomalias cromossocircmicas Aleacutem disso

alteraccedilotildees do fluxo no DV neste periacuteodo relacionam-se ao aumento de risco

para cardiopatias congecircnitas (2829)

A circulaccedilatildeo fetoplacentaacuteria pode ser estudada por meio da

dopplervelocimetria nas AU Em gestaccedilotildees normais o fluxo de sangue do feto

para a placenta aumenta gradativamente com IG o que eacute acompanhado por

Introduccedilatildeo 16

progressiva queda nos valores de IP e IR medidos nestes vasos No segundo e

terceiro trimestres da gestaccedilatildeo o fluxo sanguiacuteneo nas AU eacute contiacutenuo e

anteroacutegrado durante todo o ciclo cardiacuteaco Satildeo considerados normais IP e IR

abaixo do percentil 95 de intervalos de referecircncia (30-34)

A dopplervelocimetria das AU pode ser considerada uma avaliaccedilatildeo

indireta da funccedilatildeo placentaacuteria Quando os IP dessas arteacuterias encontram-se abaixo

do 95o percentil dos intervalos de referecircncia sabe-se que pelo menos 70 das

vilosidades placentaacuterias estatildeo funcionando adequadamente Quando os IP

encontram-se acima deste limite haacute comprometimento da funccedilatildeo de 30 a 50

das vilosidades Quando ocorre a diaacutestole zero ou reversa mais de 50 e mais

de 70 das vilosidades placentaacuterias encontram-se alteradas respectivamente

(35-37) Assim sendo a dopplervelocimetria das AU tem papel relevante na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal contribuindo para a reduccedilatildeo da mortalidade

perinatal principalmente em casos de restriccedilatildeo de crescimento fetal (38-40)

A avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo uteroplacentaacuteria eacute realizada por intermeacutedio da

dopplervelocimetria das AUT Estas apresentam baixo fluxo diastoacutelico e alta

resistecircncia no primeiro trimestre da gestaccedilatildeo Agrave medida que a invasatildeo

trofoblaacutestica ocorre haacute gradativa queda na resistecircncia ao fluxo no interior desses

vasos Dessa forma principalmente apoacutes a 20a semana de gravidez o padratildeo de

fluxo nas AUT passa a ser de baixa resistecircncia refletindo adequado processo

de implantaccedilatildeo da placenta e portanto apropriado aporte de sangue ao

territoacuterio uteroplacentaacuterio (41)

Introduccedilatildeo 17

O papel da dopplervelocimetria das AUT tem sido muito estudado para o

rastreamento da preacute-eclacircmpsia (PE) e de RCF Sabe-se que 772 das

gestantes que desenvolvem PE precoce (antes de 34 semanas) 438 das que

apresentam RCF precoce e 823 daquelas que apresentam ambas as

complicaccedilotildees tecircm IP meacutedio das AUT acima de 15 na metade da gestaccedilatildeo (entre 20

e 24 semanas) (42) Tambeacutem tem sido demonstrado que IP acima do percentil

95 nestes vasos relacionam-se a maior incidecircncia destas adversidades (43-45)

a interpretaccedilatildeo de cada um dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

mencionados acima (AUT AU ACM e DV) tem sido feita rotineiramente com

base em intervalos de referecircncia transversais todos construiacutedos em outros

paiacuteses (1819)

Cabe aqui um breve comentaacuterio sobre intervalos de referecircncia termo mais

correto a ser aplicado para as chamadas curvas de normalidade Intervalos de

referecircncia para quaisquer medidas podem ser elaborados por meio de estudos

transversais ou longitudinais Os intervalos de referecircncia transversais satildeo obtidos de

avaliaccedilotildees uacutenicas dos participantes do estudo sendo muito apropriados para

investigaccedilatildeo do estado de um indiviacuteduo em determinado momento No entanto

os intervalos de referecircncia longitudinais (ou condicionais) satildeo obtidos por

avaliaccedilotildees sequenciais dos sujeitos da pesquisa Desta forma ao se calcular

um valor em um determinado momento do processo evolutivo cada valor de um

mesmo indiviacuteduo eacute levado em conta de forma condicional para o caacutelculo dos

respectivos valores subsequentes Tecircm portanto a finalidade de demonstrar

Introduccedilatildeo 18

padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo isto eacute como se comportam

determinadas medidas ao longo do tempo em indiviacuteduos normais (46-48)

Na gestaccedilatildeo a vantagem potencial do uso de intervalos de referecircncia

longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria a melhor interpretaccedilatildeo

das alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e provavelmente se beneficiariam de

avaliaccedilotildees seriadas (1331)

No Brasil natildeo se dispotildee dos intervalos de referecircncia longitudinais dos

paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais utilizados na atualidade para avaliaccedilatildeo

das circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria (304950) Portanto pode

ser questionado se o seguimento das gestantes com comprometimento do bem-

estar fetal neste paiacutes estaacute sendo realizado da forma mais adequada possiacutevel

Intervalos de referecircncia longitudinais produzidos em outros paiacuteses (162031)

poderiam ser usados como base para seguimento das gestantes brasileiras No

entanto natildeo se sabe se diferenccedilas eacutetnicas interferem nos valores dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos mencionados

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Objetivos 19

2 Objetivos

21 Objetivo geral

Determinar intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais por meio da avaliaccedilatildeo longitudinal de gestantes

de baixo risco entre a 18a e 40a semanas de gravidez atendidas no Hospital da

Mulher Prof Dr Joseacute Aristodemo Pinotti - Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede

da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP)

22 Objetivos especiacuteficos

Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para os

valores de iacutendices de pulsatilidade dos fluxos nos seguintes vasos

Arteacuteria umbilical

Arteacuteria cerebral meacutedia

Ducto venoso

Arteacuterias uterinas

Publicaccedilatildeo 20

3 Publicaccedilatildeo

Artigo submetido agrave Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Dr Cleisson Fabio Peralta Recebemos o artigo Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos maternofetais protocolado sob nordm 4439 O mesmo encontra-se em anaacutelise Atenciosamente Rosane Apda Cunha Casula Secretaacuteria Executiva da RBGO

(16) 3602-2803

Publicaccedilatildeo 21

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Nelsilene Mota Carvalho Tavares1

Sabrina Girotto Ferreira1

Joatildeo Renato Bennini2

Emiacutelio Francisco Marussi3

Ricardo Barini4

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta5

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) Campinas SP Brasil

1Aluna do Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do

CAISM-UNICAMP

2Meacutedico Assistente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

3Professor Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

4Professor Livre Docente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

5Meacutedico Assistente Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

Correspondecircncia

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta

Departamento de Ginecologia e Obstetriacutecia ndash CAISM - UNICAMP

Rua Alexander Fleming 101 - Cidade Universitaacuteria Zeferino Vaz

Distrito de Baratildeo Geraldo

13083-970 - Campinas SP Brasil

Fone (19) 35219188 Fax (19) 35219331

E-mail cfaperaltagmailcom

Publicaccedilatildeo 22

Resumo

Objetivo Determinar intervalos de referecircncia longitudinais para os valores de

iacutendices de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias umbilicais (AU) cerebral

meacutedia (ACM) e uterinas (AUT) e IP venoso do fluxo no ducto venoso (DV) por

meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Meacutetodos Estudo observacional longitudinal realizado de fevereiro de

2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Professor Doutor Joseacute Aristodemo

Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher Universidade Estadual

de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos quinzenais foram

realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP venoso do DV em

gestantes de baixo risco da 18ordf- 40ordf semanas de gravidez Modelos lineares

mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de referecircncia longitudinais

(percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos mencionados Os IP das porccedilotildees

placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram comparados por meio do

teste T para amostras independentes Valores de p menores do que 005 foram

considerados significativos Resultados Duzentas e trecircs pacientes de baixo

risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e quatro gestantes

concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames ultrassonograacuteficos Houve

reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a idade

gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram IP-

AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = -

026691- (0015414 x IG) IP-AUT = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve

diferenccedila significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e

Publicaccedilatildeo 23

abdominal fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de

referecircncia longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos gestacionais

mais importantes em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser

mais adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica vitalidade fetal

Abstract

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) ) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA MCA DV and UTA DV in low-risk pregnant women between

18-40 weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of these

measurements The PI obtained at the placental and abdominal portions of the

umbilical artery were compared using independent samples T test P values of

less than 005 were considered statistically significant Results Two hundred

and three low-risk pregnancies were included in the study One hundred sixty

four pregnant women completed the study and underwent 1242 scans There

Publicaccedilatildeo 24

was a significant decrease in the PI values of all studied vessels with gestational

age (GA) The equations obtained for the prediction of the medians were as

follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of the PI-MCA =

08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2] Logarithm of the

PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UTA = 12362403 ndash (0014392 x GA)

There was a significant difference between the PI-UA obtained at the abdominal

and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001) Conclusions Longitudinal

reference intervals for the main gestational Doppler parameters were obtained

from a Brazilian cohort These intervals could be more adequate for the follow-

up of materno-fetal haemodynamic modifications in normal and abnormal

pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound fetal well being

Publicaccedilatildeo 25

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Introduccedilatildeo

A dopplervelocimetria tem sido uma das principais ferramentas na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal principalmente por meio da obtenccedilatildeo dos iacutendices

de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias uterinas (AUT) umbilicais (AU)

cerebrais meacutedias (ACM) e no ducto venoso (DV) Estes permitem respectiva

avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees hemodinacircmicas nos territoacuterios vasculares

uteroplacentaacuterio (AUT) e fetoplacentaacuterio (AU ACM e DV)1-6

A interpretaccedilatildeo de cada um desses paracircmetros tem sido feita

rotineiramente com base em intervalos de referecircncia transversais que podem

natildeo refletir de forma adequada as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da

gravidez7-9

Potencial vantagem do uso de intervalos de referecircncia longitudinais

desses paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria uma melhor interpretaccedilatildeo das

alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e necessitam de avaliaccedilotildees

seriadas10-12 Aleacutem disso natildeo sabemos se diferenccedilas eacutetnicas podem interferir

nesses intervalos indisponiacuteveis com dados provenientes de nossa populaccedilatildeo

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Publicaccedilatildeo 26

Meacutetodos

Este foi um estudo observacional descritivo longitudinal realizado no

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) de fevereiro de 2010 a maio de 2012 O

Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) aprovou o projeto e todas as pacientes que aceitaram participar do

estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

As gestantes foram selecionadas entre aquelas encaminhadas do preacute-natal

do CAISM para ultrassonografia Obsteacutetrica Os seguintes criteacuterios foram respeitados

para inclusatildeo no estudo 1) gestaccedilatildeo uacutenica 2) idade gestacional (IG) entre 18 e 24

semanas definida com base na data da uacuteltima menstruaccedilatildeo (quando conhecida) ou

na medida do comprimento ceacutefalo-caudal embriatildeofeto no primeiro trimestre da

gravidez interpretado em intervalos de referecircncia publicados por Robinson amp

Fleming13 3) anatomia fetal normal 4) ausecircncia de alteraccedilotildees placentaacuterias

como placenta preacutevia circunvalada com suspeita de acretismo ou de qualquer tipo

de tumor 5) ausecircncia de alteraccedilotildees no cordatildeo umbilical como nuacutemero alterado

de vasos noacutes tumores ou inserccedilatildeo velamentosa na placenta 6) ausecircncia de

doenccedilas maternas 7) gestantes natildeo usuaacuterias de drogas liacutecitas ou iliacutecitas

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para exclusatildeo de pacientes do

estudo 1) qualquer anormalidade estrutural ou cromossocircmica detectada no

periacuteodo neonatal e que natildeo foi diagnosticada durante a gestaccedilatildeo 2) oacutebito fetal

ou neonatal sem causa determinada 3) impossibilidade de obtenccedilatildeo dos dados

do parto e do receacutem-nascido 4) Apgar de 5ordm minuto menor que 7

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 5: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

iv

Dedico este trabalho

Aos meus pais queridos Antocircnio e Maria

por toda a dedicaccedilatildeo e ensinamentos de vida

Por meio de seus exemplos de amor educaccedilatildeo caraacuteter

trabalho e perseveranccedila tornaram-me uma pessoa de bem

Ao meu esposo Joaquim

pelo amor companheirismo paciecircncia e incentivo iacutempar

para que eu sempre lute pelos meus sonhos

E com seu exemplo

ensinou-me a ser uma pessoa mais forte e confiante

v

Agradecimentos

Agradeccedilo a Deus forccedila esplecircndida em minha vida sempre me fortalecendo e guiando-

me iluminando-me com Sua sabedoria ensinando-me que adversidades do

caminho satildeo aprendizados que nos tornam mais fortes e melhores

Aos Professores Dr Ricardo Barini e Dr Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta pela

oportunidade credibilidade e por toda a atenccedilatildeo dispensada no decorrer da

elaboraccedilatildeo deste trabalho Sem vocecircs natildeo teria aprendido tanto e concluiacutedo esta

etapa

Agrave Coordenadoria de Aperfeiccediloamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES) pela

concessatildeo da bolsa de Mestrado

Ao Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de

Ciecircncias Meacutedicas (FCM- UNICAMP) e agrave coordenaccedilatildeo do curso pela

oportunidade da realizaccedilatildeo deste Mestrado

Ao Professor Dr Emiacutelio Marussi chefe do serviccedilo de ecografia pelo imenso apoio e

ajuda no decorrer desta empreitada

A Dra Cristina Faro assistente do serviccedilo de ecografia pelos ensinamentos amizade e

apoio principalmente nos momentos mais difiacuteceis

Agrave Vanda de Oliveira bibliotecaacuteria pelo seu profissionalismo sempre me assistindo e

colaborando em minhas pesquisas bibliograacuteficas

vi

Sumaacuterio

Siacutembolos Siglas e Abreviaturas vii

Resumo viii

Summary x

1 Introduccedilatildeo 12

2 Objetivos 19

21 Objetivo geral 19

22 Objetivos especiacuteficos 19

3 Publicaccedilatildeo 20

4 Conclusotildees 44

5 Referecircncias Bibliograacuteficas 45

6 Anexos 52

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa 52

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 54

Siacutembolos Siglas e Abreviaturas vii

Siacutembolos Siglas e Abreviaturas

ACM ndash Arteacuteria Cerebral Meacutedia

AU ndash Arteacuteria Umbilical

AUT ndash Arteacuteria Uterina

CAISM ndash Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacuteded Mulher

DV ndash Ducto Venoso

IG ndash Idade Gestacional

IP ndash Iacutendice de Pulsatilidade

IR ndash Iacutendice de Resistecircncia

PE ndash Preacute-Eclacircmpsia

RCF ndash Restriccedilatildeo de Crescimento Fetal

SD ndash Relaccedilatildeo Siacutestole pela Diaacutestole

SF ndash Sofrimento Fetal

UNICAMP ndash Universidade Estadual de Campinas

Resumo viii

Resumo

Objetivos Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os valores de iacutendices de pulsatilidade (IP) nos fluxos da arteacuteria umbilical (AU)

cerebral meacutedia (ACM) ducto venoso (DV) e IP meacutedio das arteacuterias uterinas

(AUT) por meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da

populaccedilatildeo brasileira Meacutetodos Estudo observacional descritivo longitudinal

realizado de fevereiro de 2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Prof Dr

Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher

Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos

quinzenais foram realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP

venoso do DV em gestantes de baixo risco da 18ordf a 40ordf semana de gravidez

Anaacutelise estatiacutestica Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de

intervalos de referecircncia longitudinais (percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos

mencionados Variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas (variaacuteveis

categoacutericas) Os IP das porccedilotildees placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram

comparados por meio do teste T para amostras independentes Valores de p

menores do que 005 foram considerados significativos Resultados Duzentas e

Resumo ix

trecircs gestantes de baixo risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e

quatro gestantes concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames

ultrassonograacuteficos com mediana de oito exames por paciente (limites de 4 a

12) Houve reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a

idade gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram

IP-AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = 026691-

(0015414 x IG) IP-AUt = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve diferenccedila

significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e abdominal

fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de referecircncia

condicionais (longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

gestacionais em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser mais

adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica

Summary x

Summary

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA UTA MCA DV in low-risk pregnant women between 18-40

weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of

these measurements Maternal and perinatal variables were described using

median and range (continuous variables) absolute and relative frequencies

(categorical variables) The PI obtained at the placental and abdominal portions

of the umbilical artery were compared using independent samples T test P

values of less than 005 were considered statistically significant Results Two

hundred and three low-risk pregnancies were included in the study One

hundred sixty four pregnant women completed the study and underwent 1242

scans There was a significant decrease in the PI values of all studied vessels

with gestational age (GA) The equations obtained for the prediction of the

Summary xi

medians were as follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of

the PI-MCA = 08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2]

Logarithm of the PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UtA = 12362403 ndash

(0014392 x GA) There was a significant difference between the PI-UA obtained

at the abdominal and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001)

Conclusions Longitudinal reference intervals for the main gestational Doppler

parameters were obtained from a Brazilian cohort These intervals could be

more adequate for the follow-up of materno-fetal haemodynamic modifications in

normal and abnormal pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound

Introduccedilatildeo 12

1 Introduccedilatildeo

O efeito Doppler eacute um conceito em fiacutesica que significa a mudanccedila de

frequecircncia de uma onda quando emitida ou refletida por um objeto em

movimento em relaccedilatildeo a um observador O nome atribuiacutedo ao fenocircmeno

homenageia o fiacutesico austriacuteaco Johann Christian Andreacuteas Doppler que o

descreveu pela primeira vez em 1842(1)

A funccedilatildeo Doppler do equipamento de ultrassonografia utiliza mudanccedilas

de frequecircncia do ultrassom para estimar velocidades do sangue no interior dos

vasos Desta forma diferentes velocidades relacionadas a fases distintas em

um mesmo ciclo cardiacuteaco podem ser obtidas e utilizadas para o caacutelculo de

iacutendices Estes satildeo paracircmetros hemodinacircmicos obtidos em locais especiacuteficos do

leito vascular Os mais utilizados em Obstetriacutecia tecircm sido (Figura 1) (2-5)

Introduccedilatildeo 13

Figura 1 - Iacutendices dopplervelocimeacutetricos mais utilizados em Obstetriacutecia

a) Iacutendice de pulsatilidade (IP) ndash descrito por Gosling et al em 1975 definido

como a relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade

diastoacutelica final pela velocidade meacutedia (IP= S-DVM)

b) Iacutendice de resistecircncia (IR) ndash descrito por Pourcelot em 1974 definido como a

relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade diastoacutelica

final pela velocidade sistoacutelica maacutexima (IR= S-D-S)

c) Relaccedilatildeo siacutestole por diaacutestole ndash descrita por Stuart et al em 1990 definida

como a divisatildeo da velocidade sistoacutelica maacutexima pela velocidade diastoacutelica

final (SD)

Os iacutendices dopplervelocimeacutetricos avaliam o comportamento do fluxo

sanguiacuteneo no decorrer do ciclo cardiacuteaco O IP e o IR avaliam diretamente a

Introduccedilatildeo 14

impedacircncia definida como a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de entrada e a velocidade

de fluxo em um local especiacutefico no leito vascular (2-5)

A importacircncia do uso do Doppler em Obstetriacutecia comeccedilou a aumentar na

deacutecada de 70 Por esta eacutepoca foi observada a associaccedilatildeo entre valores

anormais dos iacutendices dopplervelocimeacutetricos nas arteacuterias umbilicais (AU) e a

restriccedilatildeo de crescimento fetal (RCF) o sofrimento fetal (SF) e o aumento no

nuacutemero de internaccedilotildees do neonato em unidades de terapia intensiva (6) Desde

entatildeo a dopplervelocimetria tem sido muito estudada para avaliaccedilatildeo das

circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria Por ser meacutetodo natildeo invasivo

tornou-se indispensaacutevel na investigaccedilatildeo do bem-estar fetal e das respostas

hemodinacircmicas do concepto frente a situaccedilotildees que colocam em risco sua

adequada nutriccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo (7-12)

Para avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo fetal (hemodinacircmica fetal) os principais

vasos estudados satildeo a ACM e o DV (13-17)

O fluxo de sangue na ACM em gestaccedilotildees normais eacute anteroacutegrado e

contiacutenuo durante todo o ciclo cardiacuteaco Os valores de IP obtidos neste vaso satildeo

considerados normais quando acima do percentil 5 de intervalos de referecircncia

(18-20) Na hipoxemia fetal (baixa tensatildeo de oxigecircnio no sangue) ocorre

reduccedilatildeo no tocircnus vascular da ACM e consequente queda nos valores de IP

Aleacutem disso a medida da velocidade do sangue no interior da ACM tem sido

utilizada para a suspeiccedilatildeo de anemia fetal tendo em vista que nesta situaccedilatildeo

Introduccedilatildeo 15

haacute reduccedilatildeo da viscosidade do sangue que passa a fluir mais rapidamente no

interior do vaso (21-23)

O DV eacute um vaso que liga o seio portal (comunicaccedilatildeo da porccedilatildeo intra-

hepaacutetica da veia umbilical com o ramo portal esquerdo) agrave veia cava inferior

imediatamente antes de sua conexatildeo com o aacutetrio direito Este vaso direciona

parte do sangue oxigenado que retorna da placenta para as cacircmaras cardiacuteacas

esquerdas atraveacutes do forame oval assegurando adequado aporte de oxigecircnio para

o miocaacuterdio e ceacuterebro Sua avaliaccedilatildeo eacute imprescindiacutevel em gestaccedilotildees de alto risco

principalmente quando a dopplervelocimetria das AU demonstra ausecircncia de

fluxo (diaacutestole zero) ou fluxo reverso (diaacutestole reversa) durante a diaacutestole

cardiacuteaca Nestes casos alteraccedilotildees no padratildeo de fluxo no ducto venoso tecircm

relaccedilatildeo com falecircncia miocaacuterdica e acidemia fetal (2425) O fluxo de sangue no

DV eacute considerado normal quando seu IP estaacute abaixo do percentil 95 de

intervalos de referecircncia (2627)

A avaliaccedilatildeo do padratildeo de fluxo no DV tambeacutem tem importacircncia no

primeiro trimestre da gestaccedilatildeo (entre 11 e 14 semanas de gravidez) ao

contribuir com o caacutelculo de risco para anomalias cromossocircmicas Aleacutem disso

alteraccedilotildees do fluxo no DV neste periacuteodo relacionam-se ao aumento de risco

para cardiopatias congecircnitas (2829)

A circulaccedilatildeo fetoplacentaacuteria pode ser estudada por meio da

dopplervelocimetria nas AU Em gestaccedilotildees normais o fluxo de sangue do feto

para a placenta aumenta gradativamente com IG o que eacute acompanhado por

Introduccedilatildeo 16

progressiva queda nos valores de IP e IR medidos nestes vasos No segundo e

terceiro trimestres da gestaccedilatildeo o fluxo sanguiacuteneo nas AU eacute contiacutenuo e

anteroacutegrado durante todo o ciclo cardiacuteaco Satildeo considerados normais IP e IR

abaixo do percentil 95 de intervalos de referecircncia (30-34)

A dopplervelocimetria das AU pode ser considerada uma avaliaccedilatildeo

indireta da funccedilatildeo placentaacuteria Quando os IP dessas arteacuterias encontram-se abaixo

do 95o percentil dos intervalos de referecircncia sabe-se que pelo menos 70 das

vilosidades placentaacuterias estatildeo funcionando adequadamente Quando os IP

encontram-se acima deste limite haacute comprometimento da funccedilatildeo de 30 a 50

das vilosidades Quando ocorre a diaacutestole zero ou reversa mais de 50 e mais

de 70 das vilosidades placentaacuterias encontram-se alteradas respectivamente

(35-37) Assim sendo a dopplervelocimetria das AU tem papel relevante na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal contribuindo para a reduccedilatildeo da mortalidade

perinatal principalmente em casos de restriccedilatildeo de crescimento fetal (38-40)

A avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo uteroplacentaacuteria eacute realizada por intermeacutedio da

dopplervelocimetria das AUT Estas apresentam baixo fluxo diastoacutelico e alta

resistecircncia no primeiro trimestre da gestaccedilatildeo Agrave medida que a invasatildeo

trofoblaacutestica ocorre haacute gradativa queda na resistecircncia ao fluxo no interior desses

vasos Dessa forma principalmente apoacutes a 20a semana de gravidez o padratildeo de

fluxo nas AUT passa a ser de baixa resistecircncia refletindo adequado processo

de implantaccedilatildeo da placenta e portanto apropriado aporte de sangue ao

territoacuterio uteroplacentaacuterio (41)

Introduccedilatildeo 17

O papel da dopplervelocimetria das AUT tem sido muito estudado para o

rastreamento da preacute-eclacircmpsia (PE) e de RCF Sabe-se que 772 das

gestantes que desenvolvem PE precoce (antes de 34 semanas) 438 das que

apresentam RCF precoce e 823 daquelas que apresentam ambas as

complicaccedilotildees tecircm IP meacutedio das AUT acima de 15 na metade da gestaccedilatildeo (entre 20

e 24 semanas) (42) Tambeacutem tem sido demonstrado que IP acima do percentil

95 nestes vasos relacionam-se a maior incidecircncia destas adversidades (43-45)

a interpretaccedilatildeo de cada um dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

mencionados acima (AUT AU ACM e DV) tem sido feita rotineiramente com

base em intervalos de referecircncia transversais todos construiacutedos em outros

paiacuteses (1819)

Cabe aqui um breve comentaacuterio sobre intervalos de referecircncia termo mais

correto a ser aplicado para as chamadas curvas de normalidade Intervalos de

referecircncia para quaisquer medidas podem ser elaborados por meio de estudos

transversais ou longitudinais Os intervalos de referecircncia transversais satildeo obtidos de

avaliaccedilotildees uacutenicas dos participantes do estudo sendo muito apropriados para

investigaccedilatildeo do estado de um indiviacuteduo em determinado momento No entanto

os intervalos de referecircncia longitudinais (ou condicionais) satildeo obtidos por

avaliaccedilotildees sequenciais dos sujeitos da pesquisa Desta forma ao se calcular

um valor em um determinado momento do processo evolutivo cada valor de um

mesmo indiviacuteduo eacute levado em conta de forma condicional para o caacutelculo dos

respectivos valores subsequentes Tecircm portanto a finalidade de demonstrar

Introduccedilatildeo 18

padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo isto eacute como se comportam

determinadas medidas ao longo do tempo em indiviacuteduos normais (46-48)

Na gestaccedilatildeo a vantagem potencial do uso de intervalos de referecircncia

longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria a melhor interpretaccedilatildeo

das alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e provavelmente se beneficiariam de

avaliaccedilotildees seriadas (1331)

No Brasil natildeo se dispotildee dos intervalos de referecircncia longitudinais dos

paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais utilizados na atualidade para avaliaccedilatildeo

das circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria (304950) Portanto pode

ser questionado se o seguimento das gestantes com comprometimento do bem-

estar fetal neste paiacutes estaacute sendo realizado da forma mais adequada possiacutevel

Intervalos de referecircncia longitudinais produzidos em outros paiacuteses (162031)

poderiam ser usados como base para seguimento das gestantes brasileiras No

entanto natildeo se sabe se diferenccedilas eacutetnicas interferem nos valores dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos mencionados

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Objetivos 19

2 Objetivos

21 Objetivo geral

Determinar intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais por meio da avaliaccedilatildeo longitudinal de gestantes

de baixo risco entre a 18a e 40a semanas de gravidez atendidas no Hospital da

Mulher Prof Dr Joseacute Aristodemo Pinotti - Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede

da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP)

22 Objetivos especiacuteficos

Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para os

valores de iacutendices de pulsatilidade dos fluxos nos seguintes vasos

Arteacuteria umbilical

Arteacuteria cerebral meacutedia

Ducto venoso

Arteacuterias uterinas

Publicaccedilatildeo 20

3 Publicaccedilatildeo

Artigo submetido agrave Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Dr Cleisson Fabio Peralta Recebemos o artigo Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos maternofetais protocolado sob nordm 4439 O mesmo encontra-se em anaacutelise Atenciosamente Rosane Apda Cunha Casula Secretaacuteria Executiva da RBGO

(16) 3602-2803

Publicaccedilatildeo 21

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Nelsilene Mota Carvalho Tavares1

Sabrina Girotto Ferreira1

Joatildeo Renato Bennini2

Emiacutelio Francisco Marussi3

Ricardo Barini4

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta5

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) Campinas SP Brasil

1Aluna do Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do

CAISM-UNICAMP

2Meacutedico Assistente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

3Professor Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

4Professor Livre Docente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

5Meacutedico Assistente Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

Correspondecircncia

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta

Departamento de Ginecologia e Obstetriacutecia ndash CAISM - UNICAMP

Rua Alexander Fleming 101 - Cidade Universitaacuteria Zeferino Vaz

Distrito de Baratildeo Geraldo

13083-970 - Campinas SP Brasil

Fone (19) 35219188 Fax (19) 35219331

E-mail cfaperaltagmailcom

Publicaccedilatildeo 22

Resumo

Objetivo Determinar intervalos de referecircncia longitudinais para os valores de

iacutendices de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias umbilicais (AU) cerebral

meacutedia (ACM) e uterinas (AUT) e IP venoso do fluxo no ducto venoso (DV) por

meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Meacutetodos Estudo observacional longitudinal realizado de fevereiro de

2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Professor Doutor Joseacute Aristodemo

Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher Universidade Estadual

de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos quinzenais foram

realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP venoso do DV em

gestantes de baixo risco da 18ordf- 40ordf semanas de gravidez Modelos lineares

mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de referecircncia longitudinais

(percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos mencionados Os IP das porccedilotildees

placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram comparados por meio do

teste T para amostras independentes Valores de p menores do que 005 foram

considerados significativos Resultados Duzentas e trecircs pacientes de baixo

risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e quatro gestantes

concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames ultrassonograacuteficos Houve

reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a idade

gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram IP-

AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = -

026691- (0015414 x IG) IP-AUT = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve

diferenccedila significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e

Publicaccedilatildeo 23

abdominal fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de

referecircncia longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos gestacionais

mais importantes em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser

mais adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica vitalidade fetal

Abstract

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) ) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA MCA DV and UTA DV in low-risk pregnant women between

18-40 weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of these

measurements The PI obtained at the placental and abdominal portions of the

umbilical artery were compared using independent samples T test P values of

less than 005 were considered statistically significant Results Two hundred

and three low-risk pregnancies were included in the study One hundred sixty

four pregnant women completed the study and underwent 1242 scans There

Publicaccedilatildeo 24

was a significant decrease in the PI values of all studied vessels with gestational

age (GA) The equations obtained for the prediction of the medians were as

follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of the PI-MCA =

08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2] Logarithm of the

PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UTA = 12362403 ndash (0014392 x GA)

There was a significant difference between the PI-UA obtained at the abdominal

and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001) Conclusions Longitudinal

reference intervals for the main gestational Doppler parameters were obtained

from a Brazilian cohort These intervals could be more adequate for the follow-

up of materno-fetal haemodynamic modifications in normal and abnormal

pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound fetal well being

Publicaccedilatildeo 25

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Introduccedilatildeo

A dopplervelocimetria tem sido uma das principais ferramentas na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal principalmente por meio da obtenccedilatildeo dos iacutendices

de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias uterinas (AUT) umbilicais (AU)

cerebrais meacutedias (ACM) e no ducto venoso (DV) Estes permitem respectiva

avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees hemodinacircmicas nos territoacuterios vasculares

uteroplacentaacuterio (AUT) e fetoplacentaacuterio (AU ACM e DV)1-6

A interpretaccedilatildeo de cada um desses paracircmetros tem sido feita

rotineiramente com base em intervalos de referecircncia transversais que podem

natildeo refletir de forma adequada as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da

gravidez7-9

Potencial vantagem do uso de intervalos de referecircncia longitudinais

desses paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria uma melhor interpretaccedilatildeo das

alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e necessitam de avaliaccedilotildees

seriadas10-12 Aleacutem disso natildeo sabemos se diferenccedilas eacutetnicas podem interferir

nesses intervalos indisponiacuteveis com dados provenientes de nossa populaccedilatildeo

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Publicaccedilatildeo 26

Meacutetodos

Este foi um estudo observacional descritivo longitudinal realizado no

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) de fevereiro de 2010 a maio de 2012 O

Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) aprovou o projeto e todas as pacientes que aceitaram participar do

estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

As gestantes foram selecionadas entre aquelas encaminhadas do preacute-natal

do CAISM para ultrassonografia Obsteacutetrica Os seguintes criteacuterios foram respeitados

para inclusatildeo no estudo 1) gestaccedilatildeo uacutenica 2) idade gestacional (IG) entre 18 e 24

semanas definida com base na data da uacuteltima menstruaccedilatildeo (quando conhecida) ou

na medida do comprimento ceacutefalo-caudal embriatildeofeto no primeiro trimestre da

gravidez interpretado em intervalos de referecircncia publicados por Robinson amp

Fleming13 3) anatomia fetal normal 4) ausecircncia de alteraccedilotildees placentaacuterias

como placenta preacutevia circunvalada com suspeita de acretismo ou de qualquer tipo

de tumor 5) ausecircncia de alteraccedilotildees no cordatildeo umbilical como nuacutemero alterado

de vasos noacutes tumores ou inserccedilatildeo velamentosa na placenta 6) ausecircncia de

doenccedilas maternas 7) gestantes natildeo usuaacuterias de drogas liacutecitas ou iliacutecitas

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para exclusatildeo de pacientes do

estudo 1) qualquer anormalidade estrutural ou cromossocircmica detectada no

periacuteodo neonatal e que natildeo foi diagnosticada durante a gestaccedilatildeo 2) oacutebito fetal

ou neonatal sem causa determinada 3) impossibilidade de obtenccedilatildeo dos dados

do parto e do receacutem-nascido 4) Apgar de 5ordm minuto menor que 7

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 6: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

v

Agradecimentos

Agradeccedilo a Deus forccedila esplecircndida em minha vida sempre me fortalecendo e guiando-

me iluminando-me com Sua sabedoria ensinando-me que adversidades do

caminho satildeo aprendizados que nos tornam mais fortes e melhores

Aos Professores Dr Ricardo Barini e Dr Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta pela

oportunidade credibilidade e por toda a atenccedilatildeo dispensada no decorrer da

elaboraccedilatildeo deste trabalho Sem vocecircs natildeo teria aprendido tanto e concluiacutedo esta

etapa

Agrave Coordenadoria de Aperfeiccediloamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES) pela

concessatildeo da bolsa de Mestrado

Ao Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de

Ciecircncias Meacutedicas (FCM- UNICAMP) e agrave coordenaccedilatildeo do curso pela

oportunidade da realizaccedilatildeo deste Mestrado

Ao Professor Dr Emiacutelio Marussi chefe do serviccedilo de ecografia pelo imenso apoio e

ajuda no decorrer desta empreitada

A Dra Cristina Faro assistente do serviccedilo de ecografia pelos ensinamentos amizade e

apoio principalmente nos momentos mais difiacuteceis

Agrave Vanda de Oliveira bibliotecaacuteria pelo seu profissionalismo sempre me assistindo e

colaborando em minhas pesquisas bibliograacuteficas

vi

Sumaacuterio

Siacutembolos Siglas e Abreviaturas vii

Resumo viii

Summary x

1 Introduccedilatildeo 12

2 Objetivos 19

21 Objetivo geral 19

22 Objetivos especiacuteficos 19

3 Publicaccedilatildeo 20

4 Conclusotildees 44

5 Referecircncias Bibliograacuteficas 45

6 Anexos 52

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa 52

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 54

Siacutembolos Siglas e Abreviaturas vii

Siacutembolos Siglas e Abreviaturas

ACM ndash Arteacuteria Cerebral Meacutedia

AU ndash Arteacuteria Umbilical

AUT ndash Arteacuteria Uterina

CAISM ndash Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacuteded Mulher

DV ndash Ducto Venoso

IG ndash Idade Gestacional

IP ndash Iacutendice de Pulsatilidade

IR ndash Iacutendice de Resistecircncia

PE ndash Preacute-Eclacircmpsia

RCF ndash Restriccedilatildeo de Crescimento Fetal

SD ndash Relaccedilatildeo Siacutestole pela Diaacutestole

SF ndash Sofrimento Fetal

UNICAMP ndash Universidade Estadual de Campinas

Resumo viii

Resumo

Objetivos Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os valores de iacutendices de pulsatilidade (IP) nos fluxos da arteacuteria umbilical (AU)

cerebral meacutedia (ACM) ducto venoso (DV) e IP meacutedio das arteacuterias uterinas

(AUT) por meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da

populaccedilatildeo brasileira Meacutetodos Estudo observacional descritivo longitudinal

realizado de fevereiro de 2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Prof Dr

Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher

Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos

quinzenais foram realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP

venoso do DV em gestantes de baixo risco da 18ordf a 40ordf semana de gravidez

Anaacutelise estatiacutestica Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de

intervalos de referecircncia longitudinais (percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos

mencionados Variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas (variaacuteveis

categoacutericas) Os IP das porccedilotildees placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram

comparados por meio do teste T para amostras independentes Valores de p

menores do que 005 foram considerados significativos Resultados Duzentas e

Resumo ix

trecircs gestantes de baixo risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e

quatro gestantes concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames

ultrassonograacuteficos com mediana de oito exames por paciente (limites de 4 a

12) Houve reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a

idade gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram

IP-AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = 026691-

(0015414 x IG) IP-AUt = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve diferenccedila

significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e abdominal

fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de referecircncia

condicionais (longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

gestacionais em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser mais

adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica

Summary x

Summary

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA UTA MCA DV in low-risk pregnant women between 18-40

weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of

these measurements Maternal and perinatal variables were described using

median and range (continuous variables) absolute and relative frequencies

(categorical variables) The PI obtained at the placental and abdominal portions

of the umbilical artery were compared using independent samples T test P

values of less than 005 were considered statistically significant Results Two

hundred and three low-risk pregnancies were included in the study One

hundred sixty four pregnant women completed the study and underwent 1242

scans There was a significant decrease in the PI values of all studied vessels

with gestational age (GA) The equations obtained for the prediction of the

Summary xi

medians were as follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of

the PI-MCA = 08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2]

Logarithm of the PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UtA = 12362403 ndash

(0014392 x GA) There was a significant difference between the PI-UA obtained

at the abdominal and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001)

Conclusions Longitudinal reference intervals for the main gestational Doppler

parameters were obtained from a Brazilian cohort These intervals could be

more adequate for the follow-up of materno-fetal haemodynamic modifications in

normal and abnormal pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound

Introduccedilatildeo 12

1 Introduccedilatildeo

O efeito Doppler eacute um conceito em fiacutesica que significa a mudanccedila de

frequecircncia de uma onda quando emitida ou refletida por um objeto em

movimento em relaccedilatildeo a um observador O nome atribuiacutedo ao fenocircmeno

homenageia o fiacutesico austriacuteaco Johann Christian Andreacuteas Doppler que o

descreveu pela primeira vez em 1842(1)

A funccedilatildeo Doppler do equipamento de ultrassonografia utiliza mudanccedilas

de frequecircncia do ultrassom para estimar velocidades do sangue no interior dos

vasos Desta forma diferentes velocidades relacionadas a fases distintas em

um mesmo ciclo cardiacuteaco podem ser obtidas e utilizadas para o caacutelculo de

iacutendices Estes satildeo paracircmetros hemodinacircmicos obtidos em locais especiacuteficos do

leito vascular Os mais utilizados em Obstetriacutecia tecircm sido (Figura 1) (2-5)

Introduccedilatildeo 13

Figura 1 - Iacutendices dopplervelocimeacutetricos mais utilizados em Obstetriacutecia

a) Iacutendice de pulsatilidade (IP) ndash descrito por Gosling et al em 1975 definido

como a relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade

diastoacutelica final pela velocidade meacutedia (IP= S-DVM)

b) Iacutendice de resistecircncia (IR) ndash descrito por Pourcelot em 1974 definido como a

relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade diastoacutelica

final pela velocidade sistoacutelica maacutexima (IR= S-D-S)

c) Relaccedilatildeo siacutestole por diaacutestole ndash descrita por Stuart et al em 1990 definida

como a divisatildeo da velocidade sistoacutelica maacutexima pela velocidade diastoacutelica

final (SD)

Os iacutendices dopplervelocimeacutetricos avaliam o comportamento do fluxo

sanguiacuteneo no decorrer do ciclo cardiacuteaco O IP e o IR avaliam diretamente a

Introduccedilatildeo 14

impedacircncia definida como a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de entrada e a velocidade

de fluxo em um local especiacutefico no leito vascular (2-5)

A importacircncia do uso do Doppler em Obstetriacutecia comeccedilou a aumentar na

deacutecada de 70 Por esta eacutepoca foi observada a associaccedilatildeo entre valores

anormais dos iacutendices dopplervelocimeacutetricos nas arteacuterias umbilicais (AU) e a

restriccedilatildeo de crescimento fetal (RCF) o sofrimento fetal (SF) e o aumento no

nuacutemero de internaccedilotildees do neonato em unidades de terapia intensiva (6) Desde

entatildeo a dopplervelocimetria tem sido muito estudada para avaliaccedilatildeo das

circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria Por ser meacutetodo natildeo invasivo

tornou-se indispensaacutevel na investigaccedilatildeo do bem-estar fetal e das respostas

hemodinacircmicas do concepto frente a situaccedilotildees que colocam em risco sua

adequada nutriccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo (7-12)

Para avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo fetal (hemodinacircmica fetal) os principais

vasos estudados satildeo a ACM e o DV (13-17)

O fluxo de sangue na ACM em gestaccedilotildees normais eacute anteroacutegrado e

contiacutenuo durante todo o ciclo cardiacuteaco Os valores de IP obtidos neste vaso satildeo

considerados normais quando acima do percentil 5 de intervalos de referecircncia

(18-20) Na hipoxemia fetal (baixa tensatildeo de oxigecircnio no sangue) ocorre

reduccedilatildeo no tocircnus vascular da ACM e consequente queda nos valores de IP

Aleacutem disso a medida da velocidade do sangue no interior da ACM tem sido

utilizada para a suspeiccedilatildeo de anemia fetal tendo em vista que nesta situaccedilatildeo

Introduccedilatildeo 15

haacute reduccedilatildeo da viscosidade do sangue que passa a fluir mais rapidamente no

interior do vaso (21-23)

O DV eacute um vaso que liga o seio portal (comunicaccedilatildeo da porccedilatildeo intra-

hepaacutetica da veia umbilical com o ramo portal esquerdo) agrave veia cava inferior

imediatamente antes de sua conexatildeo com o aacutetrio direito Este vaso direciona

parte do sangue oxigenado que retorna da placenta para as cacircmaras cardiacuteacas

esquerdas atraveacutes do forame oval assegurando adequado aporte de oxigecircnio para

o miocaacuterdio e ceacuterebro Sua avaliaccedilatildeo eacute imprescindiacutevel em gestaccedilotildees de alto risco

principalmente quando a dopplervelocimetria das AU demonstra ausecircncia de

fluxo (diaacutestole zero) ou fluxo reverso (diaacutestole reversa) durante a diaacutestole

cardiacuteaca Nestes casos alteraccedilotildees no padratildeo de fluxo no ducto venoso tecircm

relaccedilatildeo com falecircncia miocaacuterdica e acidemia fetal (2425) O fluxo de sangue no

DV eacute considerado normal quando seu IP estaacute abaixo do percentil 95 de

intervalos de referecircncia (2627)

A avaliaccedilatildeo do padratildeo de fluxo no DV tambeacutem tem importacircncia no

primeiro trimestre da gestaccedilatildeo (entre 11 e 14 semanas de gravidez) ao

contribuir com o caacutelculo de risco para anomalias cromossocircmicas Aleacutem disso

alteraccedilotildees do fluxo no DV neste periacuteodo relacionam-se ao aumento de risco

para cardiopatias congecircnitas (2829)

A circulaccedilatildeo fetoplacentaacuteria pode ser estudada por meio da

dopplervelocimetria nas AU Em gestaccedilotildees normais o fluxo de sangue do feto

para a placenta aumenta gradativamente com IG o que eacute acompanhado por

Introduccedilatildeo 16

progressiva queda nos valores de IP e IR medidos nestes vasos No segundo e

terceiro trimestres da gestaccedilatildeo o fluxo sanguiacuteneo nas AU eacute contiacutenuo e

anteroacutegrado durante todo o ciclo cardiacuteaco Satildeo considerados normais IP e IR

abaixo do percentil 95 de intervalos de referecircncia (30-34)

A dopplervelocimetria das AU pode ser considerada uma avaliaccedilatildeo

indireta da funccedilatildeo placentaacuteria Quando os IP dessas arteacuterias encontram-se abaixo

do 95o percentil dos intervalos de referecircncia sabe-se que pelo menos 70 das

vilosidades placentaacuterias estatildeo funcionando adequadamente Quando os IP

encontram-se acima deste limite haacute comprometimento da funccedilatildeo de 30 a 50

das vilosidades Quando ocorre a diaacutestole zero ou reversa mais de 50 e mais

de 70 das vilosidades placentaacuterias encontram-se alteradas respectivamente

(35-37) Assim sendo a dopplervelocimetria das AU tem papel relevante na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal contribuindo para a reduccedilatildeo da mortalidade

perinatal principalmente em casos de restriccedilatildeo de crescimento fetal (38-40)

A avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo uteroplacentaacuteria eacute realizada por intermeacutedio da

dopplervelocimetria das AUT Estas apresentam baixo fluxo diastoacutelico e alta

resistecircncia no primeiro trimestre da gestaccedilatildeo Agrave medida que a invasatildeo

trofoblaacutestica ocorre haacute gradativa queda na resistecircncia ao fluxo no interior desses

vasos Dessa forma principalmente apoacutes a 20a semana de gravidez o padratildeo de

fluxo nas AUT passa a ser de baixa resistecircncia refletindo adequado processo

de implantaccedilatildeo da placenta e portanto apropriado aporte de sangue ao

territoacuterio uteroplacentaacuterio (41)

Introduccedilatildeo 17

O papel da dopplervelocimetria das AUT tem sido muito estudado para o

rastreamento da preacute-eclacircmpsia (PE) e de RCF Sabe-se que 772 das

gestantes que desenvolvem PE precoce (antes de 34 semanas) 438 das que

apresentam RCF precoce e 823 daquelas que apresentam ambas as

complicaccedilotildees tecircm IP meacutedio das AUT acima de 15 na metade da gestaccedilatildeo (entre 20

e 24 semanas) (42) Tambeacutem tem sido demonstrado que IP acima do percentil

95 nestes vasos relacionam-se a maior incidecircncia destas adversidades (43-45)

a interpretaccedilatildeo de cada um dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

mencionados acima (AUT AU ACM e DV) tem sido feita rotineiramente com

base em intervalos de referecircncia transversais todos construiacutedos em outros

paiacuteses (1819)

Cabe aqui um breve comentaacuterio sobre intervalos de referecircncia termo mais

correto a ser aplicado para as chamadas curvas de normalidade Intervalos de

referecircncia para quaisquer medidas podem ser elaborados por meio de estudos

transversais ou longitudinais Os intervalos de referecircncia transversais satildeo obtidos de

avaliaccedilotildees uacutenicas dos participantes do estudo sendo muito apropriados para

investigaccedilatildeo do estado de um indiviacuteduo em determinado momento No entanto

os intervalos de referecircncia longitudinais (ou condicionais) satildeo obtidos por

avaliaccedilotildees sequenciais dos sujeitos da pesquisa Desta forma ao se calcular

um valor em um determinado momento do processo evolutivo cada valor de um

mesmo indiviacuteduo eacute levado em conta de forma condicional para o caacutelculo dos

respectivos valores subsequentes Tecircm portanto a finalidade de demonstrar

Introduccedilatildeo 18

padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo isto eacute como se comportam

determinadas medidas ao longo do tempo em indiviacuteduos normais (46-48)

Na gestaccedilatildeo a vantagem potencial do uso de intervalos de referecircncia

longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria a melhor interpretaccedilatildeo

das alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e provavelmente se beneficiariam de

avaliaccedilotildees seriadas (1331)

No Brasil natildeo se dispotildee dos intervalos de referecircncia longitudinais dos

paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais utilizados na atualidade para avaliaccedilatildeo

das circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria (304950) Portanto pode

ser questionado se o seguimento das gestantes com comprometimento do bem-

estar fetal neste paiacutes estaacute sendo realizado da forma mais adequada possiacutevel

Intervalos de referecircncia longitudinais produzidos em outros paiacuteses (162031)

poderiam ser usados como base para seguimento das gestantes brasileiras No

entanto natildeo se sabe se diferenccedilas eacutetnicas interferem nos valores dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos mencionados

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Objetivos 19

2 Objetivos

21 Objetivo geral

Determinar intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais por meio da avaliaccedilatildeo longitudinal de gestantes

de baixo risco entre a 18a e 40a semanas de gravidez atendidas no Hospital da

Mulher Prof Dr Joseacute Aristodemo Pinotti - Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede

da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP)

22 Objetivos especiacuteficos

Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para os

valores de iacutendices de pulsatilidade dos fluxos nos seguintes vasos

Arteacuteria umbilical

Arteacuteria cerebral meacutedia

Ducto venoso

Arteacuterias uterinas

Publicaccedilatildeo 20

3 Publicaccedilatildeo

Artigo submetido agrave Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Dr Cleisson Fabio Peralta Recebemos o artigo Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos maternofetais protocolado sob nordm 4439 O mesmo encontra-se em anaacutelise Atenciosamente Rosane Apda Cunha Casula Secretaacuteria Executiva da RBGO

(16) 3602-2803

Publicaccedilatildeo 21

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Nelsilene Mota Carvalho Tavares1

Sabrina Girotto Ferreira1

Joatildeo Renato Bennini2

Emiacutelio Francisco Marussi3

Ricardo Barini4

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta5

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) Campinas SP Brasil

1Aluna do Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do

CAISM-UNICAMP

2Meacutedico Assistente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

3Professor Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

4Professor Livre Docente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

5Meacutedico Assistente Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

Correspondecircncia

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta

Departamento de Ginecologia e Obstetriacutecia ndash CAISM - UNICAMP

Rua Alexander Fleming 101 - Cidade Universitaacuteria Zeferino Vaz

Distrito de Baratildeo Geraldo

13083-970 - Campinas SP Brasil

Fone (19) 35219188 Fax (19) 35219331

E-mail cfaperaltagmailcom

Publicaccedilatildeo 22

Resumo

Objetivo Determinar intervalos de referecircncia longitudinais para os valores de

iacutendices de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias umbilicais (AU) cerebral

meacutedia (ACM) e uterinas (AUT) e IP venoso do fluxo no ducto venoso (DV) por

meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Meacutetodos Estudo observacional longitudinal realizado de fevereiro de

2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Professor Doutor Joseacute Aristodemo

Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher Universidade Estadual

de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos quinzenais foram

realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP venoso do DV em

gestantes de baixo risco da 18ordf- 40ordf semanas de gravidez Modelos lineares

mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de referecircncia longitudinais

(percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos mencionados Os IP das porccedilotildees

placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram comparados por meio do

teste T para amostras independentes Valores de p menores do que 005 foram

considerados significativos Resultados Duzentas e trecircs pacientes de baixo

risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e quatro gestantes

concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames ultrassonograacuteficos Houve

reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a idade

gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram IP-

AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = -

026691- (0015414 x IG) IP-AUT = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve

diferenccedila significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e

Publicaccedilatildeo 23

abdominal fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de

referecircncia longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos gestacionais

mais importantes em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser

mais adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica vitalidade fetal

Abstract

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) ) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA MCA DV and UTA DV in low-risk pregnant women between

18-40 weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of these

measurements The PI obtained at the placental and abdominal portions of the

umbilical artery were compared using independent samples T test P values of

less than 005 were considered statistically significant Results Two hundred

and three low-risk pregnancies were included in the study One hundred sixty

four pregnant women completed the study and underwent 1242 scans There

Publicaccedilatildeo 24

was a significant decrease in the PI values of all studied vessels with gestational

age (GA) The equations obtained for the prediction of the medians were as

follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of the PI-MCA =

08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2] Logarithm of the

PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UTA = 12362403 ndash (0014392 x GA)

There was a significant difference between the PI-UA obtained at the abdominal

and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001) Conclusions Longitudinal

reference intervals for the main gestational Doppler parameters were obtained

from a Brazilian cohort These intervals could be more adequate for the follow-

up of materno-fetal haemodynamic modifications in normal and abnormal

pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound fetal well being

Publicaccedilatildeo 25

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Introduccedilatildeo

A dopplervelocimetria tem sido uma das principais ferramentas na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal principalmente por meio da obtenccedilatildeo dos iacutendices

de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias uterinas (AUT) umbilicais (AU)

cerebrais meacutedias (ACM) e no ducto venoso (DV) Estes permitem respectiva

avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees hemodinacircmicas nos territoacuterios vasculares

uteroplacentaacuterio (AUT) e fetoplacentaacuterio (AU ACM e DV)1-6

A interpretaccedilatildeo de cada um desses paracircmetros tem sido feita

rotineiramente com base em intervalos de referecircncia transversais que podem

natildeo refletir de forma adequada as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da

gravidez7-9

Potencial vantagem do uso de intervalos de referecircncia longitudinais

desses paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria uma melhor interpretaccedilatildeo das

alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e necessitam de avaliaccedilotildees

seriadas10-12 Aleacutem disso natildeo sabemos se diferenccedilas eacutetnicas podem interferir

nesses intervalos indisponiacuteveis com dados provenientes de nossa populaccedilatildeo

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Publicaccedilatildeo 26

Meacutetodos

Este foi um estudo observacional descritivo longitudinal realizado no

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) de fevereiro de 2010 a maio de 2012 O

Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) aprovou o projeto e todas as pacientes que aceitaram participar do

estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

As gestantes foram selecionadas entre aquelas encaminhadas do preacute-natal

do CAISM para ultrassonografia Obsteacutetrica Os seguintes criteacuterios foram respeitados

para inclusatildeo no estudo 1) gestaccedilatildeo uacutenica 2) idade gestacional (IG) entre 18 e 24

semanas definida com base na data da uacuteltima menstruaccedilatildeo (quando conhecida) ou

na medida do comprimento ceacutefalo-caudal embriatildeofeto no primeiro trimestre da

gravidez interpretado em intervalos de referecircncia publicados por Robinson amp

Fleming13 3) anatomia fetal normal 4) ausecircncia de alteraccedilotildees placentaacuterias

como placenta preacutevia circunvalada com suspeita de acretismo ou de qualquer tipo

de tumor 5) ausecircncia de alteraccedilotildees no cordatildeo umbilical como nuacutemero alterado

de vasos noacutes tumores ou inserccedilatildeo velamentosa na placenta 6) ausecircncia de

doenccedilas maternas 7) gestantes natildeo usuaacuterias de drogas liacutecitas ou iliacutecitas

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para exclusatildeo de pacientes do

estudo 1) qualquer anormalidade estrutural ou cromossocircmica detectada no

periacuteodo neonatal e que natildeo foi diagnosticada durante a gestaccedilatildeo 2) oacutebito fetal

ou neonatal sem causa determinada 3) impossibilidade de obtenccedilatildeo dos dados

do parto e do receacutem-nascido 4) Apgar de 5ordm minuto menor que 7

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 7: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

vi

Sumaacuterio

Siacutembolos Siglas e Abreviaturas vii

Resumo viii

Summary x

1 Introduccedilatildeo 12

2 Objetivos 19

21 Objetivo geral 19

22 Objetivos especiacuteficos 19

3 Publicaccedilatildeo 20

4 Conclusotildees 44

5 Referecircncias Bibliograacuteficas 45

6 Anexos 52

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa 52

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 54

Siacutembolos Siglas e Abreviaturas vii

Siacutembolos Siglas e Abreviaturas

ACM ndash Arteacuteria Cerebral Meacutedia

AU ndash Arteacuteria Umbilical

AUT ndash Arteacuteria Uterina

CAISM ndash Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacuteded Mulher

DV ndash Ducto Venoso

IG ndash Idade Gestacional

IP ndash Iacutendice de Pulsatilidade

IR ndash Iacutendice de Resistecircncia

PE ndash Preacute-Eclacircmpsia

RCF ndash Restriccedilatildeo de Crescimento Fetal

SD ndash Relaccedilatildeo Siacutestole pela Diaacutestole

SF ndash Sofrimento Fetal

UNICAMP ndash Universidade Estadual de Campinas

Resumo viii

Resumo

Objetivos Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os valores de iacutendices de pulsatilidade (IP) nos fluxos da arteacuteria umbilical (AU)

cerebral meacutedia (ACM) ducto venoso (DV) e IP meacutedio das arteacuterias uterinas

(AUT) por meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da

populaccedilatildeo brasileira Meacutetodos Estudo observacional descritivo longitudinal

realizado de fevereiro de 2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Prof Dr

Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher

Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos

quinzenais foram realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP

venoso do DV em gestantes de baixo risco da 18ordf a 40ordf semana de gravidez

Anaacutelise estatiacutestica Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de

intervalos de referecircncia longitudinais (percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos

mencionados Variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas (variaacuteveis

categoacutericas) Os IP das porccedilotildees placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram

comparados por meio do teste T para amostras independentes Valores de p

menores do que 005 foram considerados significativos Resultados Duzentas e

Resumo ix

trecircs gestantes de baixo risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e

quatro gestantes concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames

ultrassonograacuteficos com mediana de oito exames por paciente (limites de 4 a

12) Houve reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a

idade gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram

IP-AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = 026691-

(0015414 x IG) IP-AUt = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve diferenccedila

significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e abdominal

fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de referecircncia

condicionais (longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

gestacionais em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser mais

adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica

Summary x

Summary

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA UTA MCA DV in low-risk pregnant women between 18-40

weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of

these measurements Maternal and perinatal variables were described using

median and range (continuous variables) absolute and relative frequencies

(categorical variables) The PI obtained at the placental and abdominal portions

of the umbilical artery were compared using independent samples T test P

values of less than 005 were considered statistically significant Results Two

hundred and three low-risk pregnancies were included in the study One

hundred sixty four pregnant women completed the study and underwent 1242

scans There was a significant decrease in the PI values of all studied vessels

with gestational age (GA) The equations obtained for the prediction of the

Summary xi

medians were as follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of

the PI-MCA = 08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2]

Logarithm of the PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UtA = 12362403 ndash

(0014392 x GA) There was a significant difference between the PI-UA obtained

at the abdominal and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001)

Conclusions Longitudinal reference intervals for the main gestational Doppler

parameters were obtained from a Brazilian cohort These intervals could be

more adequate for the follow-up of materno-fetal haemodynamic modifications in

normal and abnormal pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound

Introduccedilatildeo 12

1 Introduccedilatildeo

O efeito Doppler eacute um conceito em fiacutesica que significa a mudanccedila de

frequecircncia de uma onda quando emitida ou refletida por um objeto em

movimento em relaccedilatildeo a um observador O nome atribuiacutedo ao fenocircmeno

homenageia o fiacutesico austriacuteaco Johann Christian Andreacuteas Doppler que o

descreveu pela primeira vez em 1842(1)

A funccedilatildeo Doppler do equipamento de ultrassonografia utiliza mudanccedilas

de frequecircncia do ultrassom para estimar velocidades do sangue no interior dos

vasos Desta forma diferentes velocidades relacionadas a fases distintas em

um mesmo ciclo cardiacuteaco podem ser obtidas e utilizadas para o caacutelculo de

iacutendices Estes satildeo paracircmetros hemodinacircmicos obtidos em locais especiacuteficos do

leito vascular Os mais utilizados em Obstetriacutecia tecircm sido (Figura 1) (2-5)

Introduccedilatildeo 13

Figura 1 - Iacutendices dopplervelocimeacutetricos mais utilizados em Obstetriacutecia

a) Iacutendice de pulsatilidade (IP) ndash descrito por Gosling et al em 1975 definido

como a relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade

diastoacutelica final pela velocidade meacutedia (IP= S-DVM)

b) Iacutendice de resistecircncia (IR) ndash descrito por Pourcelot em 1974 definido como a

relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade diastoacutelica

final pela velocidade sistoacutelica maacutexima (IR= S-D-S)

c) Relaccedilatildeo siacutestole por diaacutestole ndash descrita por Stuart et al em 1990 definida

como a divisatildeo da velocidade sistoacutelica maacutexima pela velocidade diastoacutelica

final (SD)

Os iacutendices dopplervelocimeacutetricos avaliam o comportamento do fluxo

sanguiacuteneo no decorrer do ciclo cardiacuteaco O IP e o IR avaliam diretamente a

Introduccedilatildeo 14

impedacircncia definida como a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de entrada e a velocidade

de fluxo em um local especiacutefico no leito vascular (2-5)

A importacircncia do uso do Doppler em Obstetriacutecia comeccedilou a aumentar na

deacutecada de 70 Por esta eacutepoca foi observada a associaccedilatildeo entre valores

anormais dos iacutendices dopplervelocimeacutetricos nas arteacuterias umbilicais (AU) e a

restriccedilatildeo de crescimento fetal (RCF) o sofrimento fetal (SF) e o aumento no

nuacutemero de internaccedilotildees do neonato em unidades de terapia intensiva (6) Desde

entatildeo a dopplervelocimetria tem sido muito estudada para avaliaccedilatildeo das

circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria Por ser meacutetodo natildeo invasivo

tornou-se indispensaacutevel na investigaccedilatildeo do bem-estar fetal e das respostas

hemodinacircmicas do concepto frente a situaccedilotildees que colocam em risco sua

adequada nutriccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo (7-12)

Para avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo fetal (hemodinacircmica fetal) os principais

vasos estudados satildeo a ACM e o DV (13-17)

O fluxo de sangue na ACM em gestaccedilotildees normais eacute anteroacutegrado e

contiacutenuo durante todo o ciclo cardiacuteaco Os valores de IP obtidos neste vaso satildeo

considerados normais quando acima do percentil 5 de intervalos de referecircncia

(18-20) Na hipoxemia fetal (baixa tensatildeo de oxigecircnio no sangue) ocorre

reduccedilatildeo no tocircnus vascular da ACM e consequente queda nos valores de IP

Aleacutem disso a medida da velocidade do sangue no interior da ACM tem sido

utilizada para a suspeiccedilatildeo de anemia fetal tendo em vista que nesta situaccedilatildeo

Introduccedilatildeo 15

haacute reduccedilatildeo da viscosidade do sangue que passa a fluir mais rapidamente no

interior do vaso (21-23)

O DV eacute um vaso que liga o seio portal (comunicaccedilatildeo da porccedilatildeo intra-

hepaacutetica da veia umbilical com o ramo portal esquerdo) agrave veia cava inferior

imediatamente antes de sua conexatildeo com o aacutetrio direito Este vaso direciona

parte do sangue oxigenado que retorna da placenta para as cacircmaras cardiacuteacas

esquerdas atraveacutes do forame oval assegurando adequado aporte de oxigecircnio para

o miocaacuterdio e ceacuterebro Sua avaliaccedilatildeo eacute imprescindiacutevel em gestaccedilotildees de alto risco

principalmente quando a dopplervelocimetria das AU demonstra ausecircncia de

fluxo (diaacutestole zero) ou fluxo reverso (diaacutestole reversa) durante a diaacutestole

cardiacuteaca Nestes casos alteraccedilotildees no padratildeo de fluxo no ducto venoso tecircm

relaccedilatildeo com falecircncia miocaacuterdica e acidemia fetal (2425) O fluxo de sangue no

DV eacute considerado normal quando seu IP estaacute abaixo do percentil 95 de

intervalos de referecircncia (2627)

A avaliaccedilatildeo do padratildeo de fluxo no DV tambeacutem tem importacircncia no

primeiro trimestre da gestaccedilatildeo (entre 11 e 14 semanas de gravidez) ao

contribuir com o caacutelculo de risco para anomalias cromossocircmicas Aleacutem disso

alteraccedilotildees do fluxo no DV neste periacuteodo relacionam-se ao aumento de risco

para cardiopatias congecircnitas (2829)

A circulaccedilatildeo fetoplacentaacuteria pode ser estudada por meio da

dopplervelocimetria nas AU Em gestaccedilotildees normais o fluxo de sangue do feto

para a placenta aumenta gradativamente com IG o que eacute acompanhado por

Introduccedilatildeo 16

progressiva queda nos valores de IP e IR medidos nestes vasos No segundo e

terceiro trimestres da gestaccedilatildeo o fluxo sanguiacuteneo nas AU eacute contiacutenuo e

anteroacutegrado durante todo o ciclo cardiacuteaco Satildeo considerados normais IP e IR

abaixo do percentil 95 de intervalos de referecircncia (30-34)

A dopplervelocimetria das AU pode ser considerada uma avaliaccedilatildeo

indireta da funccedilatildeo placentaacuteria Quando os IP dessas arteacuterias encontram-se abaixo

do 95o percentil dos intervalos de referecircncia sabe-se que pelo menos 70 das

vilosidades placentaacuterias estatildeo funcionando adequadamente Quando os IP

encontram-se acima deste limite haacute comprometimento da funccedilatildeo de 30 a 50

das vilosidades Quando ocorre a diaacutestole zero ou reversa mais de 50 e mais

de 70 das vilosidades placentaacuterias encontram-se alteradas respectivamente

(35-37) Assim sendo a dopplervelocimetria das AU tem papel relevante na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal contribuindo para a reduccedilatildeo da mortalidade

perinatal principalmente em casos de restriccedilatildeo de crescimento fetal (38-40)

A avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo uteroplacentaacuteria eacute realizada por intermeacutedio da

dopplervelocimetria das AUT Estas apresentam baixo fluxo diastoacutelico e alta

resistecircncia no primeiro trimestre da gestaccedilatildeo Agrave medida que a invasatildeo

trofoblaacutestica ocorre haacute gradativa queda na resistecircncia ao fluxo no interior desses

vasos Dessa forma principalmente apoacutes a 20a semana de gravidez o padratildeo de

fluxo nas AUT passa a ser de baixa resistecircncia refletindo adequado processo

de implantaccedilatildeo da placenta e portanto apropriado aporte de sangue ao

territoacuterio uteroplacentaacuterio (41)

Introduccedilatildeo 17

O papel da dopplervelocimetria das AUT tem sido muito estudado para o

rastreamento da preacute-eclacircmpsia (PE) e de RCF Sabe-se que 772 das

gestantes que desenvolvem PE precoce (antes de 34 semanas) 438 das que

apresentam RCF precoce e 823 daquelas que apresentam ambas as

complicaccedilotildees tecircm IP meacutedio das AUT acima de 15 na metade da gestaccedilatildeo (entre 20

e 24 semanas) (42) Tambeacutem tem sido demonstrado que IP acima do percentil

95 nestes vasos relacionam-se a maior incidecircncia destas adversidades (43-45)

a interpretaccedilatildeo de cada um dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

mencionados acima (AUT AU ACM e DV) tem sido feita rotineiramente com

base em intervalos de referecircncia transversais todos construiacutedos em outros

paiacuteses (1819)

Cabe aqui um breve comentaacuterio sobre intervalos de referecircncia termo mais

correto a ser aplicado para as chamadas curvas de normalidade Intervalos de

referecircncia para quaisquer medidas podem ser elaborados por meio de estudos

transversais ou longitudinais Os intervalos de referecircncia transversais satildeo obtidos de

avaliaccedilotildees uacutenicas dos participantes do estudo sendo muito apropriados para

investigaccedilatildeo do estado de um indiviacuteduo em determinado momento No entanto

os intervalos de referecircncia longitudinais (ou condicionais) satildeo obtidos por

avaliaccedilotildees sequenciais dos sujeitos da pesquisa Desta forma ao se calcular

um valor em um determinado momento do processo evolutivo cada valor de um

mesmo indiviacuteduo eacute levado em conta de forma condicional para o caacutelculo dos

respectivos valores subsequentes Tecircm portanto a finalidade de demonstrar

Introduccedilatildeo 18

padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo isto eacute como se comportam

determinadas medidas ao longo do tempo em indiviacuteduos normais (46-48)

Na gestaccedilatildeo a vantagem potencial do uso de intervalos de referecircncia

longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria a melhor interpretaccedilatildeo

das alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e provavelmente se beneficiariam de

avaliaccedilotildees seriadas (1331)

No Brasil natildeo se dispotildee dos intervalos de referecircncia longitudinais dos

paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais utilizados na atualidade para avaliaccedilatildeo

das circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria (304950) Portanto pode

ser questionado se o seguimento das gestantes com comprometimento do bem-

estar fetal neste paiacutes estaacute sendo realizado da forma mais adequada possiacutevel

Intervalos de referecircncia longitudinais produzidos em outros paiacuteses (162031)

poderiam ser usados como base para seguimento das gestantes brasileiras No

entanto natildeo se sabe se diferenccedilas eacutetnicas interferem nos valores dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos mencionados

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Objetivos 19

2 Objetivos

21 Objetivo geral

Determinar intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais por meio da avaliaccedilatildeo longitudinal de gestantes

de baixo risco entre a 18a e 40a semanas de gravidez atendidas no Hospital da

Mulher Prof Dr Joseacute Aristodemo Pinotti - Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede

da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP)

22 Objetivos especiacuteficos

Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para os

valores de iacutendices de pulsatilidade dos fluxos nos seguintes vasos

Arteacuteria umbilical

Arteacuteria cerebral meacutedia

Ducto venoso

Arteacuterias uterinas

Publicaccedilatildeo 20

3 Publicaccedilatildeo

Artigo submetido agrave Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Dr Cleisson Fabio Peralta Recebemos o artigo Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos maternofetais protocolado sob nordm 4439 O mesmo encontra-se em anaacutelise Atenciosamente Rosane Apda Cunha Casula Secretaacuteria Executiva da RBGO

(16) 3602-2803

Publicaccedilatildeo 21

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Nelsilene Mota Carvalho Tavares1

Sabrina Girotto Ferreira1

Joatildeo Renato Bennini2

Emiacutelio Francisco Marussi3

Ricardo Barini4

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta5

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) Campinas SP Brasil

1Aluna do Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do

CAISM-UNICAMP

2Meacutedico Assistente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

3Professor Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

4Professor Livre Docente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

5Meacutedico Assistente Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

Correspondecircncia

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta

Departamento de Ginecologia e Obstetriacutecia ndash CAISM - UNICAMP

Rua Alexander Fleming 101 - Cidade Universitaacuteria Zeferino Vaz

Distrito de Baratildeo Geraldo

13083-970 - Campinas SP Brasil

Fone (19) 35219188 Fax (19) 35219331

E-mail cfaperaltagmailcom

Publicaccedilatildeo 22

Resumo

Objetivo Determinar intervalos de referecircncia longitudinais para os valores de

iacutendices de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias umbilicais (AU) cerebral

meacutedia (ACM) e uterinas (AUT) e IP venoso do fluxo no ducto venoso (DV) por

meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Meacutetodos Estudo observacional longitudinal realizado de fevereiro de

2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Professor Doutor Joseacute Aristodemo

Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher Universidade Estadual

de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos quinzenais foram

realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP venoso do DV em

gestantes de baixo risco da 18ordf- 40ordf semanas de gravidez Modelos lineares

mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de referecircncia longitudinais

(percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos mencionados Os IP das porccedilotildees

placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram comparados por meio do

teste T para amostras independentes Valores de p menores do que 005 foram

considerados significativos Resultados Duzentas e trecircs pacientes de baixo

risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e quatro gestantes

concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames ultrassonograacuteficos Houve

reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a idade

gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram IP-

AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = -

026691- (0015414 x IG) IP-AUT = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve

diferenccedila significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e

Publicaccedilatildeo 23

abdominal fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de

referecircncia longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos gestacionais

mais importantes em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser

mais adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica vitalidade fetal

Abstract

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) ) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA MCA DV and UTA DV in low-risk pregnant women between

18-40 weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of these

measurements The PI obtained at the placental and abdominal portions of the

umbilical artery were compared using independent samples T test P values of

less than 005 were considered statistically significant Results Two hundred

and three low-risk pregnancies were included in the study One hundred sixty

four pregnant women completed the study and underwent 1242 scans There

Publicaccedilatildeo 24

was a significant decrease in the PI values of all studied vessels with gestational

age (GA) The equations obtained for the prediction of the medians were as

follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of the PI-MCA =

08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2] Logarithm of the

PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UTA = 12362403 ndash (0014392 x GA)

There was a significant difference between the PI-UA obtained at the abdominal

and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001) Conclusions Longitudinal

reference intervals for the main gestational Doppler parameters were obtained

from a Brazilian cohort These intervals could be more adequate for the follow-

up of materno-fetal haemodynamic modifications in normal and abnormal

pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound fetal well being

Publicaccedilatildeo 25

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Introduccedilatildeo

A dopplervelocimetria tem sido uma das principais ferramentas na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal principalmente por meio da obtenccedilatildeo dos iacutendices

de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias uterinas (AUT) umbilicais (AU)

cerebrais meacutedias (ACM) e no ducto venoso (DV) Estes permitem respectiva

avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees hemodinacircmicas nos territoacuterios vasculares

uteroplacentaacuterio (AUT) e fetoplacentaacuterio (AU ACM e DV)1-6

A interpretaccedilatildeo de cada um desses paracircmetros tem sido feita

rotineiramente com base em intervalos de referecircncia transversais que podem

natildeo refletir de forma adequada as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da

gravidez7-9

Potencial vantagem do uso de intervalos de referecircncia longitudinais

desses paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria uma melhor interpretaccedilatildeo das

alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e necessitam de avaliaccedilotildees

seriadas10-12 Aleacutem disso natildeo sabemos se diferenccedilas eacutetnicas podem interferir

nesses intervalos indisponiacuteveis com dados provenientes de nossa populaccedilatildeo

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Publicaccedilatildeo 26

Meacutetodos

Este foi um estudo observacional descritivo longitudinal realizado no

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) de fevereiro de 2010 a maio de 2012 O

Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) aprovou o projeto e todas as pacientes que aceitaram participar do

estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

As gestantes foram selecionadas entre aquelas encaminhadas do preacute-natal

do CAISM para ultrassonografia Obsteacutetrica Os seguintes criteacuterios foram respeitados

para inclusatildeo no estudo 1) gestaccedilatildeo uacutenica 2) idade gestacional (IG) entre 18 e 24

semanas definida com base na data da uacuteltima menstruaccedilatildeo (quando conhecida) ou

na medida do comprimento ceacutefalo-caudal embriatildeofeto no primeiro trimestre da

gravidez interpretado em intervalos de referecircncia publicados por Robinson amp

Fleming13 3) anatomia fetal normal 4) ausecircncia de alteraccedilotildees placentaacuterias

como placenta preacutevia circunvalada com suspeita de acretismo ou de qualquer tipo

de tumor 5) ausecircncia de alteraccedilotildees no cordatildeo umbilical como nuacutemero alterado

de vasos noacutes tumores ou inserccedilatildeo velamentosa na placenta 6) ausecircncia de

doenccedilas maternas 7) gestantes natildeo usuaacuterias de drogas liacutecitas ou iliacutecitas

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para exclusatildeo de pacientes do

estudo 1) qualquer anormalidade estrutural ou cromossocircmica detectada no

periacuteodo neonatal e que natildeo foi diagnosticada durante a gestaccedilatildeo 2) oacutebito fetal

ou neonatal sem causa determinada 3) impossibilidade de obtenccedilatildeo dos dados

do parto e do receacutem-nascido 4) Apgar de 5ordm minuto menor que 7

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 8: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Siacutembolos Siglas e Abreviaturas vii

Siacutembolos Siglas e Abreviaturas

ACM ndash Arteacuteria Cerebral Meacutedia

AU ndash Arteacuteria Umbilical

AUT ndash Arteacuteria Uterina

CAISM ndash Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacuteded Mulher

DV ndash Ducto Venoso

IG ndash Idade Gestacional

IP ndash Iacutendice de Pulsatilidade

IR ndash Iacutendice de Resistecircncia

PE ndash Preacute-Eclacircmpsia

RCF ndash Restriccedilatildeo de Crescimento Fetal

SD ndash Relaccedilatildeo Siacutestole pela Diaacutestole

SF ndash Sofrimento Fetal

UNICAMP ndash Universidade Estadual de Campinas

Resumo viii

Resumo

Objetivos Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os valores de iacutendices de pulsatilidade (IP) nos fluxos da arteacuteria umbilical (AU)

cerebral meacutedia (ACM) ducto venoso (DV) e IP meacutedio das arteacuterias uterinas

(AUT) por meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da

populaccedilatildeo brasileira Meacutetodos Estudo observacional descritivo longitudinal

realizado de fevereiro de 2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Prof Dr

Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher

Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos

quinzenais foram realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP

venoso do DV em gestantes de baixo risco da 18ordf a 40ordf semana de gravidez

Anaacutelise estatiacutestica Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de

intervalos de referecircncia longitudinais (percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos

mencionados Variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas (variaacuteveis

categoacutericas) Os IP das porccedilotildees placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram

comparados por meio do teste T para amostras independentes Valores de p

menores do que 005 foram considerados significativos Resultados Duzentas e

Resumo ix

trecircs gestantes de baixo risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e

quatro gestantes concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames

ultrassonograacuteficos com mediana de oito exames por paciente (limites de 4 a

12) Houve reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a

idade gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram

IP-AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = 026691-

(0015414 x IG) IP-AUt = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve diferenccedila

significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e abdominal

fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de referecircncia

condicionais (longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

gestacionais em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser mais

adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica

Summary x

Summary

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA UTA MCA DV in low-risk pregnant women between 18-40

weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of

these measurements Maternal and perinatal variables were described using

median and range (continuous variables) absolute and relative frequencies

(categorical variables) The PI obtained at the placental and abdominal portions

of the umbilical artery were compared using independent samples T test P

values of less than 005 were considered statistically significant Results Two

hundred and three low-risk pregnancies were included in the study One

hundred sixty four pregnant women completed the study and underwent 1242

scans There was a significant decrease in the PI values of all studied vessels

with gestational age (GA) The equations obtained for the prediction of the

Summary xi

medians were as follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of

the PI-MCA = 08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2]

Logarithm of the PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UtA = 12362403 ndash

(0014392 x GA) There was a significant difference between the PI-UA obtained

at the abdominal and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001)

Conclusions Longitudinal reference intervals for the main gestational Doppler

parameters were obtained from a Brazilian cohort These intervals could be

more adequate for the follow-up of materno-fetal haemodynamic modifications in

normal and abnormal pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound

Introduccedilatildeo 12

1 Introduccedilatildeo

O efeito Doppler eacute um conceito em fiacutesica que significa a mudanccedila de

frequecircncia de uma onda quando emitida ou refletida por um objeto em

movimento em relaccedilatildeo a um observador O nome atribuiacutedo ao fenocircmeno

homenageia o fiacutesico austriacuteaco Johann Christian Andreacuteas Doppler que o

descreveu pela primeira vez em 1842(1)

A funccedilatildeo Doppler do equipamento de ultrassonografia utiliza mudanccedilas

de frequecircncia do ultrassom para estimar velocidades do sangue no interior dos

vasos Desta forma diferentes velocidades relacionadas a fases distintas em

um mesmo ciclo cardiacuteaco podem ser obtidas e utilizadas para o caacutelculo de

iacutendices Estes satildeo paracircmetros hemodinacircmicos obtidos em locais especiacuteficos do

leito vascular Os mais utilizados em Obstetriacutecia tecircm sido (Figura 1) (2-5)

Introduccedilatildeo 13

Figura 1 - Iacutendices dopplervelocimeacutetricos mais utilizados em Obstetriacutecia

a) Iacutendice de pulsatilidade (IP) ndash descrito por Gosling et al em 1975 definido

como a relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade

diastoacutelica final pela velocidade meacutedia (IP= S-DVM)

b) Iacutendice de resistecircncia (IR) ndash descrito por Pourcelot em 1974 definido como a

relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade diastoacutelica

final pela velocidade sistoacutelica maacutexima (IR= S-D-S)

c) Relaccedilatildeo siacutestole por diaacutestole ndash descrita por Stuart et al em 1990 definida

como a divisatildeo da velocidade sistoacutelica maacutexima pela velocidade diastoacutelica

final (SD)

Os iacutendices dopplervelocimeacutetricos avaliam o comportamento do fluxo

sanguiacuteneo no decorrer do ciclo cardiacuteaco O IP e o IR avaliam diretamente a

Introduccedilatildeo 14

impedacircncia definida como a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de entrada e a velocidade

de fluxo em um local especiacutefico no leito vascular (2-5)

A importacircncia do uso do Doppler em Obstetriacutecia comeccedilou a aumentar na

deacutecada de 70 Por esta eacutepoca foi observada a associaccedilatildeo entre valores

anormais dos iacutendices dopplervelocimeacutetricos nas arteacuterias umbilicais (AU) e a

restriccedilatildeo de crescimento fetal (RCF) o sofrimento fetal (SF) e o aumento no

nuacutemero de internaccedilotildees do neonato em unidades de terapia intensiva (6) Desde

entatildeo a dopplervelocimetria tem sido muito estudada para avaliaccedilatildeo das

circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria Por ser meacutetodo natildeo invasivo

tornou-se indispensaacutevel na investigaccedilatildeo do bem-estar fetal e das respostas

hemodinacircmicas do concepto frente a situaccedilotildees que colocam em risco sua

adequada nutriccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo (7-12)

Para avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo fetal (hemodinacircmica fetal) os principais

vasos estudados satildeo a ACM e o DV (13-17)

O fluxo de sangue na ACM em gestaccedilotildees normais eacute anteroacutegrado e

contiacutenuo durante todo o ciclo cardiacuteaco Os valores de IP obtidos neste vaso satildeo

considerados normais quando acima do percentil 5 de intervalos de referecircncia

(18-20) Na hipoxemia fetal (baixa tensatildeo de oxigecircnio no sangue) ocorre

reduccedilatildeo no tocircnus vascular da ACM e consequente queda nos valores de IP

Aleacutem disso a medida da velocidade do sangue no interior da ACM tem sido

utilizada para a suspeiccedilatildeo de anemia fetal tendo em vista que nesta situaccedilatildeo

Introduccedilatildeo 15

haacute reduccedilatildeo da viscosidade do sangue que passa a fluir mais rapidamente no

interior do vaso (21-23)

O DV eacute um vaso que liga o seio portal (comunicaccedilatildeo da porccedilatildeo intra-

hepaacutetica da veia umbilical com o ramo portal esquerdo) agrave veia cava inferior

imediatamente antes de sua conexatildeo com o aacutetrio direito Este vaso direciona

parte do sangue oxigenado que retorna da placenta para as cacircmaras cardiacuteacas

esquerdas atraveacutes do forame oval assegurando adequado aporte de oxigecircnio para

o miocaacuterdio e ceacuterebro Sua avaliaccedilatildeo eacute imprescindiacutevel em gestaccedilotildees de alto risco

principalmente quando a dopplervelocimetria das AU demonstra ausecircncia de

fluxo (diaacutestole zero) ou fluxo reverso (diaacutestole reversa) durante a diaacutestole

cardiacuteaca Nestes casos alteraccedilotildees no padratildeo de fluxo no ducto venoso tecircm

relaccedilatildeo com falecircncia miocaacuterdica e acidemia fetal (2425) O fluxo de sangue no

DV eacute considerado normal quando seu IP estaacute abaixo do percentil 95 de

intervalos de referecircncia (2627)

A avaliaccedilatildeo do padratildeo de fluxo no DV tambeacutem tem importacircncia no

primeiro trimestre da gestaccedilatildeo (entre 11 e 14 semanas de gravidez) ao

contribuir com o caacutelculo de risco para anomalias cromossocircmicas Aleacutem disso

alteraccedilotildees do fluxo no DV neste periacuteodo relacionam-se ao aumento de risco

para cardiopatias congecircnitas (2829)

A circulaccedilatildeo fetoplacentaacuteria pode ser estudada por meio da

dopplervelocimetria nas AU Em gestaccedilotildees normais o fluxo de sangue do feto

para a placenta aumenta gradativamente com IG o que eacute acompanhado por

Introduccedilatildeo 16

progressiva queda nos valores de IP e IR medidos nestes vasos No segundo e

terceiro trimestres da gestaccedilatildeo o fluxo sanguiacuteneo nas AU eacute contiacutenuo e

anteroacutegrado durante todo o ciclo cardiacuteaco Satildeo considerados normais IP e IR

abaixo do percentil 95 de intervalos de referecircncia (30-34)

A dopplervelocimetria das AU pode ser considerada uma avaliaccedilatildeo

indireta da funccedilatildeo placentaacuteria Quando os IP dessas arteacuterias encontram-se abaixo

do 95o percentil dos intervalos de referecircncia sabe-se que pelo menos 70 das

vilosidades placentaacuterias estatildeo funcionando adequadamente Quando os IP

encontram-se acima deste limite haacute comprometimento da funccedilatildeo de 30 a 50

das vilosidades Quando ocorre a diaacutestole zero ou reversa mais de 50 e mais

de 70 das vilosidades placentaacuterias encontram-se alteradas respectivamente

(35-37) Assim sendo a dopplervelocimetria das AU tem papel relevante na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal contribuindo para a reduccedilatildeo da mortalidade

perinatal principalmente em casos de restriccedilatildeo de crescimento fetal (38-40)

A avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo uteroplacentaacuteria eacute realizada por intermeacutedio da

dopplervelocimetria das AUT Estas apresentam baixo fluxo diastoacutelico e alta

resistecircncia no primeiro trimestre da gestaccedilatildeo Agrave medida que a invasatildeo

trofoblaacutestica ocorre haacute gradativa queda na resistecircncia ao fluxo no interior desses

vasos Dessa forma principalmente apoacutes a 20a semana de gravidez o padratildeo de

fluxo nas AUT passa a ser de baixa resistecircncia refletindo adequado processo

de implantaccedilatildeo da placenta e portanto apropriado aporte de sangue ao

territoacuterio uteroplacentaacuterio (41)

Introduccedilatildeo 17

O papel da dopplervelocimetria das AUT tem sido muito estudado para o

rastreamento da preacute-eclacircmpsia (PE) e de RCF Sabe-se que 772 das

gestantes que desenvolvem PE precoce (antes de 34 semanas) 438 das que

apresentam RCF precoce e 823 daquelas que apresentam ambas as

complicaccedilotildees tecircm IP meacutedio das AUT acima de 15 na metade da gestaccedilatildeo (entre 20

e 24 semanas) (42) Tambeacutem tem sido demonstrado que IP acima do percentil

95 nestes vasos relacionam-se a maior incidecircncia destas adversidades (43-45)

a interpretaccedilatildeo de cada um dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

mencionados acima (AUT AU ACM e DV) tem sido feita rotineiramente com

base em intervalos de referecircncia transversais todos construiacutedos em outros

paiacuteses (1819)

Cabe aqui um breve comentaacuterio sobre intervalos de referecircncia termo mais

correto a ser aplicado para as chamadas curvas de normalidade Intervalos de

referecircncia para quaisquer medidas podem ser elaborados por meio de estudos

transversais ou longitudinais Os intervalos de referecircncia transversais satildeo obtidos de

avaliaccedilotildees uacutenicas dos participantes do estudo sendo muito apropriados para

investigaccedilatildeo do estado de um indiviacuteduo em determinado momento No entanto

os intervalos de referecircncia longitudinais (ou condicionais) satildeo obtidos por

avaliaccedilotildees sequenciais dos sujeitos da pesquisa Desta forma ao se calcular

um valor em um determinado momento do processo evolutivo cada valor de um

mesmo indiviacuteduo eacute levado em conta de forma condicional para o caacutelculo dos

respectivos valores subsequentes Tecircm portanto a finalidade de demonstrar

Introduccedilatildeo 18

padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo isto eacute como se comportam

determinadas medidas ao longo do tempo em indiviacuteduos normais (46-48)

Na gestaccedilatildeo a vantagem potencial do uso de intervalos de referecircncia

longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria a melhor interpretaccedilatildeo

das alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e provavelmente se beneficiariam de

avaliaccedilotildees seriadas (1331)

No Brasil natildeo se dispotildee dos intervalos de referecircncia longitudinais dos

paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais utilizados na atualidade para avaliaccedilatildeo

das circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria (304950) Portanto pode

ser questionado se o seguimento das gestantes com comprometimento do bem-

estar fetal neste paiacutes estaacute sendo realizado da forma mais adequada possiacutevel

Intervalos de referecircncia longitudinais produzidos em outros paiacuteses (162031)

poderiam ser usados como base para seguimento das gestantes brasileiras No

entanto natildeo se sabe se diferenccedilas eacutetnicas interferem nos valores dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos mencionados

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Objetivos 19

2 Objetivos

21 Objetivo geral

Determinar intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais por meio da avaliaccedilatildeo longitudinal de gestantes

de baixo risco entre a 18a e 40a semanas de gravidez atendidas no Hospital da

Mulher Prof Dr Joseacute Aristodemo Pinotti - Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede

da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP)

22 Objetivos especiacuteficos

Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para os

valores de iacutendices de pulsatilidade dos fluxos nos seguintes vasos

Arteacuteria umbilical

Arteacuteria cerebral meacutedia

Ducto venoso

Arteacuterias uterinas

Publicaccedilatildeo 20

3 Publicaccedilatildeo

Artigo submetido agrave Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Dr Cleisson Fabio Peralta Recebemos o artigo Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos maternofetais protocolado sob nordm 4439 O mesmo encontra-se em anaacutelise Atenciosamente Rosane Apda Cunha Casula Secretaacuteria Executiva da RBGO

(16) 3602-2803

Publicaccedilatildeo 21

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Nelsilene Mota Carvalho Tavares1

Sabrina Girotto Ferreira1

Joatildeo Renato Bennini2

Emiacutelio Francisco Marussi3

Ricardo Barini4

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta5

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) Campinas SP Brasil

1Aluna do Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do

CAISM-UNICAMP

2Meacutedico Assistente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

3Professor Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

4Professor Livre Docente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

5Meacutedico Assistente Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

Correspondecircncia

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta

Departamento de Ginecologia e Obstetriacutecia ndash CAISM - UNICAMP

Rua Alexander Fleming 101 - Cidade Universitaacuteria Zeferino Vaz

Distrito de Baratildeo Geraldo

13083-970 - Campinas SP Brasil

Fone (19) 35219188 Fax (19) 35219331

E-mail cfaperaltagmailcom

Publicaccedilatildeo 22

Resumo

Objetivo Determinar intervalos de referecircncia longitudinais para os valores de

iacutendices de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias umbilicais (AU) cerebral

meacutedia (ACM) e uterinas (AUT) e IP venoso do fluxo no ducto venoso (DV) por

meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Meacutetodos Estudo observacional longitudinal realizado de fevereiro de

2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Professor Doutor Joseacute Aristodemo

Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher Universidade Estadual

de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos quinzenais foram

realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP venoso do DV em

gestantes de baixo risco da 18ordf- 40ordf semanas de gravidez Modelos lineares

mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de referecircncia longitudinais

(percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos mencionados Os IP das porccedilotildees

placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram comparados por meio do

teste T para amostras independentes Valores de p menores do que 005 foram

considerados significativos Resultados Duzentas e trecircs pacientes de baixo

risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e quatro gestantes

concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames ultrassonograacuteficos Houve

reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a idade

gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram IP-

AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = -

026691- (0015414 x IG) IP-AUT = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve

diferenccedila significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e

Publicaccedilatildeo 23

abdominal fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de

referecircncia longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos gestacionais

mais importantes em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser

mais adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica vitalidade fetal

Abstract

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) ) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA MCA DV and UTA DV in low-risk pregnant women between

18-40 weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of these

measurements The PI obtained at the placental and abdominal portions of the

umbilical artery were compared using independent samples T test P values of

less than 005 were considered statistically significant Results Two hundred

and three low-risk pregnancies were included in the study One hundred sixty

four pregnant women completed the study and underwent 1242 scans There

Publicaccedilatildeo 24

was a significant decrease in the PI values of all studied vessels with gestational

age (GA) The equations obtained for the prediction of the medians were as

follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of the PI-MCA =

08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2] Logarithm of the

PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UTA = 12362403 ndash (0014392 x GA)

There was a significant difference between the PI-UA obtained at the abdominal

and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001) Conclusions Longitudinal

reference intervals for the main gestational Doppler parameters were obtained

from a Brazilian cohort These intervals could be more adequate for the follow-

up of materno-fetal haemodynamic modifications in normal and abnormal

pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound fetal well being

Publicaccedilatildeo 25

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Introduccedilatildeo

A dopplervelocimetria tem sido uma das principais ferramentas na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal principalmente por meio da obtenccedilatildeo dos iacutendices

de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias uterinas (AUT) umbilicais (AU)

cerebrais meacutedias (ACM) e no ducto venoso (DV) Estes permitem respectiva

avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees hemodinacircmicas nos territoacuterios vasculares

uteroplacentaacuterio (AUT) e fetoplacentaacuterio (AU ACM e DV)1-6

A interpretaccedilatildeo de cada um desses paracircmetros tem sido feita

rotineiramente com base em intervalos de referecircncia transversais que podem

natildeo refletir de forma adequada as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da

gravidez7-9

Potencial vantagem do uso de intervalos de referecircncia longitudinais

desses paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria uma melhor interpretaccedilatildeo das

alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e necessitam de avaliaccedilotildees

seriadas10-12 Aleacutem disso natildeo sabemos se diferenccedilas eacutetnicas podem interferir

nesses intervalos indisponiacuteveis com dados provenientes de nossa populaccedilatildeo

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Publicaccedilatildeo 26

Meacutetodos

Este foi um estudo observacional descritivo longitudinal realizado no

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) de fevereiro de 2010 a maio de 2012 O

Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) aprovou o projeto e todas as pacientes que aceitaram participar do

estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

As gestantes foram selecionadas entre aquelas encaminhadas do preacute-natal

do CAISM para ultrassonografia Obsteacutetrica Os seguintes criteacuterios foram respeitados

para inclusatildeo no estudo 1) gestaccedilatildeo uacutenica 2) idade gestacional (IG) entre 18 e 24

semanas definida com base na data da uacuteltima menstruaccedilatildeo (quando conhecida) ou

na medida do comprimento ceacutefalo-caudal embriatildeofeto no primeiro trimestre da

gravidez interpretado em intervalos de referecircncia publicados por Robinson amp

Fleming13 3) anatomia fetal normal 4) ausecircncia de alteraccedilotildees placentaacuterias

como placenta preacutevia circunvalada com suspeita de acretismo ou de qualquer tipo

de tumor 5) ausecircncia de alteraccedilotildees no cordatildeo umbilical como nuacutemero alterado

de vasos noacutes tumores ou inserccedilatildeo velamentosa na placenta 6) ausecircncia de

doenccedilas maternas 7) gestantes natildeo usuaacuterias de drogas liacutecitas ou iliacutecitas

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para exclusatildeo de pacientes do

estudo 1) qualquer anormalidade estrutural ou cromossocircmica detectada no

periacuteodo neonatal e que natildeo foi diagnosticada durante a gestaccedilatildeo 2) oacutebito fetal

ou neonatal sem causa determinada 3) impossibilidade de obtenccedilatildeo dos dados

do parto e do receacutem-nascido 4) Apgar de 5ordm minuto menor que 7

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 9: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Resumo viii

Resumo

Objetivos Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os valores de iacutendices de pulsatilidade (IP) nos fluxos da arteacuteria umbilical (AU)

cerebral meacutedia (ACM) ducto venoso (DV) e IP meacutedio das arteacuterias uterinas

(AUT) por meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da

populaccedilatildeo brasileira Meacutetodos Estudo observacional descritivo longitudinal

realizado de fevereiro de 2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Prof Dr

Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher

Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos

quinzenais foram realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP

venoso do DV em gestantes de baixo risco da 18ordf a 40ordf semana de gravidez

Anaacutelise estatiacutestica Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de

intervalos de referecircncia longitudinais (percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos

mencionados Variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas (variaacuteveis

categoacutericas) Os IP das porccedilotildees placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram

comparados por meio do teste T para amostras independentes Valores de p

menores do que 005 foram considerados significativos Resultados Duzentas e

Resumo ix

trecircs gestantes de baixo risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e

quatro gestantes concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames

ultrassonograacuteficos com mediana de oito exames por paciente (limites de 4 a

12) Houve reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a

idade gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram

IP-AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = 026691-

(0015414 x IG) IP-AUt = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve diferenccedila

significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e abdominal

fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de referecircncia

condicionais (longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

gestacionais em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser mais

adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica

Summary x

Summary

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA UTA MCA DV in low-risk pregnant women between 18-40

weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of

these measurements Maternal and perinatal variables were described using

median and range (continuous variables) absolute and relative frequencies

(categorical variables) The PI obtained at the placental and abdominal portions

of the umbilical artery were compared using independent samples T test P

values of less than 005 were considered statistically significant Results Two

hundred and three low-risk pregnancies were included in the study One

hundred sixty four pregnant women completed the study and underwent 1242

scans There was a significant decrease in the PI values of all studied vessels

with gestational age (GA) The equations obtained for the prediction of the

Summary xi

medians were as follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of

the PI-MCA = 08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2]

Logarithm of the PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UtA = 12362403 ndash

(0014392 x GA) There was a significant difference between the PI-UA obtained

at the abdominal and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001)

Conclusions Longitudinal reference intervals for the main gestational Doppler

parameters were obtained from a Brazilian cohort These intervals could be

more adequate for the follow-up of materno-fetal haemodynamic modifications in

normal and abnormal pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound

Introduccedilatildeo 12

1 Introduccedilatildeo

O efeito Doppler eacute um conceito em fiacutesica que significa a mudanccedila de

frequecircncia de uma onda quando emitida ou refletida por um objeto em

movimento em relaccedilatildeo a um observador O nome atribuiacutedo ao fenocircmeno

homenageia o fiacutesico austriacuteaco Johann Christian Andreacuteas Doppler que o

descreveu pela primeira vez em 1842(1)

A funccedilatildeo Doppler do equipamento de ultrassonografia utiliza mudanccedilas

de frequecircncia do ultrassom para estimar velocidades do sangue no interior dos

vasos Desta forma diferentes velocidades relacionadas a fases distintas em

um mesmo ciclo cardiacuteaco podem ser obtidas e utilizadas para o caacutelculo de

iacutendices Estes satildeo paracircmetros hemodinacircmicos obtidos em locais especiacuteficos do

leito vascular Os mais utilizados em Obstetriacutecia tecircm sido (Figura 1) (2-5)

Introduccedilatildeo 13

Figura 1 - Iacutendices dopplervelocimeacutetricos mais utilizados em Obstetriacutecia

a) Iacutendice de pulsatilidade (IP) ndash descrito por Gosling et al em 1975 definido

como a relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade

diastoacutelica final pela velocidade meacutedia (IP= S-DVM)

b) Iacutendice de resistecircncia (IR) ndash descrito por Pourcelot em 1974 definido como a

relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade diastoacutelica

final pela velocidade sistoacutelica maacutexima (IR= S-D-S)

c) Relaccedilatildeo siacutestole por diaacutestole ndash descrita por Stuart et al em 1990 definida

como a divisatildeo da velocidade sistoacutelica maacutexima pela velocidade diastoacutelica

final (SD)

Os iacutendices dopplervelocimeacutetricos avaliam o comportamento do fluxo

sanguiacuteneo no decorrer do ciclo cardiacuteaco O IP e o IR avaliam diretamente a

Introduccedilatildeo 14

impedacircncia definida como a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de entrada e a velocidade

de fluxo em um local especiacutefico no leito vascular (2-5)

A importacircncia do uso do Doppler em Obstetriacutecia comeccedilou a aumentar na

deacutecada de 70 Por esta eacutepoca foi observada a associaccedilatildeo entre valores

anormais dos iacutendices dopplervelocimeacutetricos nas arteacuterias umbilicais (AU) e a

restriccedilatildeo de crescimento fetal (RCF) o sofrimento fetal (SF) e o aumento no

nuacutemero de internaccedilotildees do neonato em unidades de terapia intensiva (6) Desde

entatildeo a dopplervelocimetria tem sido muito estudada para avaliaccedilatildeo das

circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria Por ser meacutetodo natildeo invasivo

tornou-se indispensaacutevel na investigaccedilatildeo do bem-estar fetal e das respostas

hemodinacircmicas do concepto frente a situaccedilotildees que colocam em risco sua

adequada nutriccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo (7-12)

Para avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo fetal (hemodinacircmica fetal) os principais

vasos estudados satildeo a ACM e o DV (13-17)

O fluxo de sangue na ACM em gestaccedilotildees normais eacute anteroacutegrado e

contiacutenuo durante todo o ciclo cardiacuteaco Os valores de IP obtidos neste vaso satildeo

considerados normais quando acima do percentil 5 de intervalos de referecircncia

(18-20) Na hipoxemia fetal (baixa tensatildeo de oxigecircnio no sangue) ocorre

reduccedilatildeo no tocircnus vascular da ACM e consequente queda nos valores de IP

Aleacutem disso a medida da velocidade do sangue no interior da ACM tem sido

utilizada para a suspeiccedilatildeo de anemia fetal tendo em vista que nesta situaccedilatildeo

Introduccedilatildeo 15

haacute reduccedilatildeo da viscosidade do sangue que passa a fluir mais rapidamente no

interior do vaso (21-23)

O DV eacute um vaso que liga o seio portal (comunicaccedilatildeo da porccedilatildeo intra-

hepaacutetica da veia umbilical com o ramo portal esquerdo) agrave veia cava inferior

imediatamente antes de sua conexatildeo com o aacutetrio direito Este vaso direciona

parte do sangue oxigenado que retorna da placenta para as cacircmaras cardiacuteacas

esquerdas atraveacutes do forame oval assegurando adequado aporte de oxigecircnio para

o miocaacuterdio e ceacuterebro Sua avaliaccedilatildeo eacute imprescindiacutevel em gestaccedilotildees de alto risco

principalmente quando a dopplervelocimetria das AU demonstra ausecircncia de

fluxo (diaacutestole zero) ou fluxo reverso (diaacutestole reversa) durante a diaacutestole

cardiacuteaca Nestes casos alteraccedilotildees no padratildeo de fluxo no ducto venoso tecircm

relaccedilatildeo com falecircncia miocaacuterdica e acidemia fetal (2425) O fluxo de sangue no

DV eacute considerado normal quando seu IP estaacute abaixo do percentil 95 de

intervalos de referecircncia (2627)

A avaliaccedilatildeo do padratildeo de fluxo no DV tambeacutem tem importacircncia no

primeiro trimestre da gestaccedilatildeo (entre 11 e 14 semanas de gravidez) ao

contribuir com o caacutelculo de risco para anomalias cromossocircmicas Aleacutem disso

alteraccedilotildees do fluxo no DV neste periacuteodo relacionam-se ao aumento de risco

para cardiopatias congecircnitas (2829)

A circulaccedilatildeo fetoplacentaacuteria pode ser estudada por meio da

dopplervelocimetria nas AU Em gestaccedilotildees normais o fluxo de sangue do feto

para a placenta aumenta gradativamente com IG o que eacute acompanhado por

Introduccedilatildeo 16

progressiva queda nos valores de IP e IR medidos nestes vasos No segundo e

terceiro trimestres da gestaccedilatildeo o fluxo sanguiacuteneo nas AU eacute contiacutenuo e

anteroacutegrado durante todo o ciclo cardiacuteaco Satildeo considerados normais IP e IR

abaixo do percentil 95 de intervalos de referecircncia (30-34)

A dopplervelocimetria das AU pode ser considerada uma avaliaccedilatildeo

indireta da funccedilatildeo placentaacuteria Quando os IP dessas arteacuterias encontram-se abaixo

do 95o percentil dos intervalos de referecircncia sabe-se que pelo menos 70 das

vilosidades placentaacuterias estatildeo funcionando adequadamente Quando os IP

encontram-se acima deste limite haacute comprometimento da funccedilatildeo de 30 a 50

das vilosidades Quando ocorre a diaacutestole zero ou reversa mais de 50 e mais

de 70 das vilosidades placentaacuterias encontram-se alteradas respectivamente

(35-37) Assim sendo a dopplervelocimetria das AU tem papel relevante na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal contribuindo para a reduccedilatildeo da mortalidade

perinatal principalmente em casos de restriccedilatildeo de crescimento fetal (38-40)

A avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo uteroplacentaacuteria eacute realizada por intermeacutedio da

dopplervelocimetria das AUT Estas apresentam baixo fluxo diastoacutelico e alta

resistecircncia no primeiro trimestre da gestaccedilatildeo Agrave medida que a invasatildeo

trofoblaacutestica ocorre haacute gradativa queda na resistecircncia ao fluxo no interior desses

vasos Dessa forma principalmente apoacutes a 20a semana de gravidez o padratildeo de

fluxo nas AUT passa a ser de baixa resistecircncia refletindo adequado processo

de implantaccedilatildeo da placenta e portanto apropriado aporte de sangue ao

territoacuterio uteroplacentaacuterio (41)

Introduccedilatildeo 17

O papel da dopplervelocimetria das AUT tem sido muito estudado para o

rastreamento da preacute-eclacircmpsia (PE) e de RCF Sabe-se que 772 das

gestantes que desenvolvem PE precoce (antes de 34 semanas) 438 das que

apresentam RCF precoce e 823 daquelas que apresentam ambas as

complicaccedilotildees tecircm IP meacutedio das AUT acima de 15 na metade da gestaccedilatildeo (entre 20

e 24 semanas) (42) Tambeacutem tem sido demonstrado que IP acima do percentil

95 nestes vasos relacionam-se a maior incidecircncia destas adversidades (43-45)

a interpretaccedilatildeo de cada um dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

mencionados acima (AUT AU ACM e DV) tem sido feita rotineiramente com

base em intervalos de referecircncia transversais todos construiacutedos em outros

paiacuteses (1819)

Cabe aqui um breve comentaacuterio sobre intervalos de referecircncia termo mais

correto a ser aplicado para as chamadas curvas de normalidade Intervalos de

referecircncia para quaisquer medidas podem ser elaborados por meio de estudos

transversais ou longitudinais Os intervalos de referecircncia transversais satildeo obtidos de

avaliaccedilotildees uacutenicas dos participantes do estudo sendo muito apropriados para

investigaccedilatildeo do estado de um indiviacuteduo em determinado momento No entanto

os intervalos de referecircncia longitudinais (ou condicionais) satildeo obtidos por

avaliaccedilotildees sequenciais dos sujeitos da pesquisa Desta forma ao se calcular

um valor em um determinado momento do processo evolutivo cada valor de um

mesmo indiviacuteduo eacute levado em conta de forma condicional para o caacutelculo dos

respectivos valores subsequentes Tecircm portanto a finalidade de demonstrar

Introduccedilatildeo 18

padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo isto eacute como se comportam

determinadas medidas ao longo do tempo em indiviacuteduos normais (46-48)

Na gestaccedilatildeo a vantagem potencial do uso de intervalos de referecircncia

longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria a melhor interpretaccedilatildeo

das alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e provavelmente se beneficiariam de

avaliaccedilotildees seriadas (1331)

No Brasil natildeo se dispotildee dos intervalos de referecircncia longitudinais dos

paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais utilizados na atualidade para avaliaccedilatildeo

das circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria (304950) Portanto pode

ser questionado se o seguimento das gestantes com comprometimento do bem-

estar fetal neste paiacutes estaacute sendo realizado da forma mais adequada possiacutevel

Intervalos de referecircncia longitudinais produzidos em outros paiacuteses (162031)

poderiam ser usados como base para seguimento das gestantes brasileiras No

entanto natildeo se sabe se diferenccedilas eacutetnicas interferem nos valores dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos mencionados

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Objetivos 19

2 Objetivos

21 Objetivo geral

Determinar intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais por meio da avaliaccedilatildeo longitudinal de gestantes

de baixo risco entre a 18a e 40a semanas de gravidez atendidas no Hospital da

Mulher Prof Dr Joseacute Aristodemo Pinotti - Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede

da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP)

22 Objetivos especiacuteficos

Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para os

valores de iacutendices de pulsatilidade dos fluxos nos seguintes vasos

Arteacuteria umbilical

Arteacuteria cerebral meacutedia

Ducto venoso

Arteacuterias uterinas

Publicaccedilatildeo 20

3 Publicaccedilatildeo

Artigo submetido agrave Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Dr Cleisson Fabio Peralta Recebemos o artigo Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos maternofetais protocolado sob nordm 4439 O mesmo encontra-se em anaacutelise Atenciosamente Rosane Apda Cunha Casula Secretaacuteria Executiva da RBGO

(16) 3602-2803

Publicaccedilatildeo 21

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Nelsilene Mota Carvalho Tavares1

Sabrina Girotto Ferreira1

Joatildeo Renato Bennini2

Emiacutelio Francisco Marussi3

Ricardo Barini4

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta5

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) Campinas SP Brasil

1Aluna do Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do

CAISM-UNICAMP

2Meacutedico Assistente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

3Professor Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

4Professor Livre Docente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

5Meacutedico Assistente Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

Correspondecircncia

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta

Departamento de Ginecologia e Obstetriacutecia ndash CAISM - UNICAMP

Rua Alexander Fleming 101 - Cidade Universitaacuteria Zeferino Vaz

Distrito de Baratildeo Geraldo

13083-970 - Campinas SP Brasil

Fone (19) 35219188 Fax (19) 35219331

E-mail cfaperaltagmailcom

Publicaccedilatildeo 22

Resumo

Objetivo Determinar intervalos de referecircncia longitudinais para os valores de

iacutendices de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias umbilicais (AU) cerebral

meacutedia (ACM) e uterinas (AUT) e IP venoso do fluxo no ducto venoso (DV) por

meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Meacutetodos Estudo observacional longitudinal realizado de fevereiro de

2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Professor Doutor Joseacute Aristodemo

Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher Universidade Estadual

de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos quinzenais foram

realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP venoso do DV em

gestantes de baixo risco da 18ordf- 40ordf semanas de gravidez Modelos lineares

mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de referecircncia longitudinais

(percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos mencionados Os IP das porccedilotildees

placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram comparados por meio do

teste T para amostras independentes Valores de p menores do que 005 foram

considerados significativos Resultados Duzentas e trecircs pacientes de baixo

risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e quatro gestantes

concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames ultrassonograacuteficos Houve

reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a idade

gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram IP-

AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = -

026691- (0015414 x IG) IP-AUT = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve

diferenccedila significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e

Publicaccedilatildeo 23

abdominal fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de

referecircncia longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos gestacionais

mais importantes em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser

mais adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica vitalidade fetal

Abstract

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) ) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA MCA DV and UTA DV in low-risk pregnant women between

18-40 weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of these

measurements The PI obtained at the placental and abdominal portions of the

umbilical artery were compared using independent samples T test P values of

less than 005 were considered statistically significant Results Two hundred

and three low-risk pregnancies were included in the study One hundred sixty

four pregnant women completed the study and underwent 1242 scans There

Publicaccedilatildeo 24

was a significant decrease in the PI values of all studied vessels with gestational

age (GA) The equations obtained for the prediction of the medians were as

follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of the PI-MCA =

08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2] Logarithm of the

PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UTA = 12362403 ndash (0014392 x GA)

There was a significant difference between the PI-UA obtained at the abdominal

and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001) Conclusions Longitudinal

reference intervals for the main gestational Doppler parameters were obtained

from a Brazilian cohort These intervals could be more adequate for the follow-

up of materno-fetal haemodynamic modifications in normal and abnormal

pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound fetal well being

Publicaccedilatildeo 25

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Introduccedilatildeo

A dopplervelocimetria tem sido uma das principais ferramentas na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal principalmente por meio da obtenccedilatildeo dos iacutendices

de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias uterinas (AUT) umbilicais (AU)

cerebrais meacutedias (ACM) e no ducto venoso (DV) Estes permitem respectiva

avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees hemodinacircmicas nos territoacuterios vasculares

uteroplacentaacuterio (AUT) e fetoplacentaacuterio (AU ACM e DV)1-6

A interpretaccedilatildeo de cada um desses paracircmetros tem sido feita

rotineiramente com base em intervalos de referecircncia transversais que podem

natildeo refletir de forma adequada as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da

gravidez7-9

Potencial vantagem do uso de intervalos de referecircncia longitudinais

desses paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria uma melhor interpretaccedilatildeo das

alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e necessitam de avaliaccedilotildees

seriadas10-12 Aleacutem disso natildeo sabemos se diferenccedilas eacutetnicas podem interferir

nesses intervalos indisponiacuteveis com dados provenientes de nossa populaccedilatildeo

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Publicaccedilatildeo 26

Meacutetodos

Este foi um estudo observacional descritivo longitudinal realizado no

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) de fevereiro de 2010 a maio de 2012 O

Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) aprovou o projeto e todas as pacientes que aceitaram participar do

estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

As gestantes foram selecionadas entre aquelas encaminhadas do preacute-natal

do CAISM para ultrassonografia Obsteacutetrica Os seguintes criteacuterios foram respeitados

para inclusatildeo no estudo 1) gestaccedilatildeo uacutenica 2) idade gestacional (IG) entre 18 e 24

semanas definida com base na data da uacuteltima menstruaccedilatildeo (quando conhecida) ou

na medida do comprimento ceacutefalo-caudal embriatildeofeto no primeiro trimestre da

gravidez interpretado em intervalos de referecircncia publicados por Robinson amp

Fleming13 3) anatomia fetal normal 4) ausecircncia de alteraccedilotildees placentaacuterias

como placenta preacutevia circunvalada com suspeita de acretismo ou de qualquer tipo

de tumor 5) ausecircncia de alteraccedilotildees no cordatildeo umbilical como nuacutemero alterado

de vasos noacutes tumores ou inserccedilatildeo velamentosa na placenta 6) ausecircncia de

doenccedilas maternas 7) gestantes natildeo usuaacuterias de drogas liacutecitas ou iliacutecitas

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para exclusatildeo de pacientes do

estudo 1) qualquer anormalidade estrutural ou cromossocircmica detectada no

periacuteodo neonatal e que natildeo foi diagnosticada durante a gestaccedilatildeo 2) oacutebito fetal

ou neonatal sem causa determinada 3) impossibilidade de obtenccedilatildeo dos dados

do parto e do receacutem-nascido 4) Apgar de 5ordm minuto menor que 7

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 10: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Resumo ix

trecircs gestantes de baixo risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e

quatro gestantes concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames

ultrassonograacuteficos com mediana de oito exames por paciente (limites de 4 a

12) Houve reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a

idade gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram

IP-AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = 026691-

(0015414 x IG) IP-AUt = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve diferenccedila

significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e abdominal

fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de referecircncia

condicionais (longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

gestacionais em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser mais

adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica

Summary x

Summary

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA UTA MCA DV in low-risk pregnant women between 18-40

weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of

these measurements Maternal and perinatal variables were described using

median and range (continuous variables) absolute and relative frequencies

(categorical variables) The PI obtained at the placental and abdominal portions

of the umbilical artery were compared using independent samples T test P

values of less than 005 were considered statistically significant Results Two

hundred and three low-risk pregnancies were included in the study One

hundred sixty four pregnant women completed the study and underwent 1242

scans There was a significant decrease in the PI values of all studied vessels

with gestational age (GA) The equations obtained for the prediction of the

Summary xi

medians were as follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of

the PI-MCA = 08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2]

Logarithm of the PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UtA = 12362403 ndash

(0014392 x GA) There was a significant difference between the PI-UA obtained

at the abdominal and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001)

Conclusions Longitudinal reference intervals for the main gestational Doppler

parameters were obtained from a Brazilian cohort These intervals could be

more adequate for the follow-up of materno-fetal haemodynamic modifications in

normal and abnormal pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound

Introduccedilatildeo 12

1 Introduccedilatildeo

O efeito Doppler eacute um conceito em fiacutesica que significa a mudanccedila de

frequecircncia de uma onda quando emitida ou refletida por um objeto em

movimento em relaccedilatildeo a um observador O nome atribuiacutedo ao fenocircmeno

homenageia o fiacutesico austriacuteaco Johann Christian Andreacuteas Doppler que o

descreveu pela primeira vez em 1842(1)

A funccedilatildeo Doppler do equipamento de ultrassonografia utiliza mudanccedilas

de frequecircncia do ultrassom para estimar velocidades do sangue no interior dos

vasos Desta forma diferentes velocidades relacionadas a fases distintas em

um mesmo ciclo cardiacuteaco podem ser obtidas e utilizadas para o caacutelculo de

iacutendices Estes satildeo paracircmetros hemodinacircmicos obtidos em locais especiacuteficos do

leito vascular Os mais utilizados em Obstetriacutecia tecircm sido (Figura 1) (2-5)

Introduccedilatildeo 13

Figura 1 - Iacutendices dopplervelocimeacutetricos mais utilizados em Obstetriacutecia

a) Iacutendice de pulsatilidade (IP) ndash descrito por Gosling et al em 1975 definido

como a relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade

diastoacutelica final pela velocidade meacutedia (IP= S-DVM)

b) Iacutendice de resistecircncia (IR) ndash descrito por Pourcelot em 1974 definido como a

relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade diastoacutelica

final pela velocidade sistoacutelica maacutexima (IR= S-D-S)

c) Relaccedilatildeo siacutestole por diaacutestole ndash descrita por Stuart et al em 1990 definida

como a divisatildeo da velocidade sistoacutelica maacutexima pela velocidade diastoacutelica

final (SD)

Os iacutendices dopplervelocimeacutetricos avaliam o comportamento do fluxo

sanguiacuteneo no decorrer do ciclo cardiacuteaco O IP e o IR avaliam diretamente a

Introduccedilatildeo 14

impedacircncia definida como a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de entrada e a velocidade

de fluxo em um local especiacutefico no leito vascular (2-5)

A importacircncia do uso do Doppler em Obstetriacutecia comeccedilou a aumentar na

deacutecada de 70 Por esta eacutepoca foi observada a associaccedilatildeo entre valores

anormais dos iacutendices dopplervelocimeacutetricos nas arteacuterias umbilicais (AU) e a

restriccedilatildeo de crescimento fetal (RCF) o sofrimento fetal (SF) e o aumento no

nuacutemero de internaccedilotildees do neonato em unidades de terapia intensiva (6) Desde

entatildeo a dopplervelocimetria tem sido muito estudada para avaliaccedilatildeo das

circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria Por ser meacutetodo natildeo invasivo

tornou-se indispensaacutevel na investigaccedilatildeo do bem-estar fetal e das respostas

hemodinacircmicas do concepto frente a situaccedilotildees que colocam em risco sua

adequada nutriccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo (7-12)

Para avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo fetal (hemodinacircmica fetal) os principais

vasos estudados satildeo a ACM e o DV (13-17)

O fluxo de sangue na ACM em gestaccedilotildees normais eacute anteroacutegrado e

contiacutenuo durante todo o ciclo cardiacuteaco Os valores de IP obtidos neste vaso satildeo

considerados normais quando acima do percentil 5 de intervalos de referecircncia

(18-20) Na hipoxemia fetal (baixa tensatildeo de oxigecircnio no sangue) ocorre

reduccedilatildeo no tocircnus vascular da ACM e consequente queda nos valores de IP

Aleacutem disso a medida da velocidade do sangue no interior da ACM tem sido

utilizada para a suspeiccedilatildeo de anemia fetal tendo em vista que nesta situaccedilatildeo

Introduccedilatildeo 15

haacute reduccedilatildeo da viscosidade do sangue que passa a fluir mais rapidamente no

interior do vaso (21-23)

O DV eacute um vaso que liga o seio portal (comunicaccedilatildeo da porccedilatildeo intra-

hepaacutetica da veia umbilical com o ramo portal esquerdo) agrave veia cava inferior

imediatamente antes de sua conexatildeo com o aacutetrio direito Este vaso direciona

parte do sangue oxigenado que retorna da placenta para as cacircmaras cardiacuteacas

esquerdas atraveacutes do forame oval assegurando adequado aporte de oxigecircnio para

o miocaacuterdio e ceacuterebro Sua avaliaccedilatildeo eacute imprescindiacutevel em gestaccedilotildees de alto risco

principalmente quando a dopplervelocimetria das AU demonstra ausecircncia de

fluxo (diaacutestole zero) ou fluxo reverso (diaacutestole reversa) durante a diaacutestole

cardiacuteaca Nestes casos alteraccedilotildees no padratildeo de fluxo no ducto venoso tecircm

relaccedilatildeo com falecircncia miocaacuterdica e acidemia fetal (2425) O fluxo de sangue no

DV eacute considerado normal quando seu IP estaacute abaixo do percentil 95 de

intervalos de referecircncia (2627)

A avaliaccedilatildeo do padratildeo de fluxo no DV tambeacutem tem importacircncia no

primeiro trimestre da gestaccedilatildeo (entre 11 e 14 semanas de gravidez) ao

contribuir com o caacutelculo de risco para anomalias cromossocircmicas Aleacutem disso

alteraccedilotildees do fluxo no DV neste periacuteodo relacionam-se ao aumento de risco

para cardiopatias congecircnitas (2829)

A circulaccedilatildeo fetoplacentaacuteria pode ser estudada por meio da

dopplervelocimetria nas AU Em gestaccedilotildees normais o fluxo de sangue do feto

para a placenta aumenta gradativamente com IG o que eacute acompanhado por

Introduccedilatildeo 16

progressiva queda nos valores de IP e IR medidos nestes vasos No segundo e

terceiro trimestres da gestaccedilatildeo o fluxo sanguiacuteneo nas AU eacute contiacutenuo e

anteroacutegrado durante todo o ciclo cardiacuteaco Satildeo considerados normais IP e IR

abaixo do percentil 95 de intervalos de referecircncia (30-34)

A dopplervelocimetria das AU pode ser considerada uma avaliaccedilatildeo

indireta da funccedilatildeo placentaacuteria Quando os IP dessas arteacuterias encontram-se abaixo

do 95o percentil dos intervalos de referecircncia sabe-se que pelo menos 70 das

vilosidades placentaacuterias estatildeo funcionando adequadamente Quando os IP

encontram-se acima deste limite haacute comprometimento da funccedilatildeo de 30 a 50

das vilosidades Quando ocorre a diaacutestole zero ou reversa mais de 50 e mais

de 70 das vilosidades placentaacuterias encontram-se alteradas respectivamente

(35-37) Assim sendo a dopplervelocimetria das AU tem papel relevante na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal contribuindo para a reduccedilatildeo da mortalidade

perinatal principalmente em casos de restriccedilatildeo de crescimento fetal (38-40)

A avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo uteroplacentaacuteria eacute realizada por intermeacutedio da

dopplervelocimetria das AUT Estas apresentam baixo fluxo diastoacutelico e alta

resistecircncia no primeiro trimestre da gestaccedilatildeo Agrave medida que a invasatildeo

trofoblaacutestica ocorre haacute gradativa queda na resistecircncia ao fluxo no interior desses

vasos Dessa forma principalmente apoacutes a 20a semana de gravidez o padratildeo de

fluxo nas AUT passa a ser de baixa resistecircncia refletindo adequado processo

de implantaccedilatildeo da placenta e portanto apropriado aporte de sangue ao

territoacuterio uteroplacentaacuterio (41)

Introduccedilatildeo 17

O papel da dopplervelocimetria das AUT tem sido muito estudado para o

rastreamento da preacute-eclacircmpsia (PE) e de RCF Sabe-se que 772 das

gestantes que desenvolvem PE precoce (antes de 34 semanas) 438 das que

apresentam RCF precoce e 823 daquelas que apresentam ambas as

complicaccedilotildees tecircm IP meacutedio das AUT acima de 15 na metade da gestaccedilatildeo (entre 20

e 24 semanas) (42) Tambeacutem tem sido demonstrado que IP acima do percentil

95 nestes vasos relacionam-se a maior incidecircncia destas adversidades (43-45)

a interpretaccedilatildeo de cada um dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

mencionados acima (AUT AU ACM e DV) tem sido feita rotineiramente com

base em intervalos de referecircncia transversais todos construiacutedos em outros

paiacuteses (1819)

Cabe aqui um breve comentaacuterio sobre intervalos de referecircncia termo mais

correto a ser aplicado para as chamadas curvas de normalidade Intervalos de

referecircncia para quaisquer medidas podem ser elaborados por meio de estudos

transversais ou longitudinais Os intervalos de referecircncia transversais satildeo obtidos de

avaliaccedilotildees uacutenicas dos participantes do estudo sendo muito apropriados para

investigaccedilatildeo do estado de um indiviacuteduo em determinado momento No entanto

os intervalos de referecircncia longitudinais (ou condicionais) satildeo obtidos por

avaliaccedilotildees sequenciais dos sujeitos da pesquisa Desta forma ao se calcular

um valor em um determinado momento do processo evolutivo cada valor de um

mesmo indiviacuteduo eacute levado em conta de forma condicional para o caacutelculo dos

respectivos valores subsequentes Tecircm portanto a finalidade de demonstrar

Introduccedilatildeo 18

padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo isto eacute como se comportam

determinadas medidas ao longo do tempo em indiviacuteduos normais (46-48)

Na gestaccedilatildeo a vantagem potencial do uso de intervalos de referecircncia

longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria a melhor interpretaccedilatildeo

das alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e provavelmente se beneficiariam de

avaliaccedilotildees seriadas (1331)

No Brasil natildeo se dispotildee dos intervalos de referecircncia longitudinais dos

paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais utilizados na atualidade para avaliaccedilatildeo

das circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria (304950) Portanto pode

ser questionado se o seguimento das gestantes com comprometimento do bem-

estar fetal neste paiacutes estaacute sendo realizado da forma mais adequada possiacutevel

Intervalos de referecircncia longitudinais produzidos em outros paiacuteses (162031)

poderiam ser usados como base para seguimento das gestantes brasileiras No

entanto natildeo se sabe se diferenccedilas eacutetnicas interferem nos valores dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos mencionados

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Objetivos 19

2 Objetivos

21 Objetivo geral

Determinar intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais por meio da avaliaccedilatildeo longitudinal de gestantes

de baixo risco entre a 18a e 40a semanas de gravidez atendidas no Hospital da

Mulher Prof Dr Joseacute Aristodemo Pinotti - Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede

da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP)

22 Objetivos especiacuteficos

Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para os

valores de iacutendices de pulsatilidade dos fluxos nos seguintes vasos

Arteacuteria umbilical

Arteacuteria cerebral meacutedia

Ducto venoso

Arteacuterias uterinas

Publicaccedilatildeo 20

3 Publicaccedilatildeo

Artigo submetido agrave Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Dr Cleisson Fabio Peralta Recebemos o artigo Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos maternofetais protocolado sob nordm 4439 O mesmo encontra-se em anaacutelise Atenciosamente Rosane Apda Cunha Casula Secretaacuteria Executiva da RBGO

(16) 3602-2803

Publicaccedilatildeo 21

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Nelsilene Mota Carvalho Tavares1

Sabrina Girotto Ferreira1

Joatildeo Renato Bennini2

Emiacutelio Francisco Marussi3

Ricardo Barini4

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta5

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) Campinas SP Brasil

1Aluna do Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do

CAISM-UNICAMP

2Meacutedico Assistente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

3Professor Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

4Professor Livre Docente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

5Meacutedico Assistente Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

Correspondecircncia

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta

Departamento de Ginecologia e Obstetriacutecia ndash CAISM - UNICAMP

Rua Alexander Fleming 101 - Cidade Universitaacuteria Zeferino Vaz

Distrito de Baratildeo Geraldo

13083-970 - Campinas SP Brasil

Fone (19) 35219188 Fax (19) 35219331

E-mail cfaperaltagmailcom

Publicaccedilatildeo 22

Resumo

Objetivo Determinar intervalos de referecircncia longitudinais para os valores de

iacutendices de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias umbilicais (AU) cerebral

meacutedia (ACM) e uterinas (AUT) e IP venoso do fluxo no ducto venoso (DV) por

meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Meacutetodos Estudo observacional longitudinal realizado de fevereiro de

2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Professor Doutor Joseacute Aristodemo

Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher Universidade Estadual

de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos quinzenais foram

realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP venoso do DV em

gestantes de baixo risco da 18ordf- 40ordf semanas de gravidez Modelos lineares

mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de referecircncia longitudinais

(percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos mencionados Os IP das porccedilotildees

placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram comparados por meio do

teste T para amostras independentes Valores de p menores do que 005 foram

considerados significativos Resultados Duzentas e trecircs pacientes de baixo

risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e quatro gestantes

concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames ultrassonograacuteficos Houve

reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a idade

gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram IP-

AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = -

026691- (0015414 x IG) IP-AUT = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve

diferenccedila significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e

Publicaccedilatildeo 23

abdominal fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de

referecircncia longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos gestacionais

mais importantes em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser

mais adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica vitalidade fetal

Abstract

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) ) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA MCA DV and UTA DV in low-risk pregnant women between

18-40 weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of these

measurements The PI obtained at the placental and abdominal portions of the

umbilical artery were compared using independent samples T test P values of

less than 005 were considered statistically significant Results Two hundred

and three low-risk pregnancies were included in the study One hundred sixty

four pregnant women completed the study and underwent 1242 scans There

Publicaccedilatildeo 24

was a significant decrease in the PI values of all studied vessels with gestational

age (GA) The equations obtained for the prediction of the medians were as

follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of the PI-MCA =

08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2] Logarithm of the

PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UTA = 12362403 ndash (0014392 x GA)

There was a significant difference between the PI-UA obtained at the abdominal

and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001) Conclusions Longitudinal

reference intervals for the main gestational Doppler parameters were obtained

from a Brazilian cohort These intervals could be more adequate for the follow-

up of materno-fetal haemodynamic modifications in normal and abnormal

pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound fetal well being

Publicaccedilatildeo 25

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Introduccedilatildeo

A dopplervelocimetria tem sido uma das principais ferramentas na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal principalmente por meio da obtenccedilatildeo dos iacutendices

de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias uterinas (AUT) umbilicais (AU)

cerebrais meacutedias (ACM) e no ducto venoso (DV) Estes permitem respectiva

avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees hemodinacircmicas nos territoacuterios vasculares

uteroplacentaacuterio (AUT) e fetoplacentaacuterio (AU ACM e DV)1-6

A interpretaccedilatildeo de cada um desses paracircmetros tem sido feita

rotineiramente com base em intervalos de referecircncia transversais que podem

natildeo refletir de forma adequada as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da

gravidez7-9

Potencial vantagem do uso de intervalos de referecircncia longitudinais

desses paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria uma melhor interpretaccedilatildeo das

alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e necessitam de avaliaccedilotildees

seriadas10-12 Aleacutem disso natildeo sabemos se diferenccedilas eacutetnicas podem interferir

nesses intervalos indisponiacuteveis com dados provenientes de nossa populaccedilatildeo

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Publicaccedilatildeo 26

Meacutetodos

Este foi um estudo observacional descritivo longitudinal realizado no

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) de fevereiro de 2010 a maio de 2012 O

Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) aprovou o projeto e todas as pacientes que aceitaram participar do

estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

As gestantes foram selecionadas entre aquelas encaminhadas do preacute-natal

do CAISM para ultrassonografia Obsteacutetrica Os seguintes criteacuterios foram respeitados

para inclusatildeo no estudo 1) gestaccedilatildeo uacutenica 2) idade gestacional (IG) entre 18 e 24

semanas definida com base na data da uacuteltima menstruaccedilatildeo (quando conhecida) ou

na medida do comprimento ceacutefalo-caudal embriatildeofeto no primeiro trimestre da

gravidez interpretado em intervalos de referecircncia publicados por Robinson amp

Fleming13 3) anatomia fetal normal 4) ausecircncia de alteraccedilotildees placentaacuterias

como placenta preacutevia circunvalada com suspeita de acretismo ou de qualquer tipo

de tumor 5) ausecircncia de alteraccedilotildees no cordatildeo umbilical como nuacutemero alterado

de vasos noacutes tumores ou inserccedilatildeo velamentosa na placenta 6) ausecircncia de

doenccedilas maternas 7) gestantes natildeo usuaacuterias de drogas liacutecitas ou iliacutecitas

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para exclusatildeo de pacientes do

estudo 1) qualquer anormalidade estrutural ou cromossocircmica detectada no

periacuteodo neonatal e que natildeo foi diagnosticada durante a gestaccedilatildeo 2) oacutebito fetal

ou neonatal sem causa determinada 3) impossibilidade de obtenccedilatildeo dos dados

do parto e do receacutem-nascido 4) Apgar de 5ordm minuto menor que 7

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 11: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Summary x

Summary

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA UTA MCA DV in low-risk pregnant women between 18-40

weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of

these measurements Maternal and perinatal variables were described using

median and range (continuous variables) absolute and relative frequencies

(categorical variables) The PI obtained at the placental and abdominal portions

of the umbilical artery were compared using independent samples T test P

values of less than 005 were considered statistically significant Results Two

hundred and three low-risk pregnancies were included in the study One

hundred sixty four pregnant women completed the study and underwent 1242

scans There was a significant decrease in the PI values of all studied vessels

with gestational age (GA) The equations obtained for the prediction of the

Summary xi

medians were as follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of

the PI-MCA = 08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2]

Logarithm of the PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UtA = 12362403 ndash

(0014392 x GA) There was a significant difference between the PI-UA obtained

at the abdominal and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001)

Conclusions Longitudinal reference intervals for the main gestational Doppler

parameters were obtained from a Brazilian cohort These intervals could be

more adequate for the follow-up of materno-fetal haemodynamic modifications in

normal and abnormal pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound

Introduccedilatildeo 12

1 Introduccedilatildeo

O efeito Doppler eacute um conceito em fiacutesica que significa a mudanccedila de

frequecircncia de uma onda quando emitida ou refletida por um objeto em

movimento em relaccedilatildeo a um observador O nome atribuiacutedo ao fenocircmeno

homenageia o fiacutesico austriacuteaco Johann Christian Andreacuteas Doppler que o

descreveu pela primeira vez em 1842(1)

A funccedilatildeo Doppler do equipamento de ultrassonografia utiliza mudanccedilas

de frequecircncia do ultrassom para estimar velocidades do sangue no interior dos

vasos Desta forma diferentes velocidades relacionadas a fases distintas em

um mesmo ciclo cardiacuteaco podem ser obtidas e utilizadas para o caacutelculo de

iacutendices Estes satildeo paracircmetros hemodinacircmicos obtidos em locais especiacuteficos do

leito vascular Os mais utilizados em Obstetriacutecia tecircm sido (Figura 1) (2-5)

Introduccedilatildeo 13

Figura 1 - Iacutendices dopplervelocimeacutetricos mais utilizados em Obstetriacutecia

a) Iacutendice de pulsatilidade (IP) ndash descrito por Gosling et al em 1975 definido

como a relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade

diastoacutelica final pela velocidade meacutedia (IP= S-DVM)

b) Iacutendice de resistecircncia (IR) ndash descrito por Pourcelot em 1974 definido como a

relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade diastoacutelica

final pela velocidade sistoacutelica maacutexima (IR= S-D-S)

c) Relaccedilatildeo siacutestole por diaacutestole ndash descrita por Stuart et al em 1990 definida

como a divisatildeo da velocidade sistoacutelica maacutexima pela velocidade diastoacutelica

final (SD)

Os iacutendices dopplervelocimeacutetricos avaliam o comportamento do fluxo

sanguiacuteneo no decorrer do ciclo cardiacuteaco O IP e o IR avaliam diretamente a

Introduccedilatildeo 14

impedacircncia definida como a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de entrada e a velocidade

de fluxo em um local especiacutefico no leito vascular (2-5)

A importacircncia do uso do Doppler em Obstetriacutecia comeccedilou a aumentar na

deacutecada de 70 Por esta eacutepoca foi observada a associaccedilatildeo entre valores

anormais dos iacutendices dopplervelocimeacutetricos nas arteacuterias umbilicais (AU) e a

restriccedilatildeo de crescimento fetal (RCF) o sofrimento fetal (SF) e o aumento no

nuacutemero de internaccedilotildees do neonato em unidades de terapia intensiva (6) Desde

entatildeo a dopplervelocimetria tem sido muito estudada para avaliaccedilatildeo das

circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria Por ser meacutetodo natildeo invasivo

tornou-se indispensaacutevel na investigaccedilatildeo do bem-estar fetal e das respostas

hemodinacircmicas do concepto frente a situaccedilotildees que colocam em risco sua

adequada nutriccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo (7-12)

Para avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo fetal (hemodinacircmica fetal) os principais

vasos estudados satildeo a ACM e o DV (13-17)

O fluxo de sangue na ACM em gestaccedilotildees normais eacute anteroacutegrado e

contiacutenuo durante todo o ciclo cardiacuteaco Os valores de IP obtidos neste vaso satildeo

considerados normais quando acima do percentil 5 de intervalos de referecircncia

(18-20) Na hipoxemia fetal (baixa tensatildeo de oxigecircnio no sangue) ocorre

reduccedilatildeo no tocircnus vascular da ACM e consequente queda nos valores de IP

Aleacutem disso a medida da velocidade do sangue no interior da ACM tem sido

utilizada para a suspeiccedilatildeo de anemia fetal tendo em vista que nesta situaccedilatildeo

Introduccedilatildeo 15

haacute reduccedilatildeo da viscosidade do sangue que passa a fluir mais rapidamente no

interior do vaso (21-23)

O DV eacute um vaso que liga o seio portal (comunicaccedilatildeo da porccedilatildeo intra-

hepaacutetica da veia umbilical com o ramo portal esquerdo) agrave veia cava inferior

imediatamente antes de sua conexatildeo com o aacutetrio direito Este vaso direciona

parte do sangue oxigenado que retorna da placenta para as cacircmaras cardiacuteacas

esquerdas atraveacutes do forame oval assegurando adequado aporte de oxigecircnio para

o miocaacuterdio e ceacuterebro Sua avaliaccedilatildeo eacute imprescindiacutevel em gestaccedilotildees de alto risco

principalmente quando a dopplervelocimetria das AU demonstra ausecircncia de

fluxo (diaacutestole zero) ou fluxo reverso (diaacutestole reversa) durante a diaacutestole

cardiacuteaca Nestes casos alteraccedilotildees no padratildeo de fluxo no ducto venoso tecircm

relaccedilatildeo com falecircncia miocaacuterdica e acidemia fetal (2425) O fluxo de sangue no

DV eacute considerado normal quando seu IP estaacute abaixo do percentil 95 de

intervalos de referecircncia (2627)

A avaliaccedilatildeo do padratildeo de fluxo no DV tambeacutem tem importacircncia no

primeiro trimestre da gestaccedilatildeo (entre 11 e 14 semanas de gravidez) ao

contribuir com o caacutelculo de risco para anomalias cromossocircmicas Aleacutem disso

alteraccedilotildees do fluxo no DV neste periacuteodo relacionam-se ao aumento de risco

para cardiopatias congecircnitas (2829)

A circulaccedilatildeo fetoplacentaacuteria pode ser estudada por meio da

dopplervelocimetria nas AU Em gestaccedilotildees normais o fluxo de sangue do feto

para a placenta aumenta gradativamente com IG o que eacute acompanhado por

Introduccedilatildeo 16

progressiva queda nos valores de IP e IR medidos nestes vasos No segundo e

terceiro trimestres da gestaccedilatildeo o fluxo sanguiacuteneo nas AU eacute contiacutenuo e

anteroacutegrado durante todo o ciclo cardiacuteaco Satildeo considerados normais IP e IR

abaixo do percentil 95 de intervalos de referecircncia (30-34)

A dopplervelocimetria das AU pode ser considerada uma avaliaccedilatildeo

indireta da funccedilatildeo placentaacuteria Quando os IP dessas arteacuterias encontram-se abaixo

do 95o percentil dos intervalos de referecircncia sabe-se que pelo menos 70 das

vilosidades placentaacuterias estatildeo funcionando adequadamente Quando os IP

encontram-se acima deste limite haacute comprometimento da funccedilatildeo de 30 a 50

das vilosidades Quando ocorre a diaacutestole zero ou reversa mais de 50 e mais

de 70 das vilosidades placentaacuterias encontram-se alteradas respectivamente

(35-37) Assim sendo a dopplervelocimetria das AU tem papel relevante na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal contribuindo para a reduccedilatildeo da mortalidade

perinatal principalmente em casos de restriccedilatildeo de crescimento fetal (38-40)

A avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo uteroplacentaacuteria eacute realizada por intermeacutedio da

dopplervelocimetria das AUT Estas apresentam baixo fluxo diastoacutelico e alta

resistecircncia no primeiro trimestre da gestaccedilatildeo Agrave medida que a invasatildeo

trofoblaacutestica ocorre haacute gradativa queda na resistecircncia ao fluxo no interior desses

vasos Dessa forma principalmente apoacutes a 20a semana de gravidez o padratildeo de

fluxo nas AUT passa a ser de baixa resistecircncia refletindo adequado processo

de implantaccedilatildeo da placenta e portanto apropriado aporte de sangue ao

territoacuterio uteroplacentaacuterio (41)

Introduccedilatildeo 17

O papel da dopplervelocimetria das AUT tem sido muito estudado para o

rastreamento da preacute-eclacircmpsia (PE) e de RCF Sabe-se que 772 das

gestantes que desenvolvem PE precoce (antes de 34 semanas) 438 das que

apresentam RCF precoce e 823 daquelas que apresentam ambas as

complicaccedilotildees tecircm IP meacutedio das AUT acima de 15 na metade da gestaccedilatildeo (entre 20

e 24 semanas) (42) Tambeacutem tem sido demonstrado que IP acima do percentil

95 nestes vasos relacionam-se a maior incidecircncia destas adversidades (43-45)

a interpretaccedilatildeo de cada um dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

mencionados acima (AUT AU ACM e DV) tem sido feita rotineiramente com

base em intervalos de referecircncia transversais todos construiacutedos em outros

paiacuteses (1819)

Cabe aqui um breve comentaacuterio sobre intervalos de referecircncia termo mais

correto a ser aplicado para as chamadas curvas de normalidade Intervalos de

referecircncia para quaisquer medidas podem ser elaborados por meio de estudos

transversais ou longitudinais Os intervalos de referecircncia transversais satildeo obtidos de

avaliaccedilotildees uacutenicas dos participantes do estudo sendo muito apropriados para

investigaccedilatildeo do estado de um indiviacuteduo em determinado momento No entanto

os intervalos de referecircncia longitudinais (ou condicionais) satildeo obtidos por

avaliaccedilotildees sequenciais dos sujeitos da pesquisa Desta forma ao se calcular

um valor em um determinado momento do processo evolutivo cada valor de um

mesmo indiviacuteduo eacute levado em conta de forma condicional para o caacutelculo dos

respectivos valores subsequentes Tecircm portanto a finalidade de demonstrar

Introduccedilatildeo 18

padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo isto eacute como se comportam

determinadas medidas ao longo do tempo em indiviacuteduos normais (46-48)

Na gestaccedilatildeo a vantagem potencial do uso de intervalos de referecircncia

longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria a melhor interpretaccedilatildeo

das alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e provavelmente se beneficiariam de

avaliaccedilotildees seriadas (1331)

No Brasil natildeo se dispotildee dos intervalos de referecircncia longitudinais dos

paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais utilizados na atualidade para avaliaccedilatildeo

das circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria (304950) Portanto pode

ser questionado se o seguimento das gestantes com comprometimento do bem-

estar fetal neste paiacutes estaacute sendo realizado da forma mais adequada possiacutevel

Intervalos de referecircncia longitudinais produzidos em outros paiacuteses (162031)

poderiam ser usados como base para seguimento das gestantes brasileiras No

entanto natildeo se sabe se diferenccedilas eacutetnicas interferem nos valores dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos mencionados

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Objetivos 19

2 Objetivos

21 Objetivo geral

Determinar intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais por meio da avaliaccedilatildeo longitudinal de gestantes

de baixo risco entre a 18a e 40a semanas de gravidez atendidas no Hospital da

Mulher Prof Dr Joseacute Aristodemo Pinotti - Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede

da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP)

22 Objetivos especiacuteficos

Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para os

valores de iacutendices de pulsatilidade dos fluxos nos seguintes vasos

Arteacuteria umbilical

Arteacuteria cerebral meacutedia

Ducto venoso

Arteacuterias uterinas

Publicaccedilatildeo 20

3 Publicaccedilatildeo

Artigo submetido agrave Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Dr Cleisson Fabio Peralta Recebemos o artigo Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos maternofetais protocolado sob nordm 4439 O mesmo encontra-se em anaacutelise Atenciosamente Rosane Apda Cunha Casula Secretaacuteria Executiva da RBGO

(16) 3602-2803

Publicaccedilatildeo 21

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Nelsilene Mota Carvalho Tavares1

Sabrina Girotto Ferreira1

Joatildeo Renato Bennini2

Emiacutelio Francisco Marussi3

Ricardo Barini4

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta5

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) Campinas SP Brasil

1Aluna do Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do

CAISM-UNICAMP

2Meacutedico Assistente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

3Professor Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

4Professor Livre Docente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

5Meacutedico Assistente Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

Correspondecircncia

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta

Departamento de Ginecologia e Obstetriacutecia ndash CAISM - UNICAMP

Rua Alexander Fleming 101 - Cidade Universitaacuteria Zeferino Vaz

Distrito de Baratildeo Geraldo

13083-970 - Campinas SP Brasil

Fone (19) 35219188 Fax (19) 35219331

E-mail cfaperaltagmailcom

Publicaccedilatildeo 22

Resumo

Objetivo Determinar intervalos de referecircncia longitudinais para os valores de

iacutendices de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias umbilicais (AU) cerebral

meacutedia (ACM) e uterinas (AUT) e IP venoso do fluxo no ducto venoso (DV) por

meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Meacutetodos Estudo observacional longitudinal realizado de fevereiro de

2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Professor Doutor Joseacute Aristodemo

Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher Universidade Estadual

de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos quinzenais foram

realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP venoso do DV em

gestantes de baixo risco da 18ordf- 40ordf semanas de gravidez Modelos lineares

mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de referecircncia longitudinais

(percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos mencionados Os IP das porccedilotildees

placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram comparados por meio do

teste T para amostras independentes Valores de p menores do que 005 foram

considerados significativos Resultados Duzentas e trecircs pacientes de baixo

risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e quatro gestantes

concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames ultrassonograacuteficos Houve

reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a idade

gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram IP-

AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = -

026691- (0015414 x IG) IP-AUT = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve

diferenccedila significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e

Publicaccedilatildeo 23

abdominal fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de

referecircncia longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos gestacionais

mais importantes em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser

mais adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica vitalidade fetal

Abstract

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) ) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA MCA DV and UTA DV in low-risk pregnant women between

18-40 weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of these

measurements The PI obtained at the placental and abdominal portions of the

umbilical artery were compared using independent samples T test P values of

less than 005 were considered statistically significant Results Two hundred

and three low-risk pregnancies were included in the study One hundred sixty

four pregnant women completed the study and underwent 1242 scans There

Publicaccedilatildeo 24

was a significant decrease in the PI values of all studied vessels with gestational

age (GA) The equations obtained for the prediction of the medians were as

follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of the PI-MCA =

08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2] Logarithm of the

PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UTA = 12362403 ndash (0014392 x GA)

There was a significant difference between the PI-UA obtained at the abdominal

and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001) Conclusions Longitudinal

reference intervals for the main gestational Doppler parameters were obtained

from a Brazilian cohort These intervals could be more adequate for the follow-

up of materno-fetal haemodynamic modifications in normal and abnormal

pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound fetal well being

Publicaccedilatildeo 25

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Introduccedilatildeo

A dopplervelocimetria tem sido uma das principais ferramentas na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal principalmente por meio da obtenccedilatildeo dos iacutendices

de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias uterinas (AUT) umbilicais (AU)

cerebrais meacutedias (ACM) e no ducto venoso (DV) Estes permitem respectiva

avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees hemodinacircmicas nos territoacuterios vasculares

uteroplacentaacuterio (AUT) e fetoplacentaacuterio (AU ACM e DV)1-6

A interpretaccedilatildeo de cada um desses paracircmetros tem sido feita

rotineiramente com base em intervalos de referecircncia transversais que podem

natildeo refletir de forma adequada as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da

gravidez7-9

Potencial vantagem do uso de intervalos de referecircncia longitudinais

desses paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria uma melhor interpretaccedilatildeo das

alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e necessitam de avaliaccedilotildees

seriadas10-12 Aleacutem disso natildeo sabemos se diferenccedilas eacutetnicas podem interferir

nesses intervalos indisponiacuteveis com dados provenientes de nossa populaccedilatildeo

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Publicaccedilatildeo 26

Meacutetodos

Este foi um estudo observacional descritivo longitudinal realizado no

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) de fevereiro de 2010 a maio de 2012 O

Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) aprovou o projeto e todas as pacientes que aceitaram participar do

estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

As gestantes foram selecionadas entre aquelas encaminhadas do preacute-natal

do CAISM para ultrassonografia Obsteacutetrica Os seguintes criteacuterios foram respeitados

para inclusatildeo no estudo 1) gestaccedilatildeo uacutenica 2) idade gestacional (IG) entre 18 e 24

semanas definida com base na data da uacuteltima menstruaccedilatildeo (quando conhecida) ou

na medida do comprimento ceacutefalo-caudal embriatildeofeto no primeiro trimestre da

gravidez interpretado em intervalos de referecircncia publicados por Robinson amp

Fleming13 3) anatomia fetal normal 4) ausecircncia de alteraccedilotildees placentaacuterias

como placenta preacutevia circunvalada com suspeita de acretismo ou de qualquer tipo

de tumor 5) ausecircncia de alteraccedilotildees no cordatildeo umbilical como nuacutemero alterado

de vasos noacutes tumores ou inserccedilatildeo velamentosa na placenta 6) ausecircncia de

doenccedilas maternas 7) gestantes natildeo usuaacuterias de drogas liacutecitas ou iliacutecitas

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para exclusatildeo de pacientes do

estudo 1) qualquer anormalidade estrutural ou cromossocircmica detectada no

periacuteodo neonatal e que natildeo foi diagnosticada durante a gestaccedilatildeo 2) oacutebito fetal

ou neonatal sem causa determinada 3) impossibilidade de obtenccedilatildeo dos dados

do parto e do receacutem-nascido 4) Apgar de 5ordm minuto menor que 7

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 12: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Summary xi

medians were as follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of

the PI-MCA = 08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2]

Logarithm of the PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UtA = 12362403 ndash

(0014392 x GA) There was a significant difference between the PI-UA obtained

at the abdominal and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001)

Conclusions Longitudinal reference intervals for the main gestational Doppler

parameters were obtained from a Brazilian cohort These intervals could be

more adequate for the follow-up of materno-fetal haemodynamic modifications in

normal and abnormal pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound

Introduccedilatildeo 12

1 Introduccedilatildeo

O efeito Doppler eacute um conceito em fiacutesica que significa a mudanccedila de

frequecircncia de uma onda quando emitida ou refletida por um objeto em

movimento em relaccedilatildeo a um observador O nome atribuiacutedo ao fenocircmeno

homenageia o fiacutesico austriacuteaco Johann Christian Andreacuteas Doppler que o

descreveu pela primeira vez em 1842(1)

A funccedilatildeo Doppler do equipamento de ultrassonografia utiliza mudanccedilas

de frequecircncia do ultrassom para estimar velocidades do sangue no interior dos

vasos Desta forma diferentes velocidades relacionadas a fases distintas em

um mesmo ciclo cardiacuteaco podem ser obtidas e utilizadas para o caacutelculo de

iacutendices Estes satildeo paracircmetros hemodinacircmicos obtidos em locais especiacuteficos do

leito vascular Os mais utilizados em Obstetriacutecia tecircm sido (Figura 1) (2-5)

Introduccedilatildeo 13

Figura 1 - Iacutendices dopplervelocimeacutetricos mais utilizados em Obstetriacutecia

a) Iacutendice de pulsatilidade (IP) ndash descrito por Gosling et al em 1975 definido

como a relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade

diastoacutelica final pela velocidade meacutedia (IP= S-DVM)

b) Iacutendice de resistecircncia (IR) ndash descrito por Pourcelot em 1974 definido como a

relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade diastoacutelica

final pela velocidade sistoacutelica maacutexima (IR= S-D-S)

c) Relaccedilatildeo siacutestole por diaacutestole ndash descrita por Stuart et al em 1990 definida

como a divisatildeo da velocidade sistoacutelica maacutexima pela velocidade diastoacutelica

final (SD)

Os iacutendices dopplervelocimeacutetricos avaliam o comportamento do fluxo

sanguiacuteneo no decorrer do ciclo cardiacuteaco O IP e o IR avaliam diretamente a

Introduccedilatildeo 14

impedacircncia definida como a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de entrada e a velocidade

de fluxo em um local especiacutefico no leito vascular (2-5)

A importacircncia do uso do Doppler em Obstetriacutecia comeccedilou a aumentar na

deacutecada de 70 Por esta eacutepoca foi observada a associaccedilatildeo entre valores

anormais dos iacutendices dopplervelocimeacutetricos nas arteacuterias umbilicais (AU) e a

restriccedilatildeo de crescimento fetal (RCF) o sofrimento fetal (SF) e o aumento no

nuacutemero de internaccedilotildees do neonato em unidades de terapia intensiva (6) Desde

entatildeo a dopplervelocimetria tem sido muito estudada para avaliaccedilatildeo das

circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria Por ser meacutetodo natildeo invasivo

tornou-se indispensaacutevel na investigaccedilatildeo do bem-estar fetal e das respostas

hemodinacircmicas do concepto frente a situaccedilotildees que colocam em risco sua

adequada nutriccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo (7-12)

Para avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo fetal (hemodinacircmica fetal) os principais

vasos estudados satildeo a ACM e o DV (13-17)

O fluxo de sangue na ACM em gestaccedilotildees normais eacute anteroacutegrado e

contiacutenuo durante todo o ciclo cardiacuteaco Os valores de IP obtidos neste vaso satildeo

considerados normais quando acima do percentil 5 de intervalos de referecircncia

(18-20) Na hipoxemia fetal (baixa tensatildeo de oxigecircnio no sangue) ocorre

reduccedilatildeo no tocircnus vascular da ACM e consequente queda nos valores de IP

Aleacutem disso a medida da velocidade do sangue no interior da ACM tem sido

utilizada para a suspeiccedilatildeo de anemia fetal tendo em vista que nesta situaccedilatildeo

Introduccedilatildeo 15

haacute reduccedilatildeo da viscosidade do sangue que passa a fluir mais rapidamente no

interior do vaso (21-23)

O DV eacute um vaso que liga o seio portal (comunicaccedilatildeo da porccedilatildeo intra-

hepaacutetica da veia umbilical com o ramo portal esquerdo) agrave veia cava inferior

imediatamente antes de sua conexatildeo com o aacutetrio direito Este vaso direciona

parte do sangue oxigenado que retorna da placenta para as cacircmaras cardiacuteacas

esquerdas atraveacutes do forame oval assegurando adequado aporte de oxigecircnio para

o miocaacuterdio e ceacuterebro Sua avaliaccedilatildeo eacute imprescindiacutevel em gestaccedilotildees de alto risco

principalmente quando a dopplervelocimetria das AU demonstra ausecircncia de

fluxo (diaacutestole zero) ou fluxo reverso (diaacutestole reversa) durante a diaacutestole

cardiacuteaca Nestes casos alteraccedilotildees no padratildeo de fluxo no ducto venoso tecircm

relaccedilatildeo com falecircncia miocaacuterdica e acidemia fetal (2425) O fluxo de sangue no

DV eacute considerado normal quando seu IP estaacute abaixo do percentil 95 de

intervalos de referecircncia (2627)

A avaliaccedilatildeo do padratildeo de fluxo no DV tambeacutem tem importacircncia no

primeiro trimestre da gestaccedilatildeo (entre 11 e 14 semanas de gravidez) ao

contribuir com o caacutelculo de risco para anomalias cromossocircmicas Aleacutem disso

alteraccedilotildees do fluxo no DV neste periacuteodo relacionam-se ao aumento de risco

para cardiopatias congecircnitas (2829)

A circulaccedilatildeo fetoplacentaacuteria pode ser estudada por meio da

dopplervelocimetria nas AU Em gestaccedilotildees normais o fluxo de sangue do feto

para a placenta aumenta gradativamente com IG o que eacute acompanhado por

Introduccedilatildeo 16

progressiva queda nos valores de IP e IR medidos nestes vasos No segundo e

terceiro trimestres da gestaccedilatildeo o fluxo sanguiacuteneo nas AU eacute contiacutenuo e

anteroacutegrado durante todo o ciclo cardiacuteaco Satildeo considerados normais IP e IR

abaixo do percentil 95 de intervalos de referecircncia (30-34)

A dopplervelocimetria das AU pode ser considerada uma avaliaccedilatildeo

indireta da funccedilatildeo placentaacuteria Quando os IP dessas arteacuterias encontram-se abaixo

do 95o percentil dos intervalos de referecircncia sabe-se que pelo menos 70 das

vilosidades placentaacuterias estatildeo funcionando adequadamente Quando os IP

encontram-se acima deste limite haacute comprometimento da funccedilatildeo de 30 a 50

das vilosidades Quando ocorre a diaacutestole zero ou reversa mais de 50 e mais

de 70 das vilosidades placentaacuterias encontram-se alteradas respectivamente

(35-37) Assim sendo a dopplervelocimetria das AU tem papel relevante na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal contribuindo para a reduccedilatildeo da mortalidade

perinatal principalmente em casos de restriccedilatildeo de crescimento fetal (38-40)

A avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo uteroplacentaacuteria eacute realizada por intermeacutedio da

dopplervelocimetria das AUT Estas apresentam baixo fluxo diastoacutelico e alta

resistecircncia no primeiro trimestre da gestaccedilatildeo Agrave medida que a invasatildeo

trofoblaacutestica ocorre haacute gradativa queda na resistecircncia ao fluxo no interior desses

vasos Dessa forma principalmente apoacutes a 20a semana de gravidez o padratildeo de

fluxo nas AUT passa a ser de baixa resistecircncia refletindo adequado processo

de implantaccedilatildeo da placenta e portanto apropriado aporte de sangue ao

territoacuterio uteroplacentaacuterio (41)

Introduccedilatildeo 17

O papel da dopplervelocimetria das AUT tem sido muito estudado para o

rastreamento da preacute-eclacircmpsia (PE) e de RCF Sabe-se que 772 das

gestantes que desenvolvem PE precoce (antes de 34 semanas) 438 das que

apresentam RCF precoce e 823 daquelas que apresentam ambas as

complicaccedilotildees tecircm IP meacutedio das AUT acima de 15 na metade da gestaccedilatildeo (entre 20

e 24 semanas) (42) Tambeacutem tem sido demonstrado que IP acima do percentil

95 nestes vasos relacionam-se a maior incidecircncia destas adversidades (43-45)

a interpretaccedilatildeo de cada um dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

mencionados acima (AUT AU ACM e DV) tem sido feita rotineiramente com

base em intervalos de referecircncia transversais todos construiacutedos em outros

paiacuteses (1819)

Cabe aqui um breve comentaacuterio sobre intervalos de referecircncia termo mais

correto a ser aplicado para as chamadas curvas de normalidade Intervalos de

referecircncia para quaisquer medidas podem ser elaborados por meio de estudos

transversais ou longitudinais Os intervalos de referecircncia transversais satildeo obtidos de

avaliaccedilotildees uacutenicas dos participantes do estudo sendo muito apropriados para

investigaccedilatildeo do estado de um indiviacuteduo em determinado momento No entanto

os intervalos de referecircncia longitudinais (ou condicionais) satildeo obtidos por

avaliaccedilotildees sequenciais dos sujeitos da pesquisa Desta forma ao se calcular

um valor em um determinado momento do processo evolutivo cada valor de um

mesmo indiviacuteduo eacute levado em conta de forma condicional para o caacutelculo dos

respectivos valores subsequentes Tecircm portanto a finalidade de demonstrar

Introduccedilatildeo 18

padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo isto eacute como se comportam

determinadas medidas ao longo do tempo em indiviacuteduos normais (46-48)

Na gestaccedilatildeo a vantagem potencial do uso de intervalos de referecircncia

longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria a melhor interpretaccedilatildeo

das alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e provavelmente se beneficiariam de

avaliaccedilotildees seriadas (1331)

No Brasil natildeo se dispotildee dos intervalos de referecircncia longitudinais dos

paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais utilizados na atualidade para avaliaccedilatildeo

das circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria (304950) Portanto pode

ser questionado se o seguimento das gestantes com comprometimento do bem-

estar fetal neste paiacutes estaacute sendo realizado da forma mais adequada possiacutevel

Intervalos de referecircncia longitudinais produzidos em outros paiacuteses (162031)

poderiam ser usados como base para seguimento das gestantes brasileiras No

entanto natildeo se sabe se diferenccedilas eacutetnicas interferem nos valores dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos mencionados

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Objetivos 19

2 Objetivos

21 Objetivo geral

Determinar intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais por meio da avaliaccedilatildeo longitudinal de gestantes

de baixo risco entre a 18a e 40a semanas de gravidez atendidas no Hospital da

Mulher Prof Dr Joseacute Aristodemo Pinotti - Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede

da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP)

22 Objetivos especiacuteficos

Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para os

valores de iacutendices de pulsatilidade dos fluxos nos seguintes vasos

Arteacuteria umbilical

Arteacuteria cerebral meacutedia

Ducto venoso

Arteacuterias uterinas

Publicaccedilatildeo 20

3 Publicaccedilatildeo

Artigo submetido agrave Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Dr Cleisson Fabio Peralta Recebemos o artigo Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos maternofetais protocolado sob nordm 4439 O mesmo encontra-se em anaacutelise Atenciosamente Rosane Apda Cunha Casula Secretaacuteria Executiva da RBGO

(16) 3602-2803

Publicaccedilatildeo 21

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Nelsilene Mota Carvalho Tavares1

Sabrina Girotto Ferreira1

Joatildeo Renato Bennini2

Emiacutelio Francisco Marussi3

Ricardo Barini4

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta5

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) Campinas SP Brasil

1Aluna do Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do

CAISM-UNICAMP

2Meacutedico Assistente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

3Professor Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

4Professor Livre Docente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

5Meacutedico Assistente Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

Correspondecircncia

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta

Departamento de Ginecologia e Obstetriacutecia ndash CAISM - UNICAMP

Rua Alexander Fleming 101 - Cidade Universitaacuteria Zeferino Vaz

Distrito de Baratildeo Geraldo

13083-970 - Campinas SP Brasil

Fone (19) 35219188 Fax (19) 35219331

E-mail cfaperaltagmailcom

Publicaccedilatildeo 22

Resumo

Objetivo Determinar intervalos de referecircncia longitudinais para os valores de

iacutendices de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias umbilicais (AU) cerebral

meacutedia (ACM) e uterinas (AUT) e IP venoso do fluxo no ducto venoso (DV) por

meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Meacutetodos Estudo observacional longitudinal realizado de fevereiro de

2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Professor Doutor Joseacute Aristodemo

Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher Universidade Estadual

de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos quinzenais foram

realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP venoso do DV em

gestantes de baixo risco da 18ordf- 40ordf semanas de gravidez Modelos lineares

mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de referecircncia longitudinais

(percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos mencionados Os IP das porccedilotildees

placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram comparados por meio do

teste T para amostras independentes Valores de p menores do que 005 foram

considerados significativos Resultados Duzentas e trecircs pacientes de baixo

risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e quatro gestantes

concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames ultrassonograacuteficos Houve

reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a idade

gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram IP-

AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = -

026691- (0015414 x IG) IP-AUT = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve

diferenccedila significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e

Publicaccedilatildeo 23

abdominal fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de

referecircncia longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos gestacionais

mais importantes em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser

mais adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica vitalidade fetal

Abstract

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) ) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA MCA DV and UTA DV in low-risk pregnant women between

18-40 weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of these

measurements The PI obtained at the placental and abdominal portions of the

umbilical artery were compared using independent samples T test P values of

less than 005 were considered statistically significant Results Two hundred

and three low-risk pregnancies were included in the study One hundred sixty

four pregnant women completed the study and underwent 1242 scans There

Publicaccedilatildeo 24

was a significant decrease in the PI values of all studied vessels with gestational

age (GA) The equations obtained for the prediction of the medians were as

follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of the PI-MCA =

08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2] Logarithm of the

PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UTA = 12362403 ndash (0014392 x GA)

There was a significant difference between the PI-UA obtained at the abdominal

and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001) Conclusions Longitudinal

reference intervals for the main gestational Doppler parameters were obtained

from a Brazilian cohort These intervals could be more adequate for the follow-

up of materno-fetal haemodynamic modifications in normal and abnormal

pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound fetal well being

Publicaccedilatildeo 25

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Introduccedilatildeo

A dopplervelocimetria tem sido uma das principais ferramentas na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal principalmente por meio da obtenccedilatildeo dos iacutendices

de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias uterinas (AUT) umbilicais (AU)

cerebrais meacutedias (ACM) e no ducto venoso (DV) Estes permitem respectiva

avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees hemodinacircmicas nos territoacuterios vasculares

uteroplacentaacuterio (AUT) e fetoplacentaacuterio (AU ACM e DV)1-6

A interpretaccedilatildeo de cada um desses paracircmetros tem sido feita

rotineiramente com base em intervalos de referecircncia transversais que podem

natildeo refletir de forma adequada as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da

gravidez7-9

Potencial vantagem do uso de intervalos de referecircncia longitudinais

desses paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria uma melhor interpretaccedilatildeo das

alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e necessitam de avaliaccedilotildees

seriadas10-12 Aleacutem disso natildeo sabemos se diferenccedilas eacutetnicas podem interferir

nesses intervalos indisponiacuteveis com dados provenientes de nossa populaccedilatildeo

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Publicaccedilatildeo 26

Meacutetodos

Este foi um estudo observacional descritivo longitudinal realizado no

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) de fevereiro de 2010 a maio de 2012 O

Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) aprovou o projeto e todas as pacientes que aceitaram participar do

estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

As gestantes foram selecionadas entre aquelas encaminhadas do preacute-natal

do CAISM para ultrassonografia Obsteacutetrica Os seguintes criteacuterios foram respeitados

para inclusatildeo no estudo 1) gestaccedilatildeo uacutenica 2) idade gestacional (IG) entre 18 e 24

semanas definida com base na data da uacuteltima menstruaccedilatildeo (quando conhecida) ou

na medida do comprimento ceacutefalo-caudal embriatildeofeto no primeiro trimestre da

gravidez interpretado em intervalos de referecircncia publicados por Robinson amp

Fleming13 3) anatomia fetal normal 4) ausecircncia de alteraccedilotildees placentaacuterias

como placenta preacutevia circunvalada com suspeita de acretismo ou de qualquer tipo

de tumor 5) ausecircncia de alteraccedilotildees no cordatildeo umbilical como nuacutemero alterado

de vasos noacutes tumores ou inserccedilatildeo velamentosa na placenta 6) ausecircncia de

doenccedilas maternas 7) gestantes natildeo usuaacuterias de drogas liacutecitas ou iliacutecitas

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para exclusatildeo de pacientes do

estudo 1) qualquer anormalidade estrutural ou cromossocircmica detectada no

periacuteodo neonatal e que natildeo foi diagnosticada durante a gestaccedilatildeo 2) oacutebito fetal

ou neonatal sem causa determinada 3) impossibilidade de obtenccedilatildeo dos dados

do parto e do receacutem-nascido 4) Apgar de 5ordm minuto menor que 7

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 13: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Introduccedilatildeo 12

1 Introduccedilatildeo

O efeito Doppler eacute um conceito em fiacutesica que significa a mudanccedila de

frequecircncia de uma onda quando emitida ou refletida por um objeto em

movimento em relaccedilatildeo a um observador O nome atribuiacutedo ao fenocircmeno

homenageia o fiacutesico austriacuteaco Johann Christian Andreacuteas Doppler que o

descreveu pela primeira vez em 1842(1)

A funccedilatildeo Doppler do equipamento de ultrassonografia utiliza mudanccedilas

de frequecircncia do ultrassom para estimar velocidades do sangue no interior dos

vasos Desta forma diferentes velocidades relacionadas a fases distintas em

um mesmo ciclo cardiacuteaco podem ser obtidas e utilizadas para o caacutelculo de

iacutendices Estes satildeo paracircmetros hemodinacircmicos obtidos em locais especiacuteficos do

leito vascular Os mais utilizados em Obstetriacutecia tecircm sido (Figura 1) (2-5)

Introduccedilatildeo 13

Figura 1 - Iacutendices dopplervelocimeacutetricos mais utilizados em Obstetriacutecia

a) Iacutendice de pulsatilidade (IP) ndash descrito por Gosling et al em 1975 definido

como a relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade

diastoacutelica final pela velocidade meacutedia (IP= S-DVM)

b) Iacutendice de resistecircncia (IR) ndash descrito por Pourcelot em 1974 definido como a

relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade diastoacutelica

final pela velocidade sistoacutelica maacutexima (IR= S-D-S)

c) Relaccedilatildeo siacutestole por diaacutestole ndash descrita por Stuart et al em 1990 definida

como a divisatildeo da velocidade sistoacutelica maacutexima pela velocidade diastoacutelica

final (SD)

Os iacutendices dopplervelocimeacutetricos avaliam o comportamento do fluxo

sanguiacuteneo no decorrer do ciclo cardiacuteaco O IP e o IR avaliam diretamente a

Introduccedilatildeo 14

impedacircncia definida como a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de entrada e a velocidade

de fluxo em um local especiacutefico no leito vascular (2-5)

A importacircncia do uso do Doppler em Obstetriacutecia comeccedilou a aumentar na

deacutecada de 70 Por esta eacutepoca foi observada a associaccedilatildeo entre valores

anormais dos iacutendices dopplervelocimeacutetricos nas arteacuterias umbilicais (AU) e a

restriccedilatildeo de crescimento fetal (RCF) o sofrimento fetal (SF) e o aumento no

nuacutemero de internaccedilotildees do neonato em unidades de terapia intensiva (6) Desde

entatildeo a dopplervelocimetria tem sido muito estudada para avaliaccedilatildeo das

circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria Por ser meacutetodo natildeo invasivo

tornou-se indispensaacutevel na investigaccedilatildeo do bem-estar fetal e das respostas

hemodinacircmicas do concepto frente a situaccedilotildees que colocam em risco sua

adequada nutriccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo (7-12)

Para avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo fetal (hemodinacircmica fetal) os principais

vasos estudados satildeo a ACM e o DV (13-17)

O fluxo de sangue na ACM em gestaccedilotildees normais eacute anteroacutegrado e

contiacutenuo durante todo o ciclo cardiacuteaco Os valores de IP obtidos neste vaso satildeo

considerados normais quando acima do percentil 5 de intervalos de referecircncia

(18-20) Na hipoxemia fetal (baixa tensatildeo de oxigecircnio no sangue) ocorre

reduccedilatildeo no tocircnus vascular da ACM e consequente queda nos valores de IP

Aleacutem disso a medida da velocidade do sangue no interior da ACM tem sido

utilizada para a suspeiccedilatildeo de anemia fetal tendo em vista que nesta situaccedilatildeo

Introduccedilatildeo 15

haacute reduccedilatildeo da viscosidade do sangue que passa a fluir mais rapidamente no

interior do vaso (21-23)

O DV eacute um vaso que liga o seio portal (comunicaccedilatildeo da porccedilatildeo intra-

hepaacutetica da veia umbilical com o ramo portal esquerdo) agrave veia cava inferior

imediatamente antes de sua conexatildeo com o aacutetrio direito Este vaso direciona

parte do sangue oxigenado que retorna da placenta para as cacircmaras cardiacuteacas

esquerdas atraveacutes do forame oval assegurando adequado aporte de oxigecircnio para

o miocaacuterdio e ceacuterebro Sua avaliaccedilatildeo eacute imprescindiacutevel em gestaccedilotildees de alto risco

principalmente quando a dopplervelocimetria das AU demonstra ausecircncia de

fluxo (diaacutestole zero) ou fluxo reverso (diaacutestole reversa) durante a diaacutestole

cardiacuteaca Nestes casos alteraccedilotildees no padratildeo de fluxo no ducto venoso tecircm

relaccedilatildeo com falecircncia miocaacuterdica e acidemia fetal (2425) O fluxo de sangue no

DV eacute considerado normal quando seu IP estaacute abaixo do percentil 95 de

intervalos de referecircncia (2627)

A avaliaccedilatildeo do padratildeo de fluxo no DV tambeacutem tem importacircncia no

primeiro trimestre da gestaccedilatildeo (entre 11 e 14 semanas de gravidez) ao

contribuir com o caacutelculo de risco para anomalias cromossocircmicas Aleacutem disso

alteraccedilotildees do fluxo no DV neste periacuteodo relacionam-se ao aumento de risco

para cardiopatias congecircnitas (2829)

A circulaccedilatildeo fetoplacentaacuteria pode ser estudada por meio da

dopplervelocimetria nas AU Em gestaccedilotildees normais o fluxo de sangue do feto

para a placenta aumenta gradativamente com IG o que eacute acompanhado por

Introduccedilatildeo 16

progressiva queda nos valores de IP e IR medidos nestes vasos No segundo e

terceiro trimestres da gestaccedilatildeo o fluxo sanguiacuteneo nas AU eacute contiacutenuo e

anteroacutegrado durante todo o ciclo cardiacuteaco Satildeo considerados normais IP e IR

abaixo do percentil 95 de intervalos de referecircncia (30-34)

A dopplervelocimetria das AU pode ser considerada uma avaliaccedilatildeo

indireta da funccedilatildeo placentaacuteria Quando os IP dessas arteacuterias encontram-se abaixo

do 95o percentil dos intervalos de referecircncia sabe-se que pelo menos 70 das

vilosidades placentaacuterias estatildeo funcionando adequadamente Quando os IP

encontram-se acima deste limite haacute comprometimento da funccedilatildeo de 30 a 50

das vilosidades Quando ocorre a diaacutestole zero ou reversa mais de 50 e mais

de 70 das vilosidades placentaacuterias encontram-se alteradas respectivamente

(35-37) Assim sendo a dopplervelocimetria das AU tem papel relevante na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal contribuindo para a reduccedilatildeo da mortalidade

perinatal principalmente em casos de restriccedilatildeo de crescimento fetal (38-40)

A avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo uteroplacentaacuteria eacute realizada por intermeacutedio da

dopplervelocimetria das AUT Estas apresentam baixo fluxo diastoacutelico e alta

resistecircncia no primeiro trimestre da gestaccedilatildeo Agrave medida que a invasatildeo

trofoblaacutestica ocorre haacute gradativa queda na resistecircncia ao fluxo no interior desses

vasos Dessa forma principalmente apoacutes a 20a semana de gravidez o padratildeo de

fluxo nas AUT passa a ser de baixa resistecircncia refletindo adequado processo

de implantaccedilatildeo da placenta e portanto apropriado aporte de sangue ao

territoacuterio uteroplacentaacuterio (41)

Introduccedilatildeo 17

O papel da dopplervelocimetria das AUT tem sido muito estudado para o

rastreamento da preacute-eclacircmpsia (PE) e de RCF Sabe-se que 772 das

gestantes que desenvolvem PE precoce (antes de 34 semanas) 438 das que

apresentam RCF precoce e 823 daquelas que apresentam ambas as

complicaccedilotildees tecircm IP meacutedio das AUT acima de 15 na metade da gestaccedilatildeo (entre 20

e 24 semanas) (42) Tambeacutem tem sido demonstrado que IP acima do percentil

95 nestes vasos relacionam-se a maior incidecircncia destas adversidades (43-45)

a interpretaccedilatildeo de cada um dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

mencionados acima (AUT AU ACM e DV) tem sido feita rotineiramente com

base em intervalos de referecircncia transversais todos construiacutedos em outros

paiacuteses (1819)

Cabe aqui um breve comentaacuterio sobre intervalos de referecircncia termo mais

correto a ser aplicado para as chamadas curvas de normalidade Intervalos de

referecircncia para quaisquer medidas podem ser elaborados por meio de estudos

transversais ou longitudinais Os intervalos de referecircncia transversais satildeo obtidos de

avaliaccedilotildees uacutenicas dos participantes do estudo sendo muito apropriados para

investigaccedilatildeo do estado de um indiviacuteduo em determinado momento No entanto

os intervalos de referecircncia longitudinais (ou condicionais) satildeo obtidos por

avaliaccedilotildees sequenciais dos sujeitos da pesquisa Desta forma ao se calcular

um valor em um determinado momento do processo evolutivo cada valor de um

mesmo indiviacuteduo eacute levado em conta de forma condicional para o caacutelculo dos

respectivos valores subsequentes Tecircm portanto a finalidade de demonstrar

Introduccedilatildeo 18

padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo isto eacute como se comportam

determinadas medidas ao longo do tempo em indiviacuteduos normais (46-48)

Na gestaccedilatildeo a vantagem potencial do uso de intervalos de referecircncia

longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria a melhor interpretaccedilatildeo

das alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e provavelmente se beneficiariam de

avaliaccedilotildees seriadas (1331)

No Brasil natildeo se dispotildee dos intervalos de referecircncia longitudinais dos

paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais utilizados na atualidade para avaliaccedilatildeo

das circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria (304950) Portanto pode

ser questionado se o seguimento das gestantes com comprometimento do bem-

estar fetal neste paiacutes estaacute sendo realizado da forma mais adequada possiacutevel

Intervalos de referecircncia longitudinais produzidos em outros paiacuteses (162031)

poderiam ser usados como base para seguimento das gestantes brasileiras No

entanto natildeo se sabe se diferenccedilas eacutetnicas interferem nos valores dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos mencionados

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Objetivos 19

2 Objetivos

21 Objetivo geral

Determinar intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais por meio da avaliaccedilatildeo longitudinal de gestantes

de baixo risco entre a 18a e 40a semanas de gravidez atendidas no Hospital da

Mulher Prof Dr Joseacute Aristodemo Pinotti - Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede

da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP)

22 Objetivos especiacuteficos

Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para os

valores de iacutendices de pulsatilidade dos fluxos nos seguintes vasos

Arteacuteria umbilical

Arteacuteria cerebral meacutedia

Ducto venoso

Arteacuterias uterinas

Publicaccedilatildeo 20

3 Publicaccedilatildeo

Artigo submetido agrave Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Dr Cleisson Fabio Peralta Recebemos o artigo Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos maternofetais protocolado sob nordm 4439 O mesmo encontra-se em anaacutelise Atenciosamente Rosane Apda Cunha Casula Secretaacuteria Executiva da RBGO

(16) 3602-2803

Publicaccedilatildeo 21

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Nelsilene Mota Carvalho Tavares1

Sabrina Girotto Ferreira1

Joatildeo Renato Bennini2

Emiacutelio Francisco Marussi3

Ricardo Barini4

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta5

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) Campinas SP Brasil

1Aluna do Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do

CAISM-UNICAMP

2Meacutedico Assistente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

3Professor Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

4Professor Livre Docente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

5Meacutedico Assistente Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

Correspondecircncia

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta

Departamento de Ginecologia e Obstetriacutecia ndash CAISM - UNICAMP

Rua Alexander Fleming 101 - Cidade Universitaacuteria Zeferino Vaz

Distrito de Baratildeo Geraldo

13083-970 - Campinas SP Brasil

Fone (19) 35219188 Fax (19) 35219331

E-mail cfaperaltagmailcom

Publicaccedilatildeo 22

Resumo

Objetivo Determinar intervalos de referecircncia longitudinais para os valores de

iacutendices de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias umbilicais (AU) cerebral

meacutedia (ACM) e uterinas (AUT) e IP venoso do fluxo no ducto venoso (DV) por

meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Meacutetodos Estudo observacional longitudinal realizado de fevereiro de

2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Professor Doutor Joseacute Aristodemo

Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher Universidade Estadual

de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos quinzenais foram

realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP venoso do DV em

gestantes de baixo risco da 18ordf- 40ordf semanas de gravidez Modelos lineares

mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de referecircncia longitudinais

(percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos mencionados Os IP das porccedilotildees

placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram comparados por meio do

teste T para amostras independentes Valores de p menores do que 005 foram

considerados significativos Resultados Duzentas e trecircs pacientes de baixo

risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e quatro gestantes

concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames ultrassonograacuteficos Houve

reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a idade

gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram IP-

AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = -

026691- (0015414 x IG) IP-AUT = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve

diferenccedila significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e

Publicaccedilatildeo 23

abdominal fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de

referecircncia longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos gestacionais

mais importantes em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser

mais adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica vitalidade fetal

Abstract

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) ) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA MCA DV and UTA DV in low-risk pregnant women between

18-40 weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of these

measurements The PI obtained at the placental and abdominal portions of the

umbilical artery were compared using independent samples T test P values of

less than 005 were considered statistically significant Results Two hundred

and three low-risk pregnancies were included in the study One hundred sixty

four pregnant women completed the study and underwent 1242 scans There

Publicaccedilatildeo 24

was a significant decrease in the PI values of all studied vessels with gestational

age (GA) The equations obtained for the prediction of the medians were as

follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of the PI-MCA =

08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2] Logarithm of the

PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UTA = 12362403 ndash (0014392 x GA)

There was a significant difference between the PI-UA obtained at the abdominal

and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001) Conclusions Longitudinal

reference intervals for the main gestational Doppler parameters were obtained

from a Brazilian cohort These intervals could be more adequate for the follow-

up of materno-fetal haemodynamic modifications in normal and abnormal

pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound fetal well being

Publicaccedilatildeo 25

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Introduccedilatildeo

A dopplervelocimetria tem sido uma das principais ferramentas na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal principalmente por meio da obtenccedilatildeo dos iacutendices

de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias uterinas (AUT) umbilicais (AU)

cerebrais meacutedias (ACM) e no ducto venoso (DV) Estes permitem respectiva

avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees hemodinacircmicas nos territoacuterios vasculares

uteroplacentaacuterio (AUT) e fetoplacentaacuterio (AU ACM e DV)1-6

A interpretaccedilatildeo de cada um desses paracircmetros tem sido feita

rotineiramente com base em intervalos de referecircncia transversais que podem

natildeo refletir de forma adequada as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da

gravidez7-9

Potencial vantagem do uso de intervalos de referecircncia longitudinais

desses paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria uma melhor interpretaccedilatildeo das

alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e necessitam de avaliaccedilotildees

seriadas10-12 Aleacutem disso natildeo sabemos se diferenccedilas eacutetnicas podem interferir

nesses intervalos indisponiacuteveis com dados provenientes de nossa populaccedilatildeo

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Publicaccedilatildeo 26

Meacutetodos

Este foi um estudo observacional descritivo longitudinal realizado no

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) de fevereiro de 2010 a maio de 2012 O

Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) aprovou o projeto e todas as pacientes que aceitaram participar do

estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

As gestantes foram selecionadas entre aquelas encaminhadas do preacute-natal

do CAISM para ultrassonografia Obsteacutetrica Os seguintes criteacuterios foram respeitados

para inclusatildeo no estudo 1) gestaccedilatildeo uacutenica 2) idade gestacional (IG) entre 18 e 24

semanas definida com base na data da uacuteltima menstruaccedilatildeo (quando conhecida) ou

na medida do comprimento ceacutefalo-caudal embriatildeofeto no primeiro trimestre da

gravidez interpretado em intervalos de referecircncia publicados por Robinson amp

Fleming13 3) anatomia fetal normal 4) ausecircncia de alteraccedilotildees placentaacuterias

como placenta preacutevia circunvalada com suspeita de acretismo ou de qualquer tipo

de tumor 5) ausecircncia de alteraccedilotildees no cordatildeo umbilical como nuacutemero alterado

de vasos noacutes tumores ou inserccedilatildeo velamentosa na placenta 6) ausecircncia de

doenccedilas maternas 7) gestantes natildeo usuaacuterias de drogas liacutecitas ou iliacutecitas

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para exclusatildeo de pacientes do

estudo 1) qualquer anormalidade estrutural ou cromossocircmica detectada no

periacuteodo neonatal e que natildeo foi diagnosticada durante a gestaccedilatildeo 2) oacutebito fetal

ou neonatal sem causa determinada 3) impossibilidade de obtenccedilatildeo dos dados

do parto e do receacutem-nascido 4) Apgar de 5ordm minuto menor que 7

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 14: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Introduccedilatildeo 13

Figura 1 - Iacutendices dopplervelocimeacutetricos mais utilizados em Obstetriacutecia

a) Iacutendice de pulsatilidade (IP) ndash descrito por Gosling et al em 1975 definido

como a relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade

diastoacutelica final pela velocidade meacutedia (IP= S-DVM)

b) Iacutendice de resistecircncia (IR) ndash descrito por Pourcelot em 1974 definido como a

relaccedilatildeo entre a velocidade sistoacutelica maacutexima menos a velocidade diastoacutelica

final pela velocidade sistoacutelica maacutexima (IR= S-D-S)

c) Relaccedilatildeo siacutestole por diaacutestole ndash descrita por Stuart et al em 1990 definida

como a divisatildeo da velocidade sistoacutelica maacutexima pela velocidade diastoacutelica

final (SD)

Os iacutendices dopplervelocimeacutetricos avaliam o comportamento do fluxo

sanguiacuteneo no decorrer do ciclo cardiacuteaco O IP e o IR avaliam diretamente a

Introduccedilatildeo 14

impedacircncia definida como a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de entrada e a velocidade

de fluxo em um local especiacutefico no leito vascular (2-5)

A importacircncia do uso do Doppler em Obstetriacutecia comeccedilou a aumentar na

deacutecada de 70 Por esta eacutepoca foi observada a associaccedilatildeo entre valores

anormais dos iacutendices dopplervelocimeacutetricos nas arteacuterias umbilicais (AU) e a

restriccedilatildeo de crescimento fetal (RCF) o sofrimento fetal (SF) e o aumento no

nuacutemero de internaccedilotildees do neonato em unidades de terapia intensiva (6) Desde

entatildeo a dopplervelocimetria tem sido muito estudada para avaliaccedilatildeo das

circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria Por ser meacutetodo natildeo invasivo

tornou-se indispensaacutevel na investigaccedilatildeo do bem-estar fetal e das respostas

hemodinacircmicas do concepto frente a situaccedilotildees que colocam em risco sua

adequada nutriccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo (7-12)

Para avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo fetal (hemodinacircmica fetal) os principais

vasos estudados satildeo a ACM e o DV (13-17)

O fluxo de sangue na ACM em gestaccedilotildees normais eacute anteroacutegrado e

contiacutenuo durante todo o ciclo cardiacuteaco Os valores de IP obtidos neste vaso satildeo

considerados normais quando acima do percentil 5 de intervalos de referecircncia

(18-20) Na hipoxemia fetal (baixa tensatildeo de oxigecircnio no sangue) ocorre

reduccedilatildeo no tocircnus vascular da ACM e consequente queda nos valores de IP

Aleacutem disso a medida da velocidade do sangue no interior da ACM tem sido

utilizada para a suspeiccedilatildeo de anemia fetal tendo em vista que nesta situaccedilatildeo

Introduccedilatildeo 15

haacute reduccedilatildeo da viscosidade do sangue que passa a fluir mais rapidamente no

interior do vaso (21-23)

O DV eacute um vaso que liga o seio portal (comunicaccedilatildeo da porccedilatildeo intra-

hepaacutetica da veia umbilical com o ramo portal esquerdo) agrave veia cava inferior

imediatamente antes de sua conexatildeo com o aacutetrio direito Este vaso direciona

parte do sangue oxigenado que retorna da placenta para as cacircmaras cardiacuteacas

esquerdas atraveacutes do forame oval assegurando adequado aporte de oxigecircnio para

o miocaacuterdio e ceacuterebro Sua avaliaccedilatildeo eacute imprescindiacutevel em gestaccedilotildees de alto risco

principalmente quando a dopplervelocimetria das AU demonstra ausecircncia de

fluxo (diaacutestole zero) ou fluxo reverso (diaacutestole reversa) durante a diaacutestole

cardiacuteaca Nestes casos alteraccedilotildees no padratildeo de fluxo no ducto venoso tecircm

relaccedilatildeo com falecircncia miocaacuterdica e acidemia fetal (2425) O fluxo de sangue no

DV eacute considerado normal quando seu IP estaacute abaixo do percentil 95 de

intervalos de referecircncia (2627)

A avaliaccedilatildeo do padratildeo de fluxo no DV tambeacutem tem importacircncia no

primeiro trimestre da gestaccedilatildeo (entre 11 e 14 semanas de gravidez) ao

contribuir com o caacutelculo de risco para anomalias cromossocircmicas Aleacutem disso

alteraccedilotildees do fluxo no DV neste periacuteodo relacionam-se ao aumento de risco

para cardiopatias congecircnitas (2829)

A circulaccedilatildeo fetoplacentaacuteria pode ser estudada por meio da

dopplervelocimetria nas AU Em gestaccedilotildees normais o fluxo de sangue do feto

para a placenta aumenta gradativamente com IG o que eacute acompanhado por

Introduccedilatildeo 16

progressiva queda nos valores de IP e IR medidos nestes vasos No segundo e

terceiro trimestres da gestaccedilatildeo o fluxo sanguiacuteneo nas AU eacute contiacutenuo e

anteroacutegrado durante todo o ciclo cardiacuteaco Satildeo considerados normais IP e IR

abaixo do percentil 95 de intervalos de referecircncia (30-34)

A dopplervelocimetria das AU pode ser considerada uma avaliaccedilatildeo

indireta da funccedilatildeo placentaacuteria Quando os IP dessas arteacuterias encontram-se abaixo

do 95o percentil dos intervalos de referecircncia sabe-se que pelo menos 70 das

vilosidades placentaacuterias estatildeo funcionando adequadamente Quando os IP

encontram-se acima deste limite haacute comprometimento da funccedilatildeo de 30 a 50

das vilosidades Quando ocorre a diaacutestole zero ou reversa mais de 50 e mais

de 70 das vilosidades placentaacuterias encontram-se alteradas respectivamente

(35-37) Assim sendo a dopplervelocimetria das AU tem papel relevante na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal contribuindo para a reduccedilatildeo da mortalidade

perinatal principalmente em casos de restriccedilatildeo de crescimento fetal (38-40)

A avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo uteroplacentaacuteria eacute realizada por intermeacutedio da

dopplervelocimetria das AUT Estas apresentam baixo fluxo diastoacutelico e alta

resistecircncia no primeiro trimestre da gestaccedilatildeo Agrave medida que a invasatildeo

trofoblaacutestica ocorre haacute gradativa queda na resistecircncia ao fluxo no interior desses

vasos Dessa forma principalmente apoacutes a 20a semana de gravidez o padratildeo de

fluxo nas AUT passa a ser de baixa resistecircncia refletindo adequado processo

de implantaccedilatildeo da placenta e portanto apropriado aporte de sangue ao

territoacuterio uteroplacentaacuterio (41)

Introduccedilatildeo 17

O papel da dopplervelocimetria das AUT tem sido muito estudado para o

rastreamento da preacute-eclacircmpsia (PE) e de RCF Sabe-se que 772 das

gestantes que desenvolvem PE precoce (antes de 34 semanas) 438 das que

apresentam RCF precoce e 823 daquelas que apresentam ambas as

complicaccedilotildees tecircm IP meacutedio das AUT acima de 15 na metade da gestaccedilatildeo (entre 20

e 24 semanas) (42) Tambeacutem tem sido demonstrado que IP acima do percentil

95 nestes vasos relacionam-se a maior incidecircncia destas adversidades (43-45)

a interpretaccedilatildeo de cada um dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

mencionados acima (AUT AU ACM e DV) tem sido feita rotineiramente com

base em intervalos de referecircncia transversais todos construiacutedos em outros

paiacuteses (1819)

Cabe aqui um breve comentaacuterio sobre intervalos de referecircncia termo mais

correto a ser aplicado para as chamadas curvas de normalidade Intervalos de

referecircncia para quaisquer medidas podem ser elaborados por meio de estudos

transversais ou longitudinais Os intervalos de referecircncia transversais satildeo obtidos de

avaliaccedilotildees uacutenicas dos participantes do estudo sendo muito apropriados para

investigaccedilatildeo do estado de um indiviacuteduo em determinado momento No entanto

os intervalos de referecircncia longitudinais (ou condicionais) satildeo obtidos por

avaliaccedilotildees sequenciais dos sujeitos da pesquisa Desta forma ao se calcular

um valor em um determinado momento do processo evolutivo cada valor de um

mesmo indiviacuteduo eacute levado em conta de forma condicional para o caacutelculo dos

respectivos valores subsequentes Tecircm portanto a finalidade de demonstrar

Introduccedilatildeo 18

padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo isto eacute como se comportam

determinadas medidas ao longo do tempo em indiviacuteduos normais (46-48)

Na gestaccedilatildeo a vantagem potencial do uso de intervalos de referecircncia

longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria a melhor interpretaccedilatildeo

das alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e provavelmente se beneficiariam de

avaliaccedilotildees seriadas (1331)

No Brasil natildeo se dispotildee dos intervalos de referecircncia longitudinais dos

paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais utilizados na atualidade para avaliaccedilatildeo

das circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria (304950) Portanto pode

ser questionado se o seguimento das gestantes com comprometimento do bem-

estar fetal neste paiacutes estaacute sendo realizado da forma mais adequada possiacutevel

Intervalos de referecircncia longitudinais produzidos em outros paiacuteses (162031)

poderiam ser usados como base para seguimento das gestantes brasileiras No

entanto natildeo se sabe se diferenccedilas eacutetnicas interferem nos valores dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos mencionados

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Objetivos 19

2 Objetivos

21 Objetivo geral

Determinar intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais por meio da avaliaccedilatildeo longitudinal de gestantes

de baixo risco entre a 18a e 40a semanas de gravidez atendidas no Hospital da

Mulher Prof Dr Joseacute Aristodemo Pinotti - Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede

da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP)

22 Objetivos especiacuteficos

Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para os

valores de iacutendices de pulsatilidade dos fluxos nos seguintes vasos

Arteacuteria umbilical

Arteacuteria cerebral meacutedia

Ducto venoso

Arteacuterias uterinas

Publicaccedilatildeo 20

3 Publicaccedilatildeo

Artigo submetido agrave Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Dr Cleisson Fabio Peralta Recebemos o artigo Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos maternofetais protocolado sob nordm 4439 O mesmo encontra-se em anaacutelise Atenciosamente Rosane Apda Cunha Casula Secretaacuteria Executiva da RBGO

(16) 3602-2803

Publicaccedilatildeo 21

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Nelsilene Mota Carvalho Tavares1

Sabrina Girotto Ferreira1

Joatildeo Renato Bennini2

Emiacutelio Francisco Marussi3

Ricardo Barini4

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta5

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) Campinas SP Brasil

1Aluna do Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do

CAISM-UNICAMP

2Meacutedico Assistente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

3Professor Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

4Professor Livre Docente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

5Meacutedico Assistente Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

Correspondecircncia

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta

Departamento de Ginecologia e Obstetriacutecia ndash CAISM - UNICAMP

Rua Alexander Fleming 101 - Cidade Universitaacuteria Zeferino Vaz

Distrito de Baratildeo Geraldo

13083-970 - Campinas SP Brasil

Fone (19) 35219188 Fax (19) 35219331

E-mail cfaperaltagmailcom

Publicaccedilatildeo 22

Resumo

Objetivo Determinar intervalos de referecircncia longitudinais para os valores de

iacutendices de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias umbilicais (AU) cerebral

meacutedia (ACM) e uterinas (AUT) e IP venoso do fluxo no ducto venoso (DV) por

meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Meacutetodos Estudo observacional longitudinal realizado de fevereiro de

2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Professor Doutor Joseacute Aristodemo

Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher Universidade Estadual

de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos quinzenais foram

realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP venoso do DV em

gestantes de baixo risco da 18ordf- 40ordf semanas de gravidez Modelos lineares

mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de referecircncia longitudinais

(percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos mencionados Os IP das porccedilotildees

placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram comparados por meio do

teste T para amostras independentes Valores de p menores do que 005 foram

considerados significativos Resultados Duzentas e trecircs pacientes de baixo

risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e quatro gestantes

concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames ultrassonograacuteficos Houve

reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a idade

gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram IP-

AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = -

026691- (0015414 x IG) IP-AUT = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve

diferenccedila significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e

Publicaccedilatildeo 23

abdominal fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de

referecircncia longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos gestacionais

mais importantes em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser

mais adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica vitalidade fetal

Abstract

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) ) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA MCA DV and UTA DV in low-risk pregnant women between

18-40 weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of these

measurements The PI obtained at the placental and abdominal portions of the

umbilical artery were compared using independent samples T test P values of

less than 005 were considered statistically significant Results Two hundred

and three low-risk pregnancies were included in the study One hundred sixty

four pregnant women completed the study and underwent 1242 scans There

Publicaccedilatildeo 24

was a significant decrease in the PI values of all studied vessels with gestational

age (GA) The equations obtained for the prediction of the medians were as

follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of the PI-MCA =

08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2] Logarithm of the

PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UTA = 12362403 ndash (0014392 x GA)

There was a significant difference between the PI-UA obtained at the abdominal

and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001) Conclusions Longitudinal

reference intervals for the main gestational Doppler parameters were obtained

from a Brazilian cohort These intervals could be more adequate for the follow-

up of materno-fetal haemodynamic modifications in normal and abnormal

pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound fetal well being

Publicaccedilatildeo 25

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Introduccedilatildeo

A dopplervelocimetria tem sido uma das principais ferramentas na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal principalmente por meio da obtenccedilatildeo dos iacutendices

de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias uterinas (AUT) umbilicais (AU)

cerebrais meacutedias (ACM) e no ducto venoso (DV) Estes permitem respectiva

avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees hemodinacircmicas nos territoacuterios vasculares

uteroplacentaacuterio (AUT) e fetoplacentaacuterio (AU ACM e DV)1-6

A interpretaccedilatildeo de cada um desses paracircmetros tem sido feita

rotineiramente com base em intervalos de referecircncia transversais que podem

natildeo refletir de forma adequada as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da

gravidez7-9

Potencial vantagem do uso de intervalos de referecircncia longitudinais

desses paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria uma melhor interpretaccedilatildeo das

alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e necessitam de avaliaccedilotildees

seriadas10-12 Aleacutem disso natildeo sabemos se diferenccedilas eacutetnicas podem interferir

nesses intervalos indisponiacuteveis com dados provenientes de nossa populaccedilatildeo

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Publicaccedilatildeo 26

Meacutetodos

Este foi um estudo observacional descritivo longitudinal realizado no

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) de fevereiro de 2010 a maio de 2012 O

Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) aprovou o projeto e todas as pacientes que aceitaram participar do

estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

As gestantes foram selecionadas entre aquelas encaminhadas do preacute-natal

do CAISM para ultrassonografia Obsteacutetrica Os seguintes criteacuterios foram respeitados

para inclusatildeo no estudo 1) gestaccedilatildeo uacutenica 2) idade gestacional (IG) entre 18 e 24

semanas definida com base na data da uacuteltima menstruaccedilatildeo (quando conhecida) ou

na medida do comprimento ceacutefalo-caudal embriatildeofeto no primeiro trimestre da

gravidez interpretado em intervalos de referecircncia publicados por Robinson amp

Fleming13 3) anatomia fetal normal 4) ausecircncia de alteraccedilotildees placentaacuterias

como placenta preacutevia circunvalada com suspeita de acretismo ou de qualquer tipo

de tumor 5) ausecircncia de alteraccedilotildees no cordatildeo umbilical como nuacutemero alterado

de vasos noacutes tumores ou inserccedilatildeo velamentosa na placenta 6) ausecircncia de

doenccedilas maternas 7) gestantes natildeo usuaacuterias de drogas liacutecitas ou iliacutecitas

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para exclusatildeo de pacientes do

estudo 1) qualquer anormalidade estrutural ou cromossocircmica detectada no

periacuteodo neonatal e que natildeo foi diagnosticada durante a gestaccedilatildeo 2) oacutebito fetal

ou neonatal sem causa determinada 3) impossibilidade de obtenccedilatildeo dos dados

do parto e do receacutem-nascido 4) Apgar de 5ordm minuto menor que 7

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 15: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Introduccedilatildeo 14

impedacircncia definida como a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de entrada e a velocidade

de fluxo em um local especiacutefico no leito vascular (2-5)

A importacircncia do uso do Doppler em Obstetriacutecia comeccedilou a aumentar na

deacutecada de 70 Por esta eacutepoca foi observada a associaccedilatildeo entre valores

anormais dos iacutendices dopplervelocimeacutetricos nas arteacuterias umbilicais (AU) e a

restriccedilatildeo de crescimento fetal (RCF) o sofrimento fetal (SF) e o aumento no

nuacutemero de internaccedilotildees do neonato em unidades de terapia intensiva (6) Desde

entatildeo a dopplervelocimetria tem sido muito estudada para avaliaccedilatildeo das

circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria Por ser meacutetodo natildeo invasivo

tornou-se indispensaacutevel na investigaccedilatildeo do bem-estar fetal e das respostas

hemodinacircmicas do concepto frente a situaccedilotildees que colocam em risco sua

adequada nutriccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo (7-12)

Para avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo fetal (hemodinacircmica fetal) os principais

vasos estudados satildeo a ACM e o DV (13-17)

O fluxo de sangue na ACM em gestaccedilotildees normais eacute anteroacutegrado e

contiacutenuo durante todo o ciclo cardiacuteaco Os valores de IP obtidos neste vaso satildeo

considerados normais quando acima do percentil 5 de intervalos de referecircncia

(18-20) Na hipoxemia fetal (baixa tensatildeo de oxigecircnio no sangue) ocorre

reduccedilatildeo no tocircnus vascular da ACM e consequente queda nos valores de IP

Aleacutem disso a medida da velocidade do sangue no interior da ACM tem sido

utilizada para a suspeiccedilatildeo de anemia fetal tendo em vista que nesta situaccedilatildeo

Introduccedilatildeo 15

haacute reduccedilatildeo da viscosidade do sangue que passa a fluir mais rapidamente no

interior do vaso (21-23)

O DV eacute um vaso que liga o seio portal (comunicaccedilatildeo da porccedilatildeo intra-

hepaacutetica da veia umbilical com o ramo portal esquerdo) agrave veia cava inferior

imediatamente antes de sua conexatildeo com o aacutetrio direito Este vaso direciona

parte do sangue oxigenado que retorna da placenta para as cacircmaras cardiacuteacas

esquerdas atraveacutes do forame oval assegurando adequado aporte de oxigecircnio para

o miocaacuterdio e ceacuterebro Sua avaliaccedilatildeo eacute imprescindiacutevel em gestaccedilotildees de alto risco

principalmente quando a dopplervelocimetria das AU demonstra ausecircncia de

fluxo (diaacutestole zero) ou fluxo reverso (diaacutestole reversa) durante a diaacutestole

cardiacuteaca Nestes casos alteraccedilotildees no padratildeo de fluxo no ducto venoso tecircm

relaccedilatildeo com falecircncia miocaacuterdica e acidemia fetal (2425) O fluxo de sangue no

DV eacute considerado normal quando seu IP estaacute abaixo do percentil 95 de

intervalos de referecircncia (2627)

A avaliaccedilatildeo do padratildeo de fluxo no DV tambeacutem tem importacircncia no

primeiro trimestre da gestaccedilatildeo (entre 11 e 14 semanas de gravidez) ao

contribuir com o caacutelculo de risco para anomalias cromossocircmicas Aleacutem disso

alteraccedilotildees do fluxo no DV neste periacuteodo relacionam-se ao aumento de risco

para cardiopatias congecircnitas (2829)

A circulaccedilatildeo fetoplacentaacuteria pode ser estudada por meio da

dopplervelocimetria nas AU Em gestaccedilotildees normais o fluxo de sangue do feto

para a placenta aumenta gradativamente com IG o que eacute acompanhado por

Introduccedilatildeo 16

progressiva queda nos valores de IP e IR medidos nestes vasos No segundo e

terceiro trimestres da gestaccedilatildeo o fluxo sanguiacuteneo nas AU eacute contiacutenuo e

anteroacutegrado durante todo o ciclo cardiacuteaco Satildeo considerados normais IP e IR

abaixo do percentil 95 de intervalos de referecircncia (30-34)

A dopplervelocimetria das AU pode ser considerada uma avaliaccedilatildeo

indireta da funccedilatildeo placentaacuteria Quando os IP dessas arteacuterias encontram-se abaixo

do 95o percentil dos intervalos de referecircncia sabe-se que pelo menos 70 das

vilosidades placentaacuterias estatildeo funcionando adequadamente Quando os IP

encontram-se acima deste limite haacute comprometimento da funccedilatildeo de 30 a 50

das vilosidades Quando ocorre a diaacutestole zero ou reversa mais de 50 e mais

de 70 das vilosidades placentaacuterias encontram-se alteradas respectivamente

(35-37) Assim sendo a dopplervelocimetria das AU tem papel relevante na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal contribuindo para a reduccedilatildeo da mortalidade

perinatal principalmente em casos de restriccedilatildeo de crescimento fetal (38-40)

A avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo uteroplacentaacuteria eacute realizada por intermeacutedio da

dopplervelocimetria das AUT Estas apresentam baixo fluxo diastoacutelico e alta

resistecircncia no primeiro trimestre da gestaccedilatildeo Agrave medida que a invasatildeo

trofoblaacutestica ocorre haacute gradativa queda na resistecircncia ao fluxo no interior desses

vasos Dessa forma principalmente apoacutes a 20a semana de gravidez o padratildeo de

fluxo nas AUT passa a ser de baixa resistecircncia refletindo adequado processo

de implantaccedilatildeo da placenta e portanto apropriado aporte de sangue ao

territoacuterio uteroplacentaacuterio (41)

Introduccedilatildeo 17

O papel da dopplervelocimetria das AUT tem sido muito estudado para o

rastreamento da preacute-eclacircmpsia (PE) e de RCF Sabe-se que 772 das

gestantes que desenvolvem PE precoce (antes de 34 semanas) 438 das que

apresentam RCF precoce e 823 daquelas que apresentam ambas as

complicaccedilotildees tecircm IP meacutedio das AUT acima de 15 na metade da gestaccedilatildeo (entre 20

e 24 semanas) (42) Tambeacutem tem sido demonstrado que IP acima do percentil

95 nestes vasos relacionam-se a maior incidecircncia destas adversidades (43-45)

a interpretaccedilatildeo de cada um dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

mencionados acima (AUT AU ACM e DV) tem sido feita rotineiramente com

base em intervalos de referecircncia transversais todos construiacutedos em outros

paiacuteses (1819)

Cabe aqui um breve comentaacuterio sobre intervalos de referecircncia termo mais

correto a ser aplicado para as chamadas curvas de normalidade Intervalos de

referecircncia para quaisquer medidas podem ser elaborados por meio de estudos

transversais ou longitudinais Os intervalos de referecircncia transversais satildeo obtidos de

avaliaccedilotildees uacutenicas dos participantes do estudo sendo muito apropriados para

investigaccedilatildeo do estado de um indiviacuteduo em determinado momento No entanto

os intervalos de referecircncia longitudinais (ou condicionais) satildeo obtidos por

avaliaccedilotildees sequenciais dos sujeitos da pesquisa Desta forma ao se calcular

um valor em um determinado momento do processo evolutivo cada valor de um

mesmo indiviacuteduo eacute levado em conta de forma condicional para o caacutelculo dos

respectivos valores subsequentes Tecircm portanto a finalidade de demonstrar

Introduccedilatildeo 18

padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo isto eacute como se comportam

determinadas medidas ao longo do tempo em indiviacuteduos normais (46-48)

Na gestaccedilatildeo a vantagem potencial do uso de intervalos de referecircncia

longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria a melhor interpretaccedilatildeo

das alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e provavelmente se beneficiariam de

avaliaccedilotildees seriadas (1331)

No Brasil natildeo se dispotildee dos intervalos de referecircncia longitudinais dos

paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais utilizados na atualidade para avaliaccedilatildeo

das circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria (304950) Portanto pode

ser questionado se o seguimento das gestantes com comprometimento do bem-

estar fetal neste paiacutes estaacute sendo realizado da forma mais adequada possiacutevel

Intervalos de referecircncia longitudinais produzidos em outros paiacuteses (162031)

poderiam ser usados como base para seguimento das gestantes brasileiras No

entanto natildeo se sabe se diferenccedilas eacutetnicas interferem nos valores dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos mencionados

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Objetivos 19

2 Objetivos

21 Objetivo geral

Determinar intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais por meio da avaliaccedilatildeo longitudinal de gestantes

de baixo risco entre a 18a e 40a semanas de gravidez atendidas no Hospital da

Mulher Prof Dr Joseacute Aristodemo Pinotti - Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede

da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP)

22 Objetivos especiacuteficos

Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para os

valores de iacutendices de pulsatilidade dos fluxos nos seguintes vasos

Arteacuteria umbilical

Arteacuteria cerebral meacutedia

Ducto venoso

Arteacuterias uterinas

Publicaccedilatildeo 20

3 Publicaccedilatildeo

Artigo submetido agrave Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Dr Cleisson Fabio Peralta Recebemos o artigo Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos maternofetais protocolado sob nordm 4439 O mesmo encontra-se em anaacutelise Atenciosamente Rosane Apda Cunha Casula Secretaacuteria Executiva da RBGO

(16) 3602-2803

Publicaccedilatildeo 21

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Nelsilene Mota Carvalho Tavares1

Sabrina Girotto Ferreira1

Joatildeo Renato Bennini2

Emiacutelio Francisco Marussi3

Ricardo Barini4

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta5

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) Campinas SP Brasil

1Aluna do Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do

CAISM-UNICAMP

2Meacutedico Assistente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

3Professor Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

4Professor Livre Docente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

5Meacutedico Assistente Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

Correspondecircncia

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta

Departamento de Ginecologia e Obstetriacutecia ndash CAISM - UNICAMP

Rua Alexander Fleming 101 - Cidade Universitaacuteria Zeferino Vaz

Distrito de Baratildeo Geraldo

13083-970 - Campinas SP Brasil

Fone (19) 35219188 Fax (19) 35219331

E-mail cfaperaltagmailcom

Publicaccedilatildeo 22

Resumo

Objetivo Determinar intervalos de referecircncia longitudinais para os valores de

iacutendices de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias umbilicais (AU) cerebral

meacutedia (ACM) e uterinas (AUT) e IP venoso do fluxo no ducto venoso (DV) por

meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Meacutetodos Estudo observacional longitudinal realizado de fevereiro de

2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Professor Doutor Joseacute Aristodemo

Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher Universidade Estadual

de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos quinzenais foram

realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP venoso do DV em

gestantes de baixo risco da 18ordf- 40ordf semanas de gravidez Modelos lineares

mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de referecircncia longitudinais

(percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos mencionados Os IP das porccedilotildees

placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram comparados por meio do

teste T para amostras independentes Valores de p menores do que 005 foram

considerados significativos Resultados Duzentas e trecircs pacientes de baixo

risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e quatro gestantes

concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames ultrassonograacuteficos Houve

reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a idade

gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram IP-

AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = -

026691- (0015414 x IG) IP-AUT = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve

diferenccedila significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e

Publicaccedilatildeo 23

abdominal fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de

referecircncia longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos gestacionais

mais importantes em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser

mais adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica vitalidade fetal

Abstract

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) ) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA MCA DV and UTA DV in low-risk pregnant women between

18-40 weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of these

measurements The PI obtained at the placental and abdominal portions of the

umbilical artery were compared using independent samples T test P values of

less than 005 were considered statistically significant Results Two hundred

and three low-risk pregnancies were included in the study One hundred sixty

four pregnant women completed the study and underwent 1242 scans There

Publicaccedilatildeo 24

was a significant decrease in the PI values of all studied vessels with gestational

age (GA) The equations obtained for the prediction of the medians were as

follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of the PI-MCA =

08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2] Logarithm of the

PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UTA = 12362403 ndash (0014392 x GA)

There was a significant difference between the PI-UA obtained at the abdominal

and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001) Conclusions Longitudinal

reference intervals for the main gestational Doppler parameters were obtained

from a Brazilian cohort These intervals could be more adequate for the follow-

up of materno-fetal haemodynamic modifications in normal and abnormal

pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound fetal well being

Publicaccedilatildeo 25

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Introduccedilatildeo

A dopplervelocimetria tem sido uma das principais ferramentas na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal principalmente por meio da obtenccedilatildeo dos iacutendices

de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias uterinas (AUT) umbilicais (AU)

cerebrais meacutedias (ACM) e no ducto venoso (DV) Estes permitem respectiva

avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees hemodinacircmicas nos territoacuterios vasculares

uteroplacentaacuterio (AUT) e fetoplacentaacuterio (AU ACM e DV)1-6

A interpretaccedilatildeo de cada um desses paracircmetros tem sido feita

rotineiramente com base em intervalos de referecircncia transversais que podem

natildeo refletir de forma adequada as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da

gravidez7-9

Potencial vantagem do uso de intervalos de referecircncia longitudinais

desses paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria uma melhor interpretaccedilatildeo das

alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e necessitam de avaliaccedilotildees

seriadas10-12 Aleacutem disso natildeo sabemos se diferenccedilas eacutetnicas podem interferir

nesses intervalos indisponiacuteveis com dados provenientes de nossa populaccedilatildeo

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Publicaccedilatildeo 26

Meacutetodos

Este foi um estudo observacional descritivo longitudinal realizado no

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) de fevereiro de 2010 a maio de 2012 O

Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) aprovou o projeto e todas as pacientes que aceitaram participar do

estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

As gestantes foram selecionadas entre aquelas encaminhadas do preacute-natal

do CAISM para ultrassonografia Obsteacutetrica Os seguintes criteacuterios foram respeitados

para inclusatildeo no estudo 1) gestaccedilatildeo uacutenica 2) idade gestacional (IG) entre 18 e 24

semanas definida com base na data da uacuteltima menstruaccedilatildeo (quando conhecida) ou

na medida do comprimento ceacutefalo-caudal embriatildeofeto no primeiro trimestre da

gravidez interpretado em intervalos de referecircncia publicados por Robinson amp

Fleming13 3) anatomia fetal normal 4) ausecircncia de alteraccedilotildees placentaacuterias

como placenta preacutevia circunvalada com suspeita de acretismo ou de qualquer tipo

de tumor 5) ausecircncia de alteraccedilotildees no cordatildeo umbilical como nuacutemero alterado

de vasos noacutes tumores ou inserccedilatildeo velamentosa na placenta 6) ausecircncia de

doenccedilas maternas 7) gestantes natildeo usuaacuterias de drogas liacutecitas ou iliacutecitas

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para exclusatildeo de pacientes do

estudo 1) qualquer anormalidade estrutural ou cromossocircmica detectada no

periacuteodo neonatal e que natildeo foi diagnosticada durante a gestaccedilatildeo 2) oacutebito fetal

ou neonatal sem causa determinada 3) impossibilidade de obtenccedilatildeo dos dados

do parto e do receacutem-nascido 4) Apgar de 5ordm minuto menor que 7

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 16: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Introduccedilatildeo 15

haacute reduccedilatildeo da viscosidade do sangue que passa a fluir mais rapidamente no

interior do vaso (21-23)

O DV eacute um vaso que liga o seio portal (comunicaccedilatildeo da porccedilatildeo intra-

hepaacutetica da veia umbilical com o ramo portal esquerdo) agrave veia cava inferior

imediatamente antes de sua conexatildeo com o aacutetrio direito Este vaso direciona

parte do sangue oxigenado que retorna da placenta para as cacircmaras cardiacuteacas

esquerdas atraveacutes do forame oval assegurando adequado aporte de oxigecircnio para

o miocaacuterdio e ceacuterebro Sua avaliaccedilatildeo eacute imprescindiacutevel em gestaccedilotildees de alto risco

principalmente quando a dopplervelocimetria das AU demonstra ausecircncia de

fluxo (diaacutestole zero) ou fluxo reverso (diaacutestole reversa) durante a diaacutestole

cardiacuteaca Nestes casos alteraccedilotildees no padratildeo de fluxo no ducto venoso tecircm

relaccedilatildeo com falecircncia miocaacuterdica e acidemia fetal (2425) O fluxo de sangue no

DV eacute considerado normal quando seu IP estaacute abaixo do percentil 95 de

intervalos de referecircncia (2627)

A avaliaccedilatildeo do padratildeo de fluxo no DV tambeacutem tem importacircncia no

primeiro trimestre da gestaccedilatildeo (entre 11 e 14 semanas de gravidez) ao

contribuir com o caacutelculo de risco para anomalias cromossocircmicas Aleacutem disso

alteraccedilotildees do fluxo no DV neste periacuteodo relacionam-se ao aumento de risco

para cardiopatias congecircnitas (2829)

A circulaccedilatildeo fetoplacentaacuteria pode ser estudada por meio da

dopplervelocimetria nas AU Em gestaccedilotildees normais o fluxo de sangue do feto

para a placenta aumenta gradativamente com IG o que eacute acompanhado por

Introduccedilatildeo 16

progressiva queda nos valores de IP e IR medidos nestes vasos No segundo e

terceiro trimestres da gestaccedilatildeo o fluxo sanguiacuteneo nas AU eacute contiacutenuo e

anteroacutegrado durante todo o ciclo cardiacuteaco Satildeo considerados normais IP e IR

abaixo do percentil 95 de intervalos de referecircncia (30-34)

A dopplervelocimetria das AU pode ser considerada uma avaliaccedilatildeo

indireta da funccedilatildeo placentaacuteria Quando os IP dessas arteacuterias encontram-se abaixo

do 95o percentil dos intervalos de referecircncia sabe-se que pelo menos 70 das

vilosidades placentaacuterias estatildeo funcionando adequadamente Quando os IP

encontram-se acima deste limite haacute comprometimento da funccedilatildeo de 30 a 50

das vilosidades Quando ocorre a diaacutestole zero ou reversa mais de 50 e mais

de 70 das vilosidades placentaacuterias encontram-se alteradas respectivamente

(35-37) Assim sendo a dopplervelocimetria das AU tem papel relevante na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal contribuindo para a reduccedilatildeo da mortalidade

perinatal principalmente em casos de restriccedilatildeo de crescimento fetal (38-40)

A avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo uteroplacentaacuteria eacute realizada por intermeacutedio da

dopplervelocimetria das AUT Estas apresentam baixo fluxo diastoacutelico e alta

resistecircncia no primeiro trimestre da gestaccedilatildeo Agrave medida que a invasatildeo

trofoblaacutestica ocorre haacute gradativa queda na resistecircncia ao fluxo no interior desses

vasos Dessa forma principalmente apoacutes a 20a semana de gravidez o padratildeo de

fluxo nas AUT passa a ser de baixa resistecircncia refletindo adequado processo

de implantaccedilatildeo da placenta e portanto apropriado aporte de sangue ao

territoacuterio uteroplacentaacuterio (41)

Introduccedilatildeo 17

O papel da dopplervelocimetria das AUT tem sido muito estudado para o

rastreamento da preacute-eclacircmpsia (PE) e de RCF Sabe-se que 772 das

gestantes que desenvolvem PE precoce (antes de 34 semanas) 438 das que

apresentam RCF precoce e 823 daquelas que apresentam ambas as

complicaccedilotildees tecircm IP meacutedio das AUT acima de 15 na metade da gestaccedilatildeo (entre 20

e 24 semanas) (42) Tambeacutem tem sido demonstrado que IP acima do percentil

95 nestes vasos relacionam-se a maior incidecircncia destas adversidades (43-45)

a interpretaccedilatildeo de cada um dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

mencionados acima (AUT AU ACM e DV) tem sido feita rotineiramente com

base em intervalos de referecircncia transversais todos construiacutedos em outros

paiacuteses (1819)

Cabe aqui um breve comentaacuterio sobre intervalos de referecircncia termo mais

correto a ser aplicado para as chamadas curvas de normalidade Intervalos de

referecircncia para quaisquer medidas podem ser elaborados por meio de estudos

transversais ou longitudinais Os intervalos de referecircncia transversais satildeo obtidos de

avaliaccedilotildees uacutenicas dos participantes do estudo sendo muito apropriados para

investigaccedilatildeo do estado de um indiviacuteduo em determinado momento No entanto

os intervalos de referecircncia longitudinais (ou condicionais) satildeo obtidos por

avaliaccedilotildees sequenciais dos sujeitos da pesquisa Desta forma ao se calcular

um valor em um determinado momento do processo evolutivo cada valor de um

mesmo indiviacuteduo eacute levado em conta de forma condicional para o caacutelculo dos

respectivos valores subsequentes Tecircm portanto a finalidade de demonstrar

Introduccedilatildeo 18

padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo isto eacute como se comportam

determinadas medidas ao longo do tempo em indiviacuteduos normais (46-48)

Na gestaccedilatildeo a vantagem potencial do uso de intervalos de referecircncia

longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria a melhor interpretaccedilatildeo

das alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e provavelmente se beneficiariam de

avaliaccedilotildees seriadas (1331)

No Brasil natildeo se dispotildee dos intervalos de referecircncia longitudinais dos

paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais utilizados na atualidade para avaliaccedilatildeo

das circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria (304950) Portanto pode

ser questionado se o seguimento das gestantes com comprometimento do bem-

estar fetal neste paiacutes estaacute sendo realizado da forma mais adequada possiacutevel

Intervalos de referecircncia longitudinais produzidos em outros paiacuteses (162031)

poderiam ser usados como base para seguimento das gestantes brasileiras No

entanto natildeo se sabe se diferenccedilas eacutetnicas interferem nos valores dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos mencionados

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Objetivos 19

2 Objetivos

21 Objetivo geral

Determinar intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais por meio da avaliaccedilatildeo longitudinal de gestantes

de baixo risco entre a 18a e 40a semanas de gravidez atendidas no Hospital da

Mulher Prof Dr Joseacute Aristodemo Pinotti - Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede

da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP)

22 Objetivos especiacuteficos

Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para os

valores de iacutendices de pulsatilidade dos fluxos nos seguintes vasos

Arteacuteria umbilical

Arteacuteria cerebral meacutedia

Ducto venoso

Arteacuterias uterinas

Publicaccedilatildeo 20

3 Publicaccedilatildeo

Artigo submetido agrave Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Dr Cleisson Fabio Peralta Recebemos o artigo Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos maternofetais protocolado sob nordm 4439 O mesmo encontra-se em anaacutelise Atenciosamente Rosane Apda Cunha Casula Secretaacuteria Executiva da RBGO

(16) 3602-2803

Publicaccedilatildeo 21

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Nelsilene Mota Carvalho Tavares1

Sabrina Girotto Ferreira1

Joatildeo Renato Bennini2

Emiacutelio Francisco Marussi3

Ricardo Barini4

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta5

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) Campinas SP Brasil

1Aluna do Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do

CAISM-UNICAMP

2Meacutedico Assistente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

3Professor Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

4Professor Livre Docente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

5Meacutedico Assistente Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

Correspondecircncia

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta

Departamento de Ginecologia e Obstetriacutecia ndash CAISM - UNICAMP

Rua Alexander Fleming 101 - Cidade Universitaacuteria Zeferino Vaz

Distrito de Baratildeo Geraldo

13083-970 - Campinas SP Brasil

Fone (19) 35219188 Fax (19) 35219331

E-mail cfaperaltagmailcom

Publicaccedilatildeo 22

Resumo

Objetivo Determinar intervalos de referecircncia longitudinais para os valores de

iacutendices de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias umbilicais (AU) cerebral

meacutedia (ACM) e uterinas (AUT) e IP venoso do fluxo no ducto venoso (DV) por

meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Meacutetodos Estudo observacional longitudinal realizado de fevereiro de

2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Professor Doutor Joseacute Aristodemo

Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher Universidade Estadual

de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos quinzenais foram

realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP venoso do DV em

gestantes de baixo risco da 18ordf- 40ordf semanas de gravidez Modelos lineares

mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de referecircncia longitudinais

(percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos mencionados Os IP das porccedilotildees

placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram comparados por meio do

teste T para amostras independentes Valores de p menores do que 005 foram

considerados significativos Resultados Duzentas e trecircs pacientes de baixo

risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e quatro gestantes

concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames ultrassonograacuteficos Houve

reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a idade

gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram IP-

AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = -

026691- (0015414 x IG) IP-AUT = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve

diferenccedila significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e

Publicaccedilatildeo 23

abdominal fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de

referecircncia longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos gestacionais

mais importantes em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser

mais adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica vitalidade fetal

Abstract

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) ) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA MCA DV and UTA DV in low-risk pregnant women between

18-40 weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of these

measurements The PI obtained at the placental and abdominal portions of the

umbilical artery were compared using independent samples T test P values of

less than 005 were considered statistically significant Results Two hundred

and three low-risk pregnancies were included in the study One hundred sixty

four pregnant women completed the study and underwent 1242 scans There

Publicaccedilatildeo 24

was a significant decrease in the PI values of all studied vessels with gestational

age (GA) The equations obtained for the prediction of the medians were as

follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of the PI-MCA =

08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2] Logarithm of the

PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UTA = 12362403 ndash (0014392 x GA)

There was a significant difference between the PI-UA obtained at the abdominal

and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001) Conclusions Longitudinal

reference intervals for the main gestational Doppler parameters were obtained

from a Brazilian cohort These intervals could be more adequate for the follow-

up of materno-fetal haemodynamic modifications in normal and abnormal

pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound fetal well being

Publicaccedilatildeo 25

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Introduccedilatildeo

A dopplervelocimetria tem sido uma das principais ferramentas na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal principalmente por meio da obtenccedilatildeo dos iacutendices

de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias uterinas (AUT) umbilicais (AU)

cerebrais meacutedias (ACM) e no ducto venoso (DV) Estes permitem respectiva

avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees hemodinacircmicas nos territoacuterios vasculares

uteroplacentaacuterio (AUT) e fetoplacentaacuterio (AU ACM e DV)1-6

A interpretaccedilatildeo de cada um desses paracircmetros tem sido feita

rotineiramente com base em intervalos de referecircncia transversais que podem

natildeo refletir de forma adequada as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da

gravidez7-9

Potencial vantagem do uso de intervalos de referecircncia longitudinais

desses paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria uma melhor interpretaccedilatildeo das

alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e necessitam de avaliaccedilotildees

seriadas10-12 Aleacutem disso natildeo sabemos se diferenccedilas eacutetnicas podem interferir

nesses intervalos indisponiacuteveis com dados provenientes de nossa populaccedilatildeo

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Publicaccedilatildeo 26

Meacutetodos

Este foi um estudo observacional descritivo longitudinal realizado no

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) de fevereiro de 2010 a maio de 2012 O

Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) aprovou o projeto e todas as pacientes que aceitaram participar do

estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

As gestantes foram selecionadas entre aquelas encaminhadas do preacute-natal

do CAISM para ultrassonografia Obsteacutetrica Os seguintes criteacuterios foram respeitados

para inclusatildeo no estudo 1) gestaccedilatildeo uacutenica 2) idade gestacional (IG) entre 18 e 24

semanas definida com base na data da uacuteltima menstruaccedilatildeo (quando conhecida) ou

na medida do comprimento ceacutefalo-caudal embriatildeofeto no primeiro trimestre da

gravidez interpretado em intervalos de referecircncia publicados por Robinson amp

Fleming13 3) anatomia fetal normal 4) ausecircncia de alteraccedilotildees placentaacuterias

como placenta preacutevia circunvalada com suspeita de acretismo ou de qualquer tipo

de tumor 5) ausecircncia de alteraccedilotildees no cordatildeo umbilical como nuacutemero alterado

de vasos noacutes tumores ou inserccedilatildeo velamentosa na placenta 6) ausecircncia de

doenccedilas maternas 7) gestantes natildeo usuaacuterias de drogas liacutecitas ou iliacutecitas

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para exclusatildeo de pacientes do

estudo 1) qualquer anormalidade estrutural ou cromossocircmica detectada no

periacuteodo neonatal e que natildeo foi diagnosticada durante a gestaccedilatildeo 2) oacutebito fetal

ou neonatal sem causa determinada 3) impossibilidade de obtenccedilatildeo dos dados

do parto e do receacutem-nascido 4) Apgar de 5ordm minuto menor que 7

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 17: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Introduccedilatildeo 16

progressiva queda nos valores de IP e IR medidos nestes vasos No segundo e

terceiro trimestres da gestaccedilatildeo o fluxo sanguiacuteneo nas AU eacute contiacutenuo e

anteroacutegrado durante todo o ciclo cardiacuteaco Satildeo considerados normais IP e IR

abaixo do percentil 95 de intervalos de referecircncia (30-34)

A dopplervelocimetria das AU pode ser considerada uma avaliaccedilatildeo

indireta da funccedilatildeo placentaacuteria Quando os IP dessas arteacuterias encontram-se abaixo

do 95o percentil dos intervalos de referecircncia sabe-se que pelo menos 70 das

vilosidades placentaacuterias estatildeo funcionando adequadamente Quando os IP

encontram-se acima deste limite haacute comprometimento da funccedilatildeo de 30 a 50

das vilosidades Quando ocorre a diaacutestole zero ou reversa mais de 50 e mais

de 70 das vilosidades placentaacuterias encontram-se alteradas respectivamente

(35-37) Assim sendo a dopplervelocimetria das AU tem papel relevante na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal contribuindo para a reduccedilatildeo da mortalidade

perinatal principalmente em casos de restriccedilatildeo de crescimento fetal (38-40)

A avaliaccedilatildeo da circulaccedilatildeo uteroplacentaacuteria eacute realizada por intermeacutedio da

dopplervelocimetria das AUT Estas apresentam baixo fluxo diastoacutelico e alta

resistecircncia no primeiro trimestre da gestaccedilatildeo Agrave medida que a invasatildeo

trofoblaacutestica ocorre haacute gradativa queda na resistecircncia ao fluxo no interior desses

vasos Dessa forma principalmente apoacutes a 20a semana de gravidez o padratildeo de

fluxo nas AUT passa a ser de baixa resistecircncia refletindo adequado processo

de implantaccedilatildeo da placenta e portanto apropriado aporte de sangue ao

territoacuterio uteroplacentaacuterio (41)

Introduccedilatildeo 17

O papel da dopplervelocimetria das AUT tem sido muito estudado para o

rastreamento da preacute-eclacircmpsia (PE) e de RCF Sabe-se que 772 das

gestantes que desenvolvem PE precoce (antes de 34 semanas) 438 das que

apresentam RCF precoce e 823 daquelas que apresentam ambas as

complicaccedilotildees tecircm IP meacutedio das AUT acima de 15 na metade da gestaccedilatildeo (entre 20

e 24 semanas) (42) Tambeacutem tem sido demonstrado que IP acima do percentil

95 nestes vasos relacionam-se a maior incidecircncia destas adversidades (43-45)

a interpretaccedilatildeo de cada um dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

mencionados acima (AUT AU ACM e DV) tem sido feita rotineiramente com

base em intervalos de referecircncia transversais todos construiacutedos em outros

paiacuteses (1819)

Cabe aqui um breve comentaacuterio sobre intervalos de referecircncia termo mais

correto a ser aplicado para as chamadas curvas de normalidade Intervalos de

referecircncia para quaisquer medidas podem ser elaborados por meio de estudos

transversais ou longitudinais Os intervalos de referecircncia transversais satildeo obtidos de

avaliaccedilotildees uacutenicas dos participantes do estudo sendo muito apropriados para

investigaccedilatildeo do estado de um indiviacuteduo em determinado momento No entanto

os intervalos de referecircncia longitudinais (ou condicionais) satildeo obtidos por

avaliaccedilotildees sequenciais dos sujeitos da pesquisa Desta forma ao se calcular

um valor em um determinado momento do processo evolutivo cada valor de um

mesmo indiviacuteduo eacute levado em conta de forma condicional para o caacutelculo dos

respectivos valores subsequentes Tecircm portanto a finalidade de demonstrar

Introduccedilatildeo 18

padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo isto eacute como se comportam

determinadas medidas ao longo do tempo em indiviacuteduos normais (46-48)

Na gestaccedilatildeo a vantagem potencial do uso de intervalos de referecircncia

longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria a melhor interpretaccedilatildeo

das alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e provavelmente se beneficiariam de

avaliaccedilotildees seriadas (1331)

No Brasil natildeo se dispotildee dos intervalos de referecircncia longitudinais dos

paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais utilizados na atualidade para avaliaccedilatildeo

das circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria (304950) Portanto pode

ser questionado se o seguimento das gestantes com comprometimento do bem-

estar fetal neste paiacutes estaacute sendo realizado da forma mais adequada possiacutevel

Intervalos de referecircncia longitudinais produzidos em outros paiacuteses (162031)

poderiam ser usados como base para seguimento das gestantes brasileiras No

entanto natildeo se sabe se diferenccedilas eacutetnicas interferem nos valores dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos mencionados

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Objetivos 19

2 Objetivos

21 Objetivo geral

Determinar intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais por meio da avaliaccedilatildeo longitudinal de gestantes

de baixo risco entre a 18a e 40a semanas de gravidez atendidas no Hospital da

Mulher Prof Dr Joseacute Aristodemo Pinotti - Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede

da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP)

22 Objetivos especiacuteficos

Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para os

valores de iacutendices de pulsatilidade dos fluxos nos seguintes vasos

Arteacuteria umbilical

Arteacuteria cerebral meacutedia

Ducto venoso

Arteacuterias uterinas

Publicaccedilatildeo 20

3 Publicaccedilatildeo

Artigo submetido agrave Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Dr Cleisson Fabio Peralta Recebemos o artigo Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos maternofetais protocolado sob nordm 4439 O mesmo encontra-se em anaacutelise Atenciosamente Rosane Apda Cunha Casula Secretaacuteria Executiva da RBGO

(16) 3602-2803

Publicaccedilatildeo 21

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Nelsilene Mota Carvalho Tavares1

Sabrina Girotto Ferreira1

Joatildeo Renato Bennini2

Emiacutelio Francisco Marussi3

Ricardo Barini4

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta5

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) Campinas SP Brasil

1Aluna do Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do

CAISM-UNICAMP

2Meacutedico Assistente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

3Professor Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

4Professor Livre Docente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

5Meacutedico Assistente Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

Correspondecircncia

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta

Departamento de Ginecologia e Obstetriacutecia ndash CAISM - UNICAMP

Rua Alexander Fleming 101 - Cidade Universitaacuteria Zeferino Vaz

Distrito de Baratildeo Geraldo

13083-970 - Campinas SP Brasil

Fone (19) 35219188 Fax (19) 35219331

E-mail cfaperaltagmailcom

Publicaccedilatildeo 22

Resumo

Objetivo Determinar intervalos de referecircncia longitudinais para os valores de

iacutendices de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias umbilicais (AU) cerebral

meacutedia (ACM) e uterinas (AUT) e IP venoso do fluxo no ducto venoso (DV) por

meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Meacutetodos Estudo observacional longitudinal realizado de fevereiro de

2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Professor Doutor Joseacute Aristodemo

Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher Universidade Estadual

de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos quinzenais foram

realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP venoso do DV em

gestantes de baixo risco da 18ordf- 40ordf semanas de gravidez Modelos lineares

mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de referecircncia longitudinais

(percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos mencionados Os IP das porccedilotildees

placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram comparados por meio do

teste T para amostras independentes Valores de p menores do que 005 foram

considerados significativos Resultados Duzentas e trecircs pacientes de baixo

risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e quatro gestantes

concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames ultrassonograacuteficos Houve

reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a idade

gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram IP-

AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = -

026691- (0015414 x IG) IP-AUT = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve

diferenccedila significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e

Publicaccedilatildeo 23

abdominal fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de

referecircncia longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos gestacionais

mais importantes em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser

mais adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica vitalidade fetal

Abstract

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) ) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA MCA DV and UTA DV in low-risk pregnant women between

18-40 weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of these

measurements The PI obtained at the placental and abdominal portions of the

umbilical artery were compared using independent samples T test P values of

less than 005 were considered statistically significant Results Two hundred

and three low-risk pregnancies were included in the study One hundred sixty

four pregnant women completed the study and underwent 1242 scans There

Publicaccedilatildeo 24

was a significant decrease in the PI values of all studied vessels with gestational

age (GA) The equations obtained for the prediction of the medians were as

follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of the PI-MCA =

08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2] Logarithm of the

PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UTA = 12362403 ndash (0014392 x GA)

There was a significant difference between the PI-UA obtained at the abdominal

and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001) Conclusions Longitudinal

reference intervals for the main gestational Doppler parameters were obtained

from a Brazilian cohort These intervals could be more adequate for the follow-

up of materno-fetal haemodynamic modifications in normal and abnormal

pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound fetal well being

Publicaccedilatildeo 25

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Introduccedilatildeo

A dopplervelocimetria tem sido uma das principais ferramentas na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal principalmente por meio da obtenccedilatildeo dos iacutendices

de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias uterinas (AUT) umbilicais (AU)

cerebrais meacutedias (ACM) e no ducto venoso (DV) Estes permitem respectiva

avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees hemodinacircmicas nos territoacuterios vasculares

uteroplacentaacuterio (AUT) e fetoplacentaacuterio (AU ACM e DV)1-6

A interpretaccedilatildeo de cada um desses paracircmetros tem sido feita

rotineiramente com base em intervalos de referecircncia transversais que podem

natildeo refletir de forma adequada as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da

gravidez7-9

Potencial vantagem do uso de intervalos de referecircncia longitudinais

desses paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria uma melhor interpretaccedilatildeo das

alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e necessitam de avaliaccedilotildees

seriadas10-12 Aleacutem disso natildeo sabemos se diferenccedilas eacutetnicas podem interferir

nesses intervalos indisponiacuteveis com dados provenientes de nossa populaccedilatildeo

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Publicaccedilatildeo 26

Meacutetodos

Este foi um estudo observacional descritivo longitudinal realizado no

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) de fevereiro de 2010 a maio de 2012 O

Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) aprovou o projeto e todas as pacientes que aceitaram participar do

estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

As gestantes foram selecionadas entre aquelas encaminhadas do preacute-natal

do CAISM para ultrassonografia Obsteacutetrica Os seguintes criteacuterios foram respeitados

para inclusatildeo no estudo 1) gestaccedilatildeo uacutenica 2) idade gestacional (IG) entre 18 e 24

semanas definida com base na data da uacuteltima menstruaccedilatildeo (quando conhecida) ou

na medida do comprimento ceacutefalo-caudal embriatildeofeto no primeiro trimestre da

gravidez interpretado em intervalos de referecircncia publicados por Robinson amp

Fleming13 3) anatomia fetal normal 4) ausecircncia de alteraccedilotildees placentaacuterias

como placenta preacutevia circunvalada com suspeita de acretismo ou de qualquer tipo

de tumor 5) ausecircncia de alteraccedilotildees no cordatildeo umbilical como nuacutemero alterado

de vasos noacutes tumores ou inserccedilatildeo velamentosa na placenta 6) ausecircncia de

doenccedilas maternas 7) gestantes natildeo usuaacuterias de drogas liacutecitas ou iliacutecitas

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para exclusatildeo de pacientes do

estudo 1) qualquer anormalidade estrutural ou cromossocircmica detectada no

periacuteodo neonatal e que natildeo foi diagnosticada durante a gestaccedilatildeo 2) oacutebito fetal

ou neonatal sem causa determinada 3) impossibilidade de obtenccedilatildeo dos dados

do parto e do receacutem-nascido 4) Apgar de 5ordm minuto menor que 7

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 18: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Introduccedilatildeo 17

O papel da dopplervelocimetria das AUT tem sido muito estudado para o

rastreamento da preacute-eclacircmpsia (PE) e de RCF Sabe-se que 772 das

gestantes que desenvolvem PE precoce (antes de 34 semanas) 438 das que

apresentam RCF precoce e 823 daquelas que apresentam ambas as

complicaccedilotildees tecircm IP meacutedio das AUT acima de 15 na metade da gestaccedilatildeo (entre 20

e 24 semanas) (42) Tambeacutem tem sido demonstrado que IP acima do percentil

95 nestes vasos relacionam-se a maior incidecircncia destas adversidades (43-45)

a interpretaccedilatildeo de cada um dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

mencionados acima (AUT AU ACM e DV) tem sido feita rotineiramente com

base em intervalos de referecircncia transversais todos construiacutedos em outros

paiacuteses (1819)

Cabe aqui um breve comentaacuterio sobre intervalos de referecircncia termo mais

correto a ser aplicado para as chamadas curvas de normalidade Intervalos de

referecircncia para quaisquer medidas podem ser elaborados por meio de estudos

transversais ou longitudinais Os intervalos de referecircncia transversais satildeo obtidos de

avaliaccedilotildees uacutenicas dos participantes do estudo sendo muito apropriados para

investigaccedilatildeo do estado de um indiviacuteduo em determinado momento No entanto

os intervalos de referecircncia longitudinais (ou condicionais) satildeo obtidos por

avaliaccedilotildees sequenciais dos sujeitos da pesquisa Desta forma ao se calcular

um valor em um determinado momento do processo evolutivo cada valor de um

mesmo indiviacuteduo eacute levado em conta de forma condicional para o caacutelculo dos

respectivos valores subsequentes Tecircm portanto a finalidade de demonstrar

Introduccedilatildeo 18

padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo isto eacute como se comportam

determinadas medidas ao longo do tempo em indiviacuteduos normais (46-48)

Na gestaccedilatildeo a vantagem potencial do uso de intervalos de referecircncia

longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria a melhor interpretaccedilatildeo

das alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e provavelmente se beneficiariam de

avaliaccedilotildees seriadas (1331)

No Brasil natildeo se dispotildee dos intervalos de referecircncia longitudinais dos

paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais utilizados na atualidade para avaliaccedilatildeo

das circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria (304950) Portanto pode

ser questionado se o seguimento das gestantes com comprometimento do bem-

estar fetal neste paiacutes estaacute sendo realizado da forma mais adequada possiacutevel

Intervalos de referecircncia longitudinais produzidos em outros paiacuteses (162031)

poderiam ser usados como base para seguimento das gestantes brasileiras No

entanto natildeo se sabe se diferenccedilas eacutetnicas interferem nos valores dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos mencionados

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Objetivos 19

2 Objetivos

21 Objetivo geral

Determinar intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais por meio da avaliaccedilatildeo longitudinal de gestantes

de baixo risco entre a 18a e 40a semanas de gravidez atendidas no Hospital da

Mulher Prof Dr Joseacute Aristodemo Pinotti - Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede

da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP)

22 Objetivos especiacuteficos

Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para os

valores de iacutendices de pulsatilidade dos fluxos nos seguintes vasos

Arteacuteria umbilical

Arteacuteria cerebral meacutedia

Ducto venoso

Arteacuterias uterinas

Publicaccedilatildeo 20

3 Publicaccedilatildeo

Artigo submetido agrave Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Dr Cleisson Fabio Peralta Recebemos o artigo Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos maternofetais protocolado sob nordm 4439 O mesmo encontra-se em anaacutelise Atenciosamente Rosane Apda Cunha Casula Secretaacuteria Executiva da RBGO

(16) 3602-2803

Publicaccedilatildeo 21

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Nelsilene Mota Carvalho Tavares1

Sabrina Girotto Ferreira1

Joatildeo Renato Bennini2

Emiacutelio Francisco Marussi3

Ricardo Barini4

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta5

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) Campinas SP Brasil

1Aluna do Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do

CAISM-UNICAMP

2Meacutedico Assistente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

3Professor Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

4Professor Livre Docente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

5Meacutedico Assistente Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

Correspondecircncia

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta

Departamento de Ginecologia e Obstetriacutecia ndash CAISM - UNICAMP

Rua Alexander Fleming 101 - Cidade Universitaacuteria Zeferino Vaz

Distrito de Baratildeo Geraldo

13083-970 - Campinas SP Brasil

Fone (19) 35219188 Fax (19) 35219331

E-mail cfaperaltagmailcom

Publicaccedilatildeo 22

Resumo

Objetivo Determinar intervalos de referecircncia longitudinais para os valores de

iacutendices de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias umbilicais (AU) cerebral

meacutedia (ACM) e uterinas (AUT) e IP venoso do fluxo no ducto venoso (DV) por

meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Meacutetodos Estudo observacional longitudinal realizado de fevereiro de

2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Professor Doutor Joseacute Aristodemo

Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher Universidade Estadual

de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos quinzenais foram

realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP venoso do DV em

gestantes de baixo risco da 18ordf- 40ordf semanas de gravidez Modelos lineares

mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de referecircncia longitudinais

(percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos mencionados Os IP das porccedilotildees

placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram comparados por meio do

teste T para amostras independentes Valores de p menores do que 005 foram

considerados significativos Resultados Duzentas e trecircs pacientes de baixo

risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e quatro gestantes

concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames ultrassonograacuteficos Houve

reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a idade

gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram IP-

AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = -

026691- (0015414 x IG) IP-AUT = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve

diferenccedila significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e

Publicaccedilatildeo 23

abdominal fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de

referecircncia longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos gestacionais

mais importantes em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser

mais adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica vitalidade fetal

Abstract

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) ) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA MCA DV and UTA DV in low-risk pregnant women between

18-40 weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of these

measurements The PI obtained at the placental and abdominal portions of the

umbilical artery were compared using independent samples T test P values of

less than 005 were considered statistically significant Results Two hundred

and three low-risk pregnancies were included in the study One hundred sixty

four pregnant women completed the study and underwent 1242 scans There

Publicaccedilatildeo 24

was a significant decrease in the PI values of all studied vessels with gestational

age (GA) The equations obtained for the prediction of the medians were as

follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of the PI-MCA =

08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2] Logarithm of the

PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UTA = 12362403 ndash (0014392 x GA)

There was a significant difference between the PI-UA obtained at the abdominal

and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001) Conclusions Longitudinal

reference intervals for the main gestational Doppler parameters were obtained

from a Brazilian cohort These intervals could be more adequate for the follow-

up of materno-fetal haemodynamic modifications in normal and abnormal

pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound fetal well being

Publicaccedilatildeo 25

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Introduccedilatildeo

A dopplervelocimetria tem sido uma das principais ferramentas na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal principalmente por meio da obtenccedilatildeo dos iacutendices

de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias uterinas (AUT) umbilicais (AU)

cerebrais meacutedias (ACM) e no ducto venoso (DV) Estes permitem respectiva

avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees hemodinacircmicas nos territoacuterios vasculares

uteroplacentaacuterio (AUT) e fetoplacentaacuterio (AU ACM e DV)1-6

A interpretaccedilatildeo de cada um desses paracircmetros tem sido feita

rotineiramente com base em intervalos de referecircncia transversais que podem

natildeo refletir de forma adequada as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da

gravidez7-9

Potencial vantagem do uso de intervalos de referecircncia longitudinais

desses paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria uma melhor interpretaccedilatildeo das

alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e necessitam de avaliaccedilotildees

seriadas10-12 Aleacutem disso natildeo sabemos se diferenccedilas eacutetnicas podem interferir

nesses intervalos indisponiacuteveis com dados provenientes de nossa populaccedilatildeo

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Publicaccedilatildeo 26

Meacutetodos

Este foi um estudo observacional descritivo longitudinal realizado no

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) de fevereiro de 2010 a maio de 2012 O

Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) aprovou o projeto e todas as pacientes que aceitaram participar do

estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

As gestantes foram selecionadas entre aquelas encaminhadas do preacute-natal

do CAISM para ultrassonografia Obsteacutetrica Os seguintes criteacuterios foram respeitados

para inclusatildeo no estudo 1) gestaccedilatildeo uacutenica 2) idade gestacional (IG) entre 18 e 24

semanas definida com base na data da uacuteltima menstruaccedilatildeo (quando conhecida) ou

na medida do comprimento ceacutefalo-caudal embriatildeofeto no primeiro trimestre da

gravidez interpretado em intervalos de referecircncia publicados por Robinson amp

Fleming13 3) anatomia fetal normal 4) ausecircncia de alteraccedilotildees placentaacuterias

como placenta preacutevia circunvalada com suspeita de acretismo ou de qualquer tipo

de tumor 5) ausecircncia de alteraccedilotildees no cordatildeo umbilical como nuacutemero alterado

de vasos noacutes tumores ou inserccedilatildeo velamentosa na placenta 6) ausecircncia de

doenccedilas maternas 7) gestantes natildeo usuaacuterias de drogas liacutecitas ou iliacutecitas

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para exclusatildeo de pacientes do

estudo 1) qualquer anormalidade estrutural ou cromossocircmica detectada no

periacuteodo neonatal e que natildeo foi diagnosticada durante a gestaccedilatildeo 2) oacutebito fetal

ou neonatal sem causa determinada 3) impossibilidade de obtenccedilatildeo dos dados

do parto e do receacutem-nascido 4) Apgar de 5ordm minuto menor que 7

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 19: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Introduccedilatildeo 18

padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo isto eacute como se comportam

determinadas medidas ao longo do tempo em indiviacuteduos normais (46-48)

Na gestaccedilatildeo a vantagem potencial do uso de intervalos de referecircncia

longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria a melhor interpretaccedilatildeo

das alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e provavelmente se beneficiariam de

avaliaccedilotildees seriadas (1331)

No Brasil natildeo se dispotildee dos intervalos de referecircncia longitudinais dos

paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais utilizados na atualidade para avaliaccedilatildeo

das circulaccedilotildees fetal fetoplacentaacuteria e uteroplacentaacuteria (304950) Portanto pode

ser questionado se o seguimento das gestantes com comprometimento do bem-

estar fetal neste paiacutes estaacute sendo realizado da forma mais adequada possiacutevel

Intervalos de referecircncia longitudinais produzidos em outros paiacuteses (162031)

poderiam ser usados como base para seguimento das gestantes brasileiras No

entanto natildeo se sabe se diferenccedilas eacutetnicas interferem nos valores dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos mencionados

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos mais usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Objetivos 19

2 Objetivos

21 Objetivo geral

Determinar intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais por meio da avaliaccedilatildeo longitudinal de gestantes

de baixo risco entre a 18a e 40a semanas de gravidez atendidas no Hospital da

Mulher Prof Dr Joseacute Aristodemo Pinotti - Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede

da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP)

22 Objetivos especiacuteficos

Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para os

valores de iacutendices de pulsatilidade dos fluxos nos seguintes vasos

Arteacuteria umbilical

Arteacuteria cerebral meacutedia

Ducto venoso

Arteacuterias uterinas

Publicaccedilatildeo 20

3 Publicaccedilatildeo

Artigo submetido agrave Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Dr Cleisson Fabio Peralta Recebemos o artigo Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos maternofetais protocolado sob nordm 4439 O mesmo encontra-se em anaacutelise Atenciosamente Rosane Apda Cunha Casula Secretaacuteria Executiva da RBGO

(16) 3602-2803

Publicaccedilatildeo 21

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Nelsilene Mota Carvalho Tavares1

Sabrina Girotto Ferreira1

Joatildeo Renato Bennini2

Emiacutelio Francisco Marussi3

Ricardo Barini4

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta5

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) Campinas SP Brasil

1Aluna do Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do

CAISM-UNICAMP

2Meacutedico Assistente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

3Professor Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

4Professor Livre Docente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

5Meacutedico Assistente Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

Correspondecircncia

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta

Departamento de Ginecologia e Obstetriacutecia ndash CAISM - UNICAMP

Rua Alexander Fleming 101 - Cidade Universitaacuteria Zeferino Vaz

Distrito de Baratildeo Geraldo

13083-970 - Campinas SP Brasil

Fone (19) 35219188 Fax (19) 35219331

E-mail cfaperaltagmailcom

Publicaccedilatildeo 22

Resumo

Objetivo Determinar intervalos de referecircncia longitudinais para os valores de

iacutendices de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias umbilicais (AU) cerebral

meacutedia (ACM) e uterinas (AUT) e IP venoso do fluxo no ducto venoso (DV) por

meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Meacutetodos Estudo observacional longitudinal realizado de fevereiro de

2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Professor Doutor Joseacute Aristodemo

Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher Universidade Estadual

de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos quinzenais foram

realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP venoso do DV em

gestantes de baixo risco da 18ordf- 40ordf semanas de gravidez Modelos lineares

mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de referecircncia longitudinais

(percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos mencionados Os IP das porccedilotildees

placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram comparados por meio do

teste T para amostras independentes Valores de p menores do que 005 foram

considerados significativos Resultados Duzentas e trecircs pacientes de baixo

risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e quatro gestantes

concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames ultrassonograacuteficos Houve

reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a idade

gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram IP-

AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = -

026691- (0015414 x IG) IP-AUT = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve

diferenccedila significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e

Publicaccedilatildeo 23

abdominal fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de

referecircncia longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos gestacionais

mais importantes em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser

mais adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica vitalidade fetal

Abstract

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) ) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA MCA DV and UTA DV in low-risk pregnant women between

18-40 weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of these

measurements The PI obtained at the placental and abdominal portions of the

umbilical artery were compared using independent samples T test P values of

less than 005 were considered statistically significant Results Two hundred

and three low-risk pregnancies were included in the study One hundred sixty

four pregnant women completed the study and underwent 1242 scans There

Publicaccedilatildeo 24

was a significant decrease in the PI values of all studied vessels with gestational

age (GA) The equations obtained for the prediction of the medians were as

follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of the PI-MCA =

08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2] Logarithm of the

PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UTA = 12362403 ndash (0014392 x GA)

There was a significant difference between the PI-UA obtained at the abdominal

and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001) Conclusions Longitudinal

reference intervals for the main gestational Doppler parameters were obtained

from a Brazilian cohort These intervals could be more adequate for the follow-

up of materno-fetal haemodynamic modifications in normal and abnormal

pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound fetal well being

Publicaccedilatildeo 25

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Introduccedilatildeo

A dopplervelocimetria tem sido uma das principais ferramentas na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal principalmente por meio da obtenccedilatildeo dos iacutendices

de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias uterinas (AUT) umbilicais (AU)

cerebrais meacutedias (ACM) e no ducto venoso (DV) Estes permitem respectiva

avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees hemodinacircmicas nos territoacuterios vasculares

uteroplacentaacuterio (AUT) e fetoplacentaacuterio (AU ACM e DV)1-6

A interpretaccedilatildeo de cada um desses paracircmetros tem sido feita

rotineiramente com base em intervalos de referecircncia transversais que podem

natildeo refletir de forma adequada as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da

gravidez7-9

Potencial vantagem do uso de intervalos de referecircncia longitudinais

desses paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria uma melhor interpretaccedilatildeo das

alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e necessitam de avaliaccedilotildees

seriadas10-12 Aleacutem disso natildeo sabemos se diferenccedilas eacutetnicas podem interferir

nesses intervalos indisponiacuteveis com dados provenientes de nossa populaccedilatildeo

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Publicaccedilatildeo 26

Meacutetodos

Este foi um estudo observacional descritivo longitudinal realizado no

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) de fevereiro de 2010 a maio de 2012 O

Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) aprovou o projeto e todas as pacientes que aceitaram participar do

estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

As gestantes foram selecionadas entre aquelas encaminhadas do preacute-natal

do CAISM para ultrassonografia Obsteacutetrica Os seguintes criteacuterios foram respeitados

para inclusatildeo no estudo 1) gestaccedilatildeo uacutenica 2) idade gestacional (IG) entre 18 e 24

semanas definida com base na data da uacuteltima menstruaccedilatildeo (quando conhecida) ou

na medida do comprimento ceacutefalo-caudal embriatildeofeto no primeiro trimestre da

gravidez interpretado em intervalos de referecircncia publicados por Robinson amp

Fleming13 3) anatomia fetal normal 4) ausecircncia de alteraccedilotildees placentaacuterias

como placenta preacutevia circunvalada com suspeita de acretismo ou de qualquer tipo

de tumor 5) ausecircncia de alteraccedilotildees no cordatildeo umbilical como nuacutemero alterado

de vasos noacutes tumores ou inserccedilatildeo velamentosa na placenta 6) ausecircncia de

doenccedilas maternas 7) gestantes natildeo usuaacuterias de drogas liacutecitas ou iliacutecitas

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para exclusatildeo de pacientes do

estudo 1) qualquer anormalidade estrutural ou cromossocircmica detectada no

periacuteodo neonatal e que natildeo foi diagnosticada durante a gestaccedilatildeo 2) oacutebito fetal

ou neonatal sem causa determinada 3) impossibilidade de obtenccedilatildeo dos dados

do parto e do receacutem-nascido 4) Apgar de 5ordm minuto menor que 7

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 20: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Objetivos 19

2 Objetivos

21 Objetivo geral

Determinar intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais por meio da avaliaccedilatildeo longitudinal de gestantes

de baixo risco entre a 18a e 40a semanas de gravidez atendidas no Hospital da

Mulher Prof Dr Joseacute Aristodemo Pinotti - Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede

da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP)

22 Objetivos especiacuteficos

Determinar intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para os

valores de iacutendices de pulsatilidade dos fluxos nos seguintes vasos

Arteacuteria umbilical

Arteacuteria cerebral meacutedia

Ducto venoso

Arteacuterias uterinas

Publicaccedilatildeo 20

3 Publicaccedilatildeo

Artigo submetido agrave Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Dr Cleisson Fabio Peralta Recebemos o artigo Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos maternofetais protocolado sob nordm 4439 O mesmo encontra-se em anaacutelise Atenciosamente Rosane Apda Cunha Casula Secretaacuteria Executiva da RBGO

(16) 3602-2803

Publicaccedilatildeo 21

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Nelsilene Mota Carvalho Tavares1

Sabrina Girotto Ferreira1

Joatildeo Renato Bennini2

Emiacutelio Francisco Marussi3

Ricardo Barini4

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta5

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) Campinas SP Brasil

1Aluna do Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do

CAISM-UNICAMP

2Meacutedico Assistente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

3Professor Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

4Professor Livre Docente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

5Meacutedico Assistente Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

Correspondecircncia

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta

Departamento de Ginecologia e Obstetriacutecia ndash CAISM - UNICAMP

Rua Alexander Fleming 101 - Cidade Universitaacuteria Zeferino Vaz

Distrito de Baratildeo Geraldo

13083-970 - Campinas SP Brasil

Fone (19) 35219188 Fax (19) 35219331

E-mail cfaperaltagmailcom

Publicaccedilatildeo 22

Resumo

Objetivo Determinar intervalos de referecircncia longitudinais para os valores de

iacutendices de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias umbilicais (AU) cerebral

meacutedia (ACM) e uterinas (AUT) e IP venoso do fluxo no ducto venoso (DV) por

meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Meacutetodos Estudo observacional longitudinal realizado de fevereiro de

2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Professor Doutor Joseacute Aristodemo

Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher Universidade Estadual

de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos quinzenais foram

realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP venoso do DV em

gestantes de baixo risco da 18ordf- 40ordf semanas de gravidez Modelos lineares

mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de referecircncia longitudinais

(percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos mencionados Os IP das porccedilotildees

placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram comparados por meio do

teste T para amostras independentes Valores de p menores do que 005 foram

considerados significativos Resultados Duzentas e trecircs pacientes de baixo

risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e quatro gestantes

concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames ultrassonograacuteficos Houve

reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a idade

gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram IP-

AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = -

026691- (0015414 x IG) IP-AUT = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve

diferenccedila significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e

Publicaccedilatildeo 23

abdominal fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de

referecircncia longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos gestacionais

mais importantes em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser

mais adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica vitalidade fetal

Abstract

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) ) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA MCA DV and UTA DV in low-risk pregnant women between

18-40 weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of these

measurements The PI obtained at the placental and abdominal portions of the

umbilical artery were compared using independent samples T test P values of

less than 005 were considered statistically significant Results Two hundred

and three low-risk pregnancies were included in the study One hundred sixty

four pregnant women completed the study and underwent 1242 scans There

Publicaccedilatildeo 24

was a significant decrease in the PI values of all studied vessels with gestational

age (GA) The equations obtained for the prediction of the medians were as

follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of the PI-MCA =

08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2] Logarithm of the

PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UTA = 12362403 ndash (0014392 x GA)

There was a significant difference between the PI-UA obtained at the abdominal

and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001) Conclusions Longitudinal

reference intervals for the main gestational Doppler parameters were obtained

from a Brazilian cohort These intervals could be more adequate for the follow-

up of materno-fetal haemodynamic modifications in normal and abnormal

pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound fetal well being

Publicaccedilatildeo 25

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Introduccedilatildeo

A dopplervelocimetria tem sido uma das principais ferramentas na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal principalmente por meio da obtenccedilatildeo dos iacutendices

de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias uterinas (AUT) umbilicais (AU)

cerebrais meacutedias (ACM) e no ducto venoso (DV) Estes permitem respectiva

avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees hemodinacircmicas nos territoacuterios vasculares

uteroplacentaacuterio (AUT) e fetoplacentaacuterio (AU ACM e DV)1-6

A interpretaccedilatildeo de cada um desses paracircmetros tem sido feita

rotineiramente com base em intervalos de referecircncia transversais que podem

natildeo refletir de forma adequada as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da

gravidez7-9

Potencial vantagem do uso de intervalos de referecircncia longitudinais

desses paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria uma melhor interpretaccedilatildeo das

alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e necessitam de avaliaccedilotildees

seriadas10-12 Aleacutem disso natildeo sabemos se diferenccedilas eacutetnicas podem interferir

nesses intervalos indisponiacuteveis com dados provenientes de nossa populaccedilatildeo

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Publicaccedilatildeo 26

Meacutetodos

Este foi um estudo observacional descritivo longitudinal realizado no

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) de fevereiro de 2010 a maio de 2012 O

Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) aprovou o projeto e todas as pacientes que aceitaram participar do

estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

As gestantes foram selecionadas entre aquelas encaminhadas do preacute-natal

do CAISM para ultrassonografia Obsteacutetrica Os seguintes criteacuterios foram respeitados

para inclusatildeo no estudo 1) gestaccedilatildeo uacutenica 2) idade gestacional (IG) entre 18 e 24

semanas definida com base na data da uacuteltima menstruaccedilatildeo (quando conhecida) ou

na medida do comprimento ceacutefalo-caudal embriatildeofeto no primeiro trimestre da

gravidez interpretado em intervalos de referecircncia publicados por Robinson amp

Fleming13 3) anatomia fetal normal 4) ausecircncia de alteraccedilotildees placentaacuterias

como placenta preacutevia circunvalada com suspeita de acretismo ou de qualquer tipo

de tumor 5) ausecircncia de alteraccedilotildees no cordatildeo umbilical como nuacutemero alterado

de vasos noacutes tumores ou inserccedilatildeo velamentosa na placenta 6) ausecircncia de

doenccedilas maternas 7) gestantes natildeo usuaacuterias de drogas liacutecitas ou iliacutecitas

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para exclusatildeo de pacientes do

estudo 1) qualquer anormalidade estrutural ou cromossocircmica detectada no

periacuteodo neonatal e que natildeo foi diagnosticada durante a gestaccedilatildeo 2) oacutebito fetal

ou neonatal sem causa determinada 3) impossibilidade de obtenccedilatildeo dos dados

do parto e do receacutem-nascido 4) Apgar de 5ordm minuto menor que 7

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 21: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Publicaccedilatildeo 20

3 Publicaccedilatildeo

Artigo submetido agrave Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Dr Cleisson Fabio Peralta Recebemos o artigo Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos maternofetais protocolado sob nordm 4439 O mesmo encontra-se em anaacutelise Atenciosamente Rosane Apda Cunha Casula Secretaacuteria Executiva da RBGO

(16) 3602-2803

Publicaccedilatildeo 21

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Nelsilene Mota Carvalho Tavares1

Sabrina Girotto Ferreira1

Joatildeo Renato Bennini2

Emiacutelio Francisco Marussi3

Ricardo Barini4

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta5

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) Campinas SP Brasil

1Aluna do Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do

CAISM-UNICAMP

2Meacutedico Assistente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

3Professor Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

4Professor Livre Docente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

5Meacutedico Assistente Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

Correspondecircncia

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta

Departamento de Ginecologia e Obstetriacutecia ndash CAISM - UNICAMP

Rua Alexander Fleming 101 - Cidade Universitaacuteria Zeferino Vaz

Distrito de Baratildeo Geraldo

13083-970 - Campinas SP Brasil

Fone (19) 35219188 Fax (19) 35219331

E-mail cfaperaltagmailcom

Publicaccedilatildeo 22

Resumo

Objetivo Determinar intervalos de referecircncia longitudinais para os valores de

iacutendices de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias umbilicais (AU) cerebral

meacutedia (ACM) e uterinas (AUT) e IP venoso do fluxo no ducto venoso (DV) por

meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Meacutetodos Estudo observacional longitudinal realizado de fevereiro de

2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Professor Doutor Joseacute Aristodemo

Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher Universidade Estadual

de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos quinzenais foram

realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP venoso do DV em

gestantes de baixo risco da 18ordf- 40ordf semanas de gravidez Modelos lineares

mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de referecircncia longitudinais

(percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos mencionados Os IP das porccedilotildees

placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram comparados por meio do

teste T para amostras independentes Valores de p menores do que 005 foram

considerados significativos Resultados Duzentas e trecircs pacientes de baixo

risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e quatro gestantes

concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames ultrassonograacuteficos Houve

reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a idade

gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram IP-

AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = -

026691- (0015414 x IG) IP-AUT = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve

diferenccedila significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e

Publicaccedilatildeo 23

abdominal fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de

referecircncia longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos gestacionais

mais importantes em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser

mais adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica vitalidade fetal

Abstract

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) ) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA MCA DV and UTA DV in low-risk pregnant women between

18-40 weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of these

measurements The PI obtained at the placental and abdominal portions of the

umbilical artery were compared using independent samples T test P values of

less than 005 were considered statistically significant Results Two hundred

and three low-risk pregnancies were included in the study One hundred sixty

four pregnant women completed the study and underwent 1242 scans There

Publicaccedilatildeo 24

was a significant decrease in the PI values of all studied vessels with gestational

age (GA) The equations obtained for the prediction of the medians were as

follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of the PI-MCA =

08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2] Logarithm of the

PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UTA = 12362403 ndash (0014392 x GA)

There was a significant difference between the PI-UA obtained at the abdominal

and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001) Conclusions Longitudinal

reference intervals for the main gestational Doppler parameters were obtained

from a Brazilian cohort These intervals could be more adequate for the follow-

up of materno-fetal haemodynamic modifications in normal and abnormal

pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound fetal well being

Publicaccedilatildeo 25

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Introduccedilatildeo

A dopplervelocimetria tem sido uma das principais ferramentas na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal principalmente por meio da obtenccedilatildeo dos iacutendices

de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias uterinas (AUT) umbilicais (AU)

cerebrais meacutedias (ACM) e no ducto venoso (DV) Estes permitem respectiva

avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees hemodinacircmicas nos territoacuterios vasculares

uteroplacentaacuterio (AUT) e fetoplacentaacuterio (AU ACM e DV)1-6

A interpretaccedilatildeo de cada um desses paracircmetros tem sido feita

rotineiramente com base em intervalos de referecircncia transversais que podem

natildeo refletir de forma adequada as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da

gravidez7-9

Potencial vantagem do uso de intervalos de referecircncia longitudinais

desses paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria uma melhor interpretaccedilatildeo das

alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e necessitam de avaliaccedilotildees

seriadas10-12 Aleacutem disso natildeo sabemos se diferenccedilas eacutetnicas podem interferir

nesses intervalos indisponiacuteveis com dados provenientes de nossa populaccedilatildeo

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Publicaccedilatildeo 26

Meacutetodos

Este foi um estudo observacional descritivo longitudinal realizado no

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) de fevereiro de 2010 a maio de 2012 O

Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) aprovou o projeto e todas as pacientes que aceitaram participar do

estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

As gestantes foram selecionadas entre aquelas encaminhadas do preacute-natal

do CAISM para ultrassonografia Obsteacutetrica Os seguintes criteacuterios foram respeitados

para inclusatildeo no estudo 1) gestaccedilatildeo uacutenica 2) idade gestacional (IG) entre 18 e 24

semanas definida com base na data da uacuteltima menstruaccedilatildeo (quando conhecida) ou

na medida do comprimento ceacutefalo-caudal embriatildeofeto no primeiro trimestre da

gravidez interpretado em intervalos de referecircncia publicados por Robinson amp

Fleming13 3) anatomia fetal normal 4) ausecircncia de alteraccedilotildees placentaacuterias

como placenta preacutevia circunvalada com suspeita de acretismo ou de qualquer tipo

de tumor 5) ausecircncia de alteraccedilotildees no cordatildeo umbilical como nuacutemero alterado

de vasos noacutes tumores ou inserccedilatildeo velamentosa na placenta 6) ausecircncia de

doenccedilas maternas 7) gestantes natildeo usuaacuterias de drogas liacutecitas ou iliacutecitas

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para exclusatildeo de pacientes do

estudo 1) qualquer anormalidade estrutural ou cromossocircmica detectada no

periacuteodo neonatal e que natildeo foi diagnosticada durante a gestaccedilatildeo 2) oacutebito fetal

ou neonatal sem causa determinada 3) impossibilidade de obtenccedilatildeo dos dados

do parto e do receacutem-nascido 4) Apgar de 5ordm minuto menor que 7

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 22: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Publicaccedilatildeo 21

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros dopplervelocimeacutetricos

maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Nelsilene Mota Carvalho Tavares1

Sabrina Girotto Ferreira1

Joatildeo Renato Bennini2

Emiacutelio Francisco Marussi3

Ricardo Barini4

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta5

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) Campinas SP Brasil

1Aluna do Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do

CAISM-UNICAMP

2Meacutedico Assistente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

3Professor Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

4Professor Livre Docente Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

5Meacutedico Assistente Doutor Departamento de Obstetriacutecia e Ginecologia do CAISM-UNICAMP

Correspondecircncia

Cleisson Faacutebio Andrioli Peralta

Departamento de Ginecologia e Obstetriacutecia ndash CAISM - UNICAMP

Rua Alexander Fleming 101 - Cidade Universitaacuteria Zeferino Vaz

Distrito de Baratildeo Geraldo

13083-970 - Campinas SP Brasil

Fone (19) 35219188 Fax (19) 35219331

E-mail cfaperaltagmailcom

Publicaccedilatildeo 22

Resumo

Objetivo Determinar intervalos de referecircncia longitudinais para os valores de

iacutendices de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias umbilicais (AU) cerebral

meacutedia (ACM) e uterinas (AUT) e IP venoso do fluxo no ducto venoso (DV) por

meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Meacutetodos Estudo observacional longitudinal realizado de fevereiro de

2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Professor Doutor Joseacute Aristodemo

Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher Universidade Estadual

de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos quinzenais foram

realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP venoso do DV em

gestantes de baixo risco da 18ordf- 40ordf semanas de gravidez Modelos lineares

mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de referecircncia longitudinais

(percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos mencionados Os IP das porccedilotildees

placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram comparados por meio do

teste T para amostras independentes Valores de p menores do que 005 foram

considerados significativos Resultados Duzentas e trecircs pacientes de baixo

risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e quatro gestantes

concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames ultrassonograacuteficos Houve

reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a idade

gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram IP-

AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = -

026691- (0015414 x IG) IP-AUT = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve

diferenccedila significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e

Publicaccedilatildeo 23

abdominal fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de

referecircncia longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos gestacionais

mais importantes em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser

mais adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica vitalidade fetal

Abstract

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) ) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA MCA DV and UTA DV in low-risk pregnant women between

18-40 weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of these

measurements The PI obtained at the placental and abdominal portions of the

umbilical artery were compared using independent samples T test P values of

less than 005 were considered statistically significant Results Two hundred

and three low-risk pregnancies were included in the study One hundred sixty

four pregnant women completed the study and underwent 1242 scans There

Publicaccedilatildeo 24

was a significant decrease in the PI values of all studied vessels with gestational

age (GA) The equations obtained for the prediction of the medians were as

follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of the PI-MCA =

08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2] Logarithm of the

PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UTA = 12362403 ndash (0014392 x GA)

There was a significant difference between the PI-UA obtained at the abdominal

and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001) Conclusions Longitudinal

reference intervals for the main gestational Doppler parameters were obtained

from a Brazilian cohort These intervals could be more adequate for the follow-

up of materno-fetal haemodynamic modifications in normal and abnormal

pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound fetal well being

Publicaccedilatildeo 25

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Introduccedilatildeo

A dopplervelocimetria tem sido uma das principais ferramentas na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal principalmente por meio da obtenccedilatildeo dos iacutendices

de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias uterinas (AUT) umbilicais (AU)

cerebrais meacutedias (ACM) e no ducto venoso (DV) Estes permitem respectiva

avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees hemodinacircmicas nos territoacuterios vasculares

uteroplacentaacuterio (AUT) e fetoplacentaacuterio (AU ACM e DV)1-6

A interpretaccedilatildeo de cada um desses paracircmetros tem sido feita

rotineiramente com base em intervalos de referecircncia transversais que podem

natildeo refletir de forma adequada as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da

gravidez7-9

Potencial vantagem do uso de intervalos de referecircncia longitudinais

desses paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria uma melhor interpretaccedilatildeo das

alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e necessitam de avaliaccedilotildees

seriadas10-12 Aleacutem disso natildeo sabemos se diferenccedilas eacutetnicas podem interferir

nesses intervalos indisponiacuteveis com dados provenientes de nossa populaccedilatildeo

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Publicaccedilatildeo 26

Meacutetodos

Este foi um estudo observacional descritivo longitudinal realizado no

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) de fevereiro de 2010 a maio de 2012 O

Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) aprovou o projeto e todas as pacientes que aceitaram participar do

estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

As gestantes foram selecionadas entre aquelas encaminhadas do preacute-natal

do CAISM para ultrassonografia Obsteacutetrica Os seguintes criteacuterios foram respeitados

para inclusatildeo no estudo 1) gestaccedilatildeo uacutenica 2) idade gestacional (IG) entre 18 e 24

semanas definida com base na data da uacuteltima menstruaccedilatildeo (quando conhecida) ou

na medida do comprimento ceacutefalo-caudal embriatildeofeto no primeiro trimestre da

gravidez interpretado em intervalos de referecircncia publicados por Robinson amp

Fleming13 3) anatomia fetal normal 4) ausecircncia de alteraccedilotildees placentaacuterias

como placenta preacutevia circunvalada com suspeita de acretismo ou de qualquer tipo

de tumor 5) ausecircncia de alteraccedilotildees no cordatildeo umbilical como nuacutemero alterado

de vasos noacutes tumores ou inserccedilatildeo velamentosa na placenta 6) ausecircncia de

doenccedilas maternas 7) gestantes natildeo usuaacuterias de drogas liacutecitas ou iliacutecitas

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para exclusatildeo de pacientes do

estudo 1) qualquer anormalidade estrutural ou cromossocircmica detectada no

periacuteodo neonatal e que natildeo foi diagnosticada durante a gestaccedilatildeo 2) oacutebito fetal

ou neonatal sem causa determinada 3) impossibilidade de obtenccedilatildeo dos dados

do parto e do receacutem-nascido 4) Apgar de 5ordm minuto menor que 7

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 23: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Publicaccedilatildeo 22

Resumo

Objetivo Determinar intervalos de referecircncia longitudinais para os valores de

iacutendices de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias umbilicais (AU) cerebral

meacutedia (ACM) e uterinas (AUT) e IP venoso do fluxo no ducto venoso (DV) por

meio da avaliaccedilatildeo de gestantes de baixo risco de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Meacutetodos Estudo observacional longitudinal realizado de fevereiro de

2010 a maio de 2012 no Hospital da Mulher Professor Doutor Joseacute Aristodemo

Pinotti Centro de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede da Mulher Universidade Estadual

de Campinas (CAISM-UNICAMP) Exames ultrassonograacuteficos quinzenais foram

realizados para obtenccedilatildeo dos IP das AU AUT ACM e IP venoso do DV em

gestantes de baixo risco da 18ordf- 40ordf semanas de gravidez Modelos lineares

mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de referecircncia longitudinais

(percentis 5 50 e 95) dos IP dos vasos mencionados Os IP das porccedilotildees

placentaacuteria e abdominal do cordatildeo umbilical foram comparados por meio do

teste T para amostras independentes Valores de p menores do que 005 foram

considerados significativos Resultados Duzentas e trecircs pacientes de baixo

risco foram incluiacutedas no estudo Cento e sessenta e quatro gestantes

concluiacuteram o estudo sendo realizados 1242 exames ultrassonograacuteficos Houve

reduccedilatildeo significativa dos IP de todos os vasos estudados com a idade

gestacional (IG) As equaccedilotildees obtidas para prediccedilatildeo das medianas foram IP-

AU = 15602786 ndash (0020623 x IG) Logaritmo do IP-ACM = 08149111 ndash

(0004168 x IG) ndash [0002543 x (IG ndash 287756)2] Logaritmo do IP-DV = -

026691- (0015414 x IG) IP-AUT = 12362403 ndash (0014392 x IG) Houve

diferenccedila significativa entre os IP-AU obtidos nas extremidades placentaacuteria e

Publicaccedilatildeo 23

abdominal fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de

referecircncia longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos gestacionais

mais importantes em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser

mais adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica vitalidade fetal

Abstract

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) ) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA MCA DV and UTA DV in low-risk pregnant women between

18-40 weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of these

measurements The PI obtained at the placental and abdominal portions of the

umbilical artery were compared using independent samples T test P values of

less than 005 were considered statistically significant Results Two hundred

and three low-risk pregnancies were included in the study One hundred sixty

four pregnant women completed the study and underwent 1242 scans There

Publicaccedilatildeo 24

was a significant decrease in the PI values of all studied vessels with gestational

age (GA) The equations obtained for the prediction of the medians were as

follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of the PI-MCA =

08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2] Logarithm of the

PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UTA = 12362403 ndash (0014392 x GA)

There was a significant difference between the PI-UA obtained at the abdominal

and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001) Conclusions Longitudinal

reference intervals for the main gestational Doppler parameters were obtained

from a Brazilian cohort These intervals could be more adequate for the follow-

up of materno-fetal haemodynamic modifications in normal and abnormal

pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound fetal well being

Publicaccedilatildeo 25

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Introduccedilatildeo

A dopplervelocimetria tem sido uma das principais ferramentas na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal principalmente por meio da obtenccedilatildeo dos iacutendices

de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias uterinas (AUT) umbilicais (AU)

cerebrais meacutedias (ACM) e no ducto venoso (DV) Estes permitem respectiva

avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees hemodinacircmicas nos territoacuterios vasculares

uteroplacentaacuterio (AUT) e fetoplacentaacuterio (AU ACM e DV)1-6

A interpretaccedilatildeo de cada um desses paracircmetros tem sido feita

rotineiramente com base em intervalos de referecircncia transversais que podem

natildeo refletir de forma adequada as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da

gravidez7-9

Potencial vantagem do uso de intervalos de referecircncia longitudinais

desses paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria uma melhor interpretaccedilatildeo das

alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e necessitam de avaliaccedilotildees

seriadas10-12 Aleacutem disso natildeo sabemos se diferenccedilas eacutetnicas podem interferir

nesses intervalos indisponiacuteveis com dados provenientes de nossa populaccedilatildeo

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Publicaccedilatildeo 26

Meacutetodos

Este foi um estudo observacional descritivo longitudinal realizado no

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) de fevereiro de 2010 a maio de 2012 O

Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) aprovou o projeto e todas as pacientes que aceitaram participar do

estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

As gestantes foram selecionadas entre aquelas encaminhadas do preacute-natal

do CAISM para ultrassonografia Obsteacutetrica Os seguintes criteacuterios foram respeitados

para inclusatildeo no estudo 1) gestaccedilatildeo uacutenica 2) idade gestacional (IG) entre 18 e 24

semanas definida com base na data da uacuteltima menstruaccedilatildeo (quando conhecida) ou

na medida do comprimento ceacutefalo-caudal embriatildeofeto no primeiro trimestre da

gravidez interpretado em intervalos de referecircncia publicados por Robinson amp

Fleming13 3) anatomia fetal normal 4) ausecircncia de alteraccedilotildees placentaacuterias

como placenta preacutevia circunvalada com suspeita de acretismo ou de qualquer tipo

de tumor 5) ausecircncia de alteraccedilotildees no cordatildeo umbilical como nuacutemero alterado

de vasos noacutes tumores ou inserccedilatildeo velamentosa na placenta 6) ausecircncia de

doenccedilas maternas 7) gestantes natildeo usuaacuterias de drogas liacutecitas ou iliacutecitas

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para exclusatildeo de pacientes do

estudo 1) qualquer anormalidade estrutural ou cromossocircmica detectada no

periacuteodo neonatal e que natildeo foi diagnosticada durante a gestaccedilatildeo 2) oacutebito fetal

ou neonatal sem causa determinada 3) impossibilidade de obtenccedilatildeo dos dados

do parto e do receacutem-nascido 4) Apgar de 5ordm minuto menor que 7

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 24: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Publicaccedilatildeo 23

abdominal fetal (p lt 0001) Conclusotildees Foram estabelecidos intervalos de

referecircncia longitudinais dos paracircmetros dopplervelocimeacutetricos gestacionais

mais importantes em uma amostra da populaccedilatildeo brasileira Estes podem ser

mais adequados para o acompanhamento das modificaccedilotildees hemodinacircmicas

maternofetais em gestaccedilotildees normais ou natildeo a partir de uma validaccedilatildeo

Palavras-chave Dopplervelocimetria maternofetal intervalos de referecircncia

estudo longitudinal ultrassonografia obsteacutetrica vitalidade fetal

Abstract

Purpose To determine longitudinal reference intervals of pulsatility index (PI) of

the umbilical artery (UA) middle cerebral artery (MCA) uterine arteries (UTA)

and ductus venosus (DV) ) in low risk pregnancies of the a Brazilian cohort

Methods Longitudinal observational study performed from February 2010 to

May 2012 Obstetric scans were performed fortnightly for the measurements of

the PI of the UA MCA DV and UTA DV in low-risk pregnant women between

18-40 weeks of gestation Statistical analysis Linear mixed models were used for the

elaboration of longitudinal reference intervals (5th 50th and 95th centiles) of these

measurements The PI obtained at the placental and abdominal portions of the

umbilical artery were compared using independent samples T test P values of

less than 005 were considered statistically significant Results Two hundred

and three low-risk pregnancies were included in the study One hundred sixty

four pregnant women completed the study and underwent 1242 scans There

Publicaccedilatildeo 24

was a significant decrease in the PI values of all studied vessels with gestational

age (GA) The equations obtained for the prediction of the medians were as

follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of the PI-MCA =

08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2] Logarithm of the

PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UTA = 12362403 ndash (0014392 x GA)

There was a significant difference between the PI-UA obtained at the abdominal

and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001) Conclusions Longitudinal

reference intervals for the main gestational Doppler parameters were obtained

from a Brazilian cohort These intervals could be more adequate for the follow-

up of materno-fetal haemodynamic modifications in normal and abnormal

pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound fetal well being

Publicaccedilatildeo 25

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Introduccedilatildeo

A dopplervelocimetria tem sido uma das principais ferramentas na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal principalmente por meio da obtenccedilatildeo dos iacutendices

de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias uterinas (AUT) umbilicais (AU)

cerebrais meacutedias (ACM) e no ducto venoso (DV) Estes permitem respectiva

avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees hemodinacircmicas nos territoacuterios vasculares

uteroplacentaacuterio (AUT) e fetoplacentaacuterio (AU ACM e DV)1-6

A interpretaccedilatildeo de cada um desses paracircmetros tem sido feita

rotineiramente com base em intervalos de referecircncia transversais que podem

natildeo refletir de forma adequada as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da

gravidez7-9

Potencial vantagem do uso de intervalos de referecircncia longitudinais

desses paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria uma melhor interpretaccedilatildeo das

alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e necessitam de avaliaccedilotildees

seriadas10-12 Aleacutem disso natildeo sabemos se diferenccedilas eacutetnicas podem interferir

nesses intervalos indisponiacuteveis com dados provenientes de nossa populaccedilatildeo

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Publicaccedilatildeo 26

Meacutetodos

Este foi um estudo observacional descritivo longitudinal realizado no

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) de fevereiro de 2010 a maio de 2012 O

Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) aprovou o projeto e todas as pacientes que aceitaram participar do

estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

As gestantes foram selecionadas entre aquelas encaminhadas do preacute-natal

do CAISM para ultrassonografia Obsteacutetrica Os seguintes criteacuterios foram respeitados

para inclusatildeo no estudo 1) gestaccedilatildeo uacutenica 2) idade gestacional (IG) entre 18 e 24

semanas definida com base na data da uacuteltima menstruaccedilatildeo (quando conhecida) ou

na medida do comprimento ceacutefalo-caudal embriatildeofeto no primeiro trimestre da

gravidez interpretado em intervalos de referecircncia publicados por Robinson amp

Fleming13 3) anatomia fetal normal 4) ausecircncia de alteraccedilotildees placentaacuterias

como placenta preacutevia circunvalada com suspeita de acretismo ou de qualquer tipo

de tumor 5) ausecircncia de alteraccedilotildees no cordatildeo umbilical como nuacutemero alterado

de vasos noacutes tumores ou inserccedilatildeo velamentosa na placenta 6) ausecircncia de

doenccedilas maternas 7) gestantes natildeo usuaacuterias de drogas liacutecitas ou iliacutecitas

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para exclusatildeo de pacientes do

estudo 1) qualquer anormalidade estrutural ou cromossocircmica detectada no

periacuteodo neonatal e que natildeo foi diagnosticada durante a gestaccedilatildeo 2) oacutebito fetal

ou neonatal sem causa determinada 3) impossibilidade de obtenccedilatildeo dos dados

do parto e do receacutem-nascido 4) Apgar de 5ordm minuto menor que 7

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 25: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Publicaccedilatildeo 24

was a significant decrease in the PI values of all studied vessels with gestational

age (GA) The equations obtained for the prediction of the medians were as

follows PI-AU = 15602786 ndash (0020623 x GA) Logarithm of the PI-MCA =

08149111 ndash (0004168 x GA) ndash [0002543 x (GA ndash 287756)2] Logarithm of the

PI-DV = - 026691- (0015414 x GA) PI-UTA = 12362403 ndash (0014392 x GA)

There was a significant difference between the PI-UA obtained at the abdominal

and placental ends of the umbilical cord (p lt 0001) Conclusions Longitudinal

reference intervals for the main gestational Doppler parameters were obtained

from a Brazilian cohort These intervals could be more adequate for the follow-

up of materno-fetal haemodynamic modifications in normal and abnormal

pregnancies which still requires further validation

Keywords Feto-maternal Doppler reference intervals longitudinal study

obstetric ultrasound fetal well being

Publicaccedilatildeo 25

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Introduccedilatildeo

A dopplervelocimetria tem sido uma das principais ferramentas na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal principalmente por meio da obtenccedilatildeo dos iacutendices

de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias uterinas (AUT) umbilicais (AU)

cerebrais meacutedias (ACM) e no ducto venoso (DV) Estes permitem respectiva

avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees hemodinacircmicas nos territoacuterios vasculares

uteroplacentaacuterio (AUT) e fetoplacentaacuterio (AU ACM e DV)1-6

A interpretaccedilatildeo de cada um desses paracircmetros tem sido feita

rotineiramente com base em intervalos de referecircncia transversais que podem

natildeo refletir de forma adequada as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da

gravidez7-9

Potencial vantagem do uso de intervalos de referecircncia longitudinais

desses paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria uma melhor interpretaccedilatildeo das

alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e necessitam de avaliaccedilotildees

seriadas10-12 Aleacutem disso natildeo sabemos se diferenccedilas eacutetnicas podem interferir

nesses intervalos indisponiacuteveis com dados provenientes de nossa populaccedilatildeo

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Publicaccedilatildeo 26

Meacutetodos

Este foi um estudo observacional descritivo longitudinal realizado no

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) de fevereiro de 2010 a maio de 2012 O

Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) aprovou o projeto e todas as pacientes que aceitaram participar do

estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

As gestantes foram selecionadas entre aquelas encaminhadas do preacute-natal

do CAISM para ultrassonografia Obsteacutetrica Os seguintes criteacuterios foram respeitados

para inclusatildeo no estudo 1) gestaccedilatildeo uacutenica 2) idade gestacional (IG) entre 18 e 24

semanas definida com base na data da uacuteltima menstruaccedilatildeo (quando conhecida) ou

na medida do comprimento ceacutefalo-caudal embriatildeofeto no primeiro trimestre da

gravidez interpretado em intervalos de referecircncia publicados por Robinson amp

Fleming13 3) anatomia fetal normal 4) ausecircncia de alteraccedilotildees placentaacuterias

como placenta preacutevia circunvalada com suspeita de acretismo ou de qualquer tipo

de tumor 5) ausecircncia de alteraccedilotildees no cordatildeo umbilical como nuacutemero alterado

de vasos noacutes tumores ou inserccedilatildeo velamentosa na placenta 6) ausecircncia de

doenccedilas maternas 7) gestantes natildeo usuaacuterias de drogas liacutecitas ou iliacutecitas

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para exclusatildeo de pacientes do

estudo 1) qualquer anormalidade estrutural ou cromossocircmica detectada no

periacuteodo neonatal e que natildeo foi diagnosticada durante a gestaccedilatildeo 2) oacutebito fetal

ou neonatal sem causa determinada 3) impossibilidade de obtenccedilatildeo dos dados

do parto e do receacutem-nascido 4) Apgar de 5ordm minuto menor que 7

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 26: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Publicaccedilatildeo 25

Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Conditional reference intervals of materno-fetal Doppler parameters

Introduccedilatildeo

A dopplervelocimetria tem sido uma das principais ferramentas na

avaliaccedilatildeo do bem-estar fetal principalmente por meio da obtenccedilatildeo dos iacutendices

de pulsatilidade (IP) dos fluxos nas arteacuterias uterinas (AUT) umbilicais (AU)

cerebrais meacutedias (ACM) e no ducto venoso (DV) Estes permitem respectiva

avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees hemodinacircmicas nos territoacuterios vasculares

uteroplacentaacuterio (AUT) e fetoplacentaacuterio (AU ACM e DV)1-6

A interpretaccedilatildeo de cada um desses paracircmetros tem sido feita

rotineiramente com base em intervalos de referecircncia transversais que podem

natildeo refletir de forma adequada as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da

gravidez7-9

Potencial vantagem do uso de intervalos de referecircncia longitudinais

desses paracircmetros dopplervelocimeacutetricos seria uma melhor interpretaccedilatildeo das

alteraccedilotildees hemodinacircmicas maternofetais em situaccedilotildees de alto risco Estas

sabidamente apresentam caraacuteter evolutivo e necessitam de avaliaccedilotildees

seriadas10-12 Aleacutem disso natildeo sabemos se diferenccedilas eacutetnicas podem interferir

nesses intervalos indisponiacuteveis com dados provenientes de nossa populaccedilatildeo

O objetivo deste estudo foi determinar intervalos de referecircncia condicionais

(longitudinais) dos principais paracircmetros dopplervelocimeacutetricos usados na gestaccedilatildeo

com uma amostra da populaccedilatildeo brasileira

Publicaccedilatildeo 26

Meacutetodos

Este foi um estudo observacional descritivo longitudinal realizado no

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) de fevereiro de 2010 a maio de 2012 O

Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) aprovou o projeto e todas as pacientes que aceitaram participar do

estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

As gestantes foram selecionadas entre aquelas encaminhadas do preacute-natal

do CAISM para ultrassonografia Obsteacutetrica Os seguintes criteacuterios foram respeitados

para inclusatildeo no estudo 1) gestaccedilatildeo uacutenica 2) idade gestacional (IG) entre 18 e 24

semanas definida com base na data da uacuteltima menstruaccedilatildeo (quando conhecida) ou

na medida do comprimento ceacutefalo-caudal embriatildeofeto no primeiro trimestre da

gravidez interpretado em intervalos de referecircncia publicados por Robinson amp

Fleming13 3) anatomia fetal normal 4) ausecircncia de alteraccedilotildees placentaacuterias

como placenta preacutevia circunvalada com suspeita de acretismo ou de qualquer tipo

de tumor 5) ausecircncia de alteraccedilotildees no cordatildeo umbilical como nuacutemero alterado

de vasos noacutes tumores ou inserccedilatildeo velamentosa na placenta 6) ausecircncia de

doenccedilas maternas 7) gestantes natildeo usuaacuterias de drogas liacutecitas ou iliacutecitas

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para exclusatildeo de pacientes do

estudo 1) qualquer anormalidade estrutural ou cromossocircmica detectada no

periacuteodo neonatal e que natildeo foi diagnosticada durante a gestaccedilatildeo 2) oacutebito fetal

ou neonatal sem causa determinada 3) impossibilidade de obtenccedilatildeo dos dados

do parto e do receacutem-nascido 4) Apgar de 5ordm minuto menor que 7

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 27: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Publicaccedilatildeo 26

Meacutetodos

Este foi um estudo observacional descritivo longitudinal realizado no

Hospital da Mulher Professor Dr Joseacute Aristodemo Pinotti Centro de Atenccedilatildeo

Integral agrave Sauacutede da Mulher (CAISM) de fevereiro de 2010 a maio de 2012 O

Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP) aprovou o projeto e todas as pacientes que aceitaram participar do

estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

As gestantes foram selecionadas entre aquelas encaminhadas do preacute-natal

do CAISM para ultrassonografia Obsteacutetrica Os seguintes criteacuterios foram respeitados

para inclusatildeo no estudo 1) gestaccedilatildeo uacutenica 2) idade gestacional (IG) entre 18 e 24

semanas definida com base na data da uacuteltima menstruaccedilatildeo (quando conhecida) ou

na medida do comprimento ceacutefalo-caudal embriatildeofeto no primeiro trimestre da

gravidez interpretado em intervalos de referecircncia publicados por Robinson amp

Fleming13 3) anatomia fetal normal 4) ausecircncia de alteraccedilotildees placentaacuterias

como placenta preacutevia circunvalada com suspeita de acretismo ou de qualquer tipo

de tumor 5) ausecircncia de alteraccedilotildees no cordatildeo umbilical como nuacutemero alterado

de vasos noacutes tumores ou inserccedilatildeo velamentosa na placenta 6) ausecircncia de

doenccedilas maternas 7) gestantes natildeo usuaacuterias de drogas liacutecitas ou iliacutecitas

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para exclusatildeo de pacientes do

estudo 1) qualquer anormalidade estrutural ou cromossocircmica detectada no

periacuteodo neonatal e que natildeo foi diagnosticada durante a gestaccedilatildeo 2) oacutebito fetal

ou neonatal sem causa determinada 3) impossibilidade de obtenccedilatildeo dos dados

do parto e do receacutem-nascido 4) Apgar de 5ordm minuto menor que 7

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 28: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Publicaccedilatildeo 27

Foram utilizados os seguintes criteacuterios para descontinuidade 1) doenccedila

materna diagnosticada durante o seguimento 2) qualquer anormalidade estrutural

ou cromossocircmica fetal alteraccedilatildeo de placenta ou de cordatildeo (mencionada nos

criteacuterios de inclusatildeo) detectada durante o seguimento ultrassonograacutefico 3)

desenvolvimento de restriccedilatildeo de crescimento fetal associado a oligoacircmnio e

alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas nas AU 4) Manifestaccedilatildeo da paciente em

retirar-se do estudo por qualquer motivo 5) falta em mais de dois exames

ultrassonograacuteficos consecutivos

Para o caacutelculo da IG quando a discrepacircncia entre as estimativas obtidas

com o uso da data da uacuteltima menstruaccedilatildeo e da medida do comprimento ceacutefalo-

caudal do embriatildeofeto no primeiro trimestre foi maior do que 8 o primeiro

meacutetodo foi descartado Se a diferenccedila obtida fosse menor ou igual a 8 a data

da uacuteltima menstruaccedilatildeo era considerada13

Todos os exames ultrassonograacuteficos foram realizados por trecircs operadores

(NMCT SGF e JRB com 12 cinco e seis anos de experiecircncia em ultrassonografia

Obsteacutetrica respectivamente) por via abdominal com a gestante em decuacutebito

dorsal elevado (em torno de 30o) com equipamento Medison Accuvix V10

equipado com transdutor C2 ndash 6 (Medison South Korea) Cada paciente foi

agendada para exames quinzenais apoacutes a inclusatildeo no estudo e foi informada

de que duas faltas consecutivas implicariam em sua retirada do estudo sem

que seu acompanhamento preacute-natal na instituiccedilatildeo fosse prejudicado Em cada

exame ultrassonograacutefico foram avaliados anatomia fetal quantidade de liacutequido

amnioacutetico caracteriacutesticas e posiccedilatildeo da placenta biometria fetal baacutesica (diacircmetro

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 29: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Publicaccedilatildeo 28

biparietal circunferecircncia craniana circunferecircncia abdominal comprimento do

fecircmur) e dopplervelocimetria (AU AUT ACM e DV)

A biometria fetal foi realizada de acordo com meacutetodo universalmente difundido

e a estimativa de peso foi obtida com o uso da foacutermula proposta por Hadlock et

al (Log10 EFW = 13598 + 0051 x AC + 01844 x FL - 00037 x AC x BPD)14

Para avaliaccedilatildeo dopplervelocimeacutetrica de todos os vasos investigados neste

estudo foram respeitados alguns princiacutepios gerais 1) inicialmente a identificaccedilatildeo

do vaso foi realizada com o uso do Doppler colorido para que a janela do

Doppler pulsaacutetil pudesse ser adequadamente posicionada 2) o acircngulo de

insonaccedilatildeo (entre a direccedilatildeo do vaso e a do feixe do Doppler pulsaacutetil) foi mantido

abaixo de 20o 3) a amostra volume (janela do Doppler pulsaacutetil) foi ajustada

entre 15 e 3mm na dependecircncia do tamanho do vaso insonado 4) o filtro de

parede foi mantido o mais baixo possiacutevel na dependecircncia do vaso avaliado

(lt50Hz para o DV e lt100Hz para os demais) 5) pelo menos cinco ondas de

velocidades de fluxo (ondas do Doppler pulsaacutetil) uniformes foram obtidas para o

caacutelculo do IP (velocidade maacutexima ndash velocidade miacutenima velocidade meacutedia) 5)

O iacutendice teacutermico foi mantido abaixo de 15 de acordo com as orientaccedilotildees da

Sociedade Internacional de Doppler Perinatal1115

As avaliaccedilotildees da AU da ACM e do DV foram realizadas durante

completo repouso fetal (incluindo ausecircncia de movimentos respiratoacuterios) A

dopplervelocimetria da AU foi efetuada em dois locais diferentes do cordatildeo (o

mais proacuteximo possiacutevel do abdome fetal e o mais proacuteximo possiacutevel da placenta)

Na avaliaccedilatildeo da ACM e do DV a amostra volume foi posicionada no terccedilo

proximal do vaso (ACM - proacuteximo ao ciacuterculo arterial do ceacuterebro DV - proacuteximo ao

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 30: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Publicaccedilatildeo 29

seio portal) Para a dopplervelocimetria das AUT a janela do Doppler pulsaacutetil foi

posicionada ateacute 2 cm abaixo ou acima do cruzamento deste vaso com os iliacuteacos

externos A meacutedia dos IP obtidos nas duas AUT foi usada para anaacutelise

As variaacuteveis maternas e perinatais avaliadas neste estudo foram idade

materna por ocasiatildeo da inclusatildeo no estudo paridade tipo de parto IG no

momento do parto peso do receacutem-nascido e Apgar no 5o minuto Os dados

perinatais foram colhidos dos prontuaacuterios meacutedicos das pacientes

Anaacutelise estatiacutestica

As variaacuteveis maternas e perinatais foram descritas com o uso de

medianas e limites (variaacuteveis contiacutenuas) frequecircncias absolutas e relativas

(variaacuteveis categoacutericas)

Modelos lineares mistos foram usados para elaboraccedilatildeo de intervalos de

referecircncia condicionais (longitudinais) dos valores de IP da AU (porccedilotildees abdominal e

placentaacuteria) da ACM do DV e de IP meacutedio das AUT Em cada modelo o valor

absoluto do IP ou seu logaritmo foram usados como variaacuteveis dependentes e a

IG e o nuacutemero do exame (efeito randocircmico) foram usados como variaacuteveis

preditoras16 Para cada variaacutevel dependente modelos de ateacute segunda ordem

foram testados sendo o melhor escolhido com base na comprovaccedilatildeo da

normalidade dos resiacuteduos gerados (usados testes de Kolmogorov-Smirnov e de

Shapiro-Wilks para este fim)1617 Os percentis 5 50 e 95 dos valores condicionais

de IP de fluxo de cada vaso foram estabelecidos

O poder do estudo foi estimado da seguinte forma Antecipando que um

estudo transversal necessita de um certo nuacutemero de pacientes (Nt) Royston et

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 31: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Publicaccedilatildeo 30

al 18 calculam que o nuacutemero correspondente em um estudo longitudinal (Nl)

para o mesmo propoacutesito seja de32

NtNI

Aproximadamente 15 observaccedilotildees em cada semana gestacional satildeo

necessaacuterias para calcular percentiacutes confiaacuteveis Um periacuteodo de observaccedilatildeo

envolvendo 23 semanas corresponderia a Nt = 345 e Nl = 152 Uma taxa de

insucesso estimada em 20 eleva o nuacutemero necessaacuterio de participantes que

ingressam no estudo para 19018

Os valores de IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical foram

divididos pelo IP esperado (percentil 50) para a IG (calculado por meio do

modelo de prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) para

que pudessem ser expressos em muacuteltiplos da mediana e assim comparados

por meio do teste T para amostras independentes18-20

A anaacutelise estatiacutestica foi realizada com os programas SPSS 200 (Chicago Il

USA) Excel para Windows 2007 (Microsoft Corp Redmond WA USA) e JMP 9

(SAS Institute USA) Diferenccedilas estatisticamente significativas foram consideradas

quando os valores de p obtidos foram menores do que 005

Resultados

Duzentas e trecircs gestantes foram convidadas a participar do estudo e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido Dentre elas 39 (192)

foram descontinuadas pois faltaram em mais de duas avaliaccedilotildees consecutivas

(3139 = 795) desenvolveram preacute-eclacircmpsia (439 = 103) ou apresentaram

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 32: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Publicaccedilatildeo 31

restriccedilatildeo de crescimento fetal com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na AU e

oligoacircmnio (439 = 103)

Nas demais 164 pacientes que completaram o estudo 1242 exames

ultrassonograacuteficos foram realizados (mediana de oito exames por paciente 4 ndash 12)

As medianas das IG nos momentos de inclusatildeo no estudo e do uacuteltimo exame

antes do nascimento foram 201 semanas (180 ndash 244) e 373 semanas (290 ndash

407) respectivamente As idades materna e gestacional por ocasiatildeo do parto

tiveram medianas de 25 anos (13 ndash 46) e 393 semanas (353 ndash 419)

respectivamente Cento e cinco pacientes (105164 = 64) tiveram parto por via

vaginal e 59 (59164 = 36) por operaccedilatildeo cesariana Setenta e seis pacientes

(76164 = 46) eram primigestas As medianas de peso ao nascimento e de

Apgar no quinto minuto foram 3180 g (1460 ndash 4220) e 10 (7 - 10)

Os intervalos de referecircncia longitudinais de IP da AU (obtidos nas

porccedilotildees abdominal e placentaacuteria do cordatildeo) da ACM do DV e de IP meacutedio das

AUT encontram-se representados nas figuras 1 a 4 e na tabela 2 sendo suas

respectivas foacutermulas expostas nas figuras mencionadas (percentil 50) e na

tabela 1 (percentis 5 e 95) Houve reduccedilatildeo significativa nos valores de todos

esses paracircmetros com o avanccedilar da IG

Os IP obtidos nas duas porccedilotildees do cordatildeo umbilical (placentaacuteria e

abdominal) expressos em muacuteltiplos da mediana (calculada com o modelo de

prediccedilatildeo de valores condicionais de IP na porccedilatildeo placentaacuteria) foram

significativamente diferentes (p lt 0001)

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 33: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Publicaccedilatildeo 32

Discussatildeo

Neste estudo foram estabelecidos intervalos de referecircncia longitudinais

para os valores de IP dos fluxos na AU na ACM no DV e de IP meacutedio dos

fluxos nas AUT a partir da avaliaccedilatildeo longitudinal de uma amostra da populaccedilatildeo

brasileira Foi tambeacutem demonstrada diferenccedila significativa entre os valores de

IP da AU obtidos nas extremidades do cordatildeo

Um dos principais motivos para a realizaccedilatildeo deste estudo foi a falta de

intervalos de referecircncia longitudinais locais para os paracircmetros mencionados

Natildeo eacute possiacutevel saber se diferenccedilas eacutetnicas influenciam nos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos durante a gravidez como o fazem na biometria fetal

Seria portanto adequado que padrotildees em amostras da nossa populaccedilatildeo fossem

estabelecidos Outro motivo importante eacute o fato de que as condiccedilotildees que

cursam com alteraccedilotildees dopplervelocimeacutetricas na gestaccedilatildeo tecircm caraacuteter evolutivo

e demandam avaliaccedilotildees sequenciais das pacientes Sabe-se que para

interpretaccedilatildeo de modificaccedilotildees de quaisquer paracircmetros ao longo do tempo

idealmente intervalos de referecircncia longitudinais devem ser usados Estes

intervalos diferentes daqueles construiacutedos por meio de estudos transversais

traduzem padrotildees de modificaccedilotildees ao longo do tempo e natildeo o estado de um

indiviacuteduo em ocasiatildeo uacutenica Apesar disso a interpretaccedilatildeo dos paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos obsteacutetricos eacute frequentemente realizada com base em

intervalos de referecircncias transversais que podem natildeo refletir da forma mais

precisa as adaptaccedilotildees maternas eou fetais ao longo da gravidez7821

Apesar de natildeo ter sido objetivo deste trabalho a comparaccedilatildeo dos

intervalos de referecircncia aqui gerados com outros disponiacuteveis na literatura

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 34: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Publicaccedilatildeo 33

algumas observaccedilotildees e exemplos a respeito devem ser mencionadas

Comparando os intervalos de referecircncia de IP da AU do presente estudo com

aqueles obtidos por Acharia et al20 (tambeacutem estudo longitudinal) observa-se

semelhanccedila entre os valores das medianas mas intervalos entre os percentis 5

e 95 maiores no segundo estudo Esta observaccedilatildeo foi comum aos valores de IP

da AU obtidos tanto na porccedilatildeo proacutexima a placenta como na porccedilatildeo proacutexima ao

abdome fetal De forma semelhante ao compararmos os intervalos de

referecircncia de IP do DV obtidos no presente estudo com os intervalos

longitudinais construiacutedos por Kessler et al22 tambeacutem foi observada semelhanccedila

entre as medianas mas discrepacircncia na amplitude entre os percentis 5 e 95

maiores no uacuteltimo trabalho Essas discrepacircncias podem ser parcialmente

justificadas pelo nuacutemero de afericcedilotildees realizadas em cada estudo Nos trabalhos

de Acharia et al20 e de Kessler et al22 aproximadamente 500 medidas em

cada vaso foram realizadas Em nosso trabalho 1242 exames foram efetuados

o que seguramente contribui para o estreitamento do espaccedilo entre os percentis

Aleacutem disso como mencionado anteriormente natildeo eacute possiacutevel saber se

diferenccedilas populacionais podem ter contribuiacutedo para estes achados

Quando nossos dados (IP da AU e da ACM) satildeo confrontados com

intervalos de referecircncia transversais classicamente utilizados na praacutetica

obsteacutetrica como os de Arduini amp Rizzo7 as diferenccedilas em relaccedilatildeo aos percentis

5 e 95 ficam ainda maiores (intervalos mais amplos nos estudos transversais)

Um aspecto positivo do presente estudo portanto eacute o nuacutemero de

avaliaccedilotildees realizado em cada paciente o que natildeo foi observado em outros

trabalhos com a mesma finalidade na literatura Questatildeo que ainda tem que ser

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 35: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Publicaccedilatildeo 34

respondida eacute se estes diferentes intervalos de referecircncia tecircm desempenhos

e impactos distintos na detecccedilatildeo e no seguimento dos casos com

comprometimento hemodinacircmico materno eou fetal

Referecircncias

[1] Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

[2] Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-295

[3] Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of

intrauterine growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

[4] Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical

profile score in the prediction of acid-base status of growth-restricted

fetuses Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

[5] Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol

1995172(5)1379-87

[6] Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 36: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Publicaccedilatildeo 35

[7] Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

[8] Amim JJ Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo AB

iacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras Ginec 1990100337- 49

[9] Tarzamni MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populations nomograms BMC Pregnancy

Childbirth 20081142-50

[10] Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol

2010891270-5

[11] Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192937-4

[12] Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T

Normal reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period

from 14 to 40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

[13] Robinson HP Fleming JE A critical evaluation of sonar ldquocrown-rump

lengthrdquo measurements Br J Obstet Gynecol 197582702-10

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 37: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Publicaccedilatildeo 36

[14] Hadlock FP Harrist RB Carpenter RJ Deter RL Oark SK Sonographic

estimation of fetal weight The value of femur lenght in addition to head

abdomen measurements Radiology 1984150535-40

[15] Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-

thermal mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med

Biol 199824(1)1-16

[16] Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for multivariate

repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

[17] Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 1977 25(7)935-41

[18] Royston P Wright EM How to construct lsquonormal rangesrsquo for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

[19] Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatility ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements Ultrasound

Obstet Gynecol 200730287ndash96

[20] Acharya G Wilsgaard T Bernstsen GKR Maltau JM Kiresud T

Reference ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility

index at the intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the

umbilical artery Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 38: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Publicaccedilatildeo 37

[21] Kurmanavicius J Florio L Wisser J Hebisch G Zimmermann R Muller R

et al Reference resistance iacutendices of the umbilical fetal middle cerebral

and uterine arteries at 24-42 weeks of gestation Ultrasound Obstet

Gynecol 1997 10112-20

[22] Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-98

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 39: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Publicaccedilatildeo 38

Tabela 1 ndash Foacutermulas obtidas para caacutelculos dos percentis condicionais (longitudinais) 5 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade

das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Vaso N Percentil Equaccedilatildeo

Arteacuteria umbilical (placenta) 164 5 IP = 15021678 ndash (0022539 x IG)

95 IP = 16183893 ndash (0018706 x IG)

Arteacuteria umbilical (abdome) 164 5 IP = 16863976 ndash (0027471 x IG)

95 IP = 18565756 ndash (0021894 x IG)

Arteacuteria cerebral meacutedia 164 5 Logn IP = 07424818 ndash (0006598 x IG) ndash [000292 x (IG ndash 287756)2]

95 Logn IP = 08873405 ndash (0001737 x IG) ndash [0002165 x (IG ndash 287756)2]

Ducto venoso 119 5 Logn IPV = - 0365597 ndash (0018702 x IG)

95 Logn IPV = - 0168223 ndash (0012129 x IG)

Arteacuterias uterinas 160 5 IP = 11623672 ndash (0016838 x IG)

95 IP = 13101135 ndash (0011946 x IG)

N = Nuacutemero de pacientes para os quais a avaliaccedilatildeo do vaso foi possiacutevel em pelo menos quatro avaliaccedilotildees

IG = Idade gestacional IPV = Iacutendice de pulsatilidade venoso

IP = Iacutendice de pulsatilidade Logn = Logaritmo natural

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 40: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Publicaccedilatildeo 39

Tabela 2 ndash Percentis condicionais 5 50 e 95 dos iacutendices de pulsatilidade das arteacuterias umbilical e cerebral meacutedia do ducto

venoso e do iacutendice de pulsatilidade meacutedio das arteacuterias uterinas

Umbilical placenta Umbilical abdome Cerebral meacutedia Ducto venoso Uterinas

IG 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95 5 50 95

180 110 119 128 119 133 146 133 156 183 050 058 068 086 098 110

190 107 117 126 116 130 144 140 164 191 049 057 067 084 096 108

200 105 115 124 114 128 142 147 171 199 048 056 066 083 095 107

210 103 113 123 111 125 140 153 177 205 047 055 066 081 093 106

220 101 111 121 108 123 137 159 183 212 046 055 065 079 092 105

230 098 109 119 105 120 135 164 189 217 045 054 064 078 091 104

240 096 107 117 103 118 133 168 193 222 044 053 063 076 089 102

250 094 104 115 100 115 131 171 196 225 043 052 062 074 088 101

260 092 102 113 097 113 129 173 199 228 043 051 062 072 086 100

270 089 100 111 094 111 127 174 200 230 042 051 061 071 085 099

280 087 098 109 092 108 124 174 201 231 041 050 060 069 083 098

290 085 096 108 089 106 122 173 200 231 040 049 059 067 082 096

300 083 094 106 086 103 120 172 199 230 040 048 059 066 080 095

310 080 092 104 083 101 118 169 196 228 039 047 058 064 079 094

320 078 090 102 081 098 116 165 193 225 038 047 057 062 078 093

330 076 088 100 078 096 113 160 188 221 037 046 057 061 076 092

340 074 086 098 075 093 111 155 183 216 037 045 056 059 075 090

350 071 084 096 072 091 109 149 177 210 036 045 055 057 073 089

360 069 082 094 070 088 107 142 170 204 035 044 055 056 072 088

370 067 080 093 067 086 105 135 163 197 035 043 054 054 070 087

380 065 078 091 064 083 102 128 155 189 034 043 053 052 069 086

390 062 076 089 062 081 100 120 147 181 033 042 053 051 067 084 400 060 074 087 059 078 098 112 139 172 033 041 052 049 066 083

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 41: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Publicaccedilatildeo 40

Figura 1 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

AU proacuteximo agrave placenta da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas A linha pontilhada representa as medianas dos intervalos

de referecircncia dos iacutendices de pulsatilidade da AU proacuteximo ao abdome fetal e sua

foacutermula eacute antecipada por um

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 42: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA

Publicaccedilatildeo 41

Figura 2 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade da

arteacuteria cerebral meacutedia da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para

caacutelculo das medianas

Publicaccedilatildeo 42

Figura 3 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade do

ducto venoso da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula para caacutelculo das

medianas

Publicaccedilatildeo 43

Figura 4 ndash Intervalos de referecircncia longitudinais dos iacutendices de pulsatilidade

meacutedios das arteacuterias uterinas da 18ordf a 40ordf semanas com a respectiva foacutermula

para caacutelculo das medianas

Conclusotildees 44

4 Conclusotildees

Foram obtidos intervalos de referecircncia condicionais (longitudinais) para

os iacutendices de pulsatilidade nos fluxos da arteacuteria umbilical arteacuteria cerebral

meacutedia ducto venoso e arteacuterias uterinas por meio da avaliaccedilatildeo de uma amostra

da populaccedilatildeo brasileira Houve reduccedilatildeo significativa dos iacutendices obtidos em

todos os vasos com o aumento da idade gestacional

Referecircncias Bibliograacuteficas 45

5 Referecircncias Bibliograacuteficas

1 Merrit CR Doppler US the basics Radiographics 199111(1)109-19

2 Gill RW Doppler ultrasound Physical aspects Semin Perinatol

198711(4)292-9

3 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - I Indices derived from

the maximum velocity waveform Ultrasound Med Biol 198612(11)835-44

4 Thompson RS Trudinger BJ Cook CM A comparison of Doppler

ultrasound waveform indices in the umbilical artery - II Indices derived from

the mean velocity and first waveforms Ultrasound Med Biol

198612(11)845-54

5 Stuart B Drumm J Fitzgerald DE Duignan NM Fetal blood velocity

waveforms in normal pregnancy Br J Obstet Gynaecol 198087(9)780-5

6 Fitzgerald DE Drumm JE Non-invasive measurement of the fetal circulation

using ultrasound A new method Br Med J 19772(6100)1450-1

7 Marsoosi V Bahadori F Esfahani F Ghasemi-Rad M The role of Doppler

indices in predicting intra ventricular hemorrhage and perinatal mortality in

fetal growth restriction Med Ultrason 201214(2)125-32

Referecircncias Bibliograacuteficas 46

8 Kalache KD Duckelmann AM Doppler in Obstetrics Beyond the Umbilical

Artery Clin Obstet and Gynecol 201255(1)288-95

9 Turan OM Turan S Gungor S Berg C Moyano D Gembruch U et al

Progression of Doppler abnormalities in intrauterine growth restriction

Ultrasound Obstet Gynecol 200832(2)160-7

10 Sciscione AC Hayles EJ Uterine Artery Doppler flow studies in Obstetric

practice Am J Obstet Gynecol 2009201(2)121-6

11 Alfirevic Z Neilson JP Doppler ultrasonography in high-risk pregnancies

Systematic review with meta-analysis Am J Obstet Gynecol 1995

172(5)1379-87

12 Barnett SB Conclusions and recommendations on thermal and non-thermal

mechanisms for biological effects of ultrasound Ultrasound Med Biol

199824(1)1-16

13 Society for Maternal-Fetal Medicine Publications Committee Berkley E

Chauhan SP Abuhamad A Doppler assessment of the fetus with

intrauterine growth restriction Am J Obstet Gynecol 2012206(4)300-8

14 Turan OM Turan S Berg C Gembruch U Nicolaides KH Harman CR et al

Duration of persistent abnormal ductus venosus flow and its impact on

perinatal outcome in fetal growth restriction Ultrasound Obstet Gynecol

201138295ndash302

15 Nakagawa K Tachibana D Nobeyama H Fukui M Sumi T Koyama M et

al Reference ranges for time-related analysis of ductus venosus flow

velocity waveforms in singleton pregnancies Prenat Diagn 201211-7

16 Kessler J Rasmussen S Hanson M Kiserud T Longitudinal reference

ranges for ductus venosus flow velocities and waveform indices Ultrasound

Obstet Gynecol 2006 28890-8

Referecircncias Bibliograacuteficas 47

17 Tongprasert F Srisupundit K Luewan S Wanapirak C Tongsong T Normal

reference ranges of ductus venosus Doppler indices in the period from 14 to

40 weeks gestation Gynecol Obstet Invest 201273(1)32-7

18 Arduini D Rizzo G Normal values of pulsatility index from fetal vessels a

cross-sectional study on 1556 healthy fetuses J Perinat Med

199018(3)165-72

19 Tarzamini MK Nezami N Sobhani N Eshraghi N Tarzamni M Talebi Y

Nomograms of Iranian fetal middle cerebral artery Doppler waveforms and

uniformity of their pattern with other populationsrsquo nomograms BMC

Pregnancy Childbirth 2008128-50

20 Ebbing C Rasmussen S Kiserud T Middle cerebral artery blood flow

velocities and pulsatility index and the cerebroplacental pulsatiliy ratio

longitudinal reference ranges and terms for serial measurements

Ultrasound Obstet Gynecol 200730287-96

21 Sau A El-Matary A Newton L Wickramarachchi DC Management of red

cell alloimunized pregnancies using conventional methods compared with

that of middle cerebral artery peak systolic velocity Acta Obstet Gynecol

Scand 200988(4)475-8

22 Schenone MH Mari G The MCA Doppler and its role in the evaluation of

fetal anemia and fetal growth restriction Clin Perinatol 201138(1)83-102

23 Carbonne B Castaigne-Meary V Cynober E Gougeul-Tesniegravere V Cortey

A Soulieacute JC et al Use the peak systolic velocity of the middle cerebral

artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte

alloimmunization J Gynecol Obstet Biol Reprod 200837(2)163-9

Referecircncias Bibliograacuteficas 48

24 Carvalho FH Moron AF Mattar R Santana RM Murta CG Barbosa MM et al

Ductus venosus Doppler velocimetry to predict acidemia at birth in pregnancies

with placental insufficiency Rev Assoc Med Bras 200551(4)221-7

25 Hung JH Fu CY Hung J Combination of fetal Doppler velocimetric

resistance values predict acidemic growth-restricted neonates J Ultrasound

Med 200625(8)957-62

26 Marcolin AC Berezowski AT Crott GC Gonccedilalves CV Duarte G

Longitudinal reference values for ductus venosus Doppler in low-risk

pregnancies Ultrasound Med Biol 201036(3)392-6

27 Kaponis A Harada T Makrydimas G Kiyama T Arata K Adonakis G et al

The importance of venous Doppler velocimetry for evaluation of intrauterine

growth restriction J Ultrasound Med 201130(4)529-45

28 Karadzov-Orlic N Egic A Milovanovic Z Marinkovic M Damnjanovic-Pazin

B Lukic R et al Improved diagnostic accuracy by using secondary

ultrasound markers in the first-trimester screening for trisomies 2118 and 13

and Turner syndrome Prenat Diagn 201291-6

29 Chelemen T Syngelaki A Maiz N Allan L Contribution of ductus venosus

Doppler in first-trimester screening for major cardiac defects Fetal Diagn

Ther 201129127-34

30 Amim Jr J Lima MLA Fonseca ALA Chaves Netto H Montenegro CAB

Dopplervelocimetria da arteacuteria umbilical valores normais para a relaccedilatildeo

ABiacutendice de resistecircncia e iacutendice de pulsatilidade J Bras

Ginecol1990100337-49

31 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of umbilical artery doppler indices in the

second holf of pregnancy Am J Obstet Gynecol 2005192(3)937-44

Referecircncias Bibliograacuteficas 49

32 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T Doppler ndashderived

umbilical artery absolute velocities and their relationship to fetoplacental volume

blood flow a longitudinal study Ultrasound Obstet Gynecol 200525444-53

33 Acharya G Wilsgaard T Berntsen KR Maltau JM Kiserud T References

ranges for serial measurements of blood velocity and pulsatility index at the

intra-abdominal portion and fetal and placental ends of the umbilical artery

Ultrasound Obstet Gynecol 200526162-9

34 Flo K Wilsgaard T Acharya G Relation between utero-placental and feto-

placental circulations a longitudinal study Acta Obstet Gynecol 2010891270-5

35 Trundiger BJ Stevens D Connely A Hales JR Alexander G Bradley L et

al Umbilical artery flow velocity waveforms and placental resistance The

effects of embolization of the umbilical circulation Am J Obstet

Gynecol1987157(6)1443-8

36 Morrow RJ Adamson SL Bull SB Ritchie JW Effect of placental embolization

on the umbilical arterial velocity waveform in fetal sheep Am J Obstet

Gynecol 1989161(4)1055-60

37 Kingdom JCP Burrell SJ Kaufmann P Pathology and clinical implications

of abnormal umbilical artery Doppler waveforms Ultrasound Obstet

Gynecol 19979271-86

38 Marsaacutel K Obstetric management of intrauterine growth restriction Best

Pract Res Clin Obstet Gynecol 200923(6)857-70

39 Turan S Turan OM Berg C Moyano D Bhide A Bower S et al

Computerized heart rate analysis Doppler ultrasound and biophysical profile

score in the prediction of acid-base status of growth-restricted fetuses

Ultrasound Obstet Gynecol 200730(5)750-6

Referecircncias Bibliograacuteficas 50

40 Kara SA Toppare MF Avsar F Caydere M Placental aging fetal prognosis

and fetomaternal Doppler indices Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol

199982(1)47-52

41 Kaufmann P Black S Huppertz B Endovascular Trofoblast Invasion

Implications for the pathogenesis of intrauterine growth retardation and

preeclampsia Biol Reprod 2003691-7

42 Yu CK Khouri O Onwudiwe N SpiliopoulosY Nicolaides KH Prediction of

pre-eclampsia by uterine artery Doppler imaging relationship to gestacional

age at delivery and small-for-gestacional age Ultrasound Obstet Gynecol

200831310-13

43 Albaiges G Missfelder-Lobos H Lees C Parra M Nicolaides KH One ndash

stage screening for pregnancy complications by color Doppler assessment

of the uterine arteries at 23 weeksrsquo gestation Obstet Gynecol

200096(4)559-64

44 Papageorghiou AT Yu CK Ciacutecero S Bower S Nicolaides KH Second -

trimester uterine artery Doppler screening in unselected populations a

review J Matern Fetal Neonatal Med 200212(2)78-88

45 Plasencia W Maiz N Poon L Yu CK Nicolaides KH Uterine artery Doppler

at 11+0 to 13+6 weeks and 21+0 to 24+6 weeks in the prediction of pre-

eclampsia Ultrasound Obstet Gynecol 200832138-46

46 Royston P Wright EM How to construct normal ranges for fetal variables

Ultrasound Obstet Gynecol 19981130-38

47 Fieuws S Verbeke G Molenberghs G Random-effects models for

multivariate repeated measures Stat Methods Med Res 200716(5)387-97

Referecircncias Bibliograacuteficas 51

48 Yong IT Proof without prejudice use the Kormogorov-Smirnov test for the

analysis of histograms from flow systems and others source J Histochem

Cytochem 197725(7)935-41

49 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV

Evolution of Doppler iacutendices and velocities of the middle cerebral artery in

fetuses of normal pregnant women RBGO 200325(6)437-42

50 Costa AG Mauad Filho F Spara P Gadelha EB Santana Netto PV Fetal

hemodynamics evaluated by Doppler velocimetry in the second half of

pregnancy Ultrasound Med Biol 200531(8)1023-30

Anexos 52

6 Anexos

61 Anexo 1 ndash Parecer do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexos 53

Anexos 54

62 Anexo 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Tiacutetulo do projeto Intervalos de referecircncia condicionais de paracircmetros

dopplervelocimeacutetricos maternofetais

Pesquisadores responsaacuteveis pelo projeto Dra Nelsilene MCTavares Orientador Dr

Ricardo Barini

Coorientador Dr Cleisson Faacutebio A Peralta

Nome RG

Idade anos Telefones

Endereccedilo Nordm

Bairro Cidade UF

Eu _____________________________________________ fui convidada para

participar de uma pesquisa que realizaraacute ultrassom no meu bebecirc e avaliaraacute o fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc a cada duas semanas Esse exame eacute chamado ultrassonografia

obsteacutetrica com Doppler e permite saber se o bebecirc estaacute em boas condiccedilotildees de nutriccedilatildeo

e crescimento desta forma permitindo avaliar seu bem-estar

Por meio da minha participaccedilatildeo nesse estudo terei o benefiacutecio direto do

acompanhamento ultrassonograacutefico do meu bebecirc no decorrer da minha gestaccedilatildeo e

tambeacutem estarei contribuindo para o avanccedilo do conhecimento sobre os valores do fluxo

sanguiacuteneo do bebecirc e de suas variaccedilotildees no decorrer das gestaccedilotildees ajudando no

melhor entendimento das variaccedilotildees que ocorrem com o fluxo do bebecirc em cada periacuteodo

da gestaccedilatildeo

Para participar desse estudo fui informada e devo saber

1) Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e uma recusa natildeo traraacute prejuiacutezo no meu

atendimento

2) Somente participaratildeo do estudo gestantes normais com bebecircs normais e sem

viacutecios No decorrer da gestaccedilatildeo caso eu apresente alguma alteraccedilatildeo ou meu

Anexos 55

bebecirc terei que sair do estudo mas posso continuar sendo atendida na rotina

normal do preacute-natal

3) Para participar deverei vir a cada duas semanas realizar o exame

4) A pesquisa seraacute feita de forma confidencial ou seja as informaccedilotildees sobre

minha pessoa natildeo seratildeo identificadas

5) As informaccedilotildees sobre meu exame poderatildeo ser utilizadas em trabalhos

cientiacuteficos

6) A utilizaccedilatildeo do ultrassom com Doppler natildeo apresenta riscos previsiacuteveis ao

meu bebecirc descritas na literatura e natildeo causa danos a minha sauacutede

7) Eu sou livre para desistir da participaccedilatildeo no trabalho a qualquer momento

sem isso prejudicar o meu atendimento no hospital

8) Caso queira entrar em contato com a pesquisadora Drordf Nelsilene MC

Tavares posso ligar no nuacutemero (19) 3521-95-00 nos dias uacuteteis das 0800 agraves

1700 horas

9) Caso tenha alguma duacutevida sobre como a pesquisa estaacute sendo realizada

posso entrar em contato direto com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da

FCMUNICAMP atraveacutes do telefone (19) 3522-89-36

Li entendi e aceito participar deste estudo Eu recebi uma coacutepia deste termo

Assinatura da paciente ou responsaacutevel legal

Data _______

Assinatura do pesquisador

Page 43: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA
Page 44: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA
Page 45: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA
Page 46: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA
Page 47: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA
Page 48: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA
Page 49: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA
Page 50: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA
Page 51: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA
Page 52: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA
Page 53: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA
Page 54: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA
Page 55: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA
Page 56: NELSILENE MOTA CARVALHO TAVARES · Logarithm of the PI-DV = - 0,26691- (0,015414 x GA); PI-UtA = 1,2362403 – (0,014392 x GA). There was a significant difference between the PI-UA