Top Banner
i ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 _ Processo de desenvolvimento sustentável no setor industrial ..................................................................................................... iv ANEXO I _ Contextualização do setor da pedra .................................... iv ANEXO II Breve análise das tecnologias .............................................xviii ANEXO III _ Pedreiras .......................................................................... xxii ANEXO IV _ Proposta de questionário dirigido aos industriais...... xxvii do setor da pedra ................................................................................... xxvii ANEXO V Propostas de design no setor .............................................. xxxi CAPÍTULO VII _ A EDUCAÇÃO COMO FATOR ESSENCIAL PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ....................... xxxiii ANEXO VI _ Oficina criativa .............................................................xxxiii
39

ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

May 31, 2020

Download

Documents

dariahiddleston
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Page 1: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

i

ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS

CAPÍTULO 3 _ Processo de desenvolvimento sustentável no setor

industrial ..................................................................................................... iv

ANEXO I _ Contextualização do setor da pedra .................................... iv

ANEXO II Breve análise das tecnologias ............................................. xviii

ANEXO III _ Pedreiras .......................................................................... xxii

ANEXO IV _ Proposta de questionário dirigido aos industriais ...... xxvii

do setor da pedra ................................................................................... xxvii

ANEXO V Propostas de design no setor .............................................. xxxi

CAPÍTULO VII _ A EDUCAÇÃO COMO FATOR ESSENCIAL

PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ....................... xxxiii

ANEXO VI _ Oficina criativa ............................................................. xxxiii

Page 2: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

ii

INDICE GERAL DAS FIGURAS DOS ANEXOS

Figura 1 – Mapa com os principais centros de produção de mármores e rochas similares (fonte IGM). ............................................................................................................................................. vFigura 2 - Principais Países Extratores Mundiais (Stone – 2005). ............................................... vFigura 3 - Principais Países Exportadores Mundiais (Stone – 2005). .......................................... vFigura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). ............................... viFigura 5 - Extração e Rendimento Teórico com os desperdícios (Stone – 2005). ...................... viFigura 6 - Produção Mundial de Pedra Natural com os desperdícios (adap. de Stone – 2005). . viFigura 7 - Exportações de mármore portuguesa trabalhada (Assimagra). .................................. viFigura 8 - Evolução da exportação (em quantidade) de mármore segundo o tipo de produto: .. viiFigura 9 - Fluxograma 1- cadeia de valor da atividade de transformação. ................................ viiFigura 10 - Fluxograma 2 – ciclo do esquadrejamento dos blocos. .......................................... viiiFigura 11 - Máquina de corte tipo ponte. .................................................................................. viiiFigura 12 - máquina de polimento. ............................................................................................. ixFigura 13 - Sequência de imagens que ilustram algumas das fases da transformação do ladrilho.

....................................................................................................................................................... xFigura 14 – Filtros para o tratamento das águas. ......................................................................... xiFigura 15 - Cadeia de valor das pedras naturais. ......................................................................... xiFigura 16 - Fluxograma 3 – Atividade extrativa e transformadora. ........................................... xiiFigura 17 - Fluxograma 4 – Ciclo da água e desperdício de uma transformadora. ................... xiiiFigura 18 - Quadro das estimativas de resíduos sólidos e resíduos pastosos anualmente gerados pelo setor (INETI). ..................................................................................................................... xiiiFigura 19 - Distribuições percentuais dos resíduos sólidos (INETI). ....................................... xiiiFigura 20 - distribuições percentuais dos resíduos pastosos (lamas) gerados por subsetor(INETI). ........................................................................................................................ xiiiFigura 21 – Quadro – produtos produzidos em 1980 e 2002 (fonte INE). ................................ xivFigura 22 – Processos de extração ............................................................................................. xvFigura 23 – Politica ambiental da marmetal. .............................................................................. xvFigura 24 – Desperdícios da extração. ...................................................................................... xviFigura 25 – Desperdícios Transformação. ............................................................................... xviiFigura 26 - Produção de pedra natural, por principais países (2004 e 2010) (fonte: MONTANI, Carlo C. (2011), XXII Report World Marble and Stones). ...................................................... xxiiiFigura 27 - Vista do alto da escombreira da Marmoz. ............................................................ xxiiiFigura 28 – Pedreira VO, da empresa Solubema. ................................................................... xxivFigura 29 - Serração António Galego. .................................................................................... xxivFigura 30 - Cavidade; – Roçadora e golpes já executados para o avanço em galeria. ............ xxvFigura 31 ................................................................................................................................ xxxiiFigura 32 – Stand da feira de Verona – empresa etma. .......................................................... xxxiiFigura 33 - O “Jogo Trench” é um jogo abstrato de estratégia, “inspirado na Primeira Guerra Mundial – A Guerra das Trincheiras” ..................................................................................... xxxiiFigura 34 – Imagens características da região alentejana. ..................................................... xxxvFigura 35 – A cerâmica tradicional do Alentejo. ................................................................... xxxvFigura 36 – A técnica do ferro forjado. ................................................................................. xxxviFigura 37 – Padrões e cores tradicionais do Alentejo. ......................................................... xxxviiFigura 38 – Tapeçaria. .......................................................................................................... xxxvii

Page 3: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

iii

Figura 39 – Pesquisa do mercado têxtil. ............................................................................. xxxviiiFigura 40 – Experimentação da matéria e exploração do conceito. .................................... xxxviiiFigura 41 – Protótipo. ........................................................................................................... xxxix

Page 4: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

iv

CAPÍTULO 3 _ Processo de desenvolvimento sustentável no setor industrial

ANEXO I _ Contextualização do setor da pedra

Page 5: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

v

CONTEXTUALIZAÇÃO DO SETOR DA PEDRA

Figura 1 – Mapa com os principais centros de produção de mármores e rochas similares (fonte IGM).

Nº Ordem País 1000 Ton Peso em %

1 China 18.000 22,2 2 Índia 9.500 11,7 3 Itália 7.650 9,4 4 Espanha 6.250 7,7 5 Irão 5.250 6,5 6 Turquia 4.200 5,2 7 Brasil 4.000 4,9 8 Equipto 3.200 3,9 9 Portugal 2.450 3,0

10 E.U. América 2.300 2,8 11 Grécia 1.400 1,7 12 França 1.300 1,6 13 África do Sul 1.100 1,4 14 Bélgica 1.000 1,2 - Outros 13.650 16,8 - TOTAL 81.250 100,0

Figura 2 - Principais Países Extratores Mundiais (Stone – 2005).

Nº Ordem País 1000 Ton Peso em %

1 China 7.534 22.9 2 Índia 3.875 11.8 3 Itália 3.089 9.4 4 Turquia 2.633 8.0 5 Espanha 2.460 7.5 6 Brasil 1.800 5.5 7 Portugal 1.147 3.5 Outros 10.309 31.4 TOTAL 32.847 100.0

Figura 3 - Principais Países Exportadores Mundiais (Stone – 2005).

Page 6: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

vi

PAISES

CALCÁRIO Em Bruto

1

CALCÁRIO Trabalhado

2

TODAS AS ROCHAS

3

%

Itália 490 210 3.089 22.66 Bélgica 62 423 816 59.44

Portugal 149 393 1.147 47.25 Espanha 1.024 20 2.460 42.44 Turquia 1.363 13 2.633 52,26 Brasil 6 121 1.800 7,06 China 66 198 7.534 3,50 India 159 306 3.875 12,00

Total 8 3.319 1.684 23.354 21,42 Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83

Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005).

PAISES

1.00 TON 1.000 m2 equiv. Val. Absoluto Quota

mundial (%)

Total

Desperdício

Liquido

%

UE 22.700 27,9 419.950 172.180 247.770 58,9 OUTROS EUROPA

8.500 10,5 157.250 64.470 92.780 58,6

Total Europa 31.200 38,4 577.200 236.650 340.550 58,9 Am. Do Norte 3.550 4,4 65.675 26.925 38.750 58,5 Am. Latina 5.450 6,7 100.825 41.335 59.490 59,4 Total América 9.000 11,1 166.500 68.260 98.240 59,0 África 5.000 6,1 92.500 37.920 54.580 58,4 China 18.000 22,2 332.075 136.175 195.900 59,0 Índia 9.500 11,7 175.750 72.050 103.700 59,0 Outros Ásia 8.300 10,2 153.550 62.950 90.600 59,0 Total Ásia 35.800 44,1 661.375 271.175 390.200 59,0 Oceânia 250 0,3 4.625 1.895 2.730 58,7 TOTAL 81.250 100,0 1.502.200 615.900 886.300 59,0

Figura 5 - Extração e Rendimento Teórico com os desperdícios (Stone – 2005).

Parâmetros MTon 000 m3 Kg / Capita Quota %

2003 2004 2003 2004 2003 2004

Extração Bruta 153.750 166.500 57.000 61.650 25,4 27 205 Desperdício 78.750 85.250 29.200 31.550 13 13,9 105

Matéria-prima 75.000 81.250 27.800 30.100 12,4 13,2 100 Perdas na Transformação 30.750 33.300 11.400 12.300 5,1 5,4 41

Produto Final 44.250 47.950 16.400 17.800 7,3 7,8 50 Figura 6 - Produção Mundial de Pedra Natural com os desperdícios (adap. de Stone – 2005).

Países de destino 1995 1996 1997 1998 1999 2000

Alemanha 87 84 85 85 92 90 Espanha 62 62 51 51 63 69 França 78 78 82 82 82 86 Itália 30 28 31 30 30 35

Arábia Saudita 99 99 99 98 98 99 Figura 7 - Exportações de mármore portuguesa trabalhada (Assimagra).

Verifica-se que somente a Itália dá ampla primazia aos blocos. Em situação diametralmente oposta surgem a Arábia Saudita, com preferência quase exclusiva pela pedra pronta a aplicar, a Alemanha e a França. A Espanha, embora privilegie o material trabalhado, tem uma grande parcela de material serrado, o que em boa parte se deve à sua proximidade das unidades de serragem alentejanas, bastante numerosas nos concelhos de Borba e Vila Viçosa. No fundo, grande parte dos países tem demonstrado a sua predileção pelos produtos com maior grau de transformação, portadores de elevado valor acrescentado nacional. Em termos globais esta tendência tem-se revelado crescente.

Page 7: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

vii

Figura 8 - Evolução da exportação (em quantidade) de mármore segundo o tipo de produto:

Comparação entre os anos 1986/1992/2000 (Adaptado de Anuários Assimagra).

Estas atividades constituem a base de sustentação da economia local, sendo responsáveis pela ocupação de cerca de 42% da população empregada nestes concelhos. Trata-se também de um dos principais pólos nacionais da indústria extrativa das rochas ornamentais, sendo de realçar o contributo deste sector para a economia nacional onde representa um valor anual de 22 milhões de contos (DGDR, 2000: 376). A atividade transformadora é caracterizada por esquemas produtivos muito diversificados dependendo do produto final pretendido, como se pode verificar no fluxograma seguinte:

Figura 9 - Fluxograma 1- cadeia de valor da atividade de transformação.

39%

47%

14%

1986

56% 24%

20%

1992

71%

15%

14% 2000

Trabalhada

Em Blocos

Serrada

Page 8: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

viii

Os blocos de rocha extraídos da pedreira são transportados até à fábrica por meio de camiões, onde são armazenados numa zona designada por Parque de Blocos ou depósito, sendo iniciado o processo de transformação, o qual inclui um conjunto de operações sequenciais, com o objetivo de produzir um produto acabado que cumpra determinados requisitos específicos. Carga e descarga Consiste na receção, pesagem do bloco e identificação (n.º de fábrica e tonelagem).A descarga é feita do camião para o Parque de Blocos através de pórticos cujo raio de ação cobre toda a área do parque. Estes equipamentos também realizam o transporte do bloco para o vira-blocos o qual tem como função posicioná-lo corretamente na zona, procedendo-se ao início da operação de serragem na monolâmina. Serragem - esquadrejamento de blocos À semelhança do que se passa na pedreira, na unidade transformadora, as monolâminas também servem para conferir uma forma paralelepipédica aos blocos, retirando-lhes os defeitos estruturais. As monolâminas são essencialmente para retificar as dimensões de blocos adquiridos a outras empresas e para obras de arte feitas à medida (Fluxograma 2).

Figura 10 - Fluxograma 2 – ciclo do esquadrejamento dos blocos. Produção de chapa serrada em engenho de corte A transformação do bloco em chapas é efetuada por engenhos de corte (Fluxograma 2). Estes consistem num equipamento com multilâminas que cortam o bloco em chapas com espessuras predefinidas. Este equipamento possui um tear que suporta o conjunto de lâminas que, através de movimento de vai-e-vem, promove o desgaste do bloco, possuindo uma velocidade de corte de aproximadamente 15 cm/h. À semelhança de alguns equipamentos atrás referidos, também este possui um sistema de refrigeração por injeção de água. À medida que o corte se vai efectuando, a zona onde o bloco está colocado executa um movimento ascendente permitindo assim que as lâminas estejam em constante contacto com a pedra. A colocação e remoção dos blocos na zorra é feita com o auxílio dos pórticos.

Figura 11 - Máquina de corte tipo ponte.

Polimento - Produção de produtos polidos Chapas e tiras são produtos que sofrem uma transformação primária e por isso considerados semitransformados ou intermédios, sendo produzidos respetivamente nos engenhos e nos talha-blocos. Este material vai agora conhecer um novo estágio de

Engenhos Camião P. de Blocos Vira-Blocos Monolâmina

Page 9: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

ix

beneficiação, o polimento, com vista ao aumento do seu valor comercial. Neste processo utilizam-se diferentes abrasivos de grão progressivamente decrescentes, cada um dos quais vai eliminando os traços deixados pelo anterior. A dimensão do grão com que se inicia o trabalho depende da classe do material e do aspeto que apresenta a sua superfície. Os abrasivos são compostos por uma resina de poliéster insaturada, partículas de carbonato de silicone, de dimensões diversas, carbonato de cálcio em cloreto de sódio e óxidos corantes (segundo a ficha de abrasivos da Abra Iride). A linha de polimento de chapa pode ser através de carregamento manual ou composta por um sistema de carga e descarga automática. Uma vez polidas, as chapas obtidas podem ser expedidas como tal ou encaminhadas para o corte longitudinal e transversal (máquinas de ponte), com a programação das medidas exatas para o efeito pretendido. O corte é feito através do movimento da trave da máquina no sentido transversal e da cabeça equipada com o disco no movimento longitudinal. O suporte do disco é graduável podendo trabalhar em posições diferentes. Após o corte de precisão segue-se a biselagem e polimento dos topos. Por último efetua-se a limpeza da peça, a secagem e escolha segundo critérios de uniformização de vergadas e tonalidades, seguindo-se a embalagem do produto.

Figura 12 - máquina de polimento.

Linhas de ladrilhos As tiras provenientes dos talha-blocos podem ir diretamente para a linha de polimento, ou então seguem imediatamente para a rufiadora que divide uma tira com uma determinada espessura em duas de espessura igual sendo posteriormente encaminhadas para a fase seguinte. Nesta fase, as tiras passam por uma retificadora de espessura que as calibrará. Posteriormente, através do tapete rolante, as tiras passam para a polidora que vai polir uma das suas superfícies, seguindo para a multidisco automática (máquina de corte transversal) conferindo-lhes uma forma retangular. Aqui, pode também encontrar-se instalado um “robot” para voltar a peça. Nesta fase deixa-se de chamar tira e passa-se a chamar ladrilho ou mosaico, dependendo da dimensão. Seguidamente, o ladrilho é transportado por meio de rolos transportadores para a biseladora, equipamento possuidor de mós diamantadas que irão retificar as arestas dos quatro lados da peça, passando de seguida por uma secção de secagem e limpeza, sendo, em seguida, dirigido para a embalagem.

Page 10: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

x

Figura 13 - Sequência de imagens que ilustram algumas das fases da transformação do ladrilho. Embalagem e seleção Com esta fase pretende-se obter um produto final uniformizado (ex. tonalidade) é um processo inicialmente manual sendo efetuado por operários especializados. As tiras ou bandas de comprimento livre são embaladas em paletes de madeira simples. A chapa polida e trabalhos especiais são envolvidos unicamente por filme plástico e colocados em cavaletes. A embalagem dos ladrilhos é antecedida por um controlo de qualidade em mesas de escolha, efetuada normalmente por mulheres (selecionadoras). Posteriormente, os ladrilhos são embalados em caixas de papelão, separados por um filme plástico colocado entre duas superfícies polidas. Segue-se a colocação destas caixas em paletes de madeira protegidas nos topos por placas de esferovite; exceção feita aos produtos destinados ao mercado alemão onde no lugar de esferovite é usado cartão por requisitos impostos nesse país. O transporte das paletes é assegurado por um empilhador e por pontes rolantes. Trabalhos especiais Nos trabalhos especiais feitos por medida inclui-se a elaboração de bancadas de cozinha, de casas de banho, rodapés, revestimentos de fachadas, entre outros. Estes trabalhos são efetuados por equipamentos manuais, como rebarbadoras, fresas e também máquinas de corte automáticas tipo ponte, todavia a maioria das empresas que se dedica a este tipo de trabalhos introduziu já a tecnologia de corte CNC a três e cinco eixos e por jato de água. Depósito de materiais e desperdício Desperdício de mármore – paletes O desperdício das linhas de polimento possui um grande aproveitamento, uma vez que existe mercado para este produto geralmente posto à venda em paletes de 1 m3. Subprodutos – mármore Em explorações dotadas de capacidade para realizar uma primeira transformação ou transformação primária, os blocos de pequenas dimensões ou com algumas deficiências (não comerciais) podem ser utilizados na produção de tiras (comprimentos livres) e ladrilhos, com o objetivo de obter uma mais-valia de um produto que tradicionalmente era destinado às escombreiras. Natas – carbonato de cálcio desidratado Quanto às “natas” provenientes do corte, serragem e polimento de rochas ornamentais são inicialmente canalizadas para um tanque de onde serão bombeadas posteriormente

Page 11: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xi

para depuradores, onde sofrerão uma separação da água. Finalmente a “nata” será canalizada para o filtroprensa e a água purificada entrará de novo no circuito da fábrica. As “natas” depois de prensadas são colocadas num “dumper” que as levará para o depósito de resíduos. Sistemas de tratamento de poeiras Existem equipamentos que captam as poeiras existentes nos locais de trabalho. Estes equipamentos são designados por bancadas aspiradoras, cortinas de água e aspirador de poeiras. Estes equipamentos estão situados nas zonas de acabamento, permitindo assim trabalhar em ambiente seco e com o mínimo de poeiras. A caracterização da indústria dos mármores será efetuada, sempre que possível, separadamente para a indústria extrativa e para a indústria transformadora. De seguida apresentam-se duas imagens e a respetiva explicação que ilustram estes tipos de tratamentos.

Figura 14 – Filtros para o tratamento das águas.

Figura 15 - Cadeia de valor das pedras naturais.

Maciço Rochoso de Mármore

Serragem Bancada do

Maciço

Número Talhada

Fornecedores de Inputs

Recursos Naturais

• Mármore • Granito • Outros

Outros

Inputs

• Tecnologia • Consumíveis

Produtos

• Blocos

• Cozinhas e Móveis • Decoração

Extração

• Chapas Serradas

• Pavimentos • Revestimentos • Arte Funerária

Serragem Obra Final

Resíduos Resíduos Comercialização

Consumo

ATIVIDADES DE EX

Page 12: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xii

Figura 16 - Fluxograma 3 – Atividade extrativa e transformadora.

Desmonte + 1º esquartejamento (máquina fio diamantado)

Talhada Blocos Irregulares

2º Esquartejamento – Serragem com monolâmina + monofio

Blocos com forma definida

Comercialização

Chapa importada

Serragem Eng. De Corte

Bloco Chapa serrada

Comercialização

Polimento (polidora de Chapa) Chapa polida Comercialização

Corte (máquinas de corte) Tiras ou Bandas

Comercialização

Polimento, Biselamento, Seleção, Inspeção e Embalagem

Mosaico Comercialização

Acabamentos Obras Comercialização

ATIVIDADES

DE

TRANSFORMAÇÃO

Água com Natas

Depósito de Água Limpa

Caleira

Serragem

Polimento Furo

Corte Tanque

Água Limpa Água Limpa

Água com Natas

Seleção

Embalagem

Desperdício

Depurador Depurador Depurador

Água com Natas

Depósito de Natas

Page 13: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xiii

Figura 17 - Fluxograma 4 – Ciclo da água e desperdício de uma transformadora.

SUBSETOR

Matéria-prima Processada (T/ano)

Resíduos sólidos (T/ano)

Resíduos Pastosos (T/ano)

Rendimento de Utilização da Matéria-prima (%)

Outros Resíduos (T/ano)

Óleo

s (m3/ano)

Rochas Ornamentais

Ext. 1324685 5226458 259696 25

9095

683 Transf. 1626158 0478048 347383 71

Rochas Industriais Ext. 90619872

6820851 - 93*

Tranf. 9069872 90620 435205 99,9

TOTAL : 12615977 1042284 - 9095 683

Figura 18 - Quadro das estimativas de resíduos sólidos e resíduos pastosos anualmente gerados pelo setor (INETI).

Figura 19 - Distribuições percentuais dos resíduos sólidos (INETI).

Figura 20 - distribuições percentuais dos resíduos pastosos (lamas) gerados por subsetor(INETI).

41%

4%

54%

1%

Residuos Sólidos (INETI)

Extração (R.O)

Transformação (R.O)

Extração (R.I.)

25%

33%

42%

Residuos Pastosos - Lamas (INETI)

Extração (R.O)

Transformação (R.O)

Transformação (R.I.)

Page 14: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xiv

Também na transformação se produz uma quantidade enorme de desperdícios. Tal como acontece com os materiais extraídos da pedreira, os desperdícios que não tiverem aproveitamento nas três linhas de produto mencionadas são encaminhados para depósitos (escombreiras) localizados nas proximidades. Desde que economicamente rentável (reduzido custo logístico) é possível fazer o seu aproveitamento em sectores paralelos à atividade, tais como em cimenteiras (dado o elevado teor em CaCO3), lastro ou brita na construção de estradas, no processo de recuperação do chumbo de baterias usadas, redutor das emissões de SO2 em centrais térmicas, na indústria do papel, aditivo para tintas plásticas (até 30%), na produção de plásticos (PVC), abrilhantador no fabrico de tecidos de lã e de cânhamo, no fabrico de borracha, em pré-fabricados de construção civil, em usos agrícolas (regularização do teor de pH) e outros.

1980 (INE) Produtos produzidos Produção

Unidade Quantidade Valor (1000 Esc) Chapa serrada Cantarias Tampos para mesa Esculturas e artigos decorativos Construções funerárias Elementos para cozinha e sanitários Outras obras não discriminadas TOTAL

1000 m2 2321

2321

846 652 1 695 110

70 150 40 244

159 994 114 668

86 718 3 013 536

2002 (INE) Produtos produzidos Produção

Unidade Produzidas Quantidade Valor (1000 Esc) Chapa serrada Cantarias Tampos para mesa Esculturas e artigos decorativos Construções funerárias Elementos para cozinha e sanitários Outras obras não discriminadas TOTAL

Kg 457759360 102202208

1848493 144840 932156

7041722

47492299

617421078

297597856 100834049

1837774 143665 922371

7030188

45009288

453285875

90546888 46915241

1567458 144125

1017080 3896275

21119909

165206976

Figura 21 – Quadro – produtos produzidos em 1980 e 2002 (fonte INE).

Page 15: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xv

Figura 22 – Processos de extração

Figura 23 – Politica ambiental da marmetal.

Page 16: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xvi

Figura 24 – Desperdícios da extração.

Page 17: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xvii

Figura 25 – Desperdícios Transformação.

Page 18: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xviii

ANEXO II Breve análise das tecnologias

Page 19: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xix

BREVE ANÁLISE DAS TECNOLOGIAS Tecnologia de extração A melhoria das tecnologias de prospeção envolve técnicas com boa penetração no solo, remote sensing, geofísica aérea e geoquímica, que se tornam cada vez mais necessárias perante o progressivo esgotamento dos depósitos a céu aberto. Através de técnicas como sondagens, ensaios de resistividade elétrica (que possuem boa penetração embora com baixa resolução) complementadas pelo emprego de georadar (com menor penetração e maior resolução que a anterior), é possível identificar, de forma mais precisa, o maciço em estudo. A metodologia que recorre aos métodos diretos de pesquisa, baseia-se no tratamento geo estatístico de dados de frequência ou densidade linear de fracturação das principais famílias direcionais num afloramento. Trata-se de uma técnica empregue de forma intensiva em jazigos minerais metálicos, mas que poderá ter aplicação no âmbito das pedras naturais. Este método permite estimar valores entre estações de amostragem e elaborar mapas com a distribuição espacial dos valores da densidade linear de fracturação (nº de fraturas por metro), o que facilita a identificação de áreas preferenciais de ação. Dentro do grupo dos métodos indiretos para avaliação do estado de fracturação dos maciços de pedras naturais. As técnicas de deteção através de imagens de satélite LandSat Tm e as fotografias aéreas, constituem bons auxiliares nas etapas do reconhecimento inicial, pois fornecem uma visão global do maciço o que permite uma definição mais detalhada das áreas menos fraturadas bem como a definição de padrões de fracturação. Como consequência imediata da aplicação de técnicas de prospeção/pesquisa mais avançadas consegue-se uma adequada orientação da atividade que passará pela melhoria do processo de abertura de frentes de trabalho e pela acentuada redução do volume de desperdícios a enviar para as escombreiras. Nesta fase, os primeiros trabalhos passam pela remoção do coberto vegetal e pela remoção dos cabeços. O uso de explosivos em grandes afloramentos com movimentação de grandes massas, onde a pá carregadora ou a escavadora são, apenas, suplementares, é a técnica base para uma melhor prospeção. O seu emprego, no entanto, tem vindo a reduzir-se acentuadamente com o aparecimento de novas tecnologias, dado o risco de fissuração ou de abertura de fendas. Contudo, o maior problema é o das vibrações causadas pela explosão que podem atingir grandes distâncias e dar origem a tensões semelhantes às das ondas sísmicas. O uso de explosivos pressupõe, portanto, uma gestão adequada do processo (tipo de explosivo, dimensão de cada carga e implantação dos furos onde serão colocadas) e uma análise criteriosa do perfil da massa rochosa, velocidade de propagação das ondas relativamente a esta, bem como a sua análise estratigráfica e estratimétrica. A medição de vibrações nas três direções espaciais, em afloramentos semelhantes com o auxílio de equipamento adequado, permite ganhar experiência e definir uma correlação entre a velocidade de propagação e os seus efeitos. É prática corrente, hoje em dia, em França ou na Alemanha dimensionar as cargas de forma a obter velocidades de propagação inferiores a 50 m/s. Agindo desta forma reduzem-se os riscos e os resultados serão compatíveis com a proteção ambiental, a qualidade do material a extrair e a segurança no trabalho. Existem outras ferramentas ao dispor dos industriais para atingir este objetivo tais como: - Otimizar o uso dos terrenos e melhorar as técnicas para a sua exploração; - Reduzir o nível da agressão ambiental integrando os objetivos da política ambiental da empresa nos do processo produtivo e monitorizando os seus efeitos;

Page 20: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xx

- Procurar a gestão conjunta (juntando todos os stakeholders) dos desperdícios e sua transformação em novos produtos recorrendo, por exemplo, ao uso de nanotecnologia e procurando integrá-los nos processos produtivos de cimento, betão, pavimentos para estradas, lã de vidro, e outros; - Aplicar novas tecnologias no processo extrativo promovendo, por exemplo, a utilização mais eficiente da energia com recurso a processos de menor consumo; - Inovar no manuseamento e na logística dos materiais; - Aplicar sistemas internos de reciclagem e reutilização dos materiais. Qualquer empresa poderá orientar de forma adequada o esforço de extração se dispuser dos seguintes elementos: - Uma caracterização correta do recurso geológico ao seu dispor; - Um levantamento geológico de pormenor, da área a explorar, baseado num plano de pesquisa devidamente estruturado. Para este efeito começam a estar disponíveis ferramentas tais como: - Modelos 4D de identificação de afloramentos, em que a 4ª dimensão é a duração da sua exploração rentável; - Novas tecnologias não destrutivas para mapeamento de ocorrências de matéria-prima; - Novas tecnologias para exploração de pedras naturais; - Emprego da nanotecnologia para identificar a forma como os desperdícios podem ser modificados para criar novos materiais; - Ferramentas de gestão para identificação, acesso, monitorização e avaliação financeira da dimensão dos recursos; - Uso de TI para simular a forma de exploração através do emprego de técnicas de radar. Tecnologia de transformação Na fase de transformação, as principais operações são a serragem e a polissagem porque ambas acrescentam forte valor à matéria-prima proveniente das pedreiras. Com efeito, estima-se que o valor adicionado pela primeira daquelas operações seja na ordem dos 230% e que um incremento de 400% é provocado pela segunda. Por um lado, a melhoria dos processos tecnológicos pode ter um efeito significativo na redução dos custos e na melhoria da qualidade do produto final e por outro, permite a personalização relativamente às solicitações do prescritor (arquitetos, construtores, aplicadores e mesmo o utilizador final). A necessidade de conseguir este incremento de valor impõe uma ligação muito estreita com a conceção e fabrico de maquinaria, procurando melhorar a eficiência das operações e minimizar o volume de desperdícios gerados, recorrendo a investigação e desenvolvimento tecnológico, o que permite obter: - maior eficiência de corte, serragem e polissagem; - novos métodos de incremento dos níveis de produtividade. Uma das tecnologias modernas disponíveis baseia-se em CNC. Sem um sistema de controlo automático da máquina o operador apenas consegue efetuar uma operação de cada vez. A situação altera-se radicalmente quando certas operações são executadas num centro de maquinagem. Neste caso, o operador consegue executar/controlar várias operações em simultâneo e com maior precisão, obtendo uma maior produtividade. As empresas têm ainda ao seu dispor para melhorar a produtividade, na fase da transformação, as seguintes ferramentas: - Redução da poluição integrando os seus objetivos nos do processo produtivo, usando novos métodos de trabalho e monitorizando os seus efeitos;

Page 21: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xxi

- Procura da gestão conjunta (incluindo todos os stakeholders) dos desperdícios e da sua transformação em novos produtos, tal como referido para a extração; - Novas tecnologias e estratégias de transformação, procurando uma utilização mais eficiente da energia; - Inovação no manuseamento e na logística dos materiais; - Novos sistemas internos de reciclagem e reutilização dos materiais; - Redução do impacto ambiental. A gestão de resíduos A gestão dos resíduos é talvez o maior desafio operacional da indústria nacional de pedra natural e a indústria portuguesa gera um enorme volume de resíduos: blocos não conformes e fragmentos não aproveitados na extração, e também fragmentos inúteis e lamas na transformação. Estes resíduos são quimicamente inertes e o principal problema é o do seu volume, com as dificuldades de deposição e os impactos paisagísticos consequentes. A questão ecológica/ambiental é, aliás, muito sensível neste sector. Apesar de se tratar de um produto natural, a pedra também é vista por alguns segmentos da população, prescritores e entidades públicas como um produto altamente agressor do ambiente, nas várias fases da cadeia: na extração, com elevada visibilidade na paisagem; no processo de transformação, com elevado consumo de recursos não renováveis; e no transporte/logística, devido ao seu peso. O desconhecimento sobre o processo de produção, aplicação e utilização por parte dos prescritores (e também dos destinatários finais) reforça essa perceção negativa, pertencendo aos atores empresariais e institucionais a responsabilidade de procurar inverter essa situação, nomeadamente através de uma maior capacidade de comunicação das boas práticas existentes. A maior parte das empresas de Pedras Naturais tem um fraco investimento na criação de marcas e/ou linhas de produto próprias, sendo pouco adotadas soluções de design industrial, embora seja possível encontrar alguns exemplos de sucesso, através da colaboração de designers e arquitetos na criação de marcas e linhas de produtos próprias das empresas, à semelhança do que existe noutros sectores de atividade produtiva. Através do guia técnico do sector da pedra natural do PNAPRI e ineti estas questões são reguladas e apresentadas.

Page 22: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xxii

ANEXO III _ Pedreiras

Page 23: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xxiii

Produção de pedra natural, por principais países (2004 e 2010) 2004 2010 Variação

Mil Toneladas % Mil Toneladas % 2004-2010(%) China 18.000 22,2 33.000 29,4 83,3 Índia 9.500 11,7 13.250 11,9 39,5

Turquia 4.200 5,2 10.000 8,9 138,1 Irão n.d. - 8.500 7,6 - Itália 7.650 9,4 7.800 7,0 2,0 Brasil 4.500 5,5 6.750 6,1 50,0

Espanha 6.250 7,7 5.750 5,2 -8,0 Portugal 2.450 3,0 2.750 2,5 12,2

EUA 2.300 2,8 1.850 1,7 -19,6 França 1.300 1,6 1.150 1,0 -11,5

África do Sul 1.100 1,4 850 0,8 -22,7 Total 81.250 100,0 111.500 100,0 37,2

Figura 26 - Produção de pedra natural, por principais países (2004 e 2010) (fonte: MONTANI, Carlo C. (2011), XXII Report World Marble and Stones).

EXEMPLOS DE PEDREIRAS Pedreira do Mouro da Empresa Marmoz Esta pedreira situada no flanco sudoeste do anticlinal de Estremoz, agora já possui desenvolvimento em poço, mas, foi durante muitos anos a única unidade extrativa em flanco de encosta. Nas suas paredes contam-se 10 pisos e 60 m de profundidade, sendo que os principais aspetos cromáticos do mármore que sai desta pedreira são “Creme Mouro” e “Rosa Portugal / Rosa Mouro”. Do ponto de vista geológico/estrutural são bem visíveis os critérios de deformação diferencial entre as diferentes variedades de mármores, mais ou menos intercaladas com níveis pelíticos/siltiticos e/ou vulcânicos. Estes últimos funcionam como planos de maior ductilidade pelo que os mármores adquirem padrões mais curvilíneos. A deformação frágil também está bem representada e à escala da pedreira é possível inferir não só as principais famílias de descontinuidades presentes como também a orientação dos campos de tensão associados a essa fracturação. Também é possível observar alguns filões doleríticos e os critérios de movimento associados às falhas onde se instalaram. Apesar do interesse geológico e tecnológico observável nesta unidade é a escombreira que suscita maior interesse ao visitante. O seu ponto mais alto que se encontra a uma cota superior a 488 m, correspondente ao marco geodésico ali instalado, permite observar uma paisagem impressionante, particularmente quando estamos virados para Sul (Fig.27).

Figura 27 - Vista do alto da escombreira da Marmoz.

Pedreira VO da empresa Solubema, Sociedade Luso-Belga de Mármores A empresa Solubema, fundada em 1928, cedo se tornou num dos principais protagonistas nacionais, do sector extrativo de rochas ornamentais, graças à sua projeção internacional e à aposta na inovação e na tecnologia de ponta com que sempre equipou as suas pedreiras.

Page 24: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xxiv

Atualmente e apesar da grave crise que o sector atravessa, a Solubema emprega 113 trabalhadores, dos quais 80 estão afetos à extração, 20 estão encarregues da manutenção e 13 estão ligados à administração e gestão técnica. A pedreira VO da Solubema é um exemplo emblemático de exploração integrada, possuindo atualmente uma área de 937 835 m2 e a área da corta correspondendo a 59 000 m2, incluindo as unidades extrativas VO e VP que, entretanto se uniram. A pedreira (Fig 28) apresenta atualmente uma profundidade de 86 m distribuídos por 12 pisos em forma de bancadas, de onde são extraídos anualmente uma média de 5000 m3, de um dos mais emblemáticos mármores de Portugal – o Rosa Aurora.

Figura 28 – Pedreira VO, da empresa Solubema.

A pedreira VO é um verdadeiro anfiteatro, onde diariamente se podem observar todos os estágios do ciclo de trabalhos de pedreira e onde o visitante rapidamente consegue perceber o encadeado das operações. Fábrica António Galego & Filhos – Mármores S.A. Esta empresa foi fundada em 1980, pelo seu atual administrador, Sr. António Galego. A sua atividade foi iniciada na transformação das rochas ornamentais, sendo que os trabalhos que executam eram essencialmente de serragem e posterior comercialização das pedras naturais provenientes dos Concelhos de Estremoz, Borba e Vila Viçosa. Entre 1999 e 2000 há um substancial aperfeiçoamento do layout da fábrica tendo sido adquiridos equipamentos de corte e polimento tecnologicamente evoluídos permitindo um aumento significativo na produtividade. Trata-se de uma fábrica (Fig. 29) muito bem estruturada, implantada numa área superior a 15.000 m2, distribuídos por parques de viaturas, pavilhão de serragem, pavilhão de transformação, parque de blocos, parque de chapas e escritórios.

Figura 29 - Serração António Galego.

Page 25: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xxv

Na serração António Galego o visitante percebe que o turismo industrial não se fica pelo sector extrativo. A visita a uma fábrica é fundamental para o entendimento desta complexa indústria. São em unidades de transformação como a do Sr. António Galego que o bloco pode ser transformado numa linha de produção de chapa, ou numa linha de produção de ladrilho, ou ainda em trabalhos específicos num sector de cantarias. De facto, quando o bloco é rececionado é parqueado numa zona de stock de blocos. Se for informe deverá ser aparelhado para que adote uma forma paralelepipédica. Posteriormente passa por um engenho multilâminas que o corta em chapas. Essas chapas poderão, de imediato, canalizadas para uma linha de polimento de chapa, saindo como produto final. Caso seja necessário essas chapas poderão passar por uma máquina de corte tipo ponte e cortadas em bandas que, de seguida entram numa linha de polimento de ladrilho. Após o polimento, as bandas são seccionadas numa multidiscos produzindo-se os ladrilhos com as dimensões desejadas. O circuito termina com a seleção e embalagem. Núcleo da Lagoa – Pedreira do Texugo, da Empresa Lugramar, Sociedade Lusitana de Mármores e Granitos, Lda. Trata-se da maior exploração subterrânea de rochas ornamentais, ativa em Portugal (Fig. 4), possuindo uma cavidade verdadeiramente monumental. A extração de mármore nesta pedreira iniciou-se em 1972 e atualmente apresenta-se como uma unidade extrativa de carácter misto, isto é, a exploração faz-se simultaneamente a céu aberto e em subterrâneo. O subterrâneo desenvolve-se em câmaras e pilares e a partir do momento que se tenha uma área suficientemente grande a exploração evolui descendentemente, tal como se verifica a céu aberto. O avanço em galeria requer um equipamento específico, denominado “roçadora de galeria”, munida de uma lança envolvida por uma cinta diamantada que permite executar golpes com grande precisão. As operações são executadas sequencialmente realizando-se três golpes horizontais e três golpes verticais, sendo que os golpes do meio são descentrados, daí a denominação do método da “cruz descentrada” tal como se pode observar na figura 4B. Com o auxílio de um colchão hidráulico parte-se o bloco do canto superior esquerdo fazendo-se a sua remoção como se de uma gaveta tratasse. Para o bloco inferior procede-se do mesmo modo. De seguida, com recurso a fio diamantado faz-se o corte posterior. Depois dos dois blocos restantes estarem separados do maciço também são removidos, sendo puxados por uma pá carregadora depois de devidamente laçados.

Figura 30 - Cavidade; – Roçadora e golpes já executados para o avanço em galeria.

A vastidão da zona afetada pela extração de mármore como rocha ornamental é tão grande e a alteração da paisagem é tão radical que se torna humana e economicamente impossível a sua recuperação retomando a bucólica paisagem alentejana de outrora. Por outro lado, tratando-se de uma jazida marmórea que, em certos locais pode alcançar os

Page 26: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xxvi

400 m de profundidade é, de facto, um recurso estratégico e uma fonte de riqueza para os Concelhos da região. A opção redutora de entulhamento das cavidades pode ser uma atitude profundamente desacertada inviabilizando explorações futuras. Não se quer, com isto dizer que, em certos casos o entulhamento e a reposição da topografia original, não seja a opção mais correta, particularmente das cavidades localizadas nas proximidades de centros urbanos. No entanto, até nestes cenários a opção de manter a cavidade a descoberto poderá ser a mais acertada, particularmente quando podem ser reconvertidas para espaços culturais, artísticos, reservatórios de água potável, aquacultura e até mesmo zonas para recreio e lazer. Evolução: • Economia de subsistência – abundância (antes > procura < oferta) • Alargamento do mercado (globalização do mercados ocidentais). Locais – reg-nacionais-trans. • Aceleração do progresso técnico e tecnológico (novos produtos substituem velhos- inovação. • Alteração das necessidades (vitais/não), desejos (forma como satisf. Nec.), imagens(mentais, depende1).

Page 27: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xxvii

ANEXO IV _ Proposta de questionário dirigido aos industriais do setor da pedra

Page 28: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xxviii

Proposta de questionário dirigido aos industriais do setor da pedra

No âmbito de uma abordagem focada no sector da pedra, a realização deste inquérito teve como primeiro objetivo a recolha de informação, do ponto de vista do sector, sobre a relação com o design e a sua importância para o desenvolvimento de produtos. É essencial compreender a evolução do mercado para saber para onde nos dirigir, bem como conhecer o grau de entendimento e a importância dada aos aspetos relacionados com a sustentabilidade, nomeadamente os critérios ambientais e sociais e de que forma esses aspetos são tidos em consideração no desenvolvimento de produtos. Nesse sentido, interessa também entender como são operacionalizados os diversos critérios relevantes e qual o conhecimento e uso feito pelas empresas sobre as diversas ferramentas de design existentes. Paralelamente, e como forma de ler o nível de organização e capacidade para integrar nova informação e ferramentas, foi analisada a abordagem das empresas relativamente à sistematização interna de processos que permitam a integração de atividades de design e de preocupações de sustentabilidade, quer através de procedimentos próprios, quer através de normas nacionais ou internacionais. As principais questões no âmbito da Sustentabilidade/Competitividade/Produtividade que o trabalho analisa são as seguintes: problemas relacionados com a prospeção e a extração nas pedreiras; problemas na transformação; qualidade; barreiras à atividade no sector; investigação e desenvolvimento. Na primeira parte pretende-se realizar uma breve caracterização das empresas e analisar, genericamente, a sua relação com o design. Nesta secção também se pretende analisar a empresa, verificando quais os principais problemas detetados relacionados com o assunto em causa. Na segunda parte pretende-se caracterizar os processos de design utilizados na empresa no âmbito do desenvolvimento de produtos, incluindo critérios e ferramentas utilizados pelas empresas. A terceira parte tem como objetivo analisar a atitude e conhecimento da empresa perante a sustentabilidade. No final, após o agradecimento pela participação, foi deixado um campo para comentário e para informação adicional de contacto, caso a empresa deseje receber informação sobre os resultados do projeto. A ordem das secções e das questões foi pensada de forma a alcançar os objetivos do inquérito e a aprofundar passo a passo o conhecimento das empresa e das suas atitudes. A proposta de inquérito está em anexo. 1ªPARTE - A EMPRESA E O DESIGN Breve caracterização da Empresa e a sua relação com o Design. Denominação social: Localização (concelho): Ano de início de actividade: Dimensão (Pessoal ao serviço): Volume de exportações: Principal tipo de clientes: O recurso ao design é realizado por: O design é utilizado para: Na sua opinião o design é uma ferramenta importante para: Principais problemas que enfrenta:

Page 29: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xxix

Já recorreu a algum designer : Sim □ Não □ Qual a importância que dá ao design no seu setor: 2ª PARTE - O DESIGN E O DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS (DP) Breve caracterização dos processos de design utilizados na empresa no âmbito do desenvolvimento de produtos. Com que regularidade a sua empresa utiliza o design no desenvolvimento de produtos? Quem é o responsável pelo processo de desenvolvimento de produtos? O processo de desenvolvimento de produtos é feito com base num documento escrito onde estejam definidas as várias fases do design? Não existindo um documento escrito que guie o processo de desenvolvimento de produtos, qual destas descrições melhor define o processo na sua empresa? Em que altura do processo de desenvolvimento de produtos é utilizado o design? Há envolvimento das partes interessadas no processo de desenvolvimento de produto? Sente necessidade de instrumentos que o ajudem a lidar e integrar os critérios de desenvolvimento de produto? No processo de desenvolvimento de produtos que critérios são tidos em consideração? Para apoiar o processo de desenvolvimento de produtos existem várias técnicas e ferramentas. Indique quais as que conhece e quais as que são utilizadas na empresa: Técnicas de desenho Técnicas de apoio à criatividade (Brainstorm, Morphological Box) Computer Aided Design (CAD) Computer Aided Manufacturing (CAM) Computer Aided Engineering (CAE) Avaliação de ciclo de vida Análise MIPS Matriz MET n Listas de verificação Regras de ouro Roda LiDS (Lifecycle Design Strategies Wheel) Análise ABC n Matriz Ecodesign n CED (Cumulated Energy Demand) Life Cycle Costing Listas de estratégias Análise SWOT Análise BCG n Benchmarking 3ª PARTE - A SUSTENTABILIDADE E O DESIGN Caracterização da atitude da empresa perante as questões da sustentabilidade (entendida como o equilíbrio entre o desenvolvimento económico, ambiental e social para permitir às gerações presente e futuras atingirem o seu potencial). Como classificaria a sensibilidade da sua empresa para com todos os problemas relacionados com sustentabilidade (ambientais, sociais e económicos)? Utiliza alguma norma ambiental da família ISO 14000 ou sistema de gestão ambiental EMAS? Que acções promove a sua empresa para reduzir o impacte ambiental da sua actividade? Utiliza alguma norma de responsabilidade social (SA8000, NP4469 ou outra)?

Page 30: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xxx

Utiliza algum indicador de desempenho de responsabilidade social (GRI G3 ou outro)? No âmbito da responsabilidade social, como classificaria os seguintes aspectos para o sector do mobiliário? Como classificaria a disponibilidade da sua empresa para melhorar o seu desempenho de sustentabilidade através da actividade do design ? Na sua opinião, qual seria a melhor forma para incorporar, na empresa, o conhecimento necessário para introduzir essas melhorias? Na sua opinião, qual seria a melhor forma de pôr em prática essas melhorias? Através de inquérito pretende-se compreender através de algumas questões como: Qual a variação das vendas nos últimos 3 anos? Qual a explicação para a evolução das vendas? Qual a evolução dos mercados de cada empresa? O que contribuiu para o crescimento das vendas? Que mercados cresceram nos últimos anos? A empresa fez investimentos em 2014? Onde foram feitos os novos investimentos? Que tipo de equipamento industrial existe de base? Qual a contribuição dos diversos produtos para as vendas? Existe uma execução de actividades de protecção ambiental? Existem investimentos em I&D nos últimos 3 anos? Que tipos de alterações dentro da empresa nos últimos 3 anos? Qual a Certificação de Qualidade? Qual a importância de diferentes objectivos para diferentes produtos ou mercados? Qual o plano de marketing da empresa? Qual a importância de determinados factores competitivos na definição da actividade da empresa? Qual a importância dos factores de atractividade do mercado? Existe uma participação frequente em Feiras? Quais? Como? Existem acções promocionais nos últimos 3 anos? Existem espaços próprios de exposição? Existe controlo de qualidade ao longo da produção? Qual a importância dos factores competitivos da empresa? Qual a importância dos factores financeiros para a competitividade da empresa? Qual a importância dos factores do ambiente concorrencial? Quais os Canais de distribuição usados?

Page 31: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xxxi

ANEXO V Propostas de design no setor

Page 32: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xxxii

Figura 31

Figura 32 – Stand da feira de Verona – empresa etma.

Figura 33 - O “Jogo Trench” é um jogo abstrato de estratégia, “inspirado na Primeira Guerra Mundial –

A Guerra das Trincheiras”

Page 33: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xxxiii

CAPÍTULO VII _ A EDUCAÇÃO COMO FATOR ESSENCIAL PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

ANEXO VI _ Oficina criativa

Page 34: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xxxiv

Exercício prático final Pressupostos para um desafio criado e apresentado em contexto de formação na sala de aula (metodologia aplicada) e em oficina criativa (protótipo-nave escola): > Objeto que tire partido da tecnologia existente no local e rentabilize o material desperdiçado, dando-lhe um valor acrescentado ao produto criado; > A matéria natural é fornecida; > O objeto desenvolver-se-á a partir da escolha de um desperdício escolhido; > O objeto tem de sofrer alterações formais; > Os jogos de texturas criadas devem tirar partido de padrões tradicionais da região; As tecnologias empregues devem incluir algumas técnicas tradicionais, promovendo, assim, a relação entre as velhas técnicas e as novas tecnologias existentes no centro tecnológico, onde irá ser realizado este módulo de oficina criativa. O padrão criado será inspirado nos tradicionais padrões existentes (técnicas tradicionais locais - na tapeçaria ou no ferro forjado dos varandins) serão o mote, para a imagem gráfica do objeto a realizar em stencil. A troca de experiências será um enriquecimento para os estudantes e uma criação de laços com a comunidade local. Será pedido aos participantes que apontem sugestões aos desenhos dos colegas, como uma partilha e participação ativa de todos para o melhoramento dos projetos, usando para este efeito a “técnica dos porquês”. Desta forma, trocam-se ideias e serão reestruturados os novos projetos. No fim será solicitado a cada formando que defenda o seu novo projeto, como se tentasse “vender” o seu produto. Os formandos, além de criarem soluções para um melhor aproveitamento dos desperdícios da pedra natural, devem questionar o porquê da necessidade de poupar este precioso recurso, e qual a sua importância. Esta atividade encerrará o alinhamento das sessões desta unidade proposta. Os dados recolhidos neste exercício alimentam-se das informações e dos efeitos provocados nos formandos de todas as atividades anteriores; por esse fato a atividade deverá apresentar-se como uma das últimas a executar. Se o número de formandos for superior a dez, este exercício será feito em grupo. Depois será organizado um pequeno debate sobre as questões pensadas. O número de sessões previstas na experiência-piloto, para cada unidade, segue um alinhamento de acordo com o formador e a respetiva planificação. A realização da experiência em cenários distintos é uma possibilidade, o que implica diferentes variáveis e a necessidade de um trabalho pedagógico contínuo para validar o conceito, como sendo atividades curriculares. No entanto, considera-se importante ter presente algumas linhas de orientação baseadas nas competências essenciais do currículo nacional do ensino básico, publicadas pelo Ministério da Educação1

Esta atividade teve, como fundamento teórico, dois conceitos de diferentes autores: o “resolver problemas” para a prática do pensamento lateral de De Bono (1970) e a metodologia “Descobertas orientadas pela comunidade” do manual HCD da IDEO já referido neste capítulo. A autora também se baseou na sua experiência com turmas do 9ºano do ensino profissional que desenvolveram atividades semelhantes. O feedback foi muito positivo por parte dos alunos.

.

1 Desta forma a importância de ser feita uma reflexão no ensino artístico num subcapítulo.

Page 35: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xxxv

As imagens que se seguem podem servir de exemplo de uma pesquisa na área da cultura popular tradicional. 1ªfase: Estudos das tradições locais

Figura 34 – Imagens características da região alentejana.

Figura 35 – A cerâmica tradicional do Alentejo.

Page 36: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xxxvi

Figura 36 – A técnica do ferro forjado.

Page 37: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xxxvii

Figura 37 – Padrões e cores tradicionais do Alentejo.

Figura 38 – Tapeçaria.

Page 38: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xxxviii

2ªfase: definição do conceito

Figura 39 – Pesquisa do mercado têxtil.

Figura 40 – Experimentação da matéria e exploração do conceito.

Page 39: ÍNDICE GERAL DOS ANEXOS CAPÍTULO 3 Processo …...Total Mundial 5.430 2.726 32.847 24.83 Figura 4 - Peso da Exportação de Mármore em 1.000 Ton (Stone – 2005). PAISES 1.00 TON

xxxix

3ªfase: Processo de produção do protótipo

Figura 41 – Protótipo.