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ABNT-AssociaoBrasileira deNormas Tcnicas
Construo de poos demonitoramento e amostragem
NBR 13895JUN 1997
SUMRIO1 Objetivo2 Documentos complementares3 Definies4 Condies
gerais5 Condies especficasANEXO A - Procedimentos de amostragem e
preserva-o para monitoramentoANEXO B - Exemplos de substncias,
separadas emgrupos e dispostas por ordem de coleta
1 ObjetivoEsta Norma fixa as condies exigveis para construode
poos de monitoramento de aqfero fretico e dadosmnimos para
apresentao de projetos de redes de moni-toramento.
2 Documentos complementares
Na aplicao desta Norma necessrio consultar:
Guia Tcnico de Coleta de Amostras de gua (Souzae Derisio -
CETESB, 1977)NBR 10004 - Resduos slidos - Classificao
NBR 10157 - Aterros de resduos perigosos - Crit-rios para
projeto, construo e operao - Procedi-mento
Physical/Chemical Methods (SW.846, 2 edio,1982)
21 pginasPalavra-chave: Poo de monitoramento
ProcedimentoOrigem: Projeto 01:603.06-003/1993CEET - Comisso de
Estudo Especial Temporria de Meio AmbienteCE-01:603-06 - Comisso de
Estudo de Tratamento de Resduos SlidosIndustriaisNBR 13895 -
Monitoring wells and sampling - ProcedureDescriptor: Monitoring
wellsVlida a partir de 30.07.1997
3 Definies
Os termos tcnicos utilizados nesta Norma esto defini-dos em 3 1
e 3.2 e na NBR 10004.
3.1 Faciologia hidrogeolgica
Termo utilizado para indicar variaes localizadas naestrutura
litoestratigrfica ou na composio hidro-qumica, de uma determinada
poro em relao ao glo-bal de um aqfero.
3.2 Fluxo de escoamento
Termo utilizado para designar o movimento de percolaoda gua
subterrnea, atravs dos espaos intergranu-lares das rochas
sedimentares e dos espaos fissuradose fraturados das rochas
cristalinas, em funo doestabelecimento de um dado gradiente
hidrulico ou pie-zomtrico.
4 Condies gerais
4.1 Determinao do sentido do fluxo
Para a determinao do sentido do fluxo podem ser uti-lizados,
entre outros, os seguintes mtodos:
a) traadores radioativos;
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2 NBR 13895/1997
b) gradiente hidrulico, atravs de piezmetros;
c) mtodos geofsicos.
Nota: Em reas com o solo suspeito de contaminao e/ou coma
existncia de mais de um aqfero, um dos quais sus-peito de
contaminao, as perfuraes devem ser con-duzidas de maneira a evitar
a contaminao do(s) aq-fero(s) no comprometidos.
4.2 Apresentao de projeto de poos de monitoramento
Para apresentao de projeto devem ser fornecidos aoOCA - rgo de
Controle Ambiental - os elementos des-critos em 4.2.1 a 4.2.6.
4.2.1 Descrio da geologia local
Deve ser includa uma descrio objetiva dos seguintesitens:
a) distribuio litolgica;
b) caractersticas sedimentolgicas estratigrficas;
c) caractersticas estruturais.
4.2.2 Aspectos hidrogeolgicos
Devem ser abordados os seguintes itens:
a) faciologia hidrogeolgica;
b) espessura do(s) aqfero(s), em especial dofretico;
c) estimativa da velocidade do fluxo;
d) apreciao da rede de fluxo e sentido de escoa-mento.
4.2.3 Mapa piezomtrico
Indicar em planta topogrfica, em escala adequada, coma incluso
da instalao a ser monitorada, as cotas donvel de gua do aqfero
superior com referncia a umdatum especificado.
4.2.4 Localizao dos poos
Localizar em planta topogrfica, em escala apropriada,que inclua
a instalao a ser monitorada, os pontos ondedevem ser implantados os
poos. Na planta deve haverpelo menos uma referncia de coordenadas
cartesianase locao de pelo menos trs pontos que sirvam
comoreferncia para a transposio em mapas oficiais.
4.2.5 Memorial descritivo
Deve ser apresentado um memorial descritivo nos termosdesta
Norma.
4.2.6 Parmetros a serem analisados na gua
Indicar quais e em que freqncia devem ser analisadosos parmetros
de qualidade de gua e indicadores decontaminao pertinentes ao caso.
Cada amostragemdeve ser complementada com a determinao do nvelde
gua.
4.3 Poo de montante
A rede de monitoramento deve possuir um ou mais pooslocalizados
a montante da instalao a ser monitorada(por exemplo, aterro
conforme a NBR 10157), a fim deque possa ser avaliada a qualidade
original da guasubterrnea. Deve(m) ser distanciado(s) de tal forma
aevitar a sua prpria contaminao por uma eventual di-fuso remontante
(ver Figura 1).
4.4 Poos a jusante
Devem ser instalados pelo menos trs poos, no ali-nhados, a
jusante da instalao, para avaliar possvel in-terferncia desta na
qualidade original da gua subter-rnea local.
Notas: a) No caso de dvidas quanto direo e ao sentido do
escoamento, um nmero maior de poos deve ser instalado.
b) Os poos a jusante so posicionados transversalmen-te ao fluxo
subterrneo, distribuindo-se ao longo dalargura da possvel
pluma.
c) Os poos a jusante devem ser distribudos prximosa rea de
disposio para que a pluma possa seridentificada o mais breve
possvel.
4.5 Construo dos poos de monitoramento
4.5.1 Perfurao
O dimetro de perfurao deve ser no mnimo de200 mm. Deve ser
evitada a utilizao de fluidos de perfu-rao. No caso de sua
necessidade, os mesmos nodevem interferir na qualidade da gua a ser
monitorada.Durante o processo de perfurao importante observaras
variaes do nvel de gua, bem como o acompa-nhamento e a descrio das
amostras do material geo-lgico seccionado.
4.5.1.1 Superviso
A perfurao de poos deve ser supervisionada por pro-fissional
legalmente habilitado.
4.5.1.2 Equipamentos
Devem ser utilizados equipamentos adequados aoestado de agregao
da rocha existente.
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NBR 13895/1997 3
a) Em seo
b) Em planta
Figura 1 - Disposio dos poos de monitoramento
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a4 NBR 13895/1997
4.5.2 Apresentao do relatrio da construo dos poosde
monitoramento
Aps o trmino da construo, deve ser apresentado umrelatrio
contendo os seguintes elementos para cadapoo:
a) data de concluso da construo;
b) mtodo de perfurao utilizado e tipo de fluido deperfurao, se
utilizado;
c) localizao real dos poos, em planta topogrficae coordenadas
cartesianas;
d) cotas do terreno, no local do poo, antes de serexecutado, e
da boca de revestimento interno;
e) dimetro da perfurao e dimetro interno do re-vestimento;
f) profundidade total do poo;
g) descrio do perfil geolgico;
h) materiais utilizados no revestimento, filtro, pr-filtro,
junes, selo e preenchimento;
i) dimenses e distribuio das ranhuras ou furos;
j) no caso de se usar tela, especificar o tipo de ma-terial e
abertura de malha;
l) volume do pr-filtro utilizado;
m) volume do selo utilizado;
n) mtodo de colocao do selo;
o) procedimento utilizado para o desenvolvimentodo poo.
Nota: Deve ser fixada placa metlica (conforme a Figura 2)
naparte interna da caixa de proteo.
10 cm
COTA DO TERRENO
COTA DO REVESTIMENTO 5 cm
DATA
Figura 2 - Placa de identificao do poo
4.5.3 Preparao do poo de monitoramento
Aps o trmino da construo, o poo deve ser esgotadotantas vezes
quantas forem necessrias, at que seobtenha gua com turbidez menor
ou igual a 5 N.T.U.Caso seja possvel, proceder a uma anlise das
ca-ractersticas dos slidos em suspenso.
5 Condies especficas
5.1 Componentes dos poos de monitoramento
Os poos de monitoramento, conforme mostra a Fi-gura 3, so
constitudos basicamente dos seguinteselementos:
a) revestimento interno;b) filtro;c) pr-filtro;d) proteo
sanitria;e) tampo;f) caixa de proteo;g) selo;h) preenchimento;i)
guias centralizadoras.
5.1.1 Revestimento interno
Constitudo de tubos de ao inoxidvel, ferro fundido ouplstico,
encaixados no interior de perfurao, com afuno de revestir a parede
da mesma.
Notas: a) A escolha do material deve ser feita em funo
dascaractersticas do poluente a ser amostrado. Nospoos de
monitoramento, so utilizados com maisfreqncia revestimentos de tubo
de PVC rgido marrom(JS Classe 12), devido sua praticidade, baixo
custo,resistncia e baixa reatividade. O dimetro deve serno mnimo de
DN 100, suficiente para introduo doamostrador e para a medio do
nvel da gua.
b) Nos casos de amostragem por bombeamento, odimetro pode ser
inferior.
5.1.2 Filtro
Tem a propriedade de permitir a entrada da gua e deimpedir a
penetrao de algumas impurezas plsticasdo poo.
5.1.2.1 Existem vrios tipos de filtro, o mais comum o dotipo
ranhurado. Consiste em tubo com ranhuras vazadas,distribudas como
mostra a Figura 4-a). A largura daranhura deve ser de 2 mm a 3
mm.
Notas: a)Recomenda-se a execuo de ranhuras com com-primento um
pouco menor do que a metade da circun-ferncia da seo
transversal.
b)A distncia entre as ranhuras pode ser de aproxima-damente 1
cm.
5.1.2.2 O filtro normalmente construdo de PVC, entre-tanto,
dependendo das substncias existentes nas guassubterrneas, pode ser
substitudo por outro material (verFigura 4-b)).
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Figura 3-a)
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6 NBR 13895/1997
Figura 3-b)
Figura 3 - Perfil esquemtico do poo de monitoramento
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Figura 4-a) - Filtros para tubos de PVC tipo ranhurado
Figura 4-b) - Filtro de ao ranhurado
Figura 4 - Tipos de filtro
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8 NBR 13895/1997
5.1.2.3 Dependendo do tipo de solo local, o filtro pode teruma
melhor eficincia quando envolvido por uma mantageotxtil ou por uma
tela de nilon, a fim de evitar o en-tupimento das ranhuras.
5.1.2.4 Os filtros dos poos podem ocupar a extenso dazona
saturada, tanto nos poos a jusante como nos amontante. O
comprimento do filtro depende de vrios fa-tores, basicamente:
a) espessura saturada;
b) geologia;
c) gradiente hidrulico;
d) propriedades fsico-qumicas e concentrao dopoluente.
5.1.3 Pr-filtro
Ocupa o espao anular, entre o filtro e a parede de perfu-rao.
constitudo de areia lavada de gros quartzososou pedriscos de
quartzo (inertes e resistentes).
5.1.3.1 Deve ser cuidadosamente disposto, com os grosbem
assentados, minimizando a formao de espaosvazios.
5.1.3.2 A granulometria adequada para o pr-filtro deveser
correspondente a um dimetro maior do que a aber-tura do filtro.
5.1.4 Proteo sanitria
Tem a funo de evitar que a gua superficial contamineo poo atravs
da infiltrao pelo espao anular. o con-junto formado pelo selo
sanitrio (argamassa de cimentoda extremidade superior do espao
anular com apro-ximadamente 30 cm) e pela laje de proteo (piso de
ci-mento, construdo com pequeno declive, ao redor da bocado
poo).
5.1.5 Tampo
A extremidade superior do tubo (boca do poo) deve serprotegida
contra a penetrao de substncias indese-jveis, que podem alterar os
resultados de anlise. ne-cessrio instalar tampo removvel e com
chave. Na ex-tremidade inferior do tubo, um tampo fixo de
prefernciarosqueado tem a funo de evitar a entrada do materialslido
dentro do poo.
Nota: A variao do nvel de gua pode causar uma variao depresso
dentro do tubo de revestimento, dificultando a re-tirada do tampo
superior. Este problema pode ser evitadocom um pequeno orifcio
(respiro) no tampo.
5.1.6 Caixa de proteo
O tubo de revestimento sobressai ao nvel do
terrenoaproximadamente 0,2 m para evitar a penetrao de gua
superficial e de elementos estranhos no poo. A caixa deproteo de
alvenaria ou tubo de ao deve ter dimensesapenas suficientes para
envolver a parte saliente do tubode revestimento (ver Figuras 3-a)
e 3-b)). Uma tampa naparte superior permite o acesso ao poo. Essa
tampapode manter-se fechada a chave para melhor proteodo poo.
Nota: O poo deve ser identificado de forma indelvel, perma-nente
e de fcil visualizao em sua tampa ou laje deproteo sanitria.
5.1.7 Selo
Obturador com a funo de vedar o espao anular emtorno do tubo de
revestimento, acima do limite mximode variao do nvel do aqfero,
evitando a contaminaodo poo por lquidos percolados pelo espao
anular.Serve tambm para delimitar camada de interesse dentroda zona
saturada. O material vedante (bentonita, cimento)deve obstruir uma
pequena parte do espao anular, osuficiente para impedir a passagem
de gua de um nvelpara outro.
5.1.8 Preenchimento
O espao anular entre a parede de perfurao e a su-perfcie externa
do tubo de revestimento deve ser pre-enchido por material
impermevel (argila, solo da esca-vao), em toda a extenso no
saturada (acima do nvelda gua), a fim de fixar o tubo de
revestimento e dificultara penetrao de lquidos provenientes da
superfcie.
5.1.9 Guias dos filtros (centralizadora)
Dispositivos salientes, distribudos ao longo do tubo
derevestimento, fixados por seu lado externo (ver Fi-gura 3-a)).
Tem a funo de mant-lo centrado em relaoao eixo do poo.
5.2 Extenso dos filtros
5.2.1 Filtro longo
A instalao de filtros longos (mais de 3 m de comprimen-to) s
aconselhvel quando a litologia relativamentesimples, a pluma possui
uma distribuio vertical homo-gnea ou a vazo do aqfero baixa.
Notas: a) O filtro longo, durante a amostragem, pode
contribuirpara a diluio da concentrao da pluma.
b) Em situaes em que a vazo do aqfero extre-mamente pequena, o
filtro longo permite agilizar a recu-perao do nvel de gua aps o
esvaziamento para acoleta de amostras.
5.2.2 Filtro curto
indicado em casos de se deparar com:
a) geologia complexa;
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b) necessidade de caracterizao mais precisa dapluma;
c) poluente que ocupe nvel preferencial dentro dazona
saturada.
5.3 Sistemas para avaliao das concentraes emdiversos nveis
5.3.1 Uma bateria de poos (ver Figura 5-a)) utilizadapara
monitoramento puntiforme nos locais de zona satu-rada espessa. A
bateria de poos constitui-se de um grupode poos locados bem prximos
uns aos outros, no ali-
nhados, com profundidades variveis e com filtros curtos(1 m a 3
m), dispostos em profundidades distintas. Essespoos so
dimensionados para, em conjunto, intercep-tarem o fluxo subterrneo
em toda extenso ou em seg-mentos apropriados do aqfero fretico.
5.3.2 Um multinvel utilizado para possibilitar a amos-tragem em
vrios nveis, dentro da zona saturada (ver Fi-gura 5-b)). O
multinvel consiste em tubos de compri-mentos variveis, munidos de
filtros curtos, introduzidosem uma perfurao (exemplo: trs tubos de
DN 50), com-plementados com pr-filtro e selo, delimitando o campode
ao de cada filtro.
Figura 5-a) - Bateria de poos
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10 NBR 13895/1997
Figura 5-b) - Poos tipo multinvel
Figura 5 - Tipos de poos para monitoramento em nveis
distintos
5.4 Amostragem
Antes de iniciar a coleta de amostras, o poo deve ser es-gotado
pelo menos uma vez, aguardando-se a recupera-o do nvel esttico.
5.4.1 Aspectos de um plano de amostragem
Um plano para amostragem de gua subterrnea develevar em conta
mltiplos aspectos, tais como:
a) tipo do resultado de anlise, se pontual ou mdia;b) tipo do
poo (por exemplo: um poo de filtro longo
deve fornecer resultado mdio a no ser que seusem amostradores
especiais);
c) tcnicas de coleta;d) tcnicas de preservao e acondicionamento
de
amostras;
e) mtodos de anlise;f) procedimentos de encaminhamento de
amostras.
5.4.2 Problemas nas amostragens
Os problemas mais comuns nas amostragens so osseguintes:
a) o responsvel no prepara um plano ou simples-mente no tem
plano definido;
b) o plano contm poucas informaes ou contminformaes pouco
relevantes para orientar o tcni-co que deve executar as coletas de
amostras;
c) as instrues do plano no so seguidas ou sim-plesmente se
desconhece a existncia de um pla-no;
d) empregam-se tcnicas inadequadas de esgota-mento do poo;
e) adotam-se equipamentos de coleta inadequados,que podem
comprometer a qualidade da gua dopoo ou acarretar perda de
compostos volteis;
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NBR 13895/1997 11
f) nos laboratrios, no se utiliza branco de campo,reagente
padronizado ou diluio padro paraidentificar alteraes nas amostras,
aps a coleta;
Nota: Recomenda-se a utilizao de um branco de cam-po por
amostragem para cada tipo de frasco.
g) no se faz a limpeza apropriada do equipamentode
amostragem;
h) os equipamentos de amostragem (corda, balde etubos) so
colocados no solo, podendo conta-minar-se antes do uso;
i) os dados de campo no so registrados devida-mente (por
exemplo: nvel de gua, temperatura);
j) o procedimento para encaminhamento de amos-tras ao laboratrio
no seguido devidamente;
l) pouca ateno dispensada quando se anotamerros e anomalias;
m)adotam-se protocolos de garantia de qualidadeou de controle de
qualidade inadequados (campoe/ou laboratrio).
5.4.3 Informaes bsicas
O plano de amostragem deve incluir as seguintes infor-maes
bsicas:
a) planejamento da seqncia de amostragem;b) coleta de
amostras;c) preservao e manuseio de amostras;d) procedimento de
encaminhamento das amostras;e) procedimento analtico;f) controle de
qualidade no campo e no laboratrio.
5.4.4 Planejamento da seqncia de amostragem
Deve ser estabelecida uma seqncia de amostragempara se evitar a
contaminao dos poos e, tambm, re-sultados de anlises errneas pela
contaminao cru-zada.
Nota: Em uma campanha de amostragem para determinaode concentrao
de componentes orgnicos, onde nose tem informao prvia dos nveis de
contaminaodos poos, deve-se utilizar um conjunto amostrador
paracada poo. Nos casos em que essa informao seja dis-ponvel, a
seqncia de coleta deve ser do poo de menorpara o de maior
contaminao.
5.4.5 Coleta de amostras
5.4.5.1 Medida do nvel esttico
O plano de amostragem deve prever a medio do nvelesttico de cada
poo antes de cada operao de esgo-tamento.
Notas: a)Os dados do nvel de gua coletados de forma sis-temtica
so importantes para determinar se os fluxoshorizontal e vertical
sofreram alteraes desde a ca-racterizao inicial do aqfero.
b)O plano deve especificar o tipo de instrumento e ametodologia
para medio do nvel.
5.4.5.1.1 O tcnico de campo deve medir a profundidadeda gua no
poo para calcular o volume de gua es-tagnada e verificar as condies
do filtro do poo (iden-tificar problemas de turvao).
Nota: A medida deve ser tomada com erro menor que 0,3 cm.
5.4.5.1.2 Cada poo deve ter um datum facilmente iden-tificvel
com referncia ao datum oficial mais prximo.
5.4.5.1.3 Em reas remotas, pode-se estabelecer um pi-quete
provisrio para facilitar a reamostragem.
5.4.5.1.4 O equipamento utilizado para medio de nveldeve ser
suficientemente sensvel, podendo ser uma trenade ao; recomenda-se
um equipamento eletrnico.
Notas: a) Deve-se tomar cuidado para que o equipamento
nocontamine a amostra da gua.
b) O equipamento de medio de nvel deve serconstrudo de material
inerte para facilitar a limpeza.
5.4.5.2 Deteco de camadas imiscveis
O plano de amostragem deve prover um esquema paradeterminar
contaminantes imiscveis (sobrenadantes edepositantes). Os compostos
sobrenadantes normal-mente so lquidos orgnicos insolveis, menos
densosdo que a gua, e os compostos depositantes so
lquidosinsolveis, mais densos do que a gua.
5.4.5.2.1 A determinao das camadas imiscveis deveser feita com
equipamentos especializados antes do pooser esgotado para
amostragem convencional.
5.4.5.2.2 O plano deve especificar o tipo de equipamentopara se
detectar a fase mais leve e a fase mais densa.
5.4.5.2.3 O procedimento para deteco de camadasimiscveis deve
compreender as seguintes etapas:
a) remover a tampa do poo de monitoramento;
b) amostrar o ar do poo para verificar a existnciade
volteis;
c) determinar o nvel esttico da camada de cima,empregando um
manmetro (outro tipo de equi-pamento pode ser utilizado);
d) colocar um sensor no poo para detectar a exis-tncia de camada
imiscvel.
5.4.5.2.4 O monitoramento do ar acima de superfcie livreda
camada mais leve importante para julgar se existerisco de exploso
ou fogo.
5.4.5.2.5 Um manmetro, sonda acstica ou apito (parapoos muitos
rasos) pode fornecer um registro precisode profundidade da
superfcie do lquido no poo, masnada capaz de diferenciar a
superfcie potenciomtricada superfcie da camada imiscvel. Contudo
usual deter-minar a profundidade da superfcie livre para auxiliar
acolocao do sensor de interface.
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12 NBR 13895/1997
5.4.5.2.6 O sensor de interface tem duas finalidades:
a) quando lanado no poo, permite determinar aexistncia de
lquido/orgnico;
b) permite verificar a existncia de camadas imis-cveis.
Nota: A existncia de sobrenadantes torna impossvel o
usoexclusivo de sonda ou apito para a determinao do nvelesttico da
gua. O medidor de interface consiste em flu-tuadores de diferentes
densidades, os quais acionam umdispositivo eltrico quando
atravessam diferentes ca-madas.
5.4.5.2.7 Determina-se a fase densa de lquido imiscvelbaixando o
equipamento at o fundo do poo, onde odetector de interface registra
a presena de lquido/org-nico.
5.4.5.2.8 O procedimento para coletar a fase leve
imiscveldepende de sua profundidade e espessura. A fase imis-cvel
deve ser coletada antes de qualquer atividade delimpeza.
Notas: a)Se a espessura da fase leve for de 60 cm ou
mais,pode-se utilizar um coletor de caneca (caamba dedardo) (ver
Figura 6).
b)Se a espessura da camada flutuante for menor que60 cm e a
profundidade da superfcie for menor que aaltura de suco, pode-se
empregar uma bomba peris-tltica.
5.4.5.2.9 Se a espessura da camada flutuante for menorque 60 cm
e a profundidade de sua superfcie for maiorque a altura de suco da
bomba, deve-se modificar umcoletor para permitir a entrada do
lquido pela parte decima. A vlvula de baixo deve ser travada. A
bola da vl-vula de cima pode ser removida para permitir a entradada
amostra por cima. A flutuao que ocorre quando ocoletor recebe o
lquido sobrenadante pode ser evitada,colocando-se um pedao de tubo
de ao inoxidvel nalinha de retorno, acima do coletor.
5.4.5.2.10 O equipamento deve ser baixado cuidado-samente,
medindo-se a altura da superfcie da camadaflutuante. O coletor deve
ser baixado at a metade da ca-mada sobrenadante. Esta tcnica a mais
eficiente paraamostrar a fase flutuante quando sua espessura
medepoucos centmetros.
5.4.5.2.11 O melhor mtodo para coletar a fase densaimiscvel
consiste no emprego de um coletor com duasvlvulas de reteno (ver
Figura 6-b)). Para efetuar umaboa coleta necessrio movimentar
lentamente o coletordurante toda a operao. A fase densa deve ser
coletadaantes de qualquer atividade de esgotamento.
5.4.5.3 Esgotamento do poo
A gua parada do poo pode no ser representativa daqualidade da
gua no local. Portanto, o tcnico deve re-mover a gua estagnada no
poo e no pr-filtro, de talforma que a gua da formao substitua a gua
estag-nada.
5.4.5.3.1 O plano de amostragem deve pormenorizar aoperao de
esvaziamento dos poos e indicar o tipo deequipamento a ser
utilizado pelo operador.
5.4.5.3.2 O procedimento de esgotamento deve assegurarque toda a
gua estagnada seja substituda por gua deformao. A operao deve
permitir o rebaixamento donvel de gua acima do topo do filtro para
assegurar quea gua se mova ascendentemente.
5.4.5.3.3 O procedimento do operador depende das ca-ractersticas
do poo. Ao esvaziar poos de baixa produ-tividade (aqueles que so
incapazes de produzir trs vo-lumes do poo), o operador deve
esgot-lo comple-tamente. Assim que o poo se recuperar
suficientemente,a primeira amostra deve ser utilizada para medio
depH, temperatura e condutividade. As amostras devemser
acondicionadas na ordem decrescente dasusceptibilidade volatilizao.
O poo deve ser retes-tado quanto ao pH, temperatura e condutividade
depoisda amostragem para avaliao da eficincia do esgo-tamento e
verificao da estabilidade das amostras degua. Quando o tempo de
recuperao do poo exceder2 h, o operador deve coletar as amostras
assim que forpossvel obter um volume suficiente para cada
parmetro.
5.4.5.3.4 De forma alguma o operador deve esvaziarcompletamente
o poo se a recarga for muito forte e pro-vocar a formao de quedas
dgua, acelerando a perdade volteis. O operador pode evitar esse
inconveniente,retirando trs volumes do poo, a uma velocidade queno
cause recarga excessiva, antes da amostragem.Figura 6 - Coletor de
caneca
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NBR 13895/1997 13
e) metais solveis (ver Anexo B);
f) carbono orgnico total (TOC);
g) halognios orgnicos totais (TOX);
h) fenis (ver Anexo B);
i) cianeto;
j) nitrato e amnia;
l) sulfato e cloreto;
m) radionucldeos.
5.4.5.4.5 Os procedimentos para limpeza dos equipa-mentos devem
ser relacionados no plano de amos-tragem.
5.4.5.4.6 Os seguintes equipamentos so aceitveis,quando
empregados adequadamente:
a) bomba de bexiga, com corpo de teflon ou ao ino-xidvel,
acionada a gs (ver Figura 7);
b) coletor de teflon ou ao inoxidvel, com duas vl-vulas de
reteno e dispositivo de esvaziamentona parte de baixo (ver Figura
6-a));
c) seringa (de ao inoxidvel ou teflon);
d) coletor de teflon ou ao inoxidvel, com uma vl-vula de reteno
(ver Figura 6-b)).
5.4.5.4.7 Os equipamentos de amostragem devem serfeitos de
material inerte. Os equipamentos revestidos comneoprene, coletores
de PVC, tubo de teflon, bexiga deborracha de silicone, mbolos de
neoprene, polietilenoe viton no so aceitveis por interferirem nos
parmetrosa serem analisados.
Nota: Se o operador estiver utilizando um coletor, o cabo
destedeve ser de material inerte.
5.4.5.4.8 No campo, o supervisor deve verificar se o ope-rador
est satisfazendo s seguintes condies:
a) bomba de bexiga, se utilizada, deve ser operadacontinuamente,
de tal forma que no ocorra pul-sao, acarretando assim aerao na
amostra;
b) as vlvulas de reteno dos equipamentos devemser projetadas e
inspecionadas para evitar pro-blemas de entupimento ou de aerao na
amostra;
c) o equipamento de amostragem no deve ser lan-ado no poo para
evitar turbulncia, pois isto pro-voca desgaseificao da gua no
impacto;
d) a transferncia de uma amostra do amostradorpara o frasco de
coleta deve ser feita lentamentepara evitar aerao;
e) o equipamento de amostragem, quando limpo,no deve ser
colocado diretamente no solo ousobre outra superfcie contaminada,
antes de serintroduzido no poo.
5.4.5.3.5 Alguns tipos de bomba (peristltica, de ar com-primido
e venturi) provocam volatilizao e produzemelevada presso
diferencial, o que acarreta variao nasmedidas de pH e
condutividade, bem como nos resultadosdas anlises para determinao
dos teores de metais ede orgnicos volteis. Essas bombas so
aceitveis paralimpeza, desde que se deixe a gua estabilizar antes
daamostragem.
5.4.5.3.6 Quando o equipamento de bombeamento temque ser
reutilizado h necessidade de descontamin-lo,procedendo de forma
idntica adotada com relao aoequipamento de amostragem.
Nota: O uso de luvas limpas obrigatrio.
5.4.5.3.7 Deve-se tomar precaues para que o solo noentre em
contato com equipamentos de esgotamento elinhas de bombeamento, a
fim de que no ocorra a intro-duo de contaminantes no poo de
monitoramento.
5.4.5.3.8 Se a gua proveniente da limpeza estiver conta-minada,
deve haver necessidade de acondicion-la emtambores, para seu
tratamento e disposio.
5.4.5.4 Retirada de amostras
5.4.5.4.1 A tcnica utilizada para coleta de amostras develevar
em conta os parmetros a serem determinados.
5.4.5.4.2 Para garantia de que a amostra de gua
sejarepresentativa da formao, deve-se reduzir ao mnimoas alteraes
qumicas e fsicas durante o processo deretirada de amostras.
5.4.5.4.3 A fim de reduzir as possibilidades de contami-nao da
amostra, o operador deve atender aos seguintesrequisitos:
a) utilizar equipamentos de teflon ou de ao inoxi-dvel;
b) empregar amostrador especfico para cada poo.
Notas: a) Se no houver um amostrador para cada poo, ooperador
deve limpar o equipamento antes de cadaamostragem, coletar branco
do equipamento e mandaranalis-lo para verificar se no h
contaminao.
b) Recomenda-se a utilizao de no mnimo um brancode equipamento
por dia de amostragem.
5.4.5.4.4 O plano de amostragem deve especificar a ordemem que
as amostras devem ser coletadas, prevendo oincio das coletas nos
locais menos contaminados. Almdisso, em cada poo, as amostras devem
ser coletadas eacondicionadas de acordo com a ordem decrescente
desua susceptibilidade volatilizao a saber:
a) volteis (ver Anexo B);
b) compostos semivolteis (ver Anexo B);
c) pesticidas/PCB (ver Anexo B);
d) metais totais (ver Anexo B);
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14 NBR 13895/1997
Figura 7 - Bomba de bexiga
5.4.5.4.9 Quando no se utiliza um equipamento para cadapoo,
necessrio seguir o procedimento para desmontare limpar o
equipamento antes de cada amostragem.A primeira lavagem pode ser
feita com cido ntrico ouclordrico 0,1 N; a segunda com gua de
torneira, e a l-tima, com gua destilada.
Nota: O cido clordrico geralmente prefervel.
5.4.5.4.10 Quando a amostragem se refere a orgnicos,h
necessidade de lavar o equipamento com detergentesem fosfato e
depois enxaguar com gua de torneira,gua destilada, acetona e hexano
do grau pesticida.O operador deve amostrar primeiro os poos a
montantee depois os a jusante.
Nota: As instrues de 5.4.5.4.9 e 5.4.5.4.10 so
imprescindveisquando se quer avaliar baixas concentraes prximasdo
limite de deteco do parmetro a ser analisado.
5.4.5.4.11 Quando se coletam orgnicos volteis atravsde bomba de
bexiga, a taxa de bombeamento no podeser superior a 100 mL/min.
Taxas mais elevadas podemprovocar perda de compostos volteis e
variao do pH.
Aps a coleta especfica para volteis, o operador podeaumentar a
taxa de bombeamento. A vazo de amos-tragem no deve exceder a
utilizada para esgotamentodo poo.
5.4.5.5 Anlises in situ ou de campo
5.4.5.5.1 Vrios constituintes instveis devem ser testadosno poo
(in situ) ou logo aps a coleta na boca do poo.Como exemplos de
elementos ou propriedades instveisincluem-se: pH, potencial redoz,
cloro, sulfeto, oxigniodissolvido, alcalinidade e temperatura.
Apesar da condu-tividade especfica ser relativamente estvel,
aconse-lhvel determin-la em campo.
5.4.5.5.2 A maioria dos instrumentos de condutividaderequerem
compensao de temperatura, portanto h ne-cessidade de medir a
temperatura quando se determinaa condutividade.
5.4.5.5.3 Se o operador utilizar sensores (eletrodo parapH,
eletrodos de on especfico, termistores) para medirquaisquer das
propriedades relacionadas, importanteque esta seja a ltima operao,
de tal forma que a conta-minao potencial pelo eletrodo seja a menor
possvel.
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NBR 13895/1997 15
5.4.5.5.4 Os sensores de monitoramento no devem sercolocados nos
frascos de coleta de amostra de gua.
5.4.5.5.5 O operador deve providenciar a calibrao
dosequipamentos de monitoramento ou sensores e kits decampo, antes
de qualquer medio, em conformidadecom as instrues do fabricante e
com os mtodos deavaliao de resduos slidos, conforme
Physical/Chemical Methods (SW-846, 2 edio, 1982).
5.4.6 Preservao e manuseio de amostras
5.4.6.1 Generalidades
5.4.6.1.1 Muitos dos constituintes qumicos e
parmetrosfsico-qumicos que devem ser medidos ou avaliados
emprogramas de monitoramento no so quimicamenteestveis da a
necessidade de preservao. Em comple-mentao, o Guia Tcnico de Coleta
de Amostras degua (Souza e Derisio - CETESB) especifica frascos
deamostras que o operador deve utilizar para cadaconstituinte ou
conjunto de parmetros (ver Anexo A).
5.4.6.1.2 O mtodo de preservao e o tipo de frasco decoleta devem
ser identificados no plano de amostragem.
5.4.6.1.3 Todos os procedimentos para transferncia deamostras no
campo e fora do laboratrio devem ser de-talhados no plano de
amostragem. O manuseio imprpriode amostras pode alterar os seus
resultados analticos.As amostras no campo devem ser retiradas
diretamentedo equipamento de amostragem para o frasco de coleta.No
prtica aceitvel fazer amostras compostas em ummesmo frasco de boca
larga e depois transferi-las parafrascos menores.
5.4.6.1.4 O plano de amostragem deve especificar as tcni-cas
para transferir as amostras com volteis, do equi-pamento de
amostragem para o frasco de coleta, a fim deque as perdas por
agitao e volatilizao sejam redu-zidas ao mnimo.
5.4.6.2 Frascos de coleta
5.4.6.2.1 O plano de amostragem deve identificar o tipodo frasco
de coleta a ser usado, assim como o procedi-mento para garantir que
os frascos no estejam com con-taminantes antes de serem usados.
5.4.6.2.2 Quando os metais constiturem os elementos deinteresse,
devem-se utilizar frascos de teflon ou polieti-leno com tampa de
polipropileno. Quando os orgnicosforem compostos de interesse,
devem-se utilizar frascosde vidro mbar, com tampa revestida de
teflon.
Nota: Os frascos devem ser limpos conforme o parmetro
deinteresse.
5.4.6.2.3 Quando as amostras tiverem de ser analisadaspara
identificao dos metais, tanto os frascos de coletaquanto a vidraria
de laboratrio devem ser muito bemlavados com detergente no
fosfatado e gua de torneira,enxaguados com cido ntrico e gua de
torneira (1:1),cido clordrico e gua de torneira (1:1) e finalmente
guadestilada, nesta ordem.
5.4.6.2.4 Para anlise de orgnicos deve ser removidotodo e
qualquer material residual do frasco de coleta e,em seguida, este
deve ser lavado com detergente nofosfatado, em gua quente. Depois
deve ser enxaguadocom gua de torneira, gua destilada, acetona e
final-mente com hexano de grau pesticida.
5.4.6.2.5 A vidraria suja ou contaminada no forma umapelcula
muito fina de gua em sua superfcie e podeexigir tratamento com cido
crmico e/ou secagem emuma mufla a 400oC, durante 15 min a 30 min,
para garantirque o vidro est limpo.
5.4.6.2.6 O cido crmico pode ser til na remoo dedepsitos
orgnicos da vidraria, entretanto, o analistadeve assegurar que a
vidraria seja, perfeitamente enxa-guada para eliminao dos ltimos
traos de cromo.O emprego de cido crmico pode causar problemas
decontaminao e deve ser evitado, se o cromo for o ele-mento de
interesse.
5.4.6.2.7 A vidraria deve ser selada e armazenada emlocal limpo,
imediatamente aps a secagem e resfria-mento, a fim de impedir o
acmulo de poeira ou outroscontaminantes, deve ser armazenada com a
boca tam-pada com folha de alumnio e em posio invertida.
5.4.6.3 Preservao de amostras
5.4.6.3.1 O plano de amostragem deve indicar os mtodosde
preservao de amostras que devem ser utilizados.
Nota: Os mtodos de preservao de amostras so relativa-mente
limitados e tm geralmente por objetivo:
a) retardar a ao biolgica;
b) retardar a hidrlise;
c) reduzir os efeitos de absoro ou adsoro.
5.4.6.3.2 Os mtodos de preservao limitam-se geral-mente a
controle de pH, edio qumica, refrigerao eproteo contra a luz.
5.4.6.3.3 A cada constituinte da amostra corresponde ummtodo de
preservao especfico (ver Anexo A).
5.4.6.4 Consideraes especiais sobre o manuseio
5.4.6.4.1 As amostras utilizadas para determinao deorgnicos no
devem ser filtradas. As amostras nodevem ser transferidas de um
frasco para outro, pois issoocasiona a perda de material orgnico na
parede dofrasco ou pode ocorrer aerao. As amostras para halo-gnios
orgnicos totais (TOX) e carbono orgnico total(TOC) devem ser
manipuladas e analisadas comomateriais que contm orgnicos
volteis.
5.4.6.4.2 No deve existir espao vazio no frasco da amos-tra para
reduzir ao mnimo a possibilidade de volatilizaodos orgnicos. Os
dirios de campo e os relatrios deanlise de laboratrio devem
registrar o espao vazionos frascos de amostra na hora de recepo no
labora-trio, bem como a hora em que a amostra foi transferidapela
primeira vez para o frasco na boca do poo.
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16 NBR 13895/1997
5.4.6.4.3 As amostras de gua subterrnea, destinadas aanlises
para determinao de metais, devem ser divi-didas em duas pores: uma
deve ser filtrada em mem-brana de 0,45 m, transferida para um
frasco, preservadacom cido ntrico (pH 2) e analisada para
determinaode metais dissolvidos; a poro restante deve ser
trans-ferida para um frasco, preservada com cido ntrico eanalisada
para determinao de metais totais. As part-
culas de lama, presentes no poo mesmo aps o esgo-tamento deste,
podem absorver ou adsorver diversos ti-pos de ons e baixar
significativamente o teor de metaldissolvido na gua do poo.
Qualquer diferena de con-centrao entre as fraes total e dissolvida
pode seratribuda ao teor de on metlico original das partculas
equalquer absoro ou adsoro de ons para as partculas.
/ANEXO A
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NBR 13895/1997 17
ANEXO A - Procedimentos de amostragem e preservao para
monitoramento(A)
Volume mnimoParmetro Frasco Mtodo de preservao Tempo mximo
necessrio para
recomendado(B) de armazenagem anlise
Indicadores de contaminao de gua subterrnea(C)
pH T.P.V. Determinado no campo Nenhum 200 mL
Condutividade T.P.V. Determinado no campo Nenhum 100 mL
TOC Vidro mbar, tampa(D) Refrigerar a 4oC(E), HCl at 28 dias 100
mLrevestida com T pH < 2
TOX Vidro mbar, septos ou Refrigerar a 4oC, adicionar 7 dias 100
mLtampas revestidas com T 1 mL de sulfito de sdio 1.1 M
Caractersticas de qualidade de gua subterrnea
Cloreto T.P.V. 4oC 28 dias 200 mL
Ferro T.P. Acidificado no campo com HNO3 6 meses 300 mLMangans
at pH < 2Sdio
Fenis V 4C/H2SO4 at pH < 2 28 dias 1000 mL
Sulfato T.P.V. Refrigerar, 4C 28 dias 200 mL
Caractersticas provisrias de potabilidade da gua, de acordo com
a EPA(A)
Cromo-hexa T.P. Refrigerar, 4C 24 h 250 mL
Arsnico T.P. Metais totais 6 meses 1000 mLBrio Acidificado no
campoCdmio com HNO3 at pH < 2CromoChumbo Metais dissolvidos 6
meses 1000 mLSelnio 1. Filtrao no campo (0,45 m)Prata 2. Acidificar
com HNO3 at
pH < 2
Mercrio Frasco escuro 1. Filtrao no campo (0,45 m) 10 dias 250
mL2. Adicionar 15 mL da soluopreservante(F)
Fluoreto T.P. Refrigerar, 4C 28 dias 100 mL
Nitrato/nitrito T.P.V. 4C/H2SO4 at pH < 2 14 dias 200 mL
Endrin T.V. Refrigerar, 4C 7 dias 2000
mLLindanoMetoxicloroToxafeno2,4 D2, 4, 5 TP Silvex
Radio P.V. Acidificado no campo com HNO3 6 meses 3785 mLAlfa
total at pH < 2Beta totalBactrias coliformes P, P.V.
(esterilizado) Refrigerar, 4C 6 h 200 mL
/continua
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/continuaoVolume mnimo
Parmetro Frasco Mtodo de preservao Tempo mximo necessrio
pararecomendado(B) de armazenagem anlise
Outras caractersticas de interesse das guas subterrneas
Cianeto P.V. Refrigerar, 4oC, NaOH at 14 dias(H) 500 mLpH >
12, 0,6 g de cidoascrbico(G)
leo e graxa V (somente) Refrigerar, 4oC, H2SO4 at 28 dias 1000
mLpH < 2
Orgnicos T.V. Refrigerar, 4oC 14 dias 1000 mLsemivolteis e
volteis
Volteis V. revestido com T Refrigerar, 4oC 14 dias 250 mL
(A) Referncias: Test methods for evaluating solid waste -
Physical/chemical methods, SW-846, 2 edio (1982) Methods for
chemicalanalysis water and wastes, EPA-600/4-79-020.Standard
methods for examination of water and wastewater, 16 edio
(1985).
(B) Tipos de frasco
P = plstico (polietileno)V = vidro
T = resinas fluorcarbonadas (PTFE, teflon, FEP, PFA, etc.)PP =
polipropileno
(C) De acordo com os requisitos para monitoramento, deve-se
coletar um volume de gua subterrnea suficiente para efetuar a
anlise
quatro vezes separadamente.
(D) No deixar qualquer espao vazio.
(E) As caixas de transporte (com gelo solto ou em pacotes) devem
poder estar temperatura de 4oC no momento de receberem as
amostras. A preservao de amostras exige que a temperatura seja
ajustada para 4oC e manter-se a 4oC, no instante dorecebimento e
durante o transporte. Termmetros de mxima e mnima devem ser
colocados dentro da caixa de transporte pararegistrarem a variao de
temperatura.
(F) Soluo preservante: 10 g de dicromato de potssio (K2Cr2O7)
p.a. + 200 mL de gua destilada + 1000 mL de cido ntrico
(HNO3)concentrado p.a., destilado). Todos os reagentes com baixo
teor de mercrio.
(G) Empregar cido ascrbico somente em presena de agentes
oxidantes.
(H) O mximo tempo de armazenagem de 24 h quando h presena de
sulfeto. Opcionalmente, todas as amostras podem ser
ensaiadas com papel de acetato de chumbo antes da ajustagem do
pH, a fim de verificar-se se h presena de sulfeto. Se houverpresena
de sulfeto, este pode ser removido pela adio de p de nitrato de
prata at que o ensaio de mancha d resultado negativo.Filtra-se a
amostra e adiciona-se hidrxido de sdio (NaOH) at pH 12.
/ANEXO B
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ANEXO B - Exemplos de substncias, separadas em grupos e
dispostas por ordem de coleta
B.1 Volteis:
- clorometano;
- bromometano;
- cloreto de vinila;
- cloroetano;
- cloreto de metileno;
- acetona;
- bissulfeto de carbono;
- 1,1-dicloroeteno;
- 1,1-dicloroetano;
- trans-1,2-dicloroeteno;
- clorofrmio;
- 1,2-dicloroetano;
- 2-butanona;
- 1,1,1-tricloroetano;
- tetracloreto de carbono;
- acetato de vinila;
- bromodiclorometano;
- 1,1,2,2-tetracloroetano;
- 1,2-dicloropropano;
- trans-1,3-dicloropropeno;
- tricloroetano;
- dibromoclorometano;
- 1,1,2-tricloroetano;
- benzeno;
- cis-1,3-dicloropropeno;
- 2-cloroetilvinilter;
- bromofrmio;
- 2-hexanona;
- 4-metil-2-pentanona;
- tetracloroeteno;
- tolueno;
- clorobenzeno;
- etilbenzeno;
- estireno.
B.2 Compostos semivolteis:
- acenafteno;
- 2,4-dinitrofenol;
- bis(2-cloroetil)ter;
- 2-clorofenol;
- 1,3-diclorobenzeno;
- 1,4-diclorobenzeno;
- lcool benzlico;
- 1,2-diclorobenzeno;
- bis (2-clorisopropil) ter;
- n-nitroso-di-n-propilamina;
- hexacloroetano;
- nitrobenzeno;
- isoforona;
- 2-nitrofenol;
- cido benzico;
- bis (2-cloroetxi)metano;
- 2,4-diclorofenol;
- 1,2,4-triclorobenzeno;
- naftaleno;
- 4-cloroanilina;
- hexaclorobutadieno;
- 4-cloro-3-metilfenol;
- 2-metilnaftaleno;
- hexaclorociclopentadieno;
- 2,4,6-triclorofenol;
- 2,4,5-triclorofenol;
-
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- cloronaftaleno;
- 2-nitroanilina;
- dimetilftalato;
- acenaftaleno;
- 4-nitrofenol;
- dibenzofurano;
- 2,4-dinitrotolueno;
- 2,6-dinitrotolueno;
- dietilftalato;
- 4-clorofenilfenilter;
- fluoreno;
- 4-nitroanilina;
- 4,6-dinitro-2-metilfenol;
- n-nitrosodifenilamina;
- 4-bromofenilfenilter;
- hexaclorobenzeno;
- pentaclorofenol;
- fenantreno;
- antraceno;
- di-n-butilftalato;
- fluoranteno;
- benzidina;
- pireno;
- butilbenzilftalato;
- 3,3-diclorobenzidina;
- benzo(a)antraceno;
- bis(2-etil-hexil)ftalato;
- criseno;
- di-n-octilftalato;
- benzo(b)fluoranteno;
- benzo(k)fluoranteno;
- benzo(a)pireno;
- indeno (1,2,3-c,d) pireno;
- dibenzo (a,h) antraceno;
- benzo (g,h.t) perileno;
- 3-nitroanilina.
B.3 Pesticidas/PCB:
- aldrin;
- aroclor-1216;
- aroclor-1221;
- aroclor-1232;
- aroclor-1242;
- aroclor-1248;
- aroclor-1254;
- aroclor-1260;
- BHC;
- -BHC;
- BHC (lindano);
- BHC;
- clordano;
- 4,4-DDD;
- 4,4-DDE;
- 4,4-DDT;
- dieldrin;
- endrin;
- aldedo de endrin;
- cetona de endrin;
- endossulfan I;
- endossulfan II;
- sulfato de endossulfan;
- heptacloro;
- heptacloro epxido;
- metoxicloro;
- toxafeno.
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B.4 Metais e outros:
- alumnio;
- antimnio;
- arsnio;
- brio;
- berlio;
- cdmio;
- clcio;
- cromo;
- cobalto;
- cobre;
- ferro;
- chumbo;
- magnsio;
- mangans;
- mercrio;
- nquel;
- potssio;
- selnio;
- prata;
- sdio;
- tlio;
- estanho;
- vandio;
- zinco.
B.5 Fenis:
- fenol;
- 2-metilfenol;
- 4-metilfenol;
- 2,4-dimetilfenol.
B.6 Cianetos.
licenca: Cpia no autorizada