Na aridez do solo brotam papel e tinta: O estudo da produção de saberes sobre as secas por meio da Coleção Mossoroense numa perspectiva interdisciplinar – o caso da obra “Secas contra a seca”, de Felipe Guerra e Teófilo Guerra. Lindercy Francisco Tomé de Souza Lins [email protected]USP, UERN Introdução A temática das secas constitui um dos alicerces da identidade da cidade de Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte, um cenário construído por meio da produção de centenas de títulos publicados pela Coleção Mossoroense, considerada a maior coleção de textos ecléticos do Brasil. A Coleção Mossoroense tornou-se referência no estudo sobre as secas, tanto pela quantidade de títulos (cerca de 900 obras), quanto pela qualidade e diversidade da produção, uma vez que se verifica autores da gama de Câmara Cascudo, Raimundo Nonato, Felipe Guerra, Elói de Souza, Tavares de Lira, Rômulo Argentiére, Dorian Jorge Freire, Raimundo Soares do Brito, Jerônimo Vingt-un Rosado e muitos outros, que, sob diversos olhares, pensaram sobre a estiagem no nordeste brasileiro, em especial, no sertão potiguar. Este cenário, portanto, permite o estudo das secas numa perspectiva interdisciplinar, pois o ecletismo das obras da Coleção Mossoroense propicia várias abordagens temáticas como: disputas políticas entre elites por recursos públicos; debates científicos sobre as causas, efeitos e soluções para a estiagem; situação social da população; descrição geográfica da região etc.
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Na aridez do solo brotam papel e tinta: O estudo da produção de saberes sobre as secas por meio da Coleção Mossoroense numa perspectiva interdisciplinar – o caso
da obra “Secas contra a seca”, de Felipe Guerra e Teófilo Guerra.
desde 1558 a 1948, 1951 sintetiza a luta em defesa do ideal da açudagem como salvação
do sertão potiguar.
A importância de Secas contra a seca reside na primazia de sua publicação no
Estado. Sagra-se como uma das primeiras obras representativas da estiagem no Rio
Grande do Norte e, provavelmente, foi utilizada como reforço do discurso para obtenção
de verbas públicas para o combate à seca, embora a intenção de Felipe Guerra fosse
denunciar a seca com propósito de obtenção de soluções contra a estiagem por meio da
construção de açudes particulares – o autor, seguindo o espírito liberal da época, era
contrário à construção de açudes públicos (salvo em casos excepcionais) – conhecida
como “solução hidráulica”.
O período em que Secas contra a seca foi escrito reforça o sentido da obra,
pois ocorreu num hiato de onze anos na carreira jurídica de Felipe Guerra, época em que
ele fora aposentado da magistratura compulsoriamente, em 1898, com vencimentos
reduzidos (GUERRA, 1992: 6). Sem recursos para viver na cidade, ele se mudou com
sua esposa e quatro filhos ao sítio Brejo do Apodi, onde desempenhou atividade
agrícola até o retorno à magistratura.
Diferente de alguns autores, que instalados na paisagem urbana das capitais
escreveram sobre a estiagem, Felipe Guerra vivenciou a seca in loco, acompanhou a
angústia de quem perdera safras por falta d´água, expressando na sua escrita tanto o
sentimento de impotência frente à natureza quanto no desencantamento com o Estado,
como retratado na seguinte passagem:
Já estou cansadíssimo de tanto começar a vida em bases de fortuna que, com a mesma insistência ou teimosia, desaparecem como por encanto, com essas malditas secas. A que ora prossegue já reduziu-me ao extremo estado de pobreza... Sou dos que não contam com os recursos dados ou prometidos pelo governo federal. Em nada nos servirão eles agora, porque, quando aqui chegarem, já não encontrarão mais vivos. Além disso bem sabemos, é regra que os socorros dados pelo governo, sirvam mais para deixar lucros aos felizardos do
que alívio aos desgraçados. Aqui também já não temos muita garantia para a segurança individual, nem para a prosperidade (GUERRA & GUERRA, 1980: 72-73).
Como visto, há crítica aguda ao descaso do poder público para com os
sertanejos. A época sendo um deles, Felipe Guerra sentiu na pele o desamparo do
Estado frente às calamidades, reforçando, portanto, seu discurso pela prática, ou seja, a
fala é de quem sentiu, mesmo não sendo da mesma maneira que um flagelado, as
mazelas da estiagem. Assim, o autor torna-se um dos primeiros “porta-vozes do espaço
sofredor” (ALBUQUERQUE Jr, 2009: 72-73) do sertão norte-rio-grandense, tendo
vivenciado a seca ao demonstrar a ideia de verdade no livro, a partir duma crônica de
quem presenciou as secas, “como forma de ganhar credibilidade e dividendos
simbólicos” (VALE NETO, 2006: 29-30).
Grande parte dos textos de Secas contra a seca não era inédita. Trata-se de
compilações de artigos publicados na imprensa de Natal e Mossoró, principais veículos
da difusão do discurso da aridez do sertão. Desse modo, o livro propiciou aos leitores de
jornal uma visão retrospectiva da calamitosa situação do sertão, relembrando que a seca
era fenômeno corriqueiro no Rio Grande do Norte, e, por isso, deveria ser enfrentada
efetivamente.
O leitor, ao folhear Secas contra a seca, mergulha na imaginação da escrita de
Felipe Guerra e acompanha, com certa comoção, a triste situação dos conterrâneos
potiguares flagelados pela seca; viaja – sem sair de casa – a lugares nunca antes vistos
por meio das descrições socioespaciais da região oeste do Rio Grande do Norte e se
revolta com a situação de penúria descrita pelo narrador.
Assim, transpondo a ideia andersoniana de comunidades imaginadas
(ANDERSON: 2008) a um aspecto regional, a formação da identidade norte-rio-
grandense como imaginada perpassa a noção de territorialidade, pois seus membros,
apesar de não se conhecerem, têm ciência de seus conterrâneos e se imaginam como
parte de uma comunidade de anônimos, compartilhando experiências – como a leitura
do jornal - no mesmo tempo vazio e homogêneo, “em que a simultaneidade é, por assim
dizer, transversal, cruzando o tempo, marcada não pela prefiguração e pela realização,
mas sim pela coincidência temporal, e medida pelo relógio e pelo calendário”
(ANDERSON, 2008: 54).
A obra de Felipe Guerra se alinha com a produção intelectual do período. É
possível estreitar os escritos de Secas contra a seca aos livros de Rodolfo Teófilo,
História da seca do Ceará, publicado em 1883, e de Thomaz Pompeu de Sousa Brasil,
Memória sobre o clima e secas do Ceará, lançado em 1877. Pelo caráter científico
“para os padrões da época, sendo pioneiros na análise detalhada das condições de clima
e pluviosidade [...] como índices de referência sobre as secas” (VALE NETO, 2006:
34). Os três autores defendiam a açudagem e a construção de estradas como soluções no
combate à seca.
Neste sentido, a escrita de Felipe Guerra se assemelha ao fazer historiográfico
de Rodolfo Teófilo, que “encontra-se impregnado daquilo que Manoel Salgado analisou
como ‘cultura histórica oitocentista’, na qual a afirmação do projeto rankeano de
apresentar aos vivos os fatos pretéritos imbricava o alinhamento das pretensões
científicas da disciplina com os interesses nacionais” (VALE NETO, 2006: 34).
Secas contra a seca foi escrita a quatro mãos, é dividida em três partes. Na
primeira, introdução, escrita por Felipe Guerra, há estudo científico de previsibilidade
da seca em contraponto às práticas populares de adivinharia desse fenômeno. Das
práticas populares, destacam-se as que se baseiam em chuvas ao longo de meses
específicos ou em datas religiosas como a véspera de Natal; domingo de carnaval e o
tradicional dia de São José, celebrado em dezenove de março. Outras experiências
narradas se baseavam no célebre lunário perpétuo para a previsão do tempo, bastava
identificar o dia da semana que se iniciava o ano com respetivo planeta desse dia,
número áureo, ciclo solar e a letra dominical. O Lunário, aliás,
durante dois séculos, foi o livro mais lido nos sertões do Nordeste, diz Câmara Cascudo. Era um livrinho editado em Portugal desde 1703, de autoria do matemático espanhol Jerônimo Cortez, expurgado pela Santa Inquisição, e traduzido em português. Lunário é um calendário que divide o tempo pelas fases da lua. Perpétuo, porque os seus prognósticos eram tidos como eternos, para todos os reinos e províncias, como se o conhecimento fosse algo imutável. (MIRANDA, 2012).
Ainda são descritas outras práticas baseadas na observação da natureza como o
traçado das formigas, as colmeias, as florações do Juazeiro, Oiticica e Carnaubeira e a
ovação de peixes. Tais relatos eram esforço na busca por uma 'lei das secas', ou seja, a
tentativa de captar alguma tendência desse fenômeno no tempo por meio de estudos de
matemática e astronomia.
A segunda parte, escrita por Teófilo Guerra, revisada e complementada pelo
irmão Felipe Guerra, traz uma cronologia das estações climáticas de 1723 a 1908. Boa
parte do texto é composta de uma compilação dos diários do bisavô paterno dos irmãos
Guerra, Manoel Antônio Dantas Correia, e também do pai deles, Luiz Gonzaga de Brito
Guerra, o Barão de Assu, em que são narradas as condições climáticas no sertão da
região do Seridó norte-rio-grandense, de 1723 a 1845, sendo os relatos das secas de
1723, 1744 e 1766 obtidos via tradição popular. A estiagem de fins do século XVIII é
narrada com detalhes, como se observa na passagem:
O povo, alguma família mais pesada e apossada, se retiraram para beira-mar, onde com o seu ter passaram com fartura; e os que ficaram cá não sentiram fome este primeiro ano; mas como seguindo-se o ano de 92 em que faltou a chuva geralmente por todos os sertões, a morrinha em gados foi geral, de sorte que os que tinham botado os seus gados para os sertões vizinhos, voltaram sem coisa nenhuma, deixando o que tinham conduzido, o que era de fôlego, morto, e mesmo o trem que haviam levado por não ter em que o carregar. Ora, vamos ao povo. Acabados os meses de inverno sem nenhuma chuva, acabados os mantimentos e o gado juntamente foi um geral clamor; ver famílias inteiras a pé, em busca dos agrestes da beira-mar, distante 50 léguas, morrendo à fome pela estrada; enterrando se pelos matos com filhinhos e trem às costas; isso por decurso de meses. Falar deste seu sertão: os que ficaram e não se retiraram, entraram a descobrir raízes e frutas de plantas agrestes para seu sustento; bem como o xique-xique que é uma planta bem brava por ser cercada de espinhos, o miolo da vergôntea servindo de bom sustento, posto que alguns que o tratavam mal, findaram as vidas; outros usaram de couros crus, torrados ao fogo, para sustento. Chegou a fome a tanto extremo que foi visto um viandante cozinhado os nervos duros do gado que havia morrido para comer, que tanto era a necessidade que padecia (GUERRA & GUERRA, 1980: 15).
As narrativas do sofrimento do sertanejo e suas táticas de sobrevivência
parecem atemporais. A fome, o Cavaleiro portador da balança, montado no Cavalo
Negro, profetizado pelo apóstolo João, ataca de maneira célere e atroz,
independentemente da época e região, como pode ser lido na cronologia da estiagem de
Secas contra a seca.
As descrições das estações climáticas do Seridó, Apodi e Mossoró, de 1840 a
1908, são mais completas, em que se observa, além das chuvas e secas do período, o
relato de preços das mercadorias e das terras no sertão potiguar, cenas da paisagem
rural, a economia das cidades, inventários de bens, fluxos migratórios, circulação dos
produtos, bem como a configuração da rede de comunicação dos habitantes das regiões
sertanejas, na qual se sabia, por exemplo, onde chovia e, consequentemente, um
possível local de abrigo em caso de calamidade.
A seca de 1877, por se tratar do maior e mais traumático fenômeno até então,
recebeu uma narrativa mais abrangente, mostrando o drama da população e as medidas
governamentais no socorro às vítimas, como visto na cidade de Mossoró.
Existiam em Mossoró, no fim de dezembro, cerca de... 25.000 pessoas, cuja ocupação única era terem fome, e morrerem de miséria ou de peste a tudo expunham-se para receber um litro de farinha. Dessa população adventícia, rara era a pessoa que vestia uma camisa sã, ou vestido sem remendos; muitos, que antes eram possuidores de média abastança, estavam agora ali esmolando de porta em porta, por haverem atingido a máxima miséria; e vão caindo mortos em seus casebres improvisados, ou pelas ruas e calçadas, donde são levados para o cemitério, para a vala comum, por homens pagos para o transporte, e que com o cadáver atado a uma vara, sobre o ombro de dois carregadores, seguem a cantarolar, no desempenho da lúgubre missão (GUERRA & GUERRA, 1980: 38).
Essa cronologia das estações climáticas propiciou ao autor a criação de quatro
categorias da seca: a primeira, considerada a mais grave, completa e prolongada seca,
em que há ausência de chuvas em toda a região; seguida pela seca em que há completa
ausência de chuvas num período menor e não em toda a região; o terceiro grau seria de
chuvas insuficientes; e por fim, o repiquete, inverno curto e tardio, o menos grave tipo
de estiagem.
Intitulada contra a seca, a terceira parte do livro, redigida por Felipe Guerra, é
composta por uma coletânea de textos sobre a seca publicados nos jornais Diário de
Natal e Comércio de Mossoró, de 1907 a 1909. Há também dois memoriais, um
dirigido, em 1904, ao engenheiro José Matoso Sampaio Correia, chefe da Comissão de
estudos e construção de obras contra as secas no Rio Grande do Norte e outro, em 1907,
destinado ao engenheiro Antônio Olinto dos Santos Pires, superintendente de estudos e
obras contra os efeitos das secas. Como o próprio autor define, o objetivo é elaborar a
propaganda da açudagem ao poder público como a forma de minorar os efeitos das
secas no interior do Rio Grande do Norte. Na posição de homem de ciência, Felipe
Guerra observava experiências internacionais no combate as secas, sobretudo nos EUA
e Egito, e tentava aplicar esses modelos no Rio Grande do Norte, como a proposta de
construção de açude da Passagem Funda, na região do Apodi, onde acumularia, pelos
cálculos do autor, dez vezes mais água que o açude de Quixadá, considerado o "mais
importante do país", a um custo mais baixo que o reservatório cearense.
Felipe Guerra demonstrou, a partir do estudo da situação do açude Livramento
– próximo a cidade de Caraúbas, região oeste do Rio Grande do Norte – que a
construção de grandes reservatórios d´água traria extensos benefícios ao
desenvolvimento do Estado, tendo em vista que tais obras hídricas movimentariam
vários segmentos econômicos, como a diversificação da agricultura, pecuária e
comércio. Para ele, assim como para intelectuais do porte de Euclides da Cunha e
Monteiro Lobato, a civilização – no caso para Guerra, representada pela açudagem e
pela ferrovia – deveria ser levada ao interior, ao sertão (ALBUQUERQUE Jr, 2009: 67).
O sertanejo, destinatário final das obras hídricas, não é visto como rude e
preguiçoso, mas sim como um lutador não instruído, sendo, portanto, necessário ao
desenvolvimento da região não apenas à construção de açudes, mas também ao fomento
à criação de escolas no sertão, como se observa no seguinte trecho:
Pois bem: acima da açudagem colocamos a instrução e a educação do povo. Educado e instruído, o sertanejo saberá colocar-se ao abrigo das secas; saberá preparar o solo para lutar contra a calamidade; terá consciência do seu valor; saberá associar-se para debelar o mal; desterrará seus preconceitos; conhecerá que essa entidade 'governo' só é um animal daninho e voraz porque esse mesmo povo, que é o seu fator, o seu gerador e o seu sustentáculo, não se preocupa em corrigi-lo, em formá-lo, em amparar conforme suas necessidades, seus interesses e destinos (GUERRA & GUERRA, 1980: 208).
Considerações finais.
A leitura de Secas contra a seca propicia pelo menos dois matizes
interpretativos. O primeiro deles diz respeito às imagens do Rio Grande do Norte. Como
boa parte do território potiguar se localiza no ambiente do semiárido, o retrato do sertão
seco – em que se observa epidemias de fome, perdas de safras, morte de pessoas e
animais, migração e desesperança – se configura no livro não como uma crítica ao
sertanejo que nele habita ou um retrato exógeno do território. É, na verdade, uma
denúncia ao descaso das autoridades frente ao problema das secas. Para Felipe Guerra, a
realidade do interior do Rio Grande do Norte não deveria ser naturalizada, a questão
deveria ser resolvida com investimentos em obras de açudagem. O autor, inclusive, faz
extensa descrição geográfica do interior potiguar, sobretudo a hidrografia, onde se
localizariam possíveis fontes de captação e armazenamento d'água. Secas contra a seca
se propõe a realizar um planejamento econômico e social do Estado a partir do sertão,
ou seja, do interior à capital. Felipe Guerra apontava, em 1892, que o desenvolvimento
do Rio Grande do Norte se efetivaria pelo tripé: poços artesianos, açudagem e ferrovias
no sertão (GUERRA & GUERRA, 1980: 267).
A segunda maneira de ler a obra é perceber o sentido da fala, do local de
emissão e endereçamento do discurso. Apropriando-se do pensamento de Michel de
Certeau, (CERTEAU, 1982: 81-82) percebe-se que Felipe Guerra, advogado e político,
discorreu sobre a seca a partir da imprensa, e que suas ações se limitavam à fala, a
preleção. Daí a função de Secas contra a seca: documentar os textos de propaganda da
açudagem do autor, publicados na imprensa, a fim de cristalizar e monumentar sua luta
em defesa das obras hídricas no Nordeste, particularmente, no Rio Grande do Norte.
O discurso da açudagem de Secas contra a seca é destinado ao leitor do jornal
da capital e da maior cidade do interior do estado, Natal e Mossoró, respectivamente.
Sua argumentação busca inserir o sertão, mormente a região Oeste Potiguar, na pauta
política norte-rio-grandense. Tendo a seca (pelo mal que ela representa) como o mote
para a obtenção de recursos à consecução de obras hídricas.
Atribui-se a Felipe Guerra a primazia na ideia da promoção da açudagem ao
poder público, o que aparenta uma mudança em sua concepção de construção de açudes
por particulares. O açude, para Guerra, é tratado como um “núcleo de vida e de
atividade social”, por ser fixador da população, garantidor dos meios de subsistência das
pessoas e animais de criação e da maior oferta de serviços. Secas contra a seca é
apontado por vários estudiosos como referência no entendimento do nordeste brasileiro.
Sem dúvidas, inaugurou uma tradição de obras do gênero no Rio Grande do Norte e, por
essa razão, influenciou uma visão do Estado, sobretudo no olhar dos intelectuais do
sertão.
Referências
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