1 O que é um museu? Um museu é um espaço onde se preserva a memória de um país, de uma cidade, ou de uma colectividade. É o lugar de histórias interessantes, que nos faz viajar no tempo. Neste caso concreto, o museu é também o lugar, que nos permite verificar as mudanças ocorridas na longa vida do Glorioso Grupo União Sport. Desde a sua fundação em 17 de Novembro de 1914, até à actualidade, o nosso Clube foi coleccionando troféus, muitos troféus, e arquivando documentação diversa, comprovativa do seu notável percurso. Pelo facto da sua sede ter estado instalada em oito locais diferentes, muito do seu património desfez-se no decorrer das mudanças, mas, não restam dúvidas, que também antigos dirigentes, por ignorância ou por maldade, encarregaram-se de destruir muitos pedaços da História do Grupo União Sport. Não existem actas antigas, não se sabe do primitivo ficheiro de sócios, de fotos que estiveram penduradas na Galeria de Honra, das inúmeras fitas que estavam colocadas no estandarte, em suma, o seu arquivo histórico foi destruído, e até, algumas taças conquistadas em provas oficiais, entre elas, as quatro Taças de Portugal de Tiro aos Pombos, desapareceram… Mas, o que resta, atesta a grandeza do União. Aproveitando esta data história, da comemoração do centenário do Grupo União Sport, conhecido no mundo da bola por União de Montemor, metemos mãos à obra, e demos um empurrão, um grande empurrão, para transformar o depósito de troféus e de fotos, num museu. O primeiro passo está dado. O museu, permite ao estimado visitante voltar ao passado, e ficar a conhecer um pouco mais da história do União: Sabia que o Estádio 1.º de Maio, inaugurado em 1 de Maio de 1927, possuía além do tradicional peão, bancadas, camarotes e balneários? Que além do rectângulo de jogo, possuía uma pista de atletismo e de ciclismo? Que possuía um Campo de Ténis a quem foi posto o nome de Alexandre Folgado Queiroz? Que o ciclista unionista António Silva, participou na V Volta a Portugal em Bicicleta, e no 16.º Porto – Lisboa? Que o União, além do ciclismo, possuía equipas de atletismo, de basquetebol, de voleibol, de tiro, e de pingue-pongue? Que a primeira etapa da VI Volta a Portugal em Bicicleta teve o seu términos na pista do GUS? Que por 3 vezes o União esteve quase a ingressar na 1.ª Divisão Nacional? Que em nome do progresso, a JAE expropriou ao GUS, uma parcela de terreno do seu Estádio, para construir a Avenida Gago Coutinho? Que essa desapropriação, originou a eliminação da pista, e do polidesportivo, onde se praticava o basquetebol e o voleibol? Que o Estádio 1.º de Maio, foi o primeiro campo no Alentejo a ser electrificado, para a realização de jogos oficiais? Que em 1974 o jogo Atlético – União, foi transmitido directamente pela RTP? Que graças à colaboração dos unionistas e dos amigos do Clube, foi inaugurada em 17 de Novembro de 1982 a sede social composta por 3 pisos, e entregue ao Clube livre de qualquer encargo? Que em 1985 o Estádio foi remodelado e relvado? Que em 1996 foram inaugurados os balneários de nível europeu? Que em 2003 foi inaugurada a bancada coberta? Que com transmissão directa na RTP, que mostrou a milhões de telespectadores o nosso complexo desportivo, realizou-se a final da Super Taça de Râguebi? Que o Estádio 1.º de Maio foi palco de 2 jogos internacionais com transmissão televisiva (resumos)? Que os grandes clubes do nosso futebol reforçaram os seus quadros com atletas unionistas? Estes, e outros acontecimentos, podem ser comprovados no Museu do União. Neste modesto local, vamos descobrir coisas novas, pois o museu é um lugar de descobertas!
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O que é um museu?
Um museu é um espaço onde se preserva a memória de um país, de uma cidade, ou de
uma colectividade. É o lugar de histórias interessantes, que nos faz viajar no tempo.
Neste caso concreto, o museu é também o lugar, que nos permite verificar as mudanças
ocorridas na longa vida do Glorioso Grupo União Sport. Desde a sua fundação em 17 de Novembro de 1914, até à actualidade, o nosso Clube foi
coleccionando troféus, muitos troféus, e arquivando documentação diversa,
comprovativa do seu notável percurso.
Pelo facto da sua sede ter estado instalada em oito locais diferentes, muito do seu
património desfez-se no decorrer das mudanças, mas, não restam dúvidas, que também
antigos dirigentes, por ignorância ou por maldade, encarregaram-se de destruir muitos
pedaços da História do Grupo União Sport. Não existem actas antigas, não se sabe do
primitivo ficheiro de sócios, de fotos que estiveram penduradas na Galeria de Honra,
das inúmeras fitas que estavam colocadas no estandarte, em suma, o seu arquivo
histórico foi destruído, e até, algumas taças conquistadas em provas oficiais, entre elas,
as quatro Taças de Portugal de Tiro aos Pombos, desapareceram… Mas, o que resta,
atesta a grandeza do União.
Aproveitando esta data história, da comemoração do centenário do Grupo União Sport,
conhecido no mundo da bola por União de Montemor, metemos mãos à obra, e demos
um empurrão, um grande empurrão, para transformar o depósito de troféus e de fotos,
num museu. O primeiro passo está dado.
O museu, permite ao estimado visitante voltar ao passado, e ficar a conhecer um pouco
mais da história do União: Sabia que o Estádio 1.º de Maio, inaugurado em 1 de Maio
de 1927, possuía além do tradicional peão, bancadas, camarotes e balneários? Que além
do rectângulo de jogo, possuía uma pista de atletismo e de ciclismo? Que possuía um
Campo de Ténis a quem foi posto o nome de Alexandre Folgado Queiroz? Que o
ciclista unionista António Silva, participou na V Volta a Portugal em Bicicleta, e no 16.º
Porto – Lisboa? Que o União, além do ciclismo, possuía equipas de atletismo, de
basquetebol, de voleibol, de tiro, e de pingue-pongue? Que a primeira etapa da VI Volta
a Portugal em Bicicleta teve o seu términos na pista do GUS? Que por 3 vezes o União
esteve quase a ingressar na 1.ª Divisão Nacional? Que em nome do progresso, a JAE
expropriou ao GUS, uma parcela de terreno do seu Estádio, para construir a Avenida
Gago Coutinho? Que essa desapropriação, originou a eliminação da pista, e do
polidesportivo, onde se praticava o basquetebol e o voleibol? Que o Estádio 1.º de
Maio, foi o primeiro campo no Alentejo a ser electrificado, para a realização de jogos
oficiais? Que em 1974 o jogo Atlético – União, foi transmitido directamente pela RTP?
Que graças à colaboração dos unionistas e dos amigos do Clube, foi inaugurada em 17
de Novembro de 1982 a sede social composta por 3 pisos, e entregue ao Clube livre de
qualquer encargo? Que em 1985 o Estádio foi remodelado e relvado? Que em 1996
foram inaugurados os balneários de nível europeu? Que em 2003 foi inaugurada a
bancada coberta? Que com transmissão directa na RTP, que mostrou a milhões de
telespectadores o nosso complexo desportivo, realizou-se a final da Super Taça de
Râguebi? Que o Estádio 1.º de Maio foi palco de 2 jogos internacionais com
transmissão televisiva (resumos)? Que os grandes clubes do nosso futebol reforçaram os
seus quadros com atletas unionistas? Estes, e outros acontecimentos, podem ser
comprovados no Museu do União.
Neste modesto local, vamos descobrir coisas novas, pois o museu é um lugar de
descobertas!
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Nota do autor
Há uns anos atrás, o Grupo União Sport viu-se despejado aos poucos, da quase
totalidade do seu legado. O desaparecimento destes valiosos comprovativos, que
durante anos preservou religiosamente, deixaram marcas, e de repente, a amnésia toma
conta dele. Sabia apenas que tinha nascido no dia 17 de Novembro de 1914, a uma
terça-feira, e os nomes dos seus progenitores Esqueceu-se do local onde nasceu, das
casas onde morou, das remodelações feitas no seu estádio, da mudança para a habitação
própria novinha em folha, e do resultado de muitos e muitos jogos realizados. Este
extravio, leia-se “destruição do seu Arquivo Histórico”, transformou-o completamente
numa pessoa debilitada.
Depois de tanto penar, em 2004 surgiu uma mezinha caseira denominada “Contributo
para a História do Grupo União Sport”, que atenuou o seu padecimento. Fazia luxo em
contar aos mais novos, o seu já longo percurso de vida, através de descrições
sintetizadas, que pasmaram a maioria dos seus adeptos.
Uma década depois, toma novos medicamentos, desta vez, prescritos por Manuel
Joaquim Roque, denominado “Grupo União Sport – uma década rumo ao Centenário
(2004 – 2014)”, e de novo por Augusto Mesquita, o texto do “Catálogo do Museu”.
Estes curativos devolveram-lhe quase por completo a memória perdida, pelo que,
presentemente, tem a resposta na ponta da língua, às mais diversas questões que lhe são
colocadas sobre o seu precioso currículo.
Mas, não há bela sem senão... o reaparecido União apercebeu-se que durante a sua
doença, desapareceram alguns troféus e desabafou: como foi possível???
Em nome deste reavivado Grupo União Sport, transmito o seguinte apelo: se alguém
souber do paradeiro do troféu referente ao Campeonato Distrital de 1929/30 (primeiro
título conquistado), do título referente à época 1959/60, dos troféus referentes ao
Campeonato Nacional da 2.ª Divisão “Zona D”, conquistados em 1949/50, 1950/51 e
1951/52, da Taça de Honra referente época 1944/45, da Taça de Évora conquistada em
1948/49, das quatro Taças de Portugal de Tiro aos Pombos, vencidas em 1936, 1941,
1943 e em1944, assim como da “Monumental Taça de Portugal” alcançada em 1943,
que apenas pode ser apreciada em foto existente no Museu, o espoliado agradece que
lhe comuniquem o paradeiro dos referidos troféus.
Neste teu centenário, recebe meu “Velho Amigo”, um abraço de parabéns.
Augusto Mesquita
Novembro/14
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Fotografias e textos, que ajudam a perceber,
a História do Grupo União Sport
Foto 1 – Fundação
No começo do século XX o futebol ia ganhando entusiastas em Portugal, e o Alentejo
não foi excepção. Em 1909, o jogo da bola já se praticava na Casa Pia de Évora.
Em 1914, o futebol chegou a Montemor-o-Novo, graças a um jovem eborense, que se
estabeleceu com um estabelecimento de mercearias no Largo Joaquim Pedro de Matos.
Integrou-se facilmente na juventude montemorense, e as amizades foram surgindo
espontaneamente.
Com a intenção de fomentar o futebol na sua terra adoptiva, Manuel Fernandes Canhão,
convidou um grupo de amigos, para participarem na reunião, prevista para o seu
estabelecimento, no dia 17 de Novembro de 1914, e cuja ordem de trabalhos, era a
fundação de um clube desportivo. Compareceram à chamada Alexandre Augusto Feijão,
Calixto António Ferreira, Filipe Augusto Silva, Herculano Francisco de Oliveira,
Isidoro Joaquim das Neves e José Pereira Magalhães. Depois de alcançado o pacto,
decidiram formar nessa terça-feira, 17 de Novembro de 1914, um clube de futebol, a
quem foi dado o nome de Grupo União Sport.
A idade dos fundadores não superavam os dezoito anos, no entanto uma vontade férrea
de levar a aposta por diante, animava-os a debelar todas as dificuldades deparadas.
Foto 2 – As cores representativas
As suas cores representativas têm por base o preto e branco. O preto, representa força,
levada até ao heroísmo, enquanto o branco, lembra lealdade e festa.
É para mim uma enorme honra, contar com a colaboração do meu saudoso amigo
Manuel Justino Ferreira, também ele, um extraordinário unionista, que em data que
desconheço, escreveu esta quadra:
Branco e preto é nossa cor
Cor que define União!
União que é Montemor…
Montemor… que é campeão.
Foto 3 – O emblema
O bonito emblema está traçado na diagonal. Possui na parte superior de cor branca, as
iniciais G.U.S. com letras pretas, e na parte inferior de cor preta, a data da fundação
17/11/1914 com números brancos. Ao centro, existe uma forma geométrica oval, com
cercadura pintada de amarelo. Dentro deste espaço, está representado o Castelo, a Ponte
de Alcácer e o nosso Rio Almansor.
Parece que, nas épocas de 49/50 a 51/52, quando o União andou a disputar as liguilhas
de acesso à 1.ª Divisão, quando das deslocações ao Algarve, a Lisboa, ao Porto e a
Viseu, foram distribuídos durante os percursos, panfletos com a seguinte legenda: “O
Grupo União Sport saúda-vos”. Para que os destinatários da mensagem identificassem o
GUS, alguém se lembrou de trocar a data da fundação, por Montemor-o-Novo.
Quando das comemorações das “Bodas de Ouro”, foi posto à venda um emblema
comemorativo, o qual está exposto na montra n.º ?? e registado sob o n.º ???
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Foto 4 – O primeiro equipamento
De acordo com o aprovado na reunião de 17.11.1914, o equipamento seria composto
por camisola alvinegra na vertical - preta do lado direito e branca do lado oposto, onde
foi aplicado o emblema do clube. O colarinho era branco do lado direito e preto do lado
contrário, originando um bonito contraste de cores com a camisola. Calção branco e
meias pretas com canhão preto e branco completam o equipamento unionista.
Foto 5 – O Hino
O Hino é da autoria do Maestro Paulo Machado, na altura, Regente da Banda da
Sociedade Pedrista.
Foto 6 – “A União Faz a Força”
A estreita ligação existente entre atletas e dirigentes, dá razão ao velho adágio – A
União faz a Força, escolhido como divisa do GUS.
Foto 7 –O primeiro campo de jogos
A Câmara Municipal autorizou o União a utilizar uma parcela de terreno no Rossio,
concretamente, no local onde se encontra a Escola Secundária, exclusivamente, para a
prática desportiva.
Foto 8 – O primeiro jogo
No dia 7 de Fevereiro de 1915, o GUS realizou no improvisado campo do Rossio, o seu
primeiro jogo contra o Académico de Évora e venceu por 4 a 1. Os atletas das duas
formações equiparam-se na sede do clube, localizada na Rua das Escadinhas n.º 13.
Após o final do jogo, os intervenientes fizeram a sua higiene pessoal em grandes
alguidares de barro, abastecidos pela água de um poço existente no espaço.
Outros jogos se sucederam contra o Atlético e Ateneu Comercial, principais clubes da
cidade de Évora, obtendo o União bons resultados, motivo de crescente entusiasmo.
Foto 9 - A Grande Guerra levou à paralisação da actividade desportiva Pouco tempo antes da fundação do GUS, a 28 de Julho, começara a maior carnificina
que até aí a humanidade tinha sofrido – a Primeira Guerra Mundial. A guerra com as
suas crueldades, com os seus horrores, levara a devastação a toda a parte.
Nessa época, em que, se era difícil a existência para a maior parte dos mortais, maiores
eram as dificuldades a vencer pelas colectividades. As sequelas da Grande Guerra
levaram à interrupção da actividade desportiva do popular União de Montemor, nos
anos de 1917 e 1918. Nesse período, os unionistas limitaram-se a defrontar equipas
montemorenses, criadas provisoriamente para esse efeito.
Foto 10 - O recomeço da actividade O conflito mundial terminou em 11 de Novembro de 1918, e no início do ano seguinte,
o GUS recomeçou a sua actividade desportiva.
O período atravessado estava cheio de obstáculos de difícil transposição. Mas o ditado
“a seguir ao mau tempo, vem a bonança…” não era vão, porquanto a seguir a esse
período deveras difícil, se sucedeu uma era de progresso e entusiasmo, chegando o
clube a usufruir duma boa situação financeira, o que possibilitou a organização das
equipas de infantis e de reservas, assim como o regresso das primeiras categorias.
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Foto 11 – Aquisição de terreno destinado à construção do Parque Desportivo
Como foi dito, os primeiros pontapés na bola foram dados em campo improvisado, no
Rossio. O sonho de possuir um recinto desportivo próprio, foi-se protelando, até que,
uns anos mais tarde, em 6 de Fevereiro de 1926, adquiriram à Câmara Municipal pela
importância de 300 contos, 475,50 m2 de terreno, destinado à construção do idealizado
Estádio.
Fruto de muito trabalho voluntário, e em casos excepcionais, através de serviços
remunerados, por autêntica magia, catorze meses após a escritura do terreno, o novo
complexo desportivo unionista estava concluído.
Foto 12 – Despedida do Campo do Rossio
Com regular assistência, realizou-se o encontro de futebol entre as primeiras categorias
do Grupo União Sport e uma selecção da Liga de Montemor, composta por jogadores
do Desportivo, do Comércio e Indústria e da equipa B do União. O resultado final foi de
8 a 1, a favor da equipa principal do União Sport.
Antes do início do jogo, Tomé Vidigal e José Russo, fizeram questão de manterem para
a posterioridade, uma imagem do rudimentar campo de jogos do Grupo União Sport.
Foto 13 – Inauguração do Estádio 1.º de Maio
Realizou-se no Domingo, dia 1 de Maio de 1927, com regular afluência, a inauguração
do novo campo desportivo, com um interessante desafio de futebol entre as primeiras
categorias do Grupo União Sport e as do Comércio e Indústria de Setúbal.
Antes do início do jogo, foi baptizado o novo campo, a quem deram o título de “1.º de
Maio”, servindo de padrinhos a gentil menina Isabel Romeiras Lopes Tavares e o
menino António Maria Laboreiro de Vila Lobos.
Trocadas as saudações do estilo, o primeiro pontapé na bola foi dado pelo Senhor
Presidente da Câmara Municipal, Dr. Alberto Malta de Mira Mendes.
O grupo de Setúbal venceu por 3 a 1, e a música Carlista abrilhantou a cerimónia.
Segunda-feira, o União recebeu e venceu o Seixal por 6 a 1, e na terça-feira, realizou-se
um grandioso Torneio de Tiro aos Pombos.
Decorridos treze anos após a sua fundação, e um ano e pouco, depois da aquisição do
terreno, os desportistas montemorenses conseguiram concretizar o antigo sonho –
possuir um campo desportivo próprio. Enfim, um campo desportivo de fazer inveja ao
País inteiro, para glória do povo de Montemor-o-Novo.
O Estádio possuía além do tradicional peão (que era o único espaço destinado ao
público, na maioria dos campos do país), bancadas, camarotes e balneários. Além do
rectângulo de jogo, possuía uma pista de atletismo e de ciclismo, e ainda um
polidesportivo para a prática do basquetebol e do voleibol.
Foto 14 – Frontispício do Estádio
O parque desportivo, virado para o Rossio, estava identificado pelo vocábulo “Estádio”
e pelas iniciais da instituição, “G.U.S.”, desenhadas com arrebiques artísticos nas pontas
das letras. Flanqueavam as referidas legendas, dois jogadores de futebol, um deles,
guarda-redes, e por baixo das iniciais, foi erigido o emblema do Clube. Desconhece-se o
autor deste extraordinário trabalho, executado certamente por pedreiro montemorense.
Na parede das cabinas, onde foi construída esta obra de arte, foi feita uma bilheteira. O
acesso ao Estádio fazia-se por dois portões de ferro, nos quais foram soldadas as iniciais
de União Sport. O portão da esquerda, dava acesso à zona dos sócios, com bancadas e
camarotes, e o da direita, era destinado à entrada para o peão.
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Actualmente, ainda podemos apreciar a palavra “Estádio”, as iniciais “GUS”, e o que
resta dos jogadores.
Foto 15 – O primeiro título
Empenhados na consolidação da modalidade, e pela qualidade das instalações
recentemente inauguradas, o União conquista na época de 1929/30 o seu primeiro título
de Campeão Distrital.
Foto 16 – O ciclista unionista António Silva, participou na
V Volta a Portugal em Bicicleta
Em 1934, organizado pelos jornais de Lisboa “Diário de Notícias e “Os Sports”
realizou-se a V Volta a Portugal em Bicicleta.
Com a sua inscrição na “Volta”, o União não teve outro objectivo, que não fosse o de
alcançar o “baptismo” do seu representante nas grandes competições ciclistas.
Devido a uma avaria na bicicleta na etapa Faro – Évora, o representante do União
chegou à Cidade Museu com o controle encerrado, sendo por isso eliminado da prova.
Foto 17 – O estandarte
No dia 17 de Novembro de 1933, nas comemorações do 19.º aniversário do GUS, foi
inaugurado o estandarte, confeccionado pela Senhora D. Maria Torres de Melo Garrido.
O estandarte esteve exposto na montra do estabelecimento “Galeria da Moda”
propriedade do Senhor Francisco Joaquim da Costa.
Foto 18 – VI Volta a Portugal em Bicicleta No dia 25 de Agosto de 1935 realizou-se a 1.ª etapa da VI Volta a Portugal em
Bicicleta, iniciativa dos jornais Diário de Notícias e Os Sports, cuja primeira etapa,
terminou na pista do Estádio 1.º de Maio.
Contrariando todas as perspectivas que davam a vitória a José Maria Nicolau do
Benfica, ou a Alfredo Trindade do Sporting, o vencedor desta primeira etapa, que ligou
Lisboa a Montemor-o-Novo, foi o ciclista do Campo de Ourique, António Marques.
Foto 19 - Taças de Portugal de Tiro aos Pombos
Em 1936, 1941, 1943 e 1944 os Irmãos Padeiras conquistaram as Taças de Portugal, e
fizeram parte da equipa nacional, que conquistou em 1946 a “Taça das Nações”.
Após vencerem pela terceira vez a competição, os atiradores unionistas receberam a
“Monumental Taça de Portugal”.
Foto 20 – Distintivo do Clube
No dia 17 de Novembro de 1938 foi posto à venda o distintivo do Clube em esmalte,
destinado à lapela do casaco.
Foto 21 - O 2.º Título Distrital foi designado por “título dos manos”.
Na época de 1945/46 o GUS venceu o 2.º Campeonato Distrital. Relevo para o facto da
equipa ser composta por 4 irmãos Gatinhos (Francisco, João, Patrício e Filipe), 2 manos
Rodrigues (João e Carlos), e por 2 irmãos Macaus (Serafim e Henrique). O guarda-redes
Manuel Joaquim, o defesa Rita, e os avançados Amaral e Raul Pascoal, foram os outros
quatro atletas, que conquistaram o título distrital.
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Foto 22 – A primeira Velha Guarda
Com o objectivo de manter a forma física, e de conviver com antigos atletas de clubes
amigos, antigas glórias unionistas formaram em 1946, a Velha Guarda.
Foto 23 – O Estádio 1.º de Maio ficou mais pobre
Em 1949, e em nome do progresso, o Estado expropriou ao GUS uma parcela de terreno
destinada à implantação da Avenida Gago Coutinho, destruindo desta forma o
polidesportivo, que se situava nas traseiras da baliza, assim como a pista de atletismo e
de ciclismo.
Foto 24 – O Estádio 1.º de Maio beneficiou de relevantes obras
Na sequência da referida expropriação, foi construído um muro de vedação com a Av.
Gago Coutinho. Possivelmente, com o dinheiro recebido da JAE procedeu-se ao
prolongamento das bancadas a todo o comprimento do campo, as quais acabam por ter o
seu termo atrás da baliza da entrada antiga virada para o Rossio.
Fizeram um plano inclinado, para que os espectadores do peão possam seguir melhor as
vicissitudes dos jogos, e construíram de raiz, junto à entrada para as bancadas, três
espaçosas bilheteiras.
Os camarotes foram melhorados com a construção de um segundo plano, que permite
uma arrumação mais digna. A antiga vedação de madeira, que mantinha o público
afastado dos jogadores e dos árbitros, foi substituída por uma vedação construída em
ferro e cimento.
O acesso ao campo faz-se agora por largos portões, o que permite um escoamento
rápido, tanto mais que um deles deita para uma artéria bastante espaçosa como é o
Rossio. No outro portão, construído na Carreira de S. Francisco, foi levantado um
enorme arco em alvenaria, no qual foi inscrito o nome do parque desportivo – “Estádio
1.º de Maio”.
Alguém de muito mau gosto, resolveu derrubá-lo, quando da construção do polémico
“Edifício GUS”.
Foto 25 – Sócio Honorário da Associação de Futebol de Évora Por deliberação de 18 de Janeiro de 1951, a AFE atribuiu ao Grupo União Sport, o título
de “Sócio de Mérito”.
Foto 26 – Foi inaugurada a electrificação do Estádio
No Domingo, dia 10 de Outubro de 1965 foi inaugurada a electrificação do Estádio 1.º
de Maio, que possibilita a realização de jogos oficiais. O Estádio 1.º de Maio passou a
ser o único campo iluminado em todo o Alentejo. No jogo inaugural que se realizou
pelas 21,30 horas, o Portalegrense derrotou o União por 3 a 1.
Foto 27 - Páginas negras no seu historial
Na última jornada do Nacional da 3.ª Divisão da época 1968/69, num jogo decisivo para
o Farense, que em caso de empate ascendia à 2.ª Divisão Nacional, a equipa algarvia
deslocou-se até ao 1.º de Maio e venceu por 2 a 1.
Na sequência de uma agressão de Torpes a Ferreira, os ânimos exaltaram-se e os
empurrões entre atletas, sucederam-se. Na sequência da desordem, alguns espectadores
entraram no rectângulo de jogo, tentando agredir os jogadores algarvios. O árbitro do
encontro permaneceu junto ao meio campo, e desse local, assistiu pávido e sereno ao
triste espectáculo.
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O União foi molestado com a multa de mil e quinhentos escudos, Ferreira foi punido
com dois jogos de suspensão, e Torpes ficou impedido de actuar em seis jogos.
No dia 12 de Maio de 1974 no União 0 – Sacavenense 0, houve invasão de campo, e o
árbitro algarvio Mário Fevereiro foi agredido. O União foi penalizado com seis mil
escudos de multa, e impedido de utilizar o seu estádio por nove jogos.
Cenas tristes no futebol, que desvalorizam o desporto.
Foto 28 – Um autocarro novinho em folha
Por duzentos contos, foi adquirido em Novembro de 1970 um magnífico autocarro
novo, marca Toyota, de 19 lugares, para transporte dos seus atletas.
Foto 29 – O Atlético – União teve direito a transmissão televisiva
Dez dias depois da Revolução do Cravos, no sábado da Feira de Maio de 1974, o União
deslocou-se ao Estádio da Tapadinha para defrontar o Atlético, e foi derrotado por 2 a 0.
Destaque para o facto, do jogo ter sido transmitido directamente pela RTP,
acontecimento único, na História do Grupo União Sport.
Foto 30 – Federação Portuguesa das Colectividades de Cultura e Recreio
Ficaram célebres os bailes organizados na antiga sede do GUS, no edifício do antigo
Hospital do Espírito Santo, paredes-meias com o Rádio Cine, assim como os
espectáculos de variedades, a cargo de amadores montemorenses.
Possivelmente, com o objectivo de aproveitar a nova sede para actividades de Cultura e
Recreio, a Direcção presidida por António Santos, requereu a inscrição do Clube, na
Federação Portuguesa das Colectividades de Cultura e Recreio. A admissão foi
aprovada em 16 de Julho de 1980, e o número de associado atribuído ao Grupo União
Sport, foi o 935.
Foto 31 – Instituição de Utilidade Pública
Na sua reunião ordinária de 9 de Janeiro de 1980, a Câmara Municipal deliberou por
unanimidade, emitir, a solicitação do Grupo União Sport, um parecer favorável para
efeitos de concessão de utilidade pública.
Em 20 de Abril de 1981, o Primeiro-ministro Pinto Balsemão deferiu a pretensão do
Grupo União Sport.
Foto 32 – Diploma de Gratidão
Em 1981, quando da comemoração do 67.º aniversário do GUS, o Núcleo de Lisboa do
Grupo dos Amigos de Montemor-o-Novo, reconhecendo o trabalho desenvolvido em
prol do desporto, facilmente comprovado através do seu palmarés, e que fazem dele, um
dos maiores embaixadores do nome de Montemor-o-Novo, deliberou atribuir ao Grupo
União Sport, o “Diploma de Gratidão”.
Foto 33 – Inauguração da nova sede
Depois de um longo caminho que se iniciou em 1946 com a execução de um ambicioso
projecto, que não passou disso mesmo, pelo facto do Plano de Urbanização não permitir
tal construção no Rossio, em 1961 os unionistas voltaram à luta, e no dia 23 de Outubro
desse ano, avançaram com a construção da desejada sede. Mais uma vez, a obra não se
concretizou, e paralisou após o levantamento das paredes.
Em 1972 a obra recomeça, e desta vez concluiu-se a primeira fase. Depois de efectuada
a mudança da sede sita na Rua Capitão Pires da Cruz para o novo espaço, no dia 3 de
Junho de 1973 por ocasião do jogo União – Marítimo, foi inaugurada a nova sede.
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Infelizmente, a obra não continuou e ficou-se pelo primeiro piso, com a placa a servir de
cobertura.
Até que, em 17 de Novembro de 1982, fruto do trabalho desenvolvido pela Comissão
Pró-Sede, presidida por Luís Catarino, a obra projectada pelo arquitecto Sá Reis estava
concluída, e a sede do Grupo União Sport foi finalmente inaugurada e entregue pela
Comissão ao Clube, livre de qualquer encargo.
Este sonho, só foi possível, graças à organização de um Cortejo de Oferendas, à
realização de um sorteio semanal, à angariação de materiais e de dinheiro, a empresas e
a particulares, e ainda, à realização de muito, muito trabalho voluntário.
Após a construção das bancadas cobertas, a sede foi transferida para este local, e a
antiga sede foi arrendada.
Foto 34 – A última foto do pelado
Poucos dias antes do início das obras de remodelação do Estádio 1.º de Maio, Luís
Catarino teve o bom senso de mandar tirar uma foto ao pelado.
Foto 35 – Obras de remodelação do Estádio 1.º de Maio
Na sequência de contactos entre a Direcção presidida por António Santos, a Câmara
Municipal deu início em 1982 à 1.ª fase da remodelação do parque de jogos, que
constou de trabalhos de terraplanagem, escoamento de águas, electrificação, e da
construção de uma pista de atletismo.
O campo de futebol ficou com as medidas de 64x100 metros, o que permite a realização
de jogos internacionais.
Durante as obras, o GUS utilizou o Campo Municipal, designado por “Campo da
Feira”.
Foto 36 – Foi inaugurada a obra de remodelação do Estádio 1.º de Maio
Em 1 de Setembro de 1985, o estádio surge-nos completamente remodelado, ampliado e
enriquecido com um bem tratado tapete verde.
No jogo inaugural a equipa B do Benfica venceu o União por 5 a 0. Manuel Fernandes
Canhão, fundador e sócio n.º 1 do GUS, com 89 anos de idade, deslocou-se
propositadamente de Coimbra para assistir a esta inauguração.
Pelo facto da Direcção do GUS presidida por Joaquim Capela (que se limitou a receber
numa bandeja de ouro, o trabalho coordenado pelo presidente António Santos), não ter
permitido ao Presidente da Câmara Dr. Fernando Cruz, usar da palavra na cerimónia da
inauguração, o município, mandou distribuir um comunicado no recinto em festa, no
qual relata a posição da autarquia face a esta polémica, tanto mais, que até aquele
momento, a Câmara Municipal foi a única entidade a financiar as obras, investindo
nelas, a importância de vinte e três mil contos.
Foto 37 – Foram inaugurados os balneários de nível europeu
Ao som do Hino do União, interpretado pela Banda da Sociedade Carlista, e com a
presença de diversos convidados civis e militares, e de numerosos associados do Clube,
o Grupo União Sport inaugurou no dia 8 de Setembro de 1996, os novos balneários e a
1.ª fase das bancadas cobertas do Estádio 1.º de Maio.
Construído segundo as normas rigorosamente preconizadas pela FIFA e pela UEFA,
este empreendimento constitui o primeiro passo para que o Alentejo, Montemor-o-Novo
e o Estádio 1.º de Maio, possam ser incluídos na rota dos grandes eventos desportivos
nacionais e internacionais.
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Foto 38 – As obras da bancada coberta paralisaram
No mandato de 1999/2001, a Direcção do Grupo União Sport desviou para o futebol
profissional parte da verba destinada às bancadas, procedimento que originou a
paralisação das obras. A firma “Obrévora, a quem foram adjudicados os trabalhos, farta
de esperar pela liquidação de uma factura de 17 784 contos, interrompeu os trabalhos.
Foto 39 – Comissão Administrativa dirige o União
Na sequência da paralisação das obras das bancadas, da descida de divisão pela
utilização irregular de um jogador, e ainda, pelo facto da Direcção não apresentar contas
desde 1998, uma Comissão Administrativa, eleita em Assembleia Geral Extraordinária,
passou a dirigir, desde o dia 18 de Agosto de 2000 os destinos do Grupo União Sport,
evitando desta forma a já anunciada morte certa.
Foto 40 – O União voltou a soprar velas
No dia 17 de Novembro de 2000, teve lugar a Sessão Solene comemorativa dos 86 anos
de vida do Grupo União Sport.
Na sede do Clube, totalmente lotada pelos associados, como há muito tempo não se via,
viveu-se um dos momentos mais significativos dos últimos anos. Os jornalistas
montemorenses Filomena Martins, Pedro Coelho e Fernando Emílio, respectivamente, a
trabalharem no Record, na SIC, e na Rádio Comercial, assim como Rui Caçador,
técnico da FPF (filho de um montemorense), foram os oradores da noite.
Depois dos discursos e da entrega de algumas prendas, passou-se a um dos momentos
mais emocionantes da noite, com a homenagem a algumas “Velhas Glórias”, bem como
aos sócios mais antigos. Os homenageados receberam um diploma e uma placa.
Mas, as estrelas da noite foram sem dúvida alguma, os atletas da formação, até aqui, os
“parentes pobres da família”, que se apresentaram equipados a rigor, protegidos pelos
seus fatos de treino. Foi uma presença harmoniosa e impressionante, que arrepiou a pele
aos sócios mais sensíveis.
No final da Sessão Solene, procedeu-se à cerimónia do partir do bolo de anos, que foi
acompanhado por um fresquinho espumante. Esta Sessão Solene foi demonstrativa de
que, algo mudou na vida do Grupo União Sport.
Foto 41 – Inauguração da bancada coberta
A bancada coberta, projecto do engenheiro Luís Afonso, com capacidade para 1.300
espectadores, foi utilizada na noite de 23 de Agosto de 2003, no concerto da brasileira
Daniela Mercury, e inaugurada em 6 de Setembro desse ano, quando da realização da
primeira eliminatória da Taça de Portugal, contra a União Desportiva de Santana, que
viajou da Madeira. Os madeirenses venceram por 2 a 1, e prosseguiram na Taça de
Portugal.
Foto 42 - Super Taça de Râguebi
Com transmissão televisiva na RTP, que mostrou a milhões de telespectadores o
complexo desportivo do Grupo União Sport, defrontaram-se no dia 5 de Outubro de
2003 o CDUP e o Belenenses. Os azuis de Belém venceram por 41 – 12.
Foto 43 – 90.º aniversário
No dia 20 de Novembro de 2004, na antiga sede do GUS situada na Avenida Gago
Coutinho, realizou-se uma sessão solene comemorativa dos 90 anos do velhinho União.
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Nesta sessão solene, que teve como orador principal o Dr. Luís Duque, ex-dirigente do
Sporting Clube de Portugal, Augusto Mesquita ofereceu ao Clube, o seu último
trabalho: “Contributo para a História do Grupo União Sport”.
Foto 44 – O primeiro jogo internacional
No dia 30 de Novembro de 2006 as crianças e os jovens dos estabelecimentos de ensino
do concelho, encheram por completo, com a ajuda de alguns adultos, as bancadas do
Estádio 1.º de Maio para assistirem a um jogo amigável em sub-18, entre as selecções
de Portugal e da Ucrânia. Foi o primeiro jogo internacional realizado no relvado
unionista, tendo a Equipa Nacional vencido por 2 a 1.
Quatro anos depois, no dia 28 de Janeiro de 2010, realizou-se novo jogo, desta vez com
a Estónia, e Portugal venceu por 5 a 0.
Foto 45 - Em 2011 surgiu uma nova modalidade “O Futsal”
Logo na primeira época, a equipa unionista venceu o Campeonato Distrital e ascendeu à
3.ª Divisão Nacional.
Foto 46 – O Grupo dos Amigos de Montemor-o-Novo homenageou
o Grupo União Sport
Na Sessão Solene comemorativa do 47.º aniversário do Grupo dos Amigos de
Montemor-o-Novo, que se realizou no dia 19 de Julho de 2014, foi homenageado o
Grupo União Sport. O Presidente do GAM Abreu Bastos enalteceu o GUS, frisando a
justeza do acto, e referindo que esta é uma homenagem justa e sentida, que foi aprovada
por unanimidade. Foi oferecido ao União Sport uma medalha alusiva ao acto.
Na foto, podemos observar José Grulha, Presidente do União, a agradecer a homenagem
prestada.
Foto 47 - A competir desde 1915
Como se disse em outro local, o primeiro jogo realizou-se no dia 7 de Fevereiro de 1915
contra o Académico de Évora.
Neste século de existência, o GUS esteve em actividade durante noventa e nove anos,
uma vez que no ano da sua fundação, por motivos óbvios não competiu.
Os noventa e nove anos de actividade desportiva estão assim preenchidos:
Jogos de carácter particular - 11 anos.
Campeonato Distrital - 37 épocas.
Campeonato Nacional da 3.ª Divisão - 27 épocas. *
Campeonato Nacional da 2.ª Divisão - 27 épocas. *
Campeonato Nacional de Seniores - 2 épocas.
* Nas épocas de 1942/43 a 1946/47, o União participou primeiro no Campeonato
Distrital, e depois no Campeonato Nacional da 2.ª Divisão, uma vez que ainda não
existia a 3.ª Divisão Nacional. Este facto origina que em 99 anos de actividade
desportiva, o União possua registos referentes a 104 anos/épocas.
Nota: A foto que dá voz a este pedaço da História, refere-se ao Marítimo 0 – União 0,
que foi disputado perante uma colossal enchente no Estádio dos Barreiros no Funchal,
em 8 de Julho de 1973. Vital, Moleirinho, Lipa, Zé Chico e Policarpo (encoberto) são os
jogadores unionistas captados pela objectiva.
Foi a primeira vez que o União atravessou o Atlântico para disputar um jogo oficial, e
não se saiu nada mal.
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Foto 48 – Transferências
Os grandes clubes do nosso futebol reforçaram os seus quadros com atletas unionistas.
O Sporting Clube de Portugal veio buscar Henrique Portela e Francisco Macau. O Sport
Lisboa e Benfica levou Francisco Gatinho, (que depois se transferiu para o Belenenses),
e ainda, Manuel Joaquim, Raul Pascoal e Filipe Gatinho. Além destes, Amaral
transferiu-se para o Atlético e Luís Clérigo para a CUF.
Henrique Portela envergou por duas vezes a Camisola das Quinas, e Francisco Gatinho
teve a honra de envergar por uma vez a Camisola Nacional.
Foto 49 – Outras modalidades
Se bem que o futebol sempre tenha constituído a razão primeira da sua existência, o
Clube dedicou-se também às seguintes modalidades: atletismo, basquetebol, box,
ciclismo, ciclo turismo, esgrima, ginástica de competição e de manutenção, halteres,
judo, luta, natação, pesca desportiva, râguebi, ténis, ténis de mesa, tiro, voleibol, e mais
recentemente ao futsal.
Hoje, infelizmente, não podemos, como seria desejo de todos, fazer referência a outras
modalidades que não seja o futebol e o futsal.
Foto 50 – Um século de existência
Passaram 100 anos desde que um grupo de jovens montemorenses fundou o Grupo
União Sport, e apesar de tanto tempo passado, o velhinho União chegou aos dias de
hoje, com uma vitalidade própria de um jovem, e a experiência da sua idade.
Dando razão à expressão “não há rosa sem espinhos”, neste século de existência, estão
registados no seu historial, numerosas alegrias, mas, também alguns momentos de
aflição, que foram ultrapassados com o esforço e a dedicação dos seus dirigentes,
sempre apoiados pela adesão e pertinácia dos associados.
ALVITRE Antes de homenagear-mos os 298 troféus conquistados pelo nosso Clube (92 pelos
seniores, 12 pelos veteranos, 105 pela formação, 18 pela secção de pesca, 6 pelo futsal,
4 pela secção de atletismo, 1 pela secção de basquetebol, 1 pela secção de ciclismo, 1
pela secção de voleibol, 1 pela secção de ténis de mesa, 1 pela secção de natação, e
também os 56 troféus sem registo histórico, podemos observar os Diplomas que lhe
foram atribuídos, e a evolução do nosso parque desportivo (frontispício e interior do
estádio no dia 1 de Maio de 1927, portão da Carreira de S. Francisco e remodelação do
rectângulo de jogo em 1950, os Balneários Dr. José Nunes Vacas inaugurados em 17 de
Novembro de 1957, e por último, o novo espaço relvado, a antiga sede e as bancadas
cobertas).
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Fotos de alguns troféus conquistados em provas oficiais
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Classificação dos troféus conquistados pela
Equipa Sénior – 1.
Número
de registo
Legenda existente no troféu Data inscrita
no troféu
Obs.
1.1 * - - * Será que estas
pequenas taças
simbolizam as cinco
primeiras vitórias?
1.2 * - -
1.3 * - -
1.4 * - -
1.5 * - -
1.6 Taça oferecida 17.11.1920 União – Lusitano
1.7 Taça de Prata 17.11.1921 União – Clubes de
Montemor
1.8 Homenagem a José Mamede 17.11.1924 União 4 – Imperial
de Lisboa 1
1.9 Taça de Prata 1925 Torneio da Liga de
Montemor. A equipa
B foi a vencedora
1.10 2.º Torneio Nacional das
Actividades Amadoras – JSC
1930 8.ª equipa
1.11 Coruche – Montemor-o-Novo 1933 União 6 –
Coruchense 1, depois
de um empate de 1 a
1 em Coruche
1.12 A F E 1944/45 Campeão Distrital
1.13 A F E 1945/46 Campeão Distrital
1.14 Cortejo de Oferendas de
Reguengos de Monsaraz
01.12.1946
1.15 A F E 1946/47 Campeão Distrital na
secretaria
1.16 A F E 1947/48 Taça Évora
1.17 Amizade Vendas Novas 27.03.1949
1.18 A F E 1949/50 Campeão Distrital
1.19 Taça José Félix de Mira –
Governador Civil de Évora
1949/50 União 8 Ateneu de
Reguengos 0
1.20 Taça Engenheiro Moreira
Carneiro
1949/50 União 13 – Sport
Lisboa e Évora 1
1.21 Taça Francisco Macau 04.09.1950 União 1 – Sporting