INTRUDUO
O Feminismo um movimento que teve incio ainda nos primeiros anos
do sculo XIX, porm, s ganhou fora e voz na dcada de 1960.
Atualmente, tem ganhado destaque em vrios tipos de mdia, devido ao
aumento de veculos de informao independentes e, consequentemente,
maior circulao das informaes e notcias.O Feminismo se consolidou
como um discurso de carter intelectual, filosfico e poltico que
busca romper os padres tradicionais, acabando assim com a opresso
sofrida ao longo da histria da humanidade pelas mulheres. O
movimento ganhou muita fora, sendo endossado tanto por homens
quanto por mulheres que defendem a igualdade entre os sexos. H uma
teoria que divide esse movimento feminista em trs fases, cada qual
marcada por suas conquistas e interesses. Assim, este tem sido um
assunto mais explorado e difundido, ainda que muitas vezes seus
propsitos e ideologias no fiquem claros a pessoas leigas.Neste
trabalho sero abordadas suas ideologias, um pouco da histria e sua
importncia atual, tanto para mulheres quanto para homens.
DEFINIO
Do latim femna (mulher), o feminismo a doutrina social favorvel
mulher. Trata-se de um movimento que exige que os homens e as
mulheres tenham os mesmos direitos: por conseguinte, concede ao
gnero feminino capacidades que outrora eram exclusivamente
reservadas aos homens.O feminismo questiona as relaes entre a
sexualidade (enquanto gnero) e o poder social, econmico e poltico.
Olhando para a histria, as feministas consideram que o patriarcado
foi negativo para a sociedade e que as mulheres foram submetidas
vontade do homem.
COMO SURGIU O MOVIMENTO FEMINISTA
O feminismo um movimento que tem origem no ano de 1848, na
conveno dos direitos da mulher em Nova Iorque. Este movimento
adquire cunho reivindicatrio por ocasio das grandes revolues. As
conquistas da Revoluo Francesa, que tinha como lema Igualdade,
Liberdade e Fraternidade, so reivindicados pelas feministas porque
elas acreditavam que os direitos sociais e polticos adquiridos a
partir das revolues deveriam se estender a elas enquanto cidads.
Algumas conquistas podem ser registradas como consequncia da
participao da mulher nesta revoluo.Feminismo um movimento social,
filosfico e poltico que tem como meta direitos equnimes (iguais) e
uma vivncia humana e libertao de padres opressores baseados em
normas de gnero. A histria do feminismo pode ser dividida em trs
"ondas". A primeira teria ocorrido no sculo XIX e incio do sculo
XX, a segunda nas dcadas de 1960 e 1970, e a terceira teria ido da
dcada de 1990 at a atualidade.
PRIMEIRA ONDA DO MOVIMENTO FEMINISTA
A chamada Primeira Onda Feminista teria ocorrido no sculo XIX e
avanado pelo comeo do sculo XX. Este perodo aborda uma grande
atividade feminista desenvolvida no Reino Unido e nos Estados
Unidos. Foi o momento em que o movimento se consolidou em torno da
luta pela igualdade de direitos para homens e mulheres. Estas se
organizaram e protestaram contra as diferenas contratuais, a
diferena na capacidade de conquistar propriedades e contra os
casamentos arranjados que ignoravam os direitos de escolha e os
sentimentos das mulheres.Ainda no final do sculo XIX, a Primeira
Onda Feminista ganhou destaque em seu ativismo e passou a contestar
de forma mais significativa a questo do poder poltico. As mulheres,
at ento, eram proibidas de votar e eleger seus representantes, mas
o pleno interesse de participar das escolhas polticas no deixou de
ser evidenciado at se alcanar o direito desejado. Enquanto isso,
continuavam as campanhas pelos direitos sexuais, econmicos e
reprodutivos.Este primeiro momento de onda feminista foi bastante
extenso e, por se tratar de algo que rompia com os padres histricos
das sociedades, levou mais tempo para alcanar as conquistas.
Somente no correr do sculo XX os resultados foram aparecendo
gradativamente. O voto s foi permitido s mulheres a partir de 1918,
no Reino Unido. Ainda assim, s tinham tal direito as mulheres com
mais de 30 anos. J nos Estados Unidos a manifestao das mulheres
ligava-se a outros fatores histricos tambm. Muitas das que
integraram a Primeira Onda Feminista foram defensoras do fim da
escravido no pas antes mesmo de lutar por seus direitos. A
conquista do voto s aconteceu no ano de 1919.
SEGUNDA ONDA DO MOVIMENTO FEMINISTA
A Segunda Onda Feminista reconhecida por estar compreendida no
perodo que se estende da dcada de 1960 at a dcada de 1980.A Segunda
Onda Feminista uma continuidade da Primeira Onda, com as mulheres
se organizando e reivindicando seus direitos. Entretanto h
caractersticas que distinguem as duas fases. Enquanto no primeiro
momento as mulheres lutavam por conquista de direitos polticos, no
segundo momento as feministas estavam preocupadas especialmente com
o fim da discriminao e a completa igualdade entre os sexos.J
marcada pela conquista anterior de direitos, tem seu incio no comeo
da dcada de 1960. As feministas ganharam espao mais uma vez e
conseguiram ser ouvidas pela sociedade. Esse segundo movimento
durou at a dcada de 1980 e recebeu o slogan O pessoal poltico, que
foi criado pela feminista Carol Hanisch. A nova fase identificava o
problema da desigualdade como a unio de problemas culturais e
polticos, encorajando as mulheres a serem politizadas e combaterem
as estruturas sexistas de poder.Foi tambm no comeo da dcada de
1960, especificamente em 1964, que apareceu a frase Liberao das
Mulheres. Esta foi usada pela primeira vez nos Estados Unidos e
acabou se tornando fundamental para todo movimento feminista. Aps a
Primeira Onda Feminista criticar os contratos matrimoniais, que no
incluam os interesses e sentimentos das mulheres, a Segunda Onda
Feminista passou a criticar a ideia de que as mulheres teriam
satisfao em apenas cuidar dos filhos e do lar. Esta nova observao
incendiou o cenrio social, especialmente nos Estados Unidos, que
foi invadido por mulheres que queriam trabalhar, sustentarem-se e
serem respeitadas com igualdade de capacidade.A maior participao
das mulheres no mercado de trabalho gerou um novo questionamento
que perdura at hoje. A discriminao no to intensa quanto antes, no
sentido de que havia um bloqueio s mulheres para ocupar cargos, mas
verificvel ainda que a remunerao pelo trabalho de mulheres que
desempenham as mesmas funes de homens menor. Um desafio que ainda
precisamos superar.
TERCEIRA ONDA DO MOVIMENTO FEMINISTA
A Terceira Onda Feminista identificada a partir da dcada de 1990
e representa uma redefinio das estratgias da fase anterior.A
Terceira Onda Feminista se apresentou como meio para corrigir as
falhas e as lacunas deixadas pela fase do movimento que veio antes.
Esse novo momento, marcado a partir do incio da dcada de 1990,
serviu tambm para retaliar algumas iniciativas da Segunda Onda
Feminista. A terceira fase procurou contestar as definies
essencialistas da feminilidade, que se apoiavam especialmente nas
experincias vividas por mulheres brancas integrantes de uma classe
mdia-alta da sociedade.A Terceira Onda fortemente marcada por uma
concepo ps-estruturalista, refletindo claramente abordagens
micropolticas preocupadas em responder o que e o que no bom para
cada mulher. O incio dessa terceira fase do movimento tem razes
ainda no meio da dcada de 1980, embora sua locao histria seja
reconhecida a partir da dcada de 1990. Ela estava inserida em um
contexto de novas perspectivas tambm das Cincias Humanas, como o
caso da Micro Histria, que logo reconheceu a importncia do
movimento de organizao das mulheres e o tratou de forma mais
detalhada. Alm disso, com o prprio questionamento do padro branco
de classe mdia-alta das feministas, mulheres negras comearam a se
destacar no movimento e negociar seus espaos para revelar as
diferenas vividas por mulheres com diferentes condies sociais e
tnicas.Como se pode notar at aqui, a Terceira Onda do Feminismo foi
marcada por diversos questionamentos internos. O olhar crtico das
feministas sobre o prprio movimento que integravam permitiu o
florescimento de novas ideias e a redefinio de estratgias que
apresentaram falhas nos momentos anteriores. Da mesma forma, a
Terceira Onda do Feminismo apresentou tambm o chamado Feminismo da
Diferena, que argumenta haver sim diferenas significativas entre os
sexos. Diferentemente de uma ideia global e massificadora que dizia
ser uma construo social todo tipo de desigualdade entre homens e
mulheres.
ANTIFEMINISMO O QUE E POR QUE
ANTIFEMINISTAS SO INIMIGOS DAS MULHERES
Um homem que contra o feminismo, apoia a agresso as mulheres, e
um misgino. Essa a frase que vem na cabea da maioria das pessoas, O
que uma mentira. Entendem que ser antifeminista ser inimigo das
mulheres e de seus direitos.A origem deste falso pressuposto o
significadosubjetivoda palavra feminismo e que automaticamente j os
levam acreditar ao que o antifeminismo deve ser. Muitas pessoas tm
uma ideia unilateral, que beira a ingenuidade sobre o que o
feminismo. Acreditam que o feminismo algo somente sobre as mulheres
e seus direitos, e que algum que se oponha a isso provavelmente
anti-mulher e seus direitos. Pelo menos essa a concluso que emerge
desta mentalidade bruta, uma definio to simples.No entanto, veremos
agora que essa definio no somentefalsacomo fundamentalmente
diferente darealidade.Este to dito feminismo algo que coloca os
homens em uma posio onde possam sentir-se ridicularizados assim que
eles formulem oulutempor qualquer direito para seu sexo. Com sua
rede de gabinetes de igualdade e seus responsveis, distribuem o
dinheiro sempre de uma forma que possa servir a populao feminina.
Como delegacias especializadas, hospitais especializados, entre
outras especializaes que contribuam com apenasumgnero. E deixam de
lado qualquer fundo ou assistncia que ajudem garotos e homens com
seus problemas sociais e existenciais como se no fossemnada.Isso
certamente far ummonopliode sofrimento nas mos das mulheres e
excluir os homens comogneroda compaixo da sociedade. A respeito
disso o feminismo pode ser com certeza ser chamado de hegemonia
ginocntrica. O terreno frtil para essa hegemonia uma perverso do
conhecido narcisismo vitimista, que por definio coloca as mulheres
como eternasvtimas, e homens como eternosopressores. A vtima fraca
e isso levanta uma questo subjetiva de como elas devem agir para
completar este papel. Pois assim as vitimas podem exigir direitos
sem precisar assumir asresponsabilidades. E mesmo se a vtima
conseguir se sobressair ao seu opressor,ela pode assumir as
vantagens de ser fraca e poderosa ao mesmo tempo, sem ter que
adquirir desvantagens.A vtima ressuscitada permanece vtima, apesar
de todos os poderes adquiridos e absolvida de qualquer
responsabilidade ou culpa, e ainda por cima de qualquer crtica.
Pois no importa o poder da mulher, ela eternamente uma vtima do
machismo. A vtima, portanto atinge um grau de santidade com
absoluta autoridade interpretativa e inviolabilidade.Considere por
um lado; mulheres atualmente so constantemente colocadas em um
pedestal, adoradas como supermulheres, trabalhadoras, donas de casa
e mes ao mesmo tempo. Isso tudo sem tirar o salto. E onde os homens
so difamados como carne intil, violentos e impulsivos.Considere por
outro lado o entusiasmo onde o mantra repetido diversas vezes, e
diversas vezes que mulheres so vtimas at chegar a um ponto de
saturao mental.Esta mstica feminina tem um sistema. Ele define os
homens como opressores, mas como inferior, de modo que a definio da
mulher de uma natureza mais nobre e mais pura e que se levanta
acima dos seus opressores. Basicamente essa estrutura pode ser
definida como uma conscincia fascista e tranquila. E assim como
deve ser em uma ideologia, tudo conectado, obviamente com uma
promessa de salvao. Assim que as mulheres dominassem os lugares
masculinos livraro o mundo, o mundo dever ser melhor do que agora.
Privilgios que no podem ser justificados com a eliminao da
discriminao podem ser justificados com a superioridade
feminina.
O QUE OS ANTIFEMINISTAS DEFENDEM?
Nosso inimigo no so as mulheres, e aqui est o porqu: o feminismo
tem tanto a ver com as mulheres,quanto o socialismo tem a ver com a
classe trabalhadora.O feminismo no est preocupado com a populao
feminina como um todo. Da mesma forma o feminismo no luta pelos
direitos humanos bsicos. Antifeminismo no misoginia. As pessoas que
distorcem o antifeminismo, dizem que ns queremos acabar com o
direito das mulheres e empurr-las de volta para a cozinha. O que
chega a ser quase cmico, de to ingnuo que . Os antifeministas
querem o fim do pressuposto que as mulheres so santas e homens
demnios. Os antifeministas querem o fim de uma poltica que promova
as mulheres e que para os homens s adicionam mais deveres.
Antifeministas defendem que os homens devem ter a mesmahumanidade,
a mesma compaixo e o mesmo apoio que as mulheres tm.
A LUTA FEMINISTA A FAVOR DA OBESIDADE MAQUIADA COMO DIREITO DE
ESCOLHA
Feministas em geral detestam ficar em forma. Uma ou outra que
usa de EUPIRISMO ou EGOPIRISMO pode dizer que se exercita pois a
feminista diferente mas uma boa parte dos argumentos do movimento
feminista que cuidar do corpo obra de mulher submissa e burra
mandada pelo patriarcado. Isso na verdade uma forma de preconceito,
pois uma mulher com um corpo nos padres tambm pode ser inteligente;
mas quando as feministasfalam, o preconceito maquiado por
politicamente correto e vira uma coisa moderna e contra o sistema
permitida. Isto muito usado por marxistas culturais para justificar
todos seus atos. Assim elas podem ser preconceituosas. Vitimismo e
feminismo andam sempre juntos e atos como estes das feministas que
pregam que tudo nos oprime somente um modo para atrair jovens
desavisadas que de tanto terem o crebro lavado acham que virar
funkeira como a Valesca coisa chique ou ato de orgulho de uma luta
pela liberdade. Apesar da liberdade de cada pessoa fazer o que
quiser existir, a apologia neste caso a obesidade gera alguns
problemas como:A cultura do mal exemplo vista como moderna ou a
falta da cultura do bom exemplo. Aqui no Brasil isto muito comum, e
pregado como modelo moderno para as crianas por professores que as
doutrinam desde cedo. Jogue a liberdade usada como desculpa para
tudo e o direito de escolhas usadas de modo infantil e misture a
uma teoria doida e criamos um monstro, que em muitos casos viram
leis e na nossa terra cada vez mais sem moral. Nossos exemplos se
tornam o que deveria ser combatido. Relativize o que certo e errado
e negue o senso comum. Neste lugar, ser certo errado e ser errado
certo. Neste lugar funk vira tese de mestrado e estudar de verdade
coisa antiquada. Neste lugar ser acima do peso sinal de ser
intelectual. Pessoas loucas como feministas e marxistas ainda
justificam isso com teorias sem p nem cabea. Uma governante de
esquerda certa vez disse que a diabetes era doena de rico. Um
ex-presidente nosso afirmava que nunca precisou estudar. Reparem
que o que se esconde nestes argumentos sempre a mesma coisa e, a
longo prazo, isto somente colabora para problemas e mais problemas,
pois o que bom visto como antiquado e opressor.Apologia obesidade.
A obesidade uma das doenas que mais cresce no mundo moderno e
atinge inclusive crianas. Muitas delas sero adultos obesos com o
nosso atual estilo de vida. Imaginem o futuro delas se ainda forem
estimuladas a serem obesas por teorias feministas e afins. A
obesidade gera outros problemas como infartos, derrames e muitas
outras doenas se associam e levam a morte. Tudo isso se combate com
a opressora ideia de exerccios e uma alimentao correta. Mas para as
feministas cuidar do corpo ser oprimida.Gastos de dinheiro. Como
este um problema de Sade Pblica, se existisse uma campanha para
educar o povoa se exercitar muitos gastos poderiam ser
cortados.Depresso. Pessoas obesas podem dizer o que quiserem, mas
em geral elas tendem a ser mais depressivas. Se exercitar ajuda a
pessoa no aspecto mental e social tambm.Problemas ao se locomover,
com o metabolismoe funo de rgos vitais. Quem tem ou teve algum
familiar obeso sabe como complicado para estas pessoas se
locomoverem. Algumas pessoas so obesas como resultado de outras
doenas associadas com metabolismo e possuem problemas (o que um
outro caso e que muito difere da apologia obesidade feita por
feministas).Longe de dizer que todo obeso um criminoso. Muitas
destas pessoas tm problemas de autoestima, traumas, e talvez at
doenas severas e devem possuir ajuda que pode vir atravs de certo
conselho adequado. Claro que alguns obesos so alegres e felizes.
Mas falando no geral no sobre o pessoal mas sobre a obesidade em
si, esta nunca foi uma qualidade ou algo digno de ser estimulado
como pregado pelo movimento feminista que acha isso um direito de
escolha.
"A mulher gorda, mais do que o homem, segregada e anulada. Mas
opeso que mais a incomoda no aquele registrado na balana o
daconscincia. Quase inevitavelmente, asexplicaes dadas para a
gorduraapontam para o fracasso da prpriamulher em controlar seu
peso, seuapetite e seus impulsos. As mulheresque sofrem do problema
da compulsode comer (que ataca quase todasas gordas) suportam uma
dupla angstia:sentem-se desajustadas socialmentee acreditam ser as
nicas culpadaspor isso. [...] Se torna cada dia mais claro que a
gordura uma questo feminista. Ela um problema social, nada tem a
vercom a falta de controle ou de forade vontade da mulher, mas pode
setornar uma curiosa forma de protesto." Susie Orbach (1976),
Gordura uma questo feminista.
ANTIFEMINISMO CONSCINCIA, MISOGINIA DOENA
Os misginos so to repugnantes quanto as feministas, pois, em
essncia, so iguais. Enquanto o Feminismo prega o vitimismo
feminino, fazendo uma releitura distorcida e seletiva da Histria,
sempre colocando os homens como os grandes viles e privilegiados,
temos, do outro lado, os misginos fazendo a mesma coisa, s que
invertendo os sexos.Enquanto o Feminismo um grupo formado por
mulheres mal resolvidas e frustradas, que tenta destruir a
masculinidade e o passado de glria de nossos antepassados com
mentiras e manipulaes na mdia os misginos so homens problemticos,
cheios de frustraes e traumas de adolescncia mal resolvidos, que
decidem se fechar totalmente para o mundo, principalmente para o
sexo feminino. Projetam nas mulheres a imagem daquelas que lhe
fizeram sofrer algum mal.Ser misgino ou misndrica no crime,
contanto que no se faa apologia violncia contra outras pessoas. O
grande problema quando comeam a surgir mensagens carregadas de dio,
incentivando outras pessoas ao dio e violncia contra estes grupos.
A misandria das feministas to forte quanto a misoginia pregada por
extremistas da internet, porm, a primeira mais bem vista
socialmente, baseada em argumentos estpidos como o grito de revolta
do oprimido contra aquele que o oprimiu por sculos. .Valeria
Solanas, uma feminista reconhecida no mundo inteiro por outras
feministas, escreveu um livro onde pregava dio e violncia aos
homens. No bastasse combatermos as feministas e suas mentiras,
ainda temos como inimigos os misginos. Estes so mais difceis de
identificar, pois de incio parecem estar do mesmo lado que ns,
criticando o Feminismo e denunciando suas mentiras. S que o
misgino, na escurido de sua ignorncia e dio desmedido, no consegue
distinguir quem seu inimigo ou aliado e sai atirando em todos.
Primeiro, no sabe direito o que Feminismo, achando que basta ser
mulher para ser feminista. Ataca todas as mulheres, sem distino.
Expulsam mulheres de suas comunidades; feministas ou no. Depois
comeam a perseguir todos aqueles que comeam a discordar de seus
mtodos. Estes passam a ser chamados de bichas desonradas,
matrixianos, manginas, traidores e so perseguidos pelos misginos.
Depois comeam a criticar todos os homens que tm vida social, como
sair com a namorada e ter amizade com outras pessoas, incluindo
mulheres. O nvel final quando o misgino se junta a outros misginos
numa comunidade bem fechada, cujo nico objetivo denegrir todos
aqueles que eles odeiam: mulheres, homens comuns, no-misginos, todo
o resto da Humanidade.O alvo do movimento antifeminista a ideologia
feminista.Atacamos ideias, e no pessoas. Existem homens e mulheres
no feminismo. A nossa guerra ideolgica, baseada na exposio de
evidncias e pesquisas. Estes misginos extremistas odeiam mulheres,
as odeiam apenas por nascerem mulheres. Como eu disse, so muito
parecidos com as feministas. Mesmo sem querer, acabam favorecendo o
movimento feminista, ao incentivar todos os homens a boicotarem as
mulheres, a tratarem-nas como lixo, objeto sexual. Um bom modo de
destruir a famlia, os valores de boa convivncia e respeito entre os
sexos. Misginos queimam o filme de gente sria, que tenta mostrar
Sociedade o que o Feminismo, mas que acaba sendo injustamente
includa no mesmo grupo de psicticos que s sabem tumultuar as
comunidades e blogs com abobrinhas.Sujeitos como Marc Lpine e o
atirador de Realengo, Wellington Oliveira, so vistos como heris
pelos misginos. Estes dois psicopatas no eram antifeministas,
apesar de Lpine ter dito que queria matar feministas, seu dio era
dirigido a todas as mulheres. Wellington escolheu meninas para
matar, pois era um misgino. Ambos tiveram problemas com mulheres
mal resolvidos que virou uma obsesso por vingana. No culpa do
machismo, pois ao macho cabe cuidar e proteger a fmea e no
destru-la. Isso antinatural, portanto, anormal e doentio.Para uma
luta sria, qualquer tipo de violncia que se pratique contra uma
feminista ou ativista gay visto como um golpe para ns, uma derrota.
A Histria marcada de fatos, mostrando que matar adversrios s
fortalece a causa.A morte fortalece o grupo e somente imbecis
vibram com isso.A cada gay agredido que aparece na mdia um ponto ao
movimento que tenta implantar a absurda Lei Antiomofobia. A cada
feminista que agredida, um ponto para a causa das feministas, que
confirma o coitadismo delas. Da mesma maneira, no vejo com to maus
olhos os ataques ensandecidos de feministas queles que somente usam
as palavras para combater seu movimento falacioso e
oportunista.Todas as vezes que uma pessoa expulsa de uma comunidade
feminista, prova que elas no tm argumentos consistentes o
suficiente para debater e preferem usar de arbitrariedade,
contrariando seus argumentos politicamente corretos sobre liberdade
de expresso. Quando se parte para a violncia, se perde a razo. No
agredindo aqueles que pensam diferentes de ns que nossas ideias
sero aceitas.
Movimento feminista no Brasil
Ao falar sobre o feminismo no Brasil, devemos inicialmente falar
sobre a situao da mulher em nossa sociedade. Durante vrios sculos,
as mulheres estiveram relegadas ao ambiente domstico e subalternas
ao poder das figuras do pai e do marido. Quando chegavam a se expor
ao pblico, o faziam acompanhadas e geralmente se dirigiam para o
interior das igrejas. A limitao do ir e do vir era a mais clara
manifestao do lugar ocupado pelo feminino.A transformao desse papel
recluso passou a experimentar suas primeiras transformaes no sculo
XIX, quando o governo imperial reconheceu a necessidade de educao
da populao feminina. No final desse mesmo perodo, algumas publicaes
abordavam essa relao entre a mulher e a educao, mas sem pensar em
um projeto amplo a todas as mulheres. O conhecimento no passava de
instrumento de reconhecimento das mulheres provenientes das classes
mais abastadas.Chegando at essa poca, as aspiraes pelo saber
existiam, mas no possuam o interesse de subverter ou questionar a
ordem imposta pelo mundo dos homens. No sculo XX, os papis
desempenhados pela mulher se ampliaram quando algumas destas se
inseriram em uma sociedade industrial, onde assumiram uma gama
diversa de postos de trabalho. Apesar disso, a esfera da mulher
ligada ao lar continuava a ter sua fora hegemnica.Aqui tnhamos uma
diversificao dos feminismos que iam da tendncia bem comportada at o
feminismo mais incisivo. Nesse quadro, observamos a mobilizao de
mulheres que exigiam o seu direito cidadania sem questionar os
outros papis subalternos assumidos pelas mesmas. Na outra
extremidade, vemos mulheres que reivindicam sua ampliao na vida
pblica, a defesa irrestrita do movimento dos trabalhadores e a
consolidao dos princpios de lutas comunistas.Entre as dcadas de
1930 e 1960, as manifestaes feministas oscilavam mediante as
mudanas desenvolvidas no cenrio poltico nacional. Em 1934, o voto
feminino fora reconhecido pelo governo de Getlio Vargas. J em 1937,
os ideais corporativistas do Estado Novo impediram a expresso de
movimentos de luta e contestao de homens e mulheres. Nos anos de
1950, a redemocratizao permitira a flexibilizao da exigncia que
condicionava o trabalho feminino autorizao marital.A revoluo dos
costumes engendrada na dcada de 1960 abriu caminho para que o
feminismo se tornasse um movimento de maior fora e combatividade.
Mesmo sob o contexto da ditadura, as mulheres passaram a se
organizar para questionarem mais profundamente seu papel assumido
na sociedade. A problemtica dos padres de comportamento passou a
andar de mos dadas com os ideais de esquerda que inspiravam vrias
participantes desse momento.Vale aqui ressaltar que a luta pela
equidade entre os gneros acabou criando dilemas significativos em
relao mulher feminista. Lutar pelos direitos da mulher, em muitos
momentos, parecia ser a demonstrao que a mulher poderia
simplesmente assumir os mesmos lugares e comportamentos antes
privados ao mundo masculino. Dessa forma, a subjetividade feminina
era deixada de lado para favorecer um ideal de que a verdadeira
feminista deveria ser combativa e, ao mesmo tempo,
embrutecida.Quando atingimos o processo de redemocratizao do pas,
observamos que o feminismo passou por uma reorganizao contrria a
uma tendncia unificadora. Uma espcie de feminismo temtico apareceu
em instituies que tratavam de demandas especficas da mulher. Em
certo sentido, o feminismo tomava para si no s a participao na
esfera poltica, mas tambm se desdobrava no debate de questes e
problemas de ordem mais concreta e imediata.Dessa forma, chegamos
atualidade vendo que a ao feminista no mais se comporta apenas na
formao de movimentos organizados. Sendo assim, a inteno de se
pensar sobre as necessidades da mulher no mais atravessa a
dificuldade de se criar um projeto amplo e universalista. Entre as
grandes e pequenas demandas, as mulheres observam que a conquista
de sua emancipao abre portas para a compreenso e a resoluo de
outros novos desafios.
Movimento Feminista no Brasil Hoje
Feministas tm como algumas de suas bandeiras o reconhecimento
dos direitos econmicos, sociais, culturais e ambientais das
mulheres. O movimento feminista brasileiro conquistou, nas ltimas
dcadas, a ampliao dos direitos da mulher. As aes do movimento
feminista foram decisivas para articular o caminho da igualdade
entre os gneros que, apesar de todos os avanos, ainda no plenamente
garantida.Assim, ao entrar na segunda dcada do sculo 21, as
feministas tm em sua pauta de reivindicaes pontos como:
Reconhecimento dos direitos econmicos, sociais, culturais e
ambientais das mulheres; Necessidade do reconhecimento do direito
universal educao, sade e previdenciria; Defesa dos direitos sexuais
e reprodutivos; Reconhecimento do direito das mulheres sobre a
gestao, com acesso de qualidade concepo e/ou contracepo;
Descriminalizao do aborto como um direito de cidadania e questo de
sade pblica.Alm desses temas, um em especial tem ganhado por suas
estatsticas: a violncia contra a mulher. A cada dois minutos, cinco
mulheres so espancadas no Pas, de acordo compesquisa da Fundao
Perseu Abramo (Mulheres Brasileiras e Gnero nos Espaos Pblico e
Privado), realizada em 25 estados, em 2010. No levantamento,
constatou-se que 11,5 milhes de mulheres j sofreram tapas e
empurres e 9,3 milhes sofreram ameaas de surra.No entanto, as
agresses diminuram entre 2001 e 2010. Anteriormente, oito mulheres
eram agredidas a cada dois minutos. Um dos motivos para essa
diminuio foi a elaborao daLei Maria da Penha, que garante proteo
legal e policial s vitimas de agresso domstica. Qualquer pessoa
pode comunicar a agresso sofrida por uma mulher polcia, a despeito
da vontade da mulher em faz-lo.O movimento feminista brasileiro
pode contar com os esforos da Secretaria de Polticas das Mulheres,
que atua no apenas pela reduo da desigualdade dos gneros, mas tambm
para ajudar na reduo da misria e de pobreza para, assim, garantir a
autonomia econmica das brasileiras.
Histrico de lutas e conquistas
A histria do movimento feminista possui trs grandes momentos. O
primeiro foi motivado pelas reivindicaes por direitos democrticos
como o direito ao voto, divrcio, educao e trabalho no fim do sculo
19. O segundo, no fim da dcada de 1960, foi marcado pela liberao
sexual (impulsionada pelo aumento dos contraceptivos). J o terceiro
comeou a ser construdo no fim dos anos 70, com a luta de carter
sindical.No Brasil, o movimento tomou forma entre o fim do sculo 18
e incio do sculo 19, quando as mulheres brasileiras comearam a se
organizar e conquistar espao na rea da educao e do trabalho. Nsia
Floresta (criadora da primeira escola para mulheres), Bertha Lutz e
Jernima Mesquita (ambas ativistas do voto feminino) so as expoentes
do perodo.As brasileiras obtiveram importantes conquistas nas
primeiras dcadas do sculo 19. Em 1907, eclode em So Paulo a greve
das costureiras, ponto inicial para o movimento por uma jornada de
trabalho de 8 horas.Em 1917, o servio pblico passa a admitir
mulheres no quadro de funcionrios. Dois anos depois, a Conferncia
do Conselho Feminino da Organizao Internacional do Trabalho aprova
a resoluo de salrio igual para trabalho igual.J a dcada de 30 foi
marcada por avanos no campo poltico. Em 1932, as mulheres
conquistam legalmente o direito ao voto, com oCdigo Eleitoral.
Apesar da importncia simblica dessa conquista, poca, foram
determinadas restries para o exerccio desse direito. Foi s com a
Constituio de 1946 que o direito pleno ao voto foi concedido.Mesmo
assim, um ano aps de conquistado o direito ao voto, em 1934,
Carlota Pereira Queirz torna-se a primeira deputada brasileira.
Naquele mesmo ano, a Assembleia Constituinte assegurava o princpio
de igualdade entre os sexos, o direito ao voto, a regulamentao do
trabalho feminino e a equiparao salarial entre os gneros.Com a
ditadura do Estado Novo, em 1937, o movimento feminista perde fora.
S no fim da dcada seguinte volta a ganhar intensidade com a criao
da Federao das Mulheres do Brasil e a consolidao da presena
feminina nos movimentos polticos. Mas logo vem outro perodo
ditatorial, a partir de 1964, e as aes do movimento arrefecem, s
retornando na dcada de 70.Um dos fatos mais emblemticos daquela
dcada foi a criao, em 1975 (Ano Internacional da Mulher), do
Movimento Feminino pela Anistia. No mesmo ano a ONU, com apoio da
Associao Brasileira de Imprensa (ABI), realiza uma semana de
debates sobre a condio feminina. Ainda nos anos 70 aprovada a lei
do divrcio, uma antiga reivindicao do movimento.Nos anos 80, as
feministas embarcam na luta contra a violncia s mulheres e pelo
princpio de que os gneros so diferentes, mas no desiguais. Em 1985
criado o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM),
subordinada ao Ministrio da Justia, com objetivo de eliminar a
discriminao e aumentar a participao feminina nas atividades
polticas, econmicas e culturais.O CNDM foi absorvido pela
Secretaria de Estado dos Direitos da Mulher, criada em 2002 e ainda
ligada Pasta da Justia. No ano seguinte, a secretaria passa a ser
vinculada Presidncia da Repblica, com status ministerial,
rebatizada de Secretaria de Polticas para as Mulheres.
CASOS EM DESTAQUE
1) Em 2011, foram notificados no Sinan (Sistema de Informao de
Agravos de Notificao) do Ministrio da Sade 12.087 casos de estupro
no Brasil, o que equivale a cerca de 23% do total registrado na
polcia m 2012, conforme dados doAnurio 2013 do Frum Brasileiro de
Segurana Pblica (FBSP);2) Para 70% da populao, a mulher sofre mais
violncia dentro de casa do que em espaos pblicos no Brasil: entre
os entrevistados, de ambos os sexos e todas as classes sociais, 54%
conhecem uma mulher que j foi agredida por um parceiro e 56%
conhecem um homem que j agrediu uma parceira. E 69% afirmaram
acreditar que a violncia contra a mulher no ocorre apenas em
famlias pobres. Dados de uma pesquisa de opinio indita, realizada
pelo Data Popular e Instituto Patrcia Galvo, em 2013;3) De 1980 a
2010, foram assassinadas no pas perto de 91 mil mulheres, 43,5 mil
s na ltima dcada. O nmero de mortes nesses 30 anos passou de 1353
para 4297, o que representa um aumento de 217,6% mais que
triplicando nos quantitativos de mulheres vtimas de assassinato. De
1996 a 2010 as taxas de assassinatos de mulheres permanecem
estabilizadas em torno de 4,5 homicdios para cada 100 mil mulheres.
Esprito Santo, com sua taxa de 9,4 homicdios em cada 100 mil
mulheres, mais que duplica a mdia nacional e quase quadruplica a
taxa do Piau, estado que apresenta o menor ndice do pas. Entre os
homens, s 14,7% dos incidentes aconteceram na residncia ou habitao.
J entre as mulheres, essa proporo eleva-se para 40%, conforme Mapa
da Violncia 2012 Instituto Sangari (abril de 2012);4) Duas em cada
trs pessoas atendidas no SUS em razo de violncia domstica ou sexual
so mulheres; em 51,6% dos atendimentos foi registrada reincidncia
no exerccio da violncia contra a mulher, conforme Mapa da Violncia
2012 Instituto Sangari (abril de 2012);5) Conforme Conselho
Nacional de Justia (CNJ), a aplicao da Lei Maria da Penha fez com
que fossem distribudos 685.905 procedimentos, realizadas 304.696
audincias, efetuadas 26.416 prises em flagrante e 4.146 prises
preventivas, entre 2006 e 2011.6) Percepes sobre a Violncia
Domstica contra a Mulher no Brasil (Instituto Avon/Ipsos, 2011):
-Seis em cada 10 brasileiros conhecem alguma mulher que foi vtima
de violncia domstica; - Machismo (46%) e alcoolismo (31%) so
apontados como principais fatores que contribuem para a violncia; -
94% conhecem a Lei Maria da Penha, mas apenas 13% sabem seu
contedo. A maioria das pessoas (60%) pensa que, ao ser denunciado,
o agressor vai preso; - 52% acham que juzes e policiais
desqualificam o problema.7) Cerca de 70% das mulheres sofrem algum
tipo de violncia no decorrer de sua vida. As mulheres de 15 a 44
anos correm mais risco de sofrer estupro e violncia domstica do que
de cncer, acidentes de carro, guerra e malria, de acordo com dados
do Banco Mundial;8) Na Austrlia, no Canad, em Israel, na frica do
Sul e nos Estados Unidos, 40% a 70% das mulheres vtimas de homicdio
foram mortas pelos parceiros, de acordo com a Organizao Mundial da
Sade. Na Colmbia, a cada seis dias uma mulher morta pelo parceiro
ou ex parceiro;9) Calcula-se que, em todo o mundo, uma em cada
cinco mulheres se tornar uma vtima de estupro ou tentativa de
estupro no decorrer da vida. A prtica do matrimnio precoce uma
forma de violncia sexual comum em todo o mundo, especialmente na
frica e no Sul da sia. As meninas so muitas vezes foradas a se
casar e a manter relaes sexuais, o que acarreta riscos para a sade,
inclusive a exposio ao HIV/AIDS e a limitao da frequncia escola;10)
Na Repblica Democrtica do Congo, aproximadamente 1100 estupros so
relatados todo ms, com uma mdia de 36 mulheres e meninas estupradas
todos os dias. Acredita-se que mais de 200 mil mulheres tenham
sofrido violncia sexual nesse pas desde o incio do conflito armado;
11) O estupro e a violao sexual de mulheres e meninas permeia o
conflito na regio de Darfur, no Sudo;12) Entre 250 mil e 500 mil
mulheres foram estupradas durante o genocdio de 1994 em Ruanda;13)
A violncia sexual foi um trao caracterstico da guerra civil que
durou 14 anos na Libria;14) Durante o conflito na Bsnia, no incio
dos anos 1990, entre 20 mil e 50 mil mulheres foram estupradas;15)
Exciso/Mutilao Genital Feminina (E/MGF): refere-se a vrios tipos de
operaes de mutilao realizadas em mulheres e meninas. Estima-se que
mais de 130 milhes de meninas e mulheres que esto vivas hoje foram
submetidas E/MGF, sobretudo na frica e em alguns pases do Oriente
Mdio. Estima-se que 2 milhes de meninas por ano esto sob a ameaa de
sofrer mutilao genital;16) Assassinato por dote: uma prtica brutal,
na qual a mulher assassinada pelo marido ou parentes deste porque a
famlia no pode cumprir as exigncias do dote pagamento feito famlia
do marido quando do casamento, como um presente nova famlia da
noiva. Embora os dotes ou pagamentos semelhantes predominem em todo
o mundo, os assassinatos por dote ocorrem sobretudo na frica do
Sul.17) Em muitas sociedades, vtimas de estupro, mulheres suspeitas
de praticar sexo pr-matrimonial e mulheres acusadas de adultrio tm
sido assassinadas por seus parentes, porque a violao da castidade
da mulher considerada uma afronta honra da famlia. O Fundo de
Populao das Naes Unidas (UNFPA) estima que o nmero anual mundial do
chamado homicdio em defesa da honra pode chegar a 5 mil
mulheres;18) Entre 500 mil e 2 milhes de pessoas so traficadas
anualmente em situaes incluindo prostituio, mo de obra forada,
escravido ou servido, segundo estimativas. Mulheres e meninas
respondem por cerca de 80% das vtimas detectadas;19) A violncia
antes e durante a gravidez tem graves consequncias para a sade da
me e da criana. Leva a gravidezes de alto risco e problemas
relacionado gravidez, incluindo aborto espontneo, trabalho de parto
prematuro e baixo peso ao nascer. O infanticdio feminino, a seleo
pr-natal do sexo e o abandono sistemtico das meninas esto
disseminados no Sul e Leste Asiticos, no Norte da frica e no
Oriente Mdio;20) No Canad, mulheres indgenas so cinco vezes mais
propensas a morrer como resultado da violncia do que as outras
mulheres da mesma idade;21) Na Europa, Amrica do Norte e Austrlia,
mais da metade das mulheres portadoras de deficincia sofreram abuso
fsico, em comparao a um tero das mulheres sem deficincia;22) A
violncia contra as mulheres detidas pela polcia comum e inclui
violncia sexual, vigilncia inadequada, revistas com desnudamento
realizadas por homens e exigncia de atos sexuais em troca de
privilgios ou necessidades bsicas.
PESQUISA DO IPEA E AS MULHERES QUE GOSTAM DE APANHAR BASEADO NO
TEXTO DE MARIANA LUPPI
A polmica pesquisa do IPEA sobre violncia sexual e domstica
ficou conhecida principalmente por um erro que tornou exorbitante o
nmero de pessoas que consideram que h mulheres que merecem ser
estupradas. Com a correo do instituto, algumas pessoas pareceram
aliviadas, outras, como em geral as feministas, ainda consideraram
26% um absurdo.Curiosamente no se atentou para um detalhe: o erro
no foi aleatrio, foi uma TROCA de resultados. Da, temos que alguns
resultados sobre a violncia domstica assumiram nmeros
escandalosos:
A violncia domstica um problema social epidmico. No toa h hoje
uma lei especfica contra ele. Ocorre que, apesar disso, recai-se em
muitos erros ao pensar esse problema.Em primeiro lugar, h um mito
de que o agressor necessariamente um homem violento em todas as
suas relaes sociais, incapaz de afeto, no tem virtudes, muito
provavelmente um alcolatra desempregado. E no o caso. Um agressor
pode ser um homem comum, respeitado nos seus crculos, carinhoso na
frente dos outros, inseguro muitas vezes (pode manifestar essa
insegurana com cimes), pode chorar depois de cada agresso, pode ter
um bom emprego. Na verdade nesses casos que fica mais difcil
qualquer tipo de denncia, pois em geral a sociedade desqualifica o
discurso da vtima.A culpabilizao da vtima comum em qualquer caso de
agresso machista. Em parte a denncia desqualificada, inclusive nas
delegacias da mulher Brasil afora, porque os crimes acontecem em
esferas privadas, porque as mulheres no tem como provar (a violncia
psicolgica no deixa marcas, embora esteja tipificada na lei Maria
da Penha) ou demoraram muito tempo para denunciar, por vergonha ou
medo. Medo, alis, que no parece ser muito vislumbrado por 65% que
acham que as agredidas gostam de apanhar. A agresso fsica
traumatiza, cala, cria mecanismos psicolgicos de escape. O medo da
prxima agresso, o medo de ser morta coloca a mulher em uma posio
passiva, de imobilidade.Tambm a colocam nessa posio a falta de
solidariedade de parentes (que no quereriam ver a famlia destruda),
a falta de perspectiva de uma punio ao agressor (afinal a justia
incrimina poucos agressores, entre os j poucos denunciados) e ainda
mais de afastamento permanente do agressor. A vergonha tambm pesa,
isso parece tambm ser ignorado: vergonhoso estar em uma situao de
submisso fsica, e a violncia psicolgica refora essa vergonha
diminuindo a autoestima e independncia da mulher.No ignoremos tambm
que h um fator econmico muitas vezes em questo. Muitas mulheres
dependem financeiramente de seus maridos ou companheiros. Em geral
culpabiliza-se a vtima ainda assim, entendendo que por falta de
vontade que ela no tem independncia financeira. A realidade, no
entanto, um pouco mais agressiva: alm de desestimuladas de estudar
e trabalhar fora, principalmente se h filhos e o marido pode
sustent-las, as mulheres tornam-se escravas domsticas (pois no h
outro nome para trabalho trocado por comida e cama) e trabalham
sim, mais de oito horas por dia. Mas no tm um centavo para sair de
situaes de violncia quando essas ocorrem. H ainda as que trabalham,
mas no recebem o suficiente para se sustentar e aos filhos, afinal
tambm so comuns nichos femininos de subemprego.Por fim, cabe ainda
lembrar que existe o chamado ciclo da violncia domstica, do qual
difcil escapar, e que mantm tambm a mulher presa psicologicamente
ao agressor. O ciclo composto de trs fases que se repetem em
diferentes tempos e intensidades: 1) Momento de acirramento de
tenses cotidianas, reclamaes e ameaas, a mulher se sente insegura;
2) Momento da agresso psicolgica ou diretamente fsica, que pode se
intensificar com a repetio do ciclo; 3) Momento das desculpas do
agressor, das promessas de no violncia, do carinho e das flores; o
que abre caminho para mais um acirramento das tenses.O que precisa
ser entendido que a mulher no tem dificuldade de sair desse ciclo
porque burra, mas porque h um envolvimento emocional, alm de uma
ideologia circulante de que ela no ser nada se no tiver um marido,
filhos etc. Uma ideologia de que depende dela a felicidade da
famlia, e ela tem que abrir mo de tudo para isso. Uma ideologia de
que ela s ser completa quando tiver um homem e que o prazer dela
mesma pode ficar em segundo plano. Faltam pesquisas que mostrem
tambm como so cobrados das mulheres o casamento e a maternidade.
Uma mulher agredida, para sair do ciclo, deve alm de tudo lidar com
a alguma noo de que foi ela que fracassou.No entanto, a agresso
existe em todas as classes sociais (e mesmo na intelectualidade, e
mesmo na esquerda) e em qualquer tipo de relao pais que batem em
filhas, filhos que batem em mes, irmo que batem em irms, namorados
que batem em namoradas. E as mulheres se submetem no por fraqueza,
ignorncia, muito menos por gostar de apanhar, como ficou destacado
na pesquisa. As mulheres se submetem porque isso que esperado delas
pela sociedade e pelos homens: que elas sejam passivas, obedientes
e submissas.Para as mulheres que j foram agredidas, certamente o
resultado dessa pesquisa em si mesmo violento. Uma mulher que j foi
agredida tem medo de conhecer outras pessoas, de ter novos
relacionamentos, de viver. Uma mulher que j teve que explicar um
hematoma dizendo que bateu na porta tem vergonha sempre. Uma mulher
que j foi julgada por uma violncia que ela mesma sofreu nunca mais
questiona. Uma mulher que foi calada fica calada.A menos que as
outras demonstrem sonoridade e que ela encontre a fora para
denunciar na garantia de que ela ser a ltima; que ela saiba que ela
no est sozinha e que haver mulheres para acolh-las, sabendo que no
existe mulher que gosta de apanhar. Existe mulher humilhada demais
para denunciar, machucada demais para reagir e ou pobre demais para
simplesmente ir embora.
A MARCHA DAS VADIAS
A Marcha das Vadias um manifesto que comeou devido a um
comentrio de um policial de Toronto, Canad, no ano de 2011. O
referido policial afirmou que, para evitar os estupros que vinham
acontecendo em uma universidade da cidade, as meninas deveriam
parar de se vestir como sluts (vadias, em portugus). Nesse ano,
iniciou-se, ento, a SlutWalk, em que mais de 3000 mulheres
canadenses saram s ruas para protestar contra a culpabilizao das
vtimas de estupro e outros tipos de violncia sexual. Este manifesto
se espalhou pelo mundo todo, sendo reproduzido e ganhando destaque
positivo e negativo na mdia. Este movimento defende o respeito
incondicional mulher, quebrando a cultura de que, se a mulher usa
roupas curtas ou que mostrem seu corpo, ela est pedindo para ser
violentada. Tem-se muitas vezes essa mesma declarao quando mulheres
so violentadas tarde da noite, se esto embriagadas ou em casos, por
exemplo, em que as vtimas foram casa do homem que as violentou.
Todas essas mulheres marcham por seu direito de ir e vir, seu
direito de se relacionar com quem e da forma que desejarem e seu
direito de se vestir da maneira que lhes convier sem a ameaa do
estupro, sem a responsabilizao da vtima e sem sofrer nenhum tipo de
humilhao, represso ou violncia. A motivao principal da Marcha das
Vadias a situao, compartilhada por mulheres de todo o mundo, de
cerceamento da liberdade e da autonomia, de medo de sofrer violncia
e da objetificao sexual. (Marcha das Vadias DF, 2013.)
A abordagem do movimento chama ateno e gera polmica, j que as
manifestantes saem s ruas semi-nuas, ou completamente nuas. O que,
primeira vista, pode parecer contraditrio, j que usam a palavra
respeito como um de seus maiores pilares. Porm, o que poucas
pessoas procuram entender o motivo dessa abordagem to extrema. O
que se prega nessa marcha, que a culpa nunca da vtima, no importa a
maneira como esta esteja vestida ou no -, coisa que muitas vezes no
levada a srio.
CONCLUSES
Aps os fatos histricos e estatsticos apresentados, possvel
perceber que as mulheres ainda tm um grande desafio pela frente, at
conquistarem toda igualdade e espao que buscam. Logo, o movimento
possui grandes mritos no Brasil, como a conquista de direito ao
voto e ao divrcio. No cenrio atual, destaca-se A Marcha das Vadias
e sua atuao que pode ser chocante para algumas pessoas; e a Lei
Maria da Penha e rgos governamentais, criados para proteger e
assegurar o direito das mulheres. Como em todo movimento ideolgico,
h os grupos que se destacam pela m difuso de ideias, ou pela difuso
de ideias ms. No Feminismo, isso tambm acontece. Porm, caso se
queira entender a luta, ideais e reivindicaes, sempre recomendvel
buscar mais de uma fonte e mais de um lado da discusso. E, se for
interessante, formar uma opinio. Mas sempre com base em argumentos
slidos e muito questionamento relevante sobre o assunto. Ao
manter-se essa atitude em relao a todo e ou qualquer assunto de
interesse, formam-se cidados questionadores e pensantes, e cada vez
mais prximos da verdade.
REFERNCIAS
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