Monitoramento & Controle do Processo Magistral Monitoramento & Controle do Processo Magistral Construindo e garantindo a qualidade do medicamento individualizado Anderson de Oliveira Ferreira, MSc. Anderson de Oliveira Ferreira, MSc. O que é qualidade (farmacêutica) ? “ The suitability of either a drug substance or drug product for its intended use. This term includes such attributes as identity, strength, and purity.” ICH Q8 O que é qualidade ? Paciente (ou representante) Produto alvo Perfil de qualidade Qualidade Requerimentos = necessidade ou expectativa Aceitabilidade / baixo risco de reprovação / atributos clínicos desejados (WHO, 2008) Especificação geral de qualidade para medicamento individualizado (USP <795>) “Exceto indicado apropriadamente de outra forma, preparações magistrais são preparadas para assegurar que cada preparação contenha não menos que 90% e não mais que 110% da quantidade rotulada e teoricamente calculada de ingrediente ativo por unidade de peso ou volume e não menos que 90% e não mais que 110% do peso ou volume teoricamente calculado por unidade de preparação”. (USP- 33 Chapter 795) Principais fontes de não conformidade Variação (“uma fonte de não conformidades”) Erros (“a maior fonte de não conformidades”) Complexidade (“causa raiz da variação e dos erros”) (HINCKLEY, 2003) O Erro “Não se pode definir erro sem também definir conhecimento; qualquer hipótese sobre um se apoia inteiramente sobre o outro.” Sócrates “Erro, logo existo.” Santo Agostinho “Estar errado é acreditar que algo é verdadeiro quando é falso- ou, de modo inverso, acreditar que é falso quando é verdadeiro.” Platão
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Monitoramento Controle do Processo Magistral · 2/2/2011 · O Erro “É quase impossível evitar o tom de estar maravilhosamente certo .” John Updike “Enfurece-me estar errado
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Transcript
Monitoramento & Controle do Processo Magistral
Monitoramento & Controle do Processo Magistral
Construindo e garantindo a qualidade do medicamento individualizado
Anderson de Oliveira Ferreira, MSc.Anderson de Oliveira Ferreira, MSc.
O que é qualidade (farmacêutica) ?
“ The suitability of either a drug substance or drug product for its intended use. This term includes such attributes as identity, strength, and purity.”
ICH Q8
O que é qualidade ?
Paciente(ou representante)
Produto alvoPerfil de qualidade
Qualidade
Requerimentos= necessidade ou
expectativa
Aceitabilidade / baixo risco de reprovação / atributos clínicos desejados
(WHO, 2008)
Especificação geral de qualidade para medicamento individualizado (USP <795>)
� “Exceto indicado apropriadamente de outra forma, preparações magistrais são preparadas para assegurar que cada preparação contenha não menos que 90% e não mais que 110% da quantidade rotulada e teoricamente calculada de ingrediente ativo por unidade de peso ou volume e não menos que 90% e não mais que 110% do peso ou volume teoricamente calculado por unidade de preparação”. (USP- 33 Chapter 795)
Principais fontes de não conformidade
� Variação (“uma fonte de não conformidades”)
� Erros (“a maior fonte de não conformidades”)
� Complexidade (“causa raiz da variação e dos erros”)
(HINCKLEY, 2003)
O Erro
“Não se pode definir erro sem também definir conhecimento; qualquer hipótese sobre um se apoia inteiramente sobre o
outro.” Sócrates
� “Erro, logo existo.”� Santo Agostinho
“Estar errado é acreditar que algo é verdadeiro quando é falso-ou, de modo inverso, acreditar que é falso quando éverdadeiro.” Platão
O Erro
“É quase impossível evitar o tom de estar maravilhosamente certo.”John Updike
“Enfurece-me estar errado quando sei que estou certo.”Molìere (1622-1673)
“O erro é uma janela para a natureza humana normal – para a mente imaginativ a, as faculdades ilimitadas, a alma extravagante.”
Benjamin Franklin
Porque cometemos erros?
� “Multitarefas” = esquecimento.
� Nem sempre vemos o que vemos!
� Ignoramos detalhes e lemos de forma superficial.
� Raramente temos dúvidas.� Excesso de autoconfiança.
� .
(HALLINAN, 2009)
API s passíveis de adulteração ou troca
Exemplo: Vitamina B2 X Coenzima Q 10 Descrição Solubilidade Ponto de fusão
Coenzima Q 10(cardiotônico, R$ 10500,0 o
quilograma)
Pó cristalino amarelo a alaranjado
.
Praticamente insolúvel em água, pouco solúvel em etanol e em
metanol, facilmente solúvel em
clorofórmio.
em torno de 48oC.
Vitamina B2(suplemento
alimentar, R$ 70,00
o quilograma)
Pó cristalino amarelo
ou amarelo
alaranjado.
Muito pouco solúvel em
água, praticamente insolúvel em álcool e em
éter.
em torno de 280ºC com
decomposição.
APIs passíveis de troca
Exemplo: Itraconazol pellets X Omeprazol pellets
APIs passíveis de troca por grafia semelhante
Exemplo: Cloridrato de Sertralina X Cloridrato de Sibutramina
Identificação por Espectrofotometria de Absorção no Ultravioleta Cápsulas de Cloridrato de Sertralina 50 mg
MEDIC XXXX/05
0
0,3
0,6
0,9
1,2
1,5
1,8
200 220 240 260 280 300 320 340
Comprimento de Onda / nm
Abso
rvân
cia Abs. (M edic XXXX/05 14,9mcg/mL)
Abs. (Clor. Sibutramina 15,12 mcg/mL)
Abs. (Clor. Sertralina 15,09 mcg/mL)
Dicas para prevenir erros:
� Simplificar processos complexos;� Implementar checklist;� Uso de tecnologia à prova de erros (ex.software com leitor de
barra na pesagem);� Uso da cor como forma de distinção (ex. corantes em
diluídos);� Não negligenciar as informações do certificado de análise*.� Não punir erros não intencionais (aprender com os erros!);� Premiar sugestões e implementações de medidas à prova de
erro;� Fortalecer o ensinamento e aplicação destas técnicas.
� “Humildade e pessimismo previnem o erro!” (ZOLNER, 2009)
Como garantir a qualidade do medicamento individualizado ?
Garantia da Qualidade
� Adequar ao propósito.� “Fazer certo na primeira vez”.
“Conjunto de atividades com o propósito de estabelecer a confiança que os requerimentos de qualidade serão
atendidos”.ISO
Variáveis que impactam na qualidade de uma preparação farmacêutica
Visualizando oSistema da Qualidade na Farmácia
Embalagem rotulagem
Man
ipu
lçâo
Instalações
Equipamentos
Insu
mos
Lab.CQ
S.Q.
O modelo tradicional de CQ desenvolvido para operações de fabricação de larga
escala não são claramente adequados para adoção direta na farmácia. (ZOLNER, 2007)
Tendências atuais na Indústria Farmacêutica
� ICH: QbD (“Quality by Design”)
� FDA: PAT (“Process Analysis Technology”)
� Skip Lot Testing
Quality by Design (QbD)
“Quality can not be tested into
products; it has to be built in by design”.
(ICH -IQ8 (R2), 2009)
QbD : elementos
� Definição do perfil de qualidade do produto alvo.
� Design e desenvolvimento do produto e processo de preparação.
� Identificação de atributos de qualidade críticos, parâmetros dos processo e fontes de variabilidade.
� Controlar o processo de preparação para sempre resultar em qualidade consistente.
1- Design do processo
2-Verificação do processo
3-Monitoramento do processo
� Direcionamento:� Organização: definição de responsabilidade.� Instalações e ambiente de manipulação.� Documentação: POPs (manter atualizado!)� Equipamentos: instalação, performance e operação.� Pessoal (staff ): seleção, treinamento e monitoramento.� Material ( mp.):qualidade, especificação clara e correta.� Processo: análise, descrição e monitoramento.
Programa de Garantia da Qualidade (PGQ)
Processo (definição)
“Conjunto de causas que provoca um ou mais efeitos”.
(CAMPOS, 2004)
• Causas: matérias-primas, equipamentos, medidas, infra-estrutura, mão-de-obra, método ou técnica.
• Efeitos: produto ou serviço em conformidade ou não com o desejado (especificado).
Assegurando a qualidade através do monitoramento do processo !
� Análise e controle do processo (itens de controle).� Padronizar para controlar.
� Identificar pontos críticos e estabelecer indicadores (itens de verificação).
“Não existe controle sem padronização”.(JURAN)
“Um processo é controlado por meio de seus efeitos”!(CAMPOS, 2004)
“Poucas causas são vitais (pontos críticos) e muitas são triviais”.(Princípio de Pareto)
Diagrama de Ishikawa – correlação causa-efeito na farmácia
Produto conforme
ou
Produto não conforme
Medida
Pessoal Método/técnicaAmbiente
EquipamentosMatéria-prima
Fornecedores
Fracionamento interno
Suprimento
Instalações
Temperatura/UR
Luminosidade
Conservação
Manutenção
Instalação
Regime de trabalho
Motivação
Saúde
Capacitação
Desempenho Operação
Instrumento
Condições locais
Verificação Calibração
POP
Instrução
InformaçãoTécnica
Regulatória
Causas – itens de verificação
Efeito – item de controle
Ética
Ciclo PDCA -Definição dos itens de controle.
-Definição dos POPs.
-Definir diretriz.
-Treinamento-Execução das
tarefas.
-Verificação dos itens de controle
(CQ).
-Medidas corretivas em caso de não
conformidade.-Manter
procedimentos atuais em
conformidade
(CAMPOS, 2004)
� Escrever o programa de garantia da qualidade e de CQ, usando o modelo de verificação do processo.
� Determinar quais processos seriam bons candidatos para iniciar o programa.
� Escrever os POPs para os processos determinados.� Treinamento (conforme o estabelecido no POP).� Manipular um formulação utilizando o POP.� Analisar o produto final para verificar a qualidade.� Reavaliar amostralmente e periodicamente as preparações
produzidas no processo.� Documentar e arquivar os resultados de todas as análises para
futura referência.
Implementação da Garantia da Qualidade na Farmácia baseado no monitoramento do
processo
VENDA
PRODUÇÃO
Receita médicaou Pedido
Necessidade de compra
AQUISIÇÃOFORNECEDORES
Qualificação
Matérias-primas e Insumos
Recebimento
Fracionamento
Distribuição
Armazenamento
Envase
Dissolução / Dispersão/ Mistura
CLIENTES
CLIENTES
Trituração/ Tamisação\mistura
Envase (pó)
Encapsulação
Produto Acabado
ATENDIMENTO FARMACÊUTICO
Diluição Diluição
FORMAS
MOLDADASSÓLIDOS
FUSÃO
Dispersão Dissolução
Moldagem
Conferência ConferênciaConferência
CONTROLE DE DISPOSITIVOS E
EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO E
MONITORAMENTO
MEDIÇÃO E MONITORAMENTO
ARMAZENAMENTO E PRESERVAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO E
RASTREABILIDADE
INSPEÇÃO E MONITORAMENTO
EM MATERIAS-PRIMAS
E EMBALAGENS
Pesagem Pesagem Pesagem
INSPEÇÃO E MONITORAMENTO
EM PRODUTOS
INTERMEDIÁRIOS EACABADOS
CONTROLE DE NÃO CONFORMIDADES E RECLAMAÇÃO DE
CLIENTES
SEMI-SOLIDOS E LÍQUIDOS
AVALIAÇÃO TECNICA
ANALISE CRITICA PELA DIREÇÃO
DISPENSAÇÃO
Embalagem / rotulagem Embalagem /
rotulagemEmbalagem /
rotulagem
ESTÉREIS
Sair
MONITORAMENTOE TREINAMENTO
DO STAFF Suprimento interno
Pontos a serem analisados:Receita médica:
• Caligrafia legível e compreensível para evitar ambigüidades • A quantidade a ser manipulada • Identificação da substância ativa, concentração, dosagem, forma
farmacêutica, quantidade, respectivas unidades e posologia;• Local e data de emissão• Identificação do paciente, carimbo e assinatura do médico prescritor;• Ausência de rasuras ou outros pontos que podem indicar adulteração
Pedido verbal:• Aceito somente para produtos oficinais ou de venda livre
Produtos controlada pela Portaria 344/98 e SBTIs:• Observar as regras de dispensação • Utilizar os carimbos de identificação do comprador e o carimbo de
identificação do fornecedor, preenchendo todos os campos aplicáveis
SEMI-SÓLIDOS
• Peso/volume • pH• Teor dos ativos *• Cor • Cristalinidade/ Limpidez• Textura – superficie • Textura – espalhamento• Aparência e Sensorial • Observação física • Controle microbiológico*• Estabilidade física • Volume de sedimentação• Uniformidade e Viscosidade
FORMAS MOLDADAS
• Peso • Densidade • Teor dos ativos* • Cor • Transparência • Textura – superficie • Aparência • Sensorial • Peso médio • Dureza • Ponto de fusão • Dissolução • Observação física • Controle microbiológico*• Estabilidade física
Comprimidos• idem anterior + determinação da dureza
*análise terceirizada
ESTÉREIS
• Oftálmicos • Teor* • Teste de esterilidade*• Inspeção física
Injetáveis• Teor* • Teste de esterilidade*• Inspeção física• Endotoxinas bacterianas (pirogênios*)
DILUIÇÕES
•Teor determinado periodicamente*
Pontos a serem analisados:
• O farmacêutico inspeciona criticamente a receita e o pedido, conforme os preceitos técnicos, científicos e regulamentares e, se aprovados carimba o visto e coloca sua rubrica, finalizando o processo envia os registros ao setor de produção implicado
• Se não aprovado o farmacêutico esclarece a dúvida com o cliente ou com o profissional prescritor, relatando a situação e sugerindo as mudanças. Havendo alteração da receita médica, o farmacêutico deverácarimbar na mesma o texto para alteração, finalizando o processo envia os registros ao setor de produção implicado.
Pontos a serem analisados:
• Se a ordem de manipulação está devidamente preenchida, assinada com letra legível e à caneta;
• Requisição x a ordem de manipulação x receita;• a quantidade de cápsulas ou comprimidos dentro do pote, podendo ser
manualmente ou utilizando o contador;• Se há deformação nas extremidades das cápsulas• Aparência das cápsulas (limpeza, amolecimento, quebra, pintas e
manchas);• Se o tamanho da cápsula é o mesmo anotado na ordem de manipulação
e/ou no rótulo de fundo do pote;• Cor da cápsula utilizada;• Rótulo (nome do paciente, uso , número da requisição, descrição da
fórmula, quantidade de cápsulas, nome do médico, data de validade) x receita e/ou pedido avulso de fórmulas;
• Se são necessários rótulos de advertência (ex.: retinóides, substâncias controladas pela Portaria 344/98)
• Rótulos e etiqueta de fundo na embalagem devidamente preenchido inclusive com o visto do conferente.
QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES
• Para integrar-se à relação dos fornecedores qualificados é necessário os seguintes documentos:
• Alvará de funcionamento, • AFE (Autorização de Funcionamento de Empresa) • AE (Autorização Especial p/ Portaria 344/98).• Compromisso formal do exato atendimento às especificações estabelecidas pelo farmacêutico; e da apresentação dos certificados de análises de cada lote fornecido comprovando as especificações estabelecidas e acordadas.
• Classificados conforme os seguintes critérios:• Instalações • Atendimento às Boas Práticas de Fabricação ou Distribuição de Insumos.
• Histórico de conformidade no fornecimento (ausência de devoluções) • Atendimento: cortesia + facilidade de comunicação • Flexibilidade na negociação• Eficácia na resolução dos problemas • Condições de recebimento: fracionamento e embalagem adequados
MODELO DE FICHA DE ESPECIFICAÇÃO DE MATÉRIA-PRIMA
nONome (DCB, DCI, INCI)
Sinonímia Forma química(sal, éster, etc)
Fórmula química
Peso molecular
Uso□ tópico □ oral
□ injetável □.............
No. CAS Fator equivalência ou de correção Grau de pureza e aplicação□ Alimentício □ FCC
□ Cosmético, □ Farmacêutico □ USP, □FB , □ EP □ BP □ ......
□ Analítico □ P.A. □ HPLC □ SG □ A.C.S □ CP
□ Técnico
Fornecedores qualificados
Descrição: (classe terapêutica, grupo farmacológico, uso)
� O conhecimento da valência é essencial para a realização dos cálculos!
� Não esquecer a valência combinada!
Exercício:- Qual a valência dos íons nos seguintes sais:a) Al2(CO3)3 (Carbonato de alumínio);b) Li2(CO3) (Carbonato de lítio);c) K3C6H5O7.H2O (Citrato de potássio monoidratado).
• Umidade • Temperatura • Contagem microbiológica• Contagem de partículas• Limpeza e Sanitização
EQUIPAMENTOS PARA CONTROLE AMBIENTAL
• Termohigrômetros • Sistema de exaustão • Sistema de ar-condicionado• Fluxo laminar
INSTALAÇÃO, DESEMPENHO, OPERAÇÃO, AFERIÇÃO, CALIBRAÇÃO, MANUTENÇAO CORRETIVAS E PREVENTIVAS
EQUIPAMENTOS ANALÍTICOS DIVERSOS
• Ponto de fusão • Vidrarias volumétricas • Refratômetros • Viscosímetros • pHmetros • Balanças analíticas, etc
REGISTROS DE LOTES
• Matérias primas • Embalagens • Produtos acabados• Atenção nos fracionados e no suprimento do estoque de laboratório!
REGISTROS DE NÃO CONFORMIDADES
• Produtos acabados• Embalagens • Matérias primas
REGISTROS DE RECLAMAÇÃO DE CLIENTES
• Produtos acabados• Embalagens • Atendimento
REGISTROS DE AUDITORIAS INTERNAS
• Relatórios de Auditorias Internas • Registros de Ações de Melhorias
ENTRADAS
• Resultados das auditorias internas • Analise das não conformidades • Analise das reclamações de clientes
SAIDAS
• Ações de melhorias • Evolução do sistema
ENTREGA DE FÓRMULAS
• O atendente leva em consideração o seguinte: • Se a formulação contém substâncias que são controladas pela Portaria 344, estará localizada em armário próprio.• Se a formulação necessita ser conservada em geladeira, estarálocalizada no refrigerador.• Se a formulação não está enquadrada nos casos citados acima, estará localizada diretamente na prateleira ou escaninho da loja.
• De posse do medicamento o atendente faz a conferência e análise crítica, comparando se os dados contidos no(s) rótulo(s), na(s) receita(s) e na requisição são correspondentes aos do cliente.
• Após a conferência, o atendente embala a(s) fórmula(s) juntamente com a receita e entrega imediatamente nas mãos do cliente devidamente identificado.
ATENDIMENTO FARMACÊUTICO
• O farmacêutico deve esclarecer as dúvidas dos clientes, devendo fornecer toda a informação necessária para o uso correto, seguro e eficaz dos medicamentos de acordo com as necessidades individuais do usuário.
• Além da informação oral, as orientações prestadas pelo farmacêutico podem ser reforçadas por escrito ou com material de apoio adequado.
• De acordo com a avaliação farmacêutica e com o consentimento prévio do profissional prescritor, alguns pacientes poderão ser monitorados quanto à eficiência da terapia medicamentosa através do serviço de atenção farmacêutica a fim de garantir a eficácia do tratamento farmacoterapêutico proposto pelo médico; devendo o farmacêutico documentar todo o serviço prestado por meio informatizado em programa específico.
• Atendimento diferenciado para pacientes que fazem uso dos medicamentos que envolvam maiores riscos (ex. SBITs e de maior potência).
Pontos a serem analisados:
• Se a ordem de manipulação está devidamente preenchida, assinada com letra legível e à caneta;
• Requisição x a ordem de manipulação x receita;• Quantidade (peso, volume ou unidades); • Forma farmacêutica solicitada na receita;• Embalagem utilizada; • Aparência e características organolépticas da formulação (sinais de
instabilidade, heterogeneidade, ou de contaminação cruzada);• Com ou sem essência;• Rótulo (nome do paciente, uso, descrição da fórmula, quantidade, nome
do médico, data de validade) x receita • Rótulos e rótulo de fundo na embalagem devidamente preenchidos; • Necessidade de conservação em geladeira; • Necessidade de rótulos de advertência (ex.: retinóides)
Pontos a serem analisados:
• Se a ordem de manipulação está devidamente preenchida, assinada com letra legível e à caneta;
• Requisição x a ordem de manipulação x receita;• Quantidade (peso e unidades); • Forma farmacêutica solicitada na receita;• Embalagem utilizada; • Aparência e características organolépticas da formulação (sinais de
instabilidade, heterogeneidade, ou de contaminação cruzada);• Com ou sem flavorizantes (bastões, pastilhas);• Rótulo (nome do paciente, uso, descrição da fórmula, quantidade, nome
do médico, data de validade) x receita • Rótulos e rótulo de fundo na embalagem devidamente preenchidos; • Necessidade de conservação em geladeira; • Necessidade de rótulos de advertência (ex.: produtos controlados pela
ENSAIOS: • Características organolépticas• pH • Faixa de fusão • Densidade • Viscosidade • Teor*• Limites microbianos*• Índice de refração• Granulometria• Cinzas*• Resíduo de incineração*• Água (KF) / Perda por secagem*• Limite de metais pesados*• etc
• Mistura de maiores quantidades: misturadores de corpo móvel
Misturador cúbico Misturador em V
3-7
:
MISTURA
• Mistura por diluição geométrica– Proporções diferentes dos componentes;– Fármacos potentes;– Baixa dose posológica;– Maior precisão;– Maior segurança.
4-7
MISTURA Manipulação de Cápsulas
PROCESSO IDEAL
Pesagem dosIFAs
Trituração
Encapsulação
Tamisação
Pesagem/medidadiluente Tamisação
Mistura
5-7
UDU
(Uniformidade de conteúdo)
Certificado de Análise – Número: MEDIC XXXX/05
Insumo: Cápsulas de Tetraciclina (cloridrato) – 250 mg. Lote: XXXXXX.
O produto passa o teste se a quantidade de fármaco em 9 das 10 unidades testadas para a uniformidade de conteúdo estiver situada entre 85,0% e 115,0% do valor declarado e nenhuma unidade estiver fora da faixa de 75,0% a 125,0% do valor declarado e o CV de 10 unidades testadas for menor ou igual a 6,0%.
Não conforme. (C.V. = 12,01%).
Teor (médio) De 95,0% a 105,0% do valor rotulado. 103,90%.
Observação Fator de equivalência: 1,00.
Referência bibliográfica
British Pharmacopoeia 1993, Vol. II, p. 1125.
Parecer Observou-se uma considerável heterogeneidade quanto à distribuição de princípio ativo no interior das cápsulas. Com base nisso realizou-se o ensaio de uniformidade de conteúdo. A amostra analisada não atende à especificação para o ensaio de uniformidade de doses unitárias pelo método uniformidade de conteúdo.
Não Conformidade de Uniformidade de Conteúdo
Cápsulas de Tetraciclina (cloridrato) 250 mg
MEDIC XXXX/06
65,00
75,00
85,00
95,00
105,00
115,00
125,00
135,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10U ni dade Te st a da
Pot ênc ia Indiv idual
Limit e Ex terno Inf er ior
Limit e Int er no Inferi or
Pot ênc ia Média Esperada
Limit e Int er no Superior
Limit e Ex terno Superi or
6-7
UDU (Uniformidade de conteúdo)É possível fazer a coisa certa!!!
Conformidade de Uniformidade de Doses Unitárias (Uniformidade de Conteúdo)
Cápsulas de Tiratricol 700 mcg
Teor Médio = 100,29% - C.V. = 4,32%
65,00
80,00
95,00
110,00
125,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Unidade Testada
Potê
ncia
/%
Potência Individual
Limite Externo Inferior
Limite Interno Inferior
Potência Média Esperada
Limite Interno Superior
Limite Externo Superior
7-7
A pirâmide do conhecimento
CONHECIMENTO CORRELATIVOO que está correlacionado a o que?
“CONHECIMENTO CAUSAL
O que “causa” o que?
CONHECIMENTOMECANÍSTICO
Como?
CONHECIMENTO DESCRITIVO: O que?
Nec
essi
dade
de
supe
rvis
ão r
egul
atór
ia Conhecim
ento baseado em decisões
Situação desejada
Primeiro princípio Porque?
Referências:
1.ZOLNER, W.J. Higher Quality Compounding. America’s Pharmacist. Feb.2007.p.12-18. 2.ZOLNER, W.J. A Process Verification Model for Quality Assurance in a Compounding Pharmacy.
International Journal of Compounding Pharmacy, V.12, No.3, p.247-251, 2008.
3.ZOLNER, W.J. Designing a Quality-Control Potency Testing Program for a Compounding Pharmacy. International Journal of Compounding Pharmacy, V.13, No.5, p.412-418, 2009.
4.HINCKLEY, C.M. Make no mistake – errors can be controlled. Quality and Safety in Health Care 2003; 12:359-365.
5.YU, L.X. Pharmaceutical Quality by Design: Product and Process Development, Understanding, and Control. Pharmaceutical Research, Vol.25, No.4, 2008. p.781-791.
6.FERREIRA, A.O. & BRANDÃO, M. Guia Prático da Farmácia Magistral. 4ª ed. Vol.2. São Paulo: Pharmabooks, 2011.p.235-259.
7.HALLINAN, J.F. Why We Make Mistakes: How We Look Without Seeing, Forget Things in Seconds, and are All Pretty Sure that We are Way Above Average. New York, NY: Broadway Books; 2009: 1-34.
8.Guidance for Industry PAT: A Framework for Innovative Pharmaceutical Manufacturing and Quality Assurance. Docket No.2003D-0380. (U.S. Department of Health and Human Services. U.S. Food and Drug Administration Website.) September 2004. Available at: www.fda.gov/cder/guidance/6419fnl.htm. Acessado: 02/02/2011.
9.CAMPOS, V.C. TQC Controle da Qualidade Total (no estilo japonês)/ Vicente Falconi Campos. Nova Lima – MG: Tecnologia e Serviços Ltda., 2004. 256 p.
10. ICH Q8 Guidance for Industry Q8(R2) Pharmaceutical Development 2009.