-
Ao por do Sol, todos os que tinham enfermos, de diferentes
molstias, lhes traziam; e, pondo as mos sobre cada um deles,
os
curava. Lucas-4:40
E Ele, estendendo a mo, tocou-lhe, dizendo: Quero, s limpo.
E logo a lepra desapareceu dele. Lucas-5:15
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2
ndice
1 O que o Passe?
2 As curas efetuadas por Jesus
3 Perisprito e fluido vital
4 Centros de Fora
5 Tipos de Passe e introduo s suas tcnicas
6 Requisitos do Passista
7 O que no necessrio na aplicao do Passe
8 Perguntas mais freqentes
9 Palavras finais
Nosso servio variado e rigoroso. O departamento de
trabalho, afeto nossa responsabilidade, aceita somente
os cooperadores interessados na descoberta da
felicidade de servir. Comprometemo-nos, mutuamente, a
calar toda a espcie de reclamao. Ningum exige
expresso nominal nas obras teis realizadas, e todos
respondem por qualquer erro cometido. Achamo-nos,
aqui, num curso de extino das velhas vaidades
pessoais.
Aniceto (pg. 18 do livro Os Mensageiros - Andr Luiz/Chico
Xavier)
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3
1 O que o Passe?
De acordo com Emmanuel, o passe uma transfuso de energias
fisiopsquicas, um ato sublime de caridade crist, provocado pelo
desejo
ardente de ser til, onde algum oferece, de boa vontade, suas
energias em
benefcio do prximo. Temos aqui no CEHA, por prtica, a aplicao do
passe
magntico ao final das reunies pblicas. Ele no obrigatrio. Caso
a
pessoa esteja se sentindo bem, deve avisar ao passista, e ele no
aplicar o
passe. Esta terapia faz parte do conjunto de atividades
desenvolvidas com o
intuito de auxiliar a todos que se vem sob algum tipo de
influncia
espiritual. Esta energia boa vai, gradativamente, substituindo a
energia
ruim, resultando num bem estar que funciona como uma trgua. Esta
trgua
nos d tempo para nos reequilibrarmos, fsica e espiritualmente,
saindo,
assim, da sintonia com as vibraes perniciosas.
Conforme Allan Kardec nos informa na nota referente pergunta
70
de O Livro dos Espritos: O fluido vital se transmite de um
indivduo a
outro. Aquele que o tiver em maior poro pode d-lo a um que o
tenha de
menos e, em certos casos, prolongar a vida, prestes a
extinguir-se.
Dar passes no privilgio de ningum, e o tratamento atravs de
passes visa a promover o reajustamento e o equilbrio interno e
externo do
doente. Existem pessoas que possuem maior fora magntica, e
outras a
possuem em menor quantidade. Kardec orienta (ver referncia
anterior): A
quantidade de fluido vital no absoluta em todos os seres
orgnicos. Varia
segundo as espcies e no constante, quer em cada indivduo, quer
nos
indivduos de uma espcie. Alguns h, que se acham, por assim
dizer,
saturados desse fluido, enquanto os outros o possuem em
quantidade apenas
suficiente. Da, para alguns, vida mais ativa, mais tenaz e, de
certo modo,
superabundante. A quantidade de fluido vital se esgota. Pode
tornar-se
insuficiente para a conservao da vida, se no for renovada pela
absoro e
assimilao das substncias que o contm.
Nem por isso, os que possuem menos esto impossibilitados de
doar. Todos, em gozo de sade, podero contribuir na cura dos
enfermos.
Allan Kardec, em A Gnese, captulo XIV, item 32 orienta: So
extremamente variados os efeitos da ao fludica sobre os doentes,
de
acordo com as circunstncias. Algumas vezes lenta e reclama
tratamento
prolongado, como no magnetismo ordinrio; doutras vezes rpida,
como
uma corrente eltrica. H pessoas dotadas de tal poder, que operam
curas
instantneas nalguns doentes, por meio apenas da imposio das mos,
ou,
at, exclusivamente por ato da vontade Entre os dois plos
extremos dessa
faculdade, h infinitos matizes. Todas as curas desse gnero so
variedades
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4
do magnetismo e s diferem pela intensidade e pela rapidez da ao.
O
princpio sempre o mesmo: o fluido, a desempenhar o papel de
agente
teraputico e cujo efeito se acha subordinado sua qualidade e
a
circunstncias especiais.
O passe no uma criao esprita, foi aplicado pelo Mestre
Jesus e por inmeros magnetizadores e homeopatas, hoje utilizado
em
diversas seitas religiosas, e at em Parapsicologia.
Abaixo, transcrevemos bela pgina de Emmanuel, extrada do
livro
Caminho, Verdade e Vida, psicografado por Chico Xavier,
intitulada Passes.
Jesus impunha as mos nos enfermos, transmitindo-lhes os bens
da Sade. Seu Amoroso poder conhecia os menores desequilbrios
da
Natureza e os recursos para restaurar a harmonia
indispensvel.
Nenhum ato do Divino Mestre destitudo de significao.
Reconhecendo essa verdade, os apstolos passaram a impor as
mos
fraternas em nome do Senhor e tornavam-se instrumentos da
Divina
Misericrdia.
Atualmente, no Cristianismo redivivo, temos, de novo, o
movimento
socorrista do Plano Invisvel, atravs da imposio de mos. Os
passes, como
transfuses de foras psquicas, em que preciosas energias
espirituais
fluem dos mensageiros do Cristo para os doadores e
beneficirios,
representam a continuidade do esforo do Mestre para atenuar
os
sofrimentos do mundo.
Seria audcia por parte dos discpulos novos a expectativa de
resultados to sublimes quanto os obtidos por Jesus junto aos
paralticos,
perturbados e agonizantes.
O Mestre sabe, enquanto ns outros estamos aprendendo a
conhecer. necessrio, contudo, no desprezar-lhe a lio,
continuando, por
nossa vez, a obra de amor, atravs das mos fraternas.
Onde exista sincera atitude mental do Bem, pode estender-se
o
servio providencial de Jesus.
No importa a frmula exterior. Cumpre-nos reconhecer que o
Bem pode e deve ser ministrado em Seu nome.
Diante de todo o anteriormente exposto, pode-se dizer do
poder
fludico, que ele depende:
1) Da quantidade de fluido que cada um possui;
2) Da natureza intrnseca do fluido de cada indivduo;
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5
3) Do grau de energia da fora impulsiva.
Ou seja, nosso passe ser to melhor quanto mais desenvolvermos
os
trs aspectos: quantidade, qualidade e vontade.
E Curar depende, segundo Allan Kardec, dos seguintes
aspectos:
Confiana em Deus
Pureza dos sentimentos
Desinteresse
Benevolncia
Desejo ardente de aliviar a dor
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6
2 As curas efetuadas por Jesus
Jesus, o Mdium Incomparvel, utilizou diversos recursos como
meio de cura, na Sua Misso de Amor, nos abrindo um vasto campo
de
estudo e pesquisa sobre o poder magntico.
Com a Sua Vontade Poderosa e Grande Elevao Espiritual,
sabia e podia manipular e dirigir os fluidos necessrios sade
dos
enfermos, reabilitando-os por um processo de fixar energias nos
pontos
certos, e, na maioria dos casos, impondo a Sua mo, como nos
relatam os
evangelizadores em inmeros casos do Evangelho.
Allan Kardec, na Gnese, captulo 14, item 32, orienta: muito
comum a faculdade de curar pela influncia fludica, e pode
desenvolver-se
por meio do exerccio; mas, a de curar instantaneamente, pela
imposio das
mos, essa mais rara e o seu grau mximo se deve considerar
excepcional.
No entanto, em pocas diversas e no seio de quase todos os povos,
surgiram
indivduos que a possuam em grau eminente. Nestes ltimos
tempos,
apareceram muitos exemplos notveis, cuja autenticidade no
sofre
contestao. Uma vez que as curas desse gnero assentam num
princpio
natural e que o poder de oper-las no constitui privilgio, o que
se segue
que elas no se operam fora da Natureza e que s so miraculosas
na
aparncia.
Muitos recursos foram usados pelo Mestre Jesus, segundo as
mesmas narraes evanglicas, nos mostrando que o Magnetismo ou
Fluido
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Vital, foras naturais do mundo fsico, podem ser movimentadas em
favor
das criaturas necessitadas.
Utilizou a saliva e lodo na cura do cego de Betsada; pelo seu
olhar,
envolvido em grande potencial magntico, curou o homem de mo
ressequida;
atravs de Sua Fora Moral, obteve curas de obsesses; e,
finalmente
atravs de Suas Vestes, imantadas pelo Seu Magnetismo, saa poder
que
curava, conforme nos relata Lucas no captulo 6, versculo 19.
Para a Humanidade deixou sublimes e profundos ensinamentos,
citando o Curar enfermos, ressuscitar mortos, limpar os leprosos
e
expelir os demnios, e, sobretudo, que dssemos de graa o que de
graa
recebemos, nesse grande laboratrio da Natureza.
Diante dessa ordem de Jesus, resta-nos, como Seus discpulos
que
desejamos ser, exercitar e usar nossas possibilidades,
executando e
esforando-nos para que tudo seja feito com a maior boa vontade,
disciplina
e, sobretudo RESPONSABILIDADE, a fim que haja harmonia e
engrandecimento do nosso trabalho.
Kardec analisa uma srie destas curas no captulo XV, itens 10
a
28, do livro A Gnese.
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8
3 Perisprito e fluido vital
Em O Livro dos Espritos, Allan Kardec busca, atravs da
orientao
dos Espritos, organizar um modelo que nos permita entender a
encarnao
em corpos humanos.
Extramos, ento, algumas perguntas e respostas que resumem este
modelo.
134. Que a alma?
Um Esprito encarnado.
a) - Que era a alma antes de se unir ao corpo?
Esprito.
b) - As almas e os Espritos so, portanto, idnticos, a mesma
coisa?
Sim, as almas no so seno os Espritos. Antes de se unir ao corpo,
a alma
um dos seres inteligentes que povoam o mundo invisvel, os
quais
temporariamente revestem um invlucro carnal para se purificarem
e
esclarecerem.
135. H no homem alguma outra coisa alm da alma e do corpo?
H o lao que liga a alma ao corpo.
a) - De que natureza esse lao?
Semimaterial, isto , de natureza intermdia entre o Esprito e o
corpo.
preciso que seja assim para que os dois se possam comunicar um
com o
outro. Por meio desse lao que o Esprito atua sobre a matria
e
reciprocamente.
O homem , portanto, formado de trs partes essenciais:
1 - o corpo ou ser material, anlogo ao dos animais e animado
pelo mesmo
princpio vital;
2 - a alma, Esprito encarnado que tem no corpo a sua
habitao;
3 - o princpio intermedirio, ou perisprito, substncia
semimaterial que
serve de primeiro envoltrio ao Esprito e liga a alma ao corpo.
Tais, num
fruto, o grmen, o perisperma e a casca.
136. A alma independe do princpio vital?
O corpo no mais do que envoltrio, repetimo-lo
constantemente.
a) - Pode o corpo existir sem a alma?
Pode; entretanto, desde que cessa a vida do corpo, a alma o
abandona.
Antes do nascimento, ainda no h unio definitiva entre a alma e o
corpo;
enquanto que, depois dessa unio se haver estabelecido, a morte
do corpo
rompe os laos que o prendem alma e esta o abandona. A vida
orgnica
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pode animar um corpo sem alma, mas a alma no pode habitar um
corpo
privado de vida orgnica.
Com relao ao fluido vital, Kardec orienta:
- Os seres haurem na fonte universal o princpio da vida e da
atividade, o
absorvem e assimilam, para novamente restiturem a essa fonte,
quando
deixarem de existir;
- Os rgos se impregnam, por assim dizer, desse fluido vital e
esse fluido
d a todas as partes do organismo uma atividade que as pe em
comunicao
entre si, nos casos de certas leses, e normaliza as funes
momentaneamente perturbadas. Mas, quando os elementos essenciais
ao
funcionamento dos rgos esto destrudos, ou muito
profundamente
alterados, o fluido vital se torna impotente para lhes
transmitir o
movimento da vida, e o ser morre;
- A quantidade de fluido vital no absoluta em todos os seres
orgnicos.
Varia segundo as espcies e no constante, quer em cada indivduo,
quer
nos indivduos de uma espcie. Alguns h, que se acham, por assim
dizer
saturados desse fluido, enquanto os outros o possuem em
quantidade apenas
suficiente. Da, para alguns, vida mais ativa, mais tenaz e, de
certo modo,
superabundante;
- A quantidade de fluido vital se esgota. Pode tornar-se
insuficiente para a
conservao da vida, se no for renovada pela absoro e assimilao
das
substncias que o contm;
- O fluido vital se transmite de um indivduo a outro. Aquele que
o tiver em
maior poro pode d-lo a um que o tenha de menos e, em certos
casos,
prolongar a vida prestes a extinguir-se.
Com relao ao Perisprito:
- Envolve o Esprito uma substncia, vaporosa para os teus olhos,
mas ainda
bastante grosseira para ns; assaz vaporosa, entretanto, para
poder elevar-
se na atmosfera e transportar-se aonde queira;
- Serve de envoltrio ao Esprito propriamente dito;
- Retirado do fluido universal de cada globo, razo por que no
idntico em
todos os mundos. Passando de um mundo a outro, o Esprito muda
de
envoltrio, como mudais de roupa.
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4 Centros de Fora
Os Plexos tm no perisprito os seus correspondentes com as
mesmas denominaes, so chamados CHAKRAS ou CENTROS DE FORA.
Assim, temos no corpo somtico os Plexos, e os Centros de Fora
no
perisprito.
Andr Luiz no captulo 2 do livro Evoluo em Dois Mundos
afirma:
... Identificamos o centro coronrio, instalado na regio central
do crebro,
sede da mente, centro que assimila os estmulos do Plano Superior
e orienta
a forma, o movimento, a estabilidade, o metabolismo orgnico e a
vida
consciencial da alma encarnada ou desencarnada, nas cintas de
aprendizado
que lhe corresponde no abrigo planetrio. O centro coronrio
supervisiona,
ainda, os outros centros vitais que lhe obedecem ao impulso,
procedente do
Esprito, assim como as peas secundrias de uma usina respondem
ao
comando da pea-motor de que se serve o tirocnio do homem
para
concaten-las e dirigi-las.
Destes centros secundrios, entrelaados ao psicossoma, e,
consequentemente, no corpo fsico, por redes plexiformes,
destacamos o
centro cerebral contguo ao coronrio, com influncia decisiva
sobre os
demais, governando o corte enceflico na sustentao dos
sentidos,
marcando a atividade das glndulas endcrinas e administrando o
sistema
nervoso, em toda a sua organizao, coordenao, atividade e
mecanismo,
desde os neurnios sensitivos at as clulas efetoras; o centro
larngeo,
controlando notadamente a respirao e a fonao; o centro
cardaco,
dirigindo a emotividade e a circulao das foras de base; o
centro
esplnico, determinando todas as atividades em que se exprime o
sistema
heptico, dentro das variaes de meio e volume sanguneo; o
centro
gstrico, responsabilizando-se pela digesto e absoro dos
alimentos
densos ou menos densos que, de qualquer modo, representam os
concentrados fludicos penetrando-nos a organizao, e o centro
gensico,
guiando a modelagem de novas formas entre os homens ou o
estabelecimento de estmulos criadores, com vistas ao
trabalho,
associao e realizao entre almas.
Resumidamente:
a) Coronrio Ponto de ligao com o mundo espiritual.
b) Frontal ou cerebral Administra o sistema nervoso.
c) Larngeo Controle da respirao e fonao.
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d) Cardaco Dirige a emotividade.
e) Solar Responsvel pela digesto e absoro dos alimentos.
f) Esplnico Determina atividade do sistema hemtico.
g) Bsico Gensico Agem sobre o sexo, regulando suas funes.
PLEXOS E CENTROS DE FORAS
SOLAR
GSTRICO
BSICO
GENSICO
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5 Tipos de Passe e introduo s suas tcnicas
Allan Kardec em a Gnese (cap. XIV, n 33), refere-se a trs
tipos
de passe.
1) pelo prprio fluido do magnetizador; o magnetismo propriamente
dito,
ou magnetismo humano, cuja ao se acha adstrita fora e,
sobretudo,
qualidade do fluido;
2) pelo fluido dos Espritos, atuando diretamente e sem
intermedirio
sobre um encarnado, seja para o curar ou acalmar um sofrimento,
seja para
provocar o sono sonamblico espontneo, seja para exercer sobre
o
indivduo uma influncia fsica ou moral qualquer. o magnetismo
espiritual,
cuja qualidade est na razo direta das qualidades do Esprito;
3) pelos fluidos que os Espritos derramam sobre o magnetizador,
que
serve de veculo para esse derramamento. o magnetismo misto,
semi-
espiritual, ou, se o preferirem, humano-espiritual. Combinado
com o fluido
humano, o fluido espiritual lhe imprime qualidades de que ele
carece. Em tais
circunstncias, o concurso dos Espritos amide espontneo, porm,
as
mais das vezes, provocado por um apelo do magnetizador.
Resumidamente (Passes segundo Allan Kardec)
I Magntico :
A ao curativa devida fora e qualidade do fluido do mdium
passista. Nas crianas, ser aplicado o passe magntico, sem
acionar os
Plexos Gensicos Bsicos.
II Espiritual :
Ministrado diretamente pelos espritos, que atuam sobre o
encarnado, utilizando uma sintonia espiritual, manipulando os
recursos da
natureza ou da energia de um mdium curador (na casa do doente,
ou do
amigo, ou outra pessoa onde encontram campo propcio).
III Humano-Espiritual :
Pelo qual os espritos combinam os seus fluidos com os dos
mdiuns passistas. Isto se d num trabalho disciplinado e
prolongado,
atravs da harmonizao do grupo.
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6 Requisitos do Passista
De modo a ilustrar a questo dos requisitos necessrios para
um
bom desenvolvimento da atividade do Passe, sero extrados trechos
de
obras do Esprito Andr Luiz.
No captulo 19 do livro Missionrios da Luz, encontramos o
seguinte dilogo entre o Mentor Alexandre e Andr Luiz, num
Centro
Esprita:
- Esses trabalhadores interroguei apresentam requisitos
especiais?
- Sim explicou o mentor amigo , na execuo da tarefa que lhes
est
subordinada, no basta a boa vontade, como acontece em outros
setores de
nossa atuao. Precisam revelar determinadas qualidades de ordem
superior
e certos conhecimentos especializados. O Servidor do Bem,
mesmo
desencarnado, no pode satisfazer em semelhante servio, se ainda
no
conseguiu manter um padro superior de elevao mental contnua,
condio
indispensvel exteriorizao das faculdades radiantes. O missionrio
do
auxlio magntico, na Crosta ou aqui em nossa esfera, necessita
ter grande
domnio sobre si mesmo, espontneo equilbrio de sentimentos,
acendrado
amor aos semelhantes, alta compreenso da vida, f vigorosa e
profunda
confiana no Poder Divino.
Destacamos deste trecho os seguintes pontos considerados
importantes requisitos para a tarefa:
1) Elevao Mental
2) Domnio Sobre si Mesmo
3) Equilbrio de Sentimentos
4) Amor aos Semelhantes
5) Compreenso da Vida
6) F Vigorosa
Na sequncia do texto, temos:
Antes de tudo necessrio equilibrar o campo das emoes. No
possvel fornecer foras construtivas a algum, ainda mesmo na
condio de
instrumento til, se fazemos sistemtico desperdcio das irradiaes
vitais.
Um sistema nervoso esgotado, oprimido, um canal que no responde
pelas
interrupes havidas. A mgoa excessiva, a paixo desvairada, a
inquietude
-
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obsidente, constituem barreiras que impedem a passagem das
energias
auxiliadoras.
preciso examinar tambm as necessidades fisiolgicas, a par
dos
requisitos de ordem psquica. A fiscalizao dos elementos
destinados aos
armazns celulares indispensvel por parte do prprio interessado
em
atender as tarefas do bem. O excesso de alimentao produz
odores
ftidos, atravs dos poros, bem como das sadas dos pulmes e do
estmago, prejudicando as atividades radiantes, porquanto
provoca
dejees anormais e desarmonias de vulto no aparelho
gastrintestinal,
interessando a intimidade das clulas. O lcool e outras
substncias
txicas operam distrbios nos centros nervosos, modificando
certas
funes psquicas e anulando os melhores esforos na transmisso
de
elementos regeneradores e salutares.
7) Cuidados com a Alimentao
8) Abstinncia de lcool e Txicos
Na captulo 17 do livro Nos Domnios da Mediunidade,
encontramos
o seguinte dilogo entre o Mentor ulus e Andr Luiz:
Atravessamos a porta e fomos defrontados por ambiente
balsmico
e luminoso. Um cavalheiro maduro e uma senhora respeitvel
recolhiam
apontamentos em pequeno livro de notas, ladeados por
entidades
evidentemente vinculadas ao servio de cura.
Indicando os dois mdiuns, o Assistente informou:
- So os nossos irmos Clara e Henrique, em tarefa de
assistncia,
orientados pelos amigos que os dirigem.
- Como compreender a atmosfera radiante em que nos banhamos?
Aventurou
Hilrio curioso.
- Nesta sala explicou ulus, amigavelmente se renem
sublimadas
emanaes mentais da maioria de quantos se valem do socorro
magntico,
tomados de amor e confiana. Aqui possumos uma espcie de altar
interior,
formado pelos pensamentos, preces e aspiraes de quantos nos
procuram
trazendo o melhor de si mesmos.
No dispnhamos, todavia, de muito tempo para a conversao
isolada.
Clara e Henrique, agora em prece, nimbavam-se de luz.
Dizer-se-ia estavam quase desligados do corpo denso, porque
se
mostravam espiritualmente mais livres, em pleno contato com
os
benfeitores presentes, embora por si mesmos no o pudessem
avaliar.
Calmos e seguros, pareciam haurir foras revigorantes na
intimidade de
-
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suas almas. Guardavam a idia de que a orao lhes mantinha o
esprito em
comunicao com invisvel e profundo manancial de energia
silenciosa.
9) Prece
Num ponto mais adiante do texto, Andr Luiz continua:
- Preparam-se nossos amigos, frente do trabalho, com o auxlio da
prece?
- Sem dvida. A orao prodigioso banho de foras, tal a
vigorosa
corrente mental que atrai. Por ela, Clara e Henrique expulsam do
prprio
mundo interior os sombrios remanescentes da atividade comum que
trazem
no crculo dirio de luta e sorvem do nosso plano as substncias
renovadoras
de que se repletam, a fim de conseguirem operar com eficincia a
favor do
prximo. Desse modo, ajudam, e acabam por ser firmemente
ajudados.
- Isso significa que no precisam recear a exausto...
- De modo algum. Tanto quanto ns, no comparecem aqui com a
pretenso
de serem os senhores do benefcio, mas sim na condio de
beneficirios
que recebem para dar. A orao, com o reconhecimento de nossa
desvalia,
coloca-nos na posio de simples elos de uma cadeia de socorro,
cuja
orientao reside no Alto. Somos ns aqui, neste recinto
consagrado
misso evanglica, sob a inspirao de Jesus, algo semelhante
singela
tomada eltrica, dando passagem fora que no nos pertence e que
servir
na produo de energia e luz.
Num outro ponto do mesmo captulo:
- Quer dizer que, numa casa como esta, h colaboradores
espirituais
devidamente fichados, assim como ocorre a mdicos e enfermeiros
num
hospital terrestre comum?
- Perfeitamente. Tanto entre os homens como entre ns, que ainda
nos
achamos longe da perfeio espiritual, o xito do trabalho
reclama
experincia, horrio, segurana e responsabilidade do servidor fiel
aos
compromissos assumidos. A Lei no pode menosprezar as linhas da
lgica.
- E os mdiuns? So invariavelmente os mesmos?
- Sim, contudo, em casos de impedimento justo, podem ser
substitudos,
embora nessas circunstncias se verifiquem, inevitavelmente,
pequenos
prejuzos resultantes de natural desajuste.
10) Experincia
11) Horrio
-
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12) Segurana
13) Responsabilidade
No captulo 44 do livro Os Mensageiros, encontramos o
seguinte
dilogo:
A paisagem do sofrimento, desdobrada aos nossos olhos,
lembrava-
me o ambiente das Cmaras de Retificao. Entendeu-se Aniceto
com
Isidoro e falou, resoluto:
- Mos obra! Distribuamos alguns passes de reconforto!
- Mas objetei estarei preparado para trabalho dessa
natureza?
- Por que no? indagou o instrutor em voz firme toda competncia
e
especializao no mundo, nos setores de servio, constituem o
desenvolvimento da boa vontade. Bastam o sincero propsito de
cooperao
e a noo de responsabilidade para que sejamos iniciados, com
xito, em
qualquer trabalho novo.
Retornando ao captulo 19 do livro Missionrios da Luz:
- Os amigos encarnados perguntei de modo geral, poderiam
colaborar em
semelhantes atividades de auxlio magntico?
- Todos, com maior ou menor intensidade, podero prestar
concurso
fraternal nesse sentido respondeu o orientador porquanto,
revelada a
disposio fiel de cooperar a servio do prximo, por esse ou
aquele
trabalhador, as autoridades de nosso meio designam entidades
sbias e
benevolentes que orientam, indiretamente, o nefito,
utilizando-lhe a boa
vontade e enriquecendo-lhe o prprio valor. So muito raros, porm,
os
companheiros que demonstram a vocao de servir
espontaneamente.
Muitos, no obstante bondosos e sinceros nas suas convices,
aguardam a
mediunidade curadora, como se ela fosse um acontecimento
miraculoso em
suas vidas e no um servio do bem, que pede do candidato o
esforo
laborioso do comeo. Claro que, referindo-nos aos irmos
encarnados, no
podemos exigir a cooperao de ningum, no setor de nossos
trabalhos
normais; entretanto, se algum deles vm ao nosso encontro,
solicitando
admisso s tarefas de auxlio, logicamente receber nossa
melhor
orientao, no campo da espiritualidade.
- Ainda mesmo que o operrio humano revele valores muito
reduzidos, pode
ser mobilizado? Interroguei, curioso.
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- Perfeitamente aduziu Alexandre, atencioso desde que o
interesse dele
nas aquisies sagradas do bem seja mantido acima de qualquer
preocupao
transitria, deve esperar incessante progresso das faculdades
radiantes,
no s pelo prprio esforo, seno tambm pelo concurso de Mais Alto,
de
que se faz merecedor.
14) Boa Vontade
Mais adiante, no captulo 44 do livro Mensageiros j citado:
- Vejo! Vejo! exclamou, entre o assombro e a alegria grande
Deus!
Grande Deus! E ajoelhando-se, em um movimento instintivo para
render
graas, dirigia-me palavra, comovidamente:
- Quem sois vs, emissrio do bem?
Dominava-me profunda emoo, que no conseguia sofrear.
Confundia-
me a bondade do Eterno. Quem era eu para curar algum? Mas a
alegria
daquela entidade, libertada das trevas, afirmava a ocorrncia, na
qual no
queria acreditar. A luz daquela ddiva como que mostrava mais
fortemente
o fundo escuro de minhas imperfeies individuais e o pranto
inundou-me as
faces, sem que pudesse ret-lo nos recnditos mananciais do
corao.
Enquanto a enfermeira espiritual se desfazia em lgrimas de
louvor, tambm
eu me absorvia numa onda de pensamentos novos. O
acontecimento
surpreendia-me. Desejava socorrer o doente prximo e, contudo,
estava
enlaado em singular deslumbramento ntimo. Aniceto, porm,
aproximou-se
delicadamente e falou em voz baixa:
- Andr, a excessiva contemplao dos resultados pode prejudicar
o
trabalhador. Em ocasies como esta, a vaidade costuma acordar
dentro de
ns, fazendo-nos esquecer o Senhor. No olvides que todo o bem
procede
DEle, que a luz de nossos coraes. Somos seus instrumentos nas
tarefas
de amor. O servo fiel no aquele que se inquieta pelos
resultados, nem o
que permanece enlevado na contemplao deles, mas justamente o
que
cumpre a vontade divina do Senhor e passa adiante.
Aquelas palavras no poderiam ser mais significativas. O
generoso
mentor voltou ao servio a que se entregara junto de outros
irmos, e,
valendo-me do amoroso aviso, dirigi-me reconhecida senhora,
acentuando:
- Minha amiga, agradea a Jesus e no a mim, que sou apenas
obscuro
servidor. Quanto ao mais, no se impressione em demasia com a
viso dos
aspectos exteriores, volte o poder visual para dentro de si
mesma, para que
possa consagrar ao Senhor da Vida os sublimes dons da viso.
Encontramos ainda no do mesmo captulo:
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- As atividades de assistncias exclamou Aniceto, cuidadoso
se
processam conforme se observam aqui. Alguns se sentem curados,
outros
acusam melhoras, e a maioria parece continuar impermevel ao
servio de
auxlio. O que nos deve interessar, todavia, a semeadura do bem.
A
germinao, o desenvolvimento, a flor e o fruto pertencem ao
Senhor.
15) Humildade
16) Contentamento com o servir
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7 O que no necessrio na aplicao do Passe
Ainda existe muito desconhecimento com relao ao Passe. Uma
srie
de erros so cometidos, tornando esta atividade, to simples na
sua
essncia, um processo complexo com inmeras inseres trazidas
de
diversas escolas religiosas e prticas pags. No Passe, no se
faz
necessrio:
Gesticulao violenta: atitude completamente desnecessria que
ainda gera
risco de acidentes, em nada interferindo na doao energtica.
Respirao ofegante: somente nosso desconhecimento nos leva a
assumir
atitudes como essa, que s servem para desacreditar o nosso
trabalho.
Estalar dedos: trata-se, apenas, de um hbito trazido de algumas
seitas que
acreditam que, desta forma, se desfazem dos fluidos negativos.
Imagine se
todos estalassem o dedo, atrapalhando a concentrao dos
trabalhadores e
da assistncia em geral.
Incorporar: mais disciplinados que ns encarnados, so os Mentores
do
trabalho, portanto, nenhum Mentor interferiria na sistemtica
adotada pela
Casa, encontrando outras formas de orientar a pessoa.
Orar alto: imagine se todos decidissem orar ao mesmo tempo em
voz alta.
Teramos um ensurdecedor zum-zum-zum no Salo.
Tocar a pessoa: o processo de doao energtica, no havendo
necessidade de qualquer contato fsico.
Inclumos, abaixo, uma estria jocosa para ilustrar estas aes:
O passista falante
Alice era o que podemos chamar, a passista dedicada. Tinha
verdadeira adorao pela atividade do passe. Desde que comeou
a
frequentar a Instituio, seu sonho fora se tornar passista da
Casa.
Participou dos cursos, mostrou-se interessada, e foi aceita como
parte da
equipe.
Ela havia aprendido, no curso, que muitas pessoas adquiriam
determinados cacoetes desnecessrios, e resolveu zelar desde o
incio de
suas atividades para no incorrer em erro algum. Passou a
observar as
pessoas, com o intuito de aprender, e evitar erros, e no,
conforme
justificava, para comentar com os outros o que recolhia de
informao.
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Comeou, ento, a preparar uma listagem das incoerncias que
via,
catalogando cada tipo de passista de acordo com uma classificao
toda sua.
Certo dia, estava na Sala de Passe, ouvindo a palestra, quando
uma
amiga sua, companheira no trabalho do passe, sentou-se ao seu
lado.
Comearam a conversar, apesar da palestra estar se desenvolvendo,
e Alice
comeou a se empolgar, listando para a amiga, os diversos tipos
de passista
que j havia registrado:
Passista aconselhador: aquele que insiste em dar conselhos para
as pessoas
no prprio auditrio, durante o passe ou aps. Interrompe a
atividade, ou
marca para depois uma conversa de esclarecimento. Este tipo
parente do
passista intuitivo.
Passista intuitivo: aquele que, durante a aplicao do passe,
recebe
orientaes acerca do problema da pessoa, indicando
determinados
cuidados. Em alguns casos, o procedimento do passista discreto.
H
outros, os passistas mais intuitivos, que chegam a assumir
atitudes
esdrxulas como, por exemplo: se abaixar at o cho para aplicar o
passe no
p do doente, por diagnosticar ali o transtorno energtico.
Passista farmacutico: aquele que, apesar das orientaes
contrrias,
insiste em recomendar algum tipo de medicamento, um chazinho, um
cloreto
de clcio ou magnsio, uma barbatana de tubaro...
Passista ginasta: aquele que d uma verdadeira aula de ginstica
aerbica.
Ele se balana, gesticula violentamente, agita-se. Nos dias de
extremo calor,
termina suas atividades cansado e suado, dizendo: Puxa, como eu
doei
energia hoje! Este passista primo do passista torturador.
Passista torturador: aquele que aplica o passe com movimentos
velozes,
prximos orelha da pessoa. Ele faz com que a pessoa fique o tempo
todo
tensa, orando para que acabe o passe logo, antes de receber uma
pancada na
cabea, tenha a orelha arrancada, ou at uma fratura no nariz.
Passista asmtico: aquele que, ao aplicar o passe, emite rudos
acentuados,
aparentando dificuldade de respirao. Apresenta-se, s vezes,
to
exagerado, que a pessoa que recebe o passe tem vontade de
aban-lo, ou
chamar um mdico.
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Passista espanhol: aquele que insiste em ficar estalando os
dedos. Parece
at que utiliza castanholas pela intensidade do barulho que
consegue fazer.
Passista chamin: aquele que nem nos dias de trabalho consegue
parar de
fumar. Este tipo pode ser tambm chamado de passista hortel, pois
utiliza
muitas balas para minimizar o hlito do tabaco.
Passista birita: aquele que no consegue ficar sem o uso da
bebida. O
passista birita apresenta, dependendo do grau de adiantamento do
vcio,
muitas caractersticas interessantes que variam, desde o hlito
puro, at
a dificuldade de se manter em p.
Ia continuar sua lista, quando uma velhinha que se
encontrava
prximo, falou:
- Minha filha, coloca na tua lista, o passista falante.
Alice, interessada, perguntou:
- E quais as caractersticas?
A velhinha, tranquila, disse:
- Conversar com seus amigos na Sala de Passe, sem se preocupar
com a
palestra em desenvolvimento, desrespeitando as pessoas
interessadas em
aprender.
Alice, envergonhada, desculpou-se, e anotou mais um tipo de
passista
na sua longa lista.
Andr Luiz, no livro Conduta Esprita, tambm trata da questo
do
Passe nos seguintes termos na pgina Perante o Passe:
Quando aplicar passes, e demais mtodos da teraputica espiritual,
fugir
indagao sobre resultados, e jamais temer a exausto das foras
magnticas. O Bem ajuda, sem perguntar.
Lembrar-se de que na aplicao de passes no se faz precisa a
gesticulao
violenta, a respirao ofegante ou bocejo de contnuo, e de que nem
sempre
h necessidade de toque direto no paciente. A transmisso do
passe
dispensa qualquer recurso espetacular.
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Esclarecer os companheiros quanto inconvenincia da petio de
passes
todos os dias, sem necessidade real, para que esse gnero de
auxlio no se
transforme em mania. falta de caridade abusar da bondade
alheia.
Proibir rudos quaisquer, baforadas de fumo, vapores alcolicos,
tanto
quanto ajuntamento de gente ou a presena de pessoas irreverentes
e
sarcsticas nos recintos para assistncia e tratamento espiritual.
De
ambiente poludo, nada de bom se pode esperar.
Interromper as manifestaes medinicas no horrio de transmisses
do
passe curativo. Disciplina alma da eficincia.
Interditar, sempre que necessrio, a presena de enfermos
portadores de
molstias contagiosas nas sesses de assistncia em grupo,
situando-os em
regime de separao para o socorro previsto. A f no exclui a
previdncia.
Quando oportuno, adicionar o sopro curativo aos servios do
passe
magntico, bem como o uso da gua fluidificada, do autopasse, ou
da emisso
de fora socorrista, a distncia, atravs da orao. O Bem Eterno
bno
de Deus disposio de todos.
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8 Perguntas mais freqentes
P) Posso aplicar passes em casa?
R) Para o iniciante, a orientao evitar a aplicao de passes fora
da Casa
Esprita. Nunca se sabe qual o problema que a pessoa est
vivendo.
Imagine se o passista se deixa envolver por uma influncia
espiritual. Em
caso de necessidade a melhor ferramenta sempre ser a prece.
P) E aplicar passes no meu filho que est doente?
R) Nestes casos, o melhor passe que uma me ou um pai pode
aplicar
abraar o seu filho, e orar pela sua recuperao.
P) Devo aplicar passes quando estou doente?
R) Toda vez que o passista no se sentir bem, deve informar seu
dirigente, e
abster-se de aplicar o passe.
P) O que fazer se me sentir mal durante a aplicao do passe?
R) Deve-se interromper a atividade e informar imediatamente o
dirigente
do grupo para que ele tome as providncias necessrias.
P) O que fazer se a pessoa que est recebendo o passe se sentir
mal?
R) Deve-se informar imediatamente o dirigente do grupo para que
ele tome
as providncias necessrias, mas mantendo-se calmo, sem alardear
ou
demonstrar qualquer desajuste, em virtude do ocorrido.
P) O passista pode fumar ou ingerir bebidas alcolicas no dia do
passe?
R) O ideal o passista abster-se sempre do fumo e do lcool. Em
caso de
ainda no ter atingido esta conscientizao, no poder, pelo menos
naquele
dia, fumar ou ingerir alcolicos. Deve, ento, lutar para
livrar-se destes
vcios que interferem diretamente na qualidade do fluido a ser
doado.
P) Caso tenha disponibilidade, posso aplicar passes em qualquer
das
reunies, e no apenas na que fui designado?
R) A orientao da Casa evitar-se esta alternncia, face ao
nosso
interesse de se criar laos de amizade nos diversos grupos de
trabalho. Se
voc no se fixa num horrio de atividade no podemos contar
contigo, nem
sua ausncia ser notada.
P) Caso tenha uma intuio e sinta a necessidade de orientar a
pessoa que
est recebendo o passe, devo faz-lo na hora ou aps a reunio?
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R) Nem durante, nem aps. Caso seja procurado por algum,
encaminhe para
o dirigente do trabalho. A nobre tarefa do passista a de doador
de
fluidos, no de orientaes.
P) Durante o perodo de menstruao, deve-se evitar aplicar o
passe?
R) No. Essa alterao fisiolgica, em nada interferindo na doao
energtica.
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9 Palavras finais
Caro amigo (a),
Voc est iniciando um trabalho de enorme responsabilidade.
Auxiliar as pessoas, mesmo no trabalho annimo do Passe, exige
muito de
ns. Nunca se esquea disso. Afinal, voc ser o representante do
CEHA.
Abaixo, listamos algumas dicas que esperamos sejam teis no seu
trabalho:
Nunca receite chs, remdios, etc. Muita gente vai considerar a
sua
opinio particular como a viso do CEHA;
Evite tocar as pessoas ou dar passes espalhafatosos. Estas
atitudes no
acrescentam qualidade alguma ao passe;
Caso seja procurado por algum aps o trabalho, pode conversar com
ela.
No tente, porm, resolver o problema de quem quer que seja.
Encaminhe-o aos setores responsveis;
fundamental neste trabalho a sua preparao. Cuidados simples
de
higiene so indispensveis. Nas 24 horas que antecedem ao
trabalho, o
passista no pode ingerir qualquer bebida alcolica ou fumar. Caso
voc
no consiga abster-se ainda, procure-nos para conversar. Talvez
ainda
no seja o momento de desenvolver esta atividade;
No se pode tentar orientar os frequentadores da Casa quanto
importncia da disciplina, se o prprio passista no a respeita.
Quando
falamos de disciplina, estamos envolvendo vrias coisas: modo de
se
vestir, pontualidade, assiduidade, respeito s normas da Casa,
etc;
Participe do Estudo Sistematizado. O estudo fundamental se
desejamos
entender o que acontece conosco. Est na essncia da prpria
Doutrina
Esprita a necessidade de estudar. No podemos simplesmente
frequentar a Casa Esprita, precisamos conhecer a Doutrina
que
escolhemos;
Se queremos realmente ajudar as pessoas precisamos aprender a
am-las,
como irmos na eternidade. No devemos, claro, envolvermo-nos na
dor
do outro a ponto de desarmonizarmos a prpria vida, mas
precisamos
sentir seus problemas e oferecer o melhor de ns.