MODELO PROBABILÍSTICO PARA AVALIAÇÃO DAS CORRENTES TRANSITÓRIAS DE INRUSH HAMILTON.G. B. DE SOUZA – AES-ELETROPAULO CARLOS E. BARIONI OLIVEIRA - EPUSP (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO) ALDEN UEHARA ANTUNES – EPUSP (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO)
MODELO PROBABILÍSTICO PARA AVALIAÇÃO DAS CORRENTES
TRANSITÓRIAS DE INRUSH
HAMILTON.G. B. DE SOUZA – AES-ELETROPAULO
CARLOS E. BARIONI OLIVEIRA - EPUSP (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO)
ALDEN UEHARA ANTUNES – EPUSP (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO)
Objetivo
Analisar o modelo tradicional de estimativa da corrente de inrush em alimentadores de distribuição atualmente utilizado na maioria das concessionárias no Brasil;
Número de Transformadores Fator (k) multiplicativo
1 12,0
2 8,3
3 7,6
4 7,2
5 6,8
6 6,6
7 6,4
8 6,3
9 6,2
10 6,1
> 10 6,0
Proposta : Novo método baseado em informações de campo (casos reais).
Exemplo:
Iinrush = Inominal . Fator k
Fatores importantes
A magnitude da corrente de inrush depende de:
• Tempo do instante do chaveamento na senoide da tensão da fonte• Extensão e bitola dos condutores do alimentador• Pcc nos respectivos pontos de inserção dos tr´s• Tamanho de cada transformador• Magnetismo residual no instante do desligamento• Interação simpática entre os transformadores• Presença de bancos de capacitores
Não há uma equação simples p/ se determinar sua magnitude.
Exemplo típico de uma oscilografia de corrente de inrush extraída de um alimentador de distribuição
Foram avaliados nos instantes de 16,6 ms (1º ciclo) e 100 ms (6º ciclo)
Metodologia1) Extração de Oscilografias dos medidores alocados nos
disjuntores dos alimentadores (Power Meansurement - 3720);
- 241 eventos de correntes de inrush em carga quente- 50 eventos em carga fria
2) Tratamento das medições: Obtenção de valores eficazes (RMS) nos instantes de 16,6 e 100ms;
3) Determinação das correntes nominais de cada alimentador (Programa Interprote);
4) Determinação dos “novos” fatores multiplicativos k ajustados como variáveis probabilísticas efetivamente medidos; Fator k = Iinrush (medição) / Inominal
5) Cálculo teórico das correntes de inrush através do método tradicional (Programa Interprote).
Exemplos de resultados dos cálculos por evento
Obs.: Novo Fator k = Iinrush (medição) / Inominal
I inrush (A) –
MediçãoI inrush (A) –
Cálculo Elétrico
Circuito Data I 16.66 ms I 100 ms I 16.66 ms I 100 ms Inom K16.66 ms K100 ms
ANC-108 - 799 402 6919 3910 326 2,25 1,43
MOC-114 - 985 736 3503 1977 164,8 6 4,5
Análise do Fator Multiplicativo (K-16,66 s)
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
0 50 100 150 200 250
k-16,66 ms
Eve
nto
s
Kmédio
K16.66 ms
Análise do cálculo do Novo Fator k
Para maior confiabilidade, analisou-se o fator multiplicativo k como uma variável de natureza probabilística.
Val
or
Eventos
Histograma
Desta forma, utilizando-se Níveis de Confiança, se obtém uma média () e um desvio padrão (σ):
μ ± 1σ → 68,27 % de confiança
μ ± 2σ → 95,45 % de confiança (adotou-se)
μ ± 3σ → 99,73 % de confiança
As amostras do fator foram caracterizadas como uma distribuição normal (p/ qualquer nº de amostra, a sua média sempre ficará próxima a uma determinada margem de valor).
σ
σ x
Cálculo do Fator k (probabilístico)
Exemplo de Resultados μ ± 2 . σ 1,05 ± 2 . 0,43 = 1,91 (Adota-se intervalo positivo)
Análise do Fator Multiplicativo (k -100ms)
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
0 50 100 150 200 250
Eventos
k-10
0ms Kmédio
K100 ms
N. Confiança
Desta forma, utilizando este procedimento calculou-se para:
Carga Quente – 16 e 100 ms (1º e 6º ciclo)Carga Fria – ídem
Histograma
Val
or
Resultados finais – Novo fator K
Faixa de corrente nominal Fator multiplicativo k (16,66 ms) Fator multiplicativo k (100 ms)
(A)
0 – 500 6 2,5
500 – 1000 3 1,5
> 1000 2 1
Carga fria
Faixa de corrente nominal Fator multiplicativo k (16,66 ms) Fator multiplicativo k (100 ms)
(A)
0 – 500 6 3,5
500 - 1000 3 2
> 1000 2 0,5
Carga quente
Qcc3F médio (MVAr) por Subestação
142,6 136,6 133,7 131,9 131,5 130,3 129,4 128,0 126,8 126,6 125,5 125,1 124,7 124,3 122,7 120,2 118,9 117,8 113,5 108,0
0
30
60
90
120
150
RG
R
MO
C
LUB
MA
D
PIP
BU
T
DIA
BA
I
BF
U
CT
A
CLE
CP
E
TS
E
ITR
BE
M
BA
R
CR
A
AN
C
PR
E
JOR
ETD
Relação entre Correntes de Inrush e Potência de Curto-Circuito na SE
Obs.: Há semelhança entre os Qcc nas Subestações (Fonte forte)
Comparação (exemplo): Carga fria 16,6 ms
Subestação Fator K Classificação (Pcc3F)
LUB 4,09 ± 3,49 3 º
MOC 3,45 ± 4,94 2 º
TSE 3,35 ± 0,56 13º
BEM 3,28 ± 0,00 15º
BAR 2,53 ± 0,49 16º
BFU 2,21 ± 0,62 9º
CPE 2,17 ± 0,44 12º
CRA 2,12 ± 0,36 17º
RGR 1,68 ± 0,00 1 º
ITR 1,67 ± 0,00 14º
DIA 1,66 ± 1,41 7º
PRE 1,52 ± 0,16 19º
JOR 1,08 ± 0,42 20º
PIP 1,00 ± 0,00 5º
Resultado: Não se observou a relação entre os dois tópicos. A corrente de inrush depende do nível de Pcc apenas no ponto de inserção de cada TR, ou centro de carga.
Conclusão
• Os resultados pelo modelo tradicional apresentaram uma clara majoração a qual sobre-dimensionam as correntes de inrush;
• Sugestão de valores (ou faixa de valores) mais adequados e próximos às medições de casos reais;
• Em linhas gerais as correntes de inrush na condição de carga fria tendem a serem maiores do que em carga quente;
• Há uma certa dependência da potência instalada do conjunto de tr´s atendidos pelo alimentador, uma vez que o fator k ajustado é decrescente à medida que se aumentam este parâmetro;
• As diferenças de magnitude das Pcc nas barras da SE´s analisadas não influenciaram nos valores (em magnitude) das correntes de inrush.
GRACIAS !!!