Governança Corporativa um subgrupo de Comunidade Áreas de Integração Guttenberg Ferreira Passos Modelo de Responsabilidade Organizacional
Governança Corporativaum subgrupo de
Comunidade Áreas de Integração
Guttenberg Ferreira Passos
Modelo de Responsabilidade Organizacional
O Brasil procura um novo modelo de desenvolvimento: modelo que faça da ampliação de oportunidades para aprender, para trabalhar e para produzir o motor do crescimento econômico, de acordo com Johannpeter e Unger.
A construção desse modelo depende de inovações institucionais em diversos setores das políticas públicas, como a aplicabilidade dos modelos de sistemas complexos, com resultados positivos, no planejamento estratégico das organizações com ênfase nos problemas relacionados à gestão por resultados visando à melhoria dos serviços públicos prestados em face de uma demanda de serviços superior à capacidade instalada.
1 Qualificação da Demanda
- Projetos de Governo, que visam melhorar o atendimento ao cidadão e automatizar os processos de gestão do Estado, apontam para o crescimento expressivo de serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação – TIC.
- Para atender a essa demanda estruturou-se um banco de dados com informações sobre todos os serviços de TIC, apresentado em forma de um Caderno de Serviços agrupado em duas categorias:
- No Caderno de Produtos e Serviços agruparam-se Data Center, Sistemas de Informação, Armazém de Informações, Serviços de Infraestrutura, Serviços de Rede, Certificação Digital e Gestão de Conteúdo.
- No Caderno de Gestão e Suporte a Negócios foram agrupados Recursos Humanos, Finanças, Infraestura, Controle, Suporte/Gestão e Suporte a Serviços.
- Após a identificação das demandas por tipo de serviço inicia-se o processo de qualificação da Demanda.
Mapa de serviços
Mapa de suporte a negócios
Qualificação da demanda
Fonte: Prodemge – Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais
n e g ó c i o s
d e s e n v o l v i m e n t o .
r i s c o a t r a s oe n t r e g a
q u a l i d a d e
r i s c o n ã o a t e n d e re s p e c i f i c a ç ã o
s a t i s f a ç ã oc l i e n t e
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E 1
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+
2 Plano de Capacidade
- Em razão das limitações de uma empresa pública, para a qual não se aplica a simples substituição de empregados por outros de menor custo, em que pese o crescimento vegetativo da folha de pagamento, o modelo TDABC de Kaplan e Anderson foi ajustado, eliminando-se a variável custo, sendo esta considerada somente no cálculo global a partir do comparativo entre a capacidade instalada e a necessidade de novas admissões.
- Realiza-se o levantamento primário de dados com o objetivo de identificar a força de trabalho adequada para a companhia. Aplica-se o Formulário Plano de Capacidade em todas as áreas funcionais para efetuar a identificação das atividades, com base na matriz dos Cadernos de Serviços e de Gestão.
- Os Cadernos são agrupados por torres segundo a categoria dos serviços. Os serviços se desdobram em várias atividades, as quais sustentaram o levantamento do Plano de Capacidade. As pessoas distribuídas nas áreas da organização executam atividades ligadas aos serviços dos Cadernos.
Plano de Capacidade - TDABC
3 Acordos de Nível Operacional
- Information Technology Infrastructure Library (ITIL) é um conjunto de boas práticas a serem aplicadas na infraestrutura, operação e manutenção de serviços de tecnologia da informação. Dentre as suas disciplinas pode-se destacar o Processo de Gerenciamento de Níveis de Serviços, responsável por garantir a qualidade dos serviços entregues aos clientes. Para tanto, torna-se necessário a confecção dos Acordos de Nível Operacional – OLA.
- Os acordos são firmados entre uma Área Executora Principal, diretamente responsável pela execução de um determinado serviço para o cliente, e uma área que lhe fornece serviço internamente (Área Executora Secundária), com as metas dos serviços internos e as responsabilidades de ambas as partes.
- Os OLAs estabelecem garantias para que as pessoas, distribuídas nas áreas da organização, possam executar as atividades necessárias à entrega dos serviços do Caderno de Serviços para os Clientes e do Caderno de Gestão e Suporte ao Negócio.
Acordos de Nível Operacional (OLA)
Views do Modelo - Vensim
Diagrama dos OLAs entre as áreas
4 Otimização da Produtividade
- O Modelo estabelece uma relação entre a demanda por serviços encontrada em uma organização e a produtividade das pessoas na execução das atividades que compõem o serviço, permitindo que se estabeleça a melhor relação custo/benefício.
- A relação entre demanda e produtividade pode ser impactada pela Teoria das Filas, que consiste em um conjunto de demandas, com um conjunto de profissionais para atendê-las e uma ordem pela qual as demandas chegam e são atendidas. As filas são formadas por linhas de espera quando o sistema não tiver capacidade suficiente, em média, para suprir a demanda.
- Outro fator importante é o comportamento do sistema em relação ao canal de atendimento. A demanda pode ser distribuída aleatoriamente ou de forma inteligente estabelecendo-se critérios para a qualificação da demanda, tais como complexidade e prioridade. Portanto, a demanda pode ser distribuída para um profissional que tenha o conhecimento necessário para lidar com essa complexidade e a criticidade exigida para atender a prioridade estabelecida.
Otimização da produtividade - NetLogo
http://cases.systemdynamics.org/?p=179System Dynamics Case Repository:
Otimização – teoria das filas
Simulações do modelo
Otimização – melhor custo / benefício
5 Evolução dos Empregados
- Após a conclusão do levantamento de necessidade de pessoal, através do Plano de Capacidade, inicia-se o processo de contratação dos funcionários de acordo com o número sugerido.
- O ciclo de vida do empregado na empresa tem uma estrutura semelhante ao modelo Cadeia de Envelhecimento (Aging Chains) proposto por John Sterman livro “Business Dynamics: Systems Thinking and Modeling for a Complex World”.
- No Modelo pode-se mapear a evolução das pessoas em suas carreiras, levando-se em consideração suas promoções e afastamentos desde a contratação até a aposentadoria. Durante esse ciclo há um atraso (delay) que faz com que o empregado demore um certo tempo para passar da fase de empregado iniciante para empregado mais experiente. Há um outro delay também para o empregado passar para a fase de mestre até que encerre sua carreira na empresa. O encerramento pode-se dar também de forma prematura nas fases intermediárias.
Cadeia de Envelhecimento (Aging Chain)
Evolução dos Empregados sem contratação
Evolução dos Empregados
1,100
825
550
275
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36Time (Year)
Empregado Trainee : Current 5Empregado : Current 5Mestre Empregado : Current 5
total de empregados : Current 5total afastados : Current 5
Evolução dos Empregados sem contratação
System Dynamics Case Repository: http://cases.systemdynamics.org/?p=432
Evolução dos Empregados sem contrataçãoInserindo fator aleatório para o afastamento
System Dynamics Case Repository: http://cases.systemdynamics.org/?p=432
Evolução dos Empregados com taxa contratação de 30 empregados por ano
Evolução dos Empregados
1,100
825
550
275
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36Time (Year)
Empregado Trainee : Current 5Empregado : Current 5Mestre Empregado : Current 5
total de empregados : Current 5total afastados : Current 5
6 Experiência dos Empregados
- Dimensionar a força de trabalho adequada para a companhia é condição necessária, mas não suficiente para a prestação dos serviços. Para que o funcionário tenha o conhecimento exigido para lidar com a complexidade da demanda é preciso, dentre outros fatores, que a empresa forneça a estrutura de capacitação que subsidie a experiência adequada para que as pessoas executem corretamente suas atividades.
- O modelo experiência dos empregados explora seu “ser e estar”, ou seja, a parte do modelo que utiliza Aging Chains trata o “ser”: a evolução do empregado em sua carreira. A parte que utiliza Coflows trata o “estar”: a experiência adquirida pelo funcionário, medida nesse contexto pela quantidade de horas de capacitação. A principal diferença entre as duas abordagens é que as pessoas sempre evoluem, ao passo que a experiência adquirida pode ser perdida em função da obsolescência da tecnologia
Ganho de Experiência (CoFlow)
Experiência dos Empregados com taxa de contratação de 30 empregados por
anoExperiência Total dos Empregados
1 M
750,000
500,000
250,000
0
0 5 10 15 20 25 30 35Time (Year)
Hor
as C
apac
itaçã
o
Experiência Total dos Empregados : experiencia
7 Loops dos OLAs entre Áreas
- Não basta, apenas, um empregado desempenhar suas atividades a tempo e a hora e com qualidade, pois em muitos casos os serviços dependem das atividades de várias pessoas distribuídas em diversas áreas da empresa.
- Os OLAs firmados entre as áreas executoras principais e secundárias estabelecem as garantias para as pessoas executarem suas atividades visando à entrega dos serviços.
- Através desse mapeamento pode-se observar que uma determinada área A depende da área B para executar seu serviço. A área B também depende da área A para executar seu serviço, estabelecendo assim um ciclo (loop) entre as áreas.
Principais LOOPs da Torre Data Center
8 Responsabilidade Organizacional
- O serviço a ser entregue ao cliente pode depender de duas ou mais áreas configurando uma situação bastante delicada em que caso uma área atrase a execução de alguma de suas atividades pode comprometer o funcionamento de todo o sistema.
- O Modelo mapeia o relacionamento dos loops entre as áreas envolvidas na prestação dos serviços através de uma adaptação do modelo PageRank, que utiliza o mesmo algoritmo de buscas do GOOGLE. O algoritmo trata da elaboração de um rank das páginas mais acessadas em uma rede na internet, levando em consideração também as páginas de origem, elevando o rank da pagina acessada conforme o rank da pagina de origem.
- O raciocínio é análogo, entretanto o rank demonstra o gargalo na execução das atividades, ou seja, quanto maior o rank maior é o gargalo indicando a elevada probabilidade da área iniciar um efeito cascata do atraso percebido.
Modelo de Responsabilidade NetLogo – Links PageRank
System Dynamics Case Repository: http://cases.systemdynamics.org/?p=179
Conclusão
- O Modelo de Responsabilidade Organizacional permite distribuir a responsabilidade na execução dos serviços para todas as áreas da empresa envolvidas no processo, subsidiando os gestores a compartilhar melhor a gestão por resultados na organização.
- Os modelos fundamentados nas metodologias Dinâmica de Sistemas e Modelagem Baseada em Agentes apoiam o processo de tomada de decisão no ambiente das organizações, contribuindo para a solução dos problemas relacionados à gestão por resultados visando à melhoria dos serviços públicos prestados em face de uma demanda de serviços superior à capacidade instalada .
- Além destas possíveis contribuições, algumas partes do modelo podem ser aplicadas ao ambiente de gestão e contribuir para a SSME - Service Science Management and Engineering. (Ciência, Gestão e Engenharia do Serviço).
Alinhamento com Governança
Modelo de Governança Corporativa: https://kumu.io/Guto/Governanca
Referências
- ANDRADE LD, LYNCH C, CARVALHO E, RODRIGUES CG, VISSOCI JRN, et al. (2014). System Dynamics Modeling in the Evaluation of Delays of Care in ST-Segment Elevation Myocardial Infarction Patients within a Tiered Health System. PLoS ONE 9(7): e103577. doi:10.1371/journal.pone.0103577. http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0103577
- System Dynamics Case Repository:http://cases.systemdynamics.org/?p=179http://cases.systemdynamics.org/?p=432
- PASSOS, G.F. CHAMOVITZ, I., THEODOULIDIS, B. Organizational Responsibility Model: Dealing with demand for services higher than installed capacity. Article accepted for presentation at the IEEE SMC 2013 Conference (SMC: Systems Science), October, 2013.http://ieeexplore.ieee.org/xpl/login.jsp?tp=&arnumber=6722506&url=http://ieeexplore.ieee.org/iel7/6689802/6721750/06722506.pdf?arnumber=6722506
- PASSOS, G.F. CHAMOVITZ, I. Modelo De Responsabilidade Organizacional, Aplicado Em Empresa Pública De Tecnologia Da Informação E Fundamentado Em Dinâmica De Sistemas. In: IX Congresso Nacional de Excelência em Gestão – CNEG 2013, 2013, Rio de Janeiro – RJ. http://www.excelenciaemgestao.org/portals/2/documents/cneg9/anais/t13_0630_3592.pdf