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1Tendncias missiolgicascontemporneas
Curso: TeologiaProf. Nicanor Lopes
OBJETIVOS DA AULA
Analisar os diferentes paradigmas da misso no decorrer da
histria;
Conhecer as tendncias missiolgicas contemporneas dos diferentes
segmentos religiosos;
Perceber as principais nfases missiolgicas contemporneas no
contexto eclesistico.
IntroduoOs recentes debates sobre missiologia,
inspirados na tese de David Bosch, alimentam uma discusso
missiolgica na qual as fronteiras dos fundamentos seja
evangelicalevangelical ou ecumnicoecumnico no do mais conta da
reflexo.
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2Na ltima teleaularefletimos sobre
Os congressos de misso e suas vertentes evangelicalevangelical e
ecumnicoecumnico.
Tema de hoje: Novosparadigmas de missoOs paradigmas da misso no
decorrer da
histria, sustentando que cada um constituiu o fim de um mundo e
o nascimento de outro;
No mesmo instante que se discute a crise missionria das igrejas
histricas e da catlica romana de cunho mais conservador, existe no
mundo neopentecostal a utilizao da mdia como a grande estratgia
missionria contempornea
Em todas as mudanas de paradigma Em todas as mudanas de
paradigma revistas at agora, permaneceu uma revistas at agora,
permaneceu uma tenso criativa entre o velho e o novo. tenso
criativa entre o velho e o novo. A proposta era sempre A proposta
era sempre consciente ou consciente ou inconscientemente
inconscientemente de reforma, no de reforma, no de substituio
(BOSCH, 2002: 35).de substituio (BOSCH, 2002: 35).
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3Tendncias missiolgicas contemporneas (Protestante ou
Evanglico)
O conceito missionrio no sculo XX foi significativamente
alterado na discusso sobre a misso na Conferncia Mundial de Misso
em Willingen (1952) quando o termo missio Dei foi cunhado pela
influncia de Karl Barth.
Tendncias missiolgicas contemporneas Este novo conceito ser
comum tanto para
teologias de misso evangelical integral , como para
ecumnica.
A Consulta Missionrio de Foz do Iguau, em 2001, refletir sobre
misso integral e produzir um documento com apresentaes de diversos
modelos de misso. Este documento intitula-se Declarao de Foz do
Iguau. Escobar aponta trs tendncias missiolgicas ou correntes de
abordagens presentes no mundo evanglico:
Tendncias missiolgicas contemporneas 1.1. Missiologia
psMissiologia ps--imperialimperial a missiologia
vinda dos evangelicais da Gr-Bretanha e Europa;
2.2. Missiologia gerencialMissiologia gerencial Desenvolveu-se a
partir de instituies ao redor de Pasadena, na Califrnia. Uma das
caractersticas desta missiologia a avaliao quantitativa;
3.3. Missiologia crtica da periferiaMissiologia crtica da
periferia Sua origem na Terceira Igreja1. Caracteriza-se por sua
natureza crtica, contextual e engajada.
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4Tendncias missiolgicas contemporneas (catlicas)O mundo
protestante ou evanglico muitas
vezes, sem conhecimento, acusa a Igreja Catlica Romana pela
ausncia na tarefa de evangelizao, o que no verdadeiro;
Se por um lado esta Igreja, de cunho mais popular e
progressista, desenvolveu inmeras aes missionrias por meio das CEBs
(Comunidades Eclesiais de Base), por outro lado, a linha mais
carismtica e conservadora, desenvolveram suas estratgias na
utilizao dos meios de comunicao procurando construir uma
evangelizao miditica e globalizada.
O objetivo geral da CNBB :Abrir-se ao impulso do Esprito Santo
e
incentivar, nas comunidades e em cada batizado, o processo de
converso pessoal e pastoral ao estado permanente de Misso, para a
Vida plena
(CNBB 2008: Internet)
Tendncias missiolgicas contemporneas (catlicas)
Tendncias missiolgicas contemporneas (catlicas) Seus objetivos
especficos so: 1. Proporcionar a alegre experincia do discipulado,
no
encontro com Cristo; 2. Promover a formao em todos os nveis
para
sustentar a converso pessoal e pastoral do discpulo
missionrio;
3. Repensar as estruturas de nossa Ao Evangelizadora para um
compromisso de ir e atingir a quem normalmente no atingimos;
4. Favorecer o acesso de todos, a partir dos pobres, atrativa
oferta da vida mais digna em Cristo;
5. Aprofundar a Misso como servio humanidade; 6. Discernir os
sinais do Esprito Santo na vida das
pessoas e na histria (CNBB, 2008: Internet).
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5Pausa 5 minutos
ELEMENTOS DE UM PARADIGMA MISSIONRIO EMERGENTE.Qual o lugar da
Igreja na Misso ?
A divinizao da Igreja; A humanizao da Igreja; A Igreja
missionria na sua natureza;
A igreja e o mundo; Redescobrindo a igreja local.
MISSO COMO MEDIAO DA SALVAOA salvao tema fundamental para
qualquer religio;Os cristos estabelecem a centralidade
em Jesus Cristo;Nesta convico dos cristos se
estabelece o movimento missionrio ao longo da histria;
A conferncia de Bangcoc [1973] definiu o tema Salvao Hoje
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6MISSO COMO MEDIAO DA SALVAOAs mudanas de paradigmas quanto
compreenso de salvao est presente em todos os tempos;
Lucas entende salvao como algo se realiza nesta vida [salvao
presente];
Paulo estabelece como um processo [inicia-se com encontro com
Cristo e se desenvolve na caminhada]
Primeiro o dom, depois na esperana, etc.
MISSO COMO MEDIAO DA SALVAOA Igreja Bizantina entendia salvao
como
uma progresso pedaggica;Os cristos do ocidente (catlicos
protestantes) sublinhavam o efeito devastador do pecado. Somente
na morte vicria de Cristo [doutrina de Anselmo] existia salvao;
Neste modelo a cristologia tornou-se subserviente
soteriologia.
SALVAO NO PARADIGMA MODERNOO iluminismo questionou a
atividade
abrangente e transcendente de Deus como nica explicao para tudo
que ocorria no mundo;
Aqui est o ponto de partida da crtica moderna sobre a
religio;
Surge uma nova compreenso de soteriologia [as pessoas como
agentes ativos e responsveis que utilizavam a cincia e a tecnologia
para melhorias da humanidade]
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7SALVAO NO PARADIGMA MODERNO
A igreja reagiu em dois momentos s criticas da modernidade: Em
primeiro, tanto catlicos como
protestantes ignoraram a crtica; A segunda reao foi: levar a
srio os
questionamentos [Jesus foi um exemplo humano a ser seguido a
centralidade no era a pessoa de Jesus, mas a causa Jesus]
SALVAO NO PARADIGMA MODERNO
Os paradigmas da verticalizao da salvao na compreenso Luterana
de iniciativa divina;
O resultado desta verticalizao est na horizontalidade das relaes
humanas como resultado da obra salvfica.
Na dcada de 60, Johannes Hkendijk, amplia a compreenso do SAHLOM
[Salvao pessoal se faz com salvao comunitria]
SALVAO NO PARADIGMA MODERNO
Em 1966, na Conferncia sobre Igreja e Sociedade em Genebra
Richard Shaull afirma que este mundo principal arena da atividade
de Deus e o lugar em que a salvao pode se tornar concreta;
O carter integral da salvao demanda uma abrangncia da misso
integral;
A salvao to ampla e profunda quanto so as necessidades
humanas.
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8MISSO COMO BUSCA POR JUSTIA
A histria judaica, na tradio proftica, assegura a centralidade
do tema da justia;
O cristianismo era uma religio illicita no Imprio Romano [nenhum
cristo podia dirigir-se s autoridades com base numa f
compartilhada];
No reinado de Constantino o cristianismo se torna em religio
licita.
MISSO COMO BUSCA POR JUSTIA
Em Agostinho e mesmo na tradio reformada o conceito : o mundo
mau e no h como salv-lo. No compete a Igreja mudar as estruturas
injustas do mundo;
O relacionamento em ter Igreja e Estado gera mudanas neste
paradigma
A TENSO ENTRE JUSTIA E AMOR
Para Niebuhr, Uma tica racional objetiva a JUSTIA, enquanto uma
tica religiosatem o AMOR como ideal;
Por outro lado o DUALISMO [Deus-mundo; esprito-corpo] herdado de
Agostinho e dos gregos e reforado na mentalidade iluminista,
derrota o ideal do amor.
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9PARA ONDE VAI A MISSO ?Os seis eventos salvficos no podem
sofrer dicotomia [A encarnao; a cruz; a ressurreio; a ascenso; o
Esprito Santo e a Parsia];
Neill afirma: A missio Dei purifica a Igreja. Ela a coloca sob a
cruz o nico lugar onde est segura. A cruz o lugar da humilhao e do
juzo, mas tambm o lugar de refrigrio e do renascimento
Pausa 5 minutos
Concluindo o tema...Concluindo o tema...
Igreja como comunho reconciliante
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missio DeiPrecisamos de uma
compreenso contempornea da missio Dei, e
Compreender o papel da Igreja Crist no Projeto de Deus para o
mundo.
missio Dei
missio Dei a formulao mais precisa para sinalizar o marco que
identidade e obra de Deus oferecem existncia humana.
missio Deimissio Dei um conceito
teolgico que se desvela justamente quando cristos e igrejas se
do conta da crise do prprio agir e viver
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Ao mesmo tempo reconhecemos, porm, que ns seres humanos e
igrejas temos uma misso prpria insubstituvel na missio Dei, a
saber, criar comunidades, multiplicar e reform-las constantemente,
para que sejam lugares do testemunho da misso de Deus salvadora
Os seres humanos e as igrejas oferecem espao
para sinais, sacramentos e processos de reconciliao, no qual
seres humanos experimentam dignidade, amor e reconhecimento bem
como desafios, descobrindo assim a f ou a fortalecendo
Do ponto de vista do Novo Testamento o servio da reconciliao ,
sobretudo, a comunicao da mensagem do estabelecimento de paz entre
Deus e a humanidade
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Em Paulo o servio da reconciliao por via de regra relacionado ao
conceito grego parakalein, isto , a consolar, desafiar, encorajar,
pedir por ajuda e outros mais.
Parakalein instrumento para a construo da comunidade escatolgica
agape, cone missionrio de uma humanidade reconciliada.
A comunidade reconciliada vincula uma mensagem de bno com uma
postura pacificadora, tanto nas relaes internas como nas externas.
Rm 12-15, junto com 1 Ts 5 e 1 Co 12-14, descrevem um quadro fiel
da comunidade carismtica agape desejada por Paulo
Reconciliao somente pode ser dada por Deus. Dado o fato de a
misso de Deus incluir toda a humanidade e criao, diferentes pessoas
e movimentos so chamados a servir justia, paz e conservao da criao
e esto agindo neste sentido.
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Processos sociais de reconciliao so imprescindveis, porque eles
apontam cura necessria das feridas, memria e s identidades que se
fazem necessrias caso se queira construir paz como sinal no sentido
de shalom.
A relao entre misso e unidadeUnidade est indissoluvelmente
vinculada misso (Jo 17.20). Unidade dada em e por Cristo,
concretizada escatologicamente. Mas unidade tambm caracterstica da
existncia da Igreja no nterim entre a exaltao de Cristo e o fim da
histria
Caminhos de unidade
1.1 - Unidade espiritual;1.2 - Unidade em diversidade;1.3 -
Liberdade para o testemunho e
converso pessoal;1.4 - Qualidade da comunidade-
agape;1.5 - Testemunho comum.
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Boa Semana
Prof. Nicanor Lopes