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Minhas Poesias Miguel Custodio

Jul 22, 2015

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Miguel Custdio

Minhas Poesias

Taciba - SP 2011

BIOGRAFIA DO AUTORQuem ouvir minhas canes, principalmente do primeiro cd, perceber que so parte de minha biografia. Contam fatos de minha vida. s ouvir, Cavalo tordilho, Eu sou caipira, P de Figueira, Cachorro Sulto, Terra boa e Minha herona. Nasci no dia 2 de abril de 1934, no distrito de Formiga, Comarca de Regente Feij, municpio de Taciba, Estado de So Paulo. Nasci e fui criado na fazenda de meu pai. ramos oito irmos, seis homens e duas mulheres. Meu pai morreu quando eu tinha nove anos. At os dezenove anos trabalhei na fazenda com minha me e irmos. Em 1953 a fazenda foi dividida, eu recebi da herana trinta alqueires de terras e a casa sede da fazenda. Como ainda era solteiro fiquei morando com minha me. No ano de 1962, fui eleito vereador cmara municipal de Taciba para um mandato de quatro anos. No ano de 1966 fui eleito para o cargo de Prefeito Municipal de Taciba e a posse aconteceu no dia 01/01/1967. Neste mesmo ano, no dia 23 de setembro casei-me com Dirce Castilho Moreno, da vizinha cidade de Regente Feij. Meu primeiro mandato de Prefeito durou trs anos e foi de 01/01/1967 a 01/01/1970. Fui eleito Prefeito pela segunda vez em 1972, para um perodo de quatro anos, de 01/01/1973 a 01/01/1977. Em 1982 pela terceira vez fui eleito Prefeito e tive o mandato prorrogado em dois anos. Teve incio em 01/01/1983 a 01/01/1988. Ao todo, incluindo o exerccio de vereador, foram dezessete anos servindo Taciba. Depois de cumprir o terceiro mandato, deixei a atividade Poltica e passei a dedicar-me minha fazenda. Tenho um casal de filhos, ambos casados que j me deram um casal de netos cada. Agora vou falar de minhas composies. No sou msico. Quando solteiro compus algumas msicas, mas somente uma

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foi gravada pela dupla Zamir e Zimar. As outras se perderam. Voltei a compor depois que deixei a Prefeitura no ano 2000, ento compus duas msicas: Cavalo Tordilho e Tio Melo e foram gravadas. Continuei compondo e consegui gravar as dez musicas do primeiro CD Miguel Custodio e suas canes. O lanamento aconteceu em Taciba no dia 01 07 2001. As interpretaes das msicas so da dupla: Chico Rocha e Manolo. O segundo cd ocorreu em 29-05-2004 na casa de shows Recanto do Castilho em Regente Feij. Interpretes: Chico Rocha e Joo Carvalho. Ao todo so vinte e cinco msicas, com letras e melodias de Minha autoria, com exceo da faixa 14 O Vaqueiro e o Pescador cuja letra de Dimas Batista Patriota e melodia minha e Joo Carvalho. Alm dos CDs citados, gravei tambm um CD com doze poemas de diversos autores, sendo trs deles de minha autoria. So eles: Caboclo feliz, Crrego Formiga e Cachorro Sulto. De todos os poemas sou o declamador. Cinco msicas de gravaes isoladas foram reunidas em um cd, so elas, Cavalgada em Taciba, com letra e msica de minha autoria e interpretada por Chico Rocha e Joo Carvalho,Amigos de Cavalgada, letra e msica de minha autoria e tambm interpretada pela dupla Chico Rocha e Joo Carvalho. Ainda Taciba, com letra de minha autoria e msica de Chico Souza, interpretada pelo Grupo Chorus. Homenagem Taciba letra e msica de minha autoria e interpretada pela dupla Zamir e Zimar. P de figueira letra e msica de minha autoria interpretada por Chico Rocha e Telma. Pretendo gravar novo CD neste ano de 2010. Com este breve relato, sobre minha vida, e informaes sobre minhas composies, coloco ao dispor dos usurios da internet meu modesto trabalho.

Do autor Miguel Custodio.

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DEDICATRIAObrigado Catul Pela ideia e incentivo Para que eu reunisse Minhas poesias num livro Acatei sua ideia E fiquei muito contente Como criana que acaba De receber um presente Outras pessoas que estimo Quero a obra dedicar Mas voc Catul Dedico em primeiro lugar Os meus versos esparsos Agora esto reunidos No fosse nossa amizade No teria acontecido Deus o maior poeta Dos poetas protetor Peo que o abenoe E aprove o meu louvor Poeta Anastaciano Com toda sinceridade Pra terminar agradeo A sua grande bondade

(continua)

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(continuao)Primeiro dediquei meu livro ao poeta amigo Rubem Catul. Dedico tambm outras pessoas que estimo. Quem? So muitas, mas vou ater-me a minha famlia: Dirce, minha esposa, companheira de todas as horas, batalhadora, me exemplar e minha herona. Aos meus filhos, Ceci e Helder que s me do alegria. Nelson e Aline, genro e nora que muito prezo. E aos netos, meus amigos Tamires, Dom Samir, Lara e Ian. todos com afetuoso abrao.

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INTRODUAOAos leitores, devo esclarecer que no tive a ideia de reunir minhas poesias num livro. A ideia quem a teve, foi Rubem Catul, poeta anastaciano, autor de mais de cinqenta livros de poesias. Eu o conheo h pouco tempo o suficiente para florescimento de uma grande amizade, mesmo sem conhece-lo pessoalmente ficamos nos conhecendo de modo interessante. Foi por intermdio de outro poeta anastaciano, o escritor Avelino Benvenho, meu conhecido alguns anos. O Benvenho tinha dois CDs meus, passou cpias para o Catul que gostou de minhas composies e entrou em contato comigo. Assim aconteceu nossa amizade e vimos mantendo uma prazerosa correspondncia. fico parte de minhas poesias, mas a grande maioria so letras que musiquei e foram gravadas. Contam histrias reais de minha vida, de amigos, de minha cidade e seus eventos. Queria compor uma cano homenageando minha terra. Compus quatro que foram gravadas. So elas: Homenagem Taciba Amor terra Natal Terra boa Minha Taciba (continua)

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(continuao) Tenho motivo de sobra para sentir-me orgulhoso e satisfeito. Sem ser msico tenho quatro cds gravados num total de quarenta e seis msicas. Tenho pouca escolaridade e reuni poesias para escrever um livro. Fiz como diz um antigo ditado: Todo homem para se realizar deve ter um filho, plantar uma rvore e escrever um livro. Tenho filhos, plantei rvores e escrevi um livro. Minha obra a est. um trabalho modesto, no perfeito,mas pude expressar meus sentimentos.Meu livro sendo de poesias, achei bom terminar minhas explicaes com estes versos: Quem j me conhece Lendo meus versos sente Como num filme imagens Passando por sua mente Pra quem sou desconhecido Conhecer certamente Estrias reais da vida De um caboclo tacibense.

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NDICE CAVALO TORDILHO .........................................12 EU SOU CAIPIRA................................................15 P DE FIGUEIRA ................................................19 CACHORRO SULTO ........................................21 TIO MELO ............................................................24 EU E MEU PAI .....................................................27 RESSURREIO DE LZARO..........................30 TERRA BOA.........................................................32 ACORDA BRASIL ...............................................34 MINHA HERONA...............................................36 VIDA DE CABOCLO...........................................39 PENSANDO NA VIDA ........................................42 ME NATUREZA................................................44 RESTAURANTE DA CHICA ..............................46 RODEIO EM TACIBA .........................................47 AMOR TERRA NATAL...................................49 O MOO RICO.....................................................51 ESTILINGUE DA SAUDADE .............................53 TERRA CADA ....................................................55 PAIXO E CACHAA ........................................57 CAPIM NOVO ......................................................58 CASTELO DO AMOR .........................................59 O VELHO CAMINHONEIRO .............................62 TRAGDIA AMERICANA .................................64 CABOCLO FELIZ ................................................68 DESABAFO ..........................................................70 JULIANA ..............................................................71 SONHO DE SAPATEIRO ....................................73 ESTOURO DA BOIADA .....................................75 PAI CELESTIAL ..................................................77 Z MARCELINO .................................................79 NICO AMOR .....................................................819

CABOCLO HERI...............................................83 CANO DO VIOLEIRO....................................85 SAUDADE DO SERTO.....................................87 DESPEDIDA DE UM LEITEIRO ........................90 TEMPO DE MENINO ..........................................93 CAVALGADA EM TACIBA ...............................96 AMIGOS DA CAVALGADA ..............................99 MINHA TACIBA................................................103 HOMENAGEM A TACIBA ...............................105 PRENDEDOR DE PASSARINHOS ..................107 LARA E IAN.......................................................110 HISTRIA DE TACIBA ....................................111 HOMEM DE F..................................................113 MINHA VIDA.....................................................117 O ASTRONAUTA BRASILEIRO......................120 CASTRAO DE BOIADA ..............................123 TRIGO E JOIO....................................................126 CRREGO FORMIGA.......................................129 CARREIRO APAIXONADO .............................132 CABOCLO APAIXONADO ..............................134 CANO AOS AVS .......................................136 DOIS FILHOS DE FRANCISCO .......................137 CAMINHONEIRO, ANTONIO DOS SANTOS 139 PROTETOR DOS VIOLEIROS. ........................141 BRINCADEIRA DE PESCADOR......................143 IPS FLORIDOS ................................................145 PRESIDENTE PRUDENTE ...............................146 AlGUM ESPECIAL..........................................147

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CAVALO TORDILHOCavalo Tordilho, nesta cano, A nossa histria eu quero contar Casado de novo, cheio de esperana Um cavalo bom eu queria comprar Eu o conheci, recm domado Com toda fora, para trabalhar Foi s montar, gostei do seu tranqueado E fechei negcio com o Maring. Mais de vinte anos, na lida de gado Voc foi pra mim, um companheiro Em sua corrida sentia firmeza Nunca deu rodada, nunca foi ao cho Pra pegar bagual, preparava o lao E voc partia, feito um tufo Logo com o bicho se emparelhava E podia por o lao com a mo (continua)

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(continuao)

Meus filhos cresceram, com voc amigo E da lida do campo, aprenderam a gostar A sua presena, traz gratas lembranas E eu volto no tempo pra recordar. Nova gerao, j vem despontando E nossa histria, vai continuar Sinto-me orgulhoso com ns dois levando A minha netinha para passear. Obrigado Tordilho, cumpriu a misso Aps tanta luta vou lhe aposentar e pode contar com minha gratido Bom trato e carinho no vo lhe faltar Quanto a mim ver em outro cavalo Na luta de sempre no penso em parar Por minha vontade e na lida do campo Que a morte um dia ir me encontrar.

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Sede Antiga da Fazenda Aurora

EU SOU CAIPIRA Eu sou caipira pode me chamar assim se me chamar de caipira eu no vou achar ruim eu nasci numa fazenda e nela eu me criei gosto muito do lugar onde eu sempre morei eu sou caipira eu sou caipira Com nove anos de idade perdi meu querido pai dele s me falam bem e isso me satisfaz minha me mulher valente no dava moleza no e tive que trabalhar pra ajudar os meus irmos eu sou caipira eu sou caipira (continua)

(continuao) Eu tinha irmo carreiro e irmo que era peo trabalhei de candeeiro e amansei muito pago depois recebi de herana trinta alqueires de cho e junto com dona Aurora enfrentei nova misso eu sou caipira eu sou caipira Eu continuei a luta com muita disposio casei e ganhei dois filhos que alegraram o casaro minha me viveu bastante e teve a satisfao de curtir os seus netinhos por quem tinha adorao eu sou caipira eu sou caipira (continua)

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(continuao) Na vida nunca faltei ao dever de cidado trs mandatos de prefeito cumpri com dedicao ando de cabea erguida sem temer humilhao eu nunca enganei ningum comigo sim ou no eu sou caipira eu sou caipira Pra terminar minha histria no vou deixar sem meno o meu melhor amigo foi meu cachorro Sulto e a brava gente do campo vai a minha saudao so caipira como eu construindo uma nao eu sou caipira eu sou caipira

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P de Figueira (Plantado em 1953)

P DE FIGUEIRA P de figueira No ptio da casa grande Esta mesma casa onde A vida inteira vivi Faz tanto tempo Recordo com saudade No verdor da mocidade Eu o plantei ali P de figueira Depressa foi crescendo Com voc fui aprendendo Belas lies de amor Seus fortes galhos Abrigam os passarinhos onde constroem seus ninhos Quanta alegria em redor Com os seus frutos A passarada faz festa Cantando parece orquestra Louvando a natureza Em sua sombra Descansam os animais um quadro lindo demais Nunca vi tanta beleza (continua)19

(continuao) Em sua sombra Tinha um carro de boi Que por muitos anos foi Lembrana de um passado Com o progresso Teve que parar um dia No tendo mais serventia Findou ai encostado P de figueira este o nosso destino Eu luto com o menino Que vive dentro de mim Olho seu tronco Parece estar dizendo Pra eu ir me convencendo Que tambm envelheci Com os seus frutos A passarada faz festa Cantando parece orquestra Louvando a natureza Em sua sombra Descansam os animais um quadro lindo demais Nunca vi tanta beleza

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CACHORRO SULTO Ao meu melhor amigo Eu dedico esta cano Fiel e bom companheiro Valia mais que um peo Valente e muito disposto tava sempre de prontido minha gente estou falando do meu cachorro Sulto Parecia um menino Alegre e brincalho fazer burro bravo pular era sua diverso ia saltando na frente corcoveava o pago s ouvia os seus latidos au au segura peo Contar as suas proezas Faz bem ao meu corao No meu cavalo arreado estranho no punha a mo segurava boi pela venta me dava satisfao de ver o bicho berrando nos dentes do meu sulto (continua)21

(continuao) E foi na lida de gado que era a sua paixo ao atravessar o asfalto acompanhando um peo o Sulto foi atropelado perdi meu querido co eu senti a sua morte como se fosse um irmo Neste mundo carente de amor tem maldade, tem ambio at mesmo nas famlias est faltando unio parece que os animais tem maior compreenso um bom exemplo nos deu o meu amigo Sulto.

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Cachorro Sulto

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TIO MELONa cidade de Taciba Tio Melo conhecido gosta muito de rodeio seu esporte preferido com seu cavalo e seu lao o sucesso garantido s abrir a porteira sua laada certeira pelo povo aplaudido Os seus pais a muitos anos enfrentaram o serto e para criar os filhos foi uma dura misso tempo de carro de boi de catira e mutiro lutaram com tanto empenho at monjolo e engenho lhes ajudaram ganhar o po

(continua)

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(continuao) Com a f que Deus lhe deu Tio Melo um vitorioso esteve muito doente foi um tempo doloroso seu lao ficou parado e seu cavalo nervoso mais hoje est curado curtindo a vida folgado viver muito gostoso Rodeio hoje esporte Cachaa dos brasileiros Mais no vamos esquecer Tio Melo um dos pioneiros abriu a primeira pista com mais alguns companheiros a peonada se reunia e o povo se divertia era festa o dia inteiro (continua)

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(continuao) Tio Melo esta homenagem prova de gratido vamos tirar o chapu pra quem sabe ser peo a histria de sua vida merece imitao peo pra no ter fracasso alm de ser bom de lao tem que ser bom cidado.

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EU E MEU PAIO meu pai cantador tambm gosto de cantar eu pego a minha viola ele vem pra ajudar cantamos modas antigas dessas que fazem lembrar o seu tempo de solteiro cantava com seu parceiro faziam pedra chorar dizem que quem canta os seus males espanta o meu pai cantador cantador tambm eu sou Meu pai igual sentinela que no abandona o posto trabalhando criou os filhos foi corajoso e disposto agora est aposentado curtindo a vida a seu gosto eu sou do mesmo padro luto pra ganhar o po com o suor do meu rosto dizem que quem canta os seus males espanta o meu pai cantador cantador tambm eu sou (continua)

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(continuao) Quando chega a tardinha ao descansar da peleja gosto muito de tomar uma gostosa cerveja esqueo os meus problemas e afugento a tristeza eu acho pra l de bom beber curtindo um som de msica sertaneja dizem que quem canta os seus males espanta o meu pai cantador cantador tambm eu sou Uma toada sertaneja gosto muito de cantar valseado e cano rancheira tambm sei apreciar cururu e cateret sucesso em qualquer lugar no posso deixar de fora uma moda de viola faz o caboclo chorar dizem que quem canta os seus males espanta o meu pai cantador cantador tambm eu sou (continua)

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(continuao) Aos amigos e conhecidos o meu recado vou dar no quero ver ningum triste quando este mundo deixar a vida passageira no adianta chorar indo pra nova morada vou levar umas toadas l tambm quero cantar dizem que quem canta os seus males espanta o meu pai cantador cantador tambm eu sou.

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RESSURREIO DE LZARONa aldeia de Betnia Jesus quando ali chegava era em casa de Marta onde sempre se hospedava Marta e seus irmos Lzaro e Maria gostavam muito de Jesus o amigo da famlia Ouvindo as palavras do mestre Maria enlevada ficava dos afazeres de casa muitas vezes descuidava promessa de vida eterna guardava em seu corao porm Marta sua irm fazia reclamao Marta, Marta disse Jesus vejo que estas ocupada Maria escolheu a parte que no lhe ser tirada deixe que oua a palavra que leva salvao crendo na vida eterna tambm na ressurreio (continua)

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(continuao) Lzaro tava doente no demorou pra morrer Jesus estava ausente e no pode socorrer s depois de quatro dias naquela casa chegou encontrou as irms chorando e Jesus tambm chorou Marta disse a Jesus perdemos o irmo querido mais se aqui estivesse ele no teria morrido pra Marta disse Jesus seu irmo ressuscitar e aquele que cr em mim para sempre no morrer Jesus pediu que o levasse onde o morto estava chegando naquela gruta muita gente acompanhava Jesus olhou para o cu e para o pai suplicou Lzaro vem pra fora e ele ressuscitou

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TERRA BOATaciba terra boa plantando tudo d tem gua pura de mina em todo lugar rios e riachos pra gente pescar minha terra tem palmeiras onde canta o sabi Taciba terra boa outra melhor no h. Quem vive nesta terra no v o tempo passar as festas de rodeio faz o povo se agitar bastante mulher bonita muito som pra animar muito peo na disputa querendo o prmio ganhar Taciba terra boa outra melhor no h (continua)

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(continuao) Taciba terra boa outra melhor no h o forasteiro chega tem vontade de ficar s paz e tranqilidade encontra neste lugar tenho medo do progresso com tudo isso acabar Taciba terra boa outra melhor no h.

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ACORDA BRASILComo pode o Brasil, pas to grande com solo frtil e riquezas naturais no subsolo, muito ouro, muita prata, ferro, cobre e outros minerais com muitos rios pelo mar tambm banhado um reino encantado, paraso sem igual com tudo isso, um pas endividado pobreza por todo lado, muita gente vive mal No este o pas que ns queremos da misria e corrupo medonha o Brasil tem tudo, somente est faltando aos governantes, um pouquinho de vergonha. Acorda Brasil, Acorda Brasil ! (continua)

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(continuao) O desemprego e tambm a violncia sinal de nao que vai mal de sade. e as drogas, esto em toda parte destruindo a nossa juventude preciso dar um basta, combater o inimigo separar joio do trigo, pra ser nao de verdade A nossa gente merece melhor destino pra cantar em novo hino a sua felicidade No este o pas que ns queremos da misria e corrupo medonha o Brasil tem tudo, somente est faltando aos governantes, um pouquinho de vergonha. Acorda Brasil, Acorda Brasil

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MINHA HERONAEu moo do campo, ia cidade Cuidar de negcios, tambm passear Naquele banco, voc trabalhava Eu era cliente, sempre ia l Voc me atendia, sempre sorridente Modos delicados, a me conquistar Pensava comigo, j estou na idade Se depender de minha vontade Com essa moa, eu vou me casar Tivemos namoro, depois casamento Veio pra fazenda, comigo morar Uma vida dura, tudo diferente Moa da cidade, teve que enfrentar A sogra geniosa, com quem conviveu Foi muito difcil, para combinar Sentindo firmeza, logo a Dona Aurora Teve que entender, que aquela nora Havia chegado, para ficar (continua)

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(continuao) Vieram filhos, quanta alegria Queria ser pai, era o meu ideal Primeiro menina, depois um menino E assim tivemos, um belo casal Voc sempre foi, a me nota dez Dando famlia, ateno total Formaram-se os filhos, graas a Deus Graas tambm, aos esforos seus E a Tia Nice, e ao Tio Dorival No foi s paz, nosso casamento Num tempo ruim, quase desmoronou Eu fui culpado, e a fiz sofrer Mas a tempestade, logo passou Com sua fibra, de mulher guerreira Transps a barreira, e ao seu lado estou Contando esta histria que aqui termina Saiba que voc minha herona E eu o homem que sempre lhe amou

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Vida de cabocloQuem no me conhece e quiser me conhecer venha visitar-me ser um grande prazer conhea o casaro tambm minha herona vai tomar um cafezinho e beber gua de mina Conhea a simplicidade da vida de um caboclo um pouco com Deus muito e o muito sem Deus pouco Ao ouvir os passarinhos em toda parte cantando saiba que so meus amigos Boa vinda desejando no se assuste com os latidos do meu cachorro Sulto ele meu companheiro em minha lida de peo Conhea a simplicidade da vida de um caboclo um pouco com Deus muito e o muito sem Deus pouco (continua)

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(continuao) vou mostrar o meu tordilho cavalo de estimao contei a nossa histria nos versos de uma cano do velho carro de boi vou mostrar o que restou quatro cangas e os canzis lembranas que ele deixou Conhea a simplicidade da vida de um caboclo um pouco com Deus muito e o muito sem Deus pouco Vai ver o p de figueira que plantei e vi crescer parece que est sorrindo porque sabe envelhecer o tempo vai passando sua copa aumenta mais sempre ganhando espao pra dar proteo e paz Conhea a simplicidade da vida de um caboclo um pouco com Deus muito e o muito sem Deus pouco (continua)

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(continuao) L no crrego Formiga vendo a gua limpa correr ali a voz da natureza tem muito pra lhe dizer eu amo minha querncia e daqui s Deus me tira por isso que eu digo que gosto de ser caipira Conhea a simplicidade da vida de um caboclo um pouco com Deus muito e o muito sem Deus pouco

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Pensando na vidaEstive pensando na vida os anos passaram, eu no percebi quando me vejo no espelho, ento reconheo que envelheci as rugas no rosto, os cabelos brancos so marcas que o tempo deixou em mim natural aos seres viventes que se renovem constantemente o velho findar-se, para o novo existir J estou chegando ao fim da jornada foram tantas lutas mas todas venci dando cabeadas, errando e acertando na escola da vida, eu muito aprendi. No corre corre da vida da felicidade eu esqueci hoje olhando para trs vejo o quanto de tempo que j perdi daqui para frente, meu resto de vida ser diferente, porque descobri que a vida pra ter sabor precisa de paz, precisa de amor e nunca tarde, para ser feliz J estou chegando ao fim da jornada foram tantas lutas mas todas venci dando cabeadas, errando e acertando na escola da vida, eu muito aprendi. (continua)

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(continuao) Se eu nascesse de novo uma nova vida fosse desfrutar no faria os erros que fiz seria feliz, pode acreditar s queria que Deus em sua bondade me deixasse de novo aqui continuar junto das plantas e dos animais em minha querncia onde sinto paz entoando canes, pra eu recordar J estou chegando ao fim da jornada foram tantas lutas mas todas venci dando cabeadas, errando e acertando na escola da vida, eu muito aprendi.

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Me NaturezaEu sou caipira sou um caboclo pacato gosto do cheiro de mato e tambm do meu rinco em meu cavalo saio pra cuidar do gado vou cantando improvisado pra compor uma cano Vou cidade a negcio ou a passeio o meu melhor recreio junto da natureza minha cano um hino de louvor que dedico ao criador que nos deu tanta beleza De manhzinha o cantar da passarada com melodias variadas sadam o novo dia tambm o galo que anuncia a madrugada acompanha a passarada cantando com alegria (continua)

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(continuao) No horizonte o astro rei aparece e a terra agradece quem lhe ajuda a produzir com sol e chuva a combinao perfeita que faz dar boa colheita para o lavrador sorrir

da terra que sai o alimento que garante o sustento de quem vive na cidade e quem produz derramando o suor v que tem pouco valor em nossa sociedade Vai meu irmo nesta luta pelo bem pra no faltar a ningum comida pra por na mesa minha cano um hino de louvor viva o trabalhador viva a me natureza

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Restaurante da ChicaEm Tacibano restaurante da Chica tem sempre algum cantando o recanto da poesia viajante que aprecia para e fica escutando em dupla ou sozinho cantam igual passarinho pelo prazer de cantar os viajantes vo embora levando Brasil afora lembranas deste lugar Canta violeiro canta sua cantiga faz bem dizem que l no cu os anjos cantam tambm Mirassol e Barrerito eles cantam bonito e sempre so aplaudidos Elian e Lourival dupla que canta legal sucessos novos e antigos Chico Rocha e o parceiro Joo Zezo com seu violo cantando em seu estilo pra cantoria animar a Chica pra completar canta na roda de amigos

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Rodeio em TacibaEm Taciba todo ano tem a festa de rodeio tem montaria em touro Peo monta sem receio montaria em cavalo peo se ajeita no arreio s abrir a porteira sai corcoveando feio peo lembra de quem ama mais a conquista da fama sempre foi seu devaneio. Segura peo, segura peo o cho o limite, o limite o cho Tem peo agarrador que corta o bicho na espora e tem peo que fracassa que pra cair no demora igual no jogo do amor tem derrotas e vitrias um peo apaixonado quer tudo na mesma hora quer sair o vencedor no rodeio e no amor todo coberto de glrias Segura peo, segura peo o cho o limite, o limite o cho (continua)

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(continuao) So quatro dias de festa no d para reclamar com shows de artista famosos que aqui vem pra cantar tem o baile do cowboy faz a moada agitar mulher bonita e cerveja e muito som pra danar Taciba meus parabns orgulha os filhos que tens para sempre irei te amar Segura peo, segura peo o cho o limite, o limite o cho

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Amor terra natalTaciba s meu torro sempre adorado e querido s a terra onde nasci e onde tenho vivido a tua gente to boa tua natureza to bela aceite Taciba querida esta modinha singela Taciba sers lembrada nos versos desta cano que fiz pra te dedicar de todo meu corao O amor terra natal mesmo amor sem fim Taciba pra te louvar a gente canta assim

(continua)

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(continuao) Taciba s meu torro sempre adorado e querido s a terra onde nasci e onde tenho vivido A tua gente to boa tua natureza to bela aceita Taciba querida esta modinha singela

Taciba sers lembrada nos versos desta cano que fiz pra te dedicar de todo meu corao o amor terra natal mesmo amor sem fim Taciba pra te louvar a gente canta assim

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O moo ricoJesus, o Divino mestre ensinava populao que ouvia a sua palavra com respeito e admirao chegou um moo bem trajado e fez uma indagao mestre o que devo fazer pra alcanar a salvao Disse Jesus quem guardar de meu pai os mandamentos ter o reino do cu este meu ensinamento os preceitos foi falando o moo ouvia atento mestre o que tenho guardado estou preparado para o julgamento

(continua)

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(continuao) Jesus ento lhe falou uma coisa est faltando vai e vende o que tens estarei aqui esperando reparte tudo com os pobres pra ir me acompanhando o moo baixou a cabea muito triste foi se retirando Aos presentes Jesus comentou vejam o que aconteceu foi maior o amor riqueza maior que o amor a Deus Em verdade eu lhes digo mais fcil um camelo passar no buraco de uma agulha que um rico se salvar

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Estilingue da saudadeEu era menino, morava na roa gostava muito daquele lugar que vida gostosa da meninice eu fecho os olhos pra recordar vejo a escolinha onde estudava e a professora a me ensinar hora do recreio no ptio da escola com meus colegas feliz a brincar Oi saudade no vai me abandonar saudade amiga como bom lembrar Das festas juninas eu nunca me esqueo daqueles rojes explodindo no ar comendo pipoca ao redor da fogueira traques e bombinhas fazendo estourar outras diverses me vem lembrana andar a cavalo e tambm pescar do meu estilingue no me separava com muitas pelotas pra eu atirar Oi saudade no vai me abandonar saudade amiga como bom lembrar (continua)

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(continuao) Mais tudo que bom logo termina meu tempo ditoso j ia acabar com minha famlia mudei pra cidade e o meu paraso tive que deixar tornei-me adulto um dia casei e o tempo passou querendo apagar as belas lembranas da infncia querida s minha saudade ningum vai tirar Oi saudade no vai me abandonar saudade amiga como bom lembrar A vida reserva surpresas pra gente minha me resolveu a casa reformar em seus guardados achou o estilingue com as pelotas que usei pra brincar ao visit-la recebi um presente aquele embornal me fez chorar era o estilingue da minha saudade pra sempre comigo eu vou guardar Oi saudade no vai me abandonar saudade amiga como bom lembrar

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Terra cadaNa margem do Amazonas aquele imenso rio um rancho para morar um caboclo construiu tinha tudo preparado em seu pedao de cho um lindo pomar formado tambm tinha criao o que ele mais queria casar e ter famlia sua maior ambio Com moa da vizinhana comeou a namorar duas horas rio acima de barco pra chegar no demorou ficar noivo e s faltava marcar a data do casamento pro sonho realizar to feliz que ele estava triste notcia chegava pra tudo atrapalhar O seu amigo falou voc no foi ao forr a sua noiva sambou at o raiar do sol o vaqueiro Juvenal teve que molhar os panos pra dar conta da morena noite toda requebrando foi um chamego danado no pude ficar calado por isso estou lhe contando

(continua)

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(continuao) Era um golpe dolorido que o caboclo recebia esperou um outro forr mandou dizer que no ia mais ele foi escondido queria ver pra crer viu a morena e o vaqueiro agarrados pra valer o amigo no mentiu seu sonho ela destruiu nada podia fazer Tempo formou pra chover logo caiu um tor foi uma tromba d`gua acabou com o forr depois que a chuva passou foi descendo devagar sua querida morada no pode mais encontrar tinha sido destruda com a terra cada que o rio costuma levar O caboclo arrasado chorou por tudo que viu foi tudo uma iluso a sorte no lhe sorriu o p de flor que plantou no corao no floriu a noiva o desprezou seu rancho tambm sumiu l no meio da floresta para o caboclo s resta vencer mais um desafio

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Paixo e cachaaDe boteco em boteco bebendo cachaa meu amigo acha que vai esquecer a mulher que ama que lhe abandonou e ele ficou infeliz a sofrer De nada vale a sua paixo na contramo vai se machucar a paixo tormenta que logo passa mas a cachaa pode lhe matar A vida boa pra quem sabe viver d volta por cima se quiser vencer levante a cabea que a tristeza some a paixo no pode derrotar o homem

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Capim novoSe o homem neste mundo j deu muita caminhada e a vida for uma estrada toda cheia de estorvo basta s o carinho de uma mulher, de um diabinho pra estrada velha empoeirada ficar logo num instantinho cheia de mato verdinho cheirando a caminho novo Se at cavalo velho gosta de capim novo coroa que s quer broto no deve ser censurado uma garota fogosa bonita e carinhosa se deixa o velho assanhado seu fogo ele apaga no precisa de viagra pra dar conta do recado O velho que esperto no casa com mulher nova pra no virar uma droga a sua vida folgada se ela virar o jogo e desejar capim novo no tem cerca reforada porque ela vai pular e o velho vai ficar com a cabea enfeitada

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Castelo do amorEm uma terra distante este fato se passou com um jovem estudante pela amiga se apaixonou ele sentiu-se humilhado ao ouvir a moa falar voc pobre e no pode meu sonho realizar eu quero um marido rico pretendo a vida gozar e ter que construir um castelo pra eu morar O jovem pegou um papel e logo ele desenhou a planta de um castelo conforme idealizou ao professor foi mostrar veja o que vou fazer o castelo deste desenho com minhas mos vou erguer pra minha amada vou dar seu gosto vou satisfazer difcil mais vou conseguir porque querer poder (continua)

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(continuao) Vendo aquele projeto professor se enfureceu ficou to indignado no aluno ele bateu depressa a notcia espalhou muita gente se comoveu apoiaram o jovem estudante construiu o castelo seu foi to grande a torcida o impossvel aconteceu a notcia da construo de um castelo por um plebeu Assentando pedra sobre pedra as paredes ia levantando ali derramando o suor sozinho foi trabalhando s alguns anos depois a obra ficou terminada e pra conhecer o castelo aquela mulher foi chamada a porta era to estreita s pode entrar ajoelhada l dentro viu tanta beleza ela ficou deslumbrada (continua) (continuao)

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Eu sonhei morar num castelo meu sonho voc realizou se quiser ser o marido da mulher que sempre sonhou um sinal fez o proprietrio e na sala logo apareceu uma jovem e linda mulher com carinho um beijo lhe deu esta a mulher que eu amo meu amor por voc j morreu outrora voc no me quis agora quem no quer sou eu

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O Velho CaminhoneiroAssim falou-me, o velho caminhoneiro estou cansado mais no posso parar minha famlia depende de mim e enquanto puder, meu caminho vai rodar Sou caminhoneiro minha vida assim sempre viajando minha estrada no tem fim J sofri acidente, tambm fui assaltado quem roubou meu caminho, deixou-me amarrado fiquei pensando, que aquele ladro nunca teve famlia e nem caminho Sou caminhoneiro minha vida assim sempre viajando minha estrada no tem fim Com sol ou chuva, com frio ou calor dirigindo o possante, conheo o pas inteiro com meus colegas, transportando riquezas o progresso do Brasil, depende dos caminhoneiros (continua)

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(continuao) Sou caminhoneiro minha vida assim sempre viajando minha estrada no tem fim A saudade companheira, de todo caminhoneiro saudade da esposa, da amante ou namorada ouve uma cano e afugenta a tristeza pensando na alegria, na hora da chegada Sou caminhoneiro minha vida assim sempre viajando minha estrada no tem fim depois de ouvir a estria do caminhoneiro fui obrigado a tirar o meu chapu E quando encontro um caminho na estrada peo as bnos de Deus a esse heri sem trofu Sou caminhoneiro minha vida assim sempre viajando minha estrada no tem fim

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Tragdia AmericanaParecia um filme de guerra que ao mundo era exibido foi assim aquela tragdia l nos Estados Unidos Nova Iorque e a capital foram alvos escolhidos dia onze de setembro nunca ser esquecido Uma guerra esquisita sem contra para lutar a nao mais poderosa no pode seus filhos salvar Dezenove terroristas quatro avies seqestraram assumiram os comandos e para o ataque partiram nas torres de Nova Iorque dois deles se espatifaram no horror daquele fogaru as torres desmoronaram Uma guerra esquisita sem contra para lutar a nao mais poderosa no pode seus filhos salvar (continua)

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(continuao) Na capital do pas jogaram o terceiro avio no prdio onde funciona a defesa da nao talvez fosse a Casa Branca o alvo do quarto avio ele caiu noutro estado sem causar mais destruio Uma guerra esquisita sem contra para lutar a nao mais poderosa no pode seus filhos salvar Os autores do atentado enlutaram aquela nao ceifando milhares de vidas em covarde e terrvel ao o presidente americano tomou logo a deciso de caar os terroristas e por todos na priso Com a guerra declarada teriam que encontrar os malvados assassinos para o mundo ter paz

(continua)65

(continuao) Descobriram terroristas l no Afeganisto por ar, por mar e por terra fizeram a invaso tudo foi bombardeado passaram um arrasto s no encontraram Bin Laden o terrorista chefo Com a guerra declarada teriam que encontrar os malvados assassinos para o mundo ter paz A caa no mundo inteiro dizem vai continuar s com o uso da fora terrorismo no vai acabar a nao mais poderosa sabe que vai precisar corrigir as suas falhas para a paz alcanar Com a guerra declarada teriam que encontrar os malvados assassinos para o mundo ter paz

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CABOCLO FELIZGosto de cavalo bom e de mulher bonita de cerveja bem gelada e de cantoria gosto de um bom churrasco e faca afiada gosto de passar a noite na boemia gosto de viver no campo e lidar com gado de reunir a boiada para a castrao minha laada certeira no pescoo o parceiro nas canelas e o boi vai pro cho Se fico meio estressado de cabea quente Eu pego a minha tralha e vou pescar l na beira do rio com a natureza Recobro minha energia para trabalhar Gosto de ouvir o canto da passarada Parece uma orquestra regida por Deus Entre as lindas aves a gara branca Parece uma rainha pelo porte seu Gosto de minha terra e de sua gente De seus campos e montes e dos ribeires O amor minha terra declarei nos versos E nas melodias de minhas canes Quando chegar o dia o poeta se vai E se for lembrado pelos versos seus Vai agradecer e pedir no esqueam O maior poeta que nosso Deus (continua)

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(continuao) Eu j vivi bastante e sei que a vida preciosa demais pra quem sabe viver Eu tenho uma famlia minha riqueza Que eu no me canso de agradecer j falei do que gosto mas vou confessar No tive na vida tudo o que eu quis Muitos sonhos meus eu deixei pra l E assim eu sou um caboclo feliz

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DESABAFOAmigo porque bebe tanto assim Se for por causa de mulher bom parar Tambm sofri ao perder um grande amor Senti a vida de repente desabar Pelos bares dia e noite embriagado Eu cantava canes dor de cotovelo No faltavam os bomios me aplaudindo E me pediam a cano FIO DE CABELO Canta comigo, cante a TAA DA DOR BOATE AZUL, canta um tango portenho, O bolero SOLAMENTE UNA VEZ, O DESATINO s aumenta a dor que tenho Amigo quando ela me deixou Senti um golpe que o tempo cicatrizou Um novo amor veio florir o meu caminho E a grande mgoa que eu sentia se acabou Eu compreendo o sofrimento e a amargura Da sua dor eu quero compartilhar Vamos beber pra sufocar sua saudade Cante comigo, cante pra desabafar

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JULIANAA beleza da mulher fonte de inspirao O poeta inspirado J compe uma cano Eu conheo Juliana Alma vinda de outras eras uma menina moa Flor de quinze primaveras Os olhos de Juliana So belos como o luar Transmitem paz e ternura No brilho do seu olhar Suas mos parecem plumas Bonitas e delicadas Os seus gestos tm magia Como num canto de fada O corpo de Juliana Cheio de graa e leveza Parece uma flor nativa Enfeitando a natureza Quando Deus a concebeu Com carinho e muito amor Deu tambm Juliana A beleza interior (continua)

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(continuao) Juliana, Juliana De sorriso encantador Juliana, Juliana Mais linda que uma flor.

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SONHO DE SAPATEIRO Um sapateiro humilde Morava sozinho no tinha famlia Mas tinha um bom corao Se algum precisasse, ele socorria Certa noite sonhou com Jesus No seu sonho o Mestre dizia Amanh irei visit-lo Estarei em sua companhia Quando acordou de manh Lembrou de Jesus e o que havia sonhado Cuidou de arrumar a casa Pra que Jesus fosse bem hospedado Preparou o caf da manh E deixou tudo bem arrumado Ficou esperando o amigo Conforme Jesus tinha lhe falado J era quase meio dia Bateram na porta, ele foi atender Um mendigo todo maltrapilho Com fome pedia um po pra comer Deu ele o caf de Jesus o que tinha para oferecer Deu ainda um velho agasalho O mendigo se foi depois de agradecer (continua)73

(continuao) Esperou a tarde inteira Mas Jesus no veio e a noite chegou O sapateiro logo dormiu E com Jesus novamente sonhou Porque no foi visitar-me? Para o Mestre ele perguntou O senhor ento lhe respondeu Eu sou o mendigo que voc amparou. Quem der um po ao faminto E der vestes ao esfarrapado Der de beber ao sedento E der ao enfermo amor e cuidado Quem acolher ao peregrino E consolar o encarcerado Ser o meu escolhido E com o reino do cu ser recompensado. O sapateiro muito feliz Pode ento compreender No mandamento de Jesus Cristo S o amor deve prevalecer E no dia do juzo final Ser Ele quem vai escolher Separando os bons e os maus Ento ser tarde pra se arrepender.

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ESTOURO DA BOIADACaboclo Sebastio Rocha Oitenta e dois janeiros No liga para idade Est ativo e ligeiro Histrias de sua vida Ele conta prazenteiro Na lida desde menino Sebastio boiadeiro Mesmo sendo aposentado No parou de trabalhar Hoje corretor de gado E bom pra negociar No porta-malas do carro Ele costuma levar A sua tralha de arreio Que usa se precisar Foi peo e capataz Comandava a peonada Foi dono de comitiva Muitos anos de estrada Tantas viagens que fez Uma sempre lembrada Na cidade de Tup O estouro da boiada (continua)

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(continuao) A boiada enfurecida Parecia um tufo Aquela louca disparada Assustou a populao Uma praa da cidade Foi grande a destruio Por sorte ningum morreu Mas houve muita aflio Quando bem longe a boiada Cansada ento parou Foi chegando a peonada O prefeito tambm chegou O homem estava nervoso Ao capataz perguntou Quem vai pagar o estrago Que a boiada causou Ningum vai pagar estrago Do que no devedor Aconteceu um acidente Lamento muito senhor O Prefeito pensou um pouco E depois assim falou. Pode seguir a viagem E seu amigo eu sou

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PAI CELESTIALPai Calestial Oua minha cano Na forma de orao Que fiz pra te agradecer Pela minha vida E todo este tempo vivido Eu fui e sou protegido As vezes sem merecer. Pai Celestial Eu sou um filho rude Tenho falhas na virtude Mas sou da paz e do bem Tua bondade Fortalece a minha crena E recebo a recompensa Por no desprezar ningum. Pai Celestial Eu que nunca te vi Mas em tudo senti O teu imenso poder to perfeita A criao do universo Nem com um milho de versos daria para descrever. (continua)

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(continuao) Pai Celestial Emocionado eu agradeo Na queda e no recomeo Nas mudanas da mar E toda vez Que sentir a inspirao Surge uma nova cano De amor esperana e f

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Z MARCELINOZ Marcelino vendeu O sitio que possua E com a sua famlia Mudou-se para a cidade Hoje dono de um bar Tem uma vida folgada Mas da antiga morada Sente muita saudade Saudade quando acordava No cantar dos passarinhos Tomava um cafezinho E ia para o curral Tirava o leite das vacas Ouvindo o radio tocando A bezerrada berrando E as crianas no quintal O seu falecido pai S deixou boas lembranas Presente em todas festanas Aos santos de devoo Devoto de Santo Antonio O tero ele rezava E a bandeira levantava Cantando em louvao (continua)

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(continuao) O seu chapu panam o sinal do peo Mesmo atrs de um balco Nunca deixou de usar Tudo que lembra o campo So coisas que lhe consola Como as modas de viola Que gosta de escutar O Z diz que na cidade O ms de junho triste Fogueira j no existe Ningum mais solta rojo Ningum mais reza pro santo J coisa do passado No tem doces nem salgados Nem caf e nem quento. Mas o Z tem um consolo Que cuida com zelo e luxo o seu cavalo gacho Que ele tem conservado Quando aperta a saudade Ele vai nas cavalgadas E castrao de boiadas Reviver o seu passado.

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NICO AMORIgual um casal de pombos Sempre juntinhos, enamorados Assim foi nosso namoro Um pelo outro, apaixonados Eu era pra ela e ela pra mim O primeiro amor Mas fui um covarde eu sei Por outra lhe abandonei Lhe causando magoa e dor O dano que lhe causei Nunca pude reparar Se ela j me perdoou No consigo me perdoar Ela nunca quis Um outro amor em sua vida Preferiu a solido E suas lembranas to queridas Aquela menina moa Que gostava tanto de ver passar O moo montado a cavalo Pensava consigo com ele um dia ia se casar (continua)

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(continuao) Nem o cruel desengano Nem o tempo destruidor No destruiu a paixo Pelo seu nico amor

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CABOCLO HERICaboclo pra ser feliz Bastam trs coisas somente Gozar de boa sade Pra nunca ficar doente No aconchego do lar Uma mulher companheira Um cavalo bom de sela Pra sua lida campeira No precisa gloria e luxo Status na sociedade Riqueza sua famlia E sua simplicidade Caboclo no se esmorece No reclama e s trabalha Lutando feito um guerreiro No seu campo de trabalho A sua maior herana o calo que tem nas mos A lavra da terra bruta No seu pedao de cho Nunca valorizado Mas guarda no corao Certeza que contribui Pra grandeza da nao (continua)

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(continuao) Este caboclo um heri Exemplo de cidado Que preserva as razes Da cultura e tradio No seu recanto isolado L nos confins do serto uma estrela que brilha Em nossa constelao.

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CANO DO VIOLEIROLeva vento das campinas A cano deste violeiro Tenho o corao deserto grande o meu desespero Quem viu a minha cabocla Dona do meu corao? Chora, chora na viola Violeiro do serto Ela se foi numa tarde Como as gaivotas do rio A chuva apagou seu rastro Meu rancho ficou vazio O acau canta triste Mais triste o meu corao Chora, chora na viola Violeiro do serto Vento passa nas baixadas Nos espiges e nas serras Vai encontrar minha amada Em alguma parte da terra Sei que ela vai voltar Ao ouvir minha cano Chora, chora na viola Violeiro do serto (continua)

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(continuao) E quando ela voltar Cumpro a promessa que fiz No haver no serto Um caboclo mais feliz Eu vou fazer uma festa Com cantoria e rojo Canta, canta violeiro Dando adeus solido

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SAUDADE DO SERTOEu vou cantar uma moda caipira dessas que fazem recordar o passado as modas de viola e a dana da catira os catireiros e o sapateado ai que saudade da vida no serto sem o asfalto violncia e poluio Os bailes de barraca e a dana a noite inteira com a sanfona, pandeiro e violo do piso de cho levantava a poeira assim se divertia o povo no serto ai que saudade da vida no serto sem o asfalto violncia e poluio (continua)

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(continuao) E os pees conduzindo a boiada com o ponteiro repicando o berrante viagem longa de pousada em pousada Para entregar a boiada bem distante acabou-se o encanto do nosso serto sem o carro de boi o monjolo e o mutiro E o engenho bom parceiro do caboclo produzia o acar a cachaa e rapadura uma junta de bois girava a moenda era to simples mais quanta fartura acabou-se o encanto do nosso serto sem fogueiras e quadrilhas nas noites de So Joo (continua)

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(continuao) O avano do progresso modificou o serto mais o caboclo caipira mantm viva a tradio o som de nossa viola j conquistou o mundo o Brasil verde e amarelo atravessou o rubico acabou-se o encanto do nosso serto era do computador celular e televiso

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DESPEDIDA DE UM LEITEIROEstou contente Deixei de ser leiteiro Voltei a ser boiadeiro Minha vida est mudada Levanto cedo Porque acho muito bom Mas no tenho preciso De levantar de madrugada O meu cavalo Que andava meio lerdo Agora est esperto pronto para atropelar E o velho lao Que eu guardava com capricho De vez em quando eu espicho No pescoo de um bagu (continua)

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(continuao) Em minha vida Na rotina de um peo Eu honro a profisso Da boiada sei cuidar No tempo certo Eu fao a castrao Aparte e vacinao No deixo nada faltar A marcao Eu fao com ferro quente Se algum boi fica doente Fao tudo para salvar O olho do dono E o sal proteinado Com todos estes cuidados Fao a boiada engordar (continua)

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(continuao) Eu no maldigo A antiga profisso Que me deu sustentao S no deu pra enricar Eu tenho sade Meus filhos esto formados Deus eu digo obrigado Em outra frente vou lutar E aos leiteiros Amigos da madrugada Ao ouvirem esta toada De mim se lembraro Eu me despeo De meus colegas leiteiros Boa sorte companheiros Desejo de corao

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TEMPO DE MENINODo meu tempo de menino Eu guardo boas lembranas Ia a cavalo pra escola Junto com outras crianas Uma menina morena Cabelos pretos com franjinha Queria namorar comigo Dez anos somente eu tinha Eu fiquei gostando dela No sabia namorar Senti pela primeira vez O desejo de amar Quando deixei a escola No tive moleza no Na lida dura da fazenda Fui ajudar meus irmos O nosso carro de boi Quatro juntas aparelhadas Ele cantava bonito Carregando carga pesada Com sua vara de ferro Meu irmo era o carreiro Na guia o rochedo e o rosado E eu era o candeeiro (continua)

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(continuao) A tarde na bica dagua Um banho a gente tomava Junto do rancho e o monjolo Onde mame trabalhava Ela fazia farinha E aquele tareco to bom Havia tanta fartura Tinha queijo e requeijo O meu crrego formiga Onde eu ia pescar Hoje est diferente Embarrocado est A eroso da existncia Corri tambm minha vida Mas sinto prazer em lembrar De minha infncia querida

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Cavalgada em Taciba

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CAVALGADA EM TACIBACavalgada em Taciba festa na cidade s uma vez no ano e sempre deixa saudade os cavaleiros reunidos de todas as idades de manh a partida muito alegre e divertida s felicidade Cavalgada faz lembrar os nossos pioneiros viva a cavalgada viva os cavaleiros Pelas estradas de terra fazem a caminhada subindo e descendo morros passando pelas aguadas vendo a beleza do campo o gado nas invernadas to gostoso sentir o ar puro e ouvir o cantar da passarada (continua)

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(continuao) Cavalgada faz lembrar os nossos pioneiros viva a cavalgada viva os cavaleiros O povo fica esperando a volta da cavalgada mais ou menos meio dia a hora da chegada a pessoa mais idosa ser homenageada rojes explodem no ar hora de almoar a mesa est preparada Cavalgada faz lembrar os nossos pioneiros viva a cavalgada viva os cavaleiros (continua)

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(continuao) O almoo s alegria tudo que o povo deseja tem comida saborosa refrigerante e cerveja igual uma famlia assim que se festeja e pelo resto do dia vai rolar cantoria de msica sertaneja Cavalgada faz lembrar os nossos pioneiros viva a cavalgada viva os cavaleiros

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AMIGOS DA CAVALGADARodeio festa bonita Brasil inteiro aprecia tambm a prova de lao esporte que contagia estou cantando esta moda sentindo grande alegria vou falar de cavalgada o esporte da famlia cavalo e cavaleiro fazem boa companhia Conheo quatro pees amigos de cavalgada cada um tem sua mula e muito bem arriada Tio Melo tem a Chorona bonita besta dourada ele bom laador na prova e na invernada bom tambm no canivete na castrao de boiada (continua)

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(continuao) O Rubens da Cirandinha popular na redondeza participa das cavalgadas montado em sua Princesa comerciante de sucesso com ele no tem tristeza sempre de bem com a vida amigo da natureza gosta muito de rodeio e msica sertaneja Montado em sua Medalha mula de estimao presente nas cavalgadas o Nardinho Milito ele pecuarista e excelente peo filho do Antenor estimado cidado foi tropeiro e boiadeiro quando aqui era serto (continua)

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(continuao) Peo Maurcio Farias gosta de participar montado na Serra Negra mula que sabe marchar famoso domador e bom tambm pra laar a tradio dos antigos faz questo de conservar com o seu carro de boi costuma se apresentar A histria destes amigos mostra com simplicidade o mundo no esta perdido apesar de tanta maldade h em muitos coraes amor e fraternidade em festa de cavalgada reina a paz e amizade o bem vencendo o mal pra nossa felicidade

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Vista Panarmica de Taciba

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MINHA TACIBAMinha Taciba pequena e graciosa tens a magia de amar e de prender com a tua gente hospitaleira e bondosa o quanto basta pra te engrandecer O crrego Formiga correndo sem parar foi quem te deu nome tambm te viu crescer costuma-se dizer tua gua quem toma mesmo partindo no consegue te esquecer Taciba querida, Taciba querida Quero cantar em seu louvor Taciba querida, Taciba querida terra de paz e de amor (continua)

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(continuao) Tem outras terras com encantos mil e tantas riquezas que Taciba no tens podem ter tudo mas no me seduzem neste teu cho onde eu me sinto bem Uma cano pouco pra dizer terra natal tudo que teu filho sente dou a cano tambm meu corao a ti e a toda tua gente Taciba querida, Taciba querida Quero cantar em seu louvor Taciba querida, Taciba querida terra de paz e de amor

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HOMENAGEM A TACIBATaciba s meu torro Sempre adorado e querido s a terra em que nasci Aonde eu tenho vivido A tua gente to boa Tua natureza to bela Aceite Taciba querida Esta modinha singela Que fiz pra te dedicar De todo meu corao O amor que te consagro Me deu a inspirao Vem minha gente comigo Louvar a terra que nos viu nascer Em recompensa s quero Seu eterno abrigo Quando para sempre Eu adormecer.

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Igreja Matriz de Taciba (foto junho de 1988)

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PRENDEDOR DE PASSARINHOSO meu vizinho era passarinheiro E tinha prazer em prender passarinhos Fazia a maldade como diverso E no tinha pena dos coitadinhos Deixava as gaiolas em sua varanda Como testemunho de sua maldade Quando aparecia um gato caador Ele o matava sem ter piedade Eu tinha um gatinho de estimao No quintal vizinho um dia ele entrou Mas foi massacrado pelo homem mau Que num golpe frio meu gato matou Eu fiz a denncia para os policiais Em poucos minutos entraram em ao Todos os passarinhos foram libertados E o infrator recebeu punio Pra pagar a pena teve que doar Uma cesta bsica aos necessitados E prestar servios pra comunidade Para que os seus erros fossem compensados Mas se ele sentisse o frio da priso Mesmo que ainda fosse um dia somente Sentiria na pele o quanto cruel Colocar nas grades aves inocentes

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(continuao)

Eu fiquei sabendo que ele chorou Quando ficou sem os seus passarinhos Ele no sabe, mas tambm chorei Ao sentir a falta do meu gatinho Hoje eu tenho outro em seu lugar um gato amigo que gosto demais E os passarinhos voam pelos campos Cantando felizes sobre os matagais

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Ian, Vov Miguel e Lara

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Lara e IanLembraremos sempre o dia A hora, ms e ano que tu nasceste Regozijaram-se os pais e toda a famlia Agradecendo a Deus porque vieste

Irmo gmeo nasceu junto contigo Alem de irmo seja tambm teu amigo Na caminhada da vida, aliados

Imbudos do amor e da verdade Ambos sejam teis sociedade Num mundo melhor menos conturbado.

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HISTRIA DE TACIBAA histria de Taciba minha gente Nesta cano pra vocs quero contar Antigamente tudo aqui era serto Somente os ndios viviam neste lugar As verdes matas e a terra muito boa Com fartura de gua e campos para criao Igual ao jardim do den belo e harmonioso Para o forasteiro foi uma tentao De Minas Gerais vieram os pioneiros Com muita garra desbravar esta regio Vieram os Custdios, Souzas e Medeiros Com seus carros de bois despertaram o serto Na gua da Formiga o Moises Calixto Ele adquiriu o seu pedao de cho Na mata abriu caminho depois ergueu um cruzeiro Naquele local surgiu uma povoao Hoje em Taciba a rua principal Nas placas tem o nome de seu fundador E o seu neto o cidado Mario Calixto Sente muito orgulho de seu querido av O Mario Calixto j foi vereador E sempre serviu a sua comunidade Nos eventos importantes o apresentador o locutor oficial da cidade (continua)

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(continuao) O antigo patrimnio que chamavam Santos Reis Passou a distrito com o nome de Formiga E quando aconteceu a criao do municpio A cidade recebeu o nome de Taciba Taciba quer dizer formiga grande Simboliza o trabalho e a nossa raiz Saiba Taciba os teus filhos te amam E j te apelidaram de cidade feliz.

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HOMEM DE FO Agripino prefeito de Presidente Prudente e seu segundo mandato por ser muito competente tambm j foi deputado caboclo do p quente em matria de progresso ele no tem concorrente e sendo grande empresrio d emprego muita gente ai grande a sua f em Jesus de Nazar Hoje o ex-carroceiro possui universidade sempre com f em Jesus s teve prosperidade construiu um hospital com toda modernidade e a cidade da criana uma realidade tambm socorre a pobreza em suas necessidades ai grande a sua f em Jesus de Nazar (continua)

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(continuao) Este homem se sucesso sofreu contrariedade por motivos pessoais perdeu a tranqilidade decidiu ir pra Bolvia voltar no tinha vontade mas se a mgoa passasse de volta sua cidade doaria o seu Mercedes para uma entidade ai grande a sua f em Jesus de Nazar Chegando em Bataguass ali resolveu pousar um moo desconhecido veio lhe cumprimentar indicou-lhe um hotel onde pode descansar no outro dia o dono com ele quis conversar a conversa foi to boa fez sua mgoa acabar ai grande a sua f em Jesus de Nazar (continua)

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(continuao) O moo desconhecido veio pra lhe ajudar a viagem pra Bolvia no precisou continuar seguiu at Pedro Gomes na fazenda que tem l fez um balano da vida viu que podia voltar e chegando em Prudente seu carro ia doar ai grande a sua f em Jesus de Nazar A doao do seu carro o povo presenciou e depois da cerimnia um estranho lhe procurou o homem disse prefeito um mensageiro eu sou o moo de Bataguass fez um pedido ao senhor construir um santurio no local que indicou ai grande a sua f em Jesus de Nazar (continua)

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(continuao) O terreno indicado O Agripino comprou construiu sua residncia e para l se mudou construiu a via sacra do martrio do senhor e construiu l no morro onde Jesus expirou uma igreja com o nome do nosso salvador ai grande a sua f em Jesus de Nazar

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MINHA VIDAEu nasci numa fazenda meu pai era empregado ali vivi minha infncia com muito amor fui criado eu fiz o curso primrio e fui aluno aplicado lembro da professorinha faz parte do meu passado Depois com minha famlia mudamos pra outro lugar abandonei os estudos comecei a trabalhar durante quatorze anos trabalhei de carroceiro puxando caf e lenha pro meu tio fazendeiro (continua)

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(continuao) Lembro de minha carroa no varal o burro Pinho tinha dois burros do meio O Brioso e o Pavo as duas mulas da guia eu podia confiar a Calada e a Figueira s faltavam falar Tive muitas namoradas por uma eu fui fisgado fazem vinte e oito anos que ns estamos casados criamos os nossos filhos formamos uma famlia no combate pela vida matava um leo por dia (continua)

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(continuao) Fui funcionrio do Estado leiteiro e agricultor tive que vender o stio meu gado e meu trator comprei uma padaria com ela veio a bonana entra grana todo dia e a sobra vai pra poupana Eu no reclamo da vida A Deus quero agradecer chegar em minha idade sem nunca adoecer eu tenho um violo e peito bom pra cantar cantando modas antigas deixo o tempo rolar

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O ASTRONAUTA BRASILEIROO coronel Marcos Pontes desde quando era menino sonhava ser astronauta era este o seu destino dedicando-se aos estudos seu ideal foi seguindo ingressou na aeronutica e os degraus foi subindo no posto de coronel realizou um sonho lindo Ano de dois mil e seis comeo do ms de abril a bordo de uma aeronave o Brasileiro subiu na estao espacial pra ela se transferiu e l passou alguns dias o mundo inteiro assistiu o Marcos Pontes sorrindo com a bandeira do Brasil (continua)

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(continuao) Com seu jeito de menino alegre e brincalho ao mundo ele exibiu o chapu de Santos Dumont o primeiro homem a voar o pai da aviao homenageando o patrcio sentia satisfao so heris brasileiros que orgulham nossa nao Ao regressar ao Brasil nosso heri foi homenageado pelo Presidente Lula com medalha condecorado depois seguiu pra Bauru onde j era esperado em sua terra natal merecia ser festejado desfilou na avenida pelo povo aclamado (continua)

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(continuao) O Brasil tem astronauta pras viagens espaciais o misterioso universo intriga o homem demais seres de outros planetas na terra deixam sinais descobrir onde eles habitam o homem acha que capaz j pisou o solo da lua h muitos anos atrs.

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CASTRAO DE BOIADA festa para os pees a castrao de boiada tem que ter cavalo bom e firmeza na laada um peo para castrar dois pees na derrubada pra comear o servio s juntar a boiada ai ai loucura paixo ai ai esta vida de peo um prazer assistir uma equipe bem treinada cada peo tem sua vez a escala respeitada um peo aparta um boi e solta pra peonada rapidinho vai pro cho com a canela espichada ai ai loucura paixo ai ai esta vida de peo (continua)

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(continuao) E quando escapa um boi e parte na disparada nesta hora a destreza do cavalo testada cavalo bom chega junto e entrega de mo beijada mais fica muito chateado se o peo errar a laada se ai ai loucura paixo ai ai esta vida de peo Mais ou menos meio dia a hora da parada para descansar a tropa e tambm a pionada o churrasco est pronto e tem cerveja gelada pra depois continuar com as foras renovadas ai ai loucura paixo ai ai esta vida de peo (continua)

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(continuao) A pecuria brasileira das mais adiantadas o cavalo e o peo parceiros nesta empreitada parabns aos pecuaristas pela vitria alcanada produzem pra nosso consumo e muita carne exportada ai ai loucura paixo ai ai esta vida de peo

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TRIGO E JOIOEu admiro a pessoa Seja homem ou mulher Pobre ou remediada Que em paz sabe viver Que cuida da famlia D aos filhos educao E que mesmo na pobreza Em sua humilde mesa No deixa faltar o po Esta gente to humilde Que luta bravamente o meu Brasil decente Que amo de corao Esta gente to humilde a lavoura de trigo Mais tem o joio inimigo Destruindo a plantao (continua)

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(continuao) Basta ler os jornais Ou ligar a televiso Noticias de violncia Causam indignao So tantos malfeitores A violncia demais Tem policiais bandidos Delegados corrompidos So scios dos marginais Meu Deus quanta crueldade Pelo maldito dinheiro Mais na hora do enterro Dinheiro no vo levar S levaro a alma Carregada de pecados E tero no outro lado Contas para acertar (continua)

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(continuao) Tem os bandidos que assaltam E matam para roubar Tambm os seqestradores No hesitam em matar Juizes vendem sentenas So bandidos engravatados Tudo est no avesso Temos ladres no congresso Somente Deus poder Dar fim as barbaridades Extinguindo a humanidade Pra formar um outro povo Este mundo no tem jeito Continuar no d p Deixa um segundo No Comear tudo de novo

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CRREGO FORMIGASou o crrego Formiga Tenho histria pra contar Eu nasci na mata virgem Que havia neste lugar Um paraso terrestre Podia assim se chamar No sofria com as enchentes Nem desgastes com a eroso Os ndios que aqui viviam Davam pra mim proteo Eu retribua com peixes Pra sua alimentao Um dia o senhor progresso Com toda a sua ambio Saiu da cidade grande Pra desbravar o serto Era um tal de trem de ferro Que apita em cada estao (continua)

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(continuao) O trem de ferro avanava Ia plantando cidades Gente enfrentando as matas Afim de prosperidade Os ndios eram expulsos Com toda brutalidade Foi assim que muita gente Chegou nesta regio Usando foice e machado Pondo a floresta no cho Depois o terrvel fogo Completava a destruio Derrubadas e queimadas Assisti a devastao Plantaram os cafezais Mais tarde veio o algodo E o uso de inseticidas Aplicados at com avio (continua)

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(continuao) Vi os meus peixes morrendo Meu Deus quanta aflio Os pssaros e os animais Meus bichos de estimao Eu fiquei pobre e doente Vejam minha situao Muitos querem que eu morra Causando poluio Esgoto lixo e entulho Muita contaminao Assoreiam o meu leito E sofro com a eroso Sem gua no existe vida a mais pura verdade Quem agride a natureza No fica na impunidade Porque quem semeia ventos Vai colher tempestades Eu contei a minha historia Agradeo pela ateno Agradeo a todos que desejam Minha recuperao Combatendo a ignorncia E a falta de educao

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CARREIRO APAIXONADOO caboclo Joo Paio Tem mais de oitenta janeiros Gosta de contar histrias Do seu tempo de carreiro Hoje mora na cidade Mais no esquece o passado Seu velho carro de boi No ficou abandonado Ele conserva o carro Com todos seus apetrechos Esto em perfeito estado A mesa, rodas e eixo Os coces e os chumaos Faziam o carro cantar E o carreiro apaixonado Gostava de escutar A esteira de taquara Presa por doze fueiros num deles dependurado tem o chifre azeiteiro esperando pelos bois as cangas e os canzis os cambes e as chavelhas tudo est exposto ali (continua)

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(continuao) Joo Paio sente saudade Pega a vara de ferro Vai conduzindo o carro Em sua imaginao V a boiada puxando Ouve o seu carro cantar Sonhando acordado faz Seu corao se alegrar Dizem que o progresso fez O carro de boi parar Porm esquecem que ele Fez o progresso chegar Nesta moda homenageio O carreiro Joo Paio Ele e todos carreiros So os heris do serto.

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CABOCLO APAIXONADOEncontrei o Xavier, caboclo roceiro Que a tempo no via Depois de cumprimentar Eu perguntei pela sua famlia Respondeu a famlia vai bem Mas no est inteira Est fazendo um ano Que eu perdi a minha companheira Est fazendo um ano A ausncia dela Est fazendo um ano Que choro por ela Meu Deus eu no sei viver Sem ela aqui Depois que ela se foi Nunca mais sorri Mulher igual a ela neste planeta No vou encontrar No quero substituta Pra outra no tenho amor pra dar Eu vou viver sozinho E dela sempre irei lembrar Tem noite que sonho com ela Parece que vem pra me consolar (continua) (continuao)

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Meu Deus eu peo desculpas Pelo meu lamento Por favor diga a ela Que espero o momento De ir ao encontro dela Onde estiver Eu sou um apaixonado Por minha mulher

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CANO AOS AVSAos avs Dedico esta cano Canto com o corao Porque tambm sou av Os nossos filhos Ns criamos com carinho E a vinda dos netinhos So a paz que Deus mandou Muitas faltas tivemos com os filhos Agora sem empecilhos Curtimos nossos netinhos So o prmio da vitria merecida Bonana em nossa vida Flores em nosso caminho Vov daqui vov de l Fazem tudo para nos alegrar Vov daqui vov de l Parecemos crianas Com eles a brincar Vov daqui vov de l Fazem tudo para nos alegrar Vov daqui vov de l Parecemos crianas Com eles a brincar

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DOIS FILHOS DE FRANCISCODois filhos de Francisco O filme eu assisti E fiquei emocionado Em muitas cenas que vi Aconteceu em Gois uma histria real Mostra a luta de um pai Com f em seu ideal A vida dura na roa Sempre a mesma rotina No queria que os seus filhos Tivessem a mesma sina E foi no talento deles O Francisco apostou Comprando uma sanfona Ao Mirosmar entregou Em pouco tempo Francisco Viu sua dupla formada Junto com um empresrio Logo pegaram a estrada Dois meses fora de casa Esperando a dupla voltar Um terrvel acidente Ia a famlia enlutar (continua)

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(continuao) Com a perda do irmo Mirosmar sentiu demais No queria mais cantar Devolveu a sanfona ao pai O Francisco trabalhava Tristonho sem ambio Mas um dia ele sorriu Ao ouvir o acordeom Aquele homem abatido Viu o seu sonho voltar E nova dupla formou Com ele a incentivar Com garra, f e talento Foi que o sucesso chegou A msica O AMOR No Brasil inteiro estourou Parabns ao heri Francisco E a toda a sua famlia O filme foi um sucesso Campeo de bilheteria Parabns ao Mirosmar Caboclinho de tutano Ele o Zez di Camargo E seu irmo Luciano.

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CAMINHONEIRO, ANTONIO DOS SANTOSPirapozinho perdeu Um velho caminhoneiro Falo de Antonio dos Santos Leal e bom companheiro Com seu caminho fenem Muitos anos trabalhou Dando conforto e amor Aos dez filhos que criou Seu brao direito foi A sua esposa Din uma me nota dez Soube os filhos educar Todos esto formados O seu esforo valeu E o casal venceu a luta Com a proteo de Deus Depois de anos de estrada O fenem desgastou Caminho novo e moderno O Antonio um dia comprou Reuniu sua famlia E recomendou a Din Meu fenem no terreiro Para sempre vai ficar (continua)

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(continuao) Foi com este caminho Que pude ganhar dinheiro Pra sustentar a famlia Ele foi meu bom parceiro Tambm vai chegar o dia Que vou me aposentar Vai ser bom olhar pra ele E nossa histria recordar Caro Antonio dos Santos O cu deve se alegrar Quando algum como voc Chega a pra morar Jesus prometeu morada A seu lado creio estar Para louva-lo eu canto o meu jeito de rezar

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Protetor dos violeiros.Caro Kleber Oliveira Eu o vi feliz da vida Comemorando os quatro anos De tv Aparecida. No programa algum falou E eu concordei por inteiro s o apresentador Protetor dos violeiros. Protetor dos violeiros E do povo sertanejo Condutor de alegria Ao mais distante lugarejo. Com o Tonho, a Tat E o menino da porteira Todo mundo diverte-se Com as suas brincadeiras. Com o seu jeito caipira E de caboclo pacato Gosta de carro de boi Gosta de cheiro de mato. (continua)

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(continuao) Gosta de gua de mina De pescar no ribeiro E da comida caipira Que tem o arroz e feijo.

Isso tudo caro Kleber So as razes caipiras Coisas que a modernidade Do seu corao no tira. O seu programa tem O momento de orao Em que agradece a santa Pela sua intercesso. Ela roga a Deus por ns Pedindo a sua beno E eu que rezo pouco Acompanho a orao.

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BRINCADEIRA DE PESCADORNa margem da rodovia que leva ao rio Paran O restaurante da Chica um ponto popular Figueira, o proprietrio, gosta muito de pescar Autor de uma brincadeira que vale a pena contar Chegou do Laranja Doce onde tinha pescado Trazendo marcas na roupa, tudo sujo e enlameado Um velho chapu de palha na cabea atolado Foi entrando no recinto de andarilho disfarado Ao garom pediu um caf pro corpo se esquentar O Marcos foi lhe dizendo o caf eu vou lhe dar Mas trate de dar o fora, aqui no pode ficar Seno vai sobrar pra mim quando o Figueira chegar Ele tomou o caf, mas no quis se retirar, Perguntou a um cidado se lhe podia comprar Um prato de refeio pra poder se alimentar O homem no lhe atendeu e foi deixando o lugar O Figueira nesta hora decidiu se revelar E disse pro cidado pra lhe acompanhar Entre aqui no refeitrio vou lhe pedir um jantar Sou o dono do restaurante no precisa me pagar Esta minha brincadeira o senhor vai desculpar Fiz o papel de andarilho para poder comprovar Que os deserdados da sorte no devemos desprezar Difcil pedir ajuda, mas to fcil ajudar.

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Ip florido

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IPS FLORIDOS Pelas ruas de Prudente, Olhando os ips floridos, Tive a impresso que a cidade, De fores, tinha se vestido. No passam despercebidas, Muitos se encantam ao v-las, De dia, deslumbrante colorido, De noite, causa inveja s estrelas. Penso que a prdiga natureza, Sorri, quando esbanja beleza, Sabendo, que alegria nos traz. Com as flores, smbolos de ternura, Envia s humanas criaturas Eflvios de amor e paz

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PRESIDENTE PRUDENTEPrudente, cidade exuberante, To bela, a todos conquista. Com razo merece o titulo, Capital do Oeste Paulista. Avenidas, praas e jardins, Em toda parte arranha-cus. Sinal de muita pujana, Orgulho dos filhos seus. Da viso de Marcondes e Goulart, Do seio da floresta fez brotar, A cidade que hoje Prudente. Que agradece as bnos recebidas, Com a imagem de Cristo numa avenida, Testemunho da gratido de sua gente.

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AlGUM ESPECIALO meu livro terminou, Se o caro eleitor gostou, Sinceramente agradeo. Neste arremate final, Tem algum especial, De agradec-la no esqueo. Passaram por suas mos, As cpias e a reviso, Ilustrao e montagem. Como sempre cuidadosa, Corrigiu versos e prosas, Erros comuns de linguagem. Mulher extraordinria, a minha secretaria, Est sempre ao meu lado. Mas no somente isso, Ajuda em qualquer servio, Seja leve ou pesado.

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Excelente dona de casa, Faz tudo e nunca atrasa, Cuidando de todos ns. a rainha do lar, Soube os filhos educar, E agora a melhor das avs Quem agradeci e louvei, As suas virtudes contei Orgulho-me em dizer. Com ela no me apuro, o meu porto seguro, a Dirce, minha mulher.

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