MICROECONOMIA PARA GESTOR - EPPGG PROFESSOR: CÉSAR DE OLIVEIRA FRADE 1. Economia: Microeconomia x Macroeconomia A economia possui recursos escassos e a microeconomia estuda a melhor forma de aproveitar esses recursos que são colocados à disposição das pessoas. De uma forma simplificada, podemos dizer que enquanto a macroeconomia estuda os problemas existentes em um país, a microeconomia se preocupa com as decisões individuais das pessoas e empresas. Esse curso versará sobre as pessoas e empresas. Logo, para que você otimize o seu aprendizado, pense sempre nas suas decisões individuais para cada situação proposta no curso. Tentarei mostrar a vocês algumas situações inusitadas que ilustrariam bem cada momento. Acredito que a forma mais simples de aprendermos a microeconomia é pensando no nosso dia-a-dia, no cotidiano. Na verdade, acho que está na hora de passarmos para a matéria propriamente dita. Vamos lá? 2. Curva de Demanda A curva de demanda informa a quantidade a ser consumida de um produto a cada nível de preço. De uma forma geral, sabemos que quanto maior for o preço de um bem menos as pessoas querem adquirir daquele bem. Veja que estou falando de uma forma geral, mas é claro que existem exceções. Imagine que você adore feijão ou carne. Se o preço do quilo do feijão subir, a sua tendência não seria reduzir o consumo do bem? Pois bem, se todos pensassem e tomassem atitudes dessa forma, a demanda coletiva do bem feijão cairia com essa alta de preço.
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MICROECONOMIA PARA GESTOR - EPPGG
PROFESSOR: CÉSAR DE OLIVEIRA FRADE
1. Economia: Microeconomia x Macroeconomia
A economia possui recursos escassos e a microeconomia estuda a melhor
forma de aproveitar esses recursos que são colocados à disposição das
pessoas.
De uma forma simplificada, podemos dizer que enquanto a macroeconomia
estuda os problemas existentes em um país, a microeconomia se preocupa
com as decisões individuais das pessoas e empresas. Esse curso versará sobre
as pessoas e empresas.
Logo, para que você otimize o seu aprendizado, pense sempre nas suas
decisões individuais para cada situação proposta no curso. Tentarei mostrar a
vocês algumas situações inusitadas que ilustrariam bem cada momento.
Acredito que a forma mais simples de aprendermos a microeconomia é
pensando no nosso dia-a-dia, no cotidiano.
Na verdade, acho que está na hora de passarmos para a matéria propriamente
dita. Vamos lá?
2. Curva de Demanda
A curva de demanda informa a quantidade a ser consumida de um
produto a cada nível de preço.
De uma forma geral, sabemos que quanto maior for o preço de um bem menos
as pessoas querem adquirir daquele bem. Veja que estou falando de uma
forma geral, mas é claro que existem exceções.
Imagine que você adore feijão ou carne. Se o preço do quilo do feijão subir, a
sua tendência não seria reduzir o consumo do bem? Pois bem, se todos
pensassem e tomassem atitudes dessa forma, a demanda coletiva do bem
feijão cairia com essa alta de preço.
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Portanto, o normal na atitude das pessoas é reduzir o consumo quando há
aumento no preço do bem e aumentar o consumo quando o preço do
bem for reduzido.
• Geralmente, um aumento no preço reduz a quantidade
demandada e vice-versa.
Suponhamos que o bem esteja com o preço P1, conforme mostrado no
desenho acima. Com esse preço, os consumidores estariam demandando uma
quantidade Q1 e, portanto, estariam sobre o ponto 1 da curva de demanda.
Se por um motivo qualquer (por exemplo, grande produção agrícola daquele
bem) o preço cair para P2, haverá um conseqüente aumento da quantidade
demanda para Q2.
Imagine que o preço da carne caia 50%. Você concorda que a sua demanda
por carne será aumentada? Por exemplo, ela poderá passar de Q1 para Q2.
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Esses bens que atendem à referida Lei da Demanda são chamados de Bens
Comuns.
Entendemos como bens comuns aqueles bens em que as pessoas reduzem o
seu consumo quando ocorre um aumento no preço ou quando as pessoas
aumentam o seu consumo quando os preços são reduzidos. O livro do Varian
define o bem comum exatamente como expus acima.
Matematicamente, podemos definir os bens comuns da seguinte forma:
Já sei que alguns de vocês não compreenderam a equação acima. Eu explico,
calma. Na verdade, essa equação está mostrando exatamente aquilo que foi
dito anteriormente, ou seja, que a demanda e os preços se “movimentam” em
direções opostas quando o bem for considerado comum.
De forma simplificada, podemos dizer que o símbolo indica que estamos
falando da variação, seria a diferença entre as quantidades inicial e final ou do
preço inicial e final.
Observe que a razão (
) é negativa e isso indica que se a variação do
preço for positiva (houver um aumento no preço), a variação da quantidade
deverá ser negativa (haverá uma queda na quantidade demandada) e vice-
versa. Ocorrendo tais fatos, podemos garantir que a razão será sempre um
número negativo, pois
.
A dúvida agora reside na igualdade, não é mesmo. Isso é mera definição. Se o
preço de um bem mudar e você continuar consumindo exatamente a mesma
quantidade, esse bem será classificado como bem comum.
Portanto, quando a equação informa que
, ela está
dizendo que se o bem for comum, quando o preço cair a demanda irá subir ou
ficar igual ou quando o preço subir a demanda deverá cair ou se manter
constante.
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Além disso, indica também que sempre que o preço e a demanda se
comportarem dessa forma, devemos concluir que o bem é comum. Ela não diz
nada a mais, absolutamente nada. Com isso, vemos que vocês podem ficar
tranqüilos com relação às representações matemáticas, não é mesmo?
Observe que a regra é a relação inversa entre preço e quantidade. Entretanto,
existem algumas exceções. Imagine que uma farmácia esteja colocando o
preço de um remédio na promoção. Será que pelo fato de o preço do remédio
estar mais barato, você irá comprar e consumir mais daquele remédio?
Se o preço do sal cair em 30%, isso fará com que você compre mais sal e
coloque mais sal na comida?
A resposta para essas duas perguntas é NÃO. As pessoas não irão alterar o
consumo desses produtos porque houve variação em seus preços. Veja que
esses dois casos também são exemplos de bens comuns.
Você acha que uma pessoa poderá reduzir o consumo de um bem quando o
preço desse bem for reduzido? Ou seja, será que a queda do preço de um
produto pode induzir o consumidor a comprar menos daquele produto?
É intrigante essa situação, mas a resposta é SIM. É possível que uma pessoa
reduza o consumo de um bem pelo fato de o preço do produto ter caído.
Fazendo isso, ela passaria a ter uma quantidade maior de recursos para
adquirir outros bens. Acredito que a melhor forma de explicar tal evento é por
meio de um exemplo. Veja o exemplo.
Suponha que um consumidor esteja comendo batata no café da manhã, batata
no almoço e batata no jantar. Ele repete esse cardápio há 30 dias. Será que se
o preço da batata cair, o consumidor irá consumir mais batata? A resposta é
não. Se o preço da batata cair, esse consumidor dará graças a Deus por isso,
pois sobrarão mais recursos para a aquisição de outro bem e, assim, poderá
reduzir a quantidade demandada de batata.
Esses são os chamados BENS DE GIFFEN. Vamos a um exemplo.
Imagine que você tenha uma verba mensal de R$ 600,00 para fazer os seus
almoços de um mês e deverá dividi-la entre as duas possibilidades existentes,
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quais sejam: sanduíche ou filé com fritas. De início, te digo que você preferiria
sempre filé a sanduíche. Entretanto, o preço de uma refeição de filé custa,
atualmente, R$ 30,00 enquanto que o sanduíche custa R$ 20,00.
Assim sendo, se você tem esses preços e essa renda, a melhor forma que o
indivíduo teria de conseguir almoçar seria comendo apenas sanduíche nos
trinta dias. Dessa forma, estaria gastando a totalidade de sua verba mensal
com sanduíche. Mas observe, essa pessoa prefere comer filé a sanduíche e não
come filé todo dia senão os recursos acabariam em vinte dias e ela teria que
ficar dez dias sem almoço.
Suponha agora que o preço do sanduíche caia pela metade, ou seja, passe
para R$ 10,00. A idéia inicial seria a de que se o preço do sanduíche caiu, o
indivíduo deveria comer mais sanduíche, certo? Nesse caso, errado.
Errado, porque a queda no preço do sanduíche fez com que sobrasse dinheiro
e esse recurso poderia ser destinado a um bem que fizesse o consumidor mais
feliz. Observe que se o consumidor continuar comprando apenas sanduíche,
seu custo mensal de almoço passaria para R$300,00. Ele teria R$300,00 ainda
para gastar.
Sendo assim, qual seria a melhor escolha para o consumidor?
É claro que a melhor escolha seria comer apenas filé, mas o consumidor
continua sem ter recursos suficientes para isso. Assim, a melhor escolha seria
comer quinze dias de filé e quinze dias de sanduíche. Dessa forma, estaria
gastando R$ 450,00( ) com o almoço de filé e R$ 150,00 ( )
com o sanduíche.
Observe que o sanduíche é um bem de Giffen, pois uma queda em seu
preço provocou uma redução na quantidade demandada. Entretanto, tenho
que ressaltar que o sanduíche é um bem de Giffen para essa pessoas e nessa
circunstância narrada.
No entanto, você deve guardar que um bem só pode ser classificado conforme
sua situação, conforme o enredo da questão. Um bem de Giffen para uma
determinada pessoa pode ser comum para outra. Quero dizer com isso que
TODAS essas classificações são relativas.
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Certa vez, dando uma aula, um aluno me perguntou: Professor, você não vai
explicar o que é Bem de Veblen?
Eu respondi: Bem de quem??
Ele falou: Bem de Veblen.
Respondi: Nunca ouvi falar nisso. Onde você leu isso?
Ele responde: um professor me indicou um livro que fala desse bem.
Enfim, esse foi o papo que tive com o aluno. Chegando em casa peguei o
Varian e ele não falava nada, Pindyck não tinha nada, Mas-Colell muito menos.
No dia que tinha aula na UnB (estava fazendo meu Doutorado) perguntei à
minha orientadora e ela me respondeu: Bem de quem?? Ela sugeriu que eu
perguntasse ao professor de micro, doutor em uma TOP 5 americana. E lá fui
eu. Professor, o que é Bem de Veblen? E ele responde, nunca ouvi falar.
Enfim...Só me restava uma coisa (e não era acreditar no livro que o aluno
descreveu).
O que me restava? Procurar no Google. Lá, eu tinha certeza que acharia. E
descobri, claro.
Veblen era um economista nascido em 1857 e que veio a falecer em 1929
(ninguém nem sabia quem era Keynes na época). Pelo que li, ele vivia sempre
em conflito com os outros acadêmicos da época e tinha ideias bastante
independentes. Ficou conhecido como bem de Veblen1 aquele bem que teria a
demanda aumentada quando ocorresse um aumento no preço.
Dito isso, queria dizer a vocês para ESQUECEREM isso. Não existe essa
definição nem no Varian, Pindyck, Mas-Collel ou Ferguson. Logo, não podemos
levar em consideração, ou melhor, não devemos levar em consideração, na
minha opinião, esse tipo de bem.
O Mas-Collel define bem de Giffen da seguinte forma:
1 Importante destacar que além desse conceito não estar em nenhum dos livros de vanguarda, eu nunca vi esse assunto
sendo cobrado em prova e olha que já pesquisei nas provas que já foram elaboradas de 97 até os dias atuais.
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“Although it may be natural to think that a fall in a good´s price will
lead the consumer to purchase more of it, reverse situation is not an
economic impossibility. Good L is said to be a Giffen good at (p,w) if
0
,
L
L
p
wpx.”
Matematicamente, podemos dizer que:
Vamos interpretar a equação, conforme a definição do Mas-Collel2?
Observe que ele informa que um bem L é dito bem de Giffen se a relação
preço-quantidade for positiva. Apesar de a frase que foi transcrita não afirmar
que se a relação for positiva o bem é de Giffen, este fato é verdadeiro
também. Ou seja, vale o “se, e somente se” que é representado pelo símbolo
.
A equação descrita acima diz que se o preço cair e isso provocar uma redução
na quantidade demanda, o bem em questão é de GIFFEN. Esse é o caso do
exemplo do sanduíche, pois a razão entre dois número negativos (variações
negativas) é um número positivo(
).
Por outro lado, se o preço de um determinado bem for majorado e a demanda
por esse bem também crescer teremos uma relação de proporção direta entre
as grandezas(
), e o bem em questão também será considerado de
GIFFEN, conforme a definição apresentada. Um exemplo desse tipo? Em geral,
bens de ostentação possuem essa característica.
Imagine que você não entende nada de quadro, nunca foi a uma exposição e
nunca viu um quadro famoso. Em um leilão são apresentados dois quadros da
Monalisa. O primeiro deles enorme e o segundo pequeno. A sua tendência
inicial seria dar um lance maior no quadro maior, não é mesmo? Ainda mais se
você olhar para os dois e não ver diferença nenhuma entre eles. No entanto,
2 O livro do Mas-Collel é utilizado há alguns anos nos mestrados e doutorados de algumas das melhores universidades
brasileiras e americanas.
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após ficar sabendo que o menor é o autêntico, é capaz de você passar a dar
maior valor a ele pelo simples fato de poder dizer que comprou um Da Vinci.
Nesse exemplo, o preço subiu e você aumentou a demanda pelo quadro. Bens
de ostentação funcionam dessa forma.
• Se preço e quantidade forem grandezas diretamente
proporcionais, consideramos o bem como sendo de
GIFFEN.
Se preço e quantidade forem inversamente
proporcionais, o bem é COMUM.
2.1. Fatores que alteram a quantidade demandada
São cinco os fatores que podem modificar a quantidade demandada. São eles:
Preço;
Renda;
Preço de Produtos Relacionados;
Gosto; e
Expectativas
a) Preço
Esse princípio já foi anunciado. Em geral, uma variação no preço do produto
provoca uma alteração na quantidade demandada do mesmo. Importante
ressaltar que apesar de o examinador cobrar com bastante freqüência
questões acerca do Bem de Giffen, devemos pensar nesse bem apenas como
uma exceção.
Tendo em vista o fato de já termos discutido exaustivamente o seu
funcionamento, a partir de agora vamos tratar dos bens que possuem uma
relação preço-quantidade inversamente proporcional.
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Observe que a curva de demanda é uma função que exprime a quantidade
demandada pelos consumidores em função do preço do bem.
Matematicamente, temos:
Sendo a e b constantes positivas. O sinal negativo mostra que a curva de
demanda é negativamente inclinada, ou seja, que preço e quantidade são
grandezas inversamente proporcionais.
Sendo assim, quando aumentamos o preço do bem, haverá uma variação na
quantidade demandada do mesmo e, portanto, um deslocamento SOBRE a
curva de demanda. Veja a figura abaixo.
b) Renda
Uma variação na sua renda poderá provocar uma alteração na quantidade
demandada do bem.
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Se eu te perguntar, o que ocorreria com a demanda de um bem se você
passasse nesse concurso público e, portanto, tivesse a sua renda aumentada?
Provavelmente, você me responderia que esse aumento na sua renda
provocaria um aumento na quantidade demandada do bem.
Veja bem. Se atualmente você compra um curso de microeconomia do Ponto
dos Concursos, será que quando você passar no concurso e a sua renda for
aumentada, você irá comprar dois cursos de microeconomia? Você me disse
que quando a renda aumentar você irá aumentar a demanda do bem e, assim,
quando passar no concurso posso pressupor que comprará muito mais cursos
do Ponto, não é mesmo?
Pois bem. Já vimos que as coisas não funcionam assim. Existem alguns bens
que você gosta de consumir (não é o caso de microeconomia) e existem outros
que a situação te faz consumir. Muito provavelmente, quando a sua renda
aumentar você irá aumentar o consumo daqueles bens que você gosta de
consumir, mas que ainda não consome em uma quantidade adequada (por
exemplo, viagens). No entanto, aqueles bens que você não gosta, mas
consome por necessidade (como esse curso) podem ter o seu consumo
reduzido com o aumento da renda.
Isso dará origem a dois tipos distintos de bens. Serão os bens inferiores e os
bens normais.
Se não entenderam, não fiquem preocupados. Explico de novo e de uma forma
mais clara.
Se um consumidor tiver a sua renda aumentada e, com isso, optar por reduzir
o consumo de um bem, esse bem será chamado de inferior.
Já imagino que vocês devam estar com certa dúvida. Sempre pergunto em
sala: Se o seu salário aumentar, o que ocorrerá com o seu consumo dos bens.
E a galera em peso responde: aumentará. No entanto, isto não está correto,
como eu já disse.
Imagine um bem que você não goste, mas consome porque não tem condições
de comprar outro bem melhor, o que você gosta. Vou dar um exemplo que
ocorreu comigo mesmo.
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Antes de passar em um concurso público, fui morar em Brasília para trabalhar
como engenheiro. Foi uma época difícil, despesa com moradia aqui não é nada
barata e o salário de engenheiro, na época, bem baixo. Portanto, era sempre
necessário economizar para não ter que ficar pedindo dinheiro para meu pai.
Um bem que não me agrada, em nenhuma hipótese, é carne de frango. Eu não
gosto mesmo, mas quando tenho que comer, só o faço se for peito de frango.
Mas duro, sem grana, morando em uma cidade cara, tinha que abrir uma
exceção. Éramos 7 dividindo uma casa (uma república com três homens e
quatro mulheres), todos sem dinheiro. Então, ficou decidido que comeríamos
frango três vezes por semana (segunda, quarta e sexta), pois, na época, o
frango custava algo em torno de R$ 1,00 / quilo.
Conclusão: na minha cesta de consumo tinha o frango, entre outros
bens.
Um ano depois passei no concurso do BACEN. Te pergunto: Você acha que, por
ter passado no concurso e estar recebendo um salário maior, eu aumentei o
consumo de frango? Claro que não. Na verdade, quase deixei de comer
frango.
Logo, vimos que um aumento de renda pode provocar uma redução na
quantidade demandada de um bem. Se isso ocorrer, dizemos que esse bem é
inferior.
Portanto, bens inferiores são aqueles que: 0
R
Q X
D . Observe que se a sua
renda reduzir e a demanda pelo bem aumentar, esse bem também é inferior.
Matematicamente:
Bem Inferior 0
X
X
D
R
Q
Conclusão: Se a demanda pelo bem estiver em uma direção e a renda na
direção oposta, esse bem será considerado inferior.
Chegou a hora de explicar a equação, não é mesmo?
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Se o aumento da renda induzir a uma redução da demanda(
), a relação
entre as grandezas será inversamente proporcional e a razão negativa. Assim,
o bem será considerado inferior. De forma análoga, se a redução da renda
provocar um aumento da demanda(
), o bem também é considerado
inferior.
No entanto, alguns dos bens que eu consumia antes de passar no concurso me
deixavam satisfeitos. Esses bens tiveram um aumento de consumo quando
a renda aumentou. Entre eles, podemos citar, no meu caso, viagens,
picanha, filé mignon, entre outros.
Segundo Hal Varian:
“Normalmente pensaríamos que a demanda por um bem aumenta
quando a renda aumenta. Os economistas, com uma falta singular de
imaginação, chamam esses bens de normais.”
Portanto, gravem: o inverso dos bens inferiores são os bens normais.
Matematicamente, dizemos que um bem é normal:
Bem Normal 0
X
X
D
R
Q
A equação acima indica que quando a renda e a quantidade demandada de um
bem forem grandezas diretamente proporcionais, o bem será considerado
normal. Ou seja, se uma pessoa tiver um aumento da renda e optar por
aumentar o consumo de um bem(
), esse bem poderá ser considerado
normal, nessa situação. Por outro lado, se uma pessoa tiver a sua renda
reduzida e com isso reduzir o consumo de um bem(
), esse bem também
será considerado normal.
Como foi dito anteriormente, uma mudança na renda poderá proporcionar uma
mudança na quantidade demandada do bem mesmo sem que ocorra a
mudança em seu preço. Como a função de demanda mostra uma relação entre
o preço e a quantidade demandada de um bem, não teremos o que fazer a não
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ser DESLOCAR a curva para que seja possível aumentar a quantidade
demandada a um determinado nível de preço. Veja na figura abaixo:
Guarde uma dica. Sempre que o preço alterar a demanda, exatamente pelo
fato de a curva estar em um plano PREÇO x QUANTIDADE, ocorrerá um
deslocamento sobre a curva de demanda. Qualquer outra variável que venha a
modificar a quantidade demandada, exatamente pelo fato de manter o preço
em um nível constante, provocará um deslocamento da curva de demanda.
O último detalhe que gostaria de salientar nesse item é que todo bem de
Giffen é inferior, mas nem todo inferior é de Giffen. Observe o diagrama de
Venn abaixo:
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Observe que a totalidade dos bens que são classificados como bem de Giffen
estão dentro dos bens inferiores. Tomando como referência o diagrama acima,
vemos que os bens de Giffen encontram-se inseridos no círculo e a totalidade
do círculo é subconjunto dos bens considerados inferiores. No entanto, é
importante notar que existem alguns bens inferiores que não estão dentro do
círculo. É exatamente por esse motivo que todo Giffen é inferior, mas nem
todo inferior é Giffen.
Tem mais um detalhe importante. Se o examinador afirmar que quando o
preço de um bem cai e, consequentemente, isso provoca uma queda na
quantidade demanda, sabemos que o bem é de Giffen. E como todo Giffen é
inferior, podemos afirmar que se um bem tem uma queda no preço e, em
conseqüência disso, sua demanda é reduzida, esse bem é inferior (pois é
Giffen).
Ultimamente tem sido muito comum o examinador colocar algumas afirmativas
que não explicitam diretamente os bens de Giffen. Entretanto, nós já vimos
que todo Giffen é inferior e não existe nenhum Giffen que seja normal. Logo,
nenhuma normal é Giffen, certo? Portanto, se um examinador afirmar que um
bem é normal, ele pode estar querendo afirmar que aquele bem não é de
Giffen e as grandezas preço e quantidade são inversamente proporcionais.
Na verdade pessoal essa é a grande diferença de uma aula escrita como essa.
Estou sempre com o intuito de mostrar a vocês o assunto da forma mais clara
e falando das tendências mais atuais dos examinadores. É assim que faremos
o tempo todo do curso. Dicas e mais dicas de resolução de questões.
c) Preço de Produtos Relacionados
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Importante ressaltar que um único bem pode ter várias classificações. Por
exemplo, ele pode ser normal e comum, inferior e comum, Giffen e inferior. Ou
seja, não é apenas uma classificação por cada bem.
Nesse tópico apresentaremos outra classificação para os mais variados bens.
Imagine dois bens, por exemplo, manteiga e margarina. Suponha ainda que
você é uma pessoa indiferente entre o consumo desses bens. Logo, se o preço
da manteiga sobe, você irá reduzir o consumo da manteiga e substituí-la pela
margarina. Sendo que esta última terá seu consumo majorado. Se o preço da
manteiga cair, você vai consumir mais margarina.
Pois bem, se dois bens tiverem essa característica eles são denominados de
bens substitutos. Ou seja, se a mudança no preço de um dos bens provocar
uma mudança na demanda do outro bem eles podem ser substitutos. Serão
considerados substitutos se o aumento no preço de um bem provocar aumento
da demanda do outro bem. De forma análoga, dois bens são substitutos se a
redução no preço de um dos bens provocar redução na demanda do outro
bem.
Com isso concluímos que:
Bens Substitutos 0
Y
X
D
P
Q
É importante esclarecer que o símbolo ( ) significa se, e somente se. A
conclusão acima deve ser lida da seguinte forma:
Os bens são substitutos se 0
Y
X
D
P
Q for verdadeiro e se 0
Y
X
D
P
Q, os bens são
substitutos.
Querem a interpretação da equação? Tenho certeza de que já conseguem fazer
isso sozinhos, mas vamos lá.
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Quando a relação entre o preço de um dos bens e a quantidade do outro bem
for diretamente proporcional, a razão entre a variação das grandezas será
positiva(
) e, portanto, os bens serão considerados substitutos. Falta
sabermos a lógica econômica, não é mesmo? Pois bem, os bens são
considerados substitutos porque as pessoas acabam trocando um bem pelo
outro, substituem esses bens na sua cesta de consumo. Esse é o caso da
margarina e da manteiga para o consumidor em questão. No entanto, pode ser
que você não considere esses dois bens substitutos, por não gostar de
margarina de forma alguma, mas algumas pessoas consideram.
Agora imaginemos a gasolina e o óleo de motor. Se o preço da gasolina
aumentar, as pessoas tendem a andar menos de carro e, portanto, reduzem a
demanda por gasolina. Se as pessoas andarem menos de carro, elas passarão
mais tempo sem efetuar a troca de óleo e, assim, a demanda por óleo de
motor será reduzida. Recapitulando, um aumento no preço da gasolina reduz a
demanda por gasolina e, conseqüentemente, reduz a demanda por óleo de
motor. Esses dois bens são considerados bens complementares.
São complementares aqueles bens que, em geral, o consumo de um bem induz
o consumo de outro. Temos vários exemplos que funcionam bem, a pinga e o
limão, a goiaba e o queijo minas. Enfim, é claro que coloquei esses exemplos,
até certo ponto grotestos e regionalistas, para conseguir ilustrar a questão.
Com isso concluímos que:
Bens Complementares 0
Y
X
D
P
Q
Observe que está havendo uma mudança na quantidade demandada do bem X
porque o preço do bem Y está sendo alterado. Dessa forma, haverá um
deslocamento da curva de demanda, como ocorre no caso da renda.
d) Gosto
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E possível que o gosto de uma pessoa altere o consumo de um determinado
bem. Esse consumo poderá ser aumentado ou reduzido. Isto depende do bem
e de cada pessoa.
Apesar de esse ser mais um motivo para que haja alteração na quantidade
demandada, não me lembro de nenhuma questão em prova que isso foi
cobrado.
Importante lembrar que essa alteração na quantidade demandada, tendo em
vista o fato de que o preço do bem não é alterado, provoca um
DESLOCAMENTO na curva de demanda.
e) Expectativas
As expectativas modificam a quantidade demandada. Imagine que após ler
essa aula, você decidiu se matricular no curso de Micro com a convicção de
que se tudo for explicado dessa forma, não haverá nada que você não consiga
compreender muito bem. E aí, você optou por comprar o curso dado que isso
criou uma expectativa de aumento da probabilidade de passar. Com esse
aumento, você acaba indo ao Shopping fazer compra e começando a gastar
por conta, pois houve uma mudança da expectativa.
Enfim, assim como esse exemplo que coloquei para vocês, vários outros
podem ser colocados e inventados pelo examinador. O importante é tentar
notar qual dos itens está alterando a demanda. Se for a expectativa a curva de
demanda também será DESLOCADA.
Alguns autores afirmam que a quantidade de compradores também altera a
quantidade demandada. Entretanto, tal afirmativa é encontrada, apesar de
estar correta, em um pequeno número de acadêmicos. No entanto, essa
afirmativa pode ser considerada correta sem o menor problema, pois aqueles
que não colocam essa alternativa acabam por afirmar de forma implícita que o
número de compradores foi aumentado por causa de alguma expectativa que
foi gerada. Sendo assim, aqueles autores que não explicitam essa sexta
característica que modifica os preços, acabam considerando-a nas
EXPECTATIVAS.
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Todo bem de Giffen é inferior, mas nem todo inferior é
Giffen.
Se um bem for normal, ele não será de Giffen.
Se o preço de um bem for alterado, haverá um
deslocamento sobre a curva de demanda.
Se a mudança na demanda de um bem vier de uma
alteração na renda de um indivíduo, preço de um bem
relacionado, gosto ou expectativas, haverá um
deslocamento da curva de demanda. Lembre-se de
que o preço do bem é mantido constante.
3. Curva de Oferta
A curva de oferta informa a quantidade a ser produzida de um produto a
cada nível de preço.
Se quando estudamos a curva de demanda estávamos raciocinando como se
fossemos um consumidor, neste momento deveremos passar a raciocinar
como um empresário uma vez que estamos estudando a curva de oferta.
De uma forma geral, sabemos que quanto maior for o preço de um bem mais
os produtores querem vender daquele bem. Veja que estou falando de uma
forma geral, claro que existem exceções.
Dessa forma, a curva de oferta será uma curva positivamente inclinada que se
situa no espaço preço x quantidade, como demonstrado abaixo:
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Observe que quando o preço do bem era P1, havia uma quantidade ofertada
igual a Q1. À medida que o preço do bem aumentou, o empresário passou a ter
um estímulo maior a aumentar a quantidade ofertada. Dessa forma, quando o
preço passa para P2, o empresário aumenta a sua produção e passa a ofertar a
quantidade Q2.
Diferentemente de quando estávamos estudando a curva de demanda, na
curva de oferta não temos as classificações dos bens em vários tipos, mas há
uma exceção também. Exceção essa que faz com que a curva de oferta possa
ser negativamente inclinada.
Em geral sabemos que quanto maior o preço, maior a quantidade ofertada.
No entanto, imagine uma situação em que há a criação de um site para
concursos público, imaginemos a situação do Ponto dos Concursos. Há a
necessidade de se fazer uma instalação inicial, contratar servidores que
consigam armazenar as aulas, alugar sala, funcionários e por aí vai. Em
determinado momento o site entra em contato com um professor de
Microeconomia com o intuito de ministrar um curso da matéria. O professor irá
dispor de uma quantidade x de horas para poder elaborar o curso e, para valer
a pena, quer uma determinada remuneração.
Para que essa remuneração seja conseguida, haverá uma cobrança do curso.
No entanto, quanto maior for o número de alunos, menor poderá ser o preço
do curso. O curso pode ser ofertado em uma quantidade muito grande e uma
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redução de preço pode aumentar a quantidade a ser ofertada pelo curso
(pense que existe servidor em número suficiente).
É mais fácil pensar neste ponto, se analisarmos a curva de oferta e de
demanda juntas, pelo menos intuitivamente é isso que faremos.
Imagine que sejam 50 alunos interessados no curso, assim o preço deverá ser
um para cobrir os custos. No entanto, se o preço for reduzido isso induzirá a
um aumento do número de alunos, mas não haverá um acréscimo tão grande
no trabalho do professor ou no custo do site. Basicamente, terá um incremento
nas respostas do fórum.
Dessa forma, a oferta poderá ser aumentada para 100 e o preço cobrado ser
mais baixo. Se o preço cair pode ser que a demanda aumente novamente e a
oferta volte a aumentar com preço ainda mais baixo. Observe que para que
haja uma curva de oferta negativamente inclinada, há a necessidade de
ganhos de escala, fato que ocorre em cursos via internet ou tele-presenciais.
3.1. Fatores que alteram a quantidade ofertada
São quatro3 os fatores que podem modificar a quantidade ofertada. São eles:
Preço;
Preço dos Insumos;
Tecnologia; e
Expectativas
a) Preço
Esse princípio já foi anunciado. Em geral, uma variação no preço do produto
provoca uma alteração na quantidade ofertada do mesmo. Importante
ressaltar que são poucas as questões que versam sobre curva de oferta
negativamente inclinada. Isso é muito raro.
3 Alguns autores podem colocar vários outros fatores. Entretanto, esses quatro fatores são os apresentados pelos mais
renomados. Em geral, os outros podem ser encaixados no item expectativas.
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Se examinador fizer uma pergunta e nela afirmar que a curva de oferta é
positivamente inclinada, a tendência é que você marque que o item está
correto, pois não foi utilizado nenhum chavão (sempre, nunca, etc). Logo, a
pergunta fala de uma forma geral sobre a curva de oferta e, em geral, ela é
positivamente inclinada.
Observe que a curva de oferta é uma função que exprime a quantidade
ofertada pelos produtores em função do preço do bem. Matematicamente,
temos:
QO = a + bP
Sendo a e b constantes positivas. E o sinal positivo mostra que a curva de
oferta é positivamente inclinada. Sendo assim, quando aumentamos o preço
do bem, haverá uma variação na quantidade ofertada do mesmo e, portanto,
um deslocamento SOBRE a curva de oferta. Veja a figura abaixo.
b) Preço dos Insumos
Uma mudança no preço dos insumos4 provoca uma alteração na quantidade
ofertada do bem.
Se o preço do insumo subir, haverá um aumento no custo de produção que
provocará uma redução no lucro. Essa redução no lucro faz com que o
empresário tenha interesse em reduzir a quantidade ofertada do bem.
Já sei. Você deve estar pensando assim: se há uma redução no lucro, seria
mais interessante que o empresário aumentasse a quantidade ofertada com o
objetivo de ter o mesmo nível de lucro.
Não é assim que você deve raciocinar. Pense no lucro por unidade produzida,
mas como um percentual. Se o lucro por unidade cair em termos percentuais,
4 Segundo o Mini-dicionário Aurélio, insumo é o “elemento que entra no processo de produção de mercadorias ou
serviços (máquinas e equipamentos, trabalho humano, etc.); fator de produção.”
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pode ser que seja mais interessante para alguns empresários vender a
empresa e aplicar no mercado financeiro.
Entendido? Grave então, se o preço de um insumo subir haverá uma redução
na quantidade ofertada.
Observe que haverá uma mudança apenas no preço do insumo, sendo que o
preço do bem será mantido constante. Como a curva de oferta mede a relação
em um plano preço do bem x quantidade ofertada do bem, para que mudemos
a quantidade ofertada sem que seja feita qualquer mudança no preço do bem
será necessário DESLOCAR A CURVA DE OFERTA.
Portanto, um aumento no preço do insumo provoca uma redução na
quantidade ofertada, deslocando a curva de oferta para cima e para a
esquerda, conforme mostrado abaixo:
Por outro lado, se o preço de um insumo ficar mais barato, isso provocará uma
redução no custo do empresário e mantendo o preço do produto constante,
aumentará o lucro. Dessa forma, o empresário terá um incentivo a aumentar a
quantidade ofertada do bem.
Ao aumentar a quantidade ofertada do bem, como o preço do bem está
mantido constante, o empresário estará provocando um deslocamento da
curva de oferta para baixo e para a direita.
Já sabemos que se uma alteração no preço de um bem modificar a sua
quantidade ofertada haverá um deslocamento sobre a curva de oferta. No
entanto, é importante destacar que qualquer outra variável que modificar a
quantidade ofertada, tendo em vista o fato de que o preço é mantido
constante, provocará um deslocamento da curva de oferta.
Observe que para fazer qualquer tipo de análise em economia precisamos
alterar uma variável e manter todas as outras variáveis constantes. Assim,
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podemos entender o que aquela variável sozinha pode provocar. Portanto, a
nossa análise sempre será ceteris paribus5.
Segundo Mankiw:
“Os economistas usam a expressão ceteris paribus para dizer que
todas as variáveis relevantes, exceto a que estiver sendo estudada na
ocasião, são mantidas constantes. A expressão latina significa,
literalmente, “outras coisas sendo iguais”. A curva de demanda se
inclina para baixo porque, ceteris paribus, preços menores indicam
uma maior quantidade demandada.
Embora a expressão ceteris paribus se refira a uma situação
hipotética na qual algumas variáveis são mantidas constantes, no
mundo real muitas coisas se alteram simultaneamente. Por isso,
quando usarmos ferramentas de oferta e de demanda para analisar
fatos ou políticas, é importante ter em mente o que está sendo
mantido constante e o que está mudando.”
c) Tecnologia
Sabemos que, normalmente, há um ganho tecnológico com o passar do tempo.
Esse ganho tecnológico contribui para aumentar a quantidade ofertada dos
bens. Esse é o senso comum e deve ser assim que você está pensando, certo?
Então me explique. Você concorda que uma TV LED é mais desenvolvida
tecnologicamente que uma TV de Plasma, certo? Então, porque que a
quantidade ofertada de TV LED é menor que a quantidade ofertada de TV de
Plasma?
Talvez você deva estar pensando: isto ocorre porque a TV LED é muito cara.
Não, não é por causa disso. Se pensar assim, entraremos no problema do ovo
e da galinha...rsrs
5 Alguns autores escrevem “coeteris paribus”.
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Na verdade, a curva de oferta da TV de LED é uma e a curva de oferta da TV
de Plasma é outra, completamente diferente. Isto porque estamos falando de