NATAL: ESPERANÇA VOCACIONAL DO REINO DE DEUS Estimados irmãos e irmãs de caminhada! Neste tempo especial de preparação para o nascimento de Jesus, é importante refletirmos e rezarmos o sentido vocacional do Natal. Nós Padres Teatinos, estamos no limiar do “Ano Vocacional” e percebemos que, passado um ano dedicado as orações vocacionais para a Igreja e iniciou outro ano, “Ano da Fé” que o Papa Bento XVI nos chamou a professar nossa fé. E não podemos nos esquecer que o Natal é Vocação. Sim, Natal é Vocação! Se o Natal é a celebração da vida, do encontro de Deus com as pessoas, do nascimento de Jesus entre os empobrecidos, do anúncio da paz entre todas as criaturas, da descoberta dos caminhos que levam a Jesus, da resposta dos pastores e dos sábios reis, da caminhada em busca de libertação, então o Natal é Vocação! O “nascimento” de Deus em um galpão, sem nenhuma assistência, nos mostra sua atitude de total “abaixamento”, num caminho que será percorrido até o momento da cruz. O mistério do Natal nos diz que o sonho de Deus é que as pessoas possam viver plenamente, com dignidade, vida, amor, saúde e paz. Ao escolher nascer e caminhar entre os pequenos de sua época, o Filho de Deus nos aponta o caminho vocacional para o qual somos chamados e chamadas. A defesa e a celebração da Vida devem ser o nosso maior compromisso – da vida das pessoas, assim como de todas as criaturas, dos animais, das florestas, das águas de todos os rios e mares, do ar, da terra. O batismo que recebemos confirma essa vocação, não importando o carisma recebido. Todas as vocações são importantes para o anúncio do Evangelho de Jesus de Nazaré. As pessoas leigas, os consagrados e consagradas, os missionários e as missionárias, os bispos, os padres, os diáconos, todos nós participamos do “sonho de Deus”. Na Ordem Teatina temos uma identidade eclesial que está em comunhão com a toda a Igreja Católica Universal. Mas de um modo muito especial aqui nós afirmamos que “somos uma parcela deste povo reformador” e que “queremos evangelizar pela exemplo”, como disse nosso Pai e Fundador São Caetano Thiene “...vejo Cristo pobre e eu rico... Cristo espera e ninguém se move”. Dizemos que ninguém é mais ou menos importante na missão do seguimento de Jesus. A missão de evangelizar é comunitária, partilhada, celebrativa e não pode aparecer como uma imposição de cima para baixo. Conforme afirmam as nossas Diretrizes para Ação Evangelizadora, “evangelizar significa anunciar a Boa Notícia do Reino de Deus e da justiça às pessoas empobrecidas. Este foi o eixo da missão de Jesus de Nazaré (Lc 4,16-21). É o tempo da redistribuição das riquezas e da terra, tempo de partilha. É tempo de saúde e de alegria, portanto, tempo de libertação. Evangelizar significa anunciar a Boa Notícia do Reino e da justiça, para que se torne boa realidade, o que implica também denunciar todas as forças de opressão que esmagam a vida do povo”. Por isso, o Natal deve recriar também as nossas “relações”, a começar pelas nossas casas, nas famílias, e também nas comunidades e em toda a Igreja. Se queremos anunciar a justiça de Deus, ela deve acontecer em primeiro lugar por meio do nosso testemunho. Quadro que retrata o recebimento do Menino Jesus nos braços por São Caetano Thiene, que dizia: “liguei a minha Vida à Cruz de Cristo”. A sua primeira missa foi celebrada na Basílica de Santa Maria Maior (Roma) na Festa da epifania do Senhor. Na noite de Natal do ano seguinte recebeu, na mesma Basílica, uma visão referente ao mistério da Encarnação: recebeu o Menino Jesus nos braços, oferecido por Maria Santíssima. O nosso santo participava de um movimento chamado Oratório do Divino Amor.