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Memórias Esbranquiçadas As Heranças Africanas nos Museus de Portugal
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Memórias esbranquiçadas

Aug 07, 2015

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Page 1: Memórias esbranquiçadas

Memórias EsbranquiçadasAs Heranças Africanas nos Museus de Portugal

Page 2: Memórias esbranquiçadas

SumárioMemória e Esquecimento

Narrativas africanas nos museus portugueses

O “esquecimento” da herança africana

Page 3: Memórias esbranquiçadas

Memória e esquecimento

Page 4: Memórias esbranquiçadas

Memória e Esquecimento

Memória Social e Esquecimento (Social)

Um longo percurso nas Ciências Sociais

De Bergson às neuro-ciencias

Um Balanço em “Memória Coletiva e Teoria Social, (Santos, 2011)

Quais os limites da teoria social?

Que explicações e que interpretações

Um processo conhecimento

Razão e emoção

Limites das abordagens

Page 5: Memórias esbranquiçadas

Abordagens

Indivíduo e Sociedade

Quais os elementos de ligação entre o uno e o todo?

A função da solidariedade: rituais, comemorações monumentos.

As representações construídas pelos atores

A teoria crítica

A perceção do tempo como fluxo

As permanências dos sinais do passado

Um presente “condicionado”

As perdas e os fragmentos das memórias

Page 6: Memórias esbranquiçadas

O Esquecimento

A relevância da questão dos discursos

Memória e poder

a construção das narrativas hegemónicas

A memória como campo de tensão em processo

A questão da culpa e do trauma

O perdão e a cura social

Como foi possível o Holocausto

Revisões de narrativas

as heranças africanas

A unidade comum da humanidade

A polifonia da diversidade

Page 7: Memórias esbranquiçadas

Narrativas africanas nos museus PortuguesesUm breve percurso

Page 8: Memórias esbranquiçadas

Uma longa Ligação a África e aos AfricanosCabeça em terracota, sec III, encontrad em Cascias. Pode-se observar as Características Negroides

Page 9: Memórias esbranquiçadas

O Porto de Lisboa no Século XVO alargamento do Comércio ao Atlântico sul.

Page 10: Memórias esbranquiçadas

Os Portugueses no Século XVIA construção duma narrativa heroica sobre o mundo global

Page 11: Memórias esbranquiçadas

Relevância das narrativas

Como estão representadas essas heranças africanas nos museus portugueses?

Que narrativas mostram ?

Onde estão os esquecimentos?

Quais os seus possíveis significados do esquecimento?

Quais os contextos de contemporaneidade?

Onde está:

Inovação social ? – Poética da gramática museal

Participação das comunidades?

Polifonias e poderes emergentes

Page 12: Memórias esbranquiçadas

Os museus portugueses

Das antigualhas de André de Resende às guerra liberais do século XIX

O terramoto de 1755.

Os Colecionismos e os jardins botânicos

O liberalismo e a extinção das ordens religiosas

O museu português como um fenómeno

Leitura da História da Museologia

Conceito de Abertura ao Público (museu Portuense, 1833)

Categorização: (arte, arqueologia, ciência, …)

Porque a ausência dum museu de História ?

Page 13: Memórias esbranquiçadas

Primeira evidência

Ausência dum museu / narrativa sobre o fen+omeno da nação!

Porquê a ausência da capacidade de construir uma narrativa ?

Fragilidade das instituições ou disputas de memória

Page 14: Memórias esbranquiçadas

Eixos narrativos da história

A Lusitânia e a Romanização (arqueologias)

O pulsar da “nação” (seculos XII- XIV)

Afirmação do Galecia face a Leão e Castela

A Cruzada contra o Al-andaluz

A ínclita geração (seculos XV - XVI)

Cruzados e mercadores

A economia de transporte e a economia de plantação

A monarquia lusitana (Seculos XVII-XVIII)

Page 15: Memórias esbranquiçadas

Eixos narrativos da história II

A leitura romântica e republicana (XIX)

A “perda do Brasil”

Lusitanidade e romanidade

A colonização interna versus africanistas

O nacionalismo fascista (seculo XX)

Da narrativa imperial à narrativa lusotropical

A viragem para a Europa (seculo XXI)

A perda da Ásia e da África

A narrativa lusófona

Page 16: Memórias esbranquiçadas

1º questionamento

Se há uma narrativa da história nacionalporque ela está ausente nas narrativas dos museus

Ou reformulando:

Porque é que as narratvas dos museus não problematizam esse fenómeno?

Tem medo de enfrentar o poder

O que está esquecido

Page 17: Memórias esbranquiçadas

Conceitos Geradores

Herança Lusitana versos Herança Romana

Herança Renascentista

Liberalismo versus inquisição

Herança Colonial

Renovação da Museologia Tradicional

Estado novo

Nova Museologia

Page 18: Memórias esbranquiçadas

Herança Lusitana versos Herança Romana

Museu Allen e Portuense

Museu Nacional de Arqueologia

Museu Nacional de Conímbriga

Museu de Évora

Page 19: Memórias esbranquiçadas

Herança Renascentista

Museu Nacional de Arte Antiga

Museu de Arte Moderna

Museu Portuense

Page 20: Memórias esbranquiçadas

Herança Colonial

Museu da Sociedade de Geografia (1893)

Museu Nacional de Etnologia (1969)

Page 21: Memórias esbranquiçadas

Renovação da Museologia Tradicional

Museu Gulbenkian de Lisboa

O colecionismo eclético

Museu dos Coches de Lisboa

Museu de Lisboa

Museus Locais (1974)

A emergência da polifonia museológica

A lenta afirmação duma nova museologia

Museu dos Descobrimentos (seculo XX)

A construção da narrativa do Brasil

Museu Judaico de Belmonte (século XXI)

Page 22: Memórias esbranquiçadas

A Fragilidade desta museologia:

A organização do museu é de iniciativa individual;

Baixa participação dos grupos

A intensidade de disputa de memória dificulta a sua agregação na instituição.

Quando a memória se institucionaliza conserva-se

Dificuldade de afirmação das memórias dos movimentos socais

O museu como espaço narrativo hegemónico

Page 23: Memórias esbranquiçadas

O “esquecimento” da herança africana

Page 24: Memórias esbranquiçadas

Uma ausência relativa

O roteiro pelos museus portugueses revela

A presença dos elementos

A sua subordinação às narrativas hegemónicas

Significados

Uma herança não valorizada

O esquecimento

A culpa e a ausência das comunidades subordinadas

O grande silêncio: Africanos, Ciganos

O reconhecimento da contribuição judaica

Um lento reconhecimentos

Page 25: Memórias esbranquiçadas

A Herança Africana

Longo Contacto desde a antiguidade

A mercantilização do escravo

A integração do escravo na sociedade

Mocambos

De fora: plantações, aguadeiros, estivadores

Os escravos Foros e Colónia de escravos

A proibição do comercio (1756)

A extinção da Escravatura (1834)

Page 26: Memórias esbranquiçadas

Uma Herança Atual

A integração

Por desempenho de profissões, festa e confrarias

A estratégias de resistências africanas

Africanização dos rituais

O ritmo e a cor das festas

A festa brava e o fado

A emergência do conflito colonial

Preconceitos e reconhecimento

Ridicularização pela linguagem

A presença incontornável do africano na vida urbana

Page 27: Memórias esbranquiçadas

Uma memória esbranquiçada nos museus

Esbranquiçar

Diluir o passado a través da apropriação das memórias.

Casos Paradigmáticos

O fado

A festa

A gastronomia

A oralidade

Page 28: Memórias esbranquiçadas

Arte, Poder e Memória

A oficina da história resgatou uma memória esquecida

Na arte através dum novo questionamento

No espaço urbano através dos sinais

Na memória através dos gestos

A relevância do fenómeno do esquecimento para a museologia

A incapacidade de gerar questionamento

A arte como espelho do poder e da memória

Page 29: Memórias esbranquiçadas

Questionamento

A dificuldade de reconhecer o outro A ausência da africanidade nas instituições de

memória versus o discurso da amizade lusófona

A dificuldade de inclusão de novas narrativas Os fragmentos do passado criam impasses no

entendimento do presente

Dificuldade em colocar questões pertinentes

A exuberância do barroco a emergência do plural

Page 30: Memórias esbranquiçadas

Pedro Pereira Leite – CES – Univ. Coimbra

[email protected]

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