8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 1/80 MEDICINA TIBETANA Livro 4 Uma pebllcacao destinada ao estudo da Medicina Tibetana, editada pela Biblioteca de Obras e Arquivos Tibetanos, Dharamsala, India.
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E stas ob ras podem se r e s tudadas apenas no p rop rio T ibe te , po is
e p ro vave l que os ch ineses tenham p rese rvado m u itos dos traba lhos
m ed icos havendo um es to rco nes te sen ti d o dev ido ao g rande va lo r
e lmpo r t aoca d o s is te m a me d ico tib eta no tra dic io na l.
B rahm a transm itiu a c ienc ia dos "100 .000 V e rses o f H ea lin g " a
D aksa P ra jp ap ati. A p artir d es te , o s do is m e dico s d iv in~s , o s A sv in s ,
ad qu irira m os con he cim e nto s em su a to ta lid ade , tra nsm itind o-o s, n a
fo rm a com o fo ram ens inados po r B rahm a, a Ind ra . B as icam en te a
fransm lssao da m ed ic in a na lin hagem dos deuses e de B rahm a pa ra
Ind ra e es te u ltim o fo i quem m in is troua c lenc la m ed ica pa ra os
sab ios do re i no hum ano .ln d ra ap rox im ou -se de B ha radva ja po is suasabedo ria com o p ro fe sso r e xced ia em m u ito a de seus
p redecesso re s , um a vez que es te s ja hav iam transm itid o a c lenc ia
a seus d isc fp ulos sucesso re s enquan to Ind ra a inda es ta va a procura
de um d isc fpu lo adequado a quem pudesse transm itir 0
conhec im en to acum u lado que Ihe fo i en s inado em sucessao . A lem
d isso , e ra im po rtan te es tabe lece r um a frans rn ssao in in te rrup ta do
con he cim e nto d a m e dic in a.
2 - A expansao da m ed ic ina na Ind ia o u no re ino hum ano :
- O s R ish is e as lin hagens nao -B ud is tas - C om o 0 adven to das
doencas na v ida hum ana e ra um se rio obs ta cu lo a ree liz acao de
seus ob je tivo s , ou se ja , a riq ueza , 0 Dha rm a e a fe lic idade , o s
g randes sab le s da an tig u idade , com o B ha radva ja , A ng ira s ,
Jam adagn i e ou tro s , dec id iram se le c iona r aque le que pode ria ped ir
a Ind ra que Ihes ens inasse a c ienc ia m ed ica de m odo que as
doencas nao pudessem in te rfe r ir n os es to rco s pa ra s lcanca rem seus
ob je tiv os . S en do 0 esco lh ido , B ha radva ja , um em inen te asce ta ,
p ro fundam en te p reocupado com os so frim e nto s dos se re s hum a nos ,
d i r ig iu-se a res lderc la de Ind ra , abo rdando -o . A pos sauda -lo , d isse :"A s doencas que a te rro riz am todas as c ria tu ras te rn se m an ifes tado .
A conse lha -m e a re spe ito de seus tra tam en to s , 0 S enho r dos
In d ra , re spe ita ndo sua p ro fu nda sabedo r ia , e xpo s a c ie n c ia da
m ed ic in a ao sa b l e , B ha rad va ja , u su fru in do dos fru to s do s
e ns in am e n to s m e d ico s, tra ns m itiu -o s a s eu s d isc fp u lo s d ire to s, d os
qua is A tre ya e ra 0 m ais im po rta n te . D e aco rdo com 0 "Cha raka
S am hita " e ou tra s fo n te s , B ha rad va ja fo i 0 p rim e iro hom em a
conhece r e a ens in a r a m ed ic in a A yu rved ica . A ob ra "C ha ra ka
S am h ita " in c lu i l rnportantes ens in am e nto s de A tre ya e ac red ita -se
que ten ha s id o e sc rita o r ig in a l m en te em to rno de 800 a .C . H a ,
p o rta n to um a lnd lca cao im p re c isa d o pe rfo do em que v iveu
B ha rad va ja . A tre ya m in is tro u ens in am en to s ao s seus se is
d is c fp u lo s : A g n ive sa , B he la , Ja tu ka rna , P a ra sa ra , H a rita eK sa ra pan i. A gn ive sa fo i 0 p rim e iro a e sc re ve r um a ob ra sob re 0
Ayu r v eda . A B he la e aos ou tro s d isc fp u lo s de A tre ya tarnbern sao
a tr ib u fd os e stu do s s ob re 0 assun to .
S up oe -se qu e os o ito R ish is , e n tre e le s A tre ya , A gn ive sa ,
D ham van ta ri, N im ndha ra e ou tro s te nham esc r ito seu s p r6p r io s
co m en ta rlo s sob re o s ens in am e nto s de B ha ra dva ja . A co le cao ve io
a se r conhe c id a com o "C ha ra ka S am h ita "
En t re tan to , 0 D r. O . P . Jag g i em seu liv ro "S c ie n tis ts o f A nc ie n t
In d ia an d th e ir A ch ie vem en ts " a firm a c la ram en te que 0 es t udo
co nhec id o com o "C ha ra ka S am h ita " co n s is te pa rticu la rm en te da
ed ie ao pos te rio r d a ob ra de A gn ive sa . M e nc io na m a is ad ia n te que 0
"C ha ra ka S am h ita " in co rp o ra e ssenc ia lm e nte o s ens in am e nto s de
A tre ya , co nhec id o com o um incornparave l p ro fe sso r de m e dic in aA yu rve dica . T od os o s tra ta do s p ara le lo s so bre 0 A yu rveda com o os
de K asya pa , H a r ita e B he la , re fe rem -se a e le com o um m es tre
re conhe c id o e um a au to r id a de no A yu rve da . S eu pape l n a
p ro pa qa ca o d a m e d ic in a A yu rve dica e ta o im p orta nte e s ig n if ic a tiv~
quan to 0 d e H ip 6c ra te s e d os p rim e iro s m e d ico s fil6 so fo s d a G re cia .
Um dos m aio re s c iru rg io e s e p ro fe sso re s in d ia no s de to do s o stem p os fo i S us ru ta , um de scenden te de V is vam itra , 0 s a ble v ed lc o .
S us ru ta v iveu p ro va ve lm e nte p or vo lta d o se cu lo V I a . C . S eu tra ta do
so b re c iru rg ia den om ina do "S us ru ta S a ly a T an tra " p a re ce te r s id o
Q ua tro cen tas e Q ua tro Doencas " E n tao , d e seu coracao surg iu
R igpa i Y esh i seg uido pe lo R ish i Y id - la s -sK yed . E ntre o s do is R ish is
os qua tro T an tra s fo ram ens inados na fo rm a de pe rg un ta s e
respos tas .
R e la ta -se que d ife ren tes d is c fpu lo s ouv iram os ens inam en to s de
fo rm as d ife re n te s , con fo rm e suas ap tid6e s e nece ss id ades . O s
D euses ouv iram -no s com o "T he 100 .000 V e rses o f H ea lin g ",
e nquan to o s R ish is os escu ta ram com o "T he E ig h t W o rks o f
C ha raka ". O s nao -B uc ls ta s en te nde ram -no s com o "K rishna Isva ra
T an tra ", enquan to o s d is c ip u lo s B ud is ta s ou v iram -no s com o "T he
Teach in g s o f th e T h ree P ro te c to rs ". A penas Y id - la s -sK yedcom p reendeu todos os ens inam en to s com o os qua tro T an tra s . M a is
ta rd e, es te s q ua tro T an tra s to ra rn e sc rito s na fo rm a d e m a is de 5 .400
ve r.so s com tin ta de la p is - la zu li em pag ina s de ou ro pu ro . S up6e -se
que a ob ra o rig in a l e s te ja p rese rvada no pa lac io da s D ak in is em
Udd i yana .
o te x to "B a -ju g D on -yong th ad " a firm a : P e lo bem dos se re ssenc ie n te s , S uga tha , a tra ves de suas m an fe s ta coes , e ns in ou os
rne to dos de com pos lcao dos m ed icam en to s na Ind ia , a s tecncas do
m oxa e da pu r ifica cao das ve ia s na C h in a e da sang ria em D o lp o
(N o rte d o T ib ete ). E le tran sm itiu o s "1 0 0.0 00 V erse s o f H e alin g" pa ra
a a sse rnb le la do s deuses ; "T he E ig h t W o rks o f C ha ra ka " pa ra o s
R ish is ; ao s nao -B uc is ta s en s in ou 0 "K ris hna Is va ra T an tra " e aos
B ud is ta s m in is tro u "T he Teach in g o f th e T h ree P ro tec to rs ". A ob ra
"G u ru cho k i w angchuk g i te rjo n " tam be rn con te rn um a ve rsao
sem elhan te . D e aco rdo com os S u tras , h a va r ia s re te ren c ia s de
c omo 0 B uda S akyam un i m in is trou os ens in am en to s m ed icos .
Bus t on , 0 fam oso h is to ria do r tib e ta no , c itando "D achom pa dun g i
n on -pa D e-dun ", re fe re que du ran te ap rox im adam en te qua tro anos
(do s 23 aos 27 ou 28 an os de id ade ) B uda v iveu na flo re s ta dam ed ic ina de N enyod . H is to ricam en te fa la ndo , e g rande a
p robab ilid ade de que 0 B uda S akyam un i tenha es tudado m ed ic in a
em N enyod du ran te e s tes anos . E ra co s tum eiro que aque le s que
segu issem os es tudos com o p ro fissao fossem ob rig ados a
ded ica rem -se a os d ife ren tes ra m os do con hec im e nto .
D e m odo ge ra l, e s te conhec im en to pode se r c la ss ifica do em duas
ca te g o ri as , p rin cip al e se cu rd ar ia , su bd iv id id as , ca da um a, e m c in cotipos . A m a io r ia dos e rud ito s deve ria se r bem ve rsada em pe lo
m enos tre s dos p rin c ipa is ram os do conhec im en to e po r e s t a razao
e ra com um , naque les tem pos , que 0 fil6 so fo ou e rud ito ta rnbe rn
fosse conhecedo r da c lenc la m ed ica . A trad i9ao pode ria te r le vado
B uda a es tu da r e p ra tica r a m ed ic ina . A le rn d is to , com o a v ida
espa rtana que le vavam e 0 c re scen te nu rne ro de segu ido res
reque riam cu idados m ed icos cons tan tes , 0 ens ino e p ra tica dac ienc ia da m ed ic ina pode te r se tra ns fo rm ado em um a necess id ade .
O s S utra s e ou tra s ob ras esc rita s pos te rio rm en te po r d isc fpu lo s e
e rud ito s re fe rem -se a B uda ens inando e p ra ticando a m ed ic in a .
N a epoca do p rim e iro se rrn ao sob re as "Q ua tro V erdades N ob res "
em S arna th , V aranas i, B uda ens in ou 0 te xto m e d ic o "V im a la go tra "
e du ran te0
segundo se rrnao sob re a "A usenc la de D e fln lcao ",p ro fe rido no P ico do A bu tre (R a jg h ir) , m an ife s tou -se com o
Bha i shayagu ru , 0 B ud a d a M e dic in a, e ns in an do s im u lta ne am e nte 0
te x to "100 .000 V erses o f H ea ling ". N es te pe rfodo , 0 re i P adm e P e l
conv idou Buda pa ra ir a um pequeno bosque cham ado B e ta , no pa is
do coco , o nde ens inou a A va lok ite sva ra , B rahm a , S a rip u tra e a
ou tro s d isc fpu lo s do M ahayana os 3 5.000 cap ltu lo s do "g Che r -m thon
R ig s-p ai b rG y ud ". D u ra nte 0 te rce iro se rrnao sob re 0 vaz io , B udaens i nou 0 "S u tra dos S up rem os R aios de S ol" ("gS ar hod dam -pa ")
sendo que 0 2 4 Q cap ftu lo e sob re m ed ic ina e en titu ia -se "O s
C am inhos pa ra C ura r C om ple tam en te as D oencas ". N es te tex to 0
Buda S akyam un i m enc iona com o es tudou m ed ic ina em seus
renasc im en tos an te r io re s , d es tacando 0 renasc im en to com o
Chubab , 0 filh o de um m ed ico e a m ane ira com o adqu iriu
conhec im en tos m ed icos de seu pa i, um hab ilid oso m ed ico . E s ta
reg is trado aba ixo um trecho dos ens inam en tos receb idos po r e le :
"A s tre s e sta co es , 0 ve rao , a p rim ave ra e 0 in ve rno , pe rfa zem um
ano , 0 qua l ta rnbe rn pode se r ag rupado em se is c iv isoes com do is
m eses cada um a . A s duas p rim e iras d iv isoes cons titu em 0 per fodo
das flo res . A te rce ira e a qua rta d iv isoes , a es tacao quen te ; a qu in ta
e a sexta , a epoca das chuvas ; a se fim a e a o ita va , 0 ou tono ; a nona
e a dec irna , a fase fr ia e as u ltim as duas d iv lsoes cons titu em a
es tacao da neve ".
" E im po rtan te que a d ie ta e 0 m ed icam en to es te jam em
con fo rm idade com as es ta coes pa ra que ha ja um func ionam en to
no rm a l do p ro cesso d ig es tiv~ e um a p revencao dos desequ ilfb rio s .
D e ou tra m ane ira , a ha rm on ia do co rpo se ra pe rtu rbada cria ndo
conccoes pa ra a o rigem dos ds to rb los .
"0 m ed ico deve tom a r consc ienca da meracao fu nc iona l dos
e lem en to s , das es ta coes , dos s is tem as ffs ico s do sang ue , dos ossos
e ass im po r d ian te . O s qua tro tipo s de d is tu rb ios sao : r Lung ,
mKr i s -pa , Bad -kan e os ds to rb ios comb inados" .
"U m m ed ico deve es ta r p rim e iram en te a ten to a in ilu e nc la g e ra d a
pe las es ta coes do ano . D uran te a p rim ave ra , n a 0 p redom fn io de
8ad-kan ; duran te 0 v e ra o , d e se n vo lv e -s e r Lung ; no ou tono oco rreum aum en to de mKr i s -pa e , no in ve rno , os tre s hum ores tendem a
se man ife s ta r s imu lta ne amen te ".
"N a p rim ave ra a d ie ta deve possu ir a na tu reza quen te , aspe ra e
se r fac ilm en te d iges tive !. N o ve rso a d ie ta deve se r o leo sa , quen te ,
sa l gada e ac ida ; no ou tono deve se r fr ia , doce e o leosa e no in ve rno
e la deve se r aspe ra , a c l o a o leosa e doce . A s doencas nao pode raose desenvo lve r quando , du ran te as respec tvas es tacoes , a d ie ta e
os m e dicam e ntos con tive rem es tas q ua lid ad es".
o "V in aya ", ob ra de B ud a s ob re d isc i p iin a e e flca re lac io nad as com
as com un idades m onaca is , e a fon te m ais conhec ida re fe ren te ao
seu conhec im en to m ed ico , quando obse rvam os as m a is im ed ia tas .
Em um ve rso , B uda recom enda que os m onges consu ltem um
m ed ico quando fo rem acom e tid os po r um a doenca N o te rce iro
cap ftu lo do "V inaya ", denom inado "D ul-w a lung g i dum -bu sum -pa ",
B uda m in is tra ens inam en tos sob re as te rap ias acess6 rias . M ais
ad ian te , des taca a im po rtsnca dos m ed icam en tos quando pe rm ite
c ala m us (L in n.) , B e rb eris a ris ta ta (L in n.) , C u rcum a lo ng a.
E xem p lo s de ex tra to s de tro nco s - S anda lo , p in ho , ced ro , B erbe ris
a ris ta ta (L in n .)
E xem plo de ex tra to s de fo lh a s - A dha toda va s ica (N ees .)
E xem plo de ex tra to s de flo re s - a flo r d a A dha toda va s ica (N ees .) ,a flo r da A za dira ch ta in dica ( A . Juss . )
E xem plo s de fru ta s - T e rm ina lia chebu la (R e tz .) , T e rm ina lia
b ele rica (R o xb .) , E m b lic a o ffic in a lis (G a e rtn .) , P ip er n ig ru m (L in n.) e
P ip er lo ng um (L in n.)
N o "B anpo ye r nka ", B uda desc re ve as qua lid ades de um m ed ico :
"U m m ed ico com pe ten te deve se r ve rsado nos o ito conhec im en tose com preende r a o rig em , a na tu reza e os s in tom as das doencas . Eaque le que conhece a na tu re za dos tre s hum o res rL u n g, mK r is -p a
e Bad-kan e , des te m odo , p a ra um pac ie n te rLung d eve in dica r
m a n te ig a; p ara um p ac ie nte mKr is -pa , 0 acuca r e pa ra um ind iv iduo
Bad-kan , d eve in dica r 0 suco do a lh o (A llium sa tivum ). 0 m ed ico
conbecedo r das ca rac te ris tic as da s doencas e que se ja capa z de
n ata -la s a de qu ad am e nte e co ns id era do com pe te nte ".
A le rn dos S utra s ap resen ta rem ta is re la to s , e x is tem re te re nc ia s
esc rita s pa r ou tro s e rud ito s a firm ando que B uda fo i um m ed ico
hab ilid oso . D ec la ram tam bem que B odh isa ttvas com o M an ju s ri,
A va lok ite sva ra e ou tro s , te ndo escu ta do os ens inam en tos sob re
m ed ic ina , com puse ram ob ra s pa ra as qe racoes fu tu ras .
A ob ra "Jham phe l N in g -je Zu r-th in g " ("A E ssenc ia do C ora cao ')
m enc io na que M an ju s ri e sc re veu um te x to sob re 0 tra tam en to de
lesoe s c ran io -en ce ta licas cham ado "m G o-bC hos bD ud -rT s i
L h im -bzed ", o u se ja , "R ec ip ie n te de Am b ro s ia pa ra Le soes na
C abeca " e um tex to sob re c iru rg ia to rac ica . 0 B odh isa ttv a
A va lo k ite sva ra esc reveu um tra tado sob re c iru rg ia ge ra l cham ado
"dP yad -g Ches g zun " ("0 T ra tam en to P rec io so ") . V a jrapan i com posum tra ta do sob re ana tom ia . A B odh isa ttva D o lm a , um tra ta do
ab rangendo 12 0 cap itu lo s sob re com o cu ltiva r e rvas e um ou tro
e s tudo sob re 0 p repa ro , a ca ra c te riz acao e a conse rvacao dos
o con jun to das ob ra s dos B odh isa ttva s e denom inado "T ra tado
M ed ico de aco rdo com os M e todos dos B odh isa ttva s ".
o te x to "R in chen P hungpo " ("R ep le to de J6 ia s ") m enc iona que
M an ju s ri e n s inou a c ienc la m ed ica no topo de um a m on tanha na
C h ina , enquan to a rnan ite s ta cao R ish i de A va lo k ite sva ra m in is tro u
os ens inam en tos sob re um a co lina em Bodh G aya , na Ind ia .
V ajrapan i ens inou a c lenc la em U gen .
A ob ra "Jham phe l N ying g i Zhu r th ig " ap6 ia a c ita cao ac im a: "N a
Ind ia , C h ina e N o rte da Ind ia , a lin hagem da m ed ic in a fo i
e sta be le cid a p e lo s tre s B o dh is attv as ".
A op ln lao de que 0 Buda S akyam un i te nha rea l m en te ens inado a
c ie nc ia m e d ica e d iffc il de se r co m pro vad a, m a s h a ra z6 es su fic ie ntes
pa ra ac red ita r que e le fo sse bem ve rsado no conhec im en to m ed ico
e que tenha tra tado seus d isc fpu lo s ocas iona lm en te . E ntre tan to , a s
rea tza coes e 0 com po rtam en to de B uda de aco rdo com a filo so fia e
a re llc la o bud is ta dao luga r aos re la to s que conhecem os
h is to r icam en te . O s te x to s re la c ionados com a h is t6 r ia da m ed ic in atib e tana ocupam -se m a is com a filo so fia do que com dados e
pe rfodos rea is , ha vendo d ificu ldades na ob tencao de de ta lhe s
c rono l6g ico s ou na espec ifica cao do com po rtam en to e das
rea liza coes de B uda du ran te seus 82 anos de v ida no m undo . M as
se ria in co rre to exc lu ir q ua lque r re la cao h is t6 rica en tre B uda e sua
con tr ib u icao e conhec im en to da c ienc ia m ed ica , po is quando
es tudam os as conc icoes soc ia is do pe rfodo de Buda encon tram os
m u ita s ra z6es pa ra a firm a rm os que e le conheceu e p ra ticou a
m ed ic in a du ran te sua v ida . N a ve rdade , seus d isc fpu lo s e os
m ed ico s que v ive ram du ran te ou depo is de sua epoca con tr ib u fram
com m u ita s in lor rnacoes sob re B uda e seu pape l com o acade rn ico
e m ed ico re sponsave l pe lo s ens inam en to s sob re a m ed ic in a .
J iv aka - Um a b reve b iog ra fia : O s s is tem as e a p ra tica dam ed ic in a fo ram com ple tam en te es tabe le c ido s an te s m esm o do
nasc im en to de B uda . H av ia um a com p le ta e e fic ie n te o rqanaacao
do s is tem a m ed ico e de sua p ra tlca fo rm ada po r ju n ta s de
e xsm in ac ao , co nfe re nc is ta s, h ie ra rq uia m e d ica e p ra tlc as a lta m e nte
qua lificadas . Q uando B uda nasceu hav ia pa r toda a fnd ia num e rosos
m e dicos hab ilid osos e com p eten te s . E ntre e le s , 0 m ais fam oso e ra
K um ari J iva ka , um d isc fpu lo de A tre ya . E s te g rande m ed ico R ish i
ficou tao im pre ss ionado com a hab ilid ade de J ivaka que 0 esco lheu
p ara s er s eu d is cfp ulo .
o te x to "D ul-w a Lung sh ii sm an -sh i" fa z rnencao a J ivaka : 0 re i
B im b isa ra , ccn tem po raneo de B uda , e ra um hom em apa ixonado que
possu fa a rden tes dese jos po r be las m u lhe re s . U m d ia , passeava no
cam po m on tado em um e le fan te quando chegou a casa de um rico
m e rcado r daque la lo ca lid ade cu ja esposa es tava v ivendo soz inha ,
po is seu m arido es tava v ia jando a neg6c io s . A o av is ta r 0 rei ,
d is se -Ihe que gos ta ria de p re sen tea -lo com um a gu ir landa . 0 re i
p ed iu -Ihe que sa fsse de casa , m as e la se re cusou conv idando -o a
en tra r. Q uando en trou am bos enche ram -se de dese jo s e 0 re i d o rm i u
com e la .
P oucos m eses depo is , a esposa do m ercado r d irig iu -se ao re i e
d is se -Ihe que traz ia em seu ven tre um filh o de le . 0 re i deu -Ihe umlin ho e um ane l com o s fm bo los da ga ran tia de seu re la c ionam en to
d izendo -Ihe : "S e nasce r um a m en ina , e la se ra sua ; se nasce r um
m e nino , trag a-o p ara m im , v is ta -o com 0 lin ho e de ixe -o usa r 0 ane l " .
A lgum tem po depo is , a m ulhe r re cebeu um a ca rta de seu m arido na
qua l e le d iz ia que es ta va re to rnando pa ra casa em b reve . E la ficou
p reocupada , po is e s ta va em es taq io avancado da g ra v ide z .
D irig iu -se en tao ao re i, re la tando -Ihe sob re a ca rta , 0 qu al e nv iou
rap idam e nte um m e nsag eiro pa ra encon tra r 0 m ercado r em m e io a
sua jo rnada , o rdenando -Ihe que p ro cu ra sse um a j6 ia p rec iosa an te s
de re to rna r pa ra casa . N es te fn te r im , a esposa do m ercado r deu alu z um be lo filho 0 qua l fo i le vado em um a ces ta e de ixado ao re i. A o
enco rn ra - lo e vendo 0 ane l , 0 re i reconheceu -o com o seu filh o .
E n tregou a crian ca pa ra se r c ria da po r Zho -nu J igm ed e quandoa tin g iu a idade ap rop riada fo ram -Ihe ens inados os rud im en to s da
c ienc ia m ed ica . M as no pa la c io seus ens inam en tos es tavam
incom p le tos fa lta ndo as fa c ilid ades e as cond lcoes pa ra 0 estudo
adequado da m ed ic in a . Um d ia , e le av is tou um g rupo de pessoas
ve s tid a s de b ran co e pe rg un tou ao seu pa i, 0 re i, q uem e ram . O pa i
re spondeu -Ih e que e ram m ed ico s , a que le s que cu ra vam as
d oe nc as . J iv aka d es ejo u to rn ar-s e um d e le s d ec id in do -s e fin a lm e n te
a es tu da r com A tre ya , um m ed ico R ish i d e g rande repu ta cao . A tre ya
v iv ia em Tax ila e e ra 0 m ed ico pa rticu la r d e P adm a dP al, 0 pa i d e
B imb isa ra .
O s anos passados sob a tu te la de A tre ya trou xe ram fru to s e J iva ka
de sta co u-se co m o 0 m a is b r ilh an te e s tudan te en tre seu s co le ga s .
C on ta -se que ex is tiram tres oca s ioe s nas qua is e le co rr ig iu seu
m es tre A tre ya . E ntre tan to , J iva ka nao e ra e s tim ado pe los ou tro s
e s tu dan tes , in ve jo sos de sua c rescen te popu la rid ade , q ue
a cu sa va m A trey a d e d em o ns tra r um fa vo ritism o e sp ec ia l p elo a lun o,
um p rin c ip e . A tre ya , p a ra p rova r- Ih e s que nao es ta vam co rre to s ,
cham ou os es tu dan te s e m andou -os re la c iona r o s va l o re s do s
ing red ie n te s m ed ic in a is d ispon ive is . A penas J iva ka fo i capa z de
ap resen ta r um a lis ta de ta lh ada dos va lo re s de cad a subs ta nc ia .
C om 0 tem po , J iva ka to rnou -se um m ed ico com pe ten te eh ab ilid os o. S u a p er ic ia to rrro u-se co nh ec id a e s ua fa m a d ifu nd iu -se .
o re i A ja ta sha tru e ra po rtado r de um tum or que se m an ife s to u
pouco depo is de have r a ssass in ado seu pa i. J iv aka aconse lhou -o a
com er a ca rne de um jo vem . Q uando 0 re i e s ta va p re ste s a com e -la ,
re lem b rou -se da m ane ira com o hav ia a ssa ss inado seu pa i e
sub i t amen te 0 tu m or irro m peu e d esap areceu .C om 0 su ce sso e a fa rna , J iva ka to rn ou -se o rg u lh oso e co rnecou
a cham a r -se 0 m ed ico sup rem o . C on tinuou d iz endo que nao hav ia
rm que rn que pudesse cu ra r doencas so rna tic as com o e le , a ss im
com o nao hav ia n inque rn que cu ra sse as doenca s p s ico l6g ica s com o
Buda .
Um d ia , J iv aka d ir ig iu -se a B uda pa ra ap rende ro cam inho pe loqua l pode r ia liv ra r-se de seus p r6p rio s so fr im en to s . B uda
ens in ou -Ih e ex te ns ivam en te e a in da ass im seus ens in am en tos
pa re c iam nao su rtir e fe ito sob re J iva ka . S ub itam en te , B uda
descob riu que 0 m esm o nao pod ia pe rcebe r a ve rdade . C om o
so l u cao , d isse -Ihe que fosse ao re i das m on tanhas na Te rra da N eve
pa ra co le ta r ing red ien tes m ed ic ina is , m as J ivaka ficou receoso e
Buda env iou V a jradha ra pa ra acom pam a-lo . Q uando re to rnou ,
Buda ped iu a J ivaka que espec ificasse os vanes ing red ien tes
m e dic ina is . A pesa r de conseg uir des ig na r m u itos de les , hav ia ou trossob re os qua is nao sab ia nada a respe ito . B uda espec ificou -os e
fo rneceu um a extensa explcacao sob re seus pode res , suas acoes
e ass im po r d ian te . J ivaka ficou es tupe fa to e Buda d isse -Ihe que a
um m ed ico deve riam se r ens inados os qua tro ram os do
conhec im e nto . S ao e les :
1 - 0 m ed ico que sabe com o cu ra r deve tam bem qua lifica r-se empato log ia ;
2 - D eve se r com ple tam en te capaz de fa la r sob re as doencas , suas
o rig ens , s in tom a s e na tu reza ;
3 - D eve se r com pe ten te com re lacao aos m etodos de tra tam en to ;
4 -D eve possu ir co rnpe tenc la pa ra assegu ra r que nao have ra
re corre ne ia o u e rro .
J ivaka , que nao conhec ia as qua tro cu ras ve rdade iras , adqu ir iu
e ste c on he cime n to airaves de Buda . S ao e las :
1 - A ve rdade do so frim en to (ou se ja , da doencs ).
2 - A ve rdade da causa do so fr im en to .
3 - A ve rdade do fim do so frim en to (a saud e )4 - A ve rdade do cam inho (ou se ja , a m ed ic ina )
D este m odo , e le com preendeu que Buda e ra 0 me dico su prem o,
aque le que Ihe transm itiu ou tros ens inam en tos . R aios de luz e ram
ern f i dos de Buda pa ra Tanadug , 0 pa lac io da m ed ic ina , em Uge ,n .
o R ish i Y id las sK yed su rg iu e J ivaka ass im com o ou tros d isc fpu los
recebe ram os ens inam en tos dos T an tras .J ivaka en tao levan tou -se , co locou a pon ta de seu m an to sob re os
om bros e fez um ped ido fe rvo roso , d izendo que gos ta ria de recebe r
os c inco vo tos le igos . N aque la epoca , 0 re i d as m o nta nh as co briu -s e
de neve , um fo rte ven to sop rou no va le e nas p lan fc ie s e B uda
adoeceu adqu ir in do um a pa to log ia fr ia . J iva ka fo i so lic itado pa ra
tra ta - lo e ap licou 0 tra tam en to re finado ind icado pa ra um m es tre
un ive rsa l. E le adm in is tro u um m ed icam en to com pos to de 32 flo re s
" u t-p a l" e subs tanc la s . B uda pu rgou 52 vezes e d isse en tao a J ivaka :"H a a lg uns c ls tu rb lo s que , em bo ra nao se jam pu rificados , sao
rem ov idos ; a lg uns sao pu rificados m as nao sao rem ov idos ; ou tro s
podem se r rem ov idos e pu rificados e ex is tem aque le s que nao
podem se r nem rem ov idos nem pu rificados . P ortan to , in d ique -m e
acuce r m ascavado ind iano e a fru ta da T erm ina lia chebu la ". A ss im ,
B u da re cu pe ro u-s e c om p le ta m e nte .
N o s cap ftu lo s 2 3 e 2 4 d o "V in ay a", e xis te m re la to s a dic io na is so bre
J iv aka re fe re nte s a sua fam a cre scen te e sua hab ilid ade com o
m ed ico . E m de te rm inada ocas iao , quando B uda es ta va em R ajgh ir,
um m onge po rtada r de um a mteccao nos 6 rg aos sexua is fo i
c on su lta r J iv aka , q ue 0 cu rou com sua pe rfc ia . A pro x im adam en te na
m e sm a epo ca A ja ta sha tru , aque le que hav ia com e tid o pa tr ic fd io e
in c ita do a desun iao en tre a com un idade de m onges , fo i se riam en teacom etid o po r m icoses e pa r va rio la . 0 seu co rpo exa la va um odo r
de pul refacao ta o in tense que as pessoas tinham d ificu ldade pa ra
se ap rox im arem de le . 0 re i e s ta va a rrepend ido e con fe ssou suas
rnas -a coes pe ran te se is m es tre s nao -B ud ls ta s , m as fo i em vao .
J iva ka d isse -Ihe en tao : - "V a a te B uda ". E o re i re spondeu : "C om o
pode ria B uda a juda r se re s des tin ados ao in fe rno com o eu? " J iva ka
exp licou -Ihe que B uda nao ens inou e in s tru iu apenas aque le s se re s
de g rande in te lig enc ia e pu re za , com o S a rip u tra , m as ta rnbe rn
aque le s m enos a fo rtu nados , com o Lam -C hung . B uda adqu ir ia seu
a lim en to tan to de re is com o de pob re s . T ra ta va da m esm a m ane ira
seu filh o R ahu la e sua p rim a D evada tta , sua e te rna in im ig a .
F ina lm en te , J iva ka e 0 re i com sua com itiva fo ram ve r B uda .
A ja ta shas tru con fe ssou e re fug iou -se em B uda e em sua
comun i dade .
J iva ka su rg e na h is t6 r ia B ud is ta com o um dos m ed ico s m a is
no ta ve is sendo po r tre s vezes m erec idam en te en titu la do "re i do s
m ed icos " du ran te sua v ida . A s ob ras "S u rvey o f M ed ica l H is to ry " de .
D es i S angye G ya tso e "C o lle c ted W orks o f B u -s ton ", secao 24 ,
jun tam en te com 0 "V inaya ", fo rnecem de ta lhes sob re a v ida e as
hab ilid ades de J ivaka . D iz a lenda que e le a lcancou 0 es tado de A rya
libe rtando -se do c ic io da m o rte e renasc im en to .
Nagar juna (ce rca de 400 anos depo is de Buda ) - A pesa r da
con tro ve rs la sob re quem fo i N aga rjuna , 0 escrito r dos tex to s
m e dico s, o s e ru dito s tibe tan os a ce ita m am p la m en te 0 fa to de que 0
escrito r e 0 m ed ico fo ram a m esm a pessoa e tam oern aque le que
fundou a filo so fia M adyam ika no Bud ism o. B uda p rev iu a chegada
de N agarjuna no S u tra Lankava ta ra e no 36Q
cap itu lo do Tan tra deM an jusri. O s tex to s B ud is ta s a seg uir fazem re la to s sob re N ag arjuna
com co rs ice ra ve is d eta lhe s:
1 - 0 "S u tra L a nk av ata ra "
2 - "M an jus ri-ka lpa "
3 - "H a rsaca rita " de Bana
4 - "R aja ta rang iri" de K a lhana
Textos tibe tanos com o "P ag -sam -jon -sang " e pa rticu la rm en te , a
ob ra "H is to ry o f B uddh ism ", de Ta rana tha , sao boas fon tes de
reterenc las.
N aga rjuna fo i educado na U n ive rs idade de N a landa sob a
o rle ra ac ao d e S ara ha B ha dra , 0 a ba de . E stu do u a s p rin cip ais c ie nc la s
d ip lo m and o-se na a rte d a a lq uim ia . R ea lizo u im p orta ntes con qu is tasnes ta a rea com o a c lenc la da ul i l izacao d e p llu la s p ara re aliz ar fe ito s
s ob re na tu ra is , p ara 0 re juvenesc imento , t o c a o pa ra os o lhos e ass im
po r d ian te . E sc reveu m u ita s ob ras sob re os su tras e os tan tra s e
com pos extensos es tudos sob re m ed ic ina . S uas p rin c ipa is ob ras
sobre 0 assun to es tao lis tadas a seg uir:
1 - "Yoga sa taka ," a p rim eira ob ra sob re m ed ic ina no Tan ju r. F o i
traduz ido pa ra 0 tib e tano po r N im a G ya ltsen com 0 aux ilio de
4 - "K aksapu tra Tan tra ", tam bem conhec ido com o "S iddha C am unda
T an tra ", desc reve a ob tencao de pode res sob rena tu ra is .
5 - "A ro gy ama nja r"
6 - "Yogasara "
7 - "R asend ra M anga la "
8 - !IR a ti sa stra "
9 - "S id d hanaga rju n iy a "
10 - "J iva S utra "
11 - "A cha rya N ag arjuna bhas ita A vabhesa ja -ku lpa "
12 - "A rya ra ja nam a va tka ".
N aga rjuna e a ltam en te estim ado no m undo da m ed ic ina tibe tana .D esc rito com o um dos v in te e se te a lqu im is tas m a is fam osos , fo i
quem propos a qu im ica tan tr ica e e ra cons ide rado um dos princ ipa is
d isc ip ulo s d e Jiva ka , 0 m ed ico pa rticu la r de B uda .
Asvaghosa - Acred ita -se que A svagosha , filho do b ra rnane
K im naguhya , um m ed ico renom ado , e de sua esposa R atnas iddh i,
tenha nasc ido a oes te de K ashm ir. S eu nasc im en to fo i m arcado po rfa tos extrao rc ina rlos . Q uando cresceu , 0 respe ito e a devocao po r
seus pa is e ram tao pe rfe itos e im pecave is que os hom ens 0
cham avam de Phagod e M agod , 0 q ue s ig nific a, re sp ec tiv ame n te ,
"se rvo do pa i" e "se rvo da m ae". Um as lro loqo cham ou -o P awo
(he r6 i). D u ran te sua juven tude to rnou -se um nao-Bud ls ta
incond ic iona l, fa to a tribu ido as suas a tiv idades ka rm cas an te rio res .
E s tudou a c ienc ia da m ed ic ina com seu pa i, m ed ico renom ado .
S ua fam a com o fil6so fo e e rud ito nao -Buo ls ta c resc i a , ao m esm o
tem po que seu dese jo de de rro ta r, em deba tes , p ro fesso res e
e rud itos Bud is tas . E s tava sendo extrem am en te bem suced ido nos
deba tes quando N aga rjuna , v ivendo en tao em N a landa , dec id iu
fina lm en te faze r a lgo a respe ito des ta a rneaca ao Bud ism o .
A ryadeva , seu p rinc ipa l d isc ipu lo , in s is tiu em ace ita r 0 desa fio deA svaghosa e sa iu v ito rio so dos longos e ca lo rosos deba tes . C om o
-e xig ia a tra dig a o, 0 pe rdedo r, no caso A svaghosa , to rnou -se B ud is ta
e d isc ipu lo de N aga rjuna . C om 0 tem po , A svaghosa em erg iu com o
um dos m ais conhec id o s e sab les e rud ito s , m es tre em esc r itu ras
B u dis ta s e n ao -B u dis ta s.
N o m undo B ud is ta , A svaghosa e pa rtic u la rm e nte le m brad o p or
sua g rande ob ra "T he Ja taka Ta le s ", um re la to de ta lh ado dos
d ife re n te s na sc im en tos de B uda em v id a s an te rio re s , com o
B od hisa ttva , a fim d e a cum u la r m e ntes d uran te e ra s l r con tave is pa ra
fin a lmen te a d q u ir ir 0 es ta do de B uda .
N o m undo m ed ico , esc re veu m u ita s ob ra s que se to rna ram
popu la re s den tre o s qua is "T he E ig h t B ran ches o f M ed ic ine " eexnao rc lnana pe rm anecendo com o um te x to ba s ico e s tudado em
cen tre s m ed ico s A yu rved ico s e tib e ta nos . "T he E ig h t B ranches o f
M ed ic in e " c u jo titu lo c omp l e to em sans cr ito e "A s ta nga -h rda ya -s amh i ta
nam a", fo i tra duz id o pa ra 0 t ib e tano pa r R in chen S angpo com 0
aux flio d e Ja randha ra . H a um re la to de que ao se to rna r B ud is ta ,
A svaghosa passou po r um pe rfo do de a rrepend im en to e con fssao
com pondo d ife re n te s ob ras re lig io sa s e m ed ica s a fim de e lim ina r e
pu rifica r-se de suas rnas -acoe san te rlo re s . 0 tex to ac im a e ou tro sfo ram esc rito s e ssenc ia lm en te pa ra e lim in a r sua s im pu rezas
m a te ria is . P os te rio rm e nte , esc re ve u ta rroe rn co m en ta rlo s so bre a s
ob ra s c ita da s que sao u tiliz a dos a tu a lm en te com o
re te re n c ia s -p ad rao pa r e s tu dan te s da s m ed ic in as A yu rved ica e
t ibe tana .
C a n d r a n a n d a n a (O aw a kN on -gha ) - A cred ita -se que es te te nha
s ido ne to do g rande A nanda e filh o de C hagpa ghawa . 0 1 O Q capf tu lo
do "O a -se r" con firm a a h ip6 te se : "M eu avo e 0 g rande A nanda ,
sem pre fam oso en tre os sab les . S eu filh o C hagpa ghaw a ge rou um
filho ch am a do O a wa kN on -g ha ."
Q uando c re sceu , to rn ou -se um d isc fp u lo de A svaghosa . H a um a
re te re nc ia no 40Q cap itu lo do "D a -se r", m enc io nando que
C and ranandana es tu dou e ap rendeu as p ra tica s de sc rita s na ob ra"T he E ig h t B ran ches o f M ed ic in e ", ba seando -se na ob ra "C ara ka ",
C on tudo , pode -se a firm ar que a m ed ic ina fo i in tro duz ida , ap rin c ip io , c om 0 adven to dos do is m e dico s B i-g yi dG a h-b yed e B e-Iha
dG ah -m dzes -m a da Ind ia pa ra 0 T ibe te du ran te a epoca do qu in to
re i tib e tano Tho -tho ri N yen -tsen , que sao cons ide rados os
re sponsave ls pe lo ens ino e in trodugao da c i enca da m ed ic in abaseada no s is tem a Ayurved lco ,
- B i-g y i dG ah -b yed e B e -Iha dG ah -m dzes -m a - os p rim e iro s
m ed ico s ind ianos a v is ita rem 0 T ibe te : 0 re i in d iano dP a l-ld an
P hun -s togs e sua ra inha dbYangs -ky i L ham o ge ra ram do is filh o s .
U m de les , sD on -hdum sK es , casou -se com R ol-rnyed -m a, filh a de
dM a r-g yan , a ra inha dos R akshas . R o l-rn yed g erou do is filh o s , cu jo snom es e ram rN a-C henpo e Leg s -pa i bLo -g ro s .
rN a-C henpo e ra um d isc ip u lo de D olm a . U m d ia , D olm a d isse -Ihe
que se e le v ive sse com G an -ga i L ham o, a filh a do fab rican te de
tam b ore s, e la tra ria ra io s d e lu z a o T ib ete , 0 p ais da esce rid ao . A nos
depo is , des ta un iao nasceu um a c ria nca a quem de ram 0 nom e de
B i-g y i dG ah -b yed . N es ta m esm a epoca , a esposa de um fab rican te
de s inos b ra rnane deu a lu z um a filh a a quem 0 casa l cham o u B e-Iha
dGah -mdze s -ma .
P o re rn as c ria n cas nasc idas dos do is casa is e s ta vam
p re des tin ad as a se to rna re m e sto plo as e m a cile nta s. O s p ais fiz era m
o poss lve l p a ra descob rir 0 que pode riam fa ze r pa ra a juda r suas
c ria n cas . A m ae de Be -Iha o fe re ceu d ife ren te s tip o s de s inos a
B odhya -gana e com o resu lta do des te a to v ir tu o so , sua filh a fo iim ed ia tam en te tran s fo rm ada em um a be la rnoca . 0 filh o de
rN a -C henpo a lte rou tam be rn g radua l m en te sua fea ldade ,
to rnando -se um e legan te rapaz . O s do is fo ram am igos de in tanc ia e
quando a ting iram idade su fic ie n te pa ra es tuda r, ob tive ram
pe rrn ssao de seus pa is pa ra ap rende rem a c ienc ia da m ed ic ina com
o filh o de rG u n-shes -ky i-bu . D ip lom a ram -se nas c ienc ia s rneo icas e
re tornaram a sua c idade na ta l p a ra p ropaga r e p ra tica r seus
conhec im en to s e hab ilid ades . T o rna ram -se tao rap idam en te
conhec idos que sua fam a se espa lhou po r toda a Ind ia e a te m esm o
A cred ita -se que B i-g y i tenha encon trado 0 g ran de T s'o -b yed
gZon -nu J iva ka no seu co rpo de a rco -Iris , em R ajg h ir, recebendo do
m esm o lns frucoes sob re os ens inam en to s exte r io res , in te r io res e
in te rm ed ia rio s . a s do is m ed icos a ting iram a fina l a m ais e levada
rea llzacao da c ienc ia da m ed ic in a e , conseqO en tem en te , aim o rta lid ade . A cred ita -se ho je que e le s a inda res idam nas flo re s ta s
de sanca lo da Ind ia . E nquan to pe rm anec iam em B odh -g aya , am bos
fo ram o rien tados po r D o lm a pa ra se d irig irem ao T ibe te po rque ,
n aq ue la e po ca , 0 re i tib eta no L ha -th o-th o-ri s N ya n-T se n (T ho -th o-ri
G nyan -b tsan ), um a enca rnacao de K un -tu bsan -po , hav ia fe ito um
ped ido a D o lm a so lic ita ndo em sup lica que env iasse quem
e lim inasse a escu ridao que pa ira va sob re 0 T ibe te . D o lm a, po r
co rnpa ixao pe lo povo tib e tano e em respos ta ao ped ido do re i,
a bencoou e ins tru iu o s do is m ed icos ind ianos p ara que se d ir ig issem
pa ra aque le pa is e d ifu nd is sem a c ienc ia da m ed ic ina . C hegando ao
p rim e iro d is trito do T ibe te , v iram um a jovem m u lhe r tibe tana
ca rreg ando nas cos tas a m ae m u ito doen te . O s m ed icos obse rva ram
en tao que 0 conhec im en to m ed ico re s trin g ia -se a s im p les p ad roes
c ie te ticos e tecn lcas pa ra es tanca r sang ram en tos a traves da
ap lica cao de m an te iga de rre tida . Q uando 0 p ac ien te adoec ia
g ra vem en te , e ra rem ov ido de sua re s idenc ia e en tregue a m orte em
um lu ga r so lita r io e d is ta nte .
Im p ress ionados pe lo pouco conhec im en to m ed ico do povo
tib e tano e sua apa ren te desp reocupacao pe los doen te s , um a vez
que nao pa rec iam te r esc rupuos em de ixa r seus pa is adoec idos
m o rre rem ao leu , os do is m ed icos ' conve rsa ram com a m u lhe r e
ens ina ram -Ihe com o cu ida r de sua m ae pa ra recupe ra -la E la , po r
sua vez , o fe receu -Ihes m il "srarqs" de ou ro anunc iando sua
chegada ao T ibe te . Logo depo is a no tfc ia sob re os m ed ico s chegou
a o re i s N ya n-T se n 0 qua l env iou um conv ite pa ra que am bos fo ssem
a Yum -bu la -m kha r e sen ta ssem num trono fe ito de nove a lm ofadasado rnadas com ped ras p re c iosas d ispos tas um as sob re as ou tra s .
*(N .T .) R ep re sen ta tivo de va lo r em m oeda es trange ira em itido com
ceno rnnacoes 5 , 10 ,25 , 100 . E m 1950 , c in co "sangs " va lia um a rup ia .
o re i d em ons trou g rande in te resse pe los do is m ed ico s e
p re sen teou -os com 100 .000 "s rang s " ped indo -Ihe s que
pe rm anecessem pa ra p rom ove rem a c len c ia m ed ica no pa rs . A pos
o fe re ce r sua filh a .L ha -chen Y id -ky i R ol-chha em casam en to pa raB i-g y i dG a h -b y ed , 0 re i v iu seu ped id o ace ito .
A nos m a is ta rde , n asceu 0 filh o de Y id -ky i R o l-chha , a que le que
to rnou -se pos te rio rm en teo dou to r D un -g i th o r-chog -chen . O s
m ed icos ens ina ram -Ih e a c ie nc ia da m ed ic ina , in c lu in do 0
d iag nos tico pe lo pu lso , os pad roe s d le te flcos , com pos icao dos
m ed icam en tos , c iru rg ia s , u tillz a cao de rno xabus ta o , e x tra cao
sang urnea , cu ra tivo s e tra tam en to da s le soe s e fe rim en to s , e tc .
A lca rca ndo se u o bje tivo , o s m e dico s re to rn aram a f n d ia , q ua nd o
D un -g i tho r-ch og -che n ad qu ir iu a m a tu rid ad e se ndo esco lh id o com o
m ed ico da co rte do re i L ha -tho T ho -ri sN yan - T sen . C ada
descenden te do re i K hris -n yan g Zug s-chen , filh o de Lha -tho T ho -ri,
a te 0 re i rJe -dP a l kK ho r-bT san , te ve com o m ed ico um descenden te
d e D u n-g i th or -ch og -c he n. E s te fo i m e d ic o p articu la r d a c orte d ura ntea p r im eira fa se da v id a do re i K h ris -n yan gZug s -chen e du ran te a
u ltim a fa se fo i se u filh o, b Lo -g ro s ch hen -p o.
- 0 penodo p re -Y u iho k - 0 re i S ong -tsen G am po (S rong -b tsan
sg am -p o): D u ra nte 0 re in ado de seu pa i, 0 re i N am ri S ong -tsen
(G n am r i s ro ng -b tsa n), n arra tiva s n is to rica s m e nc ion am q ue va rio s
liv ro s - te x to s de m ed ic in a e as tro log ia de g rande im po rta nc ia fo ramtraz id os da C hina , nao havendo um a iden tifica gao p rec isa de seus
tftu lo s e a ss un to s.
o filh o de N am r i, 0 33 Q re i S on g-tsen G am po , c resceu e to rn ou -se
o m a is fam oso re i tib e ta no . E co ns id erad o a rn an lte sta cao hu m an a
de C h en re zi, 0 Buda da C ornpa ixao , e re sponsa ve l pe lo g rande
p rog re sso so c io -cu ltu ra l e e con6m ico do T ib e te . E n tre ou tra s
a tiv id ade s , in te re ssava -se p ro fu ndam en te pe la p ro rn o cao e
ap erte lco arn en to da s c ie nc ia s mec c a s . P rim e ira m en te , m a nd ou
tra du zir p ara 0 id iom a tib eta no im p orta nte s tex tos so bre m e dic in a,
tra z id o s de pa rse s v iz in hos , com o a C h in a . A ob ra "sM an -chad "
(T era p ia A ce ss orie ), tra zid a d aC h in a p ela p rin ce sa c hin esa W e n-s in
K on -Jo , fo i tra duz ida pa ra a Ifng ua tib e tana po r H ashang M ahadeva
e D ha rm a kosa .
o re i c onv idou 0me dico B ha ra da ja da Ind ia , 0 D r. H an -w ang H ang
da C h ina e G a lenos da P ers ia pa ra tra ta - lo e d iv id ir conhec im en to s
e exp erien c ias m e cica s com os esp ec ia lis tas tib e tanos .
o m ed ico ind iano B ha rada ja com pos as segu in te s ob ra s :
"B u -shag -m a Bu -che -chung " (P equenos e g randes pa ra s ita s do
ca r vano ) e "sB yo r-w a M a-sa r" (P repa ro da m an te ig a fre sca ).
o me dico ch in es e sc re ve u 0 te x to "G a -cheo T ho r -bu che -chung "
so b re c iru rg ia .
Ga l enos , 0 m e dico p ersa , com p os os seg uin te s traba lhos du ran te
sua pe rrnanenc ia no T ibe te : "G o-g non D ud -pa " (C o rnp ila cao ) e
"O e-pho M a-ja N e-tso sun g i C hed -shog ", sob re 0 tra tam e nto dos
o l s t ub i os do ga lo , do pavao e do papaga io . O s tre s m ed icos
re aliz aram c on te re nc ia s e s irn po sio s, c ujo re su lta do fo i a com p lla ca o
da ob ra m ed ica denom inada "M i-J ig pa i T son -cha ", com pos ta de 7
cap ftu los , que fo i o fe re c ida de p resen te ao re i. C om o re tnbu lcao pe la
c om r ib uic ao e a ss is te nc ia , 0 re i o fe re ce u-Ih es g e ne ro so s p re se nte s.
A seu ped ido , G alenos pe rm aneceu no T ibe te pa ra to rna r-se seu
m ed ico p articu la r. E ste dec id iu e s tabe le ce r-se no T ibe te , ca sou -se
e g erou tre s filh o s . A cred ita -se que es te m e dico tenha esc rito m u ita s
ob ra s re la c ionadas com a c ienc ia m ed ica .
o filh o m a is ve lho de G a lenos fo i en v iado ao in te r io r, d is trito degT san , onde casou -se com um a descenden te da lin hagem de B i-g y i.
S eu segundo filh o fo i en v iado a gYo r-po , su i do T ibe te , onde in ic iou
a lin hagem dos m ed ico s do su i (Lho -rong g i sM en -pa ). 0 filh o m ais
novo , Jo ros , pe rm aneceu com 0 pa i, na cap ita l, p rossegu indo com
a lin hagem dos m ed ico s de Lhasa .
C om a p ro rnocao e g radua l p ropaqacao da c ienc la m ed ica , 0 re iS ong -tsen G am po es ta va pa r dem ais ans io so pa ra ce rtifica r -se de
que es te s is tem a m ed ico es ta va e fe tivam en te im pu ls io nado e
p rese rvado no T ibe te . C om o in cen tivo , c r iou bo lsas de es tudos de
m e dic in a p ara os doze es tudan te s m a is des ta cados de todo 0Tibe te .
E im po ss lve l em a lg un s m ilha re s de pa la v ra s , ab ran ge r todo 0
e x ten so assun to da de rm a to log ia n a m ed ic in a tib e tan a , o u m esm o
lid a r com as p rin c ip a is d oen cas de pe le m enc ion ada s nos te x to s
med ic o s tib e ta n o s.
A o de fron ta r-se com um a pa to lo g ia oe rrn s to lo q ica , 0 med i cotib e ta no exam in a cu id adosam en te a d i s t r bucao em ge ra l e as
ca ra c te rls tica s in d iv id ua is da s le soes , te ndo em m en te que ta l
d is tu rb io p ode se r um s ina l d e doen cas m a is se r ia s , com o a
tu be rcu lo se e a han sen la se . 0 exam e e rea liz a do sob lu z n a tu ra l. 0
m ed ico fa z um b is to r ico cu ida do so , in c lu in do 0 re g is tro de a lg um
tra ta m en to a nte rio r a qu e 0 p ac ie nte te nh a se su bm e tid o, 0 t ip o de
a plica ca o te ra pe utca e a s re aco es d ese nca de ad as .
A pe sa r do s cistorbtos d e rm a to lo o lc os c on sis tirem p rin c ip a l m e n te
da qu ela s d oe nca s ou irr lta coe s q ue a fe tam som e nte a pe le , e x is tem
m uita s pa to lo g ia s que se de senvo lvem no o rg an ism o em ge ra l e
ou tra s que sao e xp re ssoe s de doenea s m a is g ra ve s .
S ao e xem p lo s de doenca s da pe le : a e ris ip e la , a s m icose s
supe rfic ia is (tin has ) , a escab io se , a pe lag ra , a s de rm atite s d econ ta to , o s e czem as , a bsce sso s , p so rfa se , a s m ancha s e a
l eucode rm ia .
1) Man ch as e leu co de rm ia :
D e fin lcao : A pa re c im en to de m anchas b ra nca s em d ife re n te s
re g io es d o co rp o.
E tio lo g ia : D ie ta e pad ro es com po rtam en ta is in adequados ,
q ua isq ue r d ese qu ilfb rio s d os tre s "h um o re s" (N e pa s) , a s in fe cco es
b a cte ria n as , o s d is tu rb io s lin fa tic os lo ca liz ad o s n a oplp
P ato log ia : C om o ccnsequenc la do desequ il [b rio dos tre s hum o res
e da in teccao bac te ria na causada pe l a d ie ta inadequada e hab ito s
im p r6 prio s, o co rre um d is tu rb io co m accm u lo l i r fat ico n o o rg an ismo
que se d issem ina pa ra a pe le ge rando um a a lte ra cao na
p igmen tagao .
S in tom as e s ina is : E com um a oco rrenc ia de a reas b rancas no
ro s to , nas rnaos e na req iao supe rio r do co rpo . E n tre tan to , pode rn '
se r encon tradas ta rnbe rn em ou tra s a reas . 0 d is tu rb io com eca com
e rup coes bo lhosas azuadas - que de ixam m anchas pa llo a s ou
b rancas ge ra lm en te c ircu la re s . O co rre um p ru rido in tense quando a
a rea 8 expos ta ao ca lo r ou quando 0 p ac ie nte e xe rce a tiv id ade sex tenuan te s . 0 p ru rid o pode se r deco rren te do con ta to com roupas
de la ou pe le s de an im ais . A fr icg ao 8 segu ida de exsudacao de um
flu id o que esco rre quando a bo lha se rom pe . A lesao 8 m ais seve ra
espec ia l m en te du ran te a p rim e ira fa se do ve rao e no ou tono .
T ra ta m en to : D o is e xe m plo s.
A - D eve se r ap licada nas a reas a fe tadas , um a pas ta p repa radacom os segu in te s in g red ien te s : Z ing ibe r o ffic in a le (R osc .), P ip e r
lo ngum (L inn .) , P ipe r n ig rum (L inn .) , a s c in zas de um a cob ra
venenosa e 0 6 1e o d a T erm in alia ch eb ula (R e tz .)
B - A dm in is tra -se nas a reas a fe tadas um a pas ta p repa rada com :
enxo fre neg ro e te c ido ad iposo de po rco .
O utra s fo rm as de tra tam en to - B anhos m ed ic in a is e a inges taoco s sequn t e s med i camen t o s :
. S ho rea robus ta (G ae rtn . F .), a re s ina -1 0pfu las ,
S ho rea robus ta (G a ertn . F .) , G a ruda -15pf lu las,
C ode no p sis ne rvosa (C h ip p., N ann f.) - 18 pf lu las,
G aruda - 5 p flu la s .
2 ) Derma tite d e c o nta to :
D efin icao : A pe le ap resen ta -se aspe rs com o 0 cou ro da nuca de
um bo i. O co rrem e rupcoes bo lhosas com edem a, a le rn de p ru rido
E , po re rn , um fa to r de ad ig ao apenas quando re la c ionado com do is .
ob je to s de ca rac te r is tica s com uns . A in te ra cao que re su lta em
aum en to e poss lve l apenas quando a concom nanc la qener lca ent re
do is ou m a is in g red ien te s nao es tive r b loqueada po r fa to re s
in ib idores.
A in te ra cao en tre d rogas re su lta em c i rn i ru lcao d a a tiv ida de
quando fa to re s va ria n te s es tao p re sen te s . C om o no caso da
concom ltanc la qene rica , e s te s fa to re s causam d im inu ig ao apenas
na ausenc la de um fa to r in ib id o r. P o rtan to , e e la quem reve la 0
sen tid o de un ifo rm idade ou dessem elhanca , enquan to 0 fa tor
v a ria n te re s sa lta 0 s en tid o d a d es ig ua ld ad e.
O s p ro cessos da te rap ia m ed icam en to sa e da d ie to te rap ia sao
bas icam en te d ire c ionados pe la s teo ria s ac im a . 0 p rin c ip io da
a plica ca o te ra pe un ca e a um e nta r, d im in uir o u b ala nce ar 0 d isturb io ,
o u se ja , 0 excesso ou de fic ie nc ia de a lg uns dos tre s "hum o res ", do s
s ete co ns titu in te s tls lc os Q U das tre s subs ianc ia s exc re tadas pe lo
o rgan i smo .Pr inc ip io : 0 a lim en to e sua d iqes tao e abso rcao adequadas
assegu ra um es tado de sauce e 0 fu n c ionam en to ap rop ria do dos
va rie s s is tem a s o rg an ico s , p oss ib ilita ndo um p erfe ito desem p enho
das a tiv id ades ffs icas e m en ta is . E n fim , 0 a l imen to e 0 pr inc ipa l
agen te de te rm inan te do es tado de sauce de um ind iv fduo que
ta rnbe rn aux ilia na de te rrrm acao do tem po de v ida . 0 a lim en to econs ide rado um fa to r bas ico pa ra a ob tencao dos qua tro ob je tivo s
p rirn a rio s da v ida hum ana , ou se ja , 0 d es en vo lv im e nto e sp ir itu al, a
aqus icao de riq uezas , a s rea llz a coes m a te ria is e a fib e rta cao .
N a c ienc ia m ed ica tib e tana , 0 s is tem a c iqes fivo envo lve , en tre
ou tro s fa to res , o s tre s "hum ores ", o s se te cons titu in te s tls ico s e as
tre s subs tanc ias exc re tadas . O s tre s "hum ores " ou nepas sao :
r Lung (p ro nu nc ia -s e lu ng ) o u c orre nte v ita l; mKr is -pa (p ronunc ia -setr ip a ) ou ene rg ia v ita l e B ad -ka rt (p ronunc ia -se be iguen ) ou to rca
anab61 ica v ita l. O s se te cons titu in te s fis icos sao : a essenc ia
nut r ic iona l , 0 sangue , 0 te cid o mu s cu la r, 0 te c ld o a d ip o so , 0 tec ido
pa rticu la rm en te no tra to gas tro -in te s tin a l, so frem a in flu enc ia das
va rla s e nz im a s. A o a lca nca r in ic ia lm e nte a p orca o d o e sto rn aq o o nd e
a tua Bad -kan , 0 a lim en to reage com os agen te s des te "hum or"
(Nepa ) que 0 decom p6em em pa rtfcu la s s6 lid a s , m is tu rando -o
com p le tam en te com a pa rte Ifq u ida . A s pa rtfcu la s de a lim en to
adap tam -se g radua l m en te as condcoes da req iao e adqu irem
ca ra cte rfs tica s s em e lh an te s a s d e Bad -kan . Ass im , 0 b o lo a lim e n ta r
adqu ire um sabo r doce e ou tra s qua lid ades trans it6 ria s de Bad -kan
ta is com o peso , o leo s idade e ass im po r d ian te . A s ca ra c te rfs tica s do
bo lo tran s fo rm am -se sob a acao do mKr is -pa d ig e stiv o, o u e nz im a s ,
cu jo ca lo r fu nde as pa rte s s61 idas e IIq u idas o rig in ando u 'a m assacom ca ra c te rfs ticas que co rre sp ondem aque la req iao .
o m etabo lism o oco rre p rin c ip a lm en te no m e io do es tom aqo e os
fa t o re s re sponsave is po r e ssas a tiv id ades no o rg an ism o sao as
enz im as d ig es tivas ou mK r is -p a 'J u-B y ed . In ic ia da a c iqes tao
g as tro -in te stin al p e la s e nz im a s , o co rre a esfmuacao d e o utro s tip os
se cun ca rloe d e mKr is -pa d ig es tiv o, ta is c om o a qu ele s re la cio na do s
com cada um dos c in co p rin c ip a is e lem en to s que com p6em 0 bo lo
a lim en ta r. A s enz im as lo ca liz adas no tra to gas tro - in te s tin a l, n o
ffg ado e no tec ido ce lu la r sao a tivadas .
D eve se r m enc ionado aqu i que , a le rn de de te rm ina r a d ig es tao
cor re ta , 0 ca lo r ou mKr is -pa d igest ivo e um ins trum en to de
rnanu tencao da sauce ge ra l. P ortan to , a ssegu ra r-se de que 0 ca lo r
d ig e s tivo es ta em equ illb r io e v ita l, o u se ja , nao se ap resen ta
d efic ie n te o u e xc es siv o .
O s m ed icos recom endam , trad ic io na lm en te , a in g es tao d ia r ia de
c in co p flu la s de P un ica g rana tum (L inn .) , em pa rticu la r nas reg i6es
fr ia s , d u ra n te 0 in ve rno , pa ra que 0 ca lo r d ig es tivo se ja re ativ ad o,
poss ib ilita ndo um a d iqes tao adequada , p re ven indo 0
desenvo lv im en to de qua isque r doencas . A s enz im as secunda ria srea liz am a frans to rm a cao m e tab61 ica nas reg i6es ln te rm e dia r la s do
es tomaqo .
A m assa de pa rtfcu la s a lim en ta re s e im pu ls io nada pa ra a te rce ira
req lao do es to rnaqo , onde e rea liz ado 0 p rin c ipa l p ro cesso de
pesqu isa s de cam po , nas qua is devem ded ica r-se exc lu s ivam en te
ao es tudo dos rne todos de co le ta , l cen t t f l cacao , i so lamen to ,
preservacao e in te ra9ao am b ien ta l da s p lan ta s .
T e oria e P rin c ip io s d a Med ic in a T ib e ta n a- Os c in co e le m e nto s
- t e r r a , a q u a fo g o , a r e espaco - agem com o base m a te ria l p a ra todos
os teno rnenos an im ados e inan im ados . N o o rg an ism o hum ane e
an im a l, e s te s c inco e lem e nto s m a nife s tam -se b io lo g icam e nte com oI
os ires "hum o res", ou se ja , rL ung , m K ris -p a e B ad -kan . Quando
es tao em es tado de equ lllb r io , hom eos ta se , 0 o rg an ism o pode se r
cons ide rado saudave l, enquan to que um desequ ilfb r io en tre os tre s
re su lta r ia em um o rgan ism o doen te . A de te rm inacao tib e tana g loba lsob re a na tu re za da a tiv id ade b io l6g ica d iz re spe ito ao equ ilib rio . 0
ob je tivo e m ais p re c isam en te a lcanca r e m an te r a es tab ilid ade ou
hom e os tase en tre os teno rnenos m a cro e m ic ro sc6p icos .
Qu im ica Bas i ca dos E lem en to s e suas Funq6es - C ada um
dos c in co e lem en to s e com pos to de num e rosos a to rnos e sao
c la ss ificados com base na p redo rn lnanc la de um a de te rm inada
ca tega ria a to rn ica P ar exem p lo , u 'a m assa de e lem en to s te rra te ra
um a p redom ina r c i a d e u n id ad es a t omeas co r responden tes a terra.
A s funcoes bas ica s dos c inco e lem en to s sao as segu in tes :
1 - T e rra : a tua com o base ou supo rte
2 - A gua : agen te re sponsave l pe la conexao
3 - F ogo : re la c ionado com a rna tu ra cao
4 - A r: c re sc im en to e desenvo lv im en to
5 - E spaco : poss ib ilita a s a tiv id ades e os m ov im en to s b io l6g ico s .
A s A tiv id ad es F is io lo g icas V is tas p ela M ed ic in a T ib eta na -
Todas as a tiv id ades fis io l6g ica s sao gove rnadas pa r a coes da
m en te . E sta e co ns id era da s up erio r a m ate ria e as acoes sao
p ra ticadas com o consequenc ia de a titu des m en ta is . P or e xem p lo ,
um a acao nega tiva e com etid a , causada pa r um es tado nega tivo da
m e n te le va nd o a consequenc ia s e exp erien c ia s ta rroem neg ativa s .
A ss im todas as pa to lo g ia s sao enca radas com o po r t ado r a s de
fa to res causa is e cond ic iona is re lac ionados . A s causas das doencas
sao de do is tipos : d is tan tes e p rox im as : as p rim e iras podem ser
ge ra is e espec ificas . A causa ge ra l de todo d isn rb io e a iqno ranc ia ,
ou se ja , a ausenc ia do conhec im en to e a inco rre ta com preensao da
na tu reza das pessoas e dos tenornenos. A igno ranc ia conduz 0
o rg an ism o a a tiv id ades que g era m deseq uil fbr los n o s tre s "h umo re s",
conhec idos lite ra l m en te com o as tres "fa lhas" ou venenos ("dosha "
em sanscrito : "nyepa" em tibe tano ).
A s causas d is tan tes espec fficas das doen c a s sao acoes
re la c ionadas ao dese jo , as qua is ge ram um aum en to de r Lung ; as
acoes re lac ionad as ao o c o , que ge ram um aum en to de mKr is -pa eas acoes re la tivas ao obscu rec im en to da m en te ou es tuo idez ,
aumen tando Bad -kan .
As causas p rox irnas do c is tu rb io sao os tres "hum ores quando
con flitan tes e em desequ ilfb rio dev ido ao dese jo , ao 6d io e ae stu pid ez , o s q ua is por sua vez tem sua ra iz na causa ge ra l, au se ja ,
a ig no ran cia .O s fa to res cond ic iona is , is to e , os agen tes causado res do
d es eq uilfb rio d os ires "hum ores" sao p rin c ipa lm en te de qua tro tipos :
- fa to res re lac ionados com a es tacao do ana
- pad roes d ie te tcos
- pad roes com portam en ta is
- a s cond icoes da m en te
P o r e xemp lo , 0 fr io do inve rno p rovoca um a e levacao de Bad -kan
que se m an ifes ta na p rim ave ra , es tacao de a tiv idades
"descange lan tes" .
A s d ie ta s sao c la ss ificad as c o m o aspe ras , leves , fr ia s, pesad as ,
e tc . P o r exem p lo , a lim en tos aspe ros , leves e frio s p roduzemd is tu rb lo s d e r Lung e a lim en tos pesados e frios p roduzem cisn irb ios
de Ba d - k a n
O s pad roes com portam en ta is tam bem afe tam as a tiv idades
ps icc -ta io loq icas do co rpo . P o r exem p lo , a fom e , a inson ia , 0
E s te s qu inze tip os de "hum ores" es tao p re sen tes em todas as
c ria tu ra s , sendo os responsave ls po r todas as fungoes e a tiv idades
b io l6 g ic as d o o rg an ismo .
M ecan ism o de A~ a o das D rogas - A uli l izacao e a na tu reza de
um a d roga sao de te rm inadas pe lo sabo r e pe la po tenc ia 0 p rim eiro
e de te rm inado pe lo pode r e pe la s qua lid ades dos cons titu in tes
qu fm icos da p lan ta . A s o ito ca ra c te rfs ticas ou po tenc ias de um a
d rog a sao : p esada , o leosa , fre sca , g rosse ira , le ve , a sp era , quen te e
pungen te .
A s qua tro p rim e ira s ca ra c te r is tica s sao u tilizadas pa ra tra ta r o s
c ls fu rb io s d e rL ung e m K ris -pa e a s o utra s q ua tro p ote nc ia lid ad es ,
p ara tra ta r o s d es eq uil fb rio s d e Bad -kan .
Es tas olio po tenc ia lid ades ou ca ra c te rfs ticas possuem um pape l
im po rtan te na na tu reza do equ ilfb rio ou na neu tra llz acao ou
des in tox ica cao dos ing red ien tes que compoern o s me d ic ame n to s.
P o r e xem p lo , p ato lo gia s com ca ra cte rfs tica s le ve s, a sp era s e fre sc as
sao neu tra lizadas e e lim inadas po r d rogas com qua lid ades pesadas ,
o le os as , fres ca s e p un gen te s.
A essenc ia de todas as qua lid ades e po tenc ia lidades sao os
pode re s quen te e frio . A s o ito po tenc ia lid ades cons is tem de
dezesse te qua lidades , c la ss ificadas de aco rdo com asc ara cte rfs tic as e fu ng o es q ua lita tiv as e q ua ntita tiv as .
Un idades erbnrar tas (d e 1 a 10) s ao d ete rm in ad as p ara e sp ec ifica r
a p reco rn inanc ia das qua lid ades e quan tid ades dos com ponen te s
das d rogas . O s c inco e lem en tos bas lco s que co rnpoe rn um a
m o lecu le sao os a tom os co rre sp onden te s a terra, a aqua , ao fogo ,
ao a r e ao espaco . A co rnb inacao des te s a tom os o rig inam 0 r ume r ode m o lecu le s que transm item a d ro ga su as d ife ren te s q ua lid ad es .
A s rno lecu la s do e lem en to te rra possuem ca rac te rfs tica s pesadas ,
pene tran te s , suaves , o leo sas e secas . M o le cu las do e lem en to aqua
sao u rn idas , ade ren te s , fre scas , pesadas , pene tran te s e m o les . 0
2 - P ara d is tu rb ios trip los com predo rn lnanc la de 8ad -kan e
mKr i s - pa
3 - Pa ra ds fu rb ios tr ip lo s com p r edom i nance de r lung
Uso d as D ro gas -C om todas as in to rrnacoes bas icas
esbocadas , pode-se ago ra ap lica r 0 p rinc ip io da u lilizacao das
d rogas , equ ilib rando suas qua lidades e po tenc ia lidades com asc ara cte rfs tic as d os d ls te rb lo s,
P un ica g rana tum (rom aze ira ) com binada com ou tras d rogas es ta
ind icada no tra tam en to da m aio ria dos d is lu rb ios a bdom in ais sen do
m a is e ficaz na recupe racao da ene rg ia d iges tiva e u tilizada
bas icam en te no tra tam en to de c is tu rb ios frio s de 8ad - k an .
c ompo s l c a o e Uso s da P un ica g ran a tum - P redom inam ossabo res azedo e doce , consequen te rnen te , sua com pos lcao ffs ica ete rra e a q u a Quan to ao sabo r doce , sua com pos icao qua lita tiva e :
pesada , g rossa , fresca , u rn ida , es tave l, o leosa , m ac ia e suave . A
c orn po sic ao q ua ntita tiva e : 10 un idades pesadas , 7 un idades
g rossas , 5 un idades frescas, 5 un idades urn ldas , 5 un idades
estave ls , 4 un idades o leosas , 3 un idades m ac ias e 1 un idade suave
(V e r e sq uema ).
6 un . pes a d as de te rra + 4 un . pesadas de aqua = 1 0 u nid ad es
pesadas
4 un . g rossas de te rra + 3 un . g rossas de agua = 7 un idades g rossas
nenhum a corm os icao + 5 un . frescas de aqua = 5 u nida des fre scas
1 un . seca de te rra - 6 un . um cas de aqua = 5 un idades u rn ldas5 un . es tave ls de te rra + n en huma c orn po sic ao = 5 u nid ad es e sta ve is
2 un . o leosas de te rra + 2 un . o leosas de aqua = 4 un idades o leosas
3 un . m ac ias de te rra + nenhum a com pos icao = 3 un idades m acias
nenhum a com pos icao + 1 un . suave de agua = 1 un idade suave
A reacao pos itiva ( + ) oco rre quando os e lem en to s reagen tes
p ossue m qua lida de s s em e lha ntes . A reacao n eg ativ a (-) q ue e nv olv e
um p rocesso de e llrn ina cao oco rre quando os e lem en to s reagen tes
possuem qua lidades opos tas . P or exem p lo , um a das se is un idades
u rr id as de agua neu tra liz a a un idade seca de te rra , resu lta ndo em
c inco un idades u rn ida s . U m ou tro exem p lo : com o a te rra nao con tem
nenhum a un idade fre sca , a s c inco un idades fre scas de aqua
o rig in ais s ao ma n tid as .
A Pun ica g rana tum age na r e s t a u r a c a o do ca lo r d iqe s tivo sendo
u tiliz ad a e xte ns iv am e nte com o d ro ga p re ve ntiv a. Um a m te rp re te ra o
supe rfic ia l p ode se r dada ana lisando -se a es tru tu ra do es to rnaqo eseu func ionam en to . 0 6 rgao e d iv id id o em qua tro com pa rtim en tos ,
dependendo do lo ca l de a c a o d os "h umo re s".
1 . 8ad -kan d a m is tu ra (te rra + aqua )
2 . mKr is - pa d iq es fiv o (fo go )
3 . r Lung q ue a com pa nh a 0 fo go (a r)
4 . com p artim e nto va zio (esp aco )
G e ra lm en te , a ind ig es tao es ta p re sen te em todos os c is to rb ios ,
cau sad a p ela d im ln uica o d o ca lo r d ig es tiv ~, sen do m u ito im p orta nte
m an te r um a co rre ta re lacao de ln te ra cao e funcao en tre os qua tro
com pa rtim en to s do es to rnaqo . A P un ica g rana tum possu i um pode r
quen te e quando adm in is tra da p rom ove reqene racao de r Lung
p roduz indo um a trito que aquece 0 mKr is - pa d iges tiv~ . 0 ca lo r
d ig es tiv~ , po r sua vez , a tiva 0 8ad -kan da m is tu ra assegu rando a
oco rrenc ia de a tiv idades b io l6g icas saudave is no o rg an ism o. U m
aum en to do mKr is - pa d ig e stiv o a tiv a 0 8ad -kan da m is tu ra que e
regu lado pe la d ispon ib ilid ade de espaco .e pe lo r Lung que
acompanha 0 fo go . M ais ad ian te no p rocesso d iqesnvo , a m ate ria
in ge rida ad qu ire u nid ad es esp ec ffica s qu e a gem com o su plem e nto sn u tr ic io n ais o u med ic in ais .
compos l c ao e Ap licaq6es da A reca ca techu - O u tra p lan ta
m ed lc ina le a A reca ca techu ou noz de be te le . E la possu i um sabe r
a ds trin ge nte , s ua com p os ic ao ffs ica e a r e te rra . E qua l i ta t ivamente
· fr ia , g rossa e seca e q uan tita tiva m en te po ssu i q ua tro u nida des fr ia s,
q ua tro un id ades g rossa s e duas un idades se ca s .
4 un . fr ia s de a r + 2 un . de te rra = 4 u nid ad es fr ia s
2 un . d e a r + 4 un . g ro ssa s de te rra = 4 u nid ad es g ro ssa s
1 un . seca de a r + 1 un . se ca de te rra = 2 un idades se cas
A A reca ca te chu e u tiliz ada em co rnb ina cao com ou tras d rog a s
com o agen te c ica tr iz an te do sangue e da lin fa , po is em sua
co m pos ica o qu alita tiva p re do m ina m un id ade s fr ia s e se ca s. A A re ca
ca te chu e um agen te com pos to que age sob re 0 s is tem a n erv os o.
At iv idade Ou lm l ca da Pun ica g rana tum e A reca ca techu - 0
a rbu s to da P un ica g rana tum , conhec ido desde tem pos an tig o s ,
po ssu i d e do is a c in co m etro s de a ltu ra e e la rg am e n te cu ltiv ad o n o
no rte da A frica e nas req ioe s do H im ala ia . A ca sca da ra iz con te rn
qua tro a lca l6 id es d ife ren te s : C 9H 1S 0N , (p seudo pe lle tle r ine ):
C aH 1s0N , (p e lle tie r in e ); C aH 1s0N , ( is ope lle tie r ine ) e C 9H 170N ,
(me t il- pe lle tie r ine ) .
A e s tru tu ra m ic ro sc6p ica da ca sca fo i e s tu dada po r G riffith s e a
d ls tr ib u lcao dos a lca l6 id es nas va ria s req io e s da p la n ta fo i
pe squ isada po r C haze . H ess ob te ve , p a r qu ilo g ram a de casca ,
0 ,52g . d e pe lle tie r in e ; 1 ,8 g . d e pseudope lle tie r ine : 0 ,2g . de
m etil- is ope lle tie r ine e 0 ,01 g . d e isope lle tie r in e . 0 con te udo de
a lca l6 id es va ria de 0 ,5 a 0 ,7% . G oodson descob riu que 50% do to ta ld os a lca l6 id es d es ta s su bs ta nc ia s e ra p elle tie rin e, d e u so m e d ic in al.
- 0 p rln e ip lo a tiv o : O s a lca l6 ide s m ais a tivo s do s de rivado s de
p ip e rid in a sao I-p e lle tie r in e ed -I p e lle tie r ine . O utro de rivado eI- tro p inone , conhec ido com o pseudope lle tie r ine . 0 C aH 1s0N
(pe lle tie r ine ) e x is te na s fo rm as a lca lin as dex tr6g ira e le v6g ira , e
in co lo r, com peso m o lecu la r d e 106 e souve l em e te r ou c lo ro f6 rm io .
o d -I p e lle tie r in e dex tr6g iro e le v6g iro pode se r ob tido pe la
.'de rn en la cao do m e til- is ope lle tie r ine sendo conve rs fve l em ou tra
H a um fn tim o pa ra le lism o suge rin do 0 4 pe lle tie r ine com o um
h o rn o lo q o d a tro p in o na .
- B io ss fn te se do pseudo pe lle tie r ine : A lis in a e a p rin c fp io
desca rbox ila da pa ra cadave rina (1 ,5 d iam inopen tano ), o x id ado ec ic la do p ara /1 ' p ip e rid in a . A adcao do com pos to C 3 fo rm a pseudo
pel ie t ier ine.
Lis inaHC
/ " ,\~2C tHI I
+ \ [ C " ~ J S : H
A cid o N ic oro nic o
l - \ l .
C/ \
~ c. C I - ld ia~ : < . \ \ z ~
ox idase ~2.(, O\~
'tJI
t - \~ - p ip er id in e
- A tiv idade fis io l6g ica da P un ica g rana tum : T odas as pa rte s de
sua a rvo re po ssuem a lgum a a tiv id ade fis io l6g ica . A s ca scas das
ra fzes , d o tro nco e dos ga lh os sao an ti-he lm fn ticas ; a fru ta e rica emtan in os e a gom a e os ex tra to s po ssuem va lo r nu tr ic iona l. Q uando
tran s fo rm ada em p6 , a fru ta e e ficaz nas c ia rre ia s e na en te roco lite
a guda , po ssu i a tiv idade s an tim ic ro b ia na s (1 973 ) sendo ta rnbe rn
in dica da n o tra ta m en to d e h em o rr6 id as .
A A re ca ca techu ou noz de be te le e na tiva da s Ilh as S unda . A s
a rvo res va riam de 30 a 60 pes de a ltu ra e sao cu ltiva da s ta rnbem na
Ind ia e na C h ina , o nde a a reca tr itu rada e u tiliz ada com o
an ti-h e lm fn tico . N a E uropa e u tiliz a da na m ed ic in a ve te r i na r i a O s
p rin cip a is in gre d ie nte s a tiv os s ao ta n6 id es (15 a 2 5% ) e a lc a l6 id e s
(3 0 a 5 0% ) . O s q ua tro a lc al6 id es p rin cip a is s ao a re co lin e, a re ca id in e,
In trodu~ao - A doenca pode se r iden tificada pe los seus s ina is e
s in tom as po is a re lacao en tre am bos pode se r com pa rada ao fogo
e a fu rnaca . O s s in tom as sao resu ltan tes pe toqen icos da doenca
fazendo com que os m elho res m eios de iden tiltcacao e 0 comple to
conhec im en to das ca rac te rfs ticas se jam abso lu tam e nte essenc ia isp ara d iag no stica -Ia com e xa tid ao .
A teo ria do c iaqnos tico , po rtan to , envo lve a re lacao en tre a
s in tom ato log ia , a pa to log ia e a hab ilidade adqu irida a traves do
es tudo dos tex tos m ed icos e da expe rienc la pra t ica
A ap licacao do d laqnos tlco cons is te em duas secoes : tres exam es
e tres rne todos de d iagnostico . O s tres exam es sao : 0 et io loqico, 0pa topen ico e 0 n te r roqa to r l o . Os ires m etodos d iagnos ticos sao : 0
ques tionam en to , a obse rvacao e 0 con ta to . O s tres p rim eiros sao ,
na ve rdade , um a extensao do p rim e iro m etoda d iagnos tico , m as sao
tra tados sep aradam e nte dev ido a sua im po rtanc ia na pesqu isa da
doenga .
Ta l lm po rtanc la - pode se r com ple tam en te cons ide rada . P e lo
exam e e tlo loq ico , ou se ja , a t raves da descobe rta das causas e dos
fa to res responsave ls pe lo c ls tu rbo , ques tionando e exam inando 0
pac ien te , encon tra -se a chave pa ra 0 re co nh ec im e n to d a p ato lo gia .
o conhec im en to da h is to ria da m o les tla poss ib ilita ao m ed ico
con firm a r sua na tu reza . In te rrogando 0 p ac ien te sob re 0 tipo de
reacao a um a de te rm inada d ie ta ou com po rtam en to , po r exem p lo , 0
m ed ico e capaz de p lane ja r 0 cu rso do tra tam en to a se r p resc rito .
o exam e pe lo con ta to - A le itu ra do pu lso e po r s i so um a a rte
que necess ita es tudo teo rico extenso acom panhado po r anos de
tam iiianzacao com as a reas do pu lso . E nvo lve bas icam en te a
pu lso e ana lisado an te s do am anhece r, a p redom lnanc ia de
e lem en to s fr io s pode se r fac ilm en te con fund ida com um a pa to log ia
fria . O a m esm a m ane ira , se 0 pu lso fo r e xam inado ap6s 0
am anhece r, a p r edomnanc l a de e lem en to s quen te s no co rpo e no
am bien te to rna m ais fa c il a co rn isao com um c ls lu rb lo quen te . Em
cas os de e rne rqenc ia , a ex iqenc ia m fn im a e assegu ra r-se da
no rm a lid ade dos ritm os re sp ira t6 rio s do m ed ico e do pac ien te , que
es te u ltim o nao es te ja tense ou transp irando po r qua lque r e xe rc fc io
ffs ico e que suas m aos nao es te jam de fo rm a a lg um a con tra fdas .
A nato m ia pa ra a le itu ra d o pu lse - E s te e exam inado na a rte ria
rad ia l d e cad a punho . O a p rim eira ruga da supe rffc ie fle xo ra d is ta l
d o an teb ra co , deve se r m ed ido 1 tsun , p ro x im al m en te a es ta ruga ,
sob re a a rte r ia rad ia l. 0 tsun e um a un idade de m ed ida equ iva len te
ao com prim en to da segunda fa lange do po lega r. O s tre s dedos do
m ed ico , ou se ja , 0 anu la r , 0 rn e c io e 0 in d ic ad or, s ao p os ic io na do s
em pa ra le lo , a lin hados e igua lm en te espacados com
aprox imadamen te0
tam anho de um g rao de a rro z en tre cada dedo ,pa ra que es te s nao se toquem ou fiquem m uito a fas tados .
A a rte ria rad ia l e u tiliz ada pa ra 0 exam e do pu lso po rque apesa r
de ex is tirem m u itas a rte ria s acess fve is , p or todo 0 co rp o, ta is com o
a fem o ra l, a ca r6 tida e a tib ia l po s te rio r, a rad ia llo ca liza -se na req iao
.cen tra l, n em m uito lo nge nem m uito p r6x im a dos o rqaos s61 idos e
ocos . O s dem ais pu lse s , com o os m enc ionados ap re sen tam um a
concemracao e le vada de sangue e r Lung p or e sta rem lo ca liz ad as
m u ito p r6x im as do co ra cao e do ffg ado ou , ao cornra io , apresen tam
ba ixa ccncen tra cao daque les e lem en to s po r se loca liza rem m uito
d is tan te s do co ra cao . A ss im , m esm o que os d is tu rb io s se jam
g ene ra lizados , have ra ce rta d ificu ldade p ara lo ca liza r e iden tifica r
d ls nn blo s es pec ffico s a tra ve s d a le itu ra d es te s p uls os .
o sangue e 0 r Lung de todos os p rin c ipa is 6 rgaos do co rpo flu ema tra ves da a rte ria rad ia l d is ta l, tra n sm itin do as m e nsagens sob re as
condcoes de cada um dos 6 rgaos que sao cap tadas pe la s tre inadas
po lpas d ig ita is do m ed ico em vanes pon to s do punho do pac ien te .
E xa tam en te com o as ondas do oceano a fe tam 0 s e u flu xo , 0 r Lung ,
ou a ene rg ia que flu i jun tam en te com 0 sangue , a fe ta seu flu xo
dependendo do equ ilib r io ou desequ ilfb rio dos tre s "hum ores" que
const i tuem 0 o rgan ism o. C onseque rne rnen te a a rte ria rad ia l
a pre se nta ra b atim e n to s v az io s, te ns os , d e cre sc en te s, a rre do nd ad os
e ass im po r d ian te .
o pu lso v ita l, ou 0 p ulso q ue d ete rm in a 0 tem po dev ida de um a
pessoa , deve se r exam inado na a rte ria u lna r. A ana lise do pu lso da
m o rte deve se r fe ita na a rte ria tib ia l pos te rio r po is a filo so fia m e dica
tibe tana a firm a que , quando 0 c ic io da m o rte se es tabe lece , a
oesmtec racao das ene rg ia s o rgan icas tem in fc io na req iao in fe rio r
d o co rp o.
P ressao a se r exe rc id a n a le itu ra do pu lso - G e ra lm e nte ta l
p re ssao e c la ss ificada da seg uin te m a ne ira :
a ) 0 d ed o in d ic ad or e p ress ionado 0 su fic ien te pa ra sen tir a pe le ;
b ) 0 dedo m ed ic deve se r p ress ionado de m odo a sen tir a ca rne ;
c ) a p ressao do dedo anu la r e m aio r pa ra que 0 osso possa se r
. s en tid o .
A a rte ria rad ia l fixa -se na ca rne do punho exa tam en te com o um
rab ane te no so lo , tendendo a es tabe lece r -se m a is p ro fundam e nte am ed ida que se a fas ta da dob ra do punho . P a r es ta razao , 0 med i co
deve ap lica r p ress6es va riadas sob re os d ife ren tes pon tos do punho .
M eto do s pa ra 0 p ro ced im en to do ex am e do pu lso - O s dedos
do m ed ico devem se r m a cios , sens fve is , sem c ica tr izes e rna leave is .
N o pac ien te do sexo m ascu lino ana lisa -se p rim e iram en te 0 pu lso
esque rdo enquan to na m ulhe r, a va lia -se em p rim e iro luga r 0 pu lso
direi to.
A m ao d ire ita do m ed ico , ao exam ina r um pac ien te do sexo
mascu l i no , e d iv id id a c on fo rme 0 esquema :
P o lp a d ig ita l Dlv l sao Supe r i o r
1 - Ind icada r C o racao
2 - M ed io S ago
D iv is ao in fe rio r
In te s tin o d e lg a d o
Es t omago
3 - A nu la r R im esque rdo O rgaos rep rodu to res
A m ao esque rda ap resen ta a segu in te c lv isao :
Po lp a d ig ita l D iv isao Supe r io r Dlv l sao in fer io r
1 - Ind icado r P u lrnoes In te s tino g rosso
2 - M ed io F fgado V e sic ula b ilia r
3 - A nu la r R im d ire ito Bex iga
N a m u lhe r, a rep resen tacao o rgan ica e a m esm a exce to que a
pos icao dos pu lm oes e do co racao devem se r in ve rtidas . A razao
des ta m udanca e um cum e inv is fve l de en trada de to rca v ita l em
pos icao lig eiram e nte d ife ren te nos do is sexos .
Os pu lso s co ns titu c io na is - As pu lsacoes va riam m esm o em
um organ ism o saudave l po is a co rnpos icao tem pe ram en ta l e
cons tituc iona l de cada ind iv iduo e d ife ren te . N o deco rre r do
nasc im en to , no rm a l m en te um dos tres "hum ores " exe rcem um a
p redo rrm anc ia nao -pa topen ica po r qua isque r das seg uin te s razoes :
a ) 0 ka rma ;
b ) 0 p redom in io de um de te rm inado tem p eram e nto ;
c ) de te rm inados pad roes com po rtam en ta is e 0 tip o de d ie ta
ing erida pe la m ae .
E x is tem bas icam en te tres tipos de pu lsos cons tituc iona is : 0
mascu l ino ,0
fem in ino e0
neut ro .U m pu lso cons titu c iona l m a scu lino es ta p resen te no ind iv iduo que
possu i um a p redo rrm anc ia de r Lung e consequen tem en te sua
pu lsacao e rude e densa . Um pu lso fem in ino pode se r de tec tado no
ind iv iduo com um a preoom inanc ia de mKr is -pa , ap resen tando
ba tim e nto s ra pid os e fra co s.
o in d iv iduo com p redom ina rc ia de Bad -kan ap resen ta em ge ra lum pu lso cons titu c iona l neu tro , ou se ja , com ca rac te ris ticas suaves
e flex fve is .
O s pu lsos cons titu c iona is nao es tao fundam en tados no sexo do
ind iv iduo - um hom em pode possu ir um pu lso cons titu c iona l
cons is te , em g era l, da ve rifica cao 'do rnm e ro de ba tim e nto s du ran te
um c ic io respiratorto, ou se ja , devem oco rre r c in co ba tim en to s , ou
75 pu lsacoes regu la res em um m inu to . E sta s pusacoes n ao de vem
se r fo rte s , le n ta s , p ro fundas , supe rfic ia is , va z ia s , rap idas ou
ap re sen ta r ou tras ca ra c te r is tica s . Q uando fo rem m a is do que c in co
p ulsa co es du ran te u m c ic io re sp ra to r io , ca ra cte riz a-se u m d is tu rb io
quen te e quando fo rem de te c tados m enos que c in co , a pa to lo g ia
se ra cons ide rada de na tu re za fr ia .
o pu lso do ind iv iduo saucave l ou doen te pode se r de te rm inado ,
bas icam en te , pe la ve lo c idade , na tu re za e vo lum e dos ba tim en tos .
Ex ige -se a p rin c ip io que 0 m ed ico dom ine 0 exam e do pu lsocons titu c io na l, d a s tendenc ias do pac ien te a de te rm inadas
pa to log ia s e sua h is to r ia m ed ica . B atim en to s densos , vo lum osos ou
flu tuan tes sao com pa tlve is com 0 p uls o co ns titu cio na l rn as cu in o,
m as pode se r con fund ido com um d is tu rb io quen te . B a tim en to s
rap idos e fra cos sao ca rac te rfs tico s de um pu lse cons titu c io na l
tem irm o, podendo have r co rnusao com um d is tu rb io de mKr is -pa
quen te . B a tim en to s con tin uos e suaves sao p rop rio s de um pu lso
neu tro , m as pode ria se r con fund ido com um pu lso de 8ad -kan que
e no rm a l m en te p ro fundo e len to . A lem des te s aspec to s , 0 pu lso
cons titu c io na l que e sub itam en te in te rrom p ido apes pu lsa r
regu la rm en te ou aque le que e irre g u la r e fa lho , pode riam se r
fac ilm e nte con fund idos com os pu lsos m o rta is .
Pu l sos pa to lcq lccs - P a ra u tiliza r a le itu ra do pu lso com o um
me to do d ia gn os tic o, 0 p rim eiro passo fundam en ta l cons is te na
capac idade do m ed ico em d is tin g u ir os pu lso s quen te s e fr io s , po is
d is to d ep en de a h ab ilida de e m id en tifica r d is tu rb io s e sp ec ifico s.
O s se is pu lsos quen te s sao : F o rte , supe rfic ia l, redondo , rap ldo ,
te n se e du ro . P ulsos fo rte s e supe rfic ia is sao de tec tados sob m eno r
p re ssao dos dedos do m ed ico sob re 0 punho do pac ien te e saoind icado re s de p ato log ia s quen te s e re cen tes . P u lso s m a is ve lo zes ,
co m ca ra cte ris ticos b atim e nto s re don do s e rap ld os , s ig nifica m fe bre
re cen te . P u lso s p ro fundos , ou se ja , te nsos e rig id o s , in d icam feb res
O s se is pu lso s frio s sao : F raco , p ro fundo , dec rescen te , le n to ,
fro uxo e oco . P ulso s p ro fundos , que sao os do is p rim e iro s , in d icam
d is tu rbos fr io s re cen te s , enquan to pu lso s len to s e ocos s ign ificam .
pa to lo g ia s fria s an tig a s . .
Pu lso s d e d lsturb los espec ifico s - S eguem a lg um as
c ara cte rfs tic as d os b atim e n to s d ete cta do s n os d is tu rb lo s is ola do s:
- rL ung - S upe rfic ia l m en te ap re sen ta -se e le vado e quando
p re ss io na do to rn a-s e o co .
- m k r ts -p a - A presen ta -se fra co e tenso .
- B ad ·k an - D e te cta m -s e b atim e nto s p ro fu nd os e d ec re sce nte s.
N os d isnnb ios com b inados dup lo s os pu lso s ca ra c te rfs tico s sao :- rL ung e feb re - po r na tu re za , o s ba tim en to s sao vaz io s ou ocos
somado s a rap idez .
- m kr ls -p a e B ad ·kan - s up e rfic ia l m e n te , a p re se nta -s e p ro fu nd o
e sob m aio r p re ssao e tenso .
- rL u ng e B ad -kan - po r na tu re za 0 pu lso e oco , a le rn de
a pre se nta r b atim e n to s le nto s.
C a rac te rfs tica s d os p ulso s d e a lg um a s p ato lo gia s e sp ec fficas :
- M ole s tia abdom ina l tr ip la - 0 pu lso e denso e che io e a ana lise
dos ba tim e nto s na req iao abdom ina l m o stra -se inde fin id a .
- D is tu rb io s sangu fneos - ap resen ta -se p ro tu so e ro lan te , m as os
ba tim e nto s sao lig eiram e nte m a is le n to s que 0 pu ls o g ra v fd ic o .
- D is fu rb io s lin fa tico s - a pusacao e d iffc il e tremu l an te .
- H ansen fa se - ba tim en to s obscu re s , fla c ld o s e trem u lan te s .
Pu lso s p a to l6g ico s e suas re l acoes com a lo ca llz a ca o -
De te rm ina r 0 lo ca l d o d is tu rb io anaves da le itu ra do pu lso reque r um
com p le to conhec im en to da pu lsa cao com cada req iao do co rpo . C om
os dedos ind icado re s 0 m ed ico deve se r capaz de loca liz a r e
iden tifica r c is tu rb io s da req iao supe rio r, e nquan to as m ole s tia s
lo ca liz adas nas req ioes to ra c ica e abdom ina l e s tao rep re sen tadasnos dedos m ed io s . 0 dedo anu la r id en tifica d is tu rb io s das
ex trem idades in fe r io re s . M a is e spec ificam en te , a s d iv isoes
supe rio re s de cada dedo em am bas as rnaos aux iliam na
id en tln ca cao dos d ls iu rb lo s do s c in co o rg ao s so lid os , enquan to a s
dv i soes in fe rio re s ide ntifica m a s p ato log ia s do s se is o rg aos o co s.
Pu lso da m o rte - E in s ta ve l, ir reg ula re quando asso c iado com
c ls tu rb lo s d e r Lung0
p ulso e ncon tra -se ire m ulo co m o um a ba nde iraao ven to . 0 pu lso en tre co rta do es t a assoc i ado com c ism rb lo s de
Bad -kan e os ba tim en tos sao com o 0 g ote ja r d a a q u a A o co rre n cia
de ce rto s s ina is fis ico s ju n tam en te com as ca ra c te r is tic as
en con tra da s no pu lso podem ind ica r m o rte im in en te . P or exem p lo ,
se o s pu lsos do co ra cao ou do in te s tin o de lg ado es tao ausen tes e ,
ao exam e , a lin guaencon tra -se neg ra e 0 o lh arfix o, a m o rte o co rre ra
den tro de um d ia . O s pu lso s irre gu la re s ou en tre co rtado s e s ta oa ss oc i a do s tam c em a a c a o d e to rca s m a lig na s.
Pu lso do tem po de v id a - A v id a e in ce rta e a ob ten cao de um
n as cim e n to h um a n e e consequenc ia de acoes passadas . 0 lo ca l d a
v id a e denom inado base v ita l e po ssu i n a tu re za fis ica . 0 pu lso do
tem po de v id a e exam inado na a rte ria u ln a r do pac ie n te . S e es te
pu lso v ita l a p re sen ta ba tim en tos no rm a is , 0 tem po de v ida se rano rm a l. S e 0 pu lso u lna r e in s ta ve l, a ba se v ita l ta rroe rn ap resen ta
in s tab ilid a de . Q uando es tiv e r a usen te a v id a te rrn ln a ra apesa r de
h av er c erta d ific uld ad e p ara v erific ar 0 m om en ta e xa to da m orte . 0
pu lso e e ssenc ia lm en te a chave da idem itca cao dos d ls iu rb lo s po is
reve la im p ortan te s in to rm a coe s sob re a n atu re za e a con stiiu ica o de
um ind iv id uo em te rm os de ca ra c te ris tica s pa to qen lca s e
nao -pa tcqe r i cas .
P ro gn6s tico - A le rn de sua u tilid a de com o d iaqnos tico , 0
re su lta do da le itu ra do pu lso e u tiliz a do com o p roq nos fico . A teoria
es ta ba seada na filo so fia de que ex is te um a sens ive l re la cao en tre
os ind iv id uos e 0 me io am b ie nte , 0 que de te rm ina e in flu enc ia 0
te m pe ra m en to e a con slilu ica o ind iv id ua is . 0 p roq nos fico b ase ia -se
p rin c ipa l m en te na te o ria da p rocucao e con tro le , conce ito que emt ibe tano e d en om in ado c ic io mae - f i h o e am igo -in im ig o . E s ta le i
con s is te na in te r-re la cao c ic lica de cada e lem en to de fo rm a que a
m ae da m ade ira e a agua , a m ae do fo go e a m ade ira e a ss im po r
d ia n te . A s s im , 0 f ogo e filh o d o fe rro , 0 e lemen to te rra e filh o d o fo go ...
pa to lo g ia . A obse r vacao da d ie ta e do com po rtam en to e
p articu la rm e nte im p orta nte p ois a m a is in sig n ifica nte p orca o d o m a is
com um dos a lim en tos ou um s im p les com po rtam en to ao qua l 0
pac ien te nao es te ja hab ituado a lte ra rao g rosse iram en te a
co rrp os icao da u rina . A segu ir e s ta o a lgum as das ex ig enc ia s m a is
im p ortan te s a se rem se gu ida s pe lo p ac ie nte :
a ) N ao deve in ge rir a lim en to s fr io s com o chas , p o is a fe tam a
co lo ra ca o d e um a u rin a com ca ra cte rfs tica s r Lung .
b ) E vita r a inge s ta o de so ro de le ite ou ou tro s a lim en tos que a fe tem
a co lo ra cao de um a u rina Bad -kan .
e ) N ao in ge rir a lim en tos quen tes , po is a fe tam a co lo ra cao de um aur ina mKr is -pa .
d ) A inqe s ta o de llqu idos deve se r no rm a l.
e ) A bs te r-se d e re la co es se xua is .
f) 0 pa c ien te deve do rm ir reg ula rm en te .
g ) A a lim en ta cao deve se r no rm a l.
h ) E v ita r a tiv id a de s fis ic as e xte n ua n te s.
i) E v ita r a tiv id ad es m e n ta is e xte nu an te s.
2 ) H o ra rlo para 0 e x ame : 0 idea l e que a u rin a se ja ana lisada ao
am anhece r, q uando a p rim e ira lu z do d ia in c id e sob re 0 ree ip iente
onde es ta a am os tra . C on tudo , quando nao fo r po ss ive l e xa rn lna -la
no ho ra rio recom endado , em qua lque r ou tra ho ra ce d ia em que ha ja
lu z e la ra , p od e se r re aliz ad o 0 exame .
3 ) Rec ip ien te a se r u tiliz ado : 0 rec ip ien te nao deve m od ifica r a
co lo raca o o rig ina l da u rin a, de pre te renca u m a x iea ra d e p oree lan a
b ranca .
4 ) Co r np o slc a o d a u rin a: 0 a lim e nto solove: e in so iu ve l in g erid o
e m is tu rado e trans fo rm ado em pas ta pe lo Bad -kan da m is tu ra na
po rcao supe rio r do estornaqo: quando cheqa a re qia o ce ntra l e
com p le tam en te abso rv ido e ass im ilado pe lo mKr is -pa d ig es tivo efin a lm e n te n a p o rc ao in fe rio r e s ep ara do p elo r Lung q ue a eom p an ha
o fog o em p rodu tos nu tritivo s e re s idua is . E s tes u ltirno s sao
co nd uz id os p ara 0 in te stin o o nd e se ra o p os te rio rm e nte se pa ra do s
em subs ta nc ia s res id ua is s61 idas e liqu id as . E s ta s se rao
E im po rtan te lem bra rm os que as ca rac te rfs tica s da u rina podem
se r con fund idas nos ds tu rb los quen te s e fr io s . P o r exem plo , um a
am os tra de coloracao azu lada e d ilu fda nao renen ra um desequ il fb rio
de na tu reza fr ia se a a lbum ina ap resen ta r -se concen trada . P ortan to ,
apa ren temen te 0 exam e dem ons tra que a am os tra e de um d is tu rb io
frio m as a sua na tu reza e a de um desequ ilfb rio quen te . O a m esm a
m ane ira , apesa r das ca rac te rfs tica s da u rina no p rim eiro e s taq io
se rem quen te s , se a sua uans to rm acao oca rre r apes 0 res f r iamento
o d is tu rb io se ra con side ra do fr io .
A lgum as pa to log ia s podem se r con fund idas com base nas
c ara cte rfs tic as d a u rin a.- N a feb re vaz ia enos c isn rb io s sangu fneos quen tes : A co lo ra cao
da u rina e ave rm elhada podendo leva r a um d iagnos tico e rroneo .:
Um a obse rvacao cu idadosa da concen tra cao , t r anspa renda e
tam anho das bo lhas aux ilia ra na apu racao de um d iagnos tico
corre to .
- N os d is tu rb io s tr ip lo s de Bad - k an e a pa to log ia lin ta tica neg ra : A
se rne lhanca na co lo ra cao da am os tra pode resu lta r em umc iaqnos fico in co rre to um a vez que ap resen tam -se co r de choco la te .
N ovam en te a obse rvacao cu idadosa de ou tra s ca rac te rfs ticas , ta is
com o concen tracao e nanspa renc la , aux ilia na de te rm nacao da
v erd ad eira n atu re za d o d is tu rb lo ,
7 ) Urina da m orte : N as pa to lo g ias quen tes , a u rin a ap re sen ta
co lo ra cao ave rm elhada com o sangue e 0 odo r e fe tid o s eme lh a nteao cou ro de te rio rado . A co lo ra cao , 0 o do r e o utra s ca ra cte rfs tica s
pe rm anecem ina lte radas . S e 0 pac ien te nao reage a d ie ta , ao
com po rtam en to adequado , a m ed lca cao e a te ra pia a ce sso ria
ind icados pe lo m ed ico , o s s in tom as ac im a ind ica rao que 0 disturb io
se re ve la ra fa ta l e a rno rte se ra apenas um a ques tao de tem po .
N os c ism rb io s frio s , a u rin a ap re sen ta -se azu lada e d ilu fda e ha
ausenc ia de odo r, de vapo r, de a lbum ina , de bo lhas e de sabe r.
8 ) U rin a d o e sp ir ito p re ju d ic ia l: A na lisa r a am os tra de um a u rin a
que se acred ita possu ir ca rac te rfs ticas de um d isn rb lo causado pa r
um esp fr ito noc ivo e , ao m esm o tem po , com p licado e ritua lfs tico .