Top Banner
8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 1/80 MEDICINA TIBETANA Livro 4 Uma pebllcacao destinada ao estudo da Medicina Tibetana, editada pela Biblioteca de Obras e Arquivos Tibetanos, Dharamsala, India.
80

medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

Apr 05, 2018

Download

Documents

Ramananda Das
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Page 1: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 1/80

MED IC IN A T IB ETANALivro 4

Uma peb llcacao des tin ada ao estudo da M ed ic ina T ibe tana ,

ed itada pe la B ib lio teca de O bras e A rqu ivo s T ibe tanos ,

D h aram sa la , In dia .

Page 2: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 2/80

MED IC IN A T IB ETANA

Livro 4

D r. Lobsang R apgayD r. K elsang R ap ten

T ra du zid o p ar:

D ra . V eda R ibe iro de F arias e

W illiam s R ib eiro d e F a ria s

E D ITORA CHAKPOR I

S ao P au lo

Page 3: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 3/80

T itu lo o rig ina l- T IB ETA N M ED IC IN E S ER IE S 3

1 - ged lcao 1 9 8 1 - B ib lio te ca d e O b ra s e A rq uiv os T ib eta no s,

D h aram sa la - f nd ia .

1 9 9 3 .

D ire ito s d e e dic ;a o d a o bra em lin gu a p ortu gu es a a dq uir id os p ela

E D IT O RA C H AK POR I

Page 4: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 4/80

IND ICE

- A O rig em e 0 D esenvo lv im en to da M ed ic ina no T ibe te

D r. L obsang R apgay 1

- D erm ato lo g ia : D iaqnos tico e T ra tam en to na M ed ic in a T ibe tana

D r. L obsang R apgay 26

- 0 S is tem a D iges tivo S egundo a C ienc ia M ed ica T ibe tana

D r. L obsang R apgay 32

- A s P lan ta s M ed ic ina is T ibe tanas e sua R e lagao com a Q u im ica

Mode rna .

K e lsang R ap ten " 3 9

- A A na lise do P u lso na M ed ic in a T ibe tana

D r. L obsang R apgay 54

- A A na lise da U rin a na M ed ic ina T ibe tana

D r. L obsang R apgay 64

Page 5: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 5/80

AGRADECIMENTOS A PRESENTE

EDICAO

Aqradeco ao Sf. Lhasang Tsering, ao Veneravel

Dagom Rimpoche e seu assistente Lama Tsultrim Dorge,

ao Sr. Lobsang Samten, a Srta. Nyingma Sherpa, ao Sr.Tsewang Jigme Tsarong, Diretor do Centro Medico

Tibetano em Dharamsala, a Maria do Carmo Chagas

Ribeiro e ao Sf. Sergio Fanelli, que ajudaram a tornar, I di - rl .. !' . b 1 1 . 4 d" T'b tOSSlve,a e u;ao ....estes nvros so re lifie icma •Ie ana,

o Editor

Williams Ribeiro de Farias

Page 6: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 6/80

R eg ia o cen tra l de Lhasa , c ap ita l d o Tibete , v is ta dos te rraces da F acu /da de d e M ed ic in a de C hakpo ri

(Fo to de G iuseppe Tucc i, 1949)

Page 7: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 7/80

Faculdade de Medicina Chakpori, Lhasa, Tibete. Este importantecentro para 0 treinamento em medicina Tibetana foi recuperado

durante a epoca do 5Q Dalai Lama.

Page 8: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 8/80

A OR IG EM EO DESENVOLV IM EN TO

DA M ED IC INA NO T IB ETE

Po r D r. L o bsang Rapgay

A O rig em da M ed ic in a T ib e tan a

O s te x tos m ed ico s tib e tano s a tr ib uem a o rig em da c l enca med i ca

ao B uda S akyam un i. A ss im com o nos p rin c ip a is en s inam en to stanm cos , a c re d ita -se que 0 B uda S akyam un i te nha m in is tra do

s im u ltaneam en te o s conhec im en to s m ed ico s e os ens in am en to s da

p r im e ira , seg unda e te rce ira ro das do D ha rm a . M an ife s ta ndo -se

c omo Ba is ha -y ag u ru , 0 B ud a da M e dic in a, re ve lo u os en sina m en to s

m ed icos a qua tro tip os p rin c ipa is de d isc fp u lo s , o u se ja , D euse s ,

R ish is , n ao -B ud is ta s e B ud is ta s . E n tre tan to , te x to s m ed icos

tib e ta no s reg is tram que B udas an te rio re s (o s tre s B udas que

an tecede ram 0 B uda S akyam un i) ta rnbem ens ina ram m ed ic in a aos

re spec tivo s d isc fpu lo s , d e a co rdo com suas nece ss idades e

com pre ers ao , h av en do rn en ca o e sp ec ffica a m a ne ira com o 0 Buda

K a sh ya pa tra nsm itiu e ns in am e n to s m e d ico s.

E sta op in ia o e apo ia da pe lo g rande e rud ito e e sc rito r D es i S ang ye

G ya tso em sua ob ra "S u rve y o f T ibe tan M ed ica l H is to ry " n a qua la firm a que em bo ra nao ex is tam docum en to s e sc rito s sob re

en s inam en tos m ed icos m in is trado s po r B udas que p re cede ram 0

Buda K ashyapa , ta rn be rn nao ha evdenc la s de que nao tenham

ens inado a c ie n c ia m ed ica . Y utho k Y on ten G o npo , 0 m a is ve lho , em

sua b io g ra fia , con tou a um m ed ico v is ita n te m ongo l que a o r ig em da

m ed ic in a pode rem on ta r a 550 g randes e ra s (um a g rande e ra

. a b rang e um rum ero in con tave l de anos ), q uando 0 B rahm in H a la

M ig -ya ns re ce beu o s e ns in am e ntos m e dicos com 0 a ux flio d o m e d ic o

R ish i K a rm a B ri-m a -m e d .

1

Page 9: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 9/80

A s re te re nc ia s ac im a fo ram m enc io nadas pa ra dem ons tra r a

e x trem a d ificu ld ade en fre n tada . n a te n ta tiva de o rg an iza r u rna

c rono lo g ia da n is to r la da m ed ic ina tib e tana . S egu in do a o rdem

crono loq lca que fo i possfve l , es te tra ba lho e um a ten ta tiva de

o rg an iza r as q ua tro linh ag en s d e d isc lpu lo s qu e re ce be ra m o s a tua ise ns in am e n to s m e d ic os .

A s na rra tiva s sob re 0 p rin c lp io da m ed ic in a tib e ta na d ife rem

la rgam en te da s fon tes ved icas que exp lie am a o rig em do A yu rveda .

N aque las , B uda e cons ide rado a fon te da m ec ic ln a , e nquan to os

tex to s A yu rved lcos re la c io nam sua o rig em a B rahm a .

U m a a presen ta cao suc in ta d e ta is n arra tiv as es ta d esc rita e m tressecoes :

1 - A expansao da m ed ic in a no re ino dos deuse s

2 - A ex pan sao da rned ic in a na In d ia ou no re ino hum ano .

3 - A expansao da m ed ic in a no T ib e te .

1 - A expansao da m ed ic ina no re ino do s deuses :

A pesa r da na tu reza das na rra tivas se rem lenda ria s , a m a io ria dostex to s m ed icos re la tam ap rox im adam en te 0 m esm o , va riando

p rin cip alm e nte em s ua se qu en cia .

o te x to "P u re C ry s ta l R osa ry W h ich E xp la in s th e N a tu re and

P o ten c ia l o f M ed ic in e N ec ta r in D e ta il" po r O il M ar G eshe Tenz in

P hu ns to g re la ta a h is to ria co nc isa da m e dic ina tibe ta na . U m a ve rsa o

tra dic io na l d a o rig em d a m e d ic in a d esc rita n es te te xto e a pre se nta dade fo rm a re su m id a:

E m tem pos rem o tes , os deuses dese ja vam ob te r a im o rta lid ade .

U m d ia , chegou ao conhec im en to do s m esm os e dos sem i-deuses ,

cons ta n tem en te em gue rra en tre s i, a no tfc ia sob re a ex is te n c ia de

um vasa rep le to de am b ro s ia no oceano . R ahu la , Ifd e r d os

s em i-d eu se s a vis to u 0 vasa e , em segu id a , d e u se s e sem i-deu se s

reun iram -se pa ra d iscu tir a m ane ira de ob te rem a am bro s ia . F o i

d ec id id o, fin a l m e nte , q ue d eve ria m u tiliz ar 0 M on te M e ru com o um

bas ta o e os N agas (hom em -se rpen tes ) com o um a co rda pa ra

ag i ta rem 0 oceano . O s deuse s segu ra ram a se rpen te de um lado do

2

Page 10: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 10/80

oceano , o s sem i-deuses do ou tro la do e ag ita ram suas aquas .

Ha la -Ha la , 0 V enenoso , su rg iu sub itam en te em um a v isao

a te rro r izan te . T odos aque le s que te s tem unha ram sua aps ricao

fug iram e m u ito s des fa le ce ram . D a re sp ira cao de H a la -H a la , as 404

doencas espa lha ram -se po r todas as reg i6es do m undo e nenhum ato rca ex is ten te sob re a Te rra pede sub luqa -tas . O s deuses e

se m i-de use s, e m d ese sp ero , p ed ira m 0 aux flio de B rahm a . E ste , ao

ouv i r 0 ap elo , reco rd ou -se d os e ns in am e ntos m e dico s tra nsm itido s

pe lo B uda S akyam un i, in c lu s ive sua adve rtenc ia sob re a apa ricao

de H a la -H a la e os rne todos que pode riam se r u tilizados pa ra

des tru l- lo , a tra ves da re c ita cao do m an tra H UM . A o re c ita -lo ,

H a la -H a la d es ap are ce u im e d ia tame nte .

Ag i tando 0 oceano , pos te r ia rm en te , B rahm a , ju n tam en te com os

deuses e os sem i-deuses , p resenc ia ram 0 apa rec im e nto de va rie s

se re s e ob je to s , sendo que 0 p rin cip al d en tre to do s e ra um re cip ie nte

re ple to d e am b ro sia , 0 an tld o to pa ra todas as doencas . 0 re c ip ie n te

fo i le vado ao pa la c io de B rahm a no M on te M eru . F o i pe rm itid o a cada

um dos deuses e sem i-deuses inspec iona r 0 vasa an tes que es tefo sse m a ntid o sob p ro te cao .

P ore rn , ao chega r sua vez , R ahu la , 0 lld er d os s em i-d eu se s, a briu

a tam pa do vasa e bebeu um a pa rte da am bros ia , consegu indo fug ir.

Ira ces , B rahm a e os deuses pe rsegu iram -no . S ub itam en te , R ahu la

a rrem essou sua a rm a, um a roda de qua tro pon ta s , a tin g indo a fa ce

de B rahm a . A lg um as na rra tivas re la tam que e le desm a iou .Im ed ia tam en te , e le repe tiu 0 ma ntra A H -T H A p os sib ilitan do -Ih e

re lem b ra r o s ens inam en to s m ed ico s dos " 100 .000 V e rses o f

H ea lin g " ens inados p elo B uda S akyam u ni.

"S u rve y o f T ibe tan M ed ica l H is to ry " po r D es i S ang ye G ya tso e a

ob ra m a is ccn fave l re ferente a hs tona m e dica trad ic io na l onde 0

assun to

ed iscu tid o com m aio re s de ta lhes u tiliz ando inum eros

tra ba lh os co m o re te re nc ia , o s q ua is sa o d ific ilm e nte d is po nlve is fo ra

do T ibe te . E xce to pa r a lg um as cop ias espa lhadas pe lo s m useus e

b ib lio te cas do O ciden te , m u ita s des tas ob ra s h ls to r lca s pod em se r

c o n sid e ra d a s in e xis te n te s .

3

Page 11: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 11/80

E stas ob ras podem se r e s tudadas apenas no p rop rio T ibe te , po is

e p ro vave l que os ch ineses tenham p rese rvado m u itos dos traba lhos

m ed icos havendo um es to rco nes te sen ti d o dev ido ao g rande va lo r

e lmpo r t aoca d o s is te m a me d ico tib eta no tra dic io na l.

B rahm a transm itiu a c ienc ia dos "100 .000 V e rses o f H ea lin g " a

D aksa P ra jp ap ati. A p artir d es te , o s do is m e dico s d iv in~s , o s A sv in s ,

ad qu irira m os con he cim e nto s em su a to ta lid ade , tra nsm itind o-o s, n a

fo rm a com o fo ram ens inados po r B rahm a, a Ind ra . B as icam en te a

fransm lssao da m ed ic in a na lin hagem dos deuses e de B rahm a pa ra

Ind ra e es te u ltim o fo i quem m in is troua c lenc la m ed ica pa ra os

sab ios do re i no hum ano .ln d ra ap rox im ou -se de B ha radva ja po is suasabedo ria com o p ro fe sso r e xced ia em m u ito a de seus

p redecesso re s , um a vez que es te s ja hav iam transm itid o a c lenc ia

a seus d isc fp ulos sucesso re s enquan to Ind ra a inda es ta va a procura

de um d isc fpu lo adequado a quem pudesse transm itir 0

conhec im en to acum u lado que Ihe fo i en s inado em sucessao . A lem

d isso , e ra im po rtan te es tabe lece r um a frans rn ssao in in te rrup ta do

con he cim e nto d a m e dic in a.

2 - A expansao da m ed ic ina na Ind ia o u no re ino hum ano :

- O s R ish is e as lin hagens nao -B ud is tas - C om o 0 adven to das

doencas na v ida hum ana e ra um se rio obs ta cu lo a ree liz acao de

seus ob je tivo s , ou se ja , a riq ueza , 0 Dha rm a e a fe lic idade , o s

g randes sab le s da an tig u idade , com o B ha radva ja , A ng ira s ,

Jam adagn i e ou tro s , dec id iram se le c iona r aque le que pode ria ped ir

a Ind ra que Ihes ens inasse a c ienc ia m ed ica de m odo que as

doencas nao pudessem in te rfe r ir n os es to rco s pa ra s lcanca rem seus

ob je tiv os . S en do 0 esco lh ido , B ha radva ja , um em inen te asce ta ,

p ro fundam en te p reocupado com os so frim e nto s dos se re s hum a nos ,

d i r ig iu-se a res lderc la de Ind ra , abo rdando -o . A pos sauda -lo , d isse :"A s doencas que a te rro riz am todas as c ria tu ras te rn se m an ifes tado .

A conse lha -m e a re spe ito de seus tra tam en to s , 0 S enho r dos

Deuses " .

4

Page 12: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 12/80

In d ra , re spe ita ndo sua p ro fu nda sabedo r ia , e xpo s a c ie n c ia da

m ed ic in a ao sa b l e , B ha rad va ja , u su fru in do dos fru to s do s

e ns in am e n to s m e d ico s, tra ns m itiu -o s a s eu s d isc fp u lo s d ire to s, d os

qua is A tre ya e ra 0 m ais im po rta n te . D e aco rdo com 0 "Cha raka

S am hita " e ou tra s fo n te s , B ha rad va ja fo i 0 p rim e iro hom em a

conhece r e a ens in a r a m ed ic in a A yu rved ica . A ob ra "C ha ra ka

S am h ita " in c lu i l rnportantes ens in am e nto s de A tre ya e ac red ita -se

que ten ha s id o e sc rita o r ig in a l m en te em to rno de 800 a .C . H a ,

p o rta n to um a lnd lca cao im p re c isa d o pe rfo do em que v iveu

B ha rad va ja . A tre ya m in is tro u ens in am en to s ao s seus se is

d is c fp u lo s : A g n ive sa , B he la , Ja tu ka rna , P a ra sa ra , H a rita eK sa ra pan i. A gn ive sa fo i 0 p rim e iro a e sc re ve r um a ob ra sob re 0

Ayu r v eda . A B he la e aos ou tro s d isc fp u lo s de A tre ya tarnbern sao

a tr ib u fd os e stu do s s ob re 0 assun to .

S up oe -se qu e os o ito R ish is , e n tre e le s A tre ya , A gn ive sa ,

D ham van ta ri, N im ndha ra e ou tro s te nham esc r ito seu s p r6p r io s

co m en ta rlo s sob re o s ens in am e nto s de B ha ra dva ja . A co le cao ve io

a se r conhe c id a com o "C ha ra ka S am h ita "

En t re tan to , 0 D r. O . P . Jag g i em seu liv ro "S c ie n tis ts o f A nc ie n t

In d ia an d th e ir A ch ie vem en ts " a firm a c la ram en te que 0 es t udo

co nhec id o com o "C ha ra ka S am h ita " co n s is te pa rticu la rm en te da

ed ie ao pos te rio r d a ob ra de A gn ive sa . M e nc io na m a is ad ia n te que 0

"C ha ra ka S am h ita " in co rp o ra e ssenc ia lm e nte o s ens in am e nto s de

A tre ya , co nhec id o com o um incornparave l p ro fe sso r de m e dic in aA yu rve dica . T od os o s tra ta do s p ara le lo s so bre 0 A yu rveda com o os

de K asya pa , H a r ita e B he la , re fe rem -se a e le com o um m es tre

re conhe c id o e um a au to r id a de no A yu rve da . S eu pape l n a

p ro pa qa ca o d a m e d ic in a A yu rve dica e ta o im p orta nte e s ig n if ic a tiv~

quan to 0 d e H ip 6c ra te s e d os p rim e iro s m e d ico s fil6 so fo s d a G re cia .

Um dos m aio re s c iru rg io e s e p ro fe sso re s in d ia no s de to do s o stem p os fo i S us ru ta , um de scenden te de V is vam itra , 0 s a ble v ed lc o .

S us ru ta v iveu p ro va ve lm e nte p or vo lta d o se cu lo V I a . C . S eu tra ta do

so b re c iru rg ia den om ina do "S us ru ta S a ly a T an tra " p a re ce te r s id o

5

Page 13: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 13/80

esc rito na m esm a epoca 0 a tua l "S us ru ta S am h ita " e um a versao

re v isada po r N aga r juna , que v iveu no fin a l do secuo V I a . C .

- A linhag em m ed ica B ud is ta - A c red ita -se que 0 Buda

S akyam un i te nha s id o0

c ria do r da m ed ic ina tibe ta na ex is tin dotam bem re la to s de que a m ed ic in a tenha s ido ens in ada pe lo B uda

K ashyapa du ran te sua e ra . N ao ha reg is tro s que a firm em que B udas

ante r io res a K ashyapa nao ten ham m in is tra do ens in am en to s

m ed ico s . A s duas p rin c ipa is ve rs6es que re la tam com o B uda

S akya m un i d eu o rig em a m ed ic in a , de a co rdo com 0 S u tra e com 0

Tan tra , n ao devem se r con fund ida s com as ou tra s d ife re n te s

ve rs6es .

o T an tra re la ta q ue 0 B ud a S akya m un i en sin ou o s qu atro T an tra s,

s im u lta ne am e nte , co m o as tre s R od as do D ha rm a : R a iz , E xp lica tivo ,

da T ra rs rn issao O ra l eo U ltim o Tan tra pa ra qua tro tip os d ife re n te s

de d isc fp ulo s . E le tom o u a fo rm a d o B ud a da M e dic in a, B a ish aya gu ru

e , no pa lac io ce le s tia l da m ed ic ina em Tanadug , re ve lou os

en sin arn en tos a os seu s qu atro g rup os d e d isc fpu lo s.H a n o ta ve is desavencas sob re a l o c a zacao d e T an ad ug . A ntig os

e rud ito s , com o D zapa , a c red itam que Tanadug es te ja s ituado em

U gen , na Ind ia . O u tro s , com o G ibe e seus segu id o re s , a c red itam que

seja 0 pa lac io de Ind ra , n o ce ntro d a re sid en cia d os 3 3 de use s, sob re

o M on te M e ru . sT on N yag H ug -pa gD on -nag e seus segu ido res

d izem que e um a das m o radas do p r6p rio B uda . 0 liv ro de K an ju r

T ha , em seus p rim eiro s cap ftu lo s , a firm a que Tanadug e 0 pa lac io

d a m e d ic in a.

o Q uin to D ala i L am a , L ob sang G ya tso , d ec la ra que 0 pa la cio da

m ed ic in a lo ca liza -se em U gen , enquan to Zukha r N mang ny i D o rji

re la ta que e in co rre to a firm ar que a c id ade e U gen s im p le sm en te

po rque es ta de c la rado des ta m ane ira no s T an tra s . C on tudo , a

m a io ria do s e rud ito s con co rda que 0 pa la eo da m ed ic in a s itua -se

em U dd iyana , e nquan to T anadug pe rm anece no p la to de um a

m on tanha c riada po r B uda . D iz -se en tao que 0 Buda da M ed ic in a

es ta va c ircundado pa r l r ume ro s R ish is , B ud is ta s , nao -B ud is ta s e

D euses . B uda assum iu 0 sam adh i d enom inado "0 P ac ifica do r das

6

Page 14: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 14/80

Q ua tro cen tas e Q ua tro Doencas " E n tao , d e seu coracao surg iu

R igpa i Y esh i seg uido pe lo R ish i Y id - la s -sK yed . E ntre o s do is R ish is

os qua tro T an tra s fo ram ens inados na fo rm a de pe rg un ta s e

respos tas .

R e la ta -se que d ife ren tes d is c fpu lo s ouv iram os ens inam en to s de

fo rm as d ife re n te s , con fo rm e suas ap tid6e s e nece ss id ades . O s

D euses ouv iram -no s com o "T he 100 .000 V e rses o f H ea lin g ",

e nquan to o s R ish is os escu ta ram com o "T he E ig h t W o rks o f

C ha raka ". O s nao -B uc ls ta s en te nde ram -no s com o "K rishna Isva ra

T an tra ", enquan to o s d is c ip u lo s B ud is ta s ou v iram -no s com o "T he

Teach in g s o f th e T h ree P ro te c to rs ". A penas Y id - la s -sK yedcom p reendeu todos os ens inam en to s com o os qua tro T an tra s . M a is

ta rd e, es te s q ua tro T an tra s to ra rn e sc rito s na fo rm a d e m a is de 5 .400

ve r.so s com tin ta de la p is - la zu li em pag ina s de ou ro pu ro . S up6e -se

que a ob ra o rig in a l e s te ja p rese rvada no pa lac io da s D ak in is em

Udd i yana .

o te x to "B a -ju g D on -yong th ad " a firm a : P e lo bem dos se re ssenc ie n te s , S uga tha , a tra ves de suas m an fe s ta coes , e ns in ou os

rne to dos de com pos lcao dos m ed icam en to s na Ind ia , a s tecncas do

m oxa e da pu r ifica cao das ve ia s na C h in a e da sang ria em D o lp o

(N o rte d o T ib ete ). E le tran sm itiu o s "1 0 0.0 00 V erse s o f H e alin g" pa ra

a a sse rnb le la do s deuses ; "T he E ig h t W o rks o f C ha ra ka " pa ra o s

R ish is ; ao s nao -B uc is ta s en s in ou 0 "K ris hna Is va ra T an tra " e aos

B ud is ta s m in is tro u "T he Teach in g o f th e T h ree P ro tec to rs ". A ob ra

"G u ru cho k i w angchuk g i te rjo n " tam be rn con te rn um a ve rsao

sem elhan te . D e aco rdo com os S u tras , h a va r ia s re te ren c ia s de

c omo 0 B uda S akyam un i m in is trou os ens in am en to s m ed icos .

Bus t on , 0 fam oso h is to ria do r tib e ta no , c itando "D achom pa dun g i

n on -pa D e-dun ", re fe re que du ran te ap rox im adam en te qua tro anos

(do s 23 aos 27 ou 28 an os de id ade ) B uda v iveu na flo re s ta dam ed ic ina de N enyod . H is to ricam en te fa la ndo , e g rande a

p robab ilid ade de que 0 B uda S akyam un i tenha es tudado m ed ic in a

em N enyod du ran te e s tes anos . E ra co s tum eiro que aque le s que

7

Page 15: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 15/80

segu issem os es tudos com o p ro fissao fossem ob rig ados a

ded ica rem -se a os d ife ren tes ra m os do con hec im e nto .

D e m odo ge ra l, e s te conhec im en to pode se r c la ss ifica do em duas

ca te g o ri as , p rin cip al e se cu rd ar ia , su bd iv id id as , ca da um a, e m c in cotipos . A m a io r ia dos e rud ito s deve ria se r bem ve rsada em pe lo

m enos tre s dos p rin c ipa is ram os do conhec im en to e po r e s t a razao

e ra com um , naque les tem pos , que 0 fil6 so fo ou e rud ito ta rnbe rn

fosse conhecedo r da c lenc la m ed ica . A trad i9ao pode ria te r le vado

B uda a es tu da r e p ra tica r a m ed ic ina . A le rn d is to , com o a v ida

espa rtana que le vavam e 0 c re scen te nu rne ro de segu ido res

reque riam cu idados m ed icos cons tan tes , 0 ens ino e p ra tica dac ienc ia da m ed ic ina pode te r se tra ns fo rm ado em um a necess id ade .

O s S utra s e ou tra s ob ras esc rita s pos te rio rm en te po r d isc fpu lo s e

e rud ito s re fe rem -se a B uda ens inando e p ra ticando a m ed ic in a .

N a epoca do p rim e iro se rrn ao sob re as "Q ua tro V erdades N ob res "

em S arna th , V aranas i, B uda ens in ou 0 te xto m e d ic o "V im a la go tra "

e du ran te0

segundo se rrnao sob re a "A usenc la de D e fln lcao ",p ro fe rido no P ico do A bu tre (R a jg h ir) , m an ife s tou -se com o

Bha i shayagu ru , 0 B ud a d a M e dic in a, e ns in an do s im u lta ne am e nte 0

te x to "100 .000 V erses o f H ea ling ". N es te pe rfodo , 0 re i P adm e P e l

conv idou Buda pa ra ir a um pequeno bosque cham ado B e ta , no pa is

do coco , o nde ens inou a A va lok ite sva ra , B rahm a , S a rip u tra e a

ou tro s d isc fpu lo s do M ahayana os 3 5.000 cap ltu lo s do "g Che r -m thon

R ig s-p ai b rG y ud ". D u ra nte 0 te rce iro se rrnao sob re 0 vaz io , B udaens i nou 0 "S u tra dos S up rem os R aios de S ol" ("gS ar hod dam -pa ")

sendo que 0 2 4 Q cap ftu lo e sob re m ed ic ina e en titu ia -se "O s

C am inhos pa ra C ura r C om ple tam en te as D oencas ". N es te tex to 0

Buda S akyam un i m enc iona com o es tudou m ed ic ina em seus

renasc im en tos an te r io re s , d es tacando 0 renasc im en to com o

Chubab , 0 filh o de um m ed ico e a m ane ira com o adqu iriu

conhec im en tos m ed icos de seu pa i, um hab ilid oso m ed ico . E s ta

reg is trado aba ixo um trecho dos ens inam en tos receb idos po r e le :

"A s tre s e sta co es , 0 ve rao , a p rim ave ra e 0 in ve rno , pe rfa zem um

ano , 0 qua l ta rnbe rn pode se r ag rupado em se is c iv isoes com do is

8

Page 16: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 16/80

m eses cada um a . A s duas p rim e iras d iv isoes cons titu em 0 per fodo

das flo res . A te rce ira e a qua rta d iv isoes , a es tacao quen te ; a qu in ta

e a sexta , a epoca das chuvas ; a se fim a e a o ita va , 0 ou tono ; a nona

e a dec irna , a fase fr ia e as u ltim as duas d iv lsoes cons titu em a

es tacao da neve ".

" E im po rtan te que a d ie ta e 0 m ed icam en to es te jam em

con fo rm idade com as es ta coes pa ra que ha ja um func ionam en to

no rm a l do p ro cesso d ig es tiv~ e um a p revencao dos desequ ilfb rio s .

D e ou tra m ane ira , a ha rm on ia do co rpo se ra pe rtu rbada cria ndo

conccoes pa ra a o rigem dos ds to rb los .

"0 m ed ico deve tom a r consc ienca da meracao fu nc iona l dos

e lem en to s , das es ta coes , dos s is tem as ffs ico s do sang ue , dos ossos

e ass im po r d ian te . O s qua tro tipo s de d is tu rb ios sao : r Lung ,

mKr i s -pa , Bad -kan e os ds to rb ios comb inados" .

"U m m ed ico deve es ta r p rim e iram en te a ten to a in ilu e nc la g e ra d a

pe las es ta coes do ano . D uran te a p rim ave ra , n a 0 p redom fn io de

8ad-kan ; duran te 0 v e ra o , d e se n vo lv e -s e r Lung ; no ou tono oco rreum aum en to de mKr i s -pa e , no in ve rno , os tre s hum ores tendem a

se man ife s ta r s imu lta ne amen te ".

"N a p rim ave ra a d ie ta deve possu ir a na tu reza quen te , aspe ra e

se r fac ilm en te d iges tive !. N o ve rso a d ie ta deve se r o leo sa , quen te ,

sa l gada e ac ida ; no ou tono deve se r fr ia , doce e o leosa e no in ve rno

e la deve se r aspe ra , a c l o a o leosa e doce . A s doencas nao pode raose desenvo lve r quando , du ran te as respec tvas es tacoes , a d ie ta e

os m e dicam e ntos con tive rem es tas q ua lid ad es".

o "V in aya ", ob ra de B ud a s ob re d isc i p iin a e e flca re lac io nad as com

as com un idades m onaca is , e a fon te m ais conhec ida re fe ren te ao

seu conhec im en to m ed ico , quando obse rvam os as m a is im ed ia tas .

Em um ve rso , B uda recom enda que os m onges consu ltem um

m ed ico quando fo rem acom e tid os po r um a doenca N o te rce iro

cap ftu lo do "V inaya ", denom inado "D ul-w a lung g i dum -bu sum -pa ",

B uda m in is tra ens inam en tos sob re as te rap ias acess6 rias . M ais

ad ian te , des taca a im po rtsnca dos m ed icam en tos quando pe rm ite

9

Page 17: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 17/80

que seus d isc fpu los os tom em m esm o ap6s 0 amo c o , apesa r de um

m onge nao es ta r au to rizado a inge rir qua lque r a lim en to s61 ido nes ta

ho ra do d ia . Buda deu es ta pe rm ssao quando es tava no pequeno

bosque de Je t a Um d ia , m uitos o lksbus fica ram doen tes , com um a

pa to log ia abdom ina l ep ide rn ica p r6p ria do ou tono . Ap resen tavampa lidez e lndspos lcao . A o tom a r conhec im en to do fa to , B uda

ind icou- Ihes 0 m ed icam en to ap rop riado pa ra 0 c ls te rb o. E n tre ta nto ,

e les con tinua ram a en fraquece r po is nao sendo pe rm itido inge rir

s61 idos ap6s 0 a lrn oco a lg uns m e dicam e nto s n ao e ram corre tam e nte

tom ados . B uda cham ou Ananda e d isse -Ihe :

"H a qua tro tipos de m ed icam en tos : aque le s que devem se radm in is trados an tes do ano itece r; aque les que podem ser

adm in is trados a qua lque r ho ra do d ia ; aque les que sao abencoados ,

ou se ja , m esm o que sua inges tao se ja p ro ib ida um a perrn issao pode

se r dada pa ra que possam ser inge ridos no ho ra rlo de te rm inado e ,

fina lm en te , aque les m ed icam en tos que podem ser adm in is trados

a te 0 fin a l d a e xis te n cia ".

O es te m odo , Buda ca tego rizou os qua tro tipos de m ed icam en tos

com o segue :

1 - M ed icam en tos a se rem adm in is trados an tes do a lrnoco :

qua lque r tip o de em plas tro com pos to de qua isque r ing red ien tes ,

m ingau de a rroz , m assa quen te de trig o ou cevada , ca rnes , b isco itos

coz idos em 6 leo .

2 - M ed icam en tos a se rem adm in is trados a qua lque r ho ra du ran te

o d ia : qua lq ue r extra to liqu ido , m e dicam e nto s a uto riza do s, m a nte ig a

b ranca , m an te iga m osta rda , a m elho r pa rte do a c u c a , mascavado

ind iano , m e l e acuca r.

3 - M ed icam en tos que podem ser adm in is trados a qua lque r ho ra

do d ia e da no ite : extra tos de ra lzes , extra to s de troncos , extra tos de

fo lhas e extra tos de flo re s ; c inco tipos de cecoccao , c inco tipos de

d rogas a base de c inzas , c inco tipos de m ed icam en tos de na tu reza

sa l g ada , c inco tipos de d rogas de na tu reza ads tringen te e fru tas .

E xem plos de extra to s de ra fzes - C ype rus ro tundus (L inn .) , A co rus

10

Page 18: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 18/80

c ala m us (L in n.) , B e rb eris a ris ta ta (L in n.) , C u rcum a lo ng a.

E xem p lo s de ex tra to s de tro nco s - S anda lo , p in ho , ced ro , B erbe ris

a ris ta ta (L in n .)

E xem plo de ex tra to s de fo lh a s - A dha toda va s ica (N ees .)

E xem plo de ex tra to s de flo re s - a flo r d a A dha toda va s ica (N ees .) ,a flo r da A za dira ch ta in dica ( A . Juss . )

E xem plo s de fru ta s - T e rm ina lia chebu la (R e tz .) , T e rm ina lia

b ele rica (R o xb .) , E m b lic a o ffic in a lis (G a e rtn .) , P ip er n ig ru m (L in n.) e

P ip er lo ng um (L in n.)

N o "B anpo ye r nka ", B uda desc re ve as qua lid ades de um m ed ico :

"U m m ed ico com pe ten te deve se r ve rsado nos o ito conhec im en tose com preende r a o rig em , a na tu reza e os s in tom as das doencas . Eaque le que conhece a na tu re za dos tre s hum o res rL u n g, mK r is -p a

e Bad-kan e , des te m odo , p a ra um pac ie n te rLung d eve in dica r

m a n te ig a; p ara um p ac ie nte mKr is -pa , 0 acuca r e pa ra um ind iv iduo

Bad-kan , d eve in dica r 0 suco do a lh o (A llium sa tivum ). 0 m ed ico

conbecedo r das ca rac te ris tic as da s doencas e que se ja capa z de

n ata -la s a de qu ad am e nte e co ns id era do com pe te nte ".

A le rn dos S utra s ap resen ta rem ta is re la to s , e x is tem re te re nc ia s

esc rita s pa r ou tro s e rud ito s a firm ando que B uda fo i um m ed ico

hab ilid oso . D ec la ram tam bem que B odh isa ttvas com o M an ju s ri,

A va lok ite sva ra e ou tro s , te ndo escu ta do os ens inam en tos sob re

m ed ic ina , com puse ram ob ra s pa ra as qe racoes fu tu ras .

A ob ra "Jham phe l N in g -je Zu r-th in g " ("A E ssenc ia do C ora cao ')

m enc io na que M an ju s ri e sc re veu um te x to sob re 0 tra tam en to de

lesoe s c ran io -en ce ta licas cham ado "m G o-bC hos bD ud -rT s i

L h im -bzed ", o u se ja , "R ec ip ie n te de Am b ro s ia pa ra Le soes na

C abeca " e um tex to sob re c iru rg ia to rac ica . 0 B odh isa ttv a

A va lo k ite sva ra esc reveu um tra tado sob re c iru rg ia ge ra l cham ado

"dP yad -g Ches g zun " ("0 T ra tam en to P rec io so ") . V a jrapan i com posum tra ta do sob re ana tom ia . A B odh isa ttva D o lm a , um tra ta do

ab rangendo 12 0 cap itu lo s sob re com o cu ltiva r e rvas e um ou tro

e s tudo sob re 0 p repa ro , a ca ra c te riz acao e a conse rvacao dos

med i camen tos .

1 1

Page 19: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 19/80

o con jun to das ob ra s dos B odh isa ttva s e denom inado "T ra tado

M ed ico de aco rdo com os M e todos dos B odh isa ttva s ".

o te x to "R in chen P hungpo " ("R ep le to de J6 ia s ") m enc iona que

M an ju s ri e n s inou a c ienc la m ed ica no topo de um a m on tanha na

C h ina , enquan to a rnan ite s ta cao R ish i de A va lo k ite sva ra m in is tro u

os ens inam en tos sob re um a co lina em Bodh G aya , na Ind ia .

V ajrapan i ens inou a c lenc la em U gen .

A ob ra "Jham phe l N ying g i Zhu r th ig " ap6 ia a c ita cao ac im a: "N a

Ind ia , C h ina e N o rte da Ind ia , a lin hagem da m ed ic in a fo i

e sta be le cid a p e lo s tre s B o dh is attv as ".

A op ln lao de que 0 Buda S akyam un i te nha rea l m en te ens inado a

c ie nc ia m e d ica e d iffc il de se r co m pro vad a, m a s h a ra z6 es su fic ie ntes

pa ra ac red ita r que e le fo sse bem ve rsado no conhec im en to m ed ico

e que tenha tra tado seus d isc fpu lo s ocas iona lm en te . E ntre tan to , a s

rea tza coes e 0 com po rtam en to de B uda de aco rdo com a filo so fia e

a re llc la o bud is ta dao luga r aos re la to s que conhecem os

h is to r icam en te . O s te x to s re la c ionados com a h is t6 r ia da m ed ic in atib e tana ocupam -se m a is com a filo so fia do que com dados e

pe rfodos rea is , ha vendo d ificu ldades na ob tencao de de ta lhe s

c rono l6g ico s ou na espec ifica cao do com po rtam en to e das

rea liza coes de B uda du ran te seus 82 anos de v ida no m undo . M as

se ria in co rre to exc lu ir q ua lque r re la cao h is t6 rica en tre B uda e sua

con tr ib u icao e conhec im en to da c ienc ia m ed ica , po is quando

es tudam os as conc icoes soc ia is do pe rfodo de Buda encon tram os

m u ita s ra z6es pa ra a firm a rm os que e le conheceu e p ra ticou a

m ed ic in a du ran te sua v ida . N a ve rdade , seus d isc fpu lo s e os

m ed ico s que v ive ram du ran te ou depo is de sua epoca con tr ib u fram

com m u ita s in lor rnacoes sob re B uda e seu pape l com o acade rn ico

e m ed ico re sponsave l pe lo s ens inam en to s sob re a m ed ic in a .

J iv aka - Um a b reve b iog ra fia : O s s is tem as e a p ra tica dam ed ic in a fo ram com ple tam en te es tabe le c ido s an te s m esm o do

nasc im en to de B uda . H av ia um a com p le ta e e fic ie n te o rqanaacao

do s is tem a m ed ico e de sua p ra tlca fo rm ada po r ju n ta s de

e xsm in ac ao , co nfe re nc is ta s, h ie ra rq uia m e d ica e p ra tlc as a lta m e nte

12

Page 20: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 20/80

qua lificadas . Q uando B uda nasceu hav ia pa r toda a fnd ia num e rosos

m e dicos hab ilid osos e com p eten te s . E ntre e le s , 0 m ais fam oso e ra

K um ari J iva ka , um d isc fpu lo de A tre ya . E s te g rande m ed ico R ish i

ficou tao im pre ss ionado com a hab ilid ade de J ivaka que 0 esco lheu

p ara s er s eu d is cfp ulo .

o te x to "D ul-w a Lung sh ii sm an -sh i" fa z rnencao a J ivaka : 0 re i

B im b isa ra , ccn tem po raneo de B uda , e ra um hom em apa ixonado que

possu fa a rden tes dese jos po r be las m u lhe re s . U m d ia , passeava no

cam po m on tado em um e le fan te quando chegou a casa de um rico

m e rcado r daque la lo ca lid ade cu ja esposa es tava v ivendo soz inha ,

po is seu m arido es tava v ia jando a neg6c io s . A o av is ta r 0 rei ,

d is se -Ihe que gos ta ria de p re sen tea -lo com um a gu ir landa . 0 re i

p ed iu -Ihe que sa fsse de casa , m as e la se re cusou conv idando -o a

en tra r. Q uando en trou am bos enche ram -se de dese jo s e 0 re i d o rm i u

com e la .

P oucos m eses depo is , a esposa do m ercado r d irig iu -se ao re i e

d is se -Ihe que traz ia em seu ven tre um filh o de le . 0 re i deu -Ihe umlin ho e um ane l com o s fm bo los da ga ran tia de seu re la c ionam en to

d izendo -Ihe : "S e nasce r um a m en ina , e la se ra sua ; se nasce r um

m e nino , trag a-o p ara m im , v is ta -o com 0 lin ho e de ixe -o usa r 0 ane l " .

A lgum tem po depo is , a m ulhe r re cebeu um a ca rta de seu m arido na

qua l e le d iz ia que es ta va re to rnando pa ra casa em b reve . E la ficou

p reocupada , po is e s ta va em es taq io avancado da g ra v ide z .

D irig iu -se en tao ao re i, re la tando -Ihe sob re a ca rta , 0 qu al e nv iou

rap idam e nte um m e nsag eiro pa ra encon tra r 0 m ercado r em m e io a

sua jo rnada , o rdenando -Ihe que p ro cu ra sse um a j6 ia p rec iosa an te s

de re to rna r pa ra casa . N es te fn te r im , a esposa do m ercado r deu alu z um be lo filho 0 qua l fo i le vado em um a ces ta e de ixado ao re i. A o

enco rn ra - lo e vendo 0 ane l , 0 re i reconheceu -o com o seu filh o .

E n tregou a crian ca pa ra se r c ria da po r Zho -nu J igm ed e quandoa tin g iu a idade ap rop riada fo ram -Ihe ens inados os rud im en to s da

c ienc ia m ed ica . M as no pa la c io seus ens inam en tos es tavam

incom p le tos fa lta ndo as fa c ilid ades e as cond lcoes pa ra 0 estudo

adequado da m ed ic in a . Um d ia , e le av is tou um g rupo de pessoas

1 3

Page 21: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 21/80

ve s tid a s de b ran co e pe rg un tou ao seu pa i, 0 re i, q uem e ram . O pa i

re spondeu -Ih e que e ram m ed ico s , a que le s que cu ra vam as

d oe nc as . J iv aka d es ejo u to rn ar-s e um d e le s d ec id in do -s e fin a lm e n te

a es tu da r com A tre ya , um m ed ico R ish i d e g rande repu ta cao . A tre ya

v iv ia em Tax ila e e ra 0 m ed ico pa rticu la r d e P adm a dP al, 0 pa i d e

B imb isa ra .

O s anos passados sob a tu te la de A tre ya trou xe ram fru to s e J iva ka

de sta co u-se co m o 0 m a is b r ilh an te e s tudan te en tre seu s co le ga s .

C on ta -se que ex is tiram tres oca s ioe s nas qua is e le co rr ig iu seu

m es tre A tre ya . E ntre tan to , J iva ka nao e ra e s tim ado pe los ou tro s

e s tu dan tes , in ve jo sos de sua c rescen te popu la rid ade , q ue

a cu sa va m A trey a d e d em o ns tra r um fa vo ritism o e sp ec ia l p elo a lun o,

um p rin c ip e . A tre ya , p a ra p rova r- Ih e s que nao es ta vam co rre to s ,

cham ou os es tu dan te s e m andou -os re la c iona r o s va l o re s do s

ing red ie n te s m ed ic in a is d ispon ive is . A penas J iva ka fo i capa z de

ap resen ta r um a lis ta de ta lh ada dos va lo re s de cad a subs ta nc ia .

C om 0 tem po , J iva ka to rnou -se um m ed ico com pe ten te eh ab ilid os o. S u a p er ic ia to rrro u-se co nh ec id a e s ua fa m a d ifu nd iu -se .

o re i A ja ta sha tru e ra po rtado r de um tum or que se m an ife s to u

pouco depo is de have r a ssass in ado seu pa i. J iv aka aconse lhou -o a

com er a ca rne de um jo vem . Q uando 0 re i e s ta va p re ste s a com e -la ,

re lem b rou -se da m ane ira com o hav ia a ssa ss inado seu pa i e

sub i t amen te 0 tu m or irro m peu e d esap areceu .C om 0 su ce sso e a fa rna , J iva ka to rn ou -se o rg u lh oso e co rnecou

a cham a r -se 0 m ed ico sup rem o . C on tinuou d iz endo que nao hav ia

rm que rn que pudesse cu ra r doencas so rna tic as com o e le , a ss im

com o nao hav ia n inque rn que cu ra sse as doenca s p s ico l6g ica s com o

Buda .

Um d ia , J iv aka d ir ig iu -se a B uda pa ra ap rende ro cam inho pe loqua l pode r ia liv ra r-se de seus p r6p rio s so fr im en to s . B uda

ens in ou -Ih e ex te ns ivam en te e a in da ass im seus ens in am en tos

pa re c iam nao su rtir e fe ito sob re J iva ka . S ub itam en te , B uda

descob riu que 0 m esm o nao pod ia pe rcebe r a ve rdade . C om o

14

Page 22: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 22/80

so l u cao , d isse -Ihe que fosse ao re i das m on tanhas na Te rra da N eve

pa ra co le ta r ing red ien tes m ed ic ina is , m as J ivaka ficou receoso e

Buda env iou V a jradha ra pa ra acom pam a-lo . Q uando re to rnou ,

Buda ped iu a J ivaka que espec ificasse os vanes ing red ien tes

m e dic ina is . A pesa r de conseg uir des ig na r m u itos de les , hav ia ou trossob re os qua is nao sab ia nada a respe ito . B uda espec ificou -os e

fo rneceu um a extensa explcacao sob re seus pode res , suas acoes

e ass im po r d ian te . J ivaka ficou es tupe fa to e Buda d isse -Ihe que a

um m ed ico deve riam se r ens inados os qua tro ram os do

conhec im e nto . S ao e les :

1 - 0 m ed ico que sabe com o cu ra r deve tam bem qua lifica r-se empato log ia ;

2 - D eve se r com ple tam en te capaz de fa la r sob re as doencas , suas

o rig ens , s in tom a s e na tu reza ;

3 - D eve se r com pe ten te com re lacao aos m etodos de tra tam en to ;

4 -D eve possu ir co rnpe tenc la pa ra assegu ra r que nao have ra

re corre ne ia o u e rro .

J ivaka , que nao conhec ia as qua tro cu ras ve rdade iras , adqu ir iu

e ste c on he cime n to airaves de Buda . S ao e las :

1 - A ve rdade do so frim en to (ou se ja , da doencs ).

2 - A ve rdade da causa do so fr im en to .

3 - A ve rdade do fim do so frim en to (a saud e )4 - A ve rdade do cam inho (ou se ja , a m ed ic ina )

D este m odo , e le com preendeu que Buda e ra 0 me dico su prem o,

aque le que Ihe transm itiu ou tros ens inam en tos . R aios de luz e ram

ern f i dos de Buda pa ra Tanadug , 0 pa lac io da m ed ic ina , em Uge ,n .

o R ish i Y id las sK yed su rg iu e J ivaka ass im com o ou tros d isc fpu los

recebe ram os ens inam en tos dos T an tras .J ivaka en tao levan tou -se , co locou a pon ta de seu m an to sob re os

om bros e fez um ped ido fe rvo roso , d izendo que gos ta ria de recebe r

os c inco vo tos le igos . N aque la epoca , 0 re i d as m o nta nh as co briu -s e

1 5

Page 23: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 23/80

de neve , um fo rte ven to sop rou no va le e nas p lan fc ie s e B uda

adoeceu adqu ir in do um a pa to log ia fr ia . J iva ka fo i so lic itado pa ra

tra ta - lo e ap licou 0 tra tam en to re finado ind icado pa ra um m es tre

un ive rsa l. E le adm in is tro u um m ed icam en to com pos to de 32 flo re s

" u t-p a l" e subs tanc la s . B uda pu rgou 52 vezes e d isse en tao a J ivaka :"H a a lg uns c ls tu rb lo s que , em bo ra nao se jam pu rificados , sao

rem ov idos ; a lg uns sao pu rificados m as nao sao rem ov idos ; ou tro s

podem se r rem ov idos e pu rificados e ex is tem aque le s que nao

podem se r nem rem ov idos nem pu rificados . P ortan to , in d ique -m e

acuce r m ascavado ind iano e a fru ta da T erm ina lia chebu la ". A ss im ,

B u da re cu pe ro u-s e c om p le ta m e nte .

N o s cap ftu lo s 2 3 e 2 4 d o "V in ay a", e xis te m re la to s a dic io na is so bre

J iv aka re fe re nte s a sua fam a cre scen te e sua hab ilid ade com o

m ed ico . E m de te rm inada ocas iao , quando B uda es ta va em R ajgh ir,

um m onge po rtada r de um a mteccao nos 6 rg aos sexua is fo i

c on su lta r J iv aka , q ue 0 cu rou com sua pe rfc ia . A pro x im adam en te na

m e sm a epo ca A ja ta sha tru , aque le que hav ia com e tid o pa tr ic fd io e

in c ita do a desun iao en tre a com un idade de m onges , fo i se riam en teacom etid o po r m icoses e pa r va rio la . 0 seu co rpo exa la va um odo r

de pul refacao ta o in tense que as pessoas tinham d ificu ldade pa ra

se ap rox im arem de le . 0 re i e s ta va a rrepend ido e con fe ssou suas

rnas -a coes pe ran te se is m es tre s nao -B ud ls ta s , m as fo i em vao .

J iva ka d isse -Ihe en tao : - "V a a te B uda ". E o re i re spondeu : "C om o

pode ria B uda a juda r se re s des tin ados ao in fe rno com o eu? " J iva ka

exp licou -Ihe que B uda nao ens inou e in s tru iu apenas aque le s se re s

de g rande in te lig enc ia e pu re za , com o S a rip u tra , m as ta rnbe rn

aque le s m enos a fo rtu nados , com o Lam -C hung . B uda adqu ir ia seu

a lim en to tan to de re is com o de pob re s . T ra ta va da m esm a m ane ira

seu filh o R ahu la e sua p rim a D evada tta , sua e te rna in im ig a .

F ina lm en te , J iva ka e 0 re i com sua com itiva fo ram ve r B uda .

A ja ta shas tru con fe ssou e re fug iou -se em B uda e em sua

comun i dade .

J iva ka su rg e na h is t6 r ia B ud is ta com o um dos m ed ico s m a is

no ta ve is sendo po r tre s vezes m erec idam en te en titu la do "re i do s

1 6

Page 24: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 24/80

m ed icos " du ran te sua v ida . A s ob ras "S u rvey o f M ed ica l H is to ry " de .

D es i S angye G ya tso e "C o lle c ted W orks o f B u -s ton ", secao 24 ,

jun tam en te com 0 "V inaya ", fo rnecem de ta lhes sob re a v ida e as

hab ilid ades de J ivaka . D iz a lenda que e le a lcancou 0 es tado de A rya

libe rtando -se do c ic io da m o rte e renasc im en to .

Nagar juna (ce rca de 400 anos depo is de Buda ) - A pesa r da

con tro ve rs la sob re quem fo i N aga rjuna , 0 escrito r dos tex to s

m e dico s, o s e ru dito s tibe tan os a ce ita m am p la m en te 0 fa to de que 0

escrito r e 0 m ed ico fo ram a m esm a pessoa e tam oern aque le que

fundou a filo so fia M adyam ika no Bud ism o. B uda p rev iu a chegada

de N agarjuna no S u tra Lankava ta ra e no 36Q

cap itu lo do Tan tra deM an jusri. O s tex to s B ud is ta s a seg uir fazem re la to s sob re N ag arjuna

com co rs ice ra ve is d eta lhe s:

1 - 0 "S u tra L a nk av ata ra "

2 - "M an jus ri-ka lpa "

3 - "H a rsaca rita " de Bana

4 - "R aja ta rang iri" de K a lhana

Textos tibe tanos com o "P ag -sam -jon -sang " e pa rticu la rm en te , a

ob ra "H is to ry o f B uddh ism ", de Ta rana tha , sao boas fon tes de

reterenc las.

N aga rjuna fo i educado na U n ive rs idade de N a landa sob a

o rle ra ac ao d e S ara ha B ha dra , 0 a ba de . E stu do u a s p rin cip ais c ie nc la s

d ip lo m and o-se na a rte d a a lq uim ia . R ea lizo u im p orta ntes con qu is tasnes ta a rea com o a c lenc la da ul i l izacao d e p llu la s p ara re aliz ar fe ito s

s ob re na tu ra is , p ara 0 re juvenesc imento , t o c a o pa ra os o lhos e ass im

po r d ian te . E sc reveu m u ita s ob ras sob re os su tras e os tan tra s e

com pos extensos es tudos sob re m ed ic ina . S uas p rin c ipa is ob ras

sobre 0 assun to es tao lis tadas a seg uir:

1 - "Yoga sa taka ," a p rim eira ob ra sob re m ed ic ina no Tan ju r. F o i

traduz ido pa ra 0 tib e tano po r N im a G ya ltsen com 0 aux ilio de

J eta ka rn a Buddh a srijn a na .

2 - "L aunasas tra " (c ienc la do fe rro )

3 - "R asa ra tra ka ra ", tan tra da a lqu im ia

1 7

Page 25: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 25/80

4 - "K aksapu tra Tan tra ", tam bem conhec ido com o "S iddha C am unda

T an tra ", desc reve a ob tencao de pode res sob rena tu ra is .

5 - "A ro gy ama nja r"

6 - "Yogasara "

7 - "R asend ra M anga la "

8 - !IR a ti sa stra "

9 - "S id d hanaga rju n iy a "

10 - "J iva S utra "

11 - "A cha rya N ag arjuna bhas ita A vabhesa ja -ku lpa "

12 - "A rya ra ja nam a va tka ".

N aga rjuna e a ltam en te estim ado no m undo da m ed ic ina tibe tana .D esc rito com o um dos v in te e se te a lqu im is tas m a is fam osos , fo i

quem propos a qu im ica tan tr ica e e ra cons ide rado um dos princ ipa is

d isc ip ulo s d e Jiva ka , 0 m ed ico pa rticu la r de B uda .

Asvaghosa - Acred ita -se que A svagosha , filho do b ra rnane

K im naguhya , um m ed ico renom ado , e de sua esposa R atnas iddh i,

tenha nasc ido a oes te de K ashm ir. S eu nasc im en to fo i m arcado po rfa tos extrao rc ina rlos . Q uando cresceu , 0 respe ito e a devocao po r

seus pa is e ram tao pe rfe itos e im pecave is que os hom ens 0

cham avam de Phagod e M agod , 0 q ue s ig nific a, re sp ec tiv ame n te ,

"se rvo do pa i" e "se rvo da m ae". Um as lro loqo cham ou -o P awo

(he r6 i). D u ran te sua juven tude to rnou -se um nao-Bud ls ta

incond ic iona l, fa to a tribu ido as suas a tiv idades ka rm cas an te rio res .

E s tudou a c ienc ia da m ed ic ina com seu pa i, m ed ico renom ado .

S ua fam a com o fil6so fo e e rud ito nao -Buo ls ta c resc i a , ao m esm o

tem po que seu dese jo de de rro ta r, em deba tes , p ro fesso res e

e rud itos Bud is tas . E s tava sendo extrem am en te bem suced ido nos

deba tes quando N aga rjuna , v ivendo en tao em N a landa , dec id iu

fina lm en te faze r a lgo a respe ito des ta a rneaca ao Bud ism o .

A ryadeva , seu p rinc ipa l d isc ipu lo , in s is tiu em ace ita r 0 desa fio deA svaghosa e sa iu v ito rio so dos longos e ca lo rosos deba tes . C om o

-e xig ia a tra dig a o, 0 pe rdedo r, no caso A svaghosa , to rnou -se B ud is ta

e d isc ipu lo de N aga rjuna . C om 0 tem po , A svaghosa em erg iu com o

1 8

Page 26: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 26/80

um dos m ais conhec id o s e sab les e rud ito s , m es tre em esc r itu ras

B u dis ta s e n ao -B u dis ta s.

N o m undo B ud is ta , A svaghosa e pa rtic u la rm e nte le m brad o p or

sua g rande ob ra "T he Ja taka Ta le s ", um re la to de ta lh ado dos

d ife re n te s na sc im en tos de B uda em v id a s an te rio re s , com o

B od hisa ttva , a fim d e a cum u la r m e ntes d uran te e ra s l r con tave is pa ra

fin a lmen te a d q u ir ir 0 es ta do de B uda .

N o m undo m ed ico , esc re veu m u ita s ob ra s que se to rna ram

popu la re s den tre o s qua is "T he E ig h t B ran ches o f M ed ic ine " eexnao rc lnana pe rm anecendo com o um te x to ba s ico e s tudado em

cen tre s m ed ico s A yu rved ico s e tib e ta nos . "T he E ig h t B ranches o f

M ed ic in e " c u jo titu lo c omp l e to em sans cr ito e "A s ta nga -h rda ya -s amh i ta

nam a", fo i tra duz id o pa ra 0 t ib e tano pa r R in chen S angpo com 0

aux flio d e Ja randha ra . H a um re la to de que ao se to rna r B ud is ta ,

A svaghosa passou po r um pe rfo do de a rrepend im en to e con fssao

com pondo d ife re n te s ob ras re lig io sa s e m ed ica s a fim de e lim ina r e

pu rifica r-se de suas rnas -acoe san te rlo re s . 0 tex to ac im a e ou tro sfo ram esc rito s e ssenc ia lm en te pa ra e lim in a r sua s im pu rezas

m a te ria is . P os te rio rm e nte , esc re ve u ta rroe rn co m en ta rlo s so bre a s

ob ra s c ita da s que sao u tiliz a dos a tu a lm en te com o

re te re n c ia s -p ad rao pa r e s tu dan te s da s m ed ic in as A yu rved ica e

t ibe tana .

C a n d r a n a n d a n a (O aw a kN on -gha ) - A cred ita -se que es te te nha

s ido ne to do g rande A nanda e filh o de C hagpa ghawa . 0 1 O Q capf tu lo

do "O a -se r" con firm a a h ip6 te se : "M eu avo e 0 g rande A nanda ,

sem pre fam oso en tre os sab les . S eu filh o C hagpa ghaw a ge rou um

filho ch am a do O a wa kN on -g ha ."

Q uando c re sceu , to rn ou -se um d isc fp u lo de A svaghosa . H a um a

re te re nc ia no 40Q cap itu lo do "D a -se r", m enc io nando que

C and ranandana es tu dou e ap rendeu as p ra tica s de sc rita s na ob ra"T he E ig h t B ran ches o f M ed ic in e ", ba seando -se na ob ra "C ara ka ",

d e A s va gh os a.

1 9

Page 27: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 27/80

P os te rio rm en te , C and ranandana com pos um com en ta rlo sab re

os"E ig h t B ranches", de A svaghosa . C om p ilo u tam be rn um traba lho

sab re te rm ino log ia m e dica cham ada "T sig -g on Jo r-ne ".

E xis tem re te renc ia s em ou tro te x to n s t o n c o de que A svaghosa

te ria um filh o cham ado C ha -gnan a qua l te r ia g e rado um a crian ca

cham ada C and ranandana . M as em g era l a ce ita -se a p rim e ira ve rsao

da s o rig en s de C a nd ra na nd ana .

3 . A expansao da m ed ic in a n o T ibe te :

A o rig em da m ed ic in a no T ibe te ass im com o ou tro s aspec tos da

cu ltu ra tibe ta na , e sta b as ea da em um a co rn rov ers ia re fe re nte a o fa to

dos tib e tanos que v ive ram an te s do secu lo V II conhece rem au nao

a lgum a fo rm a de docu rnen tacao esc rita . O s e rud ito s tibe tanos

tend em a acred ita r que a esc rita tenha s ido p rim e iram en te

in troduz ida pa r T honm i S am bho ta du ran te a epoca do m a is fam oso

re i do T ibe te , a 3 3Q

n a linh ag em rea l, S ong -tsen G am po (S ron g-b tsa nsgam -po ). O es te m odo , to rna -se ev iden te que nenhum a lin guagem

escrita tenha ex is tido an te s des te pe rfodo e im p6e -se a conc icao de

que a in trodugao do Bud ism o e de ou tras c ienc ia s re la c ionadas

pode ria se r poss lve l apenas apos a in trodugao da esc rita no T ibe te .

P ore rn , m u ita s esc ritu ra s au to rizadas com o a com en ta rio sab re a

K a la ch akra , d en om in ad o P a du g-kh orlo i G h d el-d i-m e d , re fe rem -s e

aex ls tenc ia de um a lin guagem esc rita no T ibe te bem an te s da epoca

do re i S ong -tsen G am po .

N a ob ra , "S u rve y o f T ibe tan M ed ica l H is to ry ", esc rita pa r O es i

S ang ye G ya tso (S ang s -rG yas rg ya -m tsho ) e x is tem re te renc ia s

sab re a ex is tenc la de m ed ico s , an te s do secu lo V II e da ln troducao

da m ed ic in a B ud is ta , com conhec im en to sab re a tra tam en to bas ico

das doencas , au se ja , fam ilia r izados com a tip o de d ie ta que pode ria

se r p re jud ic ia l au bene fica , com tecn icas de ven lsseccao e

tra tam e nto de fe rim e nto s e u lce ra s .

20

Page 28: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 28/80

C on tudo , pode -se a firm ar que a m ed ic ina fo i in tro duz ida , ap rin c ip io , c om 0 adven to dos do is m e dico s B i-g yi dG a h-b yed e B e-Iha

dG ah -m dzes -m a da Ind ia pa ra 0 T ibe te du ran te a epoca do qu in to

re i tib e tano Tho -tho ri N yen -tsen , que sao cons ide rados os

re sponsave ls pe lo ens ino e in trodugao da c i enca da m ed ic in abaseada no s is tem a Ayurved lco ,

- B i-g y i dG ah -b yed e B e -Iha dG ah -m dzes -m a - os p rim e iro s

m ed ico s ind ianos a v is ita rem 0 T ibe te : 0 re i in d iano dP a l-ld an

P hun -s togs e sua ra inha dbYangs -ky i L ham o ge ra ram do is filh o s .

U m de les , sD on -hdum sK es , casou -se com R ol-rnyed -m a, filh a de

dM a r-g yan , a ra inha dos R akshas . R o l-rn yed g erou do is filh o s , cu jo snom es e ram rN a-C henpo e Leg s -pa i bLo -g ro s .

rN a-C henpo e ra um d isc ip u lo de D olm a . U m d ia , D olm a d isse -Ihe

que se e le v ive sse com G an -ga i L ham o, a filh a do fab rican te de

tam b ore s, e la tra ria ra io s d e lu z a o T ib ete , 0 p ais da esce rid ao . A nos

depo is , des ta un iao nasceu um a c ria nca a quem de ram 0 nom e de

B i-g y i dG ah -b yed . N es ta m esm a epoca , a esposa de um fab rican te

de s inos b ra rnane deu a lu z um a filh a a quem 0 casa l cham o u B e-Iha

dGah -mdze s -ma .

P o re rn as c ria n cas nasc idas dos do is casa is e s ta vam

p re des tin ad as a se to rna re m e sto plo as e m a cile nta s. O s p ais fiz era m

o poss lve l p a ra descob rir 0 que pode riam fa ze r pa ra a juda r suas

c ria n cas . A m ae de Be -Iha o fe re ceu d ife ren te s tip o s de s inos a

B odhya -gana e com o resu lta do des te a to v ir tu o so , sua filh a fo iim ed ia tam en te tran s fo rm ada em um a be la rnoca . 0 filh o de

rN a -C henpo a lte rou tam be rn g radua l m en te sua fea ldade ,

to rnando -se um e legan te rapaz . O s do is fo ram am igos de in tanc ia e

quando a ting iram idade su fic ie n te pa ra es tuda r, ob tive ram

pe rrn ssao de seus pa is pa ra ap rende rem a c ienc ia da m ed ic ina com

o filh o de rG u n-shes -ky i-bu . D ip lom a ram -se nas c ienc ia s rneo icas e

re tornaram a sua c idade na ta l p a ra p ropaga r e p ra tica r seus

conhec im en to s e hab ilid ades . T o rna ram -se tao rap idam en te

conhec idos que sua fam a se espa lhou po r toda a Ind ia e a te m esm o

C h ina , K ho tan e N epa l.

21

Page 29: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 29/80

A cred ita -se que B i-g y i tenha encon trado 0 g ran de T s'o -b yed

gZon -nu J iva ka no seu co rpo de a rco -Iris , em R ajg h ir, recebendo do

m esm o lns frucoes sob re os ens inam en to s exte r io res , in te r io res e

in te rm ed ia rio s . a s do is m ed icos a ting iram a fina l a m ais e levada

rea llzacao da c ienc ia da m ed ic in a e , conseqO en tem en te , aim o rta lid ade . A cred ita -se ho je que e le s a inda res idam nas flo re s ta s

de sanca lo da Ind ia . E nquan to pe rm anec iam em B odh -g aya , am bos

fo ram o rien tados po r D o lm a pa ra se d irig irem ao T ibe te po rque ,

n aq ue la e po ca , 0 re i tib eta no L ha -th o-th o-ri s N ya n-T se n (T ho -th o-ri

G nyan -b tsan ), um a enca rnacao de K un -tu bsan -po , hav ia fe ito um

ped ido a D o lm a so lic ita ndo em sup lica que env iasse quem

e lim inasse a escu ridao que pa ira va sob re 0 T ibe te . D o lm a, po r

co rnpa ixao pe lo povo tib e tano e em respos ta ao ped ido do re i,

a bencoou e ins tru iu o s do is m ed icos ind ianos p ara que se d ir ig issem

pa ra aque le pa is e d ifu nd is sem a c ienc ia da m ed ic ina . C hegando ao

p rim e iro d is trito do T ibe te , v iram um a jovem m u lhe r tibe tana

ca rreg ando nas cos tas a m ae m u ito doen te . O s m ed icos obse rva ram

en tao que 0 conhec im en to m ed ico re s trin g ia -se a s im p les p ad roes

c ie te ticos e tecn lcas pa ra es tanca r sang ram en tos a traves da

ap lica cao de m an te iga de rre tida . Q uando 0 p ac ien te adoec ia

g ra vem en te , e ra rem ov ido de sua re s idenc ia e en tregue a m orte em

um lu ga r so lita r io e d is ta nte .

Im p ress ionados pe lo pouco conhec im en to m ed ico do povo

tib e tano e sua apa ren te desp reocupacao pe los doen te s , um a vez

que nao pa rec iam te r esc rupuos em de ixa r seus pa is adoec idos

m o rre rem ao leu , os do is m ed icos ' conve rsa ram com a m u lhe r e

ens ina ram -Ihe com o cu ida r de sua m ae pa ra recupe ra -la E la , po r

sua vez , o fe receu -Ihes m il "srarqs" de ou ro anunc iando sua

chegada ao T ibe te . Logo depo is a no tfc ia sob re os m ed ico s chegou

a o re i s N ya n-T se n 0 qua l env iou um conv ite pa ra que am bos fo ssem

a Yum -bu la -m kha r e sen ta ssem num trono fe ito de nove a lm ofadasado rnadas com ped ras p re c iosas d ispos tas um as sob re as ou tra s .

*(N .T .) R ep re sen ta tivo de va lo r em m oeda es trange ira em itido com

ceno rnnacoes 5 , 10 ,25 , 100 . E m 1950 , c in co "sangs " va lia um a rup ia .

22

Page 30: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 30/80

o re i d em ons trou g rande in te resse pe los do is m ed ico s e

p re sen teou -os com 100 .000 "s rang s " ped indo -Ihe s que

pe rm anecessem pa ra p rom ove rem a c len c ia m ed ica no pa rs . A pos

o fe re ce r sua filh a .L ha -chen Y id -ky i R ol-chha em casam en to pa raB i-g y i dG a h -b y ed , 0 re i v iu seu ped id o ace ito .

A nos m a is ta rde , n asceu 0 filh o de Y id -ky i R o l-chha , a que le que

to rnou -se pos te rio rm en teo dou to r D un -g i th o r-chog -chen . O s

m ed icos ens ina ram -Ih e a c ie nc ia da m ed ic ina , in c lu in do 0

d iag nos tico pe lo pu lso , os pad roe s d le te flcos , com pos icao dos

m ed icam en tos , c iru rg ia s , u tillz a cao de rno xabus ta o , e x tra cao

sang urnea , cu ra tivo s e tra tam en to da s le soe s e fe rim en to s , e tc .

A lca rca ndo se u o bje tivo , o s m e dico s re to rn aram a f n d ia , q ua nd o

D un -g i tho r-ch og -che n ad qu ir iu a m a tu rid ad e se ndo esco lh id o com o

m ed ico da co rte do re i L ha -tho T ho -ri sN yan - T sen . C ada

descenden te do re i K hris -n yan g Zug s-chen , filh o de Lha -tho T ho -ri,

a te 0 re i rJe -dP a l kK ho r-bT san , te ve com o m ed ico um descenden te

d e D u n-g i th or -ch og -c he n. E s te fo i m e d ic o p articu la r d a c orte d ura ntea p r im eira fa se da v id a do re i K h ris -n yan gZug s -chen e du ran te a

u ltim a fa se fo i se u filh o, b Lo -g ro s ch hen -p o.

- 0 penodo p re -Y u iho k - 0 re i S ong -tsen G am po (S rong -b tsan

sg am -p o): D u ra nte 0 re in ado de seu pa i, 0 re i N am ri S ong -tsen

(G n am r i s ro ng -b tsa n), n arra tiva s n is to rica s m e nc ion am q ue va rio s

liv ro s - te x to s de m ed ic in a e as tro log ia de g rande im po rta nc ia fo ramtraz id os da C hina , nao havendo um a iden tifica gao p rec isa de seus

tftu lo s e a ss un to s.

o filh o de N am r i, 0 33 Q re i S on g-tsen G am po , c resceu e to rn ou -se

o m a is fam oso re i tib e ta no . E co ns id erad o a rn an lte sta cao hu m an a

de C h en re zi, 0 Buda da C ornpa ixao , e re sponsa ve l pe lo g rande

p rog re sso so c io -cu ltu ra l e e con6m ico do T ib e te . E n tre ou tra s

a tiv id ade s , in te re ssava -se p ro fu ndam en te pe la p ro rn o cao e

ap erte lco arn en to da s c ie nc ia s mec c a s . P rim e ira m en te , m a nd ou

tra du zir p ara 0 id iom a tib eta no im p orta nte s tex tos so bre m e dic in a,

tra z id o s de pa rse s v iz in hos , com o a C h in a . A ob ra "sM an -chad "

(T era p ia A ce ss orie ), tra zid a d aC h in a p ela p rin ce sa c hin esa W e n-s in

23

Page 31: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 31/80

K on -Jo , fo i tra duz ida pa ra a Ifng ua tib e tana po r H ashang M ahadeva

e D ha rm a kosa .

o re i c onv idou 0me dico B ha ra da ja da Ind ia , 0 D r. H an -w ang H ang

da C h ina e G a lenos da P ers ia pa ra tra ta - lo e d iv id ir conhec im en to s

e exp erien c ias m e cica s com os esp ec ia lis tas tib e tanos .

o m ed ico ind iano B ha rada ja com pos as segu in te s ob ra s :

"B u -shag -m a Bu -che -chung " (P equenos e g randes pa ra s ita s do

ca r vano ) e "sB yo r-w a M a-sa r" (P repa ro da m an te ig a fre sca ).

o me dico ch in es e sc re ve u 0 te x to "G a -cheo T ho r -bu che -chung "

so b re c iru rg ia .

Ga l enos , 0 m e dico p ersa , com p os os seg uin te s traba lhos du ran te

sua pe rrnanenc ia no T ibe te : "G o-g non D ud -pa " (C o rnp ila cao ) e

"O e-pho M a-ja N e-tso sun g i C hed -shog ", sob re 0 tra tam e nto dos

o l s t ub i os do ga lo , do pavao e do papaga io . O s tre s m ed icos

re aliz aram c on te re nc ia s e s irn po sio s, c ujo re su lta do fo i a com p lla ca o

da ob ra m ed ica denom inada "M i-J ig pa i T son -cha ", com pos ta de 7

cap ftu los , que fo i o fe re c ida de p resen te ao re i. C om o re tnbu lcao pe la

c om r ib uic ao e a ss is te nc ia , 0 re i o fe re ce u-Ih es g e ne ro so s p re se nte s.

A seu ped ido , G alenos pe rm aneceu no T ibe te pa ra to rna r-se seu

m ed ico p articu la r. E ste dec id iu e s tabe le ce r-se no T ibe te , ca sou -se

e g erou tre s filh o s . A cred ita -se que es te m e dico tenha esc rito m u ita s

ob ra s re la c ionadas com a c ienc ia m ed ica .

o filh o m a is ve lho de G a lenos fo i en v iado ao in te r io r, d is trito degT san , onde casou -se com um a descenden te da lin hagem de B i-g y i.

S eu segundo filh o fo i en v iado a gYo r-po , su i do T ibe te , onde in ic iou

a lin hagem dos m ed ico s do su i (Lho -rong g i sM en -pa ). 0 filh o m ais

novo , Jo ros , pe rm aneceu com 0 pa i, na cap ita l, p rossegu indo com

a lin hagem dos m ed ico s de Lhasa .

C om a p ro rnocao e g radua l p ropaqacao da c ienc la m ed ica , 0 re iS ong -tsen G am po es ta va pa r dem ais ans io so pa ra ce rtifica r -se de

que es te s is tem a m ed ico es ta va e fe tivam en te im pu ls io nado e

p rese rvado no T ibe te . C om o in cen tivo , c r iou bo lsas de es tudos de

m e dic in a p ara os doze es tudan te s m a is des ta cados de todo 0Tibe te .

24

Page 32: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 32/80

N a graduagao , e ram prem iados com 0 titu lo de T so -byed (D ou to r)

ou sM en-pa (M ed ico ). A cada um era o fe rec ida um a variedade de

p resen tes em reconhec im en to pe los fe ito s e pe la g raduagao .

o m ed ico da co rte , G alenos , fo i 0 responsave l pe la supe rv lsao e

tre inam en to dos estudan tes de m ed ic ina . Jo ros , seu filho , fo i

enca rregado de tre i na r pa rticu la rm en te qua tro esfudan tes de c lasses

soc ia is m a is ba ixas . D es ta fo rm a , G a lenos incen tivou seu filho a

e ns in ar e tra nsm itir 0 conhec im en to m ed ico a ou trem , independen te

de sua c lasse soc ia l, p res tlg io ou c redo .

O s qua tro a lunos de Jo ros fo ram : Thug , Jang , N eg e M ong . Jo ros

re ce be u p os te rio rme n te 0 t itu lo de Tsoched -sM en-pa jun tam en tecom m uitas doacoes e p resen tes .

Duran te 0 re ihado de Song -tsen G am po , G eim -shan K ong -jo ,

esposa de Jan tso Lhawon , filho de M ae -A k Tsom trouxe cons igo da

C hina m uitos liv ros sobre m ed ic ina e astro log ia . F o ram tom adas as

dev idas p rov idenc las pa ra que H ashang M ahakenda , G ya tuk

G arkan , K ud -po C ho -cho , K hud -po D am tsug e C hog -Ia sM on~bartraba lhassem na tradugao de m uitos destes liv ros , ao m esm o tem po

em que ou tros tradu to res traba lha ram em ou tras ob ras .

o tradu to r ind iano P o -ta -na traba lhou com 0 tibe tano B a-nad

C hos-rab em mu itas ob ras sob re m ed ic ina . A p roxim adam en te na

m esm a epoca , um m ed ico cham ado B ich i, cu jo ve rdade iro nom e era

Tsan-pa S hi-Ia -ha , reun iu m uitos d isc fpu los e e rud itos no nun lc lp io

de T rom organ izando as tradug5es dos tex tos . O u tros tradu to res

em inen tes daque la epoca fo ram Hashang M ahadeva e K hung -po

Tse -T se , que traba lha ram em ob ras im po rtan tes .

(A ser conc lu fdo em um a p rodrnaed lcao de M ed ic ina T ibe tana ).

25

Page 33: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 33/80

DERMATOLOG IA , D IAGNOST ICO E TRATAMENTO NA

MEDIC IN A T IB ET ANA

P elo D r. L obsang Rabgay

E im po ss lve l em a lg un s m ilha re s de pa la v ra s , ab ran ge r todo 0

e x ten so assun to da de rm a to log ia n a m ed ic in a tib e tan a , o u m esm o

lid a r com as p rin c ip a is d oen cas de pe le m enc ion ada s nos te x to s

med ic o s tib e ta n o s.

A o de fron ta r-se com um a pa to lo g ia oe rrn s to lo q ica , 0 med i cotib e ta no exam in a cu id adosam en te a d i s t r bucao em ge ra l e as

ca ra c te rls tica s in d iv id ua is da s le soes , te ndo em m en te que ta l

d is tu rb io p ode se r um s ina l d e doen cas m a is se r ia s , com o a

tu be rcu lo se e a han sen la se . 0 exam e e rea liz a do sob lu z n a tu ra l. 0

m ed ico fa z um b is to r ico cu ida do so , in c lu in do 0 re g is tro de a lg um

tra ta m en to a nte rio r a qu e 0 p ac ie nte te nh a se su bm e tid o, 0 t ip o de

a plica ca o te ra pe utca e a s re aco es d ese nca de ad as .

A pe sa r do s cistorbtos d e rm a to lo o lc os c on sis tirem p rin c ip a l m e n te

da qu ela s d oe nca s ou irr lta coe s q ue a fe tam som e nte a pe le , e x is tem

m uita s pa to lo g ia s que se de senvo lvem no o rg an ism o em ge ra l e

ou tra s que sao e xp re ssoe s de doenea s m a is g ra ve s .

S ao e xem p lo s de doenca s da pe le : a e ris ip e la , a s m icose s

supe rfic ia is (tin has ) , a escab io se , a pe lag ra , a s de rm atite s d econ ta to , o s e czem as , a bsce sso s , p so rfa se , a s m ancha s e a

l eucode rm ia .

1) Man ch as e leu co de rm ia :

D e fin lcao : A pa re c im en to de m anchas b ra nca s em d ife re n te s

re g io es d o co rp o.

E tio lo g ia : D ie ta e pad ro es com po rtam en ta is in adequados ,

q ua isq ue r d ese qu ilfb rio s d os tre s "h um o re s" (N e pa s) , a s in fe cco es

b a cte ria n as , o s d is tu rb io s lin fa tic os lo ca liz ad o s n a oplp

26

Page 34: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 34/80

P ato log ia : C om o ccnsequenc la do desequ il [b rio dos tre s hum o res

e da in teccao bac te ria na causada pe l a d ie ta inadequada e hab ito s

im p r6 prio s, o co rre um d is tu rb io co m accm u lo l i r fat ico n o o rg an ismo

que se d issem ina pa ra a pe le ge rando um a a lte ra cao na

p igmen tagao .

S in tom as e s ina is : E com um a oco rrenc ia de a reas b rancas no

ro s to , nas rnaos e na req iao supe rio r do co rpo . E n tre tan to , pode rn '

se r encon tradas ta rnbe rn em ou tra s a reas . 0 d is tu rb io com eca com

e rup coes bo lhosas azuadas - que de ixam m anchas pa llo a s ou

b rancas ge ra lm en te c ircu la re s . O co rre um p ru rido in tense quando a

a rea 8 expos ta ao ca lo r ou quando 0 p ac ie nte e xe rce a tiv id ade sex tenuan te s . 0 p ru rid o pode se r deco rren te do con ta to com roupas

de la ou pe le s de an im ais . A fr icg ao 8 segu ida de exsudacao de um

flu id o que esco rre quando a bo lha se rom pe . A lesao 8 m ais seve ra

espec ia l m en te du ran te a p rim e ira fa se do ve rao e no ou tono .

T ra ta m en to : D o is e xe m plo s.

A - D eve se r ap licada nas a reas a fe tadas , um a pas ta p repa radacom os segu in te s in g red ien te s : Z ing ibe r o ffic in a le (R osc .), P ip e r

lo ngum (L inn .) , P ipe r n ig rum (L inn .) , a s c in zas de um a cob ra

venenosa e 0 6 1e o d a T erm in alia ch eb ula (R e tz .)

B - A dm in is tra -se nas a reas a fe tadas um a pas ta p repa rada com :

enxo fre neg ro e te c ido ad iposo de po rco .

O utra s fo rm as de tra tam en to - B anhos m ed ic in a is e a inges taoco s sequn t e s med i camen t o s :

. S ho rea robus ta (G ae rtn . F .), a re s ina -1 0pfu las ,

S ho rea robus ta (G a ertn . F .) , G a ruda -15pf lu las,

C ode no p sis ne rvosa (C h ip p., N ann f.) - 18 pf lu las,

G aruda - 5 p flu la s .

2 ) Derma tite d e c o nta to :

D efin icao : A pe le ap resen ta -se aspe rs com o 0 cou ro da nuca de

um bo i. O co rrem e rupcoes bo lhosas com edem a, a le rn de p ru rido

in tense e exsudacao de um Ifqu ido .

27

Page 35: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 35/80

E tio log ia : lnqes tao excess iva de a lim en tos quen tes e azedos ,

v inho e a lcoo l. A tiv idades ex tenuan tes du ran te c lim a quen te .

P ato log ia : D ev id o a d ie ta e hab ltos inadequados , 0 s is tema

lin fa tico so fre um a a lte racao que ge ra edem a e resu lta em de rm a tite

d e c on ta to .

S in tom as e s ina is : O co rre com frequenc ia no pescoco e na reg iao

supe rio r do co rpo . A p resen ta -se com pru rido segu ido pe lo

apa rec im en to de e rupcoes bo lhosas que aum en tam g radua l m en te

pa ra le s6es p lanas de va rios tam anhos sob re as a reas a fe tadas .

O co rre a fo rm acao de cros ta s que quando rem ov idas m ostram um

tec ido roseo , ave rm elhado com pequenos pon tos ind icado res desang ram en to . A pe le to rna -se ge ra lm en te espessa e aspe ra com

fissu ras em de te rm inadas a reas .

T ra ta m en to : T re s e xem plos .

A - A p lica r sob re a a rea a fe tada um a pas ta com pos ta com os

seg uin te s ing red ien tes : o leo de T erm ina lia chebu la (R etz .) e c inzas

da pe le de um a cob ra venenosa .B - P repa ra r um a pas ta com os segu in te s ing red ien tes : tec ido

ad iposo de po rco e enxo fre neg ro em po .

C - A dm in is tra r v ia o ra l o s segu in tes m ed icam en tos : G aruda - 5

p flu la s , S ho rea robus ta (G ae rtn . F ;) - 10p flu las , M ercu rio - 18

p flu las , C od eno ps is n ervo sa (C h ip p., N ann f.) -18 pf lu las.

3 ) Escab iose :Defin icao : E dem a pru rig inoso que su rge po r todo 0 corpo

resu ltando em queda de cabe lo s e pe lo s . E uma mo le stia a lta m en te

con tag iosa .

E tio log ia : S ubnu trigao dev ido a um a d ie ta pob re em nu trien te s ,

pad r6es com po rtam en ta is inadequados e a causa m a is co rnum e a

in fecgao.S in to m as e s in ais : E rup g6es cu ta ne as g en era lizad as , fo licu la re s,

d ifu sas e exan tem a em re le vo , acom panhado po r p ru rido in tenso . A

irr ita cao da a rea causada pe la friccao resu lta na exsudacao de um

28

Page 36: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 36/80

flu ido . A consecuenc ia e a g radua l queda dos pe l os e cabe lo s ,

escam acao e fissu ras na pe le . A s e repcoes bo lhosas su rgem no

verso .

T ra ta m en to : D ois exem plos .

A - A p lica r a segu in te pas ta nas a reas a fe tadas : 2 pa rtes de ocre

vermelho ' , Acon itum ba lfou rii (S tap f.) , sa l de lago -m ar, B u tea

m onospe rm a (K un tze .) , sem en tes de P runus m ira (K oehne .),

S olanum xan thoca rpum (S ch rad . e W end l.) e P ongam ia p inna ta .

B - Ad rrm is fra cao dos segu in te s m ed icam en tos v ia o ra l: G aruda

- 5 p flu la s , S ho rea robus ta (G ae rtn . F .) - 10 p flu la s , C odenops is

ne rvosa (C h ipp . N ann f.) - 18 p flu las , M ercu rio p rec ioso ' * - 18

pf lu las.

4 ) M a n c h a s h lpe rc rom lcas e p e la g ra :

De fin icao : M anchas h ipe rc rcm icas irregu la res que su rgem

espec ia l m en te sob re a face .

E tio log ia : A rna nu trlcao e 0 d es eq uilfb rio d os "h umo re s".

Pato logia : 0 desequ ilfb rio dos hum ores resu lta em a lte racao do

s is tem a lin fa tico e consequene rneo te no apa rec im en to de m anchas

hipercrorn icas.

S in tom as e s ina is : M anchas na face e em ou tras pa rtes do co rpo ,

in disp os ig ao e p alid ez .

* (N .T .) - A rg ila co lo rida po r ox ido de fe rro

* * (N .T .) - 0 Ngochu Tso 'the l, que s ig n ifica m erco rio nao tex ico e 0

in g red ien te basco de todos os tipos de R inchen R ilbus (P ilu las

Prec iosas) . 0 mercur io , nades l r tox l cao , ag e de m ane ira bene f i c aao

o rgan ism o , p reven indo dcencas e ag indo com o ton ica e

re ju venescedo r. F oi p repa rado pe la p rim e ira vez , fo ra do T ibe te , em

1982 , sob es trito seg redo , de aco rdo com os textos m ed icos e po r

es te m o tivo fo i e labo rado sem in te rco rrenc ias . (B ole tim In fo rm a tivo

do T .M .A .1 . -In s titu to T ibe tano de M ed ic ina e A stro log ia - D ezem bro ,

1987 - V o l. V I, nQ2)

29

Page 37: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 37/80

T ra tam e nto : D o is e xem p lo s.

A - A ap licacao dos segu in tes ing red ien te s em fo rm a de pas ta :

m an te ig a fre sca e c in zas do casco de um cava lo b ranco .

B - A p lica cao de um a pas ta p repa rada com : o leo de S esam umind icum (D .C .) , le ite , C urcum a longa e sem en te s b rancas e p re ta s

d e N ig ela s ativa .

5) Eczemas :

D efln icao : U m a pa to lo g ia con tag io sa da pe le ap resen tando -se

in ic ia lme n te c om 0 su rg im en to de ves icu la s um idas que se rom pem

ra pid am e nte libe ra nd o um Ifq uid o s ero so q ue d iss em in a 0 processoimlarnator lo.

E tio lo g ia : P ad r6es com po rtam en ta is e hab lto s a lim en ta res

in ad eq ua do s re su lta nd o em fe bre e in fecg 6e s b ac te ria na s.

P ato lo g ia : 0 aum en to de tem pe ra tu ra resu lta em d ls to rb lo s com o

c o n s e q u enda de hab lto s e d ie ta lm p rop rlo s . A in fe cgao bac te ria na

afe ta 0 s is tem a lin fa tico e a pe le to rna -se m enos sens lve l. P odehave r feb re em a lg uns casos .

6 ) Impe t igo :

D e fin icao : M anchas sem e lhan te s a que im adu ra s de so l com

cescam a cao , fis su ra s , le s6es bo lhosas e p ru rid o in tenso .

E tio log ia : E xp os lcao excess iva do co rpo ao fr io e a agua . P ode se r

re su lta do d e e fe itos co la te ra is d e ce rto s m e dica m en tos .

S in tom as e s ina is : 0 pac ien te ap re sen ta les6es p lanas nas rnaos ,

no ros to e em ou tra s pa rte s do co rpo acom panhadas de p ru rid o . Ape le to rna -se azu lada e aspe ra O co rre com trequenca um edem a

genera l i zado , ha queda de cabe lo s com p io ra dos s in tom as quando

a pe le e expos ta a agua e ao frio .

O s d is tu rb io s ac im a sao p rob lem as ce rm ato loq ico s com uns ege ra is , tra tados com sucesso pe lo s m ed icam en to s tib e tanos .

C on tudo , ha cen tenas de doencas da pe le , a lg um as m u ito

sem e lhan tes e d iffce is de de fin ir , a in da que as causas e os

tra tam en to s necessa rtos se jam com p le tam en te d is tin to s . A s

30

Page 38: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 38/80

pa to log ias da pe le que se m an ifes tam com o s ina is de c is fu rb lo s m a is

se rlos sao m enc ionadas em textos m ed icos iso ladam en te .

A pe le e um dos 6rgaos m a is sens lve is do co rpo e a tra tam en to

im ed ia to de qua isque r ano rm alidades e cresc im en tos tum ora is e

de m ax im a trnpo rtaac ia . N a m ed ic ina tibe tana , a p ro tecao da pe le

e cons ide rada essenc ia l, um a vez que a m esm a e expos ta

cons tan tem en te a um a va riedade de agen tes p re jud ic ia is . A m enos

que m ed idas p reven tivas se jam tom adas p recocem en te , poucos

m eios res tam para can te r ta is agen tes quando a o rgan ism o ia est iver

afetado.

31

Page 39: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 39/80

o S ISTE MA D IG EST IVO SE GU ND O

A M ED IC IN A T IB ETA NA

P elo D r. L ob san g R ab gay

D evem os p rove r nossas celuas cons titu in tes com um a g rande

va riedade de subs tanc las que sao u tilizadas com o fon te de ene rg ia

e nu trig ao para a m ane tencao da sauce do o rgan ism o ~m ge ra l.

U ltim am en te , a qua lidade da m ate ria com a qua l p rovem os nosso

co rpo trans fo rm a-se em um a p reocupacao crescen te , adqu irindolm po rtanc ia ta l que m ed icos a lopa tas te rn reexam inado seu va lo r e

sua re lacao com os rne todos de p revencao e tra tam en to das

d ife ren tes pa to log ias . E ntre tan to , pa ra se com preende r a d ie tenca e

sua ap llcacao com o agen te p reven tivo e te rapeu tico , e necessa rlo

compreende r 0 com p lexo p rocesso da d iges tao e com o as d ife ren tes

po rcoes do a lim en to sao m etabo lizadas no o rgan ism o dependendo

de suas qua lidades , pode res , sabo res e ou tras ca rac te rfs ticas

in ere nte s e a dq uirid as .

in troducao : D e aco rdo com a m ed ic ina tibe tana , tudo 0 que

ex is te , ta n to 0 a lim en to que inqe rim o s com o 0 co r p o que e le sus ten ta

e nu tre , possue bas icam en te a m esm a o rigem , ou se ja , seus

constitu in tes fundam en ta is sao os m esm os c inco e lem en tos . E stes

e lem en tos , te rra , aqua , fogo , a r e espaco , possuem fungoesespecfficas e in te ragem tan to de fo rm a ind iv idua l quan to em

assoc iacao . D e te rm inam as qua lidades, os pode res e as acoes

ine ren tes de um ing red ien te . A acao espec ffica de um ing red ien te e

de te rm inada pe la reacao ob tida do con ta to com ou tro am bien te ou

subs tanc ia e pode se r con tro l ada po r sua qua lidade e pode r

ine ren tes . A in te racao en tre do is ou m a is ing red ien tes e d irec ionada

pe la teo ria da conco rn tanc la gene rica e po r fa to res va rian tes .

C onco rn itanc ia qene rlca e um es tado de gene ra lidade ou

sem e ihanca sem pre responsave l pe lo aum en to da m a te ria ,

qua lidade e acao de um a subs tanc ia

32

Page 40: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 40/80

E , po re rn , um fa to r de ad ig ao apenas quando re la c ionado com do is .

ob je to s de ca rac te r is tica s com uns . A in te ra cao que re su lta em

aum en to e poss lve l apenas quando a concom nanc la qener lca ent re

do is ou m a is in g red ien te s nao es tive r b loqueada po r fa to re s

in ib idores.

A in te ra cao en tre d rogas re su lta em c i rn i ru lcao d a a tiv ida de

quando fa to re s va ria n te s es tao p re sen te s . C om o no caso da

concom ltanc la qene rica , e s te s fa to re s causam d im inu ig ao apenas

na ausenc la de um fa to r in ib id o r. P o rtan to , e e la quem reve la 0

sen tid o de un ifo rm idade ou dessem elhanca , enquan to 0 fa tor

v a ria n te re s sa lta 0 s en tid o d a d es ig ua ld ad e.

O s p ro cessos da te rap ia m ed icam en to sa e da d ie to te rap ia sao

bas icam en te d ire c ionados pe la s teo ria s ac im a . 0 p rin c ip io da

a plica ca o te ra pe un ca e a um e nta r, d im in uir o u b ala nce ar 0 d isturb io ,

o u se ja , 0 excesso ou de fic ie nc ia de a lg uns dos tre s "hum o res ", do s

s ete co ns titu in te s tls lc os Q U das tre s subs ianc ia s exc re tadas pe lo

o rgan i smo .Pr inc ip io : 0 a lim en to e sua d iqes tao e abso rcao adequadas

assegu ra um es tado de sauce e 0 fu n c ionam en to ap rop ria do dos

va rie s s is tem a s o rg an ico s , p oss ib ilita ndo um p erfe ito desem p enho

das a tiv id ades ffs icas e m en ta is . E n fim , 0 a l imen to e 0 pr inc ipa l

agen te de te rm inan te do es tado de sauce de um ind iv fduo que

ta rnbe rn aux ilia na de te rrrm acao do tem po de v ida . 0 a lim en to econs ide rado um fa to r bas ico pa ra a ob tencao dos qua tro ob je tivo s

p rirn a rio s da v ida hum ana , ou se ja , 0 d es en vo lv im e nto e sp ir itu al, a

aqus icao de riq uezas , a s rea llz a coes m a te ria is e a fib e rta cao .

N a c ienc ia m ed ica tib e tana , 0 s is tem a c iqes fivo envo lve , en tre

ou tro s fa to res , o s tre s "hum ores ", o s se te cons titu in te s tls ico s e as

tre s subs tanc ias exc re tadas . O s tre s "hum ores " ou nepas sao :

r Lung (p ro nu nc ia -s e lu ng ) o u c orre nte v ita l; mKr is -pa (p ronunc ia -setr ip a ) ou ene rg ia v ita l e B ad -ka rt (p ronunc ia -se be iguen ) ou to rca

anab61 ica v ita l. O s se te cons titu in te s fis icos sao : a essenc ia

nut r ic iona l , 0 sangue , 0 te cid o mu s cu la r, 0 te c ld o a d ip o so , 0 tec ido

33

Page 41: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 41/80

osseo , a m edu la ossea e 0 espe rm a ou ovu lo . A s tre s suos ta rc ia s

exc re tadas sao : a s fezes , a u rin a e 0 suor .

o s is tem a d lqes tlvo es ta cons titu fdo bas icam en te do tra to

d ig es tiv~ que 8 um longo tubo com pos to de va rlo s o rqaosenca rregados da inges tao , da d iqestao e da absorcao . A d ig es ta o

co ns is te e sse nc ia lm e nte na qu eb ra de g ran de s porcoes d e a lime n to

em p equenas rno lecu las , 0 que oco rre em g rande pa rte atraves da

acao d o c alo r d ig es tiv o (mKr is -pa 'Ju -B yed ), ou se ja , das reacoes

enzmatcas .

Diges t ao : 0 a lim en to na cav idade buca l 8 subme t i do arna s fiqa cao e d iv id id o em pa rtfcu las m eno re s com 0 aux ilio dos

den tes , da Ifng uae das g landu las sa liva re s . O s m ov im en to s

per is ta lncos, ou se ja , a contracao dos muscuos das pa redes do

esotaqo, sao con tro la dos e o rie n tados com 0 au xflio d o r Lung da

sus ie rnscao (S ro d-'d zin rL u ng ) que conduz 0 bo lo a lim en ta r da

b oc a, p ara 0 eso fago e fin a l m en te pa ra 0 estornaqo, um a bo lsa

m uscu la r de pa redes la rgas lo ca lizada no lado esque rdo do co rpo ,s ob a s c os te la s in fe rio re s.

o es tomaqo d iv id e -se em tre s p arte s , a l e r n d a u ltim a porcao que

es ta cons tan tem en te vaz ia . N a reg iao scpe rlo r age 0 Bad -kan da

m is tu ra (M yag -B yed ), na po rcao ln terrnedlar la age 0 mKr is -pa

c iqesnvo ('Ju -Byed ) e na in fe r io r a tua 0 r Lung qu e a com p an ha 0

fogo (Me -mNyam ) .

o o bje tiv o d a d ig es ta o 8 q ue bra r, a bs orv er e a ss im ila r 0 a l imen to

que en tra no es to rnaqo . 0 m ate ria l h e te roqeneo deve se r

tran s fo rm ado em hornoqeneo e os p rinc ipa is fa to re s responsave is

sa o o s d ife ren te s tip os de ca lo r diqest lvo, mKr is -pa ou enz im as . M as

o p rocesso de frans fo rm acao nao 8 s im p le s , envo lvendo a in teracao

eo func ionam e nto ha rm on io so do Bad -kan da m is tu ra , do mKr is -pa

d iges tivo e do r Lung que acom p anha 0 fogo c lqesnvo nas tre sporcoes d o e s to rn a qo ,

A s subs tanc ias u tilizadas com o a lim en to sao bas icam en te

com pos tas pe lo s c inco e lem en to s e , du ran te a d iqes tao ,

34

Page 42: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 42/80

pa rticu la rm en te no tra to gas tro -in te s tin a l, so frem a in flu enc ia das

va rla s e nz im a s. A o a lca nca r in ic ia lm e nte a p orca o d o e sto rn aq o o nd e

a tua Bad -kan , 0 a lim en to reage com os agen te s des te "hum or"

(Nepa ) que 0 decom p6em em pa rtfcu la s s6 lid a s , m is tu rando -o

com p le tam en te com a pa rte Ifq u ida . A s pa rtfcu la s de a lim en to

adap tam -se g radua l m en te as condcoes da req iao e adqu irem

ca ra cte rfs tica s s em e lh an te s a s d e Bad -kan . Ass im , 0 b o lo a lim e n ta r

adqu ire um sabo r doce e ou tra s qua lid ades trans it6 ria s de Bad -kan

ta is com o peso , o leo s idade e ass im po r d ian te . A s ca ra c te rfs tica s do

bo lo tran s fo rm am -se sob a acao do mKr is -pa d ig e stiv o, o u e nz im a s ,

cu jo ca lo r fu nde as pa rte s s61 idas e IIq u idas o rig in ando u 'a m assacom ca ra c te rfs ticas que co rre sp ondem aque la req iao .

o m etabo lism o oco rre p rin c ip a lm en te no m e io do es tom aqo e os

fa t o re s re sponsave is po r e ssas a tiv id ades no o rg an ism o sao as

enz im as d ig es tivas ou mK r is -p a 'J u-B y ed . In ic ia da a c iqes tao

g as tro -in te stin al p e la s e nz im a s , o co rre a esfmuacao d e o utro s tip os

se cun ca rloe d e mKr is -pa d ig es tiv o, ta is c om o a qu ele s re la cio na do s

com cada um dos c in co p rin c ip a is e lem en to s que com p6em 0 bo lo

a lim en ta r. A s enz im as lo ca liz adas no tra to gas tro - in te s tin a l, n o

ffg ado e no tec ido ce lu la r sao a tivadas .

D eve se r m enc ionado aqu i que , a le rn de de te rm ina r a d ig es tao

cor re ta , 0 ca lo r ou mKr is -pa d igest ivo e um ins trum en to de

rnanu tencao da sauce ge ra l. P ortan to , a ssegu ra r-se de que 0 ca lo r

d ig e s tivo es ta em equ illb r io e v ita l, o u se ja , nao se ap resen ta

d efic ie n te o u e xc es siv o .

O s m ed icos recom endam , trad ic io na lm en te , a in g es tao d ia r ia de

c in co p flu la s de P un ica g rana tum (L inn .) , em pa rticu la r nas reg i6es

fr ia s , d u ra n te 0 in ve rno , pa ra que 0 ca lo r d ig es tivo se ja re ativ ad o,

poss ib ilita ndo um a d iqes tao adequada , p re ven indo 0

desenvo lv im en to de qua isque r doencas . A s enz im as secunda ria srea liz am a frans to rm a cao m e tab61 ica nas reg i6es ln te rm e dia r la s do

es tomaqo .

A m assa de pa rtfcu la s a lim en ta re s e im pu ls io nada pa ra a te rce ira

req lao do es to rnaqo , onde e rea liz ado 0 p rin c ipa l p ro cesso de

35

Page 43: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 43/80

sepa racao do qu im o em porcao nu tric iona l e res idua l. O s res iduos

de rivados da trans to rrnacao nas req loes do es tom aqo sao levados

a te 0 in tes tine de lg ado . C aso 0 p rocesso d ig es tivo se ja b loque ado

ou ha ja um a d isnncao do ca lo r d iqesnvo (mKr is -pa ) na reg iao do

es to rnaqo, 0 a lim en to pode p rossegu ir pe lo tra to gas tro -in tes tina l

nao d ige rido , resu ltando em obstrucao do tra je to . C aso 0 ca lo r ou

mKr is - pa d iges tiv~ ap resen te -se fraco ou d im inu ido , a ind igestao

se ra acom panhada pe la d is tencao do es to rnaqo e pe lo

apa rec im en to de ou tros ds to rb los qasm cos.

Ap6s a d iqes tao , 0 a lim en to assum e duas fo rm as bas icas que

podem ser cham adas de nu trien tes e nao -nu trien tes . E s ta d iv isaodo qu im o e conduz ida pe lo r Lung que acom panha 0 fogo

(Me -mNyam ) , na reg iao in fe rio r do es tom aqo , pa ra que oco rra ,

pos te rio rm en te , no in tes tino de lgado , asepa racao dos res iduos nao -

nu trien tes em porcoes s61 idas e Iiqu idas . 0 m ate ria l res idua l s61 ido

e conduz ido ao in tes tino g rosse e depo is ao re te onde constitu i 0

bo lo feca l. O s Iiqu idos nao -nu lr lem es sao conduz idos pa ra a bexiga

e e lim inados com o urina .

O s nu trien tes que fo ram sepa rados na req iao in fe rio r do es to rnaqo

passam a se r g radua l m en te abso rv idos pe las celuas const i tu intes

a travessando , fina lm en te , os nove cana is em c irecao ao figado . 0

p rocesso pe lo qua l a essenc ia nu tric iona l dos a lim en tos se

trans fo rm a nos dem ais cons titu in tes fis icos e um proced im en to

com p lexo que envo lve nao apenas os mKr is - pa digest ivosseccnosnos (ou se ja , as enz im as espec ificas pa ra cada ca tego ria

dos cons titu in tes fis icos ) , m as ta rnbe rn um a rep rocucao m eno r dos

nu trien tes sob a acao de rL un g, m K r is -p a e 8ad -k an de m ane ira

sem e lhan te as suas acoes sob re 0 bo lo a lim en ta r nas d ife ren tes

req ioes do es tom aqo . D esta fo rm a , 0 p rocesso m etab61 ico do

o rgan ism o con tinua incessan tem en te e 0 con tinuo desgas te dos

co ns titu in te s fis ico s e re ab as te cid o p or n utrie nte s.

E nquan to os res iduos es tao sendo p repa rados pa ra a e lrn inacao ,

os nu trien tes sao conduz idos pa ra 0 figado onde 0 8ad - kan da

mistura, 0 mKr is - pa d iges tiv~ e 0 r Lung que acom panha 0 fogo

36

Page 44: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 44/80

es tim u lam es tas suos tanc las pa ra a producao de sangue . D o figado ,

os nu trien tes do sangue sao d is tr ibu idos pa ra as va ria s reg i6es do

o rg an ism o sen do novam en te es tim u lados e trans fo rm ados em carne

p elo s tre s "h um o re s" m e te bo lico s.

A e ssen cia n utric ion al d a ca rne e tra ns fe rida pa ra os s ltio s p ro prlos

da go rdu ra onde sao trans fo rm ados em tec ido ad iposo pe lo s

"hum ores" m e tabo licos . O s nu trien te s da go rdu ra sao d is tr ibu idos

pa ra as reg i6es p rop rla s dos ossos onde sao p roduz idos os tec idos

osseos com 0 auxilio dos "hum ores" ja c itados . D e m ane ira

sem e lhan te , os nu trien te s dos ossos sao trans fe ridos pa ra a req iao

da m edu la ossea , onde es t a e p rod uz id a e fin al m e nte os n utrien te sda m edu la sao trans fe ridos pa ra a reg iao responsave l pe la

fe rtilid ade , onde sao es tim u lados pe los tre s "hum ores" pa ra

produz i rem 0 sem en ou 0 ove lo .

Cons i de rando 0 m ate ria l re s idua l de cada um dos se te

cons titu in te s tls icos , oco rre um processo sem e lhan te de

trans fo rm acao e p roducao em va rie s s ftio s do o rgan ism o , sob a acao

de m K ris -p a , rL ung e B ad -kan rn eta bo lic os . A ss im , a s s ub sta nc ia s

re sid ua is p ro ve nie nte s d o es to rnaqo nu trem as reg i6es de Bad -kan ,

enquan to os res iduos do sangue p roduzem b ile e os da ca rne

p roduzem as secrecoes do ouv ido . B as icam en te , os res iduos

p roduz idos jun tam en te com os nu trien tes , a judam a fo rnece r

sus ten tacao , rnane tencao e ha rm on ia as excrecoes com o 0 suo r, as

fe zes e a u rina , aos "hum ores" rL ung , m K ris -p a e Bad -kan , assecre6es dos ouv idos , dos o lhos , do na riz , da boca , dos fo licu lo s

p ilo sos , dos o rqaos gen ita is e tam oem aos cabe lo s , a ba rba , as

unhas e ass im por d ian te . 0 p rocesso de nu trigao e de rnanu tencao

d o o rg an ism o e nvo lve b as icam en te tre s p ro ce sso s: a fra ns fo rrn ac ao ,

a uansrnssao o u fra ns te re nc la e a se le tiv id ad e.

C omo me nc io na do a nte rio rm e nte , 0 p rim e iro p rocesso envo lve a

frans to rm acao e a p rocucao dos se te cons titu in te s fis icos com - 0

a ux flio d os tre s "h um o re s" rn eta bo lico s.

o p rocesso de uansrn issao tam bem ja fo i m enc ionado . P orcoes

de a lim en tos d ig e ridos sao trans fe ridos pa ra os s itios p rop rio s do

37

Page 45: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 45/80

sangue onde a essenc la nu tric iona l e u tilizada pa ra sua nu tr icao . A

o o r e a o rem a nescen te do p rodu to d ige rido e transp ortado p ara 0 sftio

do sangue onde passa po r um processo de trans to rm acao

adqu irindo suas ca rac te rfs ticas m te rm edanas com o odo r, co lo racao

e ou tras . U ma a tiv idade de frsnsm issao sem elhan te e ap l cave l aoso utro s c on stitu in te s ffs ic os .

Bas i camen te , 0 p ro du to d a d ig es ta o ch eg a a os va rie s co ns titu in te s

ffs icos a t raves de d ife ren tes cana is e os nu tre . A po rcao destinada

a p rove r a num cao pa ra de te rm inada a rea , nao en tra em con ta to

com ou tros cons titu in tes ffs icos . C ada um possu i 0 cana l

espec ificam en te des ignado pa ra a crcuacao de suas fon tes deenerg ia .

A essenc ia dos se te cons titu in tes ffs icos e 0 sem en ou o ovuo 'pu ros , lo ca lizada no co racao , sendo que sua po tenc ia e suas

capac idades es tao espa lhadas po r todas as reg ioes do co rpo : 0

tem po de v ida , a conp le icao e a saude gera l sao em g rande pa rte

de te rm inados pe las essenc ias nu tric iona is m ais pu ras (sem en e

ovule) .

G era lm en te , um cic io d iges tiv~ com p le to , ou se ja , 0 t empo

n ec es sa rio p ara 0 a lim e n to in ge rid o p ro du zir 0 sem en e 0 ovu lo e de

se is d ias com p le tos . P o rem dependendo do tipo de a lim en to , 0

p rocesso de d iges tao pode se r m ais ou m enos longo .

* (N .T .) N a m ed ic ina tibe tana , sem en e ovu le re fe rem -se ao m ate ria l

regene ra tivo do hom em e da m u lhe r. C ada um dos cons titu in tes e

um a ve rsao m a is re finada da essenc ia do cons titu in te que a p recede

e no fina l da sequenc ia es ta 0 m a te ria l re gene ra tivo .

38

Page 46: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 46/80

AS P LAN TAS M ED IC IN A lS T IB E TANAS E SUA RELA 9A o

COM A QU iM IC A MODERNA

P or K e ls an g R ap te n

ln tro du cao - A irn po rta nc ia da s d rog a s de rivada s de p la n ta s na

m ed ic ina m ode rna e fre ql.ie nte m en te su be stim a da . E n tre ta nto

m u ita s da s an tig a s cu ltu ra s conhecem a im po rta n c ia de s te s

m ed icam en to s e tem ap lica do seu conhec im en to ha se cu lo s no

tra tam e n to d e p ac ie n te s, d es en vo lv en do a fa rm a c o lo g ia d as p la n ta s.

A m e d ic in a tib eta na e um a c i enca fu ndada ha m ais de 2500 anos ,

n a qua l 0 uso de d rog a s de rivada s de p la n tas e um a im po rta n te

te ra p ia m ed icam en to sa e e um a p ra tic a a ce ita no rm a l m en te .

C om pos to s u te is com o a P un ica g rana tum (L in n .) , a G lycy rrh iza

g la bra (L in n.) , a A dh ato da va sica (N e es . e E be rn .) , a A re ca ca te ch u,

a am bro s ia e m uita s ou tra s ap re sen tam um a g rande va rie dade de

a tiv id ade s fa rm aco l6g ica s . D e fa to um a pesqu isa re cen tedem ons tro u que 47% de ap ro x im adam en te um b ilh ao e c in quen ta

m ilh 6e s das p re sc rico e s nova s ou a lte ra da s ana lisa da s con tin ham

um ou m a is in g red ie n te s a tiv o s de um a d rog a de o r ig em na tu ra l.

A filo so fia m ed ica tib e ta na ac red ita ba s icam en te que to do s o s

in g red ie n te s po ssuem um pode r cu ra tiv o em po ten c ia l. A pe squ isa

sob re a s a tiv id ades b io l6 g ica s e o s cons titu in te s qu fm ico s de ta is

p la n ta s podem to rna -Ia s u te is , n a fo rm a de novos agen te s

te ra peu tico s , n o va s fo n te s e cono rn ica s de m ate ria is ou com o

p re cu rso ra s p ara a s fn te se d e co m ple xa s su os ta nc ia s q ufm ica s.

ln terpretaeao da B io lo g ia e da A~ a o d as D ro gas na M ed ic ina

T ibe tana - 0 u so d e m e d ica m e nto s d eriva do s d e p la nta s, m in era is ,

sa is e de ex tra to s an im a is con s titu i a ba se da fa rm acognos ia

tib e ta na . N a ve rdade , o s e s tu dan te s de m ed ic in a ded icam um ag rande pa rte do tem po es tu dando as qua lid ade s e as

po te n c ia lid ade s des te s m ed icam en to s . A cada quad rim es tre ,

e x ig e -se que a c la sse de es tu dan te s pa rtic ip e de v ia g ens e

39

Page 47: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 47/80

pesqu isa s de cam po , nas qua is devem ded ica r-se exc lu s ivam en te

ao es tudo dos rne todos de co le ta , l cen t t f l cacao , i so lamen to ,

preservacao e in te ra9ao am b ien ta l da s p lan ta s .

T e oria e P rin c ip io s d a Med ic in a T ib e ta n a- Os c in co e le m e nto s

- t e r r a , a q u a fo g o , a r e espaco - agem com o base m a te ria l p a ra todos

os teno rnenos an im ados e inan im ados . N o o rg an ism o hum ane e

an im a l, e s te s c inco e lem e nto s m a nife s tam -se b io lo g icam e nte com oI

os ires "hum o res", ou se ja , rL ung , m K ris -p a e B ad -kan . Quando

es tao em es tado de equ lllb r io , hom eos ta se , 0 o rg an ism o pode se r

cons ide rado saudave l, enquan to que um desequ ilfb r io en tre os tre s

re su lta r ia em um o rgan ism o doen te . A de te rm inacao tib e tana g loba lsob re a na tu re za da a tiv id ade b io l6g ica d iz re spe ito ao equ ilib rio . 0

ob je tivo e m ais p re c isam en te a lcanca r e m an te r a es tab ilid ade ou

hom e os tase en tre os teno rnenos m a cro e m ic ro sc6p icos .

Qu im ica Bas i ca dos E lem en to s e suas Funq6es - C ada um

dos c in co e lem en to s e com pos to de num e rosos a to rnos e sao

c la ss ificados com base na p redo rn lnanc la de um a de te rm inada

ca tega ria a to rn ica P ar exem p lo , u 'a m assa de e lem en to s te rra te ra

um a p redom ina r c i a d e u n id ad es a t omeas co r responden tes a terra.

A s funcoes bas ica s dos c inco e lem en to s sao as segu in tes :

1 - T e rra : a tua com o base ou supo rte

2 - A gua : agen te re sponsave l pe la conexao

3 - F ogo : re la c ionado com a rna tu ra cao

4 - A r: c re sc im en to e desenvo lv im en to

5 - E spaco : poss ib ilita a s a tiv id ades e os m ov im en to s b io l6g ico s .

A s A tiv id ad es F is io lo g icas V is tas p ela M ed ic in a T ib eta na -

Todas as a tiv id ades fis io l6g ica s sao gove rnadas pa r a coes da

m en te . E sta e co ns id era da s up erio r a m ate ria e as acoes sao

p ra ticadas com o consequenc ia de a titu des m en ta is . P or e xem p lo ,

um a acao nega tiva e com etid a , causada pa r um es tado nega tivo da

m e n te le va nd o a consequenc ia s e exp erien c ia s ta rroem neg ativa s .

A ss im todas as pa to lo g ia s sao enca radas com o po r t ado r a s de

40

Page 48: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 48/80

fa to res causa is e cond ic iona is re lac ionados . A s causas das doencas

sao de do is tipos : d is tan tes e p rox im as : as p rim e iras podem ser

ge ra is e espec ificas . A causa ge ra l de todo d isn rb io e a iqno ranc ia ,

ou se ja , a ausenc ia do conhec im en to e a inco rre ta com preensao da

na tu reza das pessoas e dos tenornenos. A igno ranc ia conduz 0

o rg an ism o a a tiv id ades que g era m deseq uil fbr los n o s tre s "h umo re s",

conhec idos lite ra l m en te com o as tres "fa lhas" ou venenos ("dosha "

em sanscrito : "nyepa" em tibe tano ).

A s causas d is tan tes espec fficas das doen c a s sao acoes

re la c ionadas ao dese jo , as qua is ge ram um aum en to de r Lung ; as

acoes re lac ionad as ao o c o , que ge ram um aum en to de mKr is -pa eas acoes re la tivas ao obscu rec im en to da m en te ou es tuo idez ,

aumen tando Bad -kan .

As causas p rox irnas do c is tu rb io sao os tres "hum ores quando

con flitan tes e em desequ ilfb rio dev ido ao dese jo , ao 6d io e ae stu pid ez , o s q ua is por sua vez tem sua ra iz na causa ge ra l, au se ja ,

a ig no ran cia .O s fa to res cond ic iona is , is to e , os agen tes causado res do

d es eq uilfb rio d os ires "hum ores" sao p rin c ipa lm en te de qua tro tipos :

- fa to res re lac ionados com a es tacao do ana

- pad roes d ie te tcos

- pad roes com portam en ta is

- a s cond icoes da m en te

P o r e xemp lo , 0 fr io do inve rno p rovoca um a e levacao de Bad -kan

que se m an ifes ta na p rim ave ra , es tacao de a tiv idades

"descange lan tes" .

A s d ie ta s sao c la ss ificad as c o m o aspe ras , leves , fr ia s, pesad as ,

e tc . P o r exem p lo , a lim en tos aspe ros , leves e frio s p roduzemd is tu rb lo s d e r Lung e a lim en tos pesados e frios p roduzem cisn irb ios

de Ba d - k a n

O s pad roes com portam en ta is tam bem afe tam as a tiv idades

ps icc -ta io loq icas do co rpo . P o r exem p lo , a fom e , a inson ia , 0

41

Page 49: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 49/80

ressen t imento , 0 excesso de a tiv idades m en ta is e ve rba is , e tc .

resu ltam em um aum en to de r Lung ac im a do n lve l necessa rio ao

o rgan i smo .

A m ed ic ina p reven tiva , po rtan to , nao es t a com p rom e tida apena scom a d ie ta e pad roes com po rtam en ta is ap rop riados , ritm os

am b ien te is e sazona is , com a rned icacao adequada e ass im por

d ian te , m as ta rnbe rn com 0 bem -es ta r e con tro le m en ta is . 0 es tado

da m en te possu i um a na tu reza dua lis tica em po tenc ia l - pode

a lte ra r e contro la r 0 e qu ilib rio p sic o-fis io l6 gic o e g e ra r d e se qu ilfb rio s.

O s textos m ed icos tibe tanos m enc ionam 84 . 000 tipos de

en fe rm idades , reun idas em 4 0 4 d o e n ca s , as qua is sao

pos te rio rm en te condensadas em tres "hum ores" ou venenos . E stes

"hum ores" podem se r c lass ificados em quen tes e frios . O s c in co tipos

p rin cip ais d e r Lung sao :

- rL ung descendente (Thur-Sel )

- rL ung ascendente (Gyen- rGyu )

- rLung q ue tu do in filtra (Khyab-Byed)

- rLung d ig es tivo ou que acom panha 0 fogo (Me -mNyam)

- rL ung da sus ten tacao da v ida (Srog- 'dz in)

O s c inco tipos p rin c ipa is de mKr is -pa sao :

- m K ris -pa d ig es tivo ( 'Ju -Byed)

- m K ris -pa da cornple icao (mDog-gSa l )

- m K ris -pa da real izacao ( sGrub-Byed)

-:- mK r is -p a da v isao (mThong -Byed )

- m K ris -pa trans fo rm ador da co r (mDangs-sGyur )

Os C in co tip os p rin cip ais -d e Ba_d-kansao :

- B ad -kan sus ten tador ( rTen-Byed)

- B a d -kan d a m is tu ra (Myag-Byed)

- B ad -kan d a e xp en e nc la (Myong -Byed )

42

Page 50: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 50/80

- B ad -kan d a s a ts ta ca o (Ts im-Byed )

- B ad -kan da conexao ( 'Byor -Byed)

E s te s qu inze tip os de "hum ores" es tao p re sen tes em todas as

c ria tu ra s , sendo os responsave ls po r todas as fungoes e a tiv idades

b io l6 g ic as d o o rg an ismo .

M ecan ism o de A~ a o das D rogas - A uli l izacao e a na tu reza de

um a d roga sao de te rm inadas pe lo sabo r e pe la po tenc ia 0 p rim eiro

e de te rm inado pe lo pode r e pe la s qua lid ades dos cons titu in tes

qu fm icos da p lan ta . A s o ito ca ra c te rfs ticas ou po tenc ias de um a

d rog a sao : p esada , o leosa , fre sca , g rosse ira , le ve , a sp era , quen te e

pungen te .

A s qua tro p rim e ira s ca ra c te r is tica s sao u tilizadas pa ra tra ta r o s

c ls fu rb io s d e rL ung e m K ris -pa e a s o utra s q ua tro p ote nc ia lid ad es ,

p ara tra ta r o s d es eq uil fb rio s d e Bad -kan .

Es tas olio po tenc ia lid ades ou ca ra c te rfs ticas possuem um pape l

im po rtan te na na tu reza do equ ilfb rio ou na neu tra llz acao ou

des in tox ica cao dos ing red ien tes que compoern o s me d ic ame n to s.

P o r e xem p lo , p ato lo gia s com ca ra cte rfs tica s le ve s, a sp era s e fre sc as

sao neu tra lizadas e e lim inadas po r d rogas com qua lid ades pesadas ,

o le os as , fres ca s e p un gen te s.

A essenc ia de todas as qua lid ades e po tenc ia lidades sao os

pode re s quen te e frio . A s o ito po tenc ia lid ades cons is tem de

dezesse te qua lidades , c la ss ificadas de aco rdo com asc ara cte rfs tic as e fu ng o es q ua lita tiv as e q ua ntita tiv as .

Un idades erbnrar tas (d e 1 a 10) s ao d ete rm in ad as p ara e sp ec ifica r

a p reco rn inanc ia das qua lid ades e quan tid ades dos com ponen te s

das d rogas . O s c inco e lem en tos bas lco s que co rnpoe rn um a

m o lecu le sao os a tom os co rre sp onden te s a terra, a aqua , ao fogo ,

ao a r e ao espaco . A co rnb inacao des te s a tom os o rig inam 0 r ume r ode m o lecu le s que transm item a d ro ga su as d ife ren te s q ua lid ad es .

A s rno lecu la s do e lem en to te rra possuem ca rac te rfs tica s pesadas ,

pene tran te s , suaves , o leo sas e secas . M o le cu las do e lem en to aqua

sao u rn idas , ade ren te s , fre scas , pesadas , pene tran te s e m o les . 0

43

Page 51: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 51/80

fogo e pungen te , pene tran te , seco , aspe ro , leve , o leoso e m 6ve l. 0

a r e leve , m 6ve l, frio , aspe ro , pa lido e seco .

O s se is sabo res p rin c ipa is sao : doce , azedo , sa lgado , am argo ,

p ican te e ads tringen te . O s sabo res sa lgado , azedo e doce possuem

un idades pesadas . O s sabo res p ican te , azedo e ads tringen te sao

secos . O s sabo res ads tringen te , am argo e doce possuem un idades

frescas . Ta is qua lidades es tao resum idas no quad ro 1 .

E m uito im portan te obse rva r a re lacao en tre as un idades

qua lita tivas dos sabo res nes te quad ro . 0 sabo r azedo possu i m enos

un idades pesadas do que 0 doce . 0 sabo r sa lgado possu i tan tas

un idades lub rifican tes quan to 0 azedo . A na lisando 0 quadro ,pode -se obse rva r as d ife ren tes va riave is e ob te r in fo rrnacoes

ad ic iona is cons ide rando -se as qua lidades das d rog as .

M e c a n is m o d e A~aod a s D r o g a s n o C o m b a t e a s Doen~as-o uso te rapeu tco das d rogas depende m uito das ca rac te ris ticas das

en fe rm idades . B as icam en te , sao v in te as ca rac te ris ticas

pa to l6g icas, re lac ionadas no quad ro 2 , jun tam en te com a na tu reza

antaoonca das dezesse te qua lidades dos m e dicam e ntos .

C om base em um a com p ie ta com preensao do m ecan ism o do

quad ro 2 , e poss ive l a p repa racao de d ife ren tes com pos tos

m ed icam en tosos capazes de tra ta r e fe tivam en te as en fe rm idades .

E s tao re lac ionadas a lgum as d ife ren tes p repa racoes de d rogas

ind icadas no tra tam e nto das doencas que Ihes sao co rresponden tes .

M u ltip las co rnb ina co es de ing red ien tes sao u tilizadas no tra tam en to

de d is tu rb ios m uh ip los havendo a poss ib ilidade de duas ou a te se is

c omb in ac ;6 es d o in gre die nte p rin cip al.

Corno lnacac

1 - D up la

2 - T rip la

3 -O ua cru pla

C ompo sto P rin cip al Secu rda r l os

Doce Azedo

Doce Azedo - sa l qado

Doce Azeco - sa l qado - ama rqo

44

Page 52: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 52/80

I n d i c a c a o :

1 - P ara o ls iu rb los tr ip los

2 - P ara d is tu rb ios trip los com predo rn lnanc la de 8ad -kan e

mKr i s - pa

3 - Pa ra ds fu rb ios tr ip lo s com p r edom i nance de r lung

Uso d as D ro gas -C om todas as in to rrnacoes bas icas

esbocadas , pode-se ago ra ap lica r 0 p rinc ip io da u lilizacao das

d rogas , equ ilib rando suas qua lidades e po tenc ia lidades com asc ara cte rfs tic as d os d ls te rb lo s,

P un ica g rana tum (rom aze ira ) com binada com ou tras d rogas es ta

ind icada no tra tam en to da m aio ria dos d is lu rb ios a bdom in ais sen do

m a is e ficaz na recupe racao da ene rg ia d iges tiva e u tilizada

bas icam en te no tra tam en to de c is tu rb ios frio s de 8ad - k an .

c ompo s l c a o e Uso s da P un ica g ran a tum - P redom inam ossabo res azedo e doce , consequen te rnen te , sua com pos lcao ffs ica ete rra e a q u a Quan to ao sabo r doce , sua com pos icao qua lita tiva e :

pesada , g rossa , fresca , u rn ida , es tave l, o leosa , m ac ia e suave . A

c orn po sic ao q ua ntita tiva e : 10 un idades pesadas , 7 un idades

g rossas , 5 un idades frescas, 5 un idades urn ldas , 5 un idades

estave ls , 4 un idades o leosas , 3 un idades m ac ias e 1 un idade suave

(V e r e sq uema ).

6 un . pes a d as de te rra + 4 un . pesadas de aqua = 1 0 u nid ad es

pesadas

4 un . g rossas de te rra + 3 un . g rossas de agua = 7 un idades g rossas

nenhum a corm os icao + 5 un . frescas de aqua = 5 u nida des fre scas

1 un . seca de te rra - 6 un . um cas de aqua = 5 un idades u rn ldas5 un . es tave ls de te rra + n en huma c orn po sic ao = 5 u nid ad es e sta ve is

2 un . o leosas de te rra + 2 un . o leosas de aqua = 4 un idades o leosas

3 un . m ac ias de te rra + nenhum a com pos icao = 3 un idades m acias

nenhum a com pos icao + 1 un . suave de agua = 1 un idade suave

A'"

Page 53: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 53/80

QUADRO 1

DaCE AZEDO SALGADO AM ARGO QUENTE ADSTR I NGENTE

1 Pe sada 10 Quen te 7 Oleosa 4 Fresca 9 Le v e 9 Fresca 4

2 Grossa 7 Se ca 6 Aspe ra 4 Urn ida 5 Aspe ra 7 Grossa 4

3 Fresca 5 Oleosa 4 Pungen te 3 Grossa 3 Se ca 6 Se ca 2

4 Urn ica 5 Compa c t a 4 Quen te 2 Aspe ra 3 M6ve l 6

5 Compa c t a 5 Pe sada 3 Pe sada 1 Leve 2 Pungen te 6

6 Oleosa 4 Pungen te 2 Se ca 1 Sua ve 1 Quen te 3

7 Mac ia 3 Aspe ra 1 Sua ve 1 M6ve l 5

8 Sua ve 1 M6ve l 1

QUA DRO 1: QUA LID AD ES D AS D RO GA S

( D oc e = T err a + A gua ; A zed o = F og o + T erra ; S alg ad o = F og o + A gu a; A m arg o= A gu a + A r; Q ue nte = F og o + A r e

A d str in ge nte = T erra + Ar . )

Page 54: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 54/80

,

QUAD RO 2: D ROGA S X D IS TU RB IO S

1 2 3 4 5

DROGA m acia pesada m o rna o leosa es tave l

DISTURB IO aspero le ve frio su til rnove l

duro

,6 7 8 9 10 1 1

fria grossa fre sca suave um ida seca

o leoso pene tran te quen te leve - purgat ivo

umido

1 2 1 3 1 4 1 5 1 6 1 7

pa lida quen te le ve pene tran te aspe ra rnove l

o leoso fre sco pesado grosso mac io es tave l

aderente

47

Page 55: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 55/80

A reacao pos itiva ( + ) oco rre quando os e lem en to s reagen tes

p ossue m qua lida de s s em e lha ntes . A reacao n eg ativ a (-) q ue e nv olv e

um p rocesso de e llrn ina cao oco rre quando os e lem en to s reagen tes

possuem qua lidades opos tas . P or exem p lo , um a das se is un idades

u rr id as de agua neu tra liz a a un idade seca de te rra , resu lta ndo em

c inco un idades u rn ida s . U m ou tro exem p lo : com o a te rra nao con tem

nenhum a un idade fre sca , a s c inco un idades fre scas de aqua

o rig in ais s ao ma n tid as .

A Pun ica g rana tum age na r e s t a u r a c a o do ca lo r d iqe s tivo sendo

u tiliz ad a e xte ns iv am e nte com o d ro ga p re ve ntiv a. Um a m te rp re te ra o

supe rfic ia l p ode se r dada ana lisando -se a es tru tu ra do es to rnaqo eseu func ionam en to . 0 6 rgao e d iv id id o em qua tro com pa rtim en tos ,

dependendo do lo ca l de a c a o d os "h umo re s".

1 . 8ad -kan d a m is tu ra (te rra + aqua )

2 . mKr is - pa d iq es fiv o (fo go )

3 . r Lung q ue a com pa nh a 0 fo go (a r)

4 . com p artim e nto va zio (esp aco )

G e ra lm en te , a ind ig es tao es ta p re sen te em todos os c is to rb ios ,

cau sad a p ela d im ln uica o d o ca lo r d ig es tiv ~, sen do m u ito im p orta nte

m an te r um a co rre ta re lacao de ln te ra cao e funcao en tre os qua tro

com pa rtim en to s do es to rnaqo . A P un ica g rana tum possu i um pode r

quen te e quando adm in is tra da p rom ove reqene racao de r Lung

p roduz indo um a trito que aquece 0 mKr is - pa d iges tiv~ . 0 ca lo r

d ig es tiv~ , po r sua vez , a tiva 0 8ad -kan da m is tu ra assegu rando a

oco rrenc ia de a tiv idades b io l6g icas saudave is no o rg an ism o. U m

aum en to do mKr is - pa d ig e stiv o a tiv a 0 8ad -kan da m is tu ra que e

regu lado pe la d ispon ib ilid ade de espaco .e pe lo r Lung que

acompanha 0 fo go . M ais ad ian te no p rocesso d iqesnvo , a m ate ria

in ge rida ad qu ire u nid ad es esp ec ffica s qu e a gem com o su plem e nto sn u tr ic io n ais o u med ic in ais .

compos l c ao e Ap licaq6es da A reca ca techu - O u tra p lan ta

m ed lc ina le a A reca ca techu ou noz de be te le . E la possu i um sabe r

a ds trin ge nte , s ua com p os ic ao ffs ica e a r e te rra . E qua l i ta t ivamente

4 8

Page 56: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 56/80

· fr ia , g rossa e seca e q uan tita tiva m en te po ssu i q ua tro u nida des fr ia s,

q ua tro un id ades g rossa s e duas un idades se ca s .

4 un . fr ia s de a r + 2 un . de te rra = 4 u nid ad es fr ia s

2 un . d e a r + 4 un . g ro ssa s de te rra = 4 u nid ad es g ro ssa s

1 un . seca de a r + 1 un . se ca de te rra = 2 un idades se cas

A A reca ca te chu e u tiliz ada em co rnb ina cao com ou tras d rog a s

com o agen te c ica tr iz an te do sangue e da lin fa , po is em sua

co m pos ica o qu alita tiva p re do m ina m un id ade s fr ia s e se ca s. A A re ca

ca te chu e um agen te com pos to que age sob re 0 s is tem a n erv os o.

At iv idade Ou lm l ca da Pun ica g rana tum e A reca ca techu - 0

a rbu s to da P un ica g rana tum , conhec ido desde tem pos an tig o s ,

po ssu i d e do is a c in co m etro s de a ltu ra e e la rg am e n te cu ltiv ad o n o

no rte da A frica e nas req ioe s do H im ala ia . A ca sca da ra iz con te rn

qua tro a lca l6 id es d ife ren te s : C 9H 1S 0N , (p seudo pe lle tle r ine ):

C aH 1s0N , (p e lle tie r in e ); C aH 1s0N , ( is ope lle tie r ine ) e C 9H 170N ,

(me t il- pe lle tie r ine ) .

A e s tru tu ra m ic ro sc6p ica da ca sca fo i e s tu dada po r G riffith s e a

d ls tr ib u lcao dos a lca l6 id es nas va ria s req io e s da p la n ta fo i

pe squ isada po r C haze . H ess ob te ve , p a r qu ilo g ram a de casca ,

0 ,52g . d e pe lle tie r in e ; 1 ,8 g . d e pseudope lle tie r ine : 0 ,2g . de

m etil- is ope lle tie r ine e 0 ,01 g . d e isope lle tie r in e . 0 con te udo de

a lca l6 id es va ria de 0 ,5 a 0 ,7% . G oodson descob riu que 50% do to ta ld os a lca l6 id es d es ta s su bs ta nc ia s e ra p elle tie rin e, d e u so m e d ic in al.

- 0 p rln e ip lo a tiv o : O s a lca l6 ide s m ais a tivo s do s de rivado s de

p ip e rid in a sao I-p e lle tie r in e ed -I p e lle tie r ine . O utro de rivado eI- tro p inone , conhec ido com o pseudope lle tie r ine . 0 C aH 1s0N

(pe lle tie r ine ) e x is te na s fo rm as a lca lin as dex tr6g ira e le v6g ira , e

in co lo r, com peso m o lecu la r d e 106 e souve l em e te r ou c lo ro f6 rm io .

o d -I p e lle tie r in e dex tr6g iro e le v6g iro pode se r ob tido pe la

.'de rn en la cao do m e til- is ope lle tie r ine sendo conve rs fve l em ou tra

r n e n l a c a o .

49

Page 57: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 57/80

Metil isope lle tie rine Isope lle tie rine

o C 9H 150N ( P seudo p elle tie rin e ) ou N -M e tilg rana to lin e e 0 ma i s

conhec ido dos a lca l6 id e s da P un ica g rana tum . E um a base fo rte e

lib era s a is b em c ris ta liz ad os .

- C ons fiiu icao : 0 pseudo pe lle tie r in e com po rta -se com o um a

base te rc ia ria , fo rm a um a ox im a e na reducao conve rte -se em a lcoo l

se cunoa rlo , C 5H 170N (N -M e tilg rana to lin e ) , q ue no pe tr61eo

in candescen te c ris ta liz a -se em fo rm a de agu lhas de lg adas com

pon to de fu sao 100 e pon to de ebu icao 251 .

E le tam be rn fo rm a um de rivado de benzeno e quando aquec ido

co m HC llib era C 9 H 16N I (N -M e tilg ra na til io did o). O u tro a qu ec im e nto

fo rm a C 9 H 15 N in sa tu ra do (N -M e tilg ra na te in in e). E ssa s re aco es sa o

re pre se nta da s c om o :

pe ll e tie r i ne h~ N -M e til g ra na to l

C

I' "H e C C H 2I I /I

H C c-C r t < ,

z <, ......-, /

~( ~ N -M e til g rana te in in e

ijN-C~

C1"1~~ /I~

" C"1

N -M e til g ra na to l io did o

50

Page 58: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 58/80

H a um fn tim o pa ra le lism o suge rin do 0 4 pe lle tie r ine com o um

h o rn o lo q o d a tro p in o na .

- B io ss fn te se do pseudo pe lle tie r ine : A lis in a e a p rin c fp io

desca rbox ila da pa ra cadave rina (1 ,5 d iam inopen tano ), o x id ado ec ic la do p ara /1 ' p ip e rid in a . A adcao do com pos to C 3 fo rm a pseudo

pel ie t ier ine.

Lis inaHC

/ " ,\~2C tHI I

+ \ [ C " ~ J S : H

A cid o N ic oro nic o

l - \ l .

C/ \

~ c. C I - ld ia~ : < . \ \ z ~

ox idase ~2.(, O\~

'tJI

t - \~ - p ip er id in e

- A tiv idade fis io l6g ica da P un ica g rana tum : T odas as pa rte s de

sua a rvo re po ssuem a lgum a a tiv id ade fis io l6g ica . A s ca scas das

ra fzes , d o tro nco e dos ga lh os sao an ti-he lm fn ticas ; a fru ta e rica emtan in os e a gom a e os ex tra to s po ssuem va lo r nu tr ic iona l. Q uando

tran s fo rm ada em p6 , a fru ta e e ficaz nas c ia rre ia s e na en te roco lite

a guda , po ssu i a tiv idade s an tim ic ro b ia na s (1 973 ) sendo ta rnbe rn

in dica da n o tra ta m en to d e h em o rr6 id as .

A A re ca ca techu ou noz de be te le e na tiva da s Ilh as S unda . A s

a rvo res va riam de 30 a 60 pes de a ltu ra e sao cu ltiva da s ta rnbem na

Ind ia e na C h ina , o nde a a reca tr itu rada e u tiliz ada com o

an ti-h e lm fn tico . N a E uropa e u tiliz a da na m ed ic in a ve te r i na r i a O s

p rin cip a is in gre d ie nte s a tiv os s ao ta n6 id es (15 a 2 5% ) e a lc a l6 id e s

(3 0 a 5 0% ) . O s q ua tro a lc al6 id es p rin cip a is s ao a re co lin e, a re ca id in e,

5 1

Page 59: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 59/80

guvaco line e guvac ine , iso lados po r H ess . 0 a lca l6 ide m a is

impor tante e a a reco line , em m eno r p ro po rc ao e sta a guvaco line e

os a rnnoac ldos sao a reca id ine e guvac ine .

~/c~ ~O

U z C C-c\ I \

~C c O - R . t2 . . " /

NI

1 \ . 1

R 1 ~

H H - G uvac ine

4 CH3

- G uvac ine

C H3

4 - A reca id ine

C H3

CH3

- A reco lineI

\

o com pos to C 8H 1302N ( A reco line ) e um 61eo a lca lino , inodo ro ,

com pon to de ebu lig ao 209 , vo la til em vapo r e pode se r extra fdo po r

e te r na p resence de sa is so lven tes . E h id ro lisado po r ac idos pa ra 0

co rresponden te ac ido a reca id ine . A es te r l t l cacac com a lcoo l

me tflic o, p ro du z a re co lin e.

- B ioss fn tese da a reco line : W oh l e Johnson s in te tiza ram 0

a lca l6 ide a reco line da acro le fna (I) que fo i conve rtida em

~-c lo ro -p ropa lde fdo ace ta l (II) e es te condensado com m etilam ine

pa ra ~ -m etil im ino d ip ropa lde fdo te trae tila ce ta l (III) . A reacao com

HC I re su lta em I-me til ~ 3 te tra hid ro pirid in a 3a lde fdo (IV ) e sob a acao

d o tio nilc lo rid e lib era 3 c iano I-m etil ~3 te tra h id rop ir id ine (V ). E s te

co rn po sto , n a h id r6 lise , re su lta n o co rre sp on de nte a cid o ca rb oc fc lico

ou se ja , a reca id ine , que na este rificacao com a lcoo l m etilico p roduz

areco l ine .

(I)

5 2

Page 60: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 60/80

- A 9ao fa rm aco l6g ica dos a lca l6 ides da noz de a reca : A a reco line

possu i p rop riedades a ltam en te t6xicas . A p resen ta um a pode rosaacao estim u lan te e um a p rop riedade p seuco -ana lqes ica A a reco line

e tam be rn reconhec ida em num erosas ta rm acope las con tinen ta is

sendo u tilizada com o s ia lagoga , c la to re tlca , an ti-he lm in tica e

es tim u lan te in te s tin a l.

- E fe itos da acrid ine sob re 0 co racao de an im ais jovens : E s ta

expe rienc la fo i rea lizada na ex-U niao das R epub licas S oc ia lis tas

S ov le flcas , em 1946 , pa ra tes ta r os e fe itos da acrid ine em an im ais .

A subs tanc ia fo i adm in is trada em co racoes iso lados de sapos , ga tos

e caes com ccncem racoes en tre 1 /200 a te 1 /200 .000 . A a tiv idade

ca rd iaca fo i reg is trada no e le troca rd iog ram a . O s resu ltados

m os tra ram que tan to a in tens idade com o a m ed ia das com racoes

ca rd iacas fo ram reduz idas em an im ais de sangue quen te e fr io . D e

fa to , um e fe ito m ais ev iden te fo i obse rvado em an im ais jovens des an gu e q ue nte .

- A a reco line H B r com o an ti-he lm in tica : C on fo rm e tes tes

rea lizados , na p resenca de a reco line H B r os m uscu los re laxam ,

53

Page 61: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 61/80

cessando a con tracao rftm ica no rm al. S ua acao an ti-he lm fn tica

cons is te em p ropo rc iona r um re laxam en to dos rnuscu los dos

cesto ides e em prom ove r um e fe ito pu rg ativo no hospede iro de fo rm a

que os pa ras itas desp rend idos se jam rem ov idos . Q uando

adm in is trada o ra l men te em doses de 1 /32 g ram as po r lib ra (453g )

de peso , a subs tanc ia ap resen ta 95% de e fica c ia na re rnocao do

parasi ta .

C onc lu sao - A fin a lid ade da rea lza cao e ap re sen tacao des te

es tudo e dem ons tra r a poss ib ilid ade de se conduz ir um a pesqu isa

ob je tiva sob re as d rogas de rivadas de p lan tas , sob re as qua is os

an tigo s s is tem as m ed icos , com o 0 tibe tano , re ve lam possu irp o tenc ia l te rapeunco , Um a in ves tiqa cao ad ic iona l sob re es tes

m e dicam e nto s p od e aux ilia r e fo rne ce r m a io r cornpreensao sob re os

agen tes te rapeuncos e s eu s m e ca nism os b lo ss in te tico s.

R e fe re nc ia s -

1 . D onden , Yeshe D r., "T he Am bros ia H ea rt T an tra ", T ibe te , paqs .

8 , 33 a 34 , 38 , 67 e 76 (1976 ).

2 . Lobsang , R ., "T ibe tan M ed ic in e A rtic les ", (1970 )

3 . F o lia P ha rm aco l. Jap . 1943 ,3 9 ,200 Q ufm ica A bs tra ta (1947)

4 . Q uim ica abs tra ta 40 , 4617 e (1946 )

5 . Q uim ica abs tra ta 46 ,4237 (1947 )

6 . Q uim ica abs tra ta 47 , 6631 b . (1947)

7 . H en ry , "The P lan t A lka lo id s ". 9 - 12 , 55 , 62 (1949 )

8 . I.R .C .E .B .A . P aris (19 77 ).

(T raba lho ap resen tado ao Labo ra t c r i o de F ito qu im ica

E xp erim e n ta l D r. E lo y R o drig ue z - U n iv ers id ad e d a C a lifo rn ia , Irv in e,

E .U .A ., em 13 de m argo de 1980 .)

54

Page 62: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 62/80

A A NA LIS E DO PULSO NA

MED IC IN A T IB E TA N A

Pe lo D r. Lo bsang Rabgay

In trodu~ao - A doenca pode se r iden tificada pe los seus s ina is e

s in tom as po is a re lacao en tre am bos pode se r com pa rada ao fogo

e a fu rnaca . O s s in tom as sao resu ltan tes pe toqen icos da doenca

fazendo com que os m elho res m eios de iden tiltcacao e 0 comple to

conhec im en to das ca rac te rfs ticas se jam abso lu tam e nte essenc ia isp ara d iag no stica -Ia com e xa tid ao .

A teo ria do c iaqnos tico , po rtan to , envo lve a re lacao en tre a

s in tom ato log ia , a pa to log ia e a hab ilidade adqu irida a traves do

es tudo dos tex tos m ed icos e da expe rienc la pra t ica

A ap licacao do d laqnos tlco cons is te em duas secoes : tres exam es

e tres rne todos de d iagnostico . O s tres exam es sao : 0 et io loqico, 0pa topen ico e 0 n te r roqa to r l o . Os ires m etodos d iagnos ticos sao : 0

ques tionam en to , a obse rvacao e 0 con ta to . O s tres p rim eiros sao ,

na ve rdade , um a extensao do p rim e iro m etoda d iagnos tico , m as sao

tra tados sep aradam e nte dev ido a sua im po rtanc ia na pesqu isa da

doenga .

Ta l lm po rtanc la - pode se r com ple tam en te cons ide rada . P e lo

exam e e tlo loq ico , ou se ja , a t raves da descobe rta das causas e dos

fa to res responsave ls pe lo c ls tu rbo , ques tionando e exam inando 0

pac ien te , encon tra -se a chave pa ra 0 re co nh ec im e n to d a p ato lo gia .

o conhec im en to da h is to ria da m o les tla poss ib ilita ao m ed ico

con firm a r sua na tu reza . In te rrogando 0 p ac ien te sob re 0 tipo de

reacao a um a de te rm inada d ie ta ou com po rtam en to , po r exem p lo , 0

m ed ico e capaz de p lane ja r 0 cu rso do tra tam en to a se r p resc rito .

o exam e pe lo con ta to - A le itu ra do pu lso e po r s i so um a a rte

que necess ita es tudo teo rico extenso acom panhado po r anos de

tam iiianzacao com as a reas do pu lso . E nvo lve bas icam en te a

55

Page 63: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 63/80

hab ilid ade e a des tre za do m ed ico pa ra que se ja capaz de cap ta r 0

im pu lso transm itido as a rte ria s , pa rticu la rm en te a a rte ria rad ia l,

tra zendo a m ensagem em te rm os de fa t o res e tio l6g icos e

pa to l6g icos . O s im pu lsos dos p rin c ipa is 6 rgaos s61 idos e ocos sao

transm itidos pe lo sangue e pe la co rren te de r L u ng p ara a s a rte rla s,

m ais c la ram en te pa ra a a rte ria rad ia l. E s ta age com o m ensage ira

ent re 0 m ed ico e 0 pac ien te . M as a hab ilid ade de traduz ir ta is

m ensagens , cap tadas pe las po l pas d ig ita is do m ed ico , depende ra

em g rande pa rte da expe rlenc la e do conhec im en to adqu iridos pe lo

me smo .

Fa to r es p r e lim ina r es - G era lm en te , a pa lpacao do pu lso e mui toin fluenc iada pa r qua lque r atitude que nao se ja segu ida pe lo

pac ien te . P o r exem p lo , a d ie ta e os pad roes de com po rtam en to

a lte ram v is ive lrnen te os ba tim en tos do pu lso e , des te m odo , e m uito

im po rtan te que nao se jam a fe tados po r qua lque r acao nao

re la cion ada com a pa to lo gia .

C om e sta fin alid ad e, 0 pac ien te eo m ed ico que 0 e xam in a de vem

obse rva r ce rta s reg ras , pe lo m enos no d ia que an tecede a le itu ra do

pu lso . D evem se r ev itados :

- a lim en tos supe r nu tritivo s com o ca rne , v inho e ou tro s ;

- a lim en tos crus ou que nao se jam frescos :

- chas fo rte s ;

- a lim en tos m uito fr io s com o a ca rne de ca rne iro po r exem plo ;

- e xcess iva expos icao ao ca lo r ou ao frio ;- a tiv idades extenuan tes ou a p recu ica ;

- re la coes sexua is em excesso ;

- in son ia ;

- a lim en ta r-se em dem as ia ou je jua r.

E m resum o , nao devem inge rir nenhum a lim en to ou se ded ica rem

a a tiv idades que a fe tem 0 es tado a tua l do o rgan ism o .

o horar lo p a ra a le itu ra d o pu lso - 0 idea l e que 0 p uls o s eja

exam inado ao am anhece r, quando 0 c ic io resp ira t6 rio es ta em

equil [b rio . E n tre ta n to , q u an d o 0 exam e e rea lizado em qua lque r ou tro

ho ra rio , a poss ib ilid ade de have r e rro na le itu ra e g rande . Q uando 0

56

Page 64: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 64/80

pu lso e ana lisado an te s do am anhece r, a p redom lnanc ia de

e lem en to s fr io s pode se r fac ilm en te con fund ida com um a pa to log ia

fria . O a m esm a m ane ira , se 0 pu lso fo r e xam inado ap6s 0

am anhece r, a p r edomnanc l a de e lem en to s quen te s no co rpo e no

am bien te to rna m ais fa c il a co rn isao com um c ls lu rb lo quen te . Em

cas os de e rne rqenc ia , a ex iqenc ia m fn im a e assegu ra r-se da

no rm a lid ade dos ritm os re sp ira t6 rio s do m ed ico e do pac ien te , que

es te u ltim o nao es te ja tense ou transp irando po r qua lque r e xe rc fc io

ffs ico e que suas m aos nao es te jam de fo rm a a lg um a con tra fdas .

A nato m ia pa ra a le itu ra d o pu lse - E s te e exam inado na a rte ria

rad ia l d e cad a punho . O a p rim eira ruga da supe rffc ie fle xo ra d is ta l

d o an teb ra co , deve se r m ed ido 1 tsun , p ro x im al m en te a es ta ruga ,

sob re a a rte r ia rad ia l. 0 tsun e um a un idade de m ed ida equ iva len te

ao com prim en to da segunda fa lange do po lega r. O s tre s dedos do

m ed ico , ou se ja , 0 anu la r , 0 rn e c io e 0 in d ic ad or, s ao p os ic io na do s

em pa ra le lo , a lin hados e igua lm en te espacados com

aprox imadamen te0

tam anho de um g rao de a rro z en tre cada dedo ,pa ra que es te s nao se toquem ou fiquem m uito a fas tados .

A a rte ria rad ia l e u tiliz ada pa ra 0 exam e do pu lso po rque apesa r

de ex is tirem m u itas a rte ria s acess fve is , p or todo 0 co rp o, ta is com o

a fem o ra l, a ca r6 tida e a tib ia l po s te rio r, a rad ia llo ca liza -se na req iao

.cen tra l, n em m uito lo nge nem m uito p r6x im a dos o rqaos s61 idos e

ocos . O s dem ais pu lse s , com o os m enc ionados ap re sen tam um a

concemracao e le vada de sangue e r Lung p or e sta rem lo ca liz ad as

m u ito p r6x im as do co ra cao e do ffg ado ou , ao cornra io , apresen tam

ba ixa ccncen tra cao daque les e lem en to s po r se loca liza rem m uito

d is tan te s do co ra cao . A ss im , m esm o que os d is tu rb io s se jam

g ene ra lizados , have ra ce rta d ificu ldade p ara lo ca liza r e iden tifica r

d ls nn blo s es pec ffico s a tra ve s d a le itu ra d es te s p uls os .

o sangue e 0 r Lung de todos os p rin c ipa is 6 rgaos do co rpo flu ema tra ves da a rte ria rad ia l d is ta l, tra n sm itin do as m e nsagens sob re as

condcoes de cada um dos 6 rgaos que sao cap tadas pe la s tre inadas

po lpas d ig ita is do m ed ico em vanes pon to s do punho do pac ien te .

E xa tam en te com o as ondas do oceano a fe tam 0 s e u flu xo , 0 r Lung ,

57

Page 65: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 65/80

ou a ene rg ia que flu i jun tam en te com 0 sangue , a fe ta seu flu xo

dependendo do equ ilib r io ou desequ ilfb rio dos tre s "hum ores" que

const i tuem 0 o rgan ism o. C onseque rne rnen te a a rte ria rad ia l

a pre se nta ra b atim e n to s v az io s, te ns os , d e cre sc en te s, a rre do nd ad os

e ass im po r d ian te .

o pu lso v ita l, ou 0 p ulso q ue d ete rm in a 0 tem po dev ida de um a

pessoa , deve se r exam inado na a rte ria u lna r. A ana lise do pu lso da

m o rte deve se r fe ita na a rte ria tib ia l pos te rio r po is a filo so fia m e dica

tibe tana a firm a que , quando 0 c ic io da m o rte se es tabe lece , a

oesmtec racao das ene rg ia s o rgan icas tem in fc io na req iao in fe rio r

d o co rp o.

P ressao a se r exe rc id a n a le itu ra do pu lso - G e ra lm e nte ta l

p re ssao e c la ss ificada da seg uin te m a ne ira :

a ) 0 d ed o in d ic ad or e p ress ionado 0 su fic ien te pa ra sen tir a pe le ;

b ) 0 dedo m ed ic deve se r p ress ionado de m odo a sen tir a ca rne ;

c ) a p ressao do dedo anu la r e m aio r pa ra que 0 osso possa se r

. s en tid o .

A a rte ria rad ia l fixa -se na ca rne do punho exa tam en te com o um

rab ane te no so lo , tendendo a es tabe lece r -se m a is p ro fundam e nte am ed ida que se a fas ta da dob ra do punho . P a r es ta razao , 0 med i co

deve ap lica r p ress6es va riadas sob re os d ife ren tes pon tos do punho .

M eto do s pa ra 0 p ro ced im en to do ex am e do pu lso - O s dedos

do m ed ico devem se r m a cios , sens fve is , sem c ica tr izes e rna leave is .

N o pac ien te do sexo m ascu lino ana lisa -se p rim e iram en te 0 pu lso

esque rdo enquan to na m ulhe r, a va lia -se em p rim e iro luga r 0 pu lso

direi to.

A m ao d ire ita do m ed ico , ao exam ina r um pac ien te do sexo

mascu l i no , e d iv id id a c on fo rme 0 esquema :

P o lp a d ig ita l Dlv l sao Supe r i o r

1 - Ind icada r C o racao

2 - M ed io S ago

D iv is ao in fe rio r

In te s tin o d e lg a d o

Es t omago

3 - A nu la r R im esque rdo O rgaos rep rodu to res

58

Page 66: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 66/80

A m ao esque rda ap resen ta a segu in te c lv isao :

Po lp a d ig ita l D iv isao Supe r io r Dlv l sao in fer io r

1 - Ind icado r P u lrnoes In te s tino g rosso

2 - M ed io F fgado V e sic ula b ilia r

3 - A nu la r R im d ire ito Bex iga

N a m u lhe r, a rep resen tacao o rgan ica e a m esm a exce to que a

pos icao dos pu lm oes e do co racao devem se r in ve rtidas . A razao

des ta m udanca e um cum e inv is fve l de en trada de to rca v ita l em

pos icao lig eiram e nte d ife ren te nos do is sexos .

Os pu lso s co ns titu c io na is - As pu lsacoes va riam m esm o em

um organ ism o saudave l po is a co rnpos icao tem pe ram en ta l e

cons tituc iona l de cada ind iv iduo e d ife ren te . N o deco rre r do

nasc im en to , no rm a l m en te um dos tres "hum ores " exe rcem um a

p redo rrm anc ia nao -pa topen ica po r qua isque r das seg uin te s razoes :

a ) 0 ka rma ;

b ) 0 p redom in io de um de te rm inado tem p eram e nto ;

c ) de te rm inados pad roes com po rtam en ta is e 0 tip o de d ie ta

ing erida pe la m ae .

E x is tem bas icam en te tres tipos de pu lsos cons tituc iona is : 0

mascu l ino ,0

fem in ino e0

neut ro .U m pu lso cons titu c iona l m a scu lino es ta p resen te no ind iv iduo que

possu i um a p redo rrm anc ia de r Lung e consequen tem en te sua

pu lsacao e rude e densa . Um pu lso fem in ino pode se r de tec tado no

ind iv iduo com um a preoom inanc ia de mKr is -pa , ap resen tando

ba tim e nto s ra pid os e fra co s.

o in d iv iduo com p redom ina rc ia de Bad -kan ap resen ta em ge ra lum pu lso cons titu c iona l neu tro , ou se ja , com ca rac te ris ticas suaves

e flex fve is .

O s pu lsos cons titu c iona is nao es tao fundam en tados no sexo do

ind iv iduo - um hom em pode possu ir um pu lso cons titu c iona l

59

Page 67: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 67/80

· fem in ino e ass im po r d ian te . 0 hom em com pu lso cons titu c iona l

fem in ino te ra v ida longa , a m u lhe r com pu lso m ascu lin o ge ra ra filhos

e filha s que se rao ind iv fduos respe itave is no fu tu ro . Um casa l que

ap re sen te pu lsos m ascu lino e fem in ino te ra longo tem po de v ida ,

m as as conc icoes de seus tio s e tia s serao a ntag on ica s. Q ua ndo

am bos possuem pu lso fem in in~ , qerarao m ais filh as do que filh os e

v ice-versa.

A relaeao ent re 0 exam e do pu lso e as estacoes do ano- A s

a lte racoes sazona is fa zem com que 0 ritm o do pu lso m ude de fo rm a

sem e lhan te . P or e s ta ra zao e de extrem a m po rtanc ia que 0 med ico

tenha em m en te os pad roes rftm ico s das es tacoes adqu ir indo

expe rien c ia e conhec im en to pa ra re lac lona -lo s com orgaos ffs icos e

ene rg ia s exte rnas . S ao c inco as es tacoes as iro -rnedcas sendo que

cada um a es t a cons titu fda de 72 d ias . A qu in ta e s tacao e compos ta

de qua tro pe rfodos de trans lcao de 18 d ias cada u rna , d is tr ib u fdos

en tre as qua tro dem a is e s tacoes . C om o a pad ron iza cao de

ca lenda rio s e a cronom etria nao es tavam in c lu fdas na te cno log ia

tib e tana , o s te x tos m ed ico s fo rnecem desc ricce s de oco rrenc ia s e

s ina is no deco rre r de cad a es tacao pa ra que 0 m ed ico possa

de te rm ina r a es tacao co rre ta e ind ica r 0 tra tam e nto a de qu ad o.

D u ran te os 72 d ias da p rim ave ra , a pusacao g e ra l c orre sp o nd e

ao pu lso do ffgado /m ade ira que e fraco e tenso . O s dezo ito d ias da

es tacao de tran s icao possuem , ao exam e do pu lse , as

caracter fs t icas r l tmicas do baco /te rra ou se ja , b reve e suave . N o

verao , 0 pu lso ge ra l co rre sponde ao ritm o do co ragao /fog o , com

ba tim en tos densos e p ro longados . D uran te 0 o uto no , p re dom in a 0

pu rnao te r ro , ou se ja , pu lso b reve e aspe ro . N o inve rno 0 p uls o g era l

se ra sem e lhan te ao ritm o do rim /agua , com ba tim en tos suaves e

lentos .

A s ahe ra coes nas ca rac te rfs ticas ge ra is do pu lso du ran te cada- e s tacao nao sao pa toqen lcas , m as sem 0 conhec im en to do pu lso

sazona l podem oco rre r e rro s g ro sse iros no d iagnos tico .

r A s ca rac te r ls tica s d o p ulso saudave l - 0 m e lho r rne todo de

c lte renc ia cao do pu lso saudave l daque le que se ria pa to l6g ico

60

Page 68: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 68/80

cons is te , em g era l, da ve rifica cao 'do rnm e ro de ba tim e nto s du ran te

um c ic io respiratorto, ou se ja , devem oco rre r c in co ba tim en to s , ou

75 pu lsacoes regu la res em um m inu to . E sta s pusacoes n ao de vem

se r fo rte s , le n ta s , p ro fundas , supe rfic ia is , va z ia s , rap idas ou

ap re sen ta r ou tras ca ra c te r is tica s . Q uando fo rem m a is do que c in co

p ulsa co es du ran te u m c ic io re sp ra to r io , ca ra cte riz a-se u m d is tu rb io

quen te e quando fo rem de te c tados m enos que c in co , a pa to lo g ia

se ra cons ide rada de na tu re za fr ia .

o pu lso do ind iv iduo saucave l ou doen te pode se r de te rm inado ,

bas icam en te , pe la ve lo c idade , na tu re za e vo lum e dos ba tim en tos .

Ex ige -se a p rin c ip io que 0 m ed ico dom ine 0 exam e do pu lsocons titu c io na l, d a s tendenc ias do pac ien te a de te rm inadas

pa to log ia s e sua h is to r ia m ed ica . B atim en to s densos , vo lum osos ou

flu tuan tes sao com pa tlve is com 0 p uls o co ns titu cio na l rn as cu in o,

m as pode se r con fund ido com um d is tu rb io quen te . B a tim en to s

rap idos e fra cos sao ca rac te rfs tico s de um pu lse cons titu c io na l

tem irm o, podendo have r co rnusao com um d is tu rb io de mKr is -pa

quen te . B a tim en to s con tin uos e suaves sao p rop rio s de um pu lso

neu tro , m as pode ria se r con fund ido com um pu lso de 8ad -kan que

e no rm a l m en te p ro fundo e len to . A lem des te s aspec to s , 0 pu lso

cons titu c io na l que e sub itam en te in te rrom p ido apes pu lsa r

regu la rm en te ou aque le que e irre g u la r e fa lho , pode riam se r

fac ilm e nte con fund idos com os pu lsos m o rta is .

Pu l sos pa to lcq lccs - P a ra u tiliza r a le itu ra do pu lso com o um

me to do d ia gn os tic o, 0 p rim eiro passo fundam en ta l cons is te na

capac idade do m ed ico em d is tin g u ir os pu lso s quen te s e fr io s , po is

d is to d ep en de a h ab ilida de e m id en tifica r d is tu rb io s e sp ec ifico s.

O s se is pu lsos quen te s sao : F o rte , supe rfic ia l, redondo , rap ldo ,

te n se e du ro . P ulsos fo rte s e supe rfic ia is sao de tec tados sob m eno r

p re ssao dos dedos do m ed ico sob re 0 punho do pac ien te e saoind icado re s de p ato log ia s quen te s e re cen tes . P u lso s m a is ve lo zes ,

co m ca ra cte ris ticos b atim e nto s re don do s e rap ld os , s ig nifica m fe bre

re cen te . P u lso s p ro fundos , ou se ja , te nsos e rig id o s , in d icam feb res

an t igas .

61

Page 69: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 69/80

O s se is pu lso s frio s sao : F raco , p ro fundo , dec rescen te , le n to ,

fro uxo e oco . P ulso s p ro fundos , que sao os do is p rim e iro s , in d icam

d is tu rbos fr io s re cen te s , enquan to pu lso s len to s e ocos s ign ificam .

pa to lo g ia s fria s an tig a s . .

Pu lso s d e d lsturb los espec ifico s - S eguem a lg um as

c ara cte rfs tic as d os b atim e n to s d ete cta do s n os d is tu rb lo s is ola do s:

- rL ung - S upe rfic ia l m en te ap re sen ta -se e le vado e quando

p re ss io na do to rn a-s e o co .

- m k r ts -p a - A presen ta -se fra co e tenso .

- B ad ·k an - D e te cta m -s e b atim e nto s p ro fu nd os e d ec re sce nte s.

N os d isnnb ios com b inados dup lo s os pu lso s ca ra c te rfs tico s sao :- rL ung e feb re - po r na tu re za , o s ba tim en to s sao vaz io s ou ocos

somado s a rap idez .

- m kr ls -p a e B ad ·kan - s up e rfic ia l m e n te , a p re se nta -s e p ro fu nd o

e sob m aio r p re ssao e tenso .

- rL u ng e B ad -kan - po r na tu re za 0 pu lso e oco , a le rn de

a pre se nta r b atim e n to s le nto s.

C a rac te rfs tica s d os p ulso s d e a lg um a s p ato lo gia s e sp ec fficas :

- M ole s tia abdom ina l tr ip la - 0 pu lso e denso e che io e a ana lise

dos ba tim e nto s na req iao abdom ina l m o stra -se inde fin id a .

- D is tu rb io s sangu fneos - ap resen ta -se p ro tu so e ro lan te , m as os

ba tim e nto s sao lig eiram e nte m a is le n to s que 0 pu ls o g ra v fd ic o .

- D is fu rb io s lin fa tico s - a pusacao e d iffc il e tremu l an te .

- H ansen fa se - ba tim en to s obscu re s , fla c ld o s e trem u lan te s .

Pu lso s p a to l6g ico s e suas re l acoes com a lo ca llz a ca o -

De te rm ina r 0 lo ca l d o d is tu rb io anaves da le itu ra do pu lso reque r um

com p le to conhec im en to da pu lsa cao com cada req iao do co rpo . C om

os dedos ind icado re s 0 m ed ico deve se r capaz de loca liz a r e

iden tifica r c is tu rb io s da req iao supe rio r, e nquan to as m ole s tia s

lo ca liz adas nas req ioes to ra c ica e abdom ina l e s tao rep re sen tadasnos dedos m ed io s . 0 dedo anu la r id en tifica d is tu rb io s das

ex trem idades in fe r io re s . M a is e spec ificam en te , a s d iv isoes

supe rio re s de cada dedo em am bas as rnaos aux iliam na

62

Page 70: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 70/80

id en tln ca cao dos d ls iu rb lo s do s c in co o rg ao s so lid os , enquan to a s

dv i soes in fe rio re s ide ntifica m a s p ato log ia s do s se is o rg aos o co s.

Pu lso da m o rte - E in s ta ve l, ir reg ula re quando asso c iado com

c ls tu rb lo s d e r Lung0

p ulso e ncon tra -se ire m ulo co m o um a ba nde iraao ven to . 0 pu lso en tre co rta do es t a assoc i ado com c ism rb lo s de

Bad -kan e os ba tim en tos sao com o 0 g ote ja r d a a q u a A o co rre n cia

de ce rto s s ina is fis ico s ju n tam en te com as ca ra c te r is tic as

en con tra da s no pu lso podem ind ica r m o rte im in en te . P or exem p lo ,

se o s pu lsos do co ra cao ou do in te s tin o de lg ado es tao ausen tes e ,

ao exam e , a lin guaencon tra -se neg ra e 0 o lh arfix o, a m o rte o co rre ra

den tro de um d ia . O s pu lso s irre gu la re s ou en tre co rtado s e s ta oa ss oc i a do s tam c em a a c a o d e to rca s m a lig na s.

Pu lso do tem po de v id a - A v id a e in ce rta e a ob ten cao de um

n as cim e n to h um a n e e consequenc ia de acoes passadas . 0 lo ca l d a

v id a e denom inado base v ita l e po ssu i n a tu re za fis ica . 0 pu lso do

tem po de v id a e exam inado na a rte ria u ln a r do pac ie n te . S e es te

pu lso v ita l a p re sen ta ba tim en tos no rm a is , 0 tem po de v ida se rano rm a l. S e 0 pu lso u lna r e in s ta ve l, a ba se v ita l ta rroe rn ap resen ta

in s tab ilid a de . Q uando es tiv e r a usen te a v id a te rrn ln a ra apesa r de

h av er c erta d ific uld ad e p ara v erific ar 0 m om en ta e xa to da m orte . 0

pu lso e e ssenc ia lm en te a chave da idem itca cao dos d ls iu rb lo s po is

reve la im p ortan te s in to rm a coe s sob re a n atu re za e a con stiiu ica o de

um ind iv id uo em te rm os de ca ra c te ris tica s pa to qen lca s e

nao -pa tcqe r i cas .

P ro gn6s tico - A le rn de sua u tilid a de com o d iaqnos tico , 0

re su lta do da le itu ra do pu lso e u tiliz a do com o p roq nos fico . A teoria

es ta ba seada na filo so fia de que ex is te um a sens ive l re la cao en tre

os ind iv id uos e 0 me io am b ie nte , 0 que de te rm ina e in flu enc ia 0

te m pe ra m en to e a con slilu ica o ind iv id ua is . 0 p roq nos fico b ase ia -se

p rin c ipa l m en te na te o ria da p rocucao e con tro le , conce ito que emt ibe tano e d en om in ado c ic io mae - f i h o e am igo -in im ig o . E s ta le i

con s is te na in te r-re la cao c ic lica de cada e lem en to de fo rm a que a

m ae da m ade ira e a agua , a m ae do fo go e a m ade ira e a ss im po r

d ia n te . A s s im , 0 f ogo e filh o d o fe rro , 0 e lemen to te rra e filh o d o fo go ...

63

Page 71: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 71/80

N es te exem p lo , a m ae deve se r com p reend ida num sen tid o

m e ta f6 rico com o 0 e lem en to que trans fe re a tivam en te a ene rg ia

n u tr itiv a , e n q ua n to 0 filh o deve se r in te rp re ta do com o 0 e lemen to

re ce ptive d es ta e ne rg ia d e a lrre m aca o.

o s i s tema r n e c l c o u o e t a n o a p 6ia -s e n os o p os to s c omp leme n ta re s.

C om o ha um c ic io de nu tr ig ao e p r o o u c a o no c ic io m ae -fllh o de

ene rg ia e lem en ta r, e x is te ta rnbe rn um s is tem a que con tro la e

e qu ilib ra o u um c ic io co ntro la do r d en om in ad o am ig o-in im ig o.

N es te c ic io a agua e in im iga do fogo , a te rra e in im iga da agua e

ass im po r d ian te . D a m esm a fo rm a, a m ade ira e am ig a do fe rro , a

te rra e am ig a da m ade ira . ..

A n fve l ffs ico ou m a te ria l, cada e lem en to m an ife s ta -se em

d ife re n tes lo ca is do co rpo . H a um a fo rte a ssoc ia cao en tre os 6 rgaos

v ita is e cada um dos e lem en to s . E ste s im pregnam cada aspec to da

expertencla d e v id a in d iv id ua l re la cio na nd o-s e d e m a n eira in trfn se ca

com 0 tem po e as es tacoes do ano . D u ran te 0 verao, se 0 pu lso

sazona l (d o co ra cao ) eo pu lso m ae (do ffg ado ), sabendo -se que am ae do co ragao /fog o e 0 ffg ado /m a de ira , fo rem sem e lha ntes ,

in te rp re ta -se com o oco rre nc la s ta vo rave ls pa ra a pessoa em

p a rtic ula r. S e 0 pu lso sazona l e 0 pu lso am igo (co racao e pu lrnao

duran te 0 ve rao ) fo rem sem e lhan tes , s ig n ifica que a pessoa se ra

rica . S e 0 pu lso sazona l e 0 pu lso in im ig o (co ra cao e rim du ran te 0

ve rao ) ap resen ta rem -se sem elhan tes , s ig n ifica que a pessoa

encc rn ra ra um in im igo ou que se tom a ra po rta do ra de a lgum arno le sna ncu rave l q ue a leva ra a m o rte qu ase ce rta .

A le itu ra do pu lso e a essen c ia do s m e toco s d ia qno snco s tibe ta nos

sendo 0 ma is co nn ave l p ara 0 me dico em su a te nta tiva d e id en tifica r

as doencas , E um rne to do e ficaz e p re c iso que reque r anos de

exp erie nc la a te se r p ra ticado d e fo rm a se gu ra .

64

Page 72: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 72/80

A ANA L ISE D A UR IN A NA

M E D IC IN A T IB E TA N A

P elo D r. L ob sang Rabg ay

as m etod os tibe tanos trad ic iona is de ana lise da u rina sao un lcos

e pode -se a firm ar que nenhum ou tro s is tem a m ed ico trad ic iona l

ape rte icoou es te rne todo d iagnos tico com o 0 fize ram os m ed icos

tib eta no s d ura nte s ec ulo s.

D epo is da pu lso log ia , a ana lise da u rina e 0 ma is im p orta nte

m e todo u tilizado no d iagnos tico e na con frrnacao de um a pa to log ia

ass im com o sua na tu reza , lo ca laacao e ou tros aspec tos . P ode

pa rece r um p rocesso s im p les quando obse rvam os um m ed ico

tibe tano p ra tica -lo , m as na rea lidade sao necessa rio s anos de

tre inam en to pa ra to rna r tao s im p les es ta p ra tica d iapnos t i ca

U m estudan te de m ed ic ina u tiliza 0 segundo cap ftu lo do "U ltim o

Tan tra " com o fon te de re te renc la s e p ra tica sob re a ana lise da u rina

e frequen tem en le com plem en ta seus es tudos com 0 "Cornen ta r io '

so bre a qu ele tex to .

a "U ltim o T an tra " exp lica 0 m etoco em o ito secoes :

1 - E x ig en cia s p re lim in are s

2 - Horano do exam e

3 - D esc ricao do rec ip ien te a se r u tilizado

4 - C om pos icao da u rina

5 - U rina saudave l

6 - U rina pa to lo c lca ,

7 - U rina da m o rte

8 - U rina do esp frito m a lig no

1 ) Ex ig e nc ia s p re lim i na re s: Ass im com o no d iagnos tico pe lo

pu lso , 0 pac ien te deve obse rva r de te rm inadas ex iqenc ia s no d ia

an te rio r ao exam e de fo rm a que ap resen te um a am os tra de sua u rina

que poss ib ilite a ana lise da ve rdade ira es tru tu ra cons tituc iona l da

65

Page 73: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 73/80

pa to lo g ia . A obse r vacao da d ie ta e do com po rtam en to e

p articu la rm e nte im p orta nte p ois a m a is in sig n ifica nte p orca o d o m a is

com um dos a lim en tos ou um s im p les com po rtam en to ao qua l 0

pac ien te nao es te ja hab ituado a lte ra rao g rosse iram en te a

co rrp os icao da u rina . A segu ir e s ta o a lgum as das ex ig enc ia s m a is

im p ortan te s a se rem se gu ida s pe lo p ac ie nte :

a ) N ao deve in ge rir a lim en to s fr io s com o chas , p o is a fe tam a

co lo ra ca o d e um a u rin a com ca ra cte rfs tica s r Lung .

b ) E vita r a inge s ta o de so ro de le ite ou ou tro s a lim en tos que a fe tem

a co lo ra cao de um a u rina Bad -kan .

e ) N ao in ge rir a lim en tos quen tes , po is a fe tam a co lo ra cao de um aur ina mKr is -pa .

d ) A inqe s ta o de llqu idos deve se r no rm a l.

e ) A bs te r-se d e re la co es se xua is .

f) 0 pa c ien te deve do rm ir reg ula rm en te .

g ) A a lim en ta cao deve se r no rm a l.

h ) E v ita r a tiv id a de s fis ic as e xte n ua n te s.

i) E v ita r a tiv id ad es m e n ta is e xte nu an te s.

2 ) H o ra rlo para 0 e x ame : 0 idea l e que a u rin a se ja ana lisada ao

am anhece r, q uando a p rim e ira lu z do d ia in c id e sob re 0 ree ip iente

onde es ta a am os tra . C on tudo , quando nao fo r po ss ive l e xa rn lna -la

no ho ra rio recom endado , em qua lque r ou tra ho ra ce d ia em que ha ja

lu z e la ra , p od e se r re aliz ad o 0 exame .

3 ) Rec ip ien te a se r u tiliz ado : 0 rec ip ien te nao deve m od ifica r a

co lo raca o o rig ina l da u rin a, de pre te renca u m a x iea ra d e p oree lan a

b ranca .

4 ) Co r np o slc a o d a u rin a: 0 a lim e nto solove: e in so iu ve l in g erid o

e m is tu rado e trans fo rm ado em pas ta pe lo Bad -kan da m is tu ra na

po rcao supe rio r do estornaqo: quando cheqa a re qia o ce ntra l e

com p le tam en te abso rv ido e ass im ilado pe lo mKr is -pa d ig es tivo efin a lm e n te n a p o rc ao in fe rio r e s ep ara do p elo r Lung q ue a eom p an ha

o fog o em p rodu tos nu tritivo s e re s idua is . E s tes u ltirno s sao

co nd uz id os p ara 0 in te stin o o nd e se ra o p os te rio rm e nte se pa ra do s

em subs ta nc ia s res id ua is s61 idas e liqu id as . E s ta s se rao

66

Page 74: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 74/80

tra nspo rtadas a tra ves da u re tra e a u rin a fo rm ada e acum u lada na

b ex ig a. E n qu an to is to , 0 p ro du to n u tr itiv o e tra ns fe rid o p a ra 0 f fgado

o n d e 0 s an gu e p ro du zid o e de do is tip os : res idua l e p rodu tivo . 0

p rim e iro e trans fe r ido pa ra a ves fcu la b ilia r onde do is tip os de

mKr is -pa sao fo rm ados . 0 mKr is -pa produt ivo o a o rig em ao flu id olin fa tico e 0 re s idua l resu lta em a lbum ina que e transpo rtada e

co le tada na bex ig a . A a lbum ina e um dos sed im en to s m a is

im po rtan te s que 0 m ed ico ana lisa na u rin a po is sua p resence

quan tita tiva ou sua ausenc la de te rrn in a rao se a pa to lo g ia e quen te

ou fria . A a lbum ina o rig in ada do sangue e de mKr is -pa flu i a t ra ve s

de todo 0 o rg an ism o le vando de te rm inadas ca ra c te rfs ticas

re la c ionadas as cond icoes ex is ten te s nas va rias reg i6es do co rp o.

5 ) Ur ina saudave l: S ao ca ra c te rfs tica s de um a u rin a saudave l;

a ) N o es taq lo em que a inda e re cen te a u rin a ap re sen ta um m au

che iro suave , p re senca m ode rada de vapo r que e es ta ve l e bo lhas

de tam anho m o de rado .

b ) N o es taq io de repouso a u rina ap re sen ta n fve l m ode rado dea lbum ina que es t a d ifusa e d isso lve -se na o rla .

c ) N o es taq io de frans to rm acao a u rin a ap re sen ta -se d ilu fda e de

c olo ra ca o b ra nc a.

E im po rtan te lem b ra r-se de que , nes ta pad ron iza cao pa ra a u rina

saudave l to rna -se necessa ria a supos lcao de que 0 ind iv fd uo na o

he rdou qua lque r p reco rrm anc la de a lgum dos hum o res . C asopossua um a p redom inanc ia hum ora l na tu ra l ou he rdada , 0 que

ge ra lm en te oco rre , a am os tra pode ap resen ta r ca ra c te rfs tica s

sauoave ls , m as sua co lo ra cao se ra d ife ren te daque la p ad ron izada .

P or exem p lo , a u rina de um a p essoa saudave l com predom lnanc ia

he rdada de r Lung sp re sen ta ra um a co lo racao levem en te azu lada e

d ifu sa , enquan to a u rin a com p redo rn inanc ia de mKr is -pa

a p re s en ta r -s e -a ama re la d a.

6 ) A u rin a pa to loq lca : N o rne todo genu fno de ana lise da u rina 0

exam e e conduz ido em tre s es taq io s de nove seg6es cada um a. 0

p rim e iro es taq io no qua l a am os tra de u rina a inda e recen te , 0

67

Page 75: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 75/80

segundo es tag io quando es ta em repouso e 0 te rce iro es taq lo no

qua l a am ostra [a p asso u po r um a com p le ta tra ns fo rrna cao .

P a ra de te rm ina r a na tu reza da rno lesua no es taq io em que a u rina

e recen te , sao exam inados e ana lisados na segu in te o rdem : a

co lo ra ca o, a e va po ra ca o, 0 odo r e as bo lhas .

N o es tag io de repouso sao exam inados e ana lisados : a a lbum ina

eo m uco .

N o te rce iro es taq lo obse rvam -se 0 pe riodo e 0 rne todo de

trans to rrnacao e as ca rac te ris ticas da am os tra ap6s es ta

uans to r rnacao.

a ) A na lise da am ostra de u rina no p rim eiro es taq io -

Quan to a co lo racao :

- N os c ism rb ios de r L ung , a u rin a e azu la da e d ilu id a.

- N os desequ ilfb rios de mKr i s - p a , a am os tra e am are lada ou

ave rme lhada .

- N as rno les tia s de Bad -kan , a u rina e b ranca com o le ite .

- A con ta rn inacao . do sangue re fle te -se em um a am ostra

ave rme lhada .

- 0 ds iu rb lo lin ta tico m os tra um a urina ting ida de am are lo .

- N os c is fu rb los hum o ra is tr ip lo s , a co lo racao e de choco la te ,

e scu ra e e sfu rn aca da

- A com blnacao de qua isque r des tas co lo racoes ind ica a p resenca

de um d is tu rb io dup lo .

Quan to a evapo racao :

- Feb re avancada : 0 vapo r e abundan te e extende -se sob re a

ur ina.

- F eb re cren lca ou ocu lta : 0 vapo r e e sca sso m a s p ers is te nte .

- N os d lsn rb lo s frios , de rL u n g o u 8ad -kan , e ins ign ifican te e

d es ap a re ce in sta n ta ne amente .- N os d is tu rb io s quen tes e frio s 0 vapo r es ta p resen te e em

q ua nti d ad e m o de ra da .

Q uan to ao odo r:

68

Page 76: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 76/80

- N os d is tu rb ios quen tes e fe tido .

- N os c ls iu rb lo s frio s e escasso ou ausen te .

- N a d ispeps ia a u rina ap resen ta 0 m esm o odor do a lim en to

inger ido.

Q uan to as bo lhas :

- D is tu rb io s de r Lung : bo lhas g randes e c ircu la res , e s ta ve ls e de

c olo ra ca o a zu la da .

- D is tu rb io s de mKr is -pa : bo lhas d im inu tas , cong es tas , em g rande

quan tidade , de co lo racao am are la e que desapa recem

ins tan taneamente .

- D is tu rb io s de Bad -ka rt bo lhas sepa radas , conges tas e es tave is .

- D is te rb lo s sangu fneos : bo lhas ave rm e lhadas .

- E nvenenam en to : bo lhas com as co res do a rco -fr is .

- D is tu rb io s d issem inados ou que se extendem para todas as

req ioes do o rgan ism o : as bo lhas es tao d ispe rsas .

b ) A na lise da u rina no segundo es taq io -

Q uan to a p resence de a lbum ina :

- D is tu rb io s de r Lung : a a lbum ina d ispe rsa na u rina

assem elha -se ao pe lo de cab ra .

- D isnnb io s sangu fneos e de mKr is -pa : a a lbum ina loca liza -se no

cen tro do rec ip ien te e assem elha -se a fio s de la .

- D isn irb lo s de Bad -ka rt a a lbum ina e escassa , d ispe rsa e d iffc il

d e s er v is ua liz ad a.

- D is tu rb io s m en ta is : a ssem elha -se a um sed im en to a renoso , de

co lo ra cao a z u l-e s b ra nqu ic ada

- A c is fr ibu icao da a lbum ina no rec ip ien te e um a ca rac te rfs tica

im po rtan te a se r obse rvada po is aux llia ra na de teccao do

desequ ilfb rio . Q uando se depos ita na supe rffc ie , 0 dsn rb lo es ta

lo ca lizado nas ex trem idades supe rio res , enquan to a a lbum ina

d epo sita da n o fun do do re cip ien te re pre sen ta um d isn rb io lo ca liza do

nas ex trem idades in fe rio re s . B as icam en te , quando a a lbum ina

es tive r concen trada have ra um d is tu rb io quen te , enquan to a

69

Page 77: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 77/80

Quan to a s c ara cte rfs tic as p os -tra ns fc rn ac ao :

-A co lo racao da u rina ge ra lm en te co rresponoe ra a o rig ina l. A pos

a frans to rrnacao , a u rina deve se r ana lisada pe la sua franspa renc ia

e c on cem ra ca o,

- Q uando ap resen ta r-se concen trada , tu rva e cam co lo racao fo rte ,

o d is tu rb io pode se r cons ide rado de fin itivam en te quen te .

- S e a am ostra ap resen ta r -se m enos concen trada , trans pa ren te e

com co lo racao nao m u ito fo rte , 0 e ls fu rb lo p ode se r co ns ide ra do frio .

A n tes de descreve rm os as ca rac te rfs ticas da u rina em certa s

pa to log ias espec fficas e im portan te que se jam os capazes de

ana lisa r e reconhece r ca rac te rfs ticas da u rina nos desequ ilfb rios de

na tu rezas quen te ou fria .

A - C arac te rfs ticas da u rina nos d is to rb ios quen tes :

- D u ran te 0 p rim eiro es tap io - A am ostra ap resen ta -se am are lada

ou ave rm elhada e tu rva ; exa la um vapo r concen trado e es tave l; a s

bo lhas sao pequenas , a rna re lacas e desapa recem rap idam en te .

- D u ran te 0 segundo es taq lo - A u rina ap resen ta a lbum inaconcen trada que se lo ca liza no cen tro do rec ip ien te e possu i um a

fo rm acao v iscosa , com o um crem e'.

- D u ran te 0 te rce iro es taq lo - A u rina ap resen ta co r de choco la te

e es t a a lta m en te concen trad a.

B - C arac te rfs ticas da u rina nas pa to log ias fria s :

- D u ran te0

p rim eiro es tac io - A u rina es ta transpa ren te , b rancae d ilu fda com ba ixa evaporacao : 0 odo r e ausen te ou m fn im o e as

bo lhas ap resen tam -se g randes e es tave is .

- D u ran te 0 segundo es tag io - E x is te ba ixa concen tra cao de

a lbum ina e pouca fo rm acao de m uc ina .

- D u ran te 0 te rce iro es tag io - A nans to rrnacao oco rre apos 0

res friam en to da u rina . E s ta ap resen ta -se azu lada e d ilu fda apes a

t ransforrnacao.

* (N .T .) E s ta cam ada v iscosa de m uc ina e re la tada na lite ra tu ra

m ed ica tibe tana com o um crem e , sem e lhan te a na ta fo rm ada na

su pe rffc ie d o le ite fe rv id o.

71

Page 78: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 78/80

E im po rtan te lem bra rm os que as ca rac te rfs tica s da u rina podem

se r con fund idas nos ds tu rb los quen te s e fr io s . P o r exem plo , um a

am os tra de coloracao azu lada e d ilu fda nao renen ra um desequ il fb rio

de na tu reza fr ia se a a lbum ina ap resen ta r -se concen trada . P ortan to ,

apa ren temen te 0 exam e dem ons tra que a am os tra e de um d is tu rb io

frio m as a sua na tu reza e a de um desequ ilfb rio quen te . O a m esm a

m ane ira , apesa r das ca rac te rfs tica s da u rina no p rim eiro e s taq io

se rem quen te s , se a sua uans to rm acao oca rre r apes 0 res f r iamento

o d is tu rb io se ra con side ra do fr io .

A lgum as pa to log ia s podem se r con fund idas com base nas

c ara cte rfs tic as d a u rin a.- N a feb re vaz ia enos c isn rb io s sangu fneos quen tes : A co lo ra cao

da u rina e ave rm elhada podendo leva r a um d iagnos tico e rroneo .:

Um a obse rvacao cu idadosa da concen tra cao , t r anspa renda e

tam anho das bo lhas aux ilia ra na apu racao de um d iagnos tico

corre to .

- N os d is tu rb io s tr ip lo s de Bad - k an e a pa to log ia lin ta tica neg ra : A

se rne lhanca na co lo ra cao da am os tra pode resu lta r em umc iaqnos fico in co rre to um a vez que ap resen tam -se co r de choco la te .

N ovam en te a obse rvacao cu idadosa de ou tra s ca rac te rfs ticas , ta is

com o concen tracao e nanspa renc la , aux ilia na de te rm nacao da

v erd ad eira n atu re za d o d is tu rb lo ,

7 ) Urina da m orte : N as pa to lo g ias quen tes , a u rin a ap re sen ta

co lo ra cao ave rm elhada com o sangue e 0 odo r e fe tid o s eme lh a nteao cou ro de te rio rado . A co lo ra cao , 0 o do r e o utra s ca ra cte rfs tica s

pe rm anecem ina lte radas . S e 0 pac ien te nao reage a d ie ta , ao

com po rtam en to adequado , a m ed lca cao e a te ra pia a ce sso ria

ind icados pe lo m ed ico , o s s in tom as ac im a ind ica rao que 0 disturb io

se re ve la ra fa ta l e a rno rte se ra apenas um a ques tao de tem po .

N os c ism rb io s frio s , a u rin a ap re sen ta -se azu lada e d ilu fda e ha

ausenc ia de odo r, de vapo r, de a lbum ina , de bo lhas e de sabe r.

8 ) U rin a d o e sp ir ito p re ju d ic ia l: A na lisa r a am os tra de um a u rin a

que se acred ita possu ir ca rac te rfs ticas de um d isn rb lo causado pa r

um esp fr ito noc ivo e , ao m esm o tem po , com p licado e ritua lfs tico .

72

Page 79: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 79/80

A am ostra e co le tada em um grande rec ip ien te m arcado com os

qua tro pon tos ca rdea is . D iv ide -se a superffc ie da u rina em nove

secoes as qua is rep resen tam os re inos do un ive rso , as p rinc ipa is .

p ro fissoes im plicadas com os seres hum anos , os de uses e esp fr itos

a e les re lac ionados e ass im por d ian te .*

N esta am ostra devem ser ana lisadas a cesco lo racao , as im agens

e as trens lo rm acoes que surgem nas varias secoes rep resen tadas

na s upe rffc ie . E im portan te que 0 rec ip ien te nao se ja m ob ilizado .

C aso nao surjam desco lo racoes ou im agens, ap lica -se ou tro m etoda

de ce te rm lnacao ou m e lho r, de p rognosnco . E s te p rocesso e m a is

ritua lls tico e esp iritua l e apenas um a pessoa com certo g rau de

rea lizacao esp iritua l e capac idade pode ap llca -lo com o p roqnos t co ,

B as icam ente , pe lo c laqnos tco da urina deve -se de te rm ina r se

um a pa to log ia e quen te ou fria . A ana lise do pu lso deve auxilia r na

loca lizagao do d is tu rb io e 0 in te rrog ato rio a ju da a de te rm ina r 0 t ipo

de tra tam en to a ser ind icado .

A pesar da ana lise da urina aparen ta r se r bem de fin ida e s im ples ,

u tiliza -la e fe tivam en te com o rne toco de d iagnostico ex ige do m ed ico

anos de experlene la . A pessoa deve ser nao apenas com ple tam en te

tre inada nos ou tros rne todos e te r es tudado os Q uatro Tan tras , com o .

tam bem deve desenvo lve r hab ilidade e experlenc la particu la rm en te

na ana lise da urina duran te os tres d ife ren tes estag ios .

* N .T . - P a ra m aio res de ta lhes ver "S aude Anaves do E qu ilfb rio " p or

D r. Yeshe D honden (Ed ito ra C hakpori - S ao Pau lo , 1993 ).

73

Page 80: medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

8/2/2019 medicinatibetana4-100823192328-phpapp01

http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana4-100823192328-phpapp01 80/80