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8/2/2019 medicinatibetana1-100824141440-phpapp02 http://slidepdf.com/reader/full/medicinatibetana1-100824141440-phpapp02 1/87 MEDICINA TIBETANA Livro 1 Uma publicac;aodestinada ao estudo da Medicina Tibetana, editada pela Biblioteca de Obras e Arquivos Tibetanos, Dharamsala, India.
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Apr 05, 2018

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Ramananda Das
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MEDIC INA TIBETANALivro 1

Uma pub lic ac ;a o d es tin ad a ao e stu do d a Med icin a Tib eta na ,e dita da p ela B ib lio te ca d e Ob ra s e A rq uiv os Tib eta no s,

Dha ramsa la , Ind ia .

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MEDIC INA TIBETANALivro 1

Par: G ya tso TseringD r. Lobsang R apgayD r. P erna D orjeeD r. Sonan TopgayD r. Yesh i D honden

Tra du zid o p ar:

O ra . Yeda R ibe iro de F arias e

William s R ib eiro d e F aria s

EDITORACHAKPORIS aO P au lo

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TItu lo o rig in al: Tib e ta n Med ic in e Se rie s 1D ir eito s au to ra is 1980 B ib lio te c ade_ob ra s e A rq uiv os

Tib e ta no s, Dha ramsala , In dia

D ire ito s d e e di9 aO em lin gu a p ortu gu esa a dq uirid os p ela

ED ITO RA CHAKPORIAv. A do ~o P in he iro , 3 84 - sV 2 - S to .Ama ro - CEP 0 47 34 - S ao P au lo -S P - B ra sil

Tel.: 255-249 0 - C aixa P osta l 2 2104 - CEP 01 495-970 - S ao P au lo -S P - B rasil

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AGRADECIMENTOS A PRESENTE

EDICAO

Agradecemos ao Sr. Lhasang Tsering, aoVeneravel Oagom Rimpoche e seu assistente LamaTsultrim Dorge, ao Sr. Lobsang Samten, a Srta. Nyingma

Sherpa, ao Sr. Tsewang Jigme Tsarong, Diretor doCentro Medico Tibetano em Dharamsala, a Maria doCarmo Chagas Ribeiro e ao Sr. Sergio Fanelli, queajudaram a tamar possivel a edicao destes livros sabreMedicina Tibetana.

Os Editores

Familia Ribeiro de Penes

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Faculdade de Medicina Chakpori, Lhasa, Tibete. Este importantecentro para a treinamento em medicina Tibetana foi recuperadodurante a epoca do 5 Q Dalai Lama.

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R eg ia o c en tra l d eLhasa , c ap ita l d oTibete,v is ta d os te rra ces d aF acu /d ad e d e M ed icin a d e C ha kp ori(F oto de G ius ep pe Tuc ci, 1 949 )

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INDICE

Uma In tro du ga oaMed ic in a Tib e ta n aD r. Yesh i D honden e Dr. Lobsang Rapgay 1

M etodos de T ra tam en to na M ed icina T ibe tanaD r. Yesh i Dhonden e G ya tso Tse ring 7

D iagnostico pe lo P ulso na M e dic ina T ibe tanaD r. Yesh i D honden e D r. Sonan T opgay 15

F arm a co gn os ia n a M e dicin a T ibe ta naD r. Sonan Topgay 41

o P arto n a M e dicin a T ib eta naD r. Yesh i D honden 49

C ance r: Um a V sao M edica T ibe tana T rad ic iona lD r. P em a Dorjee e G yatso Tse ring 56

Embrio lo gia n a M e dic ina T ib eta naD r. Yesh i Dhonden e G ya tso Tse ring 60

Ma te ria Me dicaD r. Yesh i D honden e G ya tso T se ring 67

R espos ta s a Q uest6es sob re M ed ic ina T ibe tanaD r. Yesh i D honden 72

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UMA INTRODU9AoA MED IC INA T IBETANAPor D r. Yesh i Dhonden e Lobsang Rapgay

A Filo so fia da M edic ina T ibetana

Todo fe n6m e no a nim a do e in an im a do , de acordo com0 Budismo,possu i a m esm a base m a teria l, is toe , tudo e com posto ou existedependendo das cinco ene rg ias c6sm icas. Ta is energ ias saotra du zid as g ro sse iramente c omo : te rra , a gu a, fo go , a r e e sp ac o. O sequiv ale n te s em ingle s e ponuque s, e ntre ta nto , n ao exp rimem0 reals ign ificado dos te rm os. P or exem plo , a agua com um nao conte rnapenas a energ ia da agua , m as em sua com posicao entram todas

a s ou tra s en erg ia s c6sm ic as .E sobre a teoria destas c inco energ ias c6sm icas que estao

e sta be le cid as a s cle ncla s d a a na tom ia , p ato lo gia e fa rm a co lo gia .Is to s ign ific a que , quando uma pe ss oa e sta s ofre ndo de uma doenca ,tan to amoles ta quanto0 medicam e nto p ossuem ba sicam e nte am e sm a corn posica o m a teria l. C onfiando n esta teoria , um me dicopode usar sua experienca e conhecim ento no tra tam ento de umpac ie nte . U s ando a le i d a seme lh an ca e d es se rn elh an ca d e man eiraa de qu ad a e le g era lmen te tra ta a s d oe nc as fria s c om med ic amen to sq ue nte s e a s p ato lo gia s q ue nte s com med ic amen to s frio s.

o Corpo S a o

De acordo com a filosofia B ud ista , um a pessoa e constitu fda decinco "ag regad os": a form a ,0 sent imento ,0 re co nh ecimen to , avon ta de e a con sc le n cia p rirn a ria .

Um a pessoa sad ia e aque la na qua l os agregados estaoba lanceados e onde os Nepas ("hum ores") ou ene rg ias su tis , as

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energ ias ffsicas e as excrecoes estao em com ple ta harm onia ,c on tro la da s unifo rmemen te . F is io lo gic amen te ,0 corpo e compos tode tres Nepas ("hum ores"), se te energias ffs icas etre s excrecoes .

Nepas ("Humores" )*

Sao representacoesbio logicas das cinco energias cosrn lcas nocorpo hum ano, principa is resporsaveis pelas func;oes fis io log icasquando 0 organism o esta em hom eostase e pe las desordensp ato l6 gic as q ua nd o0 m esm o entra em estado de desequilfbrio . O stres Nepas ("hum ores") sao: corren te vita l(rLung;pronuncia-selung), energia vita l(mKhris-pa;pronuncia -se tripa ) e forca vita l(Bad-kan;pronuncia-se be iguen). C ada um a de las subdivide-se emcinco tip os prin cip ais , p ossuin do fu nco es b lo lo qlca s esp ecffica s.

As S ete E nergias F is icas

Sao os e lem entos tec idua is do corpo e agem com o sem entes

e stru tura is . S ao ela s:- E ssencia N utric iona l-Sangue-Carne- Tecido ad iposo- Tecido osseo- M edulaossea

- E sperm a eovuo,dependendo do sexo do indivfduo .

Exc r e~6e s

As tres sao : fezes, u rina e suor. Sao os produtos re je itados do cor p ocuja e llrn inacao apropriadae abso lutam ente essencia l para amanuencaoda saude .

*N. doT. -P ara m aiores exp licacoes sobre "humo res" ver "M edicinaT ibe tana Livro 2" por D r. P em a Dorjee e E lizabe th R ichards publicadope la E dito ra C hakpori - Sao Paulo .

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o Corp o Doen te

o dis turblo surgeno organ ism o como consequencia de umfuncionam ento irregu lar das 15 energias su tis (Nepas), das 7energias tls icas e das 3 excrecoes , irregu la ridade es ta causada pord ie ta inadequada e padr6es comportam enta is incorre tos . Apa to logia e exp licada a trsves dos principais itens dos textos m edicostib eta no s, a se gu ir:

- E tio logia- C ondicoes circunstancia is- Porta de en trada das pato logias- S ftios pa to loq icos- O corencias pato loq icas- Ccnsecuencias pato lcq icas- E fe itos co la te ra is patogen icos- Conoensacao

E tio logia - A ra iz causadora de todas as doencas e a ignoranciasobre a rea l exls tencia de nossa propria pessoa . E sta ignoranciagera nascim entos den tro de um aexis tenca cfclica e so frim e nto scom o as doencas , e tc . D esconhecer nossa propria exis tencia produztres venenos denom inados apego, aversao e estupidez os qua is , porsua vez, perturbam as func;6es som aticas do corpo e produzemrL ung, mKh ris-p a e Bad-kan,respect ivamente.

Condicoes circunstancia is - Sao principa l m ente qua tro erefe rem -se aos fa to res que favorecem0 desenvolvim ento e arna terla llzaca o d as ca usas , re su lta nd o em do en ca s. E sta s con dico essao : as estacoes do ano , as torcas dem on lacas , a d ie ta e os padr6escomportam enta is . Deste m odo , a nao observacao de um a die taapropriada e certos padr6es de comportam ento duran te um a

dete rm inada estacao do ano , agirao com o concicoes que resu ltamem um a pa tologia . Por exem plo , fica r nu duran te0 inverno podecausar d is tu rb ios derLung e de Bad-kan.D ieta e comportam ento

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inadequados ta is com o com er carne e ingerir beb idas a lcoo lieas soba so l, poderao produzir d is ttrb ios demKhris-pa .

Entrada pa to loclca - Refe re -se as e tapas a traves das qua is as

pa to logias pene tram nos constitu in tes do co rpo . G era lm ente sao assegu in tes as es tap ios que a doenca a travessa an tes de sem anifes ta r to ta lm en te : pe le , ca rne , cana is , ossos , o rgaos vita is eocos .

S ftios pa to leclcos - Tendo pene trado a organ ism o, a doencaloca liza -se no corpo . O s cls tu rb los de8ad-kan instalam-segera lm ente na parte superio r do m esm o. Nas m oles tlas demKhris-pa a porc;ao m ediana e m ais com um ente afe tada e asd is tu rb io s d erLungs ituam -se na regiao in fe rio r do corpo .

O correncias pa to lop icas - Sao explicadas em term as de como asenerg ias su tis a fe tam certos grupos sep arado s e ntre s i pe lo s fa to re s:clim a, idade , req iao e es tacao do ana . O es te m odo , um hom em idosoe m ais suscep tfve l as rno lesfia s derLung ,um adulto as coencas demKhris-pae um a c rancaaos d ism rb ios de8ad-kan.

Consecuendas pa to lcq icas - e a u ltim o estaqo da doenca , is to e ,a te rm ino da vida , par qua isquer das nove causas .

Metodos Diagn6s ticos

Sao tres as p rincipa is m etodos de d iagnostico : a visua l, a toque ea in te rroca to rio . O iagnostico v isua l: eo exam e ffs ico do pacien te queconsis te de do is rne todos p rincipa is , a ana lise da Ifngua e da u rina .

Par exem plo , um a lingua ve rm elha , seca , de textu ra aspera e compequenos pontos verm elhos nas bordas sao s ina is dos cis tu rb ios derLung , ass im com o um a urina ra re fe ita e d ilu fda , com grandesbo lhas . Na ana lise da urina ,0 m edico obse rva a cor, a ve locicadede desco loracao , a concen tracao de a lbum ina , a evaporacao , a sbo lhas , a odor e as sed im en tos para de te rm ina r a coenca dopacien te . E s te exam e e utilizado tan to no diagnostico com o noproqnostico.

D iaqnostico pe lo toque : re fe re -se ao exam e do pulso . O s cincoorgaos vita is e as se is orqaos ocos es tao represen tacos na a rte ria

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dis ta l do punho . 0 sangue e0 "humor"rLungque fluem dos orqaoses tao re lac ionados com as dem ais pa rte s do corpo e co rremanavesdesta arte ria no punho onde0 medico , com sua experlencla e

conhec im en to e capaz de dec ifra r a m ensagem transm itida . A le itu rado pulsot a r n o e r ne u tilizada no proqnostico . N estes casos ,0 pulsode um a pessoa sad ia e ava liado depois de assegurado que e laobse rvou a die ta e0 com portam en to recom endados e prescritospe lo m ed ico nosu l n r n o stre s a se te d ias .

D iagnos tico pe lo ln te rroqa torlo : v isa pesqu isa r a h ls to ria dar no l e s f i ado p ac ie nte .

Tra tamen to d asdoencas

Tendo d iagnos ticado ar n o l e s f l a ,segue 0 tra tam en to que pode serde qua tro tipos p rincipa is : d ie ta , pad roes de com portam ento ,m e dicam e ntos e te rap iaacessor la

Para certas doencas deve ser ap licada a d ie to te rap ia . A ene rg ia ,o sabor e a qua lidade dos generos a lim en tfc ios corrigem a doencacausada por um desequilfb rio dos Nepas ("hum ores"). Um a d ie tage ra l pa ra os d is tu rb ios derLung se ria : ca rne e m an te igaenve lhec idas po r um ano , acuca r m ascavo , a lho , cebola , le itequente , v inho de acucer m ascavo , sopa de ossos , e tc .

M uitos tipos de doencas podem se r tra tadas seguindo-se certasregra s de com portam en to . P or exem plo , recom enda -se ao pac ien tepo rtador de um ols fu rb lo derLung que pe rm aneca em um lugarquen te e com pouca luz , que taca am izade com pessoas detem pe ram e nto su ave e tra nq uilo .

A terap ia m edicam entosa e0 r n e t o d ode tra tam en to m a is im por-ta nte , a plica do qu and o a die to te ra pia e o s pa d roe s comportam e nta isn ao le vam , is ola damen te ,a cu ra dese jada . H a do is tipos princ ipa isd e te ra pia med ic amen to sa :rn e d ic a c a o s lo to rn a nc ae me o l c a c a odee llm lnacao . S ao c inco os tipos de m edicam entos srnom ancos:decoccao , pes , p flu la s , xaropes e m ante iga m edicina l. A es te s ,d evemos a cresce nta r o utro s tre s tip os : c in za s, em pla stro s se ca tivos

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e v in ho med ic in al.H ac inco tip os d e m e dicam e nto s p ara e lirn in acao .S ao o s p urq an vo s, e rn etco s, rn ed ica ca o n as al, s up os it6 rio s e c lis te r.

Farmacogno sia , F armacologia eTerapeut lcao avanco da clencla das drogas e cre scen te . Cons is te da

fa rm acognos ia que lida com a nom encla tura , com os slnonrnos ded rogas e suas ca racte rfs tica s m o rfo l6g icas . A farm aco logia lida comas prop riedades e acoes das d rogas , e s tuda a fo rc ;a daconcennacaou nid ire cio na da e0 pode r dos m an tra s .

- Corrposlcao das d rogas baseada nas prop riedades e acoes deseus ingred ien te s : Nes te prim eiro rne todo , p rodu tos an im ais ,vege ta is e m ine ra is sao utilizados com o ingred ien te s pa ra prepa ra rd ife ren te s tipos de m edicam entos . Com o m encionadoante rio rm e nte , aconsmucaobas ica das d rogas e ados tecidoscorpo ra is sao sem elhan te s , a tuando com o base da acao da droga edevem se r in te rpre tadas com o propriedades dos ingred ien tes

m ed icina is . A cornposicao de um a droga e de te rm inada pe lo exam ede seu saber, e com este proced im en to te rem os lnd icacoes sobre acom posicao , p ropriedades ea c a odo ing red ien te .

- P reparacao do m ed icam ento u tilizando a torca da m edltacao :o medico a juda substancia lm en te a traves deste p rocesso deforta lec im ento psfqu ico das torcas cu ra tivas dos ingred ien te sm e dicin ais . O c orre q ue0 medico , p re fe re ncia lm e nte a qu ele q ue se jaum mo nge , trans form a-se em um a d ivindade especffica da m ed icinae abencoa os m ed icam en tos p repa rados ap6s a rea izacao de umritua l conhecido com o "M endrub" ou lite ra l m en te "fo rta lec im entomedicinal" .

- Com pos icao dos m edicam entos pe lo poder do encan tam en toou m antras*: Um m edico adepto des tapratcaen toa cen tenas de

m antras , transfe rindo seu pode r para os m edicam entos a t raves da

* N . doT. -P ara m aio re s de ta lhes ver "Saude A iraves do E qu illb rio- Um a In troduc;aoa M edic ina T ibe tana", po r D r. Yeshe D honoenpub licado pe la E dito ra C hakpori - S ao P au lo .

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re sp iracao . A ss im que as p flu la s sao consagradas , to rnam -se"an im adas vindas do inan im ado", is toe ,sao forta lecida s com torca scu ra tiva s e sp iritua is .

Te ra pia Aces s6 ria

C on sis te d e cin co tip os : sa ngria , rn oxa bu sta o, fo rn en ta ca o, b an ho sm edicina is e m assagens . A penas quando todos es tes tra tam entosnao prom ovem a cura necessa ria um pacien te deve recorre racirurgia.

METODOS DE TRATAMENTO NA MEDIC INA TIBETANAPelo D r. Yesh i D hondenTraduzido do tibe tano por G yatso Tsering

De acordo com a m edicina tibe tana , a doencae causada pe lodesequ ilfb rio ou desa rm onia no funcionam en to no rm al dos tre sNepas ("hum ores"). O s tres princfp ios derLung (em s an scrito=

v ayu; v en to ),mKhr i s -pa (p itta ; b ile ) eBad-kan (K ap ha ; f1 euma) s aodefin idos com o m an tenedores da sauce . Quando nao es taofuncionando adequadam ente , de te rm inam as doencas . Va riascausas tern s ido descrita s pa ra0 deseq uilfb rio do s tres prin cfp ioscorpo ra is acim a . Um dlsnrb io que levea d eficien cia (d erLung ,mK hris -pa ou B ad-kan)e para se r a lim en tado e aum en tado , um aexacerbaeao e pa ra se r tranqu lllzada , um grande aum entoe parase r p rivado de seu excesso e quando os tre s princfp ios es tao em

equ ilib rio , e sta c on dica oe para se r m antida . Em bora tenham sidogrosse iram ente traduzidos com o vento , b ile e fleum a, nao possuemo sign ificado que u tilizam os ro tine iram en te . A ss im , ven to na

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p atolo gia "h umo ral" tib eta na e0 p rin cfp io su til con stitu fd o d e seu seq uiv ale nte s, a sa be r: mente , e ne rg ia e ma te ria ine rte .

P ara ave rig ua rem a na tureza p re cisa de uma de term ina da do en ca ,

os m edicos tibe tanos levam em conta nao apenas os sin tom as eoutros aspectos patoloqicos, m as a perspectiva psicoloqicacomp le ta do paciente . 0 tra tam e nto e entao prescrito de acordo comos estagios e tipos de patologias e a m esm a droga nunca e indicadaem todas as ocas i6es para um m esm o dis turbio , devido a fa torescomo as d ife rente sconsmucoes.

Os medicos tibe tanos subm etem -se a um rigoroso e "espartano"tre inamen to p ara se torna rem in te iramente qu alificad os. P recisames tabelece r um diagnos tico de fin itivQ pa ra de te rminadadoenca Porma is in sig nifican te qu e p ossa p arece r, a n atu re za de uma p atolo giae comp le xa e imp recis a e p ara q ue s eu d iag no stico se ja d efinid o ela sdevem ser exp loradas em todos os seus detalhes. Is to pode serrea lizado ap enas por umhabl ldosomedico q ue ten ha0 dom fn io d aarte e da ciencia da m edicina . Tom em os um exem plo: os rnetodosexte rn os d e tra tamen to como a s angria ,0 moxa e os banhos quentespodem ser ap licados na cura de muitas patologias diferentes . Um adoenca nunca deve se apresentar com o inofensiva e pode es tarentre aquelas para as 'quals esta indicada a ap licacao de m oxa, deaco rdo com0 p ro cedimento h ab itu al. Ma s ape sa r do tra tamen to com

moxa, amoles t apode g era r uma re acao adv ers a. Is to e c on sid era dos imp le smente um e rro do medico em in stitu ir um d ia gnos tic o p re cis o.

. Deve-se ter sem pre em m ente que as doencas podem ser m uitosem elhantes em term os de sintom as, na tureza e evcucao. E xiste ,portanto, a possib ilidade de um erro ser com etido em virtude destaaparen te seme lhanca

De um modo g eral, a medicin a tra dicio na l tib etan a cata log ou cercade 400 tip os de doencas. P orern, nesta ep oca do Kaliyuga , "a era daceqene racao", e stac l a s sm c a c a onao se rnantern mais verdadeira em uitas doencas tern surgido - um subproduto de nossa m odernacivilizacao. 0 avanco tecnolop ico, a pclu icao ambienta l, a

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penu rbacao eco l6g ica , o s novos p rodu tos qu lrricos e a s exp lo soe snuc le a re s te rn con tribu ldo pa ra a qe ra cao de pa to log ia s an te sdesconhec ida s . A pe sa r de s te s novos de senvo lv im en to s , a s

doenca s podem a inda se r c la ss ificadas tendo com o base os tre sp rin cfp io s d er L u n g ,mkhr l s -pae Bad -ken

O s rne to do s d e tra tam e nto sa o m u itos e va ria do s, m a s o s p rin ci p aissao : 1 ) E stabe lec im en to de um a d ie ta adequada ; 2 ) O bse rvacao daro tin a c iana ; 3 ) A dm in is tragao de m ed icam en to s e 4 ) U so de m oxac iru rg ia , e tc . D oencas de na tu re za b randa sao tra tadas comd ie to te rap ia e com um segu im en to rlg ido de um a ro tin a d ia riacu ida dosam e nte p ro gram a da sem0 usa de m ed icam en tos . S e umpac ien te es ta so frendo de um a pa to log ia de na tu re zan te r rnedar l apre sc revem -se m ed icam en tos p repa rado s pe lo p roce sso dedecoccao . Em caso s avancados , m e dicam e nto s em fo rm a de pflu la ssao adm in is trado s . Em doenca s de na tu re za g rave ,0 t r a tamentocons is te em sangria , m oxa , a c rn ln ls tra cao de m ed icam en to s ,p roced im en to s ps ico te rapeuncos , indugao de em ese e banhosquen te s na tu ra is ou com aqua quen te tra tada com com pos to smed icamen tosos .

E m tem pos rem o to s a c iru rg ia fo i am p lam en te p ra ticada com o umrne todo de tra tam en to em doenca s de na tu re za crftica quede sa fia vam q ua isq ue r ou tra s te ra pia s con hec id as . Fo i, e ntre tan to ,in te rrom p ida du ran te0 gove rno do R e i M un i Tsenpo (M u-ne

B tsan -po , 797-804 A .D .) quando um a se rle de enos fo ramregis trado s re su ltando na oe sap rovacao re a l pa ra apra i ica

D is tu rb io s ca us ad os p ar c ad a um d os tre s p rin cfp io s su tis p oss uemm e tcdos co rre sponden te s de tra tam en to que sao de na tu reza ge ra le am biva len te . Em doenca s cau sadas po rr L u n g ,0 t r e tementocons is te em d ie ta com a lim en tos pe sados , que ge rem ca lo r.R ecom e nda -se que0 p ac ien te p errn an eca em am bie nte aq uec id o,ca lm o , onde0 m eio que0 c ircunde se ja aq radave : e onde se japo ss lve l con segu ir con fo rto p s ico l6g ico e cu idados de pessoa sp r6x im as e que rid a s . O s m ed icam en to s sao ge ra lm en te pe sados ep od ero so s. E x te rn ame n te ,0 tra tam en to cons is te da ap lica cao de

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moxa , m assagens com ungO en tos , banhos em fon te s de aguaquente ou em aqua aquecida e m edic ina lm en te tra tada . Nosd ls to rb lo s d emKhris ·pa , a d ie ta deve se r fria , am arga e isen ta de

qua lque r go rdu ra . 0 tra tam en to ta rnbe rn espec ifica um am bien te dec lim a frio e a ad rn ln is tracao de m ed icam en tos com efe itore fre scan te . E stao ind icados a sangria e0 uso de purqa tivos com otra tam en tos ex te rnos . Nas dcencas deBad·kan, 0 t ra tamentop rescrito e um a d ie ta de com idas de lic io sas e ape tito sas , rica emvitam inas (s tobs-skyed : lite ra lm en te , "p rodu to ra de energ ia"),recom enda -se que0 pac ien te se m an tenha em loca is de c lim atep ido . E s tao ind icados os exe rc fc ios , e specia l m en te longascam inhadas . O s m ed icam en tos adm in is trados possuemcarac te rfs tica s quen te s e aspera s . 0 tra tam e nto ex te rno cons is te dem oxa e do uso de drogasemetcas .Alguns tra tam en tos exte rn os ja fo ram m encionados , de 'm odo

ge ra l, pa ra am plas ca tego ria s de doencas . E n tre tan to , em casos

especfficos , e s te s m e todos pod em se r ind icados oucon tra -ind icados , dependendo do pac ien te e da na tu reza de suapa to log ia . 0 que segue e um a breve descricao das ind icagoes econ tra -nd lcacoes das m assagens , dos purqa tivos , das d rogasernetcas ,das desca rgas nasa is , do enem a, sangria , m oxa e dosbanhos em aquas quen te s .

A m assagem * es ta ind icada em casos de pessoas idosas queestao debilitadas ou com saode preca ria .E ap licada naque le s querea lizam traba lho m en ta l ex tenuan te , nos ind ivfduos que inge rema lim en tos o leosos em excesso , naque le s que so frem de anem iacausada por hem orrag ia e nas pessoas p ropensasa tensao eesgo tam en to ne rvoso . E sta contra -ind icada a ap licacao des tetra tam en to em pessoas portado ras de um sis tem a d iges tivodeb ilitado , nos casos de d ia rre ia , a rtrite reum a t6 ide , nos so lucos e

* N . do T . - P a ra m aio re s de ta lhes sobre m assagens ve r "P a le s tra ssob re M ed icina T ibe tana" pe la D ra . Lobsang Dolm a Khangkar,pub licado pe la E dito ra C hakpori - S ao P au lo .

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ve rm e s cau sados po r d is tu rb ios deBad-kan e nas m tox icecoes pord iam an te , m e rcu rlo e o utro s m e ta is p re cio so s.

o uso de pu rgan te s e s ta cond ic ionadoa idade e ao vigo r do

p ac ien te . P ode se r p re scrito p ara to da s a s d oe nca s as soc ia da s comfebre por m olesna con tag iosa , em envenenam en tos , ind iges tao ,pa ra q ua lq ue rfeb re q ue a tin ja os c inco o rqao s v ita is e o s se is o rqa osocos , em edem as ou qua lque r acrnu lo de Ifqu ido s , na s a teccoe sreum a tica s , a rtrite s , em ca so s de frag ilid ade a rticu la r, doencasb ac te ria na s, n a d en cie nc ia v is ua l e n as u lce ra s a ntig as e ircu ra ve is .S ao e fe tivos p rinc ipa l m en te na hepa tite . G era lm en te seu uso e s ta

c ontra -in d ic a do du ran te0

inve rno . O s purqa tivos sao p ro ib ido s empessoas idosa s , ge s tan te s , em ca s o s de edem as e abces sos re ta is .S ao con tra -ind icados em de te rm inada s epocas cons ide radasim pr6p ria s , em le soe s por a rm a de fogo , nos caso s em que ob je to se s tranhos fe rem e se a lo jam no co rpo , na aosenc ia de ca lo r pa ra ad ige s tao (fogo d ige s tiv~ ), n as rno le s tia s cau sadas pe la acaops ic6 tica de esp frito s p re jud ic ia is , nos casos de vorn ito s , n asin te rrupcoes do fluxo urina rio e das fezes cau sadas por c is fu rb iosno fluxo descenden te der lung e na s de fc lenc ia s do v igo r no rm a ld os se te co ns titu in te s c orp ora is . O s p urga nte s sa o c la ss ifica do s emb ra nd os , re gu la re s e fo rte s.

D ro ga s em en ca s sa o pre scrita s p ara ca so s de in dige stao , q ua nd oa lim en tos nao d ige rido s so lid ificam -se e a ssum em um a fo rm acaosemelhan te a tum ora l. E s tao ind icadas em todos os tipos deenvenenam en to , n as do res abdom ina is em pon tada e p ro longada sacom panhada s de sudo rese , nas a lte ra coes da tem pe ra tu raco rpo ra l, em com plicacoes causadas por um a sub ita in filtragao desangue e b ile pa ra0 in te rio r d o e sto rn aq o, n as a no re xia s, c eta ela se no s vo rn tos po r ten fa se . E ste rn etod oema is e fe tiv o n a s p a to lo gia scausadas por d isn rb io s deBad - k an Nao es ta ind icado nos casosde tensao ne rvosa que be ira ao h is te rism o , na s pe ssoas decons tltu lcao frag il, na s de fic ienc ia s v isua is , n as doencasba cte ria na s, a bce sso re ta l,ntoxicacaopo r ca rne pu tre fe ita , n ave lh ice e decrep itude , em crlanca s m eno re s e na s doenca scausadas pe la acao ps ic6 tica de e sp frito s p re jud ic ia is . A s d rogase rne tca s sao c la ss ificada s em leves e fo rte s .

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Nos tra tam entos em que se u tilizam as descargas nasa is(snardzong),medicam entos sao in troduzidos no nariz para e lim inara fon te m ateria l de um a doenca em particu la r. S ao utilizadas nas

pato log ias do ouvido e do cerebra , no prurido das bochechas e nasce ta le ias em pontada . A s descargas nasa is es tao desaconse lhadasnas gripes recen tes e nas fe ridas loca lizadas em qualquer parte docorpo , quando sao recen tes e surgem subitam ente . Tarnbern es taocon tra -in dic ad as em a lc oo la tra s.

o enem a e um m etoda de tra tam ento que pode ser aplicado deduas m ane iras: adrn ln ls tracao de drogas s61idas e uncuen tos viare ta l e no segundo m etoda , ln lecao de aqua m is tu rada commedicam entos atraves do re to . No prim eiro , conhecido comojam-tzis, em tibe tano , a ap licacao e perm itida em pessoas compro iusao do abdom e causada par e levacao derLung, nos casasonde ha excrecao de fezes s61 idas com alim entos nao digeridos , nadeficiencia dosernen.nas anorm alidades do cic io m enstrua l, no

acurndo de frio no esto rnaqo , in tes tino grosso e rins . E ste tra tam e ntoe m ais e fe tivo em doencas causadas par d is tu rb ios derLung.Estacontra -ind icado na protrusao do esto rnaqo devido ao acurnu lo deagua, em pato log ias nas qua is as o lhos e a face edem aciam pel arnanha e as pernasa noite (hor-nad),a ta qu es d e so lu co s, a no rexia ,envenenam entos, doencas do ffgado , febre no estom aqo e in tes tinogrosso e na prcducao de muco derivado de a lrnen tos o leosos nao

digeridos . O rogas des te tipo sao class ificadas em suaves , leves em uito leves . A segunda varian te do tra tam ento com enem as,conhecido com o nir-ru -hal, es ta indicada nas constlpacoescausadas par ferim entos na reclao infe rio r do corpo , nas daresabdom ina is em pontadas , no edem a loca lizado no estcrnaqo , nasdoencas bacte rianas , tum ores em estaqio in icia l e doencasin fe c cio sa s c ron ic a s.Em ais efe tivo para pato log ias resultan tes deconsnpacao e in te rrepcao do fluxo unnarlo . E ste tra tam ento es tacon tra -ind icado no pro lapso re ta l, nas pa tolog ias associadas com are to , nas c iar reas , em febres recen tes , na deb ilidade do fogodiges tivo , em casas on de ocorre a passagem in term iten te de um

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flu ido m ucoso a t raves dos 6rgaos regeneradores. D rogas des te tiposao class ificadas em leves , pesadas e m uito pesadas.

A sangria e outro tipo de tra tam ento u tilizado de tres m ane iras :a t raves da puncao do vasa sangO fneo; por succaoanavesde um atige la de cobre , tam bern conhecida com o ventosa e por succao a tra-yes de um chifre de buta lo . A sangria esta ind icada nos casas dedoeneas crom cas e pers is ten tes , na coaqclacao do sangue e da lin -fa , nos edem as, nos tum ores pro tuberan tes , na hipertem ia das arti-eulacoes , em um tum or conhecido com osur-ya que pode se loca-lizar em qua lquer parte do corpo , nas u lce racoes rubras causadaspe la presenca de sanguemoureno ffgado enos casas de hanse-nfase. E especia lm ente e fe tiva em todas as pa to logias do sangue,mKhris-pae fe bre . a tra tam ento es ta contra-indicado em doencascau sa da s pe la aca o p sic6tica d e esp irfto smale tcos ,nas defic ienc iasdos contitu in tes corpora is , na qes tacao , no puerperlo , nos edem asde face e do corpo causados por doencas pu lm onares , ca rdfacas ,

hepa ticas , esp lencas e linfa ticas ,nas doencas cron icas em estadoinativo e nas deficiencias do fogo diges tivo . E sta es tritam entecon tra -ind icado nas doencas causadas por desequ ilfb rio derLunge Bad-kan.

a m oxa e outratecncade tra tam ento exte rno e sua pranca variade acordo com a na tureza dos m ate ria is utilizados e a doencaespecffica . Pode ser utilizado de seis m aneiras: 1 ) que im a com

auxflio de um arom atco , um a erva seca encontrada gera lm ente nasgrandes a ltitudes da regiao do H im ala ia ; 2) que im a com auxflio deinstrum ento de Duro pontiagudo; 3) que im a com auxflio deinstrum ento pontiagudo de pra ta ; 4 ) que im a com instrum entopontiagudo de cobre ; 5 ) que im a com instrum ento com ponta de fe rroe 6) queim a com a utilizagao de pedras preciosas.

a tra tam ento com moxa e ap licado nas doencas resultantes deindiges tao , deficiencia do fogo digestiv~ , nos edem as da face e docorpo devido a doencas pulm onares , ca rdfacas , hepa ticas ,esp leo lcas e Iin fa ti cas , edem a do estom aqo , todos os tipos detum ores , resfriados, acurrulo de linfa nos m em bros e ou tros orqaos ,

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cis tu rbios da b ile , u lce ras nasa rtic u ac o e s, d o e rc a scroncaseincuave ls ,edem a dos braces e do pescoco , no es tado p6s-febril,no desequilfb rio m enta l e todos os tipos de doencas nervosas . E staespecia l m ente indicado nas pa to logias derLu ng e B ad-kanassimcom o em todas as dcencas neurol6g icas . 0 m oxa estacon tra -ind icado nas feb res por d isnsb ios demKhris-pa,doencas dosangue, sobre os pontos centra is dos nervos dos o lhos , do nariz , daboca e dos orqaos reprodutores fem in ino e m asculino . Nade te rrnnacao do ponto preciso do nervo onde a agulha deve serinserida ou onde deve ser ap licado0 m oxa, para cura r um a doencaem pa rticu la r,0 pacien te e questionado para que ind ique0 local oua reg iao dolorosa em seu pr6prio corpo . Com esta in to rm acao ,0

medico exam ina a parte a fe tada m inuciosam ente . H ea liza rned lcoesp re cisa s d o co rp o p ara de te rm in ar0 ponto exa to onde a agulha deveser inse rida ou0 moxa aplic ado.

B anhos quentes sao recom endados nos casos de gota , fra tu ra das

pernas e braces , cabras , u lce ras croncas e incuravels , pa ra lis ias ,edem a de braces e pernas, e repcoes cu taneas em gera l, doencasreum aticas , todos os tipos de cornp licacoes causadas poru lceracoes , doencas resu ltan tes da nexao da co luna no ca lor eateccoesde rnuscu los e ossos com um flu ido m ucoso que causatrem ores no corpo . E stao contra -indicados nos cas os de cla rre lacausada por ep idem ias , edem a da face e do corpo por d lsurb lospu lm onares , ca rdfacos , hepancos , esp len lcos el in ta tcos , naspropaqacoes da febre , seude precaria e anorexia . O s banhosquentes na tura is sao classificados em cinco ca tegorias dependendode suas propriedades cura tivas . Na ausencia de fon tes de aguaquente , recom enda-se ao pacien te banhos em aqua m edic ina l m entetra tada , que sao de tres tipos.

o tra tam ento que utiliza m assagem com 61eos e unguentos es taind icado nos seguin tes casos : pe le aspera , defclencia do sem en,a lte racoes no cic io m enstrua l, nas pessoas idosas com sauceprecaria , na tensao nervosa e preoeupacoes , nos es torcos m enta isextrem os, na ceficlencia visua l e nainsonlaE ste tip o d e tra tam en to

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e bene t c c em todos osdlsnrb loscausados pa rr lung . E prejudicialnos casos de va rice la , ind iqes tao , im oxicacao causada po r pedrasprecio sa s e m eta is , ano rex ia , a taques de so lucos , as c ite e em todos

o s cis fu rb los cau sa dos po r d ese qu ilfb rio d eBad-kan .Os u ngO en to su tilizados nas m assagens sao :1) 61eos vege ta is ; 2 ) m ante igaex tra fda do le ite eghee (um a m an te iga Ifqu ida ) e 3 ) go rdu ra an im a l.

DIAG NOSTICO PE lO PU lSO NA M EDIC INA TIBETANATraduz ido do1 QCap itu lo do Quarto Tan tra pe lo D r. YesheDhonden at ravesde S onam Topgay

o diagn6s tico pe lo pu lsoe muito im portan te um a vez qued emon stra c la ramente0 tipo de doenca p resen te no o rgan ism o. 0

m etoco se ra exp licado em treze secoes , a segu ir:

1 - O bservacoes a se rem segu idas pe lo pacien te pa ra que0 pulsop oss a se r a na lis ad o.2 - 0 hora rlo ap rop riado para a le itu ra do pu lso .3 - A pos icaoanaiorncaadequada .4 - P re ssao exerc ida pe los dedos du ran te0 exame .

5 - 0 rne todo de ln te rp re tacao do pulso .6 - O s tre s pu lso s con stitu cio na is (N ao leva em co ns lde ra cao0 es tadode saode do pacien te , m ase lido som en te em pessoas sad ias .)7 - Le itu ra do pulso re lacionada com as qua tro e s tacoes do ana ecom a s cinco en erg ias cosm o -ffs ica s in te rn as .8 - O s se te pu lsos ex trao rc ina rlo s , im portan tes para0 progn6st ico.9 - A s d ife ren tespusacoesna saude e nadoenc a

10 -Pu ls os g era is e e sp ecffico s.11 -O s p ulsos m o rta is .12 - P ulso s da s fo rca s ex te rn as e d os esp fritos pre jud icia is .13 -Pu lso da cu racao da vida .

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1 - O bse rvacoes a se rem segu idas pe lo pacien te : a ) D evem se revitados a lim e ntos m u ito nu tritivos , com o ca rne ou vinho , no d ia nte rio r o u n o d ia d a le itu ra d o p ulso . Is to s ign ifica q ue a lim e n to s d

d iffc il d ig es ta o d evem se r e vita do s n o d ia a nte rio r a o e xame.b ) Ev ita ralmemacaoexcess iva .c ) Nao je ju ar.d ) Ev ita r re la co e s s exua is .e ) N ao passa r a no ite em cla ro .f ) N ao conversa r em dem a sia .g ) Ev ita r a a ns ie da de .

h ) Nao rom per a harm on ia m en ta l e ffs ica , com discuss6es , po rexemplo .

Todos os itens acim a es tao ind icados pa ra se rem seguidosma n te nd o-s e um tra nq uilo e co ntin uo e qu illb rio d os tre s p rin cfp ioco rpora is . 0 nao sequim en to de ta is crite rlos pode re su lta r emconfusao , po is beber vinho , po r exem plo , que a lte ra0 sangue e

mKhris-pa , resut tara na le itu ra de um pu lso constituc iona ldivergente.E igua lm en te im po rtan te que0 med ic o s ig a tamoem ta isobse rvacoes . A s re s trlcoes pa ra a le itu ra do pulso con tituc iona la ssegu ram um com portam en to que ge ra harm on ia nos tre spr incfp ios su tis ..0 med ic o d ev e e sta r s au da ve l d e mod o a d is tin gu ird ife re nga s s utis n e sta s v aria co e s do pu ls o.

2 - A le itu ra do pu lso deve ser rea lizada duran te a a lvo rada , com0

ap are cimen to do sol no ho riz on te , p o r s erem tavo rave is a s p rime irah ora s d amarna ,qua ndo o s a sp ec to s p os itiv os e n eg ativ os d o c orp oe sta o em h armon ia .

M e ta fo ricamen te fa lando ,0 hora rio para se exam ina r0 pu lso equando"0 so l nasceu , m a s os ra io s nao incid iram sobre0 topo dam on tanha". E sta e a p re -au ro ra , quando0 ha lito m orno nao fo i

e xa lad o em gra nde q ua ntida de nem0 a r frio fo i in ala do . Qu an do0

pu lso e lido an te s des te perfodo ,0 poder da lua (frio oue s tru tu ra lm en te y in ) p redomina e0 pu ls o con funde -s e comrLung e

. B a _ d -k an .Se 0 p ulso e e xam in ad o d ep ois d es te p erfo do ,0 c alo r d oso l (qu en te e fu nc io na lm e nte yan g) ta ra com qu e0 pu lso apa ren te

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um dis tu rb io do sangue emKh r i s - p a .0 hora rio pa ra0 exam e dopulsoe aque le no qua l0 pac ien te nao es ta in te iram e nte acordado eo es to rnaqo a inda es ta vazio . No periodo do pre -am am ece r, a

ene rg ia der L u n gc ircu la no cana l cen tra l de ene rg ia , nema direita,nem a esque rda , is toe , 0 fluxo der L u n ges ta em pos icao cen tra l eequil ibrada.

3 - Pos icao ana tem lca para le itu ra do pu lso . 0 pu lso na m ed ic inat ibetanae exam inado na a rte ria rad ia l de cada punho . D a prim eiraruga da supe rffc ie flexo ra do an tebraco d is ta l, m ede -se 1t s u nproxim a l m en te a es ta ruga . 0t s u n e um a un idade de m ed idaequ iva len te ao com p rim e nto da 29fa lange do po lega r. Tendo m e didoum tsun , pe lo s is tem a tibe tano , a pa rtir da p rega do punho , os dedossao co locados pa ra le lo s , a linhados e regu la rm en te espacados .E ntre cada dedo deve haver0 espaco de um grao de arroz , de m odoque nao toquem um no ou tro nem fiquem m uito a fa s tados . 0 tex tom ed ico faz um a pegun ta : "Porque usa r a a rte ria rad ia l?" O s pu lsosdas a rte ria s ca r6 tida , fem ora l e tib ia l poste rio r ta rnbem saoacess fve is e p ron tam en te pa l pave is . A rte ria s de 6rgaos v ita is naosao exam inadas porque se ria com o "conve rsa r com a lguem em um acachoe ira ". A proxim idade dos o rqaos im p ede a le itu ra cla ra de todoo organ ism o . A s a rte rla s das extrem idades in fe rio res nao saou tiliza da s, p ois s eriam c omo "me n sa ge ns tra zid as p or um n ego cia ntev indo de longe". O u se ja , sua le itu ra e d is to rc ida devidoa dstancia

e nvo lv id a. A a rte ria ra dia l e sta em p osica o in te rrn ec ie ria em re la ca oaos 6rgaos e , m e ta fo ricam en te fa lando , se ria com o "grita r a travesde um cam po abe rto no ve rao", s ln iacao em que aaudcaotorna-sea ce ss fve l e c la ra .

A ene rg ia dos cinco orqaos vita is e dos se is 6rgaos ocos a lcancama arte ria rad ia l e a reun iao das ene rg ia s no pu lsoe com parave l aum a "assem ble ia de m ercadores v indos de longe trazendo

m e rcadoria s va riadas". 0 tex to pe rgun ta : "com oe po ss fv e l a n alis a ra s ca racte rfsfica s dos 12 6rgaos na arte ria d is ta l?" A respos tae :"exa tam en te com o um negoc ian te bem suced ido pode d is tingu irm e rca do ria s q uan to a o lo ca l d e origem e m a nu fa tu ra ", a ss im a le itu ra

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do pu lso na a rte ria rad ia l d is ta l pode rep re sen ta r a sccoclcoesdos6rgaos s6 lido s e ocos .

O s dedos de am ba s a s m aos do m ed ico sao u tilizados no exam e

d o pu lso . G era lm e nte , m e dico e pacien te sen tam -se fren te a fren te .A m ao d ire ita que exam ina pa lpa0 pu lso rad ia l e sque rdo doexam inado . O s dedos u tilizado s pe lo m ed ico sao0 indicador,0rn ec io e0 anu la r, ou se ja ,0 segundo , te rce iro e qua rto dedos ,re sp ectivam en te . C ada po lpa d ig ita l e s ta sepa rada em reg io e ssupe rio r e in fe rio r, som ando doze d iv isoe s . A d ivisao supe rio rcor respondea e xtrem id ad e ra dia l d a p olp a d ig ita l e a d iv isa o in fe rio r

a u ln ar. M e sm o iso la dam en te um a a rte ria p ossu i um a cla ss lflca ca op rinc ipa l. 0 pu lso ba s ico vita l e e s tave l em ca ra te r e e s tarep re sen tado na a rte ria u lna r. A ce te ccao do pu lso m orta l deve -sea ce sln teq ra ca o e c isso lucao da s e ne rg ia s que su s ten tam a vida .Ema is favo rave l quando a c isscucao da s ene rg ia s v ita is se in ic ia na sex trem idade s in fe rio re s , p re ced ida de pu lsa coe s em m arte lada s ;d es te m o d o, a o bse rva ca o d o p ulso d a a rte ria tib ia l p oste rio r a use nteem um pacien te adoec ido , que an te rio rm en te ap re sen tava -se comboa sauce , ln c ica ra m orte den tro de c inco ou se is d ia s .

4 - P re ssao a se r ap licada pe lo s dedos pa ra a ana lise do pu lso . 0dedo ind icado r de cad a m ao do m ed ico toea suavem en te0 punhodo p a cie n te ,0 su fic ien te pa ra q ue a pe le se ja se gu ram e nte sen tid a .o dedo m ed ic d e cada m aoe p re ss io na do lig eiram e nte m a is fo rte ,o su fic ien te pa ra sen tir a ca rne do pacien te . 0 dedo anu la r do

exam inado r exe rce um a p re ssao m ais fo rte a inda , de m odo que0

osso se ja sen ti do . 0 po rque da s va riada s p re ssoe s exe rc ida s pe lo sdedos pa ra ar e a n z a c a odo exam ee que s tionado no tex to m e dico .E s ta e scrito que a ra zaoe nao faze r da pa lpacao um b loque ioacircuacao, com o se e s tive sse pa l pando um a cenou ra . M e lho rd ize nd o, a s d ife re nga s n a e sp essu ra d o a nte bra co , d osmus cuo snasupe rffc ie flexo ra , m a is e spe ssa e m a is p roem inen te p roxim a l qued is ta l m en te , ex igem d ife ren te s p re ssoe s a se rem exe rc ida s pe la spo lpa s d ig ita is do m ed ico pa ra que se jam vencida s a s ba rre ira sm e c an ica s d es te s te cid os .

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5 - M etodos para0 exam e do pulso . O s dedos do m ed ico devem serma c io s e s en slv eis , s em cic atrize s e ma le ave is . Qu ando0 pacientefo r d o se xo ma scu lin o, le -se p rim e iro0 pulso do brace esquerdo equa ndo fo r d o s ex o fem in in o, le -s e p rime iro0 pu ls o do b ra ce d ire ito .

o brace esquerdo do pacien te do sexo m ascu lino sera pa lpadope la m a o d ire ita do m e dico . N este caso :- A d ivisao supe rio r do dedo ind icador regis tra0 puls o d o c ora ca oe a d iv is ao in fe rio r,0 in tes tino de lgado .- A divisao superio r do dedo rnecio registra0 pulso do baco e ad iv isao infe r io r,0 puls o d o e stomaqo .

- A divisao superio r do dedo anula r registra as condlcoes do rime sq ue rd o e a d ivisa o in fe rio r, a s co ncico es d os 6rg ao s se xu ais .

A ma o esquerda do m e dico e u tilizad a na le itu ra do pulso do bra ced ire ito d o p ac ie nte d o s ex o ma s cu lin o.- A d ivlsao supe rio r do dedo ind icador reg is tra0 pu lso dopurnaoe a d iv is ao in fe rio r,0 puls o do in te stin o g ro ss o.- A divisao superio r do dedo m ed io registra0 pulso do ffgado e adivisao infer ior,0 puls o d a ves ic ula b ilia r.- A d ivisao superio r do dedo anu la r registra0 pu lso do rim d ire ito ea d iv isao in fe rio r,0 puls o d a bexig a u rin a ria .

S e 0 pacien te for do sexo fem in ino ,0 m edico exam inapr imeiramente0 p ulso d ire ito com su as p olp as d igita is e sq ue rd as .N a m ulhe r,0 6 rgao co rre sponden tea divlsao superio r do dedoindic ado r e sta em s itu ac aocomrar laOu se ja , no hom em , a d ivisaos up erio r d o d edo in dic ad or d ire ito re gis tra0 pulso do coracao e0dedo indic ador e squ erdo regis tra0 pulso dopurnao.Na mu lh er,0d ed o in dica do r e sq ue rd o Ie0 co ra ca o e0 dedo ind ic ado r d ire ito ,0

pulm ao . A razao para que ha ja es ta a lte racao e um a pequenad ife re ng a no p ic o de con sc ie nc ia ou to rc a v ita l q u e re sid e no cora caoNenhuma d ife re ng a fis ic a p re se nte n es te 6rg ao e c emon stra ve t

6 - O s tres pu lsos constituc iona is . O s pu lsos contituc iona is saoexam inados , na m edic ina tibe tana , depois de seguidas asobservacoes dadas na prim eira pa rte . O s tre s pu lsos queana lis aremos s ao : ma s cu lin o, fem in ino e bodh is attv a.

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o pu lso cons tituc iona l m ascu lino ca ra c te riza -se po r se r rude edenso , 0 pu lso fem in ino por se r su til e rap ldo e0 b od hisa ttva p or se rregu la r e suave . O s nom es dos pu lsos nao e s tao re lac ionados como sexo . Um hom em com pulso cons tituc iona l fem in ino ind ica que te ra

v ida longa e um a m ulhe r com pu lso m ascu lino ind ica nasc im en to defilhos e filha s na tu ra lm en te . Q uando am bos , m a rido e m ulhe rpossuem pu lsos do tipo bodh isa ttva , s ign ifica que te rao longa vida ,m as seus tio s e tia s nao te rao0 m esm o des tino . S e m arido e m ulhe rpossuem pu lsos m ascu linos , te rao m u itos filhos do sexo m ascu linoe se am bos possuem pu lsos fe rn lrm os , nasce rao m ais filhas quefilh os , re la tiv ame n te . S e0 m arido ou a m ulhe r po ssu ir um pu lso de

b od hisa ttva e0 ou tro um pu lso m ascu lino ou te rnn ino , nao na sce ram a is do que um a crianca des te casa l. A le rn d is so , se0 p ulso d o o utrom em bro do ca sa l fo r m ascu lino ,0 un ico filho ge rado se ra do sexom ascu lino e se fo r tem ln ino , apena s um a filh a re su lta ra des ta un iao .

7 - Le itu ra do pu lso re la c ionada com as ene rg ia s cosrn icas e ases tacoes do ano . Na ana lise dopu so , tre s s ltu acoe s devem se rcons ide rada s : a e s tacao do ano , a s ene rg ia s co sm icas e o s .o rqaosso lldos e oco s .

o tex to m ed ico tib e tano es tabe lece que0 ana cons is te de c incoes tacoes , cada um a com 72 d ia s . S ao e la s : ve rao , ou tono , inve rnoe prim ave ra . A qu in ta es tacao e com pos ta po r qua tro pe rfodos del r anscaocom 18 d ia s , in te rca lados en tre a s ou tra s e s ta coes . Is tocomple ta0 caenoano anua l tibe tano , pe rioc ico , com 360 d ia s . C om o

a padron lzacao dos pe riodo s no ca lenoa rlo nao cons titu i um ate cno log ia tib e ta n a ,0 tex to m ed ico fo rnece a descricao de va rie ss in a is e even tos em cada es tacao , de ta l m odo que0 me dico possad is tin gu ir a e s tacao co rre ta e esco lh er0 tra tam en to de aco rdo comsua s condusoes . A ss im , es ta e scrito que a p rim ave ra tra z s ina isex te rnos nas a rvo res ,0 d esa bro ch ar d as flo re s,.0 su rg im en to dece rta s cons te la coes na m adrugada e espec ie s pa rticu la re s depassa ros voando noceu 0 prim e iro rne s da es tacao da prim a ve ra ,que co rneca no Ano Novo tib e tano e s ta a ssoc iado com aspec tosm ito lop lcos do s igno p lane tano do tig re .0 segundo m es es taa ssoc i a do com a leb re e0 te rce iro rne s com0 d ragao . E ste s tre s

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meses es tao associados com a energ ia c6sm ica da m adeira . Saos eguid os p or u rn p erfo do d e fra nsica o d e 18 d ia s. Ne ste p erfo do e staestabe lecido que a energ ia c6sm ica da te rra predom ina . C omo0

ffg ad o e sta a sso cia do com a made ira , d ura nte a p rim a ve ra0 pulsohepatcoe proem inente . Em consecuenca deste aspecto , ha um atendenc la g era l d e que0 pu ls o to rn e -s e s util e te n se n a pes so a s ad ia .o pulso constituciona l m ascu lino , que e norm alm ente denso eg ro sse iro n um in divfd uo sa dio , a dq uire uma ca ra cte rfs tica te nu e etensa , du ran te a p rim ave ra . D uran te0 perfodo de fransicao , aene rg ia cosmo -ffs ica do e lem ento te rra pred om ina e como0 bacoe sta a ss cc ia co com este e lemen to , c ara te rfs tic as do pu ls oesp lencosao observada s no exam e .

o 15Q d ia d o se gu nd o rn es d o ca le nd arlo tib eta no e o e qu in 6cio d ap rim a ve ra . N o 15Q d ia do segundo rnes do verso ocorre0 solstfciode ve rao . C om a entrada desta es tacao , oco rrem m udangas nasconste lacoes ce le s te sa no ite . Su rge0 passa ro cuco e os s ignos

a nim a is d e ca da u rn d os tre s me se s sa o a co bra ,0 cava l0 e a o ve lh a.o e lemen to d a e ne rg ia d es te s a nim a is e0 fog o, que predom in a n ae sfe ra e xte rn aman ife sta ndo-se como c alo r d e ve ra o. Ne sta e po caa energ ia c6sm ica do fogo e a m ais proem inente exte rnam ente etam bern in te rn amen te . Como0 coracao esta associado com estaene rg ia cosmo -ffs ic a,0 pu lso cardfaco torna -se sa lien te . Is tos ignific a que du rante0 verao,0 pulso em gera l apresen ta ra um a

ca rac te rfs tica rude e con tfnua .o o uto no tam b ern e a nu ncia do p or rn ud an ca s n as co nste la co es .

D uran te es ta epoca , os parda is sao vis tos m a is frecuentem ente ees tao m uito a tivos. P lan ta s e flo res acancam os seus ap ices e asfru to s corn ecam a ama durecer.9 outono esta associado com ae nerg ia cosmo -ffsica do m e ta l ou d o fe rro e com os sig nos a nim a is

d o p assa ro , d o ma ca co e d o ca ch orro . 0 p ulma o e sta asso cla do como ou tono e com0 e lemen to fe rro , po rtan to ,0 pu lso pulm onar que ebreve e aspero p reva lece nas caracte rfs ticas ge ra is do exam e . 0equ in6cio do outono ocorre no 15Q dia do segundo m es.S egue

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tam bem um perfodo de irans lcao ou in te rm edia rio quando ocorreum a predom lnancla do pulsoesp lenco .

Inverno,0 veado negro com eca a rugi r porque nao consegue beber

aqua nos lagos conge lados . Surgem rrudancas nas conste lacoes eveern-se im agens m etaf6ricas do ra to , do porco e da vaca noambien te . 0 perfodo do inverno es ta associado com a agua e como pulso rena l. E s te pu lso possu i ca racte rfs tica len ta e suave . 0so ls tlcio do inverno ocorre no1SQ dia do segundo m eso A partir da f,os dias to rnam -se m ais longos que as no ites . Nos 18 dias da es tacaode trans tcao que sucede0 inverno,0 e lem ento te rra predom ina e as

caracte rfs ticas do pulso esp lenco , b rando e suave, p reva lecem emtodo 0 exame .

o exam e do pulso pode ser rea lizado ap licando-se a le i m ae-filhoe a le i am igo-in im igo, am bas re lacionadas com as cinco energiascosm o-ffs icas . E s tas energias fo rm am a base da es tru tu ra do corpoe da m ente hum anos . A harm oniosa lo te racao des tes cinco aspectos

experim enta is es ta re lacionada com a sauce e a coenca? Cadaenergia cosm o-ffs ica es ta re lacionada com um substra to ou com umsis tem a orqan ico e ta rnbern com as re lacoes em ociona is econce itua is . Sob conclcoes favorave ls0 pulso es ta d ire tam entere lacionado com as energias cosm o-ffs icas sendo que pe la ana lisedo m esm o0 medico tibe tano e capaz de in te rp re ta r tan to a harm oniaquanto 0 desequilfbriopslcossomancoem cada elem ento .

O s dedos da m ao esquerda do m edico pa lpam , na d ivisao superio r:

- pumao - re la cion ad o com0 fe rro (me ta l)- ffgado - re lacionado com a m ade ira- rim - re lacionado com a agua

O s dedos da m ao dire ita , na d ivisao superior ana lisam :

- coracao - re lacionado com0 fogo- baco - re lacionado com a te rra- rim - re lacionado com a agua .

D e acordo com a teoria m edica tibe tana , es tas energiascosrno-ffs icas es tao re lacionadas um as as ou tras por aspectos de

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ge rac ;ao e con tro le . 0 c ic io de crlacao , oualrnernacao,o u g era c;a oe cham ado de le i m ae -filho . E s ta le i cons is te em umin te r-re lac ionam en to c lc lico de cada e lem en to e , d es ta m ane ira , a

m ae do fogoe a m ade ira , a m ae da m ade irae a agua , a m ae daagua e 0 fe rro , a m ae do fe rro e a te rra e a m ae da te rrae 0 fogo.D o m esm o m odo ,0 fogo e filho da m ade ira , a te rrae filh a do fogo ,o fe rroe filho da te rra , a aguae filha do fe rro e a m ade irae filh a d aaqua . Nes te caso , "m ae" deve se r en tend ido no sen tido rne ta toncocomo 0 que tran sm ite a tivam en te a ene rg ia de a lrn en ta cao (yin )enquan to "filho " s ign ifica , nes ta linguagems lmbo lca , 0 que erecepnvoa en erg ia deal rnemacao(yang) .

A m ed ic ina tibe tana e um sis tem a de opos tos com plem en ta re s .Com o ha um cic io de a lim en tacao e ge rac ;ao na le i rn ae -filbo da sene rg ia s cosm o-ffs ica s , ha tam bern um sis tem a de con tencao eequ ilib rio ou um cic io con tro lado r, cham ado de le i am igo-in im igo .N es te c ic io , a a gl!.ae in im iga do fogo , a te rra e in im iga da agua , a

madei rae in im iga d a te rra ,0 ferro e in im igo da m ade ira e0 fogo ein im igo do fe rro . D o m esm o m odo , a m ade irae am iga do fe rro , aterra e am iga da m ade ira , a aquae am iga da te rra ,0 fogo e amigoda aqua e0 fe rro e am igo do fogo .

A o n fve l d a re alid ad e ffs ica o u m a te ria l, ca da e ne rg ia co smo -ffs icam a nife sta -se em dife ren te s pa rte s d o corpo . Em p articu la r,n a um a

fo rte a ssoc iacao en tre o rga o vita l e ca da ene rg ia cosm o -ffs ica . C adae lem en to es ta a ssoc i ado com um subs tra to ffs ico de um orgao so lidoou rese rva to rio ass im com o um orgao oco de trans porte . A s re lacoese ntre e le s e sta o d escrita s a ba ixo :

- fogo - re la c ionado ao coracao e in te s tin e de lgado- te rra - re lac ionada ao baco e ao es tom aqc

- aqua - re lac ionada aos rin s e sque rdo e d ire ito , ao s o rqaossexua is ea bexiga- fe rro - re lac ionado aopurnao e ao in te s tino grosso- m ade ira - re lac ionada ao ffgado ea ve sfc u la b ilia r

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Com o re lac ionado an te rio rm en te nes ta subsecao , a s c incoenerg ia s c osmo -ffs ic as in flu enc iam m u ito s a s pe cto s d a expe rle n clavita l. Po r isso , e la s e s tao in tim am en te ligadas ao tem po e ase sta co es d o a no . D ura nte a p rim a ve ra ,0 e lem e nto m a de ira e m a isin fluen te e0 pu lso hepa iico to rna -se m a is a tivo , in fluenc iando0 pulsonorm a l do ind ivfduo , to rnando-o tense ou firm e e rap ioo . A m a e dffgado (m ade ira ) e a agua . Q uando u tilizam os a le i m ae -filho emcorum cao com0 pulsoper lodco ,a a gua es ta a ssoc iada com0 rime a bexiga . S e0 pu lso do rim , na p rim ave ra , possu ir a s m esm asca rac te rfs tica s do pu lso hepa tico , ou se ja , se0 pu lso rena lap re sen ta r-se rap ido e tenso , d iz-se que0 pac ien te se ra bemsuc ed id o. S e0 pu lso do am igo da m ade ira , que e0 e lemen to te rraap re s enta r -s e ta rnbem rap ldo e ten so ,0 pa cie n te te ra mu ito s am igo sdurante0 proxim o ano . 0 pu lso a que nos re fe rim os, a ssociado aoe lem en to te rra , e0 esp len lco . S e0 pu lso filho ca rd laco fo rsem e lhan te ao hepa tco , na p rim a ve ra , a pessoa po de ra to rna r-sepode ra sa e in fluen te . 0 in im igo da m ade ira /ffgado e0 metal ,a s so c ia do ao po lrn ao. S e0 puls o p ulmon a r e d ete cta do c omo ra pio o

e te n so ,0 pac ien te en tren ta ra an tagon ismos du ran te0 p roxim o ano .A s in te rp re tacoes acim a que u tilizam0 pu lso pe rlod ico em

assoc iacao com as le is m ae -filho e am igo-in im igo podem se ru tiliza da s d e ma n eira p ro pn ostica re la cio na da s ta nto a vid a como asa uce d o p ac ie nte em cu es ta o.

8 - O s se te p ulso s e xtra orc in ario s. N a cu ltu ra tib eta na0 medico

e ra m a is do que um pres tado r de p rim e iros soco rra s , po is a tuavatam bern com o conse lhe iro esp iritua l pa ra a un idade fam ilia r. 0e xam e d o p ulso p od e se r u tiliza do n um se ntid oproietco.Pa ra e s tafina lidade , a ana lise deve se r fe ita apenas em um a pessoa sad ia ,sem doencas ,Ha se te tip os d e p ulso s n es ta c ate go ria :

- pu lso da fam ilia- pu lso do hospede

- pu lso do in im igo- pu lso do am igo- pu lso do esp frito m a ligno

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_ .. p uls o re ve rs o_ pu lso gravfd ico

_ Pu lso da fam ilia : 0 m em bro m ais ve lho da un idade socia l fam ilia r

e exam inado pa ra que se de te rm ine0 des tino do cia . Todas asqua lidades do pulso rad ia l de am bos os punhos sao exam inadas ea s ca ra cte rfs ticas ge ra is sa o co ns id erad as . S e0 pu lso e pro fundo epouco cla ro (obscu ro ), en tao "oco rre ra con tanm acao ', ou se ja ,su rgirao desavencas den tro do cia , p rob lem as de o rdem em o ciona l,ffs ica e re lac ionados com a saude , a ss im com o d ificu ldades pa ra setomarem declsoes cla ra s . S e0 pulso -do m em bro m ais ve lho dafamiliae com pareve l a m ord ida de um cao desden tado , nem fo rten em fra co , tris te za e tra ge dia a tin gira o0 cia , ta l com o a m orte sub itade um m em bro da fam ilia . S e0 pulso e forte , excess ivam en teaum en tado e exuberan te , en tao um m em bro do cia experlm en ta ram edo e te rro r ex trem os . S e0 pu lso obse rvado e forte , pungen te ounftido, 0 cia expedm en ta ra so frim en tos sucess ivos e sem fim .Quando0 pu lso apre sen ta -se sem elhan te a aqua fe rvendo , ou se ja ,ag itado e irregu la r, os m em bros do cia receberao crftica s am argasde d ife ren te s pessoas . S e0 pu lso e sem elhan te a s grandeslabaredas , des igua l e m u ito va riave l, oco rre rao p rocessosdegene ra tivos den tro da fam ilia em te rm os de saude .

A s regra s do pulso pe ri6d ico ass im com o as le is rnae -ffho eam igo -in im igo podem se r ap licadas na ln te rp re tacao do pu lsofam ilia r. Na p rim ave ra , quando0 pu lso hepa tico dom inan teap resen ta r a lgum as das se is ca rac te rfs tica s acim a citadas , a sconsequencas se rac vividas pe lo che teda famHia Se 0 pulsahepanco nao es tive r a lte rado m as0 puso-rnae , 0 pu lso rena l,ap resen ta r m od ificagoes , en tao a m ae da pessoa que es ta tendo seupulso ana lisado ou0 Ifde r e sp irita a l da fam ilia so tre ra S e napr imavera 0 pu lso-filho , que e0 pulso do coracao (fogo ), e s tive radversam ente a fe tado en tao os pa ren te s do che fe da fam ilia , que

sao os filhos , expe rim en ta rao a lgum a fo rm a de so frlrnen to : Aprim ave ra e s ta a ssociada com a m ade ira -ffgado e0 in im ig o d es tecom plexo e0 fe rro -p ulm a o. P orta nto , se0 pulso pu lm o na r e s tive radversam ente a fe tado com um dos se is pu lsos fam ilia re s ,0 inimigo

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da fam ilia se ra aque le que so tre ra . Um a proporc iona lidadesem e lhan te e a plicad a na ln te rp re ta cao do pu lso -am igo .

- P ulso do hospede : R efe re -se a a lguem que nao pe rtenceafamil ia .

P a ra d e te rm in a r0 d es tin o d o h ospe de , d eve -se exam in ar0 pu lso dapessoa de quem0 hospede e m a is conhec ido ou de quem e m aisam igo den tro da fam flia . S e0 pu lso hepa tico da pe ssoa que e s tase n d o e xam in ad ae forte,0 hospede a inda pe rm anece ra na ca sa enao e s ta p lane jando sua pa rtida . S e0 pu lso pu lm onar e fo rte , e lepartira Se 0 pu lso ca rd faco e fo rte , sua v iagem es t a sendoprog ram ada e a pa rtida se ra p rox im a . Um pu lso rena l fo rteein te rp re tado com o a tra so no tra je to , d evendo oca rre r um aciden teou a lgum a ou tra d ificu ldad e na jo rn ada .

A le i rn ae -filho e u tilizada pa ra de te rm ina r a s cond icoes ou aproxim idade da chegada . P a r exem plo , se0 pu lse -m ae , nap rim ave ra , ou se ja ,0 pu lso rena l, ap re sen ta r ba tim en tos fo rte s , av iagem do hospede jac o r n e c o u ,P ara de te rm ina r se0 h osp ed e ta ra

um a jo rnada bem suced ida ,0 pu lso da pessoa m a is p rox im a eexam inado . S e0 ba tim en to do pu lso ca rd faco e fo rte , a pe ssoaencon trou -se com seu in im igo . S e0 p uls o h ep au co e p re dom in an te ,o ho spede encon tra -se bem em sua jo rnada . S e0 pu lso rena la pre se n ta r b a timen to s fo rte s,0 via ja nte che qa ra d e rn aos vazia s . S en a p rimav e ra0 puls o-in im ig o, o u s eja ,0 p uls o p ulmo n ar p re dom in a,sua rn issao nao se ra bem suced ida . S e0 pu lso -am igo e fo rte ,0

hospede te ra sucesso em sua viagem .

Q uan to aos se te pu lso s ex irao rcnenos , que es tao d ire tam en teassoc i ados com as ene rg ia s das es ta coes , e m e lho r concen tra r-sege ra lm en te no s o rqaos so lido s ou nos pu lsos da d iv isao supe rio r.P ode -se obse rva r ta rnbe rn que , de m odo ge ra l, se0 p ulse -m a e e /o uo pu lso pe riod ico fa rem forte s naque la es tacao , in te rp re ta -se que a

pe ssoa em ques tao se ra bem suced ida .- P ulso in im igo : E ra u tilizado com o procnos tico pe los m ed ico s a fimde ob te r in to rrnacoes sob re as consequenc la s do a taque de umin im igo . S e a pa rte a ta can te possu fsse um pu lso pu lm onar fo rte ,0

in im igo se ria venc ido . S e0 pu lso esp len lco fosse fo rte ,0 inimigo2 6

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se ria v ito rio so . Q uando os pu lsos ca rd facos , rena l ouhepa tcofo ssem proem inen te s , a v it6 ria ou a de rro ta nao aca rre ta riamconsequencias ,Quando 0 in im igo a ta ca s se ,0 c on tra rio d o e xp os to

ac im a se ria ap licado , is to e , se0pu lso pe ri6d ico e

0pulse -mae

fo ss em fo rte s,0 a ta ca nte n ao p od eria s ob re pu a-lo .

- Pu lso am igo : 0 pu lso do che fe da fam ilia e exam inado . S e0 pulsohepancoe fo rte , a fam ilia te ra m uito s am igos e m u ita p rospe ri dade ,e s tando liv re s de em preend im en tos m al suced idos . S e os pu lsosca rd fa co , e sp le nico o u re na l sa o fra co s, a fam ilia te ra p ou co s am igo s,n ao neve ra m u ita p rospe ridade e ocorre rao m u itos ln tonun ios . S e0

p ulso pu lm o nare fo rte , h ave ra m oderada p rospe ridade e um are gu la r q ua nti d ad e d e am igo s su rg ira o.

o s is tem a de in te r-re lacao u tilizando as le is m ae -filho eam igo-in im igo pode conduzir a m uita s e labo racoes den tro destecon texto . S e0 pu lso am igo e fo rte , a pessoa te ra m uita soportun idades de faze r am izades e acu rno le ra m u ita p rospe ridade .

Quando 0 pu lso in im igo e proem inen te , seus am igos se raoco nq uis ta do s p elo in im igo , o utro speru rba rao a am izade e , des tem odo , os re lac ionam en tos se rao poucos . S e0 pu lse -m ae ep roem inen te , su rg irao am igos e p rospe ridade com rnode racao e seo pu lso -filho e p roem inen te , n inguem ta ra am izade com a pessoaem ques tao . Q uando0 puls o-in im ig o a pre se nta a s c ara cte rfs tic asp r6p ria s do pe rfodo ,0 in im igo se raderrotado.Por exem plo , nae s tacao da prim ave ra ,0 e lem en to associado e a m ade ira cu join im ig o e0 fe rro , a sso ci a do ' ao p ulm a o e a o in te stin e gro sso . Q ua nd oo pu lso pu lm o nar ap re sen ta b atim e ntos ca rac te rfs tico s p r6p rio s dapr imavera ,0 in im igo se ra venc ido . S e0 pulso-inimigo,0 pusopu lm onar, a p re s en ta r-s e p ro em in ente ,0 in im ig o n ao s era d erro ta do .

- P u lso do esp frito m a ligno : Pu lso s dem onfacos ou pu lsos de

e sp frito s m a lign os sa o a na llsa do s n a p esso a sa dia cu jo e stilo d e v id apa rece es ta r a lte rado na sua m ane ira cos tum eira ,na p ranca dod ia -a -d ia . A s ca ra cte rfs tica s p rin cip ais d es te s p ulso s sa o d efin id ascom o flu tuan te s , m utan te s , ince rta s , va riave is , com a lte racoes

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s uo ita s, d es propo rc io na is a scrcmstarcias.Se 0 pulso hepancointerrompe0 ba tim ento sub itam ente , con tra i e depois re laxa ,0

re sponsave t pe la sa te racoes no estilo de vidae 0 espfrito ma ligno

re i. S e0 pulso p ulmona r e stive r a fe ta do , o s re sp cn sa ve ls sa o0 re ie 0 p ro te to r da s in stitu ic ;6 e s re lig io sa s. Se0 pulso ca rd fa co (fo go )e stiver a lte rad o, o s re sp orsa ve is sao o sma r a s .S e os ba tim e nto sdo pulso esplsnico (terra )ap re sen t a r e rnm odiflcacoes, osc au sadore s s ao e sp frito s po ss es so re s da te rra . Quando0 pu lso rena la pre se nta r-s e a lte ra do , o sN a g a s e os dem anios can iba is estaoca usa ndo o s in fo rtu nio s p or te rem sid o a te ta do s.

A in ter-re lacao dos e lem entos conform e as le isma e - n n eeamigo -in imigo tamberne a plica da n o pulso d os e sp frito s ma lign os.Se 0 pulse -m ae estive r a lterado,0 deus responsavel pelap ro sp erid ad e d a fam ilia fo i a ta cado . S e0 pulso-filho es tive r a lte rado(po r exemp lo ,0 puls o fo go n a p rimave ra ),0 espfrito responsave lea d ivindade fam ilia r do tio ou tia do lado m ate rno . Avaliando0

pulso-in im igo, por exem plo , na prim avera , se0p ulso p ulmona re stive r modifica do , o s in fo rtu nio s sa o c au sa do s p or b ru xa ria s. S e0

pulso-am igo apresenta r a lte racoes, os problem as sao causadospe los deuses re lacionados com a prosperi dade da fam ilia ,p rin cipa lm e nte aq ueles associ a do s com ga da, j6 ia s o u te rra s. S e0

puls o p eri6 dic o re la cio nado com a e sta cao s azon al e stiv er a lte ra doo s in fo rtu nio s s ao a trib ufdos aos a ta qu es a d iv in dade s re spon save is

pe la sauce da esposa ou de um am igo In tim a.- Pulso reverse : E ste pulsa e utilizado para de term inar as

condcoesde sauce de um a pessoa am ada ou um membro dafam ilia , quando es tes nao podem ser exam inados pessoa lm ente .Par exem plo , nas regioes m ontanhosas do Tibete um pacienteseveram ente doen te nao podia se r transportado ate0 medico.

Aplicando0

rne todo do pulso reverse em um m em bro da fam ilia dop acie nte , um p ro gn6stico p od e se r fe ito e0 tra tamen to , p re sc rito . Nom esm o exem plo , se0 pai estive r doen te ,0 pulso de urn filhosau da ve l p ode se r e xam ina do . S e0 puls o h ep an co do filh oe normale esta presen te na prim avera0 pai naomorre ra Entretanto,58 0

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pu lso hepa fico nao es tive r p re sen te ,0 pa i morrera A s re lacoesrnae -filho e am igo-in im igo ta rnbe rn podem se r ap licadas . S e0

p ulse -m a e d o filho e stiver p re se nte ,0 pa i se receperara

Quando 0 filho es ta doen te , pode se r possfve l exam ina r0 pa isaudave l. Q uando0 pu lso ca rd faco es tive r p re sen te ,0 filho serecepe ra ra e se ausen te no pa i,0 filhofa lecera Nos s is tem as dein te r -re la coe s, s e0 pu ls o -filh o e stiv e r p re s en te , h ave ra re c up e ra cao ,m as se 0 pu lso pe rioc ico do filho es tiver fraco ou ausen te , a doencase ra fa ta l. D o m esm o m odo, is to pode se r ap licado pa ra a m ae e afilh a o u p ara0 marido e a esposa , com o exp licados ac im a . S e0 pulso

hepancod a e sp osa es tive r p re se nte , h ave ra re cu pe ra ca o d o m a rid o,se ausen te , e le rno rre ra S e a esposa es tive r doen te ,0 pu lso dom arido saudave l pode se r exam inado . S e0 pu lso rena l e s tive rp resen te , a e sposa se recupera ra

C om a le itu ra dos pu lsos reve rsos ,0 ca ra te r da doenca nao podese r e scla re cld o, m a s0 fa to r m o rta lid ad e p od e se r d ete cta do .

- Pulso gravfd ico : A grav idez pode se r ava liada com0 puls o re na lde um a pac ien te adequada . A gestan te ap re sen ta um pu lso deca ra te r p ro truso e ondu lado . S e0 pu lso do rim dire ito es tive r fo rte ,nascera um filho e caso predom ine0 p uls o re na l e sq ue rd o, n asc erauma filh a.

o pu lso gravfd ico pode se r exam inado pa ra es tabe lece r umproqnosfico do decorre r do parto . Q uando os pu lsos m ae e filho

ap resen tam seus ba tim en tos norm als , po r exem plo , se du ran te ap rim a ve ra os pu lsos m a o e filho es tive rem tensos ,0 pa rto se ra fa cH ,com pouca dor. S e0 pulso am igo , ou se ja0 p uls o p ulmo n ar, p os su ircarac te rfs tica s no rm a ls , a crianca se ra p rospe ra e bem suced ida . 86o p ulso filh o, d ura nte d ete rm ina da e staca o, a pre se nta r -se com su ascarac te rfs tica s hab itua is , oco rre ra sucesso e p rospe ri dadem oderados pa ra a crianca e0 traba lho de parto oco rre ra de m a ne iram oderada . S e no pu lso in im igo de tectam -se suas ca racte rfs tica sp rop ria s e es tive r p roem inen te ,0 nascim en to deve ra se re xtrem am e nte d iffc il, re su lta nd o ta lve z em mo rte ou d efo rm id ad e.

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Sabe r 0 puls o in ere n te d e c ad a in div fd uoe im po rta n te . Is to podese r e s cla re c ldo pe ia ana lis e do pu lso constitu c iona l. Um pu lso denso,vo lum oso ou flu tuan tee comp atfv el c om0 pu lso constitu c iona l

m a scu lin o, m a s p od e s er c on fu nd id o c om uma mo le stla q ue nte . Umpulso rap idoeterueecarac te r fs tico do pulso cons t ituc iona l fem in ino ,m as pode se r e rroneam en te cons ide rado com o um a m oles tla demKhris-pa,q ue nte , se0 p ulso co nstitu cio na l n ao e stive r se nd olevado emcon s l d e r a c ao , Batim en tos con tinuos e suavesc a ra cte rfs tic os do pu ls o d e bodh is a ttv a podem ser con fundido s como pu lso deBad-kan, m as que ge ra lm en tee pro fundo e len to

tembem . O u tro e qu fvo coe c ome tid o q ua nd o0 pu ls o in e re n tees ubitamen te in te rromp ido ap6s pu ls a r d e m aneira re gula r ou quandoja s e en con tra irre gula r. E s te s do is a sp e cto s podem se r confundido scom 0 pu lso m orta l.

10 - Pu lsos ge ra is e especfficos . Em ge ra l,0 pu lso escla rece aexls te ncla de um a pa to log ia fria ou que nte que es te ja a fe tando0

co rpo . A s ca racte rfs tica s dos se is pu lsos quen te s sao c itadas ase gu ir: - v igo ro so , d ese nvo lv id o, o nd ula do , ve lo z, q ue nte e te nso(c orre sp ondem re sp e ctiv amen te a c he io , flu tu a nte , e sc orre ga d io ,rap ldo , grosse iro e tenso ).0 p uls o vig oro soe fo rte e es tatrequen te rnen te assoc iado com doencas feb ris .0 pulsodesenvolvidoe fo rte e supe rfic ia l a ssoc iado com as doencas derLung e do sangue ou tam bern commo l e s n a strip la s d erLung /

mKh ris -p a / Bad -k an .0pu lso ondu ladoe de te c ta do em d is tu rb io sdo sangue e no can ce r re lac ionado com0 mesmo .0 pu lso ve loze

ra pd o e in dica um p ro ce sso in fe ccio so o u fe bril. Um p ulso q ue nteec omp a cto e firm e , d ev id o a o a umen to d e temp era tu ra em uma re gia oe sp ecffica d o co rp o ta l como uma u lce ra ea o n a p ele .0 pu lso ten soe es ticado com o um a corda e s ign ifica feb re po r a lte racoes emmKhris-paou uma in flamag ao c ard fa ca .

A s ca rac te rfs tica s dos se is pu lsos frio s inc luem : - p ro fundo ,d eg en era do , le nto , s 6lid o, v azio e fra co .0 pu lso p ro fundo na oenftido e naoe s upe rfic ia l, c ara c te rfs tic o do edem a gene ra liz ado nos eg un do e sta qio d e e vo lu ca o.0 pu lso degene radoe pouco n ftido ,

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perde 0 vigor com0 tempo e c ara cte riza0 edem a genera lizado note rce iro es taq lo . 0 pu lso len to e tam bern re laxado e ind ica um tum orde origem tria . 0 pu lso s61 ido ou proem inen te e len to e continuo ,ca rac te rfs tico de pa to log ias lin fa ticas . No pulso vazio , a pressaoexerc ida pe los dedos in te rrom pe os ba tim entos , m as continuaquando se ap lica um a pressao m enor e e caracte rfs tico dasrn ole sfia s d erLung .0 pulso fraco nao e nn ido , apresen ta -se len toe ind ica frequen tem ente a presenca de tum ores de origem tria .

Exis tem tres tipos de pulsos quen tes e tre s tipos de pulsos frios .O s prim eiros podem ser cadenciados , superfic ia is ou rap ioos ,

in fecc io sos, a s sociadosa uma p ato lo gia fe bril re la tiv amen te re ce ntee in ic ia l e podem ser iam oern com plexos , apresen tando-se combatim entos profundos , debe is e curtos , com uns em febres cro rscas ,an tigas . D a m esm a m aneira , os pu lsos frios podem ser de na tu rezacomple xa , a pre se nta nd o b atim e nto s p ro fu nd os , d eb eis e co ntin uo s,suge rindo um a pa to log ia recen te . 0 pu lso pode ser superfic ia l ecadenciado ou len to e superfic ia l, am bos em doeneas trias croneas .

Quanto aos pu lsos especfficos , pa to log ias iso ladas dos Nepas("h umo re s") p ossu em pulso s ca ra cte rfs tico s. D oe nca s d erLungsaocarac te rizadas por apresen ta rem um pulso flu tuan te , vazio e m 6vel,q ue d es ap are cea m fnim a pressao exerc ida duran te0 exam e, m asvolta a pu lsa r pron tam ente quando a pressaoe d im inufda . 0 pu lsodas m oles tias demKhris ·pae su til,teruee tenso . Su til eo oposto

de volum oso e0 vo lum e esta d im inu fdo neste pu lso . O s ba tim entossao ta rroem finos e pene tran tes . 0 pu lse deBad·kane profunda edegenerado , com o se houvesse um ao b s n u c a op ara a pulsaca o.

D is tu rb ios de na tureza dup la ta rnbem possuem pulsosca ra cte rfs tico s. P ato lo gia s d erLung/mKhris ·pa ,tam bem cham a-das de d is tu rb ias de rLun .g / ca lo rt p ossu ern p ulsa co es va zia s( umacarac te rfs tica d a do enca derLung)e rap lda s, sup ed ic ia is e veLoze sdevidoa p re se nce d a fe bre o rig in aria d a p ato lo gia q ue nte . D is tu rb io sde m khrls-pa /Bad-ken p ossuem pulso profund otraco, incertoapa lpacao com pouca pressao devidoa presence do dis tu rb io frio deBad-kan e e tam bem tenso sob pa lpacao m ais profunda devidoa

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rn ole sta q ue nte d emKhris-pa .Distu rb ios de8ad-kan I rLungsaocara cte riza dos p or um p ulso vazio d ev ido a o d is tu rb io d erLung eb atimen to s le nto s d ev id o a o d is tu rb io frio d e8ad-kan.

D oencas de rivadas de d ism rb lo s trip lo s envo lvendo rLung ,-mKh ris -p a e 8 ad -k ans ao c ara cte riz ad a s po r ap re s en ta rem pu ls osnepatcoe e sp len ico ind is tin to s , d e sigua is e achatado s.

D is tu rb io s d o sa ng ue p oss uem um pulso o nd ula do , p ro tru so , q ueem purra fo rte pa ra cim a e e lige iram en te m ais len to que0 pulsog rav fd ico (no s is tem a trad ic iona l Ayurved ico , e ra de fin ido como pu lsoem sa ito de ra ). 0 pu lso gravfd ico

esem elhan te ao pu lso de um

d is tu rb io do sa ngu e exce to pe lo fa to d e p ulsa r m a is rap id o. 0 pu lsoem dis tu rb ios lin fa ticos possu i um a qua lidade trem ula com o umenfe ite ee ex tremam en te re s is ten tea corn lnuacao do fluxo naproxim a pu lsacao , pode -se d ize r que ha um a hesitacao em cadabat imento .

Quando a doencae bacter iana, 0 pulso e incom p le to com

irregu la ridades sub ita s e in te rrupcao im previsfve l do ritm o dapu l s acao , Nos d ls tu rb los causados por "Nagas" (e sp fritosdem onfacos em form a de se rpen te ), com o a hansenfa se ,0 pulsoencontradoe con to rc ido . Em um a pa to log ia feb ril, causada poro ism rb ios de va ria s pa rte s ou orgaos do corpo , inc lu indo aque le sq ue compo ern as c lviso es su pe rio r e in fe rio r d as p olp as d ig ita is , apusacaoed ensa e sa lie nte . Em uma fe bre q ue se p ro pa ga , o u se ja ,q ue e sta va lo ca liz ad a e s e d ifu nd e p ara o utra s p arte s d o c orp o, c omoa s lin fa ngite s, c elu lite s e ab ce ss os ,0 pulsoe te nu e, d iffc il e te ns o.Febres in fecciosas possuem pulso tenue e rap ido . Feb resin nam a tortas a pre se ntam p ulso s com ca ra cte rfs ticas varla ve is ,ln te cc oe s p ulmon are s tem puls o g era lmen te c urto , q ue impe le p arac ima .

o pu ls o po r lnq es ta o d e venenoepro fu nd o e de fic ien te - um p ulsod efic ien te p are ce e sta r p re se nte n a p rim e ira ava ta ca o, m a s a po sum a observacao m ais com ple ta decobre -se que es ta ausen te . Ain ge sta o d e a lim e n to s em e sta do d e p utre fa ca oe ca ra c te riz ada po r

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um pu lsotenue,rap ido e frouxo - ha um sub ito ap ro fundam en to dopulso .

U m a feb re nao com ple tam en te ins ta lada ("im a tu ra") possu i um

pu lso tenue , rap ldo e m 6ve l - com o0 pu lso derLung,flu tu an te eirre gu la r. Um a feb re a va nca da ("d esen vo lv ida ") po ssu i pu lso fo rte ,ten so e ondu lan te quando p res s ionado . N a feb re "vazia ",0 pu lso eoco - a pu lsa cao ces sa com0 aum en to da p ressao dos dedos , m asvo lta rap idam en te quando m enos p res s ionado . Is to ge ra lm en terep re sen ta um a grave p roq ressao da doenca , p rinc ipa lm en te seoco rre ap6s a in s ta lacao de um a feb re nao tra tada . A re s is tene ia do

organ ism o d im inu i com o consequenc ia de sua pe rrnanenc ia e adoenca in s ta la -se em sis tem a s m a is p ro fundos do corpo . Em feb res"ocultas",0 pu lso nao e de te c tado em nfve is supe rfic ia is , m as emnfve is m ais p ro fundos no ta -se que e ba s tan te ten so . N as feb re scronicas 0 pu lso e deb il, p ro fundo e ten se quando se ap lica m aispressaoa p a lp a ca o . N a s fe b re s "c omp le xa s"0 p uls o e d eb il e ra pid o,tam cem sob pa lpacao p ro funda . Q uando a causa da feb re e umfe rim en to ou um a u lce ra , a pu lsacaoe e spes sa , quen te erapldaQuando a feb re e causada por um fe rim en to que a lo ja um corpoes t ranho , 0 pu lso to rna -se frouxo , com cara te r sub itam en teenf raquec ido .

o pu lso pode se r u tilizado naavaiacao de traum a cran iano . 0es tado do pac ien te pode se r de te rm inado por ana lise do pu lso de

tre s m ane ira s d ife ren te s . Q uando apenas0 couro cabe ludo fo iafe tado, 0 pu lso dos dedos ind icadore s d ire ito e e sque rdoa pre se nta -s e fo rte . Q u an do0 e ra n io fo i a fe ta d o,0 pu ls o re g is tra dop elos d ed os rn ed os d ire ito e esqu erdo e to rte . Q ua nd o ocorreu le sa ocerebral , 0 pu lso e m a is fo rte no s dedos anu la re s . C aso ha jafo rm acao de sec re cao pu ru len ta ,s ecmda r l a ao traum a , 0 pulsotorna-seterueerapldo.P rob lem as d ige s tivos p roduzem um pu lso den so e firm e

in ic ia lm e n te , m a s q ua nd o d es en vo lv em c ro nic id ad e0 pu ls o adquireum ca ra te r te rue dev idoa deqene racao .o pu lso tum ora l e fra co e lige iram en te fro uxo .

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No edem a genera lizado em estagios in icia is(1Qe 2Qestaqlos), 0pulso e superficia l e tense em nfveis profundos da palpacao,

Se um a febre causa vornltos a um pacien te , os pulsos dos orqaos

s61idos encontram -se fracos. Q uando causar diarre la , os pulsos dos6rg ao s o co s e nco ntra r-se -a o e nfra qu ec id os.

o diagn6stico atraves do exam e do pulso e uma pranca sutil m ascientffica da arte m edica . Seis erros podem ser, em geral, com etidosdurante a le itura do pulso:

- O s pulsos nas patologias associadas comrlung e dsturblosdo

sangue sao sem elhantes no aspecto flu tuante . E ntre tanto ,0 pulsodos disturbos do sangue,na pslpacao profunda,e te nse e nq ua nto0

pulso dos cism rbios derlung apresenta -se va zio (desaparece).

- Febres avancadas e febres vazias sao sem elhantes na rapidezdos batim entos, entre tanto , nas feb res avancadas0 pulso e forte etense e os batim entos nao desaparecem com0 aum ento da pressao,

Nas febres vazias0

pulso e oco e, portanto , desaparece com apressao mais profund a.

- 0 pulso de8ad-kan e 0 pulso de patologias cronicas do sanguesao profundos em carater, m as0 pulso de8ad-kan e d eg en era doe lento enquanto que em distu rbios crcm cos do sangue0 pulso etense e forte .

o texto m edico tibetano fornece a re lacao dos pulsos para6rgaos s61idos e ocos. O s dedos indicadores registram ascondig6es do coracao e pulrnoes, s ituados na regiao superior dotronco. O s dedos medios pal p am0 sis tem a ciqestivo e0 ffgado,localizados na regiao m ediana . O s dedos anulares do m edicoregistram 0 pulso dos 6rgaos sexuais e dos rins , que se localizamna reqlao inferior do tronco.

O s 6rgaos s61idos sao considerados representantes do pulso solare os 6rgaos ocos, do pulso lunar. As civisoes superiores das polpasdigita is do m edico na arteria radia l pal p am0 pulso dos 6rgaos s61 idose registram um aspecto quente . Asdvlsoes in feriores dos dedos

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re gis tram a s co no ico es d os o rq ao s o co s e um a sp ec to frio d o co rp o.S e nos orgaos so lidos de tec ta -se um a a lte racao quen te en taoec omum que nos o rg ao s o co s re gis tre -s e um d is tu rb io frio .Era ro q ueo pu lso de um 6rgao oco apresen te um a na tu reza so la r e um orgaosolid o re g is tre um a spe cto lun ar, s imu lta n eamen te . S e um o rg ao ocoreg is tra um d is tu rb io quen te p e lo pu ls o,e impo s slv el e n con tra r umam olesfia tria em um 6rgao so lido . Um a m oles fia fria num a req iain fe rio r do co rpo deve ocorre r s im u ltaneam en te a um a m o les tiaq ue nte d a re qia o su pe rio r d o co rp o, m a s se a re gia o in fe rio r so fre d eum disnrb io quen te , a req iao supe rio r nao so fre ra de um arnoles ta

fria.11 - 0 pu lso m orta l. E s te ap re s enta -s e de fre s tipo s : va rlave l, irregu laou fixo . 0 pu lso m orta l com cara te r va riave l e s ta m a isfrequen tem en te associado com dis tu rb ios derLung, onde osb atimen to s e nc on tra do s s ao tremu lo s c omo uma b ande ira a o v en to

o puls o irre gu la r c ara cte riz a-s e p or s er c omo um abu tre q ue a ta caou tro passa ro e es te sub itam en te pa ra , m ergu lha , e svoacarap idam en te (trem ulando) e pa ra novam en te . E ste pu lso es taa sso cia do com um d is tu rb io d emKhris-pa .0 p ulso mo rta l fixe e staa ss o cia do comds turb losde Bad-kane e como0 go te ja r d aa qu a

o envo lvim en to de do is ou m ais Nepas ("hum ores") pode sera ss o cia do com a m o rte e re su lta ra em pu ls os c a ra c te rls tic os . 0 pu ls omo rta l re su lta nte d osdsturbios de rLung/mKhris-pae com o um

pe ixe pu lando to ra d 'agua pa ra pega r um inse to0 qua l se vo ltas ub itamen te p a ra fra s a tremu la r.E como d izer q ue0 pulsoe rapdoe tremu lo , q ua ndo p re ss io na doe in te rrom p ido e com a redocao dapressao re to rna ao seu ritm o . 0 pu lso m orta l a ssoci ado comdis tu rb los deBad-kan/mKhris-pae como 0 b ico de ga linhacom en do sem ente s. Is to d eve se r in te rpre ta do como um p ulso fin om ais um im pu lso rap ldo quee s ub itam e nte in te rromp id o. 0 p ulsomo r ta l p a r d is tu rb io s d eBad-kanjmKhris-pae s eme lh an te a o pula rde ra s que pa ram para descansar. Is to ca racte riza um pulso comcuracao de 3 ou m afs ba tim en tos quee sub itam en te lo te rro rnpdo .o p uls o mo rta l p or d is tu rb io s d erLung/mKhris-pa/Bad-kan,um a

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pa to logia trip la , e com o a sa liva de um a vaca que se m ove ao ven to .Pode ser in te rp re tado como ba tim entos em onda , len tos eprolongados .

Se um a pessoa forte e saudave le acom etida de um traum a subitoe seu pulso encontra -se fraco , e la m orre ra logo . Q uando um pacien tecron icam ente deb ilitado se encontra , ao exam e, com um pulso fortee vio len to , tam berne s ina l de m orte im inen te . Ba tim entos comcaracte rfs ticas de dcenca quen te , de tectados em pacien te portadorde pa to logia de cars te r frio ou vice -versa , tam bern sao consideradoscom o pulso m orta l.

Quando , nas segu in tes condicoes pa to l6gicas , os ba tim entosencontrados forem norm ais , ta rnbern se rao considerados pu lsosm orta is : - p rocesso in flam at6rio pu lm onar, acurnulo de m uco oub ile a bd om in al e e nve ne name nto .

Certos s ina is ffs icos associados com a de teccao de de te rm inadopulso podem ind ica r m orte im inen te . Se0 pulso cardfaco ou do

in tes tino de lgado es tive rem ausen tes e , ao exam e, a Ifngua es tive rpre ta e0 olhar fixo , a m orte ocorre ra em um dia . Se0 p uls o p ulmona rou do in tes tino grosso es tive r ausen te associ adoa observacao defossas nasa is deprim idas sobre a superffcie do nariz e pe tos nasa ise n c a c o s ,a m orte ocorre ra em dois d ias . S e0 pulso do ffgado ou davesfcu la b ilia r es tive r ausen te e , ao exam e, os o lhos perm anecerem

voltados para cim a , a m orte ocorre ra em tres d ias . S e0

pulso dobaco ou do estom aqo estive r ausen te ,0 la b io in fe rio r ap re s en ta r-s ecafdo e , a lem disso ,0 es te rno encontra r-se curvado para den tro(pectus escava tum ) a m orte ocorre ra em cinco d ias . S e0 p ulso ren ales tive r ausente e0 pacien te desenvolver d ificu ldades na aud lcao ouo pae ilhao auricu la r apresen ta r-se m oldado aocrano, a m orteocorre ra em oito d ias .

o te rce iro tipo de pulso m orta l ou0 pulso fixo pode ser de tectadonas doencas ou na acao de espfritos dem onfacos . No prim eiro casoo pulso do 6rgao afe tado es ta ra in te rrom pido . Por exem plo , se0

prob lem a for rena l, e s te pu lso es ta ra parado e a m orteocorrera Os

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d en om in ad os e sp frito s d emo nfa co s, de fin id os como fo rcas e xte rn asou in te rnas que se apode ram do corpo , causam desequ ilfb rio spre ju dic ia is , ge ra nd o d oen ca spslquatr lcas e ffs ica s . Na cura dedoencas por esp fritos m alignos sao necessados ritua is ("pu ja") quesao rea lizados em prim eiro luga r (com o um a form a de exorcism o),para que depo is se jam prescrito s os m ed icam en tos . S e0 "pu ja " o uos m eios esp iritua is de cu ra nao m od ifica rem0 pulso , sob rev ira am orte . 0 pu lso do esp frito dem onfacoe um pulso irregu la r comvolume vartavel,No pu lso m orta l fixo , os ba tim en tos cessam aln te rva los regula re s , par exem p lo , a cada tres pu lsacoes ocarre um apausa . Com o exis tem muitos pu lsos pausados e irregu la res , enecessa rlo um ju lgam en to sensa to e cu idadoso na in te rp re tacao dospu lsos m orta is . M uitos pulsos pausados e irregu la res saom eram en te s ina is de desequ ilfb rio e nao de m orte im inen te .

12 - Pulsos dos espfrito s dem onfacos . O s ba tim entos sao de cara -te r va rlave l. A presen tam -se ince rto s , curtos e in te rrup tos . Q uandoob se rv ad a s e sta s c ara cte rfs tic as ,0 e sp frito d emonfa co re i, ta rn be rn

conhec ido com o pro te to r dos deuses , e0

respo nsave l pe la do enca .Se 0 p uls o p ulmo na r a pre se nta r e sta s ca ra cte rfs tica s, o s ca us ad ore sda doenca sao os "Nagas". Q uando e0 p uls o h ep atlc o q ue a pre se ntaes ta s carac te rfs tica s , os espfrito s possesso re s da te rra sao osre sp cn sa ve ls p elarnolest iaS e ta is c ara cte rfs tica s sa o e nc on tra da sno pulso esp len ico , e sp fritos dem onfacos p re jud ic ia is es taop resen te s . Q uando0 pulso do rim d ire ito ap re sen ta r e s ta s

ca racte rfs ticas , o s "N agas" e os espfrito s dem onfacos p re jud ic ia issao os re sponsave is . S e encon tradas no pulso rena l esquerdo , osre sponsave is sao espfrito s dem onfacos can iba is ou um a fem ea"N aga ". S e0 pulso encon trado e pouco nftido e pro longado , ou se ja ,longo e con tfnuo , um espfrito dem onfaco fem in ino e0 r e sponsave lQuando 0 pulso encon tra r-se ind is tin to , com ba tim entos cu rto s oscausadores damolesna do pacien te sao espfrito s dem onfacosmascul inos .

C on sid eram o s q ue a s infe cc ;6es p ulm o na re s, como a tu be rcu lo se ,sao o rig inadas dos "Nagas". M oles tias in fecto -con tagiosas saoconsequenoas de um a div indade irada . 0 edem a genera lizado , a

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go ta e os crescim entos tum ora is sao causados por posse ssores daterra.

Tendo iden tific ado0 e sp frito re sp on sa ve l p ela rn ole stia ,0 medico

deve pre screve r 0 tra tam ento apropriado com m etodos paraapazigua r os responsave is com o oferendas , rne ritos , o racoes ,rec ltaeao de m antra s , pu ja , e tc . C ada um e especffico para umde te rm in ado e sp frito e nvolv id o.

13 - Pu lso do tem po de vida . A vida e incerta . A obtencao de umprecioso nascim ento hum ane e dev ido ao ka rm a. 0 loca l do exam edo pu lso e cham ado "a base da vida" de cada ind ivfduo e possu i um ana tureza ffs ica . 0 pu lso da deracao da vida e exam inado na arte riau lna r do pacien te . S e0 pulso vita l ba te no rm al m ente , a duracao davida se ra norm al. Q uando0 pulso u lna r e lrs tave l, a qua lidade devida se ra ins tave l. S e opulso vita l e s tive r quase ausen te , a v idaes ta ra no fim , m esm o que as ve ritcacoes sobre0 mom enta da m ortenao se jam conclus ivas . No caso do pulso v ita l apresen ta r-se quaseausen te , a vida pode se r pro longada a t raves de oracoes e ritua is .S e 0 pulso vita l e s tive r com ple tam ente ausen te , nao havera com opro longar a vida . Q uando0 pulso u lnar d ire ito de um hom em estive rcu rto e in te rrom pido , um paren te do sexo m ascu lino (ta l com o0 pa ise 0 p ac ie n te fo r0 filho ) fa lece ra em b reve . S e0 p uls o u ln ar e sq ue rd ode um hom em estive r encurtado , in te rrup to , a v ida da esposa ou deum a crianca se ra in te rrom pida em breve . Se , no hom em , os pu lsosu lna res d ire ito e esquerdo , es tao in te rrom pidos e cu rtos , um a m erte

sub ita , v io len ta , por pro le te ls de arm a de fogo deve ser esperada .Em um a m ulher, se0 pulso u lnar d ire ito e cu rto ,0 ma rid o fa le ce raem breve e se0 p ulso u ln ar e sq ue rd o a pre se nta r ta l ca ra cte ris tica ,o pa i ou um paren ternorreraoem breve . Na m ulher, se am bos ospu lsos vita is d ire ito e esquerdo es tive rem curto s ,0 m arido ou um acrianca fa lece rao em breve .

S e os ba tim entos do pulso vita l apre sen ta re rn-se ocos e regu la res

ou m uito desenvo lv idos , um a traqed ia ocorre ra . Q uando es te pu lsoapresen ta r-se d ife ren te do pulso cons tituciona l, um esp iritodem on iaco es ta ra pre sen te . Um pulso vita l denso e caracte ris tico deum pulso m ascu lino e um pu lso vita lterue es ta associ ad0 com 0

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pulso fem in ino . Se os ba tim entos do pulso vita l es tive rem livres deirregu la rida des e cad apulsacaofo r equ ilib rada , regu la r e superio r a100 es ta rao ind icando que0 exam inado te ra um ana de vida . Se0

pulso vita l apre sen ta r um a (m icapusacao,0 pacien te flca ra semrecu rsos financeiro s .

o pulso reve la m uito da na tureza da doenca e dos so frim entos ,se jam eles fs lcos , em ociona is ou esp iritua is . Aque le que adqu iriuum a cornpreensao p lena dos pu lsos to rnar-se -a um medicocompetente .

(T ranscrito pe lo D r. R . P rasaad S te iner, M . D ., no perfodo de 15 deoutubro a 8 de novem bro de 1979 , em Dharam sa la ,H .P., In dia )

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FARMACOGNO SIA NA MEDIC INA TIBETANAP e lo D r. S on am T o p g a y

o conhecim ento fa rm acolco ico e um a m ate ria im portan te dac ie nc ia e a rte med ic a tib eta na . E sta b ase ad o em nume ro sa s te oria se le is es tabe lec idas pe la forca da logica , das expe riencia s e dees tudos con tinuos .

F u n d am e n t o s

Os cinco e lem e ntos de nom inado s te rra , agua , fogo , a r e e spa cosao as b ases m a te ria is de teno rnen os a nim a dos e inan im a do s.Esobre a teo ria dos cinco e lem entos que os fundam en tos dafa rm acognosia es tao es tabe lec idos . E stes , por sua vez, es taobaseados na le i da un ifo rm idade da orqan lzacao dos corposm ate ria is , inc lu indo0 corpo hum ane por um lado e as drogas deou tro . Sao levados em ccns ld e ra c ao pa ra de te rm ina r0 uso e e ficaciad e uma d ro ga , su as p ro prie da de s, p ote ncla s, sa be r, mo do d e a ca oe a ss im por d ia nte . O s con stitu in te s ffs ic os e qufm icos d e uma p la n ta

m edic ina l agem com o substra tos de suas propriedades e de seum odo de acao . Para ava lia r um a droga , ou se ja , iden tifica r ede te rm inar sua qua lid ade e p ure za , es tao envolvidos num e rososrne todos , m as0 ma is im p ortan te e a ava lacao por m e io d os orgaosd os se ntid os , p rin cip almen te d o p ala da r e d o o lfa to .

O s sabo res agem com o ind icadore s da com posicao e lem enta r esa o d e s eis tip os : a cid o, s alg ad o, d oc e, a lc alin o, ama rg o e p ic an te .S uas cornpo slcoes e lem e nta res pod em ser assim re lac ionadas :d oce e co nstitu fd o p re dom in an temen te p or a gu a e te rra ; a cid o p orfo go e te rra ; p ic an te p or a gu a e fo go ; a lca lin o p or a qu a e a r e sa lg ad opo r a r e te rra . Ta is s abore s s ao ana lis ado s d ire tamen te e a d e fin ig ao

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so bre su a compo sle ao , p ro prie da de s e p ro va ve la c a oda d roga eco nh ecid a somen te p or d ecu ca o e o bse rva ca o d os e fe ito s d o sa be rsobre 0 carpo . P or exemplo ,0 acucar aum en ta Bad-kan , que e

p es ad o e embota do p ar n atu re za . E n ta o, p ela le i d a s im ila rid ad e,0

acucar e conside rado pesado ass im com o a droga . E stae sta be le cid o p or e sta le i q ue0 acuca r d im inu imKh ris-p a e rL ung,s endo de ss eme lhan te sa agua ea terra.Tendo de te rm in ado a cornpos lc ao e lemen ta r d e uma d roga a tra ve s

de seu saoo r, podem os en tao deduzir a s p ropriedades da m esm a .Uma d ro ga c ujo s c on stitu in te s p re dom in an te s s ejam a te rra e a a gu a

sera pesada , e s tave l, em bo tada , suave , o leosa e seca .Corsecuen temen te ,p roduz lra uma acao de e sta b iliz ac ao , c on tro leffs ico e m enta l e concen tracao .E m ais e ficaz nos cisnnb ios derLung.

Procedimentost a rmacc leq tcoe

No Tib e te , c re sc em abundan te s p la n ta s med ic in a is e mu ita s d e la snao sao facilm en te d isponfve is em ou tras parte s do m undo .In gre d ie n te s a n ima is e m in e ra is s ao mu ito u tiliz ado s n a manu fa tu rade drogas , m esm o ass im , a s p lan ta s m ed ic ina is sao em pregadasem ma io r qu an tid ade .

A farm acognosia tibe tana nao e s im plesm en te um a arte , m as

ta rnbe rn uma c lencla re fin ada que tem s ido tran sm itid a de sde0 BudaSakyamun iairavesdes tes 2 .500 anos . Is to inclu i nao apenas asdrogas em estado bru to m as ta rnbern seus derivados na tura is . E ,num sen tido ge ra l, e s ta c lencia envo lve um conhecim en to deh is t6 ria , d is tribu igao , cu ltivo , co le ta , se lecao , p reparacao , com erclo ,iden tificagao , ava liacao , p rese rvacao e usos de d rogas e desubstancas que afe tem a sacde do hom em e dos an im ais .

Um ta rma c eu nc o tib eta no , q ue e g era lmen te um med ic o, emp re gad ro ga s em e sta do b ru te como a ge nte sle rapeutcos ,mas com maio rfre qu en cia se us p rin cip ais co nstitu in te s a tivo s sa o se pa ra do s p orv arie s rn eto do s s en do emp re ga do s d e man eira ma is e sp ec ffic a.

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Preparacacd as d ro g a s

Incluem -se neste item : a cole ta , a secagem ,0 corte , a arm a-zenagem , a preservacao, a des ln toxlcacao e os process os deneunel lzacao.

C ole ta : A ma ioria das drogas sao cole tad as de p lantas se lvag ensem escala extensiva , a inda sob um sis tem a tradiciona l com o0

tibe tano . A negligencia por parte do cole tor pode resulta r ema lte ra ca o p arcia l d a d ro ga e , p or e sta ra za o, o s co le to re s s ao p erito se m uito experientes na arte de identificar e cole tar p lantasm edicina is . 0rnetodo de cole ta envolve um m inuciosoconhecim ento das fon tes geograficas e do habita t das p lantas .Em bora cad a p lanta possua sua potencia in trfnseca natura l, suaorigem geogrM ica ese u hab ita t afe tam ta is potencias epropriedades . A cole ta deve ser fe ita apenas em areas onde ap lanta cao ou c re sc imen to das e rvas e sta corre ta . P lan ta s med ic in aisfria s d ev em c re sc er em a re as ond e n ao fiq uem expos ta s d ire tamenteao sol ou sob qualquer outra fonte de calo r. D a m esm a m aneira ,p lantas m edicina is quen tes devem ser cultivadas em areaso n d ere ce bam lu z s ola r d ire ta . A lem d is so , a a re a c ultiv ad a d ev e s er limpa ,seca , sufic ientem enteurnida liv re de pa ra sita s e an ima is veneno so se pos su ir tempera tu ra a dequ ad a.

A e po ca a pro pria da p ara a co lh eita e p articu la rmente importa nte ,uma v ez q ue muda nca s n a n atu re za e n a q ua nti d ad e d e co nstitu in te sda droga variam muito nas especies . A ep oca m ais apropriada paraa colheita e quando a parte da p lanta que entra na cons tlto lcao dadroga es ta m ais rep le ta em princfp ios a tivos , ou se ja , quando0

mate ria l s eco fo rnece0 maxim o em qualidade e aspecto .

E stas sao as regras gera is para a co lheita de varlas drogas :

1 - Rafzes , has tes e ram os devem ser colh idos durante0 outono,d ep ois d e ce ss ad o0 processo vege ta tivo .2- Folh as , s eiv as e s emente s d ev em s er co lh id as d ura nte o s me se s7 e 8 , por volta da epoca do florescim ento , quando a fotossfn tese ema is a tiv a.3 - F lores , fru tos e sem entes devem ser cole tados duran te0 verao,n a epo ca d a polin iza gao, d ura nte0 perfodo de am adurecim ento . .

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4 - Cas cas e secrecoes devem ser cole tadas na prim avera antesdo p ro ce ss o v eg eta tiv o comeca r.5 - P la ntas medicin ais p urg ativ as sao ge ra lmente co leta da s de po isdo o uto no , q ua nd o0 p ro ce ss o v eg eta tiv o ja ce ss ou .6- Plantas m edicinais em eticas sao cole tadas na prim avera ,quando 0 processo vegetativo esta cornecando.

omodo de fazer a cole taeum tra ba lh o manual, em bora apa re lh osme ca olcos p oss am se r va nta jos amente u tiliza do s. 0 tarrn aceu ncotibe tano, entretanto, acredita que as drogas preparadasnatural m ente sofrem alteracoes m enores na estru tura orig ina l econs equentemeo te s ao ma is e fica ze s.Secagem: A secagem apropriada do ma te ria l colh idoe um fa to r v ita l

no processo de manufa tu ra da droga , po is re tira umidade sufic ien te paraa ss egura r a cons erv acao d as qua lid ad es e p re venir q ue s oframacaob acteria na e q ufm ica ou ou tra s p ossfveis modifica (foe s. 0 p rin cip ame i o d oenvolvido e a secagem p elo ar, que pode ser fe ita no sol ou na

sombra , d ep end en do do ma te ria l. D ep ois d o p rime iro corte , n o ate daco le ta , as p lan tas m edic ina is sao p icadas e tritu radas lige iramente an tesd o p rep aro p ara a se ca gem . F az-se a secag em das d rog as qu en tes aosol e das frias na sombra . Uma das vantagens da secagem na sombrae re te r a co r n atura l da d ro ga .

A secagem apropriada e bem -sucedida envolve contro le detem peratura e reculacao do fluxo de ar. Q uando0 a qu ecimento e0

fluxo de ar sao adequadam ente control ados, a droga ,comple tam ente seca , adquire um a qualidade m axim a emconsfltulcao e aspecto . A secagem do m aterial ap6s a cole tae umfator muito imp ortante no processam ento, a judando a manter seusp ote nciais intrfn secos. S ob ne nhumacondcaoa droga po de serexpostaa furna ca, o utra s d ro ga s e um id ad e.

C orte: E nvolve a rem ocao do m aterial em excesso com o suje ira ,outras partes da p lanta e assim por diante . A suje ira deve serremovid a p orpeneracao.Apesar do corte ter s ido feito em algum aextensao durante a coleta , a m aior parte deve ser processada ap6sa secagem . 0 fator m ais im portante no cortee a retira da d as p arte s

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da plan ta que in toxicam seus princfp ios a tivos . E sta in toxicagaore fe re -se , de m ane ira sucin ta , a s partes que sao rudes , de na turezaaspe ra e d iffce is de d igerir. P or exem plo , no caso das ra izes , a casca

e cons iderada toxlca , nao por se r venenosa , m as porque e asperae de d iffc il d iges tib ilidade . No caso dos ram os, as jungoes saocortadas e no caso das fo lhas , as has tes sao consideradasvenenosa s e , portan to , sao rem o vida s.

A rm azenazem epreservacao:A estocagem e a conservacao saoos m ais im portan tes na rna ru tencao de um alto g rau de qua lidadeda droga . G era lm ente , a m aior parte das p lan tas m edic ina is re tem

sua potencia na tura l por cerca de um ano , nao podendo se r es tocadae conservada por m a is tem po. Um a fa lha na observacao dastecn icas adequadas de es tocagem pode resu lta r nodesenvolvim ento de fungos , absorcao excess iva de um idade ,ressecam en to e ass im por d ian te . 0 loca l de es tocagem deve serpo tencia l m ente a prova de fogo , seco e fresco com contro le eregu lagao do ar apropriados . D rogas es tocadas e conservadas sobestas condcoespodem ser m antidas por m ais de um ano .

Deslm oxlcacao e processos de neu tra lizacao : A m aioria dasp lan ta s m ed ic ina is e rude na sua potencia0 que ,consequen te rnen te , im pede a d lqes tao adequada , aum enta0

r L u n g ,causa queda do aspecto gera l e deb ilita0 organ ism o. Am enos que es te s constitu in tes a tivos produtores de ta is e fe itos

c ola te ra is se jam n eu tra liza do s, aencaciada droga tornar -se -a m u itocom prom etida . No sis tem a m edico tibe tano , a c iencla deo es lo to xc ac ao e n eu tre liza ca oe um dos a :sp ecto s m a is imp orta nte se , em muitos casos , transm itida apenas ora lm ente .

E xis tem irum erosrnetodos de desin toxica r e neu tra liza r umco nstitu in te ln de se ia ve l d e uma d ro ga . P or e xemplo , p ara n eu tra liza rum constitu in te b ioss la te fico de um a droga que produz efe itosco la te ra is abdom ina is , usa -se arornazeira(P unica grana tum ) comoum age nte n eu tra liza do r.Q acucar m ascavo e em pregado quandoe fe ito s in de se ja ve is c omo0 des equilfb rio d er L u n gs ao p roduz ido s.S e 0 c on stitu in te in de se ia ve l a lte ra r a s e ne rg ia s ffs ic as , u tiliza -s e0

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breu pa ra neu tra liza to . Q uando e ste s rne todos deneura izacaonaosao e fe tivos ou ap licave is , ou tros m e todos m a is e spec ificos podemse r ob tidos . Po r ou tro lado , a s d rogas podem se r p repa radas com o

em plas tro s . 0 p rop rio p rocesso de prepa racao age com o um agen teneu tra lizan te e aque le s cons titu in te s te rn seus e fe ito s co la te ra isd evid amen te e lim i nados .

Modo de usar0 medicamento

E im portan te faze r uso do m ed icam en to m a is ou m enos no pe rlodorecom e ndado . Q uan toa epoca em que0 m edicam en to deva se rtom ado , os fa to re s m ais im portan te s sao : a na tu reza da doencap rinc ipa l, a p re senca de e fe ito s co la te ra is e a p robab ilidade demetas tases .

D e regra , re rnec los quen te s devem se r tom ados no in fc io damar t h a , hora do d ia em que8ad-kan se m an ife s ta m a isp redom inan tem en te . M ed icam en tos frio s devem se r tom adosata rde ou en ta rdece r, quandomKhris-pa e m ais p roem inen te ep redom ina no corpo . A no ite e de m adrugada , devem se r tom adosos m ed icam en tos tiporLung, po i s e 0 pe rfodo em que es tepredomina .

Em todos os casos , amedcacaodeve se r tom ada apes a com pie tad ige sta o d os a lim e nto s in ge rid os n as re fe ico es . E vid en tem en te , n aodevem se r inge ridos jun tam en te com nenhum alim en to . No caso dem ed icam en tos a ltam en te tox lcos , devem se r adm in is tradosim ed ia tam en te apos as re fe i~6es ou an te s de dorm ir. Pu rgan te s ,r

ernetcose v itam inas devem se r inge ridos com0 e sto rn aq o v az io .

A segu ir e s tao a lgum as das d rogas m a is im portan te s u tilizadas:

1 ) C anfo ra (C in nam omum cam p hora )S abor - a lca lino , p ican te e am a rgo .P ote nc la n atu ra l - e xce ss ivam en te frioA ~ao da droga - e lim ina os d is tu rb ios quen te sU sos - tra tam en to de feb re avancada e cron lca , nos p rocessosin flam a to rio s pu lm o nares e na m a io ria das rno le stia s quen te s .

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2 ) sa nd alo b ra nco (S an ta lum a lb um )Sabo r - a lc alin o.Po tencla na tu ra l - fria .A gao da droga - e lim ina os d is tu rb ios q uen tes e

eum antituss fgeno .

Usos - tra tamen to de p rocessos in flam a t6 rio s pu lm ona re s e ca ro lacos,febre a lte rada , in flam ag6es da pe le e rru scu los e na m aioria dasm ole s tia s quen te s .

3 ) Aqu ila ria aga llochaS abor - am a rgo e p ican te .Po tencia na tu ra l- m oderada (nem dem asiadam en te fria nem

quente) .Agao da droga - a liv io dos d ls tu rb los der L u n g ,e lim ina a febre ,fo rta le ce o s n ervo s s en so ria is e o s v as os s an gu fn eo s.U so s - tra tamento d os p ro ce ss os in flama t6 rio s ca rd la co s e a ux ilia rn o co ntro le d e d oe nca s me nta is .

4 ) Agafra o (C ro cu s s ativ us )S abor - doce .Po te rc ia n atu ra l - fria .A ca o d a d ro ga - e lim in a d oe nca s h ep atica s e re vita liza o sa ng ue .U sos-no tra tam ento da m aioria das doencas hepa ticas , nossangram entos e na re tirada de im purezas do sanque .'

5 ) C ravo-da -f nd ia (Syzig ium a roma ticum)S abor - p ic an te .

P ote nc ia n atu ra l - mo rn a.A cao da droga - a liv ia os d istu rb ios der L u n g ,pa to log ias card lacase a ume nto s d a tempe ra tu ra co rp ora l em ge ra l.U so s: todo tipo de d is tu rb ios der L u n ge cardfaco s porr L u n ge naang ina pec to ris .E empre ga do como um d ige stivo .

sumar toEmbora quase nada tenha s ido fe ito a respe ito d a cornp ilacao de

in fo rm a g6e s so bre a s d ro ga s tib eta na s n a lin gu a in gle sa e n en hume stu do n a lin gu a p ortu gu es a, e xame s me tic ulo so s e cu id ad os os sa o

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nece ssa rio s na ten ta tiva de inden tifica r a s p lan ta s e seu s u so s ,e xig in do um se nso d e ju lgam en to n a u tiliza ga o d as in to rrn aco es d ostex to s m ed ico s . A lgum as da s p lan ta s m ed ic ina is nao podem cu ra r

p ra ticam e nte to da s a s rno le stla s hum ana s dos pe sa cabe ca com odec la radas .

Um ou tro a spec to e a sub rn ssa o da s p lan ta s m e dic ina is tib etana sao s t,e s te s e sp ecffico s m ode rnos , que s ta o freq l.ien tem en televan ta da . Vem os regu la rm en te que extra to s de d roga s bemre pu ta da s e m u ito co nh ec id as , a lgum as ve ze s, m o stram re su lta do sn ega tivo s d ife ren te s . Is to nao s ign ifica que a s p lan ta s m e dic in ais

tib eta na s se jam d esp ro vid as d e to rca s cu ra tiva s. M e lh or, is to d eveauxilia r o s c ie n tis ta s n a re ava lia cao dos m e todo s u tilizados e naposs ib ilid ad e de que ta is te s te s c lfn ico s e fa rm aco l6g ico s nosextra to s , fe ito s com base s na s linh a s m ode rn a s , n ao devem se rrne todos conc lu s ivo s no ju lgam en to d a s po tenc ie s de um a d roga .Fa to re s ta is com o0 mom en ta da co lhe ita , e s taq lo dede senvo lv im en to , lo ca llza cao e hab ita t d a s p lan ta s , todosin flu enc iam nas p rop ried ade s d a s d roga s . Em m uito s ca so s , ae fica c ia de um a d roga pode depende r do e fe ito com p le to d a p lan tae nao apena s d e um ou poucos cons titu in te s se pa rados d a m esm a .

A exte n sao de pe squ isa s m eticu lo sa s e im po rtan te s sob re a sp lan ta s tib e tana se c on sid era ve l. Mu ita s d as d ro ga s u tiliza d as p e lo san tigo s m ed ico s sao m u ita s ve ze s em pregada s da m e sm a m ane ira

a tua lm en te . E xis te , n a ve rdad e , a poss ib ilid ad e de pouca s da smu ita s ce nte na s d e p la nta s m e d ic in ais u tiliza da s n a fa rm a co gn os iatib e tana possu ire rn po tenc ia s e p rop rie dade s cu ra tiva sd e sconhe c id a s pa ra a m ed ic ina m ode rn a . 0 aum en to da sde scobe rta s sob re o s e fe ito s co la te ra is d e a lgum as da s m aisim p orta nte s d ro ga s e lo pa tica s to rn a s ign ifica tiva a n ece ss id ad e d em a is pe squ isa elnvest lqacao."

* N . doT. - Pa ra um a com ple rnen ta cao do e s tudo ve r "M ed ic inaT ibe ta na U vro 4 ", a rtigo e scrito po r K elsa ng R ap ten , pub licado pe lE dito ra C ha kpo ri - S ao P au lo .

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o PARTO NA MEDIC INA TIBETANAPor D r. Yesh i D honden

O s rne todos u tilizados duran te0 parto , da form a como saopra ticados pela corren te principa l dos profiss ionais m edicosocidenta is , sao considerados por m uitos com o um a opcao poucosansta io ria Muitas m ulheres possuem tao pouca connanca nestespro ce dim e nto s qu e p refe rem d ar a luz em ca sa , sem a bso lu tam e ntenenhum a assls tencia m edica . E sta e , en tre tanto , um a atitudeextrem a que causa des necessaria dor para a m ae e a crlanca , m ase esco lh ida com o a m elhor en tre as duas a lte rnativas. O spro ce dim e nto s me dico s tib eta nos utiliza dos no pa rto sa o s imp le s e

e fe tivo s, te nd o como b ase0 u so de e rv as med ic in ais .E tamoern umm etodo na tura l. As pessoas no O ciden te dem onstram -se m uitoin te ressadas em ta l s is tem a, po is um a vez d isponfve l, a te ce rtop on to , p re ve niria uma imens a q ua nti d a de d e so frimento s. Com e steponto de vista em mente ,0 Dr. Yeshi Dhonden respondeu assegu in te s questoes :

p - O s e lem entos m ais fo rtes envolvidos duran te0

pa rto pa recemser os m edicam entos adm inistrados. Com o aqemestas drogas?Qua l0 s eu efe ito s ob re0 corpo da m ae quando a duragao do partoe ta o cra sllcameme d im in ufd o?R- Os med ic amen to s tib e tanos u tiliz ado s du ran te0 pa rto possuemduas fungoes principa is : A prim eira a livia todas as tensoesque am ulher possa te r ea :segunda- previne que ' a m ae desenvolva

q us ts qe er in fe cg oe s o uc oe nc as d ura nte o ua po s0 parte v igen te .

P - De.quemane i r a ' t a l s,dr~gastazemcomqu~ a crla aca se iaexpulsa1 tao n :iP ldamen te? -,A?_ .¢s tru tu ra sos seas re lac lonadas Sa9a te tadas? - . .' . - -.

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R - A tensao muscu lar e0 m aior oostacelo ao m ecanism o do parto .O este m odo, aacaodo m edicam ento e , gera lm ente , de re laxam entode todo 0 sis tem a corpora l da m ulher, ace lerando form idavelm ente

o nascim ento . A lern disso , a lgum as ervas encontradas na m edicinaforta lecem osrru s cu lo s re s pors ave ispela expulsao do bebe . H atres tipos de m edicam entos utilizados no parto , m as apenas um eempregado em casasno rm als , n aocomplicados. Um deles eadm inis trado nos casas do fe to es tar m orto . Na m aioria dos pafsesdo Ocidente , a cirurgia pode tornar-se necessaria , m as na m edicinatibe tana apenas a adm inis tragao des te rernedio em particu lar resolve

a com pllcacao. O s outros dois sao em pregados nos partos norm aisque comp lic am .

P - A lgum as pflu las sao adm inis tradas ap6s0 parto . Q ual0 motivodes te p rocedimen to?R - Eles previnem qualquer infecgao que possa ocorre r no corpoda m ae.

P - Em alguns casos , certas ervas sao prescritas m esmo algunsm eses antes do parto . Quais sao suas indicag6es?R - Aqueles m edicam entos m inis trados m eses ou sem anas antesdo nascim ento atuam geralm ente de m odo a forta lecer0 organismoda mae eosoutros prescritos im edia tam ente antes do parto sao paraos do is m otivos m encionados acim a.

P - Quais as dificuldades para produzir os m edicam entos?R-

Existem grandes dificuldades na m anufatu ra das drogasutilizadas atualm ente . U tili~am -se certos ingredientes que naopodem ser encontrados na India , devendo ser trazidos do Tibete .Apenas cerca de quatro das ervas necessarias crescem nafndia.

P - 0 doutor acha que estas outras e rvas podem ser encontradasno Ocden te?R - E d iffcil fa ze r ta latrrnacaosem pe squisas e xtens ivas .

P - O s medicam entos que0 doutor adm inis tra d urante0 parto saoos m esm os utilizados por outros m edicos tibe tanos?R- Os ingred ientes basicos sao absolutam ente os m esmos.Entre tanto , a f6rm ula precisa varia em todas as linhagens m eoicastibetanas.

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P - Q ua l a origem destes m edicam entos?R- Foram form ulados no T ibe te ha m uitos secu los a tras ee xte ns iv amente u tiliza do s ja n o tempo do g ra nd e tra du to r Ma rp a.

P - 0 doutor disse que a lguns dos ingredien tes herbaceosessencia is passam longos perfodos de tem po sem seremenco ntra do s. Qu al d ev e s er0 d es tin o d as g es ta nte s q ua nd o to do se le s s e a ca ba rem?R - Poderem os form ular novos tipos de drogas que esperam oss ejam ta o e fe tiv as q ua nto a s o utra s.

P - E stas dro ga s a in da utiliza das p ossu em a lg um efeito co la te ra l?R - No sis tem a m edico tibe tano , um m edicam ento em particular edes tinado a um a coenca esp eclnca S e utilizado exatam e nte comop re sc rito , n ao pode raocau sa r e fe ito s cola te ra is .

P - E stas drogas rnantem suas propriedades m esmo se es tocadasp or mu ito s a no s?R - Nao ha da ta de vencim ento po is es te aspecto e re la tivo ao

Dharm a e is to nun ca fa lha .P - No O ciden te , um a m ulher em trabalho de parto e pos icionadaem oecoblto dorsa l. N o sis tem a tibe tano , e la perm anece sem presobre os joe lhos . Qua l a razao des te proced im ento e qua is asdesvantagens em p osicionar a m ae em decubto dorsa l?R -Sobre os joe lhos ,0 peso do be be trabalha a favor don as cimento , s en do que , emdecebnodorsal ,0 pe so trabalh a con trao p arto . A le rn d isso , o s rru sculo s p odem d esen volve r m a is p ressaon a pos tu ra s ob re o s jo elh os to rn ando0 n as cimento ma is fa cil e ma israpido.

P - No O cidente , apenas um a fina coberta e conservada sobre am ae, m as os tibe tanos cobrem -na com muitas m antas grossas e acon servam quen te e tran sp ira nd o. 0 q ue0 dou to r d iz s ob re is to ?

R - No sis tem a tibe tano , m uitas m antas cobrem a m aepois ju lgam os que es te aum ento da tem pera tura contribui para0

fluxo das energias vita is e , e rn gera l, para um melhord es en vo lv imento d o tra ba lh o mu scu la r. Ambos fa to re s a ux iliam no

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parto . 0 un ico poss lve l bene flc io que eu posso visua liza r nau ltilizaC ;a o de a pena s um len co ' e evita r0 in co nv en ie nte d a s uje ira ,m ais que um a tecn lca ,e porconsequenca e m ais aq radave l para ae nfe rmag em envolv id a.

P - No nascim en to do m eu filho ,0 senhor m assageou um a verteb raaba ixo das cos te las de m inha esposa . Is to a liv iou grandem en te ain te ns id ad e d as co ntra cce s. Q u al0 s ig in ific ado de ste p roced im en to?R - Is to fo i fe ito porque sua esposa es tava se subm etendo ao seuprim e iro parto . O s ossos que devem afas ta r-se pa ra perm itir asa ldado bebe sao m uito rijo s . A m assagem nesta vertebra facilita e

apre ssa um prim eiro traba lho de parto . N ao e m uito eficaz em parto spos te rio re s , en tre tan to .

P - E arriscado que outra pessoa que nao um m ed ico qua lificadore alize a m a ssag em ?R - Contan to que conheca a verteb ra corre ta , nao ha pe rigo .

P -O senhor tam bern m assageou0 topo do abdom e de m inha

esposa . Por que?R - A cabeca do fe to nao estava na pos icao corre ta e poderia have rum nascim ento pe lv lco , um a posicao m a is do lorosa e m a is perigosa .

P - A lgum as vezes0 fina l do parto nao ocorre na tura lm ente , com ono caso da garo ta a le rna que recen tem ente deua luz emDharam sa la . Nes tas c ircunstancias , um conjun to de duas p fu las eadm in is trado , ocorrendo a sa lda da p lacen ta em m eia hora . Quedroga seria e sta?R - E id en tic a a qu e lautl izada na expusao do bebe .

P - E se 0 rem eo lo nao ag ir,0 que se pode fazer?R - Em uito ra ro que es te rned icam ento nao a tue eficazm en te . S enao 0 fize r tao im edia tam ente espe ram -se a lgum as horas paraobse rvar a evolucao e se a inda ass im nada acontecer, a re tirada

deve ser fe ita po r um m ed ico .P - Um encora jador puxao pe lo cordao nao e recom endado?R - (R indo) Defin itivam ente nao .

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P - Das cem garo tas que dfiOa lu z, quan ta sterao um mesmo tipode co rrp llcacao?

R -Cerca de 10 m ulheres daraoa luz um bebe lige iram ente

prem aturo ou p6s-te rm o, provavelm ente devido a alguns cu idadosinadequados durante a qes tacao . C om plicag6es duran te0 trabalhode parto em si ocorrem em m enos de 10 m ulheres e este nurneroreduz-se ainda m ais entre aque les casas nos qua is sao u tilizados osm edicam entos acim a citados.

P - Quais os tipos de com plicag6es m ais comuns e com o se podelidar com elas?R - Eviden tem ente ,0 rna lor prob lem a e aquele em que0 bebe es taem posicao anorna la Neste caso ,0 fe to pode ser posic ionado porm assagem exte rna . Q uando0 traba lho de parto ja es ta em estaqioavancado , varies m edicam entos devem ser adm in is trados aprincip io , para a livia r a pressao dos rnuscu los envolvidos naexpulsao . A potencia do m edicam ento deve esta r de acordo com asdisposig6es fis io l6g icas e pslcolop icas da m ae . Em casas altam entecom plicados , a experlencia do m edico va i de te rm inar0 sucesso dotra tam ento . Um m edico tibe tano m uito com peten te e capaz de lidarefe tivam ente com quaisquer com plicacoes que surjam no traba lhode pa rto .

P - 0 senhor es ta fam ilia rizado com as tecnicas este reo tipadas daobste trfcia O ciden ta l e em particu lar com as drogas u tilizadas que

anestes iam to do0 sis tem a da m ulher, tornando-a quasein con sc ien te du ran te0 traba lho de parto e cam baleando m ais tarde?R - As drogas tibe tanas citadas nao utilizam nenhum elem ento queafe te a consciencia ou anestesie0 corpo , m as buscam um maiorre laxam ento m enta l e m enor tensao m uscu la r, a liv iando as doresdas cornracoes enquanto rnantem a m ae ale rta . Nao tes tem unhe ium nascim ento pa lo m etodo O ciden ta l.

P - Quais conselhos gera is poderiam ser dados para que as rnaespudessem seguir duran te a qestacao?R - E sta entrevis ta e m uito lim itada pois0 assunto e mu ito v as to .G era lm ente , a m ae deve ser m uito cu idadosa de m ane ira a m over -se

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sem pre suavem ente e conservar-se aquecida princ ipa l m ente na areaabdom inal. Banhos frios sao estritam ente contra-ind icados. Aalim entagao deve estar aproxim adam ente na tem pera tura corpora l.R upturas extrem as no equilibrio das energias vita is d a area abdom inal,que causem sofrim ento ao fe to , trazempossveis p roblemas dura nte0

pa rto . Ev iden temen te ,0 a1cool e tem peros fortes devem ser evitados.A die ta deve ser rica , pois e la perdera m uito sangue ap6s0 nascimentodo bebe.Osveg eta is ingeridos devem ser frescos, da epoca e da regiao .Quando se in iciarem os prim eiros sina is de dor, a m ae devealim entar-se , se nao-vegetariana , com caldo de carne grosso . Sevegetariana , com a lim entos muito am ante igados. Is to deve ser fe ito emfungao de arm azenar vigor para0 trabalho de parto . No Tibete ,frequentem ente m uito frio , as preparag6es para a hora do parto saom ais com plicadas. N um clim a m ais quente , tudo0 que se prec isa saoalgum as poucas m antas , a lgo lim po para lavar e em brulhar0 bebe,a lguns pedacos de pano para lim peza , um pedaco de barbante e umpar de tesouras com os quais am arra-se e corta-se0 co rdao umbilic a l.

P - Como devem ser os cuidados para com0 bebe ap6s 0 parto?R -Ao nascer0 bebe necessita apenas que seu cordeo seja cortado,precis a ser suavem ente lavado com agua na tem pera tura corpora l eeotao embrulhado em um Iengel lim po e aquecido. Nao enecessaroqualquer cuidado com0 cordao, e le ca ira natura l m ente .E precisoapenas pingar a lgum as gotas de 61eo no um bigo todo dia . No Tibete ,devido ao clim a muito frio ,0 bebe era lavado quando nascia eem brulhado par um rnes, sendo desem brulhado apenaspara fazera hig iene gen ita l e anal. Durante0 prim eiro rnes ,0 bebe nao sealim enta de nada alern do le ite m aterno. Depois d is to , pede ser dadodiariam ente um a col her det s a m p acom mante iga na razao de1:2e esta quanti dade e aum entada gradualm ente .

P - O uvi cornentarios de que e freqOente recom endar -se que a m ae

perrnaneca em repouso durante um mes ap6s0 parto.R - Muitos textos m edicos recom endam que a m ae perm aneca emrepouso, na cam a, por um m lnimo de sete dias ; um perfodo maislongo gera lm ente nao e necessario .

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P - Quanto tem po antes e depois do parto a m ae deve abster -sede a tiv id ade s s exua is ?R- Neste p on to e xistem contra dig 6e s n as va ria s e scritu ra s rn ed l-cas , assim , nao gostaria de m e com prom ete r com qua lquer pontod e v is ta em partic ula r.

P - G era lm ente , recom endam -se dois m eses no O cidente . E sta euma estima tiv a s egura ?R- Talvez.

P - A te que ponto os m edicam entos tibe tanos utilizados no partob en efic iam um nas cimen to em partic ula r?

R - Com relacaoa dura ca o do tra ba lh o d e p arto , e ste p od eria d ura rde 8 a 10 horas, m as com a m eclcacao adequada dorara 2 horas ouum pouco m ais . Se0 p arto le va ria 3 d ia s p ara se re aliza r, p od era se rfe ito em m enos de 24 horas. Tarroern d im inu i m uito a dor (com oe xplica do acim a , sem an estesiar0 sis tem a psico-ffs ico) e comodecla re i ante s, p revine pos sfveis ln te ccoe s,

P - Pe la analise do pulso ,0 q ue po de ser determ inado com rela cao

a crianca no ute ro da m ae?R - Sua sauce gera le p rontamente d ia gnos tic ad a, a ss im como0

dia no qual a m ae deve dara luz e se tudo ira ocorrer de m aneirasanstatona 0 hora rio do parto nao pode ser determ inado . D urantea s fa se s do nas cimen to , to rn a-s e evid en te qua l e sta gio do parto e stase p ro ce ssa nd o num momen ta e sp ecffico .

P - Nao apenas as drogas utilizadas no nascim ento , m as m uitostipos de m edicam entos tibe tanos possuem im enso potencia l parase r ofe rec idoa humanid ade . Tan to a cu ra d e diversas doe ncas, q uese acred itava serem quase incurave ls , assim como varies tipos decancer e muitas doencas com tra tam entos lnsa tls ta to rlos , como ama laria e a he patite , pod em se r curada s com ervas por este sis tem am edico; m esm o aquelas pato logias para as quais se acred itavanece ss ita rem de c iru rg ia , como a apend ic ite e c alculo s b ilia re s. A lemd isso , seu sis tem a de acu pun tu ra o fe re ce variacoe s ine xplora dasp elo s c hin es es e0 moxa (te cn ic a d e apllc ac ao d e c alo r) e to ta lm entesem para le lo .0 s enhor ve a lgun s de ste s rnetodos s endo d isponfveisno Ociden te numa p re visao do futuro ?

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R - 0 Buda-Dharm a com o pra ticado no Tibete es ta se d ifund indoa t raves dos pa lses ociden ta is com um a velocidadeext raordnar laAm edicina e um aspecto integra l do Buda-D harm a e , portan to , com oseria p oss lve l om iti-Ia o u ign ora -Ia?

CANCER : UMAVISA oMED ICA TIB ETANA TRAD IC IONAL*P elo D r. P erna DorjeeTradu zido do tibetano po r Gyatso Tsering

O s seres sencien tes do Kaliyuga sao pobres em rnerltos virtuosos .O s monges tornam -se negligen tes na observacao das regras decom portam ento mora l. O s pratican tes de Tantra - abusando dasto rcas tanm cas - en tregam -seamutua destrucao , causando danos

aos Devas e aos Nagas , sem disflncao en tre suas naturezasbenevolentes e rna levolas . S eres comuns entregam -se a a tividadesrepugnantes , fazendo juram entos solenes por um pequeno ganhomundano , profanando0 la r sagrado , m atando anim ais e ou trasacoes que vao contra os ensinam entos dos sab les . Ta is condutas ,ocorrendo entre um professor e seu a luno, ou en tre um lam a (guru)e seu discfpu lo , fazem decair a sub lim e pra tlca da obeciencia ao seum estre conservada no relac ionam ento professor-estudan te .D esrespeitando os conselhos e as acvertencias do professor, osd isc ipu los em penham -se em cultivaracos s contrarias,nao-virfuosas.

Sendo esta a na tureza dos seres, m esm o aqueles Devas quedefenderam e pro tege ram a causa da acao pura , tornam -se irritados

* N. do T . -Ver "Saude A traves do Equilib rio - Um a In trodugaoaMedicina T ibe tana", cap itu lo "Tum ores", pelo D r. Yeshe D honden ,publicado pe la E dito ra C hakpori - Sao Paulo .

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e tra ns fo rm am -se em esp lrito s m a le vo lo s. C omo con sequ en cia ,e s te s e sp lrito s rna levo los exa lam toxina s e venenos , que sed ifundem por toda vo lta com o um a go lfada de neb lina ge rando adoenca do cance r (g Nyan -nad ). E en tao , com o com bus tlve l quee n tra em con ta to c om0 fo go , a s c aus a s pn rn a rla s (to x in a s e v eneno sd isso lv ido s na a tm osfe ra ) som am -se as causas secunda ria s ,jun tando -se ao s m icroo rgan ism os cham ados T re -tay ho ouP arpa -ta . E ste s se re s sao sem e lhan te s a cobra , po ssuem bocagrande e cabeca de laga rto , com um a longa cauda , tan tos pe s em aos quan to os de um a cen tope iae sao capazes detranspo rta rem -se com a a juda de a sa s inv is lve is . F lu tuando naa tm o sfe ra , en tram no corp o d e um hom emairavesdos poro s e da sna rin as , Iigando -se com os se te tipos de ce lu la s sangO lnea s ehabi tando0 corpo .

Agora adqu irem um a co lo ra cao ve rm elho cobre , um a fo rm aarredondada e inv is lve l a o lho nu . C ircu lam por todos o s vaso ssa ngO ln eo s e p ossu em a ca pa cid ad e d e a lca nca r a ca be ga e o s p esin s tan taneamen t e. Quando os m ic roo rgan ismos ex te rno s (Pa rpa -ta )

en tram em con ta to com as ce lu la s in te rnas do sangue ,0

p ro ce ss amen to n o rma l d o c orp o e p e rtu rb a do . O s m ic ro o rg an ismo sexte rno s (P a rpa -ta ) com ecam a des tru ir o s se te D ha tus doo rg an ismo , c ria ndo conc ic o es m u ito fa vorav eis a o ap a re c im en to d ed ce n ca s. A s to rc as , p o r s u a v ez , rompem0 equ illb rio no rm a l do s tre sp rindp ios su tis ("hum ores") de Vayu , P itta e Kapha . A s cau sase xte rn a s ta vo ra ve ls a ru p tu ra p odem s er: a p e rrn a ne n cia em um pa is

d e c lima qu en te ,0 c on sumo d e a limen to s b ra n co s (c om o do ce s, q u efo rta le cem os organ ism os noc ivo s), a to le rancia a s acoesnao -v irtuo sas e a s a tiv id ades im ora is com o as m enc ionadasanter iormente .

A Iite ra tu ra m ed ic a tib e tana nao faz qua lque r rnencao a e s ta te rrfv ed oe nc a e xc eto a tra ve s d e o bs erv ac oe s in co ere nte s em a lg un s d osg randes te x to s m ed ic o s.

D ife ren te das ou tra s doencas , seu tra tam en to nao deve se rp ro longado , m a s s im ln s tan taneo , po is de ou tro m o do a m o le s fiaresutara em um a m orte ab rup ta , causando extrem a do r. S e0

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tra tam en to nao fo rns tan taneo , have ra um a sub lta rup tu ra nofun c ion amen to do s s e teDhatus .

o d ia gn 6s tico d a d oe nca e im p re ciso . M e smo a plica nd o o s tre s

rne todo s pr inc ipa i s ,ou se ja ,0 e xame d a lin gu a e d a u rin a, a p alp ae aope lo exam e do pu lso e0 in te rro ga t6 rio d o p ac ie nte , a d oe nc a n aos era re ve la d a em sua fo rma pu ra , m a s c on tro ve rs a. P o r e xemp lo , s ea doenca re a l e quen te , m esm o ass im reve la r-se -a com o um arno le s tla fria e v ice -ve rsa . Em virtude de sua s ca rac te rfs tica sim p rec is a s , e d iffc il p a ra0 med ic o fa ze r uma d ia gn6s tic o c orre to d adoenga .

Ap re se n ta -s e c omor n o l e s n aa ltam e nte co nta gio sa , s en do q ueme smo0 co nta to c om se u ch eiro tra nsm ite -a d e p es so a a p esso a.Is to ex ige p rec lsao no tra tam en to . U rn pequeno e rro naadm in is tragao do m ed ic am en to co rre to , aonvesd e cu ra r a d oe ncafa ra c om que te ra pia s, d ie ta , c on du ta e tra tam e n to e xte rn o le vem auma p io ra .

E s ta e um a das m ais con fu sa s doencas , po is log ra um a cu rap os itiv a. D iz-s e q ue P a dma s ambh av a,0 g ra nd e m e stre d e ta ntraH indu , re v e lou a ch egada de s ta do enca te rrfv e l qu ando a cons e lhouo R ei T riso ng D e tse n(Khri-srong-Ide-brtsan;se cu lo V II d .C .) e au rn g ru po s ele to d e c orte sa o s.

Nao ha ga ran tia s de que a doenca nao a taqueind isc rim inadam en te qua lque r pa rte do co rpo . E la a ssum eva ria s fo rm as . P o r exem plo , ce ta le ia aguda em pancada s :co rnp lica coe s na o ro fa ringe ; do r na s co s ta s em pon tada(rLung); c61 icas no es to rnaqo e in te s tino de lgado ; m ico sesupe rfic ia l (tinha ), rig id ez a rticu la r; d e sv io dos m uscu los dapan tu rrilh a ; edem a du ro ; deqene ra cao e rom pim en to dosrnu scu lo s , o sso s e ne rvo s ; m orte com risadas e com desv ioda cabeca levan tada (co luna ); d ls tu rb lo s neu ro l6g icos(mKhris-pa) ;

d is tu rb io s do s cana is v ita is , dos c inco 6rgao ss61 ido s e dos se is 6rgao s oco s ; c re sc im en to de tum ore s emqua lque r reg iao do co rpo , c re sc im en to de toda c la sse dernu scu lo s ex tra s , tu runcu lo s , e tc . Em re sum o , nenhum

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componente do organismo huma no est a livre destadoenca quandop ro cu ramos id en tifica -Ia com a lguma re gia o d o co rp o.

Referencia:man-n gag yo n-tan rg yu d-k yi L hen -th ab s zu g-Ih gu 'its a-gdung sel-b 'a ikat-pu -re du s-m ln'ch i-zhags gchod-pa 'iral-gri por D esi S angay G yatso .

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EMBRIO LOGIA NA MEDIC INA TIBETANA

Por Dr. Yeshi D honden

Traduzido do tibetano por G yatso Tsering

Como a vida com ecae um rnls te rio para a em brio logia em si. Am edicina tibe tana enra izada na trad icao do pensam ento B udis ta trazcom o res p osta p lausfve l para es te rn ls terio0 conce ito de m enteprirna ria e de seu funcionam ento , den tro da es tru tura da le i de to rcas

"karrn lc as ", is toe ,das forcas ps ico-ffs icas de causa e efe ito . Todavida e com preend ida em term os des te conce ito cen tra l.

A em brio logia , na m edicina tibe tana , es ta class ificada em tresg ra nd es ite ns :

I - Form acao do fe to11- Fa tores tavorave ls ao crescim ento

III - S in tom as do parto

1- Pormacac d o fe to :*

Para a bem suced ida form acao fe ta l, sao necessa rlas a presencee a in teracao de a lguns fa tores . Sao e les :1) 0 esperma; 2) 0 6vulo

(em tibe tano , 6vu lo e sangue m enstrua l sao re feridos com o sangue);3 ) a consciencla de um ser peregrinando no m undo in te rrnedarlo(Bar-do), p ron to e em tem po para0 renascim ento ; 4 )0

conglom erado dos cinco e lem entos - te rra , fogo" agua, a r ee s p a c oe 5) a re lagao karrn ica en tre os pa is e a consciencia no es tadoin terrnedlarodo Bar-do.

*N. doT . -P ara m aiores de ta lhes sobre a fecundacao ver "P ales trassobre M edicina T ibe tana", pe la O ra . Lobsang Dolm a Khangkar,pub licado pe la Edito ra Chakpori - Sao Paulo .

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o esperm a e a 6vulo devem , porem , possu ir qua lidades saudave lsque conduzam a form acao do fe to . Sao qua lidades do esperm a: aalvura , a peso, a suavidade e se r espum ante . 0 6vulo deve possuir

um a cor verm elha , "com o a sangue da lebre", e nao deve de ixarm anchas perm anen tes na roupa. Par ou tro lado , esperm a e 6vuloanornalos nao levam a tecunoacao , send a que a ca ito nes tes casase esteril. Am bos es tao suscep tfveis a qua isquer das nove segu in tesanomalias:

1 ) Devido aos d isnirb los derLung (Vayu) , a esperm a e a 6vuloapresentam -se com coloracao negra , sao grosse iros , asperos eam argos no sabor.

2 ) Devido as a t te racces em mKhr is -pa (pitta), ambosapresentam -se azedos no sabar, am arelados e com odor fe tido .

3 ) Par desequilfb rios deBad-kan (Kapha) , esperm a e 6vuloapresen tam odor adocicado , coloracao cinzen ta e sao trios aotoque.

4 ) D evido a h ipertensao arte ria l, a esperm a eo 6vulo des in tegram -see perdem todo seu potencia l.

5 ) Em virtude da perturbacao deBad-kan e rLung, ambosapre se ntam -s e fra gmen ta do s.

6) Como consequencia de d is turb ios do sangue emKhr i s -pa ,am bos sao com o secrecao purulen ta e decom posta .

7 ) Devido a a lteracoes deBad-kane mKhr i s -pa ,am bos possuem

coloracao enegrecida , com ofurnaca8) Em virtude de o is tu rbios derLung e mKhr i s -pa , ambosapresentam -se secos e cuebrao lcos .

9 ) Par o ls turb los de rLung,mKhris -pa e Bad-kanambosassem elham -se a m ateria fecal e urina .

Da m esm a m aneira , naonaverafecendacao se as cinco e lem entosnao es tive rem presentes . Sem0 e lem ento te rra , nao haveraform acao de um a base; sem a agua , nao e poss lvel havercornpactacao : sem0 fogo, a rnateracao nao ocorre ; sem0 ar,nenhum crescim ento e poss lve l e sem a espaco, nenhum m ovim entopara a cresci m entaex i s t ra

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A cie ncia m e dica tib eta na a firm a q ue a rn en stru aca o p ericd ica d am ulher deve te r curacao de tres dias , e ocorre r en tre os 12 e os 50anos de sua vida . D uran te tres d iasrLungabre a en trada do ute ro

p ara q ue flu a, d es d ois g ra nd es c an ais , a e sc urld ao , is en ta d o c he irode sangue acum ulado a cada rnes na vesicu la de nu trlcaoregenera tiva . A mu lher apresen ta certos s in tom a s que precedemimed ia tamen te a men stru ac ao . E s ta s c ondeoe s s ao c ara cte riz ad aspor um a de te rioracac no aspectot s ico , um a queda gera l doorgan ism o, certa sensacao de trem or no torax, na cin tu ra , nagargan ta enos o lhos que e depois acomp anhada de um a sensacao

d e movimen to d as p arte s e nvo lv id as . N e sta fa se ,0 d ese jo se xu al emu ito a ce ntu ad a n a mu lh er.

A concepcao ocorre quando0 co ito tem lu ga r n os p rim e iro s o nzed ia s a pe s0 fim d a rn ers tru aca o. S e a mu lh er fo i fe cu nd ad a, su rgemsin ais in dic ad ore s c omosetstacaoem seu dese jo sexua l, fad iga ,langu idez e sensacao de peso no corpo . As re lacoes sexua is emtodos os ou tros d ias e no ites sao im produtivas quando a m ulher jafo i fecundada .

Ge ra lmen te , coito s no p rime iro , te rc e iro , qu in to , s eiirno e nona d ia sapes 0 te rm lno damers t ruacaopod era o re su lta r em c rla nc a d o se xom ascu lino . N os outros d ias , ou se ja , no segundo , quarto , sexto ,o itavo , decirno oudecrno-seancodias e m ais provave l que acrlanca se ja do sexo fem in ino .0 sexo da crlancae tarnbern

de te rm inado pe lo vigor re la tivo do esperm a e do ove lo . E sperm aforte e ovule fragil resultam em crlanca do sexo m ascu lino evice -versa . Q uando ambos sao vigorosos, resu ltam em gem e os ouem um herm afrod ita . O s m edicos tibe tanos a tribuem as acoes deesp lritos pre jud icia is e as anorm alidades psfqu icas das vidaspassadas do ser os casos de nascim entos anorna los - crlancascom excesso ou defic iencia de orgaos dos sen tidos ou comes tru tu ras an im ais .

D e acordo com0 conce ito ps lco -fllo so flco tibe tano , aconsc iencede pessoas a ltam ente rea lizadas, capazes de contro la r seusnascim e ntos , pene tra a traves da boca do hom em , descendo a te0

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6rga o se xu al e d ar p ara0 in te rio r do u te ro . Du ran te e sta p a ss ag em ,a consciencia sen te0 im enso prazer de sen ta r-se num tronodourado . D iz-se que a consclencla da pessoa que co le tou ricos

m e nte s em suas vida s p assada s sen te0 prazer de pe ne tra r n um ac as a mu ito b ela , q ua ndo0 e spe rm a a lc anca0 u te ro . Po r ou tro la do ,a co nscie ncia d as p esso as q ue comete ram p ro fu nd as d esvirtu de sno passado sen te com o se es tive sse en trando em um a cave rn aescu ra e te neb ro sa , d a qu al nao ha como escapa r.

Q ua is a s con tribu ig6es dos fa to re s envolvidos na form acao dofe to ? D e a co rd o com a lite ra tu ra m e dica tib eta na ,0 pai (e sp erma )co ntrib ui com a medu la e sp in ha l, e nte nd id o como a su bsta ncia q uep e rc orre d es de0 cerebro a te a base da co luna verteb ra l. A m ae(6vu lo ) con tribu i com a carne ,0 sangue , os cinco 6rgaos vita is(c ora cao , pu lm6e s, frg ado ,o a c oe rin s),0 es to rnaqo , in tes tinos ,ves lcu la b ilia r, bex igaumar t ae v es ic ula s s em in a is . Com re la cao ao sc in co e lemento s, a te rra e sta a ss oc ia da c om o s o ss os , o s rn usc ulo s,o s mov imen to s e o o rq ao s se ns oria l d o o lfa to . A agu a e sta a ss oc ia dacom 0 desenvolvim ento do sangue , a um idade corpora l e com0

6rgao do pa lada r. 0 fogo es ta re lacionado com a tem pera tu ra , are sp lra cao , a p iq rn enta cao d a p e le e com0 6rgao da visao . 0 ar coma re sp iracao , a pe le e com0 6 rg ao s en so ria l d o ta to e0 e sp aco e staa sso cia do com o s o riflc io s co rp ora is como o s o uvid os , a s n arin as ,os po ros e0 6 rg ao s en so ria l d a a ud ca o. A con sc ie nc ia p rirn aria d a

cr larca conceb ida con tribu i para a form acao da consclencla doscin co sen tid os e da consciencia como um to do .

11- Fatores que contribuem para0 crescimento:

o fe ta se orig ina na area do um bigo . A crianca es ta presa po r umco rdao umb ilic a la ves icu la de rnnrlcao regene ra tiva da m ae . O snutrie nte s d ig erid os p ela mu lh er fo rmam a b as e d o u te ro p or trin ta eo ito seman as , su ste nta nd o a s tra nsfo rm a g6e s so b a in flu en cia d erLung.

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o desenvolvim ento do fe to , sem ana a sem ana , es ta descrito emdeta lhes norGuyd-bzhi ,0 tex to m edico tibe tano bas ico . A presen toaqu i um resum o desta descrlcao :

1il sem ana : A com blnacao de esperm a e 6vulo assem elha-se ao le item is tu rado com um a pequena quan ti dade de coa lho e saoind is tingufve is um do outro . E s te com posto possu i cons ls tenciamucilaginosa.

2il sem ana : 0 ernbriao e espesso com o ge le ia e apresen ta -seam arelado sobre um a base esbrancu icada

3il

sem ana: 0 ernbriao e firm e e consis ten te com o iogurte . D e acordocom a m edic ina tibe tana , se os pa is dese jam um a crianca do sexom ascu lino , podem conseguir is to a traves da inqes tao de drogas eda rea lizacao de cerlm onlas re lig iosas durante es te es taq lo .' D a 3il

a ail sem anas , a ges tan te nao deve ded ica r-se a a tiv idades sexua is ,nao deve perm itir sangram entos par qua lquer req iao de seu corpo ,nao tom ar banhos ou nadar em agua fria , nao apertar v igorosam ente

*O erlm onlas re lig iosas sao rea lizadas de form a a sobrepu jar a acaokarrn lca do fe to . Em outras pa lavras , m esm o que0 fe to tenha com okarm a nascer com0 sexo tem rm o, as ce rirnon ias re lig iosas podemadia r a acao karm lca des ta vida . Quando a influencia daes tre la"V ic to ry" e forte sobre es te p lane ta , a im agem de um garo tc pode se r

escu lp ida com varios tipos de fe rro . A im agem e aquecida sobreca rvao em brasa , a te to rnar-se quen te , ve rm elha , sendo en taoim ersa em um a m is tu ra de le ite e m el, de onde a m ae deve beberduas rnaos cheias . Um medicam ento , "thang-sher dm ar-po",preparado a base de rnercurlo des in toxicado , ta rnbern eadministradoa m ae para fixa r em sua pessoa a lguns bons augurios .E s tes bons pressac ios sao preparados com o segue : um jovem e

saudave l ga ro to tece , com fios de la de carne iro , tres cordas que saoesncacas jun tas e am arradas . A ges tan te am arra -as em torno doabdom e com os n6s sobre0 u te ro . O u tro rn eto doe fixa r a im agemde um m enino com sua cab ega posic ionada vernca lm entecco tra0

utero.64

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os moscuosabdom inais e nao utilizar purgantes oue r n e n c o s .Ainfragao destes itens resultarao tanto em aborto como em umac rianc a natimo rta .

4~ sem ana: 0e r n b r t a otorna-se arredondado, e lfp tico ou alonqado.S e assum ir um a form a arredondada,0 fe to e do sexo m asculino , see llpflco , e do sexo fem inino e se alongado, urn herm afrodita .

5~ sem ana: 0 coracao e form ado. Nesta fase , sua espessura eaproxim adam ente a de urn cabelo com cerca de m eia polegada decomprimento.

6~ sem ana: Form a-se0 canal v ita l que em ana do coracao. Outroscanais nervosos conectados ao um bigo tam bern sao form ados.

7~ sem ana: Surge0 6rgao sensoria l da visao com sua form a naoevidente.

8~ sem ana: Surge a form a da cab ega .

9~ s em ana: As porcoes inferior e superior do abdom e sao form adas .

1O ~sem ana: Form am -se os om bros e as coste las .

11 ~ sem ana: O s 6rgaos dos sentidos sao form ados, a lern do oriffcioanal e os 6rgaos sexuais .

12~ sem ana: Surgem os cinco orqaos vita is em suas formas naoevidentes.

13~ sem ana: As form as rudim entares dos se is 6rgaos ocos sedesenvolvem.

14 ~ sem ana: Surgem as form as rudim entares das pernas e dosbraces.

15~ sem ana: A ntebragos e pernas sao form ados.

16~ sem ana: O s vinte dedos com ecam a se desenvolver e0 fe to te rnagora a form a de um a tartaruga .

17~ sem ana: Surgem as conexoes entre os varies canais nervosos ,ve ias e tendoes. Nesta fase ,0 form ato do corpo es ta com ple to .

18~ sem ana: Form am -se carne e gordura .

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19~s emana : De se nvo lvem -se a s g la ndula s ma io re s e o s lig amento s.

20~ sem ana: Surgem os05505 e a m edulaossea21 ~ s em ana: A pele com eca a se desenvolver.

22~ sem ana: S urgem as cavidades dos orgaos dos sentidos.

23~ sem ana: C abelos e unhas sao form ados.

242 sem ana: D esenvolvem -se os cinco orgaos solidos e0&orqaosocos. A m entee a tiv ad a e0 fe to corneca a sentir prazer e dor, frio eca lo r, e tc .

2 5~ semana: Tern in fc io o s movimento s re sp ira to rio s.26~ sem ana: Manifesta-se a m emo ria . A me ntee ca pa z d e re cord aro passado e exam inar0 futuro.

272 a 282 sem anas: Maior desenvolvim ento dos orgaos prim arios esecundarlos.0 fe to a dqu ire a go ra su a forma ffs ica comple ta .

31 ~ a 352 sem ana: E xpansao do corpo e seus varios constitu intes .

D urante esta fase , se0 corpo da mae esta enfraquecido , s ignificaque 0 fe to e sta fo rte le cido e v ic e-v ers a.

362 sem ana: A crianca sente revolta e repuqnancla pelo m eio que acircunda e surge um desejo de sa ir deste am biente para0 mundoexterior. Nesta e tapa, a crianca perde a clareza de m emoriaadquirida.

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sem ana: O s sentim entos basicos da paixao , odio e cobicapredom inam no padrao m enta l dacr ianca

38~semana :0 fe to posiciona-se com a cab ega para baixo e sa i doutero com a cabeca na frente . E sta re lacao entre tanto nao se aplicaa mulher que nao observou apropriadam ente as die tas e regim es,quando ela tera provavelm e nte um parto prem aturo ou pos-te rrno.

Quando0 fe to e lc an ca r um e sta gio d e d ese nvo lvimento s ufic ie ntepara perm anecer no mundo exterior, certos sina is aparecem e saosugestivos para auxilia r na ceterm lnacao de seu sexo. Q uando0

quadril dire ito da mae estiver m ais e levado e a crianca estiverloca lizada sobre0 lado dire ito , pode-se antecipar que se ja do sexo

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ma s cu lin o. Q u an do0 q ua dril e sq ue rd o a pre se nta r-se m a is e le va doe a e ria nca es tive r so bre0 la do e sque rdo , se ra do sexo fem in ino . D am esm a rnane lra , s e a m am a d ire ita e s tive r e levada , e p rovave l que

se ja um m en ino e vice -ve rsa . D eve rao se r gem eos se a porcaom ed iana do abdom e da m u lhe r e s tive r e levada .

III- S intomas do parto

S ao de fin ido s com o dor nac rnu ranos cuao ts , no s o ssos da pe lvee na reg iao in fe rio r do abdom e (porgao m ed ia do u te ro ), m lccaofrequen te em pequena s quam idace s , s egu ida de do r f1u tuan te ere co rren te . E s te s s in tom as sao ind icagao c la ra de na sc im en toim inen te . A do r do p6s-pa rto pode se r g randem en te reduzida se fo rs eg uid a um a d ie ta sa ud ave l re gu la rm e n te .

Referenc ia :bDud-rt is-snyi ng-po-yan-Iag-brgyad-pa-gsang-ba-m an-ngag-r

gyud-Ias-man-ngag-gi-rgyud (C hakpo ri C o llege o f M ed ic ineJ

Lha sa , Tib e te )

MATERIA MEDICA

Por D r. Yeshi Dho ndenTradu zid o po r Gyatso Tsering

A me dic in a tib eta na re co nh ece0 p ote nc ia l m e dic in al d e to da v idavege ta l. C ons ide ra a flo ra e a fauna com o m eios pa ra a liv ia r o sso frim e ntos do s se re s bu rn an os , in clu ind o0 re ino an im a l. P ara0m ed ico hab illdo so , a m a is s im p le s da s p lan ta s e um a fon tete rapec tica po tenc ia l e pode rosa . C om obse rvacao , pe squ isa eexpe rlrn en tacao cons tan te s e poss lve l descob rir p rop riedades

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t e r a p e u n c a sde plan tas antes desconhecidas. N o desenvolvim entode novos tipos de m edicam entos, fa tores com o0 c lima (temperatu rae um idade), aspectos topoqrafcos (a ltitude e localidade), flora e

fauna devem ser considerados em cornm cao com as caracterfsticasde um pais . No T ibete , m uito da flo ra e da fauna sao de cara te rna tvo ,nao sendo encontradas em pafses como a India .C onseqO entem ente , um m edico e torcado a procura r novas plantasadap tadas as condlcoes des te pa ls .

Na m edic ina tibetana sao ta rnbern la rgam ente u tilizadosm edicam entos com postos de m eta is e m inera is . O s textos dedicamgrande a tencao a este aspecto . Por exem plo, ha um a descricao emcapftu los sobre com o rem over e neutra liza r0 conteudo t6xico dosm inera is para tom a-les convenientes ao consum o hum ano.

Da m esm a m aneira , partes e produtos de anim ais sao u tilizadosna preparacao de m edicam entos, m as em m enor extensao devidoa exigencia da filosofia Budis ta em repudiar a m atanca de an im ais

para beneffc io do hom em .Para dar um a ide ia da M ateria M edica tibe tana , segue aba ixo um a

lista sucin ta das varlas fontes m ate ria is utilizadas na preparacao dosmedicamentos :

- M e ta is e p e d ra s p re c io s a s

Duro , pra ta , cobre , fe rro , bronze , chum bo, a lum fnio , turquesa ,coral, perola o lh o-d e-ga to , jad e, b in du va ya, la pis-lazu li, m e rcu rio ,on ix , be tum e, e tc. A M ateria M edica tibetana tem bem m enciona0

uso de 49 tipos d ife ren tes de pedras com uns e sem i-preciosas . Decada um destes 49 tipos , sao extrafdos um a multip lic idade deingredien tes que com p6em m uitos m edicam entos individuais . Emum cata loqo pode-se descrever centenas de usos.

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- P lan tas

O s com ponentes u tilizados na m anufa tura de m edicam entos sao :

ra fzes , ta los , troncos , ram os, c6rtex , ca sca , fo lhas , fto res e fru tas ,que hab item um a terra p lana com um clim a tem perado .

Tibetano Sanscrito La timchu-gang B a m b u sa te x tilisgin-gum keshar C ro cu s s a tiv u s (A ~ a fra o )

Li-si lavanga S y z ig iu m a ro m a tic um (C ra vo -d a - fn d ia )

sug- rmal alaichiE le tta ria c a rd am o m um (C a rd am o m o m e n or)

dza- t l M y ris tic a fra g ra n s (N o z -M o s c a d a )

kakola Bari a la ich i A m om um s a b u la tum (C a rd am om o g ra n d e )

arura hara Te rm in a lia c h e bu la (M ira b6 Ia no )

barura bera Te rm in a lia b e le r ic a

Kyu-ru-ra amla E m b lic a o ffic in a lis

Fru tas : Um tota l de 30 especies d ife ren tes de fru tas sao u tilizadasna pre paracao dos m e dicam e ntos .

T roncos: Lonicera syringan tha(ri-skyes-aar-nag),Lepyrodiclisholostooides (shing-dril-dkarpo) sao exem plos de troncosu tiliza do s. E xis tem mu ita s v arie da de s d ife re nte s.

Ra fz es : Z ingib er o ffic in a le(sga) e A llium sa tivum(sgog-skya)saoexem plos de ra fzes u tilizadas . E xis tem cerca de 15 variedades comva lo r med ic in a l.

R am os : G enov(Ie-kri),Va le riana wa llic h ii(Balaka)sao exemp losde ram os utilizados . E xis tem cerca de 10 va riedades .

F olh as : X an th ox ylum ze yla nic um(Tejovati)e um exem plo . H a 10var iedades .

Todas as partes da p lan ta :H acerca de 15 variedades de p lan tasdas qua is se u tilizam todas as partes . Um exem ploe a P lumb agozeylanica(Citraka).

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- P lan tas das reg ioes m ais a ltas do H im ala ia

E ind ispensave l que ha ja m uita precaucao ao co le ta r e rvas ep lan ta s de lm portancla m edica nas reg i6es frias dos a ltos te rracesdo H im ala ia . A cole ta necess itatecnica h ab ilid ad e e e xp erie nca ,po is a m aioria das p lan tas da reg iao sao extrem am en te venenosas .M esm o que um a pa rte da p lan ta se ja u til e de va lor te rapeunco , naose deve conc lu ir que as ou tras partes se jam necessa riam entebenefcas . D e fa to , enquan to um a pa rte e u til, com frequencia , aso utra s p arte s s ao to xlca s.

Ra fz es : P edic ula ris lo ngiflo ra( 'ong-Ien)e um exem plo de ra iz doH im ala ia u tilizada em m edicam en tos . H a 17 variedades d ispostasem categorias , de acordo com a colo racao , com o branco-ve rm elho ,ve rm elho-am are lo , e tc . E ste grupo som a um to ta l de 36 ca tegorias ..

Fo lhas : H a 16 tipos d ife ren te s de fo lhas . A C oryda lis T rach-ycarpa(stong-ri-ziI)e um exem plo cons iderado pecu lia ridade no T ibe te quenao possu i um va lor bo tan ico conhecido . E stas fo lhas saoca ta logadas confo rm e a qua lidade , to ta lizando 34 grupos .

F lore s : Nym phaea a lba(U tp ala), L ug -m ig(um a das p lan ta specu lia res das te rras a lta s do T ibe te ),Gurgum (um a plan ta daspradarias tibe tanas). E s tas sao a lgum as das flo re s , havendo 26especle s, em 45 ca te goria s.

Fru tas : H a 20 tipos de fru tas de va lor m edic ina l, subd ivid idas em 35ca tego rias . Sao exem plos:gser-gyi-phud-bu, Pycnoste lmalateriforum(dug-mo-snyung) ,Ca rum carv i (d zl-ra -k a-n a ).

P lan tas com ple tas : H a 30 desta s p lan ta s cu jas partes saoin te iram en te u tilizadas na m ed ic ina . H a um a subc ivsao em 59 tiposde aco rdo com a qua lidade . S ao exem plos : D racocepha lumtanguticum (Pri-yang-ku) e a Pedicu la ris kansuensis( 'J lb-tzl-drnar-po),

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-Sal

o sa l e tam bern utilizado na preparacao dos m edicam entos,

c lassificado em sal na tura l e sa l processado (na tura lm ente ). Ha 35dife rentes tipos de sa l com valor m edic ina l. Sao a lguns deles:rgyam-tsa (s al ma rin ho ),rgya-tsa (sal-gema), chagru-tsa (umapedra m uito sa lgada),kung -m o-ts a, le n -ts a(sa l proven ien te delagos de agua sa lgada),ts ag ru -ts a , ka ru -ts a(s al n eg ro ),ser-tsa(usado na preparacao de polvore ),

- Reino an im al

Uma infin idade de e lem entos re tirados de an im ais sao u tilizadosna preparacao de m edicam entos como chifre de veado, chifre derinoceronte , ffgado de e lefan te , b ile de urso , segm entos de ch ifres ,moscuos ,sangue , bile , gordura , ce rebra , pele e ass im por dian te .

-Cogumelos

Sao conhecidas o ito especies diferentes de cogum elos no T ibe te .A m aioria e recom endada ao consumo hum ane e os outros saovenenosos . Entre tan to , apenas dois deles sao u tilizados napreparacao das dragas.

A cole ta das varias partes de um a plan ta varia de acordo com ase s t a c o e s .As fo lhas sao co le tadas duran te0 verao , quando ha chuvaem sbundanc iaAs flores e frutas sao co lh idas no outono , quando are lva esta seca e pal ida . 0 cortex e co lhido na prim avera , quando asp lan tas fazem germ inar seus bra tos. A s partes das p lan tas u tilizadasna preperacao de purgan tes , na m aioria ra fzes, sao colh idas durante

o inverno . E , fina lm ente , as plan tas utilizadas com o erneticos saocole tadas quando os ta los es tao germ inando .

E xtrem o cuidado e necessarlo na co lhe ita das flo res, po is as fo lhasque as sus ten tam sao invariavel m ente venenosas, m esm o que a flor

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se ja seguram en te u til para p rop6sitos m ed icina is . No caso dasfru ta s , as sem ente s nunca devem se r u tilizadas e ao faze r uso doc6rtex, a porcao aspe ra que0 re co bre de ve ser d esprezad a.

No T ibe te , o s m edicos e seus ass is ten te s usavam ,trad ic iona lm ente , suas m ais finas vestim en tas quando pa rtiam emexpeo icoes para co le ta de ervas . A s pessoas designadas para es tetraba lho devem se r in te ligen tes e liv re s de anom alia s ffs icas em en ta is , com o coxeaduras e debilidade m en ta l. D uran te a co lhe itadas e rvas , rec itam -se m antras ao B uda da M ed ic ina . Ta is co lhe itass ao re aliza da s d ura nte0 pe rfodo que va i da prim eira fase da lua a teque es te ja che ia .

RESPOSTAS A QUESTOES SOBRE M EDIC INA TIBETANA

P or D r. Yesh i D honden

P - O nde dife rem os cam inhos segu idos pe los s is tem as m edicosOc id en ta l e tib eta no ?

R - Nao exis te d ife renga vita l. Todavia , a m edic ina tibe tana possu ium a abordagem un iversa l, nao se res tring indo m eram en te a e lim ina ros s in tom as de um a doenca , m as em penhando-se em abranger ara iz o as lca d e qu alqu er p ato lo gia .

P - Exis te a lgum sis tem amecco-f i losofcose gu ido pe l a m e dicin at ibetana?R - H a0 s is tem a herdado de Buda ,0 grande cu rador de a lm as .A pesa r da fa lta de ev idenc ia s cien tffica s , nossa conviccao nos levaa acred ita r que e le fo i um curador das a fligoes ffs ica st ambem

P - Em alguns casos , a m ed icina tibe tana ob tem m elhoresre su ltados do que no O ciden te?

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R - Resu ltados e fe tivos tem sido com provados em certo s tipos decance r e doencas re lacionadas ao sis tem a ne rvoso .

P - A rnedc inatibe tana conhece a causa do cancer?

R - E stam os fam ilia rizados com algum as causas com o fum o, a lcoo le nu tri9ao inadequada . A cred itam os tam bern que0 bem-es ta rp sic o-emo cio na l d o p ac ie nte s eja imp o rta nte .

P - No T ibe te ex is tem pessoas com dls tu rb los psfqu icossem elhan te s aos que ocorrem no O ciden te?R - Ta is pessoas ex is tem e as ca rac te rfs tica s se m an ife s tam

a traves de d is tu rb ios do sono , fa lta de m em oria , de lfrio econfusao .

P - A acupun tu ra e m uito p ra ticada no T ibe te?R -S im , tenho coope rado com um m edico O ciden ta l sob re es tea ss un to e a lite ra tu ra se ra pub licada em breve na A lem anha .

P - C ite a lgum as ca rac te rfs tica s das va ria s causas das dcencas .R - A s causas devem se m an ife s ta r sob d ive rsos aspec tos . Acoenca pode te r sua o rigem em acoes passadas , na possessao pore spfrito s d emo nfa co s o u d evid oa rna-nutr icao.P - No d iagnostico pe lo pu lso , um aspecto p redom inan te nam edicina tibe tana , m enc ionam -se tre s tipos de pulsos : m ascu llno ,fem in ino e B odh isa ttva . A penas os B odh isa ttvas possuem0 ult imopu ls o menc ion ado?

R - Nao es ta co rre to a firm ar que es te pu lso se ja exc lus ivo dosm esm os . Tan to os Bodh isa ttvas com o os ou tros se re s hum anospodem possu ir qua lque r um dos tre s pu lsos m encionados .

P - O s exe rcfc io s da yoga podem se r u tilizados no tra tam en to dasdoengas?R - S im , pa rticu la rm en te nasr n o l e s n a sde Bad - k a nA medicinatib eta na fa z um a trip la d is tin ca o e ntre d oe nca s d erLung , mKhr is -pae Bad-kan.Em certos casos , a yoga pode contribu ir nas m olesnasde rLung,m as com excecao da pranayoga , os exe rc fc ios nao saope rm itidos pa ra doencas demKhris-pa .Um a vida de fe , o racoes e

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rn ed taca o sao in flu Emc ias da s m a is im p orta ntes em to da s a s tresdoencas ,

P - Exis tem m edicam en tos com uns as m edic inas O ciden ta l e

t ibetana?R - Ha um a base com um em am bas re fe ren te aos com ponen te sdos cinco e lem entos : fogo , a r, agua , te rra e espaco . E ntre tan to ,d ife re nte d o Oc id en te , a med ic in a tib eta na n ao e xtra i a e ss en cia d ova rie s m edicam en tos , m as p rocu ra coordena r e fo rnecer0

necessa rio pa ra a es tru tu ra hum ana com o um todo . Apesa r damed ic in a Oc id en ta l o bte r re ac oe s ma is ra pio as ,05 medicamentost ibetanos e m a om arcados por e fe itos m ais p ro fundos e m aisduradouros .

P - T ra tam en tos com banhos e m assagens sao ap licados nam edic ina tibe tana?R -S im , especia lm en te nasrnolesiiasde rLung.

P- Quando0 ch ifre de rinoce ron te e u tiliz ado na m ed ic ina tibe tana?

R - E le abso rve a um idade e e bene fice nos casos especfficos dep leu rite ou lnfla rnacoes pu lm onares . O bte rn-se0 ch ifre derino ce ro nte d o N ep al e d e A ssam .

P - Em qua is casos0 g in s eng e u tiliz ado?R -Sao dive rsos os seus usos , m as e com um en te adm in is tradocomo um to nica ge ra l. A lem d isso , p od e se r p re scrito p ara d oe ncare na is e d o sis tem a n ervo so .

P - 0 ginseng es ta ind icado na in fe rtilidade?*R - E emp reg ado emcomonaceocom vin te ingred ien tes d ife ren tes .N os ca sos d e e ste rilid ad e, hom en s e mu lh ere s d evem tom ar e ste smedicamentos .

* N . do T . - Pa ra m aio re s esc la rec im en tos sob re in fe rtilidadev lriliz acao e re juvene sc im en to ve r "Saude Atraves do Equ il [b rio - UIn trodugao a M ed ic ina Tibe tana ", p e lo Dr.Yeshe Dhonden, pub lic ap ela E dito ra Ch akp ori - S ao P au lo .

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P - P ara que um a pessoa possa es ta r ap ta pa ra p ra tica r a m ed ic inaind ep en de ntem e nte n o T ib ete , q ua ntos an os d e es tu do s m e dico ss ao nece s sa rio s ?

R - A duragao varia , ap roxim adam ente em quinze a vin te anos . D efa to , apenas a te rap ia com m ercu rlo (a hab ilidade para u tiliza r a sd ife ren te s com binacoes de m ercurio de fo rm a que nao a tue com ov en eno) n ec es sita d e e stu do s d e e xte ns a c ura ca o.

P - Qua l e0 mais impo r tan te rne todo auxilia r no d iaqnos tico?R - 0 exam e de urina e do pu lso es tao em prim eiro luga r nod iagno stico . Em se gu nd o lu ga r, e sta o0 exam e das fezes e ume xame d os o rga os se nso ria is , o lh os e lin gu a. A le rn d is to , a b is to name dica d o p acie nte tambe rn e le va da em co nsce ra ca o.

P - O s m e dico s t ib eta no s ten dem a ser tavo ra ve isaespir i tual idade.E ven tua lm en te e les u tilizam a cia rlv lcencla para supe ra r ce rta sd ificu ldades no d laqnos tico?R - N ao , is to ra ram en te ocorre .

P - Um se r hum ano pode nasce r com pa to logias com oconsequencla de seu ka rm a? Q uero d ize r, com o consecuenclade suas acoes em um a vida an te rio r?R - A s ca usa s ka rrn ica s p od em re su lta r em n ascim e nto d e cria nca sc om re ta rd o men ta l.

P - P ode ocorre r de um personagem de e levada posicao esp iritua l

re na sce r como uma cria nca com re ta rd o me nta l?R - Lamas e sp iritu alm e nte p erfe ito s e d e e le va da re pu ta ca o p od emtambem re en ca rn ar d es ta man eira .

P - O s mo vim e ntos p la ne ta rios in flu en ciam0 c orp o humano?R - Exis tem corren te s de ene rg ia no co rpo hum ano que saoin flu enciada s pe lo s m ov im en to s do s p lane ta s . Os tib e tano s cham amta is corren te s de Lanna , ap roxim a dam ente0 que os ch inese sdenom inam Chu. E sta s corren tes c ircu lam da esquerda para ad ire ita nos hom ens e vice -ve rsa nas m ulheres . O cas iona lm ente ,to rnam -se n ece ssa ries os ca lcu los as tro lo cico s de aco rd o com0

calenda r io tibe tano.

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P - A m edicina p reven tiva ex is tia no T ibe te?R - O corria com frequencia no T ibe te um a inves flqacao m edica dsauce e ce rtas m ed idas p reven tivas e ram em preend idas para

preven ir aclsserrmacao de ep idem ias . Pessoas doen tes e ramiso ladas e vacinas con tra vario la e ram adm in is tradas na m aoesque rda logo aba ixo do polega r.J a em 152 a .C . ta is vaclnacoese ram ap licadas ascriancasque a tingiam seu prim eiro ana de v ida .lna lacoes tam bern eram prescrita s com opreveneaoa va rio la , a ss imcom o vacinas con tra in teccoes pu lm onares , ap licadas em criancasde a te tre s anos de idade .

P - As ciru rgias e ram rea lizadas no T ibe te? Quais e ram osanestesicosutil izados?R - A ciru rg ia ex is tiu no T ibe te , apesa r de ciru rgia s m enore sp reva lecerem sobre a to s c iru rgicos m aiores . Um a droga , com pos tade ex tra to s de um a p lan ta ob tida na neve do H im ala ia , fo i0 principalanes te s ico u tilizado . D evido ao seu e levado con teudo toxico ,0 usae a m an ipu lagao des ta droga exigia extrem a precaucao . No Tibe tea acupuntura nao e ra u tilizada com oanestesico.Os in strumento sciru rgicos exis ten tes fo ram repraduzidos e pub licados na fo rm a durn pos te r ilu s trado pe lo D r. Lokesh Chandra , res iden te emJ. 22Hanz Khas Enclave , New Delh i -16.A tua lm ente , tem -se acesso aosin strum en to s u tiliza do s em ciru rg ias re ta is e o cu la re s.

P - O s tibe tanos e os ch inese s possuem a m esm a teoria re la tiva

a o pu lso?R-As d ua s te oria s p oss uem sim ila rid ad es , a s q ua is e sta re i. e xp on doem urn livro a se r pub licado em breve .

P - U rn m edico consegue ob te r urn quadra segura de um a doencaapenas com0 exam e do pulso?R-Sim.

P - U rn es tado ps lqo ico a lte rado , doen tio , pode ocas ionar doencasflsicas?R - O corre sob d iversascondcoesde s tress . Em ocoes in tensa scom o inve ja , c iu rnes ou orgu lho podem resu lta r em d is tu rb ios dsangue e ou tras doencas . D a m esm a m ane ira , de se jo s de vlo lencla

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podem gera r doeneas m en ta is , su ic id io e enxaqueca . A perda deum a pessoa am ada ou um paren te pode ge ra r a rt rite ou um aiinflam a ga o d as a rticu lacoe s. E ntre ta nto , a a rt r ite p ode te r o rigem n ainqes tao excess iva de ca rne de porco . Fortes dese jos sexua ispodem resu lta r em en joos ou doencas do sis tem a ne rvoso .

P - Qua l seu ponto de vis ta , D r. D honden , sob re0 usa de pflu la santiconcepcionais?R -O s contracep tivos O ciden ta is podem gerar d is tu rb iosc lrcu ta tcrtos . Na m edic ina tibe tana ex is tem pflu lasa ntico ncep cio na is e fe tiva s no co ntro le d a n ata lida de , m a s d evem se r

considerados sob um pon to de vis ta e fico-re liq io so . A s le is do karm aserao incom preens ive is para nos se nao ace ita rm os as fo rcas deco ntin uid ad e d a c on sc ie ncia .E a ltam ente p rovave l que m uitos oua lguns de nos aqui reun idos hoje[a tenham os nos encon trado emuma v id a a nte rio r.

P - No passado havia0 cancer?R - J a ex is tia an te s e , de acordo com um a profec ia , sua p roporcaoesta ra em e levacao nesta e ra com em poraneaJ a d iscu tim os asvaria s causas do cance r. G era lm en te ,0 cance r pode ocorre r sobc irc un sta rc ia s o nd e0 rLung tenha m a is in fluenc ia quemKhris-pa.Na m ed ic ina tibe tana , cada cancer recebe um a te rap ia iso lada eespecifica . Tenho um a pac ien te em Bom baim que te ria m ais se ism eses de v ida , segundo seus m edicos . E la es ta sob m eus cu idados

e tem sobrev ivido a se te anos de tra tam en tos . A paren te de um aes tudante em Dharam sa la sofria de cance r de m am a e fo i-Ihereve l ado possu ir apenas cerca de qua tro m eses de vida . M asquando e la cornecou0 tra tam ento aqui, oco rreu um a eviden temelhora .

P - A lem das p lan tas , qua is ou tros ingred ien tes sao utilizados?R - Um a divers idade de pedras preciosas en tra na m anufa tura dem edicam entos tibe tanos e va rie s m eta is com o ouro , pra ta ernercurio,Assim com o na m edic ina Ayurved ica , es tao inclu idos0

su lfito de m ercu ric negro e0 oxide ve rm elho . 0 p rocesso dep urlflca ca o fo i o btid o a t ra ve s d e c au te nza ca o.

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P - A acupun tura pode ser ap licada a todos os tipos de doeneas?R - Nao e recom endada nas cham adas doencas quente s , onde0

p ac ie nte man ife sta fe bre o u a umen to d e tempera tu ra .

P - S ao u tilizados m edicam en tosa b ase d e a nim a is?R - E xis tem m ed icam entos que u tilizam com ponentes de ce rtoa nim a is . P or e xemplo , a ve sicu la b ilia r d o u rso , in gre die nte q ue fap arte d os med ic amen to s d e c ate go ria q ue nte ;0 pen is do veado e0ffgado do e le fan te , que auxiliam no com batea febre e outros . Noenta nto , e xis te a p re fe re nc ia a os med ic amen to sa b ase de p la nta ssobre es te s proven ien tes de an im ais , devido ao com prom isso de

rep ud ia r a m a tan ca d os m e smo s.P - P ara qua is d is tu rb ios as pe ro la s es tao ind icadas?R -Sao com ponen tes de m edicam en tos que a tuam em rnole stla sa rticu la re s e ce reb ra is .

P - Qual arnpor tanciada d ie ta ?R - E consideradaprmar i aA lgum a s do en cas requ erem a pen as

um a p re scricao cle te nca , sen do curad as in de pen de ntem ente d osmedicamentos .

P - A te rap ia com sons e u tilizada?R - S im , e specia lm e nte n os ca sa s de do enca s m e nta is . A recita caode m antras re lig iosos es ta freq i.Jen tem ente envolvida com asdoencas de rLung . M as nos casas m a is graves0 pacien te e iso ladoem local s ilencio so.

P - A m edic ina tibe tana ace ita0 conce ito Oc iden ta l d e "bacte ria "?R -S im , m as denom inam os e class ificam os com o tre s tipos de"vermes" .

P - 0 pacien te e in form ado pe lo m edico sobre0 se u temp o de vida ,o u q ua nd o e le rn orre ra ?R - O s m edicos tibe tanos nunca58 re fe rem em term os de m orteao pac ie n te , p ois0 in fo rmado s eiornarad ese nco ra ja do e p erd era acorflancaMas o s p are nte s d o p acie nte sa o in fo rm a do s.

P - Com o a m orte pode ser con firm ada?R - E vita l que a m orte se ja apurada por um lam a m edico ,

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p artic ula rmen te n os c as os d e d is tu rb io s d er lu n g . 0 idea l e que aconsclencia sa ia pe lo topo da caoeca , m as es ta form a e bastan tera ra . A mane ira ma is comum d a co nse ie nca d eix ar0 corpo e a tra ve sdo s c an a is p sfqu ic os cone cta dos ao cora cao e o rg aos re p rodutiv os .E ste p rocesso dura tre s a qua tro d ia s , m as va ria com lam as quep ossu em su pe rio rid ad e in te le ctu al. E ste s lam a s ma is a va oca do spossuem ene rgia s que0 to rnam capazes de m ed ita r nas duass emana s s egu in te sa "mo rte ". 0 ca da ve r n ao se ra removid o d o lo ca la te que um puja ou um acerrnonare lig io s a s e ja re a liz ada . Quandoflu idos verm elhos e b rancos flu frem das na rinas do fa lec ido ,com preendem os que a consclencia de ixou0 co rpo . Na Ind ia ,t es temunhe icrernacoesde pessoas vivas , quando a ocorrenc iadefin itiva dos s ina is de m orte nao es tavam fundam en ta l m enteestabelecidos.

P - E importante0 tipo de pedra p rec iosa ou m eta l que a pessoausa em seu corpo?R -A s p ed ra ste rn umafu nca o importa nte . A stu rq ue sa s b en efic iam

to das a s d oe ncas , e spe cia lm e nte n as ln tox icscoe s a lim e nta re s edoencas do ffgado . E especia lm ente bene fice usa r e s ta ped raduran te ep isocios de ic te rlc ia e , nes tes casos , e latorna-seam are lada tam bem . 0 rub ie e sp e cia lmen te b enenco . Am e tis ta sfavorecem0 tra tam e nto d e d oe nca s como a h an se nfa se , rn ole sn asd a ga rga nta e em e dem as. S afira s sa o d e po uco be neffc io , em b orase jam ca lm a ntes do s is tem a ne rvoso . 0 usa do ouro e p ra ta possu i

efe ito substancia l.. P - As iongascis tancas e xis te nte s n o Tib ete fa ziam c om que n emsempre0 medico pu de sse ch ega r a se us p acie ntes . H avia a lgum ama ne ira d e se o bte r um a co nsu lta m e dica , a pesa r d e tud o?R - Sob ta iscircunstancas .erap ossfve l a re allza ca o d e um examed e u rin a p ara d ia gnos tic o e a co ns elh amen to .

P - A s esco las de m ed ic ina e ram con tro ladas pe lo E s tado noTIb~e? .R - S im . A lern d is to , n o d is trito d e Lh asa , o s re qu is ito s pa ra exam e

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eram extrem am ente rfg idos . N os arredores , pod ia -se pro je ta r um aco nsld era ve l fro uxid ao , n ao h avia mu ito co ntro le .

P - Exis tem a inda m uitos m anuscritos sobre m edic ina tibe tana?R - Restam poucos . A m aioria

eprese rvada em Dharam sa la e

poucos es tao na Mong6lia .

P - E d es accn se lh ave l d orm ir d ura nte0 dia?R - No T ibe te , em virtude das condicoes clim ailcas , es te hab lto eracesacorse lnave l particu la rm ente nas doencas demKhris-pacomoa hepa tite . N as rno les tlas derLung nao faz m uitadl te renca

P - No M edite rrfm eo , as pessoas costum am faze r a ses ta eco nsum ir m u ito vinho . Is to e pre jud ic ia l?R - Nao faz m uita d ife renga um a vez que as pessoas es te jamhabitua das a is to .

P - A ativ idade sexua l in tensa e pre jud ic ia l ao ser hum ano?R - Depende da epoca do ano . O s m eses en tre se tem bro e dezem brosa o co nsid era do s m a is a pro pria do s.

P - C erta s co rnb lnacoes de a lim en tos sao p re jud ic ia is?R - S im , por exem plo , ovos e a lho nao devem ser com binados , nemco gumelo s com 61 eo d e d en te -d e-le ao .

P - E xis te a lgum m edicam ento que a ja com o auxilia r na m editagao?R -As pflu las sao even tua l m en te p rescritas pa ra facilita r ac ircu lacao e d im inu ir a pressao derLung. E xis tem pflu las

des tinadas ao consum o duran te longos perfodos de rned itacao ,quando nao ha inqes tao de a lim en tos .

P - 0 clis te r e u tilizado na m edic ina tibe tana?R - S im , tan to em tem pos rem otos com o atua lm ente .

P - Com o sao fe itas as purificacoes de m eta is , com o0 rnercurlo,de m odo que possam ser u tilizados com o m edicam entos?

R - O s rne todos de purificagao sao freqO entem ente com plicados eo processam ento dos m edicam en tos pode durar a te do is anos , an tesque 0 produto fina l possa se r consum ido . U rina extra fda de pessoas

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ve l has e jovens eram acess6rios im portan tes na purlficacao demeta is .

P - Como se obtinha0 titu lo de doutor em Lhasa?

R - Anaves das duas facu ldades de m edicina . O s exam es eramo ra is e e scrito s, comple to s e compre en sfve is .