Publicação da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil Ano XVI - nº 84 |setembro/outubro| 2012 Medicamento novo é mais eficaz? Diretor do Instituto de Saúde da Comunidade da Universidade Federal Fluminense afirma que novas tecnologias nem sempre são benéficas Pág. 8
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Medicamento novo é mais eficaz? - cassi.com.br · o selo de Agência Saudável concedido pela CASSI. ... comodidade de comprar sem sair de casa. Acesse o ... Salomão Daud Arantes,
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Publicação da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil
Ano XVI - nº 84 |setembro/outubro| 2012
Medicamento novo émais eficaz?
Diretor do Instituto de Saúde da Comunidade da Universidade Federal Fluminense afirma que novas tecnologias nem sempre são benéficas
Pág. 8
2 3Jornal CASSI Associados
Confúcio, filósofo, afirmava que
os homens perdem a saúde para
ganhar dinheiro e depois gastam
esse mesmo dinheiro para tentar
recuperá-la. Nós, da CASSI, que-
remos distância desse paradig-
ma. Propomos a você, associado,
viver com saúde.
Queremos permitir a cada participante traçar os melhores caminhos
para um amanhã saudável para si e seus familiares. Se as evidên-
cias científicas mostram, por exemplo, que diabetes, hipertensão e
dislipidemia são doenças que podem ser evitadas ou controladas
com bons hábitos de vida, entendemos como nossa obrigação aler-
tar sobre isso.
Os programas de saúde que mantemos oferecem oportunidades para
você e sua família terem uma vida saudável. Quem cuida da própria
saúde, aderindo de forma concreta às ações que desenvolvemos, está
ajudando a CASSI a construir a ponte entre o hoje e o futuro que todos
desejamos. Isso fica evidente em experiências como a da agência JK,
do Banco do Brasil, em Palmas (TO), foco da matéria das páginas 12 e 13.
Os funcionários da dependência trocaram a alimentação desregrada e
o sedentarismo por qualidade de vida, passando a consumir frutas nos
intervalos das refeições, a fazer caminhadas e a jogar futebol juntos.
Viva com saúde
EDITORIAL
O Jornal mostra ainda o novo ambiente de trabalho da agência Fla-
mengo, no Rio de Janeiro, a primeira do Banco do Brasil a receber
o selo de Agência Saudável concedido pela CASSI. Durante dez
meses, 21 funcionários foram acompanhados por médico, enfermei-
ro, técnico de enfermagem, nutricionista e psicólogo da Estratégia
Saúde da Família, que orientaram os participantes em mudanças no
estilo de vida, incluindo alimentação e atividade física.
A campanha Outubro Rosa, de prevenção do câncer de mama, e o
apoio a maratonas disputadas por bancários que integram o Projeto
Vida Saudável do BB (páginas 6 e 7), seguem a mesma linha. Até na
entrevista das páginas 8 a 11, o médico Aluísio Gomes da Silva Jú-
nior reitera o valor dessa estratégia. E vai além: quando não é mais
possível evitar a doença, mas apenas controlar ou curar, é preciso
cuidado no uso de medicamentos. Prescrição médica e avaliação
dos riscos e benefícios de cada droga não podem faltar.
Nada porém é mais representativo do foco da CASSI em prevenção e
promoção do que a seção “Eu mudei”, páginas 4 e 5. Participantes de
vários locais do País relatam as dificuldades e conquistas da luta diária
por melhores hábitos. São depoimentos que revelam a transformação
que pequenas práticas podem trazer para a nossa saúde.
Boa leitura.
David Salviano (presidente)
Conselho DeliberativoFernanda Duclos Carisio (Presidente)Antonio Cladir Tremarin (Vice-presidente)Carlos Alberto Araújo Netto (Titular)Vagner Lacerda Ribeiro (Titular)José Adriano Soares de Oliveira (Titular)Marco Antonio Ascoli Mastroeni (Titular)Sandro Kohler Marcondes (Titular)Loreni Senger Correa (Titular)Ubaldo Evangelista Neto (Suplente)Milton dos Santos Rezende (Suplente)Marcelo Gonçalves Farinha (Suplente)José Caetano de A. Minchillo (Suplente)Mário Fernando Engelke (Suplente)Maria Ines Oliveira Bodanese (Suplente)Gilberto Lourenço da Aparecida (Suplente)Íris Carvalho Silva (Suplente)
Conselho FiscalEduardo César Pasa (Presidente)Frederico de Queiroz Filho (Vice-presidente)
Carmelina P. dos Santos Nova (Titular)João Antônio Maia Filho (Titular)Rodrigo Nunes Gurgel (Titular)Rodrigo Santos Nogueira (Titular)Benilton Couto da Cunha (Suplente)César Augusto Jacinto Teixeira (Suplente)Claudio Gerstner (Suplente)José Eduardo Rodrigues Marinho (Suplente)Josimar de Gusmão Lopes (Suplente)Viviane Cristina N. Assôfra (Suplente)
Diretoria ExecutivaDavid Salviano de Albuquerque Neto(Presidente)Geraldo A. B. Correia Júnior(Diretor de Administração e Finanças)Maria das Graças C. Machado Costa(Diretora de Saúde e Rede de Atendimento)Mirian Cleusa Fochi(Diretora de Planos de Saúde e Relac. com Clientes)
Edição e RedaçãoJornalista responsável: Luiz Paulo Azevedo Bittencourt (MTb-DF 4.860)
Edição de arteProjeto gráfico: Luís Carlos Pereira Aragão
Diagramação: Luís Carlos Pereira Aragão e Caroline Teixeira de Morais
Produção
Impressão: Fórmula Gráfica
Tiragem: 150.561 exemplares
Edição: setembro/outubro 2012
Imagens: Divisão de Marketing e Dreamstime
Fotografias: Américo Vermelho (pág.8) e Manoel dos Santos Júnior (pág.12)
Valor unitário impresso: R$ 0,20
Expediente
AN
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4665
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Publicação da CASSI (Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil). “É permitida a reprodução dos textos, desde que citada a fonte”.
Responsável TécnicoLuiz Renato Navega Cruz
Cargo: Gerente Técnico de SaúdeCRM-DF 4213
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Viva com saúde
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Colaboraram nesta edição as CliniCASSI Boa Vista (RR), Belém (PA), Centro (SP), Juiz de Fora e Uberlândia (MG).
Em vez de orientação médica, psicológica, nutricional etc, a coluna “Eu
mudei” apresenta para você, leitor, os relatos de quem conseguiu colo-
car em prática as dicas dos profissionais de saúde para viver com mais
qualidade. É uma forma de ajudar quem, diante do excesso de peso,
do tabagismo, da hipertensão ou de outro problema de saúde, talvez
encontre a mesma dificuldade para enfrentá-los. Os depoimentos desta
coluna são de participantes do Plano que receberam e seguiram orienta-
ções dos profissionais da Caixa de Assistência, por meio das CliniCASSI.
Para participar da coluna “Eu mudei”, contando sua experiência, entre
em contato com a Unidade CASSI mais próxima.
6 76 Jornal CASSI Associados
NOTÍCIAS DA CASSI
Em outubro, mês dedicado mundialmente à prevenção do câncer
de mama, as Unidades em todo o País promoveram ações para
reforçar a importância da detecção precoce da doença. A progra-
mação incluiu, entre outras iniciativas, realização de atividades
coletivas, palestras e distribuição de informativos para esclarecer
dúvidas e orientar as participantes sobre os exames preventivos.
A CASSI aproveitou o período para também falar às mulheres sobre
diagnóstico do câncer do colo de útero, segundo tipo mais comum
nas mulheres, por meio do exame conhecido como Papanicolau.
De acordo com levantamento do Instituto Nacional de Câncer
(Inca), em 2012, esperam-se, para o Brasil, 52.680 novos casos de
câncer da mama, com um risco estimado de 52 casos a cada 100
mil mulheres. Já o câncer do colo de útero, por ano, faz 4.800
vítimas fatais e apresenta 18.430 novos casos.
Outubro Rosa mobiliza a CASSI em todo o BrasilServiços Próprios promoveram ações para lembrar participantes sobre o diagnóstico precoce de câncer de mama e colo de útero
Caso não tenha realizado os exames preventivos de câncer
de mama e de colo do útero, procure uma CliniCASSI. A CASSI
orienta a realização da mamografia a cada dois anos para as
participantes entre 50 e 69 anos. A recomendação para o Pa-
panicolau é a cada três anos, para mulheres entre 21 e 65 anos,
após dois exames consecutivos normais.
Veja algumas das ações realizadas pelas 65 CliniCASSI:
• distribuição de folders informativos sobreos dois tipos de câncer;
• oficinas e palestras;
• agendamento de exames preventivos;
• entrega de laços rosas, símbolo dacampanha, aos participantes;
Conselheiros de usuários de todo o Brasil reuniram-se nos
dias 24 e 25 de outubro em Brasília para discutir a susten-
tabilidade da Caixa de Assistência no VI Encontro Nacional
dos Conselhos de Usuários da CASSI. O evento contou com
a presença de 29 conselheiros, de 24 Estados, além de di-
retores da Instituição.
Com o tema “Preservar a CASSI é garantir a sua saúde”, os
conselheiros promoveram o intercâmbio de informações com
base nas experiências adquiridas nas regiões onde atuam e
puderam tirar dúvidas com representantes das gerências e
Diretoria Executiva da CASSI.
O presidente David Salviano ressaltou que a Agência Nacional
de Saúde Suplementar (ANS) quer, a partir de 2013, discutir
a participação social nos planos de saúde, trabalho feito há
mais de uma década pela Caixa de Assistência. “Há doze
anos a CASSI ouve seus Conselhos, que estudam o futuro dos
planos de saúde por meio de levantamentos, experiências e
discussões maduras.”
Para o conselheiro do Mato Grosso do Sul, Valdeneir Ciro, “foi
um momento ímpar para compartilhar experiências. Alguns pro-
blemas que pareciam insolúveis inicialmente foram soluciona-
dos por outras Unidades, o que nos dá respaldo para agirmos
positivamente”, destacou. O conselheiro Sérgio Dourado, de
Goiás, disse que “o evento possibilitou avaliar como a CASSI
está, quais os objetivos e desafios para o futuro”.
A conselheira Kátia Paz, de Pernambuco, participou pela
primeira vez do evento. “Gostei da dinâmica e do contato
com a Sede. Também foi importante conhecer conselheiros
e promover a troca de ideias. Pudemos propor sugestões de
melhorias à CASSI”, concluiu.
Com o apoio ao Circuito das Estações Verão Rio, na cidade do Rio de Ja-
neiro, dia 2 de dezembro, chegou a cinco o número de maratonas acom-
panhadas pela Caixa de Assistência neste ano. Em 12 de agosto, a CASSI
montou um estande na 5ª Maratona Pão de Açúcar de Revezamento de
Brasília; no dia 16 do mês seguinte, foi a vez da 20ª edição da mesma
corrida, em São Paulo. Já no dia 6 de outubro, a Caixa de Assistência
ofereceu seus serviços aos maratonistas paranaenses, no evento Fila Night
Run, em Curitiba (PR), e no dia 11 de novembro, no Circuito Eco Run 2012,
etapa Salvador (BA).
Em todos esses locais a CASSI montou um espaço para receber os atle-
tas, com distribuição de água mineral, serviço de massagem expressa e
aferição de pressão arterial. Os profissionais da CASSI ainda orientaram o
público sobre práticas saudáveis. A iniciativa contribui com o Projeto Vida
Saudável do Banco do Brasil. Essa ação também conta com a parceria da
Federação Nacional das Associações Atléticas do Banco do Brasil (Fenabb),
que oferece também um espaço para receber os funcionários do BB.
O participante Ubiraci Pimentel Simões, de Salvador, conta que mudou o
estilo de vida e a corrida o estimulou nessa mudança. “A partir do privilégio
de ser pai, do sonho de acompanhar essa nova vida, iniciei mudanças no
meu estilo de vida. Pesava 197 quilos, fiz cirurgia bariátrica e resolvi não ser
mais sedentário. Buscando equilíbrio e saúde, comecei a caminhar e, de-
pois, comprometido, comecei a participar de todas as corridas”, concluiu.
CASSI apoia maratonas em cinco Estados
Maratonas apoiadas pela CASSI
12/8 – 5ª Maratona Pão de Açúcar de Revezamento de Brasília
16/9 – 20ª Maratona Pão de Açúcar de Revezamento de São Paulo
6/10 – Fila Night Run, em Curitiba (PR)
11/11 – Eco Run Salvador, em Salvador (BA)
2/12 – Circuito das Estações Verão Rio, no Rio de Janeiro (RJ)
Outubro Rosa mobiliza a CASSI em todo o Brasil
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CAPA
Jornal CASSI Associados8
ENTREVISTA
Muitos produtos novos são lançados na indústria farmacêutica e, apesar de não trazerem grandes benefícios, dobram o preço do tratamento.
“
“Aluísio Gomes da Silva JúniorDoutor em Saúde Pública e pesquisadorsobre práticas de integralidade em saúde
CAPA
“O sedentarismo vem se tornando um dos piores fatores de risco para
o coração”, diz o cardiologista e hemodinamicista Carlos Roberto Mon-
teiro (CREMESP-44456), gerente médico da Central CASSI. A falta de
atividade física constante, ao menos duas vezes na semana, com pouco
gasto de calorias, é caracterizada como sedentarismo, que se tornou o
quarto maior fator de risco de morte global e é considerado a doença
do século XXI pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
“É preciso manter periodicidade no exercício”, reforça outra cardiolo-
gista, Lory Paz Kolbe (CRM-RS 11656), credenciada à CASSI em Porto
Alegre (RS). Ela explica que atividade física aeróbica de alta intensidade
e pouca duração, como corrida de até 30 minutos, favorece o condicio-
namento físico e melhora a oxigenação dos tecidos do corpo. Isso fa-
cilita o funcionamento do coração e, consequentemente, deixa-o mais
forte e saudável. Os chamados atletas de fim de semana são consi-
derados sedentários, pois não mantêm uma frequência para conseguir
condicionamento físico e ainda podem correr riscos dependendo da
intensidade da atividade praticada.
O grupo de 12 aposentados do Banco do Brasil, com idades entre 68 a
73 anos, é um exemplo de que não há idade para se movimentar. Eles
jogam futebol na categoria hipermaster (acima de 68 anos) na Associação
Atlética Banco do Brasil (AABB) de Brasília e dão lição de saúde. Desde a
formação em 2011, o time conhecido como Peladeiros Aposentados está
invicto e venceu os dois Campeonatos de Integração dos Funcionários
Aposentados do Banco do Brasil (Cinfaabb) dos quais participou. Os pela-
deiros brincam que, na verdade, não sabem jogar, o futebol é uma diver-
são e uma maneira de cuidar da saúde.
O mais velho do time, Laércio Moura, 73, cuida da alimentação e diz que
seu segredo para ter vida saudável é não ficar parado. “Eu nado, jogo
futebol, sinuca, corro, estou sempre me movimentando. Além de cuidar
do corpo, também é fundamental manter um sorriso no rosto, conservar
os amigos e cuidar da família.”
Os peladeiros são uma exceção. A prática de atividade física após os 65
anos no Brasil diminui, como comprova levantamento do Ministério da
Saúde na última pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção
para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011), promovida
em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e
Saúde da Universidade de São Paulo. O estudo, que retrata os hábitos da
população brasileira, mostra que 60,1% dos homens entre os 18 e 24 anos
praticam exercícios como forma de lazer, porém, esse percentual reduz
para menos da metade aos 65 anos (27,5%). A população feminina ativa
apresenta variações menores entre as faixas etárias, oscilando de 24,6%
(entre 25 e 45 anos) a 18,9 % (maiores de 65 anos).
Conheça exemplos de associados que se exercitam e veja dicas de como fugir do sedentarismo, considerado o mal do século XXI, segundo a OMSMedicamentos:novidade nem sempre é sinônimo de qualidade
Jornal CASSI Associados – Como o senhor avalia os recentes estudos
que põem em xeque os novos medicamentos?
Aluísio Gomes da Silva Júnior – Esses estudos retratam uma situação
que já é conhecida há mais de 30 anos no mundo. Acima de 90% dos
medicamentos consumidos na França são comprados pelo governo. O
poder público francês tem acesso ao dado global para tentar entender
como é o consumo desses medicamentos e faz a análise se o que é
chamado de inovação traz ou não benefícios para a população. E apenas
constata o que já se sabe há décadas: grande parte do que é lançado no
mercado é mera substituição de remédios que já existem.
JCA – Se o problema é conhecido há mais de 30 anos, por que não há
um freio para essa situação? Ao contrário, continua crescendo o fatura-
mento da indústria farmacêutica mesmo sem inovações significativas.
Aluísio – É muito complicado para os governos provarem que as
coisas são realmente inovação ou não. Na realidade, a indústria
farmacêutica produz artifícios químicos que saem como inovação e
só são aprovados como realmente úteis anos depois de lançados.
Só no uso em larga escala é que aparece sua vantagem ou não,
infelizmente. Já existe um esforço muito grande das autoridades
de todo o mundo em acompanhar esses estudos para realmente só
incorporar tecnologias que sejam efetivamente úteis.
JCA – Como a população, que é bombardeada com informações sobre
novos medicamentos e novas tecnologias, pode se precaver?
Aluísio – Primeiro, tendo a cautela de não sair usando a “novidade”.
Pode procurar um médico de confiança para discutir se realmente isso
vai trazer vantagem ou não. Existem sites com informação sobre riscos
de medicamentos. Sempre que sai algum medicamento, saem notas
técnicas informando o risco deles. É importante lembrar que tem cer-
tos riscos que só vão aparecer anos depois do uso do medicamento.
Então, mesmo com todos os cuidados, alguém corre o risco de ter pro-
blemas mais adiante. É inegável, porém, que existem medicamentos
extremamente importantes e úteis em determinadas doenças. A gen-
te precisa reconhecer o avanço científico. Mas não ignorando que ele
tenha malefícios. Na realidade todo medicamento tem muitos riscos.
O que deve ser avaliado é exatamente o custo-benefício que ele tem
para adotá-lo ou não.
JCA – O senhor acha que há espaço, hoje, para discussão sobre esses
temas entre o paciente e o médico?
Aluísio – Eu acredito que existe, sim. A CASSI tem serviços próprios,
com médicos de família, que estão dispostos a discutir essas questões,
por exemplo. Existem alguns profissionais que têm capacidade de con-
versar sobre isso e que têm crítica sobre o uso de novas tecnologias.
Estudo francês, apresentado em conferência médica dos EUA em junho, que analisou 998 medicamentos, afirma que “a
maioria das drogas aprovadas na última década não traz vantagens quando comparada às já disponíveis”. Em setembro,
o Guia dos 4 mil medicamentos, publicado na França, reforçou que mais da metade dos medicamentos vendidos no País
seriam inúteis ou perigosos para a saúde. Na entrevista abaixo, o médico e diretor do Instituto de Saúde da Comunidade
da Universidade Federal Fluminense (UFF), Aluísio Gomes da Silva Júnior, fala sobre como a população deve se comportar
frente à explosão de novas soluções tecnológicas em saúde e a importância da prevenção de doenças, entre outros temas.
Gostaria de cancelar o recebimento do Jornal CASSI Associados,
pois eu e meu marido trabalhamos no Banco do Brasil e estamos
recebendo duas revistas.
Sídiney Maria Silva Nocera – Franca (SP)
CASSI responde: Sídiney, agradecemos sua iniciativa, que demonstra o
cuidado com o patrimônio que é nosso. Essa opção deve ser feita pelo
próprio participante, por meio do site www.cassi.com.br. Basta acessar a
página Associados, informar email e senha para habilitar o menu Serviços
para Você e clicar em “Cancelamento do envio de informativos”. Por meio
dessa opção, é possível escolher receber ou não o Jornal CASSI pelo
correio. Quem não possui cadastro no site, deve clicar em “Obter senha
de acesso” na página Associados e, depois, optar pelo cancelamento.
INCLUSÃO DE DEPENDENTES
Sugiro que a CASSI inicie estudos para inclusão de dependente di-
reto, para casos específicos como o meu: sou solteiro, sem união
estável, e sem filhos; minha mãe é viúva, sem união estável. Por-
tanto, não tenho nenhum dependente no plano CASSI e minha mãe
não é dependente de nenhum outro titular. Temos vários colegas
no BB com esposa e vários filhos dependentes, contribuindo com
o mesmo valor que eu. Assim, me vejo em situação desfavorável
em relação a eles.
José Rosa Júnior – Uberlândia (MG)
CASSI responde: José, agradecemos pela sugestão, mas esclarecemos
que a definição das pessoas que podem se tornar dependentes no Pla-
no de Associados está descrita no Estatuto da CASSI, documento que
só pode ser modificado com anuência do Banco do Brasil e posterior
aprovação do Corpo Social. Não cabe decisão administrativa da Diretoria
Executiva da CASSI na alteração das regras contidas no Estatuto. A solida-
riedade e o mutualismo são dois princípios que pautam o funcionamento
do Plano de Associados. Por meio deles, todos os participantes contri-
buem com um percentual fixo dos seus proventos, formando um fundo
que será usado para custear as despesas com saúde de quem necessitar.
É uma união de esforços, em que cada associado contribui de acordo
com o salário que recebe, beneficiando todo o grupo. Como os valores
pagos individualmente não são suficientes para cobrir as despesas de
todos os beneficiários, a contribuição de um ajuda o outro.
REDE CREDENCIADA
Na cidade da minha residência, São Manuel (SP), com 40 mil ha-
bitantes, não existe nenhum médico credenciado pela CASSI. Na
cidade de Botucatu (SP), nossa vizinha, com 120 mil habitantes,
existem três ou quatro facultativos habilitados pela CASSI. A nossa
CASSI detém convênio com a Universidade Estadual Paulista Júlio
de Mesquita Filho (Unesp), localizada no Distrito de Rubião Júnior,
município de Botucatu (SP), e, em razão disso, somos lá atendidos
por alguns médicos do corpo clínico daquela Universidade, de for-
ma eletiva, com consultas previamente agendadas, com demora
de 30 a 60 dias.
Luiz Lúcio Forti – São Manuel (SP)
CASSI responde: Luiz, o Hospital da Unesp é uma importante op-
ção em Botucatu, por se tratar de excelente entidade procurada por
participantes de várias cidades da região, inclusive por beneficiários
de Bauru. O hospital conta com atendimento eletivo para consultas
em todas as especialidades. Nas cidades menores (Conchas, Itatin-
ga, São Manuel) a oferta de profissionais para credenciamento é re-
duzida, mas a CASSI mantém contato constante com os gerentes do
Banco do Brasil na região e com outras autogestões para buscarem,
juntos, possibilidades de incrementar a rede com novos prestadores.
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Ao usar adequadamente seu Plano, você contribui para a sustentabilidade financeira e a eficiência dos serviços da Caixa de Assistência. Conheça as principais dicas.
Mantenha seu cadastro atualizado: acesse o www.cassi.com.br, faça login na página Associados ou CASSI Família e clique em Atualização Cadastral. Isso ga-rante a chegada de informações importantes até você. Quem não tem cadastro no site deve, antes, clicar em Obter Senha de Acesso, no menu à esquerda, no alto da página Associados ou CASSI Família, e seguir as instruções.
Consulte primeiro o site quando precisar de atendimento: o portal da Caixa de Assistência na internet oferece agilidade e comodidade para acessar vários serviços. Antes de ligar para a Central CASSI, conheça as funcionalidades dis-poníveis no site.
Tenha um generalista como médico de confiança: ele acompanhará melhor sua saúde. Os participantes cadastrados na Estratégia Saúde da Família das CliniCASSI são acompanhados por equipe multiprofissional que inclui médico de família (generalista).
Use as CliniCASSI: sempre que necessitar de consultas com médico de família ou generalista, atendimento ambulatorial, aferição de pressão, retirada de pontos e curativos em geral. Há 65 CliniCASSI funcionando no País. Verifique a mais próxima pelo link Localize a CASSI, do site.
Saiba a diferença entre pronto-socorro e consulta: não procure pronto-socorro ou atendimento ambulatorial em hospitais para tratamentos ou ações preventivas, pois dificulta o acesso da assistência aos casos mais graves e custa mais caro do que consultas com hora marcada.
Use a Central CASSI de forma adequada: tenha sempre o seu cartão de identi-ficação em mãos ao ligar, anote o número do protocolo e dê preferência ao tele-fone fixo para fazer as ligações. A Central funciona 24h por dia, todos os dias da semana. Evite ligar para o 0800 729 0080 em horário comercial.