V ENCONTRO DE PESQUISADORES EM COMUNICAÇÃO E MÚSICA POPULAR T T e e r r r r i i t t ó ó r r i i o o s s e e f f r r o o n n t t e e i i r r a a s s d d a a m m ú ú s s i i c c a a m m e e d d i i á á t t i i c c a a 29 a 31 de agosto de 2013 – Centur, Belém-PA 1 Medianeras e YouTube: Performance musical e “Atração” 1 Carolina Oliveira do Amaral 2 Universidade Federal Fluminense, Niterói/RJ Resumo O artigo propõe mostrar que a performance musical dentro do cinema de ficção, através de suas características específicas como encenação, olhares e a própria canção performada, criam maneiras outras de engajamento entre espectador e obra. A partir daí, pretende-se analisar como o modo expressivo próprio da performance musical, se aproxima da linguagem de uma mídia performática, cada dia mais parte do nosso dia-a-dia: o YouTube. O estudo de caso é a sequência final de “Medianeras” (Argentina, 2011, Gustavo Taretto) que se apresenta ao mesmo tempo como um vídeo do site e o ápice narrativo do filme. Através do conceito de “atração”, e da análise da narrativa através do “duplo foco narrativo” pretendemos estudar as semelhanças encontradas tanto nos vídeos musicais-performativos do site YouTube, como no cinema musical e no primeiro cinema. Em Medianeras, uma performance musical de “Ain`t no mountain high enough”, encenada pelo casal principal como um vídeo caseiro, torna-se o enlace romântico finalmente concretizado e ápice narrativo do filme. Palavras-chave: Atração, performance musical, Youtube, Cinema Introdução A arquitetura projeta e constrói cidades, organiza os espaços onde se percorrer e parar. O filme Medianeiras (Gustavo Taretto, 2011, Argentina) utiliza-se da arquitetura na construção da sua narrativa, seja como temática, seja como metáfora, ou até mesmo através dos personagens. Na primeira cena do filme, Martin numa narração over afirma ser a 1 Trabalho apresentado ao GT Nº6: Mídia, Música e Audiovisual, do V Musicom – Encontro de Pesquisadores em Comunicação e Música Popular, realizado no período de 28 a 31 de agosto de 2013, no Centro Cultural de Belém – Centur, Belém/PA. 2 Mestranda do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense, linha de pesquisa Análise e Política do Audiovisual. Orientador: Maurício de Bragança. Graduada em Cinema pela UFF, atualmente dedica-se à pesquisa “O extra-musical”. Email: [email protected].
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Medianeras e YouTube: Performance musical e “Atração” Resumomusica.ufma.br/musicom/trab/2013_GT6_01.pdf · Resumo O artigo propõe mostrar que a performance musical dentro do
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A arquitetura projeta e constrói cidades, organiza os espaços onde se percorrer e parar.
O filme Medianeiras (Gustavo Taretto, 2011, Argentina) utiliza-se da arquitetura na
construção da sua narrativa, seja como temática, seja como metáfora, ou até mesmo através
dos personagens. Na primeira cena do filme, Martin numa narração over afirma ser a
1 Trabalho apresentado ao GT Nº6: Mídia, Música e Audiovisual, do V Musicom – Encontro de Pesquisadores em Comunicação e Música Popular, realizado no período de 28 a 31 de agosto de 2013, no Centro Cultural de Belém – Centur, Belém/PA. 2 Mestranda do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense, linha de pesquisa Análise e Política do Audiovisual. Orientador: Maurício de Bragança. Graduada em Cinema pela UFF, atualmente dedica-se à pesquisa “O extra-musical”. Email: [email protected].
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Ao analisar filmes do gênero musical, Altman percebeu que a narrativa clássica,
identificada pelos teóricos em filmes do mesmo período, não dava conta para entender os
filmes desse gênero, colocando pelo autor assim:
Em vez de focar todo o seu interessante em um único personagem central, seguindo a trajetória de seu progresso, o filme musical americano tem um duplo foco, construído em torno de grandes atores de sexo oposto, postos em paralelo, e valores radicalmente diferentes. Esta estrutura de duplo foco requer que o espectador não seja tão sensível à cronologia e progressão – que na oposição macho/fêmea é inteiramente convencional e, portanto, bastante previsíveis - mas à simultaneidade e comparação.
Altman analisa dois filmes nos quais essa estrutura se observa: Lua Nova (New Moon,
Robert Z. Leonard,1940) e Gigi (Vincent Minelli, 1958). Segundo o autor, nos dois filmes,
mais importante que se entender o fluxo cronológico de acontecimentos ou até mesmo o que
chamamos “trama”, se explora a oposição e síntese de seus personagens polarizados como
homem e mulher. Isso se dá porque o duplo foco narrativo não deriva da trama ou da história
que se conta, mas sim dos personagens. Segundo o autor, nos musicais, a trama romântica já
foi bastante desenvolvida pelas convenções do gênero e o público já sabe bem que o par
romântico ficará junto no final. Os personagens homem e mulher realizam uma série de
atividades colocadas em paralelo, cada sexo com uma atitude característica.
A utilização de parâmetros de análise do musical clássico, que a princípio parece
gratuita, se justifica mais de uma vez ao olharmos o filme com atenção. Primeiro, o duplo
foco narrativo em Medianeiras é evidenciado pela narração over dupla entre homem e mulher.
Se no musical clássico a diferenciação sexual marca muito bem as atividades paralelas e
simultâneas entre homem e mulher, muitas vezes opostas, porém complementares, em
medianeras, o paralelismo insiste na semelhança entre homem e mulher como personagens.
Isso se deve ao fato de que se no Musical a trama romântica entre o casal principal já era uma
convenção do gênero, enquanto que no filme, é construíds pelo paralelismo. Os personagens
escutam a mesma música no rádio, vêem o mesmo filme e ambos se frustram nas tentativas
amorosas ao longo do filme.
Outra característica apontada por Altman na narrativa musical é que a cronologia não
é tão importante, mas apenas uma fina camada pela qual precisamos olhar para além do que
seria uma impressão de linearidade. Isso se dá porque o duplo foco ao invés de privilegiar
cronologia e progressão, opta por simultaneidade e comparação. Exatamente o que faz
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Medianeras. No filme, a cronologia não fica clara, pois a narrativa privilegia a simultaneidade
dos dois personagens e a linearidade é apontada mais pelos capítulos que iniciam as três
partes do filme: “um outono curto”, “um inverno longo” e “primavera, enfim”.
Se uma das características mais marcantes da narrativa clássica são metas finais que
orientam os personagens, nesse ponto, Medianeras, assim como os musicais, se afasta
radicalmente da narrativa clássica. Suas atitudes não são de antemão explicadas pela
narrativa, nem podem ser previstas pelo jogo de ação e reação do qual o cinema clássico se
utiliza. Porém, na ultima parte do filme, que corresponde ao último terço, isso começa a
mudar. “Primavera, enfim” começa com uma narração de Mariana que explica o que são
Medianeiras.
todo edifício tem um lado inútil, que não é frente nem fundos, nem tem janelas, “a medianera”, superfícies enormes que nos dividem e lembram a passagem do tempo, da poluição e a sujeira da cidade. As medianeras mostram nosso lado mais miserável, refletem a inconstância, as rachaduras, as soluções provisórias, e o lixo que escondemos embaixo do tapete. Só nos lembramos delas excepcionalmente, quando submetidas às inclemências do tempo, elas aparecem sob os anúncios. Viraram mais um meio de publicidade, que em raras exceções, conseguiu embelezá-las; em geral, são duvidosas indicações dos minutos que nos separam dos grandes supermercados, ou fast
foods, anúncios de loteria que nos prometem muito em troca de quase nada. Ultimamente, lembram a crise econômica que nos deixou assim, desocupados. Contra toda opressão de se viver em nossas caixas de sapatos, existe uma saída, uma via de escape, ilegal, como todas outras. Em clara violação das normas de planejamento urbano se abrem umas minúsculas, irregulares e irresponsáveis janelas, que permitem alguns milagrosos raios de luz iluminem a escuridão em que vivemos.
Se até então, o filme se preocupava em apresentar os personagens que seguiam cada
qual a sua rotina, a partir desse momento a estratégia muda. Apenas duas narrações de
Mariana com reflexões sobre a cidade de Buenos Aires. Os personagens não falam mais sobre
si ou sobre a sua vida, mas agem. Continuando a lógica proposta pela primeira cena em
comparar arquitetura e vida, os personagens tomam uma atitude estética sobre seus
apartamentos que reflete uma postura diferente: quebrar as medianeiras dos edifícios e
construir em cada apartamento uma janela ilegal. O sol passa a entrar no apartamento, a janela
de Mariana fica em frente à janela de Martin. Se antes eles faziam ações parecidas e paralelas,
agora eles podem andar até a janela e se olhar, mesmo que à distância. O plot romântico entre
os dois começa a se desenvolve e o paralelismo é substituído aos poucos por ações.
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A performance musical do Youtube consegue unir os personagens num dueto
romântico, une voz e imagem num presente. Suas características formais são o shot único,
uma performance de dança e o olhar para a câmera, ou seja uma consciência de que se está
sendo filmado. Se olharmos o filme de Thomas Edison Anabelle’s Butterfly Dance de 1895
(imagem 2), podemos identificar essas mesmas características formais com a exceção de que
este é um filme silencioso4. Para João Luiz Vieira a performer Anabelle parece ter
consciência da câmera e “ao dançar para a câmera, Anabelle talvez já soubesse que estava
conscientemente ali, dançando para milhares de olhos, inscritos na lente da câmera que a
registrava”.
Imagem 2
O período do primeiro cinema foi nomeado “cinema de atrações” nos anos 80 pelo
historiador Tom Gunning, pela sua característica performática, com imagens se direcionando
diretamente para o espectador. Acreditamos que o conceito de “Atração” dialoga bem com
essas intercessões entre cinema contemporâneo, musical e internet. Afinal, o termo foi
utilizado para caracterizar um determinado período da história do cinema, no entanto, pode
ser usado como categoria estética de acordo com Wanda Strauven:
Apesar do fato de que o cinema de atrações foi claramente pensado como uma categoria temporal específica da prática cinematográfica (e mais especificamente de espectatorialidade), a sua verdadeira atração consiste na sua aplicabilidade a outros períodos da história do cinema, a outras práticas semelhantes, além do primeiro cinema (e mesmo para além do cinema). O próprio Gunning é responsável por tal universalização do conceito, afirmando em seu ensaio seminal: "Na verdade, o cinema de atrações não desaparece com o domínio da narrativa, mas cai na clandestinidade, tanto em certas práticas de vanguarda, quanto como um componente
4 Curioso se pensarmos que a performance do filme é um lip sync irônico, no qual percebemos que os personagens não cantam.
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de filmes narrativos, mais evidente em alguns gêneros (por exemplo, o musical) do que em outros”.
Mais uma vez voltamos ao Musical. Gunning identifica dentro do musical o caráter
atrativo. Lembrando que “a noção de atração enfatiza o magnetismo do espetáculo mostrado”
(STRAUVEN, 2006, 18). O espetáculo insere o público dentro da narrativa, através do olhar
direcionado para a platéia. Buktamann (2006, 78) lembra que o termo “atração” se refere a
formas de entretenimento que não privelegiam a narrativa, mas a performance, o espetáculo e
o olhar:
Gunning coloca o primeiro cinema no contexto da infinidade de espetáculos não-narrativos familiares para o público em geral no início do século 20. A atração foi caracterizada por endereçamento direto para o espectador, novidade, apresentação (em oposição à representação) como conjunto de códigos. A atração constituía uma forma de espetáculo que não desaparece após a emergência da dominação das estruturas narrativas, mas que se tornou célebre "underground" em gêneros de Hollywood como musicais e filmes de ficção científica (gêneros que segregam espetáculo e narrativa), ou em práticas alternativas de várias vanguardas cinematográficas.
O termo foi pensado por Gunning e também por André Gaudreaut na mesma época, a
partir da Montagem de atrações de Eisenstein, que conjugaria três aspectos da atração:
performance, associação de idéias e envolvimento do espectador. Para Eisenstein a montagem
deveria promover um “choque emocional”5, com “um direto e por vezes até agressivo
adereçamento ao espectador” (apud Strauven, pp19).
Um outro meio que privilegia a performance ao invés da narração em endereçamento
direto ao espectador, além da associação de ideias é o YouTube. Jenkins (2006) compara o
YouTube ao Vaudeville, um espaço também aberto a apresentações curtas, onde o performer
criava e apresentava o seu próprio número, em meio a musicais, shows acrobatas e
apresentações de clowns. As performances frequentemente dispensavam narrativa buscando
na tecnologia e estética do vaudeville uma resposta emocional direta da platéia. O cinema
surgiu no final do século XIX quando o Vaudeville era o principal entretenimento de massa,
onde se passou a exibir filmes entre uma atração e outra. O próprio Jenkins lembra o termo
usado por Tom Gunning “cinema de atrações” e acha apto para chamarmos assim também o
YouTube.
5 Vale a pena lembrar também que o cinema no seu surgimento era uma atração tecnológica, e muitas vezes a experiência de cinema se aproximava bastante da experiência no parque temático (Gunning, 2006) (Singer, 2001).
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Gunning fala de um cinema exibicionista ao se referir às “atrações”. Em relação a
performances musicais, seja no primeiro cinema, como no gênero musical, a dança pressupõe
um corpo exibido como espetáculo e uma consciência da existência de um olhar sobre ele. Em
relação ao nosso objeto de estudo, a cena em Medianeiras, o exibicionismo é alcançado pela
performance, trazendo o corpo como espetáculo, “como suporte material e essencial da
expressão".
O vídeo, uma espécie de “atração” típica do site, é também um espetáculo na
narrativa desenvolvida. A dupla estrutura se uniu num dueto de amor performático-atrativo do
Youtube. A um só tempo performance musical, Youtube e Medianeiras. Lembrando ainda o
termo “atração”, Butkamann (2006, 80) lembra que os filmes sem edição do primeiro cinema
tinham a temporalidade da irrupção, “O espetáculo é um espetáculo do instante (e se isso não
é muito paradoxal, um instante com a duração)”.
Se a noção de irrupção é costumeiramente associada ao número musical como um
“explodir em música” (Dyer, Altman, Feyer), a performance musical nesse filme é uma
irrupção que dura uma canção. O espetáculo do instante, de que fala Butkamann vira o
espetáculo de uma música pop. Em Medianeiras, a música é Ain’t no moutain high enough7,
uma sua versão original lançada pela Motown com Marvin Gaye e Tammi Terrell.
O som que escutamos é da versão original sendo tocada no apartamento de Martin,
onde o casal está. Eles dançam, dublam e olham diretamente para a câmera durante quase toda
apresentação. Se no gênero musical a combinação entre espetáculo e narrativa é usada de
maneira a se intensificarem mutuamente, em Medianeras o espetáculo é um clímax narrativo.
Eles finalmente estão juntos e a performance comunica isso de maneira expressiva, através da
letra da canção, da forma paródica de um dueto romântico que demonstra intimidade. Se os
personagens sofriam de depressão e isolamento na narrativa, essa canção, usada normalmente
no cinema para celebrar a felicidade, a superação de obstáculos e sentimentos como amor ou
7 Em pesquina ao site IMDB.com consegue-se localizar 42 títulos, entre longas-metragens, filmes ou séries para a TV e animações nos quais tocam a música. O site Wikipédia, que elenca outras 22 gravações da música, diz ainda que a versão original é tocada com freqüência no cinema: “The Gaye/Terrell version also frequently turns up, often as part of a sing-along, in "feel-good" movies, such as Remember the Titans and Stepmom. Acesso em 17/06/2013.
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amizade, rompe com tudo isso, se relacionando com a dimensão utópica que o número
musical teve na tradição do gênero.
A opção de análise pelo filme Medianeras se justifica pelo fato de identificarmos nele
não apenas a relação cotidiana, de se encontrar trechos do filme no site, mas uma espécie de
caminho inverso: um vídeo do YouTube que vai para um longa de ficção. Aqui, YouTube e
cinema usam a mesma estratégia performático-atrativa, e se citam mutuamente: ao vermos o
filme, remete-se ao youtube, ao procurar esse vídeo no site, volta-se, mais uma vez ao filme8.
Misturar essa duas formas de narração faz com que elas se interpelem e se
intensifiquem, numa experiência que ultrapassa tanto os minutos do filme, quanto os minutos
da performance na internet. A esquina na qual se encontram Martin e Mariana através da
performance musical, é a mesma esquina que coloca juntos nesse filme Youtube e cinema.
Uma esquina chamada “atração”.
Referências
ALTMAN, R . The dual focus narrative. In: COHAN, Steven (ed) Hollywood Musicals, The
Film Reader. London & New York: Routledge, 2002.. BURGESS, J. e GREEN, J. (org) Youtube e a revolução digital – como o fenomeno da cultura participative está transformando a mídia e a sociedade. SP: Aleph, 2009. BUKATMANN, Scott. Spectacle, Attractions and Visual Pleasure. In: In. STRAUVEN, Wanda. (org). Cinema of attractions reloaded. Amsterdam University Press, 2006. GUNNING, Tom. The cinema of attractions: early film, its spectator and the avant-garde. In. STRAUVEN, Wanda. (org). Cinema of attractions reloaded. Amsterdam University Press, 2006. JENKINS, Henry. YouTube and the Vaudeville Aesthetic. Confessions of a Aca-Fan (2006). Disponível em: http://henryjenkins.org/2006/11/youtube_and_the_vaudeville_aes.html KEATING, Patrick. Emotional Curves and Linear Narratives. In: The Velvet Light Trap, n 58. University of Texas Press, 2006. MULVEY, Laura. Prazer visual e cinema narrativo” In XAVIER, Ismail (org.). A experiência do cinema. Rio de Janeiro: Graal, 1983.
8 Se procurarmos no Youtube “mariana y martin” como a pesquisa feita no filme encontramos o vídeo visto no fim do filme, com uma cartela informando que o vídeo contem cenas que explicam a trama e para não assistir caso você não tenha visto o filme. Todos os comentários dos usuários fazem referência ao filme, em sua maioria, elogios em diferentes línguas. Alguns evidenciam a relação do Youtube e do filme como “HAHA hace un año que vi la película y hasta hoy se me prendió el foco de buscar el video en youtube :B”.
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RIZZO, Tereza. You Tube: the New Cinema of Attractions. Scan Journal Vol 5 Number 1 May 2008. STRAUVEN, Wanda. (org). Cinema of attractions reloaded. Amsterdam University Press, 2006. VIEIRA, J. L.Cinema e Performance. In: XAVIEL, I. (org)O cinema no século. RJ: Imago, 1996.