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Matthew Henry - Comentário Bíblico NT

Jul 07, 2015

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Comentrio Bblico de Matthew HenryNovo Testamento

Baixado da Internet de www.graciasoberana.com Em quarta- feira, 16 de janeiro de 2008, 14:21:19

Traduo do espanhol ao portugus por Daniela Raffo Terminada em tera- feira, 24 de junho de 2008, 21:51:44

www.semeadoresdapalavra.net

NDICE........................................... 335

MATEUSMateus, apelidado Levi, ant es de sua converso era um publicano ou cobrador de im post os subm et idos aos rom anos de Cafarnaum . Com o regra geral, se reconhece que ele escreveu seu evangelho ant es que qualquer dos out ros evangelist as. O cont edo dest e evangelho e a prova dos escritores ant igos, m ost ram que foi escrit o prim ordialm ent e para o uso da nao j udaica. O cum prim ent o da profecia era considerado pelos j udeus com o um a prova firm e, port ant o Mat eus usa est e fat o em form a especial. Aqui h part es da hist ria e dos serm es de nosso Salvador, part icularm ent e selecionados por adapt ar- se m elhor para despert ar a nao a t er conscincia de seus pecados; para elim inar suas expect at ivas errneas de um reino t erreno; para derrubar seu orgulho e engano para consigo m esm os; para ensinar- lhes a nat ureza e m agnit ude espirit ual do evangelho; e para prepar- los para admitirem os gentios na Igreja.

CAPTULO 1Versculos 1- 17 Versculos 18- 25 A genealogia de Jesus Um anjo aparece a Jos

Versculos 1 - 17 Acerca dest a genealogia de nosso Salvador, observe- se a int eno principal. No um a genealogia desnecessria. No por vanglria, com o cost um am ser as dos grandes hom ens. Dem onst ra que nosso Senhor Jesus da nao e fam lia da qual ia surgir o Messias. A prom essa da bno foi feit a a Abrao e a sua descendncia; a do dom nio, a Davi e a sua descendncia. Foi prometido a Abrao que Crist o desceria dele ( Gn 12.3; 22.18) ; e a Davi que desceria dele ( 2 Sam uel 7.12; Salm o 89.3 e seguint es; 132.11) ; port ant o, a m enos que Jesus sej a filho de Davi, e filho de Abrao, no o Messias. I sto se prova aqui com registros bem conhecidos. Quando aprouve ao Filho de Deus t om ar nossa nat ureza, Ele se aproxim ou de ns em nossa condio cada, m iservel; m as est ava perfeit am ent e livre de pecado: e enquant o lem os os nom es de sua genealogia, no esqueam os quo baixo se inclinou o Senhor da glria para salvar a raa humana. Versculos 18- 25 Olhem os as circunst ncias em que ent rou o Filho de Deus a est e m undo inferior, at que aprendam os a desprezar as vs honras dest e m undo, quando com paradas com a piedade e a santidade. O m ist rio de Crist o feit o hom em deve ser adorado; no para pergunt ar acerca dist o por curiosidade. Foi assim ordenado que Crist o part icipasse de nossa nat ureza, porm puro da contaminao do pecado original, que tinha sido comunicado a toda a raa de Ado. At ent e que ao que reflexiona a quem Deus guiar, no ao que no pensa. O t em po de Deus para chegar com inst ruo a seu povo se d quando est o perdidos. Os consolos divinos confort am mais a alma quando est pressionada por pensamentos que confundem. dit o a Jos que Maria devia t razer o Salvador ao m undo. Devia dar- lhe o nom e de Jesus, Salvador. Jesus o m esm o nom e de Josu. A razo dest e nom e clara, porque aqueles aos que Crist o salva, so salvos de seus pecados; da culpa do pecado pelo m rit o de sua m ort e e do poder do pecado pelo Esprit o de Sua graa. Ao salv- los do pecado, os salva da ira e da m aldio, e de t oda desgraa, aqui e depois. Crist o veio salvar seu povo no em seus pecados, seno de seus pecados; e, assim, a redimi- los dentre os homens para si, que separado dos pecadores. Jos fez com o lhe ordenou o anj o do Senhor, rapidam ent e e sem dem ora, j ubilosam ent e, sem discutir. Aplicando as regras gerais da palavra escrit a, devem os seguir a direo de Deus em t odos os passos de nossa vida, part icularm ent e em suas grandes m udanas, que so dirigidas por Deus, e acharemos que isto seguro e consolador.

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CAPTULO 2Versculos 1- 8 Versculos 9- 12 Versculos 13- 15 Versculos 16- 18 Versculos 19- 23 Os magos buscam a Cristo Os magos adoram a Jesus Jesus levado ao Egito Herodes manda matar as crianas de Belm Morte de Herodes Jesus trazido a Nazar

Versculos 1- 8 Os que vivem com plet am ent e afast ados dos m eios de graa cost um am usar a m xim a diligncia e aprendem a conhecer o m xim o de Crist o e de sua salvao. Porm , nenhum a art e da curiosidade nem o puro aprendizado hum ano podem levar os hom ens at Ele. Devem os aprender de Crist o atentando palavra de Deus, como luz que brilha num lugar escuro, e buscando o ensino do Esprito Santo. Aqueles em cuj o corao se levant a a est rela da m anh, para dar- lhes o necessrio conhecimento de Cristo, fazem de sua adorao sua atividade preferencial. Em bora Herodes era m uit o velho, e nunca t inha dem onst rado afet o pela sua fam lia, e era improvvel que vivesse at que o recm - nascido chegasse idade adult a, com eou a t urbar- se com o temor de um rival. No compreendeu a natureza espiritual do reino do Messias. Cuidamo- nos da f morta. O hom em pode est ar persuadido de m uit as verdades e ainda pode adi- las, porque interferem com sua am bio ou licena pecam inosa. Tal crena lhe incom odar, e se decidir m ais a opor- se verdade e causa de Deus; e pode ser o suficient em ent e nscio com o para esperar t er xito nisso. Versculos 9- 12 Quant o gozo sent iram est es sbios ao ver a est rela, ningum o sabe t o bEnquanto aqueles que, depois de um a longa e t rist e noit e de t ent ao e abandono sob o poder de um esprit o de escravido, finalm ent e recebem o Esprit o de adoo, dando t est em unho a seus esprit os de que so filhos de Deus. Podem os pensar que desiluso foi para eles quando encont raram que um a barraca era seu palcio, e sua prpria e coit ada m e era a nica servido que t inha. Cont udo, est es m agos no se acredit aram im pedidos, pois t endo achado o Rei que buscavam , lhe ofereceram seus presentes. Quem procura hum ildem ent e a Crist o no t ropear se achar Ele e seus discpulos em casebres escuros, depois de t - los procurado em vo nos palcios e cidades populosas. H um a alm a ocupada em buscar a Crist o? Querer ador- lo e dizer " sim ! , eu sou um a criat ura pobre e nscia e nada t enho a oferecer? Nada! " No t em corao, ainda que indigno dEle, escuro, duro e nscio? Ent regue- o a Ele t al com o , e se prepare para que Ele o use e dispunha dele com o lhe apraz; Ele o t om ar e o far m elhor, e nunca t e arrependers de t er agido assim . Ele o m oldar a sua semelhana, e Ele mesmo se entregar a voc e ser seu para sempre. Os present es dos m agos eram ouro, incenso e m irra. A providncia os enviou com o socorro oport uno para Jos e Maria em sua at ual condio de pobreza. Assim nosso Pai celest ial, que conhece o que necessit am seus filhos, usa a alguns com o m ordom os para suprir as necessidades dos outros e prov- los ainda desde os confins da terra Versculos 13- 15 Egit o t inha sido um lar de escravido para I srael, e part icularm ent e cruel para as crianas de I srael; m ais ser um lugar de refgio para o sant o m enino Jesus. Quando a Deus lhe apraz, pode fazer com que o pior dos lugares sirva para o m elhor dos propsit os. Est a foi um a prova de f para Jos e Maria. Mas a f deles, sendo provada, foi achada firme. Se ns e nossos filhos estivermos em problem as em qualquer t em po, lem brem os as dificuldades em que est eve Crist o quando era um menino. Versculos 16- 18 Herodes m at ou os m eninos vares, no som ent e de Belm , seno de t odas as aldeias dessa cidade. A ira desenfreada, arm ada com um poder ilcit o, freqent em ent e leva os hom ens a crueldades absurdas. No foi coisa inj ust a que Deus perm it isse ist o; cada vida ent regue a sua j ust ia t o logo com o com ea. As doenas e as m ort es dos pequenos so prova do pecado original. Mas o assassinat o dest as crianas foi seu m art rio. Que cedo com eou a perseguio cont ra Crist o e seu reinado! Herodes acredit ava t er dest rudo as profecias do Ant igo Test am ent o, e os esforos dos m agos para acharem Crist o; m as o conselho do Senhor perm anecer, por ast ut as e cruis que sejam as artimanhas do corao dos homens.

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Versculos 19- 23 Egit o pode servir por um t em po com o est adia ou refgio, m as no para ficar a viver. Crist o foi enviado s ovelhas perdidas da casa de Israel, e a elas deve retornar. Se olharmos o mundo como o nosso Egit o, o lugar de nossa escravido e exlio, e som ent e o cu com o a nossa Cana, nosso lar, nosso repouso, deverem os levant ar- nos logo e part ir daqui quando sej am os cham ados, com o Jos quando saiu do Egito. A fam lia deve est abelecer- se na Galilia. Nazar era lugar t ido em pobre est im ao, e Crist o foi crucificado sob est a acusao, Jesus Nazareno. Onde quer que nos indique a providncia os lim it es de nossa habitao, devemos esperar compartir a admoestao de Cristo; embora possamos gloriarnos de serm os cham ados por seu nom e, seguros de que, se sofrem os com Ele, t am bm serem os glorificados com Ele.

CAPTULO 3Versculos 1- 6 Versculos 7- 12 Versculos 13- 17 Joo Batista Sua pregao, seu estilo de vida, e o batismo Joo reprova os fariseus e os saduceus O batismo de Jesus

Versculos 1- 6 Depois de Malaquias, no houve profet a at Joo Bat ist a. Apareceu prim eiro no desert o da Judia. No era um desert o desabit ado, seno part e do pas, no densam ent e povoado nem m uit o isolado. Nenhum lugar to remoto como para excluir- nos das visitaes da graa divina. Pregava a dout rina do arrependim ent o: " Arrependei- vos". A palavra aqui usada im plica um a m udana t ot al de m odo de pensar: um a m udana de j uzo, da disposio e dos afet os, um a inclinao diferent e e m elhor da alm a. Considerem seus cam inhos, m udem seus pensam ent os: pensaram errado; com ecem de novo e pensem cert o. Os penit ent es verdadeiros t m pensam ent os de Deus e de Crist o, do pecado e da sant idade, dest e m undo e do out ro, diferent es dos que t inham . A m udana do pensam ent o produz um a m udana de cam inho. Est e o arrependim ent o do evangelho, o qual se produz ao ver a Crist o, ao capt ar seu am or, e da esperana de perdo por m eio dEle. um grande est m ulo para que ns nos arrependam os; arrependam - se, porque seus pecados sero perdoados se vocs se arrependem . Voltem- se a Deus pelo cam inho do dever, e Ele, por m eio de Crist o, se volt ar a vocs pelo caminho da misericrdia. Agora to necessrio que nos arrependam os e nos hum ilhem os para preparar o cam inho do Senhor com o o era ent o. H m uit o que fazer para abrir cam inho para Crist o num a alm a, e nada m ais necessrio que o descobrim ent o do pecado, e a convico de que no podem os ser salvos por nossa prpria j ust ia. O cam inho do pecado e de Sat ans um cam inho ret orcido, m as para preparar um cam inho para Crist o necessrio endireitar as veredas (Hebreus 12.13) . Os que t m por at ividade cham ar os out ros a lam ent ar o pecado e a m ort ific- lo, devem levar uma vida sria, uma vida de abnegao e desprezo do mundo. Dando aos outros este exemplo, Joo preparou o caminho para Cristo. Muit os foram ao bat ism o de Joo, m as poucos m ant iveram a profisso que fizeram . Talvez haj a m uit os ouvint es int eressados, m as poucos crent es verdadeiros. A curiosidade e o am or pela novidade e variedade podem levar a m uit os a ouvir um a boa pregao, sendo afet ados m om ent aneam ent e m uit os que nunca se subm et em a sua aut oridade. Os que receberam a dout rina de Joo t est em unharam seu arrependim ent o confessando seus pecados. Est o pront os para receber a Jesus Crist o com o sua Jz som ent e os que so levados com t rist eza e vergonha a reconhecer sua culpa. Os benefcios do reino dos cus, agora j m uit o pert o, foram selados pelo bat ism o. Joo os purificou com gua, em sinal de que Deus os lim paria de t odas suas iniqidades, dando a ent ender com ist o que, por nat ureza e cost um e, t odos est avam cont am inados e no podiam ser recebidos no povo de Deus a m enos que fossem lavados de seus pecados no m anancial que Crist o abriria ( Zacarias 13.1). Versculos 7- 12 Dar aplicao para as alm as dos ouvint es a vida da pregao; assim foi a de Joo. Os fariseus davam nfase principal s observncias ext ernas, descuidando os assunt os de m ais peso da lei m oral, e o significado espirit ual de suas cerim nias legais. Out ros eram hipcrit as det est veis que faziam , com suas pret enses de sant idade, um m ant o para a iniqidade. Os saduceus est avam no

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ext rem o opost o, negando a exist ncia dos esprit os e o est ado fut uro. Eles eram os infiis zombadores daquela poca e daquele pas. Exist e um a grande ira vindoura. O grande int eresse de cada um fugir da ira. Deus, que no se deleit a em nossa runa, j nos t em advert ido; advert e pela palavra escrit a, pelos m inist ros, pela conscincia. No so dignos do nome de penitentes, nem de seus privilgios, os que dizem lamentar seus pecados, porm cont inuam neles. Convm aos penit ent es ser hum ildes e baixos a seus prprios olhos, agradecer a m nim a m isericrdia, ser pacient es nas grandes aflies, est ar alert a contra toda aparncia de mal, abundar em todo dever, e ser caridosos ao julgar o prximo. Aqui h um a palavra de caut ela, no confiar nos privilgios externos. Exist em m uit os cuj os coraes carnais so dados a seguir o que eles mesmos dizem dentro de si, e deixar de lado o poder da palavra de Deus que convence do pecado, e sua aut oridade. Exist em m ult ides que no chegam ao cu por descansar nas honras e nas sim ples vant agens de serem m em bros de um a igrej a externa. Eis aqui um a palavra de t error para o negligent e e confiado. Nossos coraes corrupt os no podem dar bons frut os a m enos que o Esprit o regenerador de Crist o im plant e a boa palavra de Deus neles. Cont udo, t oda rvore que t enha m uit os dons e honras, por verde que parea em sua profisso e desem penho ext erno, se no der bom frut o, frut os dignos de arrependim ent o, cort ada e lanada no fogo da ira de Deus, o lugar m ais apt o para as rvores est reis; para que out ra coisa servem? Se no do fruto, so boas como combustvel. Joo m ost ra o propsit o e a int eno da apario de Crist o; a qual eles agora esperavam com prontido. No exist em form as ext ernas que possam lim par- nos. Nenhum a ordenana, sej a quem for que a m inist re, ou no im port a a m odalidade, pode suprir a necessidade do bat ism o do Esprit o Sant o e do fogo. Som ent e o poder purificador e lim pador do Esprit o Sant o pode produzir a pureza de corao, e os sant os afet os que acom panham a salvao. Crist o quem bat iza com o Esprit o Santo. I sso fez com os ext raordinrios dons do Esprit o enviados aos apst olos ( At os 2.4) . I st o faz com as graas e consolaes do Esprit o, ent regues aos que as pedem ( Lucas 11.13; Joo 7.38- 39; Atos 11.16) . Observe- se aqui a igrej a ext erna na era de Crist o ( I saias 21.10) . Os crent es verdadeiros so o t rigo, subst anciais, t eis e valiosos; os hipcrit as so palha, ligeiros e vazios, int eis, sem valor, levados por qualquer vent o; est o m ist urados, bom e m au, na m esm a com unho ext erna. Vem o dia em que sero separados a palha do trigo. O juzo final ser o dia que faa a diferena, quando os sant os e os pecadores sej am separados para sem pre. No cu os sant os so reunidos, e no m ais espalhados; est o a salvo e no m ais expost os; separados do prxim o corrom pido por fora e com afet os corrupt os por dent ro, e no h palha ent re eles. O inferno o fogo inext inguvel que certam ent e ser a poro e o cast igo dos hipcrit as e incrdulos. Aqui a vida e a m ort e, o bem e o mal, so colocados ante ns: segundo somos agora no campo, seremos ento na eira. Versculos 13- 17 As condescendncias da graa de Crist o so t o assom brosas que ainda os crent es m ais firm es podem apenas acredit ar nelas no princpio; t o profundas e m ist eriosas que ainda os que conhecem bem sua m ent e est o pront os a oferecer obj ees cont ra a vont ade de Crist o. Os que t m m uit o do Esprit o de Deus, enquant o est o aqui vem que necessit am pedir m ais de Crist o. No nega que Joo t inha necessidade de ser bat izado por Ele, porm declara que deve ser bat izado por Joo. Crist o est agora em est ado de hum ilhao. Nosso Senhor Jesus considerou convenient e, para cum prir t oda j ust ia, apropriar- se de cada inst it uio divina, e m ost rar sua disposio para cum prir com todos os preceitos justos de Deus. Em Crist o e por m eio dEle, os cus est o abert os para os filhos dos hom ens. Est a descida do Esprit o sobre Crist o dem onst ra que est ava dot ado sem m edida com seus poderes sagrados. O frut o do Esprito Santo amor, gozo, paz, pacincia, benignidade, bondade, f, mansido e temperana. No bat ism o de Crist o houve um a m anifest ao das t rs Pessoas da Sant a Trindade. O Pai confirmando o Filho como Mediador; o Filho que solenemente se encarrega da obra; o Esprito Santo que desce sobre Ele para ser com unicado ao povo por seu int erm dio. NEle so aceit veis nossos sacrifcios espirituais, porque Ele o altar que santifica todo dom (1 Pedro 2.5) . Fora de Cristo, Deus fogo consum idor; em Crist o, um Pai reconciliado. Est e o resum o do evangelho, o qual devem os abraar jubilosamente pela f.

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CAPTULO 4Versculos Versculos Versculos Versculos 1- 11 12- 17 18- 22 23- 25 A tentao de Cristo O comeo do ministrio de Cristo na Galilia O chamado de Simo e dos outros Jesus ensina e faz milagres

Versculos 1- 11 Com referncia t ent ao de Crist o, observe- se que foi t ent ado im ediat am ent e depois de ser declarado Filho de Deus e Salvador do m undo; os grandes privilgios e os sinais especiais do favor divino no asseguram a ningum que no ser t ent ado. Mas se o Esprit o Sant o d t est em unho de que temos sido adotados como filhos de Deus, isso responder todas as sugestes do esprito mau. Crist o foi levado ao com bat e. Se fizerm os ost ent ao de nossa prpria fora, e desafiarm os o diabo a t ent ar- nos, provocam os que Deus nos deixe livrados a ns m esm os. Out ros so t ent ados, quando so desviados por sua prpria concupiscncia, e so seduzidos( Tiago 1.14) ; porm nosso Senhor Jesus no tinha natureza corrupta, portanto Ele foi tentado somente pelo diabo. Manifesta- se na t ent ao de Crist o que nosso inim igo sut il, m al- int encionado e m uit o at revido, m as que podem os resist i- lo. Consolo para ns o fat o de que Crist o sofreu sendo t ent ado, pois, assim , se manifest a que nossas t ent aes, enquant o no cedam os a elas, no so pecado e so som ent e aflies. Em todas suas tentaes, Satans atacava para que Cristo pecasse contra Deus. 1) O t ent ou a desesperar da bondade de seu Pai, e a desconfiar do cuidado de seu Pai. Um a das t ret as de Sat ans t irar vant agem de nossa condio ext erna; e os que so colocados em apert os devem duplicar sua guarda. Crist o respondeu t odas as t ent aes de Sat ans com um " Est escrit o" , para dar- nos o exem plo ao apelar ao que est escrit o na Bblia. Ns devem os adot ar est e m t odo cada vez que form os t ent ados a pecar. Aprendam os a no seguir rum os errados a nossa proviso, quando nossas necessidades so sempre to urgentes: o Senhor prover de uma ou de outra forma. 2) Sat ans t ent ou Crist o a que presum isse do poder e prot eo de seu Pai em m at ria de seguridade. No h ext rem os m ais perigosos que o desespero e a presuno, especialm ent e no que diz respeito aos assuntos de nossa alma. Satans no objeta lugares sagrados como cenrio de seus assaltos. No baixem os a guarda em lugar nenhum . A cidade sant a o lugar onde, com a m aior vant agem , t ent a aos hom ens ao orgulho e presuno. Todos os elevados so lugares escorregadios; o avano no m undo faz do hom em um alvo para que Sat ans dispare suas set as de fogo. Satans est to bem versado nas Escrituras que capaz de cit- las facilmente? Sim, ele est. possvel que um hom em t enha sua cabea cheia de noes das Escrit uras, e sua boca cheia de expresses das Escrit uras, enquant o seu corao est cheio de fort e inim izade cont ra Deus e cont ra t oda bondade. Sat ans cit ou m al as palavras. Se nos sairm os de nosso cam inho, fora da senda de nosso dever, abandonam os a prom essa e nos colocam os fora da prot eo de Deus. Esta passagem, Deuteronm io 8.3, foi feita cont ra o t ent ador, port ant o ele om it iu um a part e. Est a prom essa firm e e resiste bem. Mas seguiremos em pecado para que a graa abunde? No. 3) Sat ans t ent ou a Crist o na idolat ria com o oferecim ent o dos reinos do m undo e a glria deles. A glria do m undo a t ent ao m ais encant adora para quem no pensa e no percebe; ist o o que mais facilmente vence aos homens. Cristo foi tentado a adorar Satans. Rejeitou com aborrecimento a propost a. "Retire- se, Sat ans! " . Algum as t ent aes so abert am ent e m s; e no so para serem sim plesm ent e resist idas, seno para serem rej eit adas de im ediat o. Bom ser rpido e firm e para resist ir a t ent ao. Se resist irm os o diabo, ele fugir de ns. Mas a alm a que delibera est quase vencida. Encont ram os som ent e uns poucos que podem rej eit ar resolut am ent e t ais iscas, com o as que oferece Satans, embora de que aproveita a um homem se ganhar o mundo e perder sua alma? Crist o foi socorrido depois da t ent ao para est im ul- lo a cont inuar em seu esforo, e para estimular- nos a confiarm os nEle, porque soube, por experincia, o que sofrer sendo t ent ado, de m odo que sabia o que ser socorrido na t ent ao; port ant o, podem os esperar no s que sint a por seu povo tentado, seno que venha com o oportuno socorro. Versculos 12- 17 Just o que Deus ret ire o evangelho e os m eios de graa dos que os desprezam e os lanam de si. Crist o no ficar m uit o t em po onde no sej a bem - vindo. Os que est o sem Crist o est o nas trevas. Esto instalados nessa condio, numa postura comprazida; a escolhem antes que a luz; so volunt ariam ent e ignorant es. Quando chega o evangelho, vem a luz; quando est e chega a qualquer parte, quando chega a uma alma, a se faz o dia. A luz revela e dirige; assim o faz o evangelho. A dout rina do arrependim ent o boa dout rina do evangelho. No som ent e o aust ero Joo Bat ist a, seno o bondoso Jesus pregou o arrependimento. Ainda existe a mesma razo para faz- lo assim.6

No se reconheceu por com plet o que o Reino dos Cus t inha chegado at a vinda do Esprit o Santo, depois da ascenso de Cristo. Versculos 18- 22 Quando Crist o com eou a pregar, principiou a reunir discpulos que deviam ser ouvint es, e depois pregadores, de sua dout rina, que deviam ser t est em unhas de seus m ilagres, e depois t est em unhar acerca deles. No foi cort e de Herodes, nem foi Jerusalm aos sum os sacerdot es nem aos ancios, seno ao m ar da Galilia, aos pescadores. O m esm o poder que cham ou a Pedro e a Andr poderia ter trazido a Ans e a Caifs, porque nada impossvel a Deus. Mas Cristo escolhe o simples do mundo para confundir o sbio. A diligncia um chamado honest o a com prazer a Crist o; e no um obst culo para a vida santa. A gent e ociosa est m ais abert a s t ent aes de Sat ans que aos cham ados de Deus. coisa feliz e cheia de esperana ver filhos que cuidam de seus pais e cum prem com seus dever. Quando Cristo voltar, ser bom ser achado agindo assim. Estou em Cristo? uma pergunta muito necessria que devemos fazer- nos, e depois dela, estou em meu chamado? Tinham seguido ant es a Crist o com o discpulos com uns ( Joo 1.37) ; agora devem deixar seu ofcio. Os que seguem bem a Crist o devem , a seu m andado, deixar t odas as coisas para segui- lo a Ele, devem estar dispostos a separar- se delas. Esta instncia do poder do Senhor Jesus nos exorta a dependermos de sua graa. Ele fala e est feito. Versculos 23- 25 Aonde ia Crist o, confirm ava sua m isso divina por m eio de m ilagres, que foram em blem a do poder curador de sua dout rina e do poder do Esprit o que o acom panhava. Agora no encont ram os em nossos corpos o m iraculoso poder curador do Salvador, m as se form os curados pela m edicina, o louvor igualmente dEle. Aqui se usam trs palavras gerais. Ele sanou toda enfermidade ou doena; nenhum a foi dem asiado m , nenhum a dem asiado t errvel com o para que Crist o no a curasse com um a palavra. Mencionam- se t rs doenas: a paralisia que a suprem a debilidade do corpo; a loucura, que a doena m aior da m ent e; e a possesso dem onaca, que a maior desgraa e calam idade de t odas elas; porm Crist o curou t odo e, assim , ao curar as enferm idades do corpo, dem onst rou que sua grande m isso no m undo era curar os m ales espirit uais. O pecado enfermidades, doena e tormento da alma; Cristo veio para tirar o pecado e, assim, curar a alma.

CAPTULO 5Versculos 1- 2 Versculos 3- 12 Versculos 13- 16 Versculos 17- 20 Versculos 21- 26 Versculos 27- 32 Versculos 33- 37 Versculos 38- 42 Versculos 43- 48 O sermo da montanha Quem so os bem- aventurados Exortaes e advertncias Cristo veio a confirmar a lei O sexto mandamento O stimo mandamento O terceiro mandamento A lei do Talio A lei do amor, explicada

Versculos 1- 2 Ningum achar felicidade nest e m undo ou no vindouro se no buscar em Crist o pelo governo de sua palavra. Ele ensinou qual era o m al que eles deviam aborrecer, e qual o bem que deviam buscar e no qual abundar. Versculos 3- 12 Aqui nosso Salvador d oit o caract erst icas da gent e bem - avent urada que para ns represent am as graas principais do cristo. 1) Os pobres de esprit o so bem - aventurados. Est es levam suas m ent es a sua condio quando baixa. So hum ildes e pequenos segundo seu prprio crit rio. Vem sua necessidade, se lament am por sua culpa e t m sede de um Redent or. O reino da graa desses t ais; o reino da glria para eles. 2) Os que choram so bem - aventurados. Parece ser que aqui se t rat a dessa t rist eza sant a que opera verdadeiro arrependim ent o, vigilncia, m ent e hum ilde e dependncia cont nua para ser aceit o pela misericrdia de Deus em Cristo Jesus, com busca constante do Esprito Santo para limpar o mal7

residual. O cu o gozo de nosso Senhor; um m ont e de gozo, rum o ao qual o nosso cam inho atravessa um vale de lgrimas. Tais doentes sero consolados por seu Deus. 3) Os m ansos so bem - aventurados. Os m ansos so os que se subm et em silenciosam ent e a Deus; os que podem suport ar insult os; so calados ou devolvem um a respost a branda; os que, em sua pacincia, conservam o domnio de suas almas, quando escassamente tm possesso de alguma outra coisa. Estes mansos so bem- aventurados ainda neste mundo. A mansido fomenta a riqueza, o consolo e a segurana, ainda neste mundo. 4) Os que t m fom e e sede de j ust ia so bem - aventurados. A j ust ia est aqui colocada por t odas as bnos espirit uais. Est as so com pradas para ns pela j ust ia de Crist o, confirm adas pela fidelidade de Deus. Nossos desej os de bnos espirit uais devem ser fervorosos. Em bora t odos os desejos de graa no so graa, contudo, um desejo como este um desejo dos que so criados por Deus, e Ele no abandonar a obra de Suas mos. 5) Os m isericordiosos so bem - aventurados. Devem os no som ent e suport ar nossas aflies com pacincia, seno que devem os fazer t udo o que pudermos por aj udar os que est ej am passando m isrias. Devem os t er com paixo pelas alm as dos prxim os, e aj ud- los; com padecer- nos dos que esto em pecado, e tratar de tir- los como brasas fora do fogo. 6) Os lim pos de corao so bem - avent urados, porque vero a Deus. Aqui so plenam ent e descrit as e unidas a sant idade e a felicidade. Os coraes devem ser purificados pela f e m ant idos para Deus. Cria em m im , oh Deus, um corao lim po. Ningum seno o lim po capaz de ver a Deus, nem o cu prom et ido para o im puro. Com o Deus no t olera olhar para a iniqidade, assim eles no podem olhar para Sua pureza. 7) Os pacificadores so bem - aventurados. Eles am am , desej am e se deleit am na paz; e lhes agrada t er quiet ude. Mant m a paz para que no sej a perdida e a recuperam quando quebrantada. Se os pacificadores so bem- aventurados, a dos que quebrantam a paz! 8) Os perseguidos por causa da j ust ia so bem - aventurados. Est e dit ado peculiar do cristianism o; e se enfat iza com m aior int ensidade que o rest o. Cont udo, nada h em nossos sofrim ent os que possa ser m rit o ant e Deus, m as Ele ver que os que perdem por Ele, ainda a prpria vida, no percam finalmente por causa dEle. Bendit o Jesus, quo diferent es so t uas m xim as das dos hom ens do m undo! Eles cham am ditoso ao orgulhoso, e adm iram o alegre, o rico, o poderoso e o vit orioso. Alcancem os ns m isericrdia do Senhor; que possam os ser reconhecidos com o seus filhos, e herdem os o reino. Com est es deleit es e esperanas, podem os dar as boas- vindas com alegria s circunst ncias baixas e dolorosas. Versculos 13- 1 6 Vocs so o sal da t erra. A hum anidade, na ignorncia e m aldade, era com o um m ont e enorm e, prest es a apodrecer, m as Crist o enviou seus discpulos para sazon- la, por suas vidas e dout rinas, com o conhecim ent o e a graa. Se no so com o deveriam ser, so com o sal que perdeu seu sabor. Se um homem pode adotar a confisso de Cristo e, contudo, permanecer sem graa, nenhuma outra dout rina, nenhum out ro m dio o faz proveit oso. Nossa luz deve brilhar fazendo obras t ais que os hom ens possam v- las. O que h ent re Deus e nossas alm as deve ser guardado para ns m esm os, m as o que, de si m esm o, fica abert o vist a dos hom ens, devem os procurar que se conform e a nossa profisso e que seja elogivel. Devemos apontar glria de Deus. Versculos 17- 20 Que ningum ache que Crist o perm it e que seu povo brinque com qualquer dos m andam ent os da sant a lei de Deus. Nenhum pecador part icipa da j ust ia j ust ificadora de Crist o at que se arrependa de suas m s obras. A m isericrdia revelada no evangelho conduz o crent e a um aborrecim ent o de si m esm o ainda m ais profundo. A lei a regra do dever do crist o, e est e se deleit a nela. Se algum que pret ende ser discpulo de Crist o se perm it ir qualquer desobedincia lei de Deus, ou ensinar o prxim o a faz- lo, qualquer sej a sua sit uao ou reput ao ent re os hom ens, no pode ser verdadeiro discpulo. A j ust ia de Crist o, que nos im put ada pela s f, necessria para t odos os que ent ram no reino da graa ou da glria, m as a nova criao do corao para sant idade produz uma mudana radical no temperamento e na conduta do homem. Versculos 21- 26 Os m est res j udeus ensinaram que nada, salvo o hom icdio, era proibido pelo sext o m andam ent o. Assim , elim inavam seu significado espirit ual. Crist o m ost rou o significado com plet o dest e mandam ent o; conform e ao qual devem os ser j ulgados no alm e, port ant o, deveria ser obedecido agora. Toda ira precipit ada hom icdio no corao. Por nosso irm o, aqui descrit o, devem os ent ender a qualquer pessoa, ainda que m uit o por em baixo de ns, pois som os t odos feit os de um8

m esm o sangue. " Nscio" um a palavra de zom baria que vem do orgulho; " Voc um nscio" a palavra depreciat iva que provm do dio. A calnia e as censuras m aliciosas so veneno que m at a secret a e lent am ent e. Crist o disse que por leves que considerassem esses pecados, cert am ent e seriam cham ados a j uzo por eles. Devem os conservar cuidadosam ent e o am or e a paz crist s com t odos nossos irm os; e, se em algum m om ent o h um a briga, devem os confessar nossa falt a, humilhar- nos a nosso irm o, fazendo ou oferecendo sat isfao pelo m al feit o de palavra ou obra; e devem os fazer ist o rapidam ent e, pois at que no o faam os, no serem os apt os para nossa com unho com Deus nas sant as ordenanas. Quando nos est am os preparando para algum exerccio religioso, bom ser que faamos disto uma ocasio para refletir e examinarmos com seriedade. O que aqui se diz m uit o aplicvel ao fat o de serm os reconciliados com Deus por m eio de Crist o. Enquant o est ej am os vivos, est am os a cam inho de seu t rono de j uzo, e depois da m ort e ser demasiado t arde. Quando consideram os a im port ncia do caso, e a incert eza da vida, quo necessrio se torna buscar a paz com Deus sem demora! Versculos 27- 32 A vit ria sobre os desej os do corao deve ir acom panhada com exerccios dolorosos, m as deve ser feit a. Toda coisa dada para salvar- nos de nossos pecados, no neles. Todos nossos sent idos e faculdades devem evit ar as coisas que conduzem a t ransgredir. Os que levam out rem z t ent ao de pecar, pela roupa ou em qualquer out ra form a, ou os deixam nisso, ou os expem a isso, se fazem culpados de seu pecado, e sero considerados responsveis de render cont ar por isso. Se algum se subm et er s operaes dolorosas para salvarm os a vida, de que deveria refrear- se nossa m ent e quando o que est em j ogo a salvao de nossa alm a? H doce m isericrdia t rs t odos os requisitos divinos, e as graas e consolos do Esprito nos facultaro para satisfaz- los. Versculos 33- 37 No h razo para considerar que sej am m aus os vot os solenes num t ribunal de j ust ia ou em out ras ocasies apropriadas, sem pre e quando sej am form ulados com a devida reverncia. Mas t odos os vot os feit os sem necessidade ou na conversao corriqueira so pecam inosos, com o assim t am bm t odas as expresses que apelam a Deus, em bora as pessoas achem que assim evadem a culpa por j urar. Enquant o piores sej am os hom ens, m enos com prom et idos est o pelos vot os; enquant o m elhores sej am , m enor necessidade h dos vot os. Nosso Senhor no indica os t erm os precisos com que t em os que afirm ar ou negar, seno que o cuidado const ant e da verdade faz desnecessrios os votos e juramentos. Versculos 38- 42 A sim ples inst ruo : Suport a qualquer inj ria que possas sofrer por am or paz, encom endando t uas preocupaes ao cuidado do Senhor. O resum o de t udo que os crist os devem evit ar as disputas e as questes. Se algum disser que carne e sangue no podem passar por tal afronta, que se lem brem que carne e sangue no herdaro o Reino de Deus, e os que agem sobre a base dos princpios justos tero suma paz e consolo. Versculos 43- 48 Os m est res j udeus ent endiam por " prxim o" som ent e os que eram de seu prprio pas, nao e religio, aos que se com praziam em considerar am igos. O Senhor Jesus ensina que devem os fazer t oda a bondade verdadeira que pudermos para t odos, especialm ent e por suas alm as. Devem os orar por eles. Enquant o m uit os devolvero bem por bem , devem os devolver bem por m al; e ist o falar de um princpio m ais nobre que no que se baseia a m aioria dos hom ens para agir. Out ros sadam a seus irm os, e abraam os de seu prprio part ido, cost um e e opinio, porm ns no devem os limitar assim nosso respeito. Dever dos crist os desej ar e apont ar perfeio, e seguir adiant e em graa e sant idade. Ali devem os t er a int eno de conform ar- nos no exem plo de nosso Pai celest ial ( 1 Pe 1.15- 16). Seguram ent e se espera m ais dos seguidores de Crist o que dos out ros; seguram ent e se achar m ais neles que nos outros. Roguemos a Deus que nos capacite para demonstrar- nos como filhos dEle.

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CAPTULO 6Versculos Versculos Versculos Versculos Versculos Versculos 1- 4 5- 8 9- 15 16- 18 19- 24 25- 34 Contra a hipocrisia de dar esmola Contra a hipocrisia ao orar Como orar Respeitar o jejum O mal de pensar mundanamente Se ordena confiar em Deus

Versculos 1- 4 Logo, nosso Senhor advert iu cont ra a hipocrisia e a sim ulao ext ernas nos deveres religiosos. O que deve ser feit o, devem os faz- lo a part ir de um princpio int erior de serm os aprovados por Deus, no pela busca do elogio dos hom ens. Nest es versculos se nos advert e cont ra a hipocrisia de dar esmola. At eno a ist o. pecado sut il; a vangloria se infilt ra no que fazem os, ant es de percebermos. Mas o dever no m enos necessrio nem m enos excelent e porque os hipcrit as abusam dele para servirem seu orgulho. A condena que Crist o dit a parece prim eiro um a prom essa, m as sua recom pensa; no a recom pensa que prom et e Deus aos que fazem o bem , seno a recom pensa que os hipcrit as se prom et em a si m esm os, e pobre recom pensa ; eles o fizeram para serem vist os pelos hom ens, e so vist os por eles. Quant o m enos percebem os nossas boas obras, Deus as not a m ais. Ele t e recom pensar; no com o am o que d a seu servo o que se ganha, e nada mais, seno como Pai que d abundantemente a seu filho o que lhe serve. Versculos 5- 8 Se tem como verdadeiro que t odos os que so discpulos de Crist o oram . Pode que sej a m ais rpido achar um hom em vivo que no respire que um crist o vivo que no ore. Se no h orao, ent o no h graa. Os escribas e fariseus eram culpveis de duas grandes falt as na orao: a vangloria e a v repet io. " Eu lhes asseguro que eles j receberam sua plena recom pensa" ; se em algo t o grande ent re ns e Deus, quando est am os orando, podem os levar em cont a um a coisa t o pobre como a adulao dos homens, justo que isso seja toda a nossa recompensa. Mas no h um murmurar secreto e repetido em busca de Deus que Ele no veja. chamado recompensa, mas de graa, no por dvida; que mrito pode haver em mendigar? Se no d a seu povo o que lhe pedem, deve- se a que sabe que no o necessit am e que no para seu bem . Tant o dist a Deus de ser convencido pela largura ou as palavras de nossas oraes, que as int ercesses m ais fort es so as que se em it em com gem idos inexprim veis. Est udem os bem o que m ost ra a at it ude m ent al em que devemos oferecer nossas oraes, e aprendamos diariamente de Cristo como orar. Versculos 9- 15 Crist o viu que era necessrio m ost rar a seus discpulos qual deve ser corrent em ent e o t em a e o m t odo de sua orao. No se t rat a de que est ej am os obrigados som ent e a usar a m esm a orao sem pre, porm , sem dvida, m uit o bom orar segundo um m odelo. Diz m uit o em poucas palavras; se usa em forma aceitvel no mais do que se usa com entendimento e sem vs repeties. Seis so as peties: as primeiras trs se relacionam mais expressamente com Deus e sua honra; as out ras t rs, com nossas preocupaes t em porrias e espirit uais. Est a orao nos ensina a buscar primeiro o reino de Deus e sua justia, e todas as outras coisas sero agregadas. Depois das coisas da glria, do reino e da vont ade de Deus, oram os pelo sust ent o e o consolo necessrio na vida present e. Aqui cada palavra cont m um a lio. Pedimos po: isso nos ensina sobriedade e t em perana; e som ent e pedim os po, no o que no necessit am os. Pedimos por nosso po: isso nos ensina honest idade e t rabalho; no devem os pedir o po de out rem nem o po do engano ( Provrbios 20.17) . Nem o po do cio ( Provrbios 31.27) , seno o po honest am ent e obtido. Pedim os por nosso po dirio, o que nos ensina a depender const ant em ent e da providncia divina. Rogamos a Deus que no- lo d: no que o venda ou o empreste, seno que o d. O maior dos hom ens deve dirigir- se m isericrdia de Deus para seu po dirio. Oramos: d- nos. I sto nos ensina compaixo pelos pobres. Tambm que devem os orar com nossa fam lia. Oram os para que Deus nolo d nest e dia, o que nos ensina a renovar os desej os de nossas alm as Enquanto a Deus, com o so renovadas as necessidades de nossos corpos. Ao chegar o dia, devem os orar a nosso Pai celest ial e reconhecer que poderamos passar muito bem o dia sem comida, mas no sem orao. Se nos ensina a odiar e aborrecer o pecado enquant o esperam os m isericrdia, a desconfiar de ns, a confiar na providncia e na graa de Deus para im pedir- nos pecar, a est arm os preparados para resistir o tentador, e a no voltar- nos tentadores dos outros.

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Aqui h um a prom essa: se perdoar, t eu Pai celest ial t am bm t e perdoar. Devem os perdoar porque esperam os ser perdoados. Os que desej am achar m isericrdia de Deus devem m ost rar misericrdia a seus irmos. Crist o veio ao m undo com o o grande Pacificador no s para reconciliarnos com Deus, seno tambm os uns com os outros. Versculos 16- 18 O j ej um religioso um dever requerido aos discpulos de Crist o, m as no t ant o um dever em si mesmo, seno com o m eio para dispor- nos para out ros deveres. Jej uar hum ilhar a alm a ( Salm o 35.13) ; est a a face int erna do dever; port ant o, que sej a t eu principal int eresse, e Enquanto externa, no permitas que se veja cobia. Deus v no secreto, e te recompensar em pblico. Versculos 19- 24 A m ent alidade m undana sint om a fat al e corriqueiro da hipocrisia, porque por nenhum pecado pode Sat ans t er um suport e m ais seguro e m ais firm e na alm a que sob o m ant o de um a profisso de f. Algo ter a alma que olhar como o melhor, aquilo no qual se compraz e confia acima de todas as dem ais coisas. H t esouros no cu. Sabedoria nossa realizar t oda diligncia para assegurar nosso direit o vida et erna por m eio de Jesus Crist o, e olharm os para t odas as coisas daqui em baixo com o indignas de serem com paradas com aquelas, e no ficarm os cont ent es com nada inferior a elas. felicidade superior e alm das mudanas e azares do tempo, herana incorruptvel. O hom em m undano erra em seu prim eiro princpio; port ant o, t odos seus arrazoam ent os e aes que da surgem devem ser maus. I sto se aplica por igual falsa religio; o que considerado luz a escurido m ais densa. Est e um exem plo espant oso, m as com um ; port ant o, devem os exam inar cuidadosamente nossos princpios diretrizes luz da palavra de Deus, pedindo com orao fervorosa o ensino de seu Esprito. Um hom em pode servir um pouco a dois am os, m as pode consagrar- se ao servio de no m ais que um . Deus requer t odo o corao e no o dividir com o m undo. Quando dois am os se opem ent re si, nenhum hom em pode servir am bos. Ele se aferra e am a o m undo, e deve desprezar a Deus; o que ama a Deus deve deixar a amizade do mundo. Versculos 25- 34 Escassam ent e h um out ro pecado cont ra o qual m ais advirt a nosso Senhor Jesus a seus discpulos que as preocupaes inquiet ant es, que dist raem e fazem desconfiar pelas coisas dest a vida. Am ide ist o enreda t ant o o pobre com o o am or pela riqueza ao rico. Mas h um a despreocupao pelas coisas t em porrias que dever, em bora no devam os levar a um ext rem o estas preocupaes licitas. No se preocupem por sua vida. Nem pela ext enso dela, seno refiram - na a Deus para que a alongue ou encurte segundo lhe apraz; nossos tempos esto em sua mo e esto em boa mo. Nem pelas comodidades desta vida, deixem que Deus a amargue ou adoce segundo lhe parea. Deus tem prometido a comida e o vestido, portanto podemos esper- los. No pensem no am anh, no t em po vindouro. No se preocupem pelo fut uro, com o vivero no ano prxim o, ou quando sej am velhos, ou que vo deixar t rs de si. Com o no devem os j act ar- nos do am anh, assim t am pouco devem os preocupar- nos pelo am anh ou seus acont ecim ent os. Deus nos t em dado vida e nos t em dado o corpo. E que no pode fazer por ns quem fez isso? Se nos preocuparm os de nossas alm as e da et ernidade, que so m ais importantes que o corpo e que est a vida, podem os deixar em m os de Deus que nos provej a com ida e vest ido, que so o m enos importante. Melhorem isto como exortao a confiar em Deus. Devemos reconciliar- nos com nosso patrimnio no m undo com o o fazem os com nossa est at ura. No podem os alt erar as disposies da providncia, port ant o devem os subm et er- nos e resignar- nos a elas. O cuidado considerado por nossas alm as a m elhor cura da considerao cuidado pelo m undo. Busquem prim eiro o reino de Deus, e faam da religio a sua ocupao: no digam que est e o m odo de passar fom e; no o j eit o de est ar bem provido, ainda neste mundo. A concluso de t odo o assunt o que a vont ade e o m andam ent o do Senhor Jesus, que pelas oraes dirias possam os obt er fora para sust ent ar- nos sob nossos problem as cot idianos, e arm arnos cont ra as t ent aes que os acom panham e no deixar que nenhum a dessas coisas nos comovam. Bem- avent urados os que t om am o Senhor com o seu Deus, e do plena prova disso confiando- se t ot alm ent e a sua sabia disposio. Que t eu Esprit o nos d convico do pecado na necessidade desta disposio e tire o mundano de nossos coraes.

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CAPTULO 7Versculos Versculos Versculos Versculos Versculos 1- 6 7- 11 12- 14 15- 20 21- 29 Cristo reprova o juzo apressado Exortaes orao O caminho estreito e o largo Contra os falsos profetas Sejam fazedores da palavra, no somente ouvintes

Versculos 1- 6 Devem os j ulgar- nos a ns m esm os, e j ulgar nossos prprios at os, porm sem fazer de nossa palavra um a lei para ningum . No devem os j ulgar duram ent e os nossos irm os sem t er base. No devem os fazer o pior da gent e. Aqui h um a repreenso j ust a para t odos os que brigam com seus irm os por falt as pequenas, enquant o eles se perm it em as grandes. Alguns pecados so com o ciscos, enquant o que out ros so com o vigas; alguns so com o um m osquit o, e out ros so com o um camelo. No que haj a pecado pequeno; se for com o um cisco ou um argueiro, est no olho; se for um m osquit o, est na gargant a; am bos so dolorosos e perigosos, e no podem os est ar nem cmodos at que saiam. O que a caridade nos ensina a chamar no mais que palha no olho alheio, o arrependim ent o e a sant a t rist eza nos ensinar a cham - lo de viga no nosso. Est ranho que um hom em possa est ar num est ado pecam inoso e m iservel, e no perceb- lo, com o um hom em que t em um a viga em seu olho e no a leva em cont a; m as o deus dest e m undo lhes cega o entendimento. Aqui h uma boa regra para os que julgam: primeiro reformem- se a vocs mesmos. Versculos 7- 11 A orao o m eio designado para conseguir o que necessit am os. Orem ; orem freqent em ent e; faam da orao sua ocupao e sej am srios e fervorosos nela. Peam , com o um m endigo pede esmola. Peam como o viajante pergunta pelo caminho. Busquem como se busca uma coisa de valor que perdem os; ou com o o m ercador que procura por prolas boas. Cham em com o bat e port a o que desej a ent rar em casa. O pecado colocou chave e fechou a port a cont ra ns; pela orao chamamos. Sej a o que for pelo que orem , conform e com a prom essa, ser dado se Deus v que bom para vocs, e que m ais poderiam desej ar? I st o para aplic- lo a t odos os que oram bem ; t odo o que pede, recebe, sej a j udeu ou gent io, j ovem ou velho, rico ou pobre, alt o ou baixo, am o ou servo, douto ou inculto, todos por igual so bem- aventurados ao trono da graa, se vo pela f. explicado com parando- o com os pais t errenos e sua apt ido para darem a seus filhos o que pedem. Os pais cost um am ser nesciam ent e afet uosos, m as Deus onisciente. Ele sabe o que necessit am os, o que desej am os, e o que bom para ns. Nunca achem os que nosso Pai celest ial nos pediria que oremos e depois se negaria a ouvir ou a dar- nos o que no nos prejudica. Versculos 12- 14 Crist o veio a ensinar- nos no som ent e o que devem os saber e acredit ar, seno o que devem os fazer; no s para com Deus, seno para com os hom ens; no s para com os que so de nosso part ido e denom inao, seno para com os hom ens em geral, com t odos aqueles que nos relacionemos. Devem os fazer a nosso prxim o o que ns m esm os reconhecem os que bom e razovel. Em nossos t rat os com os hom ens devem os colocar- nos no m esm o lugar e nas circunstncias daqueles com os que nos relacionamos, e agir em conformidade com isso. No h seno dois cam inhos: o corret o e o errado, o bom e o m au; o cam inho ao cu e o caminho ao inferno; t odos vam os andando por um ou por out ro; no h um lugar int erm dio no alm ; no h um cam inho neutro. Todos os filhos dos hom ens som os sant os ou pecadores, bons ou maus. Vej am o cam inho do pecado e dos pecadores, que a port a larga e est abert a. Podem ent rar por est a port a com t odas as luxrias que a rodeiam ; no freia apet it es nem paixes. um cam inho largo; exist em m uit as sendas nele, h opes de cam inhos pecam inosos. H m ult ides nest e caminho. Mas que proveit o h em est ar dispost o a ir para o inferno com os out ros, porque eles no iro ao cu conosco? O cam inho da vida et erna est reit o. No est am os no cu t o logo com o passam os pela port a est reit a. Devem os negar o enrgico, m ant er o corpo sob cont role, e m ort ificar as corrupes. Devem os resist ir as t ent aes dirias; devem os cum prir os deveres. Devem os velar em t odas as coisas e andar com cuidado; e devem os passar por m uit a t ribulao. No obst ant e, est e cam inho nos convida a t odos; conduz vida, ao consolo present e no favor de Deus, que a vida da alm a; bno et erna, cuj a esperana no final de nosso cam inho deve facilit ar- nos todas as12

dificuldades do cam inho. Est a sim ples declarao de Crist o t em sido descart ada por m uit os que se deram ao t rabalho de faz- la desaparecer com explicaes, porm em t odas as pocas o discpulo verdadeiro de Crist o t em sido vist o com o um a personalidade singular, que no est na m oda; e t odos os que ficaram do lado da grande m aioria, se foram pelo cam inho am plo rum o a dest ruio. Se servirm os a Deus, devem os ser firm es em nossa religio. Podem os ouvir repet idas vezes sobre a port a est reit a e o cam inho apert ado, e que so poucos o que o acham , sem condoer- nos por ns m esm os ou sem considerar se ent ram os no cam inho est reit o e qual o avano que est am os fazendo nele? Versculos 15- 20 Nada im pede t ant o aos hom ens de passar pela port a est reit a e chegar a ser verdadeiros seguidores de Crist o com o as dout rinas carnais, apaziguadoras e aduladoras dos que se opem verdade. Estes podem ser conhecidos pelo arrasto e os efeitos de suas doutrinas. Uma parte de seus temperam ent os e condut as result a cont rria m ent e de Crist o. As opinies que levam a pecar no vm de Deus. Versculos 21- 29 Aqui Cristo mostra que no bastar reconhec- lo como nosso Amo somente de palavra e lngua. necessrio para nossa felicidade que acredit em os em Crist o, que nos arrependam os do pecado, que vivam os um a vida sant a, que nos am em os os uns aos out ros. Est a sua vont ade, nossa santificao. Tenham os cuidado de no apoiar- nos nos privilgios e obras ext ernas, no sej a que nos enganem os e peream os et ernam ent e com um a m ent ira a nossa direit a, com o o fazem m ult ides. Que cada um que invoca o nom e de Crist o se afast e de t odo pecado. Exist em out ros cuj a religio descansa no puro ouvir, sem ir alm ; suas cabeas est o cheias de noes vazias. Essas duas classes de ouvintes esto representados pelos dois construtores. Esta parbola nos ensina a ouvir os dit ados do Senhor Jesus: alguns podem parecer duros para carne e sangue, m as devem ser feit os. Crist o est colocado com o fundam ent o e t oda out ra coisa fora de Crist o areia. Alguns const roem suas esperanas na prosperidade m undana; out ros, num a profisso ext erna de religio. Sobre est as se avent uram , m as est as so s areia, dem asiado fracas para suport ar um a t ram a com o nossas esperanas do cu. H uma tormenta que vem e provar a obra de todo homem. Quando Deus tira a alma, onde est a esperana do hipcrit a? A casa desabou na t orm ent a, quando m ais a necessit ava o const rut or, e esperava que lhe servisse de refgio. Caiu quando era dem asiado t arde para edificar out ra. O Senhor nos faa const rut ores sbios para a et ernidade. Ent o, nada nos separar do am or de Crist o Jesus. As m ult ides ficavam at nit as ant e a sabedoria e o poder da dout rina de Crist o. Est e serm o, t o freqent em ent e lido, sem pre result a novo. Cada palavra prova que seu Aut or divino. Sejamos cada vez m ais decididos e fervorosos, e faam os de um a ou de out ra dest as bem - avent uranas e graas crist s o t em a principal de nossos pensam ent os, por sem anas seguidas. No descansem os em desejos gerais e confusos, pelos quais possamos capt- lo tudo, porm sem reter nada.

CAPTULO 8Versculo 1 Versculos 2- 4 Versculos 5- 13 Versculos 14- 17 Versculos 18- 22 Versculos 23- 27 Versculos 28- 34 Multides seguem a Cristo cura de um leproso Sanidade do servo de um centurio Sanidade da sogra de Pedro A promessa entusiasta do escriba Cristo numa tempestade Cura de dois endemoninhados

Versculo 1 Est e versculo se refere ao final do serm o ant erior. Aqueles aos que Crist o t em - se dado a conhecer, desejam saber mais dEle. Versculos 2- 4 Nest es versculos t em os o relat o da lim peza de um leproso feit a por Crist o; o leproso se aproximou dEle e o adorou com o a Um invest ido de poder divino. Est a purificao no som ent e nos13

guia a acudirm os a Crist o, que t em poder sobre as doenas fsicas, para a sanidade delas; t am bm nos ensina a m aneira de apelas a Ele. Quando no podem os est ar seguros da vont ade de Deus, podem os est ar seguros de sua sabedoria e m isericrdia. Por grande que sej a a culpa, no sangue de Ct h aquilo que a expia; nenhum a corrupo t o fort e que no haj a em sua graa o que possa submet- la. Para serm os purificados, devem os encom endar- nos a sua piedade; no podem os demand- lo como dvida; devemos pedi- lo humildemente como um favor. Os que pela f apelam a Crist o por m isericrdia e graa, podem est ar seguros de que Ele est dando- lhes livrem ent e a m isericrdia e a graa que eles assim procuram . Bendit as sej am as aflies que nos levam a conhecer a Cristo, e nos fazem procurar sua ajuda e sua salvao. Os que so limpos de sua lepra espiritual, vo aos ministros de Cristo e exponham seu caso, para serem aconselhados, consolados e para que orem por eles. Versculos 5- 13 Est e cent urio era pago, um soldado rom ano. Em bora soldado, no obst ant e, era um bom homem. Nenhum a vocao nem posio do hom em sero desculpa para a incredulidade e o pecado. Vej am com o expe o caso de seu servo. Devem os int eressar- nos pelas alm as de nossos filhos e servos, espirit ualm ent e doent es, que no sent em os m ales espirit uais, e no conhecem o que espiritualmente bom; devemos lev- los a Cristo por f e por orao. Observe- se sua hum ilhao. As alm as hum ildes se fazem m ais hum ildes pela graa de Crist o no t rat o com eles. Observe- se sua grande f. Enquant o m enos os confiem os em ns m esm os, m ais fort e ser nossa confiana em Crist o. Aqui o cent urio lhe reconhece o m ando com poder divino e pleno sobre todas as criaturas e poderes da natureza, como um amo sobre seus servos. Este tipo de servos devem os ser t odos para Deus; devem os ir e vir, conform e com os m andados de Sua palavra e com as disposies de sua providncia. Mas quando o Filho do Hom em vem , encont ra pouca f, port ant o, acha pouco frut o. Uma profisso ext erna faz que sej am os cham ados filhos do reino, porm se descarnarm os nisso e nada mais podemos mostrar, seremos rejeitados. O servo obt eve a sanidade de sua doena e o am o obt eve a aprovao de sua f. O que foi dito a ele, se diz a todos: Cr, e recebers; somente cr. Veja o poder de Cristo e o poder da f. A cura de nossas almas , logo, o efeito e a prova de nosso interesse no sangue de Cristo. Versculos 14- 17 Pedro t inha um a esposa em bora fosse apst olo de Crist o, o que dem onst ra que Ele aprovava o estado do matrimnio, sendo bondoso com a me da esposa de Pedro. A igreja de Roma, que probe que seus m inist ros se casem , cont radiz a est e apst olo, sobre o qual t ant o se apiam . Tinha sua sogra consigo em sua fam lia, o que exem plo de ser bom com nossos pais. Na sanidade espirit ual, a Escrit ura diz a palavra, o Esprit o d o t oque, t oca o corao, t oca a m o. Aqueles que se recuperam de um a febre cost um am ficar fracos durant e um t em po; m s para mostrar que esta cura estava acima do poder da natureza, a manh ficou to bem que de imediato se dedicou aos afazeres da casa. Os m ilagres que fez Jesus foram publicados am plam ent e, de m odo que m uit os se agruparam vindo at Ele, e curou a t odos os que est avam doent es, em bora o pacient e est ivesse fraco dem ais e o caso fosse do pior. Muitas so as doenas e as calamidades do corpo s que estamos propensos; e h m ais nest as palavras do evangelho que dizem que Jesus Crist o levou nossas doenas e nossas dores, para sust ent ar- nos e consolar- nos quando est am os subm et idos a elas, que em t odos os escrit os dos filsofos. No nos queixam os pelo t rabalho, o problem a ou o gast o ao fazerm os o bem ao prximo. Versculos 18- 22 Um dos escribas se apressou a prometer; se diz seguidor de Cristo. Parece muito resoluto. Muitas decises religiosas so produzidas por um a sbit a convico do pecado, e assum idas sem um a devida reflexo; est as do em nada. Quando est e escriba ofereceu seguir a Crist o, se poderia pensar que Jesus deve t er- se sent ido anim ado; um escriba podia dar m ais crdit o e servio que doze pescadores; porm Crist o viu seu corao, e respondeu a seus pensam ent os, e ensina a t odos com o ir a Crist o. Sua resoluo parece surgir de um princpio m undano e cobioso; m as Crist o no t inha onde reclinar sua cabea, e se ele o seguisse, no devia esperar que lhe iria m elhor. Temos razo para pensar que este escriba se afastou. Out ro era dem asiado lent o. A dem ora em fazer e, por um lado, t o negat iva com o a pressa por resolver- se por out ro lado. Pediu perm isso para ocupar- se de ent errar seu pai, e que depois se colocaria ao servio de Crist o. I st o parecia razovel, em bora no fosse j ust o. No t inha zelo verdadeiro pela obra. Ent errar o m ort o, especialm ent e um pai m ort o, um a boa obra, m as no 14

tua obra neste momento. Se Cristo requer nosso servio, deve ceder- se ainda o afeto pelos parentes m ais prxim os e queridos, e pelas coisas que no so nosso dever. Para a m ent e sem disposio nunca falt am as desculpas. Jesus lhe disse " Siga- m e" e, sem dvida, saiu poder com est a palavra para ele com o para os out ros; seguiu a Crist o e se aferrou a Ele. O escriba disse " eu t e seguirei" ; a est e out ro hom em , Crist o disse " Siga- m e" ; com parando- os, se v que som os levados a Crist o pela fora de seu chamado pessoal (Romanos 9.16). Versculos 23- 27 Consolo para os que se lanam ao m ar em barcos, e cost um am passar perigo ali, reflet ir que t m um Salvador em quem confiar e ao qual orar, que sabe que est ar na gua e est ar em tormentas. Os que esto passando pelo oceano deste mundo com Cristo, devem esperar tormentas. Sua nat ureza hum ana, sem elhant e a ns em t udo, porm sem pecado, est ava fat igada e adorm eceu nesse m om ent o para provar a f de seus discpulos. Eles foram a seu Mest re em seu temor. Assim na alm a; quando as luxrias e as t ent aes se levant am a rugem , e Deus est aparentem ent e dorm ido para o que est acont ecendo, ist o nos conduz beira do desespero. Ento, se clam a por um a palavra de sua boca: Senhor Jesus, no fiques calado ou est ou acabado. Muitos que t m f verdadeira so fracos nela. Sem discpulos de Crist o eram dados a inquiet ar- se com t em ores num dia t em pest uoso; atormentavam- se a si mesmos com as coisas que estavam mal para eles, e com pensam ent os desalent adores de que vir algo pior. As grandes t orm ent as da dvida e t em or na alm a, sob o poder do esprit o de escravido, cost um am acabar num a m aravilhosa calm a, criada e dirigida pelo Esprito de adoo. Eles ficaram est upefat os. Nunca t inham vist o que um a t orm ent a fosse de im ediat o acalm ada t o perfeitamente. Ele pode fazer isso, pode fazer qualquer coisa, o que est im ula a confiana e o consolo nEle, no dia mais tempestuoso de dentro ou de fora (Isaias 26.4). Versculos 28- 34 Os dem nios nada t m a ver com Crist o com o Salvador; eles no t m nem esperam nenhum benefcio dEle. Oh, a profundidade dest e m ist rio do am or divino: que o hom em cado t enha t ant o a ver com Crist o, quando os anj os cados nada t m a ver com Ele! ( Hebreus 2.16) . Seguram ent e que aqui sofreram um t orm ent o, ao serem forados a reconhecer a excelncia que h em Crist o, e ainda assim , no t er part e com Ele. Os dem nios no desej am t er nada a ver com Crist o com o Rei. Veja que linguagem falam os que no t ero nada a ver com o evangelho de Crist o. Cont udo, no verdade que os dem nios no t enham nada a ver com Crist o com o Juiz, pois t em t udo a ver, e sabem disso; assim para com todos os filhos dos homens. Sat ans e seus inst rum ent os no podem ir alm do que o Senhor perm it a; eles devem deixar a possesso quando Ele ordena. No podem rom per o cerco de prot eo em volt a de seu povo; nem sequer podem entrar num porco sem Sua permisso. Receberam a perm isso. Freqent em ent e Deus perm it e, por obj et ivos sant os e sbios, os esforos da ira de Sat ans. Assim , pois, o diabo apressa a gent e a pecar; os apressa ao que t m resolvido em cont ra, do qual sabem que ser vergonha e dor para eles; m iservel a condio dos que so levados cativos por ele a sua vontade. Exist em m uit os que preferem seus porcos ao Salvador e, assim , no alcanam a Crist o e a salvao por Ele. Eles desej am que Crist o se v de seus coraes, e no suport am que Sua Palavra t enha lugar neles, porque Ele e sua palavra dest ruiriam suas concupiscncias brut ais, isso que se ent rega aos porcos com o alim ent o. Just o que Crist o abandone aos que est o cansados dEle; e depois diga: "Apartem- se de mim, malditos", aos que dizem ao Todo Poderoso: "Sa de ns".

CAPTULO 9Versculos 1- 8 Versculo 9 Versculos 10- 13 Versculos 14- 17 Versculos 18- 26 Versculos 27- 31 Versculos 32- 34 Versculos 35- 38 Jesus regressa a Cafarnaum e cura um paraltico Chamado de Mateus Mateus, ou a festa de Levi Objees dos discpulos de Joo Cristo ressuscita a filha de Jairo Cura o fluxo de sangue Cura de dois cegos Cristo lana fora um esprito mudo Envia os apstolos

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Versculos 1- 8 A f dos am igos do paralt ico ao lev- lo a Crist o era um a f firm e; eles criam firm em ent e que Jesus Crist o podia e quereria cur- lo. Um a f fort e no considera os obst culos ao ir em busca de Cristo. Era um a f hum ilde; eles o levaram a esperar em Crist o. Era um a f at iva. O pecado pode ser perdoado, m as no ser elim inada a doena; a enferm idade pode ser t irada, m as no ser perdoado o pecado; porm se t em os o consolo da paz com Deus, com o consola da recuperao da enfermidade, ist o faz com que, sem dvida, a sanidade sej a um a m isericrdia. I st o no exort ao para pecar. Se voc leva seus pecados a Jesus Crist o, com o sua doena e sua desgraa para ser curado disso, e livrado daqueles, bom ; porm ir com eles, com o t eus am ores e deleit es, pensando ainda em ret - los e receb- lo a Ele, um t rem endo erro, um engano m iservel. A grande int eno do bendito Jesus na redeno que operou separar nossos coraes do pecado. Nosso Senhor Jesus t em perfeit o conhecim ent o de t odo o que dizem os dent ro de ns m esm os. Exist e m uit o m al nos pensam ent os pecam inosos, que result a m uit o ofensivo para o Senhor Jesus. A Crist o lhe int eressa m ost rar que sua grande m isso para o m undo era salvar seu povo de seus pecados. Deixou o debate com os escribas e pronunciou as palavras de sanidade para o doente. No s no t eve m ais necessidade de que o levassem em seu leit o, seno que t eve foras para lev- lo ele mesmo. Deus deve ser glorificado em todo o poder que se d para fazer o bem. Versculo 9 Mat eus foi em at eno a seu chamado, com o os out ros aos que Crist o cham ou. Com o Sat ans vem com suas t ent aes ao ocioso, assim vem Crist o com seus cham ados aos que est o ocupados. Todos t em os nat ural averso a t i, oh Deus; cham a- nos a seguir- t e, at rai- nos por t ua poderosa palavra e correrem os at rs de t i. Fala pela palavra do Esprito a nossos coraes, o mundo no pode reter- nos, Sat ans no pode det er nosso cam inho, nos levant arem os e t e seguirem os. Crist o com o aut or, e sua palavra com o o m eio, opera um a m udana salvadora na alm a. Nem o cargo de Mat eus nem seus lucros, puderam det - lo quando Crist o o cham ou. Ele o deixou t udo, e em bora depois, ocasionalm ent e, aos discpulos que eram pescadores os acham os pescando de novo, nunca m ais acharemos a Mateus em seus ganhos pecaminosos. Versculos 10- 13 Tem po depois de seu chamado, Mat eus procurou levar seus ant igos scios a que ouvissem a Cristo. Sabia por experincia o que podia fazer a graa de Crist o e no desesperou a esse respeit o. Os que so eficazm ent e levados a Crist o no podem seno desej ar que os out ros t am bm sej am levados a Ele. Aqueles que supem que suas alm as est o sem doena no acolhero o Mdico espirit ual. Este era o caso dos fariseus; eles desprezaram a Crist o porque se criam nt egros; m as os pobres publicanos e pecadores sent iam que lhes falt ava inst ruo e em enda. Fcil , e t am bm corriqueiro, colocar as piores int erpret aes sobre as m elhores palavras e aes. Pode suspeit ar- se com j ust ia que os que no tm a graa de Deus no se comprazem com que outros a consigam. Aqui se chama misericrdia que Crist o converse com os pecadores, porque fom ent ar a conversao das alm as o maior ato de misericrdia. O cham ado do evangelho um chamado ao arrependim ent o; um cham ado para que m udem os nosso m odo de pensar e m udem os nossos cam inhos. Se os filhos dos hom ens no fossem pecadores, no t eria sido necessrio que Crist o viesse a eles. Exam inem os se invest igam os nossa doena e se aprendemos a seguir as ordens de nosso grande mdico. Versculos 14- 17 Nest a poca Joo est ava preso; suas circunst ncias, seu cart er e a nat ureza da m ensagem que foi enviado a dar, conduziu os que est avam peculiarm ent e afet os a ele a realizarem j ej uns freqentes. Cristo os referiu ao testemunho que Joo d dEle (Joo 3.29). Ainda que no h dvidas de que Jesus e seus discpulos viveram de form a frugal e econm ica, seria im prprio que seus discpulos j ej uassem enquant o t inham o consolo de sua presena. Quando est com eles, t odo est bem. A presena do sol faz o dia, e sua ausncia produz a noite. Nosso Senhor lem bra depois as regras com uns da prudncia. No era cost um e Pager um pedao de t ecido de l crua, que nunca t inha sido preparada, para cost ur- lo num a vest e velha, pois no ficaria bem ligado nela e o desgarraria ainda m ais, e a rasgadura ficaria pior. Nem t am pouco os hom ens colocavam vinho novo em odres velhos, que apodreceriam e arrebent ariam pela fermentao do vinho; ao colocar o vinho novo em odres novos e fortes, ambos seriam preservados. Requere- se grande prudncia e caut ela para que os novos convert idos no recebam idias som brias e proibit ivas do servio de nosso Senhor; ant es devero ser est im ulados nos deveres a m edida que sejam capazes de suport- los.16

Versculos 18- 26 A m ort e de nossos fam iliares deve levar- nos a Crist o, que nossa vida. Grande honra para os maiores reis esperar no Senhor; e os que recebam m isericrdia de Crist o devem honr- lo. A variedade de m t odos que Crist o usou para fazer seus m ilagres t alvez se deveu s diferent es disposies m ent ais e t em peram ent os com que vinham os que a Ele acudiam ; t udo ist o o conhecia perfeitamente Aquele que esquadrinha os coraes. Um a pobre m ulher apelou a Crist o e recebeu dEle m isericrdia, ao passar pelo cam inho. Se somente t ocarm os, com o se assim fosse, a borda da t nica de Crist o, pela f viva, sero sarados nossos piores m ales; no h out ra cura verdadeira nem devem os t em er que saiba coisas que so dor e carga para ns, e que no contaramos a nenhum amigo terreno. Quando Crist o ent rou na casa do hom em principal disse: " Afast em - se". s vezes, quando prevalece a dor do m undo, difcil que ent rem Crist o e suas consolaes. A filha do principal est ava realm ent e m ort a, m as no para Crist o. A m ort e do j ust o, de m aneira especial, deve ser considerada somente um dormir. As palavras e as obras de Crist o podem no ser ent endidas no com eo, e, cont udo, no por isso devem ser desprezadas. A gent e foi fort alecida. Os escarnecedores que riem do que no ent endem no so t est em unhas apropriadas das m aravilhosas obras de Crist o. As alm as m ort as no so ressuscit adas para a vida espirit ual, a m enos que Crist o as t om e pela m o; foi feit o no dia de seu poder. Se est e nico caso em que Crist o ressuscit ou a um m ort o recent e aum ent ou t ant o sua fama, que ser de sua glria quando t odos os que est o nos sepulcros ouam sua voz e saiam ; os que fizeram o bem , para a ressurreio da vida, e os que fizeram o m al, para a ressurreio da condenao! Versculos 27- 31 Nest a poca os j udeus esperavam que aparecesse o Messias; est es cegos souberam e proclamaram nas ruas de Cafarnaum que t inha vindo, e que era Jesus. Os que, pela providncia de Deus, perderam a vista fsica, pela graa de Deus podem ter plenamente iluminados os olhos de seu entendimento. Sejam quais forem nossas necessidades e cargas, no necessit am os m ais proviso e apoio que participar na misericrdia de nosso Senhor Jesus. Em Cristo h suficiente para todos. Eles o seguiram grit ando em voz alt a. Provaria sua f, e nos ensinaria a orar sem pre e a no desm aiar, em bora a respost a no chegue logo. Eles seguiram a Crist o e o seguiram clam ando, m as a grande pergunt a : Voc cr? A nat ureza pode fazer- nos fervorosos, porm s a graa a que pode operar a f. Crist o t ocou seus olhos, ele d viso s alm as cegas pelo poder de sua graa que v unida sua palavra, e repart e a cura sobre a f deles. Os que apelam a Jesus Crist o sero t rat ados no conforme a suas fantasias nem a sua profisso, seno conforme a sua f. s vezes Crist o ocult ava seus m ilagres pois no queria dar p ao engano que prevalecia ent re os j udeus de que seu Messias seria um prncipe t em poral, e assim , dar ocasio a que o povo t ent asse tumultos e sedies. Versculos 32- 34 De am bos, m elhor um dem nio m udo que um que blasfem e. As curas de Crist o vo diret o raiz, e eliminam o efeito tirando a causa; abrem os lbios rompendo o poder de Satans na alma. Nada pode convencer aos que est o sob o poder do orgulho. Acredit aro em qualquer coisa, por falsa e absurda que sej a, ant es que nas Sagradas Escrit uras; assim , dem onst ram a inim izade de seus coraes contra o Santo Deus. Versculos 35- 38 Jesus visit ou no som ent e as cidades grandes e ricas, seno as aldeias pobres e escuras, e ali pregou e curou. As alm as dos m ais vis do m undo so t o preciosas para Crist o, e devem s- lo para ns, como as almas dos que mais figuram. Havia sacerdotes, levitas e escribas em toda a terra; mas eram past ores de dolos ( Zacarias 11.17) ; port ant o, Crist o t eve com paixo do povo com o ovelhas desam paradas e dispersas, com o hom ens que perecem por falt a de conhecim ent o. Hoj e t am bm h multides enormes que so como ovelhas sem pastor, e devemos ter compaixo e fazer tudo quanto puderm os para aj ud- los. As m ult ides desej osas de inst ruo espirit ual form am um a colheita abundant e que necessit ava m uit os operrios at ivos; m as poucos m ereciam esse cart er. Crist o o Senhor da seara. Orem os que m uit os sej am levant ados e enviados a t rabalhar para levar am as a Cristo. sinal de que Deus est por conceder algum a m isericrdia especial a um povo quando os convida a orar por isso. As m isses encom endadas aos operrios com o respost a orao, so as que mais provavelmente tero xito.

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CAPTULO 10Versculos 1- 4 Versculos 5- 15 Versculos 16- 42 Chamado dos apstolos Os apstolos so instrudos e enviados Instrues para os apstolos

Versculos 1- 4 A palavra " apst olo" significa " m ensageiro" ; eles eram os m ensageiros de Crist o enviados a proclam ar seu reino. Crist o lhes deu poder para sarar t oda classe de doenas. Na graa do Evangelho h um balsam o para cada chaga, um rem dio para cada doena. No h enferm idade espirit ual se no h poder em Crist o para cur- la. Seus nom es est o escrit os e isso sua honra; m as eles t inham m aior razo para regozij ar- se em que seus nom es est ivessem escrit os no cu, enquanto os nomes elevados e poderosos dos grandes da terra esto soterrados no p. Versculos 5- 15 No se deve levar o evangelho aos gent ios at que os j udeus o t enham rej eit ado. Est a lim it ao aos apstolos foi somente para sua primeira misso. Onde quer que fossem deviam pregar est a m ensagem : " O Reino dos Cus est prximo". Eles pregaram para est abelecer a f; o reino para anim ar a esperana; dos cus para inspirar o am or s coisas celest iais e o desprezo pelas t errenas; que est ava prximo, para que os hom ens se preparassem sem demora. Crist o lhes deu poder para realizar m ilagres com o confirm ao de sua dout rina. I st o no necessrio agora que o Reino de Deus veio. Most ra que a int eno da dout rina que pregavam era curar almas enfermas e ressuscitar os que estavam mortos no pecado. Ao proclam ar o evangelho da graa nas cidades e povos desconhecidos, o servo de Crist o em baixador da paz em qualquer part e aonde sej a enviado., sua m ensagem at para os pecadores m ais vis, em bora lhes corresponda buscar as m elhores pessoas de cada lugar. No convm orar de todo corao por todos e conduzirmos cortesmente com todos. Deu- lhes inst rues sobre com o agir com os que os rej eit em . Todo o conselho de Deus deve ser declarado, e aos que no ouam a m ensagem da graa, se deve dem onst rar que seu est ado perigoso. I sto deve ser levado muito a serio por todos os que ouvem o evangelho, no seja que seus privilgios lhes sirvam somente para aumentar sua condena. Versculos 16- 42 Nosso Senhor advert e a seus discpulos que se preparem para a perseguio. Eles deviam evit ar t odas as coisas que dessem vant agem a seus inim igos, t oda int rom isso nos esforos polt icos ou m undanos, t oda aparncia de m al ou egosm o, e t odas as m edidas clandest inas. Crist o padece dificuldades no s para que os t ranst ornos no sej am surpresa, seno para que eles possam confirmar sua f. Diz- lhes que devem sofrer e de parte de quem. Assim, Cristo nos tem tratado fiel e eqitativam ent e, dizendo- nos o pior que podem os achar em seu servio; e quer que assim nos tratemos a ns mesmos, ao sentar- nos a calcular o custo. Os perseguidores so piores que as best as, porque fazem presa dos m esm os de sua espcie. Os laos de am or e dever m ais slidos se rom peram por inim izade cont ra Cristo. Os sofrim ent os de part e de am izades e parent es so m uit o dolorosos; nada fere m ais. Sim plesm ent e parece que t odos os que desej am viver piam ent e em Crist o Jesus padecero perseguio; e devem os esperar que atravs de muitas tribulaes entremos no Reino de Deus. Nest a predio de problem as, h conselhos e consolo para os m om ent os de provao. Os discpulos de Cristo so odiados e perseguidos como serpentes, e se procura sua runa, e necessitam a sabedoria da serpent e, m as a sim plicidade das pom bas. No som ent e no danifiquem a ningum , seno que no t enham m vont ade cont ra ningum . Deve haver cuidado prudent e, porm no devem deixar- se dom inar por pensam ent os de angst ia e confuso; que est a preocupao sej a lanada sobre Deus. Os discpulos de Crist o devem pensar m ais em realizar o bem que em falar bem. No caso de grande perigo, os discpulos de Crist o podem sair do cam inho perigoso, ainda quando no devam sair- se do cam inho do dever. No se devem usar m eios pecam inosos e ilcit os para fugir; porque ent o no se t rat a de um a port a que Deus t enha abert o. O t em or ao hom em lhe coloca um a arm adilha, um a cilada de confuso que pert urba nossa paz; um a arm adilha que enreda, pela qual som os at rados ao pecado; e port ant o, se deve lut ar e orar em sua cont ra. A t ribulao, a angst ia e a perseguio no podem elim inar o am or de Deus por eles ou o deles por Ele. Temam quele que pode destruir o corpo e a alma no inferno.

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Eles devem dar sua mensagem publicamente, porque todos esto profundamente preocupados da doutrina do Evangelho. Deve dar- se a conhecer t odo o conselho de Deus ( At os 20.27) . Crist o lhes m ost ra por que devem est ar de bom nim o. Seus sofrim ent os t est em unham cont ra os que se opem a seu Evangelho. Quando Deus nos cham a para falarm os por Ele, podem os depender dEle para que nos ensine o que dizer. Uma perspectiva fiel do final de nossas aflies ser muito til para sustentar- nos quando estejamos submetidos a elas. O poder ser conforme ao dia. De grande nimo para os que esto realizando a obra de Deus que seja uma obra que certamente ser feita. Veja- se com o o cuidado da providncia se est ende a t odas as criat uras, ainda aos pardais. I sto deve silenciar t odos os t em ores do povo de Deus: Vocs valem m ais que m uit os pardais. Os prprios cabelos de suas cabeas est o t odos cont ados. I st o denot a a crist que Deus faz e m ant m de seu povo. Nosso dever no s crer em Crist o, seno professar essa f, sofrendo por Ele, quando som os cham ados a isso, assim com o t am bm a servi- lo. Aqui som ent e se alude negao de Crist o que persist ent e, e essa confisso s pode t er a bendit a recom pensa aqui prom et ida, que a linguagem verdadeira e const ant e do am or e da f. A religio vale tudo; todos os que crem sua verdade, chegaro ao prmio e faro que todos o resto se renda a isso. Cristo nos conduzir atravs dos sofrim ent os para gloriar- nos nEle. Os m elhores preparados para a vida vindoura so os que esto mais livres desta vida presente. Em bora a bondade feit a aos discpulos de Crist o sej a sum am ent e pequena, ser aceit a quando haj a ocasio para ela e no exist a capacidade de fazer m ais. Crist o no diz que m eream recompensa, porque no podem os m erecer nada da m o de Deus; porm recebero um prm io da ddiva grat uit a de Deus. Confessem os ousadam ent e a Crist o e m ost rem os nosso am or por Ele em todas as coisas.

CAPTULO 11Versculo 1 Versculos 2- 6 Versculos 7- 15 Versculos 16- 24 Versculos 25- 30 A pregao de Cristo A resposta de Cristo aos discpulos de Joo O testemunho de Cristo acerca de Joo Batista A perversidade dos judeus O evangelho revelado ao smplice Convite aos carregados

Versculo 1 Nosso divino Redent or nunca se cansou de sua obra de am or; e ns no devem os cansar- nos de fazer o bem, pois a seu devido tempo colheremos, se no desfalecermos. Versculos 2- 6 Alguns pensam que Joo enviou a pergunt ar ist o para sua sat isfao. Onde h verdadeira f, pode ainda restar uma ponta de dvida. A incredulidade restante nos homens bons pode, na hora da t ent ao, quest ionar s vezes as verdades m ais importantes. Mas esperam os que a f de Joo no falhasse nest e assunt o, e que ele som ent e desej asse v- la fort alecida e confirm ada. Out ros pensam que Joo enviou seus discpulos a Cristo para satisfao deles. Crist o ensina o que t m ouvido e vist o. A condescendncia e a com paixo da graa de Crist o pelos pobres m ost ram que Ele era quem devia t razer ao m undo as doces m isericrdias de nosso Deus. As coisas que os hom ens vem e ouvem , com paradas com as Escrit uras, dirigem o cam inho em que se deve achar a salvao. Cust a vencer os prej uzos, e perigoso no venc- los, m as os que crem em Cristo, vero que sua f ser achada muito mais para o louvor, honra e glria. Versculos 7- 15 O que Crist o disse acerca de Joo no som ent e foi para elogi- lo, seno para proveit o do povo. Os que ouvem a palavra sero cham ados a dar cont a de seu proveit o. Pensam os que se t erm ina o cuidado quando se termina o sermo? No, ento comea o maior dos cuidados. Joo era um hom em abnegado, m ort o para t odas as pom pas do m undo e os prazeres dos sentidos. Convm que a gente, em todas suas aparncias, seja coerente com seu carter e situao. Joo era hom em grande e bom , porm no perfeit o; port ant o, no alcanou a est at ura dos sant os glorificados. O m enor no cu sabe m ais, am a m ais, e realiza m ais louvando a Deus e recebe m ais dEle que o m aior dest e m undo. Mas por Reino dos Cus, aqui deve ent ender- se m elhor o reino da graa, a dispensao do evangelho em seu poder e pureza. Quant a razo t em os para est arm os agradecidos que nossa sorte corra nos dias do Reino dos Cus, sob tais vantagens de luz e de amor!19

Exist em m ult ides que foram t razidas pelo m inist rio de Joo e chegaram a ser discpulos dele. E houve os que lutaram por um lugar neste reino, que ningum pensaria que tinham direito nem ttulo por isso, e pareceram serem int rusos. Nos m ost ra quant o fervor e zelo se requer de t odos. necessrio negar o eu; m ist er m udar a inclinao, a disposio e o t em peram ent o da m ent e. Os que t enham um int eresse na salvao grandiosa, o t ero a qualquer cust o, e no pensaro que difcil nem a deixaro ir sem um a bno. As coisas de Deus so de preocupao grande e com um . Deus no requer m ais de ns que o uso j ust o das faculdades que nos deu. A gent e ignorant e porque no quer aprender.

Versculos 16- 24 Crist o reflet e nos escribas e fariseus que t inham um orgulhoso conceit o de sim . Com para a condut a deles com o j ogo das crianas que, irrit ando- se sem razo, discut em t odas as t ent at ivas de seus com panheiros por com praz- los, ou para que se unam a seus j ogos para os quais cost um avam reunir- se. As obj ees capciosas dos hom ens m undanos so am ide zom badoras e dem onst ram grande m alcia. Algo t m que crit icar de t odos por excelent e e sant o que sej a. Crist o, que era im aculado e separado dos pecadores, aqui se apresenta junto com eles e contaminado por eles. A inocncia mais imaculada no sempre ser defesa contra a censura. Crist o sabia que os coraes dos j udeus eram m ais resistentes e endurecidos cont ra seus milagres e doutrinas que os de Tiro e Sidom; portanto, sua condenao ser maior. O Senhor exerce sua onipot ncia, m as no cast iga alm do que m erecem e nunca ret m o conhecim ent o da verdade daqueles que o anelam.

Versculos 25- 30 Corresponde aos filhos serem agradecidos. Quando vam os a Deus com o Pai, devem os lem brar que Ele o Senhor do cu e da terra, o qual nos obriga a ir a Ele com reverncia Enquanto Senhor soberano de t udo; ainda com confiana, com o a Quem capaz de defender- nos do m al e proporcionar- nos todo bem. Nosso bendit o Senhor agregou um a declarao not vel: que o Pai t inha colocado em Suas m os t odo poder, aut oridade e j uzo. Est am os em dvida com Crist o por t oda a revelao que t em os da vontade e o amor de Deus Pai, ainda desde que Ado pecou. Nosso Salvador tem convidado a todos os que trabalham forte e esto muito carregados para que vo a Ele. Em alguns sent idos, t odos os hom ens est o assim . Pas hom ens m undanos se sobrecarregam com preocupaes est reis pela riqueza e as honras; o alegre e sensual se esforo em ps dos prazeres; o escravo de Sat ans e suas prprias luxrias o servo m ais escravizado da terra. Os que t rabalham duro por est abelecer sua prpria j ust ia, t am bm t rabalham em vo. O pecador convict o est m uit o carregado de culpa e de t error; e o crent e t ent ado e aflit o t em t rabalhos duros e cargas pesadas. Crist o convida a rodos a irem a Ele em ps de repouso para suas almas. Ele som ent e d est e convit e: os hom ens vo a Ele quando, sent indo sua culpa a m isria, e acredit ando em seu am or e poder para socorrer, o buscam com orao fervorosa. Assim , pois, dever e int eresse dos pecadores duros e carregados, irem a Jesus Crist o. Est e o chamado do evangelho: quem quiser vir, venha. Todos os que assim vo recebero repouso com o present e de Crist o, e obt ero paz e consolo em seu corao. Mas ao irem a Ele devem t om ar seu j ugo e submeter- se a sua aut oridade. Devem aprender dEle t odas as coisas acerca de seu consolo e obedincia. Ele aceit a o servo dispost o, por im perfeit os que sej am seus servios. Aqui podem os achar repouso para nossas almas, e somente aqui. Nem temos que temer seu jugo. Seus mandamentos so santos, justos e bons. Requer negar a si m esm o e t raz dificuldades, m as ist o abundant em ent e recom pensado, j nest e m undo, pela paz e gozo int erior. um j ugo forrado com am or. To poderosos so os socorros que nossa d, t o adequadas as exort aes e t o fort es as consolaes que se encont ram no cam inho do dever, que podem os dizer verdadeiram ent e que um j ugo grat o. O cam inho do dever o cam inho do repouso. As verdades que ensina Cristo so tais que podemos aventurar por elas nossa alma. Tal a m isericrdia do Redent or, e por que deveria o pecador carregado procurar repouso em algum a out ra part e? Vam os diariam ent e a Ele em busca da liberao da ira e da culpa, do pecado e de Satans, de todas nossas preocupaes, temores e dores. Mas a obedincia forada, longe de ser fcil e leviana, carga pesada. Em vo nos aproxim am os a Jesus com nossos lbios enquant o o corao est longe dEle. Ento, venham a Jesus para achar repouso para suas almas.

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CAPTULO 12Versculos Versculos Versculos Versculos Versculos Versculos Versculos Versculos 1- 8 9- 13 14- 21 22- 30 31- 32 33- 37 38- 45 46- 50 Jesus defende seus discpulos por espigar no dia de repouso Jesus cura no dia de repouso ao homem da mo ressequida Malcia dos fariseus Jesus cura um endemoninhado Blasfmia dos fariseus As mas palavras procedem de um corao mau Escribas e fariseus repreendidos por pedirem sinais Os discpulos de Cristo so seus irmos mais prximos

Versculos 1- 8 Est ando nos cam pos de t rigo, os discpulos com earam a t irar t rigo: a lei de Deus o perm it ia ( Deut eronm io 23.25) . Est a era um a m agra proviso para Crist o e seus discpulos, porm se cont ent avam com isso. Os fariseus no discut iram com eles por cort ar o t rigo de out ro hom em , seno por faz- lo no dia de repouso. Crist o veio para libert ar seus seguidores, no s das corrupes dos fariseus, seno de suas regras ant i- bblicas, e j ust ificou o que eles fizeram . O m aior no ver satisfeit as suas concupiscncias, m as o m enor ver que h considerao por suas necessidades. Os trabalho no dia do repouso so legtimos se necessrios, e o dia de repouso para fom ent ar, e no para obst aculizar a adorao. Deve ser feit a a proviso necessria para a sade e a com ida, m s o caso m uit o diferent e quando se t m servos na casa, e as fam lias viram cenrio de apressam ent os e confuso no dia do Senhor, para dar um fest im aos visit ant es ou para dar- se um gost o eles m esmos. Cabe condenar coisas com o essas e m uit as out ras que so com uns ent re os professantes. O descanso do dia do repouso foi ordenado para bem do hom em ( Deut eronm io v 14). No deve entender- se nenhum a lei em form a t al que cont radiga sua prpria finalidade. Como Cristo o Senhor do dia do repouso, apropriado que dedique para sim o dia e sua obra. Versculos 9- 13 Crist o dem onst ra que as obras de m isericrdia so lcit as e prprias para faz- las no dia do Senhor. Exist em out ras m aneiras de fazer o bem nos dias de repouso alm dos deveres da adorao: at ender o doent e, aliviar o pobre, aj udar os que necessit am alvio urgent e, ensinar os j ovens a cuidar suas alm as; est as obras fazem o bem ; e devem fazer- se por am or e caridade, com humildade e abnegao, e sero aceitas (Gnesis 4.7). I st o t em um significado espirit ual, com o out ras sanidades que operou Crist o. Por natureza nossas m os est o ressequidas e por ns m esm os som os incapazes de fazer nada que sej a bom . Somente Crist o nos cura com o poder de sua graa; Ele cura a m o ressequida dando vida na alm a m ort a; opera em ns tanto o querer como o fazer: porque, com o mandamento, h uma promessa de graa dada pela palavra. Versculos 14- 21 Os fariseus fizeram consult a para achar algum a acusao cont ra Jesus para conden- lo a m ort e. Ciente da inteno deles, Ele se retirou desse lugar, pois seu tempo no tinha chegado. O rost o no corresponde m ais exat am ent e ao rost o reflet ido na gua que o cart er de Crist o esboado pelo profet a se corresponde com seu t em peram ent o e condut a, descrit os pelos evangelistas. Encom endem os com alegre confiana nossas alm as a um Am igo t o bom e fiel. Longe de rom p- lo, fort alecer o canio rachado; longe de apagar o pavio fum egant e, ou quase ext int o, antes Ele soprar para avivar a chama. Afastemos as contendas e os debates irados; recebamos- nos uns a out ros com o Crist o nos recebe. E enquant o est ej am os anim ados pela bondade da graa de nosso Senhor, devem os orar para que seu Esprit o repouse em ns e nos faa capazes de im it ar seu exemplo. Versculos 22- 30 Um a alm a subm et ida ao poder de Sat ans e cat ivada por ele, est cega para as coisas de Deus e m uda ant e o t rono da graa; nada v e nada diz a propsit o. Sat ans cega os olhos com a incredulidade; e sela os lbios da orao. Quant o m ais gent e m agnificava a Crist o, m ais desej osos de inj uri- lo est avam os fariseus. Era evident e que se Sat ans aj udava a Jesus a expulsar dem nios, o reino do inferno est ava dividido cont ra si m esm o, ent o, com o poderia resist ir! E se diziam que Jesus expulsava dem nios pelo prncipe dos dem nios, no podiam provar que seus filhos os expulsassem por algum out ro poder. H dois grandes int eresses no m undo; e quando os esprit os im undos so expulsos pelo Esprit o Sant o, na converso dos pecadores a um a vida de f e21

obedincia, t em chegado a ns o reino de Deus. Todos os que no aj udam nem se regozij am com essa classe de mudana, esto contra Cristo. Versculos 31- 32 Eis aqui um a bondosa cert eza do perdo de t odo pecado nas condies do evangelho. Cristo assent a aqui o exem plo para que os filhos dos hom ens est ej am dispost os a perdoar as palavras que se dizem cont ra eles. Mas os crent es hum ildes e cient es so t ent ados, s vezes, para que pensem que com et eram o pecado imperdovel, enquant o os que m ais se aproxim am a isso rara vez t m algum t em or por isso. Podem os t er a cert eza de que os que indubit avelm ent e se arrependem e crem no evangelho, no com et eram est e pecado ou algum out ro da m esm a classe; porque o arrependim ent o e a f so dons especiais de Deus que no out orgaria a nenhum hom em se est iver decidido a no perdo- lo; os que temem ter cometido este pecado, somente por isso j do um bom sinal de que no assim . O pecador t rem ent e e cont rit o t em em si m esm o o t est em unho de que no assim em seu caso. Versculos 33- 37 O idiom a do hom em descobre de que pas procede, igualm ent e de que classe de esprit o . O corao a font e, as palavras so os riachos. Um a f