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ANTIGIDADE ORIENTAL
As mais antigas civilizaes da histria surgiram na Antigidade
Oriental entre os anos 4.000 a.C. e 2.000a.C. Foram as chamadas
civilizaes hidrulicas.
As Principais civilizaes da Antigidade Oriental foram:
egpcios (Vale do Nilo)
mesopotmicos (Vale do Tigre e Eufrates)
hebreus (Vale do Jordo) fencios (Lbano atual)
persas (Planalto do Ir)
hindus (Plancie Indo-gangtica)
chineses (Vales do Tang-tse e Huang Ho).
Estas civilizaes apresentaram caractersticas comuns como a
escrita, a arquitetura monumental, aagricultura extensiva, a
domesticao de animais, a metalurgia, a escultura, a pintura em
cermica, adiviso da sociedade em classes e a religio organizada
(estruturada com sacerdotes, lugares parareverenciar os deuses e
assim por diante).
A inveno da escrita permitiu ao homem registrar e difundir
idias, descobertas e acontecimentos queocorriam ao seu redor. Esse
avano responsvel por grandes progressos cientficos e tecnolgicos
quepossibilitaram o surgimento de civilizaes mais complexas.
Exemplos de tipo de escrita:
Sumria - cuneiforme (gravao de figuras com estilete sobre tbua
de argila)
Egito - hieroglfica (com ideogramas)
Fencia (atual Lbano) Fontico - (alfabeto)
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Apesar da fixao dos diversos grupos humanos em reas prximas aos
rios (abastecimento de gua ecomunicao) ter ocorrido em regies
distintas, a maioria das civilizaes da Antigidade se desenvolveuno
Crescente Frtil. Esta rea possui a forma de arco e estende-se do
Vale do Jordo Mesopotmia, almde abrigar os rios Tigres e Eufrates.
A revoluo agrcola e a fixao de grupos humanos em locaisdeterminados
ocorreram simultaneamente no Crescente Frtil. Neste mesmo perodo
outras civilizaes sedesenvolveram s margens dos rios Nilo (egpcia),
Amarelo (chinesa), Indo e Gnges (paquistanesa eindiana).
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ASPECTOS ECONMICOS
Predomnio da agricultura de subsistncia e de regadio, devido ao
aumento das comunidades ribeirinhasque tornaram-se conhecidas como
civilizaes hidrulicas. Neste perodo, a construo de canais deirrigao
que permitiam levar a gua onde fosse necessria era de grande
importncia.
Principal atividade: Cultivo de cereais. Comrcio e artesanato
eram atividades secundrias.
Exceo: fencios, dedicados predominantemente ao comrcio martimo
(talassocracia no Mediterrneo).
ASPECTOS SOCIAIS
Predomnio da sociedade estamental; nessa, cada grupo social tem
uma posio e uma funo definida. Aposio social determinada pela
hereditariedade. A estrutura esttica (no h mobilidade social)
ehierrquica, sendo vinculada s atividades econmicas.
Regime de trabalho:
A maior parcela da comunidade trabalhava sob um regime de
servido coletiva . As Comunidadescamponesas produziam excedentes
agrcolas entregues ao Estado sob a forma de impostos (os
camponesesno eram escravos j que viviam em comunidades, produziam
seus prprios alimentos e construam suas
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moradias).
Diviso da sociedade:
Soberano e aristocracia (nobres e sacerdotes)
Grupos intermedirios (burocratas, militares, mercadores e
artesos).
Camponeses
Escravos utilizados na construo de obras pblicas (obras de
irrigao, templos, palcios e outros).
Excees:
Fencios, sociedade de classes (hierarquia baseada na riqueza
mvel).
Hindus, sociedade de castas (de origem religiosa e absolutamente
impermevel).
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Particularidades e diferenas dos modelos econmicos e
sociais:
Egito Vale doNilo
MesopotmiaTigre eEufrates
Sul da sia,Plancie Indo-gangtica
Norte da China,o Hwang Ho
Soberano earistocracia
Fara e ossacerdotes da famlia real,oficiais dopalcio
Nobreza =famlia real,altossacerdotes,oficiais reais
Falta de evidncias
O rei, a classearistocrtica e aburocracia estatalfaziam parte
danobreza guerreira
Gruposintermedi-rios
Sociedaderelativamenteaberta;habilidade +ambio
=mobilidadesocial
Clientes =cidados livrestrabalhandopara a nobreza
Comrcio com aMesopotmia, Sul da ndiae Afeganisto
Artesos/escultorescomerciantes
Camponeses
Camponeses =servos,pequenaspropriedadesde terras
Plebe =cidados livres proprietrios deterras
Fazendeiros plebeus(servos)
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Escravos
Escravos eramprisioneiros deguerra;camponeseseramsubmetidos
arecrutamentoforado tantopara serviosmilitares como paragrupos
detrabalhos
escravos escravos
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ASPECTOS RELIGIOSOS
Predomnio do politesmo (acreditavam na existncia de inmeros
deuses). Os deuses tinham estreitosvnculos com as atividades e as
foras da Natureza.
Excees:
Monotesmo: hebreus e egpcios durante o reinado do Fara Amenfis
IV
Dualismo: persas (zoroastrismo).
Modelos Religiosos :
EgitoVale do Nilo
MesopotmiaTigre e Eufrates
Sul da sia,Plancie Indo-gangtica
Norte da China,o Hwang Ho
Fara - consideradouma divindade em
forma humana,provando que os
deuses seimportavam com a
populao
Hierarquia dedivindades (maiores emenores) de acordocom suas
funes
Importncia da fertilidade= culto deusa me
Rei adorado como umintermedirio entre osdeuses e os homens
Crena em vidaaps a morte,
reflexo da naturezacclica das estaes
e enchentes
Divindades imortais epoderosas, mas com
caractersticas humanas(hbitos e emoes)
Imagens de deuses emquadros de argila, figuras
de animais em argila
Culto s figuras reaisfalecidas, base do culto
aos ancestrais
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Pirmides sosmbolos da
eternidade da vidaaps a morte e dopoder espiritual etemporal do
Fara
Lendas e crenaspopulares histria dacriao, humanos
comcaractersticas divinas,
enchentes
Confucionismo = crenasecular na conduta tica e
na harmonia social
Curto perodo demonotesmo = cultoao deus Sol(Amon-Ra)
Sacerdcio influente
Taosmo = filosofia quepreza o viver emharmonia com as leis
danatureza
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ASPECTOS POLTICOS
Estado fortemente centralizado que possua as terras e controlava
a mo-de-obra.
A religio justificava o poder absoluto do governante, por isto,
neste perodo, havia predomnio dasmonarquias despticas (absolutas)
de carter teocrtico.
Teocracia uma forma de governo na qual a autoridade, proveniente
de um Deus, exercida por seusrepresentantes na terra. O Egito
Antigo foi um dos exemplos mais extremados de teocracia.
Exceo:
Fencios, organizados em cidades-estados monrquicas ou
republicanas, controladas por oligarquiasmercantis.
Modelos Polticos:
EgitoVale do Nilo
MesopotmiaTigre e Eufrates
Sul da sia,Plancie Indo-gangtica
Norte da China,o Hwang Ho
O Fara; rei-deuscomo ditador
absoluto: Teocracia
Cidades-estado chefiadaspor guerreiros que se
tornaram reis
Governo centralizado,cidades planejadas, com
prdios e serviospblicos
Pequenos reinos feudaisposteriormente unidospela dinastia de
Zhou
Monarquiacentralizada e
hereditria
Seqncia de imprios,alguns formados por
grupos locais e outrospor invasores
Autocracia altamente
centralizada e unificaopor Chin
Longa srie dedinastias familiares
Nmero cada vez maiorde cdigos legais
Perodo Dinstico, idiada permisso dos deuses
para governar
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Oriental > Introduo
ASPECTOS CULTURAIS
Forte influncia religiosa na vida cultural, principalmente entre
egpcios e hebreus.
Desenvolvimento cientfico mais importante entre os egpcios
(Matemtica e Medicina) e entre os caldeus(Matemtica e
Astronomia).
Arte principal: Arquitetura, tendo a Escultura e a Pintura como
artes auxiliares.
Escrita predominantemente ideogrfica (no Egito: hierglifos; na
Mesopotmia: cuneiformes). Criao daescrita fontica pelos
fencios.
Direito baseado no princpio de Talio. Primeiro conjunto de leis
escritas: Cdigo de Hamurabi(Mesopotmia).
MEIO AMBIENTE E SEUS IMPACTOS
As civilizaes existentes nesse perodo tinham muitos pontos em
comum. Entretanto, as condiesambientais e naturais nas quais
viveram fizeram com que cada um desses grupos se desenvolvesse
deforma nica e independente.
EgitoO Vale do Nilo
MesopotmiaTigre e Eufrates
Sul da sia,Plancie Indo-gangtica
Norte da China,o Hwang Ho
Enchentes brandase previsveis =possibilidades
criativas e positivas
Enchentes violentas= pessimismo, medo
de desastres
Enchentes peridicas = renovaoe fertilizao do solo
Enchentes= renovao e
fertilizao do solo
Clima rido =bom estoque de
alimentos
Muito tributrio =cidades-estado
dispersas = desunioe guerras
Clima subtropical-mido =dificuldades no estoque de
alimentos
Muitas regiesmontanhosas esemidesrticas:assentamentos
apenas nas margensdos rios
Rio facilmentenavegvel = uniopoltica e cultural
Regies pantanosas= irrigao usadapara drenagem
Montanhas do Himalaia = proteocontra invernos rigorosos
Enchentes violentas= construo de
diques para controlaras guas
Desertos =isolamento
Falta de pedras paraconstruo =
estruturas de cana ede tijolos de argila
Mones (ventos) e derretimentoda neve = suprimentos
abundantes
de gua
Montanhas edesertos =
isolamento cultural
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Abundncia depedras = arquitetura
permanente
Contato com o Oriente Mdio anoroeste
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CONTRIBUIES E REALIZAES DAS CIVILIZAES DA ANTIGIDADE
ORIENTAL
Sociedade Regio / Perodo Contribuies / Realizaes
Sumrios Mesopotmia meridional(3500-2300 a.C.).
Cidades-estado, matemtica (base 60 e sistemas delatitude),
veculos com rodas, zigurates (templos),
escrita cuneiforme, escolas.
Egpcios Vale do Nilo (Egito)(3100-1200 a.C.)
Irrigao para controlar o rio, expanso de terrascultivveis,
calendrio, medicina, monarquiahereditria e centralizada, escrita
pictogrfica
(hierglifos), tumbas nas pirmides, mumificao.
Babilnicos Mesopotmia(1900-1600 a.C.)
Cdigo de leis de Hamurbi, unificao de todaregio mesopotmica.
Hititas Turquia e Sria(1800-1200 a.C.)
Metalurgia (ferro)
Fencios Lbano atual (1400-800 a.C.) Navegao martima, alfabeto
fontico, comrcioalm-mar.
Assrios Norte da Mesopotmia(900-612 a.C.)
Sociedade militarista, engenheiros militares,imprio armado da
Mesopotmia ao Egito.
Ldios Turquia (700-550 a.C.) Cunhagem de moedas, sistema
monetrio.
Hebreus/Judeus/Israelitas
Terra de Cana / atual Israel(2.000 a.C.-79 d.C.)
Monotesmo - conceito de um Deus nico, os 10Mandamentos, a criao
de um cdigo de valores
ticos e morais; O Velho Testamento.
Caldees Mesopotmia (612-539 d.C.) Astronomia, fases lunares = 4
semanas por ms, anosolar preciso, astrologia: Zodaco.
Persas Ir atual (1200-330 d.C.)Amplo sistema de estradas,
unificao de um povo
vasto em um nico imprio, perodo de paz e detolerncia, regras
claras.
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Oriental > Egito
EGITO
A Civilizao egpcia data do ano de 4.000 a.C., permanecendo
relativamente estvel por 35 sculos, apesar deinmeras invases das
quais foi vtima.
Em 1822, o francs Jean Franois Champollion decifrou a antiga
escrita egpcia tornando possvel o acesso direto sfontes de informao
egpcias. At ento, o conhecimento sobre o Egito era obtido atravs de
historiadores daAntigidade greco-romana.
O MEIO AMBIENTE E SEUS IMPACTOS
Localizado no nordeste africano de clima semi-rido e chuvas
escassas ao longo do ano, o vale do rio Nilo um osisem meio a uma
regio desrtica. Durante a poca das cheias, o rio depositava em suas
margens uma lama frtil na qualdurante a vazante eram cultivados
cereais e hortalias.
O rio Nilo essencial para a sobrevivncia do Egito. A interao
entre a ao humana e o meio ambiente evidente nahistria da civilizao
egpcia, pois graas abundncia de suas guas era possvel irrigar as
margens durante o perododas cheias. A necessidade da construo de
canais para irrigao e de barragens para armazenar gua prximo
splantaes foi responsvel pelo aparecimento do Estado
centralizado.
Nilo > agricultura de regadio > construo de obras de
irrigao que exigiam forte centralizao do poder >monarquia
teocrtica
EVOLUO HISTRICA
A histria poltica do Egito Antigo tradicionalmente dividida em
duas pocas:
Pr-Dinstica (at 3200 a.C.): ausncia de centralizao poltica.
Populao organizada em nomos (comunidades primitivas)
independentes da autoridade central que era chefiada pelosmonarcas.
A unificao dos nomos se deu em meados do ano 3000 a.C., perodo em
que se consolidaram a economiaagrcola, a escrita e a tcnica de
trabalho com metais como cobre e ouro.
Dois reinos Alto Egito (sul) e Baixo Egito (norte) surgiram por
volta de 3500 a.C. em conseqncia da necessidade dese unir esforos
para a construo de obras hidrulicas.
Dinstica: forte centralizao poltica
Mens, rei do Alto Egito, subjugou em 3200 a.C. o Baixo Egito.
Promoveu a unificao poltica das duas terras sob umamonarquia
centralizada na imagem do fara, dando incio ao Antigo Imprio, Mens
tornou-se o primeiro fara. Osnomarcas passaram a ser governadores
subordinados autoridade faranica.
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Oriental > Egito
PERODOS DA POCA DINSTICA
A poca Dinstica dividida em trs perodos:
Antigo Imprio (3200 a.C. 2300 a.C.)
Capital: Mnfis
Foi inventada a escrita hieroglfica.
Construo das grandes pirmides de Giz, entre as quais as mais
conhecidas so as de Quops, Qufrem eMiquerinos. Esses monumentos,
feitos com blocos de pedras slidas, serviam de tmulos para os
faras.Tais construes exigiam avanadas tcnicas de engenharia e
grande quantidade de mo-de-obra.
Invaso dos povos nmades > fragmentao do poder
Mdio Imprio (c. 2040-1580 a.C.)
Durante 200 anos o Antigo Egito foi palco de guerras internas
marcadas pelo confronto entre o podercentral do fara e os
governantes locais nomarcas. A partir de 2040 a.C., uma dinastia
poderosa (a 12)passou a governar o Pas iniciando o perodo mais
glorioso do Antigo Egito: o Mdio Imprio. Nesseperodo:
Capital: Tebas
Poder poltico: o fara dividia o trono com seu filho para
garantir a sucesso ainda em vida
Poder central controlava rigorosamente todo o pas
Estabilidade interna coincidiu com a expanso territorial
Recenseamento da populao, das cabeas de gado e de terras arveis
visando a fixao de impostos
Dinamismo econmico
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Oriental > Egito
Os Hicsos
Rebelies de camponeses e escravos enfraqueceram a autoridade
central no final do Mdio Imprio,permitindo aos hicsos - um povo de
origem caucasiana com grande poderio blico que havia seestabelecido
no Delta do Nilo conquistar todo o Egito (c.1700 a.c.). Os hicsos
conquistaram econtrolaram o Egito at 1580 a.C. quando o chefe
militar de Tebas derrotou-os. Iniciou-se, ento, um novoperodo na
histria do Egito Antigo, que se tornou conhecido como Novo
Imprio.
As contribuies dos hicsos foram:
fundio em bronze
uso de cavalos
carros de guerra
tear vertical
Novo Imprio - (c. 1580- 525 a.C.)
O Egito expulsou os hicsos conquistando, em seguida, a Sria e a
Palestina.
Capital: Tebas.
Dinastia governante descendente de militares.
Aumento do poder dos sacerdotes e do prestgio social de
militares e burocratas.
Militarismo e expansionismo, especialmente sob o reinado dos
faras Tutms e Ramss.
Conquista da Sria, Fencia, Palestina, Nbia, Mesopotmia, Chipre,
Creta e ilhas do Mar Egeu.
Afluxo de riqueza e escravos e aumento da atividade comercial
controlada pelo Estado.
Amenfis IV promoveu uma reforma religiosa para diminuir a
autoridade dos sacerdotes efortalecer seu poder implantando o
monotesmo (a crena numa nica divindade) durante seu reino.
Invases dos povos do mar (ilhas do Mediterrneo) e tribos nmades
da Lbia conseqente perdados territrios asiticos.
Invaso dos persas liderados por Cambises.
Fim da independncia poltica.
Com o fim de sua independncia poltica o Egito foi conquistado em
343 a.C. pelos persas. Em 332 a.C.passou a integrar o Imprio
Macednio e, a partir de 30 a.C., o Imprio Romano.
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Oriental > Egito
ASPECTOS ECONMICOS
Base econmica:
Agricultura de regadio com cultivo de cereais (trigo, cevada,
algodo, papiro, linho) favorecidapelas obras de irrigao.
Agricultura extensiva com um alto nvel de organizao social e
poltica.
Outras atividades econmicas: criao de animais (pastoreio),
artesanato e comrcio.
ASPECTOS POLTICOS
Monarquia teocrtica:
O governante (fara) era soberano hereditrio, absoluto e
considerado uma encarnao divina. Eraauxiliado pela burocracia
estatal nos negcios de Estado.
Havia uma forte centralizao do poder com anulao dos poderes
locais devido necessidade deconjugao de esforos para as grandes
construes.
O governo era proprietrio das terras e cobrava impostos das
comunidades camponesas (servidocoletiva). Os impostos podiam ser
pagos via trabalho gratuito nas obras pblicas ou com parte
daproduo.
ASPECTOS SOCIAIS
Predomnio das sociedades estamentais (compostas por categorias
sociais, cada uma possua suafuno e seu lugar na sociedade).
O Egito possua uma estrutura social esttica e hierrquica
vinculada s atividades econmicas. Aposio do indivduo na sociedade
era determinada pela hereditariedade (o nascimento determina aposio
social do indivduo).
A estrutura da sociedade egpcia pode ser comparada a uma
pirmide. No vrtice o fara, emseguida a alta burocracia (altos
funcionrios, sacerdotes e altos militares) e, na base,
ostrabalhadores em geral . A sociedade era dividida nas seguintes
categorias sociais:
O fara e sua famlia - O fara era a autoridade suprema em todas
as reas, sendo responsvel portodos os aspectos da vida no Antigo
Egito. Controlava as obras de irrigao, a religio, os
exrcitos,promulgao e cumprimento das leis e o comrcio. Na poca de
carestia era responsabilidade do
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fara alimentar a populao.
aristocracia (nobreza e sacerdotes). A nobreza ajudava o fara a
governar.
grupos intermedirios (militares, burocratas, comerciantes e
artesos)
camponeses
escravo
Os escribas, que dominavam a arte da escrita (hierglifos),
governantes e sacerdotes formavam um gruposocial distinto no
Egito.
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Oriental > Egito
ASPECTOS CULTURAIS
A cultura era privilgio das altas camadas.
Destaque para engenharia e arquitetura (grandes obras de
irrigao, templos, palcios).
Desenvolvimento de tcnicas de irrigao e construo de barcos.
Desenvolvimento da tcnica de mumificao de corpos.
Conhecimento da anatomia humana.
Avanos na Medicina.
Escrita pictogrfica (hierglifos).
Calendrio lunar.
Avanos na Astronomia e na Matemtica, tendo como finalidade a
previso de cheias e vazantes.
Desenvolvimento do sistema decimal. Mesmo sem conhecer o zero,
os egpcios criaram osfundamentos da Geometria e do Clculo.
Engenharia e Artes.
Jogavam xadrez.
ASPECTOS RELIGIOSOS
Politesmo
Culto ao deus Sol
As divindades so representadas com formas humanas (politesmo
antropomrfico), com corpo deanimal ou s com a cabea de um bicho
(politesmo antropozoomrfico)
Crena na vida aps a morte (Tribunal de Osris), da a necessidade
de preservar o cadver,desenvolvimento de tcnicas de mumificao,
aprimoramento de conhecimentosmdico-anatmicos.
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Oriental > Mesopotmia
Mesopotmia
Regio do Oriente Mdio, localizada entre os rios Tigre e Eufrates
(a palavra Mesopotmia significa entrerios), onde se sucederam as
civilizaes dos Sumrios, Babilnicos, Assrios e Caldeus. A
Mesopotmiano se unificou sob um governo como no Egito, a regio era
povoada de cidades-estados independentesque periodicamente exerciam
forte hegemonia sobre toda a Mesopotmia.
O meio ambiente e seus impactos
Situada entre os rios Tigre e Eufrates, a Mesopotmia pertencia
ao chamado Crescente Frtil. Ao norte, oterritrio montanhoso,
desrtico e, portanto, menos frtil; j ao sul, a regio constituda por
planciesmuito frteis. A aridez do clima obrigou a fixao da populao
s margens dos rios Tigre e Eufrates,cujas guas permitiram o
desenvolvimento da agricultura na regio. A construo de obras de
irrigao foifundamental para o aproveitamento dos recursos hdricos
disponveis na rea.
Alm disso, por ser uma regio de grande fertilidade em meio
regies ridas, a Mesopotmia foi vtimade constantes invases de povos
estrangeiros.
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Oriental > Mesopotmia
Evoluo histrica e caractersticas de cada civilizao:
POVO CARACTERSTICAS PRINCIPAIS
SUMRIOS
(antes de 2000 a.C.)
Originrios do planalto do Ir, fixaram-se na Caldia.
Organizavam-se politicamente em cidades-estado (Ur, Uruk,
Lagash, Eridu).
Em cada cidade-Estado o poder poltico era exercido por chefes
militares ereligiosos (rei-sacerdotes) chamados de patesi .
A religio era politesta.
O templo era no somente o centro religioso como poltico,
administrativo efinanceiro.
Contribuio cultural: inveno da escrita cuneiforme : sinais
abstratos emforma de cunha, feitos em tbuas de argila.
Na literatura, destaque para os poemas O Mito da Criao e A
Epopia deGilgamesh.
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ACADIANOS
(antes de 2000 a.C. )
Povo de origem semita que ocupou a parte central da Mesopotmia,
realizando,por volta de 2300 a.C., durante o reinado de Sargo I, a
unificao poltica.
Estabeleceu sua capital em Akkad, da o nome da civilizao
acadiana.
Disputas internas e invases estrangeiras levaram ao
desaparecimento desseImprio.
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Oriental > Mesopotmia
PRIMEIRO IMPRIO BABILNICO
(2000 a.C. 1750 a.C.)
Grupo de invasores amoritas, vindos do deserto da Arbia
Capital: Babilnia.Grande centro urbano da AntigidadeOriental,
eixo econmico e cultural da regio.
Hamurbi o mais importante rei babilnico unificoupoliticamente a
Mesopotmia e elaborou o primeiro cdigo deleis escritas: Cdigo de
Hamurbi (compilao deprocedimentos jurdicos). Neste, est prevista a
Lei do Talio(olho por olho, dente por dente), abrange quase todos
osaspectos da vida babilnica (comrcio, propriedade, herana,direitos
da mulher, famlia, escravido etc.).
Hamurbi realizou uma reforma religiosa, instituindo o culto
aMarduk, principal divindade em honra de quem foiconstrudo um
imponente zigurate.
Rebelies internas e invases que levaram a umenfraquecimento do
Imprio e fragmentao do poder.
IMPRIO ASSRIO
(1300 a.C. 612a.C.)
Ocupou o norte da Mesopotmia, perto do curso superior dorio
Tigre, regio rica em madeira e minrio (cobre e ferro).
Capital: Assur.
Principal atividade econmica: pastoreio e comrcio. Grandeparte
da riqueza vinha do saque das regies conquistadas; existia uma
espcie de sistema bancrio.
Militarismo: Usavam cavalos e armas de ferro e passarampara a
histria como o povo mais guerreiro da antiguidade.Formao de um
Imprio. Conquista da Mesopotmia, da Sriae da Palestina.
Crueldade com os derrotados de guerra (esfolamento vivo
naspedras, corte de orelhas, rgos genitais e narizes);escravizao
dos sobreviventes.
Governante mais conhecido: Assurbanipal, ampliou as
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fronteiras do imprio; ordenou a construo da principalbiblioteca
da Antigidade Oriental em Nneve, reunindoimportante acervo
cultural. Morreu em 631 a.C. passando aocorrer revoltas dos povos
dominados que, chefiados peloscaldeus de Nabopolasar, derrubaram o
imprio por volta de612 a.C.
SEGUNDO IMPRIO BABILNICO
(612 a.C. 539 a.C.)
Origem semita; derrotando assrios, estabeleceu seu podersobre a
Mesopotmia.
Capital: Babilnia.
Com o rei Nabucodonosor II o imprio babilnico atingiuseu apogeu.
Ampliou as fronteiras do reino, dominando aFencia e a Sria.Vitria
sobre o Egito, ocupao do Reino deJud e Jerusalm com escravizao dos
hebreus (O Cativeiroda Babilnia).
Construo de grandes obras pblicas: templos epalcios; zigurate
(imponente construo em forma de torrecom degraus , conhecido como a
torre de Babel) e osfamosos Jardins Suspensos da Babilnia.
Com a morte de Nabucodonosor II h o enfraquecimento doreino,
tornando-se alvo da expanso persa. Chefiados por CiroI, os persas
invadiram e dominaram a Mesopotmia, que setornou uma provncia do
Imprio Persa.
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Oriental > Fencia
Fencia
A Fencia corresponde atualmente regio do Lbano. De recursos
naturais escassos, alm do clima ridoe solo pouco apropriado
atividade agrcola, sua localizao geogrfica favoreceu
fundamentalmente anavegao e o comrcio. Essa vocao martima dos
fencios contou ainda com a ajuda das abundantesflorestas de cedro,
madeira adequada para a fabricao de embarcaes, presentes em seu
territrio.
Os fencios no conheceram, na Antigidade, a centralizao poltica,
organizando-se segundocidades-estados; unidades autnomas do ponto
de vista econmico e administrativo, sendo que as que maisse
destacaram foram Biblos, Tiro e Sidon.
A principal classe da sociedade fencia, pelas prprias atividades
econmicas dessa civilizao, eraformada pelos comerciantes e
armadores que controlavam a vida econmica e poltica das
cidades-estado.
A expanso das atividades comerciais levou os fencios a controlar
a navegao no Mediterrneo, ondefundaram diversas colnias e
feitorias. Entre elas destacam-se Palermo, na Siclia, Cdis e Mlaga,
naEspanha, e, principalmente, Cartago, no norte da frica. A cultura
fencia, dado o carter aberto de sua
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organizao scio-econmica, assimilou diversos componentes de
outras culturas. Cabe, destacar, suamais importante contribuio para
a cultura ocidental: a inveno do alfabeto com 22 letras, matriz
denossa escrita atual.
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> Grcia
Grcia
Chamamos de civilizao grega, ou civilizao helnica aquela que se
desenvolveu a partir do extremo sulda Pennsula Balcnica (a Grcia
atual) e se difundiu pelas ilhas do Mar Egeu, costa ocidental da
siaMenor, litoral do Mar Negro e por certos pontos africanos e
europeus do Mediterrneo.
As origens da civilizao helnica so encontradas nos primitivos
povos que habitavam a PennsulaBalcnica, os pelasgos, na civilizao
egia e nos povos indo-europeus (aqueus, jnios, elios e drios)que,
desde mais ou menos 2.000 a.C. comearam a penetrar nos Blcs.
A CIVILIZAO EGIA
A civilizao egia desenvolveu-se, originalmente, nos muitos
arquiplagos do Mar Egeu e teve comoprincipal centro a ilha de
Creta, da tambm ser conhecida por civilizao cretense. Os egeus
chegaram aocupar tambm as costas ocidentais da sia Menor e a parte
meridional dos Blcs.
A exigidade das terras arveis e das reservas minerais e a
facilidade para a navegao (muitas enseadasnaturais e ilhas prximas
umas das outras) fizeram com que os egeus se notabilizassem como um
povo denavegadores.
O comrcio martimo foi a base de sua economia. Conseqentemente, a
civilizao egia caracterizou-sepor um notvel desenvolvimento urbano,
sendo que dentre suas cidades a mais importante foi Cnossos,cujos
reis recebiam o ttulo de Minos.
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Cada cidade tinha, provavelmente, o estatuto de uma
cidade-estado, ou seja tinha sua autonomia esoberania poltica.
provvel que essas muitas cidades-estados tenham formado uma espcie
defederao, sob a liderana efetiva de Cnossos. Parece-nos fora de
dvida que os Minos (reis de Cnossos)exerciam uma efetiva hegemonia
sobre os povos egeus. Alguns historiadores chegam a designar
essacivilizao como civilizao minica.
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> Grcia
As relaes das cidades-estados do Egeu eram pacficas, j que no
existiam resqucios arqueolgicos defortificaes em nenhuma delas. J
nas cidades egias do sul da Pennsula Balcnica
encontramosfortificaes, o que demonstra a preocupao defensiva
gerada pelas sucessivas ondas de povosindo-europeus que l foram
chegando.
Nossos conhecimentos acerca da civilizao egia so limitados pelo
fato de que seus sistemas de escritaainda no foram plenamente
decifrados e, conseqentemente, temos de contentar-nos com
suposiesfeitas a partir de achados arqueolgicos e de documentos
escritos que j puderam ser decifrados.
Entretanto, algumas afirmaes podem ser feitas com relativa
segurana: sua religio estava diretamenteligada natureza e sua
principal divindade era representada por uma figura de mulher (a
Grande deusa),que era tida como me de todos os outros deuses e dos
homens.
A arte egia era viva e brilhante, plena de humanismo e
individualidade, ou seja, ela se distingueplenamente das artes
anteriores e contemporneas, mesmo porque ela no estava a servio nem
do Estadonem da religio.
Embora no tenhamos muitos elementos para conhecer a cultura
egia, certo que ela exerceu profundainfluncia junto aos povos
mediterrneos, especialmente atravs dos gregos, que foram seus
principaisdepositrios.
Por volta de 1.600 a.C., Cnossos foi destruda por uma aliana de
cidades-estados egias do sul da Grcia,lideradas por Micenas.
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> Grcia
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A CIVILIZAO MICNICA
O nome de civilizao micnica dado ao conjunto dos povos gregos
(aqueus, jnios e elios) queassimilaram a cultura egia e
conquistaram boa parte dos domnios egeus, inclusive Cnossos.
Adesignao micnica devida ao fato de que a cidade de Micenas e seus
reis exerciam uma efetivahegemonia sobre os demais povos gregos.
Essa hegemonia no foi estabelecida de forma pacfica. Asguerras
entre as diversas cidades-estados micnicas foram constantes, sendo
que, dentre essas guerras, asmais importantes foram entre Micenas e
Tebas e entre Micenas e Tria (esta imortalizada pela Ilada).
Os micnicos, a exemplo dos egeus, tiveram no comrcio sua
atividade econmica dominante, sendo ocomrcio o principal difusor da
cultura e da civilizao micnica pelo Mediterrneo.
A Ilada e a Odissia, poemas picos atribudos a Homero, e achados
arqueolgicos, constituem-se asprincipais fontes histricas para o
conhecimento da Histria micnica, bem como para os primeiros
temposda civilizao helnica .
A decadncia e conseqente desaparecimento da civilizao micnica
ocorreram, fundamentalmente,devidos invaso dos drios, um povo tambm
indo-europeu, altamente belicoso e que chegou Pennsula Balcnica por
volta do sculo XII a.C.
Como povo tipicamente agrrio, os drios instalaram-se nas
melhores e mais frteis terras balcnicas. Talfato provocou um grande
fluxo migratrio, bastante desordenado, atravs do qual os povos
micnicospovoaram as terras menos frteis da Grcia, as ilhas do Egeu,
partes do litoral ocidental da sia Menor ecertas regies em torno do
Mar Negro. Esse movimento migracional ficou conhecido como
DisporaGrega.
O territrio da Grcia Antiga (Grcia Continental, Peloponeso ou
Grcia Peninsular e Grcia Insular)possui um relevo montanhoso que
isola , umas das outras, as poucas plancies mais ou menos frteis
lexistentes.
Tal situao de relevo, somada ao fato de o litoral ser altamente
propcio ao desenvolvimento danavegao ( multiplicidade de enseadas
naturais propcias ao aproveitamento como portos), ajuda aexplicar a
vocao mercantil da Grcia.
O carter com o qual ocorreu a Dispora Grega e o tipo de
realidade geogrfica dos territrios ocupadospelos migrantes nos
ajudam a entender certos aspectos econmicos e polticos das
comunidades gregas.
Cada plancie foi ocupada por um cl cujo chefe, normalmente o
mais velho dos homens, exercia umaautoridade quase que
absoluta.
Inicialmente, a terra era de todos, mas com o crescimento
demogrfico, a explorao comunal foipassando a ser insuficiente para
a populao. o incio da propriedade privada, sendo que as terras
eramdistribudas por um critrio de parentesco em relao ao chefe do
cl. As melhores terras eram dadas aosparentes mais prximos, e assim
por diante, at que os parentes mais distantes nem sequer recebiam
umapropriedade agrria.
Em outros termos, podemos afirmar que, com o advento da
propriedade privada, configurou-se umaestratificao social, em cujo
topo tnhamos uma aristocracia (proprietrios das melhores terras).
Emsituao intermediria, tnhamos os pequenos proprietrios (em posse
de terras no to frteis). Na base,havia uma massa de trabalhadores
agrrios. importante notar que os descendentes desses
primeirosgregos (os participantes da Dispora) eram sempre homens
livres. S mais tarde viria aparecer ainstituio da escravido por
dvidas.
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> Grcia
A GRCIA ARCAICA (Sculos VIII a VI a.C)
J que a economia das diversas comunidades gregas era tipicamente
agrria, podemos entender que apropriedade da terra era o elemento
fundamental na determinao da condio scio-econmica doindivduo, bem
como de sua participao poltica na comunidade. Dentro desses
parmetros, fciljustificar o fato de que, na maioria das
cidades-estados gregas, verificamos uma progressiva concentraode
poder nas mos da aristocracia (classe social dos grandes
proprietrios de terra). Por meio dessasinformaes pode-se afirmar
que houve na Grcia uma evoluo poltica de monarquias
paraoligarquias.S que o domnio poltico e econmico da aristocracia
no perdurou indefinidamente semcontestao.
A concentrao da propriedade fundiria nas mos da aristocracia, o
regime de transmisso da heranaapenas para o primognito e o prprio
crescimento vegetativo da populao foram responsveis por
umacrescente tenso social que ameaava desestabilizar o domino da
aristocracia.
Nesse contexto podemos entender o desencadeamento do sistema de
colonizao grega no Mediterrneo,processo que consistiu na ocupao de
terras no-gregas por povos gregos. A invaso dessas terras
seconcretizava com a instalao de famlias nessas reas, esses grupos
originavam novas cidades-estados.
Os gregos , no movimento colonizatrio, ocuparam diversos pontos
da sia Menor ( costa da Anatlia); aregio dos estreitos (Mar de
Mrmora e Mar Negro), onde fundaram Bizncio; Siclia (onde
fundaram,entre outras, as cidades-estados de Siracusa e Agrigento)
e no sul da Itlia (Tarento, Sbaris, Crotona eNpoles). As colnias
gregas do sul da Itlia e Siclia so conhecidas genericamente pelo
nome de MagnaGrcia.
As colnias mantinham estreitas ligaes com as terras de origem
dos colonos, ou seja, com ascidades-estados na prpria Grcia.
A colonizao grega no Mediterrneo trouxe consigo diversas
consequncias, dentre as quais merecemdestaque:
a helenizao cultural de diversos pontos do Mediterrneo.
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um intenso desenvolvimento comercial entre as colnias e as
cidades-estados da Grcia.
As colnias ficavam em regies de solo frtil, portanto, tinham uma
produo agrria diversificada eabundante, cujos excedentes eram
exportados para a Grcia.
Clique no mapa para ampliar.
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> Grcia
A crescente penetrao , na Grcia, de produtos agrcolas coloniais
determinou a decadncia do sistemaagrrio tradicional. Inicialmente,
os pequenos proprietrios viram-se arruinados pela
concorrnciacolonial; depois, a prpria aristocracia teve seu poderio
econmico abalado.As terras em mos daaristocracia foram sendo
progressivamente aproveitadas para o plantio da vinha e da oliva.
Paralelamente,desenvolveu-se a produo do vinho e do azeite.
Configurou-se, dessa forma, uma reciprocidadecomercial: as colnias
forneciam alimentos, a Grcia fornecia vinho e azeite.
O trato da vinha e da oliva exigia grandes contingentes de
mo-de-obra, fato este que contribuiu para ocrescimento da
escravido. Na Grcia, alm do escravo obtido por conquista ou compra,
havia o escravopor dvidas (o devedor que no podia pagar aquilo que
devia era escravizado pelo credor como forma depagamento). A
escravido por dvidas atingia, fundamentalmente, os pequenos
proprietrios de terra que,depois de perderem suas propriedades,
acabavam perdendo a liberdade.
Verificamos que a colonizao trouxe consigo um notvel
desenvolvimento comercial que serviu deestmulo para o incremento da
vida urbana e, conseqentemente, das atividades artesanais. A
camadasocial constituda por indivduos ligados a atividades urbanas
(comrcio, artesanato e funes liberais)viu-se fortalecida e
multiplicou-se .
Resumindo: as necessidades da sociedade aristocrtica grega
levaram ocorrncia de uma colonizao noMediterrneo; tal colonizao
desencadeou um desenvolvimento mercantil e uma crise agrria na
Grcia;essa crise significou um enfraquecimento econmico e poltico
da aristocracia; o desenvolvimentomercantil gerou um fortalecimento
econmico e poltico das camadas sociais urbanas.
Na Grcia, nesse perodo (sculos VIII a VI a.C.) o poder econmico
concentrava-se cada vez mais nasmos das camadas urbanas, enquanto o
poder poltico continuava monopolizado pela aristocraciafundiria.Tal
contradio, somada s crescentes tenses sociais, serviu de vetor para
uma srie detransformaes polticas que ocorreram nas cidades-estados
grega. Essas transformaes polticasaconteceram sempre no sentido da
evoluo de uma oligarquia (governo de poucos) para uma
democracia(governo de todos os cidados).
Os principais agentes dessa evoluo poltica foram os legisladores
e os tiranos. Os legisladores eramindivduos nomeados pela
aristocracia para realizarem reformas capazes de aliviar a tenso
social e acontestao poltica. Os tiranos eram lderes que tomavam o
poder pela fora, geralmente com apoiopopular; uma vez no poder, os
tiranos realizavam reformas polticas e sociais mais ou menos
profundas.
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No Perodo Arcaico da histria da Grcia (sculos VIII a VI a.C.),
verificamos uma crescente urbanizaoeconmica e, conseqentemente, um
deslocamento do poder poltico das mos da aristocracia fundiriapara
as mos das camadas urbanas. S que tais processos no ocorreram da
mesma forma e nemsimultaneamente nas diversas cidades-estados
gregas.
Cada cidade-estado (polis o termo grego) da Grcia conheceu seu
prprio processo evolutivo; duas delas,Esparta e Atenas, foram as
mais notveis e importantes polis do Perodo Arcaico.
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> Grcia
ESPARTA
Esparta conheceu um desenvolvimento e uma organizao
absolutamente singulares em relao s demaispolis gregas. Essa cidade
estava localizada no centro da plancie da Lacnia, no frtil vale do
rioEurotas. Nos tempos pr-gregos, a se desenvolvera a civilizao
mecnica que, por volta de 1200 a.C.,fora conquistadas pelos
drios.
A partir da ocupao da Lacnia, os drios, que deram origem aos
espartanos, atravs de uma srie deguerras, foram conquistando os
territrios vizinhos, dentre os quais o mais importante foi a
plancie daMessnia. O imperialismo continental foi uma das
caractersticas dominantes da histria de Esparta. Essacidade quase
no participou do movimento colonizatrio grego no Mediterrneo por
ocupar uma regiofrtil. Seu expansionismo limitou-se ao territrio da
prpria Grcia. Essa uma singularidade de Esparta.
Segundo a tradio, a organizao scio-poltica e econmica de Esparta
deve-se a uma constituio,que teria sido elaborada por um personagem
semilendrio chamado Licurgo.
Na verdade, a organizao espartana no devida obra de um nico
indivduo e nem foi estabelecida deuma s vez.; ela resultado de
reformas que foram realizadas desde a origem da polis at, mais ou
menos,o sculo VI a.C., quando adquiriu sua feio definitiva.
Em seus moldes finais, a sociedade espartana estava
estratificada da seguinte maneira:
Espartanos ou Espartatas. Camada que agregava todos os indivduos
que possuam direitos polticos;provavelmente, os espartatas eram os
descendentes dos drios que haviam conquistado a Lacnia e dadoorigem
polis de Esparta.
Hilotas
Camada constituda de escravos do Estado que descendiam,
provavelmente, dos primitivos habitantes daLacnia (aqueles que a
ocupavam quando houve a invaso dos drios).
Periecos
Camada composta de indivduos livres que viviam sob a dominao
poltica dos espartatas e sededicavam ao artesanato e explorao de
pequenas propriedades agrrias. Os periecos eram,provavelmente,
descendentes dos povos que foram sendo vencidos por Esparta atravs
de suas guerras.
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> Grcia
Os espartatas, alm de serem os nicos a possuir direitos
polticos, eram submetidos a um regime especialde vida: o homem
espartata era fundamentalmente um soldado e sua mulher era me de
outros espartatas.Para que pudessem ser soldados, os espartatas
tinham sua manuteno, bem como a de suas famlias,assegurada pelo
Estado. Cada espartata, ao completar sua educao militar, recebia do
Estado um lote deterra e uma ou mais famlias de hilotas que
trabalhavam na terra e produziam o suficiente para amanuteno do
espartata, de sua mulher (tambm uma espartata) e de seus
filhos.
interessante notar que a sociedade espartata era absolutamente
democrtica (todos tinham exatamenteos mesmos direitos), os meios de
produo pertenciam ao Estado, ou seja, no havia propriedade
privadados meios de produo entre os espartatas .
Os hilotas, como j dissemos, pertenciam ao Estado e eram cedidos
aos espartatas para serem utilizadosexclusivamente pelos cidados,
sendo que seu trabalho era basicamente aproveitado no trato da
terra.
Os periecos, como homens livres , podiam possuir suas prprias
terras ou seus prprios meios de trabalhoe sobrevivncia. Eram
obrigados a pagar tributos para o Estado e a prestar servio
militar, quandoconvocados.
A organizao poltica de Esparta tambm era singular, em relao s
demais existentes na Grcia.
O poder poltico espartano era exercido nos seguinte termos:
A Diarquia era constituda por dois reis que representavam as
duas famlias mais importantes deEsparta (os Europntidas e os
Agadas) e que exerciam funes religiosas e militares.
A Gersia era uma assemblia formada por vinte e oito ancies,
recrutados dentre as famlias maistradicionais, e mais os dois reis;
a Gersia funcionava como um tribunal julgando os infratores
dalei.
A Apella era a assemblia de todos os cidados; suas funes eram
praticamente ilimitadas; era orgo que tomava todas as decises em
ltima instncia.
O Eforado, ou Conselho dos Cinco foros, principal rgo executivo
do governo, era formado porcinco cidados, eleitos anualmente pela
Apella, que deviam fiscalizar a observao da Constituioe das
leis.
Nos parmetros dessa organizao poltica, o que verificamos de fato
que os cinco foros eram os reaisdetentores do poder e, exatamente
por isso, eram trocados todos os anos para que no houvesse
apossibilidade de um indivduo ou um grupo de indivduos monopolizar
o poder em carter permanente.
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ATENAS
Atenas desenvolveu-se como sendo o centro poltico e econmico da
plancie da tica; esta regio secomunica mais facilmente com o mar do
que com o interior do continente, em funo de seu relevo.
A tica apresentava um solo relativamente frtil, um boa reserva
florestal que fornecia, abundantemente,madeira para a construo
naval, grandes reservas de prata e chumbo, muita argila e grandes
pedreiras decalcrio e mrmore. Dentre os recursos naturais
disponveis o ferro era o material mais escasso.
Primitivamente, desenvolveram-se diversas comunidades na plancie
da tica, que foramprogressivamente sendo unificadas em torno de um
centro poltico instalado na Acrpole de Atenas. Talprocesso foi
gradual e pacfico e recebeu o nome de sinecismo; esse, levou
instalao de uma monarquia.
O fortalecimento da aristocracia, formada por grandes
proprietrios de terra, fez com que a monarquia setransformasse,
progressivamente, numa oligarquia aristocrtica. Tal evoluo
aconteceu pacificamente,atravs do esvaziamento das funes do
Basileu, que aos poucos tornou-se apenas um chefe
religioso.Simultaneamente, foram surgindo outras magistraturas: o
Polemarca, a quem competia a chefia militar; oArconte, responsvel
pela administrao e os seis Tesmotetas , que eram os juzes e
guardies da lei.Osmagistrados eram eleitos anualmente pela Eclsia,
assemblia de todos os cidados. Havia ainda oArepago, conselho
formado exclusivamente por elementos recrutados dentre a
aristocracia, oscomponentes desse grupo cooperavam com os
magistrados na direo da polis.
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> Grcia
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Com a configurao poltica da oligarquia, verificamos o surgimento
de uma nova estratificao socialque, ao invs de ser baseada em
critrios de nascimento, sustentava-se por critrios determinados a
partirdas rendas e propriedades dos indivduos. Essa estratificao
ampliou o nmero de cidados e tornoupossvel aumentar os efetivos
militares, e conseqentemente, o poderio do Estado.
O crescimento demogrfico, aliado a outros fatores j mencionados,
fez com que Atenas empreendessetenazmente uma ao colonizatria no
Mediterrneo. Tal feito impulsionou as atividades mercantis
efortaleceu as camadas urbanas; ao mesmo tempo, as atividades
agrrias conheciam uma radicaltransformao: o desenvolvimento da
vinicultura e das oliveiras.
Um fato relevante que ao lado da aristocracia, at ento hegemnica
em termos polticos, passa a existiruma camada social ligada s
atividades mercantis (comrcio e artesanato) , que conheceu um
rpidoprocesso de enriquecimento passando a reivindicar uma posio
mais atuante no aparelho do Estado.
O processo de desenvolvimento mercantil foi acompanhado por uma
crise agrria que atingiu,fundamentalmente, os pequenos proprietrios
que se viam empobrecidos e mesmo escravizados pordvidas. Em sntese,
havia uma crescente insatisfao popular que pde ser utilizada pelas
camadasmercantis como instrumento de presso para a realizao de
transformaes polticas.
As primeiras manifestaes para a transformao poltica ocorreram de
forma pacfica. A prpria estruturaoligrquica, pressionada pelos
setores urbanos e populares, formou legisladores encarregados de
reformasque aplacassem a tenso scio-poltica e permitissem a
continuidade do domino aristocrtico. Dracon,oprimeiro legislador,
em 621 a.C., elaborou as primeiras leis escritas de Atenas; as leis
draconianascaracterizaram-se por sua excessiva severidade. Essas
regras no chegaram at os documentos escritos;sendo assim, tal
legislao no teve seu carter efetivamente demonstrado. Mais tarde, a
simples existnciade leis escritas coibiu a arbitrariedade com o
qual os juzes (aristocratas) julgavam os no-aristocratas.
Pouco aps a elaborao das leis draconianas, um segundo legislado,
foi constitudo: Slon. Em 594 a.C.,Slon elaborou profunda reformas
nas leis de Dracon.
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> Grcia
ATENAS
Os principais aspectos das reformas de Slon foram:amenizao da
severidade das leis draconianas;
fim da escravido por dvidas;
devoluo das terras que haviam sido tomadas pelos credores dos
seus proprietrios originais;
estabelecimento de um tamanho limite para as propriedades
agrrias;
admisso dos tetas (trabalhadores livres no-proprietrios de
terra) na Eclsia;
criao do Heliaea (tribunal de justia do qual todos os cidados
podiam participar); as magistraturas passaram a ser exercidas por
todos os cidados.
Vale a pena destacar o fato de que, em Atenas, eram cidados
apenas os homens livres no-estrangeiros;sendo assim, os
estrangeiros e os escravos no possuam direitos civis.
Slon fez com que todos os cidados pudessem exercer as
magistraturas; entretanto, na prtica,s os
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indivduos mais ricos se ocupavam das funes dos magistrados
(Basileu, Polemarco, Arconte eTesmotetas), pois estas exigiam
dedicao exclusiva sem remunerao.
As reformas de Slon ampliaram a faixa de participao dos cidados
ligados s atividades mercantis,atenderam parcialmente os interesses
das camadas populares e aboliram a escravido por dvidas. S queessa
mudanas no foram bem aceitas nem pela aristocracia e nem pelas
camadas populares desejosas dereformas mais profundas do que as
efetuadas , grande parte da insatisfao do povo estava ligada
estrutura da propriedade fundiria.Apesar desse descontentamento
proveniente de diversas camadassociais, no h como negar que aps as
reformas de Slon, Atenas conheceu um perodo de relativa pazsocial;
fato este que permitiu o desenvolvimento de uma poltica
imperialista, cuja primeira manifestaoconcreta foi o conjunto de
lutas contra Mgara acerca da posse de Salamino. Nessas batalhas,
Pisstrato,grande general, foi importantissmo. Em 561 a.c, com ampla
base de apoio popular, esse general tomou opoder em Atenas
estabelecendo a Tirania , governo de um tirano. Na Grcia Antiga,
tirano era o indivduoque tomava o poder pela fora das armas.
Pisstrato exerceu a Tirania de 561 a 528 a.C., ou seja, datomada do
poder at sua morte. Com a instalao da Tirania, esse lder no
extinguiu a estruturapoltico-administrativa estabelecida por Slon,
apenas superps uma nova e superior esfera de poder, ouseja, o
tirano colocou-se acima da estrutura j existente.
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Dentre as realizaes de Pisstrato, esto:
o enfraquecimento da aristocracia, atravs do confisco de parte
substantiva de suas terras, e adistribuio destas reas para os
cidados pobres;
a montagem de uma poderosa frota naval, objetivando o
estabelecimento da hegemonia ateniense noMediterrneo Oriental.
Com a morte de Pisstrato, seus filhos Hiparco e Hpias o
sucederam no poder. Pouco aps essa sucesso,uma conspirao
aristocrtica assassinou Hiparco, provocando a adoo de uma poltica
intensamenterepressiva por parte de Hpias. Tal forma de liderana
causou uma progressiva perda das bases polticas deHpias, fato que
acabou criando as condies necessrias para um movimento
insurrecional que derrubou aTirania. Com o fim dessa forma de
governo, o poder foi concentrado nas mos de um novo
legislador,Clstenes, que realizou as reformas que conduziram Atenas
condio de uma Democracia. No incio deseu governo, Clstenes sofreu
uma intensa oposio da aristocracia, que se aliou a Esparta. Os
espartanoschegaram a ocupar Atenas, mas logo foram expulsos; esse
evento s contribuiu para o fortalecimento deClstenes e de suas
pretenses reformistas.
As reformas de Clstenes instalaram em Atenas uma nova sistemtica
poltica, cujas idias fundamentaiseram a igualdade poltica de todos
os cidados e a participao direta dos mesmos na
mquinagovernamental.
O principal aspecto de suas reformas foi a criao de uma nova
estrutura de recrutamento para aparticipao poltica. Os cidados
foram distribudos em demos (unidades organizacionais de carter
locals quais todos os cidados eram obrigados a pertencer
formalmente).
O conjunto dos demos foi distribudo em trs grupos:
o primeiro reunia os demos da cidade de Atenas (nos quais
predominavam os indivduos ligados satividades de comrcio e
artesanato, alm dos trabalhadores urbanos);
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o segundo reunia os demos do litoral (que agregavam os
navegadores e pescadores);
o terceiro reunia os demos do interior (que agregavam os
proprietrios rurais grandes e pequenos).
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Cada um desses grupos era dividido em dez Tritia (cada qual
formada por vrios demos). Trs tritias (umade cada grupo) formavam
uma Tribo.
Essas dez tribos formavam a base para o recrutamento poltico e
militar necessrio. importante saber queem cada tribo havia
participao indistinta dos diversos estratos sociais.
Cada tribo fornecia uma unidade militar sob o comando de um
Estratego , eleito pela prpria tribo.
A Boul ou Conselho dos Quinhentos, formada por cinqenta
elementos de cada tribo, passou a ser oprincipal rgo executivo do
governo.
As funes legislativas foram integralmente concentradas nas mos
da Eclsia (assemblias de todos oscidados).
As funes judicirias pertenciam ao Heliaea (tribunal formado por
juzes eleitos anualmente, em nmeroidntico para cada tribo, pela
Eclsia).
Com essas reformas, todos os cidados, independentemente de sua
condio scio-econmica, passaram aparticipar diretamente do exerccio
do poder poltico. Com isso, Atenas atingiu seu esplendordemocrtico.
S que o conceito de cidadania era restrito aos homens livres
nascidos em Atenas;conseqentemente, mulheres, escravos e
estrangeiros no tinham acesso ao poder poltico; logo, ademocracia
ateniense no era o governo de todos, e sim o governo de todos os
cidados. Ainda assim, asreformas realizadas por Clstenes reduziram
muito os nveis de tenso social e contestao polticaexistentes.
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Civilizao Grega Arcaica (sculos VIII a VI a.C)
As bases da cultura e da civilizao grega devem ser buscadas
entre os egeus; os povos indo-europeus quederam origem nao grega
assimilaram aquilo de mais significativo produzido por esse
grupo.
Em funo do desenvolvimento da colonizao mediterrnea,
particularmente no que diz respeito aoestabelecimento de colnias na
sia Menor, a civilizao grega entrou em contato com as
civilizaesorientais (egpcia e mesopotmica principalmente), das
quais recebeu fortes influncias.
A partir desses dois fundamentos, os gregos desenvolveram uma
cultura e uma civilizao originais, quepodem ser consideradas
fatores fundamentais da unidade nacional grega.
Um segundo fator dessa unidade era a religio. Os gregos
praticavam um politesmo cujos deuses, alm deserem representados com
formas humanas (Antropomorfismo), eram efetivamente humanizados em
seuscomportamentos e histrias. Os deuses gregos, alm de suas
virtudes, possuam defeitos humanos. A vidados deuses era contada
atravs de lendas (Mitologia) que, de uma certa forma, foram
sistematizadas nospoemas homricos.
O templo era considerado como a casa do deus e, por isso ,
merecia um cuidado arquitetnico distinto dodado as demais edificaes
gregas.
Cada polis tinha seu deus principal, ao qual era dedicado o mais
imponente templo da cidade. Aindaassim, havia alguns templos que
adquiriam uma importncia que transcendia o mbito restrito da polis.
ocaso do Templo de Apolo, em Delfos, cujo orculo era consultado
indistintamente por todos os gregos; tambm o caso do Templo de
Zeus, em Olmpia, onde, de quatro em quatro anos, eram realizados os
JogosOlmpicos, atividades nas quais atletas de toda a Grcia tomavam
parte.
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> Grcia
Em termos de literatura, a poesia pica foi o primeiro ramo
desenvolvido. No perodo arcaico, os poemashomricos conheceram sua
primeira edio; nessa poca viveu Hesodo, poeta de origem campesina,
cujasprincipais obras so: A Teogonia, em que tentou organizar a
genealogia dos deuses e Os Trabalhadores eos Dias, em que narra o
cotidiano da vida rural grega de seu tempo. Ainda no perodo
arcaico, nasceu apoesia lrica, cujos principais representantes,
naquele momento, foram Alceu e a poetisa Safo.
Nas suas origens, a cincia e a filosofia se confundiram
bastante. No perodo arcaico, a principalpreocupao dos filsofos era
a de encontrar o elemento primrio da vida, a partir do qual o mundo
e ohomem teriam surgido. O primeiro dos nomes conhecidos o de Tales
de Mileto, cuja maior especulaodizia respeito formao das leis que
regiam o conhecimento da cincia abstrata. Alm disso,
Talesdesenvolveu uma srie de conhecimento prticos, especialmente em
Matemtica, e formulou a teoria deque a substncia primria era a
gua.
Dentre os discpulos de Tales de Mileto, merecem destaque:
Anaxmenes que via no ar a substnciaprimria, e Anaximandro, para
quem os mundos eram infinitos em sua perptua inter-relao. Dois
outrosfilsofos merecem destaque: Xenfanes, que acreditava em um
nico deus que dirigia as foras do mundoe considerava o politesmo e
as lendas acerca da vida dos deuses como simples invenes da
imaginaohumana, e Pitgoras de Samo, para quem os segredos do
universo esto na harmonia dos nmeros.
A arquitetura grega manifestou sua mxima produtividade e
esplendor na construo dos templos. Para
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essa arquitetura, as idias de proporo e harmonia eram
fundamentais, partindo delas formaram-se doisestilos bsicos: o
drico (severo e funcional) e o jnico (luxuoso e elegante).
A escultura exercia um papel efetivamente independente da
arquitetura, sendo que a estaturia, trabalhadafundamentalmente em
mrmore, preocupava-se com o rigor anatmico e com a preciso dos
movimentos edetalhes.
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> Grcia
AS GUERRAS MDICAS OU GRECO PRSICAS
fato notvel de que, no sculo VI a.C., as poleis gregas da
Anatlia (sia Menor) e na Magna Grcia(sul da Itlia e Ilha da Siclia)
apresentavam maior desenvolvimento econmico e cultural que as
daprpria Grcia. Destaque maior deve ser dado s principais poleis da
Anatlia: Mileto, feso, Samos eLesbos. Estes eram, sem dvida, os
mais prsperos centros irradiadores da civilizao helnica.
O Reino Ldio fazia fronteira com as poleis gregas da Anatlia e
mantinha intensas relaes mercantiscom elas. Esse contato fazia com
que a Ldia assimilasse, em larga escala, os padres culturais
dacivilizao helnica; em contrapartida, o Reino Ldio foi
estabelecendo uma efetiva hegemonia polticasobre a Anatlia.O
estabelecimento da hegemonia ldia facilmente compreensvel se
levarmos emconsiderao no s a inexistncia de uma unidade poltica
entre as poleis gregas da Anatlia, comotambm a existncia, muitas
vezes, de intensas rivalidades entre elas. Em 548 a.C., Ciro, rei
dos persas, emsua poltica imperialista, conquistou o Reino da Ldia
e, por extenso, estabeleceu seu domnio polticosobre a Anatlia. A
sujeio ao Imprio Persa no alterou, substancialmente, a vida de
Anatlia;entretanto, mudou drasticamente os objetivos imperialistas
persas.
A partir do estabelecimento de seu domnio sobre a Anatlia, os
persas passaram a participar,indiretamente, do comrcio mediterrneo.
A insero dos persas nos assuntos mediterrneos orientais fezcom que
o imperialismo persa passasse a almejar o domnio dos Blcs. Esse
objetivo era favorecido pelafragmentao poltica da Grcia e pelas
freqentes e intensas rivalidades entre as cidades-estados daGrcia.
Entre 499 e 494 a.C., as poleis gregas da Anatlia, apoiadas por
Atenas, revoltaram-se contra odomnio persa. Esses dominadores,
tendo subjugado os povos revoltosos da Anatlia, voltaram suaateno
para os Blcs e, nesse contexto, em 492 a.C., conquistaram a Trcia e
a Macednia, cujo governofoi entregue por Dario I a Mardnio e cuja
posse serviria de base de apoio para futuras incurses noterritrio
grego.
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Em 490 a.C., os persas, sob comando de Mardnio e com apoio de
Hpias, tirano deposto de Atenas,iniciaram a invaso da Grcia
Setentrional, fixando como objetivo primordial a conquista da tica.
Osgregos, graas a uma vitria na Batalha de Maratona, conseguiram
rechaar essa primeira tentativa deconquista empreendida pelos
persas; esse povo atravessou uma srie de problemas internos em
seuImprio (revolta do Egito, morte de Dario I e sua sucesso por
Xerxes). Essa situao fez com que, por dezanos, os persas no
voltassem a ameaar diretamente o territrio grego. Esse perodo de
trgua deu aosgregos, a possibilidade de se organizarem melhor,
particularmente atravs da conscientizao de diversascidades-estados
de que o problema persa representava uma ameaa para toda a Grcia e
no apenas paraAtenas.
Em 480 a.C., teve incio uma nova campanha persa na Grcia. De
imediato, Tesslia foi tomada e oavano sobre a tica iniciado; neste,
os persas foram retardados pela passagem no desfiladeiro
dasTermpilas, graas ao dos espartanos sob o comando de Lenidas.Esse
atraso nas Termpilas permitiuque a populao de tica fosse evacuada
para Salamina. Quando os persas tomaram e saquearam Atenas,ela
estava despovoada. Em seguida, os invasores pretendiam vencer,
definitivamente, os gregosconcentrados em Salamina.
Desde o final da primeira incurso persa, os atenienses,
liderados por Temstocles, haviam montado umapoderosa frota naval,
graas qual foi possvel impedir uma derrota na batalha naval de
Salamina. Com aperda persa em Salamina, a hegemonia martima passou
para as mos dos gregos, tal fato foi decisivo parao destino da
guerra.
Em 479 a.C., os persas tentaram uma nova investida e, desta
feita, foram derrotados pelos espartanos emPlatia (Pausnias era o
chefe espartano nessa batalha) e pelos atenienses em Mcale. Diante
dessas duasderrotas, os persas tiveram de desistir definitivamente
da conquista da Grcia, j que seus exrcitos e suafrota naval foram
quase que totalmente destrudos.
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> Grcia
O APOGEU DE ATENAS
Aps as batalhas de Platia e Mcale, acabaram as lutas entre
gregos e persas no territrio da Grcia,contudo as guerras
continuaram.
Em funo das pesadas derrotas, a Prsia precisou de uma trgua para
rearticular suas foras, reaparelharseu exrcito e sua frota. Nesse
mesmo momento os gregos atenienses viam a oportunidade de afastar
ospersas definitivamente do Mar Egeu.
No fim da guerra, Atenas era a cidade-estado em melhores condies
para exercer um papel hegemnicoentre os gregos. Alm de possuir a
maior frota naval do Egeu e um poderoso exrcito, Atenas, aps
asreformas de Clstenes, vivia uma relativa paz social e, em funo
dos sucessos nas Guerras Mdicas, seusentimento nacional estava vivo
e forte.
Para as poleis gregas das ilhas do Egeu e da Anatlia, era vital
a continuidade das lutas contra o impriopersa. Sendo assim, no foi
difcil para Atenas, acatando a sugesto de um de seus generais das
GuerrasMdicas, Aristides, propor e conseguir a formao de uma
confederao martima: a Confederao deDelos. Essa Confederao agregava
quase todas as poleis das ilhas do Egeu e da Anatlia sob
apresidncia de Atenas. Cada membro da Confederao, ou seja, cada
polis que dela participava, devia
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contribuir com tropas e navios ou ento com dinheiro, que
viabilizava o recrutamento de tropas eequipagem para a marinha. Por
ser a mais rica dentre as cidades-estados que participavam
daConfederao de Delos, Atenas sempre exerceu uma efetiva hegemonia
sobre todas as poleis que delaparticipavam.
Muito cedo, as poleis gregas do Helesponto e do Mar de Mrmora
aderiram Confederao. A atuaoblica da Confederao de Delos foi
eficiente, pois, em cerca de vinte anos, ela conseguiu afastar os
persasdo contato direto com o Mar Egeu.
Nos primeiros tempos, a figura dominante em Atenas e,
conseqentemente, na Confederao, foi Cimon e,posteriormente,
Pricles, sendo que o ltimo exerceu durante mais de quinze anos um
papel absolutamentepreponderante na vida ateniense, tanto que os
seus tempos ficaram conhecidos sob a designao da Era dePricles.
Em conseqncia das Guerras Mdicas e atravs daConfederao de Delos,
Atenas passou a exercerabsoluta hegemonia poltica, militar e
econmica em todo o Mediterrneo Oriental. Essa situao acelerouo
ritmo de desenvolvimento mercantil de Atenas, provocando um intenso
crescimento de sua populaoatravs do aumento considervel do nmero de
metecos (estrangeiros) e de escravos.
O desenvolvimento mercantil de Atenas fez com que se tornasse
obrigatria a consolidao de suadominao no Mediterrneo Oriental.
Nesse quadro era natural que a Confederao de Delos se tornasseum
imprio Ateniense, ela passou a existir, uma vez afastado o problema
persa, para contribuir para ofortalecimento e enriquecimento de
Atenas.
Em funo dessa realidade dito que o sculo V a.C. o sculo do
apogeu de Atenas e no resta dvidaque essa expanso imperial
ateniense inquietou diversas outras poleis na Grcia,
particularmente Esparta.
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> Grcia
A GUERRA DO PELOPONESO E A GRCIA NO SCULO IV a.C.
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A hegemonia ateniense sobre a Grcia esbarrava, dentre outras
coisas, na concepo poltica doparticularismo das cidades-estados. A
idia de nacionalidade, para os gregos antigos, estava ligada
suapolis de origem e no nao grega.
A ao centralizadora de Atenas, de certa forma, opunha-se concepo
de polis. O imprio atenienseencontrava forte oposio junto s
principais polis da Grcia, principalmente no que diz respeito a
Espartae suas aliadas, que formavam a chamada Liga do
Peloponeso.
Inicialmente, o imperialismo preocupava-se com as terras
litorneas do Mar Egeu; entretanto seu prpriodesenvolvimento fez com
que as terras do Mediterrneo Ocidental passassem a ser reas
atrativas. NoMediterrneo Ocidental, particularmente na Magna Grcia,
havia vrias poleis; Siracusa por exemplo,mantinha um prspero
comrcio que chegava Grcia principalmente atravs de Corinto, uma
polis aliadaa Esparta. Conforme Atenas voltava sua ateno
imperialista para o Ocidente, entrava em choque comCorinto e,
conseqentemente , agravava suas relaes com Esparta. O apoio
ateniense revolta da Crcira,uma colnia de Corinto, foi suficiente
para que toda a Liga do Peloponeso entrasse em Guerra comAtenas.
Sendo assim, no ano de 431 a.C. iniciava-se a Guerra do
Peloponeso.
Durante dez anos, Esparta e seus aliados bloquearam, por terra,
a tica, forando Atenas a buscar seussuprimentos por mar,
principalmente na sia Menor. Tal bloqueio, bem como as constantes
lutas, fizeramcom que a populao da tica fosse concentrada dentro
dos muros de Atenas. Isso dificultava oabastecimento desse povo e
piorava as condies sanitrias de Atenas. Esse contexto tornou
muitopropcia a ocorrncia de vrias epidemias que mataram grandes
contingentes humanos, inclusive Pricles.
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> Grcia
Em 421 a.C. foi negociada e assinada a Paz de Ncias, que deveria
ser mantida por, no minmo, cinqentaanos. Restabelecida a paz,
Atenas retomou sua poltica imperialista no ocidente e, em 413 a.C.,
comeou aarticular planos para atacar Siracusa, que tambm era aliada
de Corinto. Os planos para o ataque a Siracusaforam concebidos por
Alcebades e sofreram forte oposio dos aristocratas de Atenas. Essa
oposiocausou violentos ataques a Alcebades, que acabou obrigado a
fugir dessa plis e a refugiar-se em Espartadelatando os planos
atenienses aos que o acolheram e que, sob o comando de Ncias,
fracassaram. A partirdisso, a ocorrncia de uma ofensiva espartana
por terra impingiu diversas derrotas a Atenas at que, em404 a.C.,
com a Batalha de Egos-Ptamos, os espartanos foram vitoriosos.
Com a derrota de Atenas, teve incio o perodo da hegemonia
espartana na Grcia. Essa plis tentouestabelecer seu imprio atravs
de uma crescente interveno nos assuntos internos das outras
poleis.Alm disso, Esparta procurou estabelecer seu controle sobre o
comrcio do Mediterrneo Orientalgerando com isso a renovao dos
choques contra o Imprio Persa.
As posies imperialistas de Esparta desestabilizaram sua
realidade interna. O crescimento do nmero deseus escravos provocou
novas necessidades militares capazes de preservar a dominao poltica
dosespartatas. Esses problemas internos fizeram com que Esparta
deixasse de preservar suas posies naAnatlia. Dessa forma essa
cidade voltou a sofrer presses e acabou voltando a pertencer ao
ImprioPersa. Esses acontecimentos propiciaram uma aliana entre
Atenas e Tebas e a formao de uma nova ligamartima sob a liderana
dessas poleis. Ainda nesse perodo, Esparta teve de enfrentar
diversas revoltas deseus escravos. Em suma, a hegemonia espartana
viu-se em xeque at que, com a Batalha de Leuctras, 371a.C., os
tebanos, liderados por Pelpidas e Epaminondas, expulsaram os
espartanos da Grcia Setentrional.
Em seguida, Tebas apoiou a libertao da Messnia em relao a
Esparta e conquistou a Tesslia. Assim ahegemonia tebana
estabelecia-se sobre a Grcia. S que em 362 a.C., Atenas e Esparta
aliaram-se ederrotaram Tebas; a partir da, nenhuma polis grega
tinha condies de impor sua hegemonia Grcia.
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A CIVILIZAO GREGA NOS SCULOS V E IV a.C.
No sculo V a.C., a vida cultural grega encontrou em Atenas o seu
principal centro irradiador, o que natural, se pensarmos que nesse
sculo Atenas era efetivamente a principal potncia do mundo
helnico.
Se quisermos atribuir uma caracterstica bsica para a cultura
grega clssica (aquela produzida nossculos V e IV a.C.), devemos
indicar o Humanismo : preocupao com a valorizao do homem e
dohumano.
Esse Humanismo visvel, por exemplo, na escultura. Fdias e Miron,
os dois principais escultores dapoca, antes de pretenderem
representar os deuses como divindades, davam-lhes traos
marcadamentehumanos, tanto no que diz respeito ao seu aspecto
fsico, quanto na preocupao da fixao de umaemoo em cada imagem
esculpida.
Fdias, alm de ter sido notvel escultor, colaborou com o
arquiteto Ictinnio e com Pricles nareconstruo de Atenas, aps as
Guerras Mdicas, sendo que dessa reconstruo o monumento
maissignificativo foi o Partenon, templo da deusa Atena, na Acrpole
de Atenas
Na filosofia, aps Herclito, que via no fogo o elemento essencial
e que foi o primeiro filsofo a constatara importncia do movimento
do universo, e de Demcrito, o formulador da teoria do atomismo, a
filosofiagrega passou a se preocupar fundamentalmente com o homem;
o caso, por exemplo, dos sofistas(Protgoras foi o mais notvel) que,
antes de filsofos, eram educadores, ou seja, dedicavam-se
atransmitir os conhecimentos adquiridos pela humanidade.
Foi em meio aos sofistas que surgiu Scrates, o primeiro dos
grandes filsofos gregos. Ao contrrio do quese fazia at ento,
Scrates no se preocupou com a cosmologia e sim com o homem;
discutiu, atravs deseu mtodo denominado maiutica, as grandes
virtudes dos homens. Scrates no deixou nada escrito eseu pensamento
chegou at ns atravs das obras de seus discpulos, dentre os quais o
principal foi Plato,que reuniu os ensinamentos socrticos nos
Dilogos.
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Plato fundou uma escola chamada Academia. Preocupou-se com a
teoria do conhecimento; para ele, aidia a forma essencial de todas
as coisas; o mundo real transcende o mundo dos fenmenosaparentes.
Outra preocupao de Plato foi a poltica e, em sua obra Repblica, ele
desenvolveu todo umpanorama crtico da vida poltica das
cidades-estados.
Dentre os discpulos de Plato, o mais notvel foi Aristteles que,
a exemplo de seu mestre, tambmfundou uma escola, o Liceu. Para
Aristteles, a razo um elemento essencial no conhecimento
humano;entretanto, os dados manipulados pela razo so fornecidos
pelos sentidos, ou seja, pela experinciasensorial.
Os escritos de Aristteles abrangeram todos os campos do
conhecimento humano de ento, desde o mundomaterial (Fsica),
passando pela teoria do conhecimento (Organum) at poltica (Poltica)
e as artes (ArtePotica e Arte Retrica).
Outro campo do conhecimento que se desenvolveu no perodo clssico
foi a Histria.
Herdoto (o Pai da Histria) em sua obra Guerras Mdicas foi o
primeiro a se preocupar com oregistro sistemtico do passado isento
das lendas e da mitologia. Tucdides, autor da Guerra doPeloponeso,
acrescentou observao histrica a crtica histrica, ou seja,
preocupou-se em estabelecerrelaes de causa-efeito entre os fatos
histricos. Xenofontes outro historiador do perodo.
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O MUNDO HELENSTICO
A Macednia um territrio ao norte da Grcia. Seu povo foi
considerado por muito tempo, pelos gregos,como sendo brbaro, essa
imagem s foi alterada quando os macednios passaram por um processo
dehelenizao.
Em funo do desenvolvimento comercial e das Guerras Mdicas, a
Macednia viu suas relaes com aspolis gregas intensificadas, a ponto
da Macednia passar a ser vista como parte do mundo helnico.
Desde cedo, a Macednia conheceu um processo poltico altamente
centralizador. A monarquia absolutaera sua verdade em termos de
organizao do Estado.
Felipe, rei da Macednia, viveu em Tebas a partir de 356 a.C,
onde passou a conhecer profundamente arealidade da Grcia, suas
virtudes e fraquezas.
O crescente caos poltico grego, aps o perodo da hegemonia
tebana, deu margem para que Felipedesenvolvesse uma ao poltica,
cujo objetivo era o estabelecimento do domnio macednico sobre
aGrcia. Tal poltica encontrava entre os prprios gregos inmeros
adeptos. o caso de Iscrates e deEsquines, que viam no domnio
macednico o nico caminho vivel para preservar a soberania grega
noEgeu, diante do novo expansionismo persa. claro que entre os
gregos tambm havia ferrenhos opositoresa Felipe da Macednia, caso,
por exemplo, do grande orador Demstenes.
Com o intuito de desencadear um imperialismo macednico, Felipe
realizou profundas transformaes nasestruturas militares e sociais
de seu reino; por exemplo: adotou a falange tebana como unidade de
luta deseu exrcito, confiscou as terras dos aristocratas e
distribuiu-as aos homens pobres para que estes tambmtivessem
condies de servir no exrcito.
Aproveitando as divergncias de opinio entre os gregos, Felipe
foi estabelecendo seu domnio na GrciaContinental. Teve de enfrentar
resistncias militares que foram definitivamente sobrepujadas com
suavitria na Batalha de Queronia, em 338 a.C., em conseqncia da
qual foi criada a Liga de Corinto,atravs da qual a Grcia, menos o
Peloponeso, reconheceu a supremacia macednica.
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Pouco aps esses eventos, Felipe foi assassinado e sucedido no
trono por seu filho Alexandre, que passoupara a histria como
Alexandre Magno.
Alexandre Magno foi educado durante algum tempo por Aristteles,
sendo profundo admirador econhecedor do mundo grego. Alexandre
dizia-se descendente de deuses e heris e desenvolveu em tornode si
toda uma mstica que o transformou em personagem semidivino.
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Sua curta vida foi dedicada construo de um Imprio Macednico
universal que ficou conhecido comoImprio Helenstico. Alm de
consolidar o domnio macednico na Grcia, Alexandre conquistou todo
oterritrio Persa, Fencia, Egito e parte da ndia. Morreu aos 33 anos
de idade, em 323 a.C., na Babilnia,pouco aps haver desposado uma
princesa persa.
Em meio ao seu expansionismo militar, Alexandre fundou diversas
cidades, que se tornaram centrosdifusores da cultura grega.
Alexandria, no Egito, a mais importante delas.
Aps sua morte, o Imprio de Alexandre conheceu uma forte crise
sucessria, uma vez que seu filho snasceria aps alguns meses e seus
generais iriam disputar o controle do Imprio.
Aps intensas e prolongadas lutas, chegou-se forma de partilha do
Imprio entre os principais generaisde Alexandre. Antgono ficou com
o Reino da Macednia, que inclua a Grcia, nessa rea foi
estabelecidaa Dinastia Antignida. Ptolomeu Lagos ficou com o Reino
do Egito, onde foi estabelecida a DinastiaLgida. Seleuco ficou com
o Reino da Sria, que abrangia todos os territrios asiticos do
ImprioHelenstico, nessa regio foi estabelecida a Dinastia Selncida.
O Reino da Sria, por ser o mais vasto emais heterogneo em termos de
populao, conheceu, ao longo de sua histria, um processo
defragmentao atravs do qual tiveram origem uma srie de pequenos
reinos (Prgamo, Galcia, Capadcia,Bitnia, Ponto Euxino e
Partos).
Entre 197 e 31 a.C., todos os reinos helensticos foram
conquistados pelos romanos.
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> Grcia
Cultura Helenstica
Acreditava-se que a cultura helenstica resultava da fuso da
cultura grega com as culturas orientais(principalmente a egpcia e a
persa), entretanto, a viso atual diz que a cultura helenstica nada
mais doque a prpria cultura grega desenvolvida fora da Grcia , a
partir do sculo III a.C.
Essa cultura helenstica teve nas cidades de Alexandria, Antiquia
e Prgamo seus principais ncleos dedifuso.
Principais realizaes da cultura helenstica:
Notveis progressos na Matemtica, especialmente com Euclides,
autor dos Elementos da Geometria. NaFsica, com Arquimedes, grandes
descobertas foram feitas
A Filosofia desenvolveu duas correntes:
O Estoicismo que nega qualquer forma de validade das coisas
materiais e defende a total renncia a elas.
O Epicurismo que, ao contrrio do estoicismo, defende a busca do
verdadeiro prazer. Nas artes plsticas,os escultores e pintores
buscaram fundamentalmente a fixao da idia desse movimento em
seustrabalhos.
Na literatura o desenvolvimento da poesia idlica teve como
principal expoente Tecrito.
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> Roma
Roma
A Monarquia (753/509 a.C.)
Praticamente, no existem fontes histricas objetivas e precisas
para as origens da cidade-estado de Roma.Os prprios romanos dos
primeiros tempos homricos no conheciam com clareza os dados de
suafundao.
Era corrente, em Roma, uma explicao lendria segundo a qual Rmulo
e Remo descendentes de Enias,um prncipe troiano que emigrara para a
Itlia aps a destruio de Tria, teriam fundado a cidade em 753a.C.
Essa lenda chegou at ns atravs de Eneida poema pico de Virglio.
Em termos cientficos, com base nas pesquisas arqueolgicas e
demais fontes, a Histria constata queRoma se originou de
aldeamentos militares, estabelecidos entre sete colinas, s margens
do rio Tibre,pelos latinos e sabinos, numa tentativa de defender o
Lcio contra as freqentes invases dos etruscos.Esses aldeamentos
militares devem ter sido estabelecidos por volta do ano 1000 a. C.
e, lentamente, foramevoluindo para a condio de uma cidade-estado.
certo que, no sculo VIII a.C., Roma j era umacidade-estado e, mais
do que isso, uma Monarquia.
Em suas origens, a economia romana estava inteiramente voltada
para a explorao agrria;conseqentemente, a propriedade da terra era
o elemento estratificador da sociedade, vindo da o fato deRoma ter
originalmente uma sociedade fundamentalmente aristocrtica.
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Na estrutura social da monarquia romana, encontramos as
seguintes camadas sociais:
Patrcios
Aristocracia latifundiria constituda pelos descendentes diretos
dos fundadores de Roma. Os patrciosorganizavam-se em cls
(comunidades familiares em sentido amplo, que em Roma eram chamadas
de"gens"), cujos membros diziam-se descendentes de um mesmo
antepassado que era por eles cultuado; cadacl tinha seu homem mais
velho, o seu chefe ("Pater Familias").
Clientes
Parentes afastados e pobres dos patrcios; prestavam todo tipo de
servio junto a um cl, em troca de suasubsistncia.
Plebeus
Eram os homens que no estavam ligados a nenhum cl: eram os
estrangeiros, os artesos, os comerciantese os proprietrios de
terras menos frteis; originavam-se de povos que se integraram a
Roma ao longo desua formao.
Na organizao poltica da monarquia romana, o rei era a autoridade
mxima e era tido como de origemdivina; seu poder estava lastreado
em duas instituies fundamentais: o imperium (comando supremo
doexrcito) e o auspicium (capacidade de conhecer a vontade dos
deuses).
O rei era auxiliado no governo por um conselho de ancies, o
Senado, cujos membros eram recrutadosentre os Pater Familias dos
cls patrcios.
Havia ainda um conjunto de assemblias (Curiata, Centuriata e
Tribal ) que no possuam atribuiesclaramente definidas, mas que
sempre eram controladas pelos patrcios.
Segundo a tradio, durante a Monarquia, Roma teve sete reis:
quatro latinos ou sabinos e trs etruscos.Efetivamente, por volta de
650 a.C., os etruscos conquistaram Roma, cujo domnio mantiveram at
509a.C., qu