Olá! Quando o assunto é maquiagem encontramos de tudo um pouco, inclusive pela internet, porém muitas coisas importantes ainda podem auxiliar nesta arte milenar. Então, lembrese da importância de pesquisar fontes diferentes de conhecimento, pois isso sempre o ajudará a ser um profissional seguro e também sensato. Neste material pretendo esclarecer você sobre os principais tópicos que fazem deste curso um diferencial.
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Transcript
Olá!
Quando o assunto é maquiagemencontramos de tudo um pouco,inclusive pela internet, porémmuitas coisas importantes aindapodem auxiliar nesta arte milenar.
Então, lembre-‐se da importância de pesquisar fontesdiferentes de conhecimento, pois isso sempre o ajudaráa ser um profissional seguro e também sensato.
Neste material pretendo esclarecer você sobre osprincipais tópicos que fazemdeste curso um diferencial.
Ambientação
Este curso está voltado para profissionais da área de beleza e estética, que buscamnovos conhecimentos e/ou atualização. Muitos profissionais já estão inseridos nomercado, realizando trabalhos maravilhosos e, por isso, não dispõem de tempo parafazer cursos presenciais que, em média, têm uma semana de duração.
Mas, como deixar de lado os iniciantes, que estão começando a carreira por talentonato e por inspiração e que, muitas vezes, têm outras profissões paralelas oudiferentes fontes de renda? Não dá pra largar o trabalho e, de repente, se aventurarem outra profissão sem criar uma situação para isso, não é mesmo?
Quando iniciei a educação superior, assumindo a disciplina de maquiagem, pudeamadurecer muitas questões profissionais, afinal estava ligada aos temas relacionadosà Estéticae Cosmética, que se combinavam ao universo do maquiador.
Hoje o número de maquiadores é muito grande, o que se difere às décadas de 1980 esuas precedentes. O mercado da beleza cresce em larga escala, sendo a profissão demaquiador uma das que mais se destacampor causa da sua considerável ascensão.
Dos conhecimentos adquiridos nessa experiência surgiu, então, a vontade de criar umcurso que falasse de conteúdos importantes que ficaram à margem em muitosoutros...
Como era antigamente ...
Para você que está começando agora esse tema pode não fazer sentido, mas paraaqueles que já estão na área, “antigamente” já se trata da década de 1990, que foiquase ontem...
De lá pra cá muitas coisas sobre maquiagem mudaram. BB cream não era nemimaginado e os biominerais estavam nos laboratórios sendo testados. Um maquiadornão precisava saber o que é côncavo, mas já tinha que saber esfumar.
Não vou pontuar tudo que mudou, porque várias mudanças aconteceram de modosilencioso,de acordo com os costumes e modismos que foram acontecendo.
Mas foi desse “modismo”, das “tendências” no sai inverno -‐ entra primavera quecoloquei na pauta dos meus trabalhos dois conteúdos que valeram a pena:
COLORIMETRIAe
RECONHECIMENTO DE PERSONALIDADE
Colorimetria
A cada modelo étnico farei as sugestões, por se relacionar com o tom da pele. Adiantoque as cores precisam contrastar e, ao mesmo tempo, harmonizar. Por isso éimportante!
Reconhecimento de personalidade
De modo geral, até 1980 havia um padrão de maquiagem que era seguido. Este“padrão” geralmente estava atrelado às novelas ou às atrizes de cinema americano.
Mas, se a pessoa tem um jeito tímido ela não ficará bem usando uma maquiagem à LaViúva Porcina (Regina Duarte, em Roque Santeiro).
Me lembro de uma vez acontecer da minha mãe voltar de um salão de beleza, inclusiverenomado. A visão que tive foi chocante – “Não era a minha mãe”, era umaassombração pálida e ao mesmo tempo escura. A maquiagem não estava adequadaporque ela pertence a um signo de fogo, com temperamento marcante, e tem umapersonalidade muito ativa. A maquiagem precisa manter essa conexão com a pessoa,senão desfigura e ninguém reconhece. E isso é uma visão moderna.
Então, vamos a um resumo que auxilia no atendimento em salões e afins, lembrandoque nosso tempo para “reconhecimento”é curto...
A pessoa que procura nosso atendimento começa a dar dicas ao marcar amaquiagem, ainda pelo telefone. Mas, supondo que num salão outra pessoa faráessamarcação é apenas ao chegar lá que sua clientedará seus “sinais”.
Então, observe:
-‐ Modo como anda até a cadeira-‐ Modo como fala do evento que participará-‐ Modo como se dirige a você enquanto explica os detalhes-‐ Acessórios que serão utilizados-‐ Roupa que será utilizada-‐ Cabelos (se fará penteado ou deixará ao natural)
O ideal é que estas observações acompanhem a etapa da Pré-‐maquiagem para quevocê não perca muito tempo “analisando”.
E, detalhe: não é sessão de psicanálise. Não precisamos entender de Psicologia(embora ajude bastante). Essa leitura é para auxiliar você numa escolha sensata demisturas, que pode contribuir para um trabalho harmonioso, uma vez que respeitaos elementosque estão no “conjuntoda obra”.
Vejamos a tipologia:
ClienteNormal– aquele que ouve com naturalidade, pensa, pondera e decide;
Cliente Grosseiro – aquele que em geral é agressivo, briga e discute, expõe suasopiniões, fala alto e é muito sensível;
Cliente Sabe Tudo – aquele que é crítico, autosuficiente, vaidoso e julga-‐se maisimportanteque os outros, sendo esnobe e não aceitando opiniões;
Cliente Falador – aquele que é simples, espontâneo, aplica uma conversa agradável efala muito tornando difícil intercepta-‐loem interromper;
Cliente Calado e/ou Tímido – aquele que é acanhado e fala baixo, apresentando-‐seindeciso, pouco se manifesta temendo tomar decisões e possui dúvidas sobre tudoque se questiona. (¥ 1)
Mas um autor, em especial, pode contribuir com outros detalhes, se consideramos os temperamentos.
Philip Hallawell (¥ 2) , autor de Visagismo integrado: identidade, estilo e beleza etambém Visagismo: harmonia e estética, leituras que recomendo a todos. Ele faz aanálise e explica. Eu apenas passo esse resumo para você:
Melancólico: transmite calma e organização; Fleumático: transmite segurança e harmonia;Sanguíneo: transmite alegria e entusiasmo;Colérico: transmite coragem e determinação.
Bibliografias de apoio para Identificação de cliente
¥ 1 -‐ FORMA-‐TE. Tipos de clientes e como atende-‐los. Forma-‐te, 2010. Disponível em:<http://www.forma-‐te.com/.../3435-‐tipos-‐de-‐clientes-‐e-‐como-‐atende-‐los.html >. Acesso em:jun. 2010.
¥ 2 -‐ HALLAWELL, Philip. Visagismo: harmonia e estética. São Paulo: Editora SENAC, 2008.
Pronto! Já temos alguns limites para nosso trabalho e também algumas fontes deinspiração.
Se a cliente for do tipo “Melancólica”, provavelmente se enquadra no tipo “Clientenormal” e, portanto, os acompanhamentos como roupas e acessórios refletirão aserenidadeque lhe é peculiar.
Porém, a Melancólica pode desejar uma produção Sanguínea. O que fazer?Misture tudo e coloque meio a meio de cada informação, realizando uma produção debom senso e com a sua marca pessoal.
Devagar fui criando minha leitura sobre as clientes e posso garantir que a qualidade domeu trabalhomudou -‐ e muito -‐ depois que harmonizei as informações.Experimente!
Leitura Facial Compreendendo as partes e os contornos de rosto
Lateral do queixo Topo ou centro do queixoBase do queixo
Laterais temporais
Laterais temporais
Região submandibular
Pescoço
Partes do rosto
Base do pescoço
1
2
SobrancelhaSupercílio
CôncavoParte móvel
Partes dos olhos -‐ leitura vertical
Linha dos cílios superioresLinha d’água Linha dos cílios inferiores
Pálpebra superior
Pálpebra inferior
Partes dos olhos -‐ leitura horizontal
Canto interno
Centro
Canto externo
3
3
Contornos faciais
Para compreender o contornofacial é importante pensar nalargura, na altura do rosto, masprincipalmentenas laterais.
A largura deve ser referenciadapela parte mais larga do rosto,que no caso deste exemplo ficana região do zigomático.
No caso da altura mede-‐seentre topo da testa e regiãomandibular, conforme imagemao lado.
Vejamos alguns exemplos ...
5
6
Contorno retangular
Gwyneth Paltrow apresenta ascaracterísticas de um rostoretangular.
Contorno reconhecido pelasquinas nas laterais de testa enas laterais da mandíbula.
Observe que o rosto é maislongo que largo.
Contorno quadrado
Alinne Moraes apresentacaracterísticas de um rostoquadrado.
Contorno reconhecido pelasquinas nas laterais de testa enas laterais da mandíbula.
Observe que o rosto temaltura semelhanteà largura.
7
Contorno hexagonal
8
Kirsten Dunst apresentacaracterísticas de um rostohexagonal.
Contorno reconhecido pelainclinação nas laterais detesta, alinhamento entrelaterais temporais/maxilar ena altura da mandíbulainclina novamente.
Observe que o rosto temaltura semelhante à largura,porém pode ser mais longoque largo.
Contorno losangular9
Camila Pitanga apresentaas características do rostolosangular.
Contorno reconhecidopela inclinação do rosto.
Lateral de testa maisestreita que o zigomático,estreitando novamentena região das lateraismandibulares.
Pode ser mais longo oumais largo.
Contorno triangular10
Anne Hathaway apresenta ascaracterísticas de um rostotriangular.
Contorno reconhecido pelainclinação sendo a regiãomandibular a parte mais largado rosto.
Laterais de testa e regiãozigomática mais estreitas que alateral da mandíbula.
Pode ser mais longo ou maislargo.
Contorno triangularinvertido
Scarlett Johansson apresenta ascaracterísticas de um rostotriangular invertido.
Contorno reconhecido pelainclinação sendo a região daslaterais de testa a parte maislarga do rosto, estreitando nalateralmandibular.
Tende a ser mais longo quelargo.
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Contorno redondo
Isis Valverde apresenta ascaracterísticas de rostoredondo, quebrando avelha noção de que esterosto é das “gordinhas”.
Contorno reconhecidopelas laterais de rostoarredondadas, semapresentarquinas.
Largura e altura sãoproporcionais.
12
Contorno oval
13
Leandra Leal apresenta ascaracterísticas de rostooval, que é consideradoreferencial ou “universal,pois não apresenta quinase obedece a anatomiahumanamais equilibrada.
Este contorno pode serreconhecido porque aslaterais do rostoarredondam suavemente,estreitandono queixo.
A medida entre olhos maior que a medida do olho = olhos afastados
A medida entre olhos menor que a medida do olho = olhos juntos
A medida entre olhos proporcional à medida do olho = olhos equilibrados
Composição do rosto
Identificar se os olhos da cliente são afastados, equilibrados ou próximos é ocomeço da definição das cores e dos traçados que serão utilizados naprodução.
O que fazer na maquiagem?
Em olhos afastados podemos provocar a sensação de aproximação através doescurecimento no início das sobrancelhas, pequeno traço no canto internodos olhos e o escurecimento do côncavo na parte interna ou ainda oescurecimento das laterais do nariz.
Em olhos equilibrados temos mais liberdade, pois não precisamos “juntar”nem “separar”.
Em olhos próximos podemos provocar a sensação de afastamento através doclareamento do canto interno dos olhos ou sua iluminação apenas. Éimportante considerar outros modelos específicos e mais comuns de olhos,que virão a seguir...
OLHOS FUNDOS -‐
A região do supercílio sobrepõe-‐se ao côncavoe o canto interno é escuro.
OLHOS INVERTIDOSOU INCHADOS -‐
A pálpebra inferior apresenta inchaço,normalmente desproporcional à pálpebrasuperior.
OLHOS COM PÁLPEBRASCAÍDAS -‐
No canto externo do supercílio a pele apresentaconsiderável flacidez, provocando a sensação de“depressão”do olhar. O côncavo torna-‐se imperceptível.
OLHOS SALTADOS -‐
Pálpebras inferior e superior proeminentes.
OLHOS CAÍDOS -‐
Independente da flacidez de pálpebra, o canto internodos olhos apresenta-‐se superior ao canto externo.
OLHOS PEQUENOSE REDONDOS -‐
Canto interno e externo encontram-‐searredondandoo olhar.
OLHOS AMENDOADOS-‐
Podem ser pequenos ou grandes. O canto internoapresenta-‐se inferior ao externo, provocando umformato ascendente.
OLHOS RASOSOU ORIENTAIS -‐
A parte móvel da pálpebra quase desaparece com osolhos abertos. O supercílio é plano, ou seja, nãoapresenta curva e o côncavo fica imperceptível.
A primeira coisa a ser identificadaé a proximidade dos olhos.
Em seguida, os demais tipos de olhos vão nortear a composição da maquiagem...
São trêsmodelos básicos de esfumados para disfarçar ou realçar.
1. Esfumado Vertical:
a sombra mais escura pode ser aplicada na partemóvel, a intermediária no côncavo e a mais clara nosupercílio. Isto dará um efeito conhecido como dégradéna pálpebra superior, como mostra o exemplo ao lado.
2. Esfumado Horizontal:
a sombra mais escura pode ser aplicada no cantoexterno, a intermediária no centro e a mais clara nocanto interno. Isto dará um efeito conhecido comodégradé na pálpebra superior, como mostra o exemploao lado.
3. Marcação de côncavo:
a sombra mais escura pode ser aplicada no côncavo de diversas formas e a maisclara na parte móvel e no supercílio. Isto dará um efeito conhecido comodégradéde profundidade na pálpebra superior, comomostramos exemplos.
A “marcação” de côncavo é o grande coringa que realça qualquer olhar. Porém, para cada tipo de olho existe uma marcação ideal...
Omodelo A é adequado para quem tem olhos afastados...Na verdade, não se aplica para quem tem olhos próximos ou fundos.
Omodelo B é uma clássico, e foi muito usado por MarilynMonroe.Na verdade, não se aplica para quem tem olhos afastados, invertidos etambémos olhos saltados .
O modelo C é um clássico contemporâneo, oferecendo destaque aos cíliosque, semelhante ao modelo B, suspende olhos caídos, realça olhospequenos e alivia a profundidade dos olhos fundos.
As composições podem receber cores diferenciadas. Os modelos colocadosnestematerial são comuns de vermos nas produções de maquiagematuais.
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO -‐ PARA ADEQUAÇÃO DO ESFUMADO DE OLHOS
Anne Hathaway, Penélope Cruz, Débora Secco, Sophia Loren, Lucy Liu, GiseleBündchen, Cameron Diaz e Juliana Paes possuem características diferentes. Procureidentificar qual modelo de esfumado se adéqua para cada personalidade citada acima.
NARIZ
Observação para equilíbrio visagista
O nariz está no centro do rosto. Necessita de harmonia, porém a correção emmaquiagem deverá ser bem sutil, pois a realidade em salão de beleza e noscentros estéticos nos mostra que as correções intensas não se aplicam, sendosomente indicadas para produções de foto e de vídeo.
Quando se trata de maquiagem social, ou seja, para eventos sociais, menos é mais.
Para saber se é pequeno ou grande deve-‐se observar as dimensões do rosto como um todo!
Vamos aos formatos mais comuns e suas características:
Chato ou largo: possui dorso baixo e, geralmente, abas largas ou abertas.Estreito ou fino: o dorso é alto e proeminente e, geralmente as abas são fechadas.Arrebitado: dorso alonga até a ponta do nariz, ou seja, no topo suspende.Irregular ou desviado: o dorso não é reto e as abas são diferentes uma da outra.
Chato ou largo: por suas características, deve-‐se escurecer a lateral do nariz e iluminar odorso.Na vídeo-‐aula de pele negra encontra-‐sedemonstração
Estreito ou fino: somente alteramos esteformato se ele for muito alongado em relaçãoao rosto. Para provocar sensação dediminuição escurecemos a base e um poucoda ponta do nariz.
Irregular ou desviado: seja no dorso, nas abas,nas laterais do nariz e na sua base, este narizprecisa ser escurecido onde a irregularidaderealça.Na vídeo-‐aula de RUIVAS há exemplo dessacamuflagem.
LÁBIOS
Observação para equilíbrio visagista
Os lábios somente necessitam de correção quando apresentam irregularidades entre o superior e o inferior, ou quando apresentam formação de sulcos, que são aquelas linhas que atravessam o contorno labial natural.
Vamos desmembrar as partes dos lábios, rapidamente...
Canto externoCanto externo
“biquinho” ou vinco
Contorno inferior
esquerda direita
Sulcos labiais
Contorno superior
1. GROSSOS E CARNUDOS: são volumosos e destacam-‐se nas proporções do resto do rosto.
2. PEQUENOS E CARNUDOS: são volumosos, mas não são os que mais se destacam no rosto.
3. FINOS: quando a pessoa sorri os lábios praticamente “desaparecem”.
4. CAÍDOS: os cantos externos se encontram caídos, ou em “depressão”.
5. DESIGUAIS: inferior ou superior mais fino ou mais grosso.
6. SEM CONTORNO: não formam o “biquinho” no lábio superior.
7. ENRUGADOS: formação de sulcos no contorno labial.
2 6
15
4
3
7
QUEIXO
Observação para equilíbrio visagista
O queixo faz parte do contorno inferior do rosto. Embora não entre na leiturafacial dos contorno (conforme visto anteriormente), ele influencia na sensaçãode rostos longos ou curtos, de acordo com sua formação. A alteração dele emmaquiagem também deve ser bastante sutil para não oferecer aspecto desujidade ao rosto, quando se trata de escurecimento para sua diminuição.
Vamos desmembrar os tipos de queixo mais comuns...
Observe que ele está relacionado à mandíbula, então sempre procure identifica-‐lo neste contexto. O que os exemplos abaixo lhe parecem?
Se o primeiro parece ter pontas nas laterais podemos identifica-‐lo como
QUADRADO
Se o segundo parece avançado para a frente podemos identifica-‐lo como
PROEMINENTE
Se o terceiro parece recuado em relação ao rosto podemos identifica-‐lo como
PEQUENO ou CURTO
E se o último parece ter um inchaço na região submandibular identificamos como
DUPLO
CORREÇÕES
Para altera-‐los devemos escurecer as pontas do quadrado, e também o topo do proeminente.Para o queixo pequeno iluminamos ou passamos base mais clara no topo, tentando “avança-‐los”.Para o duplo vamos escurecer a região submandibular com base ou pó compacto mais escuro .
REFERENCIAIS TEÓRICOS
BEZERRA, Sandra Vasconcelos. Guia de produtos cosméticos. São Paulo: Ed. SENAC, 2001. CEZIMBRA, Marcia. Maquiagem: técnicas básicas, serviços profissionais e mercado de trabalho. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2005.HALLAWELL, Philip. Visagismo: Harmonia e estética. São Paulo: Editora SENAC, 2003.MOLINOS, Duda. Maquiagem / Duda Molinos ? 7ª ed. ? São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2004.TRINKA, Cláudia Monteiro. FONTES, Edgar Leonel Carballo. Imagem pessoal: visagismo. Canoas: Ed. ULBRA, 2010.VITA, Ana Carlota Regis. História da Maquiagem, da Cosmética e do Penteado: Em busca da perfeição. Anhembi-‐Morumbi, 1ª ed, 2008.ZUANETTI, Rose. Salão de beleza: maquiagem. Rio de Janeiro: Ed. Senac Nacional, 2000.
E, claro, tudo que aprendi nas experimentações, ao longo dos 20 anos em Maquiagem!
Porque a evolução da leitura facial aconteceu?
Culpa das “divas”.É isso aí!Da evolução da fotografia aconteceu a evolução cinematográfica.Com o advento do cinema, a imagem feminina começou a receber o que costumochamar de “marcas de associação”.
“Ela parece com a Audrey” – “Ela estava vestida como a Marilyn”
Sem exagerar, vejamos algumas marcas que estão mencionadas na vídeo-‐aula, e queilustram, resumidamente,nossa noção de beleza contemporânea...
Pois é ela que puxa o carro da beleza, dos cuidadosestéticos, da vaidade e de tudo que se relaciona àautoestima feminina, até nos dias de hoje.
Pense em Amy Winehouse...A delineação, exageradamente negra, marcando osolhos são uma leitura pós-‐moderna de uma mulherque quer ser vista como “poderosa”?
Mas, indo em busca das nossas raízes culturais,deflagramos um momento de “abstração” da belezafeminina, que aconteceu séculos depois de Cleópatra:
A VirgemMaria
Personagem marcante da nossa cultura cristã, carregaconsigo a noção de beleza naturalizada, sem artifícios,pois é bela pela “natureza”. Ela transmite serenidade,equilíbrio e afetividade em sua imagem sagrada.
Essa noção se perdurou por séculos – até a revoluçãorenascentista -‐ e, ainda hoje, interfere na nossaconcepção de beleza...
Do Cientificismo ao Iluminismo aconteceram diversasmudanças, tanto em âmbito social como fortemente emtermos de conhecimentoe economia.
Madame Pompadour, a grande revolucionária daconcepção de vaidade feminina, e não exatamentebeleza, é um referencial substancial do século XVIII.
Com uma história controversa e cheia de melindres,fazia-‐se notar pelo exagero de vaidade, num momentoem que o poder social associava-‐se ao exibicionismo,não importando o pensamento dos demais. Importanteera chocar e pasmar a todos.
Aqui Meryl Streep é lembrada em seu papel exibicionistae tirano, que abusa do poderio, em “O diabo vestePrada”.
Em Delacroix, começamos a notarque os personagens se misturam ecomeça a acontecer a presença daexistência feminina negra na arte,embora ainda marginalizada pelaescravidão.
Observe como os estilos de belezasiniciamo processo de identidade.
Cada personagem tem uma posturae uma função diferente em nossaleitura visual...
“Helena Rubinstein em torno de 1910inventa um creme para a pele – Valaze –no fim do século XIX, que ela completacom uma série de produtos de beleza.Os cuidados do corpo se combinam aoscuidados do rosto, com ‘duchaescocesa’, ‘massagens’, ‘eletrólise’ e‘hidroterapia’. Os institutos HelenaRubinstein estabeleceram um modelointernacional nos anos 1910. Surge,então a ‘esteticista’, ausente ainda dosdicionários do início do século, mas comfunção já pré-‐determinada pelosinstitutos.”
Vigarello, em poucas palavras, resumea marca Rubinstein. E você percebecomo o mercado da vaidade e daautoestimavem pra ficar...
Mais tarde, as criações de Max Factor para nós, maquiadores...
“Ele fez história ajudando a forjar a imagem de atrizescomo Clara Bow, Jean Harlow, Katharine Hepburn, RitaHayworth, Bette Davis e Claudette Colbert, entre outras.Enfim: ele criou as divas. Nos anos de 1920 começou avender seus produtos para o grande público, consolidandoas bases da indústria da beleza.Max foi o primeiro a usar o termo ‘make-‐up’ e a aplicar oconceito da harmonia de cores, criando maquiagensespecíficas para combinar com os tons de pele, com oscabelo e olhos das mulheres. Ele teria sido também oprimeiro profissional de make-‐up para imagens emmovimento (1914) e o primeiro a produzir cílios postiços,gloss (1930), Pan Cake (1937), lápis de sobrancelha, dandosubsídios para o Pan Stik (1948), o corretivo (1954), amáscara com aplicador em bastão e a maquiagem à provad’água (1971).Para a produção do filme ‘Ben Hur’, ele e sua equipeproduziram mais de 2.200 litros de maquiagem azeitonadapara combinar com o exército de pálidos já filmados naItália.Ao morrer em 1938, Max Factor deixou um legado deinovação e glamour, além de uma certeza: depois dele, asmulheres nunca mais seriam as mesmas.” (JOHN UPDIKE,escritor. Este texto foi publicado na "New Yorker". Trad. deLuiz Roberto Mendes Gonçalves.) http://www.cosmeticsandskin.com/bcb/cake.php
Referencial bibliográfico
VIGARELLO, G. Trad.: Léo Schlafman. História da beleza: o corpo e arte de se embelezar, do renascimento aos dias de hoje. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.
VITA, Ana Carlota Regis. História da maquiagem, da cosmética e do penteado: em busca da perfeição. São Paulo: Anhembi-‐Morumbi, 2008.