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Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

Mar 12, 2023

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Khang Minh
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Page 1: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

EdiçãoNacional JORNAL DO BRASIL

Rio de Janeiro — Têrça-feirá, 29 de julho de 1969 Ano LXXIX — N.° 96

S. A. JORNAl DO BRASIL - Av.Rio Branco 110/112-- End. TW.JORBRASIL - Rio de Janeiro (GB)ZC-21 -Tel. Rode Interna 222-1818

T«lex números 674 e 678 —Sucursais: São Paulo — Av. SioLuís, 170, (o|a 7. Tel. 32-8702.Brasília — Setor Comercial Sul -S. C S. -— Quadra 1 - Bloco 1.Ed. Central, ó.o and., gr. 602-7.Tel. 42.8866. B. Horlionte - Av.Afonso Pena, 1 SOO, 9.° and. Ttl.'2-5848. Niterói - Av. AmaralPeixoto. 116, grupos 703/704.Tels. 5509 * 2-1730. Perto Alegre

Av. Borges de Medeiros, 915,A.° andar. Tel. 4-7566 Salvador

Rua Chile, 22, s/l 602, Tel.3-3161. Recife - Rua União, Ed.Sumaré, s/l 003. Tel. 2-5793. Cor-respondentes: Manaus, Belém, Sãoluis, Tereslna, Fortaleza, Natal,João Pessoa, Maceió Aracaju,Culabã, Vitória, Curitiba, Floria-nópolis, Goiânia, Montevidéu,Washington, Nova Iorque, Paris,londres. PREÇOS, VENDA AVUL-SA GB e Eslado do Rio: Diasúteis: NCr$ 0,30 — Domingos;NCr$ 0,40; SP e BH, Dias úteis,NCr$ 0,40; Domingos. NCrS 0,50;DF, Dias úteis. NCrS 0,50, Domin-goj, NCrS 0,60. Estadps do Sul;Dias úteis, NCrS 0,50; Domingos,NCr$ 0,75; Nordeate' (ati PB): Diasúteis NCrS 0,50; Domingos, NCr$0,75; Norte RN ati AM): Diasúteis, NCr$ 0,70; Domingos, NCr$1,10; Oeste (GO, MT): Dlaj úteis,NCrS 0,50; Domingos, 0,75. SER.VIÇO POSTAL (BRASIL): AnoNCr$ 70,00. Semestre, NCrS 36 00;Trimestre, NCrS 20,00 - ENTREGADOMIOILWR: Guanabara, Semes-fre, NCr$ 50,00; Trimestre, NCrS25,00 - Exterior (Via Aérea) -EUA: Mensal, US$ 10; Trimestre,USS 30; Argentina, PAS 70 e PIAS115; Uruguai $8, Dias úteis e SI 5,Domingos; Chile, Dias úteis 1,50escudos. Domingos, 2,70 escudos.

QUARENTENA DE TRABALHO Radlofoto UPI

BRASÍLIA

O Preocupado em impe-dir a poluição do espelhode água que cerca o Pala-cio Itamarati, seu vizinho,o Ministério da Saúde,destruiu grande parte dasplantas tropicais — especialmente as vitórias-régias e niníéias, importadas — que formam o jardim aquático desenhadopelo paisagista Burle Marx.Os remédios lançados àságuas do Itamarati, paraprevenir a proliferação delarvas de mosquitos oumesmo o desenvolvimentodos caramujos hospedeirosda esquistossomose, mata-ram todas as plantas queflutuavam na superfíciedo espelho, poupando ape-nas aquelas que se encon-travam em nível superior,protegidas pelas amuradasdos canteiros.

0 Delegações de todosos Estados e de seis paísescomeçaram a discutir, apartir de domingo, emBrasília, entre outros te-mas, a integração do áeíi-ciente mental na socieda-de, suas relações coma. legislação e suas liga-ções com o subdesenvolvimento. As discussõesestão sendo realizadas durante o II Congresso daAssociação Brasileira pa-ra o Estudo Cientifico daDeficiência Mental e noIV Congresso Nacional daFederação daí Associaçõesde Pais e Professores deDeficientes Mentais. Par-ticipam delegações do Chi-le, Venezuela, Inglaterra.Estados Unidos, Espanha,Portugal e do Brasil. En-tre os coníerenclstas estáo presidente da AssociaçãoInternacional para o Es-tudo Científico da Defici-ência Mental, o professor-Inglês Alexander Shapiro.

RIO GRANDE DO SUL

O A Universidade Pe-deral de Santa Maria épioneira na criação demultiversidades, termo nô-vo que, segundo o seu Bel-tor, professor José Maria-no da Bocha, significa acriação de campus univer-sitários múltiplos, orienta-dos para um desenvolvi-mento regional baseadona aplicação de técnicasmodernas. O primeirocampus avançado da Uni-versidade está sendo cria-do no Território de Borai-ma, com construções pia-nejadas junto à cidade deBoa Vista e uma área su-plementar de 1 700 hecta-res na Fazenda Bom In-tento, onde será desenvol-vido um plano experimental de agricultura epecuá-ria. O campus obterá re-cursos mediante convênioque a Universidade deSanta Maria firmará como Ministério do Interior ecom o Govêmo do Tem-tório. Para o Beitor JoséMariano da Bocha, a criação de campus avançadosé "o maior acontecimentono ensino nos últimos 50afios" e pretende sedimen-tar a iniciativa da Univer-sidade, buscando atraircapitais de empresas detodo o país para aplicaçãono Território de Boraima.

ESTADO DO RIO

O O Centro de Proces-namento de Dados do Es-tado está concluindo aprogramação referente aofuncionalismo e s t a d u ai,que mostrará o quadroexato do setor: número deservidores, funções, lota-ção, nivel intelectual evencimentos. Os funcio-nários foram obrigados,por decreto, a preenche-rem uma ficha, onde indi-cavam as condições fun-cionais e davam informa-ções de ordem pessoal efamiliar.

BAHIA

0 No dia 1.° o Governa-dor Luis Viana Filho assi-nará, com solenidade, umcontrato de financiamentocom o Banco Nacional deDesenvolvimento, para acomplementação de obrastie infra-estrutura do Cen-tro Industrial de Aratu. O

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Por trás do vidro, Aldrin, Collins e Armstrong dão informações aos técnicos

El Salvador recua hoje ouserá cons

El Salvador será declarado .paísagressor pela reunião de consulta daOrganização dos Estados Americanos(OEA) se não aceitar publicamenteaté a 1 hora de hoje (hora do Rio) aretirada de suas tropas dos territó-rios ocupados em Honduras.

Os observadores consideram quea intransigência de El Salvador, re-jeitando o ultimato da OEA, íortale-cera a linha dos que advogam posiçãomais enérgica da Organização, coma aplicação de sanções militares, deacordo com o Tratado Interamerica-no de Assistência Mútua, assinado noRio de Janeiro.

O presidente da reunião, AlfonsoLopez Michelsen, da Colômbia, afir-

Israel respondecom aviação aosataques da RAU

Em represália a intenso bombardeio de24 horas consecutivas, a Força Aérea israe-lense atacou ontem durante 45 minutos posi-ções de artilharia da BAU no canal de Suez.

O Secretário-Geral da ONU, U Thant,convocou uma reunião dos representantes dospaíses que colaboram na missão de observa-dores militares na região, depois da mortedo major sueco Roland Plane, atingido du-rante um combate de artilharia no canal.

Israel devolveu à RAU dois soldados eum civil prisioneiros, em troca de um soldadoisraelense, intercâmbio realizado sob a super-visão da Cruz Vermelha Internacional. (P. 9)

iderado agressormou que os Chanceleres adotarãouma "decisão inequívoca" a qualquermomento e que a opinião unânime éde não reconhecer as conquistas ter-ritoriais pela força.

El Salvador apresentou 11 con-trapropostas, que foram repelidaspelo Chanceler de Honduras, Tibúr-cio Carias Castillo, sob alegação deque as pretensões salvadorenhasconstituem franca intromissão nosassuntos internos de seu país.O Governo de Cuba desmentiucategoricamente a notícia de que te-ria oferecido a Honduras homens earmamentos. Acrescentou que o- con-flito não tem nenhum interessepara o povo cubano. (Página 12)

Reforma tira asúltimas dúvidasantes da adoção

A reforma da Carta de 1967 estará pron-. ta, na semana vindoura, para ser adotada porAto Institucional: os Ministros do SupremoTribunal Federal e os membros do Conselhode' Segurança Nacional dispõem desta semanaa fim de se pronunciarem sobre o texto doprojeto que lhes foi enviado, desfazendo asúltimas dúvidas sobre pontos controversos.

O Presidente Costa e Silva ainda não re-solveu se convocará o Conselho de SegurançaNacional para debater o projeto, ou se rece-berá por escrito apenas as apreciações indi-viduais de seus integrantes. Quanto à reines-sa da r e f o r m a ao Congresso, para re-ferendo, o Marechal-Presidehte só pensaránisso depois de suficientemente esclareci-do sobre todos os pontos da reformai(Página 3 e Coluna do Castello, página 4)

Nixon garante a Tailândiacontra invasão e subversão

O Presidente Richard Nixon ga-rantiu pntem ao Governo da Tailân-dia que os Estados Unidos cumprirãotodos os compromissos assumidos en-tre os dois países na luta contra qual-quer agressão externa ou subversãointerna, salientando em seu pronun-ciamento que Washington e Bancoc"compartilham o mesmo ideal de li-berdade."

Discursando ainda no aeroporto,Nixon procurou tranqüilizar os diri-gentes tailandeses, preocupados comsuas declarações anteriores segundoas quais os Estados Unidos preten-

diam deixar que os próprios asiáticosse incumbissem do esforço maior paradefender-se das eventuais agressõesna região.

Correm rumores insistentes emBancoc de que o Presidente Nixonfará amanhã uma rápida visita aoVietname do Sul, aproveitando o diareservado para descanso, em sua esta-da na Tailândia. A viagem já estariainclusive decidida, faltando apenasresolver qual das bases norte-ame-ricanas no Vietname oferece maiorsegurança para recebê-lo. (Página 8)

Mariner-6 começou hoje aenviar as fotos de Marte

A sonda norte-americana Ma-riner-6 começou a transmitir namadrugada de hoje suas primei-ras fotos de Marte, de uma dis-tancia de 1234 300 km; amanhãfotografará o planeta de uma ai-tura de apenas 3 200 km. Segundoos cientistas do Laboratório dePassadena, Califórnia, as fotos po-derão determinar se há possibili-dade de vida em Marte.

A partir desta noite os técni-cos esperam contar com os me-lhores dados já recebidos sobre o

planeta mais próximo da Terra.Lançado a 24 de fevereiro, o Ma-riner-6 fotografará principalmen-te as regiões equatoriais. Amanhãa sonda atingirá o ponto de má-xima aproximação, depois de en-viar 74 fotos.

Durante 19 horas o Mariner-6tomará imagens de Marte a cada37 minutos. Nessa altura do vôoterá percorrido 387 milhões dequilômetros em 156 dias. Porta-voz do Laboratório de Passadenainformou que a sonda "funciona

como um relógio." O Mariner-7,lançado em março, deverá tirar117 fotos a partir do momento emque se encontrar a 1 834 308 kmde Marte, sexta-feira. Para se-gunda-feira prevê-se sua passa-gem a 3 200 km do objetivo, numatrajetória mais próxima do equa-dor, cobrindo com cada fotogra-fia até 300 metros de extensão dosolo marciano. O Mariner-7 teráviajado, então, 317 milhões dequilômetros em 130 dias. (Pág. 11)

Muito titânio é surpresa na LuaUma percentagem surpreen-

dentemente alta de titânio entrana composição da poeira lunar,além de substancias como o felds-pato, a olivina e o piroxênio. Umaterça parte do material examina-do compõe-se de minúsculas esfe-ras de cristal colorido — de cas-tanho-escuro a amarelo — comdimensões variadas, desde algunsmícrons e décimos de milímetro.-

A informação foi prestadaontem à noite por técnicos da Ad-

ministração Nacional de Aeronáu-tica e Espaço dos Estados Unidos,após a análise preliminar da pri-meira caixa com sete quilos deamostras do solo lunar recolhidaspor Armstrong e Aldrin;

Algumas das pedras apresen-tam características de rochas tei1-restres de formação vulcânica.Nelas há sinais de' bolhas e gás.O geólogo Harold Urey, da Uni-versidade da Califórnia e PrêmioNobel de Química, declarou que

está considerando sua tese de quea Lua é um corpo frio e inerte,diante dessas primeiras infor-mações.

A segunda caixa de amostras,bem mais pesada — 17 quilos —deverá ser aberta dentro de 60 ho-ras, devido a problemas com asluvas negras que os cientistasusam para. mexer nas pedras,dentro do compartimento devácuo inteiramente isolado doambiente terrestre. (Página 11)

UM HERDEIRO PROTEGIDOmmww&A___\__7mt*~*>s T,j^*. iSWl \<||VI v^*«éM^mH DÜQidmij^lH IBh^HéhmB 'VMK4^J9ÉdCMCt9F1S^^__\_____^mxAwl .. *»* ^mti*?' **¦> ^^^hiW^I^Tfe aJr^^T^B TF^^BTinfSff^^F^H umWm^f^ Eif^UKnM^MBhaWl ^^MI^k*?MIwflp^^iWMSti ++fém***^ mmmW H^^^msm m^ff^^P^mt^ià^^imwmtnlÊ wÊr^BÊ wBKVmm ^¦St^Ji HiTijSai BCmb^hc1^"™*** * -— mmmmmW^m\mr^3SmÍmM9>r^ ^^^W _____}_*_ J!*wtm*__ 3K^*^ ^iL^ *mk ^"td^^MrH^fW^fcH^fcMftBL^^^^ *^^^BffWS fiB^PPPWC^SlBÍ^F*

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Enquanto o cisne-mãe continuaem seu ninho, chocando maisdois ovos, o cisne-pai passoutoda a tarde áe ontem com o pri-meiro cisne negro que nasceu noJarãim Zoológico, sexta-feira úl-Uma. Sua principal missão foiproteger o filhote dos ratos, quecostumam sempre atacar os ani-mais novos, e matá-los. O passeiopelo lago foi tranqüilo, emboraalgumas vezes o cisne-pai tivesseque espantar os ratos, com bica-ãas. O diretor ão Departamentode Parques revelou ontem que senascerem os três cisnes negros docasal Garrincha e Elsa Soares,eles terão os nomes de Arms-trong, Aldrin e Collins, em home-nagem aos cosmonautas que con-qitistaram a Lua. Se não vinga-rem os três, os que sobreviveremtalvez sejam denominados As-tronautas, apenas. (Página 5)

Uruguai sóexpulsa Manesapós julgá-lo

O exilado brasileiro Roberto EmílioManes, que foi preso perto de Montevidéunuma célula terrorista junto com cincomembros da organização Tupamaros, de-verá ser processado pela Justiça do üru-guai e cumprir pena no pais, para de-pois ser deportado para o Brasil, segun-do informaram ontem círculos policiaisuruguaios.

Com base no depoimento dos mem-bros presos do Movimento Revoluciona-rio 8, as autoridades da Marinha fica-ram sabendo que os terroristas já se pre-paravam para fazer uma tentativa deação guerrilheira, em Lajes, no interiorde Santa Catarina. As autoridades con-tinuam no encalço de cinco membros doMR-8 ainda em liberdade. (Página 1)

Paris lança aroupa de noivacom o busto nu

Um modelo de vestido de noiva emque o manequim aparece com o busto nue com uma minissaia presa por uma faixade jóias constitui a mais recente novidadedos lançamentos de Paris para a próximatemporada. A concepção é das modistasMia e Vick, que se anteciparam às apre-sentações oficiais e exibiram suas co-loções em desfile que causou sensação.

A criação das duas desenhistas — fa-voritas de Elizabeth Taylor — apresenta,como complementos, um amplo mantoflutuante de crepe branco e, no pescoço,um colar de diamantes em formato deestrela. Além da roupa de noiva, foramexibidas camisolas compostas • de frag-mentos dc várias cores, também mos-trando o busto nu. (P à g in a 12)

Estado mudaa legislaçãotributária

A legislação tributária. do Estado.em sua parte geral, foi alterada .ontempor decreto do Governador Negrão deLima que cancelou, ainda, débito do im-posto de indústria e profissões, 'da llcen-ça para localização e da taxa de pro-teção contra incêndio. O ato dispensade juros e multas moratórias tarifas nãopagas de água e esgoto.

O INPS foi anistiado do impostopredial devido ao Estado durante esteáno e nos exercícios seguintes: só serão.atingidos imóveis q.ie tenham sido objetode venda, promessa dc venda, cessão oupromessa de cessão de direitos. A alte-ração foi exigida pelo nôvo sistema tri-butário, mas' busca também simplificara forma vigente de tributação. (Pág. 14)

Câmara cassaa si própria evai à Justiça

João Pessoa (Correspondente) — ACâmara de São José da Lagoa Tapada,extinguiu-se quando o presidente, que éda Arena, cassou os quatro vereadores doMDB, por terem faltado a cinco sessõesconsecutivas, e os quatro do MDB cassa-ram, no dia seguinte, os três da Arena,incluindo o presidente do Legislativo.

Cabe, agora, ao Tribunal RegionalEleitoral resolver o impasse, pois os ve-readores da Arena impetraram mandadode segurança contra a decisão dos seu»colegas do MDB, e estes, por seu turno,também usaram do mesmo recurso con-tra a cassação que lhes tinha sido imposta.

Governo queralterar Fundode Garantia

O sistema de recolhimento do Fundode Garantia por Tempo de Serviçp deveráser alterado por decreto-lei, cujo projetojá se encontra em mãos dos Ministrosdo Planejamento, do Interior e do Traba-lho.

Segundo técnicos governamentais, onôvo sistema tem como principal obje-tivo proporcionar aos bancos arrecadadoresdo Fundo maior remuneração pelo servi-ço prestado.

O prazo médio em que os estabeleci-mentos bancários retêm esses recursos emsuas caixas será mantido em 45 dias e amaior remuneração será obtida através dasimplificação do sistema de recolhimento.O índice de saques por desemprego au-mentou muito êste ano. (Página 19)

financiamento será de ...NCr$ 26 milhões, que se-rão aplicados principal-mente em obras de esgo-tos, canalização e, princi-palmente, na pavimenta-ção da Estrada Cia—Aero-porto.

O Foi publicado no Diá-rio Oficial decreto do Go-vernador Luís Viana Fi-lho, criando a Medalha doMérito Educacional da Ba-hia, «serconferida,anual-

mente, a três professoresefetivos dos níveis superlor, médio e primário, quetenham se destacado noexercício da profissão. Se^gundo o decreto, a entregaserá feita no dia 26 de ju-lho de cada ano. Dia doProfessor, e só em caráterexcepcional a medalha po-dera ser conferida "a per-sonalidade que tenha con-tribuído de modo relevan-te para o desenvolvimentoeducacional do Estado."

MINAS GERAIS

O O ETTRA — EscritórioTécnico de RacionalizaçãoAdministrativa do Govêr-no mineiro — está acei-tando qualquer sugestãode todo funcionário quetenha uma idéia para so-luclonar os problemas noServiço Público. Numaconvocação geral ao fun-clonalismo público esta-dual, o Sr. Raimundo No-

nato de Castro, diretor doETRA, diz que "até o Go-vernador e os Secretáriosde Estado poderão partici-par efetivamente dos es-forços para a execução dareforma administrativa emMinas, ajudando o Estadoa torná-la realidade emprazo mais curto."

9 Os primeiros 150 dos700 estudantes universitá-rios do Projeto Rondon IVretornaram de Montes

Claros, onde deram assis-téncia social às populaçõesde 12 cidades vizinhas.Participaram da operação,universitários de Sáo Pau-lo, Santa Catarina, Rib!Grande do Sul e MinasGerais, que- foram distri-buídos em oito setoresgeográficos nas regiões do^Jequitinhonha e Paracatu.iNo local, eles se dividiramem setores de agropecuá-ria, educação, saúde, téc-nico e sócio-econõmico.

SÃO PAULO

O Três andarilhos, quejsuiram de Montevidéu em1fevereiro, estão vendendoo seu sangue para custeara viagem até o México eassistir à Copa do Mundo'em 1970. Os jovens sãoFrancisco Sousa Santos,d3 23 anos. e AdalbertoCoimbra Helzer, de 19anos, gaúchos de PortoAlegre, e Júlio Hector

Dias, de 15 anos, residenteiem Montevidéu. Agora, em;São Paulo, eles estão dor-jmindo na 8.a Delegacia de;Promoção Social, após te-rem desfeiro a suspeita devadiagem que os mantevepresos durante 40 minutos.

# O Instituto Butantã,1de São Paulo, realizará, apartir desta semana, umacampanha educativa naqual ensinará métodos pa-ra caçar cobras, das quais

depende para a fabricação]do soro antioíidico, quelabastece todo o Brasil, sen- jdo também exportado pa-jra alguns paisps. Atual-jmente, o Butantã está pre-parando 100 doses de sôrolantioíidico para os Índiosda ilha do Bananal e paraa proteção dos trabalha-dores que estão abrindoestradas no Norte do pais.O Instituto está distri-buindo laços e caixas,acompanhados de um fo-

lheto explicativo e, a cadacobra recebida, a organi-zação dará um ampola desoro antlofídico. Segundoos funcionários do Institu-to. o ofL-recimento de umar.mpola de soro ao caçadorque enrregar um cobra éuma medida que visa &deípertar o interesse doshabitantes de regiões ondehá grandes matas. As no-vas cobras possibilitam aformação de estoques desoro.

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Page 2: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

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Tempo i bom, novoei.rn poln niiinliS. Tempo.riitiint: cm cluvagíin.Veiiios: vuriáveis, fra-con. Visiliil.: hon apóso nevoeiro. Máx.: 28,2.Min.: 1,1,7. (Detalhesna l.a pág. C. Claeeif.) -

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JORNAL DOEio de Janeiro — Terça-feira, 29 de julho de 1969

BRASILAno LXXIX — N.o 96

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8. A. JORNAL DO BRASIL -Av. Rio Branco, 110/112- End,Tol. JORBRASIL - Rio de Ja-nelro (GB), ZC-21 - Tol.Rode Interna 222-1818 — Telexnúmeros 674 e 678 — Sucur-sais: São Paulo — Av. São"luis,

170, loia 7. Tel. 32-8702.Brasília — Setor Comercial Sul— S.C.S. — Quadra 1 — Blo-co 1. Ed. Central, 6.° and. gr.602-7. Tel. 42-8866. B. Horbon-le — Av. Afonso Pena, 1 500,o.° and. Tel. 2-5848. Niterói --Av. Amaral Peixoto, 116, gru-pos 703/704. Tels. 5509 e1730. Porto Alegre — Av.Borges de Medeiros, 915, 4."andar. Tel. 4-7566, Salvador —Rua Chile, 22, s/l 602. Tel.3-3161. Recife — Rua União,Ed. S u m a r é, s/1 003. Tel.2-5793. Correspondentes: Ma-naus, Belém, S. Luís, Tercsina,Fortaleza, - Natal, João Pessoa,Maceió, Aracaju, Cuiabá, Vitória,Curitiba, Florianópolis, Goiânia,Montevidéu, Washington, NovaIorque, Paris, Londres. PREÇOS,VENDA.AVULSA GB e E. doRio: Dias úteis: NCr$ 0,30 —Domingos: NCr$ 0,40; SP e BHiDias úteis, NCr$ 0,40; Domingos, NCr$ 0,50; DF: Dias úteis,NCr$ 0,50; Domingos, NCr$0,60. Estados 'do

Sul: Dias úteis,NCr$ 0,50; Domingos, NCrS

¦ 0,75; Nordeste (até PB): Diasúteis, NCrS 0,50; Domingos,NCr$ 0,75. Norte (RN até AM):Dias úteis, NCr$ 0,70; Domingos, NCr$ 1,10; Oeste (GOMT): Dias úteis, NCrS 0,50;Domingos, NCr$ 0,75. SERVIÇOPOSTAL (BRASIL): Ano NCrS70,00; Semestre, NCr$ 36,00;Trimestre, NCrS 20,00 — EN-TREGA DOMICILIAR: Guanabara. Semestre: NCr$ 50,00; Tri-mestre, NCr$ 25,00 — Exterior(V. Aérea) — EUA: Mensul,US$ 10; Trimestre: USS 30;Argentina, PAS 70 e PAS 115,Uruguai, $8, Dias úleis e $15,Domingos; Chile, Dias úteis1,50 escudo; Domingos, 2,70escudos.

QUARENTENA DE TRABALHO ¦idlofoto UPI

ACHADOS EPERDIDOSARMAZÉNS GERAIS SANTAEDWIGES LTDA., pede a quemenncontrar o seu cartão de Incrição«stadual 181 047.00 que telefonepara 234-2558 ou entregar nolocal. Gratificamos.DOCUMENTOS EXTRAVIADOS. 1— Carteira de Habilitação; 2 -Carteira modelo n.o 19 de David

. Nussen Acucícover. Av. GraçaAranha, 333 — 5.» andar - s5K).DOCUMENTOS EXTRAVIADOS" -1 . Licença"; 2. Certificado dePropriedade; 3. Talão de Segurode Automóvel Volks, chapa n.°29-12-39-GB; 4. Carteira de Ha-hilitação de Clarice Frajblat. A*;..David Nussen Acucicover. Av.Graça Aranha, 333 - s|510.FOI perdida a carteira da Ordemdos Músicos do Brasil n.o 6 992pertencente • José Horácio Cor-deiro.FOI perdido antro Cascadura tAbolição uma carteira ds identi*dada modelo 19 Sr. Joaquim daSilva Fernandes. Trav. Godinlioda Cosia 44.GRATIFICO achado documentosimportantes perdidos sábado 26esquina Av. Atlântica — PrincesaIsabel te, 223-2090 • 246-9003-_ThaUa._GUMERCÍNDO ALVES LÕPÉS

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CIA. LTDA., declara que ácha-scextraviado o talão de notas fiscaisde n? 2 251/2 301 série B, desdeo dia 24/7/69.PERDEU-SE documentos em nomede Pedro Beildeck, na Estrada Rio-Fetrópolis, no bar ao lado doposto, cerca de Caxias. Gratificale a quem devolver. eTI. 237-5749Sr. Beno.PERDEU-SE os documentos seguin-tes: Recibo da Ia. Cota do Impôs-1o de Renda de 1966 no valorde NCrS 68,00 e o Recibo doAdicional de Renda (restitulvel)de 1964, correspondente à 3aCota, de NCr$ 5,70, pertencentest Lázaro Aiub Hijjar, Rua Barãodo Itapagipe, 118, loia GB, Pede-ie entregar nesse endereço.PERDEU-SE cartão do F.R.R.I., n9199 069.00 da firma IMPORT. SAOTOME CERAIS LTDA., estabelecidara Rua Cap. Félix, 16|28, PraçaGeral 13/14.PERDEU-SE cart. ostrang., mod. 19de Artur .Silva' da Fonseca, filhocie Guilhérmina Rosário Silva, Ma-nuel da Fonseca Novo, nascido emLorvão a 20 de Junho de 1946,registr. n.o 282 a fl. 14 do anode 1946 a 10 de julho de 1946.PERDEU-SE num taxi DKW, dia28/7, trajeto Bento Lisboa a RuaSenador Dantas, um livro conten-rio 18 promissótras no valor dcNCr$ 500,00 cada uma. Favor en-tregar na R. Treze de Maio n.°33, 19 andar Caixa Econômicaao Sr. João Ferreira.PERDEU-SE cart. d» identidacl. -mod. 19 dt Henrique Rodrigues,lohadc em Cascadura — Quemachar por favor entregar na RuaEmfÜo Meneses n. 49 — Pieda-da - T»l. 229-9185.

.PERDEU-SE o cartão do DRM n.°140072.00 da firma D Accioly ECIA. Ltda. Gratifica-se a quemo.i encontrar:SÁBADO, às 11 horas da manhãnum táxi, carro pequeno, tomadoem frente à casa A ÓTICA, naRua Buenos Aires esquina da Ruada Quitanda, que se dirigiu para< redação do CORREIO DA MA-NHA,' na Avenida Gomes Freire,«471, foi deixado um óculos degrau, em embalagem de A OTI*CA. Compensa-se bem a quementregá-lo, na redação do Correioda Manhã.

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Por trás do vidro, Aldrin, Collins e Armstrong dão informações aos técnicos

El Salvador recua hoje ouserá considerado

El Salvador será declarado paísagressor pela reunião de consulta daOrganização dos Estados Americanos(OEA) se não aceitar publicamenteaté a 1 hora de hoje (hora do Rio) aretirada de suas tropas dos territó-rios ocupados em Honduras.

Os observadores consideram quea intransigência de El Salvador, re-jeitando o ultimato da OEA, fortale-cera a linha dos que advogam posiçãomais enérgica da Organização, corria aplicação de sanções militares,, deacordo com o Tratado Interamerica-no de Assistência Mútua, assinado hoRio de Janeiro.

O presidente da reunião, ÁlfonsoLcpez Michelsen, da Colômbia, afir-

Israel respondecom aviação aosataques da RAU

Em represália a intenso bombardeio de24 horas consecutivas, a Força Aérea israe-lense atacou ontem durante 45 minutos posi-ções de artilharia da RAU no canal de Suez.

O Seeretário-Geral da ONU, U Thant,convocou uma reunião dos representantes dospaíses que colaboram na missão de observa-dores militares na região, depois da mortetio major sueco Roland Plane, atingido du'-rante um combate de artilharia no canal.

Israel devolveu à RAU dois soldados eum civil prisioneiros, em troca de um soldadoisraelense, intercâmbio realizado sob a super-visão da Cruz Vermelha Internacional. (P. fl)

agressormou que os Chanceleres adotarãouma "decisão inequívoca" a qualquermomento e que a opinião unânime éde não reconhecer as conquistas ter-ritoriais pela força.

El Salvador apresentou 11 con-trapropostas, - que foram repelidaspelo Chanceler de Honduras, Tibúr-cio Carias Castillo, sob alegação deque as pretensões salvadorenhasconstituem..franta..intromissão nosassuntos internos de seu país..

O Governo de Cuba desmentiucategoricamente a notícia de que te-ria oferecido a Honduras homens earmamentos. Acrescentou que o con-flito não tem nenhum interessepara o povo cubano. (Página 12;

Reforma tira asúltimas dúvidasantes da adoção

A reforma da Carta de 1967 estará pron-ta, na semana vindoura, para ser adotada porAto Institucional: os Ministros do SupremoTribunal Federal e os membros do Conselhode Segurança Nacional"Tlispõem. desta semanaa fim de se pronunciarem sôbre o texto doprojeto que lhes foi enviado, desfazendo asúltimas dúvidas sôbre pontos controversos.

O Presidente Costa e Silva ainda não re-solveu se convocará o Conselho de SegurançaNacional para debater o projeto, ou se rece-berá por escrito apenas as apreciações indi-viduais de seus integrantes. Quanto à remes-sa da reforma ao Congresso, para re-ferendo, o Marechal-Presidente sô pensaránisso depois de suficientemente esclareci-do sôbre todos os pontos da reforma.(Página 3 e Coluna do Castello, página i)

Nixon garante a Tailândiacontra invasão e subversão

O Presidente Richard Nixon ga-rantiu ontem ao Governo da Tailân-dia que os Estados Unidos cumprirãotodos os compromissos assumidos en-tre os dois países na luta contra qual-quer agressão externa ou subversãointerna, salientando em seu pronun-ciamento que Washington e Bancoc"compartilham o mesmo ideal de li-berdade."

Discursando ainda no aeroporto,Nixon procurou tranqüilizar os diri-gentes tailandeses,' preocupados comsuas declarações anteriores segundoas quais os Estados Unidos preten-

diam deixar que os próprios asiáticosse incumbissem do esforço maior paradefender-se das eventuais agressõesna região.

Correm rumores insistentes eniBancoc de que o Presidente Nixonfará amanhã uma rápida visita aoVietname do Sul, aproveitando o diareservado para descanso, em sua esta-da na Tailândia. A viagem já estariainclusive decidida, faltando apenasresolver qual das bases norte-ame-ricanas no Vietname oferece maiorsegurança para recebê-lo. (Página 8)

Mariner-6 começou hoje a•JF

enviar as fotos de MarteA sonda norte-americana Ma-

riner-6 começou a transmitir namadrugada de hoje suas primei-ras fotos de Marte,, de uma dis-tancia de 1234 300 km; amanhãfotografará o planeta de uma ai-tura de apenas 3 200 km. Segundoos cientistas do Laboratório dePãssadena, Califórnia, as fotos po-derão determinar se há possibili-dade de vida em Marte.

A partir desta noite os técrii-cos esperam contar com os me-lhores dados já recebidos sôbre o

planeta mais próximo da Terra. .Lançado a 24 de fevereiro, o Ma-riner-6 fotografará principalmen-te as regiões equatoriais. Amanhãa. sonda atingirá o ponto de má-xima aproximação, depois de en-viar 74 fotos.

Durante 19 horas o Mariner-6tomará imagens de Marte a cada37 minutos. Nessa altura do vôoterá percorrido 387 milhões, dequilômetros em 156 dias. Porta-voz do Laboratório de Pãssadenainformou que a sonda "funciona

como um relógio." O Mariner-7,lançado em março, deverá tirar117 fotos a partir do momento emque se encontrar a 1 834 308 kmde Marte, sexta-feira. Para se-

• gunda-feira prevê-se sua passa-gem a 3 200 km do objetivo, numatrajetória mais próxima do equa-dor, cobrindo com cada fotogra-fia até 300 metros de extensão dosolo marciano. O Mariner-7 teráviajado, então, 317 milhões dequilômetros em 130 dias. (Pág. 11),

Muito titânio é surpresa na LuaUma percentagem surpreen-

dentemente alta de titânio entrana composição da poeira lunar,além de substancias como o felds-

-patota olivina e o piroxênio. Umaterça parte do material examina-do compõe-se de'minúsculas esfe-ras de cristal colorido — de cas-tanho-escúro a amarelo — comdimensões variadas,- desde algunsmícrons e décimos de milímetro.

A informação foi prestadaontem à noite por técnicos da Ad-

ministração Nacional de Aeronáu-tica e Espaço dos Estados Unidos,após a análise preliminar da pri-meira caixa com sete quilos de •amostras do solo lunar recolhidaspor Armstrong e Aldrin.

Algumas das pedras apresen-tam características de rochas ter-restres de formação vulcânica.Nelas há sinais de bolhas e gás.O geólogo Harold Urey, da Uni-versidade da Califórnia e PrêmioNobel de Química, declarou que

está considerando sua tese de quea Lua é um corpo frio e inerte,diante dessas primeiras infor-mações." A segunda caixa de amostras,bem mais pesada — 17 quilos —deverá ser aberta dentro de 60 ho-ras, devido a problemas com asluvas negras que os cientistasusam para mexer nas pedras,dentro do compartimento devácuo inteiramente isolado doambiente terrestre. (Página 11)

UM HERDEIRO PROTEGIDO_d_Ts*_H__¦_ *w+*~f ._!__ ü&t mMr^ ^_L^**4_K_ta__-H __^_____2________H ______i^___S______________l_P_________l__^H_tV_TJr « Trr*mk9i______w^ __, ^m^mw **?_»* ^^^^_^_H^^_^_K _^_r^^^__H_l SV^Q—I—K-J—I—B _^K_^_^_»^_m_K^__Sl^_3 _Pk^_BI l^_V^0?_^_i_I^_F^_m»i__TíSÍ'^__2d_fe_____7 *'* *?<••¦»•** ^Mm___\*mm_*__fít'V_\\^

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Enquanto o cisne-mãe continuaem seu ninho, chocando maisdois ovos, o cisne-pai passoutoda a tarde ãe ontem com o pri-meiro cisne negro que nasceu noJardim Zoológico, sexta-feira úl-tima. Sua principal missão foiproteger o filhote dos ratos, quecostumam sempre atacar os ani-mais novos, e matá-los. O passeiopelo lago foi tranqüilo, emboraalgumas vezes o cisne-pai tivesseque espantar os. ratos, com bica-das. O diretor do Departamentode Parques revelou ontem que senasceremos três cisnes negros docasal Garrincha e Elsa Soares,eles terão os nomes de Arms-trong, Aldrin e Collins, em home-nagem aos cosmonautas que con-quistaram a Lua. Se não vinga-rem os três, os que sobreviveremtalvez sejam ãenominaâos As-tronautas, apenas. (Página 5)

Uruguai sóexpulsa Manesapós julgá-lo

O exilado brasileiro Roberto EmilioManes, que foi preso perto de Montevidéunuma célula terrorista junto com cincomembros da organização Tupamaros, de-verá ser processado pela Justiça do Uru-guai e cumprir pena no país, para de-pois ser deportado para o Brasil, segun-do informaram ontem círculos policiaisuruguaios.

Com base no depoimento dos mem-bros presos do Movimento Revoluciona-rio 8, as autoridades da Marinha fica-ram sabendo que os terroristas já se pre-paravam para fazer uma tentativa deação guerrilheira, em Lajes, no interiordc Santa Catarina. As autoridades con-tinuam no encalço de cinro membros doMR-8 ainda em liberdade. (Página 7J

Paris lança aroupa de noivacom o busto nu

TJm modelo de vestido de noiva emque o manequim aparece com o busl o nue com uma minissaia presa por uma faixade jóias constitui a mais recente novidadedos lançamentos de Paris para a próximatemporada. A concepção é das modistasMia e Vick, que se anteciparam às apre-sentações oficiais e exibiram suas co-leções em desfile que causou sensação.

A_criação das duas desenhistas —' fa-voritas de Elizabeth Taylor — apresenta,como complementos, um amplo mantoflutuante de crepe branco e, no pescoço,um colar de diamantes em formato deestrela. Além da roupa de noiva, foramexibidas camlsolas compostas de frag-mentos de várias cores, também mos-trando o busto nu. (P á g in a 12)

Estado n ^ aa legislação:tributária

i ¦¦ .

A legislação tributária do Estado,em sua parte geral, foi alterada ontempor decreto do Governador Negrão deLima que cancelou, ainda, débito do im-posto de indústria e profissões^ da licen-ça para localização e da taxa de pro-teção contra incêndio. O ato dispensade juros e multas moratórias tarifas nãopagas de água e esgoto.

O INPS foi anistiado do impostopredial devido ao Estado durante esteano e nos exercícios seguintes: só serãoatingidos imóveis que tenham sido objetode venda, promessa de venda, cessão oupromessa de cessão de direitos. A alte-ração foi exigida pelo novo sistema tri-butário, mas busca também simplificara forma vigente de tributação. (Pág. 14j

ra cassaa si própria evaia Justiça

João Pessoa (Correspondente) — ACâmara de São José da Lagoa Tapadaextinguiu-se quando o presidente, que éda Arena, cassou os quatro vereadores doMDB, por terem faltado a cinco sessõesconsecutivas, e os quatro do MDB cassa-ram, no dia seguinte, os três da Arena,incluindo o presidente do Legislativo.

Cabe, agora, ao Tribunal RegionalEleitoral resolver o impasse, pois os ve-readores da Arena impetraram mandadode segurança contra a decisão dos seuscolegas do MDB, e estes, por seu turno,também usaram do mesmo recurso con-tra a cassação que lhes tinha sido imposta.

Governo queralterar Fundode Garantia

O sistema de recolhimento do Fundode Garantia por Tempo de Serviço deveráser alterado por decreto-lei, cujo projetojá se encontra em mãos dos Ministrosdo Planejamento, do Interior e do Traba-lho.

Segundo técnicos governamentais, onovo sistema tem como principal obje-tivo proporcionar aos bancos arrecadadoresdo Fundo maior remuneração pelo servi-ço prestado.

O prazo médio em que os estabeleci-mentos bancários retêm esses recursos emsuas caixas será mantido em 45 dias e amaior remuneração será obtida através dasimplificação do sistema de recolhimento.O índice de saques por desemprego au-mento.ii muito este ano. (Página 19)

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4 Ú fi¦ _f :

Page 3: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

Ü. INTERNACIONAL JORNAL DO BRASIL ? Têrça-folra, 29/7/69 Q -. 1.? Caderno .

¦. I

Uganda pede ação da Igreja naÁfrica contra o colonialismo

FESTA EM KAMPÂLA Radlofolo UPI.

Kampala (APP-UPI-JB) — A doisdias da chegada do Papa Paulo VIa Kampala, o Ministro do Exterior doUganda, Sam Odaka, fêz ontem umapelo à Igreja Católica para que em-pregue "Wdas as armas morais ao seualcance" com 'o íim de expulsar as"forças do. mal" da Rodésla, Áfricado Sul, Angola e Moçambique.- Falando na sessão 'Inaugural daprimeira assembléia episcopal aí rica-na, cuja' última reunião será presidi-da quinta-feira por Paulo VI; Odakaafirmou que, "na África do Sul, naRodésla e nos territórios ocupados porPortugal, a vida se tornou intolerávelpara a maioria em virtude de um sls-

tema desconfortante dc degradaçãohumana."

O Cardeal Paul Zoungrana, doAlto Volta, pediu aos 51 prelados queparticipam da assembléia a criação deuma organização pan-africaria perma-nente.com o objetivo de ilustrar "asconsciências com fins de maior justl-ça e equidade em lugares como o Su-dão, Blaíra e até mesmo Angola e oapartheid na África do Sul."

Zoungrana, um dos mais antigosCardeais da África, afirmou que aIgreja Católica "perde velocidade"perante o mundo moderno e que osprelados devem adotar posições maisfirmes com relação a opressão racial.A conferência reúne no Instituto Pas-

toral de Gaba, próximo a Kampala.os sete cardeais africanos e 44 ar-cebispos'e bispos.

Em Castel Oandolfo, o Papa PauloVI exortou os homens a promover oprogresso com a mesma doação e de-slnterêsse dos 22. mártires africanosque homenageará durante sua estadaem Uganda.

Ao receber as credenciais do pri-meiro Embaixador de Uganda na San-ta Sé, George Kamba, que é protes-tante, Paulo VI declarou que mia via-gem a Kampala é "dedicada aos va-lentes é Jovens mártires que UgandadeU à Igreja e a todo o mundo, ecujo sacrifício tanta honra trouxe VÁfrica."

Biafra propõe trégua pelo Papa• Lagos (AP-AFP-TJPI-JB) — O 11-der de Blafra, General OdumegwuOJukwu, propôs ontem uma tréguaque seria cumprida durante os diasem que o.Papa Paulo VI permanecerUganda, a partir de quinta-feira.

Em pronunciamento transmitidopela rádio de Biafra, Ojulcwu afirmouque a trégua constituirá um passopara a solução do conflito civil nige-flano e será "em honra da presençado Santo Padre em solo africano."Acrescentou que "se a África não po-

de ter uma paz permanente deveriaassegurar que reinasse a paz durantea visita de Sua Santidade."PAZ

Em Uganda, aflrmou-se que aNigéria e a Blafra aceitaram propostado Papa Paulo VI para atuar comomediador na guerra civil nigeriana,que Já dura dois anos.

O Papa, falando anteontem cmCastelgandolfo a um grande númerode peregrinos, disse que conferência-

rá com as duas partes em conflito seas mesmas enviarem representantes aUganda quando de sua presença.nocontinente africano. Contudo, nãomencionou seu, desejo de atuar comomediador como fizera anteriormente.

A imprensa de Lagos, capital daNigéria, interpretou a noticia da no-meação do dirigente Anthony Enaho-ro para chefe da delegação nigerianaque viajará a Uganda para saudar oPapa como importante iniciativa ds;paz do Governo da Nigéria.

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Portugalé criticadona ONU

Nações Unidas (APP-AP-UPI-JB) — Por 11 votos a zeroe com abstenções dos EstadosUnidos, Grã-Bretanha, Françae Espanha, o Conselho de Se-gurança das Nações Unidasaprovou moção afro-asiátlcaque censura energicamente oGoverno português por "seusataques aéreos a Zâmbia."

Portugal foi advertido de quao Conselho adotaria medidasmais severas, se não'cessaremos ataques. Foi também sollcl-tado a repatriar, com urgênciaos civis de Zâmbia capturadospelas tropas portuguesas e arèstituir os bens apreendidosem território zamblano.

ABSTENÇÃO

Os quatro países que se abs-tiveram de votar a resoluçãopatrocinada pelo bloco afro-asiático, disseram que, emborasejam contrários a qualqueração portuguesa em territórioafricano, os incidentes especifi»cos deveriam ter sido investi»gados no local.

Zâmbia afirmou que o ataquaaéreo de Portugal, no dia 30de junho último, custou a vidade duas pessoas e íoi lançadode Moçambique. Portugal ar-gumentou qúe Zâmbia abrigaos rebeldes africanos que lutamcontra as forças portuguesasem Moçambique e Angola.

DESMENTIDO

O Seoretário-Geral das Na-ções Unidas, U Thant, distri-buiu nota oficial desmentindoque pretenda renunciar a seumandato que expira a 31 dedezembro de 1971.

A nota afirma que "U Thantnão pretende renunciar e estádisposto a servir pelo resto doperiodo."

Terror gregodanificaoito carros

Atenas (AP-JB) — Oito au-. tomóveis do pessoal militar da

Embaixada dos Estados Unido3na Grécia foram danificados oudestruídos por bombas terro-ristas nas últimas 72 horas, se-gundo fonte norte-americana.

Entre os carros avariados es-tã o do adido militar dos EUA,coronel Raymond A q u i 11 n a,perto de Atenas. Pelo menosum automóvel íoi destruído pe-los teiToristas em um dos su-búrbios residenciais do Norte dacapital grega. A explosão foitão violenta que danificou ou-tros três veículos estacionadosnas proximidades do atentado. ,

Salvos 114polonesessoterrados

Varsóvia (UPI-JB) — Comajuda de uma perfuratriz em-prestada pela Alemanha Ocl-dental e de peritos de quasetodos os países da Europa Ori-ental, 114- mineiros polonesesforam salvos ontem de umamina. Inundada por água e la-ma a 400 metros de proíundi-dado.

Segundo as autoridades po-lonesas, apenas o mineiro Ma-rian Derej morreu no desastre.Seu corpo foi levado à superfi-cie pelos companheiros, todosrecebidos com gritos de alegriana mina Zawabski.

«Dinheiro"em japonês

Dinheiro: iSo bom aqui eomono Extremo Oriente. Desde qu»o inventaram, inventaram tam-bém meios de multiplicá-lo, Eum dos meios mais seguros •rentáveis é o que a VERBA lhaofereça através de suas

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Page 4: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

2 - INTERNACIONAL SEGUNDO CLICHÊ ,4*'

Uganda pede ação da Igreja naAfrica contra o colonialismo

FESTA EM KAMPALA Radiofoto UPI

JORNAL DO BRASIL ? Terça-feira, 29/7/69^0^.1.? Caderno**""~ •-" -i 'T • ml ia—mi

Portugalé criticadona ONU

Kampala (AFP-UPI-JB) -r- A doisdias da chegada do Papa Paulo VIa Kampala, o Ministro do Exterior deUganda, Sara Odaka, fêz ontem umapelo à Igreja Católica para que em-pregue "todas as armas morais ao seualcance" com o fim dc expulsar as"forcas do mal" da Rodésia, Africado Sul, Angola e Moçambique.

Falando na sessão Inaugural daprimeira assembléia episcopal africa-pa, cuja última reunião será presidi-da quinta-feira por Paulo VI, Odakaafirmou que, "na Africa do Sul, naItodcsia e nos territórios ocupados porPortugal, a.vida se tornou Intolerávelpara a maioria em virtude de um sis-'

tema desconfortante de degradaçãohumana."

O Cardeal Paul Zoungrana, doAlto Volta; pediu aos 61 prelados quaparticipam da assembléia a criação deuma organização pan-afrlcana perma-nente com o objetivo de ilustrar "asconsciências com fins de maior justl-ça e equidade em lugares como o Su-dão, Biafra e até mesmo Angola e oapartheid.na Africa do Sul."

Zoungrana, Um dos mais antigosCardeais da Africa, afirmou que aIgreja, Católica "perde velocidade"perante o mundo moderno' e que osprelados devem adotar posições maisfirmes com relação à opressão racial.A conferência reúne no Instituto Pas-

toral de Gaba, próximo a Kampala,.os sete cardeais africanos e 44 ar-cebispos e bispos.

Em Castel Gandolfo, o Papa PauloVI exortou os homens a promover oprogresso com a mesma doação e de-sinterêsse dos 22 mártires africanosque homenageará durante sua estadaem Uganda.

Ao receber as credenciais do pri-meiro Embaixador de Uganda na San-ta Sé, George Kamba, que é protes-tante, Paulo VI declarou' que sua via-gem a Kampala é "dedicada aos va-lentes e Jovens mártires que Ugandadeu à Igreja e a todo o mundo, ecujo sacrifício tanta honra trouxe èAfrica." .

Biafra propõe trégua.pelo PapaLagos (AP-AFP-UPI-JB) — O li-

der de Biafra, General OdumegwuOJukwu, propôs ontem uma tréguaque seria cumprida durante os diasem que o Papa .Paulo VI permanecerUganda, a partir de quinta-feira.

Em pronunciamento transmitidopela rádio de Biafra, Ojukwu afirmouque a trégua constituirá um passopara a solução do conflito civil nlge-riano e será "em honra da presençado Santo Padre em solo africano."Acrescentou que "se a África não po-

de ter uma paz permanente deveriaassegurar que reinasse a paz durantea visita de Sua Santidade."PAZ

Em Uganda, afirmou-se que aNigéria e a Biafra aceitaram propostado Papa Paulo VI para atuar comomediador na guerra civil nigeriana,que já dura dois anos.

O Papa, falando anteontem cmCastelgandolfo a um grande númerode peregrinos, disse que conferência-

rã com as duas partes em conflito seas mesmas 'enviarem representantes aUganda quando • de sua presença nocontinente africano. Contudo, nãomencionou seu desejo de atuar como .mediador como fizera anteriormente.

A imprensa de Lagos, capital daNigéria, interpretou a notícia da no-meação do dirigente Anthony Enaho-ro para chefe da delegação nigerianaque viajará a. Uganda para saudar oPapa como importante iniciativa dopaz do Governo da Nigéria.

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Nações Unidas (AFP-AP-UPI-JB) — Por 11 votos a zeroe com, abstenções dos EstadosUnidos,' Grã-Bretanha, Françae Espanha, o Conselho de Se-gurança das Nações Unidasaprovou moção afro-asiátleaque censura energicamente oGoverno português por "seusataques aéreos a Zâmbia."

Portugal foi' advertido de quso Conselho adotaria medidasmais severas, se não cessarem.os ataques. Foi também solicl-tado a repatriar com urgênciaos civis de Zâmbia' capturadospelas tropas portuguesas e arestituir os .bens apreendidosem território zamblano.

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Os quatro países que se abs-tiveram de votar a resoluçãopatrocinada pelo bloco' aíro-asiático, disseram que, emborasejam contrários a qualqueração portuguesa em territórioafricano, os incidentes especlfi-cos deveriam ter sido investügados no local.

Zâmbia afirmou que o ataqueaéreo de Portugal, no dia 30de junho último, custou a vidade duas pessoas e foi lançadode Moçambique. Portugal ar-gumentou que Zâmbia abrigaos rebeldes africanos que lutamcontra as forças portuguesasem Moçambique e Angola.

DESMENTIDO

O Secretário-Geral das Na-ções Unidas, U Thant, distri-buiu nota oficial desmentindoque pretenda renunciar a seumandato que expira a 31 dedezembro de 1971.

A nota afirma que "U ThanJ;não pretende renunciar e estádisposto a servir pelo resto doperiodo."

. Lairdquer armasquímicas

Washington (AP-JB) — OSecretário da Defesa, MelvinLaird, afirmou ontem que osEstados Unidos devem manrerem estoque agentes químicos ebiológicos para fins bélicos, pa-ra dissuadir outras nações deum ataque com esse tipo dearmas contra o pais.

Laird formulou o comenta-rio ao discutir com um grupode universitários a convenlên-cia de manter reservas para aguerra químico-blológica. Dis-se que a União Soviética pos-sul atualmente "estoques maio-res de armamentos químico-biológicos que os Estados Uni-dos." Frisou que "nós nuncaos utilizaremos primeiro, po-rém recorreremos a eles sequalquer nação cometer a es-tupidez de utilizá-los contranós."

Humplireyanuncia suacandidatura

•Washington fAFP-UPI-JB), — O ex-Vice-Presidante Hu-

bert Huniiphrey anunciou on-tem que poderá pcstular suacandidatura ao Seni-ulo, peloPartido Democrata, nelo Estadode Minnesota,'em 1970.

Falando à imprensa, Humph-rey observou que o SenadorEugene McCarthy decidiu re-nunciar a uma possível can-didatura. O candidato derrota-do à Presidência dos EstadosUnidos anunciou que dará aconhecer sua decisão definlti-va "no momento oportuno" edepois de ter consultado os¦membros de seu Partódo.

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Page 5: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

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Três Ministros são prováveis Ref orma colhe últimas opiniõessubstitutos de Filinto Muller

O Vlce-Presldente Pedro Alei-xo, os Ministros do Trabalho edos Transportes, e o cheio daCasa Civil da Presidência daRepública, Ministro RondonPacheco, são apontados comoprováveis substitutos do Sena-dor Filinto Muller na presidên-cia da Arena na eleição parti-daria de 12 de outubro.

O Senador Filinto Muller rei-terou que não pretende perma-neoer na presidência', por com-preender que "o momento re-clama a renovação dos • qua-dros polítlco-pai-ldár-os" e en-tende que "nenhum esquemapode ter certeza do triunfo, porcausa da adesivo em massa deeleitores aos Partidos, no cur-so da reestruturação determi-nada pela Lei Orgânica e peloAto Complementar 54."

RENOVAÇÃO

Dirigentes do MDB, por suavez, não se mostraram sensibi-lizados pela disposição do Go-vêrno Costa e Silva de reco-mendar a não reeleição, naArena, de seus atuais dirigen-tes. Os oposicionistas, entretan-to, não sabem se o Governo

adotara essa linha de condutaatravés de recomendação ou sea impora, através de Ato Ins-tltuclonal ou Ato Complemen-tar.

O Senador Oscar Passos en-tende que, no caso da Oposl-ção, "a renovação foi Impôs-ta pelo Governo ao cassar omandato de Importantes qua-dros do Partido" e que, nosEstados, a afluência de novosadeptos do MDB "provocaráuma natural e democrática mo-dlíicação de dirigentes."

Entretanto, os emedebistasnão dispõem do Informação sô-bre se o Governo Costa e Sil-va baixará Ato impedindo areeleição dos atuais dirigentespartidários. Admitem, porém,que o Governo apenas orienta-rá a Arena nesse sentido, emcaráter pessoal.OS MAIS VIÁVEIS

A decisão do Senador Filin-to Muller de não pretender asua reeleição à presidência daArena provocou o desencadea-mento de especulações e de ar-tioulações preliminares, comvistas à fixação de um nome aser submetido à convenção par-

tldái-la nacional, a realizar-seem Brasília, em outubro.

Os nomes dados como maisviáveis sao, principalmente, osdos Ministros dos Transportes,do Trabalho e da Casa Civil,apontados como mais ldentlfi-cados com os objetivos do Go-vêrno Costa e Silva. e inteira-mente afinados com os propó-sitos revolucionários. Entretan-to, são citados também os Go-vemadores do Paraná, Sr. Pau-lo Pimentel, e do Rio Grandedo Sul, coronel Peracchl Bar-celos.

GAMA E MAGALHÃES

Embora com menor intensl-dade, surgem, nos comentáriosde parlamentares, os nomes desMinistres da Justiça, professorGama e Silva, e do Exterior,Sr. Magalhães Pinto.

O Ministro Magalhães Pin-to é considerado "pouco viá-vel" porque já presidiu a an-tiga UDN, enquanto sôbre oMinistro Gama e Silva incide,como restrição, o fato de o Ma-rechal Costa e Silva preferirsua permanência no Ministé-rio da Justiça,

Brasília (Sucursal) — Osmembros do Conselho de Se-gurança Nacional e os Mi-nistros do Supremo TribunalFederal terão durante estasemana uma leitura alta-mente prioritária: o ante-projeto de reforma cons-titu-cional que lhes está sendodistribuído por determinaçãodo Presidente da República.

Uma fonte governamentalinterpretava ontem este ges-to do Presidente como umesforço para eliminar aspoucas hesitações que sub-sistiram em seu espírito arespeito de três ou quatropontos controvertidos, mes-mo depois de exaustivo tra-balho da comissão de ju-ristas.

SEMANA EM ABERTO

O Marechal Costa e Silvanão decidiu ainda se convo-cará o Conselho de Seguran-ça Nacional, para debater o

anteprojeto da reforma, ouse colherá individualmente aopinião de cada um dos seusIntegrantes, por escrito. Ssoptar pela primeira alterna-Uva, tem-se como certo quemarcará somente para apróxima semana a reuniãodaquele órgão. Deixaria, as-sim, a semana corrente emaberto, para a coleta de opi-niões dos membros do Con-selho e dos juizes, do Supre-mo, estas solicitadas maiscomo uma deferéncia aoPoder Judicárlo do pais..

PODER DE DECISÃO ,

A decisão sôbre D encami-nhamento da emenda cons-tituclonal ao Congresso éprerrogativa individual eexclusiva do Presidente, enestas condições sua inicia-tiva de alargar a faixa deconsultas sôbre o problemanão deve ser interpretadasenão como a determinação

de agir só depois de into-gralmente esclarecido sôbretodos os pontos alterados daCarta de 1967.

PRESENÇA EM BRASÍLIA

Durante todo o mês doagosto, o Presidente não de-verá sair de Brasília. A in-formação, transmitida on-tem à imprensa pelo Secre-tário de Imprensa do Pala-cio do Planalto, robusteco aexpectativa de que o mesentrante será decisivo paraa retomada do processo po-lítico, coni o levantamentodo recesso do Congresso e aintensificação dos prepara-tivos para a reorganizaçãodos Partidos. A este respeito,afirma-se que o MarechalCosta e Silva tem o propó-sito de participar muito dcperto da reestruturação dasorganizações politico-parti-darias.

Reunião da Executivadefine atitude do MDB

rôrtó Alegre (Sucursal) — Aatitude que o MDB deverá ado-tar no Congresso, diante da re-forma constitucional, será de-finida em decisão da Executivanacional do Partido, a ser con-vocada tão lego o Governo dl-vulgue o projeto de reforma.

A informação foi trazida daGuanabara pelo emissário daOposição gaúcha junto à dire-cão nacional do MDB, Depu-tado Pedro Simon. Segundoeste, o presidente Oscar Pas-sos acolheu sugestão no senti-do de que os presidentes dosdiretórios regionais participamda deliberação.

ABSTENÇÃO

O Sr. Pedro Simon, antes deprestar contas de sua missãoao presidente do MDB gaúcho,Sr, Siegfrled Jeuser, antecipouaos jornalistas algumas lmpres-soes que recolhera de seus dois

encontros com o Senador Os-car Passos.

O presidente nacional doMDB mantém o seu ponto-de-vista de que a melhor soluçãopara os oposicionistas é sc abs-terem de votar a reforma daCarta de 1967, mas esta atitudepoderá vir a ser alterada pordeliberação da Executiva.

Por outro lado, o SenadorOscar Passos está satisfeitocom o resultado obtido na re-estruturação partidária em 18Estados. O Sr. Pedro Simonafirmou, por íim, que emborao Governo tenda a manter aeleição direta para escolha dosgovernadores em 1970, estariase envldenciando uma pressãodos setores da Arena em favordo pleito indireto. "Um dos ar-gumentos usados neste sentidoé o caso do Rio Grande do Sul,onde uma vitória do MDB po-deria criar um problema par»o Governo", declarou êle.

TRE resolve questões do MDBO TRE da Guanabara reu-

niu-se ontem, em sessão cx-traordinária, e voltará a rou-nir-se hoje, a íim de apreciartrês consultas do MDB, umadelas se será permitida legal-mente a adoção de nomenclatu-ras para caracterização daschapas concorrentes, como"chapa trabalhista," etc., naseleições dos diretórios.

Também quer saber o MDBda Guanabara se, em diretórios jde mais de 600 filiados, serápossível, para facilitar a vota-ção, o desdobramento da lis-

ta de presença em mais de umvolume ou o estabelecimento deoutras listas de presença, tu-brlcadas pelo juiz eleitoral oupelo observador da JustiçaEleitoral.

CONGESTIONAMENTO

Como, em algumas zonas, oMDB possui mais de dois milfiliados, e calculando por bai-xo, em meio minuto, o tempoindispensável à obrigatoriedadede assinatura de presença numúnico livro de atas, por certoocorreria o congestionamento

na realização da convenção de10 de agosto.

Por fim, em vista da reuniãodas Zonas que haviam sidodesdobradas, os filiados resl-dentes no Centro da cidade,Ilhas do Governador e Paque-tá, teriam de usar o aerobar-co ou lanchas para se reuni-rem num só local. O MDB per-guntou, por isso, ao TRE, selhes seria permitido realizar àconvenção da la. Zona Eleito-ral em locais diferentes, reu-nlndo-se as mesas receptoras,no final, para a apuraçãogeral.'

Solano abre caminho à renovaçãoPorto Alegre (Sucursal) —

O presidente da Arena gaúcha,Deputado Solano Borges, disseque no caso do Rio Grande doSul o caminho à renovação nadireção partidária está aberto,porque êle já manifestara, hátempos, o propósito de não con-correr à reeleição.

O Sr. Solano Borges acha sa-lutar o princípio da renovaçãonas direções partidárias, e poréle vem se batendo desde aépeca em que secretariava oDiretório estadual do extintoPartido Libertador, "embora.

então, não tivesse condições depô-lo em prática, pois perma-neei oito anos na secretaria eo presidente era praticamentevitalício." xDESTREINADO

Perguntado se, desta feita,não poderia repetir-se a suafrustração, pois "o cavalo po-deria passar já encilhado", res-pondeu que não, pois não per-mitirá que lhe preparem o ca-valo. "Embora eu me tenhacriado na campanha e sido exi-mio cavaleiro, estou agora des-

treinado e não monto cavaloem pêlo."MDB SOBREVIVE

Brasília (Sucursal) — OMDB Já criou condições legaispara formar diretórios regio-nais em 17 Estados e nos trêsTerritórios, garantindo a .sim dsua sobrevivência forma!, se-gundo exigências do AC-54.

O Senador Oscar Passos ain-da não recebeu comunicação doresultado da reorganização doPartido no Pará, Piauí, Bahia,Santa Catarina e Minas. Hapessimismo apenas com relaçãoao Pará e Bahia.

Cerdeira admite sua reeleiçãoSão Paulo (Sucursal) — O

presidente da Arena paulista,Deputado Arnaldo Cerdeira,atribuiu ontem a "um mal en-tendido" suas declarações deque não é candidato ã reelei-ção.

Esclareceu nunca ter sidocandidato, "o que nâo significaque não venha a ser." Segundoo parlamentar, "tudo dependedas regras do jogo e da harmo-nia que se queira dar ao Par-tido." Particularmente, afirmaque continua sendo "um ho-mem da Revolução, cujas de-cisões acatam-se, não se dis-cutem", e que não foi vetadocomo candidato à reeleição.«BASTA PEDIR"

O Sr. Arnaldo Cerdeira disseque na sua recente audiênciacom o Presidente da República,este não lhe pediu — "e nin-quem sequer insinuou — queéle não deve candidatar-se, "epara isso basta o MarechalCosta e Silva pedir." As noti-cias de que o assessor de Im-prensa da Presidência da Re-pública, Sr. Carlos Chagas,anunciou que deverá haver um

sistema de rodízio nas direçõespartidárias, íoram recebidas"serenamente" pelo presidenteda Arena paulista, que está dis-posto a acatá-las, "se foremuma decisão revolucionária."

O Deputado não quis reve-lar o que conversou com oPresidente da República, sex-ta-íeira última, "pois é segrê-do profissional." Limitou-se adizer que é "um homem con-tente", e que "não existe ne-nhuma chapa à direção doPartido em São Paulo que se-ja contra o Governador AbreuBodvé, a não ser as que es-tão sendo articuladas pelo pes-soai do Palácio dos Bandei-rantes."

— Todas as chapas são a fa-vor do Governador. Não asdiscuto. Discuto apenas esque-mas de fortalecimento do Pre-sidente da República, de con-solidação da Revolução e daArena.

Outro que afirmou não sercandidato à presidência doPartido situacionista é o De-putaldo João Batista Ramos,que explicou ter o seu nomesurgido como aspirante à su-

cessão do Sr. Arnaldo Cerdei-ra "em conseqüência de umincidente já superado, ocorri-tio durante uma reunião doPartido."

QUIS AGREDIR

O Sr. Arnaldo Cerdeira re-velou que ó Deputado Salva-dor Julianelli, vinculado à cor-rente politica liderada pelo ex-Governador Laudo Natel, quisontem agredir um assessor doGovernador Abreu Sodré, Sr.Antônio Holanda de Freitas.O parlamentar, segundo o pre-sidente da Arena, foi impedi-do a tempo, mas obrigou até oGovernador a sair de seu ga-binete, "para serenar os âni-mos." O Sr. Salvador Julia-nelli, de acordo com o Sr. Ar-naldo Cerdeira, "estava revol-tado porque o Holanda estáchamando delegados da Arenano interior do Estado e que-rendo obrigá-los a assinar umtermo de compromisso de quevotarão na chapa do Gover-nador."

— Aliás — acrescentou o Sr.Cerdeira — no Palácio isso émuito comum.

Gra tacos cria uma dissidênciaNiterói (Sucursal) — A pri-

meira grande dissidência noMDB fluminense, depois dareabertura do processo politi-co, acaba de ser precipitadapelo prefeito de Petrópniis, Si-.Paulo Gratacós, que se decla-rou candidato ao Governo ílu-minense, em 1970, recusandocomposições com alas do ex-PSD e ex-PTB.

O prefeito de Petrópolis, quelidera um chamado movimen-to "de renovação" dentro doPartido, chegou a ser procura-do por emissários do Dcpu-tado Amaral Peixoto, que dc-

sejavam integrá-lo, como vice,na chapa à sucessão, governa-mental que o ex-presidente doantigo PSD encabeçará.

O QUADRO

Embora seus dirigentes, ofi-cialmcnte, afirmem, que ape-nas o Sr. Amaral Peixoto re-tomou contatos visando à suacandidatura ao Palácio NiloPeçanha, o MDB já tem, prá.ticamente, pronto o seu qua-dro eleitoral com vistas aopleito de 1970, na certeza deque a escolha dos novos go-

vernadores será feita pelo vo-to direto.

O prefeito de Petrópolis c oex-presidente do extinto PSDserão os candidatos do Partidoao Governo do Estado, o qual,para este posto, por falta denomes, não usará, além da le-genda, as duas subleger.das.Ao Senado — se não houverredução de cadeiras — a Opo-sição lançará para as duas va-gas, nas próximas eleições, ascandidaturas do ex-MiuistroBrigido Tinoco e do Deputadofederal Adolfo de Oliveira.

Rui Araújo recebe em Manaushonras de democrata autêntico

Manaus (Correspondente) —Cerca de 10 mil pessoas acom-panharam o féretro do Vice-Governador Rui Araújo ao ce-mitério São João Batista, cncleos líderes da Arena e do MDBenalteceram a sua figura dedemocrata autêntico.

Lembraram os oradores queo Vice-Governador do Amazo-nas, vítima de colapso cardíacosábado passado, preferira, umdia, entregar as chaves do por»tão

"da Assembléia Legislativa

do que vê-la fechada pelo ex-Governador Artur Reis.

HONRAS PÓSTUMAS

£ste e outros episódios debravura política de Rui Araújoíoram recordados pelos orado-res à beira da sepultura. Asmais altas autoridades do Es-tado ali compareceram a fimde prestar-lhe a última home-na gem. O Comandante Militar

d<i Amazônia, General Rodn-go Otávio, e o Governador doEstado, Sr. Rafael Faraco —que substituiu o extinto no pós-to — pegaram a alça do cai-xão, e tropas do Exército pres-taram honras fúnebres, en-quanto uma chuva fina caia sô-bre a cidade.

Rui Araújo estava no exer-ciclo do Govêmo em virtude daviagem do Governador DaniloAreosa à Europa, e um dia an-tes de sua morte pronuncioudiscurso na instalação do Con-gresso Viário Pan-Amazônico,estimulando os delegados dospaises amazônicos à tarefa deocupar e povoar rapidamenteseus vazios, a fim dc suprir aszonas carentes de alimentos.

De bom humor, Rui Araújoelogiou a imagem do delegadoequatoriano, que invocara amissão da Apolo-11 como exem-pio ao esforço para conquistaro espaço da Amazônia. O Go-

vernador em exercício despe-diu-se do Congresso confirmai.-do sua presen-a no banquetede encerramento, que foi can-celado, afinal, pelos promotoresda reunião.

NO GOVERNO

Rui Araújo, que morreu aos66 anos de idade, exerceu o Go-vêrno do Amazonas 11 vezes,durante a interventoria íe-deral, sete vezes na adminis-tração Artur Reis, e esta era aquarta vez que substituía o Go-vernador Danilo Areosa.

Era casado com Da. HelenaCidade Araújo, que faleceu hádois anos. num acidente de au-tomóvel, e pai de Francisco Pe-dro Araújo Neto, correspon-dente do JB em Roma, PauloAraújo, professor de Agronomiada Universidade de Piracicabaíi Eneida Araújo VasconcelosLeite, residente em Roma.

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_____JORNAl DO BRASIL Q Terça-feira, 29///69 D I.0'Caderno

Coluna do CastelloReforma pronta napróxima semanaBrasília (Sucursal) — Na próxima se-

mana, o Presiáente Costa e Silva áeveráestar em conâições de baixar o Ato Insti-tucional outorganão ad referendum ão Con-gresso a emenãa constitucional. Os mem-bros do Conselho ãe Segurança e os Minis-tros do Supremo Tribunal que receberamcópias ão trabalho da comissão ãe alto ní-vel já estão senão solicitaãos a transmitirsuas impressões sobre o texto que compre-enáe poucas páginas e poãe assim ser lido'rapidamente. Não lhes foram peãiãas su-gestões sobre uma reforma constitucional,mas suas impressões Sobre o projeto ãe re-forma já elaboraão, o que facilita o traba-Iho ãe caãa um embora não exclua o apa-recimento ãe sugestões estranhas ao tex-to ão Sr. Peãro Aleixo.

O Governo aináa não ãeciâiu se con-vocará ou não o Conselho para o âebatefinal ão projeto, mas o provável é que nãoo faça, pois quase toãos os seus membrosparticiparam ão trabalho preliminar, enca-minhanão suas emendas ao Vice-Presiden-te ãa República, já tenão, assim, pontos-âe-vista conhecidos sobre a matéria. Quantoao Supremo Tribunal Federal, embora nãotenha sido nas reuniões da comissão ãealto nivel formalmente representado peloMinistro Temístocles Cavalcanti, já teveoportunidade ãe transmitir informalmenteao Sr. Peãro Aleixo suas iáéias sobre asquestões que afetam o Poãer Juãiciário eoutras.

Não áeverá, portanto, ser utilizaâo to-ão o prazo ãe 15 a 20 âias previsto pelaassessoria ão Marechal Costa e Silva, acre-âitanâo-se em fontes altamente situadasque a reforma co7istitucional poâerá ser e/e-tivaãa nos primeiros âias ãe agosto.

O aceleramento ãas áecisões políticascorresponãe, ãe resto, à intenção atual ãoGoverno e à impressão ãominante nosmeios revolucionários, segunáo a qual a re-tomaãa ão processo político, sejam quaisforem as áificulãaães que possa acarretar,não deve mais ser retardada, pois dela de-penãe a consoliãação ão próprio Governoe a volta aos trilhos ão sistema revolucio-nário.

O problema mais importante ligado àreforma ãa Constituição que parece aináapenãente é o ão transplante dos ãispositi-vos ão Ato Institucional n.° 5 para o capí-tulo ãas Disposições Transitórias ãa Cartade 1967. Há indícios de modificação na ten-áência inicial ão Presiáente ãe fixar o úl-timo áia ão seu Governo como têi~mo finalão prazo ãe vigência ãos instrumentos deexceção. A fixação ãa ãata poãeria ser eli-minada, para evitar problemas ou paraeventualmente facilitar uma decisão ão Ma-rechal Costa e Silva de antecipar a revo-gação ãos dispositivos ãe repressão. Aámi-te-se que será atribuíão ao Presiáente daRepública o poder ãe ãeclarar peremptassuas atribuições ãe exceção 710 momentoem que consiãerar adequado ou oportuno.

Mudar a Arena para a sucessão

Está pràtica7iiente assentaãa a áecisãoão Presiãente ãa República ãe promover,nas próximas convenções regionais e na-cional ãa Arena, a substituição ãos seusatuais dirigentes. Trata-se, como se sabe, deum esforço de renovação, que em princípionão afeta pessoalmente a confiança do Go-vêrno em qualquer dos atuais dirigentes doPartido, que, no sistema de rodízio, pode-rão se canãiãatar a outros postos dentroda agremiação ou no esquema político si-tuacionistaf

Do ponto-ãe-vista ão Governo, além ãodesejo ãe renovação, o fundamento ãa me-diãa está na necessidade ãe ter no coman-ão ãa Arena pessoa rigorosamente integra-ãa com a Presidência, pois a ela caberá aarticulação ão candidato à sucessão federal,tanto quanto nos Estados os presidentesregionais ãa Arena encaminharão as can-didaturas às sucessões locais.

O Presidente Costa e Silva precisa terna presidência da Arena alguém altamenteidentificado com seu sistema para ter condi-ções ãe encaminhar com segurança o condi-áato ãa sua preferência ou ãa preferência ãoseu áispositivo à sucessão ãe 1971. O nome,portanto, terá importância, pois pelas suasvinculações poderão os políticos âesãe logoãeãuzir as tenáêncías e rumos ãa suces-são presiáencial tal como são colocaãos ve-la Presiãência ãa República.

Os mandatos de direção ãos Partiãosáeverão ser ãe ãois anos, proibiãa a reelei-ção, a fim ãe assegurar-se o refrescamen-to perióãico ão comanáo partiãário e pro-mover a formação ãe quaãros. O ãispositi-vo previsto na' emenãa constitucional, ãefixação ãos manáatos ãas Mesas legislati-vas em ãois anos sem reeleição, áeverá sertransplantado para a Lei dos Partiãos que,como se sabe, será também reformada.

20% das receitas municipaispara educação

O projeto de reforma constitucionalpropõe, num de seus artigos, que sejam osmunicípios obrigados a empregar 20% ãassuas receitas ria educação ãe nível primário.Da obrigatorieâaãe, fixaâa em nívelconstitucional, deverão âecorrer sançõesque uma lei complementar definirá. Acre-áita o autor da sugestão que com os 20%crescerá o investimento nacional em eâu-cação e os'municípios serão forçaãos a em-prego mais racional ãas suas' renãas noâmbito ãa sua competência especifica.

Rondon satisfeitoCorriginão um aãjetivo, dizia ontem o

Sr. Rondon Pacheco que não está eufóricomas apenas satisfeito.

Sarnei com o PresidenteO Governaãor Sarnei, recebiáo ontem

pelo Presiãente Costa e Silva, conviâou-o avisitar o Maranhão.

Carlos Castello Branco

Estrada Manaus—Porto Velhoé incluída no sistemarodoviário pan-americano

Manaus (Correspondente) — Reunido no 1.° Dis-trito Rodoviário' do DNER, cora delegações de seispaíses do Continente, o Subcomitê Viário PanrAmá-zônico aprovou a proposta brasileira para incluir aEstrada Manaus—Porto Velho (BR-319) no sistemarodoviário pan-americano.

A.proposta se fundamentou nos pontos de co-nexão. qüe ela irá estabelecer com o Peru e a Bolívia,de um lado, e com a Venezuela, a Colômbia e a Guia-na através da BR-174 (Manaus—Caracaraí—BoaVista—Santa Helena ou Lethem), onde atuam oDNER e o 6.° Batalhão de Engenharia e Construções.

Igreja dá grande importânciaao Documento dos Presbíteros

ii

"PERRY-BOATS"

Como as duas pontas da BR-319 terminam em rios largos

o Madeira e o Negro — atravessia deverá ser feita porícrry-boats, ja que o Governonão se dispõe a construir pon-tes de aço entre a estrada ePorto Velho e entre a cidadedo Carelro e Manaus.

A estrada Porto Velho-Ma-naus já. apresenta o seguintequadro: desnatamentc1 — 693km; desmatamento e limpeza

276 km; implantação bnsi-ca — 103 km. A Manaus —fronteira com a Venezuela tem47 km construídos e 133 des-matados e com caminho dcserviço no sentido de Caraça-rai, partindo dal a Boa Vista,c mais 51 km na direção daVenezuela (Santa Helena) como trecho jã pronto e inclusivepavimentado. Por outro lado,entre Boa Vista e a fronteiracom a Guiana (BR-401), exis-tem 41 km implantados comboas condições técnicas e 140em execução.

Quando a BR-319 e a BR-174 ficaram prontas, dentro dedois anos, os seus 1 800 kmde extensão farão a conexãoterrestre entre Bogotá e oChui.

PLANO COLOMBIANO

Apesar de o delegado da Co-lômbía não ter chegado atem-po à reunião, sabe-se que emsua pasta viria um informe re-lativo & iniciativa de seu Go-vêrno de construir uma estradaligando Bogotá, Vila Vicenzio,Tarapacá e Letlcia, nas proxi-

mldades do* município brasilei-ro de Benjamim Constant e daColônia Militar de Tabatlnga,no Rio Solimões. Da mesmaforma, o Governo da GuianaInicia a construção de uma io-dovia entre Georgetown c Le-them, na fronteira com oBrasil.

O delegado brasileiro, enge-nheiro Cloraldlno Severo —que-foi eleito vice-presidentedo subcomitê — apresentou nasessão plenária um longo in-forme sobre as obras brasilei-ras na região.

Dirigindo-se ao delegado bo-íiviano, que participa pela pri-meira vez do subcomitê, o en-genheiro lembrou os antece-dentes da ligação Brasil—Boli-via—Peru e a Ata de Rio Bran-co, caracterizando o esforçoconjunto dos três paises doconstruírem rodovias na áreacom a ajuda do BID. Frisou,contudo, que na parte brasil-i-ra já tiveram início os traba-lhos de melhoramentos do tre-cho Cuiabá—Porto Velho, a im-plantação do trecho Porto Ve-Iho—Abunã—Rio Branco, as 11-gações com Brasília, Guajará-Mirim e Assis Brasil e os estu-dos preliminares para o trechoRio Eranco, Cruzeiro do Sul edivisa Brasil—Peru.,

Esclareceu o delegado brasl-leiro que o trecho Abunã—Gua-jará-Mlrim é substitutivo daferrovia Madeira—M a m o r é,construída com a intenção deproporcionar à Bolívia umacesso ao mar, e que o cami-nho de primeira abertura jáfoi substituído por uma estra-'da de cerca de 90 km, em con-dições permanentes de tráfego.

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São Paulo (Sucursal) — O Bispo-Au-xlllar de São Paulo, frei Lucas MoreiraNeves, também secretário do Apostoladodos Leigos da CNBB, afirmou ontem aoJORNAL DO BRASIL que o Documen-to dos Presbíteros tem uma importânciavital para a Igreja porque traduz as as-pirações e preocupações dos padres detodo o Brasil.

Acrescentou que os bispos, reunidosno Seminário do Ipiranga, estão pro- •curando responder às indagações dospresbíteros com inteligência e objetivl-dade e que essa resposta, -"se bem dada,deve dar aoS padres maior serenidadec segurança, Indispensáveis, no momento,para o bem do povo católico no Brasil."

PROBLEMAS CONCRETOSO Documento dos Presbíteros —

afirmou —, que serve de base para o tra-balho mais longo, detido e de mais fô-lego nesta X Assembléia, tem uma im-portância vital. Primeiro porque, elabo-rado, discutido, estudado nos níveis dio-cesano, regional e nacional, êle traduzas aspirações e preocupações dos padresdo Brasil, num momento em que os maissérios deles procuram honestamente vero que é exatamente ser padre na Igrejaconcreta para o mundo concreto de hoje.

Segundo, porque abre um diálo-go ao qual os bispos estão procurandoresponder com inteligência e objetivida-de, acolhendo, ponderando, retificando, afim de dar uma resposta válida a seuspadres. Terceiro, porque dessa resposta, sebem dada, deve advir para os padresmaior serenidade e segurança, indispen-sáveis no momento para o bem do povocatólico no Brasil.

CELIBATOSobre a possibilidade de no futurp a

Igreja adotar a ordenação de homens ca-sados, como solução alternativa para oproblema do celibato, frei Lucas Morei-ra Neves disse que "a Igreja poderá,teoricamente, vir a aceitar a ordenaçãode homens casados, no Ocidente. Ela jáo faz no Oriente. Mas não parece que váfazê-lo já."

No dia em que a Igreja decidisseaceitar a ordenação de homens casados,no Ocidente, teria que ser com uma gran-de cautela pastoral no sentido de prepa-rar o povo, preparar bem os candidatos,preparar os quadros e preparar todo oseu esquema pastoral, que hoje está a jus-tado para a existência exclusiva de pa-dres celibatários. Uma precipitação po-deria causar desarvoramentos imprevlsl-veis na comunidade eclesial.

Frei Lucas Moreira Alves explicouque nos três primeiros séculos a Igrejatinha, a seu serviço, exclusivamente pa-dres casados. Foi a partir do século IV(mais precisamente do Concilio Espa-nhol de Elvira) que, pouco a pouco, "demodo nem sempre tranqüilo, com muitosdescaminhos, entre problemas e reslstên-cias, vai-se tornando universal o celiba-to dos presbíteros.'

VIOLÊNCIA PREOCUPA

Referindo-se il inclusão do tema OsAtentados Terroristas e o Esquadrão daMorte na pauta dos trabalhos da XAssembléia-Geral da CNBB, irei LucasMoreira Neves disse:

Vojo com preocupação o surtoatual de violência em nosso país. Pensoque é a mesma violêneia que explode sobas duas formas: a dos atentados terro-ristas, que trazem insegurança e inqulc-tação, e a dos Esquadrões da Morte, comsuas diversas foces.

fistes malsinados esquadrões po-dem alé, por não sei que artes, agradara opinião pública em geral e parecer aosolhos dela uma solução para o câncersocial dos marginais e delinqüentes di-tos irrecuperáveis. Mas só por se cons-tituírem numa espécie de justiça para-leia, ao lado da justiça oficial, eles sãoiniquos e imorais, constituem uma cala-midade pública inaceitável para qualquerconsciência cristã e humana.

E a periculosldade deles, bem eo-mo sua imoralidade, aumentam na me-dlda em que da execução de marginaiseles tendem a eriglr-sc em protetores damoral, da religião, cm juizes das ideolo-glas e a se encarregar de intervir nojogo político como árbitros c executores.

E finalizou:Penso que algo deve ser feito com

urgência e decisão para cessar este re-curso ã violência, que é basicamente an-ticristão e antlbrasileiro. Talvez hajaum trabalho conjunto a fazer, com dc-cisão e clarividência, unindo os homensdo Governo e os pastores, a fim de fa-zer desaparecerem, em seus focos, os ter-roristas: o das bombas, incêndios, assai-tos e o das justiças sumárias e execuçõesatrozes de todos os Esquadrões da Morte.

PAPA SERÁ INFORMADOOs bispos consideram o problema dos

presbíteros muito grave e levarão as de-cisões do episcopado ao conhecimento doPapa, pelo menos informando-o dosproblemas que preocupam o clero e osbispos brasileiros. Segundo alguns ob-servadores, nos problemas de competén-cia exclusiva do Sumo Pontífice, há atendência para se apresentar ao Papaapenas a constatação dos problemas queafetam o clero.

O caso. do celibato é típico dos pro-blemas .qüe serão levados a Paulo VIapenas como informação da preocupa-ção do clero em relação ao problema,assim como outras conferências episco-pais de várias partes do mundo estãocuidando do problema. Alguns lembram,por exemplo, o levantamento realizadopelo Instituto Boliviano de Estudos e• Ação Social, da Conferência EpiscopalEoliviana.

ESTATUTOSPara apressar o andamento dos tra-

balhos. foi constituída uma comissão deredação que unificará todas as propôs-tas apresentadas pelas 13 regionais, in-cluindo as propostas minoritárias. Para-lelamente, os bispos decidiram dar an-damento ao segundo assunto do temário,a reforma des estatutos da ConferênciaNacional dos Bispos do Brasil.

Após as Laudes, na capela do Se-minário Central do Ipiranga, D. Geral-do Fernandes, bispo de Londrina, apre-sentou em nome da comissão jurídica oencaminhamento da discussão dos pro-jetos de novos estatutos para a CNBB.Em seguida, os bispos se dirigiram paraas reuniões das regionais e debateram osvários projetos. Na reunião plenária datarde, os bispos inscritos apresentaramà assembléia suas observações e suges-toes sobre os estatutos.

O secretário nacional do MinistérioHierárquico, D. Valfredo Tepe, defen-deu seu subsecretário, padre José Ma-rins, por considerar que êle fora crlti-cado veladamente pelo bispo de Cam-pos, D. Antônio de Castro Méier, numartigo publicado sexta-feira em um jor-nal paulista. Segundo alguns observado-res, D. Valfredo Tepe teria pedido aobispo de Campos que comparecesse áassembléia para formular suas acusa-ções, sendo aplaudido pelos demais bis-pos por mais de dois minutos.

MEDELLINFala-se multo em Medellin, mas nãa

se estudam suficientemente as resoluçõesde Medellin — afirmou D. Avelar BrandãoVliela, presidente do Conselho EpiscopalLatino-Americano (Ceiam) e Arcebis-po de Teresiría, que pretende entregaroficialmente ao Governo brasileiro uinexemplar com todas as resoluções da úl-tima reunião do Ceiam.

Medellin não é uma simples ebu-lição ideológica. Não é um movimento re-presentativo de grupos isolados. É umaabertura que se faz no sentido de todos.É uma busca de comunhão espiritual esocial. É um desejo de afirmação dos di-reitos da pessoa humana. É um anseio dedesenvolvimento integral. A Igreja queMedellin configura é plena de respeito aopassado e de amor ao presente e futuro.Minha preocupação é que a reunião daMedellin não seja desvirtuada — acres-centou,

PROBLEMA SUENEN-.Referindo-se ã entrevista que o Car-

deal Suenens, Primaz da Bélgica, deu àrevista Informations Catltoliqucs Intenta-tionales, D. Avelar Brandão Vilela enten-de "que nela há muito material dignode exame e de aplicação, muita observa-ção válida. Não concordo com certas afir-mações que, em vez de ajudar na soluçãodos problemas comuns da Igreja po_èrãoagravá-los porque, além do mais, trazem,certa dose de ironia em alguns casos."

REUNIÃO DO CELAMD. Avelar Brandão Vilela disse que a

próxima reunião do Ceiam será realiza-da a partir de 24 de novembro em SãoPaulo, quando serão estudados problemasinternes do órgão, principalmente sua es-trutura e funcionalidade. Acrescentou quehaverá eleição de nova diretoria, devenioentregar a presidência ao sucessor logodepois.

O Ceiam não pode propor soluçõesconcretas para os problemas dos paiseslatino-americanos porque não dispõe cievarinha mágica. Damos as linhas mestras,lançamos luzes sobre os horizontes e te-mos consciência disto. O que desejamosé que haja conscientização de que massasmarginalizadas estão tomando consciên-cia de que devem ter acesso aos bens dacivilização e da cultura. Aquela parte daAmérica Latina que se encontra margina-lizada não está mais amorfa e os Gover-nos devem tomar conhecimento dessa rea-lidade e dar aos processos de administra-ção uma flexibilidade que atenda a esseanseio de desenvolvimento. Entendo porconscientização a co-participaçSo integraldos homens na solução dos problemas —íinal-zoí. D. Avelar Brandão Vilela.

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Page 7: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

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JCr.N.M. HO CHÁS!!. G Térça-fsirá) 29/7769 ? 1.» Caderno CIDADE ~ 5

Zo/iíf Salestá com60 ciclos

O Escritório Técnico tlpConversão de Freqüência in-formou que a mudança dc ci-clagem — de 50 para BO ciclos— realizada ontem nos bair-ros de Botafogo, Copacabana,Urca e Leblon completou aconversfto da Zona Sul e de-,correu normalmente.

Esta operação íoi considera-da a mais fácil já realizada, .apesar do grande número deconsumidores dos bairros atin-Bldos. Isto, segundo os.técnt-cos, aconteceu graças à'prepa-'xaçâo anterior à mudança.

O níimero de telefonemaspara o posto de atendimentodo Escritório — cerca de 60 —)foi classificado de insignifi-cante, pois, normalmente, cen-tonas de pessoas telefonam du- ¦rante o dia da conversão.

Visitantesvão servacinados

Quem desembarcar na rodo-viária Novo Rio ou no Can}-po de São Cristóvão a partirde sexta-feira será vacinadocontra varíola, a menos quepossua atestado emitido no lu-gar de origem.

A medida, que será posta empratica pelo Departamento deSaúde Pública, visa conter adoença na Guanabara, onde amaioria dos casos é de em pes-soas que chegam dos Estados.A vacinação será' feita em pos-tos instalados nos locais de de-«embarque, que funcionarão 24horas por dia.

EM ETAPAS

Segundo informações do Dc-partamento de Saúde Pública— DSP — o controle não se

• resumirá apenas às estações ro-doviárias: tios próximos 15dias deverá estender-se aosterminais ferroviários (Central€ Leopoldina),' ao AeroportoSantos Dumont, ao porto doRio e à estação das Barcas.

— Como é fácil perceber, afiscalização de passageiros e aaplicação de vacinas são mui-to mais difíceis na Central, naLeopoldina e nas Barcas, ondedesembarcam muitos milharesde "pessoas diariamente. Umagrande parte desses passagei-ros volta ao Rio todos os diaspara trabalhar c só deverão

. ser vacinados uma vez. Hátambém os que chegam do in-terior e vêm para ficai-: prin-cipalmente esses terão de servacinados. O controle é pro-blemático e já existe uma- co-missão encarregada de estudaro problema — Informou o as-sessor do diretor do DSP, Sr.Marcelo Cavalcanti.

O estudo deverá ficar pron-to nos próximos, 10 dias e asvacinas serão aplicadas cmmassa, gratuitamente. Quemcostuma vir à Guanabara dià-riamente precisará portar oatestado de vacinação c exibi-lo no desembarque. Para queos postos funcionem ininterrup-tamente, o DSP formará equi-pes.

Santa Casainauguraambulatório

LAGO DOS CISNES

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Leilão vende Estado diz que cidade nãocontrabando carece de falta de gásda Zona Sul e abastecimento ê normal

A Santa Casa da Miseriçór-dia inaugura, hoje, às 10 horas,em prédio anexo, o Àihbulató-rio Santa Isabel, onde passa-rão a funcionar todos os ser-viços de ambulatório da enti-dade. Atualmente, cerca de80 % da população carioca estásob proteção da Santa Casa.através de'.convênios firmadoscom diferentes organismos.

O INPS, Ministério da Ma-rinha, Ministério do Exército.Ministério da Aeronáutica,IPEG, Policia Militar e Corpode Bombeiros da Guanabara,além de associações partícula-res. firmaram convênios cem aSanta Casa. Esses convênios,têm funcionado regularmente,sendo prestada assistência mé-dica e serviços de ambulatóriosa todos os beneficiários.

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Sob as asase a vigilância do cisne-pai o pequeno cisne negro nadou tranqüilo uma tarde inteira

Detran vai processar os Cisne negro que nasceu no

prontuários de motoristas Zoo nada a tarde toda comcom computador eletrônico pai que o protege de ratos

A Inspetoria Fiscal de Copa-cabana, do Ministério da Pa-zen:la, vai realizar nos dias 6,7 c 8 de agosto, na Av. Vene-zuèiíi 231, leilão de mercado-rias sem notas fiscais ãprecn-didas ao comércio e a parti-cularcs.

Os lotes de maior volume sópoderão ser adquiridos por fir-mas registradas no comércio.As pessoas físicas poderão ad-qulrir as mercadorias dos lotesmenores. A comissão de leilãoserá composta pelo inspetorDario Mauro, a escrivã GcsildaLinhares Soutinho e o leiloei-'ro Carlos Pedrosa. ¦

MERCADORIA

Nos dias 4 e 5 de agosto, dasI) às 12 horas, as mercadoriasestarão à disposição dos inte-ressados, porá exame. Os lo-tes apreendidos, todos na ju-risdição da Inspetoria de Co-pacabana, são compostos nasua maioria por sandálias, vi-nhos, relógios, material eletró-nico, roupas, televisores, uísqueestrangeiro c pedras semipre-ciosas de procedência nacional,encontradas sem ia devida do-cumentação.

. A Companhia Estadual do Gás assegurou ontemque não há nenhum problema específico de falta degás encanado, pois todas <as usinas e compressoresfuncionam e o abastecimento à cidade é normal.

Os técnicos explicaram que a deficiência de abas-tecimentò ontem e anteontem, especialmente nosbairros de Botafogo e Tijuca, deve-se à existência _depontos de estrangulamento da rede de distribuição,localizados justamente nestas áreas.CARÊNCIA

Segundo informou, o presi-tdente da ,CEG, coronel PauloLeitão de Almeida, os funcio-nários da Divisão de Distribui-ção da companhia não regis-traram, ontem, reclamaçõesmais intensas em nenhumaárea tia cidade, mas apenas'as usuais, que são atribuídasà carência genérica da produ-ção e á insuficiência da redecie distribuição.

Em Botafogo e na Tijuca,¦entretanto, situam-se os pon-tos críticos de deficiência doabastecimento, pois, nestesdois bairros, a rede de distri-buição sofre estrangulamento,Na verdade, como as dimert-sôcs da tubulação tornaram-Ke muito pequenas, com •crescimento da demanda c aestagnação da ampliação dos

serviços nos últimos 20 anos,todos os bairros que são supri-dos através dc Botafogo e TI-jucá ficam prejudicados.

Entre èsles estão Copacaba-na, Ipanema, Leblon, Gávea eLagoa, nn Zona Sul, e gran-de parte da Zona Norte, alémdos subúrbios alcançados pelarede, que são os da Central,até Piedade. Para melhorar ofornecimento a estas regiões,a CEG está assentando umanova #êde de alta pressão, emBotafogo, que deverá estarpronta em seis meses, e plane-ja uma obra do mesmo tipo— mas de maior porte — pa-ra a Tijuca, a ser iniciada 110.1próximos meses.

BARREIRA VENCIDA

_ O Secretário de Segurança, General Luís deFrança Oliveira, aprovou ontem, para imediata exe-cução, o plano do Departamento de Trânsito, de pro-cessamento dos prontuários de motoristas por com-putador eletrônico, a exemplo do que já vem ocorren-do com o processamento das multas.

O diretor do Detran, comandante Celso Franco,e o seu assessor jurídico, Sr. Álvaro Rocha, explica-ram que o ideal seria a expedição de carteiras tam-bém por processo eletrônico, mas a medida está nadependência do Conselho Nacional de Trânsito, queteria de alterar a resolução que aprovou recente-mente modelo único para todo o país.

Protegido pelo cisne-pai, o primeiro cisne negroque nasceu, sexta-feira última, no Jardim Zoológico,passou a tarde de ontem nadando, enquanto a cisne-mãe continuava no ninho, chocando mais dois ovos.O cisne-pai protegia o filhote contra os ratos, que in-íestam o local.

No Campo de Santana estão sendo chocados ou-tros três ovos, mas os tratadores do Departamento deParques acreditam que eles nascerão em princípio deagosto. Explicaram que um ôvo de cisne leva de 30 a35 dias para ser chocado. O cisne macho protege afêmea, como no Zoo, contra o ataque dos ratos.

DIFICULDADESBUROCRÁTICAS

Durante a reunião,- em queestiveram presentes também opresidente do Conselho Esta-dual de Trânsito, Sr. ÁbraimTebet,- e o diretor da Divisãode Habilitação do Detran, co-ronel Cantidio Guimarães, foiexplicado ao Secretário de Se-gurança que o plano da meca-nização prevê também a ex-pedição de carteiras dê moto-ristas a serem processadasigualmente pelo computadoreletrônico.

Essa carteira, que seria a có-pia fotográfica do prontuário,feita pelo processo polaróide eperfurada para o computadoreletrônico, não poderá, entre-tanto, ser adotada na Guana-bara, porque o Conselho Nacio-nal de Trânsito aprovou recen-temente uma resolução detsr-,minando a padronização descarteiras de habilitação cm to-do ó pais.

A Secretaria de Segurançaenviará, porém, um represen-tante do Detrair ou do Cetrana Brasília, para obter do Con-tran a modificação de sua re-solução 418, de modo que per-mita á Guanabara e a SãoPaulo, que igualmente tém con-dições técnicas de adotar o sis-tema de prontuário e carteirasprocessadas por computadoreletrônico, adotar um -modelo

•de carteira diferente do con-vencional e padronizado paratodo o pais,

-— Ê uma nova batalha quenós teremos de sustentar —declarou o comandante CelsoFranco — depois de referir-sea um ano de luta para elabo-rar e fazer tramitar o planofinalmente aprovado ontem pe-lo Secretário de Segurança.

VANTAGENS ELETRÔNICAS

O plano de mecanização, quese encontrava há quatro me-ses em exame no Conselho Es-tadual de Trânsito, será entre-gue à IBM, que o elaborou, eao Centro de Processamento deDados da, Secretaria de Fi-nanços, responsável pela expe-dlção das multas, para que se-jam confeccionadas os cartõespara o computador eletrônico.

Segundo os cálculos do Sr.Álvaro Rocha, são cerca de 650mil prontuários de motoristasda Guanabara que serão pro-cessados fácil e rapidamentepelo computador eletrônico emsubstituição ao antigo sistemade operação manual, moroso,falho, suscetível de irregulari-

, da-des, falsificação, adulteraçãoe corrupção.

Esses inconvenientes, quenão se registram mais cem asmultas, foram ressaltados nasemana passada com a prisãodo funcionário Mauro JorgeMoreira; da Divisão de Habili-tação do Detran, acusado defalsificação de centenas dccarteiras de motoristas.

Para o diretor da Divisão deHabilitação, coronel CantidloGuimarães, o processamentoeletrônico dos prontuários per-mitirá também que sejammantidos rigorosamente atua-lizados os cadastres de moto-ristas e acabará com os ve-lhos arquivos e prateleiras demadeira onde estão acumula-dos, sujeitos a todos os perigose acidentes. Atualmente, osfuncionários do Detran são osresponsáveis pela atualização,alterações e informes a seremacrescidos, a caneta ou a má-quina datilográfica, nesses 650mil prontuários, bem como pe-la expedição das segundas viasdas carteiras.

COMPLE1MENTAÇAÕ IDEAL

O assessor jurídico do Dc-_ tran revelou que a Guanaba-'

ra caminha agora para atinçirmais um» etapa da completa

mecanização des serviços doDepartamento de Transito, queserá o processamento eletróni-co conjunto e unificação doscadastres de veicules, dos pren-tur.rics dos motoristas e deslevantamentos e expedição dasmultas.

Para completar essa unifica-ção, o Detran ficará somente

• na. dependência da aprovaçãop-Jo CoiKran (Còrtsèlhò Nacio-'nal de Trânsito) da sua car-teira, que, além da impressãodigital e do retrato determina-dss pelo modelo nacional, terátodas, as informações constar.,tes do prontuário e o tipo san-guineo do portador, que serápioneiro no Brasil.

— Quando nos Estados Uni-dos me perguntaram se as nes-sas carteiras tinham o tiposangüíneo — relatou o cóman-dante Celso Franco — eu sóconsegui menear a cabeça, nu-ma resposta evasiva, pois fi-q'.'ei constrangido de dizer quehã.ó. Lá, eles só operam aci-dentados sem saber seu tiposangüíneo quando o caso éextremamente grave. Será, quenós ' vamos correr èsae riscopor muito tempo mais?

MULTAS PROCESSADAS

Ao apresentar ontem ao Se-cretário de Ssguranca, GeneralLuís de Franca Oliveira, o pia-no de mecanização de prontuá-rios dc moforisras, o comnn-'dants Celso Franco mostrou'também o levantamento com-ipleito, por ccmijutador elétron'.-co, de to-ês ano? de multas nãopagas pelas «niprèsas de trans-iportes coletivos, no valor totalde NCrS 3 milhões.

O levantamento abrange doisperíodos: de sebaniibro de 1966a janeiro dc 1969, no valor deNCrS 2,3 milhões, e do primei-ro trimestre deste ano, no to-tal de NCrÇ 700 mil. Para pa-gar as multas referentes aoprimeiro período, as empresasterão um crazo de 30 dias apartir da data da expedição dasguias; sob pem de execução ju-dicial. com juros e ccíwèçSó mo-notaria c de apreensão dos vei-culo.-:.

TRABALHO DE VALOR

O Sr. Álvaro Rocha, exul-tante, mostrava ao secretáriode Segurança o que se tornoupOiíivcl com o processamentodas multas :ior computador ele-tvô-iico, fazendo com que, anmenos de três meses, o Estadotivesse o levantamento dasmultas cometidas e acumuladasdurante três anos.

Os dois lotes das fióhás, le-'vacias "com muito zelo" pelocomandante Celso Franco c oSr. Álvaro Rocha ao GeneralLuis de França Oliveira, rela-ciariam eriiffirêsá por empresa,¦ especificando «s infrações, ovalor da multa, o local, o vei-culo e -cinda o sutototal por em-presa'.

Depois de amanhã, o Detranfornecerá a conclusão do le-vantamento para saber quaisas empresas que mais devem aoEstado e outros dados estatis-ticos fornecidos nelas folhas docomputador eletrônico.

VALOR DO TRABALHO

O Sr. Álvaro Rocha revelouque as multas relativas ao pri-meiro trimestre deste ano jáforam comunicadas às emprê-sas e que, a partir dc depoisde amanhã, serão enviadas asguias de pagamento das multasreferentes ao período anteriora janeiro.— Além dèssc total — adian-tou o Sr. Álvaro Rocha — oEstado terá a arrecadar aindamais NCrS 2 milhões com asempresas dc ônibus relativos alicenças de veículos não pagasaté agora.

AMEAÇA CONSTANTE

Além de quebrarem os ovos,os ratos atacam e matam os fi-lhotes. Segundo os tratadoresdo Jardim Zoológico, os ratossão constantemente combati-des, mas continuarão sempre aser uma ameaça aos animaisc aves novos, pois se reprodu-zem com grande facilidade. Hátrechos do Zoo. segundo os tra-tadores, '-que eles são donos dasituação."

Ontem ã tarde, durante o ba-nho do primeiro cisne negroque nasceu no Zoo, o cisne paiinves'tiu várias vezes contra osratos. O cisne negro é filho deum casal que veio de Higicnó-

polis, e vive com outras novacm um cercado, ao lado do pré-dio da administração do Zoo.

CISNES ASTRONAUTAS

O diretor do Departamentode Parques, Sr. Gildo Borges,informou ontem que se nasce-rem os três cisnes negros, fi-lhos do casal Garrincha e ElsaSoares, eles terão os nomes deArmstrong, Aldrin e Collins emhomenagem aos cosmonautasque conquistaram a Lua. Nocaso ^de não vingarem os trêsovos, o Sr. Gildo Borges daráaos que: sobreviverem simples-mente o nome de "Astronautas,

ou qualquer outro nome."

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Pedra do Baianoíicará combarracos de 5 famílias que

Fred Falcão, Antônio Aãolfo, Rui Mauriti e Billy Blanco ouviram na Secreta-ria ãe Turismo Marzagão anunciar seus nomes entre os classificaáos

FIC divulga as canções doolar quervirar Casa Rio e aguarda as músicas

dizem ser donas do terreno do. Artista classificadas nos Estados..Apenas cinco das 68 famílias que habitam a Fa-

vela da Pedra do Baiano, no Leblon, não serão remo-vidas hoje pela Secretaria de Serviços Sociais paracasas na Cidade de Deus: alegam serem donos doterreno que ocupam desde abril de 1924, com base nodireito de usucapião.

Para evitar que o aglomerado de cinco barracos,ao sopé da Pedra do Baiano que dá para a AvenidaBorges de Medeiros se constitua numa semente parafutura favela, a Secretaria de Serviços Sociais exigi-rá dos ocupantes a assinatura de um termo de com-promisso — até a decisão final da Justiça — de quenão deixarão construir novos barracos no local.TRANSFERENCIA

Ontem à tarde o represen-tante da Secretaria de Servi-çcs Sociais, Sr. Jucl Videira,entregou a cada uma das 63famílias, que serão transferi-das hoje para a Cidade de Deusnotificação da mudança, fei-ta apenas verbalmente há cèr-ca de uma- semana.

Quarenta e quatro famíliascom melhor renda familiarocuparão casa de sala, quarto,banheiro e cozinha, com pres-tação mensal de NCrS 34.00; 19ocuparão casas de triagem (pe-quena). pelas quais pagarãoNCrS 10,00, e casas de triagem(grande), cuja mensalidade se-rá de NCrS 12,00.

A remoção começará ás 8horíys com o emprego dc 25 ca-minhões da Suteg e 100 ho-mens: 60 ajudarão na mudan-ça e 40 cuidarão da demoliçãodos barracos tão lego sejamdesocupados. O coordenador daremoção, Sr. Juci Videira. dis-

o seu irmão Francisco Noguei-ra, de 60 anos — se baseia nodireito de usucapião, previstano Artigo 550 do Código CivilBrasileiro'.

O requerimento de usucapiãofeito em 5 de abril de 1924 porAmaro Nogueira foi registradoàs folhas 16 c 17 no Cartóriode .Sclfieri Cavalcanti de Al-buquerque.. Pelo documento sediz: "com fundamento no Co-digo Civil, Art. 550,. declaro porsentença que o terreno medindoaproximadamente 200 metros defrente (Avenida Ataulfo déPaiva) por 150 de fundos, cor-rendo os rumos da vertente daPedra do Baiano, na lagoa Ro-drigo de Freitas — marco A —150 rumo Sul e 10 graus SE,até encontrar água, por forçadi usucapião."

Com base no mesmo artigodo CCB, ficou comprovado naocasião que o terreno foi ocupa-do há mais de 30 anos porAmaro Nogueira "sem inter-rupção e oposição", o que jus-

se esperar concluir os trabalhos _ tlfica o direito de posse peloda erradicação de mais uma usucapião.

Cemo último recurso puraeviatr o

'despêjoi definitivo, osmoradores cio Solar da Fossavão sugerir ao Governador Ne-gr."o de Lima que ê.e sejatransformado na Casa do Artis-ta cem exposição permanente cie

pintura, escultura e artesanatode artistas jovens., além delhes garantir acomodação, "pe-lo menos enqunnto*não esciver-mo.s em boa situação."

Os próprios moradores achamdifícil a possibilidade do tom-bamérito do casarão, hipótese'levantada no fim de semana,O diretor de Patrimônio Histó-rico, professor Trajano Qui-nhões, disse ontem que não co-nhece o prédio, mas, desde quehaja solicitação da Secretariade Educação, o Conselho tíeTombamento estudará seu valorhistórico e artístico para resol-ver o assunto.

Segundo se dizia ontem noSolar, alguns militares esta-riam contra a demo.;7ão doprédio pera dar lugnr a dniedificio de 40 andares numaárea vizinha ao Forte SãoJcão.

— Se isso fôr verdade •— af.r-mou um morador — aumenta apossibilidade de ser aceita aidéia da Cnsa do -Artista. Dc-vemos ir ainda e-:ta semana aoGovernador para levar a sugés-tão. Você sabe, êie.é muito li-gado às artes e é bem capaz tíeapoiar a transformação. Nesse

, caso. o Fsíiado indenizaria oproprietário do casarão e cspróprios moradores do Solar seresponsabilizariam pela manu-tenção dos salões de exposição.

Os moradores qu? não criemno tombamento dizem que oprédio já passou por diversasreformas, perdendo suas ca-racteristlcas originais'. A ,ía-cliada do casarão, ho eiuaiito,ainda é a original.

O diretor-geral do Festival Internacional daCanção, Sr, Augusto Marzagão, divulgou ontem as30 músicas classificadas para concorrer pela Guana-bara ao IV FIC.

Os compositores classificados deverão compare-cer até amanhã à sede do Festival, à Rua PachecoLeão, 506, casa 3, para tomar conhecimento de todasas exigências, sob pena de desclassificação. Ainda es?ta semana serão conhecidas as outras .15 concoTren-tes estaduais e as 10 músicas de reserva da Guana-bara.

favela até 12 horas.

TEMPO DE PERMANÊNCIA

Os herdeiros de Amaro No-gueira — falecido em 1*30 —através de documentos devida-mente registrados em cartórios'da

antiga Prefeitura do Distri-to Federal, afirmam ter a le.gi-Uma pesse da terra e des bar-races que oeupam hoje. e deterrenos já invadidos — inclu-sive pelo antigo IAPC que cons-truiu os três blocos de aparta-mentes do conjunto dos jerna-listas — os quais estão limita-dos pelas Avenidas Ataulfo dcPaiva, Afrânio de Melo Fran-co, Borges de Medeiros e pe-la Rua Humberto de Campes.

A posse, segundo o atual res-ponsável pelos bens deixadospor Amaro Nogueira — que 4

Os herdeiros de Amaro No-gueira aguardam no momentodecisão do Supremo TribunalFederal, em Brasília, quanto Auma «ção rescisória iniciada em1DC2, pela qual contestam o dl-reito de usupião requeridopara a mesma área pelo espó-lio de Gabriela Ferreira Fran-co, em 1926. dois anos depo'sdo registro feito pelo primeiropossuidor dos terrenos.

Diante da possibilidade de vi-rem a sair do local e perdertoda a área restante — inclusi-ve toda a Pedra do Baiano euma área de 150 metros quedá para a Avenida Borges deMedeiros — constituíram seuadvogado o Sr. Francisco Ma-chado. que já iniciou contatoscom as autoridades estaduaisligadas «o problema.

"Enterprise"chega hoje efica 4 dias

Com uma equipagem dc 1 900oficiais e marinheiros, chega

Jio.ie ao Rio, o porta-aviõesEnterprise — o único de suaclasse movido a energia nu-clear. Durante sua permanên-cia de quatro dias. o barco fi-cará ancorado entre a ilha dasCobras e a Ponta de Gragoatá.

O porta-aviões será visitadopor convidados especiais e. nasegunda-feira, partirá paraNorfolk, Virgínia. Esta é a se-gunda 'visita do Enterprise aoRio. Os oficiais e marinheirosdesembarcarão diariamente pa-ra visitas aos locais turísticose passeios pela cidade.

AS CLASSIFICADAS

As concorrentes cariocas aoIV Festival Internacional daCanção, setor nacional, sãoAnunciação, de Francis Hime ePaulo César Pinheiro; Ave-JIa-ria do Retirante, de Carlos Co-queijo e Alcivando Luz; BeijoSideral, de Marcos e Paulo Sér-gio Vale; Beiras, de Nelson Pa-nicali e Ronaldo Monteiro deSousa; Beira Vida, de Dori Cai-mi e Nelson Meta; liem-Te-Vi,de Artur Veroeai e AmoldoMedeiros, Canastra Kcal, deGuilherme Dias Gomes e Cé-sar Mourão; Claridade, de Ho-mero Moutinho Filho; Copaca-liana Velha dc Guerra, de Joi-ce e Sérgio Flaksmàn; Correu-tes, de Tcninho Hcrta e Már-cio Borges: Fior, dc Taiguara;Gotham City, de Macalé e Ca-pinam; Grande Cidade, de Ma-nuel Tiago e Airtcn Barbosa;Juliana, de Antônio Adolfo eTibcrio Gaspar; Lendas elcRenda Branca, de Heyds Bar-reso Neto e Flávta Queirós deLima: Lconora, de Luis Car-los Sá; Lcvança, de SérgioFerreira da Cruz; Longe doTempo, de Danilo Caimi e JoãoCarlos Pádna; Minha Marisa,de Fred Falcão e Paulinho Ta-pajós: Na Roda tio Vento, deCandinho e Lula Freire; Mer-cr.-lor dc Serpentes, de Egbcr-to Gismcndi: O Tempo c oVento, de Billy Blanco e JorgeOrnar: Ptuso Hoje, de Francis-co Viana Lessa c José Antó-nio Lopes Ribeirc; Quem Man-dou, de Eduardo Souto Neto e

'Síraio Bittencourt; Ságàraná,de João de Aquino e Paulo Cé-sar Pinheiro: Serra Acima, rieSilvio da Silva Júnior e Aldir

Mendes; Tornado, de Guto «César Mourão: Visão Geral, deCésar Costa filho. Rui Màuritie Ronaldo Monteiro de Sousa.

PROVIDÊNCIAS

Os compositores classificadosdeverão se apresentar na sedado Festival, num prazo másimode 2-1 horas, para saber as pro-vidências a serem tomadas oomrespeito às suas músicas. Atéo dia 5 de agosto deverão apre-sentar quatro fotos 13x18, bio-grafia, indicação do interpretae do arranjador e melodia ci-frada. Até o dia 25 devem estarprontos os arranjos, para que aorquestra possa estudá-los, eosintérpretes recebam um play-baçk da canção.

A Secretaria de Turismo e adireção do Festival resolveram,dar NCrS 500.00, a cada can-ção classificada; o Secretáriode Turisino. Sr. Levi Neves, em-bera ausente, disse ter "a cer-teza de que êste será ó nossomais belo Festival."

PAULISTAS AMANHA

São Paulo (Sucursal) — Se-rão selecionadas amanhã noteatro do TUCA as seis músicaspaulistas para o IV Festival In-ternacionâl da Canção. As 18canções classificadas para a se-mifinal terão um ensaio geralhoje à noite.

Entre os concorrentes estãoZé Kéti, Ari Toledo e Chico deAssis. Os Mutantes, Tomzé. TéoBarres e Augusto Boal. JorgeBen, Demétrios, Renato Teixei-ra, César Roldão e Marünho caVila.

Festival Universitáriodivulga semifinalistas

Serão divulgadas amanhã ànoite, no Repórter £sso da Tv-Tupi, as 30 músicas semifir.a-listas do II Festival Universi-firio de Música Brasileira.Foram inscritas 2 474 músicas.Cerca de 6r'o das composiçõesinscritas pela Guanabara per-tencem a alunos da EscolaPolitécnica da UniversidadeCatólica. .

Céixa de 20r'c do total deinscritos são estudantes de DSreito. e a Universidade Federaldo Rio de Janeiro deu o maiornúmero de candidatos, com umtotal de 37% das inscrições.Apenas 13.6"<, dos concorren-les são mulheres, e os temaspreferidos pelos universitáriossão o amor • a conquiat» es-pacial.

Page 8: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

JORNAL DO BRASIL ? Terça-feira, 29/7/69 __ 1." Caderno SEGUNDO CLICHÊ CIDADE - 5H

Zona Sulestá com60 ciclos

O Escritório Técnico deConversão de Freqüência In-íormou que a mudança de cl-elagem — dc 50 para 60 ciclos

realizada ontem nos balr-ros de Botafogo, Copacabana,TJrca e Leblon completou aconversão da Zona Sul e de-correu normalmente.

Esta operação foi considera-<áa a mais fácil já realizada,apesar do grande número deconsumidores dos bairros atin-gldos. Isto, segundo os técni-cos, aconteceu graças à prepa-ração anterior à mudança.

O número de telefonemaspara o posto de atendimento'do Escritório —- cerca dc 60 —ifoi classificado de insignifi-cante, pois, normalmente, cen-tenas de pessoas telefonam du-rante o dia da conversão.

Visitantesvão servacinados

Quem desembarcar na rodo-viária Novo Bio ou no Cam-po de são Cristóvão a oartirde sexta-feira será vacinadocontra varíola, a menos ouepossua atestado emitido no lu-gar de origem.

A medida, que será posta emprática pelo Departamento deSaúde Pública, visa conter adoença na Guanabara, onde amaioria dos casos é de em pes-soas que chegam dos Estados.A vacinação será feita em pos-tos instalados nos locais de de-«embarque, que funcionarão 24horas por dia.

EM ETAPAS

Segundo informações do De-partamento de Saúde Pública

DSP — o controle não seresumirá apenas às estações ro-doviárias: nos próximos 15dias deverá estender-se aosterminais ferroviários (Centralc Leopoldina), ao AeroportoSantos Dumont, ao porto doRio e à estação das Barcas.

— Como é fácil perceber, afiscalização de passageiros e aaplicação de vacinas são mui-to mais difíceis na Central, naLeopoldina e nas Barcas, ondedesembarcam 'muitos «ilibareide pessoas diariamente. Umagrande parte desses passagei-ros volta ao Rio todos os diaspara trabalhar c só deverãoser vacinados uma vez, Hátambém os que chegam do in-terior e vem para ficar: prin-cipalmente esses terão de servacinados. O controle é pro-blemático e já existe uma co-missão encarregada de estudaro problema — informou o as-sessor do diretor do DSP, Sr.Marcelo Cavalcanti.

O estudo deverá ficar pron-to nos próximos 10 dias e asvacinas serão aplicadas cmmassa, gratuitamente. Quemcostuma vir à Guanabara dià-riamente precisará portar oatestado de vacinação e exibi-lo no desembarque. Fará queos postos funcionem ininterrup-tamente,_ o DSP formará equi-pes.

Santa Casainauguraambulatório

A Santa Casa da Misericór-dia inaugura hoje, às 10 horas,cm prédio anexo, o Ambulatô-rio Santa Isabel, onde passa-rão a funcionar toclos os ser-viços de ambulatório da enti-dade. Atualmente, cerca de80% da população carioca estásob proteção da Santa Casa.através de convênios firmadoscom 'diferentes organismos.

O INPS, Ministério da Ma-rinha, Ministério do Exército,Ministério da Aeronáutica,IPEG, Polícia Militar e Corpode Bombeiros da Guanabara,além 'de associações partícula-res, firmaram convênios cem aSanta Casa. ' Esses convêniostêm funcionado regularmente,schtlo prestada assistência mé-dica e serviços de ambulatóriosa todos os beneficiários.

Detran avisa a motoristasque tráfego na Lapa devecontinuar tumultuado hoje

O Departamento de Transito previu ontem ealertou os motoristas para novas dificuldades que ho-je poderão ocorrer no tráfego na Lapa, em conse-quência da interdição da Rua dos Arcos para asobras de abertura da Avenida Norte—Sul, que deve-rjam estar concluídas no último domingo.

O transito esteve prejudicado ontem não só naLapa como nas proximidades do próprio Departamen-to de Transito. Na Rua Visconde do Rio Branco; porcausa de cbras da Companhia Telefônica Brasileira'e,na Praça Tiradentes e Rua da Carioca, onde a Lightcolocou dois imensos caminhões e operários para con-sêrto de uma galeria subterrânea.

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PROBLEMASPROGRAMADOS

A interdição da Rua dos Ar-ces, entoe o Largo das Praci-nhas e o n.° 11, fei determina-da na semana passada peloDetran para vigorar no sábadoe domingo; de modo a atenderos problemas de transito.

Cam o fechamento da Ruados Arcos, todos os veículos quenormalmente passavam pc-lasRuas Evaristo da Veiga e Vis-conde dc. Maranguape foramobrigados a tomar a AvenidaMem de Sá, somando-se aomovimento procedente dá ZonaSul can destino à Zona Nor-te, através da Lapa.

Cintem à tarde, o transito naPaia da Carioca esteve igual-mente difioil, moroso e confu- ¦so, criando problemas em tóci-aa Praça Tlradeníes, na Ave-nida- Passos e até na Rua Setede Setembro, porque os veículosdestinados ao Largo da Cariocaficavam retidos e bloqueavamoutros caminhos.

As" dificuldades foram cria-das pela ocupação de mais demeia pista, no centro da Ruada Carioca, por dois caminhões,máquinas e operários da Lightno conserto de uma galeria sub-terranea, onde ocorreu um cur-to-circuito em um cabo de ai-ta tensão.

Levantamento aéreo da área BÁRRE^^ vencidado plano para Jacarepaguá ftirará dúvidas de técnicos

O levantamento aerofotogramétrico da Baixada deJacarepaguá, que deverá estar concluído dentro deum mês, possibilitará a demarcação exata da áreado plano-pilôto de Lúcio Costa, noJ trecho próximo àCidade tíe Deus, eliminando as dúvidas surgidas en-tre os próprios técnicos do Estado.

Engenheiros do 16.° Distrito de Edificações daSursan foram dntçm à sede do grupo de trabalho da •Baixada de Jacarepaguá pedir informações sobre oslimites exatos, pois não sabiam se as licenças reque-ridas para novos loteamentos no trecho próximo àCidade de Deus deveriam ou não estar condicionadasao cumprimento das normas específicas destinadas àárea do plano-pilôto.O LIMITE

O chefe do escritório técnicodo grupo de trabalho, Sr. Már-cio Ribeiro, explicou aos en-genheiros que o limite de área,neste trecho, em principio, é alinha que tangencia o CentroMetropolitano, ligando o pi-otios Dois Irmãos ao outeiro doEngenho D'Agua.

Os limites exatos, no entan-to, só serão demarcados, sp-gundo explicou o Sr. MárcioRibeiro, após . a conclusão delevantamento aerofotogramétri-co. Até lá não deverão ser con-cedidas novas licenças na áreaduvidosa.

O levantamento servirá tam-bém para uma visão total daárea edificada. no momento, naBaixada de Jacarepaguá, im«pedindo a regularização de lo-teamentos ou construções clan-destinos, realizados após serembaixadas as primeiras instru-ções normativas para a área.

As próximas normas a serembaixadas visarão a área próxi-ma ao mar, até a altura da la-goa da Tijuca. Os proprietáriosque quiserem informações sô-bre a situação dos seus imóveisdevem procurar qualquer téc-nico do grupo de trabalho, àssegundas e quartas-feiras, pe-Ia manhã, na sede do grupo.

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Fred Falcão, Antônio Adolfo, Rui Mauriti e Billy Bianco ouviram na Secreta-ria de Turismo Marzagão anunciar seus nomes entre os classificados '-

Detran vai processar osprontuários de motoristascom computador eletrônico

O Secretário de Segurança, General Luís deFrança Oliveira, aprovou ontem, para imediata exe-cução, o plano do Departamento de Trânsito, de pro-cessamerito dos prontuários de motoristas por com-putador eletrônico, a exemplo do que já vem ocorren-do com o processamento das multas. .

O diretor do Detran, comandante Celso Franco,è o seu assessor jurídico, Sr. Álvaro Rocha, explica-ram que o ideal seria a expedição de carteiras tam-bém por processo eletrônico, mas, a medida está nadependência do Conselho Nacional de Trânsito, queteria de alterar a resolução que aprovou recente-mente modelo único para todo o país.

mecanização dos serviços doDepartamento de Trânsito, queserá o processamento eletròni-co conjunto e unificação descadastres de veicules, dos pron-tuários des motoristas e deslevantamentos e expedição dasmultas.

Para completar essa unifica-ção, o Detran ficará somentena dependência da aprovaçãopelo Contran (Conselho Nacio-nal de Trânsito) da sua car-teira, que, além da impressãodigital e do retrato determina-dos pelo modelo nacional, terátodas as informações constan.tes do prontuário e o tipo san-guineo do portador, que serápioneiro no Brasil.,

— Quando nos Estados Uni-dos me perguntaram se as nes-sas carteiras tinham o tiposangüíneo — relatou o comau-dante Celso Franco — eu sóconsegui menear a cabeça, nu-ma resposta evasiva, pois fi-quei constrangido de dizer quenão. Lá, eles só operam aci-dentados sem saber seu tiposangüíneo quawdo o caso éextremamente grave. Será quenós vamos correr es.se riscopor muito tempo mais?

Cisne negro que nasceu noZoo nada a tarde toda com

Solar quervirar Casa

pai que o protege de ratos do Artista

DIFICULDADESBUROCRÁTICAS

Durante a reunião, em queestiveram presentes também opresidente do Conselho Esta-dual de Trânsito, Sr. AbraimTebet". c o diretor da Divisãode Habilitação do Detran, co-ronel Cantidio Guimarães, foiexplicado ao Secretário de Se-gurança que o plano da meca-nizaçáo prevê também a ex-pedição de carteiras de moto-ristas a serem pi-ocessadasigualmente pelo computadoreletrônico. _,

Essa carteira, que'seria a có-pia fotográfica do prontuário,feita pelo processo polaróide eperfurada para o computadoreletrônico, não poderá, entre-tanto, ser adotada na Guana-bara, porque o Conselho Nacio-nal de Trânsito aprovou recen-temente uma resolução deter-minando a padronização dascarteiras de habilitação em to-do o país..

A Secretaria de Segurançaenviará, porém, um represen-tante do Detran ou do Cetrana Brasília, para obter do Con-tran a modificação de sua re-solução 418, de modo que per-mita à Guanabara e a SãoPaulo, que igualmente têm con-dições técnicas de adotar o sis-tema de prontuário e carteirasprocessadas por computadoreletrônico, adotar um medêlode carteira diferente do con-vencional e padronizado paratodo o pais.

— E uma nova batalha quenós teremos de sustentar —declarou o comandante CelsoFranco — depois de referir-sea um ano de luta para elabo-rar e fazer tramitar o planofinalmente aprovado ontem pe-lo Secretário de Segurança.

VANTAGENS ELETRÔNICAS

O plano de mecanização, quese encontrava há quatro me-ses em exame no Conselho Es-tadual de Trânsito, será entre-gue à IBM, que o elaborou, eao Centro de Processamento deDados da Secretaria, de Fi-nanças, responsável pela expe-dição das multas, para que se-jam confeccionados cs cartõespara o computador eletrônico.

Segundo os cálculos do Sr.Álvaro Rocha, são cerca de 650mil prontuários de motoristasda Guanabara que serão pro-cessados fácil c rapidamentepelo computador eletrônico emsubstituição ao antigo sistemade operação manual, moroso,falho, suscetível de irregular!-dades, falsificação, adulteraçãoe corrupção.

Esses inconvenientes, quenão se registram mais com asmultas, foram ressaltados nasemana passada com a prisãodo funcionário Mauro JorgeMoreira, da Divisão de Habili-tação do Detran, acusado defalsificação de centenas decarteiras, de motoristas.

Para o diretor da Divisão deHabilitação, coronel Cantidio

. Guimarães, o processamentoeletrônico dos prontuários per.mitirá também que sejammantidos rigorosamente atua-lizados cs cadastros de moto-ristas e acabará com os ve-lhos arquivos e prateleiras demadeira onde estão acjimula-des, sujeitos a todos os perigose acidentes. Atualmente, osfuncionários do Detran são osresponsáveis pela atualização,alterações e informes a seremacrescidos, a caneta ou a má-quina datllográfica, nesses 650mil prontuários, bem como pe-Ia expedição das segundas viasdas carteiras.

COMPLEMENTAÇAO IDEAL

O assessor jurídico do De-tran revelou que a Guanaba-ra caminha agora para atingirmais uma etapa da completa

MULTAS PROCESSADAS

Ao apresentar ontam ao So-cretário de Segurança. GeneralLuís de França Oliveira, o pia-no de mecanização de. pronttiá-rios de motoristas, o coman-dante Celso Franco mostroutambém o levantamento com-pleto, por computador eletròni-co, tíe três anos de multas nãopagas pelas empresas de trans-portes coletivos, no valor totalde NCr$ 3 milhões.

O levantamento abrange doisperíodos: de setembro de 196Sa janeiro de 1969, no valor deN3r$ 2,3 milhões, e do primei-ro trimestre deste ano, no to-tal de NCrÇ 700 mil. Para pa-gar as multas referentes aoprimeiro Deriodo, as empresasterão um prazo de 30 dias apartir da data da expedição desguias, sob pena de execução ju-diclal, com juros e correção mo-nérária e de apreensão dos vei-culo;.

TRABALHO DE VALOR

O Sr. Álvaro Rocha, exul-tante, mostrava ao secretáriode Segurança o que se tornoupossível com o processamentodas multas por computador ele-trônico, fazendo com que, emmenos de três meses, o Estadotivesse o levantamento dasmultas cometidas e acumuladasdurante três anos.

Os dois lotes das fichas, le-vadas "com' muito zelo" pelocomandante CcLso Franco e oSr. Álvaro Rocha' ao GeneralLuis de França Oliveira, rela-cionam empresa por empresa,especificando as infrações, ovalor da multa, o local, o vei-culo e ainda o sufototal por em-presa.

Djpois de amanhã, o Detranfornecerá a conclusão do .le-vantamento para saber quaisas empresas que nuiis devem aoEstado e outros dados estatis-ticos fornecidos nelas folhas docomputador eletrônico.

VALOR DO TRABALHO

O Sr. Álvaro Rocha revelouque as multas relativas ao pri-meiro trimestre deste ano jáforam comunicadas às emprê-sas c que, a partir de depoisde amanhã, serão enviadas asguias de pagamento das multasreferentes ao período anteriora janeiro.— Além desse total — adian-tou o sr. Álvaro Rocha — oEstado terá a arrecadar aindamais NCr$ 2 milhões com asempresas de ônibus relativos alicenças de veículos não pagasftté age.a.

Protegido pelo cisne-pai, o primeiro cisne negroque nasceu, sexta-feira última, no Jardim Zoológico,passou a tarde de ontem nadando, enquanto a cisne-mãe continuava no ninho, chocando mais dois ovos.O cisne-pai protegia o filhote contra os ratos, que in-festám o local.

No Campo de Santana estão sendo chocados ou-tros três ovos, mas os tratadores do Departamento deParques acreditam que eles nascerão em princípio deagosto. Explicaram que um ôvo de cisne leva de 30 a35 dias para ser chocado. O cisne macho protege afêmea, como no Zoo, contra o ataque dos ratos.AMEAÇA CONSTANTE

Além de quebrarem os ovos,cs rates atacam c matam os fi-lliotes. Segundo cs tratadoresdo Jardim Zoológico, os ratossão constantemente combati-dos, mas continuarão sempre aser uma ameaça aos animaise aves novos, pois se reprodu-zem cem grande facilidade. HAtrechos do Zoo, segundo os tra-tadores, "que eles são donos dasituação."

Ontem à tarde, durante o ba-nho do primeiro cisne negroque nasceu no Zoo, o cisne paiinvestiu várias vezes contra osratos. O cisne negro é íilho deum casal que veio de Higicnó-

polis, c vive com outros novecm um cercado, ao lado do pré-dio da administração do Zoo.

CISNES ASTRONAUTAS

O diretor do Departamentode Parques. Sr. Giido Borges,informou ontem que se nasce-rem cs três cisnes negros, fl-lhos do casal Garrincha e ElsaSoares, eles terão os nomes deArmstrong, Aldrin e Collins emhomenagem aos cosmonautasque conquistaram a Lua. Nocaso de não vingarem os trêsovos, o Sr. Gildo Borges daráaos que sobreviverem simples-mente o nome de "Astronautas,ou qualquer outro nome."

Pedra do Baiano ficará combarracos de 5 famílias quedisem ser donas do terreno

Apenas cinco das 68 famílias que habitam a Fa-vela da Pedra do Baiano, no Leblon, não serão remo-vidas hoje pela Secretaria de Serviços Sociais para.casas na Cidade de Deus: alegam serem donos cioterreno que ocupam desde abril de 1924, com base nodireito de usucapião.

Para evitar que o aglomerado de cinco barracos,ao sopé da Pedra do Baiano que dá para a AvenidaBorges de Medeiros se constitua numa semente parafutura favela, a Secretaria de'Serviços Sociais exigi-rá dos ocupantes a assinatura de um termo de com-promisso — até a decisão final da Justiça — de quenão deixarão construir novos barracos no local.TRANSFERÊNCIA

Ontem à tarde o represen-tante da Secretaria de. Servi-çcs Sociais, Sr. Juci Videira,entregou a cada unia das 63família- que serão transferi-das hoje para a Cidade de Delisnotificação da mudança, fei-ta apenas verbalmente há cêr-ca de uma semana.

Quarenta e quatro famíliascom melhor renda familiarocuparão casa de sala, quarto,banheiro e cozinha, com pres-tação mensal de NCr? 34,00; 13ocuparão casas de triagem (pe-quena), pelas quais pagarãoNCr? 10,00, e casas de triagem(grande), cuja mensalidade se-rá de NCr$ 12,00.

A remoção começará às Shoras corn o emprego de 25 ca-minhões da Suteg e 100 lio-mens: 60 ajudarão na mudan-ça e 40 cuidarão da demoliçãodos barracos tão lego sejamdesocupados. O coordenador daremoção, Sr. Juci Videira, dis-se esperar concluir os trabalhosda erradicação de mais umafavela até 12 horas.

TEMPO DÊ PERMANÊNCIA

Os herdeiros de Amaro No-g.icira — falecido em 1S30 —através de documentos devida-mente registrados em cartóriosda antiga Prefeitura do Distri-to Federal, affrmam ter a legi-tima posse da terra e dos bar-races que ocupam hoje, <j deterrenos já invadidos — inclu-sive pelo antigo IAPC que cons-traiu os três blocos de aparta-mentos do conjunto des jorna-listas — os quais estão limita-dos pelas Avenidas Ataulfo dePaiva. Afrànio de Melo Fran-co. Borges de Medeiros e pe-Ia Rua Humberto dc Campes.

A posse, segundo o atual res-ponsável pelos bens deixadospor Amaro Nogueira — que a

o seu irmão Francisco Noguei-ra, de 60 anos — se baseia nodireito dc usucapião, previstaho Artigo 550 do Código CivilBrasileiro.

O requerimento de usucapiãofeito cm 5 de abril dc 1024 porAmaro Nogueira foi registradoàs folhas 16 e 17 no Cartóriodc Sclfieri Cavalcanti de Al-buquerque. Pelo documento sediz: "com fundamento no Có-digo Civil, Art. 550, declaro porsentença que o .terreno medindoaproximadamente 200 metros defrente (Avenida Ataulfo dePaiva) por 150 de fundos, cor-rendo cs rumos, da vertente daPedra do Baiano, na lagoa Ro-drigo de Freitas — marco A —150 rumo Sul e 70 graus SE,até encontrar água, por forçadi usucapião;"

. Cem base no mesmo ari?»do CCB, ficou comprovado naocasião que o terreno foi ocupa-do há mais de 30 anos porAmaro Nogueira "sem inter-rupçâo e oposição", o que jus-tlfica o direito de posse pelousucapião.

Os herdeiros de Amaro No-gue:ra aguardam no momentodecisão do Supremo TribunalFederal, em Brasília, quanto auma ação rescisória iniciada cm1962, pela qual contestam o di-reito de usupião requeridopara a mesma área pelo csr.ò-lio de Gabriela Ferreira Fran-co, em 1926, dois anos depo'sdo registro feito pelo primeiropossuidor dos terrenos.

Diante da possibilidade de vi-rem a sair do local e perdertó.iu a área restante — inclusi-ve toda a Pedra do Baiano euma área de 150 metros quedá para a Avenida Borges deMedeiros — constituíram seufiãvogado o Sr. Francisco Ma-chado, que já iniciou contatoscom as autoridades estaduaisligadas ao problema.

Como último recurso paraeviatr o despejo definitivo, osmoradores do Solar da Fossavão sugerir ao Governador Ne-grío de Lima que êle' sejatransformado na Casa do Artis-ta com exposição permanente d.

•pintura, escultura e artesanatode artistas jovens, além delhes garantir acomodação, "pe-lo menos enquanto não estiver-mos em boa situação."

Os próprios moradores achamdifícil a possibilidade do tom-bamehto do casarão, hipóteselevantada no fim de semana.O diretor de Patrimônio Histô-rico. professor Trájano Qul-nhões, disse ontem que não co-n.hecc o prédio, mas, desde quehaja solicitação da Secretariade Educação, o Conselho ceTdnibamehtd estudará seu valorhistórico e artístico para resol-ver o assunto.

Segundo se dizia ontem noSolar, alguns militares esta-riam centra a demolição doprédio para dar lugar a umedificio de 40 andares numaárea vizinha ao Forte SãoJoão.

— Se isso fôr verdade — af',r-mou um morador — aumenta apossibilidade de ser aceita aidéia da Casa do Artista. De-vemos ir ainda esta semana aoGovernador para levar a süges-tão. Você sabe, êie é muito li-gado às artes e é bem capaz úcapoiar a transformação. Nesse•caso. o Estado indenizaria oproprietário do casarão c cspróprios moradores do Solar seresponsabilizariam pela mànü-tenção dos salões de exposição.

Os moradores que não crêemno tombamerito dizem que oprédio já passou por diversasreformas, perdendo suas c;i-ractèristicàs originais. A fa-eha-Ja do casarão, no entanto,ainda é a original.

"Enterprise"cliega lioje efica 4 dias

Com uma equipagem de 1 900oficiais e marinheiros, chegahoje ao Rio, o porta-aviõesEnterprise — o único de suaclasse movido a energia nu-clear. Durante sua permanên-cia de quatro dias, o barco fi-.cará ancorado entre a ilha dasCobras e a Ponta de Grágcatá.

. O porta-aviões será -visitadopor convidados especiais e, nasegunda-feira, partirá paraNorfolk, Virgínia. Esta é a se-gunda visita do Enterprise aoRio. Os oficiais e marinheirosdesembarcarão diariamente pa-ra visitas aos locais turísticose passeios pela cidade.

Leilão vendecontrabandoda Zona Sul

A .Tnspetoríá Fiscal de Cepa-cabana, do Ministério da Fa-finda, vai realizar nos dias 6,7 e 8 de íigôsto, na Av. Vene-zueió, 231, leilão de mercadorras sem notas fiscais apreen-didás ao comércio e a parti-cuiares.

Os lotes de maior volume sópoderão ser adquiridos por fir-mas registradas no comércio.As pessoas físicas poderão ad-qu'rir íis mercadorias dos lotesmenores. A comissão de leilãoserá composta pelo .inspetorDario Mauro, a escrivã Ge--il:'aLinhares Soutinho e o leiloei-ro Carlos Pedtosa.

MERCADORIA

Nos dias 4 e 5 de agõs'o, des9 às 12 horas, as mercadoresestarão à disposição dos inte-ressados, para exame. Os lo-tes apreendidos, todos na ju-risdição da Inspetòria de Co-pacabana, são compostos nasua maioria por sandálias. Vi-nhos, relógios, material eletrô-nico. roupas, televisores, uísqueestrangeiro e pedras semipre-ciosas de procedência nacional,encontradas sem a devida do-cumentação.

FIC divulga as canções doRio e aguarda as músicasclassificadas nos Estados

O diretor-geral do Festival Internacional daCanção, Sr. Augusto Marzagão, divulgou ontem as30 músicas -classificadas para concorrer pela Guana-bara ao IV FIC.

Os compositores classificados deverão compare-cer até amanhã à sede do Festival, à Rua PachecoLeão, 506, casa 3, para tomar conhecimento de todasas exigências, sob pena de desclassificação. Ainda es-ta semana serão conhecidas as outras 15 concorrei.-tes estaduais e as 10 músicas de reserva da Guana-bara.AS CLASSIFICADAS

As concorrentes cariocas aoIV Festival Internacional duCanção, setor nacicnal. sãoAnunciação, de Fráncis Hijne oPaulo César Pinheiro; Ave-Ma-ria do 'Retirante, de Carlos Co-queijo e Alcivando Luz; Beijo-Sideral, de Marcos e Paulo Ser-gio Vale; Beiras, de Nelson Pa-nicali e Rcnaldo Monteiro rieScu.sa; Beira Vida, de Dori Cai-mi e Nelson Mota; Bem-Te-Vi,de Artur Verocai e ArncldoMedeiros, Canastra Kcal, deGuilherme Dias Genes e Cé-sár Mourão;- Claridade, de Ho-mero Moutinho Filho; Copaca-bana Velha de Guerra, de Joi-ce e Sérgio Flaksman; Corrcn-les, de Tcninho Horta e Mar-cio Borges: Fior, de Taiguara;Colham City, de Macalé e Ca-pinam: Grande Cidade, de Ma-nucl Tiago e Aírton Barbosa:Juliana, de Antônio Adolfo eTibário Gaspar; Lendas deRenda Branca, de Heyds Bar-reso Neto e Flávia Queirós deLima; Leonora, de Luis Car-les Sá; Levança, de SérgioFerreira da Cruz; Longe dnTempo, de Danilo Caimi e JoãoCaries Páriua; Minha Marisa,dc Fred Falcão e Paulinho Ta-pajós; Na Roda do Vento, deCandinho e Lula Freire: Mer-cp.dor de Serpentes, de Egber.to Gismohdi; O Tempo e oVento, de Billy Bianco e JorgeOrnar; Passo Hoje, de Francis-co Viana Lessa e José Antó-nio Lopes Ribeiro; Quem Man-dou, de Eduardo Souto Neto eSérgio Bittencourt; Sagarana,de João de Aquino e Paulo Cé-sar Pinheiro; Serra Acima, deSilvio da Silva Júnior e Aldir

Mendes; Tornado, de Guto »César Mourão"; Visão Geral, deCésar Costa filho, Rui Mauritie Ronaldo Monteiro de Sousa.

PROVIDÊNCIAS

Os compositores classificados.deverão se apresentar na sededo Festival, num prazo máximode 21 horas, para saber as pro-videpcias a serem tomadas comrespeito às s"~s músicas. Atéo dia 5 de ag„-.3 deverão apre-sentar quatro fotos 13x18, bio-grafia, indicação do intérpretee do arranjador e melodia ci-irada. Até o dia 25 devem estarprontos os arranjos, para que aorquestra possa estudá-los, eosintérpretes recebam um play-back da canção.

A Secretaria de Turismo e &direção do Festival resolveramdar NCrS 500,00, a cada can-r' i. classificada: o Secretáriod. Turismo, Sr. Levi Neves,em-bora ausente, disse ter "a cer-teza de que éste será o nossomais belo Festival."

PAULISTAS AMANHA

São Paulo (Sucursal) — Se-rão selecionadas amanhã noteatro do TUCA as seis músicaspaulistas para o IV Festival In-ternacional da Canção. As 13canções classificadas para a se-mifinal terão um ensaio geralhoje à noite.

Entre os concorreij.tes estãoZé Kéti, Ari Toledo e Chico deAssis, Os Mutantes, Tomzé. TioBarres e Augusio Boal, Jov?._Ben, Demétrios, r.rnato Teixei-ra, César Roldão e Martinho (jaVila.

Festival Universitáriodivulga semifinalistas

Serão divulgadas amanhã ànoite, no Repórter Esso da Tv-Tupi, as 30 músicas semifirm-listas do II Festival Universi-tário de Música Brasileira.Foram inscritas 2 474 músicas.Cerca de 6% das composiçõesinscritas pelíf Guanabara per-tehcsni a alunos da EscolaPolitécnica da UniversidadeCatólica.

Cerca de 20r'n do total dsinscritos são estudantes dc Di-reito, e a Universidade Federaldo Rio de Janeiro deu o maiornúmero de candidatos, com umtotal de 37% das inscrições.Apenas 13.GT- dos concorrei!-tes são mulheres, e os temaspreferidos pelos universitáriossão o amor e a conquista es-pacial.

Estado diz que cidade nãocarece de falta de gáse abastecimento é normal

A Companhia Estadual do Gás assegurou ontemque não há nenhum problema específico de falta degás encartado, pois todas as usinas e compressoresfuncionam e o abastecimento à cidade é normal.

Os técnicos explicaram que a deficiência de abas-tecimento ontem e anteontem, especialmente nosbairros de Botafogo e Tijuca, deve-se à existência depontos de estrangulamento da rede de distribuição,localizados justamente nestas áreas.CARÊNCIA

Segundo informou o presi-'dente da CEG. coronel Paulo

Leitão de Almeida, os funcio-nários da Divisão de Distribui-ção da companhia não regis-tráram, ontem, reclamaçõesmais intensas em nenhumaárea da cidade, mas- apenasas usuais, que são atribuídasà carência genérica da produ-ção e à insuficiência da rodede distribuição.

Em Botafogo e na Tijuca.entretanto, situam-se cs pon-tos críticos de deficiência doabastecimento. pois. nestesdois bairros, a rede de dist"i-buição sefre estraniulamcnt).Na verdade, como as dimen-soes da tubulação tornaram-se muito pequenas, com ocrescimento da demanda e aestagnação da ampliação dos

serviços nos últimos 20 anos,todos os bairros que são supri-dos através de Botafogo e Ti-jucá ficam prejudicados.

Entre estes estão Copacaba-na, Ipanema, Leblon, Gávea eL-eoa, na Zona Sul, c gran-de parte da Zona Norte, alémdos subúrbios alcançados pelarede, que são os da Central,até Piedade. Para melhorar ofornecimento a estas regiões,a CEG está assentando umanova rede de alta pressão, emBotafogo, que deverá estarpronta cm seis meses, c plane-ja uma obra do mesmo tipo— mas de maior porte — pa-ra a Tijuca. a ser iniciada noipróximos meses.

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Page 9: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

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Cartasciosleitores

Juros e correção"Desejo somar meu protes-

to contra certas distorções ob-eervadas no comércio, do ummodo geral, em decorrência daatual política cconômlco-íinan-ceira (...) Atente-se para osdesregramentos observados nasvendas a prazo, quer. quantoaos preços enganosos e estron-dosanrente proclamados na te-levisão, quer quanto aos jurosextorsivos cobrados nesse tipode transação. Simplesmente, osjuros não Incidem sobre os sal-dos devedores decrescentes, emlace das amortizações mensaissucessivas, mas sobre o totalda compra, como se ela íõssepaga de uma só vez no finaldo prazo. (...)

Quanto _ aplicação da corre-ção monetária no setor habita-cional, segundo interpretaçãoobtida no Ministério do Pia-nejamento, nenhuma relaçãotem ela com os reajustes sa-lariais. Decorre apenas de suavineulação com os índices dereajustes das Obrigações -doTesouro e de outros íatõ-res reajiistáveis trimestralmen-te, qúe influem no aumento docusto de vida. Sua coincidén-cia com os aumentos dos assa-lariados serve, apenas, paratornar menos penoso o seu pa-gamento. A grande injustiça,na concessão de financiamen-tos para a casa própria, é quoas autoridades não admitemque as prestações onerem maisde 25% da renda familiar. (...)Ora, se para composição dosalário mínimo e seus suce.-s-sivos aumentos o percentualdestinado à habitação é de25r'., logicamente a correçãomonetária neste setor não de-veria exceder de 1/4 do au-mento do salário mínimo cnunca basear-se os índices ge-rais do aumento do custo aevida. (...)

Clarintlo Carneiro, cconomis-ta — Kio."

JORNAL DO BRASIL Coisas da Política

Dlrator._nosl_.en_e:C. Pereira Carneiro

_»<>, 29 tio julho tio V)o.DlTBlOBBS:

M. F. _o Nascimento BritoJosé Sette Câmara

Mitar-Ohi_»:Alberto Bln. f

Contestação 1

Na Pista do Terrorismo

"Com referência _ notíciapublicada na página 4 d oJORNAL DO BRASIL dc26.7.69, peço que desmintam ca-tegoricamente haverem os jo-vens da Sociedade de Defesada Tradição, Família e Pro-priedade (TFP) tentado invadiro recinto da Assembléia dosBispos, para distribuição ciepanfletos. Não só é inverídicoterem os jovens estado naqueleIraal como a TFP nada temde comum com os aludidospanfletos.

Plínio Correia Oliveira, pre-sidente do Conselho Nacionalda TFP — São Paulo."

Inscrição partidária"Lendo o JORNAL DO

BRASIL aqui em Nova Orleans,onde se encontra o navio emque estou embarcado, soube dotérmino do prazo para inscriçãopartidária, Como sou marítimo,pergunto como fica a situaçãodos marítimos eleitores. PodereiJazer minha inscrição quandochegar ao Brasil, ou podereifazer a minha inscrição numconsulado brasileiro?

Como sempre, as pessoas quotrabalham no mar foram es-quecidas. Já dizia um filósofogrego que "existem três espéciesde vida, os que estão vivos,

os que estão mortos e os quevivem no mar."

Espero que, agora que o Bra-sil redeseobriu o tra nsportemarítimo e acordou para a re-cuperação da Marinha Mer-cante, também acorde para arecuperação financeira e socialdo pessoal que opera essa Ma-rinha Mercante.

Aguinaltlo F. Pinto — It.Gomes Carneiro, 51 — Rio."

Apêío dc Honduras"O Comitê Feminino da As-

sociação de Imprensa Hondu-renha p ede que a imprensarestabeleça, a bem da justiça,a verdade em torno da agressãosalvadorenha contra a Hondu-ras.

Dora Henrique. — 'Xe„UC,í-Calpa, Honduras."

Aterro de Copacabana"(...) Um detalhe impor-

tantissimo está passando des-percebido pelos autores do pro-jeto de alargamento da Praiade Copacabana, de maravilhosabeleza urbanística e que iráconstituir-se no v e r da d e 1 r ocartão de visitas do carioca,

(. . .) Não sou contra o pro-Jeto aprovado, mas sou contraum detalhe das obras, superadoe antiquado,' no meu entender:as faixas para pedestres pinta-das sobre o asfalto, coisa quenão se usa mais. Terá sinalluminoso (dizem que é cletró-nico), mas de qualquer formaBervirá para congestionar otráfego dos veículos e enervaros motoristas.

Por que não se construir nafutura Copacabana as mesmaspassarela s subterrâneas doAterro do Flamengo? Por queo Governo não manda fazerns mesmas passarelas elevadasque existem sobre as modernaspistas de rolamento do Fia-mengo?

(...) O que o Governo pre-tende fazer em Copacabana,desprezando a segurança dopovo, é convite para provocarmais acidentes, mais mortes,mais prisões, mais processos naJustiça e mais desgraça. (...)

Ericarlos Guimarães — Kio."

Começa a ser levantada a cortina de mistério

que .cercava as atividades dos agentes terroristas

no Brasil. Durante meses e meses foram se suce-

dendo os assaltos a bancos — transformados boje

cm uma rotina diária — as explosões de bombasde toda a espécie, os incêndios, os ataques à pro-

priedade privada e até mesmo a guarnições mili-

tares. Todos essés atos de violência, contrários às

tradições da vida brasileira, aconteciam sem quese conseguisse identificar a autoria ou descobriras motivações. Um ou outro terrorista apreendi-do não constituía, isolado, uma explicação para o

rol de atentados que continuavam cada vez emescala maior. Mas cada vez mais se consolidavana opinião do Governo e do povo a impressão de

que não se tratava de crime comum, de simples

delito contra a propriedade. Havia qualquer coi-

sa de estranhamente padronizado em todos essescrimes. Por detrás deles existia um pensamentocomum, um planejamento inspirado por motiva-

ções mais amplas do que o simples desígnio de

roubo.Conseguiram.agora as autoridades desvendar

parte da trama, terrorista. Uni grupo nmnerosode agentes da subversão, implicado em diversosassaltos a bancos, foi detido e revelou parte daestrutura do submundo,que os dirige e comanda.É lamentável verificar que esse grupo é compostode rapazes c moças, muitos dos quais esludan-tes, que, a acreditar nas declarações que lbes ío-ram atribuídas, se deixaram erilear nas peias docrime por motivos indeterminados, por ideolo-

gias meio nebulosas. No fundo o terrorismo dês-ses pobres moços se confundiu rapidamente como márginalismó criminal. Não sabiam exatamen-

le o que queriam, nem que objetivos práticos ti-nham em mente, quando se deixaram envolver natrania delituosa.

O "bom burguês" financiador das suas ali-vidades é, aparentemente, um sabidão, que utili-zava o resultado de seu roubo no Banco do Brasil

para custear atividades terroristas c para com-

prar automóveis e lancbas de luxo ao mesmotempo. Este é evidentemente um criminoso co-muni, que encontrou na desculpa ideológica umamaneira dc disfarçar suas falcatruas. Os outrossão realmente pobres moços desorientados, quejamais pararam para pensar que com seus as-saltos estavam roubando dinbeiro do povo, ainea-cando a vida de modestos bancários e não prati-cando qualquer ato de beroísrao revolucionário.

Pelo que foi divulgado até agora, tem-se a im-

pressão de que a história dos MR-8 apreendidos éapenas o começo da crônica terrorista do Brasilde boje. Há muita coisa confusa, e inexplicávelno enredo da novela. Inclusive as remessas dedinbeiro para o estrangeiro, para custear a com-

prá de armas ou, através de seus rendimentos,financiar as guerrilhas no Brasil. Há certamenteagências financeiras internacionais em Havana oucm Pequim para fazer essa operação por jurosextremamente baixos. Não era preciso todo o ina-labarismo financeiro que foi!, ao que parece, uti-lizado. O fato é que o Governo deverá pôr a opi-íiião pública a par dc todas as informações pos-síveis. O conhecimento da verdade sobre o ter-rorismo brasileiro só poderá trazer às autoridadeso auxílio da execração e do repúdio da opinião

pública com relação a esses crimes e seus' autores.

Caminho PerigosoA intervenção do Governo gaúcho no Banco

da Província, do Rio Grande do Sul terá sido di-lada por um motivo nobre, mas não justifica, emhipótese alguma, a forma de que se revestia. A

pretexto de manter os depósitos sob o controle,de gaúchos, o Eslado invade a faixa específi-ca dá livre iniciativa, abrindo um precedenteperigoso e contrariando o espírito da política eco-nôniico-íiiianccira que rege o país.

O Ministro da Fazenda, que encaminha asnormas dessa política, cm lermos nacionais, nãoleve conhecimento prévio da medida. Tampoucoo Banco Central da República foi consultado,como seria de' prever-se. Amanhã ou depois, oexemplo intervencionista gaúcho, pior do que umato de encampação, poderá ser repetido nesle ounaquele Eslado, sob a forma de socialização ou de

qualquer outro rótulo, conforme o capricho do

governante.Ao que parece; a sociedade brasileira optou

pela atividade econômica aberta, fundamentadano livre empreendimento, dentro do princípio dacompetição democrática. A essa altura, porém,faz-se necessário que o Ministro da Fazenda ve-nha a público esclarecer se aquela definição ain-da é válida. As regras que o movimento de 31de março fixou, c que o atual Ministro da Fa-zenda procura complementar a fim dc aumentar-lhes a eficácia, estão sendo comprometidas ao sa-Vor de conveniências cm nível inferior.

Um país que se empenha em reduzir pro-gressivamente a inflação, sem prejuízo dos seus

programas de desenvolvimento e com base no es-tímulo ao setor empresarial, terá que gerar o pres-suposto da confiança, se quiser ser bem sucedido.A intervenção no quadro acionário de um esta-beleciinento de crédito fecha o círculo da com-

pelição que teria de ser desdobrado na área doscapitais privados, e gera, em lugar do estímuloempreendedor, a desconfiança que nada constrói.

O Governo precisa agir sem demora na sal-.'aguarda dos princípios basilares de sua políticaeconôinico-finaneeira fundamentada na liberchvdce na livre iniciativa. Caso contrário, jamais cou-seguirá, pelo seu exemplo, firmar a mentalidadesadia de que o risco é o ônus do negócio: quandoeste vai bem, o sistema capitalista é satisfatório.Se não corre a contento, o Governo é chamado,em coro, a cobrir a faixa dos prejuízos.

O caso do Banco da Província do Tvio Gran-de do Sul é típico de uma administração insa-lisfalqria. Constituído 'de capitai^ pequenos, .li-luídos na massa anônima dos acionistas, êle ba-biluara-se a coular sempre cou. os favores gover-namehlais a fim de manter-se. O normal seria

que o seu controle acionário passasse a outrasmãos brasileiras capazes de melhor gerir os seusdestinos. O seu controle pelo Estado constituiuma aberração, um fator de desequilíbrio queterá de ser reparado sob pena de comprometer-, etoda uma política dc natureza competitiva.

Brinquedo na SelvaCovernar tántò é abrir estradas como utilizar

e conservar estradas existentes. Foi um grandefeito do Governo daquele tempo e da engenharianacional a abertura, em poucos anos, da Be-lém—Brasília, a qual, conjugada com as rodovias

que vão de Brasília para o Sul, passou a ser a

própria espinha dorsal do Brasil. A partir daBelém—Brasília começou felizmente a perder osentido a definição do Brasil como um arquipé-lago. A Belém—Brasília costurou o arquipélago,deu uma solidez nova ao país.

Pela sua extensão, no entanto, a Belém—Bra-síliá não é um fato consumado e sim uma exi-

gêricia constante de trabalho. Ela precisa sercompletada com obras auxiliares e necessita de uniconstante labor de manutenção. Se a descuidar-mos, voltará a ser a Estrada das Onças. É bomnão esquecer que a Belém—Brasília vara a pró-pria planície amazônica, onde a vegetação crescicomo eín nenhum outro lugar do mundo.

No entanto, agora, o Ministério dos Trans-

portes está falando numa Rodovia Transamazô-nica. uma gigantesca estrada que deve ir de JoãoPessoa, na Paraíba, alé o Peru e a Bolívia. Nócusto da obra nem é bom pensar. Basta di-zer que a construção dos vários trechos atinge abagatela de. uns 3 000 quilômetros, cruzando riosimensos é mergulhando na mais densa selva. Se aBelém—Brasília costurou o arquipélago, a Tran-sainazônica parece ter n pretensão de cerzi-lo.Partindo de João Pessoa e Recife, vai a Picos,no Piauí, prossegue para Ocslc até Carolina, noMaranhão, atravessa o Tocantins, prossegue im-

pávida para Noroeste alé Marabá, no Pará, vara

Difícil definira reforma

Brasília (Sucursal) —O projeto de emendaconstitucional geralmen-te é tido nos. meios po-Uticos como demasiadoautoritário e nos meiosrevolucionários como ex-cessivamente liberal. Es-ta é uma situação que sepercebe com facilidade,embora o método ãe tra-balho ão Governo apa-rentemente ãevesse di-ficultar a formação dejulgamentos antecipados.

A reforma constitucio-nal foi aberta exclusiva-mente ao conhecimentoãe um círculo restritoMesmo nesse círculo, noentanto, a tônica não éa uniformidade ãe pen-samento político, confor-

. me se tem registraão.Fora âêle, seria inevitá-vel que qs opiniões fôs-sem se fixando, aindaque na base ãe informa-ções pouco precisas ouaté ãestorciâas.

.Instinto

Os julgamentos emiti-dos agora nascem sobre-tudo ão instinto, e cons-

¦ tituem iima forma departicipação. Por isso,não importa que^algu-mas questões fundamen-tais ainda não estejamequacionadas, como é o

>caso âa solução a ser en-contraâa para a incorpo-ração à Carta ãe âisposi-tivos retirados áe AtosInstitucionais. Para fi-xar opiniões, não seriapossível esperar até sa-ber, por exemplo, quaisas normas ãe exceçãoque irão prevalecer, epor quanto tempo preva-tecerão tais normas.

As opiniões negativasque se manifestam cor-responâem aos áois têr-mos ão conflito essencialque o Governo procurareduzir com a reforma ãaConsituição: o estadoãe âireito e o chamaâodireito ãa Revolução.Trata-se de uma tenta-tiva ãe conciliação tan-to mais ãifícil quanto,ãentro ão sistema revo-lucionário que se desejainstitucionalizar, maiorfôr o volume ãe brasassob as cinzas.i O Governo fêz-se o ár-bítro ãa conciliação.Mantenão afastaão ãoesforço da reforma am-pios setores interessaãose^que gostariam ãe par-ticipar, o Governo tenta,substituinão-se ao debategeral, interpretar todosos fatores ãe moão a che-gar a um resultaão ãeequilíbrio ao fim ãe tuão.

. O procedimento vai ge-ranãq, no entanto, in-quietações e angústias,pois aqueles setores priva-dos ãe uma forma áiretade participação acabampor se manifestar pormeios subterrâneos — oque explica as hesitaçõesque se observam na con-âução ão problema.

Ao longo áo exame ãamatéria, sempre se no-taram sinais ãe hesita-ção. Talvez o principaláéles terá slão a revisãodo processo áe elabora-ção áo projeto, para quefossem ampliaãas cônsul-tas âepois áe concluíão otrabalho âa comissão quese reuniu com o Presi-ãente da República. Ago-ra, depois áe várias vê-

zes adiadas expectativasquanto a datas, aindanão se sabe se será ounão reunião o Conselhode Segurança Nacional,cujos membros, no en-tanto tiveram cópias doprojeto montaão pelo Sr.Peâro Aleixo.

_Va berlinda

Enquanto as coisasnão se definem, o Vice-Presidente Peâro Aleixocentraliza todos os fogos,Figura principal ãa ela-boração ão projeto, é êleo alvo contra o qual ati-ram toãos os setores ex-cluíãos ãa reforma.

Toãos tinham conlie-cimento, com anteceâên-cia, ãa opinião ão Sr. Pe-dro Aleixo de que qual-quer sacrifício seria vá-lido para obter a reaber-tura do Congresso, comoponto ãe partiãa para anormalidade. O Vice-Pre-sidente ostentava desdeo início aquele "realismo

político", que o preáis-punha a não remar con-tra as tendências restri-tivas ãa Revolução. Afe-sar disso, e mesmo ãe-pois ãe ter o seu traba-lho passaâo pelo crivoãa comissão âe alto ni-vel, é êle acusado nosmeios políticos áe haverpermitido que se cortas-se muito a fundo na car-ne ãas instituições civise, por outro laâo, é apon-tado.nos meios revolucio-nários como político que¦procura arrancar com-placência para com umasituação que a Revoluçãose propõe a moãificarprofunâamente.

À nova aventura humanaL. G. Nascimento Silva

o Tocantins dc uôvo mais ao Norte, depois atra-vessa o Xingu e o Tapajós, engole mais selva atémergulhar no rio Madeira, no Amazonas, depoistoca para o Acre e, finalmente, some-se na Amé-rica Espanhola.

Cada mu desses trechos monumentais, decentenas de quilômetros, é tarefa para um pe-riodo inteiro de administração. Quanto à justifi-cativa desse sonho de escoteiro parece ser o meiode facilitar o escoamento de excedentes demo

gráficos do Nordeste.

Acontece que nordestinos não deixam de ir

para a Amazônia por falta de estradas e sim porfalta de centros de trabalho para.eles organiza-dos, com garantia de vida decente e escoamentoda produção. As terras úmidas do Maranhão po-dem absorver — e lá está a Belém—Brasília parao transporte — grandes contingentes nordestinos.0 importante é levar os nordestinos para luga-res onde tenham não somente água e terra boa,mas também mercados consumidores. Um traba-lho eficiente ao longo da Belém—Brasília podefazer, em tempo breve, o que essa Transamazô-nica louca fará em vinte anos. A colonização aolongo do que existe, a Belém—Brasília, è quedeve ditar o rumo que tomarão na Amazônia asnovas estradas, que se devem dispor como còste-Ias ao longo da espinha dorsal e não numa cs-

pécie de steeple-chase de alguns dos rios maiscaudalosos do Brasil.

Estradas não se fazem em cima de mapas csim de acordo com as necessidades econômicasdc um país.

Impossível deixar de 'falarsobre o acontecimento. Seique torrentes - de palavras jáse despejaram em todo' omundo sobre éle. Palavras li-ricas de poetas que, incon-formados com a desmitifica-ção da Lua, querem captu-rar o maravilhoso do acon-tecimento e recrear novosmitos, novas Intuíções. Pala-vras sisudas de cientistasque o reduzem a númerosfrios, no esforço de apreen-der o real apenas atravésdas estruturas matemáticas.Palavras exaltadas de poli-ticos que transportam parauni acontecimento de senti-do cósmico suas pequenasquerelas, suas agressões,vendo-o positivamente-atra-vés de uma luneta Inverti-da. Tudo já foi dito. E noentanto é ihcoercivel falarsobre êle.

Um feito americano? Semdúvida. Mas, principalmen-te um feito de homem, umextraordinário marco em suamultissecular luta contra anatureza. Reduzi-lo a carac-terísticas nacionais, deste oudaquele povo, será minimi-zá-lo. Porque um dos senti-dos a salientar nesse episó-dio da conquista do espaçocósmico é exatamente o deque se trata de uma gigan-tesca tarefa coletiva. Nos-sa necessidade de visualizarsempre um ator para osacontecimentos nos leva aver apenas as três faces dosheróicos cosmonautas, masatravés delas deveríamos en-xergar milhares e milharesde outras taces, de taritosque para êle contribuíram:a de John Kennedy, cuja in-tuição de estadista jovemapontou o caminho da Lua;a de Wernher von Braun eoutros cientistas que, emtrabalho incessante, cons-truíram as dificeis soluçõesque possibilitaram o êxito;as dos anônimos colaborado-res, como os construtores demáquinas, pilotos de ensaios,operadores, e tantos outrosempenhados na gigantescatarefa de realizar o impossi-

- vel.É um acontecimento ver-

dadéiramente impar na His-tória. Insiste-se em lembrarColombo, procurando-se ver

¦ na descoberta do Novo Mun-do também um momento ex-traordinário dc abertura ao

homem de novas possibilida-des para expansão do seumundo histórico. Mas, as se-melhanças são apenas apa-rentes. Ó feito de Colombo foiuma descoberta geográfica:novas terras, mas a mesmaTerra: chegar ao "mundoignoto" que os velhos map-pa-mundi já assinalavam,sem poder, entretanto, loca-lizar ou descrever. Agora,não: trata-se de um plane-ta conhecido e minudente-mente descrito pela observa-ção cientifica, e, no entanto,de um outro mundo. Pelaprimeira vez pés humanospisaram um solo totalmentenovo, homens viveram forade sua atmosfera, livres dagravidade, na imponderabi-lidade. Cuidadosamente re-colheram amostras desse nô-vo solo, e neste momentoestão elas sendo submetidasàs mais minuciosas análisese decomposições. Colombofoi a aventura pura, a bus-ca do desconhecido, a bra-vura a enfrentar apenas "nomar tanta tormenta e tan-to dano", "na terra tantaguerra, tanto engano", nadescrição do poeta máximoda língua. Hoje não: é aaventura calculada, rigoro-samente quantificada, auto-.taticamente perfeita, sa-

bendo-se de antemão ondepousará a nave e onde des-cera o homem, o momentoem que dará seu primeiropasso e como e quando re-tornará à Terra, tudo numaquase irritante precisão deminutos e segundos. Mas,principalmente, cessou ago-ra o isolamento dos aconte-cimentos: a História quesempre foi feita por acon-tecimentos que se desenvol-viam em meio limitado e sómais tarde eram transmiti-dos e divulgados, passa a servivida simultaneamente como fato, graças aos novosmeios de comunicações. Nes-ta aventura, os heróis não-íoram sós, mas acompanha-dos pelos olhos- de toda ahumanidade, que com elesviveu na intimidade da na-ve, participando de seu des-conforto, de seu confina-mento. como de seus mo-mentos de distração e desuas ansiedades. Quandoseus pés pisaram pela pri-meira vez o solo lunar, mi-lhões de pessoas sentiram,no mesmo instante, a emo-

ção do novo, do extraordl-nário, através dos olhos lon-gos das televisões. Suas ba-tidas cardíacas não foramsó deles, mas de todos nós,pois foram transmitidas ecaptadas através de 400 milquilômetros cie distância econtroladas pelos laborató-rios de Houston.

Leio palavras amargas sô-bre o acontecimento: quan-to custou o Projeto ApoloàNão poderia esse dinheiroser utilizado para melhoraras condições de vida na Ter-ra? Parece-me que este nãoé o momento para tal posi-cão critica de nossa socie-dade, por mais que se a pos-sa achar justa em seus fun-damentos. Sabemos bem quetodo o dinheiro gasto noprojeto não solucionaria oproblema da desigualdade.E uma vitória extraordiná-ria da tecnologia e da ciên-cia só poderá abrir perspec-tivas também extraordiná-rias para o progresso huma-no. A intuição de um gran-de poeta e pensador, Valcry,captava no inicio do nossoséculo essa verdade assusta-dóra: "O tempo do mundoíinito começa", com isso sig-niíicando a realidade de umuniverso encerrado em simesmo no espaço e no tem-po, pelo esgotamento domeio geográfico e pelo pesodo passado. Dentro dessemundo finito a expansão dohomem só poderia explodirem tensões e atos de agres-são. Agora parece que rom-pemos os limites desse mun-do fechado, e incorporamosao homem e ao seu poderum espaço ilimitado. O fu-turo dirá melhor.

Do lento tatear da super-ficie da Terra, quando porséculos a fio o conhecimen-to se vem a fazer, vagarosa-mente, pela simples obser-vação, insegura e sempredesconfiada do novo, pas-samos a uma nova era doconhecimento, um conheci»mento prospectivo, que ras-ga decididamente os véusignotos do futuro, fazendo-opresente e tornando o pas-sado verdadeiramente pas-sado, alheio ao atual. Fun-dindo o imaginário com oreal. a conquista do espaçocósmico abre para o homemuma nova c Inesgotávelaventura.

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JORNAL DO BRASIL Q, Terça-feira, 29/7/69 ? _.° Caderno - 7

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_Seu guarda, é verdade que eu vinha um pouquinho depressa, maso passageiro fugiu ão carro pela janela ão segunáo anãar e nempagou a corrida!

GenteOsvaldo AranhaBandeira de Melo

Primeiro leigo do mundo a diri-gir uma Pontifícia Universidade Ca-tólica — a de São Paulo — o prof es-sor Bandeira de Melo acha muito im-povtante que as faculdades sejamorientadas por "pessoas que já tenhamseguido a educação de filhos, vivênciaque proporciona um diálogo maior."

— Vivemos numa época em que asgerações estão muito distanciadas e épreciso que os velhos se aproximemdos jovens. Se os velhos, que já fo-ram moços, muitas vezes não compre-cndem os moços, como querem que osmoços, que nunca foram velhos, oscompreendam?

O Reitor Osvaldo, que tem cincofilhos e 10 netos, com os quais sem-pre manteve um diálogo aberto, achaque seu exercício na Reitoria da PUCproporcionou nima abertura maior nocontato entre alunq.s' e direção, "semperda de respeito à hierarquia e coma disciplina bem mantida."

"Alinha nomeação para dirigir aPUC de São Paulo, cm 1964, segue os

• princípios do Conselho Vaticano II,mima iniciativa pioneira, muito bemrecebida pelo clero e pelos jovens que,aliás, a reivindicavam há muito tem-po.

Para Osvaldo Aranha Bandeira deMelo, não há conflito nenhum no íatode um leigo dirigir uma universidadecatólica: os problemas didáticos, admi-nistrativos e financeiros estão a cargodo Reitor, enquanto que os religiosossão resolvidos pelo capelão-geral.

No entanto, êle acha muito im-portanto que o Reitor seja "católico

praticante porque a Universidade Ca-tólica tem uma mensagem a transmi-tir, uma função social além do sim-pies ensino, e o chefe tem que estar deacordo com os princípios básicos daIgreja."

Êle estende esta posição ao corpodocente:

"Os professores podem não sercatólicos, mas têm que assumir o com-promisso de respeitar o pensamentocristão na sua integridade, de não pre-gar doutrinas contrárias nem fazerprofissão de fé que a. êle se oponha."

Bandeira de Melo nasceu em SãoPaulo a 10 de abril de 1903, formou-seem Direito na primeira Faculdade deDireito criada no Brasil, que hojepertence à Universidade ¦ de São Pau-lo. Durante 18 anos, éle foi diretor doDepartamento Jurídico da Muriicipa-lidado de São Paulo, que compreendiars funções de consultor e procurador-geral. Em 1956, íoi nomeado desem-bargador do Tribunal de Justiça do Es-tado, cargo que exerceu até maio dôs-te ano.

Durante 20 anos, éle foi professorcatedrático de Direito. Administrativo,deixando de' lecionar quando assumiun Reitoria da PUC. Seu filho, SérgioAntônio, livre-docente por concurso,está regendo sua carreira. Agora, êleestá escrevendo um livro que compre-rnde todo o programa ensinado nafaculdade: Princípios Gerais dc Di-reito Administrativo, em quatro volu-mes, já tendo publicado um pela Edi-tora Forense.

O íato de que mais se orgulha éver seus três filhos homens bacharéisem Direito, todos passando por suasmãos na Faculdade.

Tomás Pompeu FilhoPai do presidente da Coníederação

Nacional da Indústria, Tomás Pompeude Sousa Brasil Neto, faleceu ontemaos 90 anos,-em Fortaleza.

Médico conheoido, formado cm Pa-ris, e agricultor, êle íoi Secretário deAgricultura do Ceará.

Ildefonso Mascarenhasda Silva

Desembargador do Tribunal deJustiça da Guanabara, foi sep.iltadoon.cm ã tarde no cemitério São JoãoBatista.

Altos funcionários do Governo,luagistra 'cs c advogados acompanha-ram o e:'. :o e. -durante a .sessão pie-nária do Tribunal Regional Elsitcrallia Guanabara, o jurista Laudo de Al-meida Camargo, fêz o seu elegio.

Linda estrela

'-.¦ _:¦!: ;:yi!:.y;#^-y:5:;;:Ssí;sCom 120 anos e três dias, ela ê a mulher mais

velha dos Estados Vnidos. Linda Estréia — tra-dução do nome indio Tatzumbie du Pea — nas-ceu na Califórnia a 26 de julho ãe 1S49. Seu maiororgulho foi ter participado de 40 filmes, pomoíndia velha, e recebido um telegrama do Presi-dente Nixon pela passagem de seu 120° aniver-sário, desejanão-lhe muitos anos de vida.

Renato Tinoco FariaSecretário de Finanças do Estado do Rio, rcas-sumiu ontem suas funções após permanecer uma se-mana sob cuidados médicos, a fim de se restabelecerde ferimentos provocados p.or um desastre da rodo-via Niterói—Campos.Sua primeira providência foi determinar a ur-

gênoia na instalação do Banco de Desenvolvimentodo Estacio do Rio, que financiará a implantação dodistrito industrial de Campos e, futuramente, dos dis-tritos dó Sul do Estado — Angra dos Reis — e Bai-xada Fluminense. O capital inicial do Banco é deNCr? 10 milhões. : •

Josepli LunsO Ministro do Exterior holandês.é, decididamen-

te, um homem que conhece os segredos da populari-dade: há 17 anos, desde quando participava da De-legação dos Paises Baixos á Organização das Na-ções Unidas, é eleito o homem mais popular da Ho-landa.

Luns pertence fto Partido Católico, o maior dacoalizão quadripartidária que forma o Governo ho-landes. Alto c robusto, o Ministro não perdeu a suajovialidade, permanecendo imune ao desgaste poli-tico causado por um longa exposição á atenção pú-blica, t é considerado o homem mais alegre da oH-landa.

Huhertüs von Schlenthvr

O Tribunal Criminal dc Kessel, na RepúblicaFederal da Alemanha, condenou o Barão Hubertus•vón Schlenther, de 29 anos de idade, a seis anos emeio de detenção preventiva por sete roubos a ban-cos e diversas fraudes cometidas em 1967 e 1968.

Descendente de uma família aristocrática quepossuía terras na área de Potsdam, agora na Alemã-nha Oriental, von Schlenther conseguiu cerca deNCrS 70 cruzeiros novos em dois anos de atividadescriminosas. Nos intervalos dos roubos o Barão viviatranqüilamente em Andorra e na França.'

Hóspedes da cidadeThomas Henry Shcffield, engenheiro civil ame-

ricano que trabalha em Poços de Caldas, encontra-se no Hotel Trocadero.

Nilo Coelho, Governador de Pernambuco, passa-rá três dias na Guanabara, hospedado no Leme Pa-lace Hotel.

Aloar Gaspar Schweitzer, médico de 33 anos queacaba, de ser nomeado presidente da Associação mé-dica de Santa Catarina, está passando uma semanade férias no Rio.

Rafael Martin Rios, gerente de markctini; daIndústria Paramount, chegou ontem de São Paulo,hospedando-se no Hotel Trocadero.

Carlos A. Vallcjo, representante em Lima do FirstNational City Bank, também se encontra no HotelTrocadero.

Fernando Gama e Américo Sousa, Deputados fe-devais, estão no Hotel Serrador. vindos de Brasília.

Os 55 membros do Grupo de Teatro Stabile diC.Uania estão hospedados nos Hotéis Glória e Ser-rador.

Leopoldo Rodrigues, presidente- da CompanhiaItaliana de Aerobarcõs, deverá ficar um mês no Rio,hospedado no Hotel Excelsicr. a fim de tratar da li-gação Rio—Niterói por aerobarcõs.

Anton Rassler, professor alemão, está de fériasno Rio, hospedado no Hotel Glória.

Amitabha Cliatlopadhyay, engenheiro iindiano daSandenson and Pctter Company. chegou ontem deNova Iorque. Ele ficará três dias no Hotel Glória.

Trabalhadores debatem amanhaa alteração da aposentadoria

A Confederação Nacional dos Trabalhado-res na Indústria vai se reunir amanhã às 9ti30mcom todas .as federações a ela filiadas para de-bater o decreto que alterou o cálculo da apo-sentadoria por tempo de sei-viço.

O secretário-geral do Ministério do Traba-lho, Sr. Celso Barroso Leite, disse ontem que odecreto acabará com alguns abusos, especial-mente por parte dos trabalhadores autônomos,e com o prejuizo qúe o Instituto Nacional dePrevidência Social vinha tendo com o sistemaanterior.

Abusos

Assessores do Sr. Celso Barroso Leite expli-caram que muitos trabalhadores autônomos au-mentaram por conta própria suas contribuiçõesao INiPS durante 12 meses para, deipois, pedira aposentadoria, com maiores benefícios. Istoporque, pelo sistema antigo; p cálculo da apo-sentadoria. era feito com a divisão por 12 dasoma das

'contribuições durante o último ano

do exercício da profissão. Aumentando a con-tribuição, logicamente aumentava também obenefício.

Outro prejuizo do INPS ocorria com re-lação aos trabalhadores registrados nas em-presas que esiperavam a elevação do saláriomínimo, contribuíam por mais alguns mesese, depois, pediam a aposentadoria. Como a apo-sentadoria era calculada ã base das 12 últi-mas contribuições, o trabalhador se aposenta-va com um beneficio maior, embora não ti-vesse descontado, proporcionalmente, o valordesse benefício durante um ano.

Graças a esse artifício, os trabalhadoresregistrados conseguiam aposentar-se com umbeneficio um pouco maior do que' teriam se seaposentassem antes do aumento do salário mi-nimo. Embora essa vantagem não fosse, Indi-vidualmente, extraordinária, no conjunto pe-sava bastante ao INPS, segundo informaramfuncionários do Ministério do Trabalho..

Para corrigir, essa situação, foi assinado odecreto alterando o cálculo para a aposenta-doria por tempo de serviço, que, agora, seráfeita pela soma das contribuições do seguradonos últimos 36 meses, dividida por 36.

O secretário-geral do Ministério do Traba-lho informou que, pam não prejudicar aquelessegurados que tenham direito a. aposentar-seper tempo de serviço, o cálculo dos 24 primei-ros meses da soma das contribuições será fei-to com correção monetária.

AperfeiçoamentoSegundo informações de várias autoridades

do Ministério do Trabalho, o decreto que al-terá o cálculo da aposentadoria por tempo deserviço representa um aperfeiçoamento da Pre-vidência Social.

Ressaltam que as demais formas de apo-sentadoria — invalidez ou doença — as quaissão, na realidade, mais importantes do que apor tempo de serviço, não foram alteradas econtinuam a ser calculadas na base de 12meses.

Apontam ainda como aperfeiçoamento oestabelecido no Artigo 4.° do decreto, que proí-be o ingresso na Previdência Social de pessoascom mais de 60 anos. Explicam que, anterior-mente, não havia esse limite e, em consequên-cia, pessoas com mais de 60 anos passavam adescontar para o INPS e, poucos anos maistarde, eram aposentados cempuisoriamente, semque tivessem descontado para a PrevidênciaSocial o tempo suficiente. Com isso, frisam asmesmas fontes, o único prejudicado era o INPS.

Ainda como aperfeiçoamento da previdên-cia cita-se o Artigo 5.° do decreto, que resta-bclece a feição originária do abono de perma-neneia em serviço, restringindo sua concessã»aos segurados que já tenham preenchido todesos requisitos para a obtenção de aposentadoriacom proventos integrais.

A própria exposição de motivos do decre-to ressalta que essa medida "propícia a con-cessão do abono, sem qualquer restrição, emtodos os casos de aposentadoria integral emfunção do tempo de serviço cu da idade, o queamplia consideravelmente a possibilidade deobtenção desse benefício, até aqui existente ape-nas como alternativa da aposentadoria portempo de serviço."

Polícia uruguaia confirmaa prisão de Manes, que sededicava a fabricar bombas

Montevidéu (UPI-AP-JB) — O Governo, uru-guaio confirmou oficialmente ontem a prisão do exi-lado brasileiro Roberto Emílio Manes, que a políciasurpreendeu com outras cinco pessoas numa célulada organização terrorista Tupamaros, que se dedi-cava à fabricação de bombas.

O comissário Alejandro Otero, chefe do Depar-tamento de Inteligência, disse que Manes e seus com-panheiros, entre os quais Jorge Pedro Zabalza, filhodo Senador Pedro Zabalza, foram presos sábado nu-,ma fazenda do Departamento de Canelones, onde 03tupamaros haviam construído um galpão para fa-bricar bombas.

Passarinho promete dar prazoNiterói e São Paulo (Sucursais. — Os ci-

rige-.Uís sindicais informaram ontem que têma promessa do Ministro Jarbas Passarinho deretardar, por 90 dias, a vigência do decreto-leique alterou a legislação da aposentadoria portempo de serviço/

A promessa do Ministro do Trabalho íoifeita no I Encontro de Entidades sindicais, en-cerrado domingo em Ribeirão Preto, São Paulo!Os 330 congressistas manifestaram-se contra anova legislação.

Revisão

Segundo o presidente do Sindicato dosBancários do Estado do Rio, Sr. Sílvio Les.va,os trabalhadores acreditam que o decreto-leiserá parcialmente revogado. Reclamam apenas

Museu nãohomenagearáSolano López

Segundo a vice-diretora doMuseu Histórico Nacional, Sra.Otávia Oliveira, não haveráqualquer homenagem eçpü.ial

.a Solano López: cs objetos rs-lativos .a êle serão mostradoscomo antes, sendo apenas mu-dada a explicação da vitrina,de Objetos Tomados na Cam-panha do Paraguai para Obje-tos Paraguaios, com o objetivode tirar o ounho bélico da mos-tra.

Disse também não. entendero motivo da _ indignação con-tra a inauguração da nova vi-trira de Solano López, em se-tembro — juntamente ccm to-do o 1.° andar do Museu, re-latlvo à História do Brasil —"pois èle sempre teve uma'vi.trina, assim como todos ospersonagens históricos de quempossuímos uma quantidade depeças que requerem um espa-ço maior."

A Sra. Otávia Oliveira in-formou que não só na vitrinade Solano López será modifi-onda a explicação, mas tam-bém em todas as relativas aparticipantes de guerras, sejameles paraguaios, argentinos oubrasileiros:

— Isso não quer dizer queestejamos procurando omitiraspectos históricos. Afinal, caobjetos mostrados testemu-nham os fatos. Queremos ape-nas apresentá-los de formamais equilibrada — disse a vi-cb-diretora.

que o ato presidencial tenha sido adotado "semo conhecimento dos trabalhadores."

Adiantou que até 15 de agosto uma co-missão especial estudará o assim o para ela-bo.'ar um relatório a ser encaminhado ao Mi-nistro Jarbas Passarinho.

O Sr. Si.Vio Lessa disse que a classe estácontra também a alteração na concessão doabono de permanência em serviço, que,/só po-derá ser obtido quando o trabalhador contar3.5 anos de tempo efetivo, apto portanto à apo-sentadoria com salário integrai.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicosde Sáo Paulo, Sr. Joaquim dos Santos Andrade,afirmou que "essa decreto é mais um retrocessona Previdência Social."

Um outro dirigente sindical disse que coma nova legislação "o trabalhador vai passar areesbor menos quando se aposentar, é claro."

O TERRORISMO

Poucos dias antes havia sidodescoberto outro laboratório nocentro da cidade, mas conside-

, ra-se que o de sábado é maisimportante.

A policia continua tomandodepoimentos dos implicados eespera assestar novos golpesnos tupamaros, cujo objetivo éa tomada do poder pela força.

Apesar do sigilo das autorida-des, soube-se que entre os deti-dos estão os assaltantes queatacaram vários policiais, des-pojando-os de armas e uniíor-mes, parte dos quais foi encon-trada no. lugar.

Informou-se ontem que o Se-nador Pedro Zabalza, rico ía-zendeiro, cujo filho foi presojunto com Manes, apresentariaa sua renúncia a Martin R.Echegoyen, chefe da facção na-cionalistíi em que milita, acre-ditando-se porém que ela não'será

aceita.

A VIOLAÇÃO

O editorial do jornal ta Mu-nana de ontem, intitulado V.ío-lação Criminosa do Direito deAsilo, condenou violentamentea atitude de Roberto Manes. Oeditorial destaca a ajuda queo Governo uruguaio deu à fa-

. milia Manes, que chegou aopais clandestinamente, semnenhuma documentação e namaior miséria, e acrescentou:

— Esta ê a forma com queManes pagou a hospitalidadedo Uruguai, violando de modoflagrante e criminoso um doscompromissos básicos que o asi-

• lo propõe ao beneficiário: abs-ter-se de toda a.atividade poli-tica, uma obrigação que pes-sivelmente já transgredia an-

- tes.— Sem dúvida — concluiu

— o episódio não põe em quês-tão o espírito de nosso pais emmatéria de asilo político, mas

obriga o Govèmo a tomar me-didas com maior precaução nofuturo."

CONFIRMAÇÃO

No Rio, o. Itamarati anun-ciou ter recebido da Embaixa-da brasileira, em Montevidéu aconfirmação da prisão de Ro-berto Manes, cujo pedido daextradição, pelo Brasil, estásendo estudado pelo Governouruguaio.

O Governo uruguaio aindanão se pronunciou sobre o pe-dido de extradição de RobertoManes, mas as autoridadesbrasileiras acham que os acon-tecimentos dos últimos diaspoderão precipitar aquela me-dida, uma vez que o asiladopolítico infringiu flagrante-mente a lei uruguaia.'

DESMENTIDO

A Embaixada brasileira emMontevidéu divulgou ontem aseguinte nota oficjal:"A imprensa local acaba dedar notícia relativa à prisão daRoberto Manes, ocorrida ante-ontem, juntamente com umgrupo de extremistas. _ preci-so esclarecer, contràriament»ao anunciado pela imprensa,que Roberto Manes nunca foioficial do Exército brasileiro.Ele era no Brasil membro daum grupo terrorista de assai-tantes de bancos."

PROCESSO

Círculos policiais de Monte-vidéu disseram ontem que Ro-berto Manes deverá ser proces-sado pela Justiça uruguaia, pa-ra cumprir pena no pais. De-pois disso poderá ser expulsodo pais ou deportado para oBrasil, pois além de violar oasilo ccm atividade política,estava aliado acs que desejamderrubar o Governo local pelaforça.

4 DE AGOSTO 'O-¦C-«3

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8 - INTERNACIONAL JORNAL DO BRASIL ? Terça-feira, 29/7/69 ? l-8 Caderno

_^_ __ •'____>__r_m__r*-m~** J___W_WW\ Nixon litinqüilisou o Governo da Tailândia, onde a proximidade do Viel-*-* Hp ''^SKjl^^H name d as agitações locais são constantes ameaças, dizendo que os Esta-

€&4_} WBÍX€0MB llm^ÊÊw^m^WK ^os Unidos defenderão o país da agressão externa e da subversão interna.

m É9I IftlÉ Rumores insistentes dão como certo um deslocamento amanhã do Presi-m M|l Bli dente norte-americano ao Vietname do Sal, onde conversará, com os solda-

Nixon promete defender a ia da subversãoIndonésia, prêmio àdiplomacia dos EUA

Max Frankel_o -Veio York Times

Jacarta — A Indonésia ê o Grande Prêmioãa diplomacia americana na Ásia, porque hdquatro a?ws, enquanto Washington tinha outraspreocupações, ela se salvava sozinha do comu-nismo. Este capitulo sangrento é celebrado ago-ra como a grande mudança e esteve na lem-branca dos americanos daqui, quando o Presi-dente Suharto, o homem que destronou Sukar-no, saudou o primeiro Presidente americano avisitar esta nação imensa, populosa e potencial-mente rica.

A Indonésia é o grande prêmio porque toãosos americanos, inclusive Richard Nixon, que pa-trocinaram ou apoiaram a guerra no Vietnamedo Sul, procuram âesesperaãamente um prêmiotangível. Seu argumento — e jVíxcm costumavausá-lo como se fosse seu —- era ãe que o Vietnã-me ãava chance a que os países asiáticos nãocomunistas fossem encorajados a lutar contraa China, Sukamo e ameaças semelhantes.

ADAPTAÇÃO RETÓRICA

Na verdade os indonésios acham que o Viet-name tem pouco a haver com sua própria trans-formação e são gratos pelo fato ãe os EstaãosVníâos terem estado ocupados em outro lugar enão interferido em seus negócios. Querem queos Estados Unidos se mantenham no Pacíficopara contrabalançar o poderio nuclear soviéti-co c chinês e para fornecer ajuda econômicaessencial, sem impedir qualquer espécie de ex-pertencia política e instabilidade.

A Indonésia é, portanto, o símbolo do quepode ser conseguido na Ásia através ãe conta-ios diplomáticos modestos ao invés da telige-ráncia política e militar. Nixon veio à Ásia paraanunciar esta mudança de opinião dos ameri-canos.

"Os Estaãos Uniâos cumprirão seu papel emanterão sua ação", âisse o Presidente em Ma-nilha. "Mas a paz na Ásia não poãe vir áos Es-tados unidos, deve vir áa Ásia, ãe seu povo eãe seus governantes. São eles que ãevem liderara paz na Ásia."

Rctòricamente, isto se adapta às pressõesque Nixon diz sofrer nos Estados Unidos, paraque termine a guerra no Vietname e evite qual-quer envolvimento militar semelhante. Isto tam-bém agrada ao crescente nacionalismo nas Fi-lipínas e ao neuiralismo pragmático dos indo-nésios c hindus.

DECLÍNIO COMUNISTA

Mas, como alguém notou durante o desfilepresidencial em Jacarta, "há muitas pessoas nomundo." Há asiáticos e asiáticos, e Nixon aindanão escolheu suas prioridades nem encarou asambigüidades das políticas que entrevê para di-fer entes pedaços da Ásia nos anos depois daguerra ão Vietname..

Nixon sabe como áizer aos povos o que elespretendem ouvir. Diz êle que sente a necessida-de de confiança no interesse americano pelaÁsia, porque êle ainda não pode saber como equando a guerra terminará. Também é neces-sária a modéstia, porque os asiáticos ainda nãosabem como serão agraciados pela grande lutairiangular <por influência na região, entre Es-tados Unidos, União Soviética- e China.

Nixon tem celebrado o declínio ão apelo docomunismo aos asiáticos, mas ao mesmo tempopercebe a crescente ameaça da subversão e in-surreição. Êle mostra a China como a potênciamais agressiva nas próximas décadas, mas tam-bém a descreve como grandemente enfraqueci-da pela tensão interna.

PERGUNTAS

Acima de tudo, Nixon tem tido que ser di-plomático a respeito de sua proposta de ajudaaos asiáticos no desenvolvimento de suas econo-mias e na estabilização ãe suas socieãaáes, en-quanto seu pais e o Congresso estão tão clara-mente cansados não só da guerra, como da aju-da externa e não parecem mais identificar nes-ias o interesse nacional americano.

Os economistas indonésios, em quem Was-hington tanto confia atualmente, calculavamque outras nações da Ásia vêm lucrando com osgastos americanos de 2 bilhões ãe dólares (NCrSí bilhões). i7iãiretamente relacionaãos às ope-rações militares no Vietname. A eliminaçãodesses gastos poderia provocar um, recesso ge-neralizaáo, eles advertem. E por que somente aguerra pode gerar tal ajuda? Perguntam-se.

Nixon afirma que tem novas idéias a res-peito ãe tudo isso e está-se voltando para o Ja-pão e outros esforços de ajuda internacional.Mas sabe que sua politica externa está não sóem transição, mas em tensão — entre a convic-ção de que a paz do mundo âeverá sêr protegiãana Ásia superpovoaáa, âurante as próximas ãé-caáas e a convicção ãe que a paz dos EstadosUnidos exigem o fim da aventura externa e umvolver urgente às neccssidaâes âomésticas.

O Presidente deixa a impressão de queainda não resolveu essas contradições. Comoafirmou no principio dc sua viagem, está pe-dindo algumas perguntas — c o fazendo deli-teradam.nte.

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O Rei da Tailândia, Adulyaãej, à direita, recebeu o Presidente Nixon sob chuva

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-,.Tt „ .. ¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦™^--àx^#lfàmWMWWWW__^WW_wMilhares áe tailandeses receberam o Presiãente Nixon com bandeiras dos dois paises

Guerrilhas, um drama tailandesDepartamento de Pesquisa

No roteiro dc Nixon para dis-r.utir o problema do Vietname nascapitais asiáticas, há uma cidadeem que, provavelmente, se pedirámais lentidão na retirada das tro-pas norte-americanas do Sudesteasiático: Bancoc.

Analisando a viagem õ_ Trcsi-dente dos Estados Unidos, o seiria-nário Time observa que, com o ini-cio da dcsescalada, se abriu um pe-ríodo. de inquietação na políticaasiática, à medida em que os lide.res vão revendo suas relações coma América, com seus vizinhos e es-peciaimente com a China Comunis-ta. Assim, ouvir a opinião dos an-íitriões c reassegurar a politica nor-te-americana na Ásia são as princi-pais preocupações do rresidente cmseus contatos na Tailândia.

Excluindo-se os sul-victnamitas.o Governo tailandes — entre todosos asiáticos — foi o, que mais secomprometeu com a causa norte-americana, ao franquear seu lerri-tório para as operações contra oVietname do Norte. Em consequên-cia, cerca de 50 mil soldados ame-ricanos estão estacionados nas seisbases instaladas no país; durantea escalada, 80% das missões contrao Norte partiam da Tailândia. Seusaviões agora, ocupam-se de raidscontra as forças comunistas noLaus.

Segundo os observadores, oGoverno do Primciro-Ministro Ge-neral Praphas Charusathien in-

quieta-se com a possibilidade deenfrentar o futuro sem a proteçãoamericana. Diz o Time que "éleprovavelmente enfatizará o desejodc que a Tailândia continue con-tando com o auxílio atual e os pac-tos de defesa americanos."

Depois das eleições de feverei-ro passado, os dirigentes tailande-ses enfrentaram problemas graves:se no plano qüinqüenal 1961-66 oproduto nacional aumentou de 8%ao ano, em 1967 a cifra Caiu para

,"',_ e depois para 5% no ano pas-sado.

A SITUAÇÃO TAILANDESA !País de estrutura agrária, a

Tailândia pode ter sua economiaafetada cada vez que ocorre umimprevisto do clima, como a secadc 19G7. Além disso, embora a moe-da nacional seja sólida, as impor-taeões aumentam enquanto cresceo déficit orçamentário.

Paralelamente, aumenta a di-ferença de renda entre os campo-nesesf da rica planície central e osdas outras províncias. Nesse qua-dro desde 1.° de janeiro de 1965,a Frente Fatriótica da Tailândiatem liderado os movimentos arma-dos nas províncias mais distantes;segundo estimativas de Bancoc,são 4 mil homens armados e 30mil simpatizantes — notadamenteno Norte, Nordeste e Sul do país

— empenhados em operações em33 das 70 províncias."Rebelião endêmica de popula-ções há muito negligenciadas pelosantigos Governos de Bancoc" —como afirma o Franee Soir — ouguerra revolucionária sob as dire-trizes do "pensamento de Mao Tsé-tung", como se declara em Pequim.Os guerrilheiros já chegaram a fi-xar um preço para o auxilio popu-lar: mil dólares pela cabeça de umgovernador de província c 200 dó-lares pela de um oficial norte-ame-ricano.

E há muitos deles nas basesamericanas, que mantêm atualmen-te 50 mil homens, mas que podem¦ comportar até 100 níil soldados. Sãoseis as bases norte-americanas nopais: Udorn, Ubon, Khorat — quar-tel-general do Comando Eslratégi-co ali estacionado — Utapao, Ta.'khli e Nakhon Plianon, além doporto dc Sttahip, que é o maior ar-scnal militar asiático com seusabrigos blindados equipados combombas atômicas.

Peça decisiva da estratégicanorte-americana no continenteasiático, a Tailândia tornou-se co-nhecida como "o maior porta-aviões dos Estados Unidos na Ásia",segundo o semanário Nouvel Obser-vateur. E para tornar eficientes ascomunicações entre as bases e oporto, Washington encarregou-sede construir no país a melhor rederodoviária da região.

EUA oferecem ajuda a JacartaJacarta (AFP-AP-UPI-JB) —

O Presidente Nixon ofereceu aoChefe do Govêmo da Indonésia,Mohamed Suharto, a ajuda cconò-mica norte-americana, para "aconstrução do futuro, na medidaem que vocês o desejem." O ofere-cimento foi feito ontem, momentosantes de Nixon embarcar em Ja-carta com destino a Tailândia.

Depois de reiterar o convite pa-ra que Suharto visite os EstadosUnidos, o primeiro mandatário nor-te-americano afirmou deixar a In-donésia com "a firme convicçãode que o país está. em boas mãose de que tem mais possibilidades doque nunca para dar um passo áfrente no terreno econômico,"AGRADECIMENTO

O Presidente Suharto agrade-ceu em nome do povo indonésio aosEstados Unidos, "sempre dispostosa ajudar-nos a construir o íuturo,de acordo com os nossos princípios,nossas aspirações e nossas opi-niões""Estou certo — disse Suharto aNixon — de que você terá uma vi-*ão ma.ls clara de nossos ideais *tle nossa posição com respeito aos

problemas mundiais e aos nossospróprios problemas, depois, dessaviagem."

PC indianopropõe greve

Calcutá (UPI-JB) — O Parti-do Comunista da Índia propôs ori-tem á decretação de uma greve ge-ral de 24 horas na próxima quin-ta-feira em Bengala Ocidental, co-mo protesto contra a visita de Ni-xon a Nova Deli, marcada paraaquele dia.

Partidário da política de Mos-cou, o PCI é majoritário no poderlegislativo de Bengala Ocidental eprocura organizar manifestaçõescontra a visita do Presidente desEstados Unidos. As numerosas or-ganlzações estudantis esquerdistasfarão quinta-feira uma demonstra-ção antinorte-americana nos pré-dios da Universidade de Calcutá.

Romênia nega aação anli-URSS

Roma .UPI-JB. -- O Presiden-te da Romênia, Nikola* Ceausescu.

afirmou que a visita de Nixon aseu pais é um sinal de "mudançano clima Internacional, mas nãotim por objetivo ressaltar _ crês-cente independência de Bucarest emrelação ao Kremlin."

Em entrevista publicada pelo jor-nal VUnilã, órgão oficial do Parti-do Comunista Ltaliano, Ceausescudisse não haver problemas entre aRomênia e os Estados Unidos, e,;-clarecendo que suas entrevistais comNixon tratarão de questões de or-dem econômica e problemas inter-nacionais.

COROAMENTO

O Chefe do Governo roírçeno afir-mou que a visita de Nixon é apenaso coroamento de uma série de con-tatos entre funcionários da Romê-nia com os demais paises do mun-do, não implicando em um abando-no do sistema socialista nem emafastamento de seus aliados."Continuaremos — disse Ceau-sesçu — fomentando as relaçõescom todos os paises que respeitemos princípios da convivência pacif i-.ca. entre Estados com regimes dife-rentes."

Bancoc, Hong-Kong (AFP-AP-UPI-JB) — O Presidente Nixon prometeu dn-tem à Tailândia que os Estados Unidosdefenderão o país da agressão externa eda subversão interna, em pronunciamentofeito logo após sua chegada no aeroportode Bancoc.

O Chefe da Casa Branca assinalouque os tratados existentes entre os Esta-dos Unidos e a Tailândia não são letramorta, reafirmando que os compromissosserão cumpridos "porque nossos dois pai-ses compartilham o mesmo Ideal de liber-dade."

Garantias

As palavras de Nixon visaram sobre-tudo. tranqüilizar o Govèmo tailandes,preocupado com as declarações de Mannilha, primeira escala na viagem presi-dencial pela Ásia, segundo as quais, ospróprios asiáticos deveriam arcar com oprincipal ônus de sua defesa contra asagressões.

O primeiro pronunciamento de Nixon,emitido ainda no aeroporto, foi feito napresença do Rei Bhumibol, que suportousem nenhum abrigo, juntamente ccm oPresidente dos EUA, forte chuva duran-te todo o discurso.

O prefeito de Bancoc deu as boas-vindas a Nixon e entregou-lhe as chavesda cidade,, expressando a gratidão aosEstados Unidos, "pioneira das nações par-tidárias da paz." Depois das cerimônias,o Presidente dirigiu-se ao palácio ondeficará hospedado os três dias da visita.comparecendo em seguida ao palácio realpara cumprimentar o soberano tailandes.

Programa

Bancoc será a mais longa escala deNixon em seu giro pela Ásia — três dias-eo tema central-das conversações comos dirigeritcs locais será o íuturo da re-gião uma vez terminada a guerra no Viet-name.

Nixoii deverá explicar às autoridadestailandesas os motivos dos Estados Uni-dos .para a retirada de soldados do Viet-name, assegurando-lhes por outro ladoque isso não significará um abandono dos•siátícos à sua própria sorte.

O Chefe de Governo norte-americanodeverá entrevistar-se na capital tailan-

dosa com o secretário da Organização doTratado do Sudeste Asiático (OTASEi,General Jesus M. Vargas c com os em-baixadores da região acreditados cm Ban-coc.

O Embaixador dos Estados Unidos emSaigon, Ellsworth Bunker, c o comandan-te dns forças norte-americanas no Viet-name do Sul, General Crelghton Abrams,conferenciarão com Nixon na Tailândia.

Especulação

O terceiro dia da estada do Presiden-te em Bancoc (amanhã) íoi reservado pa-ra um breve repouso antes do prossegui-mento da viagem. Segundo insistentesrumores, porém, Nixon aproveitaria o diapara um rápido deslocamento ao Viet-name do Sul, a fim de conversar com opessoal empenhado na guerra.

Os observadores consideram que essavisita já está -inclusive decidida, mas osserviços de segurança pretendem mair.ê-la sob o máximo sigilo, enquanto não íôrresolvido qual a base militar mais segu-ra para receber o Presidente: Da Nang,Saigon ou a da Nona Divisão do Delta.

Incidentes

Poucas horas antes da chegada deNixon a território tailandes, cinco guer-rilheiros comunistas invadiram a biisonorte-americana de Ubon, na região Nor-deste do país, ferindo a bala um aviadordos EUA e danificando dois aviões C-47,bem como o sistema de controle terrestreda base. Os atacantes escaparam ilesos.

Em Bancoc, quando a comitiva dei-xou o aeroporto, foi lançada uma garrafacontra o carro de Nixon por um homemque gritava "omericans go liome". Ó ma-nifestante íoi preso e a garrafa não atin-giu seu alvo.

A policia tailandesa informou que nossubúrbios e arredores da capital foramdistribuídos diversos volantes hostis aosEstados Unidos. .

A Rádio rie Hanói féz ontem umaemissão especial, para dizer que Nixon dc-dicou uma escala mais demorada à Tai-lãndia em virtude de os comunistas seremcada vez mais fortes nesse país e esta-rem "decididos a libertar o povo do prin-cipal agressor imperialista e dos reacio-nários lacaios dos Estados Unidos."

Discurso reafirma compromisso" O discurso pronunciado ontem pelo

Presidente Nixon em Bancoc, na integra,é o seguinte:"Ao voltar mais uma vez à Tailân-dia, tenho profunda consciência de queeste pais tem um interesse especial novigor da determinação dos Estados Uni-dos de honrar seus compromissos paracom a Asla e o Pacifico.

Nós honraremos estes compromissos,não só porque cs consideramos unia obri-gação solene, como também porque com-preendemos perfeitamente que, nós e asnações do Sudeste da Ásia, temos um in-terêsse vital comum na futura paz e prós-peridade desta região.

DesafioTanto a geografia quanto o interesse

comum unem os Estados Unidos com asnações do Sudeste da Asla. Consideramoso oceano Pacifico, não cemo uma barrei-ra, mas como uma ponte. Achamos tam-bém que a paz pode ser mantida nomundo, e reconhecemos que o inicio, aquina Ásia, de um surto de desenvolvimen-to dinâmico, poderá ter enorme signifi-cação.

- Nossa disposição em honrar nossoscompromissos é absolutamente coerentecom a convicção de que as nações daÁsia podem e devem assumir, cada vezmais, a responsabilidade pela consecuçãoda paz e do progresso na região. O de-safio à nessa sabedoria é apoiar cs es-íorços dos paises asiáticos para se de-fenderem e se desenvolverem, sem tentarretirar-lhes as responsabilidades que lhesdevem caber, pois, se a dominação de umagressor pode destruir a liberdade de umanação, a demasiada dependência a umprotetor poderá, afinal, corroer sua dig-nidade.

. O que buscamos para a Ásia é umacomunidade de nações livres, capazes detrilhar seus próprios caminhos e traçarseu próprio destino, com a cooperaçãoque lhes possamos dar — uma comunida-de de paises asiáticos independentes, ca-da um mantendo suas próprias tradições,ao mesmo tempo em que se desenvolvamatravés de cooperação mútua. Dentro detal contexto, estamos prontos a desem-penhar um papel responsável, de acordocom nossos compromissos e interesses bá-sicos.

Há sete séculos atrás, o grande Reitailandes, Rama Kamheng, pai do alfa-beto tailandes, fêz inscrever, na nova lin-guagem, a sua crença: "Na água, hápeixe»; nos campos, há arroz... quem qui-ser negociar com elefantes, poderá fazô-lo; quem quiser negociar com cavalos,poderá fazê-lo; quem quiser negociar ccmprata e ouro, poderá fazê-lo."

Estas palavras expressaram a filoso-fia de que. uma nação, como um homem,deveria ser livre para escolher seu prú-prio destino. Na Coréia, e de novo noVietname, a Tailândia tem estado navanguarda daquelas nações que se em-penharam ativamente para proteger esteprincipio. A contribuição tailandesa à lu-ta para preservar a independência doVietname do Sul tem sido de grande sig-nificação — como era de esperar-se d»uma nação que dá valor tão alto à suaprópria longa história de independência— e, como uma nação que tem participa-do tão generosamente dos ônus da guer-ra, a Tailândia tem um especial interés- .se na estratégia para a consecução deuma paz duradoura, isto é, uma paz quegaranta ao povo do Vietname do Sul odireito de determinar seu próprio futurosem coação externa. Na elaboração destapolítica, o Governo da Tailândia tem sl-do consultado permanentemente e conti-nuará sendo consultado no futuro.

Eu creio que o maior problema quenos defronta não é a guerra no Vietnã-me, mas a criação de um grupo dinâmicode relações internacionais que garantama paz e o progresso. Isto não poderá serfeito só pelos Estados Unidos. Há quaser um esforço comum. Devemos contn-buir para o surgimento de relações, me-diante as quais os povos da rejjiãD pos-sanv dominar seus desafios e estruturarseu futuro.

A Tailândia é um dos mais notáveisexemplos da promessa .que o futuro re-serva para a Ásia — em termos de seudesenvolvimento econômico, S3U empenhoem proporcionar o bem-estar de seu po-vo e de sua visão mais ampla dos novestipos de cooperação regional que pod«nbeneficiar todas as nações e povos daÁsia. Temos orgulho em considerar a Tai-làndia como nossa amiga. Neste espirito,eu vejo a visão.do Rei Rama se trans-formando em realidade, não só para aTailândia como para toda a Ásia."

Agência do JORNAL DO BRASIL no

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JORNAL DO BRASIL ? Terça-feira, 29/7/69 _] T.8 Caderno

Nixon tranqüilizou o Governo da Tailândia, onde a proximidade do Viet-name e as agitações locais são constantes ameaças, dizendo que os Esta-dos Unidos defenderão o país da agressão externa e da subversão interna.Rumores insistentes dão como certo um deslocamento amanhã do Presi-dente norte-americano ao Vietname do Sul, onde conversará com os solda-dos aliados.

Nixon promete defender a Tailândia da subversãoIndonésia, prêmio àdiplomacia dos EUA

Max FranJteldo New York Times

Jacarta — A Indonésia é o Grande Prêmioda diplomacia americana na Ásia, -porque háquatro anos, enquanto Washington tinha outraspreocupações, ela se salvava sozinha do comu-nismo. Êste capítulo sangrento é celebrado ago-ra como a grande mudança e esteve na lem-branca dos americanos daqui, quando o Presi-dente Suharto, o homem que destronou Sukar-no, saudou o primeiro Presidente americano avisitar esta nação imensa, populosa e potencial-mente rica.

A Indonésia è o grande -prêmio -porque todosos americanos, inclusive Richard Nixon, que pa-Irocinaram ou apoiaram a guerra 110 Vietnamedo Sul. procuram desesperadamente um prêmiotangível. Seu argumento — e Nixon costumavausá-lo como se fosse seu — era dc que o Vietnã-me dava chance a que os países asiáticos nãocomunistas fossem encorajados a lutar contraa China, Sukarno e ameaças semelhantes.

ADAPTAÇÃO RETÓRICA

Na verdade os indonésios acham que o Viet-name tem. pouco a haver com sua própria trans-formação e são gratos pelo fato de os EstadosUnidos terem estado ocupados em outro lugar enão interferido em seus negócios. Querem queos Estados Unidos se mantenham no Pacificopara contrabalançar o poderio nuclear soviéti-co e chinês e para fornecer ajuda econômicaessencial, sem impedir qualquer espécie de ex-pertencia política e instabilidade.

A Indonésia é, portanto, o símbolo do quepode ser conseguido na Ásia através de conta-tos diplomáticos modestos ao invés da belige-rãncia política e militar. Nixon veio à Ásia paraanunciar esta mudança de opinião dos ameri-canos.

"Os Estados Unidos cumprirão seu papel emanterão sua ação", disse o Presidente em Ma-nilha. "Mas a paz na Ásia não pode vir dos Es-tados Unidos, deve vir da Ásia, de seu povo ede seus governantes. São eles que devem liderara paz na Ásia."

Retòricamente, isto se adapta às pressõesque Nixon diz sofrer nos Estados Unidos, paraque termine a guerra no Vietname e evite qual-quer .envolvimento militar semelhante. Isto tam-bem agrada ao crescente nacionalismo nas Fi-lipinas e ao neutralismo pragmático dos indo-nèsios e hindus.

DECLÍNIO COMUNISTA

Mas, como alguém notou durante o desfilepresidencial em Jacarta, "há muitas pessoas nomundo." Há asiáticos e asiáticos, e Nixon aindanão escolheu suas prioridades nem encarou asambigüidades das políticas que entrevê para di-fcrentes pedaços da Ásia- nos anos depois daguerra do Vietname.

Nixon sabe como dizer aos povos o que êlcspretendem ouvir. Diz êle que sente a necessida-de de confiança no interesse americano pelaÁsia, porque êle ainda não pode saber como cquando a guerra terminará. Também é neces-sária a modéstia, porque os asiáticos ainda nãosabem como serão agraciados pela grande lutatriangular por' influência na região, entre Es-tados Unidos, União Soviética c China.

Nixon tem celebrado o declínio do apelo docomunismo aos asiáticos, mas ao mesmo tempopercebe a crescente ameaça da subversão e in-surreição. Êle mostra a China como a potênciamais agressiva nas próximas décadas, mas tam-bém a descreve como grandemente enfraqueci-da pela tensão interna. '

PERGUNTAS

Acima de tudo, Nixon tem tido que ser di-plomático a respeito de sua proposta de ajudaaos asiáticos no desenvolvimento de suas econo-mias e na estabilização de suas sociedades, en-quanto seu pais e o Congresso estão tão clara-mente cansados não só da guerra, como da aju-da externa e não parecem mais identificar ncé-tas o interesse nacional americano.

Os economistas indonésios, em quem was-hington tanto confia atualmente, calculavamque outras nações da Ásia vêm lucrando com osgastos americanos de 2 bilhões de dólares (NCrSS bilhões), indiretamente relacionados às ope-rações militares no Vietname. A eliminaçãodesses gastos poderia provocar um recesso ge-neralizado, eles advertem. E por que somente aguerra pode gerar tal ajuda? Perguntam-sc.

Nixon afirma que tem novas idéias a res-peito de tudo isso c está-se voltando para o Ja-pão e outros esforços de ajuda internacional.Mas sabe que sua política externa está não sóem transição, mas em tensão — entre a convic-ção de que a paz do mundo deverá ser protegidana Ásia superpovoada, durante as próximas dé-cadas c a convicção de que a paz dos EstadosUnidos exigem o fim da aventura externa e umvolver urgente às necessidades domésticas.

O Presidente deixa a impressão <lc queainda não resolveu essas contradições. Comoajirmou no principio dc sua viagem, está pe-üindo algumas perguntas — e o fazendo deli-teradamente.

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Guerrilhas, um drama lailandèsNo rolciro dt Nixoit puta dis-

cütir o problema do Vietname nascapitais asiáticas, há uma cidadeem que, provavelmente, se pedirámais lentidão na retirada das tro-pas norte-americanas do Sudesteasiiitieo: Bancoc.

Analisando a viagem do Presi-dente dos Estados Unidos, o sema-nário Time observa que, com o ini-cio da dcscscalada, se abriu um pe-ríodo dc inquietação na políticaasiática, à medida cm que os lide-res vão revendo suas relações coma America, com seus vizinhos e cs-pceialmcnlc com a China Comunis-ta. Assim, ouvir a opinião dos an-fitriões e reassegurar a política nor-tc-americana na Ásia são as princi-pais preocupações do Presidente cmseus contatos na Tailândia.

Excluindo-se os sul-vietnamitas.o Governo lailandès — entre todosos asiáticos — foi o que mais secomprometeu com a causa norte-americana, ao franquear seu terri-tórlo para as operações contra oVietname do Norte. Em consequén-cia, cerca de 50 mil soldados ame-ricanos estão estacionados nas seisbases instaladas no país; durantea escalada, 80% das missões contrao Norte partiam da Tailândia. Seusaviões agora, ocupam-se de raidscontra as forras comunistas noLaus.

Segundo os observadores, oGoverno do Primeiro-Ministro Ge-ncral Praphas Charusathicn in-

Departamento de Pesquisaquieta-se com a possibilidade deenfrentar o futuro sem a proteçãoamericana. Diz o Time que "cioprovavelmente enfatizará o desejodc que a Tailândia continue con-tnnilo com o auxílio atual e os pac-tos de defesa americanos."

Depois das eleições dc feverci-ro passado, os dirigentes tailande-ses enfrentaram problemas graves:se no plano qüinqüenal 1961-66 oproduto nacional aumentou, de 8%ao ano, em 1967 a cifra caiu para7£, e depois para 5Çi no ano pas-sado.

A SITUAÇÃO TAILANDES.V

Pais dc estrutura agrária, aTailândia pode ter sua economiaafetada cada vez que ocorre umimprevisto do clima, como a secadc 1907. Alem disso, embora a moc-da nacional seja sólida, as impor-tações aumentam enquanto cresceo déficit orçamentário.

Paralelamente, aumenta a di-ferença de renda entre os campo-neses da rica planície central e osdas outras províncias. Nesse qua-dro desde 1.» dc janeiro de 1965,a Frente Patriótica da Tailândialem liderado os movimentos arma-dos nas províncias mais distantes;segundo estimativas dc Bancor,são 4 mil homens armados e 30mil simpatizantes — notadamenteno Norte, Nordeste e Sul do pais

— empenhados cm operações em33 das' 70 províncias."P.cbclláo endímica de poptila-ções há multo negligenciadas pelosantigos Governos dc Bancoc" —como afirma o Franee Soir — ouguerra revolucionária sob as dire-trizes do "pensamento de Mao Tsé-tung", como se declara cm Pequim.Os guerrilheiros já chegaram a fi-xar um preço para o auxilio popu-lar: mil dólares pela cabeça dc umgovernador de província c 200 dó-lares pela dc um oficial norte-ame-ricano.

E há muitos deles nas basesamericanas, que mantém attialmcn-te 50 mil homens, mas que podemcomportar até 100 mil soldados. Sáoseis as bases norte-amerieanas nopais: U^orn, Ubon, Khoral — quar-tcl-gcncral do Comando Eslrat.gi-eo ali estacionado — Utapao, Ta.Uhli c Nakhon Phanon, alem doporto de Sltahip, que c o maior ar-senai militar asiático com seusabrigos blindados equipados combombas atômicas.

Peça decisiva da estratégicanorte-americana no continenteasiático, a Tailândia tornou-se co-nhecida como "o maior porta-aviões dos Estados Unidos na Ásia",segundo o .semanário Nouvel Obser-vateur. E para tornar eficientes ascomunicações entre as bases e oporto, Washington encarregou-sedc construir no pais a melhor rederodoviária da região.

EUA oferecem ajuda a JacartaJacarta (AFP-AP-UPI-JB) —

O Presidente Nixon ofereceu aoChefe do Governo da Indonésia,Mohamed Suharto, a ajuda econô-mica norte-americana, para "aconstrução do futuro, na medidaem que vocês o desejem." O oferc-cimento foi feito ontem, momentosantes de Nixon embarcar cm Ja-carta com destino a Tailândia.

Depois de reiterar o convite pa-ra que Suharto visite os EstadosUnidos, o primeiro mandatário nor-te-amerleano afirmou deixar a In-donésla com "a firme convicçãode que o pais está em boas mãose de que tem mais possibilidades doque nunca para dar um passo àfrente no terreno econômico."

AGRADECIMENTO

O Presidente Suharto agrade-ceu cm nome do povo indonésio aosEslados Unidos, "sempre disputesa ajudar-nos a construir o f'-í""o,rie acordo com os nossos princípios,nossas aspirações e nossas opi-niões""Estou certo — disse Suharto aNixon — de que você terá uma vi-são mais clara de nossos Ideais ede nossa posição com respeito aos

problemas mundiais e aos nossospróprios problemas, depois dessaviagem."

PC indianopropõe greve

Calcutá (UPI-.TB) — O Parti-.io Comunista da índia propôs on-tem .a decretação de uma greve ge-ral de 24 horas na próxima quin-ta-feira em Bengala Ocidental, co-mo protesto contra a visita de Ni-xon a Nova Deli, marcada paraaquele dia.

Partidário da política de Mes-cou, o PCI é majoritário 'no

poderlegislativo de Bengala Ocidental eprocura organizar manifestaçõescontra a visita do Presidente dosEstados Unidos. As numerosos or-ganizações estudantis esquerdistasfarão quinta-feira uma demonstra-ção antlriortèramericana nos pré-dios da Universidade de Calcutá.

Romênia nega aação anti-URSS

Roma (Upi-jbt — o Presiden-te da Romênia, Nikolae Ceausescu,

afirmou que a visita de Nixon ' aseu pais é um sinal de "mudançano clima internacional, mas nãotem por objetivo ressaltar -\ cvei-cente independência de Bucarest emrelação no' Kremlin."

Em entrevista publicada pelo jó."-nal VViiita, órgão oficial do Parti-do Comunista Ltaliano, Ceausescudisse não haver problemas entre'»Romênia e os Estados Unidas, c.->clarecencio que suas entrevistas com¦ Nixon tratarão dc questões de or-dem econômica e problemas inter-nacionais.

COROAMENTO' O Chefe do Governo romeno afir-

mouque a visita de Nixon é apenaso coronmento de uma série de con-tatos entre funcionários da Romè-nia com os demais paises do mun-rio, não implicando em um abando-no do sisícma socialista nem emalagamento de seus aliados."Continuaremos — disse Ceau-ses.u — fomentando as relaçõescom todos os países que respeitemos princípios da convivência pacifi-ca entre Estados com regimes dife-rentes."

Bancoc, Hong-Kong (AFP-AP-UPI-JB) — O Presidente Nixon prometeu on-tem à Tailândia que os Estados Unidosdefenderão o país da agressão externa eda subversão interna, em pronunciamentofeito logo após sua chegada no aeroportode Bancoc.

O Chefe da Casa Branca assinalouque os tratados existentes entre os Esta-dos Unidos e a Tailândia não são letramorta, reafirmando que os compromissosserão cumpridos "porque nossos dois pai-ses compartilham o mesmo ideal de liber-dade."

Garantias

As palavras de Nixon visaram sobre-tudo tranqüilizar o Governo tailaridès;preocupado com as declarações de Ma-nilha, primeira escala na viagem presi-dencial pela Ásia, segundo as quais ospróprios asiáticos deveriam arcar com oprincipal ônus de sua defesa contra asagressões.

O primeiro pronunciamento de Nixon,emitido ainda no aeroporto, foi feito napresença do Rei Bhumibol, que suportousem nenhum abrigo, juntamente cem oPresidente dos EUA, forte chuva duran-te.todo o discurso.

O prefeito de Bancoc deu as boas-vindas a Nixon e entregou-lhe as chavesda cidade,, expressando a gratidão aosEstados Unidos, "pioneira das nações par-tidárias da paz." Depois das cerimônias,o Presidente dirigiu-se ao palácio ondeficará hospedado os três dias da visita,comparecendo em seguida ao palácio realpara cumprimentar o soberano tailandés.

ProgramaBancoc será a mais longa escala de

Nixon em seu giro pela Ásia — três dias— co tema central das conversações comos dirigentes locais será o futuro da re-gião uma,vez terminada a guerra no Viet-name.

Nixon deverá explicar às autoridadestailandesas os motivos dos Estados Un.-dos para a retirada de soldados do Viet-name, assegurando-lhes por outro ladoque isso não significará um abandono dosasiáticos à sua própria sorte:

O Chefe de Governo norte-americanodeverá entrevistar-se na capital tailan-

desa com o secretário da Organização doTratado do Sudeste Asiático (OTASE),General Jesus M. Vargas e com os em-•baixadores da região acreditados em Ban-coc.

O Embaixador dos Estados Unidos cmSaigon, Eilsworth Bunker, e o comandan-te das forças norte-americanas no Viet-name do Sul, General Creighton Abrams,conferenciarão com Nixon na Tailândia.

Especulação

O terceiro dia da estada do Presiden-te em Bancoc (amanhai foi reservado pa-ra um breve repouso antes do prossegui-mento da viagem. Segundo insistentesrumores, porém. Nixon aproveitaria o ãlapara um rápido deslocamento ao Viet-name do Sul, a fim de conversar com opessoal empenhado na guerra.

Os observadores consideram que essavisita já está inclusive decidida, mas os.serviços de segurança pretendem mantê-la sob o máximo sigilo, enquanto não fôrresolvido qual a base militar mais segu-ra para receber o Presidente: -Da Nang.Saigon 011 a da Nona Divisão do Delta.

Incidentes

Poucas horas antes da chegada deNixon a território tailandés. cinco guer-rilheiros comunistas invadiram a ba;senorte-americana de Ubon, na região Nor-deste do país, ferindo a bala um aviadordos EUA e danificando dois aviões C-47,bem como o sistema de controle terrestreda base. Os atacantes escaparam ilesos.

Em Bancoc, quando a comitiva dei-xou o aeroporto, foi lançada uma garrafacontra o carro de Nixon por um homemque gritava "amcricims go home". O mn-nifestante foi preso e a garrafa não átin-giu seu alvo.

A policia taílandèsa informou que nossubúrbios e arredores da capital foramdistribuídos diversos volantes hostis aosEstados Unidos.

A Rádio de Hanói féz ontem umaemissão especial, para dizer que Nixon de-dicou uma escala mais demorada à Tai-lánclia em virtude de os comunistas ser.-.ncada vez mais fortes nesse pais e esta-rem "decididos a libertar o povo do prin-etpal agressor imperialista e dos reacio-narios lacaios dos Estados Unidos."

Discurso reafirma compromissoO discurso pronunciado ontem pelo

Presidente Nixon em Bancoc, na integra,é o seguinte:

"Ao voltar mais uma vez á Tailán-dia, tenho profunda consciência de queeste pais tem um interesse especial novigor da determinação des Estados Uni-dos de honrar seus compromissos paracem a Ásia e o Pacifico.

Nós honraremos estes compromissos,não só porque cs consideramos uma obri-gação solene, como também porque com-preendemos perfeitamente. que, nós e asnações do Sudeste da Ásia. temes um In-te.êsse vital comum na futura paz e prós-peridade desta região.

DesafioTanto a geografia quanto o interesse

comum unem cs. Estados Unidos com asnações do Sudeste da Ásia. Consideramoso oceano Pacifico, não como uma barrei-ra, mas como uma ponte. Achamos tam-bém que a paz pode ser mantida nomundo, e reconhecemos que o início, aqui'na. Ásia, de um surto de desenvolvimen-to dinâmico, poderá ter enorme signifi-cação.

Nossa disposição em honrar nossoscompromissos é absolutamente coerentecom a convicção de que as nações daÁsia podem e devem assumir, cada vezmais, a responsabilidade pela consecuçãoda paz e do progresso na região. O de-sáfiq à nessa sabedoria é apeiar cs es-fcrçcs dos paises asiáticos para se de-tenderem e se desenvolverem, sem tentarretirar-lhes as responsabilidades que lhesdevem cnb.r, pois. se a dominação de umagressor pode destruir a liberdade de umanação, a demasiada dependência a umprotetor poderá, afinal, cerroer sua dig-nidane.

O que buscamos para a Ásia é umacomunidade dc nações livres, capazes detrilhar seus próprios caminhos e traçarseu próprio destino, cem a cooperaçãoque lhes possames dar — uma cemunida-de de países asiáticos independentes, cá-da um mantendo suas próprias tradições,ao mesmo tempo em que se desenvolvamatravés de cooperação mútua. Dentro detal contexto, estamos prantos a desem-penhar um pa.pel responsável, de acordocem nossos compromissos e interesses bâ-sioos.

Há sete séculos atrás, o grande Reitailandés, Rama Kamheng, pai do alfa-beto tailandés, fêz inscrever, na nova lin-éúágem, a sua crença: "Na água, hápeixes; nes campes, há arroz... quem qui-spr negociar com elefantes, poderá fazó-lo: quem quiser negociar com cavales,poderá fazê-lo; quem quiser negociar comprata e ouro, poderá íazé-lo."

Estas palavras expressaram a filoso-fia de que. uma nação, como um homem,deveria ser livre para escolher seu pró-prlò destino. Na Coréia, e de novo noVietname, a Tailândia tem estado navrnguarda daquelas nações que se em-penharam ativamente para proteger esteprincipio. A contribuição tailandesa à lu-ta para preservar a independência doVietname do Sul tem sido de grande sis-niíicação — ccmo era de esperar-se cieuma nação que da valor tão alto à suaprópria longa história de Independência— e. como uma nação que tem participa-do tão generosamente dos ônus da guer-ra, a Tailândia tem um especial ínterés-se na estratégia para a." consecução deuma paz duradoura, isto é, uma paz quegaranta ao povo do Vietname do Sul odireito de determinar seu próprio faturosem coação externa. Na elaboração desiapolítica, o Governo da Tailândia tem si-do consultado permanentemente e conti-nuarâ sendo consultado no futuro.

Eu creio que o maior problema quenos defronta não é a guerra no Vietnã-me, mas a criação de um grupo dinâmicode relações internacionais que garantama paz e o progresso. Isto não poderá serfeito só peles Estados Unidos. Há queser um esforço comum. Devemos conrri-buir para o surgimento de relações, me-diante as quais os povos da regia a pes-sam dominar seus desafios e estruturarseu futuro.

A Tailândia é um dos mais notáveisexemplos da promessa que o futuro ri'-serva para a Ásia — em termos de seudesenvolvimento econômico, _..i e.npenhoem proporcionar o bem-estar de seu po-vo e de sua visão mais ampla dos nevestipes de cooperação regional que poci.mbeneficiar todas as nações e povos daÁsia. Temos orgulho em considerar a 1 ai-lãndia ccmo nossa amiga. Neste espirito,eu vejo a visão do Rei Rama se trans-formando em realidade, não só para aTailândia como para toda a Ásia!"

Saigon prende agente vietcongSaigon t Paris (AP-AFP-UPI) — Um

auxiliar do serviço secreto rio Paláciopresidencial do Vietname do Sul, Nii.vnhVan Trong, foi detido ontem pela políciacomo possível elemento de ligação comagentes do Vietcong.

Em Paris, fontes diplomáticas alia-das disseram ontem que o Vietname doNorte e o Vietcong não mudarão suaposição nas Conversações de Paz antes defazerem um exame completo dos resulta-dos da viagem do Presidente Nixon àÁsia.

Um porta-voz sul-vietnamita infor-mou que Le Duc Tho, importante mem-bro da delegação de Hanói ã Conferén-cia. se encontra na capital norte-vietna-miia. provavelmente para assessorar seuGoverno sobre a viagem dc Nixon.NA GUERRA

Os Estados Unidos sofreram conside-ráveis perdas aéreas na guerra, ao ser

derrubado um enorme helicóptero e aocair um bombardeio B-52 que se prepa-rava para sair em uma missão de ataque.

Todos cs 10 homens a bordo do he-lieóptero CH-16 — 9 norte-americanose um prisioneiro — morreram ao cair nasmontanhas 40 quilômetros ao Sudoestede Da Nang.

A tripulação de seis homens do bom-bardeiro e outras duas pessoas a bordose encontravam desaparecidas. O apare-lho caiu quando partia da base Ander-sen, em Guam, com um carregamento debombas.

Informou-se que a luta em terra foiesporádica, mas morreram 105 guerri-lheiros. Considera-se, todavia, em vigén-cia o diminuído ritmo da luta, iniciadohá seis semanas.

Testemunhas do acidente do bom-bardeio disseram que não houve explosãoantes de sua queda, porém que o inecn-dio posterior podia observar-se de variaiquilômetros de distância.

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JORNAL DO BRASIL \__ Terça-feira, 29/7/69 D 1-' Caderno ORIENTE MÉDIO - 9

Golda Meir: Nassernão diz a verdade

Israel ataca artilharia egípcia em Suez

"Nosso pecado foi ter vencidoa guerra, e agora Nasser nãoBabe como anunciar a seu povoque perdeu" disse a L'Exprcssa sra. Golda Meir, Primeira-Ministra de Israel.

Era uma quarta-feira em Je-rusalém, por ocasião do. 17?aniversário da revolução egíp-.cia, no mesmo dia em que oBais (titulo ' de Nasser) *anun-ciava a seu povo uma "guerrade desgaste" em todas as fren-tes.

1,'Exprcss: Que djria ao Pre-sidente Nasser, se a sra. o re-encontrasse?

Golda Meir: simplesmente is-so: queremos negociações, semcondições prévias. Certamente,Nasser sabe o que desejariaobter, e nós também sabemoso que queremos, mas os desejosproclamados e as segundas in-tençóes são precisamente objc-tos de discussão.

Nasser, porém, quer obternossa retirada, simplesmente,por meio de discursos pronun-ciados no Cairo.

IMPASSEI/Exprcss: Mas Nasser pode

ne dar ao luxo de negociarcom Israel sem destruir as ba-ses de seu próprio poder?

Golda Meir: Comenta-se um.tanto levianamente que osárabes são irracionais. Mesmose este elemento de paixão ir-racional fôsse verdadeiro, e êleo é em certa medida, nós nãopoderíamos aceitá-lo

Se nós o aceitássemos, e seo mundo nos acompanhasse,Isto significaria que esta imen-Ba e vital região do mundo ondavivem dezenas de milhões depessoas estaria condenada a serpara sempre o feudo de algunsindivíduos, de reis e ditadoresque não têm s não terão jamaisa coragem de dizer a verdadea seu povo, e que a única coisaque fazem pelo país é conduzi-lo a guerras sucessivas queterminam sempre em desastres.

Nasser é o chefe de uma na-ção que tem um dos mais bai-xos níveis de vida do mundo,e a opinião internacional deve-ria considerar como vivem as-sim 30 milhões de seres huma-nos

Michel Sãlòmónilo L'Expre.is

Seu lider. é um homem deEstado responsável? Por • queIsrael deveria pagar pelo ira-casso de Nasser?

AS RAZÕES

I/Exprcss: Por qivs os Judeusvivem na Palestina?'

Gnlda Meir: Por que os ju-(Jeus vivem em todo lugar? Senão houvesse existido judeusna Rússia czarista, rião teriahavido pngroms, e se náo liou-vesse pogrom* etc. Qual é aalternativa? Afogarmo-nos noMediterrâneo, para agradar aoSr. Nasser?

O que 'mais me inquieta não

. é sua atitude, mas a de outrospovos que se revoltariam cemvezes contra um poder quepretendesse tratá-los da ' smamaneira que Nasser trata osegípcios.

Mas como se trata de egíp-cios, de árabes, considera-sainteiramente natural que ascoisas se desenrolem assim noCairo.

Ademais, espera-se de Israelum comportamento de acordocom critérios demenciais. Por-que Nasser acha insuportávelnossa existência nesta terra, «não tem coragem de fazer apaz conosco, por medo de per-der o Poder, Israel, dizem asboas almas, deveria íazer ai-guma coisa para lhe permitirmanter-sa a qualquer preço naliderança do Egito.

ESPERANÇA1 I/Express: Será que Nasserespera levar os israelenses aíazer concessões, através daguerra de desgaste?

Golda Meir: Ele tem bastantebo msenso para acreditar nisso,pois êle nos conhece também.Faz 20 anos que nós nos ire-quentamos, se posso dizer. Elematou alguns ' israelenses, éverdade, mas nos atormenta hámuito tempo para ignorar queisto não nos fará desistir.

-.'Express: Espera-se que vo-cês tomem as iniciativas, Já quesão ps vencedores.

Golda Meir: Estamos prontospara sentar a qualquer horado dia com Nasser, Hussein,Atassi e qualquer outro paradiscutir.

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Telaviv, Cairo, Amâ (AFP-AP-UPI-JB) —A Força Aérea Israelense bombardeou ontem,durante 45 minutos, posições da artilharia egíp-cia no canal de Suez, nas regiões de Port Tcw-íik, Deversoir e El Tina.

O ataque dos aviões israelenses foi uma me-dida de- represália a 24 horas consecutivas debombardeio da artilharia da República ÁrabeUnida sobre o canal, que causou ferimentos emdois soldados de Israel,

DanosComunicado das Forças Armadas egípcias

afirmou que seu fogo antiaéreo derrubou umbombardeiro Skyhawk israelense, aerescentan-do que os-Mig-21 da RAU levantaram vôo epuseram em fuga os aparelhos atacantes, sô-bre a região de Kantara. Segundo a mesmafonte, os canhões egípcios destruíram depósitosde munições e combustível na margem ocupadapor Israel.

Porta-vozes militares de Telaviv, .por suavez, confirmaram o combate aéreo nas imedia-

- ções de Kantara, mas afirmaram que. nenhumavião, israelense ou egípcio, íoi abatido duran-te a luta. V

O Gabinete egípcio reuniu-se durante ofim de semana no Cairo, para estudar a situa-ção militar e política no Oriente Médio, espe-clalmente a criada depois da intensificação dasincursões efetuadas recentemente pelos aviõesda' RAU e de Israel sobre òs territórios lril-mi gos,

Círculos ligados ao Governo da RAU reye-laram que, na opinião dos ministros, os ataques

-aéreos realizados nos últimos dias pelos israe-lenses visam obrigar a aviação egípcia a en-trar em combate antes que se consoli:le o pode-rio da Força Aérea Árabe, além de procurardestruir as bases da RAU.

Na JordâniaOs aviões Israelenses atacaram também ter-

ritório jordaniano na noite de domingo, matan-dos três militares e ferindo outros 12 na regiãode Irbid.

O bombardeio durou uma hora e meia e aartilharia antiaérea da Jordânia íêz disparossobre os aparelhos israelenses, que voltaram to-dos à base.

Um soldado israelense e dois terroristasárabes morreram no domingo à noite, quando

um comando palestinlano tentou invadir ter-ritório de Israel nas colinas, de Golan.

Depois de violenta troca de tiros, os ára-bes foram repelidos, perdendo dois .homens ,ematando um soldado o ferindo dois de umapatrulha de Israel-'

Bombardeio inataobservador da ONU

TclaviVj Cairo, Nações Unidas (AP-UPI-JB) — Os bombardeios de artilharia sobre ocanal de Suez causaram a morte do major sue-co Roland Plane, de 37 anos de idade, primeiroelemento da missão de observadores das Na-ções Unidas a tombar nas recentes lutas.

O major Plane estava servindo em PortTewfik,' extremo Sul do canal, e sua morte foiatribuída pela' RAU a disparos da artilharia is-raelense. O corpo do militar será.trasladado aoCairo, onde vive sua mulher.

PreocupaçãoO Secretário-Geral da ONU, U Thant, preo-

cupado com a situação a que estão expostos o.s

oficiais da missão observadora no canal de Suez,convocou ontem uma reunião informal de re-prescntnntes. dos sete países que colaborarampara a formação da missão.

Há no grupo oficiais da Suécia, França,Austrália, Finlândia, Irlanda, Chile e Argenti-na. Porta-voz das Nações Unidas esclareceu queessa primeira reunião convocada por U Thantterá caráter informal, mas que outra será mar-cada ainda esta semana.

Assassinado umlíder iemenila

Beirute (UPI-JB) — Um grupo de Jovensmonarquistas do Iemen revelou ontem que umde seus líderes, o Príncipe Abduliah Ben AlHassan, de 30 anos dè idade, foi assassinado emSada, 160 quilômetros ao Norte de Sana, capitaldo- país.

Segundo os informantes, a morte do Prin-cipe ocorreu há três dias, abatido a tiros quan-do rezava numa mesquita de Sada. Apesar dasdiligências oficiais, ainda não íoi possível des-cobrir os assassinos, suspeltando-se que outra»pessoas foram mortas aia ocasião.

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JORNAl DO BRASIL __\ Terça-feira, 29/7/69 D ,1." Caderno

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Informe JB PRECISO APRENDER A SER SO«.

Pessoalroda a política de pessoal áo Go-

vèrno, que envolva, extinção ou cria-ção de cargos e carreiras, passara aser regulada por decreto-lei âo Pre-sidente da República,.de acordo commodificação a ser incluída na refor-ma constitucional. Na Constituiçãode 1967 a politica de pessoal do Go-vêrno era de iniciativa do Executivo,dependendo, contudo, da aprovaçãodo Congresso'Nacional.

CréditoO Ministro Delfim Neto estimava

ontem que a nova faixa de redes-conto para a pequena e média em-

presas deve produzir uma expansão,global de meios de pagamento da or-dem de 400 milhões de cruzeiros no-vos. Na opinião do Ministro, faz-senecessário distinguir o efeito direto,

produzido pelo aumento da base mo-netária (êste sim, será da ordem de130 milhões de cruzeiros) do efeitomultiplicador, que em 60 dias atingi-rá a mais de 260 milhões de cruzei-ros novos, beneficiando a todas asempresas, inclusive as médias e pe-quenas. Quanto ao efeito direto, êsteincidirá, exclusivamente, sobre asmédias e pequenas empresas.

Máfia x A & PQuem já visitou os Estados Uni-

dos sabe muito bem o que significaA & P — The Great Atlantic andPacific Tea Company •— a maior ca-dela de supermercados do país, com4700 lojas e 300 grandes armazénsespalhados por todos os Estados.Mas, só agora se está sabendo daextensão da luta que a A & P estátravando com a Máfia: 10 milhõesde dólares de prejuízos com incên-dios, dois gerentes assassinados.

A Máfia quer obrigar a cadeiade supermercados a comprar os pro-dutos — geralmente de má qualida-de — fabriôados por companhias queela controla — e de que se apossoupor meios criminosos, geralmente em-préstimos a juros escorchantes quevão até a 20% por semana.

E' difícil que a Máfia dobre osjoelhos de uma companhia como a A& P. Mas a publicidade dada aos in-cêndios e à morte dos gerentes estáajudando os vendedores da Máfia emsua campanha de terror junto a cen-tenas de pequenos retalhistas inde-pendentes.

Indiretas e reformaOntem no Elo os políticos decla-

ravam dispor de informações, quequalificavam de seguras, segundo asquais o Presidente Costa e Silva final-mente se decidiu, pelo menos em 1970,pela fórmula das eleições indiretaspara Governador, um dos pontos con-troversos da reforma constitucionalem andamento.

FundosDentro de alguns dias o Governo

deverá, baixar atos instituindo nopaís o Fundo Nacional de Desenvol-vimento Científico e Tecnológico, oFundo Nacional de Desenvolvimentoda Educação e o Fundo Nacional deDesenvolvimento de Áreas Estratégi-cas.

O Fundo Nacional de Desenvol-vimento Científico e Tecnológico,;»partir de 1970, vai dispor de recursosorçamentários estimados em NCr? -'.0milhões, que nò ano seguinte, seif.b.elevados para NCr$ 100 milhões.-Esse Fundo fará repasse de recursos"para órgãos como o Conselho Nacio-nal de Pesquisas, a Comissão- Nacio-nal de Energia Nuclear e a ComissãoNacional de Atividades Espaciais.

A partir do ano que vem, 2% daarrecadação do imposto de renda se-rão dedicados, exclusivamente, aoFuiido Nacional de Desenvolvimentoda Educação, com a finalidade espe-ciai de suprir o pagamento do tem-po integral ao magistério. Quanto aoFundo Nacional de Desenvolvlmen-to de Áreas Estratégicas, êle se des-tina ao financiamento de projetosconsiderados prioritários.

Outra notícia filtrada entre ospolíticos: o Presidente Costa e Silvaconsiderou válidos os argumentos dosque sustentavam o ponto-de-vista deque o atual Congresso Nacional, e nãoo próximo, é que deve eleger o futuroPresidente da República.

* * *Embora reconheçam que "a coisa

está dura", vários senadores conti-nuam batalhando junto ao Governoa fim de que não seja reduzida detrês para dois a representação decada Estado no Senado Federal.

CulturaO Governo do Estado mostra-se

preocupado com as dificuldades quese somam à contratação de artistasestrangeiros para recitais de arte noTeatro Municipal do Rio e na SalaCecília Meireles. A contratação tor-na-se dia a dia menos atraente, en-tre outros motivos por que o artistaconvidado sabe que só terá oportu-Kúdade de exibir-se no Brasil emdois recitais, no máximo, tendo emvista ser cada vez menor o públicointeressado em espetáculos de arte.E na hora do regresso, o artista es-trangeiro é compelido, por exemplo,a pagar ao imposto de renda 25<5«

' do valor do seu cachet, sem falar nos

16% do INPS e mais 10% destinadosà Ordem dos Músicos do Brasil.Mesmo fazendo todos estes pagamen-tos, para remeter os dólares ao exte-rlor, através do Banco Central, o ar-tista é obrigado a perder dois dias,no mínimo, na. preparação da pape-lada burocrática exigida.

Em suma, o Governo da Guana-bara está pretendendo que seja bai-xado ato isentando durante emeoanos o artista estrangeiro do paga-mento de qualquer imposto, desdeque a contratação seja de nivel cul-tural e feita pelos Governos federalou estadual.

FelicidadeO Ministro, Magalhães Pinto foi

ontem quase que direto de CaboFrio, onde passou o fim de semana,

para o seu gabinete no Rio, e logodeu de cara com um dos seus auxi-liares sem entender a euforia geralpelo sucesso da Apolo-11. Com voz

paternal, o Ministro Magalhães Pin-to chamou o auxiliar a um canto edeu-lhe o seguinte conselho:

_ Meu filho — disse o Chance-íer _ com a minha experiência pos-so entender a sua surpresa. Maistarde você verá que cada homemsente-se feliz quando vê a felicidadede seu semelhante: algo assim co-mo a vitória do Flamengo, no Rio,ou a do Atlético, em Belo Horizonte.

Expo-72Áreas influentes dentro do Go-

vêrno argumentam que, em face dascontenções impostas ao país em todosos seus setores, não seria justo pro-mover-se em 1972 uma ExposiçãoMundial na'Barra da Tijuca, que exi-giria de imediato, recursos vultosos.A não ser com gastos fenomenais, oBrasil cairia no ridículo, promovendouma mostra internacional em nivelde feira municipal, que compromete-ria a própria imagem do país no es-trangeiro.

LutaNo Paraná, uma luta de foice no

escuro está sendo travada entre o Go-vernador Paulo Pimentel e o ex-Go-vernador e Senador Nei Braga, pelaconquista da presidência do diretóriomunicipal da Arena de Curitiba: osdois chefes políticos, embora perten-çam ao mesmo Partido, têm candi-datos'independentes.

SecretárioDentro de 48 horas, aproximada-

mente, deverá ser nomeado o nôvoSecretário de Segurança do Estadode São Paulo. De acordo com as in-formações, o nôvo Secretário serágeneral, e da ativa.

Arena e milagreO Deputado Lopo Coelho, presi-

dente da Arena carioca, esquivava-se ontem de dizer qual o nome dasua preferência para presidir a Exe-cutiva Nacional do Partido, em subs-tituição ao Senador Filinto Muller.Embora não se aventure a proporqualquer nome, o Deputado LopoCoelho é da opinião de que o candi-dato tem que ser um homem vin-culado ao Presidente Costa e Silva,que conheça o seu pensamento nodia-a-dia dos problemas.

— Do contrário — prognosticaLopo Coelho — nem milagre salvaráo presidente da Arena.

Lance-livreq O Ministro Jarbas Passarinho, do

Trabalho, foi examinado por seu medicoque o deu como apto a voltar às quadrasdfe voleibol. Só falta, agora, ao Ministroaprimorar o seu preparo atlético.

f_ Durante a viagem dc avião, ontem,para Fortaleza, lápis era punho, o Mtnis-tro Costa Cavalcanti lia atentamente umvolume de várias' páginas, e com talcuidado que, quando alguém passava per-to ila sua cadeira, ele o fechava disfarça-damente. O Ministro lia o projeto da no-va Constituição.

q Num postal enviado ao diretor do' Teatro Municipal, o teor Mario dcl Mo-naco confessa já não saber o que t:\7.erpara aplacar um pouco o violento ciúmede sua mulher. E se lamenta, dizendo quea culpa não lhe cabe, mas apenas ao cx-cesslvo número de atlmlradoras que nãoo deixam em paz.q O compositor Carlos Imperial estátentando junto ao General frança OU-veira. Secretário do Segurança, que sejaencerrado o processo cm que foi envolvidocom base no seu cartão de Natal, c quelhe rendeu uma temporada na Ilha Gran-dc. Imperial depende do arquivamento doprocesso para poder viajar para a Espa-nha, onde a coqueluche musical do mo-mento é a sua versão dc Meu Limão, MeuLimoeiro.01 O Governador de Pernambuco, NiloCoelho, que está no Rio, aproveitou umafolguinha à tarde para ver as vitrinas daKua do Ouvidor.£ A Fundação Getúlio Vargas vai pro-mover cm agosto um curso sobre Direi-Agrário c Política. Entre os professoresestão os Ministros Ivo Arzua, da Agiicul-tura, Jarbas Passarinho, do Trabalho, eo Vicc-Prcsvlcnte Pedro Alei-:o.O O diretor da Carlsberg Brcuerics, a

maior fábrica de cervejas da Dinamarca,Sr. K. V. Slot, esteve em Belo Horizonte,onde manteve conversações com o indus-trial Hermógenes Ladeira, diretor da Cia.Alterosa de Cervejas.

Ir-D2N<<iOh>Ul0<õ

no caneci

Ó Um grupo numeroso de senadoresviaja hoje para Brasília, a fim de parti-cipar do banquete que esta noite será ofe-recido, no Hotel Nacional, ao General_ Jal-me Portela, por sua recente promoção. OPresidente e todos os Ministros estarãopresentes.O Embora a convocação não tenha ti-

do caráter oficial, ná semana passada oSenador Filinto Muller conversou, demora-damente, sobre a reforma constitucionalcom o. Vice-Presidente Pedro Aleixo e oMinistro da Justiça, professor Gama cSilva. ; ¦Q O Ministro Delfim Neto acaba de

criar a Assessoria Econômica do Mlnlsté-rio da Fazenda, pela qual passou a res-ponder, em caráter efetivo, o economistaCarlos Viacava. Todos os assuntos que di-gam respeito ã política fiscal, monetária,orçamentária, salarial, bem como os pro-blcmas da indústria e comércio, agricul-tura e abastecimento, serão estudados pe-Ia Assessoria Econômica..O Há dois anos a famosa dupla de jaz.dos Estados Unidos, constituída por Dui-ke Mitchcll (pianista) e Wille Ituff(trompista), gravou um long-playing noBrasil com músicas de Lula Freire e Can-dinlio. Agora, convidados para o_ Festi-vai da Canção, os dois músicos já pedi-ram a Lula Freire que colabore com êlçsna produção de outro LP, dc músicasbrasileiras.O O Sr. Carlos Lacerda passou o fim desemana no seu sitio de retrópolis e on-tem veio para o Itio, ficando em casa aescrever artigos sobre a sua recente cx-periència na África.O O Senador Benedito Valadares en-trou ontem no Palácio Monroe, cumpri-menton rapidamente o Senador VitorinoFreire c o Ministro Etclvino Lins, e logocm seguida encamihhou-sc ao telefone,providenciando uma ligação para o Mi-nistro Rondon Tachcco, em Brasília, quenão conseguiu localizar na hora. O Sena-dor Valadares declara que está inteira-

~ mente solidário com a candidatura Ron-don Pacheco ao Governo de Minas.

1APOLO cantando suas próprias composições

Um show com maisde 30 participantes

• PROTON - ELÉTRON - NEUTRON • DIÁLOGO

JSTANG CÔR DE W>zocm•<Õr>mzrC>>o>

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'Centro: 243-3206Cetel: 96-0741 , ;;

sGovernador: 422 -,(Fonte)

JornalistasreelegemJosé Machado

O Sr. José Machado íoi re-eleito ontem presidente do Sin-dlcato dos Jornalistas por maisdois anos, alcançando nti se-gúnda convocação 960 votos,contra 43 dados ao Sr. JoãoCarlos Mallet, da chapa ver-de, que já havia anunciado aretirada de sua candidatura,por discordar do processo dcconvocação das eleições.

A chapa- azul, encabeçadapelo Sr. José Machado, obte-ve 92% dos votos, ficando averde com 4;1%. Houve 35 vo-tos em branco e oito nulos. Oquorum exigido para, a segun-da convocação, de 882 votos,foi alcançado com o compare-cimento de 1046 votantes.

júri da Bienal encontrarádificuldade na seleçãodos 25 artistas nacionais

São Paulo (Sucursal) — Os cinco membros dojúri .terão um difícil trabalho para selecionar apenas25 artistas nacionais entre os 557 que mandaram1 795 obras para a X Bienal de São Paulo.

O júri — composto de Mark Bartowitz, MárioSchemberg, Walmír Àyala, Edila Mangabeira e Os-vald de Andrade Filho — se reunirá amanhã, às 15horas, no Museu de Arte Moderna do Rio, para to-mar as primeiras deliberações e estudar nomes paracompor-as salas brasileiras especiais — Etapas eArte Fantástica.

Dona Tatá nos pedeaumento todosOS meSeS. Enós damos.

ARTISTAS CARIOCAS

O número de artistas cario-cas que se inscreveram foi bemmaior do que aqueles que en-tregaram suas obras. De 128inscritos, apenas 66 entregaramseus trabalhos, cinco eçi SãoPaulo e os outros no Museu de•Arte Moderna do.Rio. O nú-mero de obras chega a quasa500.

Do Estado do Rio, inscreve-ram-sc seis artistas, mas ne-' nhum deles mandou suas obraspara a Bienal ou para o MAM,ficando assim eliminados.

CONFIRMAÇÕES

Apesar de 557 artistas terempreenchido suas íichas de ins-crição à X Bienal, só '339 en-tregaram suas obras até sábadopassado, prazo final de entre-ga. Das 3 720 obras inscritas,1795 já íoram entregues, espe-rando-se que êste número au-mente com os trabalhos envia-dos pelo correio, provàvelmen-te atingindo a 2 mil.

Dois brasileiros fizeram suasinscrições' fora do pais: IveteMoreno, que já mandou seustrabalhos pela Varig, direta-mente de Nova Iorque, e HoMonjong, de Paris. Êste ülti-mo já tem suas oito gravurasno pavilhão da Bienal, mas ain-da encelxotadas.

I

Flexor, Arcângelo Ianeli e Nor-berto Nlcola.

UM PEDIDO

A direção da Bienal de SãoPaulo pediu a todos os artistasplásticos brasileiros e estran-gelros para que façam suges-toes sobre a abertura de Miníundo de pesquisa para artis-tas sem condições financeiras,a serem encaminhadas durai!-te o seminário de críticos deartes (nacionais e 'estraingei-ros), que será realizado em se-tembro, após a abertura oficialda Bienal paulista.

Entende a diretoria da Bie-nal de São Paulo que algunsartistas ficam em, desvantagem,no campo da pesquisa, por íal-ta de meios financeiros. Aosartistas estrangeiros a direto-ria pede ainda que façam ape-los aos seus governos para queauxiliem o íundo de pesquisa,caso essa idéia venha a con-cretizar-se.

Dona Tatá é nossa amigado peito. Mas essa nãoé a razão porqueaumentamos a sua rendatodos os meses.Como muitas outras

pessoas, Dona Tatá aplica

suas economias nas novasLETRAS DE CÂMBIONÔVO RIO COM RENDAMENSAL PROGRESSIVA.Em outras palavras:uma RENDA MENSAL

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CONVÍDADOS

Grande será 6 número de ar-tistas brasileiros convidadospara a Bienal que se inicia emsetembro. A principio, foramconvidados 25 artistas, sob ocritério de "máxima contempo-raneidade" adotado pelo júri.Alguns náo aceitaram, por mo-tivos vários, enquanto outros jáconfirmaram suas presenças.Estes últimos são: João Cama-ra Filho, Roberto de Lamóni-ca, Hermelino Fiaminghini,Marcelo Niteche, Abraham ,Pa-latinik, Yutaka Toyota, RubemValentim, Carlos Vergara, Hum-berto Espíndola, Hisao Hoara aMíriam Schiaverini.

Para a sala de Arte Fantás-tica, o júri já escolheu algunsnomes, dos" quais já confirma-ram suas presenças FernandoOdrlozola, Marcelo Grassman,Helena Wong e Válter Levi.

Na sala especial, denominada. Etapas, até o onomento já con-

firmaram as presenças: Sansom-H

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ÜMA RESPOSTA

A direção da Bienal de SãoPaulo faz questão de maisuma vez responder aos artis-tas brasileiros que tentam boi-cotar a mostra brasileira; in-cluindo-se a AIAP carioca, quapublicou uma falsa circularsobre o regulamento da Bie-nal paulista. Segundo o secre-tário Mário Wilches, "nós nãotemos em nosso regulamcr onada que proíba um art!"!aplástico de participar da Bie-nal, nem sob aspecto erótico,nem sob político. Chamo aatenção dos artistas plásticosbrasileiros que "é no Artigo3.° da ..Bienal de Paris que sepoderá encontrar trecho se-melhante.""No Artigo 3.° da Bienal deParis — diz Mário Wilches —encontramos o seguinte texto:"O Conselho de Administra-ção reserva-se, entretanto, afaculdade de excluir da Bienalde Paris as obras que poderãoser consideradas como ofensi-vas à moral, às instituições,aos sentimentos religiosos ounacionais dos países partlci-pantes." Náo sei porque atéhoje ninguém ainda insurgiu-se contra esta disposição daBienal de Paris. Na Bienal deSão Paulo não existe nada dis-so no regulamento, não tendo,portanto, nenhuma intençãoa priori de podar artista ai-gum."

Teatro deCatânia estáno Rio

Numa excursão que se esten-dera ao Uruguai e à Argentina,chegaram ontem ao Rio 60 atô-res do elenco principal do Tea-tro Stabile di Catainia. O gru-po estréia dia 1.°, às 21h, noTeatro João Caetano, com apeça / Vicere, de De Roberto.

O Sr. Musumecl Dott, quechefia o grupo, disse que os ita-liamos são fiéis ao teatro, ga-rantindo os espetáculos^ comcasas sempre cheias. Salientouque é multo importante è, vindado grupo & América do, Sul,"principalmente para mantercontato com o teatro brasilei-ro, uruguaio e argentino."

A excursão é patrocinada pe-lo Ministério do Turismo c Es-petâculos da Itália. Entre aspeças a ¦ serem apresentadas,estão / Mafiosi, de Sciascia,Liolà, de Pirandello, e 7 Vicere,de De Roberto.

Maceió vê emagosto mostrade 15 países

Maceió (Correspondente) —15 países inscreveram-se, ofici-alníante, na .Semana da Cul-tura 'Popular,

promovida peloDepartamento de Ciência «Cultura de Alagoas e que seiniciará a 19 de agosto próxi-mo no Teatro Deodoro, da ca-

pitai alagoana.As Embaixadas da Imglater-.

ra, África do Sul, Canadá, Co-réia do Sul, China Nacionalis- ,ta, Áustria, Chile, México, Por- '

tugal, Holanda, Venezuela, Ti-lipinas, Japão, Índia e Irã ;iconfirmaram o envio de mate-rial para a mostra. A Áustriacomprometeu-se, inclusive, aenviar várias obras pertencen-tes ao Museu Nacional de Vie-na, e já chegou a Maceió mate-rial procedente das Embaixa-das da Holanda, Portugal eÁfrica do Sul.

. Na programação da Semanada Cultura Popular está Inclui-da, também, a apresentação d«números do folclore local. Ho-

Je, no saguão do Teatro Deo-doro, ínáugurou-se a exiposirãode artes gráficas do Ja;"-;".o,contando com cerca de 140 tra«bolhos dc Orocha.

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Page 15: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

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Uma das peâras colhidas por Armstrong é semelhante ao material âa crosta terrestre A casa-reboque chegou a Houston ãómingo. Amigos foram recebê-la

vidro foiObjeto parecido comachado entre amostras lunares

Centro Espacial áe Houston (AP-UPI-JB) — Entre as amostras colhi-das da Lua, os cientistas encontra-ram ontem um objeto brilhante, dematerial semelhante ao vidro.

Trata-se da descoberta mais im-portante desde que se começou a aná-]ise do material lunar. O objeto, se-gundo o professor Roald Fryxell, daUniversidade de Washington, medemeio centímetro de comprimento. Suasuperfície, vitrea, brilha fortementesob a lente do microscópio.DO SUBSOLO

A amostra da qual se retirou apedra foi colhida do subsolo lunar eserá submetida a um minucioso exa-me. Alguns cientistas compararamsua forma à de um amendoim.

Problemas com o equipamento detrabalho — as luvas usadas paraagarrar as pedras e caixas do mate-rial lunar rasgaram-se na altura dosnós dos dedos — poderão adiar por60 horas a abertura da segunda cai-xa, que contém 17 quilos de amos-trás. Todo o material da primeira,que consistia em pedras e poeira, jáfoi retirado, separado e colocado emrecipientes especiais, individuais, quepermanecerão encerrados no compar-

. timento de vácuo.

Nessa primeira caixa havia cercade sete quilos de pedras, inclusivedois pedaços da crosta lunar. O pri-meiro, já examinado, pesa 52,5 gra-mas; o segundo, 64 gramas. Uma daspedras foi exposta à atmosfera daTerra, sem que apresentasse diferen-ças em sua composição, o que au-menta as esperanças de que as amos-trás possam ser estudadas sem esta-rem submetidas ao vácuo ou mergu-lhadas em gás inerte, como o nitro-gênio.

Outra pedra, formada, aparente-mente, pelo resfriamento de uma ma-teria liqüefeita a altas temperaturas,está em experiência para determinarquando se solidificou e de que é com-posta.

TESTES

Começa amanhã a experiênciaque deverá determinar se o solo lu-nar contém formas de vida capazesde causar uma epidemia na Terra.

Com efeito, ontem, alguns grãosde poeira lunar tomados de umaamostra foram levados aos laborató-rios da unidade de isolamento, a fimde serem injetados em cobaias livresde germes e outros seres vivos.

Se os ratos contraírem enferml-dades, o período de quarentena doscosmonautas — e demais pessoas quecom eles convivem — poderia esten-der-se além de 11 de agosto, até quasuas vidas deixassem de correr pe-rigo. i

ACASO

Domingo, o pó de uma pedra des-prendeu-se acidentalmente, quandoum técnico a examinava com as lu-vas, e deu aos cientistas a oportuni-dade de observá-la pelo microscópio.Em sua aparência, é bastante similarao material da crosta terrestre, se-gundo declarou o diretor do laborató-rio de recepção lunar, Elbert A. King.

Foi a primeira vez que uma amos-tra lunar teve a identificação positi-Va de material ígneo, o que significaque sua formação se deu em conse--quência ao esfriamento e solidifica-ção de matéria líquida incandescente.

As amostras ficarão retidas doíameses no centro espacial de Houston.Uma por uma, após os exames preli-minares, serão colocadas em recipien-tes selados, em estado de vácuo, paraa análise posterior de 142 cientistas demais oito paises do mundo.

Cosmonautas prestam depoimento

Centro Espacial de Houston (AP-UPI-JB) — Os cosmonautas Neil Arms-trong, Edwin Aldrin e Michael Collins,em suas instalações no laboratório de re-cepção lunar, prosseguiram ontem as en-trevistas com altos dirigentes da ANAEe as gravações de depoimentos detalha-dos acerca de sua viagem e a descida naLua.

Durante mais oito dias, os três tripu-lantes da Apolo-ll farão seu relatório,cujas informações servirão para definira missão da Apolo-12, cujo vôo foi mar-cado para 14 de novembro próximo, comli segunda alunissagem do homem.QUARENTENA

Armstrong, Collins e Aldrin não apre-sentam qualquer alteração em suas con-dições físicas. Apenas cada um perdeu

quilo e meio. Tomaram um único medi-çamento durante todo o vôo: dramamina,Isso momentos antes de chegar ao Pa-cífico.

, Os próprios cosmonautas ficaram sur-presos com a perfeição da viagem em-preendida. Domingo, tiveram um dia bemocupado, segundo o Dr. William Carpen-ter, médico encarregado de os examinar,enquanto durar a quarentena. Deitaram-se às quatro hora^lhora local), após setehoras de conversações, em duas etapas.Das 17 às 19 horas, receberam a visitadas famílias. Haviam-se levantado às 11horas, lido os jornais e almoçado peru etorta de morango. '

AGRADECIMENTOBrasília (Sucursal) — Em nome dos

cosmonautas da Apolo-ll, o Presidente

Richard Nixon, expressou seus agradeci-mentos ao Chefe do Governo brasileiro,pela manifestação de boa-vontade queo Marechal Costa e Silva dirigiu ao es-tadista norte-americano.

E' a seguinte a mensagem de Nixon:"Em nome do povo dos EUA, e, especial-mente, dos cosmonautas Armstrong, Al-drin e Collins, apresento agradeclmen-tos a V. Exa. por ter dedicado seus amá-veis pensamentos por ocasião da descidado homem na Lua.- Êste vôo acrescentouuma nova dimensão à experiência huma-na. Façamos votos para que conduzatambém a uma era de sempre maior efrutífero entendimento e cooperação in-ternacionais."

Missão Mariner pode superarfaçanha da Apolo-ll na Lua

Pasadena, Califórnia (AP-UPI-JB) —Os cientistas do Laboratório de Pasadena,Califórnia, opinam que os resultados damissão Mariner-6 e Mariuer-7 poderãoassumir uma importância superior à cum-prida, há uma semana, pelos cosmonau-tas da Apolo-ll, em seu vôo épico ã Lua.

O Mariner-6, lançado em 24 de feve-reiro, pouco antes da meia-noite de on-tem começou a transmitir de uma dis-tância de 1234300 quilômetros de Mar-te. Amanhã chegará a 3 200 quilômetrost, então, já terá enviado à Terra 74 ío-tografias, algumas suficientemente ' deta-lhadas para mostrar possíveis formaçõesem sua superfície.

O esforço espacial de Washington eMoscou cm direção ao planeta Marte foiinaugurado cm 19G3 pelo satélite soviéticoMarte-1, uma sonda cilíndrica de 300quilos dotada de baterias solares e ins-trumentos de medição, além de um mo-tor para correção de trajetória. Teve vi-da curta: a 802 milhões de quilômetros daTerra, segundo se acredita, encontrou-secom um meteoro muito maior do que êle.Avariado seu sistema dc rádio, o satélitecaiou-se. Do feito, ficou apenas a lem-branca de um lançamento perfeito.

Os russos não desistiram. No mesmoano, conseguiram lançar mais dois saté-lites. Ambos explodiram. O Zond-1, lan-çado no ano seguinte, poucos dias depoisperdia o contato com a Terra. Daí cmdiante, a União Soviética ia esquecer-sele Marte.

Xo dia S dc setembro dc 1964, subia•os céus o Mariner-3. Era • americano (oprimeiro), mas nem por isso teve um fimmaii feliz: uma deficiência no sistema

Somente a partir de amanhã à noi-te contam os cientistas receber os melho-res dados conseguidos, até hoje, sobreMarte. Depois da conquista da Lua, o ho-mem deseja, agora, saber se existe vidano planeta vermelho, o mais próximo daTerra.

MARINER-G

O Mariner-6 tomará novas Imagensde Marte a cada 37 minutos, durante 19horas, amanhã. A partir das 23h 35m,enivará ã Terra as imagens captadas. Arecepção exigirá um total de 2 horas e 52minutos.

A corrida para Marteelétrico de bordo não abriu os painéis so-'lares, e o satélite emudeceu.

O Mariner-4, lançado a 28 de no-vembro, tinha dc fazer uma viagem dcsete meses e 1G dias, ou seja 480 milhõesde quilômetros, para enviar ã Terra da-dos sobre a temperatura, vento solar,campo magnético, intensidade dos anéisde radiação e espessura da poeira metcó-rica de Marte. Mas o máximo que êleconseguir foi tirar algumas fotos, bastantedeficientes, do solo marciano, batidas auma distância de 41 mil quilômetros. Mes-mo assim, o vôo do Mariner-4 é conside-rado até hoje o mais perfeito. Dois mis-lerios pelo menos conseguiu revelar: queo terreno de Marte era muito mais velhodo que se pensara e sua densidade atmos-férica muilo menor do que se calculava.Marte era mais parecido com a Lua doque com a Terra.

O Mariner-6, lançado em janeiro dês-te ano, chega hoje ao final de sua mis-

são. Daqui a cinco dias, o Mariner-7 dc-

O Mariner-7, que voa em trajetóriamais próxima ao equador, deverá tirar asprimeiras das 143 fotos previstas, na pró-xlma sexta-feira, de uma distância de2 milhões de quilômetros de Marte. Parasegunda-feira, 4 de agosto, prevê-se suapassagem a uma distância de 3 200 kmdo objetivo, o que permitirá fotos maispróximas, que mostrarão aspectos deMarte de até 300 meti-os de extensão.

Quando o Mariner-6 passar a menordistância de Marte, terá percorrido 387milhões de quilômetros em 156 dias. OMariner-7, em rumo mais direto, conse-guirá fazer 317 milhões de quilômetroscm 130 dias.

verá passar a apenas 3 200 quilômetrosde distância do Pólo Norte marciano, coma missão especifica de recolher dados sô-bre os degclos anuais das calotas polares.

A 6 dc agosto dc 1971, quando Marteestiver ainda mais próximo da Terra doque hoje (a apenas 34 milhões e 600 milmilhas dc distância) serão enviadas duasnovas foto-sondas pelos americanos, umadas quais permanecerá 90 dias em órbita.O planeta, então, deverá ser mapeado pa-ra a verificação dc seus acidentes geo-gráficos, a altura exata dc suas monta-nhas c a profundidade dc suas crateras.

— Sc tudo correr bem — diz VonBraun — acho que seriamos capazes decolocar um homem na superfície dc Marteentre 1982 e 1985.

Por enquanto, a quase totalidade doprograma espacial americano dirige-se àLua, alvo das próximas nove viagens. Jáa União Soviética, desinteressada de Mar-te, parece ter encontrado nas estações or-bitais e em Vêmis os caminhos para oaperfeiçoamento de sua técnica;

VENDO Am

FAMÍLIA Radiofoto UPI

Duas horas âa tarde âe áomingo foram áeãicaãas à visita ãas famílias

Intelsat-3continuaem silêncio

Genebra — Cabo Kennedij(AF-AFP-JB) — O satélite d»comunicações Intelsat-3, lan»çndo sexta-feira à noite, conti-nua sem emitir qualquer sinal.Destinava-se a servir a Amé-rica do Sul e porte da Américado Norte.

Ignora-se se chegou a entrarem órbita. Especula-se, em Ca-bo Kennedy, se falhou a ter-oeíra seção do foguete propul-

. eor ou o próprio satélite.

EM GENEBRA

O grupo de trabalho tía co»missão da ONU para o espa»ço exterior Iniciou seus traba-lhos ontem, em Genebra, paraestudar a viabilidade técnioa daextensão das comunicações pormeio de satélites.

A reunião se prolongará atéo dia 8 de agosto, sob a presi-dência de Olaf Ryddack, daSuécia. Vinte e sete países es-tão representados. O grupo datrabalho, que teve um primeiroencontro em fevereiro, em No-va Ioraue, inspira-se em umaresolução da AssemWléia-Geralcuja essência é a necessidadedé pôr fim ao monopólio nascomunicações por satélite, afim de que todas as nações pos-sam utilizar-se do sistema, omais breve possível.

BRASIL

Em entrevista, concedida ftAgência France Press, o Minis-tro brasileiro de Comunicações,Carlos Furtado de Simas, res-saltou o interesse que a reuniãotem para seu país, o qual vem,desenvolvendo um grande pro-grama de telecomunicações.

Desde fevereiro, acha-se en» '

construção no Brasil uma esta-ção que permitirá as telecomu-micações por satélite, por trans-missão direta.

Ontem, o Ministro CarlosFurtado entrevistou-se com osecretário-geral da União In-ternacional de Comunicações,Mohamad Milli, e, hoje, segui-rá para Estocolmo, a ito de vi-Eitar cs instalações dos serviçospostais c de telecomunicaçõeído país.

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Page 16: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

JORNAl DO BRASIL Í__ Terça-feira, 29/7/69-'D 1.» Caderno SEGUNDO CLICHÊ ESPAÇO - 11-

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INDÍCIO POSITIVO R._..r.,.ü.. ISOLADOS ISA TERRA1 * R__!_f_to UPI

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-/ira., das pedras colhiâas por Armstrong é semelhante ao material ãa crosta terrestre

Objeto parecido com vidro foiachado entre amostras lunares

A casa-reboque chegou a Houston domingo. Amigos foram recebê-la

Centro Espacial de Houston (AP-UPI-JB) — Entre as amostras colhi-das da Lua, os cientistas encontra-ram ontem um objeto brilhante, dematerial semelhante ao vidro.

Trata-se da descoberta mais im-portante desde que se começou a ária-iise do material lunar. O objeto, se-gundo o professor Roald Fryxell, daUniversidade de Washington, mede.meio centímetro de comprimento. Suasuperfície, vitrea, brilha fortementesob a lente do microscópio.DO SUBSOLO

A amostra da qual se retirou apedra foi cMhidá do subsolo lunar eserá submetida a um minucioso exa-me. Alguns cientistas compararamsua forma à de um amendoim.

-Problemas com o equipamento detrabalho — as luvas usadas paraagarrar as pedras e caixas do mate-rial lunar rasgaram-se na altura dosnós dos dedos — poderão adiar por60 horas a abertura da segunda cal-xa, que contém 17 quilos de amos-trás. Todo o material da primeira,que consistia em pedras e poeira, jáfoi retirado, separado e colocado emrecipientes especiais, individuais, quepermanecerão encerrados no compar-timento de vácuo.

Nessa primeira caixa havia cerca.de sete quilos de pedras, inclusivedois pedaços da crosta lunar. O pri-meiro, já examinado, pesa 52,5- gra-mas; o segundo, 64 gramas. Uma daspedras foi exposta à atmosfera daTerra, sem que apresentasse diferen-ças em sua composição, o que au-menta as esperanças de que as amos-trás possam ser estudadas sem esta-rem submetidas ao vácuo ou mergu-lhadas em gás inerte, como o nitro-gênio.

Outra pedra, formada, aparente-mente, pelo resfriamento de uma ma-teria liqüefeita a altas temperaturas,está em experiência para determinarquando se solidificou e de que é com-posta.

TESTES

Começa amanhã a experiênciaque deverá determinar se o solo lu-nar contém formas de vida capazesde causar uma epidemia na Terra.

Com efeito, ontem, alguns grãosde poeira lunar tomados de umaamostra foram levados aos laborató-rios da unidade de Isolamento, a fimde serem injetados em cobaias livresde germes e outros seres vivos.

Se os ratos contraírem enfermi-dades, o período de quarentena doscosmonautas — e demais pessoas quecom eles convivem — poderia esten-der-se além de 11 de agosto, até quesuas vidas deixassem de correr, pe-rigo.

ACASO

Doming-o, o pó de uma pedra des-prendeu-se acidentalmente, quandoum técnico a examinava com as lu-vas, e deu aos cientistas a oportuni-dade de observá-la pelo microscópio.Em sua aparência, é bastante similarao material da crosta terrestre, se-gundo declarou o diretor do laborató-rio de recepção lunar, Elbert A. King.

Foi a primeira vez que uma amos-tra lunar, teve a identificação positi-va de material ígneo, o que significaque sua formação se deu em conse-quència ao esfriamento e solidifica-ção de matéria líquida incandescente.

As amostras ficarão retidas doismeses no centro espacial de Houston.Uma por uma, após os exames preli-minares, serão colocadas em recipien-tes selados, em estado de vácuo, paraa análise posterior de 142 cientistas demais oito países do mundo.

Cosmonautas prestam depoimentoCentro Espacial dc Houston (AP-

UPI-JB) — Os cosmonautas Neil Arms-trong, Edwin Aldrin e Michael Collins,em suas instalações no laboratório de re-copção lunar, prosseguiram ontem as en-trevistas com altos dirigentes da ANAEe as gravações de depoimentos detalha-dos acerca de sua viagem e a descida naLua.

Durante mais oito dias, os três tripu-lantes da Apolo-11 farão seu relatório,cujas informações servirão para definira missão da Apolo-12, cujo vóo foi mar-cado para 14 de novembro próximo, coma segunda alunissagem do homem.QUARENTENA

Armstrong, Collins e Aldrin não apre-sentam qualquer alteração em suas con-dições físicas. Apenas cada um perdeu

quilo e meio. Tomaram um único medi-camento durante todo o vôo: dramamlna,Isso momentos antes de chegar ao Pa-cífico.

Os próprios cosmonautas ficaram sur-presos cem a perfeição da viagem em-preendida. Domingo, tiveram um dia bemocupado, segundo o Dr. William Carpen-ter, médico encarregado de os examinar,enquanto durar a quarentena. Deitaram-se às quatro horas (hora local), após setehoras de conversações, em duas etapas.Das 17 às 19 horas, receberam a visitadns famílias. Haviam-se levantado às 11horas, lido os jornais e almoçado peru etorta de morango.AGRADECIMENTO

Brasília (Sucursal) — Em nome doscosmonautas da Apolo-11, o Presidente

Richard Nixon, expressou seus agradeci-mentos ao Chefe do Governo brasileiro,pela manifestação de boa-vontade queo Marechal- Costa e Silva dirigiu ao es-tadista norte-americano.

E' a seguinte a mensagem de Nixon:"Em nome do povo dos EUA, e, especial-mente, dos cosmonautas Armstrong, Al-drin e Collins, apresento agradecimen-tos a V. Exa. por ter dedicado seus amá-veis pensamentos por ocasião da descidado homem na Lua. Este vôo acrescentouuma nova dimensão à experiência huma-na. Façamos votos para que conduzatambém a uma era de sempre maior efrutífero entendimento e cooperação in-ternaciónais."

Missao lViariner pode superarfaçanha da Apolo-11 na Lua

Tasadena, Califórnia (AP-UPI-JB) —Os cientistas do Laboratório de Pasadena,Califórnia, opinam que os resultados damissão Mariner-6 e Mariner-7 poderãoassumir uma importância superior à cum-prida, há uma semana, pelos cosmonau-tas da Apolo-11, em seu vóo épico à Lua.

O Mariner-6, lançado em 24 de feve-rciro, pouco antes da meia-noite de on-tem começou a transmitir de uma dis-tância de 1234 300 quilômetros de Mar-te. Amanhã chegará a 3 200 quilômetrose, então, já terá enviado à Terra 74 fo-tografias, algumas suficientemente deta-lhadas para mostrar possíveis formaçõesem sua superfície.

O esforço espacial de Washington eMoscou cm direção ao planeta Marte foiinaugurado cm 106.. pelo satélite soviéticoMarle-l, uma sonda cilíndrica de 390quilos dotada de baterias solares e ins-triimcntos de medição, além de um mo-tor para correção de trajetória. Teve vi-da curta: a 802 milhões dc quilômetros daTerra, segundo se acredita, encontrou-secom um meteoro muito maior do que êle.Avariado seu sistema de rádio, o satélitecalou-se. Do feito, ficou apenas a lem-branca dc um lançamento perfeito.

Os russos não desistiram. No mesmoano, conseguiram lançar mais dois saté-lites. Ambos explodiram. O Zond-1, Ian-çado no ano seguinte, poucos dias depoisperdia o contato com a Terra. Daí cmdiante, a União Soviética ia esquecer-seic Marte.

No dia S dc setembro de 1984, subia•os céus o Mariner-3. Era americano (oprimeiro), mas nem por isso teve um fimmais feliz: uma deficiência no sistema

Somente a partir de amanhã a noi-te contam os cientistas receber os molho-res dados conseguidos, até hoje, sobreMarte. Depois da conquista da Lua, o ho-mem deseja, agora, saber se existe vidano planeta vermelho, o mais próximo daTerra.

MARINER-6

O Mariner-6 tomará novas imagensde Marte a cada 37 minutos, durant_"*19horas, amanhã. A partir das 23h 35m,enivará à Terra as imagens captadas. Arecepção exigirá um total de 2 horas e 52minutos.

A corrida para Marteelétrico de bordo não abriu os painéis so-lares, c o satélite emudeceu.

O Mariner-4, lançado a 28 de no-vembro, tinha de fazer uma viagem desete meses c 16 dias, ou seja 4S0 milhõesde quilômetros, para enviar ã Terra da-dos sobre a temperatura, vento solar,campo magnético, intensidade dos anéisde radiação e espessura da poeira meteó-rica de Marte. Mas o máximo que êleconseguir foi tirar algumas fotos, bastantedeficientes, do solo marciano, batidas auma distância dc 41 mil quilômetros. Mcs-mo assim, o vôo do Marincr-4 é conside-rado até hoje o mais perfeito. Dois mis-térios pelo menos conseguiu revelar: queo terreno de Marte era muito mais velhodo que se pensava e sua densidade atmos-férica muito menor do que se calculava.Marte era mais parecido com a Lua doque com a Terra.

O Marincr-6, lançado em janeiro dês-te ano, chega hoje ao final de sua mis-são. Daqui a cinco dias, o Marincr-7 dc-

O Mariner-7, que voa em trajetóriamais próxima ao equador, deverá tirar asprimeiras das 143 fotos previstas, na pró-xima sexta-feira, de uma distância de2 milhões de quilômetros de Marte. Parasegunda-feira, 4 de agosto, prevê-se suapassagem a uma distância de 3 200 kmdo objetivo, o que permitirá fotos maispróximas, que mostrarão aspectos deMarte do até 300 metros de extensão.

Quando o Mariner-6 passar a menordistância de Marte, terá percorrido 387milhões de quilômetros em 156 dias. OMariner-7, em rumo mais direto, conse-guirá fazer 317 milhões de quilômetrosem 130 dias.

verá passar a apenas 3 200 quilômetrosde distância do Pólo Norte marciano, coma missão específica de recolher dados sô-bre os degclos anuais das calotas polares.

A 6 de agosto de 1971, quando Marteestiver ainda mais próximo da Terra doque hoje (a apenas 34 milhões c 600 milmilhas de distância) serão enviadas duasnovas foto-sondas pelos americanos, umadas quais permanecerá 90 dias em órbita.O planeta, então, deverá ser mapeado pa-ra a verificação de seus acidentes geo-gráficos, a altura exata de suas monta-nhas c a profundidade de suas crateras.

— Se tudo correr bem — diz VonBraun — acho que seríamos capazes decolocar um homem na superfície dc Marteentre 1982 e 1983.

Tor enquanto, a quase totalidade doprograma espacial americano dirige-se àLua, alvo das próximas nove viagens. Jáa União Soviética, desinteressada de Mar-te, parece ter encontrado nas estações or-bitais e cm Vcnus os caminhos para oaperfeiçoamento de sua técnica.

VENDO A FAMÍLIA ft.diof.to UPI.«; */¦*« r_? * > ? . •~*s^g

Duas horas ãa tarãe ãe ãomingo foram deãicaáas à visita das famílias

Intelsat-3continuaem silêncio

<Genebra — Cabo Kennedy(AP-AFP-JB) — O satélite decomunicações Intelsat-3, Ian-çado sexta-feira à noite, conti-nua sem emitir qualquer sinal.Destinava-se a servir a Amé-rioa do Sul e porte da Américado Norte.

Ignora-se se chegou a entrarcm. órbita. Especula-se, em Ca-bo Kemiedy, se falhou a ter-ceira seção do foguete propul-sor ou o próprio satélite.

EM GENEBRA

O grupo de trabalho da co-missão da ONU para o espa-ço exterior iniciou seus traba-lhos ontem, em Genebra, paraestudar a viabilidade técnica daextensão das comunicações pormeio de satélites.

A reunião se prolongará atéo dia 8 de agosto, sob a presi-dência de Olaf Ryddeck, daSuécia. Vinte e sete países es-tão representados. O grupo detrabalho, que teve um primeiroencontro em fevereiro, em No-va Iorque, inspira-se em umaresolução da Assembléia-Geralcuja essência é a necessidadede pôr fim ao monopólio nascomunicações por satélite, afim de que todas as nações pos-sam utilizar-se do sistema, omais breve possível.

DEFEITO

Os técnicos da Embratelacreditam que o desapareci-mento do satélite Intelsat-3 dalinha de divisa íoi de.-do a umpossível defeito em um dos es-.ágios do foguete Delta que ocolocaria em órbita. As causasdo desvio serão apuradas e emseguida outro satélite será Ian-çado.

As imagens para a televisãoda superfície de Marte, que se-rão enviadas na próxima quin-ta-feira pelo Marlner-6, só se-rão transmitidas para o Brasilse a ANAE liberar os canaiscríticos do InteIsat-2. Este sa-télite continuará os trabalhosde transmissão enquanto umoutro Intelsat não iõ-ct coloca-do em órbita.

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Page 17: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

12 - INTERNACIONALJORNAL DO BRASIL D Têrça-fotra, 29/7/69 D \° Caderno

¦Ü.

i

11I

Psicanalistas detodo o mundo estãoreunidos em Roma

Roma (Especial para o JB)— 1 500 meiíibros da Associa-ção Internacional de Psicanall-se instalavam domingo, em Ro-ma, o 26.° Congresso da insti-tuiçãò, para debatei' os rumosda ciência na atualidade.

Pela primeira vez,' a íilha doPreud, Anna Freud — conside-rada a depositaria das idéiasdo oriador da psicanálise —consentiu em. que o' encontrose realizasse na Itália, onde a

ditadura de Mussolinl impediuo desenvolvimento de uma es-cola de psicologia.

• Segundo a Sociedade Itália-na de Psicanálise,' o congressorepresenta a coroação dos es-íotços de seu presidente, Emí-lio Servadio, para quem a es-colha de Roma constitui o re-conhecimento da existência deuma escola italiana de uslca-nálise.

Freud e o inconscienteCriticado em sua época pov .

dar relevo aos fatores sexuaisna sociedade humana, SigmundPreud, 30 anos após sua mor-te, continua alvo de polêmicasc debates. Seguido, rejeitado erevisto pelas modernas oorren-tes psicanalisticas, sua obra éconsiderada hoje a base de umanova teoria psicológica.

Sigmund Preud nasceu nodia 6 de maio de 1856, em pe-quena cidade da Morávia. Suafamília transferiu-se para Vie-na em 1860.

Segundo Ernest Jones (Vidae Obra dc Sigmund Freud),Preud escolheu a medicina co-mo carreira por um processode eliminação:

"Para um judeu vienense, aescolha estava entre indústriaou comércio, direito ou medi-cina. As primeiras delas eramrapidamente postas de lado poralguém do tipo de mentalidadeintelectual de Preud."

Preud disse um dia que es-colheu a medicina por umaespécie de curiosidade. Na ho-ra de optar pelo curso supe-rior, éle tinha dúvidas.

Ein 1881 terminou o cursode medicina e já trabalhavano laboratório de Ernest Bru-cke, um dos maiores fisiolo-gistas do século 19 e que exer-ceu grande influência no de-sénvolvimento intelectual deFreud. Foi no contato com ocírculo dc Brucke que êle ad-quiriu a concepção estritamen-te científica e mecanicista queperdurou em toda sua obraposterior.

A principio, Preud não que-ria nada com doentes. Incen-tivado por Brucke, porém, re-solveu dedicar-se à clínica par-tlcular como neurologista. Osprimeiros estudos de psiquia-tria clinica foram feitos noInstituto Psiquiátrico de Mcy-nert, onde obteve o título dedocente.

Na época, os trabalhos deCharcot, em Paris, tinham ve-percussão internacional o Freudansiava em conhecê-lo. Em1886, ganhou uma bolsa e cor-

rcu a Paris, tomando conheci- _mento pela primeira vez dosaspectos" psicológicos da me-diclna. . .

A grande descoberta do mo-mento era a técnica da hípno-se no tratamento da histeria.Ao voltar, Viena o recebe comceticismo, mas Freud encontraem Josef Breuer um grandealiado. Mais tairde, descobre aslimitações da hipnose, onde oego do paciente não participado processo de investigaçãodos fatores causadores das per-turbações mentais. O processode o ego enfrentar gradual-mente os conflitos subjacen-tes íoi chamado pela primeiravez por Freud de psicanáliseem 1896.

Concentrando sua atençãono inconsciente humano, aoqual chamou de iã, nas forçassexuais, que para êle exercemforte influência sôbre o ho-mem desde os primeiros mesesde infância e na repressão dasociedade sôbre o Indivíduo,Freud dedicou-se até sua mor-te, em 1939, ao desenvolvimen-to da teoria e da prática psi-canalíticas.

Para Franzi Alexander eSheldon Selesrúck (História áaPsiquiatria), as contribuiçõesde Freud à ciência foram dequatro espécies: anatomia dosistema nervoso e neurologia(1883-1897); hlpnotismo e his-teria (1886-1895): demonstra-ção e estudo do método psica-halítico de tratamento (1895-1920) e sistemáticas investiga-ções sôbre a personalidade hu-mana e a estrutura da socie-dade(1920-1939).

O desenvolvimento da teoriade Freud encontrou' em Mela-nis Klein, psicóloga inglesa, asua maior expressão. A teoriaortodoxa vem sendo contesta-da por uma nova escola — cul-turulista — que dá maior im-portância aos fenômenos dasociedade e às relações inter-pessoais como causa das per-turbações mentais, e não so-mente a fatores sexuais ou ins-tintivos.

Federação Nacional dosTrabalhadores no

aaorSede Própria: Rua Míiyrink Veiga, 32 — 11.° andar - S/ 7 104

Fone: 223-4531 - Rio - GB

O Presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores no Co-

mércio Armazenador, abaixo-assinado, pelo presente edital de con-

vocação, faz saber que no dia 30 de setembro'de 1969, será reali-

Züda a eleição para composição da Diretoria, Conselho Fiscal, Dele- ¦

gados Representantes da aludida Federação, bem como dos respec-

tivos Suplentes, obedecendo a eleição ao disposto nas Porlarias n.°

40, de 21 de janeiro de 1965, e n.° 176, de 11 de março de 1966,

do Ministério do Trabalho c Previdência Social.

Os trabalhos eleitorais iniciar-se-ào às 11 (onze) horas daquela

referida data e terão lugar na sede da Confederação Nacional dos

Trabalhadores no Comércio, na Rua Álvaro Alvim n.° 21 — 9.°

andar — Rio de Janeiro — GB, com a seguinte •

ORDEM DO DIA

a) em 29 de setembro de 1969, às 8 horas, qualificação «

posse dos Delegados eleitos, Representantes dos Sindicatos Filiados;

b) às 10 horas, do mesmo dia, inicio da contagem do prazo

para o registro de Chupas, o qual finalizará no dia 30, às 10 horas,

cL as 11 horas do dia 30, dar-se-á início aos trabalhos eleito-

rais, para a. escolha dos corpos dirigentes da Federação (Diretoria,Conselho Fiscal, Representantes da Federação iunto à C.M.T.C.) e

respectivos Suplentes.

O requerimento de inscrição de Chapas deverá ser dirigido ao

Presidente da Federação, em duas vias, alé às 10 horas do dia 30

de selembro de 1969.

(Ass.) João de SanfAnna — Presidente(»

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Paris, urgenteVestido de noiva combusto nu é o sucesso

Radlofoto Ar

Vestião de noiva 1969: busto nu e minissaia

Paris (AP-JB) — As moâistas Mia Fonssagrí-ves e Vick Teal, adiantando-se à temporada o/i-ciai de criações, apresentaram em Paris uma co-leção cujo ponto alto foi um modelo de vestiãoâe noiva em que o manequim aparece com obusto nu.

As desenhistas, favoritas de Elisabeth Tay-lor, inauguraram sua boutique em Paris, no anopassado, com a ajuda da atriz. As duas, por nãopertencerem ao fechado sindicato das moâistasda capital francesa, lançaram suas criações 24 ho-horas antes do inicio da temporada oficial. Mia émulher do modista parisiense Louis Rcrauã.SENSAÇÃO

O vestido de noiva causou sensação entreos presentes ao âesfile. Envolta em um amplomanto flutuante âe crepe branco, o manequimdesfilou ao longo da passarela e, em certo mo-mento, abriu mansamente os braços, mostrandoo busto. A parte de baixo do vestido era compôs-ta de uma minissaia presa por uma faixa dejóias. No pescoço, um colar de diamantes com¦jormato de estrela, avaliaâo em USS 300 mil(NCrS 1200,00).

. Além ão traje âe noiva, exibiram-se algumascamisolas de dormir compostas de fragmentos devárias cores, mostrando os seios. Depois ãa noiva,o manequim mais fotografaâo foi uma jovem quese apresentou com os seios desnudos, vestindo ummoâêlo café. Dois minivestiãos com asas âe ma--riposa e iignos de zodíaco também foram mos-traâos.

PUC ABRE INSCRIÇÕES

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NOVOS CURSOS

Esquadra em OEA exige retirada pc tcliecoCuba alegra ^os soviéticos salvadorenha das

Monr.ou e Havana (AP-AFP-UPI-JB) — O Gc-vêrno daUnião Soviética exaltou a ini-poríanola estratégica da suapresença marftlmn em todnso? oceanos', ao comentar, nodomingo, o térmico dn vi^tada flotilha da URSS a Cniia

O Estrela Vermelha, p,v,odas Forças Armodis sovióíi-vis,indiecoi que "a bn~e di npssasrmada é constituirá p?'-\* ni-v'os mais aperfeiçoados de nn'-sa época, os submarinos atô-micos, aue dispõem ao mfsmo,teirrao de potência desftrldòrá,mobilidade e possibilidade dedissimular seus movimento!."FIM DA VISITA

A flotilha soviética, que per-maneceu em Cuba duranteuma semana, zarpou rumo aoAtlântico no domingo. Foi aprimeira vez que navios de „_.„„.._„guerra da União Soviética .vi- SANÇÕESsitaram um país latino-ameri-cano.

Durante- a permanência, osmarinheiros russos ireceberamvárias homenagens, percorren-do fábricas e visitando lusa-res históricos. Km homenagemao 28 de Julho — data em quese comemora a inicio da Revo-lução cubana — passaramaquela . data cortando - caria;juntamente com o Primeiro-Ministro- Fldel Castro.

A despedida da flotilha. qu?coincidiu com a celebração daDia da Marinha soviético, cul-minou com uma cerimônia ofi-ciai a bordo da belonave Gros-nig, ã qual compareceram oMinistro da Defesa, Raul Cas-tro, o chefe da Marinha deGuerra cubana, comandanteAldo Santainaria, e outraspersonalidades.

Durante a solenidade, foi li-da uma mensagem endereçada,pelo Ministro da Defesa daURSS, Marechal Andrei Gre-cliko, que manifestou a RaulCastro seus agradecimentos"pelo carinho com que foramrecebidos os nossos marujos."Destacou que, com a visita, osmarinheiros soviéticos "nave-

gam agora por todos os ocea-nos do mundo" e ressaltou a"amizade inabalável" entreMoscou e Havana.

terras de HondurasWashington (AP -A.FP-UP1-

JB) — Os chair.e-.e.ves presen-tes à reunião de consulta daOrganização dos Estados Ame-ricanos (OEA) apresentaramum ultlmatuin a El Salvadorpara que aceite publicamenteantes de OlhOm (hora do Eio)a retirada de suas tropas emterritório hondurenho.

A OEA aplicará a partir dehoje sanções estipuladas peloTratado Interamericano de As-sistêncla Mútua, assinado noRio de Janeiro, se El Salvadorcontinuar insistindo em imporcondições à saída de suas tro-pas dos territórios conquistadosacs hondurenhos.

Os chanceleres latino-amen-canes se reuniram na noite deentem, sob a presidência dcChanceler colombiano AlfonsoLcpez Michelsen, que anunciouque nessa reunião se poderiatomar uma decisão centra ElSalvador.

Depois de realizar uma sé-rie de entrevistas privadas naEmbaixada da Colômbia, Mi-chelsen, em declaração oficial,afirmou que a "unanimidadedos participantes da reuniãoconsultiva ministerial da OEA,inclusive El Salvador, não re-

conhece as conquistas territo-riais pela força."

A reunião noturna foi cen-vocada quando faltavam setehoras para que expirasse o ul-timatum fixado a El Salvador,que poderá sofrer sanções detrês ordens: diplomáticas (retí-rada de São Salvador dos che-fes de missões de todos os pai-ses-membros da OEA); econô-mlcas (suspensão dos intereãm-bios comerciais e de todos csmeios de comunicação) e mill-tares (intervenção de uma fôr- :ça armada interamericana, co-mo ocorreu 'em São Domingos).

INTRANSIGÊNCIA-

Os chanceleres rejeitaram asúltimas propostas apresentadaspor El Salvador. Informou-seque em uma delas El Salvadorse oferecia retirar-se "veluntá-riamente" dos 1600 quilòme-tros quadrados de__solo hondu-renho desde que as garantiasque reivindica para seu.-, cida-dãos em Honduras fossem oíe-recidas de forma "paralela." Oschanceleres acreditam que asgarantias dadas pela OEA sãoo bastante para proteger osbens e a vida dos saWadore-nhos residentes em Honduras,não cabendo mais a El Salva-dor impor condições.

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Nova Iorque (UPI-JB) —"Navios da Marinha soviéticanavegam no Atlântico, no Pa-cifico e no indico, em águasüo Ártico e do Antártico cno Mediterrâneo, onde querque seja exigido pelos interês-ses da segurança de nossopaís", disse o Almirante Ser-guei Gorshikcv, da Marinhasoviética, no dia 27 de julho.

Suas palavras reflstirom,. an-tes, a tremenda expansão daMarinha soviética de uma pe-quena força de defesa costeirano fim da II Guerra Mundialpara o estado de segunda po-tência marítima, abaixo apo-nas, dos Estados Unidos.NO CARIBE

Pela primeira vez ria Histó-ria, uma força naval russaentrou no Caribe, efetuouexercícios anti-subnv.rinos mqgolfo do México e ancorou na

. baía de Havana.Chefiando a força-tarefa so-

viética a 135 quilômetros dacosta dos Estados Unidos es-tava um cruzador transpor-tando mísseis, acompanhadopor dois destróieres portadoresde mísseis, dois submarinos,um navio-tanque e um navioauxiliar.

Foi uma missão ampla de"exibição da bandeira" • emáguas até aqui consideradaspropriedade exclusiva dos Es-tados Unidos.

Em 1968, três navios soviéti-cos visitaram o porto de UmmQasr, no Iraque, a primeiravez neste século em que naviosde guerra russos foram vistosno golfo Pérsico.

O navio russo portador dofoguetes Uporny, acompanha-do por um navio-tanque, estápresentemente visitando a ilhade Zanzibar, parte da Repu-blica da Tanzânia, ao largo dacosta da África Oriental. Noporto de Helsinqni, Finlâiidià,estão o crunadcr soviético Knm-somolets c um navio-escolta.

à medida que os russos vftoreformulando sua estratégiapara serem capazes de desa-fiar as potência ocidentais empontos distantes de sua pré-pria fronteira, o Ocidente ds-monstra crescente preocupa-ção.RELATÓRIO"

Um estudo compilado naCentro de Estudes Estratégi-cos e Internacionais da Geo.--gctown University, Washington,concluiu que os soviéticos ten-tarão controlar o mar Báltico,o mar Negro e o Mediterrâneo.

"A política também prevê",diz o relatório, "a predominfin-cia soviética no mar do Japão,no Extremo Oriente, na áreaGroenlândia-Islãndia-ilhas Fa-roe no Ocidente e no oceanolnd'co, ao Sul."

Quanto a essa tentr. tiva, hánoticias períistentrs de que ossoviéticos já teriam acesso ainstalações portuárias na índia.

O relatório afirma qiie ossoviéticos es:eram torriar-sédominantes em encruzilhadascomo o Bõsforo e Drrdaneios,Glbraltar, cana! de Suez e ou-trás no oceano Índico e nomar Vermelho.OTAN

Para enfrentar as ambiçõesrussas, a OTAN coneordou emfortalecer suas fecças no Mc-dl.errftr.eo e Òs Estados Unidosestão fazendo levantamentoscom os australianos para ins-talar bases no oceano Índico.

A pequena frota dos EstamosUnidos no Orien e Médio co.t-siste de dois destróieres combase ein Bahrain, e o Irã dese-ja que os Estados Unidos de láse retirem.

São Salvador — O Governode El Salvador está tentandopacificar a opinião pública in-terna, principalmente os milita-res mais inconformados com aatuação da OEA e os partida-rios da confrontação bélica atéo último soldado, com vistas aotérmino da guerra contra Hon-duras.

E uma prova desse esforço êo mais recente pronunciamen-to do Presidente Fidel SanchezHornandez afirmando que amissão das Forças Armadas jáhavia sido cumprida e agrade-cia e felicitava os comandan-tes e soldados na zona ocupa-da por "haver cumprido suatarefa com valentia,

"disciplina

e capacidade profissional, dan-do á posteridade um exemplode heroísmo, graças ao qualnossa vitória militar foi com-pleta e indiscutível."

CAMPANHA

A mensagem presidencial foirctrans.nitida através de servi-ço de rádio a toda a tropa quaocupa uma faixa de cem quilo-metros no território hondure-nho.

O Governo salvadorenho,com a colaboração da impren-sa, está realizando uma cam-panha de desarmamento dosespíritos e levando a extensosestares da vida nacional á con-vicção de que a OEA não acei-tara a condenação dc agressãosolicitada por Honduras, pare-cendo estar convencido dc quea reunião de chanceleres daorganismo não votará nenhu-ma sanção contra o pais.

Neste sentido, está aos pou-cos' normalizando a vida pú-blica do pais, e já anunciou oreinicio das aulas em todas asescolas públicas e particulares,a partir de ontem, em todos osniveis.

Os serviços de transportescoletivos da capital, cuja cir-culação havia sido suspensadosde o inicio da guerra, pas-saram a funcionar, a partir deontem, das oito até as vinte euma horas.

Dentro do mesmo programa,todos os jornais de ontem pu-blicáram matéria de primeirapágina em que se destaca olato de El Salvador estar ob-tendo seus objetivos na reuniãode consulta da OEA para aten-der as reivindicações básicasdo p.iis como condicionantesda retirada dns tropas do ter-ritório. hondurenho.

Com o mesmo propósito dereconquistar junto à opiniãopública interna e os militaresa confiança na OEA e tambémdesmentir as continuas denún-cias formuladas por Hondurasnas últimas horas de que oExército salvadorenho estariatorturando e massacrando osprisioneiros civis capturados nazona fronteiriça ocupada, o Go-

vêrno de El Salvador solicitou,c foi atendido, para que a OEAestabelecesse postos com obser-va dores civis do organismo naregiáo ocupada.

A OEA instalou três postoscom aqueles observadores naslocalidades cte Chalatenago, SanMiguel e São Salvador, cujoschefes são, respectivamente, oequatoriano César Cisneros, oguatemalteco Mario de León, e

o equatoriano Jorge Veia.

CONTESTAÇÃO

Procurando contestar . todasas denúncias formuladas porHonduras de que civis hondu-e-nhos estão sendo massacradospor tropas salvadorenhas na re-gião ocupada, o Governo dc ElSalvador apresentou ontem demnnhã, na. direção geral da Po-iícia Nacional de El Salvador,27 das 32 pessoas que a chefa-tora das Forças Armadas deHonduras denunciara á OFÀ de'nadasque teriam sido apeias forças hoáur.-'

Presenciaram o o -¦ Nún-•cio Apostólico em Sá a:lcr,Monsenhor Gerolam^ -icii?io Embaixador do Chi!., Mar 1Daniel Organdona, e o encarre-

. gado de negócios do Equador,Tnigar Toral Caorelli.

Todas aquelas pessoas forampresas pelas forças de El Sal-vador, quando da invasão daregião de Goaseoran, na fren-te o"'dental. Entre os prislo-he! encontram-se velhos,cr'? ms e mulheres, que estãoagora entregues acs cuidadosda Cruz Vermelha hondurenha.

Dois observadores da OEAafirmaram que e;tão sendobem trotadas e que os coman-dantes das forças de ocupaçãoos retiraram de suas casas naslocalidades ocupadas, dizendoque estariam protegidas imSão Salvador, pois havia peri-go em permanecerem na zonaocupada pelos constantes cho-quês armados entre as íôrçe.sdos dois países em luta.

A direção geral da PoliciaNac:onal. determinou que os ci-vis fossem fotografados e quese tirassem fichas pessoaiscujas cópias serão entreguesaos observadores militares daOEA.

Um informante militar sal-vadorenho revelou que será fei-ta uma triagem destes prisio-neiros civis, para se verificarse estão envolvidos na pcr.se-guiçao ou crime contra os re-sideníes salvadorenhos eraHonduras.

Posteriormente, os não im-plicados serão recambiados aos.seus lugares de origem, após otérmino do conflito. Os prisi-neiros foram capturados na ai-deia de San Andres, Caserio, íiGranadino. Goascoran c Aliaivza, todas em território hondu-renho.

recomeçaexpurgos

Praga (Do Correspondente)— Quatro militantes do Parti-do Socialista estão sendo pro-cessados em Pilsen, por "agi-tação e distribuição de infor-mações difamatórias" contra oEstado e os paises socialistas.

Os quatro militantes do Par-tido Socialista em Pilsen —cujos nomes não são conheci-dos, dentro da tradição da leltctieco-eslovaca de que o»acusados só podem ser identi-ficados depois da sentença pas-sada em julgado — teriam uti-llzcido informações da RádioEuropa Livre, como materialpara boletins considerados "(li-famatórios."

Segundo uma nota do Mi-nistério do Interior, conhecidaontem à tarde, 18 testemunhosforam ouvidas e confirmaram"a atividade criminosa" dosmilitantes.

Os processos contra os sócia-listas de Pilsen c outros, abe:-tos à semana passada, acusadosde responsáveis por divulgaçãode boletins mimeografados sãoapenas um ensaio para proces-sos mais amplos — revelamfontes seguras.

Segundo essas fontes, até 21de agosto, serão abertos nume-rosos processos contra pessoalacusadas de atividades anti-so-cialistas — mas, em geral, mi-litantes de pouca responsabili-dade na resistência anti-sovié-tica. Ao mesmo tempo, o Parti-do deverá — e sua atitude serájustificada pelo que fôr apura-do pelas investigações atuais —realizar uma "análise profun-da" da responsabilidade dos di-rigentes do processo de demo-cratização, pela "falta de v':(i-lãncia "omissão" e "debilida-de" diante das "forças contra-revolucionárias." Tem-se comocerta a atribuição dessa res-ponsabilidade sobretudo a doisdirigentes: Dubcek e Smrkcvs-kl. Assim, abrir-se-ia caminhoa seu afastamento do Presi-dium (Dubcek) e do CormtiCentral (Smrkovski) além desua substituição na presiden-cia do Parlamento federal ína Câmara do povo.

Em uma segunda etapa, uma"vasta conspiração" seria "des-coberta", através do interroga-tório dos processados até então,e numerosas personalidades daimprensa, da literatura e dnsmeios sindicais se encontrariamdiante dos tribunais.

No entanto, Husak continuaresistindo contra a abertura deprocessos que coloquem em ris-co os dirigentes de janeiro. Emsuas viagens aos paises vizí-nhos (inclusive à Bulgária, on-de se encontra atualmente) oPrimeiro-Secretário do Parti-do tem advertido que esses pro-cessos conduziriam a Tcheco-Eslováquia a uma tragédia semprecedentes. Idêntica advertén-cia foi feita por Sadovski e Co-lotka, dirigentes eslovacos, emsua recente viagem a Moscou'.

Husak é partidário de sn:i-ções exclusivamente partida-rias. Em sua opinião, os m-n-bres do Partido devem ser júl-gados pelos organismos parti-dários, sem interferência tbsagentes do Ministério do Infe-rior e sem sua coniduçáo cjstribunais. Sabe Husak que êsseaagemes da segurança do Eis-tado são capazes de forjarconspirações — e éle mesmo íoivitima desse tipo de "investi-

gações" nos anos cinqüenta.

ieitaliano

fará lioj ínova reunião

Roma (AP-UPI-JB) — Osdirigentes do Partido Demo-ema Cristão realizam hcíeuma conferência de cúpula natentativa de solucionar a cri-iegovernamental que já dura 25dias.

O jornal II Mpssagero anun-ciou que os lideres políticos de\ árias tendências no Partiriooficial se encontram profunda-mente divididos quanto à fer-moção do um novo gabinete decoligação com os socialistas.

Os democratas cristãos estãodivididos sobre se devem go-vernar sozinhos com minori»parlamentar, ou se unir aoPartido Socialista Italiano(PSH, de tendências esquer-distas, numa coligação modifi-cada de centro-esquerda.

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Page 18: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

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12 - INTERNACIONAL SEGTJNDO CLICHÊ JORNAL DO BRASIL ? Terça-feira, 29/7/69 O 1." Caderno

Psicanalistas detodo o mundo estãoreunidos em Roma

Roma (Espeiial para ó JB)— 1 500 membros da Associa-ção Internacional de Psleanáli-se instalaram domingo, em Ro-ma, o 2G.° Congresso da insti-tuição, para debater os rumosda oiència na atualidade.

Pela primeira vez, a filha deFreud, Anna Preud — conslde-rada a depositária das Idéiasdo criador da psicanálise —consentiu em que o encontrose realizasse na Itália, onde a

ditadura de MussoUni Impediuo desenvolvimento de uma es-cala.de psicologia.

Segundo a Scoiedade Itália-'na de Psicanálise, o congressorepresenta a coroaçüo dos es-íc-ços de seu presidente, Emi-lio Servadlo, para quem a es-colha de Roma constitui o re-conhecimento da existência deuma escola Italiana de_sica-nálise.

Freud e o inconscienteCriticado em sua época por

dcir relevo aos fatores sexuaisna sociedade humana, SigmundFreud, 30 anos após sua mor-te, continua alvo de polêmicase debates. Seguido, rejeitado erevisto pelas modernas corren-tes pslcanalístlcas, sua obra éconsiderada hoje a base de umaliova teoria psicológica.

Sigmund Freud nasceu nodia 6 de maio de 1856, em pe-quena cidade da Morávla. Suafamília transferiu-se para Vie-na em 1860.

Segundo Ernest Jones (Vidac Obra dc Sigmund Freud),Freud escolheu a medicina co-mo carreira por um processode eliminação:

• "Para um judeu vienense, aescolha estava entre Indústriaou comércio, direito ou medi-cina. As primeiras delas eramrapidamente postas de lado poralguém do tipo de mentalidadeintelectual de Freud."

Freud disse um dia que es-colheu a medicina por umaespécie de curiosidade. Na ho-ra de optar pelo curso supe-rior, êle tinha dúvidas.

Em 1881 terminou o cursode medicina e ja trabalhavano laboratório de Ernest Bru-cke, um dos maiores fisiolo-gistas do século 19 e que exer-ceu grande influência no de-senvolvimento intelectual deFreud. Foi no contato com ocirculo de Brucke que êle ad-quiriu a concepção estritamen-te cientifica c mecanlcista queperdurou em toda sua obraposterior.

A princípio, Freud não que-ria nada com doentes. Inccn-tlvado por Brucke, porém, re-solyeu dedicar-se ã clínica par-ticular como neurologista. Osprimeiros estudos de psiquia-tria clínica foram feitos noInstituto Psiquiátrico de Mey-nert, onde obteve o título dedocente.

Na época, os trabalhos deCliarcot, em Paris, tinham re-percussão internacional e Freudansiava em conhecê-lo. Em1886, ganhou lima bolsa e cor-

reu a Paris, tomando conheci-mento pela primeira vez dosaspectos psicológicos da me-dlclna.

A grande descoberta do mo-mento era a técnica da hlpno-se no tratamento da histeria.Ao voltar, Viena o recebe comceticismo, mas Freud encontraem Josef Breuer um. grandealiado. Mais tarde, descobre aslimitações da hipnose, onde oego do paciente nito'participado processo de investigaçãodos fatores causadores das per-turbações mentais. O processode o ego enfrento gradual-mente os conflitos subjacen-tes foi chamado pela primeiravez por Freud de psicanáliseem 1896.

Concentrando sua atençãono inconsciente humano, aoqual chamou de iá, nas forçassexuais, que para êle exercemforte influência sobre o ho-mem desde os primeiros mesesde infância e na repressão dasociedade sobre o Indivíduo,Freud dedicou-se até sua mor-te, em 1939, ao desenvolvimen-to da teoria e da prática psi-canalítlcas.

Para Franz Alexander eSheldon Selesnick (História __Psiquiatria), as contribuiçõesde Freud _ ciência foram dequatro espécies: anatomia dosistema nervoso e neurologia(1883-1897); hlpnotismo e his-teria (1886-1895); demonstra-ção e estudo do método psica-nalítico de tratamento (1895-1920) e sistemáticas investiga-ções sobre a personalidade riu-mana e a estrutura da socie-dade (1920-1939).

O desenvolvimento da teoriacie Freud encontrou cm Mela-nie Klein-, psicóloga inglesa; asua maior expressão. Ã teoriaortodoxa vem sendo contesta-da por uma nova escola — cul-turalista — que dá maior im-portâncía aos fenômenos dasociedade e ãs relações inter-pessoais como causa das per-turbações mentais, e não so-mente a fatores sexuais ou ins-tintivos.

Federação Nacional dosTrabalhadores no

Comércio ÂrmazeirsdorSede Prépria: Rua Mayrink Veiga, 32 - 11.» andar - 5/ J104

Fone: 223-4531 - Rio — GB

O Presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores no Co-mércio Armazenador, abaixo-assinado, pelo presente edital de con-vocação, faz saber que no dia 30 de selembro de 1969, terá reali-zada a eleição para composição da Diretoria, Conselho Fiscal, Dele-gados Representanles da aludida Federação, bem como dos respec-tivos Suplentes, obedecendo a eleição' ao disposto nas Portarias n.">40, de 21 de janeiro de 1965, e n.° 176, de 11 de março de 1966,do Ministério do Trabalho e Previdência Social.

Os trabalhos eleitorais iniciar-se-ão às 11 (onze) horas daquelareferida data e terão lugar na sede da Confederação Nacional dosTrabalhadores no Comércio, na Rua Álvaro Alvim n.° 21 — 9.»andar — Rio de Janeiro — GB, com a seguinte

ORDEM DO DIA

o) em 29 de setembro de 1969, às 8 horas, qualificação cposse dos Delegados eleitos, Representantes dos Sindicatos Filiados;

b) às 10 horas, do mesmo dia, inicio da contagem do prazopara o registro de Chapas, o qual'finalizará no. dia 30, às. 10 horas.

c) às 11 horas do dia 30, dar-se-á início aos trabalhos eleito-rais, para a escolha dos corpos dirigentes da Federação (Diretoria,Conselho Fiscal, Representantes cia Federação junto à C.N.T.C.) erespectivos Suplentes.

O requerimento de inscrição de Chapas deverá »er dirigido «oPresidente da Federação, em duas vias, até às 10 horas do dia 30de setembro de 1969,

(Ass.) João dt SsnfAnru — Presidente

Paris, urgenteVestido de núiva combusto nu é o sucesso

Ra .lofetó AP

Vestido áe noiva 1969: busto nu e minissaia

Paris (AP-JB) — As modistas Mia Fonssagri-ves e Vick Teal, adiantando-se à temporada ofi-ciai de criações, apresentaram em Paris uma co-leção cujo ponto alto foi um modelo de vestidode noiva em que o manequim aparece com obusto nu.

Às desenhistas, favoritas ãe Elisabeth Tay-lor, inauguraram sua boutique em Paris, no anopassado, com a ajuda da atriz. As ãuas, por nãopertencerem ao fechaão si7íáicato ãas 7>ioâistasda capital francesa, lançaram suas criações 24 ho-horas a7ites do i7iício da temporada oficial. Mia cmulher do modista parisiense Louis Rérauâ'.

SENSAÇÃO

O vestido ãe 7ioiva causou sensação entreos prese7ites ao desfile. E7ivôlta em um amplo7nanto flutuante ãe crepe branco, o ma7iequi7iidesfilou ao l07igo da passarela e, em certo mo-mento, abriu 7na7isd7nente os braços, inostra7iâoo busto. A parte de baixo do vestido era C07npos-ta de uma minissaia presa por uma faixa âejóias. No pescoço, mn colar ãe diamantes comformato de estrela, avaliado e??i USS 300 mil(NCr$ 1200,00).

Alé7n do traje de 7ioiva, exibiram-se algumascamisolas de dormir compostas âe jragme7itos âevárias cores, mostra7iâo os selos. Depois âa noiva,o 7nanequi7ti 7nais jotograjaáo foi uma jovem quese apresentou c07ii os seios âes7iudos,vesÜ7ido mnmodelo café. Dois minivestiãos com asas de- ma-ríposfl e sig7ios de zodíaco também foram mos-irados. '

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Alvaradopromete darConstituição

Itaw (AFP-UPI-JB) —• OPresidente Juán Velasco' Alva-ra do anunciou na noite de on-tem que seu Governo daránova Constituição ao pais, me-diante votaçáò popular, acres-centando que os que o suce-derem no poder "serfio eleitospelo povo e não somente porunia minoria, como aconteceuaté agora." ;

' '

Velasco Alvarado acrescen-tou que introduzirá reformascomplementares & agrária, no• setor econômico e na ordemInstitucional. Entre as primei-ras, citou duas para melhorara comercialização dos . produ-tos do campo e Incrementar aIndustrialização agropecuária,ALTERNATIVA

Advertiu que, se as relaçõescomerciais entre as Américas,não mudarem radicalmente, asnações latino-americanas nãoteráo outra alternativa a nãoser procurar outra forma degoverno."Isso poderia significar umperigo para a unidade de to-do o Continente, e a respon-sabilidade _erá dos que são ce-gos aos altos Interesses inter-americanos e não sabem com-preender o novo rumo e o n4-vo sentido da unidade latino-americana", disse Alvarado, em

. um discurso transmitido pelorádio e televisão ao ensejo dacomemoração do Dia da Indc-pendência do Peru.

Morales explicaregime em Roma

Araújo NettoCorrespondente do JB

Roma — FalaTião hoje aoscorrespomtentes estrangeiros, oGeneral Francisco Morales Ber-mudez, Ministro da Economia eãas Fí7ianças do Peru, admitiuque hà uma grande, funáamen-tal diferença entre o 'movimen-to e o Governo militar de seupaís e outros latlno-america-TIOS.

"Essa diferença", disse o Ge-neral-Ministro dp. Economia pe-ruana, "se manifesta em todosos momentos e em toãos oscampos. Desde a origem e ins-piraçõo do movimento de ou-tubro de 196S até à prática e aideologia adotadas pelo Govcr-7io militar de meu nais." Reco-nhecendo que cada pais deveprocurar e seguir as soluçõesadequadas aos seus problemas,o Gvieral Morales disse queno Peru "as Fonas Armadasdecidiram' em outubro áo anopassado assumir e instiluciona-li-ar integralmente as respon-bldades de governar o pais.Sempre com a preocupação deeiitar o derramento de sangue— porque sobre o sangue nadase constrói — decidimos en-.frentar todos os desafios e tô-das as 'conseqüências de gover-nar o Peru com posições e me-d idas exclusivamente perua-nas."

ESCLARECER E NEGOCIAR

Explicando as razões âe s».aviigcçi _ Europa, o General-Ministro Morales Bçrmudezque, em todas as suas apari-ções faz-se ver sempre com ouniforme do Exército peruano,disse: "Sâo basicamente doisos objetivos que trouxemos àEuropcfí O primeiro esclareceros Governos e a opinião públi-ca, hoje muito deslnformadospor entidades e pessoas que,deliberadamente, tentam criaruma' imagem negativa da obrarevolucionária que se está fa-zendo no Peru. Esta gente, porsinal, está quase sempre ligadaou a serviço de grandes inte-rèsses antíperuanos 'flue vâmsendo contrariados pela revo-lução peruana. Interesses co-7>w os âos grandes latifundiá-rios, das poderosas e velhasoligarquias atingidas e enjra-queciâas pela reforma agráriaque se está cumprindo emtodo o Peru." O segundo,igualmente importante objeti-vo, o Ministro da Ecoonmia pe-ruana disse que "está relacio-nado com negociações até aquibem sucedidas para o reesca-lonamento das dividas do Go-vêrno do Peru com outros Go-,vemos Europeus." Disse êle:"Só a paises europeus devemos847 milhões de dólares. Dosquais 157 milhões à Alemanhae 87 milhões à Itália, justa-mente os dois maiores credo-res.

Tanto na Alemanha como naItália, podemos dizer já, que7iossa missão foi muito bemsucedida. Encontramos em to-dos os setores dos governos dês-ses dois .mises co7npreensão,entusiasmo e apoio para todoo programa revolucionário quaserá cumprido no Peru."

NACIONALISMO ABERTO

Explicando como e qual é ofundamento ideológico da re-volução peruana, o GeneralMorales Bermudez acrescentou:

— Estamos fazendo uma re-volução e operando um regime7iacionalista. Mas o íiosso na-cionalismo é aberto, ou melhor,só se fecha aos que estão ouquerem entrar no Peru comoinvestidores indesejáveis. Pre-tendendo unicamente explorar ecolonizar os peruanos. Ante-pondo-se ao: nossos desejos dedesenvolvimento e de justiçasocial.

Dos bons resultados económi-cos já alcançados pelo Govêr-no revolucionário peruano, oseu Ministro de Economia eFinanças destacou dois:

— A contenção dos niveisde aumento de preços. Em 19G7a 7nédia desses aumentos loide 20.8 por cento. Em 1. 63 amesma média foi dc 9,4 porcento.

— A balança dc pagamen-tos alcançou a estabilidade damoeda peruana é um superávitregistrado no dia 30 de junhopassado, da ordem de 40 mi-lhões de dólares.

OEA exige retirada PC tchecoj j j recomeçasalvadorenha das expurgo.

terras de HondurasWashington (AP-APP-UPI-

JB) — Os chanceleres presen-tes á reunião de consulta daOrganização dos Estados Amé-rlcanos (OEA). apresentaramum ultimatum a El Salvadorpara que aceite publicamenteantes de OlhOm (hora do Rio)a retirada de suas. tropas emterritório hondurenho,

A OEA aplicará a partir.dehoje sanções estipula/das peloTratado Interamerlcano de As-¦sistência Mútua, assinado noRio de Janeiro, se El Salvadorcontinuar insistindo em imporcondições á salda de suas tro-pas.dos territórios conquistadosacs hohdurenhos.

SANÇÕES

Os chanceleres latino-amerl-canos se reuniram na noite deontem, sob a presidência dcChanceler colombiano AlfonsoLopez MIchelsen, que anunciouque nessa reunião se poderiatomar uma decisão contra ElSalvador.

Depois de realizar uma fé-rie de entrevistas privadas naEmbaixada da Colômbia, Mi-chelsen, em declaração oficial,afirmou que a "unanimidadedos participantes da ¦ reuniãoconsultiva ministerial ria OEA,inclusive El Salvador, não vc-

.conhece as conquistas ter.ito-riais pela força."

A reunião noturna foi con-vocada quando faltavam setehoras para que expirasse o ul-timatum fixado a El Salvador,que poderá sofrer sanções detrês ordens: diplomáticas treti-rada de São Salvador dos che-fes de missões, de todas os pai-ses-membroí da OEA); econô-micas (suspensão dos intercâm-blos comerciais e do todos csmeios de comunicação) e m;li-tares (intervenção de uma fór-ça armada lnteramericar.a, co-mo ocorreu em São Domingos).

INTRANSIGÍINCIA

Os chanceleres rejeitaram asúltimas propostas apresentadaspor El Salvador. Informou-seque em uma delas El Salvadorsé oferecia retirar-se "voluntà-riamente" dos 1600 qullôme-tros quadrados de solo hondu-renho desde que as garantiasque reivindica para seus cida-dãos em Honduras fossem ofe-recidas de forma "paralela."

pschanceleres acreditam que asgarantias dadas pela OEA sâoo bastante para proteger osbens e a vida dos salvadore-nliòs residentes em Honduras;náo cabendo mais a El Salva-dor impor condições.

São Salvador tentaacalmar os ânimos

Artur AymoréEnviado Especial

São Salvador — O Governode El Salvador está tentandopacificar a opinião pública in-terna, principalmente os milita-res mais inconformados com aatuação da OEA e os partida-rios da confrontação bélica atéo último soldado, com vistas aotérmino da guerra contra Hon-duras.

' E uma prova desse esforço êo mais recente pronunciamen-to do Presidente Pidel SanchezHernandez afirmando que amissão das Forças Armadas jáhavia sido cumprida e agrade-cia e felicitava os comandan-tes e soldados na zona ocupa-da npr "haver cumprido.suatarefa com valentia, disciplinae capacidade profissional, dan-do à posteridade um exemplode heroísmo, graças ao qualnossa vitória militar foi com-pleta c indiscutível."

CAMPANHA

A mensagem presidencial foiretransmitida através de servi-ço de rádio a toda a tropa quaocupa uma faixa de cem quilo-metros no território hon dure-nho.

O Governo salvadorenho,com a colaboração da impren-sa, está realizando uma cam-panha de desarmamento dosespíritos e levando a extensos

. 2túr-;s da vida nacional a con-vicção de que a OEA não acei-tara a condenação de ajrressjosolicitada por Honduras, pare-cendo estar convencido de quea reunião de. chanceleres doorganismo não votará nenhu-ma sanção contra o pais.

Neste sentido, está aos pou-cos normalizando a vida pú-blica do país, e já anunciou oreinicio das aulas em todas asescolas públicas e particulares,a partir de ontem, em todos osníveis.

Os serviços de transportescoletivos da capital, cuja clr-culaçSo havia sido suspensadesde o início da guerra, pas-saram a funcionar, a partir deontem, das oito até as vinte euma horas.

Dentro do mesmo programa,todos os jornais de ontem pu-blicaram matéria de primeirapágina em que se destaca ofato de El Salvador estar ob-tendo seus objetivos na reuniãode consulta da OEA para aten-der. as reivindicações básicasdo país como condicion_rite.<da retirada das tropas do ter-ritório hondurenho.

Com o mesmo propósito dreconquistar junto à opiniãopública interna e as milltare.a confiança na OEA e tambémdesmentir as continuas denún-cias formuladas por Hondurasnas últimas horas de que oExército salvadorenho estariatorturando e massacrando osprisioneiros civis capturados nazona fronteiriça ocupada, o Go-

vèmo de El Salvador solicitou,e foi atendido, para que a OEAestabelecesse pastos com obser-vo dores civis do organismo naregião ocupada.

A OEA instalou três postoscom aqueles observadores naslo:alidades de Chalatenago, SanMiguel e Sâo Salvador, cujoschefes são, respectivamente, oequatoriano César Cisneros, oguatemalteco Mario de León, e

o equatoriano Jorge Veia.

CONTESTAÇÃO

Procurando contestar todasas denúncias formuladas porHonduras de que civis horiàuve-nhos estão sendo massacradospor tropas salvadorenhas na re-gião ocupada, o Governo de ElSalvador apresentou ontem demanhã, na direção geral da Po-lícia Nacional de El Salvador,27 das 32 nessoas que a ehefa-tura das Forças Armadas deHonduras denunciara à OEA deque teriam sido assassinadaspelas forças hodurenhas.

Presenciaram o ato o Nún-cio Apostólico em São Salvador,Monsenhor Gerolamo Priglone,o Embaixador do Chile, ManuelDaniel Organdona, e o encarre-gado de negócios rio Equador,Edgar Toral Caorelü.

¦ Todas aquelas pessoas forampresas pelas forças de El Sal-vàidoi-, quando da invasão daregião de Goascoran, na fren-te ocidental. Entre os prisio-'neiros, encontram-se velhos,crianças e mulheres, que estãoagora entregues aos cuidadosda Cruz Vermelha hondurenha.

Dois observadores da OEAafirmaram que estão senriobem tratadas e que os cóman-dantes das forças de ocupaçãoos retiraram de suas casas naslocalidades ocupadas, dizendoque estariam protegidas imSão Salvador, pois havia peri-go em permanecerem na zonaocupada pelos constantes cho-quês armados entre as fórçnsdos dois países em luta.

- À direção geral da PolíciaNacional determinou que os ci-vis fossem fotografados e quese tirassem fichas pessoaiscujas cópias serão entreguesaos observadores militares daOEA.

Um informante militar sal-vadorenho revelou que será fei-ta uma triagem destes prisio-neiros civis, para se verificarse estão envolvidos na perse-eulção ou crime contra os re-...dentes salvadorenhos emTonduras.

Posteriormente, os não im-ilicados serão recambiados aos

seus lugares de origem, após otérmino do conflito. Os prisio-neiros foram capturados na ai-deia de San Andres, Caserio, ElGranadino, Goascoran e Alian-za, todas em território hondu-renho.

Praga (Do Correspondente)— Quatro militantes do Parti-do Socialista estão sendo pro-cessados em Pilsen, por "agi-tação e distribuição de Infor-mações difamatórias" contra oEstado e os países socialistas.

Os quatro militantes do Par-tido Socialista em Pilsen —cujos nomes não são conheci-dos, dentro da tradição da leitcheco-eslovaca de que oaacusados só podem ser identi-ficados depois da sentença pas-sada em julgado — teriam u ti-Uzado Informações da RádioEuropa. Livre, como materialpara boletins considerados "di-íamatórios." :

Segundo uma nota do Mi-nlstério do Interior, conhecidaontem à tarde, 18 testemunhasforam ouvidas e' confirmaram"a atividade criminosa" dosmilitantes.

Os processos contra os sócia-listas de Pilsen e outros, aber-tos à semana passada, acusadosde responsáveis por divulgaçãode boletins mimeografados s,.oapenas um ensaio para proces-sos mais amplos — revelamfontes seguras.

Segundo essas fontes, até 21de agosto, serão abertos nume-rosos processos contra pessoasacusadas de atividades anti-so-cialístas — mas, em geral, ml-litantes de pouca responsa1. II-dade na resistência anti-sóvíé-tica. Ao mesmo tempo, o Parti- .do deverá — e sua atitude serájustificada pelo que fôr apura-do pelas investigações atuais —realizar uma "análise prdfun-da" da responsabilidade dos di-rigentes do processo, de demo-cratizaçâo, pela "falta de vigi-lãncia "omissão" e "debilida-de" diante das "forças contra-revolucionárias." Tem-se comocerta a atribuição dessa res-ponsabilidade sobretudo a doisdirigentes: Dubcek e Smrkcvs-ki. Assim, abrir-se-ia caminhoa seu afastamento do Presi-dium (Dubcek) e do Ccm:têCentral (Smrkovski) além desua substituição ná presiden-cia do Parlamento federal ena Câmara do povo.

Em uma segunda etapa, uma"vasta conspiração" seria "des-coberta", através do interroga-tório dos processados até então,e numerosas personalidades daimprensa, da literatura e dosmeios sindicais se encontrariamdiante dos tribunais.

No entanto, Husak contínuaresistindo contra a abertura deprocessos que coloquem em ris-co os dirigentes de janeiro. Emsuas viagens aos países vizí-nhos (inclusive à Bulgária, on-de se encontra atualmente) oPrimeiro-Secretário do Parti-do tem advertido que esses pro-cessos conduziriam a Tcheco-Eslováquia a uma tragédia semprecedentes. Idêntica advertên-cia foi feita por Sadovski e Co-lotka, dirigentes eslovacos, emsua recente viagem a Moscou.

Husak é. partidário de san-ções exclusivamente partida-rias. Em sua opinião, os m»!ii-bros do Partido devem ser jul-gados pelos organismos parti-dários, sem interferência dosagentes do Ministério do Int»-rior e sem, sua condução aostribunais. Sabe Husak que essesagentes da segurança do Es-tado são capazes de forjarconspirações — e éle mesmo foivitima desse tipo de "investi-

gações" nos anos cinqüenta.

PDC italianofará hojenova reunião

Roma (AP-UPI-JB) — Osdirigentes do Partido Demo-crata Cristão realizam hojeuma conferência de cúpula natentativa de solucionar a crisegovernamental que já dura 25dias.

O jornal II Mcssàgcro anun-ciou que os líderes políticos devárias tendências no Partidooficial se encontram profunda-mente divididos quanto à for-máção de um novo gabinete decoligação com os socialistas!-

Os democratas cristãos estãodivididos sobre se devem go-vernar sozinhos com minoriaparlamentar, ou se unir aoPartido Socialista Italiano(PSI), de. tendências esquer-distas, numa coligação modifi-cada de centro-esquerda.

IHoje //V/\\para amanhã / / y \ \Feira deLeipzigcom base sólida20 anosRepúblicaDemocráticaAlemã

Pi es. nt_ • futuro determinamo novo parfildu Feira ds Latpzig.A Indústria dt bens de consumo

os seguintes ramosestampam o retratoda Feira de Outono de 1969:Produtos básicos químicosMnqulnas e ferramentasde trabalhar a madeiraMãqulnns. de filmar

de fotografarFilmes - Aparelhos ópticosMóveis e equipamentos,materiais de fabricação

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Material da ensino • móveis eicolarasEiposíçào no ramo: "Nós • o tempo livre ".Em Leipzig, centro comercialdo ocidente e oriente,o Sr. encontra seu sócio comercial para amanhi.

Feira de outono de Leipzig31 agosto - 7 setembro 1969

Informações sobra sua viagema Leipzig e carteiras da Feira,V. S.receberá naPassatours Viagens • CSmblo Ltdn.,Rua SàoLuI .153-5;s.lo|a.coni.. 1/2/3nas Representações Comerciais daRepública Democrática Alomá,Rio • São Paulo,ou nas fronteiras estatals ds R.D. A,

Page 19: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

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JORNAL DO BRASIL ? Têrça-felra, 29/7/69 ? 1> Caderno

Departamento de Psicologiada PUC promoverá programasobre a dinâmica gerencial

O Departamento de Psicologia da PUC realizaráentre 5 de setembro e 25 de outubro um Programade Dinâmica Gerencial, destinado a proporcionar aosexecutivos e administradores um contato prático coma aplicação da "tecnologia dos grupos."

O programa, que englobará duas fases — indi-vidual e gerencial — terá a duração de 48 horas, dis-tribuídas em oito semanas, e será coordenado pelospsicólogos Fernando Aquiles de Paria Melo e PauloCavalcanti Moura.

-?- NACIONAL ~ 13GENTE PREVIDENTEi \?$&xwí rsi" % W-m-W"". >">•;¦:;>.!;¦< '"W-t

O PROGRAMA. Na composição do grupo dedinâmica gerencial serão ob-«ervados os limites mínimo de10 participantes e máximo de15, podendo as inscrições sorfeitas no Departamento de Psl-cologia da PUC, à Rua Mar-quês de São Vicente, 217-223(Gávea), mediante preenchi-mento e entrega do formuláriode inscrição e pagamento dataxa de inscrição.

O custo total do Programa, ¦já incluindo todo o materialImpresso a ser utilizado, é deNCr$ 720,00 por partlcipaiite,

que pode ser pago em três par-celas de NCr$ 240,00, a pri-

. meira como taxa de inscrição •as- demais dentro de quatro eoito semanas. A reserva de va-gas pode ser feita na Rua Mar-quês de SSo Vicente ou pelo te-lefone 2-47-60-30, ramal 13.

As reuniões, que serão feitasna sala 101 do Edifício, Ken-nedy, na PUC, vão se realizaràs sextas-feiras, de.l8hl5m às201U5m, e aos sábados (no pri-.meiro sábado dos meses de se-tembro e outubro, de 14 às 18horas, e nos demais sábados, de9 às 13 horas).

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Pirai inaugura* exposição Esl. do Rioagropecuária com desfile de fará rodízioanimais e rodeio infantil nas escolas

D.Teresa eSeii Linãolfo fizeram a mortalha com 20 anos ãe antecedência *

Casal cearense espera morte rcom cova já limpa e florida

i Niterói (Sucursal) — Rodeio infantil, desfile de97 cães de raça e 127 animais — bois, vacas- e cava-los — marcaram, domingo, a instalação da XX Ex-posição Agropecuária Industrial Sul-Flxuaainehse, emBarra do Pirai.

No setor de pecuária, o Estado da Guanabara,.representado pelos' criadores Fernando e Sílvio Ma-galhães, repetiu a vitória alcançada na XXVII Ex-posição de Cordeiro, vencendo o concurso para as

. raças holandesas prêto-e-branço e vermelho-e-branco.INSTALAÇÃO

Est. do Rio espera técnicosdinamarqueses que ajudarãoa montar sua usina de leite

Niterói (Sucursal) — A Secretaria da Agricultu-ra anunciou, para a segunda quinzena de agosto, achegada ao Brasil de três.técnicos da Dinamarca,para orientar pessoal fluminense na montagem econservação da usina de beneficiamento de leite emconstrução no eixo Niterói—São Gonçalo.

Parte do material técnico para a montagem dausina já chegou ao Brasil e está no porto do Rio deJaneiro aguardando providências alfandegárias, afim de ser remetido a Niterói. A montagem será ini-ciada entre outubro e novembro.OBRAS

As obras civis da. usina estãosolido construídas, com priori-dade, para as unidades queabrigarão o úiaterial técnico.Assim, a sua montagem ocor-rerá. antes do término dos tfré-dios destinados à. administra-ção. O empreendimento entra-rá, porém, em íase de ativida-des comerciais, apenas no pri-meiro trimestre de 1970.

O equipamento técnico da«sina, que poderá beneficiaraté 200 imü litros diários deleite, é um. dos mais modernosno ramo, segundo o Secretário

da Agricultura, Sr. EdmundoCampelb. Da produção estima-da, 130 mil litros diários deleite, beneficiados pelo proces-so da pasteurização, servirão oconsumo diário de Niterói ede São Gonçalo, cujo déficit ésuperior a 60 mil litros.

As obras civis da Usinacustarão NCr$ 4 milhões e oequipamento técnico, financia-do dentro do acordo Brasil-DI-namarca, com o aval do BNDE,ficará em' NCr 8,1 milhões. No'setor de abastecimento, este éo maior investimento do Esta-do, em todos os tempos.

Fortaleza (Correspondente) — A cada 1.°de novembro um casal de velhos deposita flõ-res num modesto túmulo de duas gavetas, nopequeno cemitério de Ubajara, no topo da ser-ra da Iblapaba. Ninguém está enterrado nacova, mantida sempre limpa e pronta parareceber' seus primeiros futuros ocupantes de-finitivos: os próprios zelosos visitantes.

Lindolfo Cunha Freire e sua mulher, DonaTeresa, cuidam há 27 anos do próprio túmulo—- além de manterem prontos para uso ime-diato, em sua própria casa, os caixões em queserão enterrados, as mortalhas e todo o apa-rato necessário para um sepultamento decen-ts — "para dar a austeridade que os enter-ros começam a perder hoje em dia."

Prolongamento da viciaHoje com 79 anos, seu Lindolfo é o quese pode chamar de um admirador da morte, a

qual considera muito natural, um prolonga-mento da vida. Vai receber sua chegada commuita satisfação, "pois não nascemos para se-mente." Para isso está inteiramente prepara-do, com o caixão preto mandado fazer desde1947, a mortalha de São Francisco sempre bem'passada, as missas encomendadas, todos os ofi-cios para oy sepultamento contratados e pagos.Dona Teresa, de 75 anos, segue a mesmalinha do marido em relação à morte, emboratenha ficado um tanto chocada quando, há maistíe 20 anos passados, seu Lindolfo disse-lhe que.havia encomendado caixão e o resto. Pediuentão que mandasse fazer tudo para ela tam-bém, e o resultado é que hoje o casal tem umcaixão de defunto na. sala de visitas, pendura- • 'do na parede — é o dele — e o outro guarda-do no sótão, ambos cuidadosamente limpos •sempre tratados para que o cupim não venhaa dar na madeira. A mortalha de dona Tere-sa é um hábito de Nossa Senhora e ela achaque "todos vão me olhar bonita vestida assime cercada de flores."

jara atribuem podêres de magia, pois dizemque o velho comumente cura animais doentesapenas com", uma oração, mesmo sem ver òIbioho.

Católico, praticante, ortodoxo, seu Lindol-ío é também um pessedista radical, até ho-je não havendo se conformado — e nem en-tendeu — "esse negócio de Arena e MDB",tanto assim que continua um ativo pessedis-ta, como se ainda existisse o velho Partido aoqual prestou tantos serviços.'

Um atletaCom a sua idade, o velho Lindolfo é ad-mirado em Ubajara também pelos seus dotes

atléticos e pela saúde invejável, contrastandocom as más condições sanitárias da região.Diariamente o velho faz a colheita das frutasno seu pequeno sítio de quatro hectares. Sobenas árvores mais-'altas, carrega grandes far-

:dos e administra êle mesmo toda a proprie-dade. '.'Seu Lindolfo acha bonita a palavra necro-

latria, que lhe foi ensinada pelo Lincoln Vas-concelos, filho do velho Zuza, a quem deu comexclusividade, o direito de publicar qualquermatéria em jornal sobre êle, embora não ha-ja autorização para cobrar nada.

Nas poucas horas vagas, anda de bicicletapor todo canto; afirma que ainda este ano vaidar uma demonstração para humilhar "essesmoços de hoje": virá de Ubajara a Fortaleza,400 quilômetros, pedalando sua bicicleta. Ga-rante que em menos de i três dias chegará àcapital.

Só se preocupa com uma coisa nessa via-gem: encontrar nas ruas "esses cabeludos decalças apertadas e sapatos sem meia", que éleconsidera uns . "desmiolados."

Só os doisDentro da tese de que sempre foram uni-dos demais nesses 58 anos de casados, os doisdecidiram que o túmulo no pequeno cemitériode Ubajara não poderá receber outros corpos

que não os deles. Tanto assim que só existemduas gavetas, uma para cada um, e nem mes-mo os filhos è netos poderão algum dia serlá sepultados. ¦— Queremos ficar unidos e sós durantetoda a vida eterna, como o fomos na terrena— diz, muito circunspecto, seu Lindolfo.Embora também pronta para morrer, do-na Teresa não é tão grande entusiasta damorte como o marido, a quem muitos em Uba-

A espera '. '">.

Cuidando dos afazeres do sitio, o casal d»Ubajara espera tranqüilo a morte. Pais de 12filhos,-já contando.62 netos e 11 bisnetos, osquais não querem *' morar em sua casa porhipótese alguma, os dois preferem esperar amorte sozinhos. Vivem da agricultura do pró-prio pequeno sitio que seu Lindolfo comprouhá meio século,' pois a aposentadoria, comofiscal da- Prefeitura, lhe rende apenas NCrS7,80 por mês, tão pouco éle só vai receber "pránão deixar pro Governo."

Não tendo,idéia sóbre quantos anos aindaviverão, seutLindolío e dona Teresa são hojaum casal respeitado em toda a serra da Ibia-paba, .onde jtodo'mundo tem medo da morte.

: Grande número de criadore^eul-íluminenses participou, às15 hs, da solenidade de inau-¦ guração da exposição. O Se-cretário de Agricultura do Es-tado, Sr. Edmundo Campeio,junto ao prefeito do Município.Sr. Walter Mariotini, com ohasteamento da bandeira,inaugurou a mostra.

Um torneio infantil, com pe-quenos jumentos, marcou aparte de atrações do primeirodia da mostra. Dez meninos,com idade média de 10 anos.tentaram permanecer no lom-bo dos. jumentos. Dois deles,apenas, obtiveram sucesso, as-sim mesmo por poucos mlnu-tos. ^VENCEDORES

A Fazenda Santa Cruz doEscalvado, de propriedade doSr. Fernando Magalhães,, con-seguiu o maior número de prê-mios no concurso de gado ho-landes p tât o-e-branco, pormédia de animais expostos. Oscinco inscritos pela fazendaforam premiados: um tourojúnior de 30 meses, um machopon recebeu o primeiro prê-mio — campeão seniòr — e otouro Silvio, de 16 meses, tam-bém macho pon, recebeu o pri-meiro prêmio reservado aCampeão Júnior.

Entre as fêmeas pol a vacaRomanela conquistou o pri-meiro prêmio, e, na classe PCa vaca Trinse-3 conseguiu o ti-tulo de campeã na categoriaSênior.

Entre os criadores da raçaholandesa prêto-e-branco des-tacou-se, também, o expositorAntônio Moscoso, que com otouro Opulento, de 27 meses,recebeu o título de CampeãoJr. Pon.

No concurso entre o gadovermelhq a Fazenda do Pica-Pau Amarelo, de propriedadedo Sr. Sílvio Magalhães, con-quistou todos os prêmios, comum bezerro, três fêmeas im-portadas e três fêmeas PC,sendo respectivamente, cam-peão Bezerro, Campeão Jr. Poi,

reservada a campeão Jr. Poi,primeiro prêmio, Campeã Se-nior Melhor úbere, CampeãJr. e campeã Bezerra.OUTROS

' Além da mostra de gado,realizòu-se umai exposição in-ternacional de cães promovidapelo Brasil Kehnel Clube. Daexposição participaram 97 cãestíe 27 raças. Os animais foramjulgados ;pela Sra. Nizzet Lem-mans, i presidente do KennelClube 'da Bélgica, que apesarda idade, 78 anos, mostrou teruma .ótima memória, pois ajulgar, um fox-terrier pêlo durorecophecue, já tê-lo julgadoem mostra na Inglaterra.

O»'cão campeão do concursoíoi um pointer inglês, de cria-ção nacional; propriedade doSr. Roberto Camerino da Guia,recebeu o troféu Ministro IvoArzua. O segundo colocado, me-lhor estrangeiro, recebeu o tro-féu Governador Jeremias Fon-tes, e foi um fox-terrier pêloduro^de propriedade da Sra.Leana Lewis.40 terceiro, rece-beu o troféu Edmundo Campe-lo.

Jaguar, cavalo de proprieda-de do Sr. Hugo Portugal, io\quem ^conquistou o título decaihpeâo no concurso eqüino.Da exposição participaram con-correntes dos Estados da Gua-nabara, Minas Gerais e Rio nosetor pecuário, São Paulo, Gua-nabara e Rio no concurso de

INDUSTRIAL

Um pavilhão com váriosstands de indústrias da- regiãoSul, representa a parte indus-trial da mostra. Um stand daDiretoria Regional do Ministé-rio da Agricultura, mostrandoas realizações do Governo íe-deral, minlagências bancáriasdo BERJ, Banco Predial eBan-co do Brasil, concedem finan-ciamentos aos criadores e agri-cultores.

Participam, também, váriaslojas comerciais de Barra doPirai. Várips shows com a par-ticipaçS© de artistas cariocas efluminenses serão realizadoshoje e amanhã.

Niterói (Sucursal) — As es-colas primárias da rede ofi-ciai do Estado adotarão, a par-tir dê agosto, o sistema de ro-dizio de folgas semanais,, paramaior aproveitamento da ca-pacidade ociosa dos estabeleci-mentos.

A diretora do ensino prima-rio, Dona Dalkas Dlnis, infor-mou que na reunião realizadaem Manaus, entre' os adminis-tradores escolares da federação,debateu-se temas a respeito dórodízio «nua!, paira aproveita-mento total das escolas, que,desta forma, funcionarão sem-pre com alunos de férias •outros em estudo.

Funabem teráNCrS 300 milem Rondônia

O presidente da FundaçãoNacional do Bem-Estar doMenor, Sr. Mário Altenfelder,'e o Governador do Territóriode Rondônia, coronel JoãoCarlos Henriques, assinaramontem à tarde, na sede da-quele órgão, um convênio novalor de NCr$ 300 mil desti-nado à melhoria e ampliaçãoda rede de serviços de meno-res existentes em Rondônia.

O programa será executadodentro de um prazo de 12 me-ses e proporcionará, ainda,treinamento adequado ao'pes-soai especializado do Territó-rio. Inicialmente será proje-tado e construído um centrode Recepção de Menores e,mais tarde, terão início ásobras de melhoramento emdiversas instituições partícula-res.SOLUÇÃO PARCELADA

Criada em 1965, a Funabemassinou ontem o seu 42.° con-vênio e já está estudando aconcessão de novos financia-mentos a Rio Branco, no Acre,e a diversos municípios do in-terior amazonense. A Funda-ção procura sempre em seusconvênios exigir a execuçãode um plano integrado de as-sistência ao menor, estabele-cendo condições para que esseatendimento integrado sejapossível.

De um total de NCr$ ...300 mil a serem entregues aoTerritório. Federal de Rondo-nia, serão liberados imediata-mente NCr$ 172 mil, ficandoos restantes NCr$ 128 mil pa-ra serem encaminhados apósas instituições beneficiadasprestarem contas dos melhora-mentos executados à Fumabem.

As obras da rede particularatingidas pelo convênio são oInstituto Osvaldo Sousa, si-tuado à margem da Rodovia 'Brasilia—Acre, . que receberáNCr$ 78168,00, O Instituto Lau-ra Vicunã, com NCr$30 200,00, e a rêüe do seis es-colas mantidas pela FrelazlaNullius, que receberão NCrS '_129 400,00.

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Page 20: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

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14 - NACIONAL JORNAL DO BRASIL ? Têrça-felra, 29/7/69 ? 1> Caderno-

Jorge Furtado deverá sero novo secretário-geraldo Ministério da Educação

O professor Jorge Furtado, que dirige o Depár-tamento de Ensino Industrial do MEC, deverá ser onovo secretário-geral do Ministério da Educação,ocupando o cargo que ficou vago sexta-feira còm opedido de exoneração do professor Edson Franco.

O antigo secretário-geral, que na sexta-feira via-jou para Belém do Pará, deverá assumir na volta adiretoria de uma editora cogitando-se também de suaeleição para o cargo de vice-Reitor da UniversidadeFederal do Pará. Êle continuará, entretanto, comomembro do Conselho Federal de Educação.indicação v

A nomeação do profess orJorge Furtado para o cargo de_ecretário-geral do Ministérioda Educação está na depen-dência da indicação a ser feitapelo Ministro Tarso Dutra, nãote sabendo ainda quem vai su-cedê-lo na diretoria do Depar-tamento de Ensino Industrial."O professor Edson Franco,

que é membro da Superinten-dência do Desenvolvimento da

Amazônia, íoi a Belém partici-par. de uma reunião do órgão.Está cotado para o cargo deVics-Reitor d a UniversidadeFederal do Pará, da qual já foiprofessor. Sua nomeação nfioinfluiria em outra possívelocupação no Rio ou mesmo emSão Paulo:

O professor Jorge Furtadochega hoje de Brasília, ondeparticipou de um congress onacional de ensino especializa-do.

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CENTRAIS ELÉTRICAS DO SUL DO BRASIL SA.

USINA DE PASSO FUNDOPRÉ-QUALIFICAÇÃO PARA

FORNECIMENTO DE EQUIPAMENTO '

A CENTRAIS ELÉTRICAS DO SUL DO BRASIL S.A. - ELETROSUL - realizará iicitigSe» Interna-cionait, limitadas aos fabricantes selecionados através de Pré-Quilificaçío • que se refere o presente•viso, para o fornecimento dos -eguintes equipamentos destinados e Central Hidrelétrica do Rio PtssoFundo (Estado do Rio Grande do Sul), com potência Instalada de 220.000 kW, e ia subestações dorespectivo sistema:

GRUPO I — Transformadores monofásicos ou trifásicos (230-69 kV e 230-13,8 kV) e aulotransforma-dores (230/138 kV);

GRUPO II — Equlparqento de proteção, contrêle «medição;

GRUPO lll — Sistema Carrier completo;

GRUPO IV — Equipamento de baixa tensão (quadros de manobra • de distribuição até éOO V,baterias e carregadores);

GRUPO V — Equipamento de manobra classe T5 kV;

GRUPO VI — Grupo gerador auxiliar Turbina Pelton-gerador 650 kVA;

GRUPO VII — Estruturas metálicas para subestações e linhas de transmissão 230 W;

GRUPO VIII'— Compensadores síncronos.

Para o pagamento dos equipamentos mencionados espera contar a ELETROSUL com recursosdo Banco Interamericano dc Desenvolvimento — BID, através de financiamento ora em fase de nego-ciação.

Somente poderão participar da presente Pré-Qualificação os fabricantes sediados am países mem-bros do Fundo Monetário Internacional e na Suíça.

As "Instruções para Proposta de Pré-Qua!ificação'# estarão _ disposição dos interessados, du-rante os períodos abaixo discriminados:

para GRUPO I •_ II — de 01-08 até U-08-69, inclusive;

para GRUPO II! e IV — de 15-08 até 29-08-69 Inclusive;

para GRUPO V e VI - de 05-09 até 19-09-69 Inclusive;

para GRUPO VII a VIII - de 26-09 atá 10-10-69 inclusiveno seguinte endereço:

CENTRAIS ELÉTRICAS DO SUL DO BRASIL S.A. - ELETROSUL

Av. Presidente Vargas, 446 — 2.° andar, ZC-00Rio de Janeiro, GuanabaraBRASIL

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Por causa de nomes e númerosexpressivos como estes é que aC.A.C. vive falando em boa companhia.E isto sem falar no sabor especialque vem aí: seus primeiros produtosvão ser lançados antes do Natal.

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DISPONÍVELCaixa e Bancos 58.901,09

REALIZÁVELCapital a subscrever, ações de outrasempresas, Depósitos e.Cauções, Investi-mentos, Devedores Diversos, contas cor-rentes devedoras, Bancos conta vinculada 10.194:141,83Letras de Câmbio',' Valores a receber, Ti-tulos a receber 869.461,87 11.063.603,70DESPESAS

Administrativas, Tributárias, com Pessoal,Financeiras Gerais, com Projetos e Pre-vidéncia Social 322.221,38

RESULTADO PENDENTE -391.501,83COMPENSAÇÃO 911.734,80

TOTAL NCr$ 13.645.218,11

PASSIVOINEXIGÍVEL

Capital SocialReservas,- Fundos • Provisões

11.000.000,0010.999,07 lí.010.999,07

EXIGIVELCredores Diversos, Contas a Pagar, Títulosa Pagar, Obrigações» Pagar 121.793,14Fornecedores,.credores por contratos 375.tQ9.Q2 496.902,16

RECEITAS

RESULTADO PENDENTE

COMPENSAÇÃO

9.780,58

1.215.801,50

911.734,80

TOTAL NCr$ 13.645.218,11

Orault Ernanny de Mello • Silva.Presidente em Exercício

Roberto Marcos Calvo Hermógene» Teixeira Ladeira Paulo Comelli . Gil Restani de AndradeDiretor Comercial Diretor Superintendente Diretor Industrial Téc. Cont. CRC-MG. 10.938

Eis algumas das empresas que confiam no trabalho da C.A.C,fornecendo os equipamentos e o material para a construção dè umadas mais modernas fábricas de refrigerantes e cervejas do Brasil:

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NO BRASILAlumínio Minis'Ger«l» S.A.Armando Bailo Louça» • Farrageni Ltda.Armei S.A. - Indúftria • ComércioAta Combustão Técnica S.A. ..All.i Copco Brasileira S.A.Brafer Comércio a Indústria S.A. :_(;Caia.Trln.ad. Ltda. 'Cantrala Elétricas da Minas Gira Ia S.A..- CEMIGCarimlca Lagoa SantaCeuco - Importação • Comércio S.A. ,Cla.Airo-PaslorlI Rio .Doce.Cia. da Cimento Portland Itaú S.A.Cia..Mineira da Cimento Portland. S.A. • Comlncl

•Cia, da Seguro» GarantiaCia. Telefônica de Mina» Geral»EM1TEC - Engenharia a Imtaíaç&as Técnica» Ltda.Escritório Jorge Degow _,Filtan - Projeto* • Equipamento» Hidráulico» Ltda.G.raldo R. F. Silva _ Cia. Ltda.Gráfica Valéria Ltda.Holeteln Kappert S.A. ^"<IBM do Brasil S.A.Indústria Brasileira do Condutores Elétricos S.A.Indústria da C.lcinaçío S.A. ¦ ICALIngersoll Rand S.A. *IrmSos Petrónlo _ Cia. Ltda'.Jac Máqufnas Ltda.

Katlna - Cia. Ltda.Llquld. Carbonle Indústria» S.A.Lufthansa Llnhaa A.r.as Al.mi.Maclfe Mlnat S.A.Mad.lraa Paraíso Ltda.Madalrelra Marcallnense S.A. - Ind. • ComércioMln.ráçio Lapa V.rm.lha Ltda.Motorauto S.A* - Importação o ComércioMòv.la de Aço Atlas Ltda.NFC 4o Brasil Ltda.Olivetti Industrial S.A.Papelaria • Tipografia Confiança Ltda.Plralll' S.A. • Cia. Industrial BrasileiraPro-lnox Produtos da Aço Inoxidável Ltda.Remlngton Rand do Brasil S.A.Roda Comércio a Indústria S.A.Saparadores Alfa-Lavat S.A.Siemens do Brasil - Cia. da EletricidadeSp.rry Rand do Brasil S;A.Unlto Licuna.Ltda. •Veminas S.A. - Comércio a Indústria-Wocthlniton S.A. (Máquina.)• NO EXTERIOR :Alemanha OcidentalA. Zlemann Gmbh - .LudwlgsburgBankhau» Waldthaustn &. Co. > Dusseldorf,Waltrad. A.G. > Ousssldorf

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°

Estado altera a Legislação }

Tributária e cancela débito¦ *O Governador Negrão de Lima assinou de-'

creto-lel cancelando débitos dos impostos deindústria e profissões, licença para localizaçãoe da taxa de proteção contra incêndios.

Também dispensou os juros e multas mora-tórias de débitos de tarifas de água e esgoto;Isentou o INPS do imposto predial no exerci-cio de 1970, anistiou essa autarquia do Impôs-to predial devido em-1989 e alterou a Parte Ge-ral da Legislação Tributária do Estado.

AlteraçõesOs débitos cancelados. dos impostos de in-

dústria e profissões, de licença de localização eda taxa de proteção contra incêndios, referem-se aos ainda existentes, apurados ou não, eh-quanto que a dispensa dos juros e multas demora dos débitos de tarifas de água e esgotosão para aquelas que tenham ocorrido até 31de dezembro de 1966,

À anistia' ao imposto predial devido peloINPS ao Estado durante este ano só atinge aosImóveis que tenham sido objeto de venda, pro-

, messa de venda, cessão ou promessa de cessãode direitos adquiridos a terceiros, cessando obeneficio em caso contrário.

Ao alterar a Parte Geral da Legislação Trl-butária, o Governador considerou que o sis-tema vigente de atualização de valores fixosé ainda complexo e merecia maior simpli-ficação. , ' .

O decreto-lei"Considerando que está em pleno vigor o

novo sistema tributário que aboliu certos im-postos e taxas;

Considerando que mesmo os tributos man-tidos tiveram a sua conceituação alterada e quealguns fatos geradores previstos na legisla-ção anterior vêm sendo repelidos pela jurispru-dência;

Considerando que convém dar uma oportu-nidade à, população de quitar os seus débitosdas tarifas de água e de esgoto, sem acresci-mos moratôrios;

Considerando que deve ser pacificado olitígio referente aos imóveis de propriedade doINPS;

Considerando que é do interesse do Estadocompletar o cadastramento fiscal da proprieda-de imobiliária:

Considerando que a legislação fiscal deveobedecer a métodos simples e racionais que fa-cilitem ao contribuinte conhecer os seus direitosc obrigações e aos funcionários a exata apli-cação da lei;

Considerando que os sistemas vigentes deatualização dos valores fixos, constantes da lei,são ainda complexas, devendo, portanto, seremalterados no sentido de maior simplificação;

Considerando, por outro lado, que a estra-tura das normas sobre a mora fiscal merece

. uma revisão que torne mais nítidas as relaçõesentre fisco e contribuinte;

Considerando que se impõe,um tratamen-to mais benigno para o contribuinte que reco-lhe o seu imposto sem incluir no recolhimentoa respectiva multa moratória, já devida;

Considerando a necessidade de diminuir osacréscimos moratôrios;

Considerando a necessidade de distinguir osdepósitos de natureza diversa feitos pelo con-trlbuinte com os respectivos efeitos e conse-quências.

. DECRETA: .

; V . Capítulo IDa remissão e da anistia fiscal rArt. 1.» — Ficam cancelados os débitos, ain-da existentes, apurados ou não, dos impostosde indústrias e profissões, de licença para loca-lização e da taxa de proteção contra incêndios.Art. 2.° — Picam cancelados os débitos, ain-da existentes, apurados ou não, que tenham tidocomo causa a aplicação dos seguintes preceitos:I — Artigo 2.° e seus parágrafos, do De-creto-Lei 9626, de 22 de agosto de 1946; II —

inciso XI do parágrafo único, do Artigo i.° doDecreto-Lei 9626, de 22 de agosto de 1946; III— inciso I, II e m, alíneas seido incisoIV, do Artigo 58 e os Artigos 59 e 60 da Lei 899,de 28 de novembro de 1957.

Art. 3.o — Os cancelamentos a que se refe-rem as artigos anteriores abrangem todos osacessórios do débito cancelado, inclusive multaspenais e pena por ajuizamento.

Art. 4.° — Ficam dispensados os juros emultas moratórias referentes a débitos de tari-fas de água e de esgoto cujos fatos geradorestenham ocorrido até 31 de dezembro de 1966,inclusive, desde que pagos até um ano a contarda publicação deste decreto-lei.

Parágrafo único — Os débitos origináriosnão ficam dispensados da atualização de seusvalores, de acordo corn a Legislação vigente.

Atr. 5.° — O Instituto Nacional de Previ-dência Social.— INPS — fica isento de paga-mento do imposto predial, no exercício de 1970,incidente sobre os imóveis de que tratam o Ar-tigo 65 e seus parágrafos, da Lei Federal 4380,de 21 de agosto de 1964, e o Decreto Federai56 793, de 27 de agosto de 1965, desde que nãotenham sido ou não venham a ser, até' 31 dedezembro de 1970, objeto de venda, promessa devenda, cessão ou promessa de cessão de direitosaquisitivos a terceiros, casos em que a isençãocessa na data do respectivo instrumento.

Parágrafo único — Os débitos do impostopredial correspondente aos imóveis referidosneste artigo ficam anistiados até o exercíciode 1969, inclusive, desde que os respectivos imó-veis não tenham sido objeto de venda, promessade venda, cessão ou promessa de cessão de di-reitos aquisitivos a terceiros, cessando o bene-ffeio a partir da data do respectivo instrumen-to e dependendo, a concessão da anistia, do pré-vio e expresso reconhecimento da condição pre-vista neste parágrafo.

Artigo 6.° — O cancelamento previsto nosartigos anteriores não implicará, em nenhumahipótese, em restituição de tributos ou seusacessórios já pagos.

Parágrafo único — Nos casos em que o pa-gamento esteja sendo feito parceladamente, ocancelamento só atingirá a parte ainda nãopaga.

Artigo 7.° — Os contribuintes dos impostospredial • e territorial que providenciarem, es-pontâneamento, a inscrição de seus Imóveis narepartição competente do Estado, até 31 dedezembro de 1969, ficam dispensados, da mui-ta a que se refere o Artigo 158 da Lei 1165,de 13 dc dezembro de 1966, ficando ainda dis-pensados do pagamento de multas de mora ecorreção monetária.

Parágrafo único — Serão, também, bene-ficiados pelo favor fiscal aquêies que, no mes-mo período, comunicarem os acréscimos daárea construída. .

Capítulo II ,Alterações da Parte GeralArtigo 8° — A Lei 672, de 9 de dezembro

de 1964, passa a vigorar coni as seguintes ai-teraçôes:

I — O Artigo 8.° passa a vigorar com aseguinte redação:

"Artigo 8.° — As importâncias fixas cor-respondentes a tributos, ft multas, a limitespara fixação de multas ou a limites de íai-xas para efeito de tributação, passarão a. serexpressas na legislação futura por meio demúltiplos ou «ubmúltiplos de uma unidades de-

nominada Unidade dc yalor Fiscal '"i Esladoda Guanabara, a qual figurará nas leis sob aforma abreviada da ÜFEG.

5 1.° — Fica fixado, nesta data, em Ncr$".100, (cem cruzeiros novos) o valor da UFEGj,

i 2.° — Ò Executivo, no fim de cada exer-rciclo, publicará ato declarando o valor da UFEÇrí.para vigorar no exercício seguinte. Este valor'será obtido pela aplicação, sobre o valor origi-nário da UFEG, do coeficiente de atualizaçf«ydos créditos fiscais, fixado pelo órgão federalcompetente, relativo ao primeiro trimestre <}p_exercício da publicação deste decreto-lei, paráiter vigência no primeiro trimestre do exercícioem que vigorará o novo valor.

5 3.° — Na fixação da UFEG poderá ser."arredondado para menos o resultado obtido." "_•

5 4.° — As importâncias fixas referidas i^corpo deste artigo, enquanto não expressas em.UFEGs, serão atualizadas anualmente, pela aplivcação dos coeficientes de atualização dos crédi-tos fiscais relativos à data da promulgação dalei que tiver fixado os valores a serem atuali.. izados, coeficientes esses baixados para vigorarno primeiro trimestre do exercício para o qualse quer obter a atualização, desprezadas, no re..,sultado obtido, as frações que cada caso corri-portar." i""

II — Pica acrescentado um Artigo, de n.*_12-A, com a redação do atual Artigo 39-A. IIL

No corpo do Artigo 33, substituir "ConselhoNacional de Economia" por "órgão federal com-petente." IV — O texto atual do Artigo 34 fiça.eliminado. V — Pica revogado o Artigo 33-A.VI — Os incisos II, HI e IV do Artigo 38 páfcrsam a ter a seguinte redação:

"II — Nos 30 dias que se seguirem ao téir-mino do prazo fixado no inciso anterior 20$,III — No período compreendido entre o términodo prazo fixado no inciso anterior e o fim doexercício a que corresponder o tributo 30%. IV

Por mês ou fração de mês, que se seguir p.òexercício a que corresponder o tributo, será adi-cionado, à percentagem prevista no inciso an-terior, mais 1%." •---

VII — Os incisos II, III e IV do artigo 39*passam a ter a' seguinte redação:"II — Nos 30 dias que se seguirem ao té.Pmino do prazo fixado no Inciso anterior, 20%,III — Nos 120 dias que se seguirem ao términodo prazo fixado no inciso anterior, 30%. IV .—.Por 30 dias ou fração de 30 dias que se segui-rem ao término do prazo fixado no inciso an-terior, será adicionada, à percentagem previsjano mesmo inciso, mais 1%." -_

VUT — O artigo 39-A passa a ter a seguin-te redação: '™

"Art. 39-A — No caso de tributos recolhidospor iniciativa .do contribuinte, sem lançamentoprévio pela repartição competente, e sem o re.»colhimento concomitante dos juros, multas oú•qualquer outro acréscimo moratório, essa partoacessória do débito passará a constituir débitoautônomo sujeito a atualização de valor caacréscimos moratôrios, de acordo com as regrascomuns." íijj

. IX — Fica acrescentado um artigo de n,*40-A. assim redigido:

"Alt. 40-A — A consulta sobre matéria trl-butária, quando protocolada de acordo com 'Sinormas regulameritares, suspende o curso damora.

Parágrafo único — Recomeçará, o curso damora tão logo termine o prazo fixado ao con- .tribuinte para cumprir a solução dada â con-sulta, prazo esse que não poderá ser inferior^*10 dias." _-

— O artigo 41 passa a vigorar com a si-guinte redação: ', l"Art. 41 — A reclamação ou a impugnaçã.a crédito fiscal, o recurso ou o pedido de rçconsideração de decisão proferida em processofiscal, ainda que em caso de consulta, não im-terrompem o curso de mora." .;. J »

XI — O corpo dó Artigo 42 passa a vigorarcom a seguinte redação: « : •

"Ai-t. 42 — Se, dentro do prazo fixado p4r|ipagamento, o contribuinte depositar nos co-

ires da pessoa de direito público, à qual de-vesse efetuar o pagamento, a importância qúejulgar devida, o crédito fiscal não ficará sujei-to a atualização de seu valor, nem sobre êleserão devidos juros, multas de mora ou qualqueracréscimo, até o limite da importância depo-sitada."

XII -- Fica acrescentado um artigo, de fi.»43-A, com a seguinte redação: f

Art. 43-A — Os depósitos referidos nos ar-tigos anteriores podem ser de duas espécies:.

I — depósitos livres, isto é, os feitos cspoil-tàneamente pelo contribuinte para evitar os efed-tos da mora, haja ou não exigência de paga-mento por parte do fisco; II — depósitos vin-culados, isto é, os feitos quando a lei ou regd-lamento os considerarem indispensáveis paraque o contribuinte possa praticar qualquer atode seu interesse."

XIII — Pica acrescentado um artigo, den.° 43-B, com a seguinte redação: '

Art. 43-B — O depósito livre não ftearávinculado ao débito fiscal e, em conseqüência:

— Poderá ser levantado pela simples mcnl-festação de vontade do depositante; II — nãoobstará o prosseguimento do processo de cobrau-ça do crédito fiscal, nem _ aplicação de mui-tas de caráter penal. ,'

Parágrafo Ünico — Os depósitos livres nãoestão sujeitos á atualização do seu valor ou a¦ juros, multa ou qualquer acréscimo moratò-rio, quando devolvidos, salvo se forem criadosembaraços à sua devolução, caso em que Saaplicarão as regras de repetição de pagamentoindevidos."

XIV — Fica acrescentado um artigo, de ri.»43-C, com a seguinte redação:

"Art. 43-C — no caso de devolução do de-pósito vinculado, por ter sido reconhecido o dl-reito do depositante, será atualizado o seu va-lor e acrescido dos juros de 1% (um por cento)ao més, a contar da data do depósito, até a dataem que tenha nascido o direito do depositantede pedir sua devolução.

Parágrafo único — Pedida ft devolução dodepósito, o curso da mora se reiniciará novenfia(90) dias depois da entrega do pedido."

XV — Fica acrescentada no final do Artigo51 o seguinte:

"nem aquele que apresentar consulta, en-quanto não terminar o prazo para cumprimen-to do decidido nesta." XVI — O Artigo 52passa a vigorar com a seguinte redação: ,

Art. 52 — No caso em que o contribuinterecolha o principal do débito fiscal sem òsacréscimos moratôrios. será passível das mes-mas multas sôbw: esses acessórios, como débitoautônomo, de acordo com as normas comunsque regem a aplicação das penalidades.

Art. 9.° — As modificações dos Artigos 38e 39 da Lei 672, constantes do artigo anterior,aplicam-se também às obrigações fiscais nasci-das antes dá publicação deste decreto-lei, desdsque ainda não pagas até esta data, com exclu-são das referentes ao Impostos predial e tej>ritorial e taxa de serviços diversos, para asquais serão aplicadas àá obrigações nascidas de-pois de 1.° de janeiro de 1970.

Capítulo III

Disposições Diveusas „ •Art. 10 — Ficam cancelados todos os dé»

bltos decorrentes da aplicação da legislação deposturas de valores originários até NCrS 20,00(vinte cruzeiros novos), inclusive, cujos fatosgeradores tenham ocorrido até 31 de dezembrode 1967. 1" Art. 11 — Este decreto-lei entrará em vigorna data de sua publicação, revogadas as dis-posições em contrário. ',

Francisco Negrão de Lima, Àltem«r Du-tra de Castilho."

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JORNAl DO BRASIL ? terça-feira, 29/7/69 ? 1.° CadernoNACIONAL - 15

_.(.

-Sao Caetano CNEG muda de nome e elegecomemora 92. ° como seu presidente oaniversário Almirante Benjamim Sodré

Gaviões continuam sumidos ehá perigo de novos massacres

_,f}ão Paulo (Sucursal) --Terceiro município do paisem arrecadação, depois deSão Paulo e São Bernardodo" Campo, São Caetano doSül comemora hoje o 92.°aniversário de fundação.«.Situado na região do ABC,

Junto à capital, São Caeta-no tem 421 indústrias, dosramos metalúrgico, automo-bilistico, químico e de ce-ramica, recolhendo a somade NCr$ 71806 496,25 em im-ptõstos federais, NCr$ 62 ml-lhões' para o Estado e NCrS30160 560,28 para a prefei-tura. Sua receita é de NCrS34-. milhões.

GENTRO INDUSTRIAL

Sede do antigo sítio TI-jücussu, doado em 1831 pelobandeirante Fernão DiasPais aos monges beneditl-_io,S, São Caetano era conhe-cido em meados do séculopassado pela qualidade dost._òlos, telhas e louças pro-duzidos na região. Em 1895,uma das olarias de São Cae-taiio forneceu material paraà.',;'construção do Museu doIpiranga.

¦ O progresso da cidade ga-nhou nôvo impulso em 1867com a inauguração da SãoPaulo Railway, atual Estra-da de Ferro Santos—Jun diai,recebendo, 10 anos depois,cerca de 100 famílias de imi-

grantes italianos. Elevado adistrito fiscal em 1905, SãoCaetano desligou-se de SãoBernardo do Campo em 1948,sendo a comarca local insta-lada em 1953.""Com uma área de 15180km2 e uma população de 188Biil.habitantes, São Caetanobeneficiou-se de sua ótimalocalização — ligada à ca-pitai e ao porto de Santospor estrada de ferro e pelaVia Anchieta — abrigandoçghtenas de indústrias.

O Almirante Benjamim Sodré foi eleito presidên-'te da Campanha Nacional de Escolas de Comunidade

ex-Campanha Nacional de Educandários Gratui-tos— e será empossado, juntamente com as novasdiretorias Executiva é Consultiva, hoje às 20h30m,na sede da entidade.

O jornalista Wilson Figueiredo, do JORNAL DOBRASIL, foi eleito membro nacional do ConselhoNacional da Campanha, juntamente com os profes-sores Clóvis Salgado, Aderbal Jurema, Dom AluísioLorscheider, Sra. Rute Passarinho, professor GilsonAmado e os Governadores Cristiano Lopes. Filho eLourival Batista.

Belém (Correspondente) — A expedic&o dosertanista Antônio Cotrim retornou ao pontode partida, depois de sepultar os três colonosabatidos pelos Índios gaviões revoltados coma invasSo cie suas terras, pois os sinais dei-,xados pela tribo indicavam que estão dispôs-tc3 a continuar o massacre.

Auxiliado por seis indies pacifica-io s, c¦fjertanlsta « um Inspetor da Policia Federal pe-netraram na selva- até onde os gaviões r__ta-ram os colonos — uns .14 quilômetros mato a-dentro a partir do quilômetro 107 da BodoviaPa-70. Um dos mortos tinha 21 flechas era-vndas no corpo; foi enterrado junto com osoutros dois, que já apresentavam sinais dc de-composição

OUTROS ELEITOS

Ainda para o Conselho Na-cional da Campanha foiameleitos o professor AdroaldoMesquita da Costa, o SenadorDinarte Mariz, a escritora Ra-quel de Queirós, o industrialTomás Aquino de Sousa Brasil,o Ministro Alcides Carneiro, oBrigadeiro Arquimedes Delgado,o comendador Clarimar Mala,os Generais Carlos AlbertoCabral Pinheiro e Mário Bar-reto Franca e os Srs. ColomboEtlene Arrcguy, 'BeneditoAnselmo Pierotti, Amai cioBuante, Maria Ferreira • d eSousa, Nataniel Ferreira e oAlmirante Paulo de CastroMoreira da Silva.

É a seguinte a diretoriaexecutiva da Campanha Na-cional de Escolas de Comuni-dade, eleita pelo plenário doXXVI Congresso Ordinário daex-CNEG: presidente, Almiran-te Benjamim Sodré; vice-pre-

sidente, professor João PessoaAlbuquerque; membros, JairFilho Albrunhosa, Jorge Fer-nando Loreti, Maria HelenaAlbuquerque Lima, EduardoRios Neto e José AugustoMacDowel Leite de Castro.

O' Conselho Fiscal ficou as-sim. constituído: comandanteAlmara Neto Xavier; engenhei-ro Dlógenes Castilhos de MatoFilho; economista José Gomesde Almeida e professores LuisRogério e Luís Sucupira.REDE PIONEIRA

Segundo o presidente daCampanha Nacional de Escolasde Comunidade, AlmiranteBenjamim Sodré, durante oXXVI Congresso, entre outrascoisas, ficaram decididas a cri-ação de uma rede pioneira decentros de educação orientadospara o trabalho, e a implantaçãode um sistema de distribuiçãomais racional do material daCampanha.

, Sinais de guerra

Programa será continuardiretrizes estabelecidas

Niterói (Sucursal) — O Al-mirante Benjamim Sodré. re-cém-eleito presidente da Cam-panha Nacional de Escolas deComunidade, anunciou que oseu programa de trabalho se-rá "o de dar continuidade àsdiretrizes já traçadas pelas ad-jnlnistrações anteriores."

O nôvo presidente, eleito noúltimo domingo no congressoda CNEC em Miguel Pereira,disse que "é perfeita a orga-nização da Campanha, comorientação atual voltada paraa organização do ensino pro-fissional, a exemplo do glná-sio agrícola localizado no mor-ro do Coco, no município deCampos."

Segundo" afirmou o nôvo pre-sidente, todos os 215 cursas do

Estado do Rio, e os dos outros.Estados da União, estarão pre-parados para reoeber a orien-tação voltada para o trabalho,com os professores instruído.-em cursos especiais neste sen-tido.

Na reunião realizada ontemna sede da Campanha, no Rio,com a participação de 32 dc-legados dos Estados, tratou-sede vários assuntos -relaciona-dos com atividades da Campa-nha nos Estados e foi classi-ficada de muito proveitosa pe-lo atual presidente, porque "os

problemas são parecidos e asolução dada para cada umse adapta às expectativas deoutros Estados."

A e.-p.ciição teve que retornar ao ponto deparliüa porquê os indies gaviões deixaram si-nais de guerra e armadilhas pelo caminho, i:i-d.cànüo cue se encontram dispostos a reagir.Uma nova tentativa de aproximação será fei-_i ainda esta semana. ....

O Govêmo do Estado, agindo em conjun-to com a Funal e a Policia Federal, promo-veu a evacuação da área Indígena, deslocan-òc mais de 500 famílias. A evacuação está sen-do garantida por um contingente da PoliciaMiiitar do Estado, para evitar novos ataquescos selvagens. A maioria dos desalojados e. táno acampamento do DER, no quilômetro 107da Rodovia Pa-70, enquanto cutra parte foiremovida para as cidades de São Félix do Xln-gti r. Marabá.

Autcridades estaduais providenciaram ho-je t, envio de alimentos para as famílias quetiveram que abandonar suas casas. Enquantoalguns grileiros ameaçam represálias, a Fu-nal está agindo no sentido de deixar a árealimpa para tentar contato com os índios.

AntropofagiaBrasília (Sucursal) — O padre Ângelo Spa-

dari, da Prelazia de Porto Velho, Rondônia,informou que tribos da .área,, com os carlpunase cintas-largas, tôm ritual de antropofagia, pra-ticada quase como um sentimento religioso.

'

Participante do I Simpósio Funai-MissõesReligiosas, o padre Ângelo Spadarl disse ôniémque na região abrangida pela Prelazia de PortoVelho ajnda existem alguns índios bravios.

Os suruis, calcula-se entre 150 e 200 o seunúmero, habitam principalmente a região doalto rio Madeirinha. ultimamente não. têm es-tada em atrito nem com os seringueiros nem-coiires outros Índios, contudo, há cerca de doisanos, estiveram na iminência de atacar umatribo dos gaviões.

Para o padre Spadari, exemplo de bravios.são os índios carlpunas, que habitam a margemdireita do rio Candeias, deslocando-se na áreacompreendida entre os rios Javari, Jaru e Uru-pá. Estes Índios pertencem ao mesmo ramo doscaritianas e constituíam, antes, uma única tri--bo. Hoje são tribos inimigas, chefiadas por doisirmãos, porque o grupo dos caritianas resolveumanter contato com os brancos.

O cacique: dos carlpunas não admite ne-nhum contato com os caritianas. Apenas o seu

irmão, cacique desta tribo, pode visitá-lo detempos em tempos. E, como contou ao padreSpadari, não pode se demorar multo porquecorre o risco de sér assassinado pelos carlpunas.

O padre Ângelo Spadari, que tem mantidocontato com-várias tribos da região e somentenão participou dos primeiros contatos com osíndios cintas-larga, por estar com malária, temconhecimento de alguns atos de antropofagiapraticados por tribos da região, ainda que pes-soalmente não os tenha visto.

Os' carlpunas, de acordo com as informa-ções existentes, após matarem os seus adversa-rios costumam comer-lhes os músculos é o co-ração, prática que também é adotada por al-guns grupos dos cintas-largas. Não é, no enten-der do padre Spadari, uma antropofagia estru-turada, mas com fundo religioso. Acreditam ês-tes índios que assim fazendo adquirem a forçae a coragem dos mortos,

SimpósioO I Simpósio Funal-Mlssões Religiosas foi

instalado ontem pelo Sr. Queirós Campos, pre-sidente da Fundação Nacional do Índio, di-zendo que o órgão não abdica de sua funçãode preceptor e pede o cumprimento da lei,,embora reconheça que a providência humananão substitui a divina.

O tema central do simpósio, que orienta-rá os convênios a serem firmados, será a inte-gração do índio brasileiro, com respeito porsuas culturas e religiões. A convenção n.° 107da OIT íoi considerada como um documento-base da política a ser adotada, principalmenteem seus artigos 2 e 4.

Justiça absolve PríncipeDom Jòãoda acusação de"dano estético" a Parati *

Niterói (Sucursal),— O Príncipe Dom João deOrleans e Bragança foi absolvido ontem, na JustiçaFederal de Niterói, na ação penal a que respondi^por ter montado, em Parati, uma casa pré-fabricadáqüe constituía "dano estético" para a cidade, confor--me era acusado.

A casa foi desmontada e o juiz Vítor MagalhãesBastos entendeu que pelas provas apresentadas não>ficou caracterizado o dolo, achando que nem mesmo-cabia uma ação penal. Afirma que "foi processado-criminalmente um cidadão que é, notória e reconhe.-cidamente, cultor das nossas tradições e preservadosdo patrimônio artístico edificado em vida de seusavós." '"

Orientação

Os dois pontos do documento tomados porbase estabelecem:

Art. 2.° — "Competirá principalmente aosGovernos pôr em prática programas coordena-dos e sistemáticos com vista à proteção daspopulações interessadas e sua integração pro-gressiva na vida dos respectivos países.

Art. 4.° — a. Tomar devidamente em con-sideração os valores culturais e religiosos e osmétodos de controle social peculiares a tais po:pulações assim como a natureza dos proble-mas qué se lhe deparam, tanto do ponto-de-vista coletivo como individual, ao serem expôs-tas as modificações de ordem social e econó-mica.

b) Tomar consciência do perigo que podeadvir da subversão dos, valores e das institui-ções das referidas populações, a menos que osmesmos possam ser substituídos de maneiraadequada e com o consentimento dos gruposinteressados.

Distribuída ao plenário, essa convenção,que serviu em parte de base para a lei que in.-titúcionaiizou a Funai, disciplina também opvoblíma das terras, o recrutamento e condi-ções de emprego, formação profissional, arte-sanato e indústrias rurais, segurança social esaúde, educação e. meios de informação.

PREC-PITAÇAO

Entendeu também o juiz Vi-tor Magalhães Bastos que foi"precipitada" a ação do pro-motor de Parati, Sr. José MariaValadares, hoje juiz, ao de-nunciar o Príncipe, com baseem inquérito policial. O pro-motor havia recebido queixa daDiretoria do Patrimônio Histó-rico e Artístico Nacional(DPHAN).

Tombam o prefeito de Parati,Sr. Aluísio de Castro, foiacusado de negligência na sen-tença do juiz Vítor MagalhãesBastos. Conforme o processo,a casa foi montada na vigênciado Decreto-Lei 51, de' 27 demaio de- 1947, e, por êle, aconstrução, fronteira à SantaCasa de Misericórdia, íoi auto-rlzada pela Prefeitura.

Mas a ação penal contra oPríncipe tomou por base o De-creto-Lei de 24 de maio de 1966,que tornou Parati monumentonacional. A DPHAN telegrafou

' ao prefeito, pedindo o embargoda obra, e, como não obtivesseresposta, recorreu à promotoriado município, que iniciou açãopenal contra o Príncipe, apósinstauração de inquérito poli-ciai. O juiz Julgou precipitadaessa ação do promotor.

DESMONTADA

A casa do Príncipe Dom Joãode Orleans e Bragança ficavaa 40 metros da Santa Casade Misericórdia, ao lado de umasírie de casas de alvenaria quenão seguem o padrão colonialde . construção. Era pré-fabri-cada e tinha até ligação deágua, feita pela Prefeitura,

conforme consta do processo.Antes que fosse iniciado o sufmário de culpa, o Príncipedesmontou-a, fazendo provanos autos.

O diretor de obras dáDPHAN, 'arquiteto Edgar JtT-cinto da Silva, em depoimentona Vara Federal, explicou queo desmonte da casa satisfazia"plenamente" ao Patrimônio.

O Príncipe, antes do des-monte, manteve contato como órgão, através de seu advo-gado, Sr. José Geraldo BarretoBorges, radicado em Parati.

EM CABO FRIO

Outra ação penal, esta mo-vida pela DPHAN contra . aPrefeitura de Cabo Frio poralterações nas íaldas do morroda Guia — tombado junta-mente com um convento e umacapela — caminha para amesma solução. A ação foi sus-tada, até que as partes che-guem a um acordo sôbre msobras que ali estão sendo reali-zadas.

A Prefeitura argumentavaque apenas segue um piano deurbanização, datado de 1947,enquanto para o Patrimônio aaobras realizadas pelo prefeitoHermes Barcelos alteravam aestética do local. Agora, uniarquiteto contratado pela Pre-feitura estuda, com arquitetosdo Patrimônio, o aproveita-mento das obras já realizadascom o planejamento futuro,visando dar ao local suas anti-gas condições. Concluídos estestrabalhos, farão prova dianteda Justiça Federal, para a sen-tença final.

UTILIZE-SE DA LII.HH [OmPLETHDE 5ERU1Ç0S BüníÚRIOS DO

Banco IflercantÜ dea^^F» _.##_!_>S|JI.\

R. Busnos Aires. 90Av.Gríç-Ar-nh«,_6-l-|_DR.Conde ds Bonfim, 610*A

Av. N. Sra. d_Coptcaban_.,479-R. Rodrigo Silva, 18 - A

'R. Senador Dantas, 76 - A

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\

X FUNDIÇÃO TXJ_PYEMPRESA DE CAPITAL ABERTO

C. G. C. N.° 84.633.374/1

)•____..

DIVIDENDOS:

Comunicamos aos senhores acionistas que a partir do dia 11 de agosto

p. vindouro procederemos ao pagamento do 35.° dividendo da Empresa, a ra-

zão de 8% (oito por cento) para as ações ordinárias e 12% (doze por cento)

para as preferenciais classe "A" e classe"B", observando-se o seguinte:

1) aos proprietários de ações NOMINATIVAS, faremos o pagamentomediante cheques, nos respectivos endereços. Dada a nossa condição de Em-

presa de Capital Aberto, os rendimentos de ações nominativas estão isento do

desconto do imposto de renda na fonte; porém o Decreto-lei n." 427, de ...

23.1.1969, faculta aos interessados optarem peta desconto de 15%. Sôbre o

assunto, damos maiores detalhes na circular já enviada aos titulares do citado

tipo de ações;

2) aos possuidores de ações na forma AO PORTADOR o pagamentoserá feito nos endereços abaixo relacionados, mediante a apresentação ou re-

messa do cupão N.*' 36, podendo optar na oportunidade pelo anonimato, com

o conseqüente desconto de 15% de imposto na fonte sôbre os dividendos, ou

sem nenhum desconto identificando-se, ou ain_a, optando pela Identificação

dentro do espirito do Decreto-Lei n." 427, mediante retenção do respectivo-im-

posto na fonte.

Informamos, outrossim, que, baseados nos termos do § 2." do artigo 13

do Decreto-Lei n." 401, com redação dada pelo artigo 4 do Decreto-Lei n.° 48 4,

e acréscimos dados pelo artigo 5.", depositaremos em conta vinculada no Banco

do Brasil S.A., os dividendos não reclamados até o dia 18 de agosto do corr

rente ano.i

BONIFICAÇÃO EM AÇÕES:

A Assembléia Geral Extraordinária de 30 de maio próximo passado ele.

vou o capital social de NCr$ 21.000.000,00 para NCrS 25.200.000,00, com a

incorporação de reservas, ensejando consequentemente, a distribuição gratuitade ações aos Senhores Acionistas, na exata proporção de uma ação nova paracada grupo de cinco possuídas.

O critério para o recebimento das ações novas ao portador, é idêntico

ao dos dividendos e poderão ser retiradas mediante entrega ou remessa do

cupão N.° 37, para um dos .endereços abaixo, igualmente a partir de 11 de

agosto deste ano.

Os proprietários de ações nominativas receberão a bonificação em ações

que lhes cabe, pelo serviço postal registrado.

Comunicamos, ainda, que ficam suspensas pelo prazo de 20 dias, a par-tir desta data, os desdobramentos e conversões de ações.

MUTUALK 4»«^ç5__n__s?;c^'v«

§|PP^§|S. A. - CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTOS

CARTA DE AUTORIZAÇÃO N.° 2 - 228

CADASTRO GERAL DE CONTRIBUINTES N.° 33.311.002

RUA ÚRUGUAIANA N.° 55 - 6.° ANDAR - GRUPOS 601/3 E 622/24TELEFONES 243-8618 - 223-5560 - 223-0737 E 243-3832

BALANÇO GERAL ENCERRADOEM 30-6-1969

ATIVO PASSIVO

NCr$ NCr$A - DISPONÍVEL

Caixa — Em Moeda Corrente 138,08Bancos Cl Movimento 55.881,12Depósito em Dinheiro à Ordem do Bancentral 2.471,33FUNDO MUTUAL DE RENDA MENSALBancos C| Movimento 926,48 59.417,01

3 - REALIZÁVEL

Capital a Reali... 41.200,00 ''¦_

Títulos Descontados e Negociados 803.090,42letras a Receber de C| Própria — No País ... 92.211,75Devedores em Consignação — Letras

de Câmbio 97.562,49Outros Créditos 33.932,87Créditos em Liquidação 191.432,27Devedores Por Responsabilidades Cambiais 4.046.750,00Devedores Por Responsabilidades Cambiais

. — de Crédito ao Consumidor 4.071.927,02R.financiamento — Pessoa Jurídica 73.900,00Títulos * Valores Mobiliários

• Obrigacc^s do Tesouro Nacional — TipoReaiustível 11.983,79

A^ões e Debêntures 164.944,00Outros Valores 52.161,00FUNDO MUTUAL DE R_.\0A MEN5ALTítulos Diversos 10.829,03 9.691.924,64

C - IMOBILIZADO ,

Móveis e Utensílios 69.076.74Material de Expediente 12.786,24Instalações '.

10.005,71 91.868,69

D - RESULTADOS PENDENTESCorreção Monetária do Balanço '.. 135.657,11Fí: .DO MUTUAL DE RENDA MENSALContas de Resultados 2.156,51 137.813,62

E- CONTAS DE COMPENSAÇÃO

Valores Caucionados. 21.919.518,10Outras Contas .- 3.369.553,6?- 25.289.076,79

F — NÃO EXIGÍVEL

Capital . . , .._., .......Aumento de CapitalCorreção do CapitalFundo de Reserva LegalFundo de Amortização do Ativo Fi>;o ...Fundo de Reserva pj Aumento de CapitalLucros em Suspenso '...Fundo de Indenização Trabalhista ......

EXIGÍVEL

Cobranças Vinculadas Outros Créditos Títulos Cambiais Dividendos a Pagar Imposto sj Operações FinanceirasFundo Mutual de Renda MensalP<jrticip-nte.s

H - P.ESULTADOS PENDENTES

Lucros e Perdas

I - CONTAS DE COMPENSAÇÃO

Drpositantes de Valores em GarantiaOutras Contas

NCr$

2.000.000,00130.000,00

5.657,1124.149,2411.269,2911.135,306.145,99

428,42

53.051,16464.886,59

.178.550,0011.738,91

658,66

NCr$

2.188.785,35

13.912,02 7.722.797,34

21.919.518,103.369.558,69

69.441,27

25.289.076,79

35.270.100,75

m FUNDIÇÃO TXJPY S.A.

JOINVILLE - S.C. — RUA ALBANO SCHMIDT, 3100SAO PAULO — AV. PAULISTA, 726 - 3." E 4.» ANDARESRIO UE JANEIRO — AV. PRESIDENTE VARGAS. 590 - 21." ANDAR - GRUPO 2108RECIFE — AV. CRUZ CADUCA, 314 - BAIRRO SANTO AMARO

.BRASÍLIA — EDIFÍCIO CEARA, 3. ANDAR - SALAS 301/303 - SETOR COMERC-ALSUL - PROJEÇÃO •

35.270.100,75

DEMONSTRATIVO DA CONTA DE LUCROS E PERDAS

DÉBITO CRÉDITO

Despesas Gerais ...' 266.579,19Impostos .

-_ 32.676.69

Outras Contas . ..: 4.544,0?,Amortização do Ativo Fixo •- 3.523,98Lucros e Perdas 69.441,27

377.065,16

Comissões Rc-cb!d_5 ou DebitadasOulr.s Roncl-s

196.379,08180.686,08

377.065,16

MUTUAI 5.A.

Crédito, Financiamento e Investimentos

Rio de Janeiro, 30 de Junho de 1969

Dr. Luiz Rodrigues Romo — Diretor Presiaj¦¦.__Dr. João. Nóbrega de Almeida — uireter Supe 'intendenteDr. Monl'Clair Mendes Ferreira — Direi"Zilney Martin» Teixeiri - Téc. Cont. CRC (G&) n." 27.023

S___#I

Page 22: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

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.6 - NACIONAL JORNAL DO BRASIL D Terça-feira, 29/7/69 D l-° Caderno

COMPANHIA DE CIGARROSSOUZA CRUZ

C.G.C. N.-33.009.9II/ISOCIEDADE DE CAPITAL ABERTO

J§. 1

ICAUTELAS CORRESPONDENTES AO AUMENTO

DE CAPITAL DE-NCR$ 168.000.000,00PARA NCR$ 300.000.000,00

Comunicamos aos senhores acionistas que, a partir do dia 4 dc agosto, serãoentregues as cautelas referentes ao aumento de capital acima mencionado, noDepartamento' de Ações e Dividendos, na rua Candelária, 66 - térreo, diária-mente, das 8 ás 11 e das 13:30 ás 15 horas, exceto aos sábados.

No ato, deverão ser devolvidos os recibos pelos seus titulares, comprovado

por carteira de identidade, ou, quando por torceiros, devidamente munidos de

procuração. Nos casos dc endosso dos documentos cm questão, será exigidoo reconhecimento da firma do endossante.

Visando proporcionar maior facilidade aos senhores acionistas, foi estabelecidoo critério seguinte para a entrega de suas respectivas cautelas :

RECIBOS _.« DATA DE ENTREGA DASliOVAS CAUTELAS

1 _ 500 • • 4 de agosto

501 a 1.000 :•• 5 de agosto

1.001 a 1.500 6 de agosto

1.501 a 2.000 ••.• 7 de agosto

1 a 2.000 (aos não comparecentes nas datas acima) 8 de agosto

2.001 a 2.500 11 de agosto

2.501 a 3.000 12 de agosto

3.001 a 3.500 13 de agosto

3.501 a 4.000 14 de agosto

1 a 4.000 (aos não comparecentes nas datas acima) 15 de agosto

4.001 a 4.500 18 de agosto

4.501 a 5.000 .' 19 de agosto

5.001 a 5.500 20 de agosto

5.501 a 6.000 21 de agosto

1 a 6.000 (aos nãõ comparecentes nas datas acima) 22. de agosto

6.001 a 6.500 25 de agosto

6.501 a 7.000 26 de agosto

A partir desta última data e do n.» 7.001, dentro dos horários acima esta-

belecidos e na ordem de chegada, dar-se-á continuidade a entrega das

cautelas em apreço. .Rio de Janeiro, 25 de Julho de 1959

H. M. MillPresidente ACSC-4C

Justiça anula portaria daSunab e dá a ônibus mais de20% pelo menos por 30 dias

A majoração nas. passagens de ônibus estaduaise interestaduais acima de 20%, adotada desde ante-ontem pelas empresas; vigorará pelo menos por 30dias: a Sunab teve negado o seu pedido de anulaçãodas duas liminares concedidas às empresas pela 2.aVara Federal de Recursos.

O prazo corresponde ao tempo de vigência dasliminares, antes que o Tribunal Federal de.Recursosjulgue o mandado de segurança das empresas detransporte coletivo contra a portaria da Sunab, queexigiu a redução para 20% do aumento das passa-gens que, em certos casos, atingiu a 30...

Suborno (de Deslizamento cie montanhapoliciais é aumenta misticismo do povoconfessado de Santa Maria do Süacúí.

I

TELEFONE PARA 222-1818 E FAÇAUMA ASSINATURA DO

JORNAL DO BRASIL

AUMENTOSCAN __._,_.__-S

No último mês de junho, aseii-i-i-sás de transporte coleti-vo rodoviário reajustaram ospreços das passagens, e as li-nhas interestaduais, baseando-se em cálculos do Departa-mento Nacional de Estradas deRodagem, passaram a cobraratá 30% mais caro. As linhasestaduais da Guanabara tive-ram aumento com base emcálculos da Secretaria, de Ser-viços Públicos, que giraram emtorno de 27%.

No dia 24, de junho a Sunabbaixou portaria limitando a20% o percentual de aumentonas passagens de ônibus, emtodo o pais, e, para poder in-tervir no setor, incluiu o servi-ço de transporte coletivo rodo-viário na categoria de "servi-ços essenciais."

DIREITO .APELO

A portaria da Sunab, entre-tanto, ressalvava, no seu Art.3-°, que as empresas que tives-sem aumentado os preços daspassagens em mais de 20% po-d e r i a m apelar ao ConselhoIntermlnisterial de Preços,através de petição a ser enca-minhada pela própria Sunab.

Estabelecia, ainda, que asempresas que ainda não tives-sem adotado o reajustamentonos preços das .passagens, sò-mente poderiam fazê-lo apósexame do Conselho Intermi-nlsterial de Preço.

Com exceção das empresasdo Rio e Curitiba, que reque-reram aumentos acima de 20%(ainda estão sendo estudados)somente as empresas que ain-da não haviam aumentado osseus preços nem em 20% en-traram com petições junto aoCIP, sendo que nenhuma delaspedia um reajustamento aci-ma de 21%.LIMINAR fiSURPRESA

A concessão das liminares• pegou ontem o CIP de surprè-

sa- À tarde, o seoretário-geraldo CIP, Sr. Cha.eaúbriandBandeira de Lis reuniu-secom o Ministro da Fazenda,Sr. Delfim Neto, para debate-rem o problema.

Mais tarde, .o secretáiio-ge-ral do CIP informou que o Ml-nistro Delfim Neto havia de-terminado à Sunab que voltas-se a recorrer contra a medidaliminar. Explicou que a porta-ria rião impôs o percentual má-ximo de 20%, mas estabeleceuapenas um teto, que poderiaser ampliado desde qué as em-presas comprovassem ao CIP

, a necessidade de um reajusta-mento maior.INICIATIVA CONTRAPORTARIA

A iniciativa de I_ipe_rar omandado de segurança contraa portaria da Sunaib partiu dase_r_p_ _sas de transpor., interes-tadoiol, sendo que elas já esta-vam com a liminar nas mãoshá cinco dias, concedida .eloJuiz substituto Renato doAmaral Machado, da 2,a VaraFed-ral, Seção judiciária d_G'U-amataara.

Numa segunda liminar, omesmo juiz e_.a_.deu ás emprê-sas de ônibus da Guanabara aconcessão, da medida, que be-n.ftciava as de transpo-te in-terestadual.

Na sua decisão, o juiz resti-tui ao DNIEfR e às Se.rg__.riasde Serviços PüMicos a compe-tência para íixar os percen-tuais máximos de aumentos nospreços das passagens.

Ao entrarem com a ação naJustiça, as empresas de trans-

"porte interestadual argumenta-ram que a conceit._ação do queseja "(serviço essancial" nãopode ficao- a critério de umadi_k.i-m.a_a autoridade — co-mo foi o caso do superinten-dente da Sunab, Sr. E__l_oCraivo Peixoto — mas.estabs-lecida por lei.

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7Companhia Intersul de CréditoFinanciamento e Investimentos

CARTA DE AUTORIZAÇÃO N.# 48 DE 15/10/55

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D - RESULTADOS PENDENTES

f - COMPENSAÇÃO

Valores C .ucionsdos ,,Cutras Contas

Tipo Reajustava!

1.810.8.4.5.1.339.04?.32

U7.7-5,-0

I4.H4.59|,29

5.670.709,43• 4.493.004,8125.054.351,682.759.207 .óó1.244.858,30

267.094,50135.715.05

4.810.158,51

4.350.002.078.489,5.4.990.551,50

224.688,43217.078,77269.720,14

46.540.29í:.217,15

43.573.348,5010.501.478,22

3.-97.673, £6

65.653.162,28

8-0.244,78

69.771.080,62

54.079.826,72

123.3-0...7,34

F - NAO EXIGÍVEL

Capital Aunri_.iti ds C .pitai Furidò d« R .j-.va Le? il Fundo de Pr_vlsiò Fundi de Amrrt.Kaçio dj Ativo Fixo Outres RerorvasFundo de Garantia do Terr-po ds Serviço

G - EXIGÍVEL

Títu'os Cambiais Rj.lri_t_.s'n_nt_! - FINW.E DV :'_n .!_s a Pa?sr Inv '-to sc'-re Oi-"'?r-5es Fin sr.ee..,'as Cut.-os Créditos

H - RESULTADOS PENCCMTCS

C;:.í._! de Rr.uitado

5. COO. «ocosícmVcoo.oo

?'Í.6-. .83C0. coo.co5.. 107,69

347.117,5691.953,21 11.040.031,54

44.6.0.2.6,665.566.701.80

518.621.0886.11 ".92

6. C.5.119,23 57.657.8.4,74

1.073.244,34 1.073.244,34

I - COMPENSAÇÃO

D_p_si.í_nt..s de Vai. em Garantia t em Cus.ód.iOutras Cintas

43.578.3''S.5010.501.478,22

69.771.030,62

54.079.826,72

123.850.907,34

DR, MARINO FERNANDES KURTZDiretor

Pòrlo Alegre, l.o dt .ulho de 1969

DR. EGYDIO PRATO

LIU MELO FUCHS

lec. ContabilidadeCROSS - 10716

DEMONSTRATIVO DA CONTA "LUCROS E PEfDAS" EM 30 DE JUNHO DE 1969

DEBITO CRÉDITO

Honorários, ordenadas, contribuições pare providencia social, Previsões - reversão,.do tildo 226.500,00aluguéis, kii, telefone, conduções, viagens, publicidade Convl-sões, iuros, rendas de titules e valores mobiliários, t ou.demais det.o-s-s ad.ninlstral.vas 993.119,82 tros - deduzidos os pertencentes aos semestres futuros ... 2.250.705,61

Impostos 143.960,31

Amortização do Ativo: """^^^w^

Móveis t Utensílios \) .203,4. • ^^s^**^____

Instai .ões 335.61 11.539,05 ^"~*----^^

P.esirvi Legal — Ari.0 33, letra "a" dos Estatutos É ...929,32 ^^"s*«*^

f.asrv_ Especial para Aumento do Capital Social - Art.o 33, . ^"""''¦¦'¦•^^

letra "b" dos Estatutos \ 334 272 20 ^H"***,fc,*vw

Dividendos a. Pagar — Art.0 33, letra "c" dos Eststutos ...,, ¦.31. _06,C0 ^***fc,*-x_w

Gratificação — Art.° 33, letra "d" dos Estatutos 165.978,85 ^*""**",,*--^_

PJrçvlíõts 300.000,00 . ""-~-__^

~27.8._MÍ*Í ^•'____3.__

DR. MARINO FERNANDES KURTZDiretor

Bit, EGYDIO PRATODiretor

Pòrlo A|«g.«, l.o da julho dt 196. UU MELO FUCHS

Téc. Conlab;iidad«CRCRS - 1071*

Niterói (Sucursal) _ o ope-rãrlo Abílio carneiro disse on-tem, cm depoimento' na Dele-Bacia de Homicídios, que suafamília deu NCr$ 200,00 a doispoliciais de São Gonçalo paraque lhe fosse entregue um prê-so. depois assassinado por seuirmão, célio Carneiro.

'

O cadáver de José" AugustoCatarino, o Zé Navalhada, foiencontrado dia 4 de abril, emGuaxindiba, com marcas deviolência. Abílio disse que o di-nheiro foi entregue ao Inves-tigador Morvã Lopes Cordei-ro, que responde na Justiça deSão Gonçalo pela morte de umcasal, juntamente com o guar-dá civil Justino Silva e o mo-torista Alcebiades Nazárlo dosSantos, .

FOI VINGANÇA

José Augusto Catarino haviaassassinado um membro da fa-milia Carneiro, mas íôra presopela Delegacia Especial de Al-cântara, Para a vingança defamília, '• subornaram Morvã,que lhes entregou o preso. Abi-lio disse não ter participado docrime, cometido pelo irmão,que "me contou tudo."

Conforme disse, Zé Navalha-ila foi retirado da Delegacianum Volkswagen de proprie-dade de \im escrevente de Jus-tiça conhecido por Amorlm etransportado com mais trêspessoas — um escuro, que a po-licia supõe ser Justino Silva— até' Guaxindiba, onde Célioo matou a facadas e depois ati-rou o corpo na estrada.

Outra testemunha, o vende-dor de carros Cldeir da' Silva,foi ouvida na Delegacia. Eleconfirmou ter emprestado osNCr$ 200,00 a Célio e disse quemais tarde êle, em companhiado irmão, lhe contou como ti-nha usado a quantia para su-bornar os policiais. A Delega-cia de Homicídios vai agoraouvir Morvã e Justino.

O PROCESSO

Êste crime de suborno foiapontado no sumário de culpados três policiais pelo guardacivil Orlando Borges, tambémda Delegacia Especial de Al-cântara. Orlando afirmou, emdepoimento, que a familia ha-via entregue NCrS 4 mil a Mor-vã e Justino. Os dois, por seula.io, apontam Orlando coniomembro do Esquadrão da ¦Morte.

A Delegacia de Homici_.cs es-tá caminhando, também, paraa definição da autoria do crimedo contador Diamantino Leia,ocorrido em maio. Este tinha

. também várias entradas na -po-li.ia e foi enterrado, como in-tíigente, no cemitério de Itnbo-rai. Os acusados são o advoga-do Izeré da Silva e o policialVitor Macaco.

Os dois foram ouvidos: Izerê— proprietário da placa usadano carro que seqüestrou o con-tador — disse que estava emSão Pedro da Aldeia no diado crime, mas o delegado JoãoAntônio da Silva afirma que jádestruiu seu álibi. Vitor Mri.a-co n.gou sua participação, aps-sar de ter s.c.o visto, no ato doseqüestro, por três testemunhas.Até o final da semana o casodeverá estar concluído.

Simas vaia banqueteâe Pireli

Milão — O Ministro Carios£'.'__-, que se eccc-._-.va na Itá-1:_ a co-v:te _a Pireli, partici-I-oi cJntsm de um bnnqúe.e--¦-.-?:.3 pt!o presidente da.-._i__-i-a, Sr. L_o..oído Pireii,p-,3 re-:_altou o eaíôrço do Bra-sil pura derenvolver seu progra-ma da t.I-.o_iu_d-__-_3.

O Sr. Leci.o^.o Pireli lem-h ou que a sociedade que pre-sicic c_i:u ' "um h-.ei_ambioprofícuo e um movimento in-t;nso de homens, tecnologia ecapital entre os dois países. Oc-mpsnho da PireQi para acom-panhnr o desenvolvimento bra-siieiro foi tão grande que di-versas vazas a subsidiária noEvasil importou máquinas en\-t_ria-:y.ima cor via aérea, afiai de nvmter o con.prumissoai..inado."

TELECOMUNICAÇÕES

O Ministro Carlos Simasenalteceu as relações entre a

¦ Itália e o Erasil, confirmandoa importância da contribuiçãoda Pireli brasileira ao desen-volvimento econômico do país,principalmente no campo dascomunicações telefônicas.

Lembrou que o sistema bra-siieiro de comunicações inter-nacionais via satélite foi inau-g-urado com uma transmissãodireta entre a Itália e o Brasil,recorda.__o o. fato histórico dainauguração da estátua doCristp Redentor, no Rio, ilumi-nada por Marconi.

O Ministro visitou o Correio,ende exaaninou a Central deTelex. O Centro da Pireli e oCentro de Produção Rádio-TVde Milão, seguindo depois paraGênova.

José Ar ant csEnviado E..|iç(;iul

Santa Maria do Suacui, Minas Gerais — Paraalguns humildes, o simples deslizamento de um mor-ró nas proximidades desta cidade, ocorrido cinco diasantes da alunissagem da Apolo-11, "é um aviso deSão Jorge para que o homem não invada os domíniosde Deus." Para outros, é o início do. cumprimento daquinta profecia do cônego Lafaiete, segundo a qual"não restará pedra sobre pedra de Santa Maria doSuacui."

Dona Januária, que morava exatamente nà par-te do morro que. deslizou, acha, porém, que é o fim domundo, e o tremor da terra é porque "os mortos en-terrados aqui estão se mexendo para ressuscitar."Seu pavor reflete um estado de espírito — que ficaentre o medo e o misticismo religioso em que vivea maioria dos habitantes de Santa Maria do Suacui,famosa pelas centenas de casos de banditismo e as-sassinatos bárbaros, em passado recente."TERRA DO "BANG-BANG"

"Terra do bang-_..ng" e "lon-de se mata pra ver fazer ca-reta" são denominações que.tornaram esta cidade do Vai"do Rio Doce famosa em toduo Estado. Quem chega aqui elogo entra em contato comseu povo, fica ' decepcionadocom aquelas afirmativas, por-que a simplicidade e a hos-pitalidade de seus 30 mil ha-bitantes são características queretiram a impressão de cidadeonde predomina o banditismo.

Desde as primeiras conver-sas, nota-se què élcs são aca-nhados, sensivelmente crentes,fazendo da religião quase ummisticismo. Não são sociáveis,talvez porque saibam que afama da cidade corre todo ; oEstado.

QUATRO PROFECIAS

Neste ambiente vivia cone-go Lafaiete, que paiu muotos foium santo, para outros um pro-feta. Conta padre Luís Bar-roso, atual vigário da cidade,que certa vez cônego Lafaie-te pediu a uma jovem, dentroda igreja," que baixasse a al-tura da sua saia porque esta-va muito curta, quase apare-cendo os joelhos. A moça res-pondeu que era para êle emen-dar a saia com suà língua. Ocônego simplesmente contestou:."Você verá o que é emen-dar saia cem a língua." Umano depois, uma ferida obri-gou-a a amputar _>. perna es-que-rda. Esta moça, segundo opadre Luis, mora hoje em Be-lo Horizonte.

Além desta história existemmais três: contam que o povogostava de assistir às missasno adro da igreja, aproveitan-do-se da sombra de um ipê.O cônego, da última vez quepediu a população para assis-tir à missa dentro da igreja,disse que não demoraria mui-to e ninguém teria mais asombra do ipê. Alguns mesesdepois, num dia chuvoso, umraio destruiu a árvore; Até ho-je, as missas são assistidasdentro da igreja.

Um afilhado do cônego íoiassassinado num bar. Passadosvários meses de impunidade doassassino (toda a cidade sa-bia quem era, mas ninguém seatrevia a acusá-lo, pois sertestemunha de . um ; crime é omesmo que pedir para morrerl,cônego Lafaiete • disse que"Santa Maria vai lavar o san-gue do. meu afilhado." Um anodepois choveu tcrrencialmentee o córrego Santa Maria doSuacui (um pequeno filête dcágua que não apresentava ne-nhum perigo) invadiu a cidadee arrastou várias casas, inun-dando também o bar onde o,rapaz íoi assassinado.

Cônego Lafaiete nunca per-mítira ao médico e DeputadoNacip Raydan tratar de umaantiga ferida em sua perna.Certa vez. dissera no Deputadoque no dia em que morresse,

. te.mbéni éie, 'Nacip , Raydan,morreria. Exatamente um anodepois de cônego morrer, NacipRnydan era assassinado a ti-ros na garagem de sua casa,atrás do cemitério da cidade.

Pouco antes de morrer, se-gundo contam aqui, cônego La-faiete lamentou haver tantosassassinatos na cidade, porquetodo seu trabalho visava a er-radicar a maldade e o bauditis-mo do município. Dizia estarvendo a cidade desmoronar-see que, se perdurasse aquela sl-tuação, "não iria restar pedrasobre pedra de Santa Maria doSuacui."

A 11 quilômetros do Centroda cidade, um morro tremeue abriu fendá de 200 metros decomprimento, por 20 de largu-ra e '15 de proíundirfade. Comisto, um quarto do morro des-lizou, como se estivesse sobreroldana,, arrastando a estra-da que passa em sua base c queliga Santa Maria a Virgolàndi,.,desviando também o curso docórrego dos Pilões.

Isto aconteceu na madruga-da do dia 1G, e, em poucos dias,a noticia corria todo o vale doRio Doce. Dona Januária, seumarido Zé Luzia e srus seis fi-lhes amanheceram num localdiferente. A casa estava exnta-menie na parte que -deslizou esua primeira reação fo! excia-mar: "Tô andando embarca-da. mas num comprei passa;.»c nem tô vendo embarcação!"Quando viu a íenda enorme- eo desaparecimento de dezenasde árvores, a poucos metros dodistância, ela desceu o restan-te do morro em correria desa-balada.

Zé Luzia foi h cidade e con-tou ao cabo Gustavo, comari-dante do destacamento local,que imediatamente passou umtelegrama ao comandante do6.° Batalhão, em. GovernadorValadares. Por sua vez, o co-ronel comunicou o fato ao G-2(serviço secretol da Poli.iaMilitar, em Ee.o Horizonte, pc-dmdo que mandassem técnicose geólogos para analisar o f_-nômeno. Segundo as primeirasinformações, pode ser um abp.iosísmico ou o início do apareci-mento de um vulcão.

Até ontem, não haviam che-gado os técnicos da Metais Mi-mas Gerais S- A. (Melpmig)prometidos pelo GovernadorIsrael Pinheiro. Talvez porque-saibam que Santa Maria doSuacui está localizada em ter-r..\s sedimentadas, muito anti-g-as, tanto que se prestam n_'Jsà pecuária que à agricultura-., Òmorro está desabado em ár.amuito arenosa, onde predomi-na o calciireo (caolim). Na __.-se do morro, entre a estrada ao córrego dos Pilões, surgiu un_' grande monte de areia. A expli-cação mais lógica é que, ao saacomodar, a areia funcionoucomo roldanas, provocando orebaixamento de uma parte domorro, fi a erosão natural.

Enquanto os técnicos da Me-tsniig não explicam o fenôme-r.o, o deslizamento do córregodos Pilões continua na mentedos habitantes de Santa Maria,do Suacui com as mais eslfit-nhas^e variadas versões. Comoocorreu cem as quatro profe-cias do cônego Lafaiete, tam-b_m -a maioria dos habitantesacredita que o deslizamento se-ja o inicio do cumprimento caquinta profecia. Como das ou-trás vezes, eles terão um ã..-_unto para comentar, tornan-do-o cada vez mais-místico, sóporque lhe foi dada uma di-mensáo criada pela imaginaçãode pessoas humildes.

PESQUISA

Iielo Horizonte (Sucursal) —O Governador Israel Pinheirodeterminou que o geólogo Ma-nuel Teixeira Costa siga hojapara Santa Maria do Suacui, afim de estudar as ritzões dôdeslizamento de terra ali ocor-rido. e indicar as medidas ne-cessárias à correção do terreno.

Ainda ontem, o Governador»deu ordens ao DER para quaenvie máquinas para a desobs-trução da estrada que liga aregião à Rodovia Rio—Bahia<recomendando que todas as,providências sejam tomadaspara o atendimento da popula-' ção afetada ipelo desmorona-mento da montanha.

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Page 23: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

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' JORNAL DO BRASIL ? Têrça-felra, 29/7/69 [j 1.» Cadern,ECONOMIA - 17

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11

Governo deseja crédito ao

purismo com total segurança_____*_£

'-•Atada persistem diversos'obstáculos ao financiamentoJtap viagens de turismo pelas"^empresas

financeiras, uma•v_z que o Banco Central coi>'tiiciona sua autorização à¦'Oriação de um mecanismo•que resguarde as operações'tíè' total segurança e liqui-wd.z.

.Bm busca deste mecanis-:mq, representantes da ADK-GIF, sob a coordenação do

"ernípresário financeiro Eve-'.àltio Leite, vêm trabalhan-•do em conjunto com técni-.cos da Em.bi-a.ur, que se"Mostram interessados,em umrápido desenvolvimento do

i.turismo interno.

CONSUMIDOR"'_£ meta do Banco Central-ésituar as financeiras com-exclusividade no financia-"fiíento das vendas de bens

de consumo durável. A teseque fundamenta tal propó-sito é a constatação de que

¦este tipo de operação se ca-racteriza por excelente ni-

-vel de segurança — pois a¦perda constatada até agora..nestas operações não excede'-3% — e liquidez, pois o pró-p.lo consumidor e o bemvendido na operação, garan-

«tem o pagamento (reforça--do, algumas vezes, com o%yP- também do vendedor).

• O fato de o bem objeto davenda incluir-se entre as ga-rantias é considerado pelostécnicos oficiais importante'íator de liquidez da opera-_s_í_

Se as financeiras estive-rem operando, a partir de ¦

janeiro de 1970 exclusiva-mente no crédito ao consu-midor, como estabelecem asdeterminações em vigor, asegurança e liquidez do sis-tema estará razoavelmentepreservada, na opinião doBanco Central. No caso dofinanciamento das. viagensde turismo interno, o objetoda operação não é um berapassível de lhe atribuir qual-quer garantia.

SOLUÇÃOA solução buscada pelos

técnicos da ADECIF e Em-bratur é no sentido de en-contrar para as operaçõesde financiamento de viagensturísticas um grau de segu-rança semelhante ao do cré-dito ap consumidor. A ga-rantia do comprador pode seequiparar à do viajante ea do vendedor à do agentede turismo ou companhia detransporte. Um bem dura-vol de propriedade do via-jante poderia substituir agarantia do objeto da ven-da, no caso do crédito aoconsumidor.

O segundo problema con-siderável é o dá fixação deum limite operacional paraesta modalidade de aplica-ção: as autoridades terão acautela de não permitir umdesvio considerável de re-cursos do financiamento dasvendas industriais, porque ofluxo de recursos para estafinalidade é reconhecida-mente de interesse funda-

mental para a manutençãodo .ltmo produtivo.

As operações de cada em-presa .inanceira dirigidasao turismo deverão ser su-bordinadas a um percentualmáximo do total de suasaplicações;.

IMPORTÂNCIA

IRB reduz progressivamentea dependência externa domercado segurador nacional

O Instituto de Resseguros do Brasil informou es-tar sendo reduzida progressiva e acentuadamente adependência externa do mercado segurador brasilei-ro "fato que dá a medida do êxito da missão do IRB.' Em relatório de suas atividades durante o anode 1968 destaca o IRB o fato de haver caído para 1,9nor cento apenas a participação do mercado mundialna renda do Sistema Nacional de Seguros Privados.RESULTADOS OBTIDOS

Direito Especial de Saqueestá em vigor desde ontem

Os técnicos da Embraturatribuem ao desenvolvimen-to do turismo interno umasubstancial Importância nãoapenas no ativamente daeconomia como mesmo naconquista de divisas. O ra-ciocinio dos que sustentamesta posição se caracterizapelos seguintes pontos:

1. A atração do turista ex-terno — aquele que trarádólares — só se fará se opaís dispuzer de uma infra-estrutura de hotéis, trans-porte, agentes de turismo etodo um sistema de atendi-mento especifico.

2. A implantação dessainfra-estrutura não se farásem um prévio desenvolvi-mento do turismo interno.Os viajantes internos serãoos ativádores de hotéis,transporte, roteiros, os quedarão às empresas dedica-das a estas atividades umaescala de produção capaz dereduzir seus custos.

O turismo interno terá,pois, segundo os especialis-tas, a função principal deativar a infra-estrutura tu-rística, preparando um dis-positivo de atração do turis-ta externo e seus dólares.

Revela o Instituto que, ado-tando o sistema operacional quepermite otdmázair o aproveita-mento da caroacldade do mer-cado segurador interno, conce-deu em 68 uma receita em prê-mios die resseguros no valor deNOr$ 178 194 mu, assim distei-buldos: NCr$ 139 454 mil aomercado interno, NCr$ 18 803mil ao mercado externo e NGrS19 936 mil retidos conforme a'lei.

Da sua receita, portanto, oLRB cedeu ao exterior apenas10,5 por cento, percentual quedemonstra ser cada vez maior aabsorção pela rede nacional de

seguros privados dos prêmios deresseguros, jà que, em 1967 essataota íoi de 10.8 nor cento, em1966 — 11,9 por cento, em 1965— 13,1 por cento, em 1964 —22,8 por cento, • em 1963 —31,8 por .cento.

Índice considerado mais ex-4>ressivo ainda é o obtild- pelocotejo das cessões externas coma arrecadação do mercado in-temo, estimado em NCrS 980milhões em 1968, cujo compor-tamento é o seguinte: 1963 —6.1 nor canto; 1964 — 4,6 porceinto; 1965 — 2,7 por cento;1966 — 2,6 por ceinto; 1967 —2.2 nor cento; e 1968 — 1.9 porcento.

Orçamento Gaúchos não

ADECIF vê papel das financeiras""'O

presidente da ADECIF.'José Luis Moreira de Sousadisse ontem que todo o sis-tema econômico — especial-mente a industria e o co-.niércio têm hoje suas ativi-dades vinculadas à das em-

•presas de crédito, financia-mento e investimentos.

"•'_A seu ver, financeiras têm

uma grande parcela de res-.ponsabilldade no desenvol-¦vimento industrial do paísnos últimos anos e um im-portante papel a desempe-nhar, especialmente no ati-vamento do consumo atoa-'.ves

do financiamento das.vendas.¦EXEMPLO

— Uma pesquisa realizadahà Guanabara recentemente—"disse — apurou que 89%'dós anúncios publicados nosjornais do Rio em junhodeste ano promoveram ven-.das de produtos e serviçosde: empresas direta ou indl-retamente financiadas por'companhias de crédito e fi-nanciamento. É apenas umexemplo da correlação' en-tre todo o sistema econômi-co,. sendo impressionante ve-rifícar que, na verdade, lána ponta do sistema na áreaempresarial jornalística, ve-rifica-se que a ação das fi-nancelras está vinculada àvida da imprensa livre.--Lembrou o presidente daADECIF que hoje 70% dos

automóveis e caminhões querodam em nossas estradassão de fabricação nacional,o que reflete as dimensõesatingidas por esta indústria.

— Mas só conseguiremosefetivamente a produção in-dústria! em grande escala —acentuou — se o mercadointerno brasileiro fôr capa .de absorver em massa tudoaquilo que se fabrique emtermos de bens de pro-dução e bens de consumoduráveis — e isto dependeessencialmente da existênciade um sistema de financia-mento das vendas cada vezmais eficiente, a custos re-duzidos e elevado poder demobilizar recursos no mer-cado financeiro.

— Por outro lado — prós-seguiu — precisamos olharo consumidor e, desde log-,o produtor, seu papel naeconomia. As mercadoriassão produzidas por mãos quetrabalham, por empregosque são absorvidos, movi-mentiam o comércio e fazemcircular as riquezas. Sòmèn-te um ativo mercado de ca-pitais pode manter funcio-nando este sistema.IMPOSTOS

Lembrou o presidente daADECIF que o professor Eu-gênio Gudin diz com preci-são que não havia país po-bre se emitir papel-moedafosse forma de enriquecer.

— E eu digo — comple-tou — que não haveria pais

com déficit orçamentário sea solução fosse simplesmen-te aumentar _, porcentagemdos impostos, a fim de equi-librar receita e despesa. Averdade é que perdemos &noção de impostos indiretos,da capacidade de absorçãodo público em relação aoIPI e ao ICM. Quanto aoprimeiro, o Governo ante-rior esqueceu a mudança namecânica da industrializa-ção. Este tributo pune o in-dustrial: o seu recolhimen-to foi antecipado, cada vezmais antecipado.

Explicou o Sr. Moreira deSousa que há alguns anosnão se fabricavam automó-veis e outras máquinas noBrasil. Produzíamos cigarro(vendido à vista), refrige-rantes e basicamente o quenão exigia grande prazo depagamento.

— Não há como estabele-cer 'a mesma mecânica deimpostos para produtos deconsumo imediato e os deabsorção a longo prazo. Tô-da esta mecânica precisa seralterada, adaptada às novascondições da nossa indústria— e neste sentido, o Minis-tro Delfim Neto já se defi-niu pela urgente necessida-de de reforma tributária.

Concluiu lembrando que osaudoso Presidente Kenne-dy, quando quis equilibrar oorçamento dos EUA baixouos impostos e conseguiu oresultado desejado.

para 70 jáestá pronto

Brasília- (Sucursal) — OMinistro do Planejamento,Sr. Hélio Beltrão, entregaráamanhã, ao Presidente daRepública o Orçamento daUnião para 1970, descrito poréle mesmo como "o mais rea-lista" de toda a história re-publicana, já que contém"uma previsão de tudo o queera previsível no momentode sua elaboração."

O Orçamento será editadoem forma de decreto-lei, o

que excluirá sua apreciaçãopelo Congresso, embora o

prazo para sua tramitaçãoali termine apenas a 30 denovembro. Se o Congressonão estivesse em recesso, oGoverno teria que lhe sub-meter o Orçamento até odia 31 do corrente.

queremperder banco

Porto Alegre (Sucursal) — OSecretário de Fazenda, Sr. JoãoT_mer, falando ontem na As-sembléia dos Acionistas doBanco da Província, disse reco-nhecer que o decreto do Govêr-no ç.úcho, que bloqueou avenda de ações daquele esta-belecimenlo apresenta vulnera-bilidade jurídica, mas que nãoobstante "jamais pormitire-mos que o controle acionário dobanco passe para outras mães",íora do Estado.

Durante a reunião, o presi-dente do Banco da Província,Sr. Vítor Bastiam, destacou anecessidade de um imediatoentendimento entre a diretoriadaquele estabelecimento de cré-dito. Banco Central e Governodo Estado para levantamentodo bloqueio das «ções que vemcausando prejuízos ao banco ea 21 outras empresas de cujocapital èle participa-

¦Washi7igto7i (UPI-JB)' —Com á adesão de mais dedois terços.dos países-mem-bros' do Fundo MonetárioInternacional, entrou ontemem vigor o sistema de Dl-reitos Especiais de Saque(DES), que aumentará asdisponibilidades de reservasinternacionais.

O chamado "papel-ouro"entrou em vigor ao ser co-municada a aprovação donovo sistema pela Bélgica,dirigida ao Fundo Monfetá-rio Internacional. Com aaprovação de Bruxelas, o nú-mero de paises aderentes aosistema atinge a 68, dois acl-ma do mínimo exigível e80,74% do poder de voto dosEstados-membros, isto é, 74décimos acima do mínimonecessário.

NOVO SISTEMA

A idéia da criação do Dl-reito Especial de Saquedenominado popularmente"papel-ouro", surgiu na reu-nião efetuada em Londres noinício de 1967, com o obje-tivo de aliviar a fraca liqui-dez monetária mundial e fa-cilitar o comércio dos paísesem desenvolvimento.

A proposta feita naquelaoportunidade pelos 10 paísesmais' industrializados domundo ocidental, foi aprova-da na reunião que o FMIrealizou no Rio de Janeiro,em setembro de 1967. Os pe-ritos monetários e financei-ros acreditam que o DES

constitui um marco no me-lhoramemito do sistema mo-netário mundial.

No que se refere à Améri-ca Latina, dizem os peritos:"É fora de dúvida que rece-berá um impulso apreciávelem suas relações de comer-cio internacional e no de-senvolvimento econômico esocial." . ,

Contudo, apesar dos bene-íícios anuntíados, só 12 pai-ses latüio-americanos aderi-ram ao novo sistema, estan-do provisoriamente fora oChile, a Colômbia, El Salva-dor, Honduras, Paraguai eUruguai.

Segundo os estatutos dosistema, só poderão benefi-ciar-se do DES os países queo aprovaram. Não obstante,na medida eni quo foremaderindo ir-se-ão incorpo-rando a seus benefícios.

APROVAÇÃO

Na reunião que o Clubedos 10 realizou durante asemana passada em Paris,decidiu-se que o montantedo papel-ouro a ser postoà disposição dos países queaderissem seria de 9 500 mi-lhões de dólares, durante ostrês primeiros anos, à razãode 3 500 milhões de dólaresno primeiro ano e três bi-lhões nos dois seguintes.Observadores internacionaisdisseram na ocasião que omontante proposto pelos Es-tados Uridos prevaleceu sô-bre os outros membros da

reunião, que sugeriram umaquantidade menor.

De acordo com os estatu-tos do papel-ouro, os pai-ses aderentes terão direitoa participar no novo siste-ma proporcionalmente àssuas quotas no Fundo Mo-netário Internacional. Aomesmo tempo, informou-soem Paris que tinha sido pro-posto um aumento entraseis e sete bilhões de dóla-res nas quotas no FMI, pa-ra elevá-las a 21300 milhõe.de dólares.

FINALIDADE

O papel-ouro pode serutilizado pelos países quaaderiram à sua criação pa-ra fins de reserva ou comoouro físico e divisas estran-geirás, para pagar as dívi-das externas. As quotas dospaíses latino-americanos noFMI totalizaram 1847450mil dólares, ou seja, 8,72 porcento do total. Consequen-temente, os 18 pauses daAmérica Latina que parti-cipam do FMI poderiam sa-car contra.o Fundo de pa-pel-ouro até 8,72 por cen-to.

Os saques serão feitos corabase em quotas de Tateio(pro-rata), mas se durantoo primeiro ano de vigênciado Direito Especial de Sa-que, por exemplo, só resta-rem os 12 países que Já ra-tificaram a aprovação, suaparticipação crescerá.

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Page 24: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

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^^JlgONQMIAJORNAL DO BRASIL ? Terça-feira, 29/7/69 D 1." Caderno

Costa Cavalcanti determinarealização de levantamentossobre pesca no Sul do país

O Ministro do Interior, General Costa Cayalcan-ti, determinou ontem que a Superintendência de De-senvolvimento da Região Sul —- Sudesul — realizeestudos que levem à definição das diretrizes da co-' mercialização, industrialização e distribuição do pes-

-cado daquela região. O prazo concedido foi de quatroriíeses.1 Gomo primeiro passo para que seja cumprida a"determinação, a Sudesul assinará esta semana um-contrato éom o consórcio Engevix-Tecnitaéria, para

que, n'o prazo previsto, estejam reunidos em um sódocumento os objetivos e o enfoque dos diversos- or-gamismos atuantes no setor pesqueiro dos três Es-tados sulinos.

Melhoria de preço do caféno mercado mundial poderátrazer benefício ao Brasil

Os preços do café no mercado internacional au-mentaram em um centavo de dólar por.libra-peso, ooüe poderá fazer com que o Brasil ganhe mais oumenos US$.23,4 mil, caso êste nível perdure durantetodo o decorrer deste ano. ¦

De acordo com os observadores, a melhoria depreços tende a se estabilizar, sendo que as geadasocorridas no Paraná e a retenção das 1,5 milhão desacas determinada pela Organização Internacionaldo Café (OIC), são os fatos apontados como respon-sáveis pelo fenômeno.

EXPUCAÇAO'• Eevelou o Ministro CostaCavalcanti que a sua determi-nação baseia-se no fato deciue a grande som» de. recur-bos que está sendo canalizadapara a captura e industriali-zaçao, através o Decreto-Lei821, poderá, se não forem ado-tadas medidas adequadas, pro-

-vocar um grave desequilíbrioma. economia pesquieSra emtre* oferta e a demanda.

Com a encomenda de gran-des barcos pesqueiros — prós-seguiu — aliada à realizaçãode estudos oceanográficos e àImplantação de novas indús-trias, será sensivelmente au-jnentada a oferta de pescado,sem que existam, até agora,estudos que conduzam à im-

plantação de um sistema decomercialização e distribuiçãodo pescado, compatível com a

. grande captura futura.

De acordo com ás recomen-dações feitas pelo Ministro doInterior, os estuüos a seremrealizados deverão levar emconta os reais interesses dosprojetos já em andamento nosEstados e as realizações jápostas em execução por outrosorganismos federais. Em têr-mos técnicos, o levantamentovisará, efetivamente, o diag-nóstico da região no setor pes-queiro em todos os seus aspec-tos.

Foi determinado ainda queos trabalhos fossem conclusi-vos quanto à elaboração doprojeto de comercialição e dis-tribuição do pescado, no quese- refere a projetos — parciaisou específicos — localização etamanho, volume de inversões,financiamento, etc.; plano dedistribuição: estadual, regionale nacional; estudos de hábitosde consumo de pescado.

EXPLICAÇÃO

Na opinião dos observado-res do comércio exportador edos técnicos do Ministério da

.Indústria e do Comércio(MIC), a melhoria de preçosno m.ercado internacional docafé. na base de um centavode dólar por libra-pêso, regis-trada na última semana, foideterminada pelos seguintesfatores:

1. Na primeira semana dês-te mês, atendendo a propostasdós consumidores, o Conselhoda OIC decidiu aprovar a re-tenção para efeito de comer-cialização, de 1,5 milhão de sa-cas, diminuindo a oferta;

2. As geadas registradas noNorte do Paraná na noite doúltimo dia 10 c o alarde qu?se fêz em torno das suas con-seqüências provocou especula.-ções em Londres e Nova lor-que, forçando um aumento depreços á medida em que setornavam maiores os comen-tários sobre uma brusca que-da no fornecimento dos cafésbrasileiros;

3. Além do mais, os preçosestavam realmente baixos, oque já se vinha prolongandopor um período superior aohabitual.

AVALIAÇÃO DE RECURSOSChegou ontem à Guanaba-

ra, para coordenar a execuçãode um programa de desenvol-vimento da pesca brasileira, novalor de US$ 1,2 milhão, o di-retor da Organização de Ali-mentação e Agricultura dasNações Unidas — PAO — Sr.Eric Stanley Holllman.

O Programa de Pesquisa eDesenvolvimento Pesqueiro do

Brasil, cuja segunda fase seráIniciada pròximamente, tempor objetivo principal a ava-liação dos recursos pesqueirose das possibilidades de expan-são do mercado consumidor. AInformação foi prestada peloMinistro interino da Agricul-tura, Sr. Rui Correia Lopes.

O negócio demais rápidocrescimentono mercadode capitais:

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TENDÊNCIAS

Como os observadores acre-ditam que a tendência sejaduradoura, dada as condiçõc»peculiares do mercado, afir-mam que esse nôvo nível dBpreços perdure pelo menos du-rante êste ano.

Ora, dizem eles, se o aumen-to registrado é de um centavode dólar por libra, uma sacade 60 quilos passará a valerexatamente US$ 1,32. Como oBrasil exporta cerca de 18 mí-lhões de sacas por ano, é pro-

vável que o país consiga arre-cadar pelo menos mais USS23,4 mil além da receita pre-vista com' a comercialização docafé neste exercício.

CAFÉ SOLÜVEL

Quanto ao oafé solúvel, osexportadores acreditam serpossível elevar 'também o:;seus preços no mercado norte-americano em mais ou menostrês centavos de dólar, até se-tembro, quando termina o pra-•zo estipulado pelo Departa-mento de Estado, para que osbrasileiros elevassem o preçodo solúvel que exportam, paraos Estados Unidos.

Embora as autoridades ve-nham se manifestando comreservas sobre o assunto, osindustriais brasileiros dc caféexplicam que desde a adoçiiodo confisco cambial nas suasexportações para os EUA, nabase de 13,4%, o preço da mu-téria-prima interna (grinders),também aumentou de preço,parsando de mais ou menosNCrS 35'38.00 para NCrS 50,00.Tudo isso onerou os seuscustos de produção, sendo quese utilizarão desse argumentopara majorar os seus preçosno mercado norte-americano,como o previsto.

Ainda assim, todas as fábri-cas brasileiras de café, quetradicionalmente voltavamquase toda a sua produção pa-ra o mercado dos Estados Uni-dos, estão agora tentando di-versificar o seu raio de ação,e abandonando paulatinamen-te o fornecimento aos torrado-res norte-americanos, em prolde novas negociações com aEuropa — principalmente aárea socialista (os chamadosmercados novos) — e até mes-mo com a China continentalvia Romênia.

Latino-americanos têmreunião conjunta no Rio

Brasil, Colômbia, Costa Rica,Guatemala, México e El Sal-vador — representando maisde 50 por cento da produçãomundial de café — estão reu-nidos no Rio através\de seusdelegados, desde ontem, a fimde encontrarem uma posiçãocomum a ser defendida peloslatino-americanos na próximareunião da Organização Inter-nacional do Café (OIC), emLondres, em setembro. __

As representações sãq todasde alto nível — Incluindo ossetores estatal e privado dosnegócios do café — foram con-vidadas pelo presidente do Ins-tituto Brasileiro do Café (IBC)e pretendem, assim que chega-rem a um acordo, reunir-se com os principais produto-res africanos, sendo que o prin-cipal objetivo é a fixação dacota global de exportação pa-ra o próximo ano cafeeiro 1969]70, a ter início em outubro pró-ximo.

Áo presidente do IBC. Sr.Caio de Alcântara Maohado,

caberá a presidência das reu-niões. sendo que o diretor ciecomercialização da autarquia,Sr. Carlc-s Alberto de AndradePinto, será o delegado brasilei-ro. assessorado pelo' represen-tante do Brasil na OIC, diplo-mata Ronaldo Costa e por téc-nlcos do IBC.

Da Colômbia, vieram os Sra.Arturo Gomes Jaramillo e Leó-nidas Lodoíio. De Costa" Rica,o Sr. Álvaro Jiménez, diretor-executivo da Oficina dei Café,e Sr. Carlos Aubert Golcher,presidente da Câmara dos Ca-fetaleros. De Guatemala, Em-baixador René Mon tez, repre-sentante na Junta Internacié-nal do Café; Arturo Arrivillaga,presidente da Associação Na-cional dos Cafeicultores; JúlioHerrera, diretor da ANC. DoMéxico: Miguel Angel Cordera,presidente do Instituto Mexi-cano do Café; Jorge Canavattí,representante do IMC em No-va Iorque. De El Salvador: Srs.Miguel Angel Salaveria e JúlioSalaverla.

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. 24-07-6925-07-6925-07-69

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. 18-07-69

2,0310,9744,8102,5900.916

13,220,2581,3291,702,212,151,7600,5741.2603,045,10223/13162,514,1331,551,7471,0462,433,350

JunhoJunhoJunhomulomen-inlJuntojunliomaioabrilJunhoJunho

(0,035)(0,15 )(0,06 )(0,02 )(0,005)(0.55 )(0.01 )(0.05 )(0.10 )(0,38 )(0,10 )

Junho (0,01 )

31-12-08 (0.609)abril—68 (0,030)Junho Í0.1G01abril (0,10 )

dez. (0,05-11março (O.lilÕ)

192 55253 84978 8-14

1361072

10 8116 511

223VIO.708592308345726

4 623497

2 73567 85347 554

2 01410 594

19045 563

4 059

GODOY (157) PROVAL (157) SOFISA (157) OREFISUL (157) ..'ANHANGUERA (157) ....SAFRA (157) BCN I*INACIONAL . ...BCN FINACIONAL (157) .RIQUE (157)FUNDO M. •AYMORfi (157) IPIRANGA (157) BAHIA (157) OREFINAN (157)-'DECRED. (157) XON AS INVEST. (157) ..NACIONAL DE DESEN-

VOLVIMENTO S. N. CREFISUL (conta-

garantia) NACION1AL ¦VERBA (157) ¦HALLES HALLES (157)

18-07-6907-07-6908-07-6923-07-6924-07-6911-07-6925-07-6923-07-6922-07-6925-07-6921-07-6914-07-6911-07-6923-07-6918-07-6902-07-69

2,1072/1462,3001,516

2.7502,270

.1,477,1,8102,021,5521,942,872,9'J

24,8161,601,202

maiomaioabrildez.maio

(0.08 )(0,07 )(0.22 )

(0.08 )(0,08 )

30-09-63 (0,03 )30-01-69 (0,90 )l'5-05-68 (0,08 )30-03 (0.04 )

e33633244

14 2i'-6455

4 844023

. 6 263647' 122053,1613

6 6TJH6 6324159,

M5 137

02-07-69 1,647 30-03 (0,10 ) 224 IM

62110 474

4 017476

12 1159

29-07-69 39,3ia23-07-69 3,63218-07-69 1,9724-07-69 1,15530-69-69 1,062

30-06-69 (0,04 )30-06-68 (0,09 )

Rio — A Bolsa nesoclou onitem —3 754 632 títulos na Importância de NCrS10 097 805,02. Mercado em alta. Ao íixar-soem 774,4 o Índice BV médio subiu 16.9

pontos. Também o IBV de fechamento'apresentou-se em .elevação, flxando-se em7C0.6 pontos. Em operações à vista, foramtransacionadas 3 201500 ações na Impor-tímcía de NCrS 7 842 354,99. No mercado

BOLSAS DE VALORESa termo, 553182, correspondendo a NCvS2 255 059,03 e a 22,3% do volume total dasoperações. As ações mais negociadas fo-ram as da Bclgo-Minclra. Petrobrás, Do-cas de Santos, Brasileira de Energia Elé-trlca e Brahma. Das que compõem o IBV,16 subiram, duas baixaram e quatro per-maneceram estáveis. Registraram as maio-res altas: Belgo-Minelra (mais 8,1), Pe-

trobrás-pref. (mala 7,8), Vale do Rio Doceport. (mais 6,0) Docas de Santos(mais 6.0) e América Fabril (mais 5,6).Baixaram: Nova América-port. (menos 2,3)e White .Martins ( menos 0,1). Média S.N.:28-7-69 (21408), 25-7-69 (21061), 21-7-69

(20 741), 14-7-69 (20 471) e Julho da 1958

(6 822).

Titulo»Máxima Mínima Média

Títulos dos Estados

O. R. T.. 2 anos, venc.5/71, 5^

(NCr?) | (NCrí).1

(NCrí) |Quant.

VariaçãoS/Mcd.

(NCrí)

Ações de Cia». Diversas

A. Vlllares, Pret., C/AA. Vlllares. Pvef., C/BA. Vlllares, OrdAlpargatas. C/12 Ant. Paulista, C/Bon.América Fabril A:no. C'44 A. G. G. de Sousa,Pref

A. G. G. do Sousx,Ord

Banco do Brasil B. E. da Guanabara.Ex/Dlv

B. do Estado de SãoPaulo

B. de M. Gerais, :'vefB. de M. Gerais, OulB. do Nordeste. Rec,

. 100r;ó, IntBelgo-MInelra, C/Bon.Belgo-Mlneira.Belgo-MInelraBon

Brahma, Pref.Brahma, Ord..Brahma, Pref., Ex/Dir.Brahma, Ord., ExDlr.Brás. de E. Elétrica,Brasileira de Roupas,

C/Dlv. Clm. Aratu, Ex/Bon. .Clm. Itnír, Pref., Ex/

Div. C. B. U. M., OrdDecred, S. A D. dc Santos, Ex/Dlv?.

C/100 D. tle Santos. Ex/Div..

C/1000 D. Isabel, Pref., Ex/Subs

D. Isabel, Ord., Ex/Subs

Ducal Roupas, C/DivEstrela, Pref., C/59 ..Elctromar, PrefP. Brasileiro, Ex/Dlr.

Ex/Bon.Eec. de

„" C/Dlr.C/Dlr.

1,75 |1,65 |1,30 |3.33 |3.00 |0,23 !1,85 I

I1,45 |

I1.40 |

18,00 !¦ I

13,50

9,002,402,50

37,40-i 20 600

'I

2,00 11,12 |0.93 |

i0,85 |5,05 |4.60 |3,81 |3,35 |1,10 |

0,57. 4,30

9,000.401,30

2,75 |I

2.70 |I

1.60 |I

1.10 |0.90 |1,92 |1.85 |4,66 |

I

1,751.651,303,822,00 j0.19 |' 1.E0 |

. I1,40 |

I1.35 |

17,90 jI

13,50 |I

9,00 |2,40 |2.50 |

I2,00 |1.00 I0.86 ]

0.854.98 |4,55 I3.70 |

.3.35 |1,10 |

0,'56 !4.18-9.000,321,30

2,65

I1,75 |1,63 |1,30 |3.S5 |2.95 |0,19 |1,83 |

I1,45 |

I1.33 |

17,94 |- I13,50 |

Tituloi

I IMáxima I Mínima | Média

(NCrí) I (NCrí) (NCrí)

I| Variaçá*

Quant. | S/Mcd.| (NCrí)

3 300200'

2 9.',013 700 í74 000 |76 500 |12 300 |

I9 000 |

I7 000 |

78 178 jI

6 606 I

E=.t.Est.+ 0— 1T 0+ o

9,00 24 132 |2,40 12 000 12,50 1 000 |

I2.00 |s 101 j1,07 537 837 |0,89" 76 400 |

EstEst

+ 0-j- 0

F. Brasileiro, Rec. ...F!açft.o e Tec. D. RosaPref

F. e Luz de M. GeraisP. c Luz do Paraná ..F. Hallés; Dec. 157 ..Hlme, PrefHÍme, OrdKibon Letras Híp. do BEG ..

1.02,List. Telefônicas, C/28,07jL. Americanas, Ex/,01 i Bon•02,L. Amc:;;-:,i

Mtinnésmannj BonManncsmahni Ord., C/

,021 Bon.13|Mesbla, Pref.,

JMesbla, Ord., _...,18,Mesbla, Ord., Novas

M. Fluminense, Ex/Bon

M. Santista, Ex/Dlr. ..N. América, Ord., Port.Ex/Div

P. de Força e Luz.08 petrobrás, Pref.. Ex/

4,50 | 4,50 | 4,50

..-.s, Rec.Pref.. C/

Ex/Bon.Ex/Bon.

1,271,020.821,940,600,555,000.790,70

¦ í6.356,05

1,10

0.01

I0.83 |5.02 |4.58 |3.76 |3,35 |1.10 |

I0.56 |4,20 I

6 250 |96 32323C9323 300

500125 900

18 700500

I2.55 I

I1.56 |

I1.08 |0.90 |1.90 |1,78 14.62 |

I

9.00 1 900 |0,34 43 800 |1,30 300 |

I2,67 31 200 I

I2,64 203 000 |

.1 I1,60 29 800 |

I1,10 11000 |0.90 1 300 |1.91 2 200 j1,84 22 800 |4,64 9 100 I

-4- 000

-t- 0.0

— 0+ o+ 1+ oEst.

-f o

+ oEst.

0,Est.

0+ o,Est.

.07 Subs. .Petrobrás, Ord., Ex/Subs

.02 petrobrás, Ord., Dlr.,

.13] Subs.

.07 petrobrás, Pref., Dlr.,041 Subs,04 RCf. união, Pref., Ex/

Bon. •OljRcf. UnlSo, Ord., Ex/•32 Bon

Samitri, C/Dlv•29 Sid. Nacional, Port.,

Ex/Dir. .. -.

Sid.' Nacional, Port.,C/Dlr

S. Cruz, Ex/Dir;S. Cruz. RecSupcrgasbrás T. Janér T. Comercial Import.

05 V. do Rio Doce, Port.White Martins, Ex. ..

02 W. Martins. Rec]oí Willys, Pref

Willys, Ord

18..

0,98 I1.42 |1.22 |1,22 |

I1.45 |2.00 |

3,98 |1,20 |

I4,20 |

I1,70 |

I0,60 |

I3,00 j

I4,20 |

I3.05 |2,45 j

I1.06 |

I

1,55 |5,77 I5,60 |2.00 j1,00 |1.00 |7,58 |7.00 |6.85 |0,80 |0,88 |

1,271.000,821,870,530,355,500.790,70

6.20 |6,00 i

I1,10 |

I0,93 |1.32 |1.22 |13 |

I

1.40 |2.00 |

I3.80 |1.16 I

.1,271.010,821,880,560,555,500.790,70

6.256,00

3 152

3 00025 500

1 00047 28779 500.23 80026 100

8 0S07 000

i44 400 |

7 666 |I

1,10 | 32 300I

0,98 |1,30 |1,22 j1.21 |

.55 00021 400

9 70022 800

I3.95 |

I1,55 |

I0,60 |

I3,00 I

13.95

3.052.4Q

1,05

1,535,69 j5,60 |2.00 |1,60 |1,00 |7,25 |6,90 |6.85 |0,79 |0,08 I

1,43 11 6002,00 2 600

I3,89 16 200 |1,17 59 200 |

I4,02 83 694 |

I1,60 424 885

I0,60 271 679

3,00 2 357

4,03 |I

3.05 |2.44 |

I1.06 |

. 1,55 I5.71 |5,60 |2,00 |1,60 |1,00 !7.45 j6.97 |6.35 |0.80 |0,88 |

4 216

•f 0,01+ 0,02-f 0.02 í+ 0,37 i+ 0,14 •

+ 0.20+ 0,02

Est. j-f 0,03 .— 0,05

+ 0,04 >

Est.-i- 0,01

'

-.- 0,02+ 0,05

4- 0,01Est.

— 0,09Est.

-f 0,29-

Est.

Est.

¦ 0,28

104 Est.7 700 -|- 0,01

I26 400 + 0,02

47 800 — 0^0363 700 -f 0,03

125 + 0,05490 Est.

17 100 Est.42 |

67 400 + 0.4310 100 — 0,0111 340 — 0.1519 000 |- -f 0.10

1 500 — 0,02

São Paulo (Sucursal) O mercado de tl-tulos no pregío de ontem transcorreucom regular agitação * as operações man-tiveram-se estáveis. Porém, os papéis das

principais companhias apresentaram sen-sivcts altas em suas cotações, elevando oÍndice Bovespa á razão de 14,0 pontes(mais 2,83). Das companhias que o com-

põem 22 subiram, 7 baixaram", e 1 perma-

Nova Iorque (UPI-AP-JB) — A Bolsatie Valores de Nova Iorque fechou ontemem baixa, com o Índice da UPI íofrendouma redução de 2,82 por cento. Das 1 j73

neceu estável. A participação áos papeisacionários foi de NCrS 3 577 636,14 em 704operações. O volume de negócios atingiua cifra de NCrS 4 254 631.01 a quantidadede 1259 716 títulos cm 765 operações.Ações que mais subiram: Brasmotor ord.cup. /41 (mais (11,2). Brajmotor-pref. cup./10 (mais 13,5). Cimaf c/conlf. (mais 13,1).Cimento Itaú ord. nom. mais 12,5). Ci-

NOVA IORQUEações negociadas, 1 288 cairam e 135 subi-ram. O Índice da Bolsa mostrou uma ba'.-xa dc 90 centavos no preço médio dasações. A média industrial Dow Jones caiu

Nova Iorqne (UPI-JB)

AÇÕES

30 INDUSTRIAIS20 FERROVIAS

Média d« Dow-Jonw M B61H de Nova lorqu. ontem:

Abrrt. Máx. Min. Final Var. | AÇÕES

mento Itaíi-prof. port. cup. 11 (mais 11,3).

Cimento Itaú-pref. port. cup 12 (mala

10,1). Hime-preí. (mais 71,4). Que mais

baixaram: Duratex ord. (menos 13.3). Ind.

Sul. Americana de Metais ord. (menos 2,2).

Lojas Americanas ord. (menos 2,5). Mes-

bia ord. novas (menos 2,5).

11,83 por cento, fechando a 806,23, o In-dlce mais baixo desde cinco de Janeirotle 1967. Foram vendidos 11800 000 titulOJ

€ íiçõea.

Abert. MAx. Mf«- Final Var.

816.90196.09

819 48 803,26 806,23 - 11,83 15 CONCESSIONÁRIAS19641 193,33 194,06 — 2,80 | 65 AÇOE8

117,91277.59

118,51278,41

116,47 " 117.17 — 1,41273,37 274.49 — 3,89

Vendas nas a?ões Uttlfcaks no índice: Industriais 829 500. Ferrovias 142 600; Concessionárias Serviço, PúbHcos 176 600.

Total 1 148 900. .

PREÇOS FINAIS:.Nova Iorque (UPI-JB) Preços finai» na Bolsa de Valores de Nova Iorque, ontem:

A' .1 Ind Allied ChemAllls Chal ...Am Can Am Mot Cl ,Amei- Std ..,Amer SmelAm T & TAnuconda ..Atlan RichAtlas CorpBendix .Beth Stl ...BGH Can Pac ...Cíise J I ...Cerro Ches A: Oh

8—5/826—3/424—1/245—1/245—3/835 —27—3/452—3/430

1035

36—1/2.30—3/8

126—7/868—1 213—1/822—5/8

. 60—1/8

Chrysler Coi Gas Con Ed Cont Can ...Cont Stl ....Crown Zell .Curtlss W ...Du Pont ....Etst Air L .Eastman ....Electron SpcFord Gín Ele Gen FoodsGen Motors ,Gillette ....Goodyear ...Gface W RIBM

35—7/825—1/231—3 30537—1/434—1/818—1-'4

124—3/416—1/872—1 811—5/841—3/48472—5/871—7/845—1 '825—5, 8

. 30313—1/8

Int Harv ....Int Nick Int Tel &.TelJohns ManvilleKennccott ....Kroger Lehman Lockheed Loews Thea ..' Lonestar Cem .Nat Cash R ..Nat Dlst .....Nat Lcad' ....Otis Elev Pac G El ....Pan Am Penn N Y CenPhillips P

'....

Pub SEG..

29—3/432—5/848—1/432—1/840—1/435—1/420—3/824—5/825—3.420—1,8120—1/816—7/83041—1/43614—3/341—3/425—1 830-1/8

RCA Rep Stl Rey Tob ....Sears Southern R ..Std O Cal ..Std O Ind ..Std, O N J ..Std Brands ..Stud Worth ..Swif t ..,Tech Mat ...Texíico Texas Gulf .Textron Tlmken Un Carbide .Union PacificUnited Alrcr

35—3/433—7/837—1/46343—1/459—3 455—1/268—3/444—3/432—5/822—7/8

7—3/4. 66—1/8

21—1/423—1/232—3/44140—1, 353—18

Utd Fratt ...U S Steel ...U S GjdsiunU S SmeltingUnion RoyalWoolwth Westg El ....Alllcn Inc ...Ari; La GasBrlt Pet ...Creole P ...Espey Mfg .Glaut Yell .Home Oil AHusliy OU .Norf So EySeenían —Syntcx

44—1/44063—7/833—7/820—7/833—1/256—1/43423—1/210-7/833—1/823—5/8

9—7/86015—1 417—3/4

'.

8—5/853-3/8

LONDRESLondres (UPI-AP-JB) —Ascotações na

Bòlr.a dc Valores de Londres tiveram umaligeira baixa na hora do fechamento. Omovimento teve um tom de cautela. Osbônus do Governo foram procurados. Amaioria dos papéis industriais fechou com

Café-Rin — O mercado de café dispo-nivel ccn-.tnuou ontem sustentado, com otipo 7, safra 1969-70. mantendo-se ao pre-ço de NCrS 10,00 por 10 quilos.

Açúcar-Rio — Mercado firme e ln.tl-terado, tendo chegado 6 400 sacos proce-dentes do Estado do Rio e 660 de SãSPaulo. Foram embarcados 10 000, ficandoem estoque 56 642 sacos.

Algodão-Uio — O mercado de algodãoem ruma funcionou calmo e estável. Vic-ram 158 fardos de São Paulo e 47 de Ml-nas Gerais. Saídas: 200 Existência: 1023'fardos.

Café-Nova Iorque — O café universalpara entrega futura fechou Inalterado <sem vendas. As cotações dos principais

altas e baixas de pouca margem. Nos pe-tróleos, BP. Burmah, Shell e Ultramarbaixaram, bem como os papéis de auluinó-veis e aeronaves. A Courtaukls subiu um

pouco e os fumos afrouxaram. As ações emdólares refletiram a baixa de Nova Iorque.

MERCADORIAScafés no disponível, em centavos de dó-lar a libra-pêso, foram as seguintes: San-tos 3 — 38,00. Santos 4 — 37,73. Colom-blanos Manlzales — 40.75. Mexicanos La-vados coatopec — 36,00. Angolanos Am-brlz número 2 BB — 32,00.

Sisal-Novã Iorque — O sisal tipo bra-slleiro núnWo 3 fechou sem cotação. Otipo africano número 1 fechou a 8,72 ccn-tavos de dólar a libra-pêso.

Cacau-Nova Iorque e Londres — Ocacau para. entrega futura fechou entre

1 89 e 100 pontos de baixa na Bolsa de NovaIorque; com venda de 1801 contratos. OBahia fechou no disponível a 47-07 centa-vos de dólar a libra-pôso, com 100 pontosda baixa. O Acra fechou a 48.82 centavos,

Os australianos baixaram. Não houve In-terese cm minas c tanto os ou ros comocs níqueis australianos tendiam para a

baixa. O ouro foi vendido ontem a 41.7iadólares norte-americanos a onça no mer-

cado livre dc Londres. _

também com 100 pontos de baixa. Em Lon-

tires o produto para entrega imediata íe-

chou a 405,5 libras esterlinas a tonelada.Açúcar-Nova Iorque e Londres — O

açúcar mundial para entrega futura fe-

chou entre inalterado e quatro pontos da

alta na Bolsa de Nova Iorque com ven-

da de 1 702 contratos. O nacional fechou

entre Inalterado e um ponto de baixa,

com venda de 86 contratos. O produtomundial para entrega Imediata fechou »3 45 centavos de dólar a libra-pêso. • onacional a 7.85 centavos. Em Londrc» o

produto fechou em alta, com venda d«

3 379 contratos. O produto para entregaImediata fechou a 35,00 libras esterlina» fttonelada.

»¦;¦-. :.iy.r^..r-^T^rrr.

Page 25: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

JORNAl DO BRASIL ? Terça-feira, 29/7/69 ? 1> Caderno ECONOMIA - 1 v

,T

•«*••

—Por dentro do negócio—•

Prefeituras acabaramlucrando com Petrobrás

Apenas a Prefeitura de Campos — uma dasão Estaâo ão Rio que desistiram de,vender asações âa Petrobrás, em seu poder, a uma em-presa norte-americana de tratores — que tem400 mil ações, vai lucrar êsíe ano, somente âediviâendos, cerca âe NCr$ 300 mil. Como se re-corda, a operação de venda, ou melhor, de tro-ca das ações por máquinas motoniveladoras,chegou a ser acertaãa em fins de novembro de1968, tendo sião paralisaâa a sua conclusão emdezembro, após a eâiçâo do Ato Complementarnfi 54.

Essas ações, que tôâas as prefeituras ão paisJoram obrigaãas a adquirir, quanâo âa forma-ção da Petrobrás, lenâem, caãa vez mais, a terum valor maior e a sua venãa, pela Prefeiturade Campos e outras municípaliãades do Estaâodo Bio, agitou os meios políticos fluminenses naépoca. A empresa interessada propôs o negócioa todos os 63 prefeitos, mas apenas os âe Cam-pos, Vassouras, São Fiãélis, São João ãa Barrae Itaguai não concorãaram em se desfazer âoépapéis. As transações teriam sião fechaâas emjaneiro último, mas acabaram cancelaâas.

Há um mês entretanto — e pouco antes,portanto, que o Governo muâasse a Lei 2 004,passanâo a permitir à Petrobrás a emissão deações ao portaâor (o que tomou possível, in-clusive aos estrangeiros a sua posse) — a em-presa interessaãa na troca das ações por má-quinas pesaâas voltou à carga, mas nenhumadas prefeituras que tinham em principio aceitoo negócio concordou em realizar novos enten-ãimentos, dando o assunto por encerrado.

Sistema de vendas diferente ,Um método âe propaganda que no Brasil

poderá passar a ter um nôvo significado conia recente transformação âo DCT em empresa âeeconomia mista e — espera-se, com a melhorados seus serviços, apesar âe já estar senão usadohá algum tempo por empresas nacionais. Tra-ta-se âo serviço âe promoção, mercado e propa-ganâa por Mala Direta {correspondência) sis-tema usado âa forma mais intensa há bastantesanos nos países com. formas ãe mercado maisavançadas e agressivas.

O informativo meiisal ãa Comuniãaãe Eu-ropéia, âo mês ãe julho, oferece alguns ãadosinteressantes a esse respeito. Na França existemmais ãe 1000 empresas que trabalham com essesistema, mas cinco delas realizam 55% do totalâo volume de negócios, remetendo 25 milhõesde catálogos e 83 milhões de prospectos por ano.Só para esse serviço, ocupam um total âe 6 400pessoas. E para âar uma iâéia âa sua impor-tancia, apenas as famosas galerias Lafayette,um áos maiores magazines franceses, realizou umvolume âe negócios no valor âe 36 milhões âeâólares, em 196S, apenas com as vendas por cor-respondência.

Na Alemanha, a coisa c mais séria ainda.Apenas uma empresa — a mais importante éclaro, no setor — Quelle, âe Nurcmberg, em 1968realizou um volume âe negócios ãa orâem deUSS 240 milhões, cheg anão a oferecerpor corresponãência, um total superior a 20 milpr.oâutos, não apenas no pais, mas também noerterior. Apenas num dos seus departamentosespecializados, o fotográfico, efetuou vendas daordem de US$ 27 milhões em 1968, sendo-queno ano anterior, foram 30 mil os aparelhos fo-tográficos venáiâos por Mala Direta.

Um âos poucos empresários brasileiros quetrabalham no setor, Paulo Manoel Protásío, o/e-rece outro ângulo, que se refere ao total gastopelas empresas norte-americanos em publicida-de no ano passado, inclusive por corresponden-cia:

Jornais US$ 3817 milhõesMala Direta .US$:2528 milhõesTelevisão US$ 2187 milhõesRevistas US$ 1105 milhõesRáâio US$ 8S5 milhõesPostos especiais USS 620 milhõesPorta-a-pprta US$ 217 milhões

Mandatos com prazo indeterminadoCom base no Ato Institucional n.° 5, o Pre-

sidente âa República assinou ontem Decretodispondo que terão prazo indeterminado osmandatos âos membros âo Conselho Superior edos Conselhos Administrativos ãas Caixas Eco-nômicas Feâerais, poâenâo ser revogados aqualquer tempo, a juízo exclusivo âo Chefe doGoverno. Com base na medida, o Presidente re-conduziu ao Co7isclho Administrativo da Caixade Minas Gerais, o Sr. Jerônimo Machado, cujomanâato terminou a 13 ão corrente, adotando omesmo critério para com os Srs. Oâare VazCurvo e Eãison Alvares âa Silva, nas Caixas ãeMato Grosso e ãe Brasília.

O primeiro superávitno rte-american o

O Governo ãos Estados Unidos encerrou oano fiscal, a 30 de junho último, com um su-peravit ãe 3 bilhões e 100 milhões de dólares(NCrS 12 710 milhões), ou scia, 1 bilhão e 900milhões de dólares (NCrS 7 790 milhões) a maisdo que o Presidente Nixon estimou em sua re-visão orçamentária de abril passaáo, segundoanunciou ontem o Tesoura Federal norte-ameri-cano. O superávit é o primeiro a se veríjicarâesâe o ano fiscal de 1950, quando houve umexcedente orçamentário âe USS 240 milhões.

O orçamento final mostrou uma receita ãeUSS 187 bilhões e 800 milhões e uma âespesa ãeUSS 184 800 milhões. O recolhimeiito âo impôs-to âe renâa ãas pessoas físicas registrou umaelevação âe USS 2 800 milhões sobre o previstoinicialmente, mas o das pessoas jurídicas foi demenos USS 1 400 milhões com relação ao esti-mado em abril. Já os gastos públicos do Govêr-no excederam em US$ 3 130 milhões a cifra es-perada em abril.

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.'AN. MAR. A8R. MAI. JUN.

Fundo de Garantia do Tempo

Com, base em 50 informantes, o IBGE levantoua produção física de cerveja, refrigerantes e chopeno primeiro semestre de 1969, assim como o seu va-lor, já excluídos o imposto sobre produtos indus-trializados e ICM. Enquanto a queda na produção seexplica pelo menor consumo no período mais frio, arelativa estabilidade do seu valor se deve ao aumen-io dos preços, concedido uma vez este ano.

Zurique faz estoque deouro e regula o preço

Clyde II. Farnsicorth

Paris — Fontes monetáriasdeclararam terça-feira que trêsbancos de Zurique organizaramum estoque regulador de ourosul-africano para estabilizar omovimento de preço no merca-do livre.

A África do Sul vende seuouro para uma agência forma-da pelo Banco União da Suiça,a Corporação Bancária Suíçae o Banco de Credito Suíço. Aagencia, por sua vez, coloca oouro no mercado de acordocom a demanda.ESTABILIZAÇÃO

Os banqueiros suíços recu-sam-sc discutir o modo opera-cional do grupo, alegando o si-gilo bancário, Um. banqueiroadmitiu, porém, que seria im-possível ã África do Sul véri-der todo o ouro que desejavasem que, com isso, levasse opreço para 35 centavos de dó-lar (NCrS 1,40) a onça, ou maisbaixo.

Com Tendas de pequeno vo-lume; de cerca de três a cincotoneladas por dia, o preço, nasúltimas semanas, se estabilizouem torno de 42 centavos de dó-lar (NCrS 1,68) a onça. Fontesinformadas acreditam que ossul-africanos contrataram coma agência .dos três bancos avenda de uma certa quantidadede ouro a preço fixo, um pon-co mais acima do preço oficial,mas abaixo do preço «o merca-do. A agência, então, se en-carrega da colocação no mer-cado.

Sc isto está realmente ocor-rendo, talvez ajude a explicara declaração dos sul-africanosde que a produção dos últimos

do A'<*ii> York Timesseis meses, no valor de NCrS2128 milhões, foi vendida. Es-taria vendida à agencia dosbancos de Zurique, mas não foilançada ainda no merendo.

Outra explicação, sugeridapor uma fonte monetária, éque os sul-africanos estocamparle do ouro recentementeminorado em fundos secretos,como medida preliminar ã ven-da no mercado. Mas recentesnotícias, divulgadas cm Joban-nesburg, declaram que os sul-africanos conseguiram venderouro não só para nações mem-bro do Fundo Monetário Inter-nacional como também nomercado.

As autoridades norlc-nmcri-canas imediatamente contesta-ram a afirmação de que to-riam sido efetuadas vendas ainstituições nacionais ou inter-nacionais. Por sua vez, os ban-cos centrais da Europa infor-mnram quo nenhuma institui-ção européia havia compradoouro sul-africano, com possívelexceção de Portugal ou Espa-nha.

A explosão da taxa de jurosna primeira metade de 19G9provocou algum desentesoura-mento de ouro, é medida cmque os investidores mudaramseu fundo do metal, que nãodava juros, para curodólares,que lhes garantia um juro de10íi ou mais. Por esta razão,neredita-se ser improvável quetoda a produção sul-africana.pudesse ter sido canalizadaatravés de Zurique, sem deter-minar uma queda nos preços.

Ruralistas fluminensesestudam os novos preçospara a cana-de-açúcar

Niterói (Sucursal) — A Associação de Crédito eAssistência Rural do Estado do Rio de Janeiro —ACAR-RJ — informou que estuda no momento aatualização do custo de produção da cana-de-açúcarpara verificar se o nôvo preço da tonelada, NCrS14,00, anunciada pelo CMN, é'suficiente ou não paraatender à necessidade dos fornecedores.

Na próxima segunda-feira haverá reunião comas divisões seccionais dos municípios produtores decana que foram encarregados pela ACAR-RJ de apre-sentar a conclusão de seus estudos sobre a modifi-cação dos preços e o custo dos fatores de produção emrelação ao índice inflacionário mensal, acontecendoo mesmo com a Associação de Plantadores de Canade Campos que, no momento, elabora seu parecer sô-bre a majoração baseada nos ajustamentos corre-cionais do Governo.CAUTELA

O chete da Divisão de Agri-cul.ura da ACAR-RJ, Sr. VitorOsvaldo Kender Reis, falandosobre as medidas do incentivodo Governo à agricultiu*a flu-minense, disse que só na suaconcordância em rever o preçoda tonelada da cana tentou so-lucionar o impasse entre for-

Empresários do TriânguloMineiro querem estradasde ligação com o litoral

Belo Horizonte (Sucursal) — As Associações Co-merciàls do Triângulo Mineiro, reunidas em Ubera-ba, concluíram que o principal problema da região éa necessidade da implantação de ligações rodovia-rias nos municípios daquela região e do Alto Para-naíba com a BR-262, que os ligará diretamente como litoral brasileiro.

Queixam-se também os empresários do interiormineiro que o ruralista, sustentáculo do comércio daregião, é o grande sacrificado pelos mínimos resulta-dos auferidos da baixa produtividade da agropecuá-ria, dos problemas de comercialização e mercado,transporte, crédito e de tributação.RECOMENDAÇÕES

Os comerciantes e Industriaisdo Triângulo Mineiro estive-ram reunidos no último fim deKemana cm Uberaba durantedois dias, num encontro parto-cinado pela Associação Come;--ciai de Minas, para debater osseus problemas e formulá-losem recomendações ao II Con-

gresso de Associações Comer-ciois Mineiras, a se realizar einBelo Horizonte.

No encontro, deu-se énfaíeespecial aos problemas de trans-porte cia região, com o propósi-to de melhor integrar a rodoviaBR-2G2 (Vitória a Cuiabá) queo Governo pi-ometeu inauguraiasfaltada em 15 de novembrodeste ano,

Brasil tentacrédito

de Serviço será modificado nos EUAA Coordenação do Fundo de

Garantia por Tempo de Servi-ço sugeriu ao Governo a alte-ração de diversos dispositivosdo atual regulamento do siste-ma, visando a tomar maisprático e menos oneroso seurecolhimento através do siste-ma bancário.

A sugestão foi formalizadaatravés de projeto de decreto-loi já entregue «os Ministrosdo Planejamento, Interior eTrabalho, esperando-se suanssinatura pelo Presidente Cos-ta e Silva antes da aberturado Congresso. As informaçõesforam concedidas por técnicosgovernamentais.

MOTIVAÇÃO

Afirmaram os técnicos que a.alteração do -regulamento vi-gente do FGTS se tornou ne-cessaria a partir da experiên-cia obtida nos dois últimosanos com o funcionamento dosistema. Segundo eles, sendoo sistema nôvo, é justificávelque alguns problemas sejamobservados cin sua execução.

Revelaram que o projeto dedecreto-lei altera e dá novaredação a vários itens da LeiB 107, que instituiu o Fundo deGarantia, e pede a revogaçãodo Decreto-Lei 20, o que posí-i-bilit:.rá a conseqüente altera-ção dos regulamentos vigentespelo Conselho Curador do Fun-do. A motivação principal dainiciativa, pelo que disseram,foi a necessidade de adaptaçãodo sistema à realidade.

RECOLHIMENTO

Acrescentaraan. que o nôvoregulamento possibilitará aosbancos que participam do sis-tema de recolhimento do Fun-

necedorès e usineiros, que já sefazia sentir com intensidade.

No entanto, a atualização .depreço desta matéria-prima exi-ge a maior cautela porque oaçúcar, produto elástico comoo leite, destina-se ao consumode pobres c ricos e todo o cui-dado é pouco quando se decidepor sua majoração, acrescentouo Sr. Vítor Reis.

do de Garantia menores custosoperacionais

' e, conseqüente-

mente, maior remuneração du-rante o período em que man-têm os recursos decorrentes dorecolhimento em suas caixas,fato que é uma reivindicaçãoantiga do sistema bancário.Desmentiram que o nôvo siste-ma venha reduzir o atual pe-ríodo em que os bancos dis-põem desses recursos, afirman-do que o prazo atual — de 45dias em média — será man-tido.

Explicaram que não se jus-tlficaria a redução desse pra-zo tendo em vista que foi ins-tituído para fornecer aos ban-cos um meio de remuneraçãopelo serviço prestado, que é orecolhimento.

ARRECADAÇÃO

Até março último a arreca-dação bruta do Fundo de Ga-raníia por Tempo de Servi-ço através do sistema' banca-rio nacional havia atingido aNCrS 2 523 milhões, segundoas estatísticas da Coordenaçãodo Fundo. Durante o ano de19C7, quando íoi instituído osistema, foram arrecadados .,NCrS 752 milhões. De janci-ro a março do corrente ano aarrecadação atingiu a NCrS ....405,7 milhões. O Estado de SãoPaulo aparece como o maiorparticipante daqueles valores,numa proporção de 45 por cen-to. O Eanco do Brasil apare-ce como o responsável poraproximadamente 10 por cen-to do recolhimento, sendo orestante distribuído entreaproximadamente sete milagências arrecadadoras, de 135bancos, instaladas em todo opaís.

Do total arrecadado até o mêsde marçoúltlmo, íoram retira-dos a título de saque — emdecorrência de dcsemprêgos —NCr$ 347,8 milhões, aproxima-damente 13 por cento. Obser-va-se pelas estatísticas, entre-tanto, ser periodicamente crês-cente o Índice de saques em.relação à, arrecadação. Em1967, os saques por desemprê-go atingiram NCr$ 21,6 ml-Ihões, isto é, três por centoda arrecadação naquele ano;em 1968 atingiram 17 por cen-to, em relação à arrecadaçãodo mesmo período; nos trêsprimeiros meses de 1969 já fo-ram sacados NCr$ 98,2 milhões,correspondendo a 21 por cen-to da arrecadação registradano mesmo período.

O Estado de São Paulo apa-rece como o principal pronio-tor desses saques, numa pro-porção média de 50 por cento;a Guanabara eo Estado do Riode Janeiro são responsáveispor, aproximadamente, 25 porcento.

AMPLITUDE DO SISTEMA

Levantamento realizado pelaCoordenação do FGTS revelaque a força de trabalho naregião limitada pelos Estadosde Minas Gerais. Espírito San-to, Guanabara, Rio de Janei-ro, Sáo Paulo, Paraná, SantaCatarina e Rio Grande do Sulé de 17 847 302 trabalhadores.A quantidade empregada e queparticipa do sistema é de ape-nas 4189 348 pessoas (23 porcento). O número médio deempregados por empresa é de17,01. A quantidade de optan-tes é de 3 007 565, correspon-dendo a 71 por cento dos em-pregados, cujo salário médiocalculado é de NCr$ 514,75.

Regressou, ontem, dos, Es-tados Unidos, o Sr. José Flá- ¦vio Pécora, secretário-geralda Fazenda, onde tentou, aobtenção de empréstimos e aconcessão de maiores íácl-lldades para a exportação demanufaturados brasileirospara aquele país.

Disse o Sr. Flávio Pécoraque manteve conversaçõescom o assistènte-geral ,d'oTesouro dos EUA e com au-torldades do Banco Mundiale do FMI, "encontrando amelhor receptividade páraas nossas propostas."

TÉCNICA DE ORÇAMENTO

A viagem íoi aprovei-tada também para íazer Vimestudo das técnicas utiliza-das nos Estados Unidos naelaboração de orçamentos,mas "muita coisa não podeser repetida no Brasil, pois,além de náo possuirmos umaestrutura econômica igual àdaquele país, lá os recursose as facilidades de comuni-cação são incomparáveis."

Exemplificou o secretárioda Fazenda, dizendo que "oFederal Reserve Bank, às 8horas da manhã, já tem osaldo de caixa, do dia ante-rior, de todos os bancos dopaís, o que lhe dá uma van-tagem muito grande de re-correr a qualquer um delespor solicitação do Governo."

Na Califórnia acerta-mos á colocação de títulosdo Tesouro a curto prazo.Explicou, entretanto, que aconfirmação das medidasacertadas depende ainda denovos encontros.

HOWA CREFIS UL - NOVA AMÉRICA2 RECORDS ATRAVÉS DA FINAME:- MAIOR CONTRATO DE FINANCIAMENTOE MAIOR FORNECIMENTO DE MAQUINARIAÀ INDÚSTRIA TÊXTIL BRASILEIRA.

Em 22 de Iulho, no gabinete do Presidente do 6.N.D.E., tevê lugarum dos atos mais importantes para o futuro da indústria têxtil no Brasil:— Foi assinado o contrato do financiamento através do Banco CREFISULde Investimento, com o apoio da FINAME, para aquisição d» modernls-sima maquinaria d* fiação HOWA — pela Cia. Nacional de Tecidos NOVAAMÉRICA.

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WÊÈ^ÊÊÈ ri m M m.vmaÊmMmM _m^-w.:?<ã__J__ ___fc- *- ^¦RPM____>".wmmÈMWÊMIÊ_m_m_mikí^êsSSmMm______mmM^__W^_mJr-«aSH^r^Sl »;^# ¦ ¦**__Wrr.ymT__wTlM f~¥W*W__WR_W_m!_tf"m%à_Wk_WÈm___m__. -

Após a assinatura tio contraio, os homens de empresa trocarampalavras sobre o acontecimento. No flagrante, ao centro, o Dr. Jny.me Magrassi de Sá, Presidente do HNÒE e, à sua esquerda, o Dr.Isaac Sirotshy. Diretor do Banco Crejisul de investimento e Sr.

Manuel Curcia, Diretor Administrativo

A maquinaria — 38 filatórios de 400 fusos cada um, totalizando15 200 fusos — constitui o maior fornecimento '|á feito, da uma só vez,à indústria brasileira,

O financiamento — NCr$ 3.500.000,00 ou seiam 3 bilhões e meiode cruzeiros antigos — constitui também um record de~ suprimento derecursos â indústria nacional. O agente financeiro da FINAME que as-sumiu a responsabilid--.de da operação foi o Banco CREFISUL de Investi-mento, que, há vários anos, vem mantendo a posição de maior agentefinanceiro da FINAME em todo o país; aplicando em larguíséjma escala,no desenvolvimento industrial, os recursos que capta de poupança pri-vada,

O mais dinâmica

Ao ato estiveram presentes muitas personalidades do mundo finan-ceiro e industrial. Assinaram o contrato, pelo BNDE e FINAME, os Srs.Jayme Magrassi de Sá, Presidenle do BNDE e Dr. José Ribamar da Nó-brega Galiza — Secretário Executivo do FINAME. Pela NOVA AMÉRICA as-sinou o Sr. Manuel Garcia, Diretor Administrativo àa empresa; pela HOWA,o Sr. Seigui Fujthira, seu Diretor Superintendente e pelo Banco CREFISULdê Investimento o Dr. Isa_ic Sírotsity, seu diretor.Em rápidas palavras, o Dr. Jayme Magrassi de Sá destacou a importânciada operação — um duplo record — e parabenizando as 3 organizaçõesenvolvidas: - HOWA - CP.EFiSUL - NOVA AMÉRICA... "3 gigantesque colaboram para tornar mais eficiente o processo da desenvolvimento

nacional". Destacou, mais uma vez, o papel do Banco CREFISUL da In-vestimento: — "O mais dinâmico agente financeiro da FINAME em todoo país". Disse, ainda, que esperava um incremento contínuo da efi-ciência da indústria têxtil — correspondente à imponência da operação— t uma diminuição efetiva dos preços ao consumidor.

O Sr. Manuel Garcia, em nome da NOVA AMÉRICA, ressaltou opapel dessa indústria — a maior da Sub-Região — Minas, Espírito Santo,Rio de Janeiro e Guanabara — para a obtenção de vestuário mais acessl-vel «o consumidor brasileiro. Relatou que * NOVA AMÉRICA desfruta d»uma situação privilegiada quanto à qualidade, e à produtividade, conse-quentemente, quanto i possibilidade de colocar no mercado tecidos dapreços menores.

Explicou ainda que grande parte disso se deve à filosofia empresarialhumanista adotado pela Diretoria. Concluindo, salientou aquele industrialqu* havia decidido pela compra destes 33 filatórios nacionais, tendo emvista o desempenho plenamente satisfatório, aprescnlado pelas 42 máqui-nas da aquisição anterior também de fabricação da HOWA do Brasil S. A.Os novos filatórios eslão apresentando performas ainda melhores pois es-tão agora mais aperfeiçoadas através de inúmeras inovações tecnológicas.

Maquinaria Nacional

A HOWA do Brasil S. A. Indústria Mecânica, há 13 anos vem for-necendo maquinaria de fiação e de tecelagem à indústria têxtil brasileira,contribuindo com grande peso para o seu re-equipamento e modernização.Os NCr$ 3.477.085,60 constituíram uma ótima aplicação porque o for-necímento de 38 filatórios de 400 fusos, totalizando 15.200, à NOVAAMÉRICA, representa também uma grande vitória do Brasil. Foi com ma*téria-prima, mão de obra e "know-how" brasileiros que se fabricou essaequipamento. E' uma esplêndida 'promessa. Pois operações de financia-mento de máquinas-equipatnentos, como essa com a participação do BancoCREFISUL de Investimento, estão contribuindo onormemente para renovar •indústria têxtil — a mais antiga do parque industrial brasileiro — e pantorná-la mais eficiente no atendimento da demanda de uma das popula-ções que mais cresce no Mundo. E que, portanto, meis necessidade tem ctevestuário.

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Flagrante colhido, após a assinatura do contrato, quando os pre-sentes ouviram a palavra do Sr. Jayme Magrassi de Sâ, Presidentado BNDE. Vê-se, scntuilo, no centro, o Sr. Seigui Fújiharq. DiretorSuperintendente da HOWA do Brasil S/A, e, à direita, o Dr. Riba-

mar da Nóbrega Galiza, Secretário Executivo da FINAME

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Page 26: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

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JORNAL DO BRASIL ? Terça-feira, 29/7/69 D L' Caderno

20 -

Mariníia ouve Darci e TSicolsôbre trama preparada noUruguai para matar Castelo

"¦ O Conselho Permanente de Justiça da l.a Audi-+ toria da Marinha interrogou ontem o professor Darci: Ribeiro e o ex-coronel Emanuel Nicol, processados

juntamente com 10 outras pessoas, sob a acusação-de participarem de um movimento contra-revolucio-

; nário com sede no Uruguai.i O coronel Emanuel Nicol disse, em seu depoi-Z mento, que um sargento ,de nome Leonir Lopes, o* procurara em Montevidéu para revelar que "estava- sendo considerado traidor pela cúpula brizohsta", es-

clarecendo que lhe fora pedido para eliminar o en-tão Presidente Castelo Branco.A TRAMA

Segundo ainda o depoent.e. osargento respondera aos torlzo-

'listas que só aceitaria a tare-" fa se contasse com mais dois

..homens, profissionais do cri-me, a fim de sair com vida doatentado contra o Marechal.

I Nessa ocasião, o sargento rece-Ueu ordens para contratir oselementos que pedira, sendoescolhidos dois argentinos. Acúpula brizolista, entretanto.recusou o trabalho dqs doisprofissionais, em face do altopreço cobrado por eles.

O coronel Emanuel Nicol,afirmou, por fim, que "LeonelBrizola traiu o coronel Jeíer-son Cardim do Alencar Osó-rio", acrescentando que quan-do aquele oficial

' chefiou omovimento de guerrilhas, em1965, o ex-Deputado retirou to-do seu apoio.

O professor Darci Ribeironegou as acusações a êleimputadas na denúncia, dei-xando a cargo de seu advoga-do as razões da sua defesa.O advogado, Sr. Wilson Mir-za, anexou aos autos do pro-cesso vários documentos: de-claração da Universidade deMontevidéu afirmando queDarci Ribeiro lecionou na ca-deira de Antropologia daqueleestabelecimento, no periodo de

¦ 1.» de julho de 19G4 a 31 dcdezembro de 1968; correspon-' dências das Universidades doChile, Buenos Aires, Venezue-Ia e Estados Unidos; certidãodo Superior Tribunal Militarinformando que o acusado nãofigurou no processo das guer-rilhas da serra do Caparão; edeclaração do Ministro do In-

¦terior do Uruguai, dizendo queo réu esteve asilado naquelepais, tendo-se apresentado pe-

riòdicamente s autoridades lo-cais, conforme determina a lei.

REDUÇÃO DE PENA

O Superior Tribunal Militar,por maioria de votos., reduziupára 18 meses de reclusão apena imroosta pela Auditoria da5.» Região Militar, Paraná(quatro anos de reclusão) nosestudantes Hélio Uvnau, Eli-sabste Franco Fortes, BertoLuis Curvo, Mário Oba, Antô-nio João Mânfio, CharlesChampion Júnior e o Jornalis-ta José Bonifácio Vilar.

No mesmo processo, o STMreduziu para um ano de re-cfeéfió" a. pena anlicada pelomesmo Conselho (dois anos dereclusão), aos estudantes Mau-ro Daissum, Otero Goulart,Judlte Maria Barbosa Trinda-de, Marco Apoio (dos SantosSilva, Irã Vieira Dias e MarcoAntônio Nascimento Pereira.

SUMARIO DE CULPA

O Conselho Permanente deJustiça da 2." Auditoria da 1."Região Militar iniciou o suína-rio de culpa do escritor HélioPelegrino, processado sob aacusação de ter assinado noCorreio da Manliã artigos con-siderados subversivos

Na qualidade dc testemunha.o jornalista Zuenir Venturadis=e que o acusado não per-tence a nenhum partido poli-tico, tendo feito parte da UDN,época em qus deu todo apoioã candidatura do BrigadeiroEduardo Gomes à Presidênciada República. Acrescentou queo Sr. Hélio Pelegrino semprese mostrou contrário ao em-prego de meios violentos paraa solução dos problemas poli-ticos nacionais.

MR-8 já preparava inícioda ação guerrilheira nointerior de Santa Catarina

Membros do Movimento Revolucionário 8 revê-laram' que a organização se preparava para iniciartáticas de guerrilhas em Lajes, em Santa Catarina,tendo mesmo feito alguns ensaios nesse sentido, noParaná, sob a orientação da guerrilheira portuguesaMaria Cândida de Sousa Gouveia.

Está prevista a transferência dos detentos paraa Ilha Grande, mas as mulheres deverão permanecer,antes disso, algum tempo no Presídio Feminino São

Judas Tadeu, assim que sejam concluídos os aloja-mentos especiais que estão sendo preparados. O IPMda Marinha deverá ser concluído em duas semanas e

os autos serão encaminhados à l.a Auditoria da Ma-rinha. \AÇÃO CONJUNTA

Todos os órgãos de seguran-ça do pais estão atualmenteempenhados na tarefa de des-mantelar a rede de terroristase assaltantes de bancos, combase nos depoimentos presta-dos pelos membros do MR-8.

Participam desse trabalhoagentes do DOPS da Guana-bara e do Paraná. O Grupode Operações Especiais da Se-cretaria de Segurança Públi-ca, a Segurança Ferroviária deCuritiba, além do' Serviço deSegurança da Marinha, da 5-&Região Militar e da 3.» ZonaAérea.

Foi constatado que o MR-8tem ligações com Carlos Ma-righela e com o ex-capitão Car-los Lamarca, este com atuaçãoespecialmente em São Paulo.

Foi apurado que o levanta-mento de fundos realizadoatravés dos coletivos üe ex-propriações 1 i m it a v a-s e aassaltos a estabelecimentosbancários, sendo esta uma dastrês coordenações integrantesdo Movimento.

As outras coordenações eramcoletivo s ó c i o-econômico daárea operacional, que era o

caso de Jorge Medeiros, queera dos membros que, de pró-pria iniciativa, movimentavamdinheiro para a organização;e, um coletivo de área de trei-namcnto.

A primeira prisão dos com-ponentes da organização foirealizada em Cascavel, no Pa-raná.

As autoridades ouviram on-tem o depoimento de JoãoManoel Fernandes, que con-íessou sua participação no as-salto à agência do Banco LarBrasileiro, em Ipanema, jun-tamente .com Ivais MarchettiMonte Lima, que chefiou aoperação; O assalto foi plane-jado numa casa, na Rua 15de Novembro, em Niterói.

Foi apurado ainda que aorganização aliciava pessoas dasociedade e da classe média,portadores de antecedentes cri-minais, principalmente vicia-dos em tóxicos, mediante amea-

ças de serem denunciados zenao cooperassem.

Várias dessas pessoas já fo-ram ouvidas no inquérito, sen-do logo colocadas cm planodiferente dos verdadeiros im-

plicados.

Estranho dátiro e levaJVC4 3 200

Um homem pardo, bem ves-tido, armado de revólver, assai-teu na manhã de ontem o co-mérclário José Meneses (casa-do, 55 anos, Rua "F", n.° 36,Favela Nova Holanda) levan-do uma pasta que continhaNCrS 3 200,00 — importânciaque ia ser depositada em umbanco.

O ladrão, na fuga, baleou suavítima na perna .esquerda eembarcou em um carro Itama-rati, de chapa GB 5-81-78 —que seria fria — fugindo. O as-salto ocorreu em um ponto deônibus na Rua Silva Vale emCavalcanti, onde , a vítima es-penava condução para ir eobanco.

ASSALTO RÁPIDO

O comerciário foi levado aoHcspital Salgado Filho de on-de, após medlcar-se, seguiu pa-ra a 29.* Delegauia Distrital alicontando com minúcias os \&.n-ces do assalto. Declarou quetrabalha para a Mercearia Cru-zeiro Novo, na Rua LaurindoFilho, e que seu patrão, o ne-gociante Horácio Salgueiro Aze-vedo, o mandara depositaraquela importância na agênciaMadureira do Banco Nacionalde Minas Gerais.

Na Rua Silva Vale — con-tou — aguardava condução nasproximidades do prédio n.° 261,quando surgiu um mulato, bemvestido, que apontando uma ar-ma gritou aua era um assalto.Depois arrebatou-lhe a pastacem o dinheiro, deu-lhe o tirona perna esquerda e'embarcouno Itamarati, que o esperavamais adiante. Tudo foi feito emsegundos e as demais pessoasque se encontravam no ponto,igualmente aguardando condu-ção, nada puderam fazer.

f:

Tiro ao alvo Paulo Duarte divulga nota*de adultos de repúdio à destruição do-mata menina monumento a Garcia Lorca

São Paulo (Sucursal) — Amenina Maria Lúcia Bispo daSilva, de quatro anos, brinca-va de roda quando foi mortacom um tiro no peito. Os res-ponsávcls, o industrial DéçioBucharell e seu assessor Pau-lo Silva, treinavam tiro ao ai-vo' nos fundos da fábrica eacertaram Marta Lúcia. Es-rtão presos na. Casa de De-tenção.

Para »¦ 29.* Delegacia Po-liclal, o processo terá um agra-vante: os dois responsáveis pe-Ia morte da criança quiseramfugir e não deram assistênciaá vitima. Os policiais tentamdeterminar quem atirou emMaria Lúcia, pois os dois es-tão se acusando mutuamente.

MORTE.E FUGA

Ao terminar'o expediente noúltimo sábado, o industrial Dé-cio Bucharell convidou seu as-sessor para treinar tiro ao ai-vo na fábrica de papel de suapropriedade, em São MiguelPaulista, um dos bairros mais.afastados da capital de SãoPaulo.

O alvo escolhido eram os mou-rões de uma cerca nos fundosda fábrica. Próximo ao localvárias crianças brincavam deroda. Os vizinhos alertaramsôbre o perigo; os dois não seimportaram. Um deles atingiuMaria Lúcia.

Os criminosos fugiram nu-ma camioneta da firma, masforam interceptados quandopararam para abastecer o veí-culo num posto de gasolina.Ainda assim tentaram correr,sendo presos metros adiantepor populares. Não fosse a in-terferència de uma radiopatru-lha, os assassinos seriam lin-chados.

' São Paulo (Sucursal) — O presidente da Cp-missão do Monumento a Garcia Lorca, professorPaulo Duarte — ex-catedrático de Pré-História e Ar-queologia da USP — distribuiu ontem nota de "repú-

dio ao ato de vandalismo praticado na Praça dásGuianas."

— Energúmenos sem nome-t— afirma a nota, —entocaiados na noite e na própria estupidez, des-truíram o pequeno monumento que os intelectuaisde São Paulo ergueram em memória de um grandepoeta: Garcia Lorca. Os vândalos deixaram um car-tão de visitas "CCC voltou — comunas fora." Querdizer,' uma quadrilha de fascistas teria agido parapraticar um ato contra os comunistas."COMISSÃO DOMONUMENTO

— O monumento a GarciaLorca — explica o professorPaulo Duarte — foi erigido soba égide de uma comissão pormim presidida, e da qual fa-ziam parte, entre outros, AlceuAmoroso Lima, Alberto D'Aver-sa, Alipio Correia Neto, Antô-nio Cândido de Melo e Sousa,Cacilda Becker, Francisco deAlmeida Sales, Francisco Bu-arque de Holanda, Décio deAlmeida Prado, Érico Verissi-mo, Flávio de Carvalho, Jairde Carvalho, João Carlos Mel-reles, José Geraldo Vieira, Ju-ca de Oliveira, Ligia FagundesTeles, Leonardo Arroio. MariaBonomi, Maria Delia Costa,Maria José Dupré; Mário daSilva Brito, Paulo Autran, Pe-dro de Oliveira Ribeiro Neto,Rute Escobar, Sandro Polonl,Sérgio Buarque de Holanda,Vinícius de Moraes t RenataPalMttni.

Todos são Incompatíveis com

o totalitarismo da esquer-da, e, da mesma forma são in-íensos ao comunismo o artistado monumento, Flávio de Car-valho, e o próprio homenagea-do, Garcia Lorca, que íoi as-sassinado pelos fascistas espa-nhóis, pela mesma fomia üorque agora é destruído o seumonumento.

Depois de afirmar que os de-predadores da estátua de Gar-cia Lorca agiram "como agidotêm todos os genuínos fascistasdo mundo", o professor PauloDuarte concluiu a nota afir-mando que "como presidenteda Comissão do Monumento aGarcia Lorca, e como escritor,jornalista e professor, intran-sigeutemente incompatível comqualquer tirania, não podia dei-xar de fazer o meu protestocontra essa vilania, praticadacontra a memória de um dosmaiores poetas que se tornousímbolo universal do sacrifíciodos verdadeiros homens de peh-samento que tombaram em de-íesa da liberdade."

Marinha busca maiscinco terroristas

Leia editorial"Na Pista do Terrorismo"

AVISOS RELIGIOSOS

EDITH GONÇALVESRODRIGUES DA SILVA

(Viúva General José Rodrigues da Silva)(MISSA DE 7.' DIA)

+

Sua família sensibilizada, .agradece as mani-festações de pesar recebidas por ocasião doseu falecimento, e convida para a missa de7° Dia, que será celebrada hoje, às 11 ho-

ras, na Igreja da Irmandade da Santa Cruz dos Mili-tares, à Rua 1.° de Março. (P

. LUIZ ANNIBAL FALCÃO(MISSA DE ANO)

+

Emérita C. de Almeida Falcão convida

parentes e amigos para a missa queem sufrágio da alma de seu saudoso

-esposo mandará celebrar, na quarta-feira, dia30, às 11 horas, na Igreja de Santa Luzia, àRua Santa Luzia.

ROBERTO LONG(FALECIMENTO)

A família pesarpsa comunica seu fa-ferimento e que o féretro sairá hoje

às 9,00 horas do Cemitério São João Batista

para a mesma necrópole.

A Marinho, continuou ontemnas deligências para capturaras cinco pessoas integrantes doMovimento Revolucionário—8qr.e por pouco não foram prê-sas há dois meses pela PoliciaFederal, durante as investiga-çoes realizadas no Paraná paradesmantelar a organização suo-versiva.

O restante do MR-8, 22 ho-meus c cinco mulheres, con:>nua preso na ilha das Plò-res, sob a vigilância de fuzilei-ros navais. Todos permanecemincomunicáveis e serão enqua-drados na Lel de SegurançaNacional.

OS CINCO

As cinco pessoas que estãosendo perseguidas pela Marí-nha e por agentes de todos o»órgãos de informações do Go-vêrno foram denunciadas porAloisio Ferreira Palmar, o An-drè, após um acidente do car-ro em que viajava, em Foz doIguaçu. No carro, a polícia en-controu material de propagan-da subversiva e armas porta-teis.

Depois de Interrogado, An-dré revelou o local onde po-dfem ser encontrados algunsmembros do MR-8, em Casca-vel e Moritelandia, no Paraná.

Livro de Mao

_*

e apreendido,pela polícia

O DOPS'apreendeu ontem,na Rua Visconde de Inhaú-ma, 50, sala 505, 4 800 exem-

plares da terceira edição dolivro Citações âo presiãenteMao ¦ Tsc-tuncj.

Os volumes foram compôs-tos e impressos sob enco-mcncla de José Álvaro Edi-tor pela Companhia EditoraFon-Fon e Seleta, localizadana Rua Pedro Alves, Ç0. Coma apreensão de ontem, .soma13 mil o número de livrosrecolhidos pela policia.

YOLANDA DA COSTA TEIXEIRA(MISSA DE 7.° DIA)

+ A família de YOLANDA DA COSTA TEIXEIRA convida os pa-rentes, e amigos para a missa de 7.° dia que manda celebrar

no dia 30, às 10 horas na Igreja de S. José por alma de sua saudosaesposa, mãe, sogra e avó, falecida no dia 25 do mês corrente/agra-decendo antecipadamente a todos que comparecerem.

YOLANDA DÂ COSIA TEIXEIRA(MISSA DE 7.° DIA)

*A Diretoria da Cruzada da Oração e Rosário em Família con-

vida a seus amigos e colaboradores para a missa de 7.° dia

que manda celebrar no dia 30, às 10 horas na Igreja de S. José,

por alma de YOLANDA DA COSTA T.EIX- .IA, sua dedicada e sau-dosa secretária, cujo falecimento ocorreu no dia 25 do mês cor-

rente, agradecendo antecipadamente r iodos que comparecerem.

Pouco antes de a polícia che-gar, Sebastião Medeiros Filho,o Sau'o; Marco Antônio dc>Fa-rias Medeiros, o Davi; AntônioF.OTério Garcia de Oliveira, oVladimir 2 Ives Mancheti Mon-te Lima. fugir.m sem que osagentes conseguissem persegui-los.

JUSTIÇA

A Ia. Auditoria da Marinhaaté ontem não havia recebidonovas comunicações dc prisõesrelacionadas com o inquéritopresidido pelo Capitão-de-Mar-e-Guerra José Clemente, emtorno da existência do Movi-mento Rcvolucionário-8.

O encarregado do IPM, deconformidade com a Lei dc Se-gurança Nacional, tem podèrespara mancer os indiciados pré-sos pelo prazo máximo de 6üdias. Findo esse prazo, se ain-da considerar necessária acustódia para prosseguimentodas investigações, poderá re-querer a sua prisão preventivar.o Conselho Permanente deJustiça daquela Auditoria.

O IPM não foi ainda d:stri-buído à. Justiça Militar, umavez que prosseguem as düígén-cias para apurar maiores dota-

' lhes sobre o plano subversivo.

Gás matacasal emlua-de-mel

O mecânico Ivanir da Rocha,de 23 anos, e Helenice Alves,de 19 anos, realizaram os so-nhos de suas vidas sábado,ciuando casaram, mas tiverampouco teníno para vivê-lo. On-tom fornm encontradas mortosna casa 2 da Avenida dos Ita-lianos, ¥11. onde passavam alua de mel e prctsndiam viver.

As autoridades da 31." Ds-legacia • acreditam em aciden-le, "intoxicação por gás", e odepoimento dos vizinhos con-firma; esta hipótese, files sen-tiram o cheiro do gás e nãotinham visto o casal durantetodo o dia-. Pressentiram umatragédia e estavam certos:quando arrombaram a porta,encontraram o jovem casalmorto na cama.

MORTE NO SONO

Helenice estava de eamisolae parecia dormir. Ivanir davaa impressão de haver sentidoo cheiro do gás e, antes decair atravessado sôbre sua mu-llier, deve ter-se esforçado pa-ra levantar.

A hipótese de homicídio foiafastada imediatamente, pois-não foi notado sinal de violén-cia. A casa se encontrava fe-chada normalmente e todas ascoisas em seus lugares. Mas ocomissário Oto aguardará oresultado do exame cadavéricopara completar o registro daocorrência.

Novena poderosa aof.lenino Jesus ds

Praga

COMUNICADOSWEEPSTAKE

GRANDE PRÊMIO BRASIL1969

O Jockey. Club Brasileiro e a Administração do Serviço de .lote-

ria Federal comunicam o adiamento do sorteio do Sweepstafce e- da

prova turfística "Grande Prêmio Brasil" para o próximo dia 31 de

flClÚSlO. ...Desta forma, todos os bilhetes do Sweepstake emitidos para o

sorteio do dia 3 de agosto permanecem válidos para o sorteio do

dia 31 de agóôto de 1969.

SWEEPSTAKEGRANDE PRÊMIO BRASIL

PRÊMIO MAIOR

NCr$ 1.000.000,00

I

(p

Negrão quer saber gastos,das Secretarias para ver >

qual o corte no Orçamento^O Governador Negrão de Lima ainda está aguar-

dando que as Secretarias de Estado informem quaisas despesas marcadas para este final de exercício, afim de determinar os cortes necessários ao equilíbrioorçamentário.

A informação foi prestada pelo Secretário de Fi-nancas, Sr. Alternar Dutra de CastilVio. que classifi-cou de "normais" tais medidas, sempre tomadas aoíinal do exercício.

tência para determinar quaisas despesas a serem cortadas,visando ao equilíbrio entre are-ceita e a despesa.

Segundo o Secretário de Fl-"nanças, esses estudos de com-

pensação deverão ser enviadosao Governador nos próximosmeses. Até agora não houvenenhum corte de recursos fe-derais & Guanabara que im-portasse numa paralisação dasobras da Sursan.

REVISÃO

— Já estamos no segundo se-mestre deste ano e, como é nor-mal, são feitas certas conten-ções de verbas, depois de es-tudos de revisão dos gastos edespesas fixadas pelas Secre-tarias de Estado — explicou oSr. Alternar Dutra de Castilho.

Salientou também que os es-tudos são levados ao Governa-dor, que é quem tem compe-

v: BRASMOTOR SAEMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES

. C.G.C. Inse. n.° 61.084.984

(Sociedade de Capital Aberto) i

ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

São convocados os Senhores Acionistas da BRASMOTOR S.A.

EMPREENDIA/ENTOS E PARTICIPAÇÕES para se reunirem em As-

sembléia Geral Extraordinária, no próximo dia 8 de agosto de 1969,

às 10 horas, na sede social, na Praça Antônio Prado, 33 — 3.°

«ndar, em São Paulo, a fim de deliberarem sôbre os seguintes as-

juntos:

a) Verificação e aprovação do aumento do capilal social auto-

rizoclo pela Assembléia Geral Extraordinária de 3 de junhode 1969, mediante subscrição em dinheiro;

b) conseqüente alteração dos Estatutos Sociais;

c) outros assuntos de interesse social.

Os titulares de. ações ao portador, para serem admitidos à

Asrembléia, deverão depositá-las, com três dias de antecedência, na

sede social.

São Paulo, 25 de julho de 1969.

BRASMOTOR S.A.

Empreendimentos e Participações

Pela Diretoria:

J. Adhemar de Almeida Prado, Presidente

José Bastos Thompson

Marcos Vieira da Cunha

Hugo Miguel Etchenique

Innocencio Marques de Góes Calmon

Ivan Theodoro Rombauer

Sursan ignora se corteafetará obras na praia

osan,lho

(P

Por uma s™?.8 *lcanc,âdaOljl

BRASMOTOR S.A.EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES

Sociedade de Capital Aberto

C.G.C. Insc. n.° 61.084.984

AVISO AOS ACIONISTAS

BONIFICAÇÃO EM AÇÕESA Diretoria da BRASMOTOR S.A. EMPREENDIMENTOS E PARTI-

CIPAÇÕES comunica aos Senhores Acionistas que, a partir do dia

4 de agosto p. vindouro, fará a entrega das ações em bonifica-

ção, autorizada pela Assembléia Geral Extraordinária de 3 de iunhode 1969, na proporção de 3 (três) para cada 10 (dez) das atual-

mente possuídas, sem ônus ou encargos fiscais.

A entrega se fará contra a entrega dos cupões n.° 41 dos

títulos de ações ordinárias e n.° 10 dos títulos de ações prefe-renciais, • representadas por um único título múltiplo a cada

acionista, na sede social, na Praça Antônio Prado, n.° 33 — 3.°

andar, em São Paulo, ou no escritório na Avenida Presidente Var-

gas, n.° 309 — 17.° andar, no Rio de Janeiro, das segundas às

sextas-feiras, das 8,30 às 11,30 e das 14,30 às 16,30 horas.

superintendente da Sur-Sr. Geraldo Reis Carva-ainda não sabe até que

ponto as obras do alargamentoda praia de Copacabana serãoafetadas com o possível corteno Orçamento estadual, a serdecretado pelo GovernadorNegrão de Lima.

' — Por enquanto não sabe-mos de quanto será o corte.Tudo depende dos entendimen-tos que estão sendo mantidosentre o Ministro do Planeja-mento, Sr. Hélio Beltrão, e oSecretário do Governo, Sr.Eduardo Portela Neto.

UNIÃO SUSPENDE

Poderá ser suspenso no pró-ximo ano o auxilio da Uniãopara pagamento de algunsservidores do Estado — bom-beiros, Policia Militar e PoliciaCivil — que optaram pelo ser-viço público federal quando dacriação do Estado da Guana-bara. A suspensão do auxiliodo

'Governo federal aumenta-ria em NCrS; 30 milhões as des-pesas do Estado, que paracompensar faria alguns cortesnos orçamentos das Secretariasde Estado.

— Não sabemos se o cortevai nos atingir. Os entendi-

Tecnologiaquer sabercomo é o Rio

mentos entre os Governos fe-deral e estadual vêm sendomantidos para determinar qualserá a redução — disse o Sr.Geraldo Carvalho.

— Para o próximo ano pedi-mos NCrS 300 milhões, dosquais NCrS 127 milhões paraobras públicas. O restante se-ria distribuído da seguinte for-ma: NCr$ 100 milhões com pa-gamento de pessoal; NCrS 15milhões em custsio; NCrS 53milhões em outros investimen-tos, incluindo a compra « ma-nutencão de material e equipa-mentos.

. Dos NCrS 127 milhões —acentuou — cerca de NCrS 60milhões seriam gastos com oconjunto de obras de Copaca-bana, sendo NCr$ 11 milhõespara o atórro; NCrS 10 milhõespara a urbanização da área;NCrS 6 milhões para aabertu-ra do túnel Leme—Praia Ver-melha; NCrS 11 milhões parao interceptor oceânico (que sópode ser feito com o alarga-mento da praia); NCrS 20 mi-Ihões para o lançador sub-marino (complemento do in-terceptor); e NCrS 2 milhõespara as obras provisórias d»adaptação do sistema de esgo-tos.

Massa quemuda dá bomtempo ao Rio

São Paulo, 28 de julho de 1969.

A DIRETORIA

O Secretário de Ciência eTecnologia, Sr. Arnaldo Nis-kier, disse que está estudan-do a assinatura de convêniopara o levantamento da si-tuacão do Estado em váriossetores, com o que será pos-sivel programar o seu de-senvolvimento até o ano2000.

Para esse levantamento,que indicará onde e como aciência e a tecnologia pode-rão atuar, serão destinadosNCr$ 100 mil. A entidadeque poderá ser contratadaé o Fundo de Financiamen-to de Estudos e Projetos,mas será solicitada a cola-boracão do Instituto Nacio-nal cio Tecnologia. Segundoo Sr. Arnaldo Niskicr. o Fi-tirp vai financiar 80% cioprojeto.

O Escritório de Meteorolo-

gia prevê, para as próximashoras, tempo bom, no mo-

mento em que ocorre a tran-

sição da massa polar para

tropical, fenômeno que se dá

ha totalidade do país.

É prevista, também, a for-

mação de nevoeiro pela ma-

nhã e de névoa seca, à tar-

de, e o dia de hoje será mais

quente do que o de ontem,

quando a máxima, de 28.2

graus, ocorreu na Praça Ba-

rão de Corumbá, e a mini-

ma. dc 13,7 graus, foi regis-

trada no Alto da Boa Vista.

<~.;?~> ¦'¦; ..-¦——r;.: \:,i :::'S~~~s~~3ssis

Page 27: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

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oJ0RNAL DO BRASIL Q Terça-feira, 29/7 fS9. D ''

1-* Caderno TURFE - 21

Bom exercício de Sabinusassinalando 2ml6s para os2 040m com Juan Amestely

.„-.:;, Sabinus, tendo em seu dôrso o chileno JuanAmestely, agradou aos observadores quando do exer-cício realizado na manhã de ontem, na pista deareia da Gávea, ao percorrer com boa ação os 2 040inetros em 2ml6s, qom lm47s para. a milha, demons-- jjrjindo que deverá ostentar o seu melhor estado porocasião do GP Brasil.

Mais três prováveis concorrentes à nossa maiorcarreira estiveram em ação no mesmo terreno, abor-'trándo

percursos diferentes. Ask For It marcou lm41s*para bs 1 500, com Haroldo Vasconcelos às costas; Ipu,dirigido por Adalton Santos, assinalou lm25s para os

1 200; e Walad, com o freio Daniel Santos, percorreu2m44sl[5 para a milha e meia, anotando Im46s3]5'fiara os 1 600 metros, todos os três agradando."litONTERREY

BW ÓCULO

Monterr-ey A. Bolino —

„".£,_ Impostor — P. Maia — 1 400em lm 38s.

_,'..',Jlabide — R. Penido — 1000cm lm 06s 4/5.^Egis — L. Carlos — 1300

,em lm 28s.itâjj Sândalo —•¦ .J Silva — 1 600

cm lm 54s.-<- Inszno — P. Lima — 1200

. cm lm 21s.-.•.;:,Mifalah — F. Mala — 1300•em lm32s.

-'-"Xouksor — L. Carlos — 1 300-fem lm29s 1/5..v;;;ygt.rong Love _ N silva _* lr200 em lm 23s."'ÍQUARAÇU

"Heraldo — A. Santos — 1 300^J& lm 34s 2/5._• ;vsfcruinéu" — Lad. — 1300 em"lm 27s.(Jlj,Dirajaia — U. Meireles —...1300 em lm 31s.

. _•-,Igaraçu — D. Santos — 1 300cm lm 26s. '

Dr. Didi — J. Reis — 1300em lm 31s.

Oirls — F. Maia — 1 300 emlm 26s 4/5.

Randana — L. Correia —1 300 em lm 31s.

Ask For It — H. Vasconcelos—j. 1500 em lm 4ls.

DRAGÃO' "bragão — A. Santana —

>-'i*500 em lm 39s 3/5.0 .Iatagan — A. Pinheiro —"J'500 em lm 43s.Oi a Estaleiro — R. Carmo —

1 000 em lm 07s...-AJáccio — .J Borja — 1200em lm 62s.yAlmablue — A. Ramos —

,. j.300 em lm 29s 1/5.' Jacará — J. Borja — 1 200cm lm 22s 2/5.

Hãlimo — L. Correia — 1 200¦ém lm 21s.""Oomph — A. Bolino — 1300"cm lm 27s.

¦ CATIVANTE

"-¦'Minha Gatinha — O. F. Silva* '-r-1500 em lm 44s.;_Ipu — A. Santos — 1200ím lm 25s.

Feitiço da Vila — P. Lima1 400 em lm 34s 3/5.Hal Truz — C. Valgas —

1 200 em lm 23s.Ioiô — M. Hévia — 2 040

em 2m 40s — • 1 G00 — em lm55s.

Cativante — A. M. Caminha1 400 em lm 34s.King Lawrence — H. Vas-

concelos — 1400 em lm 33s3/5.

Chico Bóia — L. Alvarenga300 em 22s 2/5 e 24s 2/5.

Merry Christmas — J. PedroF?, — 1 600 em lm 49s.

VESANO

Walad — D. Santos — 2 400' em 2m 44s 1/5 — 1600 emlm 46s 3/5.

Allez — A. Ramos — 1300em lm 26s 2/5.

Japu — J. Amestely — 1 400em lm 33s 3/5.

Lancaster — F. Maia — 1 300em lm 30s 2/5.'

Admirai — J. Bafica — 1 200cm lm 95s 3/5.

Expo 67 — J. Machado —200 em lm 18s 1/5.Vesano — L. Acima — 1 400

cm lm 30s 3/5.Xazir ¦— J. Reis — 1400 em

lm 34s 2/5.Jabupirá — A. Santos — 1 000

em lm 05s 4/5.

SABINUS

Sabinus — J. Amestely —040 em 2m 16s — 1600 em

lm 47s.Alicondom — J. Machado —

1 400 em lm 37s 2/5.Tántor — F. Esteves — 1 000

cm lm 06s 2/5.Nascote — A. Machado —

1 400 em lm 33s 4/5.Goiás — F. Maia — 1400

cm lm 38s 2/5.El Grillo — L. Alvarenga —

1 000 em lm 08s 2/5.'•Fatorial — O. F. Silva —1900 em 2m 14s — 1600 emlm 48s.

Harari — J. Silva — 1400em lm35s2/5.

Dom Chico — J. Pedro F."— 1 200 em lm 19s 3/5.

J. C. MoraesO cavalo El Centauro amanheceu on-

tem com uma gripe intestinal, e, apesar defaltar ainda um mês para a realização doGrande Prêmio Brasil, é difícil á sua recupe-ração a tempo de participar da prova inter-nacional, na condição de um dos nacionaismais credenciados para a vitória.Favoritos corresponderam

O desdobramento da única corrida da sema-na, no domingo, tião apresentou muita vibração,vingando quase todos os favoritos dos nove pá-reos programadoê, com Jajim e Happy Excellentem destaque, precisamente por participarem daseliminatórias.

O velho Silêncio, aos 1 anos de idade, levan-tou o oitavo páreo, em 1300 metros, pràticamen-te de ponta a ponta, correndo para dentro, logoapós a partida, não mais se deixando alcançar,apesar dos esforços de (Surundl, que custou a,sair do caixote formado por um bloco de compe-tldores, Completou a pitava vitória de sua cam-panha, com prêmios de NCr$ 17 7.30,00.

i°ai/Zo Alves, no dorso de Patchouly, amplioua vantagem na liderança da estatística de jó-queis, com 47 pontos, contra 43 de Orací Car-doso, ainda com a perna esquerda imobilizada,em conseqüência da queda sofrida do cavalo Útil,que morreu fulminado.

Jorge Pinto, 36, J. Queirós, J. Machado e F.Pereira F.°, todos com 31, mantiveram as de-mais colocações.

José Luis Pedrosa, com o ponto que marcoupor ititerméãio de Jajim, igualou-se a Ernânide Freitas na categoria de treinadores, somando,agora, 39 vitórias, contra 38 de Antônio Pinto ãaSilva que marcou com Batei, no quinto páreo.

Semana com apenas uma corrida, destacan-do-se a sobriedade do diretor Rodolfo Porto d'Ave,sempre solicito com os homens da imprensa, in-formando certo e com propriedade.Còrejada __'« Gávea

É possível que a tordiiha gaúcha Còrejada.seja apresentada em uma prova- no dia 31 deagosto, na Gávea, segundo revelou o treinadorMilton Signoretti, em São Paulo. Já está decidi-do, também, que o jóquei será Antônio Ricardo.

AJclhor fundisiaViziane, considerado o melhor Jundista do

Utrje paulista, está em fase de recuperação dogarrotilho que o atacou c, com a transferênciado GP Brasil para o dia 31 de agosto, ficarámesmo em Cidade Jardim, reiniciando os pre-parativos para a prova internacional. O Irei-nador Anísio Atidreta chegou a pensar em en-vid-lo para o haras, voltando atrás na decisão.Luis Rigõni foi convidado para conduzir Vizianeno GP.

De tudo mu poucoCastelo com a vitória que obteve -em Cidade

Jardim, passou a ser considerado o lider da ge-ração, apesar de sua irregularidade nas apresen-tações' • Uzuki voltou a trabalhar normalmen-te, devendo atuar muito bem na milha interna-cional de agosto, segundo o treinador Carlos Ca-bral. O que ainda não está decidido é se JorgePinto será o seu jóquei O Moustache está ape-nas caminhando, para recuperar a melhor for-ma física, devendo trabalhar jorte na quinta-feira, em Cidade Jardim.

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Quando você descalça as chuleiraslou simplesmente desce das arquiban-cadasl, seu organismo peda algo es-pecial para refazer você das emoçõesdo futebol. E hora da relemperanle,ativa, saborosa Água Tônica Brahma IComo você se sente bem após um bomgole de Água Tônica Brahma ! Você re-conhece aquele sabor tônico-aperili-VO... aquele sabor verdadeiramentetropical que só Água Tônica Brahmapossui I Mas... exija a qualidad»Brahma ao pedir Água Tônica !

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Maciglio ganhou bem de Baraçau dominanâo o páreo âesáe o início .é confirmou sua'¦ótimáifmná!y'---%

Maciglio distanciou os GPHemB&gseus dois únicos rivais

Maciglio, filho de Macip, venceu fácil-ínente a melhor carreira de domingo naGávea, impondo-se de ponta a ponta aosseus dois únicos rivais, sob a direção deJosé Correia, demonstrando ser um ani-mal dotado de apreciável poderio locomotore que não esc.?ihe pista para correr.

Quatro animais não atuaram na provacm questão, o que concorreu para um tri-unfo mais tranqüilo do pensionista de Vál-ter Aliano, o quarto em sete tentativas. Areunião transcorreu mais animada do queas duas últimas e o número de deserções— 20 — deixou claro que em pouco tempoas corridas voltarão à normalidade.

3.° Xenof-O, l. Machado 5d 0.934.» Hleto, J. Borja. ..¦ 56 0,46S.° Iiinnrd, D. Santos 57 0.24

RESULTADOS

1." PARI-O — 1 600rrònilo: NTrS 2 0dO.no

metros — Pista: At —

1.» Pivtoh _uly. P. Alves 2." S .vi. H. Rlt!?1™ I." IT-noy Jnek. G. Meneses .-.2

NCr..0.16n <•-,1.2S

Diferenças: i\_ corno _ p-^fp^o. Trn,nn; vw*2'üi Vencedor (2) NCrS 0.J6. D'.'nH (54) 0.5. PIkcí.:(2. OM e (5) 0.25. Movimento do p_r'n: Ni^-Ií" 184,00. PATCVOULY — M. C. 6 ano-,. PF!. Flllnçfio:P--ur e ^fnnte'nlK .Pfoprletírlo: i?" ' Il.-'i|rep«8.T—'-".dor: Snl)_".!no d'Amo:'e. Criador: SHHl Bacn-clicry.

¦>n p.nFo — 1M0 metros — Pisla: CL —rrfmlo: NCrS 4 00n."0

KCf .l.o ""inv F.cePe"'. G. Menes?s 5n 0'42.° Only Love. A. n.llno 5_ 0."_3.° S^'oclr.vin. J. Br'.70la 50 0.42

KTo corrnram; Já e Mpntef">.r'.fCircnrrs_ n-i d" cnvpo e *\ dp co^no, Temrin»

l'22"l/5.- Veneedor fl) NCrJ 0,14. Dinla (13) 0.21).P'^e"s: fl) 0,10 e í4) 0.12. Movimento do püreo:K"l'S ni R6.5.00, HAPPV FXCFLI..rN'T — F. A. 3. anos.P1?, FIll-t-Ao DiiP"n'iorr e Orilnla. P"onrletririo:néllo Perdi.Ao de Freitas. Criador: Haras Belmont.

Nfio correram: La Poupée, Brcngol c Sândalo.Diferenças: 2 corpos e vários corpos. Tempo:

1'45". Vencedor (1) NCrS 0,17. Dupla (14) 0,41. Pia-cès: (1) 0;i3 e (8) 0,16. Movimento do páreo: NCrS53 549,00. BATI3L — M.C. 5 anos. SP. Flüaçáo:Kameran Khan e Cloche d'Or Proprietário: StudCS.A. Treinador: Antônio P. da Silva. Criador:U.iras Gúãyçara..

6.° PAltEO — 1 000Prêmio: NCrS 2 500,00

1.» Peristllo. J. Tinoco2.» Steel, C. R. Carvalho3." F..7,lo, R. Ribeiro ..4.o Insensatez, A. Mnrçal5.° Assombro. E. Marinho

Nâo correram: Oneslta. Brotidy Kantor, Corclla-lista. Cacau e Alba Iúlla.

Diferenças: vários c l|i corpo Tempo: T04".Vencedor (10) NCrS 0.37. Dupla (14) 1.20. Placés:CO) 0.23 e (1) 0.30. Movimento do páreo: NCrSCS395.C0. PERISTILO — M. C. 5 anos. RGS. Filia-ção: Estromadur e Gigolette. Proprietário: Iran LuísS..ir_s. Treinador: J. J. Tavares. Criador: HarasClndmomò.

7.» PAltEO — 1600 metros1'rt'mio: NCrJ 2 00(1.(10

metros — Pista: AL —

NCrS 55 0,37 57 0,53 53 0,20

1 55 0.663 54 0,45

l.o Valete. A. R.imos 2.o Joclinc, J. Pinto 3.o Hannibal, J. Pedro F.o4,o Allate, P. Alves 5.o Klmlino, R. Ribeiro ...

Pisla: AL —

NCrS53 O.SB53 0,5753 0.1357 0.4552 0.45

Diferenças: li coipo e _ corpo. Tempo: T46"175. Vencedor (8) NCrS 0.38. Dupla (34) 0,69. Plarcí:s: (8) 0.33 e (6) 0,39. Movimento do páreo: NCrS63 130,00. VALETE — M. C. 7 anos. RGS. Filiação:Vcmüsco e Mulata. Proprietário: João Calleya. Trei-nador: Zilmar D. Guedes. Criador. Alfeu Gonçalves.

8." PAllüO — 1 300Prêmio: NCrS 2 000,110

metros — Pista: AL —

3.o PARPO — 1 300 metros — Pista: CLPrêmio: NCrS 4 onn.oo

1 o .J-i'm. A. S-"cs 2,o v».upy Heãycnly. O. ^T',nof^^R3." Fnemy, J. B. Paulielo £5

0 ' .0.500,44

1.» Silêncio, F. Mala 2.o Curu-.Hli, J. Queirós 3.o Gutulalqulvír, J. Machado4.o Rio Nego, U. Meireles 5.° Jallsco. A. M. Caminha ...

NCrS0,240.590.531.472.32

Nr,o corrrrn.in: B^ip _ Klko.rtr^Vchçns: 2V_ cprpn". e 3/i d* c^mo. Tprr1*!^:

l'"9"2'5. Vcnr^dor (1) NOS 0.16. D.nla (12) 0.19.Piiéfa.: (1) 0.1! e (3) 0.15. M"v!me-to tio pí-»o:NCr- 51 937.00. JAJIM — M. T. 3 anos. SP. Fi'laç.«n:Proper e Ur->». Prer)r!°''írlo: _5'''a O. P'lxoto deCastro. Trelnirlor: ,Io«é L. Pe-lrosa. Criador: A. J,Peixoto de Crr-íro Jr.

Diferenças: li corpo e cabeça. Tempo: l'23"2/5.Vencedor (1) 0,24. Dupla (12) 0.61. Plncõs: (1) 0,17 e(5) 0,30. Movimento do páreo: NCrS 72 413.00.SILÊNCIO — M. C. 7 anos, SP. Filiarão: FasiDuerc ümbaViba. Proprietário: M-.uiry Lemos Gama. T.cl-nador: J. E. Sinisa. Criador: Haras São Jose.

n.» PARCO — 1300 metrosPrêmio: NCrS 2 000,00

4." PARFO — 1400 metrosPrêmio: NCrS 3 .-90.00

1.° Macisüo. J. Correia 2.o Bwiu.nu. p- Alves 3.° Nacota, D. Santos

Pista: _'L —

NCr.53 0.1055 0."152 0.62

l.o Arlon. A. Ramos 2.o Amilcar, J. Gil 3.» Andaluz, M. Carvalho4.o Anslo, M. Niclevisk ..

,5.o Seu-Ary, J. Machado

Pista: AL —

NCrS53 0.7657 0.3256 0,5057 0,5157 0,24

Náo correram: Protou. Firme. Ilo e JaborriVI.Diferenças: 1 corpo e vários corpos. Tempo:

!'30"1.5. Vencedor 11) NCrS 0.10. Dupla (14) 0,12.Movimento do pí.réò: NCrs 19 810.CO. MACIGLIO —M. A. 4 ano. RCS. Flllar.ã.: M-icl . e Fl.lla Mia.Proprietário: Stud Favorito. Treinador: Válter Alia-no. Criador: Haras Itapui.

CAMPANHA

Maciçlio já participou rie sete provas, vencenfloquatro, sendo uma na grama, que se apresentavamacia e as outras três na areia, leve e macia. Con-(liilstoii mais um segundo, arrematando descolo-eatlo nas duas restantes. O total dc seus prêmiosalcança a Importância dc NCrS 15 050,00.

5.o PAREÔ — 1 600 metros — Pista: AL —rrémlo: NCrS 2 500,00

NCrSl.o Batei, J. Amestelly 57 0,172.o Aranée, U. Meireles 50 1'.81

Náo correram: Falcão, Hiawathn, Scorplon eD:lícs.

Diferenças: % de corpo e vários corpos. Tempo:l'25"-l/5. Vencedor (7) NCrS 0,76. Dupla (13) 0,37.PlaóSs: (7) 0,43 e (2) 0.22. Movimento do páreo:NCrS 57 881,00. AELON — M. T. 6 anos, SP. Filiação;i:_m:i:y e Place Vcnclonie. Proprietário: Haras San-ta Ani.a S/A. Treinador: Jor^e Morgado. Criador:Haras Santa Anita S/A.

MOVIMENTO DAS APOSTAS — NCrS 510 484,85

Resultados dos ConcursosBOLO DE SETE PONTOS

54 vencedores. Rateios: NCr$ 258,76

BETTING DUPLO

68 vencedores. Rnteios: NCr$ 141,94

Comissão formou 13 páreos euma prova especial em 1600

ra do futebol, vá com a Brahma • ouça a Emissora Con»inenfal!

A Comissão C> Corridas or-ganizou 14 páreos para asre-uniões do fim de semana, sã-bado e domingo, programando,ainda, uma Prova Especial de1600 metros, com NCr$ 4 mil

— 1 300 — NCrS 2 500,00 —Urbelo 58, Dom Chico 58, Al-mabliie 58, Cadicnn 57, Itabiri-to 55, Old Giba 55, e Hieto 56

— 1 600 — NCrS 2 000,00 —Dedal 54, Keponick 51, Baten-zambâ 58, Fantasma Voador57, Medrar 51. Kripo 58, Valete55 e Jocline 55

— 1 600 — NCrS 2 000,00 —Aliate 57, Talismã 56, Carapá-lida 52, Merry Christmas 58,

— 1 300 — NCrS 2 500.00 —Holanda 55, Urdanela 55, Astá-ria 54, Umauá 55, Rranée 55 eQuedulce 55.

— Grama — 1 300 — NCrS4 000,00 — Xazir 54, Classicus58. Xodó Arnby 54, Quinquet58, Lancaster 54 e Obelisco 54.

— Prova Especial — 1 600— NCrS 4 000,00 — Iatatan 56.Patchouly 57, Fatorial 56, Ma-ciglio 56, Gumpá 57 e Inipos-tor 54.

ao vencedor, reunindo Iatagan,Patchouly, Fatorial Maciglio,Gurupá e Imp or.

Não se cogitou da realizaçãoda corrida de quinta-feira à

SÁBADOCativante 57, Hannibal 57,Maupassant 57 e Quartinha 51.

— 1200 — NCrS 3 500,00Miss Gaúcha 54, Idon 54,

Fardama 54, Campina Grande54, La Esvèjoli 54, Alcaüs 54.Ione 58. Cadirly 58 — Jiny 58e Douceur 58.

— 1500 — NCrS 2 000,00Guinéu 55, Alicondom 55,

Gélser 58, Flãneur 51. Sting-Ray 49, Rei David 54, Relicá-

DOMINGO— 1 000 — NCr$ 4000,00 —

Beabá 56, El Picazo 56, Jabotá56, Scorer 56. Bingo 56, Nixon56 e Oflato 56.

— Grama — 1400 — NCrS2 000,00 — Zangada 53, MinhaGatinha 54, Allez 53, Ponteio52, Mister Mug 56, Rowdy 55,Gurundi 52, Cuore 57, Feitiçoda Vila 54, Naipe 56 e Passis-ta 52.

noite, não só pela dificuldadede inscrições, como para daro tempo necessário para queos parelhelros atinjam a me-lhor forma fisica.

rio 53, Savi 51, Goiás 55, Hap-py.Jack 51, e Feiticeiro 48.

— 1 000 — NCr. 4 000,00 —Bsi.ioca 53, S-loclãvia 56, Ca-noeira 55, Mary Poppins 56,Tarcisa 56, Kopada 56, HappyLightninç 56, Xulimar 56 eOgala 5S

— 1 300 — NCrS 2 500,00 —Manini 53, Farpado 53, StrongLove 53, Flan 55, Nargel 57,Ioiô 53, Fair Diviko 57, BlowUp 51, Dira.iaia 55, Orbeniz 55e Algaroba 55.

— Grama — 1 400 — NCrS2 000,00 — Jasama 51, Quero-sene 51, Vesano 54, Guadalqui-vir 55. Rio Negro 53, Dr. Didi58. Nointot 57, Jalisco 58, Hal-Truz 55, King Lawrence 57 eDragão 54.

— 1 200 — NCrS 2 000,00 —Anzio 57, Seu Aray 57. HonestMan 57, Machan 57, Lippi 5_,Falcão 57. Florzinha 55, Ela-bela 55, Psicose 51, Meia Lua51 t Moira 55.

sera corriao a24 de agosto

O Conselho Técnico do Jó-quei Clube Brasileiro ílxou adata de 24 de agosto para _realização do GP Conde deHerzberg. Criterium de Potros,transferido de domingo, devidoao surto epidêmico, que permi-tiu a realização de apenas umacorrida, na Gávea.

Ficou deliberada, ainda, aprogramação clássica dos mesesde agosto, setembro, outubro enovembro, com a fixação dosGP Imprensa, Duque de CaxiasHenrique Possolo, Estacio da

. Guanabara, Marciano deAguiar Moreira e Derby Clube.

Resoluções:a) marcar para o dia 24 de

agosto próximo a neva datapara a realização do GP Condede Herzberg;

b) fazer realizar em ou tratdatas, como já se fêz com osGPs Conde de Herzberg. M.njorSiickow, Presidente da Repü-blica e Brasil, as demais provasr'- calendário clássico nos me-ses de agosto e setembro, quepassarão a ser: GP Imprensaem 7 de Setembro — GP Duquede Caxias em 14 de setembro

GP Henrique Possolo em 21de setembro — GP Estado daGuanabara em 28 de setembro

GP Marciano de AguiarMoreira em 5 de outubro eGP Derbi Clube em 9 de no-vembro;

ci antecipar de 2 para 1.»dc novembro a data do ClássicoRaul tí-e Carvalho; .

tli consignar em ata votostíc louvor, por serviços presta-dos e dedicação, ao prof. Otá-via Dupont. veterinário JúlioFerreira e Jorge Oberlander.. ¦

Lázio venceude novono Cristal

ròrto Alegre (Sucursal) —Lázio venceu pela quarta vezconsecutiva, domingo à tarde,no Hipódromo do Cristal, quan-do atropelou para vencer Kin?Twist por três quartos de corpo,na milha da prova intituladaCoronel Massot, finalizando cmlm 42s. . •

Embora praticamente tíebe-lada a gripe eqüina do RioGrande do Sul, principalmentediante do bom tempo dos úl-timos dias, o Ministério daAgricultura proibiu o transitoentre os Hipódromos do Cristale Canoas desde a última sexta-feira e que se estenderá pw.duas semanas. Mesmo com o,problema da tosse quase supe-rado, explicaram as autorlda-des, que se trata de uma medi-da acauteladora.

MELHOR DOS TRÊS

Entre os parelheiros que de«tendem a blusa do criador Mil-ton Lodi, Lázio é considerado omelhor, embora os outros dois— King Scotch e Karatê — te-nham conseguido também boasvitórias. Lázio estreou no dia19 de maio e desde então nrjoconheceu derrota e, domingo,atuou no quarto posto, seguin-do o companheiro King Scotch,que ponteava o lote e maisProvincial e Kandro. Na retade chegada, dominou à situaçãorapidamente e, no final, teveforças para resistir à atropela-da de King Twist, que mesmolargando mal surgiu ameaça-doramente no final, com rusltviolento. A seguir, terminara))!Lagrange, Pleocádio, KingScotch, Kandro e Provincial,não atuando Major Vaso, quefoi vendido para São Paulo tJust-A-Penny, que venceu opáreo anterior ao prêmio Coro-nel Massot.

Com a quarta vitória obtidar.o Cristal, alcança, Lázio. d;;:'»triunfos, pois já chegou no Sultrazendo oito sucessos de Cl-dade Jardim.

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Page 28: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

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[22 - ESPORTE __E______BBg_______BSla

JORNAL DÒ BRASIL Q ' Têrça-felrà^, n_êr,ftíj:

fcBB tem convite para queum técnico de basquete %vá fazer estágio nos EUA ¦.

__ Confederação de Basauetebòl recebeu convitebara que um treinador brasifeiro faça estágio na Aé-sodaçao Nacional de Técnicos dos Estados Unidos,durante o mês de março próximo.

NSo existe obrigatoriedade de o convidado pos-'suir diploma, mas precisa ser militante e falar cor-

retamente o inglês, além de responder pela passa-igem de ida e volta, no trajeto Rio—Nova Iorque-r-Rio,ípois a Associação responsabiliza-se apenas por sua es-tada e transporte.

CAMINHO CERTO

SEGUNDA VEZ'_, Esta é a segunda vez queuma entidade dos EstadosUnidos convida técnicos brasi-leiros para estagiarem. Ante-'riormente, em Janeiro de 1966,„ AAU (Amateur Athletic'Union, ofereceu, através daEmbaixada norte-americana no.Rio, estágio para três treina-i dores.- Atendendo ao convite, Ral-•mundo Nonato, Paulo Murilo'e Fernando Grosso fizeram

l! cursos de aperfeiçoamento emdiversas universidades, duiflanteos meses.de janeiro, fevereiroe março. O Sr. Gérson Silva,vice-presidente técnico da CBB,disse ainda não dispor de deta-lhes reativos ao convite agoraformulado, porque o assunto:ainda se encontra nt. mãosde seu companheiro de direto-ria, Sr. Ivâ Raposo. Entretanto,tudo Indica que a Confederação,expedirá circular às filiadas,para pronunciamento dos téc-nicoa interessados.

» O Sr. Gérson Silva esperaque,, iiesfta oportunidade, o

treinador que viajar para osEstados Unidos retorna de ládisposto a transmitir aos cole-gas os ensinamentos colhidos.E Justificou-se:

— Na vez anterior, apenaaRaimundo Nonato aceitou ex-cursionar por alguns estados doNorte e Nordeste, fazendo pa-lestras sobre o que apreendeu.

NAO QUER PATROCÍNIO

A Federação Equatorianaoficiou à CBB abrindo mão dopatrocínio do I CampeonatoSul-Americano Juvenil Temi-nino, previsto, em principio,para o mês. vindouro. A Confe«deração Brasileira foi cônsul-tada oficialmente ce tinhainteresse em realizar o torneioe poderá emtregá-lo & Federa-ção Paulista, vencedora do ICampeonato Brasileiro da ca-tegoria, efetivado este ano emBrasília. Neste sentido, o Sr.Ivâ Raposo já manteve emiten-dimentos com o presidente daFPB, Sr. Osvaldo Caviglia, queestudará a proposta.

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Valdo escapade acidenteem Valência

Valência (UPI—JB) — ValdoMachado da Silva, que íoi doFluminense do Rio, e que Jogapelo Valência, está passandobem, recuperando-se dos arra-nhões que sofreu em acidenteautomobilístico, domingo, nasimediações desta cidade.

Valdo foi internado, logo apóso acidente, numa' clínica deValência, onde sofreu três pon-tos na cíiueçn. Posteriorments,foi liberado pelos médicos e jáse encontra em sua casa. Oacidente ocorreu quando o Jo-gador, dirigindo seu automóvel,viajava para a praia próxima,de Nazaré. /

E. do Riocomeçaseus jogos

Niterói (Sucursal) — Com aparticipação de nove munici-pios fluminenses serão iniciadosamanhã os I Jogos Intermuni-cipais no Ginásio Calo Martins.

O torneio tem o patrocíniodo Departamento de Educação'Física da Secretaria de Educa-ção do Estado do Rio e temjá inscritos os municípios deNiterói, São Gonçalo, VoltaRedonda, Barra Mansa, Angrados Reis, Cantagalo, Campos,Itaguaí e Friburgo.

Tocha abreMacabiadaem Israel

Telaviv (AP—JB) — A to-cha dos VIII Jogos Macabeusfoi acesa Junto aos sepulcrosdaqueles que foram heróicosguerreiros judeus, assinalando-se que, pela primeira vez nos37 anos de história da olimpi-ada judia, essa tocha brilharáno seu exato local, em Nodi,a 34 quilômetros de Telaviv.

Este Iccal, a Sudoeste de Te-láviv-,* esteve sob o domínio daJordânia. Ontem, jovens israe-lenses levaram a tocha até aTorre Macabéia do Estádio deRamat Gan. Hoje à noite, umsó corredor, Amnon Avidan,capitão da equipe de basqueteMaccabi, de Telaviv, subirá ãtorre para pôr fogo á tocha,dando início oficial aos 11 diasde competições.

LEMBRANÇAOs Jogos Macabeus recordam

a figura de Judas Macabeu,chefe da rebelião Judia contrao domínio romano, após a des-truição do segundo temploJudeu, no século II a.C.

O primeiro torneio íoi reali-zado em 1932 e, desde então,é desdobrado de quatro emquatro anos. Mais de 1600atletas, de 27 países, participamda olimpíada este ano.

Luis Carlos ganhacom boa vantagemtítulo do Aberto

Frustrado no futebol, Luís Carlos Pinto encontrou no golfe a maneira brilhante para se afirmar no esporte

Quatro mortos e seis feridosmarcaram a realizaçãodas 200 Milhas de Anápolis

Brasília (Sucursal) — Vários acidentes — qua-tro pessoas mortas e seis feridas — marcaram, do-mingo, a prova automobilística 200 Milhas de Aná-polis, vencida pelo caaro n.° 69, uma Lorena GT-1900,pilotada por Olavo Pires.

O resultado do circuito, que ainda não foi ofi-cializado, teve muitas surpresas, devido aos aciden-tes e defeitos técnicos surgidos em vários dos car-ros, fazendo com que os favoritos do grande públi-co — entre eles o protótipo Elgar-104 — não alcan-cassem boas colocações.O ACIDENTE

A corrida, que teve a duraçãode quatro horas, contou coma participação de pilotos vindosde São Paulo, Minas Gerais.Goiânia e Brasília, além deAnápolis. A pista, de 1810 me-tros de comprimento, ficoucongestionada, devido aoacviniiulo de carros- Esse .fatocontribuiu, em grande parte,para as inúmeras anormaliâa-des ocorridas durainte a prova,culminando com o desastre emque foram vitimadas 10 pessoas,quatro das quais vieram amorrer quando eram transpor-tadas para o hospital da cidade.

O acidente se verificouquando o protótipo Elgar 104,pilotado por Ênio Garcia, natentativa de se desviar de pes-soas que trafegavam pela pista,veio a se chorar corn o meio-fio, derrapou e íoi de encontro

Demonstrando que íinalmen-to atingiu uni estágio evoluídoem seu Jogo, o golílsta profls-eional Lute Carlos Pinto, de22 anos, conquistou domingo otitulo de campeão do VIIAberto do Itanhangá, com oescore de 287 tacadas para os72 buracos — uma abaixo dopar do campo do clube da Bar-ra ds Tijuca. O vice-caanpeãofoi o amador argentino Rober-to Monguzzl.

Jaime Gonzâlez, de IS anos,quinto-colocado no Aberto, sa-brou-se vencedor do Campeo-nato Amador Brasileiro, supe-rando o gaúcho Fernando Cha-"Ves Barcelos por nove sfroíees.Os demais campefies do Aber-to do Itanhangá foram Rober-to Monguzzl (icratch), SteveHunt (zero a nove), Jofio Bôs-co Viana (10 a 15), ElisabeteNlcKhorn (scratcTt), CecíliaGrimaud (1.* categoria) e Eri-ce Cardoso (2.» categoria).

OS MELHORES

Os resultados dos mais des-tacados competidores ao VIIAberto do Itanüiangá GolfeClube foram os seguintes:

Aberto — 1." Luís CarlosPinto (68—72—74—73). 287 ta-cadas gross; 2." Roberto Mon.-guzzi (72—74—74—71), 291; 3.»empatados, Mário González (72—75—73—72) e Leopoldo Ruiz(74__77_70—71), 292; 5.° em-patados, Jaime González (73—71—78—74) e Luís Danerl (76—78—69—73), 296.

Profissionais — í.° Luis Car-los Pinto, 287 (uma abaixo dopar). 2.° empatados, Mário Gon-sález e Leopoldo Rulz, 292; 4.°Emílio Schillipack (77—72—7474^—), 297; 5.° empatados, JoséMaria González Filho (72—71—82—75), e Humberto Rocha(74—75—78—73), 300; 7.° em-patados, Juan Querellos (74—76—76—77) e Ms Morêncio (77

—77—74—75), 303; 9.» en$$gtados, Hector Vlgna (72—79—78—77) e Luís Rapisarda (76—:77—78—76), 306 tacadas. '*'¦¦¦¦¦¦

Categoria scraícft — 1.° #$.¦_berto Monguzzl, 291; 2.° _§;i>-patados, Jaime González e LuísDanerl, 296; 4.° Fernando CWfl»ves Barcelos, 303; 5.° Robeíito Kowarlck, 305. %%£%

Amador Brasileiro — 1.° JaJ,-me González, 296; 2." empata.dos, Fernando Chaves Barcelose Roberto Kowarick, 305;-4.°Mário González Filho, 311; S'*Douglas MacFarlane, 312; V6'.*Vítor Pinheiro Filho, 313 t;»^das. ">*•;•«

título merecido V''¦¦;.

Rapaz modesto, educado •querido por todos os associado?do Itanhangá, Luís Carlos Pin-to, um ex-jogador do Botafogo— clube de seu coração —'íoium merecido campeão. Em ppu'icos anos de atividade comoprofissional, conseguiu firmar*?se como a maior esperança dogôlíe brasileiro para substituiro famoso Mário González, atra»vés de boas atuações nos divér-sos campeonatos que já disptf*tou. Ainda lhe faltam, é verda-de, algumas qualidades técni-cas que só a atividade cons-tante acabará por lhe dar. Umacoisa, porém, Luís Carlos pare-ce ter controlado: seus nervps.Justamente pelo fato de «ermuito querido, todos que lhepassam por perto pedem-lhe avitória. E êle, por certo, setjfj:-se com uma grande responsa-bilidade.

A sua atuação tranquilpí •segura no Aberto do Itanhangá,com toda a certeza, o tomouum sério candidato a integrara equipe do Brasil que ^aidisputar o Campeonato Mun-diai — antiga Taça Canadá-v-desta vez marcada para Cin^a-pura.

o um grupo de rapazes que as-sistiam ao dessiiirolar da prova.

Até ontem à tarde a policianáo havia identificado os qua-tro mortos, nem sabia o nomedos seis feridos.OS VENCEDORES

A competição, que foi orga-nizada pelo Automóvel Clubede Anápolis, deu aos vencedoresNCrS 7 mil em prêmios, sendoque no primeiro colocado coubea quantia de NCrS 2 mil.

A classificação, ainda nãooficializada, é a seguinte: 1*lugar — Lorena GT-1900, n.°69, de Brasília; 2.° lugar —Puma Malzoni, n.° 22, de Goia-mia; 3.» lugair — Volks 1800,n.° 26, de Anápolis; e, 4.° lu-gar — Volks — 1750, n.° 34,de Goiânia. Eram pilotadosrespectivamente, por Olavo Pi-res, Neuder Mota, Alex Ribeiroe Valeriano Castro Silva.

Koclí não dormiu por causa! de dor de dente e treinodo Brasil acabou suspenso

Londres (UPI-JB) — Uma dor de dentes t.uenão deixou Thomas Koch dormir direito suspendeuo treinamento de ontem da equipe brasileira de.tê-nis, que vai disputar, a partir de amanha, nas qua-dras de Wimbledon uma das semifinais da Taça Da-vis contra a Inglaterra. .,;'

Os tenistas ingleses, cotados levemente favbri-tos pelos apostadores, têm mais um motivo para_.seesforçar bastante em busca da vitória, pois a firmade cigarros Rothmans prometeu a cada um pre-mio de 250 libras — cerca de NCr§ 2 460,00. #*TUDO BEM

Koch foi ao dentista, ontemde manhã, constatando nãohaver maiores problemas comseu estado de saúde e já poderátreinar hoje normalmente.

— Não há problemas, estareicem por cento no dia do jogo— disse Koch ao chegar devolta a Wimbledon.

Koch e seu companheiro Ed-son Mandarino, que são os ti-tulares da equipe brasileira,mostraram estar em boa formadesde a sua chegada à Ingla-terra. Ambos estão confiantes

na vitória, embora náo sejamos mesmos em quadras degrama, como as de Wimbledon.

Os dois estiveram na equipebrasileira que enfrentou a-In-glaterra pela última vez, há, seisanos, em Eastbourne. Koch,então com 17 anos, fazia a suaestréia internacional e desdeentão tornou-se um dos me-lhores do mundo entre. ..psamadores. Prova disso foi a.suarecente vitória sobre o norte-americano Arthur Aslie, cOiiSi-derado o número um dq,.,s,eupaís.

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mostrando um ataque objetivo e lutador — tendo em Fio um ãos destaques — o Flamengo foi sempre melhor e mereceu a vitória

Vitorio e Silveira estãointernados e são dúvidaspara o jogo com Botafogo

'"•¦''•"'¦ Vitorio e Silveira estão internados na enfermaria

do, Fluminense, em tratamento de contusões, e sãoproblemas para o jogo de sábado à tarde contra oBotafogo, podendo ser substituídos por Peri e Lu-linha,, que já está em boa forma física.

Os jogadores iniciam hoje à tarde os treinamen-ttí§ visando a próxima partida e o técnico Telê vaiconversar com eles, para convencê-los de que a der-rota para o Flamengo foi um fato normal e que nãopode abalar a estrutura da equipe.«ifíANCES

Dovalretornaao time

• Além de Vitorio e Slveira,Galhardo, Assis e Cláudio tam-bém procuraram ontem oDepartamento Médico do clubepara o tratamento de contu-sóés. Esses, entretanto, se ma-chucaram levemente e témcondições para jogar sábadp."Flávio vem intensificando O'tratamento no estiramento dacoxa direita e Telê tem espe-ranças- de que o atacante seapresente etm condições pairavoltar ao time contra o Bota-fogo, entrando em substituiçãoa Cláudio ou Samarone. Flávio,entretanto, só deseja voltar aotime quando estiver totalmenterecuperado, pois não quer que•aconteça o mesmo do jogo comO'Vasco, quando se viu incapaz

-de dar piques e se movimentar'com desembaraço dentro daárea. Desse modo, a confirma-' çáo da volta do atacante fica•praticamente na dependênciade sua atuação no apronto dc-pois de amanhã.

SEM CULPA

Caso Vitorio náo possa JogarTelê já disse que continuarácom o estreante Peri, pois otécnico acha que éle não tevequalquer culpa nos dois golsdo ] Flamengo. Para Telê, asduas bolas eram praticamenteindefensáveis, principalmente a

última, quando o goleiro tachaseu campo visual prejudicadopelos zagueiros.

No lugar de Silveira, caso êlenão tenha condições, Telê es-calará Lulinha, que só foiafastado da posição para operaras amígdalas e se recuperar deuma contusão. Êle já voltouaos treinamentos há bastantetempo e segundo o técnico estáem condições físicas e técnicaspara voltar a ocupar o lugarem que jogou durante quasetodo o campeonato.

Quanto a Gilson Nunes, êsteamanheceu gripado e com febrealta, na manhã de domingo,o Telê viu-se obrigado a subs-titui-lo por Reinaldo. GilsonNunes, entretanto, deverá vol-tar ao time contra o Botafogo,caso se sinta bem fisicamente.Do contrário o técnico manteráReinaldo. Lula, o titular daposição, foi operado das amig-dalas e encontra-se ainda emfase de restabelecimento, .de-vendo voltar a treinar no fimdesta semana.

Em relação à derrota Telêacha que foi um fato normale que não pode influir no ren-dimento da equipe nos jogosque falta disputar.

— Uma equipe nunca é in-vencivel e além disso o adver-sário foi melhor e mereceuvencer. Estávamos num dia mal— explicou.

Doval e Sídnei nos lugares,de Ademir e Dominguez, serãoas modificações que o técnicoTim fará no time do Flamengopara o jogo de domingo, contrao Vasco, quando somente umavitória poderá garantir a cias-slficação para o turno -final daTaça Guanabara.

O diretor de futebol, Sr.George Helal, resolveu fixar emNCrS 400,00 o prêmio pela vitó-ria sobre o Fluminense, en-quanto que Tim marcou parahoje de manha, na Gávea,a apresentação dos jogadores,que serão submetidos à revi; f.omédica e depois realizarão umtreino individual.

TIM SATISFEITO

Apesar de ter ficado satisfeitocom a situação do sau temecontra o Fluminense, Tim re-velou que Doval — que estavacom uma entorse no tornozelodireito — é o titular da pontadireita e só não jogou porquen" o-tinha condições. Duranteesta semana, porém, o médicoCéiio Cotecchia vai intensificaro tratamento do jogador e es-pera colocá-lo em condições deJogar domingo.

Com o retorno de Doval, Timserá obrigado a substituirDominguez por Siduci, pois alei do CND só permite a inclu-são de dois estrangeiros emcada time. Manicera e Tinhoagradaram muito ao técnico,apesar de Tim ter achado queno inicio do jogo os dois joga-dores acabaram se confundin-do.

Outro jogador que entusias-mou o técnico Tim foi Fio, queiria ficar na reserva, mas aca-bou sendo escalado devido asua boa atuação no treino desexta- feira. A concentraçãoesta semana será i n i ci a daquinta-feira em São Conrado.

Reinaldo apoia Evaristo eo isenta de culpa pelosmaus resultados do Vasco

O presidente Reinaldo Reis disse ontem quecontinuará apoiando Evaristo no cargo de treinador,"porque seu trabalho no Vasco é considerado muitobom e não pode culpá-lo pelos últimos resultados daequipe na Taça Guanabara."

O dirigente disse que alguma coisa está errada,pois o Vasco marcou apenas quatro gols na TaçaGuanabara e nos últimos cinco jogos não fêz maisnenhum, mas reconhece que o time tem atuado des-falcado de diversos jogadores, e por causa disso nãopode culpar Evaristo, "que tem se esforçado bastante,mas tem tido muito azar."

J. Alves e Marco Auréliose apresentam ao Américapftra um período de testes

!¦ J. Alves e Marco Aurélio, pontas-direita e es-querda do América, de São José do Rio Preto, devemsej apresentar esta manhã ao técnico Flávio Costapa^a iniciarem um período de experiência.

| O goleiro Helinho, emprestado pelo Campo Gran-de,; deve iniciar os treinamentos hoje, a fim de entrarno! time durante o Torneio Gomes Pedrosa. Por ou-tro lado, a contratação de Gilmar está muito difícilporque o goleiro tem um bom emprego em São Pau-lOjíalém de ser o presidente do Sindicato dos Jogado-re§ Profissionais.

O goze apresentaesta tarde

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APOIO AOS JUIZES

$ diretor de futebol GérsonCoutinho estava satisfeito coma possibilidade de reforços paraas'<luas pontas, principalmenteo de Marco Aurélio, do qualteve as melhores referências.

-ss Se-êle fôr bom como dizem— "explicou — o Américaresolverá um problema que ovem perseguindo há muitotempo, que é o da ponta es-querda. Bão Jogadores jovens,titulares do América, de RioPrelo. A contratação deles, en-trejanto, dependerá exclusiva-mejite de Flávio Costa.

O' Sr. Gérson Coutinho in-formou ainda que conseguiu acolaboração do ex-Juiz MárioViâina, que fará uma série depalestras para os Jogadores sô-brff^ regras de futebol, emboraainda não estejam marcadas asdatas. Também o professorErnesto Santos deverá fazer«má conferência, possivelmentesexta-feira, na concentração.

Sobre o problema de arbitra-gens, o dirigente disse queímpia reunião com o presidenteÁlvaro Bragança, hoje ou ama-nhfi, deyerSo acertar a suspen-

são do veto a Armando Mar-quês ou a qualquer outro juiz.

Armando Marques é o me-lhor Juiz brasileiro, na minhaopinião — disse o Sr. GérsonCoutinho — e nf/i vejo outromotivo que possa impedi-lo deapitar nossos Jogos.

MEDO DA ESCRITA

Flávio Costa confessou quenio esperava uma atuação tãofraca da equipe, contra o Bo-tafogo, depois do excelentetreino coletivo de quinta-feira.

Justamente a defesa, queaté então era o ponto alto dotime — explicou o técnico. —Iniciou o Jogo de forma ataba-Jhoada e sofreu aquele gol noInicio, que íoi decisivo. No se-gundo tempo, a equipe ameaçouuma reação, mas atuando mui-to lentamente.

Flávio Costa acredita que osJogadores do América, aindaJovens e sem experiência, jáentram em campo preocupadoscom a escrita de que não ven-cem o Botafogo, que "Já temuma equipe formada _ real-mente de grande categoria."

Com revisão médica e uraleve individual, o Botafogo ini-cia esta tarde o seu treinamen-to para o jogo de sábado, con-tra o Fluminense, com Zogalodeterminado a manter a mesmaformação que venceu o Américae que, segundo o treinador, vemaprovando inteiramente.

Conversando ontem no clube,o técnico fêz o elogio do time,que "soube superar as dlficul-dades que os desfalques moti-varam" e referiu-se especial-mente a Afonsinho e CarlosRoberto como fator decisivo daposição alcançada pelo Bota-fogo.

CLASSIFICAÇÃO CERTA

Contou Zagalo, ontem, noBotafogo, que chegou a ter dú-vidas quanto à classificação doBotafogo para o returno daTaça Guanabara. Disse quealém de não poder contar comJairzinho e Paulo César, ser-vindo à seleção, perdeu CarlosRoberto e Roberto, ficando semquatro dos principais Jogadoresda equipe

£HM CULPA -

— S? :ioíe cüfcar Evaristo —í__£:e Re'naido Reis — porqueo juiz deixa de apitar um pê-imiti a nosso favor, ou coage anossa equipe inteira, cemoaconteceu no jogo contra oFluminense? Se pode culpartEva.riítto, se outro juiz deixa demarcar dois pânaltis a nossofavor, como ocorreu contra oBonsucesso, ou então porquelioís.o time está com vários jo-gadores contundidos e éle éobrigado a improvisar? O pro-Kcma é que ninguém procurareconhecer isto, ou pelo menosobserva seu trabalho, pois sóqusríin criticar.

Dapcis de ter se recuperadomo campeonato carioca, quan-to chegou a ficar invicto eminove jogos, o Vasco entrou naTaça Guanabara como um dosfavoritos, e atualmente terá do©sputar com o Flamengo umavaga para o turno final.

— Coisas muito estranhasaconteceram — continuou o di-Tigen"e — pois em uma sema-ma, fomos visivelmente preju-tíicados por dois juizes. Reco-bheço que nosso time não jogouIbsm, mas além do azar e demáo atuar bem, ainda ter o juizcontra, é muita coisa.

Enquanto o presidsnte Rei-maldo Reis proaura se confor-mar com os últimos resultadose diz que agora só pensa no jô-go contra o Flamengo, no pró-ximo domingo. Evaristo conti-nua traibalhando sem pensarque poderá sair.

Dss.le que assumiu como eu-ipervisor co Vas:o, no dia 3 demarço deste ano, Evaristo re-imoieícu quase cor completo, oDepartamento de Fuiebol, pro-curando diminuir as dfctipesastio clube e dando maior confor-fto aos jogadores.

Apesar de seus canheeinun-to-, EvárUto não tem tido sor-ite como treinador, :iois nos clu-ibss por onde passou, Aorâ-icae FÍuminan.se, revelou algunsjogadores, recuip©rou outros,

. unas teve contra si dirigentes eaté torcodores.

No América, êle formou umtime que chegou a disputar afinal da Taça Guanabara de11967, com o Botafogo, quando•perdeu na prorrogação de 3 à2. No Fluminense, Evaristo nãochegou a fazer boa campanha,mas deixou para Telê o time

que segrou-sc canve^o carioca,com exceção de F.avlo.

Eu pedi Flávio, êr?s nãome deram — disse Evaristo.TRABALHO QUE APARECE

'

O Vasco estava mal no cam-peonato, tendo Pinga como téc-mico, e o .presidente ReinaldoReis resolveu entregar o time•a, Evaristo, proourando solucio-nar o problema.

Deoois disso, o Vasco que eraum- dos times mais irregularesdo campeonato, checou no fi-mal do segundo turno em quar-'to lugar, tenío ficado nove Jo-ges sean peítíla:.

Com o time co_w:'eto —d'sse Evaristo — estava fácil'de se inKiòr um padrão de jô-go, mas no momento em quetive vários problemas de con-tusões e suspensões, tudo mu-tíou.

Do meio d ecampo formadopor Bougleaux, Benctl e Alcir,apenas o último está jogando,e asaim mesmo contundido. Oataque teve de ser modificadoiporoue Bianchini estive con-tundido e I070 que ss recurcorçu,foi svspemso, o que tambémaconteceu com Valfrido.

Tive de improvisar nos úl-iti.nos joTos — prossegue —porque não Unha reservas psrao meio de campo e Bianch'niestava suíCjenso, além de An-drada gnipado. Qus é que eupodia fazer ss além do mais,em dois jogos, fomos prejudica-dos pela arbitragem?

Mas enquanto algumas p?s-soas ligadas ao clube fazempressão paa-a que Evaristo sejasubstituído, os jogadores dão-lhe todo o aioôío e dizem que«Is foi o melhor treinador queo Vasco tòve nos últimos anos.

O time andava bem —continuou — mos vieram estesproblemas e tudo caiu em cimaHis mim. Prefiro r_\\" me criíi-«juéíri do que pass«m a apontaros jogadores como culpados,pois eles são ótimos profissio-mais.

Também os preparadores fisi-co? Carlos Alberto Parreiras eCíüío Barros afirmam que Evd-risto conhece bastante futebole é muito organizado.

—• O que Evaristo fêz no Vas-co, foi exatamente o que vi nosmislhores cJuibes da Europa, queé a organização verdadeira, tor-mando o Departamento de Pu-tebol uma empresa — finalizouPaire iras.

Fia venceupor ser maisobjetivo

o Flamengo manteve assuas esperanças ãe umaclassificação ao turno finalda Taça Guanabara, derro-tando o Fluminense — atéentão invicto — por 2 a 1,domingo à tarde, no Mara-cana, graças ao seu esquemade jogo superior eaum ata-que muito mais objetivo queo do adversário.

A partida, bastante movi-méntada, foi uma- das me-lhores da Taça, principal-mente pelo espírito de lutadas equipes, no que tambémo Flamengo se destacou.Cláudia fêz o primeiro gol,aos 17 minutos do primeirotempo, com o Flamengo em-patanão aos 34 minutos, golcontra de Assis. O gol da vi-tôrià foi assinalado por Dio-nisio logo àos 6 minutos daetapa final. A renda — ré-corde desta Taça — foi deNCr$ 182 278,75 — com 53 887pagantes, e o juiz foi JoséMário Vinhas, com boa atua-ção.TIMES S PRELIMINAR

Os times jogaram assim:Flamengo — Dominguez,Murilo, Manicera, Tinho ePaulo Henrique; Liminha eRodrigues Neto; Ademir(Cabinho), Fio, Dionisio eArilson (Luis Henrique).Fluminense — Vitorio (Peri),Oliveira) Galhardo, Assis eMarco Antônio; Denilson c

• Silveira; Cafuringa, Cláudio,Samarone e'Reinaldo (Wil-ton).

Na preliminar, o Banguabandonou definitivamenteas suas chances de ir. ao fi-nal da Taça Guanabara, aoperder para o Campo Gran-ãe, por 1 a 0, gol de Zèzinho,aos 29 minutos do segundotempo. Os times formaramassim: Campo Grande —Helinho. Vicente, Biluca, Ge-neci e Almir; Adilson e Gil;Zèzinho (Jairo), Hélio Cruz,Alves e Dionisio. Bangu —Devlto, Cabrita, Sérgio, LuisAlberto e Beto (Peãrlnho);Marcos (Juarez) e Zeca; Má-rio Taáuche, Dé e Aladim. Ojuiz foi Climaco Tavares.

Cruzeiro quer Jogar naVenezuela para pôr em diapagamento dos jogadores

COLOCAÇÕES E PRÓXIMARODADA

Apôs a rodada, as coloca-ções ficaram assim: 1) Flu-minense, com 3 pontos per-diâos; 2) Botafogo e Améri-ca, com 4; 4) Flamengo,Bonsucesso e Vasco, com 6;7) Bangu, com 9, e 8) Cam-po Grande, com 10, ;

A próxima rodada, a últi-.ma, apresentará, fiio sábado.Fluminense x Botafogo, compreliminar de Bangu x Amé-

¦ rica. No ¦ domingo jogarãoFlamengo e Vasco, tendo napreliminar Bonsucesso • xCampo Granáe.

Palmeirasempata comtime de 12

Acra (UPI-JB) — O GreatC-ympics enganou o juiz Hu-lede e colocou 12 jogadores emcampo para empatar de. 1 a1 com o Palmeiras no domingoúltimo, justamente com um golde Attu Mensah, o 12? jogadorde sua equipe.

O juiz Hulede só percebeuo truque ao ser alertado pelopessoal do Palmeiras. O clubebrasileiro íoi sempre melhor emcampo e a própria crônica es-portiva criticou severamente amedida adotada pelo clube lo-cal. Na última sexta-feira, oPalmeiras venceu o KumasiCoraerstone por 2 a 1.

Coríntiansvence Rivercom "libero"

Montreal (UPI—JB; — Umlibero e um nítido 3—3—4 va-leram para o Conríntians deSão Paulo a vitória de 2 a1 sobre o River Plate, da Ar-gentina, no que foi consideradouma grande exibição dé futebol.

Enquanto o River Plateatuava com um 4—2—4 ofensi-vo, a firme defesa corintianapodia parar, com tranqüilidade,todos os ataques, desde omelo do campo.

——Na grande área ——Arniando Nogueira

O Fla-Flu de domingo passado acabousenão emocionante, no placar e no campo,pelo drama do campeão e pela virada ru-bro-negra que teve em Dionisio o bravo con-quistaáor de dois gols e em Fio o ghow-manque, em quatro ou cinco lances individuais,iluminou o clássico com os fogos de artifl-cios ãe sua técnica engraçada e descon-certante.

* *Fato importante na derrota do Flumi-

nense, foi, sem dúvida, a saída do goleiro ,Vitorio. O garoto que entrou, com o jeitoimaturo de jogador da divisão dente-de-leite, Mo cometeu qualquer erro que de-sestimulasse o resto do time. Mas, de Deníl-son a Cafuringa, todos ficaram sensível- ;,mente receosos de que o Flamengo pudesse ,tirar' mais partido psicológico de uma subs-tituição perigosa para o líder.

* *E a situação tricolor complicou-se por- „

que o time do Flamengo, que com Fio jogasempre mais descontraído, tratou logo de .testar o goleiro Peri o qual, coitado, deu oazar tremendo ãe tomar um gol elaboradopor Fio e concluído por Dionisio, com re-quinte de perfeição: o drible de Fio, fazen-do a bola contornar, com efeito, o corpo deAssis, para reencontrá-lo dois.metros adian-te, seguido de um corte rasteiro pela bocado gol, foi uma beleza. Para culminar, Dio-nisio, perdenâo o passo, aplicou uma letraque acabou no gol tocaãa em última ins-tância pelo beque Assis.

O que o time ão Flamengo ganhou emânimo a partir âaquele gol ficaria por con-ta do espírito de luta ãe todos os seus jo-gadores, destacando-se, naturalmente, osquatro beques, os médios e os áois extremas,na luta pela bola e Dionisio e Fio, na lutapor novos gols.

* » *À saída do Maracanã, domingo, ouvi

um rubro-negro dizer a um amigo, descendoambos as escadas internas da tribuna nu-merada: "Agora, eu entendo por que o Flu-minense não acatou a portaria do CND eescalou o Flávio, no peito."

De fato, raras ausências parecem tãodanosas a um time quanto a de Flávio aoFluminense. Domingo, sentiu-se perfeita-mente que o time do Fluminense, quandoavançava com a bola, fosse pelos laterais,fosse pelos médios, procurava sempre uma'solução com a marca pessoal de Flávio. E co-mo quem estava na área não era um arti-lheiro e sim um engenheiro, o campeão per-deu-se na tarefa de construir sem que tives-se alguém para concluir. O próprio gol queCláudio marcou, fazendo um a zero, nadateve do papel de Flávio. A rigor, nada tevedo papel de ninguém porque aquele é o tipodo gol que alguém só consegue marcar secontar com a total omissão dos beques.Cláudio nem tirou os pés do chão e, ao con-trário, ainda precisou baixar a cabeça paraalcançar a bela. E que faziam os bequesflamengos, na hora? Manicera, de um lado,Tinho, do outro, faziam as honras da pe-quena área, perfilados diante da visita ami-f;a de Cláudio. Menos mal que, depois detão grande omissão, Manicera e Tinhoocuparam a área com plena segurança, jo-gando ambos de forma eficiente e até bri-lhante: Manicera, nas rasteiras, e Tinho,nas aéreas.

Habituaãos a ganhar, os tricolores ãe-vem guarãar o consolo de que continuamlíderes e podem até, os mais tinhosos, ob-servar que estão ãanâo uma chance geralpara salvar a Taça. Porque, vencenáo ante-ontem, o Flu teria liquidado praticamenteo returno e, com éle, faturamento de toâos.

Mas é bem que o técnico Telê (não éa primeira vez que faço essa aávertência)cuide ãe preparar alternativas para a au-sência ãe Flávio. Levanão em conta atémesmo o congelamento ãe Flávio ãentro docampo, pois ãaqui para a frente o cerco aoartilheiro'vai aumentar implacavelmente.Não me parece áifícil arranjar soluções tá-ticas em torno ãe Cláuâio ou Samarone,desde que possa o Fluminense apressar, nocampo de treino, o amaãurecimento ãe Ca-furinga. Êsse garoto, com a velociãaâe depenetração que tem e com a capacidade no-

¦ tável de mudar de rumo em plena corriâa,poâe transformar-se num finalizador irre-sistível. O problema é apenas ãe ajustá-lo auma ação coletiva. E' a tal coisa: com umCafuringa, vale a pena aãotar ãe quanáoem quanáo aquela jogaãa que o técnico Timtornou célebre, fazenão Paulo Borges fecharpara a área, no auge de um contra-ataque.

Afinal de contas, um jogador com a vi-talidaãe e o poâer ãe penetração de Cafu-ringa poâe ser peça decisiva de uma par-tida. Domingo mesmo, o Flamengo provouque o respeitava, primeiro, com Arilson e,depois, com Ademir e Cabinho, jogadoresque praticamente nada puderam fazer alémde perseguir, por bem e por mal, o jovemCafuringa.

Belo Horizonte (Sucursal) — O Cruzeiro pre-tende fazer uma excursão à Venezuela para movi-mentar o time, atualmente sem um adversário se-

com isso — disse zagalo qUer em Minas, o que vem provocando o atraso no— já na terceira rodada está- pagainentO dOS jogadores.

Um ofício à CBD' pedirá o adiamento das çar-tidas contra o Botafogo nos dias 20 e 27 de agostopela Taça Brasil, providência necessária a realiza-cão da excursão. O Cruzeiro faria quatro jogos, todosem Caracas, recebendo um total de 24 mil dólares— cerca de NCr$ 98 mil.

vamos a quatro pontos do lidere com cinco clubes na nossafrente. A Inclusão de Torinoe a-boa forma.de Ferreti evita-ram um mal' maior, mas foicom o crescimento técnico cadavez mais marcante de Afonsi-nho e a volta de Carlos Rober-to, para mim um jogador quemerecia estar na seleção, queo time soube se recuperar ealcançar a vice-liderança, a umponto do lider. Agora Já nãotenho mais dúvida de que es-tamos classificados para as fi-nais e estou cheio de esperançade que ainda lutaremos pelaposse da Taça mais uma vez.Zagalo explica a forma atualde Afonsinho como uma con-seqüência natural da sua efe-tivação na equipe.

NOVA FASEAcostumado a ganhar apenas

em Minas, o que lhe vale oapelido de time doméstico, oCruzeiro já pensa em firmaro seu futebol nos outros Esta-dos e no exterior. Com a pro-xlmidade do Gomes Pedrosa ea falta de bons jogos aqui, adiretoria espera uma comunl-cação da Federação Venezue-lana de Futebol confirmandoou não a excursão.

Os jogos, segundo os enten-dünentos iniciais, seriam feitos

na segunda quinzena de agosto,contra os Desportivos Itália,Galicia, Português e Canárias,cada um na base de 6 mil dó-lares — cerca de NCr$ 24 mil.

Enquanto a diretoria cuidada excursão, os jogadores re-tornaram, ontem, aos treina-mentos, após ficarem inativosdurante o" fim de semana. Otécnico Gérson dos Santos pe-diu a todos o máximo empenhopois "echo que agora teremosalguns Jogos para garantir osprêmios."

Federação Carioca de Futebol(Ação de Graças - 32.° Aniversário)

A Federação Carioca de Futebol convida os Membros deseus Podêres, das Associações filiadas, do Departamento Au-tônomo e os desportistas em geral, para assistir à Missa emAção de Graças, pela passagem de seu 32.° Aniversário defundação, a ser celebrada terça-feira, 29 do corrente, às11,30 horas, na Igreja da Candelária.

Page 30: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

Cláudio substitui Clodoaldo na relação dos 22Colômbia ganhou porquefoi humilde e lutadora

NOVA FUNÇÃO

Graças à humildade com quefoi treinada, a Colômbia ven-ceu a Venezuela por 3 a 0numa partida de fraco níveltécnico, mas na qual ela mos-trou sua superioridade duranteos 90 minutos, jogando tática-mente certa na defesa e commulto entusiasmo no ataque.

A seleção da Venezuela, cer-' cada do maior otimismo pelo«eu próprio treinador, o argen-tino Rafael Franco, entrou emcampo crente da vitória, tantoassim que não mostrou a me-nor precupação quando sofreuo primeiro gol, aos 34 minutos,por Intermédio de J. Gon-çalves.

SEM CONJUNTO

Os jogadores venezuelanosgão de fato melhor dotados téc-nicamente do que os colombia-nos c têm mesmo o toque debola dos brasileiros. Entretan-to, no sentido de conjunto, otime falha em todos os seto-res. A defesa joga em linha econstantemente é batida nospiques dos atacantes adversa-rios porque não tem cobertura.O meio de campo se colocamal e é obrigado a prender abola porque o ataque se colocapior ainda. A rigor no ataquesó escapam o ponta-de-lançaMarte e o ponta-direlta Tor-tolera.

Iriarte caia muito para a ex-trema esquerda, procurandodar espaço para as penetraçõesde Mendosa e Nltty. A defesacolombiana, porém se colocoucom multa precisão. Segovianão se envolveu pelo recuo deNltty e continuou plantado co-mo zagueiro direito, marcandoMarte. Segrera e Lopez tam-bém não se perturbaram comausência de atacantes pelomiolo, adlantando-se Lopez umpouco e ficando Segrera comolibero. O zagueiro esquerdoHernandez é o pior da defesa,pois marca de longe. Contudo,

ataca bem, fazendo o papel deextrema esquerda, e tem um •fôlego impressionante.

Os colombianos atacam mui-to pela ponta direita e J. Gon-çalves, por ordem do treina-dor, ficou multo adiantado,contrariando inclusive seu es-tllo, mas se saiu bem, embo-ra muitas vezes pilhado emImpedimento. Na realidade, po-rém, o que os colombianosusam mesmo como ataque é oentusiasmo, porque tàtlcamen-te são primários, valendo-se otempo todo de centros altos pa-ra a área, onde Gallego e Or-tlz, dois crioulos com mais del,80m, saltam para a, disputacom os zagueiros.

Foi assim aliás que surgiu oprimeiro gol. J. Gonçalves cen-trou a bola e o goleiro' Colme-nares, traído pelo sol, deixou-aentrar do outro lado, quandoGallego, na corrida, la entran-do de cabeça, para confirmar.

Aos 14 minutos do segundotempo, Agudelo lançou Tamaloem profundidade. Sánchez fu-rou e Tamalo cewbrou paratrás, para J. Gonçalves marcaro segundo gol.

Só a partir dal os venezue-lanos pareceram se preocupar,mas, quando quiseram correrpara descontar a diferença, vi-ram que não tinham mais per-nas. A vitória colombiana semostrou como definitiva aos 35minutos, com o terceiro gol,marcado por Segrera, de pê-naltl. A torcida, em coro, pas-sou a pedir old, mas os co-lombianos, humildemente, con-tinuaram com seu jogulnho atéo final.

Os colombianos jogaram comLargacha, Segovia, Segrera,López e Hemández; PanchoGarcia e Agudelo; J. Gcnçal-ves. Brand, Gallego (Tamalo)e Ortiz (Hermán Gonçalves).Os venezuelanos contaram comColmenares (Fasano), DavidMotta, Freddy, Sámchez e Del-gado Chico: Pedrito Ravelo eAntônio; Tortolero (Raífa),Mendoza, Iriarte e Nitty.

Saldanha aclui queColômbia é ameaça

João Saldanha acha que aColômbia melhorou muito des-de a partida com a União So-viética, a que éle assistiu noinicio do ano, e acredita que oBrasil venha a ter um adver-sário muito difícil em sua es-tréia nas eliminatórias da Co-pa do Mundo, a 6 de agosto,nesta capital.

Saldanha e os jogadores daseleção brasileira foram a ElCampin assistir à partida en-tre Colômbia e Venezuela. Se-gundo êle, a seleção visitantecometeu um grave erro ao che-gar aqui um dia antes do jogo.

Com 20 minutos, apenas,cs venezuelanos estavam exte-nuados.

PERIGO A VISTA

Saldanha não pôde fazar ne-nhuma observação definitivasobre a Venezuela, justamentepor ela ter se apresentado, naestréia, sem ambientação à ai-titude de Bogotá. Mas, quantoà equipe colombiana, confes^sou-se impressionado com suasubida de produção de feverel-ro até agora.

Naturalmente, mais trei-nados e mais motivados, os co-•lombianos puderam apresentarmuito mais, neste jogo. Foram,de fato, infinitamente superio-res. Basta dizer que seu golei-ro, Luis Largacha, nem pegouna bola, enquanto os dois ve-nezuelanos, Colmenares e Fas-sano, não tiveram um só minu-"to de trégua. Acredito que te-remos, de saída, um adversáriodifícil.

Saldanha destacou Oscar Lo-pez como o melhor de toda apartida.

Êste colombiano tem condi-ções de atuar em qualquer ti-me brasileiro. É hábil, Inteli-gente, tem multa consciênciade jogo.

Saldanha ressalta muito ofator campo no resultado dapartida de domingo, acreditan-do que. em Caracas, a situa:ção pode inverter-se e a Vena-zuela surpreender a equipe d:-rígida por Zuluaga.

Outro brasileiro a opinar sô-bre os 3 a C, o observador Apa-rício Viana e Silva, tambémacha que Brasil e Paraguai,considerados favoritos do Gru-po IX, terão de lutar muitocontra os colombianos.

Principalmente aqui, on-de eles se superam.

EVOLUÇÃO

Mais tarde, já no hotel, Sal-danha fugia um pouco do co-mentário da partida para fa-

lar mais detidamente sobre ofutebol colombiano.

Dentro de bem pouco tem-po, eles terão um futebol domesmo nivel do nosso e do ar-gentino. A Colômbia é o paisque mais evoluiu, taticamente eem organização, nas três Amé-ricas.

Saldanha comentou que, hábem pouco, só havia uns qua-tro ou cinco campos de íute-boi na Colômbia — e assimmesmo deficientes.

Hoje — prosseguiu — hámais de 100, só em Bogotá, etodos são melhores do que osdo Brasil, è exceção do Beira-Rio.

Só num bairro de Bogotá, oParque Popular Esportivo, oh-de foi realizado o CongressoEucaristico, existem 50 camposgramados — segundo o téc-jnlco. em condições de fazerinveja aos brasileiros.

A mentalidade do jogadorcolombiano também mudoumuito. Conversei com váriosdeles e com Zuluaga. A lm-portação, eterno problema naColômbia, está acabando, dai apermanente renovação de va-lôres. O futebol peruano ou ochileno, por exemplo, parou notempo, não sai mais disso. NoUruguai, há aquela hrlgulnh»de sempre, Naclonal-Penarol, anada mais. Sem motivação,qual o futebol que pode sobre-viver? E os colombianos, pelocontrário, estão motivados evão em frente.

RUSSO CONCORDA

O futebol paraguaio, segundoSaldanha, também estagnou:

Os paraguaios vivem iso-lados, não se comunicam comoutros centros, não fazem in-tercâmbio de futebol. Isso émau.

Voltando à seleção colombia-na, êle observa:

Sim, vai ser realmente dl-fícll. Entrar naquela defesanão é mole. O tal de Lopez jo-ga o fino e o Segovia tambémé multo bom, tecnicamente.Outros de que gostei: Brand,González, Agudelo e Segrera.

Para Russo, Lopez é de fa-to o "equilíbrio intelectual dotime."

Joga fácil, sabe se colocar,conhece seus companheiros eos orienta com perfeição.Quanto à Venezuela, estou como Saldanha Não deu para ob-servá-la bem, aqui, a esta ai-titude. Lá em Caracas deverájogar melhor e até mesmo, lu-tar por uma vitória sobre aColômbia, sábado.

Saldanha escolhe os 5da regra 3 na estréia

Depois das observações quefêz na partida de anteontem,entre Colômbia e Venezuela,

João Saldanha decidiu indicaros jogadores Brito, Rivelino,Paulo César, Everaldo e Cláu-dio (ou Lula) para figuraremna regra três do Brasil, noJogo contra os colombianos, napróxima semana, quando a se-leção fará sua primeira apre-sentação nas eliminatórias.

O técnico, procurando evitarcomentários a respeito de suadecisão, explicou o critério queadotou:-

— Lula ou Cláudio, depen-dendo da forma dos dois e,evidentemente, da melhora dopernambucano. Brito, porqueestá me surpreendendo, tantocomo zagueiro de sobra ermoquarto-zagueiro. Além disso,éle pode ser até aproveitadono meio-campo, pois já jogou

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ali quando o Vasco o empres-tou ao Internacional. Everaldojx>de substituir os dois lateraise o próprio Piazza, numaeventualidade. Rivelino pode-rá entrar nos lugares de Pele,Gérson ou Tostão. E, final-mente, Paulo César, que sabejogar na ponta-esquerda, nolugar de Edu, e se fôr Jalrzi-nho o machucado, Edu calpara a direita e êle fica lámesmo na esquerda.

Ontem pela manhã no Ho-tel Comendador, João Salda-nha disse que os. Jogadoresestão inteiramente aclimata-dos e que isso não poderá seralegado em caso de derrota.

— Se perdermos — disse —ninguém vai se desculpar porcausa da altitude. Se perder-mos é porque entrou areiamesmo.

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Depois áe se conformar em ser apenas um colaboraâor, Cláudio, com a saida de Clodoaldo, volta à seleção

Franco aceita resultadomas não perde a pose

Derrota da Argentinafavoreceu os peruanos

Muito calmo e ainda com aprosa com que chegou em Bo-gota dizendo que ia ganhar por3 a 0, o argentino Rafael Fran-co, que dirige a Venezuela, afir-mou depois do jogo que suaequipe perdeu por não poderusar a velocidade, sua principalarma.

— Bem fizeram os brasilei-ros, que vieram com 20 diaspara aclimatação. A vitória daColômbia foi um acidente dofutebol e continuo dizendo queganharemos facilmente em Ca-raças, com muitos gols- Aquinão pudemos usar a veloclda-

de, porque nossos jogadoressentiram'a falta de ar logo noprimeiro tempo.

Concluindo sempre dentro domesmo estilo, declarou:

— A Colômbia não nos supe-rou taticamente. Ganhou, sim,ajudada pela sorte, que é umdos fatores mais importantesno futebol. Na verdade, nossaequipe não jogou niuito bem.Não tenho dúvidas de que per-demos mais por nossos errosdo que pelas virtudes dos ad-versários.

La Taz (AFP-JB) — Comgols de Blacutt (2) e Díaz, con-tra um de Coco, a Bolívia der-rotou a Argentina por 3 a 1anteontem, num resultado cujomaior beneficiado íoi o Peru,o outro candidato do Grupo Xa uma vaga na Copa do Mun-do no México, já que a equipelocal não tem maiores preten-eões.

O primeiro tempo acabouempatado em 1 a 1, com golsde Díaz e Coco. No segundotempo, sem preparo para en-frnetar a altitude, os argenti-nos usaram apenas da violên-

cia, mas não impediram que osbolivianos marcassem mais doisgols, através de Blacutt, sen-do o primeiro de pênalti.

A partida degenerou lamen-tàvelmente no final, quando osJogadores argentinos perderama cabeça vendo que o jogo es-tava perdido. Agrediram entãoos jogadores locais e um po-Helal, repetindo o que já ti-nham feito em Londres. O juiznão teve autoridade para con-trolar a violência dos jogado-res, especialmente' dos argen-tinos.

O nome de Clodoalcloíoi ontem substituídopelo de Cláudio na listados 22 jogadores inseri-tos pelo Brasil para adisputa das eliminatórias,contra Colômbia e Vene-zuela, segundo decidiu acomissão técnica, depoisde consultar o médicoLídio Toledo e dele ficarsabendo que o médio doSantos só terá condiçõesde jogo.dentro de 15 dias,no mínimo.

Clodoaldo, porém, des-de que se recupere, po-dera voltar a ser incluí-do entre os 22, já na par-tida contra o Paraguai,em Assunção', dia 22, en-trando no lugar do pró-prio Cláudio ou-de Lula— decisão esta que fica-rá a cargo de João Sal-danba e do Dr. LídioToledo. A FIFA, emBerna, a Liga da DivisãoMaior do Futebol Colom-biano e o Comitê Provin-ciai da FIFA, em Bogo-tá, já tomaram conlieci-mento da modificação narelação da CBD.O MOTIVO

— O motivo desta alte-ração — explicou JoãoSaldanha — é que não dámesmo para Clodoaldojogar, nem aqui, nem emCaracas. Como Cláudiotreinou muito bem e não

surpresaCaracas (UFI-JB) — Os jor-

mais venezuelanos receberamcom alguma surpresa a derrotade 3 a 0 sofrida pela seleçãoda Venezuela, em Bogotá, ondeestreou com a Colômbia naselim_natô-ias da Copa do Mun-do.

O matutino La República ob-serva que "o sistema impostopor Rafael Franco fracassounos 2 mil metros de altitude deBogotá e a seleção venezuelanacaiu estrepitosamente frente acolombiana."

El Nacional reconhece a su-perlorlda«~e demonstrada pelaseleção colombiana, enquanto El

Caracas recebe comi derrota

Jornais bolivianos fazemcríticas aos argentinos

Universal ressalta "a falta, dacondição técnica da Venezuela,que acabou presa fácil de umadversáa-io apenas regular."

Vários jornais haviam cvií.i-cado, a,r_terio-meii_te, a chama-da "tática de bloqueio" empre-gada por Franco, por conside-rá-la excessivamente defensiva.Ainda La Rèmlbliqa, em seueditorial de ontem, comentaque "ao encaminharem-se paraos vestiários, os jogadores ve-nezuelanos demonstravam cia-ramente os efeitos esgotadoresda altura e de seu incessantemovimento às tontas, em todoo campo,- sempre para evitargols."

La Taz (AFP-JB) — A lm-prensa local mostrou-se Indig-nada com a conduta não só daseleção argentina mas tam-bém com a dos jornaUstasenviados especiais deste paísque vieram cobrir a partida deanteontem.

"Contundente a baixeza dorival." "Vergonhosa condutados craques argentinos" — dizo matutino Hoy. O jornalPresencia se refere "às falsasacusações propaladas por jor-nalistas argentinos."

COM REVÓLVER

Hoy também dá destaque àsmanifestações dos enviados es-peciais de Buenos Aires, comoo locutor César Calvo, que in-formou: "Cerca de 3 mil pes-soas invadiram o campo e gol-pearam os nossos sem pieda-

de." Um jornalista argentinoinformou a seus leitores: "E'impossível ganhar uma parti-da com um revólver as costas."

A imprensa boliviana afirmaque tais informações são abso-lutamente falsas e que se 'está

procurando criar um "clima derepresália quando a Bolívia ti-ver que jogar em Buenos Ai-res."

Quanto à partida própria-mente dita, o jornal Presen-cia comenta que os argentinos"mais uma vez não souberamperder c provocaram vergonho-samente incidentes ao fim dojogo." O jornal condena tam-bém os torcedores exaltadosque, depois da partida, apedre-jaram o Hotel Copacabana, cn-de se ..hospedavam os argenti-nos, sendo preciso a ação poli-ciai para dispersá-los.

Chile venceu Equadorpor 4 a 1 sem esforço

Jornais argentinos achamjusta derrota em La Paz

Santiago do Chile (AFP-JB)— Oitenta mil pessoas assisti-ram domingo a um jogo uni-lateral, onde a equipe nacio-nal chilena derrotou, por 4 a1, a seleção do Equador, empartida válida pelas eliminató-rias da Copa do Mundo.

Com essa vitória, o Chile deuImportante passo no caminhoda classificação, como Inte-grante do Grupo 7, a que per-tence, também, o Uruguai. Ojogo foi disputado no EstádioNacional e a equipe chilenaexerceu claro e amplo do-mínio territorial, especialmen-te na fa*e final, quando mar-cou seus quatro gols.

Não fosse a boa atuação dogoleiro equatoriano, os chlle-

nos já poderiam ter assegura-do a vitória na fase Inicial. Nosegundo tempo, com maior har-monia entre suas linhas, aequipe do Chile abriu logo acontagem aos 10 minutos, par-tindo daí para a vitória.

Com essa vitória, mantém oChile suas esperanças de cias-síflcação à fase final do Cam-peonato Mundial do México.Tem agora três pontos, e de-verá vencer o Equador emGuaiaquil (a 3 de agosto) pa-ra disputar com o Uruguai, emigualdade de condições, a cias-slficação. Esse jogo terá lugarem Montevidéu, no dia 10 deagosto.

Buenos Aires (AP-JB) — OsJornais desta cidade conside-ram justa a vitória consegui-da anteontem pela Bolívia sô-bre a Argentina, por 3 a 1, noEstádio Hernan Siles, em Bo-gota, valendo pelas eliminató-rias à Copa do Mundo, mascriticam duramente a atuaçãodo juiz paraguaio Hugo SosaMiranda e dos policiais boll-Vianos.

O matutino Clarin, em co-mentário assinado por seucronista esportivo Beto Devo-to, qualifica de "irresponsá-veis" os jogadores da Argenti-na e da Bolívia que se agredi-ram a socos no fim do jogo cdiz que a repetição destes fa-tes pode ameaçar as boas re-lações entre os dois paises.!

O comentarista do Clarinacrescenta que a Bolívia ga-nhou "incontestàvelmente, con-tra uma equipe sem categoriainternacional, cujos integrantesfalharam em sua quase tota-lidade."

, Já Crônica abre seus comen-tários com o título "Inconce-bivel agressão. Polícia e públi-co consumaram covarde ataqueaos nossos." O jornal faz umresumo dos fatos ocorridos nointerior do estádio, no fim dapartida, e citou os gritos agres-sivos que torcedores lançaramsobre os jogadores argentinosquando estes descansavam noHotel Copacabana, depois dojogo.

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mais sentiu o joelho, e jáque Lula está com cata-porá, não havia alterna-tiva senão a de inscrevero goleiro do Santos.PROVIDÊNCIAS

O presidente da comis-são técnica da CBD, Sr.Antônio do Passo, teveontem um dia agitado. Anoite enviou um telegra-ma para a PIFA, na Suí-ça, modificando os 22 jo-gadores inscritos para asduas primeiras partidaspelas eliminatórias, e,pouco depois, juntamen-te com Sebastião Alonso,mandou mais dois ..ofí-cios: um para a federa-ção colombiana, outropara o Comitê Provincialda FIFA em Bogotá. Asautoridades colombianas,porém, já se manifesta-ram a favor da alteração,dizendo, inclusive, quenão havia necessidade depreocupação com relaçãoa questão de prazo.— Nós apresentamos aÜsta — disse Antônio doPasso — com muita an-tecedência, pois não pen-sávamos que ainda iriamhaver modificações. Ofi-cialmente, porém, a listatem que ser apresentada10 dias antes da partidae o último dia, conse-quentemente, era hoje(ontem). Sei que os co-lombianos não oferece-riam problemas, casoperdêssemos o prazo,mas, por via das dúvidas,pedi, nos ofícios, respos-tas por escrito.

Clodoaldo chorou aosaber do seu corte

Clodoaldo chegou a cho-rar quando soube, ontem àtarde, que seu nome seriacortado da lista dos 22 jo-gadores. Pediu ao Dr. LídioToledo para fazer um teste,ficando contrariado quandoo médico se recusou a acei-tar o seu pedido.

— Você não tem condi-ções, pois se sentir a contu-são na coxa esquerda nova-mente será muito pior, poisneste caso até para as par-tidas no Maracanã sua pre-sença seria Impossível —disse o médico com energia.Mas não fique triste demaisporque, se você reagir bemaos tratamentos, acreditoque na próxima semana jápoderemos reiniciar os trei-namentos.

Clodoaldo chorou, incon-formado, fazendo com queo goleiro Cláudio e Salda-nha fossem confortá-lo noseu quarto.

Cláudio explicou o quaaconteceu com êle próprio.

— Contundi-me no joelhoe meu nome também saiuda lista, mas não me deixeiabater, e o resultado ai está.No fundo, estou ciente quenão estou completamenterecuperado da contusão,mas, por outro lado, sei quadará para jogar.

Saldanha, com sua lingua-gem própria, também con-versou com Clodoaldo, èx-plicando que êle tem mui-ta coisa ainda pela frentana sua vida de jogador enão devia ficar tão chatea-do em ficar de fora apenasduas partidas.

O jogador resolveu reagire foi ver o treinamento dosseus companheiros no Clu-be dos Lagartos. Estava sor-rindo e chegou a brincarcom outros jogadores, que oprocuraram com piadas exa-tamente para levantar oseu moral.

Venezuela exige examesmédicos para delegação

Embora se fizesse de tudopara esconder a doença deLula, os jornalistas e radia-listas daqui espalharam queo goleiro estava com cata-porá, o que os colombianoschamam de bariluda.

Diante disso, a Embaixadavenezuelana resolveu difi-cultar mais ainda o visto dospassaportes da delegaçãobrasileira, informando quetodos terão que s-e submetera exames médicos rigorosospor cinco médicos colombia-nos credenciados pela pró-pria Embaixada.

O Dr. Lidio Toledo ficoumuito contrariado com o fa-to e levou o caso ao conhe-

Cartas donova alegr

Os jogadores mostraramuma alegria muito grandedurante o treino de ontemã tarde, surpreendendomuitos observadores. O su-pervisor Russo, porém, ex-pllcou logo que todo aquê-le contentamento era cau-sado pelo fato de o correioter chegado pela manhãcom cartas do Brasil — asprimeiras, desde que estãoaqui. •

O treino constou de umacaminhada de 10 minutosnos campos de golfe do Clu-be dos Lagartos, seguindo-se uma ginástica de meiahora. Chirol se utilizou no-vãmente da corda elásticaalemã para puxar nos exer-cicios dos músculos daspernas.

Logo depois, fêz, como re-creação, a brincadeira de

cimento do médico GabrielUchoa — ex-jogador doAmérica — que está tentar!-do resolver a situação. •

O médico explicou que to-dos fizeram o mais rigorosocheck-up quando saíram doBrasil e, além do mais, tra-ta-se de uma delegação deatletas, daí não cotnpreen-der essa providência.

Jogadores e demais mem-bros da Comissão Técnicatambém não gostaram docaso, argumentando que aVenezuela não deveria estarnuma eliminatória para aCopa, tal o ridículo das suasexigências.

Brasil deramia ao treino

cabra-cega. Os Jogadorer sasentavam no chão em cir-culo. Dois deles tinham osolhos vendados e procura-vam no meio da roda umpé de tênis. O que achasseprimeiro, tinha direito datirar a venda e bater fortacom o sapato no compa-nheiro. Paulo César se ser-viu de Pele, o mesmo ocor-rendo entre Gérson e To-ninho.

Daí, os jogadores segui-ram a pé até o campo defutebol do clube, distant_três quilômetros, e realiza-ram um treino técnico de30 minutos, dirigido porChirol.

Saldanha ficou a um.canto com os defensorestreinando o goleiro Cláudio.

Comissão já anunciouprograma até dia 7

J. Gonçalves fêz o primeiro gol ãa Colômbia, cuja equipe correu mais e foi sempre superior na partida

A Comissão Técnicaanunciou ontem o progía-ma até o dia 7 de agosto,quando a equipe viaja paraCaracas. Assim, ficou esta-belecido que hoje às 16 ho-ras será realizado um cole-tivo de dois tempos de 40minutos no Estádio El Cam-pin, servindo como aprontopara a partida do dia 1.°,sexta-feira, contra o Milio-nários.

Dia 30, também às 16 ho-ras: recreação e treino téc-nlco no campo do Banco daRepública; dia 31 — mesma

atividade no campo da Es-cola de Cadetes de Santan-der; dia 1.° — jogo com oMilionários, às 21 horas;dia 2 — repouso; dia 3 —coletivo às 16 horas, nocampo da Escola de Cadê-tes; dia 4 — recreação noClube dos Lagartos; dia 5— recreação na Escola deCadetes; dia 6 — jogo coma Colômbia às 21h30m; dia7 — embarque para a Vene-zuela às 20h30m. O Brasiljogará com a Venezuela, emCaracas, no dia 10 de agõs-to, domingo.

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UMA LIÇÃO DE "OLÉ55

DÁCIO DE ALMEIDA E RONALDO THEOBALD ? ENVIADOS ESPECIAIS DO JB

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Pepe Cárceres, o mais famoso toureiro da Colômbia, recebeu os joga-dores da seleção em sua fazenda, e depois de uma rápida aula sobretouradas, alguns, como Rivelino e Edu, quiseram pôr em prática o ensi*namento. Mas, com uma condição; sem touro na arena.

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hv. -.' a^.^ a^»tolNrt,>, u í*j,*>1 A*a«A. W_>i ». *Ao jinal, Caceres foi das palavras à prática « mostrou coma i-e tourei*

A Comissão Técnica não espera-va que o tédio chegasse tão cedo. Iso-lada em um hotel retirado, a seleçãogastava seu tempo (e energia) emexercícios para vencer a altitude daColômbia. Dos poucos divertimentos,a piscina foi a brincadeira de tododia. Esgotada a atração inicial, a te-levisão — uma única para o hotel in-teiro — enganava, um pouco, a faltado que fazer. Um almoço ou outro-sempre quebravam a monotonia.

Mas sábado foi um dia diferentepara os jogadores brasileiros. Con vi-dados por Pepe Cárceres — o mais fa-moso toureiro da Colômbia — tiveram

uma demonstração de como se toureia.Piazza, Toninho, Djalma Dias, Riveli-no, Brito, Edu e Everaldo se arrisca-ram a descer até a arena, Mas ape-nas para simular um tourada. Nahora da verdadeira, atentos nas ar-quibancadas, acompanhavam, com ad-miração os dribles de Pepe Cárceres.,

Depois, o churrasco, lembrando amuitos o gosto brasileiro do comer.,Mas agora todos os esforços estarão di-rigidos aos treinos. O primeiro jogo,já na próxima semana, deixa longe aslembranças de tédio. Os jogadores jáviram uma fiesta, os torcedores ago-ra esperam a sua..

I CADERNO '^N.Tq)-__J I. .-^ J

iJORNAL DO BRASIL D RIO D£ JANEIRO D TERÇA-FEIRA, 29 DE JULHO D£ 19Ó9

Page 32: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

PAGINA 2 ? JORNAL DO BRASIL D RIO DE JANEIRO D TERÇA-FEIRA, 29 DE JULHO DE 1969 ? CADERNO

Os franceses Teddy Vrignault e André Gaü-lar, humoristas, são os autores deste diálogoque traduzi livremente:

Como é? Passou um bom domingo?ótimo. Fui ao cinema.Com sua noiva?Não. Com meu peixinho vermelho.E êle gostou?Detestou.Qual era o filme?Pescadores da Islândia.E êle não gostou?Não, êle achou que era um filme racista.

O DIALOGO DOIDINIIOEsse peixinho foi um presente que vocêganhou?Foi. Um presente de meu pai adotivo.Ah, você é órfão de pai?Não. Meu pai é que era órfão de filho.E então?Então eu o adotei.E que é que disse seu verdadeiro pai?Meu verdadeiro pai desapareceu.Há muito tempo?Há 10 anos, no dia em que mamãe lhedisse: "Alexanãrovitch..."Quá, quá, quá! Êle se chamava Alexan-

drovitch?Não, Júlio.

Então, por que sua mãe o chamava deAlexanãrovitch?Porque ela tem péssima memória paraprenomes.Bem. Então continue...Continuo. Mamãe disse: "Alexandro-

vitch, vã comprar manteiga para eu co-zinhar o almoço."E então?Então, êle nunca mais voltou.

E que fêz a senhora sua mãe?Ela cozinhou com óleo.Você sofreu muito com isso?Sofri, porque estava acostumado com amanteiga.

Oh! Como dizia meu irmão mais velho,o principal na vida é a saúde.

—. E é verdade. Que é que faz seu irmãomais velho?Tibúrcio? Tem 63 anos.Sessenta e três anos? Mas então que

idade tem a senhora sua mãe?Cinqüenta anos.Cinqüenta anos? Mas como então ela

pode ter um filho de 63 anos?Pois é isso que eu tento inutilmente ex-plicar a. ela.E que é que ela diz?Não diz nada porque Tibúrcio ê o filhopredileto dela.

JOSÉ CARLOS OLIVEIRA

ARTES PLÁSTICAS \ WALMIR AYALA

BIENAL BATE RECORDEA palavra oficial do Senhor

Francisco Matarazzo Sobrinhotalvez satisfaça os que duvidamda realização da Bienal, e até doêxito do certame, tendo em vistao incompreensível movimento na-cional contra um acontecimentocultural desta envergadura, deresponsabilidade de uma funda-ção particular. Tão particular edependente (ou independente)quanto o Museu de Arte Modernado Rio de Janeiro, por exemplo.Dentro das suas diretrizes a Bie-nal de São Paulo tem manifestadoseu irrestrito respeito pela liber-dade de criação e de crítica, e atéo presente momento nenhum si-nal de transgressão destes direi-tos se fêz notar. E se se fizer so-frerá a devida denúncia. Mas aBienal caminha, enfrentando ain-da problemas com alguns Esta-dos. Minas Gerais, em notícia ine-xata logo após a divulgação dos25 artistas convidados, anuncia-va boicote dos artistas mineirosà Bienal, por não terem sido in-

cluídos entre os convidados artis-tas nascidos e residentes em Mi-nas Gerais. Matarazzo responde:"Há muitos mineiros inseri-tos na Bienal para a parte de se-leção e alguns mineiros foram in-cluídos como convidados e sele-cionados para as salas especiais.Acontece que os artistas convida-dos moram fora de Minas, masisso não é culpa nossa. Algunsmoram até em Paris, mas paranós são sempre considerados bra-sileiros, nem franceses nem ml-neiros. Não acredito em regiona-lismos, a Bienal foi feita para to-do o mundo". Confirmando estaspalavras apraz-nos divulgar que23 mineiros estão inscritos parao júri de seleção, e deles 10 já en-tregaram seus trabalhos. Logo, oboicote foi furado. Aliás a secre-taria da Bienal está divulgandoestatisticamente que este ano foibatido o recorde de todas as bie-nais, no que diz respeito aos ar-tistas inscritos e aos que entrega-ram as obras. A participação es-

tá sendo de noventa por cento.Em Porto Alegre houve uma re-clamação no mesmo teor dos mi-neiros, dizendo que os gaúchosforam esquecidos. Eles, os gaú-chos de Porto Alegre, é que se es-queceram que Ione Saldanha,Carlos Vergara, Francisco Sto-ckinger, Iberê Camargo são to-dos gaúchos, e foram incluídosnas várias salas que comporão arepresentação brasileira na XBienal.

O ideal seria que o júri de sele-ção tivesse se locomovido por todoo Brasil, visitado as principais ca-pitais. Onde o tempo? Onde osrecursos? O júri de seleção suge-riu à Bienal que solicitasse aosgovernos dos Estados um convi-te com passagem e estada paraque os críticos pudessem apro-fundar melhor no conhecimentodos artistas das províncias, coi-sa que no exercício árduo e malremunerado da crítica jomalísti-ca é impossível ser feita. NenhumEstado atendeu a este apelo. Fi-

cam assim mais visados e favore: >cidos os artistas que agem noeixo Rio—São Paulo, ou aquelesda província que souberam viraos grandes centros, participan-do de salões ou de exposições co-letivas e individuais, como é ocaso de um João Câmara Filho(Pernambuco) e Humberto Espín-doía (Mato Grosso). Isto é ine-vitável. O país é grande demais enão se tem condições de abarcara totalidade da experiência sur-preendente que se desencadeiapelos quatro cantos do nosso di-versificado território. Pouco apouco a Bienal vai pairando sô-bre o mar intranqüilo dos peque-nos ressentimentos. A despeito denós todos esta exposição inter-nacional merece sobreviver e re-presentar um baluarte da cultu-ra viva e íntegra.

Encerrou-se a exposição re-lâmpago de Inácio Rodrigues na

Sala Osvaldo Goeldi. Dez dias deduração apenas. E por quê? Porque uma galeria que não é co-mercial tem que amontoar expo-sições de 10 em 10 dias, sacri-ficando umá mostra da qualida-dade da Inácio Rodrigues? Sópudemos visitar a exposição nodécimo dia, último dia, impossi-bilitados de reforçar ütilmente apromoção merecida. E o que vi-mos neste dia de encerramento,com a galeria calorosamentetransitada por artistas e públicorealmente interessado, foi aque-la unidade de comunicação, aque-la coerência que vem confirman-do dia a dia o talento e a drama-tica denúncia de Inácio Rodri-gues- Seus personagens são o po-vo anônimo, arrebanhado, desam-parado e perplexo. Seres atingi-dos pela deformação, aglutinadosem áreas do quadro que lembramsempre regiões de acuados, ouportas de saída dos vencidos. Asgrades que antes Inácio punhadiante destas caras retorcidas por

um riso Irônico, de uma expres-são de "morte moral prematura"(como disse Roberto Pontual), es-tas grades agora se organizam emestrutura nos seus quadros.

Trata-se de um novo concei-to da prisão. Antes a prisão eraum estado subjetivo de alienaçãoforçada pela miséria e o medo.Agora a prisão é a consciência deuma grandeza técnica esmagado-ra, a estrutura das cidades de-voradoras, dos arranha-céus e milpretextos de urbanismo, feitospara o bem-viver, e que nadamais são que utópico cenário damesma desolação flagrante dacriatura humana desgarrada dafelicidade e ida justiça. Infeliz-mente já não podemos ver os qua-dros de Inácio Rodrigues, comoera preciso ainda uma vez. Masêle vai voltar, possivelmente emsala menos apressada, e que napressa não ponha a perder umdos melhores momentos de suaprogramação.

MÚSICA f RENZO MASSARANI

TEVAH E A OSBCom um programa rigorosamente tradicional

— Primeira Sinfonia, de Brahms, Abertura em Re,do Pe. José Maurício, Quinto Concerto para Pianoe Orquestra, de Beethoven — sábado passado oilustre regente Victor Tevah voltou a chefiar a Or-questra Sinfônica Brasileira.

Giuseppe Martucci (bom compositor italiano,diretor do Conservatório de Bolonha, nos anos emque Johann Brahms não contava com a simpatiados italianos e dos franceses) um belo dia viu apa-recer, de bicicleta, um senhor com grande barba;era Brahms. De bicicleta, pois então os artistasalemães, para ter o prazer de irem à Itália, viaja-vam até a pé. A primeira impressão de Martucci,eôbre o barbudo viajante, foi: "O hálito de Brahmscheirava a cebola, de maneira que não era pos-sível ficar perto dele..." Quando Brahms nas-ceu em 1833, Wagner tinha 20 anos, Liszt 22, Cho-pin 23, e Schumann 23, Mendelssohn 24, Rossini 41;quando correu (1897), Hindemith tinha 2 anos,Berg 12, Werbern 14, Stravinsky e Malipiero 15,Schoenberg 23, R. Strauss 33, Debussy 35, Mahler37. O próprio Brahms assim explicava o fato denunca ter pensado em casamento: "Meus inícioscomo compositor foram difíceis e as primeirasobras foram quase sempre vaiadas. Se então tives-se devido voltar para casa a ser ansiosamente ob-servado por minha esposa, devendo mais uma vezexplicar: "Não tive êxito!", eu não o teria suporta-do..." O leitor desculpe as citações acima; quandoo programa é tão rotineiro, e o artigo deve respeitaras proporções habituais, não há outro remédio-

Mas voltemos ao concerto de sábado. O ilus-tre maestro Tevah regeu com sua modéstia habi-tual, sorridente e amigo, usando uma gesticula-ção sem sombra de cabotinismo, e tornando a Or-questra Sinfônica Brasileira um conjunto de altaclasse, excelente e atuante ao máximo: não apenasas trompas, que em Brahms são tão importantes,mas as cordas, as madeiras, os metais, as percus-soes deram uma demonstração emocionante deseu valor.

E o "rigorosamente tradicional" do programase concluiu com uma execução comovedoramentesoberba de Brahms, que eletrizou orquestrais e pú-blico. O público não era muito numeroso; mas opróprio presidente do conjunto — que, depois, re-cebia os abraços e os parabéns dos que acreditamna OSB — deve ter concluído que o único segredopara aumentar esse público e vencer as crises estána batuta do regente. Alguns Tevah lotarão está-velmente Municipal e Sala Cecília Meireles. Natu-ralmente, a ressurreição definitiva do conjunto de«penderá também da escolha preventiva dos pro-gramas, oferecendo variedade e contrastes a essebendito público que — consciente ou inconscien-temente — já se cansou das poucas obras de sem-pre, de poucos compositores. Entretanto, tambémo próximo concerto do dia 1.° — com o maestroTavares e mais um pianista, L. F. Benedini —se limitará a Weber (naturalmente não Webern!).Liszt e Vila-Lôbos. E o sexto de-assinatura, dia 9,contará com um solista-regente de grande valor,Antônio Janigro, mas continuará com Boccherini,Mozart, Vila-Lôbos, Hindemith e a tal suíte daDaphnis, de Ravel, que em 1969 passa, no Rio,como a última palavra em fato de atualização.

Quase esquecia: sábado, depois da sorridenteAbertura em Ré, do Pe. José Maurício, voltou oQuinto Concerto, de Beethoven, com o pianistaAlexander TJninsky, cujo renome perigou um pou-co diante dos muitos mal-entendidos rítmicos entreo piano e a orquestra. Devidos, obviamente, aopianista.

E se, na espera de Géza Anda, a OSB eliml-nasse os solistas-pianistas e seus minirrepertóriosde sete obras-ürimas?

TEATRO YAN MICHALSKI

MUTANTES EM ÓRBITA ERRADAMulta gente não admite que se possa fazer restri-

ções a esta primeira incursão soi disant teatral dossimpaticíssimos Mutantes: afinal de contas, trata-sede um espetáculo tão jovem, tão _ra frente, que só osquaâraãos podem mostrar-se insensiveis ao seu en-canto... Esta atitude parece-me particularmente in-coerente, pois quem a assume são alguns jovens inte-lectuais que se têm mostrado incansáveis na tarefade desmascarar mitos e Ídolos antigos, mas que nãose dão conta de que com a sua falta de espirito cri-tico estão agora contribuindo para entronizar outrosmitos e outros ídolos.

Fui ao novo e bonito Teatro Casa Grande cheiode esperança: há dois anos venho acompanhandocom extremo interesse o trabalho de pesquisa de somque os Mutantes vêm desenvolvendo com talento, in-teligência e imaginação; e a preocupação com o as-pecto visual das suas apresentações de que o trio sem-pre fêz prova, bem como as soluções irreverentes eoriginais que têm sido adotadas neste terreno pelos jo-vens menestréis, permitiam prognosticar unia expe-riência curiosa. Infelizmente, Planeta ãos Mutantesé uma completa decepção: um espetáculo confuso,tolo, inautêntico, desprovido de originalidade e de sen-so de humor, no qual apenas merecem interesse, tan-to do ponto-de-vista visual como auditivo, os nume-ros musicais dos próprios Mutantes; e estes, conve-nhamos, poderiam ter sido muito mais valorizados, semtanto trabalho e tanta despesa, num simples e con-vencional (em termos...) show musical.

POTENCIAL DESPERDIÇADO

Mas não quero insinuar, em absoluto, que os Mu-tantes não deveriam se ter aventurado a abordar umaexperiência cênica anticonvenclonal. Muito pelo con-trário, acho que eles haviam conseguido cristalizar

nas suas apresentações musicais, e até mesmo nos seusconhecidos sliães publicitários, uma constante estilis-tica original e forte, que se prestaria muito bem a serdesenvolvida no palco. Um espetáculo concebido emfunção desse ponto de partida disporia, de saida, deuma apreciável matéria-prima baseada no nonsense,'na irreverência, na agressiva saúde mental do juvenilconjunto. Planeta ãos Mutantes, para inicio de con-versa, desperdiçou completamente esta matéria-prima:a personalidade artística dos Mutantes não íoi, emnenhum momento, orgânicamente integrada no con-junto do espetáculo. O trio é tratado como uma es-pécie

' de corpo estranho, e mantido quase semprenuma posição isolada, num canto do proscênio, en-carregado apenas da parte musical; e nos momentosem que Rita, Arnaldo e Sérgio são usados no própriopalco, como atores, a diretora despe-os, por assim di-zer, das suas tão aproveitáveis características própriase utiliza-os em pé de igualdade com os outros bisonhosIntérpretes, anulando assim toda a força magnéticada sua presença.

Planeta dos Mutantes è uma série de sketehes nosquais as projeções cinematográficas e os elementos decenografia desempenham um papel tão importantequanto o elemento humano, que se manifesta maisatravés de mímica e de dança do que através do escas-so texto. O roteiro que serve de base a esses sketehesde autoria de José Agripino de Paula e dos Mutantes,é de umá constrangedora falta de coerência: ora osacontecimentos cênicos propõem-se a ilustrar as can-ções interpretadas pelos Mutantes, ora eles desligam-se completamente do conteúdo dessas canções. Emambos os casos o resultado é melancólico, em virtudeda franciscana falta de idéias originais e eficientes queaparece tanto na concepção do roteiro como na suaexecução cênica. Tudo não passa de uma pálida e

amadorística Imitação ou adaptação de coisas J4 Vista»,desde o manjadissimo truque do ator que procuraentrar do palco para dentro da projeção cinematográ-fica, passando por ingênuas e inócuas agressões quenão agridem ninguém, e por subdesenvolvidas cenlnhajde pré-histórica ficção cientifica, até o forçadissimofinal inspirado no famoso convite à dança feito pelosatores de Hair aos seus espectadores. Tudo isto pare-ce ser feito sem qualquer impulso de sinceridade, es-pontaneidade ou alegria; e tudo isto não quer dizernada, não diverte, não emociona, não faz pensar, nãoestimula nenhuma reação espontânea — no máximo,reduz a bela e às vezes autenticamente ameaçadoramúsica dos Mutantes a uma dimensão liliputiana, co-mo acontece na grotesca cena baseada em Panis etCircenses.

FALTOU UM DUPRAT TEATRAL

Cabe acrescentar que os oito atores- dançarinosque acompanham os Mutantes parecem ter sido impro-visados tanto como atores quanto como dançarinos; eque a direção-coreografia de Maria Ester Stockler nãoparece ter sido feita pela mesma profissional que foiresponsável pela inspirada coreografia de O & A. Adesorientação da equipe é tão total que o espetáculo,que pretende ser antes de mais nada moderno, resultaconstrangedoramente acadêmico, dentro do moder-ninho inócuo.

É uma pena que os Mutantes, que têm dentro de• si um inegável potencial de teatralidade, não tenhamcontratado, para iniciá-los nos segredos da comunica-çao teatral, um verdadeiro diretor de teatro, que sou-besse explorar e encaminhar o potencial do trio nesseterreno com a mesma lucidez, competência e ousadiacom a qual o maestro Rogério Duprat soube explorare encaminhar o seu potencial musical.

MÚSICA POPULAR JÚLIO HUNGRIA

UM PLANETA DE SOM MUTANTEMúsica pouco convencional como se pode-

ria esperar de um show nada convencional.Afinal, trata-se de um show dos Mutantes, comtoda a agressividade e o descompromisso queos caracteriza como intérpretes de música po-pulr.r. No espetáculo, onde o que se desenvolveem cena empolga o interesse visual da platéiade tal modo que o faz desviar-se quase de to-do do próprio conjunto colocado de um ladodo palco, a música vai quase para um segundoplano. E isso se pode notar especialmente selevarmos em conta que fica sempre em segun-do plano o nosso interesse auditivo quando acio-nado ao mesmo tempo que o interesse visual.

Mas, em resumo, para os aficionados queinclusive podem participar de um happeningno final, o show deve agradar. E cresce, espe-cialmente, pouco antes do fim, com a músicade laboratório (várias montagens em tape)que sublinha cenas mudas, primeiro um filmeprojetado sôbre o fundo da cena, depois, apro-veitando esse cenário, o desenvolvimento deatores no palco segundo uma coreografia pre-determinada.

•No repertório, entre vários temas novos es-critos especialmente para servir ao espetáculocomo musica inciáental, clássicos da escola di-ta tropicalista como Cami7ihante Noturno (ês-te número abre o show), Panis et Circenses,etc. O esquema dos novos temas apresentados,o mesmo que devemos respeitar como experiên-cias novas no campo da música popular, expe-riências que aqui funcionam ainda que o reper-tório, no todo, possa parecer menos comercialdo que seria de desejar para um espetáculoque pretenda agradar a mais alguém além dopúblico habitual do conjunto.

Ainda mais um detalhe, um baterista apa-rece como novidade na música dos Mutantes,transformando o trio em quarteto com relativoêxito para o bom desenvolvimento da parte mu-sical do shoio, de resto com bons resultados nosentido de imprimir maior agressividade aosom apresentado.

E o som, como sempre, conta com uma sé-rie de instrumentos extravagantes para fazer-

se notado como background para a violênciaplástica colocada diante do publico.

O problema é que aqui no Brasil con-venciona-se muito de se ter em mente que mú-sica só existe uma no ar, só funciona de umjeito. Nos Estados Unidos, 3222, folk song, soulou Sinatra, tudo sobrevive ao mesmo tempo.Observamos várias correntes perfeitamenteválidas em sua individualidade, todas funcio-nando paralelamente sem interferir uma navalidade da outra.

Eis uma atitude defensiva dos Mutantesem entrevista de oito ou 10 semanas antes,quando atuavam na Sucata. E lembramos oque comentávamos naquela oportunidade.

Se a música dos Mutantes nos agradamenos que a de Baden ou menos que a músicade Edu Lobo, pouco importa. A nosso ver,concluímos que somos obrigados, sim, a reoo-nhecê-la como produto do momento, sinal ãostempos, o chavão. E devemos respeitar a suavalidade ou mesmo a artificialidade que elapossa conter.

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Page 33: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

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CADERNO b D "JORNAL DO BRASIL D RIO DE JANEIRO ? TERÇA-FEIRA, 29 DE JULHO DE 1969 D PAGINA 3

r Zó&imoAquarela musical

Faço questão de iniciar hoje estacoluna com um elogio a Haroldo Cos-ta pelo show que montou para a tem-porada do Sweepstake no Golden Roomdo Copacabana — Aquarela Musical.

Há muito tempo não assistia o Rioa um espetáculo de tão bom gosto, ima-ginação e originalidade quanto o queestá sendo apresentado no Copa, des-de o fim da semana passada.

Bom gosto pela escolha do tema —uma visão das obras dos nossos prin-cipajs artistas em cuidadíssimos e bemensaiados números musicais — e so-bretudo pela sua concepção, em nívelque realmente engrandece o nosso ta-lento pelo show-business.

Bom gosto, ainda, pela beleza dacoreografia e dos figurinos, criadoscom arte e imaginação, fugindo dasplumagens e dos sketches de humorrástaquerà que ninguém mais agüenta.

Nada do double seus pornográfi-co ou de piadas de efeito fácil tão aogosto dos nossos produtores de shows.Mas o espetáculo orientado num sen-tido artístico, de alto nível, interessan-te, que agrada a qualquer tipo de pia-teia, inclusive às mais exigentes, que,por isso mesmo, tinham abandonadoesse gênero de show.

O Haroldo Costa está de parabéns c,como êle, todos os integrantes do cien-co, assim como os produtores e, porque não dizer, a platéia carioca, quetem agora o que ver no palco do Gol-den Room.

Uma boa notícia

Até que enfim uma boa notícia nointrincado e problemático setor dostelefones: dentro de mais tardar umano o país será dotado de uni nôvo sis-tema de comunicações telefônicas cha-mado barras cruzadas, em fase de im-plantação pelo Plano Nacional de Te-lecomunicações.

O Serão 2 milhões de aparelhos, ser-vidos por um processo eletrônico mo-derníssimo, que acabará (assim espe-ro) com a tortura da falta de linha.

Homenagem

A promoção a General-de-Divisãodo Chefe da Casa Militar do GovernoCosta e Silva, General Jaime Portela,foi festivamente comemorada no sá-bado com um jantar oferecido pelo Sr.e Sra. Carlô Marcondes Ferraz, quereuniram em sua casa de Botafogopraticamente toda a República.

O homenageado, saudado peloMinistro Costa Cavalcanti, respondeucom um bonito discurso, exaltando aparticipação no Movimento de marçodc 1964 do casal anfitrião, cm cujacasa se fizeram as primeiras c decisi-

vas articulações para a derrubada doentão Presidente João Goulart.

"From Neto York" - peloIntelsat

A Sra. Wyatt Cooper (nascida Glo-ria Vanderbilt), uma das 10 mulhe-res mais elegantes do mundo, preparao. lançamento de seu primeiro livro,que, segundo dizem, vai dar o quefalar.

Um nòvo best seller nas livra-rias nova-iorquinas: The Love Machi-ne, de Jacquelinc Suzann, a mesmaautora do Vale das Bonecas.

O grande sucesso do Museum ofModern Art é a exposição sôbre Katha-rihe Hepburn com fotos da artista ede passagens de sua carreira, em ta-manho natural.

No american room do RockefePcrCenter almoçava .tranqüilamente nasemana passada, sozinha, a Sra. Ané-sia Pinheiro Machado, a famosa avia-dora.

Direito Habitacional

o Um grupo de. juristas, constituídopor professores, advo^idos e niagisrtraclos está organizando um Institutode Direito Urbano, visando a umaanálise mais profunda do Direito Ha-bitacional, em fase de plena expansãocom o desenvolvimento crescente doBNH. s

O Institutos análogos já existem cmvários Estados americanos c especial-mente na Universidade da Califórnia.

"To Ar.Y."

o Seguiu para os Estados Unidos oSr. Leslie Warren, correspondente noBrasil da Business .Veck, que foi as-sumir a direção executiva da recém-criada Câmara de Comércio Brasileiraem Nova Iorque.

Quem diria...

o Guide Vasconcelos brilhou em Pa-ris concluindo em 1.° lugar uni cursode missionária organizado num con-vento por padres holandeses. Com odiploma debaixo do braço, Guide, ago-ra, seguirá para a África Central, tro-cando as tribos do Quartier Latin poroutras mais autênticas. Só vendo pa-ra crer...

O A informação, aliás, foi dada porsua irmã Bia, em carta que escreveudo Cairo para um amigo do Rio. Aprópria Bia confesso que .tentou omesmo curso, mas que foi menos feliz(ou infeliz) do que Guide, sendo re-provada.

Agenda

O Conselheiro Arnaldo Leão Mar-quês está convidando para a exibição,em avant-première, dos dois últimosfilmes de divulgação turística do Bra-sil feitos pelo Itamarati. Será na ci-nemateca do MAM, às 18h de quinta-feira.

No dia 5 dc agosto, a arte c o ta-lento do cordon-bleu Miguel de Car-valho farão o almoço em benefício dabarraca dc Minas na Feira da Provi-ciência na residência dc Juditc c Otá-vio Marques Lisboa.

Dedicação e eficiência

No e__ rcício da presidência doTribunal de Justiça da Guanabara,com a dedicação e a eficiência conhe-cidas, o Desembargador Marins Pei-xoto substitui o presidente Murta Ri-beiro, que tirou férias e está descan-sando 15 dias em São Paulo, onde co-meçou sua vida profissional como Pro-motor Público.

"Weekend"

0 0 tom do último fim de semanana serra foi dado pelo Sr. e Sra. Jo-sé Colagrossi, que movimentaram suabela residência de Petrópolis, hospe-dando um grupo de amigos e receben-do para jantar, no sábado, e almoço,no domingo.

O Fernanda c Zezito tinham comohóspedes o Embaixador e Sra. JoséManuel Fragoso (que só voltaram aoRio hoje) c os casais Ari de Castro,Gustavo Magalhães e Manuel BayardLucas de Lima, todos obviamentepresentes ao grande jantar de sába-do, informal, que terminou com dispu-tadíssimas partidas de memory game.o Como presentes estavam, também,Lourdes e Álvaro Catão, Teresa e Didude Sousa Campos, Marilu (com cabe-los bem mais claros, muito bem) e IvoPitangui, Zilda e Carlos Nóvis, Gildae Frânzio Sales, Ana Luísa e GustavoAfonso Capanema, a Sra. ' EvinhaMonteiro de Carvalho, os Srs. Erine-lino Matarazzo, Francisco Guise e Pe-dro Alberto Guimarães, entre váriosoutros.

o No domingo', houve o repeteco calguns do? convidados dos Colagrossino sábado vo_.2j.am à sua casa paraalmoço na beira da piscina, que só foiterminar no fim da tarde com umaprivate session dc cinema.

Em memória

o A memória da extraordinária fi-gura que foi o engenheiro Celso Su-ckow da Fonseca será homenageadaamanhã pelo Conselho Federal de En-genharia, Arquitetura e Agronomiacom a inauguração, em sua sede,» naPraça Pio X, 15, do retrato, do home-

nageadp, que durante 20 anos exer-ceu cargo de relevância no Conselho,sendo considerado, pela unanimidadedo mesmo, engenheiro-padrão.

Durante a solenidade, marcadapara as 17h, sua esposa, a escritoraEmi Bulhões de Carvalho da Fonseca,estará autografando seu último livroRaiz na Terra — Flor no Céu, desti-nandü-sc à renda cm benefício da Ca-sa Maternal Melo Matos.

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Almôçò

O Chanceler Magalhães Pinto re-cebe hoje para um almoço na Sala D.'Pedro II de despedidas ao diplomataAndre.v Duncan, que está. deixandosuas funções de Embaixador da Or-dem de Malta no Brasil.

O curioso c que, enquanto o Sr.Andrew Duncan sai, sua esposa, a Sra.Regina de Castelo Branco Duncan, di-plomata de carreira, pede sua reinte-gração nos quadros do MRE. Quer di-zer: deixa os lugares dc hoiu-a das me-sas de jantar para voltar às suas ex-'tremidades.

o A propósito: o Sr. Duncan serácondecorado durante o almoço com aOrdem do Rio Branco, pois já tem emsua lapela a do Cruzeiro do Sul.

Em fase de conclusão

o A comissão especial constituídapelo Banco Central para rever e estu-dar o projeto de lei sôbre alienação fi-duciária elaborado pela ADECIF estáterminando seus trabalhos. Breve, de-verá ser encaminhado ao Ministro daFazenda um decreto-lei dirimindo asdivergências existentes na matéria.

Literárias

o Henrique Pongetti lançará no pró-ximo mês Fábula e Contrafábula, meiacentena de histórias curtas.

O A Editora Expressão e Cultura fc-chou contrato com Lawrence Durrcl(O Quarteto de Alexandria) para a edi-ção dc suas obras cm língua portuguc-sa.

Acontecimento musical

c O grande acontecimento musicalde hoje será o concerto comemorativodo 44.° aniversário de O Globo, no Tea-tro Municipal, quando, entre outrss-peças, será executada a obra-prima deBach, Concerto para Quatro Pianos eOrquestra, com Arnaldo Estrela, Mo-reira Lima, Antônio Guedes e LindaMaria Bustani nos pianos.

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A bonita Eliane von Syãow e ArmanáoLins no dia ãe seu casamento. A ceri-viônia religiosa seguiu-se uma elegan-tíssima recepção ofereciãa pelos pais âo

noivo, o casal Miguel Lins

Ponlo final

• O Ministro de Estado da África do Sulpara Assuntos Econômicos homenageou on-tem com um almoço o Ministro' Mace-do Soares, no Iate Clube.O Um grupo de casais, entre os quais os

Vitor da Silva, os Amoldo Wald e os Má-rio Henrique Simonscn, reuniu-se, nofim tle semana na casa de Teresópolis dobanqueiro Edmar dc Sousa, que recebeu pa-ra uma alentada feijoada.O O Embaixador da Itália e a Sra. Pra-to serão homenageados, no dia 6, com umahnctço oferecido pelo Núncio, monsenhorUmberto Mozzoni.(. Em homenagem ao Secretário-Gerali'o ílaaiaráti c Sra. Mozart Gurgel Valeu-te recebem hoje para almoço o Embaixa-dor da, Alemanha c a Sra. Von Hollcbcu..© A familia Flexa Ribeiro, reunida, jan-tava no domingo no Nino. Reaparecida,pela primeira vez depois de sua chegadaao Rio, o professor Flexa Ribeiro, muitofestejado pelos amigos que encontrou na-quele restaurante.O Amanhã, durante o almoço com quesara homenageado no Itamarati pelo Chan-celer Magalhães Pinto, o Embaixador Pra-to, da Itália, receberá a Ordem do RioEranco.O Teresa lie Sousa Campos, no jantardos Colagrossi, destruía copi um casacocomprido dc lã.O A viúva José de Araújo Santos e o ca-sal Otacilio Závoli Machado estão convi-dando para o casamento dc seus filhosMaria Cristina e Dalton, no dia 7 de agôs-to, na capela da Reitoria.

Zóziino. Barrozo do Amaral^

PANORAMATerça-feira próxima, recital da

jnanista Iara Bernete, na Sala CecíliaMeireles • Editado na Venezuelti,

Nuevos Contistas Brasilciíos •Arena Conta Zumbi, a partir do dia

19 de agosto nos Estados Unidos

das letra

da músicaENCERRAMENTO — Encerrando a I Semana Nacio-

nal dos Transportes, quinta-feira às 21h, será realizado noMunicipal um concerto da Orquestra Sinfônica Brasileira.

"LO SCHIAVO" — A ópera de Carlos Gomes será apre-sentada dia 1.° às 21h e dia 3 às 16h, no Municipal, nainterpretação de Newton Paiva, Constant Moret, Graciemade Sousa, Antéia Cláudia, Lourival Braga, Alvaranl Sola-no, Sérgio Nápoli e Hélio Paiva; regência de Santiago Guer-ia e encenação de Renzo Frasca.

RECITAL — A conhecida pianista Iara Bernete darádia 5 às 21h, no Teatro Municipal, um recital, cuja segundaparte será quase inteiramente dedicada aos 12 Prelúdiosde Rac-imaninoff, dos 23 de suas opus 32 e 2.8•

. CICLO BACH — O mais importante concerto da se-mana terá lugar dia 2 às..21h, na Sala Cecília Meireles —no programa do Terceiro Ciclo Bach — com a execuçãoIntegral da Arte da Fuga, per parte do Quarteto Dornbuéchde Francforte.

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NA VENEZUELA — Muri-lo Rubião, Hélio Pólvora,¦Guimarães Rosa, AdoniasFilho, Clarice Lispector,João Antônio, Breno Acióli,Diná Silveira de Queirós, Jo-sé Veiga, Autran Dourado,Dalton 'Trevisan e SamuelRawet são os contistas bra-sileiros, selecionados porFlávio Macedo Soares, queaparecem na antologia Nue-vos Cuontistas Brasile-ãos,recém-lançada na Venezue-la por Monte Ávila Editares,na versão castelhana de Be-sa Moreno Roger e capa dcJosé Ramón Sanchez.

INTERESSE — Cinco en-saistas já .se inscreveram

para disputar o Prêmio Fernando Pessoa, instituído' quan-do da visita do Premier Marcelo Caetano, pela Embaixada'de Portugal e Sá Cavalcanti Editores. As inscrições estãoabertas atá dezembro na Avenida Rio Branco, 131, 18.°andar. O prêmio consiste de uma' passagem Rio—Lisboa—Rio e estada de 15 dias na capital portuguesa.

NOVIDADES — Introdução à Ciência Pclitica, de Te-mistocles Brandão Cavalcanti, segunda edição, FundaçãoGetúlio Vargas; Machado de Assis, o Homem e a Obra.'istos por Todos os Â-ngulos, estudo de Edson Prata, edição

da Livraria São Jcsé; Vida Aventurosa de um Medico "na

Koça, novela de Edmundo Bueno de Araújo (médico emMinas que atualmente cumpre pena de prisão no 6.° Bata-Ihão de Policia de Governador Valadares), Editora Pon-getti; O Conto Brasileiro em Goiás, ensaio de GilbertoMendonça Teles, edição do Departamento Estadual deCultura, Goiânia; Código de Processo Penal, atualização,remissões e Índices por Edgard Magalhães Noronha, nonaedição, Saraiva; Compêndio de Introdução à Ciência doDireito, de A. L. Machado Neto, Edição Saraiva; Israel eSeus Vizinhos (uma crônica de duas décadas), de Alexan-dre Lissavsky, Bloch Editores; O Brasil entre as 5Maiores Potências, de Pimentel Gomes, segunda edição,Editora Leitura; Mulheres dc Médicos, de Frank G. Slaugh-ter, Livraria Eldorado Editora; O Crescimento Humano, deGiovani de Toni, Edições Flambóyant.

DUSÁ — Na coleção Cultura Brasileira, o Instituto Na-cional do Livro vem dc lançar a segunda edição de MariaDusá, de Lindolfo Rocha, com desenhos de Floriano Tei-xeira. A coleção é organizada por Afrânio Coutinho.

ESTRÉIA — Severino Coelho estréia com um livro deversos — Alpondras —• composto e impresso na GráficaEditora Laemmert. Êle cultiva o metro clássico e faz tam-bém concessões ao verso popularesco, glosando motes.

HISTÓRIA — A Editora Conquista dá Início à publica-cão da obra de Abguar Bastos, intitulada História da Po-litica Revolucionária no Brasil, com portad-us, ilustrações

e capa de Israel Cisneiros. O primeiro volume abrange operíodo que vai de 1900 a 1932.

LANÇAMENTOS — Hoje, a partir das 201i30m, Pimen-tcl Gomes estará na Baianinha para autografar exempla-res da segunda edição de seu livro O Brasil entre as 5Maiores Potências. Endereço: Avenida Atlântica, 3889, so-hreloja, esquina de Francisco Sá.

Na Casa do Estudante, na Praça Ana Amélia, serálançado, às 20_3ttm, o livro Problemática da Amazônia, reu-nindo as 15 conferências pronunciadas durante o II Fcrumsôbre a Amazônia, realizado naquela instituição.

Escritores fluminenses serão homenageados hoje pelaII Exposição Agropecuária do Eslado do ltio, que se inaugu-ra logo mais em Niterói. Durante a mostra, promovida pelaFliüiiitur, haverá feira dc livros e venda de material esco-lar a prçço de custo no stand da Fundação Nacio_ial dcMaterial Escolar. .

L.B.

tio teatroSEMANA DAS LIQUIDAÇÕES — Acabou-se pratica-mente o mês de julho, excepcionalmente favorável às bi-

lheterias dos teatros cariocas cm virtude da presença denumerosos turistas, e vários espetáculos que não agüenta-riam mais a rotina de agôslo — e outros tantos por outrosmotivos — preparam-se para deixar o cartaz no próximodomingo. Entre estes, pontifica O Assalto, uma das maio-res realizações do teatro carioca nos últimos tempos, e querevelou um jovem autor dc grande personalidade, o paulis-ta José Vicente. Morte e Vida Sevcrina, que fêz muito su-cesso no llio, termina sua temporada no Ginástico para cs-trear já na próxima semana cm São Paulo, Os dois maisantigos cartazes da cidade, olho n'Amália e O Avarento,também estão na sua semana de despedida, sendo, porém,possível que ôU.o n'Amélia, depois de uma rápida visita aNiterói na próxima semana, volte ainda ao Rio para umacurta temporada no Teatro Gláucio Gill. Outra comédiaclássica que deve em principio deixar o cartaz no próximodomingo é A Comédia dos Erros. Dcrci Gonçalves anunciatambém para domingo a última apresentação dc A ViúvaRecauchutada.

ARENA NOS EUA — Augusto Boal está remontando emSão Paulo o musical Arena Conta Zumbi, com o qual oTeatro de Arena vai apresentar-se durante duas semanas,a partir de 19 de agosto, num teatro de mais de mil lu-gares na Rua 45 West, em Nova Iorque. Estão ainda emcogitações, dependendo de entendimentos finais, apresen-tações em Washing.ton, Nova Orleans, Miami, Cidade doMéxico e Lima. Do elenco da remontagem fazem parte:Lima Duarte, Renato Consorte, Cecília Thumim, RodrigoSantiago, Antônio Pedro, Zezinha Duboc, Germano Batis-ta e Vera Regina. Antes de viajar, o Arena apresentará oespetáculo durante uma semana na sua sede paulista,

TEATRO ITALIANO — Por um lapso, no nosso artigodc domingo sôbre a visita do Teatro Stabile di Catania a

ordem de apresentação dos três espetáculos saiu Invertida.A ordem correta é: sexta-feira, 1, I Viccré (Os Vicc-Reis);sábado, dia 2, La Viçaria; e domingo, dia 3, cm duas ses-soes (161- e 21h), Liolá, de Pirandello.

Y.M.,

das artesTECIDOS PINTADOS — Hilda Campofiorito acaba de

voltar de Brasília onde realizou uma exposição de tecidospintados com grande sucesso. As cinqüenta peças expôs-tas foram todas adquiridas,-e entre os compradores estãoOscar Niemeyer, Embaixador Vladimir Murtinho. As sé-das pintadas de H.C. foram expostas como painéis, entradois vidros, como quadros dc grande efeito. A mostra tevolugar na Galeria Paiol.

MARIO MENDONÇA. — Dia 4 dc agosto o pintorMário Mendonça estará inaugurando na Galeria Guignard,em Belo Horizonte, uma nova série de quadros com mòti-vos de paisagem e pintura religiosa. Dentro do espirito quacaracteriza toda sua obra, e que é produto de uma pesqui-sa incessante e ampla das origens e implicações dos temaspropostos, Mário Mendonça -consegue novos efeitos nestaaúltimas experiências.

SEMANA NACIONAL DOS TRANSPORTES — E' o sc-guinte o programa aprovado pelo Ministro Mário Andreazzapara a Semana Nacional dos Transportes, para esta sema-na: ontem — missa de ação de graças pela passagem do109.° aniversário da criação do Ministério, na igreja da Can-delária; hoje — às 10 horas, exposição de arte infantil noSalão Assírio do Teatro Municipal, e às 18h, inauguraçãodo Salão dos Transportes no MAM; amanhã — abertura daexposição de fotografias no Aeroporto Santos Dumont, aàs 17 horas abertura oficial da Exposição Internacionalde Transportes, no Salão de Exposições do Ministério daEducação e Cultura; dia 31 — visita oficial à exposição cielivros, gravuras e documentos sôbre transportes, na Biblin-teca Nacional, quando serão autografados os livros Livrodos Transportes, de Diná Silveira de Queirós, Oratório deSão Cristóvão, de Dom Marcos Barbosa, às 21 horas, con-certo com orquestra sinfônica e entrega dos prêmios ins-tituídos pelos diversos concursos da Semana dos Trans-portes.

PRÊMIOS DE FOTOGRAFIA — O Serviço dc Documen-tação do Ministério dos Transportes comunica que forampremiados os seguintes trabalhos da Exposição de Fotogra-fias sôbre transportes: 1." lugar, Octales González; 2." lu-gar, Lázaro González; 3.' lugar, Odir Amorim; 4." lugar,Napoleão Alfaia.

ARTE ORIENTAL — Será iniciado em agosto, no Ins-tituto Cultural Brasil-Japão, o curso de Introdução à ArteOriental, sob a orientação da professora Míriam de Carva-lho. As aulas serão ministradas às quintas-feiras, das 17às 18 horas, acompanhadas de projeção de slides. A pro-gramação é a seguinte: 1) O que é arte (conceituação);2) Arte oriental comparada ã arte ocidental; 3) Arte japo-nêsa; 4) Arte chinesa; 5) Arte indiana, camboja, •te..Maiores informações no ICBJ.

W.A.,',._-,

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Page 34: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

PAGINA 4 D JORNAL DO BRASIL ? RIO DE JANEIRO ? ~

TERÇA-FEIRA, 29 DE JULHO^DE 1969. O CADERNO b

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IA44M IIIMOntem, jaccfueline fêz 40 anos. O aniversário foi festejado na ilha de Scorpius:Garoline e jolin-john lá estavam. E Onassis deu de presente à mulher, dentreoutras eoisas, um par de brincos de orno simbolizando o feito da nave Apolo-11.

A VIDA,SEIS ANOSDEPOIS

Seis anos se passaram desdeque Kennedy morreu. Nesse meiotempo, Jacqueline passou dos 34aos 40 anos e da condição de viú-va à de mulher de um milionário.

Não se pode dizer que essatransição tenha passado desperce-bida. Pelo contrário: ela foi seguidaavidamente, e a cada mudança ve-rificada na vida de Jacqueline cor-respondeu uma onda maciça de rea-ção pública, que terminava semprecom um julgamento emitido sobrea sua pessoa.

Assim, ela já foi uma "viúva• exemplar", uma "notívaga incansá-

vel", uma "mulher que sabe muito

bem o que faz" ou apenas "uma

frívola que troca os Estados Unidospor um punhado de dólares."

DO LUTO À SOCIEDADE

De 1963 a 1965, ela foi a viúvamais respeitada do mundo: corajo-sa, fiel, recatada, eram os adjetivosque se usavam a seu respeito. Du-rante esse período, Jackie cultua amemória do marido morto, organi-za a Biblioteca JFK, leva flores aoseu túmulo, veste-se com cores dis-cretas. Sair sim, mas só para visitara família Kennedy e passear com osfilhos.

Outubro de 1965 é a data dasua rentrée: a volta à vida, à socie-dade, à moda, aos amores. Jackietroca o vestido preto por um outro,longo e colorido (o famoso vestidoverde-rosa) do costureiro Jean Pa-tou, com o qual recebe 100 pessoasimportantes de Washington, New-port, Palm Beach.

A festa, que tinha por fim ho-menagear o ex-Embaixador JohnKenneth Galbraith, começou porpor uma visita à Casa da Ásia eterminou com o raiar do sol no res-taurante Au Signe de Ia Colombe,ao ritmo do frug — a última dançada moda.

O primeiro passo, o mais difícil,fora dado. Jacqueline volta a serpersonagem pública. É então vistacom vários homens, de todas asidades, nacionalidades e profissões.

Mike Nichols, 34 anos, diretorde teatro e cinema (Quem TemMedo de Virgínia Woolf?), alegre,adorava os filhos de Jackie, mas erameio doido. Pelo menos, assimachava a aristocracia local.

Alan Jay Lerner, o riquíssimoautor de My Fair Lady, era simpátj-co, mas divorciado. Antônio Guar-

rugues y Diaz Caniabate, nobre,elegante, Embaixador da Espanhano Vaticano, v i ú v o, adorava artemas era velho demais (60 anos).Leonard Berstein, maestro da Or-questra Sinfônica de Nova Iorque,autor da música de West Side Story,era casado.

Havia ainda o arquiteto JohnCarl Wernecke, que o escritor Tru-man Capote afirmava ter tudo emcomum com Jacqueline: gosto pelaarte, cultura, paixão pelos esportese alegria. Tinha 48 anos, era rico,divorciado e pai de quatro filhos.Além disso, era o autor do monu-mento de homenagem a Kennedyno cemitério de Arlington.

Até mesmo um brasileiro, JoãoSampaio Haffers, que viajou comJackie para o México, foi citado: nasespeculações. Até que surgiu LordeHarlech, apontado pela imprensacomo o marido ideal: 50 anos, alto,ligeiramente calvo, bem nascido,bom orador nos debates parlamen-tares — tem uma cadeira na Câmarados Lordes — especialista em assun-tos internacionais. Com dinheiro in-

vestido em agricultura e cinema.Harlech foi embaixador britânico emWashington, durante o Governo deKennedy, de quem era velho ami-go. Seu estado civil não podia sermais apropriado: como Jackie, êleera viúvo. A revista Women's WearDaily chegou a anunciar o casamen-to dos dois, em fevereiro do anopassado.

A principal interessada, Jacque-line, aguardava por um lance maior.Entre a notícia do seu casamentocom Aristóteles Onassis e a realiza-ção da cerimônia passaram-se ape-nas três dias. Jackie enganara omundo inteiro.

Sua imagem atual, quando elacompleta 40 anos, está longe deter-se estabilizado. O lançamentodas memórias de sua secretária,onde ela aparece como um gêniona arte de desperdiçar dinheiro,prejudicou-a um pouco. Outras pes-soas, entretanto, tomam a sua defe-sa e aprovam o casamento: é me-lhor viver — dizem — do que ficareternamente como "a viúva dos Es-tados Unidos."

mulherLÉA MARIA

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CADERNO h ? JORNAL DO BRASÍL D RIO DE JANEIRO ? TÊRÇA-FEIRA; 29 DE JULHO DE 1969 D PÁGINA 5

A chegada de Jacqueline aos 40 anosé notícia — e notícia importante nas so-ciedadés de consumo — porque se criou ohábito de contar de 10 em 10, apesar de sa-ber-se que o organismo feminino nao ado-tou o sistema decimal. No curto penpdoentre os 39 e os 40, não ocorre qualquer sal-to, qualquer visita dos anjos, um só acon-tecimento extraordinário. A menopausa,por volta dos 45, é um marco muito maissignificativo. ,,. '

Mas a mulher de classe media ou abas-tada vive em. um mundo próprio, separadada vida real de seu organismo. As como-didades da civilização, a ociosidade ou umtrabalho que não traz satisfação profunda,o narcisismo, a religião do consumo trans-portada para a vida sexual — estes sao osfatores apontados para explicar o "mal-es-tar da quarentena": a mulher que se sen-te velha quando está ainda na metade davida.

A mulher humilde do povo — dizemos sociólogos — mal percebe a chegada dos40. Sua existência é mais espontânea, me-nos narcisista. Seus problemas são reais eobjetivos. E nas classes mais humildes osexo não é considerado um privilégio dosjovens de 20 anos.

A associação entre amor e beleza sem-pre existiu, mas a sociedade moderna levaas coisas longe demais. Toda a maquina-ria da propaganda comercial e da culturade massa está voltada para uma coisa só:a beleza da jovem. Esquece que há umabeleza própria de cada idade, e esquece

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A CURVA SEM PERIGO DOS 40também que, no sexo e no amor, a belezatanto ajuda quanto atrapalha.

Se um problema existe para a mulherde 40 anos, por incrível que pareça, é queainda é moca demais. Embora tenha per-dido o frescor da beleza adolescente, nãoadquiriu ainda a eficiência e equilíbrio damulher que atravessou e menopausa. Euma idade de transição, como disse umpoeta da velha escola: "Um crepúsculo quevai se ver é aurora." Compara-se ao fimda infância, quando a criança espera a ado-lescência e ainda se agarra aos brinquedosinfantis que "perderam a graça."

Esta segunâa juventude que segue amenopausa é pouco reconhecida. A culpaé da própria sociedade, dizem ps especialis-tas. Médicos e psicólogos empreenderamcampanhas para demonstrar o desperdíciopelo qual a sociedade se torna responsávelao aniquilar a mulher com mais de 50 anos.Os que envelhecem perdem .algumas qua-lidades, mas desenvolvem outras. Tinharazão um simpósio internacional, reunidoem Kiev, que se declarou por unanimida-de fovarável a elevar de 63 para 70 anos aidade da aposentadoria compulsória.

É depois da, menopausa que as mulhe-res estão realmente maduras para se en-volver em negócios, organizar empresas.Quando obtêm um pequeno emprego, daoaos mais jovens o exemplo de uma pontua-lidade escrupulosa, de uma resistência fisi-ca a toda prova e de uma incrível facilida-de em superar os problemas emocionais queparalisam os mais jovens. É a idade em

que se lançam na política e em obras detoda espécie. Em uma palavra: a coragemc a segurança tornam-se sua característica.Passam a ser donas de uma autoridade quena casa dos 30' apenas começa a aparecer.

A Medicina tem sua explicação: "Nosanos que vêm logo depois da idade crítica,desapareceram muitas de suas moléstiasantigas, e as da velhice ainda não começa-ram a aparecer."

Muitas vezes, o ponto mais alto da vidado organismo feminino é atingido no fimda casa dos 40. Nesta época, as glândulasendócrinas auxiliam a mulher nas ..suastentativas de adaptação. Um hipertireoi-dismo moderado dá-lhes um renovado ver-dor de atividade. A tendência viriloide,produzida pelas suprarenais, estimula rea-cões afirmativas em todos os campos. Euma coisa que poucos sabem: esta eman-cipação também é física. As quarentenas,pouco antes dos 50, podem tornar-se boasnadadoras, boas esquiadoras, boas espor-tistas em geral. Se poucas dentre elas sa-bem''disto, é porque poucas experimenta-ram. A Dietrich, tal como a saudosa Mis-tinguett, não é nenhum milagre. Aponte-ce e que elas recusaram certos preconceitosenvelhecedores.

Aos 40 anos a mulher ainda não sabede nada disso. Tal como a criança de novee 10 anos que ainda reclama o carinhomaterno perdido, também ela costuma la-mentar o que vai perdendo, sem saber am-da o que está para ganhar.

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Éni'wmmmmmYAos 55 anos, segunão a -previsãoão desenhista Miehael Leonard,já com rugas e cabelos cinzentos

Sua mais recentefoto: em Capri,Jacqueline Onassisnunca pareceutão jovem

Jackie, 35 anos:Primeira Dama dos

Estados Unidos

40: UM LIMITEFRED AMARAL

Ontem, Jacqueline- Bouvier Onassis fèz 40 anos.E constitui um esplênâido exemplo para quem lemeo número 40. A Senhora Onassis é um caso curioso,da vitória de uma grande força interior sôbre um ex-terior em nada perfeito, dentro dos'cânones estritosãa beleza regiâa a compasso e fita métrica. Defeitos,ela os tem e muitos: olhos grandes e muito separa-âos, boca rasgada talvez demais, magreza, pernas ar-queadas mercê de sua paixão pela equilação. Mas lan-çou moda ãe truques esdrúxulos, quando se assinavaKennedy: o sentido enviesado ãe nascença de suas so-brancelhas, para disfarçar a já aludida separação de-masiada âe seus olhos, seus cabelos flutuantes numaépoca de rígida -obediência ao laquè, seus batons

transparentes, a quase ausência de pintura nos olhose 110 rosto propriamente dito.

O contra-argumento de Jacqueline ou Lanlas ou-iras quarentonas consideradas belas — Tânia Car-rerq, Anne Brancroft, Michèle Morgan — belas porserem tratadas, não tem o menor senso lógico, já quea oportunidade de se tratar é igual para todas. Co-meçanàó pela figura — magra sem ser esquelética— afastando o fantasma do "ar matronal", muito cmmoda nos tempos de Comélia Graco.

Controle a gula, esqueça que existem tantas óti-mas miniconfeitarias por aí, jaca uma ãieta equili-brada para se manter em ponto ótimo âe figura. Ca-belos brancos, por quê? Nem que tenha um só, tinja-o. Procure um especialista em tinturas para um con-selho sábio: não caia no erro ãe tingir seus cabelosde preto, mesmo què estes naturalmente sejam ou te-nham sido pretos — um castanho natural será mais

per jeito. Com o aâvenio âos cabelos brancos, vocêpoãerá tornar realidade um sonho anterior: ser lou-ra Mas fuja das tonalidades muito claras. Prefiratinturas de cabelos para tons de louro avelã, espéciede louro não muito claro nem muito escuro, com cam-biantes dourados ou acobreados. Se desejar uma tm-tura que elimine completamente seus cabelos brancos,escolha uma tonalidade natural, como tinta direta-mente aplicada aos cabelos. Falamos "diretamente',

já que as tonalidades ditas "da moda" sao mais fra-cas atuando mais intensamente em cabelos piç/men-tados e quase nada sôbre os brancos, estes muito re-beldes. Há uma solução conciliatória — tuna desço-

• loração prévia, o que deve ser encarado com certadose de ceticismo, pensando na integridade da eslru-tura dos seus cabelos. Ainda tinturas: evitar ruivos

. chamejantes t igualmente tonalidades por demaissombrias: uns e outros pesam e envelhecem.

Cortar os cabelos é boa solução inicial. Cortarpara resistir à tentação âe usar longos cabelos esvoa-cantes, cascatcanáo sôbre as espáduas. Quanto aocorte dos seus cabelos: curtos penteáveis, evitando m-fluéncias de Viáal Sàssoón c cachos à Gal Costa, fran-jões de Julieta, muito cardinianos, portanto modamuito jovem. Dentro deste ponto ótimo de compri-mento, há uma infinidade de variações perfeitas, po-detido ser ainda mais modificadas por meio de peque-nos postiços, estrategicamente colocados. E, quantoao rosto:'cuidar, cuidar, cuidar. Cremes hidratantes,pouca maquilagem — base fluida e umedecida, pou-co ou nada ãe pó, principalmente sob os olhos, rubo-rizantes rosados e transparentes, sombras em lona-lidades pastel nos olhos, sobrancelhas claras e em ar-co natural, batons rosados e bílios posiíços — por qyenão? — desde que sua condição âe postiços nao' sejaeviâenciaãa.

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Geraldine Chaplin, uma ãas clientes mais assiâuas

TED LAPIDUS:

A JOVEM ALTACOSTURA NA FENIT

Estilo jovem, harmonia dos pés à cabeça, são ascaracterísticas de Ted Lapidus, um dos grandes daalta costura francesa, que estará apresentando suascriações na Fenit.

Ted Lapidus define o seu estilo harmônico comosendo a criação de modelos que se completem emelegância e funcionalidade.

— Os novos materiais, os tecidos e os instru-mentos utilizados dão ao vestuário de hoje uma novabeleza.

Tendo atualmente 40 anos, Ted Lapidus aban-donou aos 20 os estudos de Medicina, que êle própriocusteava com a venda de suas confecções, para abrirsua primeira loja. Nessa época, criou um tailleur deflanela cinza para Brigitte Bardot, que ate hoje euma das suas famosas clientes. Entre 55 e 60, abriumais duas bouüques em Paris, uma para homens eoutra para esporte fino, feminino.

Somente no ano passado Ted Lapidus instaloua Boutique Rive Gaúche, em Saint-Germain desPrès apresentando uma nova fórmula de alta cos-tura para gente jovem. Seus clientes famosos au-mentaram: Geraldine Chaplin, os Beatles, Jean-Claude Pascal e até o ex-Presidente Harry Truman,são alguns deles.

Na última semana da Fenit, Lapidus estarámostrando em avant-premièrc mundial sua coleção69-70, trazendo consigo um grupo de manequins. Asapresentações de Ted Lapidus costumam ser espeta-culos à parte, em que participarão modelos masculi-nos e femininos com roupas harmoniosamente com-binadas.

# ServiçoCINTOS: De lczard em várias

cores, ficam bem sôbre suèteres; osmais estreitos custam NCrS 15,00, osmais largos NCrS 25,00. Na Castrinho,Visconde de Pirajá, 365 sl. 209.

CABELOS SECOS: Um trata-mento contra o ressecamento dos ca-lo-!os poilc agora ser feito em casa; oprocesso é criação dc Laura e as con-síütas podem ser marcadas pelo tele-íonc 235-3820.

ECONOMIA PARA AS MULHE-RES: Teófilo de Azeredo Santos seráo professor do curso de Economia e Fi-riançásj promovido pelo Instituto Su-périor dé Cultura Feminina, que teráinício em agosto. Maiores informações:237-7572.

MIUDEZAS: Um bom endereçoevita caminhadas longas; na PraçaMonte Castelo n.° 6 encontra-se uniac lorme variedade dc fios. linhas, con-t:>s c fechos para bolsas, além de arti-gos para chapéus.

"PANTALONAS" SEMPRE: Emmalha acrílica, com bainha virada eelástica na cintura; bege, preto e mar-ron, à venda na Mimo, Rua MiguelLemos.

INDIANA PARA HOMEM: Gra-vatas com padronagem. indiana porNCrS 48,00 c outras bem largas, tipoitaliano, por NCrS 13,00, na Dijon.Blusão de ciré, com dois cortes na

frente c atrás, em várias cores, por ..NCrS 185,00; c ainda uma grande va-riedade dc correntes c colares para ho-mem com pedras incrustadas.

ESTOFOS, COLCHAS E CORTI-NAS: Tecidos exclusivos da Telaio,Rua Barata Ribeiro. Para estofos, umtecido de nylon, tipo telão, em xadrezou listras largas, por NCrS 45,00; paracolchas, fibra rami, com fios de seda,em estampado floral, por NCrS 27,00;para cortinas, a mesma fibra, numtipo mais grosso, cm estampas varia-das, pelo mesmo preço.

CURSOS: Até 1.° dc agosto, im-preterivclmente. a secretaria dc cur-sos do MAM recebe inscrições para osegundo período dc aulas; todas as m-formações sobre horários c pagamen-tos podem ser obtidas na secretaria, dclá às 19 horas. Os interessados devemser sócios do MAM.

FOLCLORE PARA PROFESSO-RES: O Conservatório Brasileiro deMúsica realiza mais uma vez o curso defolclore para professores, ministradopor Fernando Lébeis. Informações pelotelefone 222-0380.

LIVROS MAIS BARATOS: AEdições Tempo Brasileiro está ofere-cendo um grande número de livros,com 50% de desconto; os pedidos dc-vem ser feitos diretamente à editoraou pelo reembolso postal. O endereçoé Gago Coutinho, 61. Adonias Filho,Afrânio Coutinho, Alceu Amoroso Li-ma c Cândido Mendes são alguns dosautores cujos livros estão nesta vendaespecial.

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Page 36: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

PAGINA 6 D JORNAL DO BRASIL' D RIO DE JANEIRO D TERÇA-FEIRA, 29 DE JULHO DE 1969 ? CADERNO

O QIE HÁ PARA VERNo Palácio, A Magia do Guru. comédia com Rita Tushingluim e Michael York • Elsa Soares estréia hoje no Nôvo Teatro de Bolso

• Ultima semana de O Assalto, no Teatro Ipanema

CinemaESTRÉIAS

UMA CIDADE CONTRA O XE-RlfE (Support your local sherífl!)Diieção de Burt Kençdy, fologra-tia (om cores) de Harry Stradling.Com James Garner, Joan Ha-ckett, Walter Brennan e HarryMorgan. São luis. 14h lóh, ISh,20h, 22h. (10 anos).A MAGIA DO OURÍTTfh» GurJ)James Ibory dirigiu e escreveuo roteiro desta comédia fotogra-fada em cores a interpretada porRita Tushingham, Michael York,Utpal Dutt e Aparna Sen. Pali.tio, 13h2C.n, 15h30m, 17h.0m,19li50m, 22h. (18 anos).DRACULA, O PERFIL DO DIABO(Dracula has Risen from thi Gra.ve). Uma nova aventura do Con-de Dráeula dirigida por Freddie.Francis e interpretada por Chris-tophe.r tec, Rupert Davis, Verôni-ca Carlson, Barbara. Ewing. Vitó-ria. \1h, lóh, 18h, 20h, 22h. (18anos).TARZA E O MENINO DA SEIVA(Tarzan and th» Jungles Boy)Direção de Kobert Gordon, foto-grafia (em cores) de Ozen Ser-man. Cem Mike Heriry, RaFerJchnson, Stephan Bcnd e JoséLewgoy. Coral e Rio. (14 anos).A OUTRA FACE DA CORAGEMTutto per íutto) Western italia-no em cores de Umberto Icnzl,com Mark Dammon, John Ireland,Monica Randali. A_t*ea, Hermida,Flórida, Arto, Nivis, Caiçara, lm-períal e Miragem. ,14h lóh 18h,20h e 22h. (14 anos).A RAPOSA DO SINÃMla Bani.glia dei Sinai). Cò-prcduçao íía.lo-israelense sobre a guerra en-ire Israel e os Estados' árabes.Direção de Maurizio LucidI, comAs.af Dayan, Zev Revah, FrancoGiornelli « Katia Christine. Con-dor Copacabana, Plaza Olinda eM-scóli. 14h, 1óh, 18h, 20h •22h. (14 anos).QUANDO TU NÃO ESTÁS (Cu.ndiTu no Estás). Produção espanho-Is em cores, dirigida por MarioC3...US e interpretada por Ra-pliae!, Márgaret Peters e MariaJosé Alonso. Império, Madri, Mi-ramar, Caxias. 14h, lóh, 1 Sh, 20h,22h'i A partir de amanhã Tambémno Coliseu e Central.

CONTINUAÇÕESNOMAN, O LEITEIRO BAGUNCEI.RO — Comédia cm cores de Nor-man Winsdow, com Edward Chap-man e Jerry Desmcnde. Ricamare Brunl-Tijuca. 14h, lóh, 18h, 20h,22h, (Censura livre).P Í5TOLEIRO IMPROVISADO .PÕ~rMis Pistolas) Comédia em coresceu. Cantinflas. Direção de MiguelDelgado. Comodoro. T4h, 16h30m,19h, 21li30m. Também no Sta.Alice, com sessões a partir de15h 15nj, e domingo no Cintra)

e D. Pedro. (Censura livre).ANGÉUCA É~_> SULTÃÕlÃn_eir.qu* »t le Sultan). Michele AAercier,Robert Hossein e Jean Claud*Pascal dirigidos por Bernard Bor-derie. Em cores. Condor Largodo Machado. 14h30m, ]óh20m,IShlOm, 20h, 22h. (14 anos).ÕTeSAFIO DAS ÁGUIAS (WhmEagUt Dará), de Brian G. Hut-ton. Filme de aventuras passadodurante a guerra, baseado na no-vela do especialista Alistair Mac-lean. Produção americana em?0mm. Panavrsion/M_troeolor. ComRichard Burton, Clint Eastwood •Mary Ure. Metro 6-avista: 12h30m,15l_0rn, 18h30m _ 21h30m. (18anes..GÁRõtÃ^VNIAU~(Fu7n~Girr)7Musical de William Wylíer, comBa.-bra Streisand e Oirar Shariff.R-xy. 13h20m lóh, 13h40h2lh30m. (14 anos).Om convidado bêm tkãpã-LHÃO (Tht Parly), de Blike Ed-wards. Uma festa em HollywoodBoíre o diabo com as complicaçõesinvoluntariamente criadas por umalor indiano (Peler Scllsrs) con-vi dado por descuido. Produçãoamericana em DeLu,.e Color. ComClãudine Longet, Marge Cham.pion. Peter Sellers e outros,Música de Henry Mancini. Ve-nèza: 14h, lóh, 18h, 20h, 22h.("0 anos).A UM PASSO DA INFIDELIDADE(Tu Serás Terribltment Gentile).Em cores, direção de Dirk San.ders. Com Karen Blanguernoon eLeslie Bedos. Inaugurando o CinePax de Ipanema. (Censura livre).

A BRIGADA DO DIABO (Thi Da-vil. Brigada), de Andrew McU-gen. Aventuras bélicas. Produçãoamericana em cores. Com Wil-liam Holden, Clilf Robertsqn. Vin-ce Edwards, Michael Rennie e ou-Ires. Odeon, leblon.. íCapri .Carioca. 14h 1óh30m' l.h, 2lh30m. (18 anos).ROMEU E _ÜLTEÍÃ~(R-m__~i__lJulitt). A direção desta nova ver-iho de Romeu e JuÜeta é deFranco Zeffirelli .(o ir.esmo dire-(or de A Megera Domada) que es-creveu a adaptação juntamentecom Masolino d'Am!co e Francotr.satti. A música é de Ninolota, o mOsico dos filmes de Fe!-Uni. A fotografia é de Pasqualede Sant:s. Os intérpretes são Leo-nard Whiting, Olivia Hussey eMichael York. ãpira e Tijuca Pala-ca. 13h, 15h45m, 18h30m, 21hj5nv (M anos).MOWGLI, O MÍnTnÕTôBCMTJi.Jungle Book). Desenho animadocolorido de longa metragem ex-traído do livro The Jungle Bock,de R-dyard Kipling. Bruni Ipan..ma, Bruni Saens Pena, Bruni Gra-jaú, Bruni Méier,- Alfa, Rio Palace,River e Bruni Engenho de Dentro.Sessões contínuas a partir de 131.30.1. Censura livre).O VEL-ÍRO DO SONHO-(>Íyfn_Clipper). Aventuras lurísticas, emcores. Scala, Art Palácio Méier,Art Palácio Madur-ira. 14h30m,17h. 19h£0m, 22h e também noFestival, com sessões a partir dellh. (Livre).

O MÁGICO DE OZ (Th. Whiiardof Oi), Musical em câres, comJudy Garland, direção de ViclorFleming. Kelly, Bruni Copacabanae Britànla. 14h, lho, 18h, 20h,22h. (Livre).

REAPRESENTAÇÕESCINEMA AMERICANO - Semanade filmes americanos, um pordia, em sessões contínuas a par-tir das 14 horas. Hoie, Sament.sd» Violência (Blackboard J-iigl.)de Richard Brocks, com G.ennFord e Sidney Pcilier. Amanhã,£ste Homem • um Espião (ForoitmCorraspondent) de Alfred Hilch-coclí, com Jcel McCrea e GeoífleSanders. Quinta-feira Viva Vila(Viva Viíla), de Jack Conway,com Wallace Beery e leo Carri-lo. Sexta.feira, Uma Noite naÓpera (A Nighl at lha Opera),de Sam Wood, com os IrmãosMarx. Sábado, A longa Viagemde Volta (Th» long Voyage Ho.ma), de John Ford, com JohnWayne e Tfiomas Mitchel. Domin-go, Eu Chorarei Amanhã (I.l CryTomorrow) de Daniel Mann, comSusan Hayward e Richard Conte.Paissandu.«TE HOMENS E UM DESTINO(The Magnificent Saven). Fracarefilm.gem de O» Set» Samurais,dirigida por John Sturges e in-terpretada por Yul Brinner SteveMcQueen, Eli Wailach e' HorstBuchhol?. Capitólio, Rian e Ami-rica. 14h, lóh30m, 19h e 21h30m.A MEGERA DOMADA (Th. Tamingof the Shrew), de Franco Zeffirel-li. Adaptação colorida do textode Shakespeare dirigida por Fran-co Zeffirelli, interpretada por Ri-chard Burton, Elizabeth Taylor,Cyril Cusack, Michael Holdern «Natasha Pyne. Alaslca. 13hl5m151.30,-n, 17h.5rn, 20h, 22hl5m.'Sábados, sessScs à meia-noite.(10 anos).BEN-HUR (Ben H-õ. Numerosoelenco, encabeçado por CharltonHeston, Jack Hawkins, StephepBoyd e Haya Harareer, e díriqi-dos por William Wyier. Presiden-te, Rio Branco, Sio Pedro e Re- .gência (10 anos).

2001: U~M.TO_i.-S-lA NO ESPAÇO— Americano. Ficção científica deStanley Kubrick. Em cores. Bruni-Flamengo. I4bJ0m, 17h, l.h30m,22h. (10 anoslr.GRAND PRIX (Grand Prix) Dire-ção de John Frankenheimer. Fmcores, com James Garner, Eve Ma.rie Saint, Yves Mcntand, ToshiroMifune, Françoise Hardy e eutros.Pathé, Metro Copacabana, MetroTijuca, Para Todos, Mauá e Lagoa.HÃRÃKIRI (Seppuku) - De ft_"saki Kobayashi, com Tatsula Na-kadaí, Akira Ishthama, Shimalw-)shita e Tetsuro Tamba. Foto-grafia de Yoshio M.yajuwa. Semdúvida alguma o melhor progra.m:i desta semana marcada porlançamentos inexpressivos. Festi-vai, Art Palicio Copacabana •Arte Palácio Tijuca. 14h, lóh30m,19h, 21h30m. _^HISTÓRIAS EXTRAORDINÁRIAS(Histoires Extraordinatres). Trêsepisódios baseados em originaisde Edgar AIlan Poe • dirigido*por Federico FeNint, Louis Mail*e Reger Vadim. Apenas o dePellini merece atenção. ComAlain Delon, Jane Fonda, Teren-ce Slampt Brigitte Bardot. PaxIpanema. 15h 17h20m 19h45m22h. (18 anos).Ó GRANDE CAÇADOR - Desenhoanimado em cores de longa me-tragem doi estúdios Walt Dis-.ney. Caruso Copacabana. _4hlóh. 18h. 20h. 22h. (Censura li.' ¦vre).

O PÊNDUIO (P.ndulum) Policialem cores dirigido por Georg»Schaefer, Interpretado por JeanSeberg, George Peppard e RichardKiliey. Copacabana. !¦.)., lóh,18h, 20h e 22h. (18 anos).WESTERN — Semana de repre.tentação de westerns americanose europeus no cinema Rex, umfilme por dia em sessões • par-tir de 15 horas. Hoje, Joe, •Pistoleiro Implacável. Amanhã,Sangue nas Montanhas. Quinta-feira, A Morte Anda a Cavalo.Sexta-feira, A Hora da Pistola.Sábado, Desbravando • Oeste.Domingo, O Último Bravo.

ÉXTRÃÂ DIVINAH)A.^(U^H_mm_n. .Direção de Alexander Korda. Fo-lografia de Rudolph Mate. In.té.-pretes: Vívien Leigh, laurenc»Olivier, Sara Alçjood. Poeira Ipa-nema. lóh, ISh. 20h, 22h.A REGRANDO JOGO (Ia Regle duJeu), de Jean Renoir< com Mar-cel Dalio, Nora Gregòr e RolandToutain. Somente hoje, ás- 18h30m, no auditório da Maison deFranca.

Ò^'inNCI0TTys7n7___i), de Inímar Bergman, com Ingrid Thulin,Gunnel Lincolom, Jorgen Linds-tren e Bírger Malmsten. Oe sex-ta a domingo, no Cinema deArte do Museu da Imagem e rioSom. J5h40m, 17h20m, 19h, 20h40m e 22h.

CURTOS BRASILEIROS - Sábadona Cinemateca do MAM. em sas-soes às lóh e às 18h30m oitonovos filmes de curta metragem:Um Pedreiro, de Day?: Peixoto,Recordando uma Expôs.ç.flj deMarilu Fiorsni, A olho Nu, deOavid Waissman, Dramática Popu»lar do Nordeste e Vitalino-lam-pião, ds Geraldo Sarno, Natal deCristo,, de Fernando Campos aTarsila, de Fernando Campos eDavid Neves e Festas Popularesda Bahia, de Ronaldo Duarte.CINE HORA, Centro e Copaca-bana. Filme do homem na Lua.D_;enhos animados, jornais, co-médias e documentários de curtametragem a partir das 10 horasda manha.

TeatroA V 1 Ú V A RECAUCHUTADA -Mais uma recauchutagem de Der-ci Gonçalves, sem indicação detutor nem de diretor. Serrador,Rua Sen. Danl.s, 13. (232 8..3I.J21h30m; sáb-, 20h e 221.; vesp.5a., lóh e dom.*, 17h. Últimosdias.-"cT-Te".DA iFOSSA - Comédiadramática de Abílio Pereira títAlmeida, que pretend» denun-ciar ot problemas da iuventu- ide atusl relacionados com en-terpecentes, homossexuaMsmo eprostituição. Dlr. de Fredi K!ee-mann. Com Maria Helena Dias,lira Amaral, HumbeVío de Lo-rena • outros. Mesbla, Rua doPasseio, 42/56 (242-4880);

21hl5m; sáb., 20h e 22h;S.a, 17h e dom., 18h.

O AVARENTO - Uma das maisfamosas obras de Molière, quecrltfca impiedosamenTe o pecadoú* avaieza, numa trama inspiradaem Plauto. Dir. de Henrl Doublíe.Com Procópio Ferreira (que vol!ia interpretar um papel que jádesempenhara com sucesso há 3Qanos), Paulo Padilha, Alvtm 3ar-bosa, Jorge Chaia, Érico dc Frei-*«•, Tais Moniz Portinho, M_ríaLúcia Dahl e outros. Princesa Isa-b.l, Av. Princesa Uabel, 18é(236-3724): 21h30m: sáb., 20h e22hl5m; vesp. S.a lóh • dom.18. Últimis aemanai.

O MARIDO DE CONCEIÇÃO SAL.DANHA — Mcnodrema de JoãoMohana, já apresentado no iníciodo ano, volta ao cartaz, ínaugu-rondo nova sala de espetáculos.Dlr. ds Ziomblnski. Com CavvcllRÍposos. Teatro da AssociaçãoCristã de Mocos, Rua da Lapa, 86(222-9860); somente láb. • dom.,31 h,O ASSALTO - Drama do jovemautor paulista José Vicente. Ummodesto bancário, oprimido pe'afilia dt perspectivas da sua exis-tência. Inventa a imagem de umSalvador, identificando-a com apessoa dt um faxineiro do ban*co. Dir. de Fauzi Arap. ComIvã de Albuquerque »i RubensCorreia. Ipanema, Rua Prudentede Morais, 824 (247-9794); ¦ 21h30m; sáb., 20h e 22hl5m;vesp. 5.a, 17h e dom., 18h. Úl-timas semanas.ADULTÉRIO ADULTERADO _ C^média ligeira de Pierrelto Bruno— Pepsie, no original — que al-cançou enorme sucesso de bílhe-teria em Paris, onde conquistou,o Prêmio Trlstan Bernard. Dire-ção de Leo Jusi. Com TeresaAmato, Paulo Araújo, MaurícioBarroso, Sônia Maria e Artur Cos-ta Filho. Santa Rosa, Rua Vis-conde Piraiá, 22 (tel.: 247-8641):21h30m; sáb. e 20hl5m e 52h30m; vesp., 5as., às 17h, •dem., às Iflh.A COMÉDIA DOS ÉRRC. - Comi-dia de William Shakespeare, tidacomo a primeir» peça escrila pelopoeta de

'S.ratfcrd. O enredo,

inspirado em Plauto, gira em tôr-no das confusões criadas pela pre-sença de dois pares de gêmeos.Dir. de Bárbara Heliodora. ComNípoleao Moniz Freire, OduvatdoViana Filho, Isabel Teresa, Regi-na Rodrigues, José de Freitas, Ma-ria Helena Velasco e outros.Glíuclo Gil, Praça Cardeal Arco-verae (237-7003); 21h30m; sib„20h • 22hl5m; vesp. S.a, 17h •dom., .8h. Últimas semanas.

A CONSTRUÇÃO - Drama de Al-timar Pimentel, segundo prêmiono último concurso do SNf. Onvto do padre Cícero continuasendo explorado no Nordeste./Contagem vanguardista do gru-pc Comunidade, com forte crí-tica à sociedade de cotisumo.Dir. de Amir Hadad. Com Jacqueline Láurence, Carmem SílviaMurgel, Rubens Araújo, NormaDumar e outros. Museu de Art.Moderna, Av. Beira-Mar, s/n.»(231-1871). De 4a. • sáb., às21h; doms., às 20h. Curta tem-porada.

ÕIHO N'AMILIA - O famosovau-evilla Me George Feydeau.visto pelos olhos de um diretorde vanguarda, Paulo Afonso Cri-•olli. Com Eva Todor, AfonseSluart, Susi Arruda, Mflldh Morais,Sérgio de Oliveira, Hilio Ari e ou-tros. Maíion de Franca, Av. Pres.Antônio Carlos, 51 (252-3456);21h; sáb-, 19h30m t 22h30m,

vesp., 5a., 17h, e dom., 17h, Úl.tima semana.A MULHER I UM DIABO - frê.pequenas jornadas do escritorfrancês Prosper Mérimée (1803-1870): Al Tentações de Sant.Antônio, Amor Africana « A Car-ruagem alo Santa Sacramente.Dlr. de Olavo Saldanha. ComMaria Fernanda, Ribeiro Fortes,Ari.ero da Oliveira, Labanca,

' -chio Reis • Osvaldo Neiva.Teatro Nacional da Comédia, Av.Rio Branco, 179 (222-0367); 2lh;sáb., 20h • 22hl5m; vesp. 5l.,17h e dom. 18h. ^_^FRANK SINATRA 4111 - Come-dia de João Bethencourt. Costu-mes copacabanenses focalizadosatravés do exemplo d« uma fa-mílía supersticiosa. Dir. de JoãoBethencourt. Com Honrlette Mo-rineau, Paulo Gracindo, Dalselúcidi, Luís Delfino, Dilmi Lóisa outros. Copacabana. Av. Co-pacabana, 327 (257-1818); 21h30m; sáb. 20h . 22h; vesp. Sa.lóh, e dom.. 17h.

CALDEIRÃO - Comédia d.José llclemar Nunes. O julgamen-to da humanidade depois daexplosão de uma bomba quedestrói a terra. Produção doGrupo Visão. Dir. de Luli Men-donça, Com Alberico Bruno,M-urMo Loiola, Uva Nino, Ju-rema Pena, Vilma Dujcettl e ou-t.-os. Teatro Gil Vicente, Av.Chü* (antigo Pavilhão de Por-lugi); 2)hl5m; sáb-, 20h • .,5-.h]5m; vesp. dem., lflh.

¦VIDRADO - Show teatrall-âd-de Ernesto Carrazoni, encenadopelo grupo Pesquisa. Com LeilaSantos, Rose Marie e M.ríHaAmcrim. Teatro das Art.s (Co-,légio Brasileiro de. Almeida). Desexta d domingo, ás 2!h_0m.

TEATRO STABILE Dl CATANIA -Visita do elenco siciliano, pairo-cinada polo Governo italiano.Sexta-feira, dia 1 de agâsto, 2lh;

Viceré, de Diego Falbrl, dir.de Franco He-nriquez. Séb.. 21h,-Ia Viçaria, de Leonardo S.ics.ia,dir. dc Fulvio Tolusso. Dom., Tóh,e 21 h, Liolá, de Pirandello, dir.de Turí Ferro. No elenco, entreoutros, Ave Ninchi, Ignazio Pap- ipslardo, Umberto Spndaro, TuriFerro, Elio Zamuto, Dera Calin-dri. Teatro João Caetano, PraçaTiracl.ntes (243-4276).MORTE; E .- VIDA- .SEVERINA -O extraordinário auto nordestino,de João Cabral de Melo Neto,magnificame-nte ifiusicado porChico Buarque de Holanda, •agora apresentado profissional-mente, embora conservando amesma concepção geral d» famo-sa montagem do TUCA paulis-ta, Dir. de Silnel Siqueira. ComPaulo Autran, Carlos Miranda egrande elenco. Ginástico, Av.Graça Aranha, 187 (242-4521);21hl5m; sáb-, 20h e 22h; vesp.,5.', 17h e dom., 18h. Curta tem-porada.

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Carlos Miranda i Scverino em Morie 0 Vida Severina

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•' Haetidel. Vi-vatldi, Corelll.CONCIRTO SINFÔNICO - Hoie,às 21 h, concerto sinfônico noTeatro Municipal em comemoraçãoao aniversário ds O Globo. Or-questrV Sinfônica Brasileira ceb aregência de Mário Tavares e Hen-rique Mr. elembaum. Obras deCKopt.1 (Concerto n.° 1, solista Ar-tur Moreira Lima), Kr.eger, BrahmsConcerto n.° 1, para Piano a Or-questra, solista Arnaldo Estréia) aBach (Concerto para Quatro Pia-nos, a Orquestra, solistaa, LindaMaria Bustani, Arnaldo Estréia,Artur Moreira Lima a Antônio Car-los Guedes Barbosa).

ENCERRAMENTO - Depois deamanhã, is 21 h, no Taatra Muni-«ípal, concerto de encerramentoda I-Semana Naclon&l dos Trans-pertes. Participação da OrquestraSinfônica Brasileira.ÓPERA - -Sexta-feira, è_ 21h, •domingo, às lóh, apresentação daópera da Carlos Gomes, LaSchlavo.III CICLO BACH - Sábado! _s21 h, na Sala Cecília Meireles, te-gunda apresentação do III CicloB.--h. No prcgram$, Arta da Fugaque será executada pelo QuartetoDcmbuerch, da Frankforte.

CIRCOCIRCO ESTATAL DA HUNGRIA -No; Estádio do Maracanã zinho»apresentação do Circo Estatal daHungria, vindo diretamente deBudapeste. Acrobacia, maiabaris-mo, cemicidada, animais de tô-das as espécies. H.-rárirs: de3a. a 6.8, às 20h30m; sáb. 16h30me 20h30m; doms-, .três espeta-culos: lOh, 15h e 18h. Vendaantecipada da Ingressos nos se-guintes locais: Mercadinho Azulem Copacabana, Teatro Municipala Maracanízínho.

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Trata-se, sem dúvida,do primeiro stripteasejá realizado num palcode ópera em todo o mun-do: em Amsterdã, duran-te o recente Festival Ho-landa, uma soprano daópera Reconstru-ção (criação coletiva dedois libretistas e cincocompositores ho-landeses) punha-se empêlo em meio à operaçãode transformar-se deguerrilheira cubana emdeusa maia. Mas o resul-tado junto à platéia foidecepcionante para osrealizadores: pouco es-cândalo e muito risogaiato. Sobretudo porquea ópera é uma adapta-ção de D. Juan, em queo personagem sedutorganha cores políticas e aestátua punitiva é a pró-pria imagem de Gueva-ra, com 14 metros de ai-tura.

Alguns dadosatualizados sôbrea indústriaAeronáuticafrancesa

Em 1968, os aviõesMareei Dassault assu-miam o controle de Bre-guet-Aviation, a Sud-Aviation absorvia Potez,e Snecma, a Hispano Sui-za. Breguet conservousua autonomia, prosse-guindo seus próprios pro-gramas com o auxílio fi-nanceiro e técnico deDassault.

A reorganização do se-tor nacionalizado torna-se mais difícil. Primeira-mente foi encarada aorganização de três em-presas respectivamenteespecializadas nos aviõese helicópteros, foguetese engenhos, e no espaço,depois a criação de umaúnica sociedade que rea-grupasse todas estas ati-vidades em divisões téc-nica e industrialmenteautpnomas, e até certoponto, sob o ponto-de-

vista financeiro. Dessasolução nasceria um gru-po de âmbito internado-nal, agrupando 40 000pessoas e garantindoum volume de negóciosda ordem de 2,5 bilhõesde francos. A questãocontinua em estudo.

Metrô automático

Apenas um emprega-do controlará, daqui pordiante, os carros do me-trô da linha Place duChâtelet-Porte des Lilás,de Paris.

Sua única função épôr a composição em mo-vimento após cada para-da, e paliar, eventual-mente, um mau fun-cionamento do sistemade comando automático.Depois de quatro anosde ensaios, com trenstransportando viajantes,a Régie Autonome desTransports Parisiens(RATP) deu, portanto,um passo decisivo no co-

mando automático dometrô.

O princípio desse co-mando automático éguiar a marcha do trempor um fio magnéticocolocado em ziguezagueao longo da pista e sô-bre o qual são gravadosos impulsos que coman-dam o programa das ve-locidades. Dois apare-lhos de captação, dispôs-tos sob a motriz, acimados trilhos, transmitemas ordens de regulariza-ção da corrente ao mo-tor. Os primeiros en-saios de trens com co-mando automático re-montam a 1951, e a pri-meira motriz sôbre pneu-máticos que rodou sôbrea linha Lilas-Châtelet jáse achava equipada comesse dispositivo.

Um sistema simplifi-cado, onde o fio magné-tico estaria colocado nomeio do espaço que se-para os trilhos, e parale-lo a estes, está em cur-so de experimentaçãosôbre a linha que vai daPorta de Clignancourt àPorta de Orléans. "

O jjrêmio pelasugestão

O Ministro da Saúdeda Rodésia, Jan Mc-Clean, anunciou que oGoverno tomará algumasmedidas no sentido de"frear o aumento irres-ponsavel" da populaçãonegra. As famílias quenão quiserem adotarmedidas anticoncèptivas,terão seus impostos sen-sivelmente aumentados.Mas, se, ao contrário, ochefe da família adotara limitação de filhos, te-rá reduzido seu impostode renda e os filhos te-rão direito à escola gra-tuita. *

A arma proibidaEm Kansas, Estados

Unidos, um jovem de22 anos, John G. Boltonfoi multado em 50 dóla-res por porte ilegal dearma, em outros 50 porter golpeado um agentepolicial e finalmente em10 por comportamentoanti-social. A razão detodas estas multas sur-giu quando Bolton an-dando por uma rua desua cidade, viu um gru-po de amigos envolvidoem briga. Tentou apar-tá-los, até que um poli-cial_chegou e deu voz deprisão a todos. Indigna-do com a medida, Boltonreagiu, atacando o poli-ciai com sua mão mecâ-nica, sua única arma.

O juiz que ditou a sen-tença, afirmou que "anião artificial está proi-bida de ser usada.comoarma, sobretudo a deBolton que tem a formade pinças."

Guerra contrao mau tempo

Ao menor sinal deaproximação inimiga, osaviões levantarão vôo ebombardearão as proxi-midades. Tudo acontececomo numa guerra masos inimigos, no caso, sãoos.ciclones. Em Miami,EUA, está localizado o

quartel-genferal da lutacontra os ciclones que,durante o verão, atin-gem as regiões centro esul dos Estados Unidos.O serviço inclui procedi-mentos de emergênciapara salvar as popula-ções ameaçadas tão logose constate a iminência'de um ciclone. Mas tra-balha também em cará-ter preventivo: sempre'que mn ciclone é detec-tado nas proximidades,,aviões levantam vôo eespalham uma camadade partículas de cristalde rocha e de prata, pa-ra que haja uma con-densação das micropar- •tículas de água que for-mam a nuvem. As par-tículas devem perder'.seu peso e se transfor-mar em chuva, precipi-!tando-se no mar, antes'de atingir a terra.

Sempre o menor

Os japoneses parecemcontinuar os campeõesmundiais da miniatura.Agora, uma firma deTóquio anuncia ter cons-truído a menor câmarade televisão do mundo:pesa apenas quatro qui-Ios e meio, tem 29 cen ti-metros de largura, 11 dealtura e 17 de compri-mento. E é especial pa-ra TV em cores, par-ticularmente indica-cada para tomadas ex-ternas.

Gaste e emagreça

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Page 38: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

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FALAM CIENTISTAS BRASILEIROS

PROMESSAS E PERIGOSDA CONQUISTA DA LUA

Essas palavras são de cinco autoridades brasilet-

ras em diferentes assuntos. Embon concordem ser"a lua uma caixa de surpresas, todos têm uma opi-

nião comum, quando afirmam que as explorações es-

paciais trouxeram desenvolvimentos marcantes para a

ciência moderna.,

— Quando o próprio diretor da Administração

Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Uni-

dos, responsável pelo projeto Apoio, afirma que a ida

dos cosmonautas à Lua é um acontecimento perigoso,

pois descerão num lugar inexplorado, do qual não se

conhecem pormenores, nós só temos de concordar —

acrescentou um cientista brasileiro.,

A OPINIÃO DO MICROBIOLOGISTA

Há poucos dias, uma ala de cientistas norte-ame-

ricanos protestou contra a maneira como os cosmo-

nautas desembarcariam na Terra, após a descida na

Lua, alegando que "o ar da nave espacial ou a respi-

ração dos cosmonautas poderia permitir o escapamen-

to de organismos selênieos no oceano — um meio fér-

til para o desenvolvimento da vida."

O Professor Paulo de Góis, pesquisador do Insti-

tudo de Microbiologia da UFRJ, concorda com seus

colegas americanos que se mostram apreensivos quan-to a uma possível contaminação da Terra por parti-cuias precursoras de vírus existentes na Lua.

— Não temos dados que sugiram a existência ou

não de microrganismos na Lua. Entretanto, é pos-sível que haja formas primitivas de vida, talvez parti-cuias precursoras de vírus, que, transportadas para a

Terra, podem multiplicar-se e gerar doenças ou mani-

festações mórbidas até agora desconhecidas pela Me-

dicina. É justamente para evitar isso que os america-

nos previram o período de quarentena dos cosmonau-tas, após o seu regresso da Lua.

Segundo o microbiologista, a conquista da Lua

é, independente do seu significado político, um aeon-

teeimento científico de profundidade, cujas conse-

qüências são ainda imprevisíveis. "Será", pergunta o

professor, "que no solo lunar há uma disponibilidade

de minérios radioativos físseis ou fósseis, que pos-sam resolver os problemas de energia na Terra?"

— A partir do ano 2000, os Estados Unidos vio

entrar numa «rise de energia, pois a população crês-

ce e o consumo per capita de energia tendo a dobrar

de sete em sete anos, o que se constituirá num sério

problema.

Depois de frisar que "a energia ó um fator Umi-

tante do progresso", o Professor Paulo de Góis lem-bra que uma grande parte da energia utilizada hojeem dia nos grandes países é de origem nuclear, queexige combustível fóssil e físsil, cujas reservas na Ter-

ra não são abundantes.

— A lua não será fonte de metal pesado, que dia

a dia vai se esgotando na Terra? Não existirá nela

material radioativo com uma potência tão grande que

possa curar, por exemplo, o câncer? A Lua é, enfim, •

uma incógnita. Se irá perder o seu aspecto românti-co, só os fatos nos dirão. A verdade — finaliza — ó

que o homem se lança numa aventura que nos colo-ca neste dilema: "Será o homem que irá conquistara Lua òu será êle o conquistado?"

A ERA ESPACIAL E AS TELECOMUNICAÇÕES

No campo das telecomunicações, a descida dohomem na Lua não trará benefícios diretos, de acôr-do com a opinião do chefe da Divisão de Engenhariado Departamento de Operações da Embratel, enge-nheiro Paulo Ribemboim.

— O sistema de comunicação via satélite surgiunão em decorrência da corrida ao espaço, mas do de-sejo do homem ir aos planetas. Dizer agora quais osbenefícios que a descida do homem na Lua trarão émuito difícil. É incontestável, entretanto, que as via-

gens espaciais, e não especificamente a viagem à Lua,vêm trazendo enormes contribuições às comunicações.

O engenheiro eletrônico considera que só o fatode os cosmonautas se comunicarem com a Terra bas-ta para demonstrar que foi feito um esforço muito

grande no campo das comunicações para que esseobjetivo fosse atingido.

— Atualmente, essas aplicações são dirigidas qua-se que exclusivamente para o projeto espacial. Creio

que, um dia, serão utilizadas na Terra com reais van-tagens. Pode-se, entretanto, afirmar que uma estaçãona Lua não permitiria a realização da mesma coisa queum satélite artificial que gravite em torno da Terra na

mesma velocidade que ela.,

O ELEFANTE BRANCO

Para o diretor científico do Centro Brasileiro de

Pesquisas Físicas, o físico nuclear Alfredo Marques de

Oliveira, vista do ângulo científico, a descida do ho-

mem na Lua 4 um passo importante no aperfeiçoa*mento das pesquisas espaciais.,

A Lua poderá se transformar no maior elefante branco da história da humani-dade. (De um físico nuclear).

Quando Colombo descobriu a América, levou com êle, além de muita riqueza,a sífilis e a febre amarela, doenças pré-colombianas que causaram catástrofes na Eu-ropa. Será que é isto que a Lua nos reserva? (De um microbiologista).

A era espacial trouxe à meteorologia a maior conquista alcançada por ela apóso descobrimento do barômetro e da invenção do telégrafo. Mas são ainda imprevisí-

veis os benefícios que a descida do homem na Lua poderá nos trazer. (De um mete-orologista).

Não há dúvida de que, quando os americanos passaram a aplicar na Terratudo o que fizeram até agora para que os cosmonautas falem e enviem dados do espa-

ço, as telecomunicações serão grandemente beneficiadas. (De um técnico em teleco-municações).

A descida do homem na Lua pode trazer vantagens oú não, mas não se podecercear qualquer tipo de pesquisa, sob pena de se destruir toda a estrutura intima-mente interligada que constitui o campo da pesquisa científica. (De um astrônomo).

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— O desenvolvimento das viagens espaciais t ex-Iremamente positivo, constituindo-se mesmo num dospassos iniciais na abertura de uma nova era. Mas achamada conquista da Lua é uma fantasia. A Lua será

por muito tempo uma espécie de elefante branco •ninguém saberá o que fazer dela.

Depois de frisar que não é razoável dizer-se quea descida do homem na Lua trará benefícios imedia-tos, o físico Alfredo Marques de Oliveira diz que, nocaso, os propósitos políticos predominam sobre esobjetivos científicos, o que tira um pouco do méritoda viagem.

O físico considera que a descoberta e o desen-volvimento da energia nuclear foi um acontecimentomais revolucionário do que as viagens espaciais, em-bora em termos de organização científica estas te-nham atingido um ponto jamais atingido antes.

— A tecnologia espacial incorpora um número in-calculável de técnicos e especialistas, num esforçoconjunto que é característico da ciência do futuro.:Basta lembrar que, a não ser Von Braun, não existemnomes em destaque, isoladamente, no campo da pes-quisa espacial.

A REVOLUÇÃO METEOROLÓGICA

O diretor do Escritório de Meteorologia do Ml.nistério da Agricultura, Sr. Roberto Venerando, vê nossatélite para conhecer imensas áreas continentais e

após o descobrimento do barômetro e da invenção do

telégrafo, mas acha impossível avaliar os benefícios

que a descida do homem na Lua poderão trazer à me-teorologia.

— Graças i era espacial, podemos utilizar hoje o

satélite para conhecer imensas áreas cotninentais e

oceânicas e analisar suas condições meteorológicas. A

aplicação das fotografias emitidas pela rede de cerca

de 500 APT distribuídos pelo globo possibilitou, tam-bém, uma visão mais ampla, num mesmo instante, da

circulação geral.

Segundo o Sr. Roberto Venerando, face à revo-lução que vieram trazer no campo meteorológico .-¦-

imagens dos satélites, a estratosfera passou a ser me-

lhor pesquisada, obtendo-se melhor índice de acerto

nas previsões e permitindo-se prognósticos a prazosmais dilatados.

Depois de dizer que a meteorologia americanaé a que mais se vem destacando nos projetos espa.

ciais, dada a sua íntima ligação com todos os progra-mas do Governo, o Sr. Roberto Venerando afirma

que o Brasil já vem participando dos avanços da era

espacial, no campo meteorológico.

Face aos seus compromissos internacionais •

às necessidades de outras atividades, especialmentea agricultura, o Governo brasileiro adquiriu para o

Escritório de Meteorologia a estação receptora de

imagens de satélites, já em funcionamento.

De acordo com o Sr. Roberto Venerando, diária-

mente a estação captadora de sinais dos satélites re-

gistra, por várias vêzes, as fotografias de todo o con-

tinente sul-americano, para a análise tridimensionaldas condições sinótieas.

Dentro em pouco, isto virá permitir ao Escri-

tório de Meteorologia oferecer condições mais preci-sas dos seus trabalhos, a par de previsões mais dila-

tadas, caracterizando os elementos do tempo, tão ne-

cessários ao agricultor.

Informou que "diversas entidades nacionais vêm

participando dos progressos já conseguidos na era es-

pacial, como os estudos altamente especializados da

Comissão Nacional de Atividades Espaciais e do Gru-

po Executivo de Trabalho e Projetos Espaciais."

Na Barreira do Inferno, em Natal, as altas ca-

madas da atmosfera são pesquisadas por intermé-

dio de foguetes-sondas que alcançam a altitude de

80km. A importância dessas conquistas part o nosso

país é imprevisível.

Lembrou que a extensão territorial do Brasil cons-

titui um desafio para todas as atividades, e a meteo-

rologia não se constitui numa exceção. Com prática-mente a totalidade da sua área na zona tropical, o

Brasil foi bastante beneficiado, pois a utilização das

fotografias dos satélites permite um conhecimento

mais amplo das condições meteorológicas.

UM PASSO NECESSÁRIO

Para o diretor do Observatório Nacional, profes-sor Luís Muniz Barreto, embora se fale em vantagens

e desvantagens da descida do homem na Lua, o fato

marca um passo importante na pesquisa espacial,"que, inegavelmente, trouxe até agora enormes bene-

fícios para o homem."

— A pesquisa espacial trouxe lucros imediatos,

como o aparecimento dos satélites meteorológicos a

o desenvolvimento das telecomunicações e da eletrô-

nica. Foram feitos gastos extraordinários com os pro-

Jetos, mas não se pode cercear qualquer tipo de pes-

quisa, sob pena de se destruir toda uma estrutura.

Page 39: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

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nublado- San Juan, 29°, nublado; Kingston (Jamaica), 31c,

chuvoso; Port-of-Spain (Trinidad), 30», nublado; Nova lor-

que, 24°, nublado; Miami, 26°, chuvoso; Chicago, 16°,

chuvoso; Los Angeles, 20°, nublado; São Francisco, 15°6,

encoberto; Tóquio, 32°1, sol; Hong-Kong, 30°0, nublado;

Amsterdã, 22°, sol; Beirute, 28°, claro; Berlim, 30°, sol; Bru.

xelas, 23°, nebuloso; Copenague, 23°, sol; Francforte, 28°,

¦oli Gênova, 26°, sol; Hélsinqui, 23°, sol; lisboa, 28°, sol;

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Page 40: Mariner-6 começou hoje a enviar as fotos de Marte

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das plantas; 14 - pássaro dentirrostro da África;

15 - apreciar; 16 - flautim; 17 - arrebite (as'orelhas); 18 — muito pouco; apenas; 19 — cor-

tado por cima ou ã volta; 21 - constelação aus-. trai; 22 - salientam; revelam; 24 - designação

vulgar de carboneto de sódio; 26 - forma antiga

do artigo o; 27 - para nós; 28 - soluções de

estertor na agonia final.

VERTICAIS — 1 — salto que dá o cavalo

levantando a garupa sem chegar a mostrar: «ferraduras; 2 >- que contem ágata; 3 — banlia-

do; 4 - chapéu de palha; 5 - prefixo: sobre;

6 — pancada; 7 — oportunos; aptos; 8 — pia-nlcie; várzea; 12 - ingênito; 13 - grande arara

preta (pl.); 18 - bajulo; 20 - zélha; 23 - ca-

chaça de mau gosto; 25 — figura.

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rizontais — gamarólito; apelarem; latipinado;

imaginar; pacacidade; inulina; nil; dádiva; amo-

ladelas; rasado; eis; arame; tosa. Verticais -

palopinara; apa; meticulosa; alimal; rapacidade;

originado; lenidade; imana; odore; dadivais; am-

mar; íleo; assa; Iam.

CORRESPONDÊNCIA

VALQU1RIA DE SANTANA (AV. N. S. da

Penha) — Estamos fazendo o possível para con-

íecciouar o problema que nos pediu. Aguarde a

nossa correspondência.KAYBAN (Rua Benjamim Constant) — O

eeu oferecimento muito nos desvaneceu. É sempre

com alegria que se comemora o encontro de cha-

radistas, sendo as reminiscências levantadas e a

nossa Arte mais exaltada. Teremos o máximo

prazer em comparecer à sua residência, a fim

de "jantar" os seus calepinos. Gratos e um

abraço.

Correspondência e remessa de üvros para:Rua das Palmeiras, 57, apto. 4 - Botafogo, ZC-02.

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Olgi Lisboa — Faleceu no dia 21 passado e íoi

sepultada no cemitério de São Francisco Xavier.Deixa os seguintes filhos: Sra. Lurdes Lisboa, ca-

. ada com o Sr. Paulo Silva; General Jonatas Lis-boa; Sra. Olga Amado, casada com o Dr. Gilse-be Amado. Era cunhada do Sr. Sílvio Delnmare,íuncionário aposentado do Ministério dos Trans-

portes.Narcisa Coelho da Costa Sampaio — Faleceu eíoi sepultada ontem, às 17h. O íéretro saiu dacapela Real Grandeza, número seis, para o cemi-tério de São João Batista.

Sebastião Drumond — Foi sepultado ontem, àslOh. O féretro saiu da capela Real Grandeza,número deis, para o cemitério de São João Ea-tista.

José Salck — Sepultado ontem, às 15h. O íéretrosaiu da capela H do cemitério de São FranciscoXavier, no Caju, para a mesma necrópole.

Dr. Artur Pereira Studart — Foi sepultado ontem,às 17h. O corpo saiu da capela F do cemitério de8ão Francisco Xavier, para a mesma neerópoie.

Missas fúnebres que serão celebradas hoje noEio:

O 7." DIA

Alexandre Kamp, às 10h30m, na matriz da Virgemdo Rosário, na Rua General Ribeiro da Costa, noLerr.?.

Vicència Pataro da Cruz, às 8h, na Catedral Me-tropolitana do Rio de Janeiro, na Rua Primeirode Março.

¦ Edite Gonçalves Rodrigues ila Silva, às llh, naIgreja da Irmandade da Santa Cruz dos Militares,na Rua Primeiro de Março.

Dr. Aldo de Araújo Camões, às lOh, na CatedralMetropolitana.

Leôncio dc Freitas, às 9h30m, no altar-mor da ma-triz dos Sagrados Corações, na Tijuca.

Dulce Berr Ramos, às 9h30m, na igreja de NossaSenhora da Boa Morte, na Rua do Rosário, es-quina de Av. Rio Branco.

Henrique Rodrigues da Silva, às 9h, na igreja daCandelária.

0 MÊS

Júlia Nasser Dabul, sexto mês, às 9h, na igreja dosSagrados Corações, na Rua Conde de Bonfim.

Marcolina Nunes Barca, primeiro mês, às 10h30m,na igreja de Santo Antônio dos Pobres.

Cristolino da Silva Chaves, primeiro mês, às 9h,rui Igreja, de Santa Rita de Cássia, no Largo deSanta Rita.

• ANO

Dr. Raimundo Otoni Rodrigues da Silva, às llh«Om, no altar-mor da igreja de Nossa Senhora doCarmo.

Comunicações, notícias dc falecimentos, se-pultamentos e missas fúnebres, devem ser envia-doa para aa colunas Falecimentos e Missas doJORNAL DO BRASIL, Avenida Rio Branco n."110 — lobreloja.

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. Ana Teles, Jacarepaguá.BtiSSOLA — A Aroldo Araújo Propaganda, quavai comemorar o seu 5.° aniversário no dia 12 daoutubro, promoverá o Salão da Bússola, que serárealizado em novembro, no Museu de Arte Mo-derna do Rio de Janeiro. O tema dos trabalhosdeverá ser a bússola, símbolo da empresa promo-tora. O artista vencedor ganhará NCr$ 6 mil, maiauma passagem aérea Rio—Londres—Nova Iorque—_•Rio. Os que pretendem concorrer ao Salão devemapanhar as fichas de inscrição na,sede da Arol-do Araújo Propaganda (Rua Miguel Couto, 35, 2."andar) e entregá-las, juntamente com os traba-lhos, até o dia l.° de outubro, no MAM.

HOMENAGENS — Dia 6, às 19h, no salão nobredo Clube Municipal, serão prestadas homenagensà professora Nair Fortes Abu Merhy e Frei Cas-siano de Vilarosa.

PLANETA — A Sociedade Interplanetária do Riode Janeiro, vai realizar um simpósio do PlanetaMarte, de hoje ao dia 31, no Clube Monte Sinai(Rua São Francisco Xavier, 104).

ESPEG — As inscrições para o Concurso de Dati-lógrafo para o Estado da Guanabara serão aber-tas brevemente. Estão previstas 322 vagas de pro-vimento efetivo. <")* As provas de Português e deNoções de Estatísticas do Concurso de Arquivistae de auxiliar para o Tribunal de Alçada, serãorealizadas no dia 2, às 8 horas. """' As inscriçõespara os cursos de Noções Elementares de Portu-guês e Redação Oficial e de Aperfeiçoamento parr,Atendimento ao Público terminarão respectiva-mente, nos dias 1 e 5 de agosto.

TEMPO — Hoje e amanhã, na região salineirafluminense: tempo bom, condições de evaporaçãoboas. Região salineira nordestina: tempo instávelsujeito a chuvas esparsas, entre Salvador e Na-tal e bom com nebulosidade, entre Macau e SãoLuís. Condições de evaporação regulãres, entreSalvador e Natal e boas, entre Macau e São Luís.

JORNALISMO — Continuam abertas matrículaspara o curso de Técnica de Imprensa e Reporta-gem Ilustrada na União dos Profissionais de Im-prensa, na Rua sacadura Cabral, 43, 3.° andar —Praça Mauá, fone 243-7980. Os cursos serão mi-nistrados em 100 aulas. Informações no endereçoacima.

FARMÁCIAS — Farmácias que dão plantão per-' manehte, de segunda-feira à domingo: São Lou-réàçò, Rua Hipólito da Costa, 37-A — Santo Ex-pedito, Rua Tenente Abel Cunha, 145-B — Bit-tencourt, Avenida dos Democráticos, 521-A — San-tos Mendes, Rua Uranos, 1329 — Carlri, Rua Mi-nistro Moreira de Abreu, 209-A — Manguinhos,Rua Rosa da Fonseca, 356-B — Vitória, Praça dasNações, 160-A — Vàllé, Rua Cardoso de Morais,560 — São Francisco, Avenida Teixeira de Castro,427 — Central, Rua Leotioldina Rego, 414 — Pa-namá, Rua Itaú, 389 — Carraro e Neves, RuaMontevidéu, 1330 — Ubirajara, Rua Aimoré, 340-A

Rio Tupã, Avenida Nossa Senhora da Penha,355-A — Drogaria Circular, Rua Lobo Júnior,960-A — Bom Jesus da Penha, Rua Upiai, 9-A —Leal Avenida Brás de Pina, 675 — Arapogi, Ave-nida Arapogi, 320-C — Padroeira da Penha, RuaAguapá, 187 — Rute, Rua Barão de Melgaço, 484-A

José Rocha, Rua Bulhões Marcial, 405 — Ma-dalena, Rua Cacegui, 563-D — Engenho da Rai-nha, Rua Mário Ferreira, 112 — Miriam, Rua Aris-tides Caire, 302-B — Méier, Rua Rocha Pita, 76-B

Terra Nova, Avenida João Ribeiro, 263 — San-ta Clara Suburbana, Avenida Suburbana, 7840 —Lex Rua Silva Vale, 261 — Monsenhor Horta, RuaDr Padilha, 485-B — Apóstolo Sáo Pedro, RuaJosé Bonifácio, 393 — São Jorge de Inhaúma, RuaÁlvaro de Miranda, 199-B — Pinheiro, Rua Jos_dos Reis 546 — Pasteur. Rua Dona Romana, 198

Maria Luisa, Rua Maria Luísa, 4-C — Taba-jara ao Méier, Rua Dias da Cruz, 353-D — Tupi,Rua Cruz e Sousa, 175 — Passos, Rua 24 de Maio,397_A — Nossa Senhora das Dores, Rua Assis Car-neiro, 662-A — Ricgrandense, Avenida Amaro Ca-valcânti 2065 — Sociedade Farmacêutica SaniaRita, Avenida Brasil, 18121-B — Santa Rita, Ave-nida Monsenhor Félix, 504-A.

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Estado do Riorr.ESBlTEr.lAXOS — A União Presbiteriana d«Homens, de Rio do Ouro, festejará 10 de agosto —aniversário de Fundação com culto em Ação deGraças às 19h30m. na igreja Presbiteriana local.Na ocasião serão tomadas providências para on Congresso Presbiteriano de Homens do Estadodo Rio, em 6 de setembro, em São Gonçalo.

CHEQBERJ — Banco Central autorizou ao Bancodo Estado do Rio de Janeiro o lançamento doCheqberj. que será usado primeiro por funcio-nários estaduais e terá garantia até NCr$ 100,00.O modelo já está pronto e em breve os demaisclientes poderão também usar o novo cheque.

TRATOR1STAS — De 1 a 30 de agosto, em Italva,no Centro de Treinamento será realizado um cursode tratorista para aperfeiçoamento dos homens daagricultura c pecuária. As inscrições podem serfeitas no centro ou na Divisão de Ensino e Di-vulgação da Secretaria de Agricultura na alamedaSão Bcüventura, nesta capital.

ECONOMIA — O ensino agrícola e da economiadoméstica será desenvolvido no Estado do Rio cominstalação inicial de duas unidades vocacionais,uma em Bom Jesus do Itabapoana — Ginásio Pa-dre Melo e outra no Colégio Estadual de Marani-baia, ambos com duas salas ambientes. Para istoo Governo fixou o projeto em convênio com oMinistério da Educação e o escritório técnico deAgricultura.

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