MARILZA AMARAL HENRIQUE DE SOUZA ANÁLISE DO ESTILO DE VIDA, DAS ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO AO ESTRESSE (COPING) E DO TEMPO DE RECUPERAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM INDIVÍDUOS LONGEVOS SÃO PAULO 2016 Dissertação apresentada ao Centro Universitário Adventista de São Paulo - UNASP para obtenção do título de Mestre em Promoção da Saúde
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MARILZA AMARAL HENRIQUE DE SOUZA
ANÁLISE DO ESTILO DE VIDA, DAS ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO AO ESTRESSE (COPING) E DO TEMPO DE
RECUPERAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM INDIVÍDUOS LONGEVOS
SÃO PAULO 2016
Dissertação apresentada ao Centro Universitário Adventista de São Paulo - UNASP para obtenção do título de Mestre em Promoção da Saúde
MARILZA AMARAL HENRIQUE DE SOUZA
ANÁLISE DO ESTILO DE VIDA, DAS ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO AO ESTRESSE (COPING) E DO TEMPO DE RECUPERAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM INDIVÍDUOS
LONGEVOS
SÃO PAULO
2016
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação de Mestrado Profissional em Promoção da Saúde do Centro Universitário Adventista de São Paulo, para obtenção do título de Mestre em Promoção da Saúde Orientador: Prof. Dr. Elias Ferreira Porto Coordenador; Prof. Dr. Fábio Marcon Alfieri
SOUZA, Marilza Amaral Henrique de. ANÁLISE DO ESTILO DE VIDA, DAS ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO AO ESTRESSE (COPING) E DO TEMPO DE RECUPERAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM INDIVÍDUOS LONGEVOS. / Marilza Amaral Henrique de Souza São Paulo: 2016; 77 f. Dissertação (Mestrado) – Centro Universitário Adventista de São Paulo Área de concentração: Promoção da Saúde, Qualidade de Vida e Estilo de Vida Orientador: Elias Ferreira Porto Palavras-chave: Promoção da saúde; Longevidade; Estilo de Vida, Coping, Frequência Cardíaca.
Banca Examinadora
Elias Ferreira Porto
Antônio Adolfo Mattos de Castro
Eduardo Filoni
Maristela Santini Martins
Eliezer Fernandes Gums
Dedico este trabalho ao meu Senhor e Salvador
Jesus Cristo, em Quem eu posso todas as coisas.
AGRADECIMENTOS
A Deus o Pai, Filho e Espirito Santo pela vida e cuidado a mim concedidos
desde o dia em que fui gerada.
Ao Centro Universitário Adventista de São Paulo por possibilitar-me a
realização desta pós-graduação.
Ao prof. Elias Ferreira Porto pela paciência, dedicação e valiosa orientação.
Ao meu esposo companheiro de vida, presente de Deus para mim, pelo apoio
e incentivo a sempre seguir em frente.
Aos meus filhos por darem sentido à minha vida sendo minha grande
motivação.
Aos meus pais, por acreditarem e torcerem pela minha vitória.
Aos meus cunhados Paulo e Daianne pelas sugestões dadas nesta pesquisa.
Ao Pr. Hélio Carnassale por me dar a oportunidade de voltar a estudar.
Às Prof. ªs Tércia Pepe Barbalho, Vivian Andrade Araujo e Silvana Marques
por compartilharem não só conhecimentos acadêmicos mas também lições de
vida que me ajudam a ser uma pessoa melhor.
Aos demais parentes, colegas e amigos, que direta ou indiretamente atuaram
para que esta pesquisa se tornasse possível.
“A maioria das pessoas associa envelhecimento à doença,
uma espécie de tributo que devemos pagar pelo direito de
ficarmos velhos. Tem algum fundamento essa ideia?”
(DRAUZIO VARELLA, 2015).
RESUMO
INTRODUÇÃO: Ser longevo não pressupõe uma condição biológica deplorável, uma
vez que envelhecimento é um processo natural a todos os seres humano. É possível
que as pessoas tenham uma expectativa de vida saudável sem apresentar
incapacidades físicas ou necessidades de cuidados especiais se forem tomadas
medidas que as mantenham saudáveis e ativas enquanto envelhece. OBJETIVO:
Analisar o estilo de vida, as estratégias de enfrentamento ao estresse (coping) e o
tempo da recuperação da frequência cardíaca após atividade física de moderada
intensidade em indivíduos longevos. MÉTODO: Este é um estudo transversal no
qual foram avaliados indivíduos longevos. Realizou-se visitas a instituições como
igrejas, centros comunitários, parques, asilos e residências localizadas na região do
Capão Redondo. Os longevos que corresponderam aos critérios de inclusão e
concordaram em participar deste estudo foram convidados a comparecer ao LAFEX
onde aconteceu a coleta de dados. Os participantes responderam aos questionários:
Perfil do Estilo Individual de Nahas, Escala Brief Cope, Escore de Framingham,
avaliação individual sobre o perfil sociodemográfico e realizaram bioependância,
teste de caminhada de seis minutos e analise da recuperação da frequência
cardíaca. RESULTADOS: Participaram deste estudo 132 indivíduos maiores de 74,6
anos. A média da idade foi de 78,8±4,5; IMC médio de 25,5± 5,5. A pontuação média
do estilo de vida foi de 30,2±3,5. Do total 62 % referiram ter doença crônica não
transmissível, destas 74,3 % eram doenças cardiovasculares. Não houve diferença
significativa no estilo de vida dos grupos com e sem doença crônica. Os longevos
cujo coping foi focado no problema e que utilizaram as estratégias aceitação e apoio
instrumental apresentaram Framigham Score menor que aqueles focados na
emoção. A média geral do Framingham Score foi de 9,8 ± 2,8. Os longevos
recuperaram em média 18 ciclos cardíacos no primeiro minuto após o teste,
CONCLUSÃO: A maioria dos longevos tem excelente estilo de vida, O uso de apoio
instrumental e aceitação foram às estratégias de enfrentamento ao estresse que
melhor contribuíram para redução do risco cardiovascular. A recuperação da
frequência cárdica apos teste de exercício de moderada intensidade esteve dentro
da normalidade.
Palavras chave Promoção da saúde; Longevidade; Estilo de Vida, Coping, Frequência Cardíaca
ABSTRACT
INTRODUCTION: Longevity does not presuppose a deplorable biological condition,
aging is a natural process for all human beings. It is possible for people to have a
healthy life expectancy without displaying physical disabilities or special care needs)
if steps to keep them healthy and active as they age are taken. OBJECTIVIE: To
assess the influence of lifestyle, coping behavior, time of heart rate recovery after
moderate intensity physical activity in the oldest individuals METHODS: This cross-
sectional study which evaluated long-lived individuals, visits was done in institutions
such as churches, community centers, parks, nursing homes and homes located in
the region of Capão Redondo, old people who matched the inclusion criteria were
invited and agreed to participate in this study. All of them came to LAFEX where they
were to collect data, and complete questionnaires, (Single Style Profile Nahas, Brief
Scale Cope, Framingham score, individual assessment of the socio-demographic
profile) performed bioimpedance, a six-minute walk test and analysis of heart rate
recovery. RESULTS: The study included 132 individuals older than 74.6 years. The
mean age was 78.8 ± 4.5; mean BMI of 25.5 ± 5.5. The score lifestyle mean was
30.2 ± 3.5. Of the total 62% reported NCDs which 74.3% was cardiovascular
disease. There was no significant difference in the lifestyle of patients with and
without chronic disease. Old aged people whose was focused on the problem and
used the acceptance strategies and instrumental support had lower score of
Framigham than those who focused on emotion. And the mean for the oldest
Framingham score was 9.8 ± 2.8. Elderly recovered an mean of 18 cardiac cycles in
the first minute after the test. CONCLUSION: For Most of the oldest old aged people
who have an excellent lifestyle, the use of instrumental support and acceptance were
the coping strategies to stress that best contributed to reducing cardiovascular risk.
The recovery of cardiac heart rate after the moderate intensity exercise test was
often within normal limits.
Key word - Health Promotion; Longevity, Life Style, Coping, Rate Heart
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1- Estilo de vida avaliado pelo questionário Nahas......................................31
Gráfico 2- Frequência de doenças crônica não transmissível...................................32
Gráfico 3- Proporção de indivíduos com respectivas doenças crônicas não
3.18 Correlação entre Framingham e variáveis fisiológicas
O risco cardiovascular (Framingham score) correlacionou inversamente
com a distancia percorrida na caminhada de seis minutos, r=-0,28 e
positivamente com a frequência cardíaca de repouso r= 0,21 e com duplo
produto de repouso r=0,2 (GRÁFICO 14).
Gráfico 14– Correlação entre variáveis fisiológicas e Framingham
0
100
200
300
400
500
600
700
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
dis
tân
cia
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' (m
)
Framinghan
40
60
80
100
120
140
160
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
FC r
epo
uso
(bp
m)
Framinghan
5000
7000
9000
11000
13000
15000
17000
19000
21000
23000
0 5 10 15 20
Dup
lo p
rodu
to r
epou
so
Framinghan
r=-0,28 p<0,05
r=0,21 p<0,05
r=0,2 p<0,05
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DISCUSSÃO
49
4 DISCUSSÃO
O presente estudo analisou o perfil do estilo de vida, o coping e a recuperação da
frequência cardíaca após atividade física de moderada intensidade em 132
indivíduos longevos. Os principais resultados são:
1- Os participantes tem um bom estilo de vida, visto que a pontuação média
obtida no Perfil Individual de NAHAS foi de 30,2 pontos. Os longevos
apresentaram pontuação mais alta nos componentes: “comportamento
preventivo”, “controle do estresse”, “apoio social” e qualidade da alimentação.
O componente “atividade física” foi o pior na avaliação do estilo de vida
destes participantes. Nesta população e o uso de tabaco aumentou o risco
significantemente para doenças crônicas não transmissíveis;
2- As doenças cardiovasculares são as mais prevalentes entre as DCNT;
3- Longevos que possuíam um estilo de enfrentamento ao estresse focado no
problema apresentaram Framingham Score mais baixo em relação aos
longevos que possuíam um estilo de enfrentamento ao estresse focado na
emoção; e as estratégias de enfretamento ao estresse aceitação e apoio
instrumental se mostraram estatisticamente significantes para redução do
risco de doenças cardiovasculares em relação às demais estratégias;
4- De um modo geral todos os longevos apresentam excelente recuperação da
frequência cardíaca após atividade física de moderada intensidade.
Quanto à análise do estilo de vida avaliado pelo questionário perfil individual de
Nahas (2000) os resultados mostraram que os longevos avaliados têm um perfil de
estilo de vida positivo, ou seja, eles apresentam estado nutricional, relacionamentos
sociais, comportamento preventivo e controle do estresse satisfatório. Talvez este
perfil seja o fator determinante para a longevidade. Quanto antes o estilo de vida
positivo for adotado maior será sua contribuição para reduzir do índice de doenças
crônicas não transmissíveis e aumentar da chance de se alcançar uma a
longevidade ativa e saudável (SLAVÍČEK et. al., 2008).
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Estudos apresentados por Souza e Santos (2012) mostraram que idosos que
contam com redes sociais de apoio e amizades satisfatórias podem aumentar em
até 22% suas chances de alcançar a longevidade.
Mais um dado interessante apresentado por Loucks et. al. (2006) demonstram
que para os homens mais velhos ter mais e melhores amigos exerce efeito protetor
para a saúde cardiovascular, isto em comparação com aqueles que são mais
solitários. Quanto as mulheres idosas Crooks et. al. (2008) citaram que aquelas
que contavam com a presença de mais amigos em sua vida tinham menor incidência
de problemas cognitivos se comparadas àquelas com redes sociais menores e mais
frágeis.
Ertel, Glymour e Berkman (2008) falaram ainda que independente do gênero,
idade e etnia os idosos que mantém um círculo estável de amizades preservam
duas vezes mais sua memória em comparação com idosos menos integrados
socialmente.
A Organização Mundial de Saúde também orienta que os relacionamentos
sociais próximos e satisfatórios diminuem as morbidades, mortalidade e são fontes
vitais de força emocional e bem estar geral (WHO, 2009).
Outro fator encontrado nesta pesquisa que também é considerado capaz de
prevenir doenças e declínio funcional além de promover saúde e longevidade aos
indivíduos à medida que envelhecem é o comportamento preventivo.
Este tipo de comportamento envolve tanto ações coletivas quanto a
participação ativa no cuidado da própria saúde. O comportamento preventivo
abrange a prevenção e o tratamento de enfermidades especialmente comuns aos
indivíduos à medida que envelhecem. A prevenção pode ser “primária” (por
exemplo: abstenção do uso do tabaco e bebidas alcoólicas, obediência às leis do
transito); “secundária” (triagem para detecção precoce de doenças crônicas); ou
ainda, “terciária” (tratamento clínico adequado). Todas as formas contribuem para
reduzir o risco de incapacidades (IDEM, 2005; BRASIL, 2008).
Nahas (2000; 2008) traz em seus estudos que respeitar as leis do trânsito e
praticar ações antialcoólicas e antitabagistas são comportamentos preventivos
protetores da vida e saúde de quem os pratica. Tais comportamentos também foram
avaliados no questionário “Estilo individual de Nahas” na amostra analisada e
alcançaram média excelente. Este achado demostra que a prática destas condutas
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também esta associadas à longevidade.
Com relação ao tabagismo os resultados mostraram que o uso de tabaco
aumentou o risco significantemente para doenças crônicas não transmissíveis. Este
é o fator de risco para DCNT modificável mais importante para jovens e idosos e
representa a maior causa de morte evitável (ANDRADE et. al., 2013).
O fumo é fator de risco para um extenso e cada vez maior número de doenças,
além disto, os efeitos do seu uso são cumulativos e de longa duração. Não há níveis
seguros para o uso do tabaco, mas já se sabe que quanto maior for o tempo de
exposição maior é o risco para DCNT (FEITOSA e PONTES, 2011).
Definitivamente uma das mudanças mais importantes que os longevos
fumantes realizaram em seu estilo de vida foi o abandono do uso de tabaco. Apenas
5,3% da população analisada permaneceram fumando.
Um resultado negativo encontrado neste estudo foi que no componente
atividade física a população analisada apresentou média muito inferior a todos os
demais componentes. Sobre isto Toscano e Oliveira (2009) falam que é bastante
prevalente a inatividade física entre idosos. O estilo de vida moderno propicia o
gasto da maior parte do tempo livre em atividades sedentárias, como por exemplo,
ficar sentado por longo período assistindo televisão.
Para Singh et al. (2013) o grande problema do sedentarismo é que este é um
importante fator de risco para a obesidade, aumento das taxas de colesterol e
glicemia. Por outro lado, Ornish et. al. (2007) em seus estudos mostraram que a
pessoa que deixa de ser sedentária diminui em 40% o risco de morte por doenças
cardiovasculares. É possível que se estes longevos praticassem mais atividades
físicas, a prevalência de DCNT seria menor.
Foi visto, porém que ainda que o estilo alimentar da população analisada não
fosse excelente a dieta destes longevos em sua maior parte era composta de frutas,
verduras, alimentos ricos em fibras e menor quantidade de gorduras saturadas.
Possivelmente este estilo alimentar tenha se iniciado mais tardiamente na vida
destes indivíduos. Provavelmente a mudança na dieta deu-se após o diagnostico de
DCNT (BRASIL, 2011; AZEVEDO et. al., 2014).
Dietas ricas em gordura saturada e sal, pobres em frutas e legumes/verduras e
que apresentam uma quantidade insuficiente de fibras e vitaminas, combinadas ao
sedentarismo, são os maiores fatores de risco para DCNT (BRASIL, 2014).
52
O segundo ponto mais importante deste estudo foi a prevalência de doenças
crônicas, dentre as DCNT as doenças cardiovasculares foram as mais prevalentes
na amostra analisada. De acordo com especialistas da Sociedade Brasileira de
Cardiologia as doenças do aparelho circulatório estiveram entre as 10 principais
causas de mortes no ano de 2009 tanto nos países em desenvolvimento quanto nos
desenvolvidos. Nos países em desenvolvimento foram responsáveis por 28,7% dos
óbitos e nos desenvolvidos por 26,6% (ANDRADE et. al., 2014).
Segundo o Ministério da Saúde (2008) os dados Brasil apontaram que as
doenças cardiovasculares foram responsáveis por um terço de todos os óbitos e
quase 30% do total de mortes na faixa etária de 20 a 59 anos de idade, atingindo a
população adulta em plena fase produtiva.
Para a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (2014) existem
vários fatores de risco para doenças cardiovasculares. Alguns fatores de risco são
mutáveis e se relacionam ao estilo de vida do indivíduo e envolve hábitos e
comportamentos que podem ser evitados, tratados e controlados. Outros fatores de
risco são imutáveis e envolvem, por exemplo, o histórico familiar e a etnia. Estes
fatores além de favorecerem o surgimento das doenças cardiovasculares podem
ainda ser obstáculos ao tratamento e controle de tais doenças. (EYKEN e MORAES,
2009).
Embora a prevalência das doenças cardiovasculares tenha se mostrado alta na
amostra analisada (74,3%) encontrou-se que a maioria dos longevos pesquisados
referiu praticar um estilo de vida positivo. Ao que parece mesmo com doenças
cardiovasculares este estilo de vida positivo adotado pelos idosos demonstrou ser
fator promotor da longevidade.
O terceiro resultado mais importante deste estudo foi sobre o estilo de
enfrentamento ao estresse utilizado pelos longevos. Importante ressaltar que os
longevos que possuíam um estilo de enfrentamento ao estresse focado no problema
apresentaram um Framingham Score mais baixo em relação aos longevos que
possuíam um estilo de enfrentamento ao estresse focado na emoção.
O Framingham Score do Heart Study é calculado de acordo com o sexo e faixa
etária. Avalia os seguintes fatores de risco para doenças cardiovasculares:
hipertensão arterial, a dislipidemia, tabagismo e diabetes. Tais fatores de risco
também são influenciados pelo estilo de vida. Através uma fórmula baseada nos
53
resultados do Framingham é possível estimar a probabilidade da ocorrência de
doença coronariana e estabelecer o risco de infarto do miocárdio e angina do peito
na população geral em dez anos. (BRASIL, 2006; LOTUFO, 2008).
Quanto às estratégias de enfrentamento ao estresse Folkman e Lazarus (1984)
sugerem ainda que Indivíduos que possuem um estilo de enfrentamento ao estresse
mais focado no problema demonstram ser mais orientados em encontrar uma
solução para o problemático relacionamento entre indivíduo e ambiente. Suas
estratégias de enfrentamento ao estresse são mais planejadas, ativas e
confrontativas.
Por outro lado Biazzi (2013) reflete que os indivíduos que utilizam o estilo de
enfrentamento ao estresse cujas estratégias são focadas na emoção ou cognição
visam alcançar a regulação do desgaste emocional provocado pela situação de
estresse. Neste caso entende-se que não há muito a fazer para resolver o problema
ou modificar as condições ambientais. Isto pode ocorrer, por exemplo, frente a
eventos incontroláveis como a morte de um ente querido ou a perda de todos os
bens materiais em um acidente ecológico. Diante de tais acontecimentos as forma
que o indivíduo encontra para manter-se bem emocionalmente são a resignação, a
evitação ou a minimização do problema.
Ao que parece com a idade os indivíduos desenvolvem um repertório mais
flexível de estratégias de enfrentamento. Estudos mostraram que os adultos mais
velhos podem utilizar as estratégias focadas no problema, mas tendem a usar mais
o enfrentamento focado na emoção do que as pessoas mais novas porque são mais
hábeis em controlar suas emoções quando a situação assim o exija, ou seja, quando
uma ação focalizada no problema se mostre inútil ou contraproducente (PAPALIA,
OLDS e FELDMAN, 2010).
Anteriormente considerava-se como adaptativo o estilo de enfrentamento cujas
estratégias eram focadas na solução dos problemas e desadaptativo o estilo de
estratégias orientadas para a regulação das emoções. Atualmente tem-se mudado a
noção do que é ou não adaptativo para o individuo. A adaptação frente a uma
situação estressante depende da noção do que é funcional para determinado
individuo, ou seja, da forma como cada um avalia a situação vivida (FORTES e
NERI, 2004).
54
Esta pesquisa comprovou, porém que as estratégias de enfretamento ao
estresse aceitação e apoio instrumental, que fazem parte do estilo de coping focado
no problema, se mostraram significantes para redução do risco de doenças
cardiovasculares avaliados através do Framingham Score. Utilizar a estratégia
Aceitação é aceitar o fato que o evento estressante ocorreu e é real. Quem utiliza a
estratégia Apoio instrumental procura ajuda, informações ou conselhos sobre o que
fazer. O uso destas estratégias favorece a promoção da saúde e a prevenção de
doenças tais como as cardiovasculares através da adoção de um estilo de vida
positivo (RIBEIRO e RODRIGUES, 2004).
De um modo geral outro resultado muito importante deste estudo foi que todos
os longevos apresentam excelente recuperação da frequência cardíaca após
atividade física de moderada intensidade. Watanabe et. al. (2001) mostraram que
independente qualquer outro fato a recuperação da frequência cardíaca apos
exercícios máximos e submáximos é um preditor poderoso de mortalidade. Para
Cole (2000) A baixa capacidade de recuperação da frequência cardíaca após
atividade física pode esta relacionada à disfunção do ventrículo esquerdo e/ou
desautonomia.
Um valor baixo para a recuperação da frequência cardíaca foi preditivo de
mortalidade em subgrupos importantes, incluindo os idosos, as mulheres, os
doentes com uma resposta cronotrópica normal durante a atividade física e aqueles
que tomam beta bloqueadores. Vale ressaltar que os pacientes que tinha tanto uma
resposta normal cronotrópica durante recuperação da atividade física e uma
frequência cardíaca normal teve um taxa de mortalidade em seis anos de apenas
3%, ou um coeficiente de 0,5 mortes por ano. A associação entre a recuperação da
frequência cardíaca e mortalidade foi mais fraco entre os pacientes que fazem uso
de bloqueadores de canais de cálcio, é possível que estes medicamentos podem ter
anulado a recuperação da frequência cardíaca causando uma queda acentuada na
pressão arterial após a atividade física (SCHWARTZ, 1992).
O aumento da frequência cardíaca durante a atividade física ocorre devido à
combinação da inibição parassimpático e ativação simpática. A queda no ritmo
cardíaco imediatamente após a atividade física é considerada como sendo uma
função da reativação do sistema nervoso parassimpático. A recuperação da
frequência cardíaca está correlacionada com a reativação vagal, que pode ser
55
importante principalmente durante o primeiro minuto após atividade física. Sabe-se
que o aumento do tônus vagal está associado com o menor risco de morte entre as
pessoas com e sem doença cardiovascular (IAME,1994; ARAI 1989).
WATANABE et. al. (2001) referiram ainda que a mortalidade em três anos foi
menor entre aqueles indivíduos jovens que recuperaram mais do que 23 ciclos
cardíacos no primeiro minuto após a atividade física máxima em relação àqueles
que recuperaram menos do que 23 ciclos. Para adultos a recuperação esperada no
primeiro minuto seria de 17 ciclos após atividade física máxima e 12 ciclos após
atividade física submáxima. Em nosso estudo foi utilizado um teste submáximo e a
média foi de 16 ciclos cardíacos recuperados no primeiro minuto. Os mecanismos
pelos quais a recuperação da frequência cardíaca reduzida confere um risco
aumentado de morte, mesmo entre pacientes sem insuficiência cardíaca ou com
baixa perfusão miocárdica, ainda não são claros.
IMAI et. al.(1994) examinaram as características fisiológica da recuperação da
frequência cardíaca após atividade física em adultos saudáveis, atletas e pacientes
com insuficiência cardíaca. Eles demonstraram que, em todos três grupos, a
reativação vagal foi o principal determinante da diminuição da frequência cardíaca
durante os primeiros 30 segundos de recuperação e que este mecanismo foi
independente da idade e da intensidade da atividade física. A recuperação da
frequência cardíaca foi rápida em atletas, mas foi lento em pacientes com
insuficiência cardíaca e foi completamente abolida pela administração de atropina.
Em outro estudo, o autor Christopher (1999) encontrou uma associação inversa
entre a recuperação da frequência cardíaca e da capacidade para atividade física.
Estes mesmos estudos mostraram ainda que o aumento da atividade vagal tem sido
associado com uma redução do risco de morte, e que a lentificação da recuperação
da frequência cardíaca após atividade física pode ser um importante preditor de
mortalidade.
As implicações clinicas deste estudo estão relacionadas ao fato de que o estilo
de vida voltado a hábitos saudáveis é um fator contribuinte para a longevidade,
portanto, isto deve ser estimulado entre os indivíduos jovens e adultos jovens, pois
ao que parece quanto mais precoce adotar o estilo de vida saudável melhores serão
as condições de envelhecimento. Lidar com o estresse de forma adequada também
contribui para a saúde cardiovascular e longevidade. .Os dados deste estudo
56
também fornecem suporte adicional para a incorporação de rotina da avaliação da
recuperação da frequência cardíaca para estratificação de risco de mortalidade entre
indivíduos adultos. Pesquisas futuras são necessárias para determinar a melhor
forma de acompanhar os doentes com recuperação da frequência cardíaca anormal.
57
5 CONCLUSÃO
Em uma análise do estilo de vida em 132 indivíduos longevos moradores do
distrito de Capão Redondo em São Paulo podemos concluir que: A maioria dos
longevos tem bom estilo de vida com hábitos saudáveis. Mesmo aqueles que têm
diagnóstico de alguma DCNT apresentam um bom estilo de vida. A chance para
ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis esteve aumentado para fumante
e ex fumantes em relação aos que nunca fumaram. As doenças cardiovasculares
são as de maior prevalência para esta população. O risco cardiovascular
(Framigham Score) foi menor nos indivíduos que utilizavam estilo de estratégias de
enfretamento ao estresse focado no problema. O uso das estratégias de
enfrentamento ao estresse apoio instrumental e aceitação foram as que melhor
contribuíram para redução do Framingham Score. A recuperação da frequência
cárdica apos atividade física de moderada intensidade esteve dentro dos limites
normalidade para este grupo de longevos.
Portanto o objetivo deste estudo: analisar o estilo de vida, as estratégias de
enfrentamento ao estresse (coping) e o tempo da recuperação da frequência
cardíaca após atividade física de moderada intensidade em indivíduos longevos foi
alcançado.
58
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CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO - UNASP
PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP Pesquisador: Título da Pesquisa: Instituição Proponente: Versão: CAAE: ANÁLISE MULTIFATORIAL DO PERFIL DE IDOSOS LONGEVOS Elias Ferreira Porto Centro Universitário Adventista de São Paulo - UNASP 3 36328214.9.0000.5377 Área Temática: DADOS DO PROJETO DE PESQUISA Número do Parecer: Data da Relatoria: 871.829 12/11/2014 DADOS DO PARECER Bem apresentado Apresentação do Projeto: Bem definido Objetivo da Pesquisa: Bem descritos Avaliação dos Riscos e Benefícios: Foram realizadas todas a correções sugeridas e explicadas a dúvidas. Comentários e Considerações sobre a Pesquisa: Corrigido Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória: Nenhuma Recomendações: Foram corrigidas satisfatóriamente todas as pendencias Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações: Aprovado Situação do Parecer: Patrocinador Principal: Financiamento Próprio 05.858-001 (11)2128-6230 E-mail: [email protected] Endereço: Bairro: CEP: Telefone: Estrada de Itapecerica, 5859 Jd. IAE
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UF: SP Município: SAO PAULO Página 01 de 02
CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO - UNASP
Continuação do Parecer: 871.829
Não Necessita Apreciação da CONEP: Considerações Finais a critério do CEP: SAO PAULO, 13 de Novembro de 2014 Haller Elinar Stach Schunemann (Coordenador) Assinado por: 05.858-001 (11)2128-6230 E-mail: [email protected] Endereço: Bairro: CEP: Telefone: Estrada de Itapecerica, 5859 Jd. IAE UF: SP Município: SAO PAULO Página 02
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Anexo B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
Você está sendo convidado (a) para participar da pesquisa “ANÁLISE MULTIFATORIAL
DO PERFIL DE IDOSOS LONGEVOS”, de responsabilidade da pesquisadora Marilza Amaral Henrique de Souza (RG 22760200-6) orientada pelo professor doutor Elias Ferreira Porto (RG 356540388) do curso de fisioterapia e mestrado profissionalizante em Promoção da Saúde do UNASP. O objetivo deste trabalho é analisar a influencia do estilo de vida e estratégias de coping no tempo da recuperação da frequência cardíaca após o exercício físico de moderada intensidade em indivíduos longevos.
Sua participação nesta pesquisa consistirá em responder as perguntas a serem realizadas sob a forma de questionários e realizar dois exames. O primeiro exame de bioimpedância avaliará sua composição corporal através de eletrodos conectados aos seus braços e pernas. O segundo será uma caminhada no corredor durante seis minutos. Os riscos de qualquer natureza relacionada à sua saúde e integridade física durante a sua participação são mínimos. Estes riscos estão relacionados apenas a possibilidade natural de queda durante a caminhada, mas este risco é igual ao que o senhor tem no dia a dia, visto que a caminhada de seis minutos é semelhante ao que você realiza constantemente andando na rua. Se, porém você relatar muito cansaço ou apresentar qualquer sinal e sintoma anormal durante o teste de caminhada de 6 minutos, o procedimento será interrompido. Em qualquer situação adversa à sua saúde durante a realização dos procedimentos, faremos contato imediatamente com o Serviço de atendimento médico de urgência (SAMU) pelo telefone 192, e asseguramos a presença do pesquisador em qualquer intercorrência. O benefício pode não ser diretamente para o senhor como participante da pesquisa, mas poderá beneficiar outras pessoas pelo conhecimento cientifico proporcionado pelos resultados deste estudo.
Sua participação é voluntária, isto é, a qualquer momento você pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento sem ser prejudicado por isto.
Você não receberá pagamento pela sua participação no estudo e nem haverá custos para participar. Os resultados da pesquisa serão divulgados, mas você terá garantias do sigilo e da confiabilidade dos dados que o identificam. Caso tenha dúvidas sobre o comportamento dos pesquisadores ou sobre mudanças ocorridas na pesquisa que não contam neste termo ou caso considere que esta sendo prejudicado (a) na sua dignidade e autonomia, você pode entrar em contato com a pesquisadora Marilza Amaral Henrique de Souza (11) 96343 7614, ou com o orientador Professor Elias Ferreira Porto (11) 96824 4412 ou também pode consultar o Comitê de Ética em Pesquisa do UNASP pelo telefone (11) 2128 6230. Diante do exposto eu concordo em participar da pesquisa e sei que terei uma cópia deste termo (TCLE assinado em duas vias). São Paulo,....../....../.......... Nome do (a) participante:..................................................................................... Assinatura:............................................................................................................ Nome dos pesquisadores: Marilza amaral Henrique de Souza Assinatura:............................................................................................................ Nome do orientador:............................................................................................. Assinatura:............................................................................................................
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Anexo C Questionário de fatores relacionados ao Estilo de Vida
Parte 1
Idade:_______
Peso:__________Kg Altura:________m
Sexo: ( )F ( )M
Estado Civil:____________________
Nacionalidade:______________________________
Profissão:________________________
Possui alguma religião: ( ) Sim ( ) Não
Possui alguma Doença Crônica não Transmissível: ( )Sim ( ) Não
( ) HAS ( ) diabetes ( ) câncer ( ) doença do coração ( ) osteoporose ( )