Procedimento de manutenção de subestações Na execução de trabalhos de manutenção de subestações os profissionais devem ser qualificados e autorizados para a tarefa, bem como dispor dos equipamentos de proteção coletiva (EPC) e equipamentos de proteção individual (EPI) necessários. Os profissionais também devem ter recebido treinamentos técnicos sobre a tarefa que vão executar e treinamento da norma de segurança NR-10 do Ministério do Trabalho e Emprego. As vestimentas dos profissionais devem ser adequadas, bem como não devem portar relógio, anéis, pulseira ou qualquer outro adorno pessoal, conforme determina a NR-10. Todo equipamento seccionado dentro de uma subestação somente é considerado desenergizado, para efeito de manutenção, quando estiver: 1. Desligado, . Isolado, 3. Bloqueado, 4. Testado, 5. Aterrado, 6. Sinalizado. Essa sequência de operações está defina no Capítulo 5.1 da NR-10 Tipos de manutenção de subestações Nos equipamentos elétricos se faz necessária a manutenção para que eles possam estar sempre disponíveis, prolongando sua vida útil. Essa manutenção deve obedecer a: Critérios preestabelecidos pelo fabricante dos equipamentos; Normas Técnicas; Especificações de setor de engenharia da empresa. Nesses critérios deve-se considerar o local de instalação dos equipamentos, a quantidade de operação, periodicidade de manutenção, condições físico-químicas, tensão e carga dos equipamentos.
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Na execução de trabalhos de manutenção de subestações os profissionais devem ser qualificados e
autorizados para a tarefa, bem como dispor dos equipamentos de proteção coletiva (EPC) e
equipamentos de proteção individual (EPI) necessários.
Os profissionais também devem ter recebido treinamentos técnicos sobre a tarefa que vão executar e
treinamento da norma de segurança NR-10 do Ministério do Trabalho e Emprego. As vestimentas dos
profissionais devem ser adequadas, bem como não devem portar relógio, anéis, pulseira ou qualquer
outro adorno pessoal, conforme determina a NR-10.
Todo equipamento seccionado dentro de uma subestação somente é considerado desenergizado, para
efeito de manutenção, quando estiver:
1. Desligado,
. Isolado,
3. Bloqueado,
4. Testado,
5. Aterrado,
6. Sinalizado.
Essa sequência de operações está defina no Capítulo 5.1 da NR-10
Tipos de manutenção de subestações
Nos equipamentos elétricos se faz necessária a manutenção para que eles possam estar sempredisponíveis, prolongando sua vida útil. Essa manutenção deve obedecer a:
Critérios preestabelecidos pelo fabricante dos equipamentos;
Normas Técnicas;
Especificações de setor de engenharia da empresa.
Nesses critérios deve-se considerar o local de instalação dos equipamentos, a quantidade de operação,
periodicidade de manutenção, condições físico-químicas, tensão e carga dos equipamentos.
A manutenção caracteriza-se como todo serviço de controle, conservação e restauração de um item ou
instalação como objetivo de mantê-lo em condições satisfatórias de uso e prevenir anomalias, que
possa torná-lo indisponível. A manutenção pode ser preventiva, corretiva ou preditiva.
Manutenção preventiva é todo controle, conservação e restauração em um item programado
seguindo os critérios preestabelecidos e com a finalidade de mantê-lo em condições satisfatórias de
operação e protegê-lo contra ocorrências que possam aumentar sua indisponibilidade.
Manutenção corretiva é um item indisponível ou não, com ou sem restrição, visa reparar falha ou
defeito. A manutenção corretiva pode ser:
Manutenção corretiva de emergência: intervenção de um item com a finalidade de corrigir de
imediato as condições normais de operação.
Manutenção corretiva de urgência: intervenção de um item com a finalidade de corrigir falhas ou
defeitos o mais breve possível, retomando as condições normais de operação.
Manutenção corretiva programada: intervenção de um item com a finalidade de corrigir falhasou defeitos a qualquer tempo, voltando ás condições normais de operação.
Manutenção preditiva consiste no controle e na verificação realizados com o objetivo de verificar as
condições de operação das instalações e equipamentos. Caso seja identificada alguma anomalia na
manutenção preditiva, pode-se programar a realização de uma manutenção corretiva ou aumentar a
frequência de monitoramento até a manutenção preventiva.
Em todas as manutenções deve ser constituído um relatório, analisando o estado dos equipamentos, os
valores de ensaios e verificadas se as alterações detectadas em relação aos relatórios anteriores estão
dentro dos limites preestabelecidos. Esse relatório deve fazer parte do prontuário da instalação
conforme determinação da NR-10.
Requisitos para manutenção
Cada fabricante de equipamento pode ter um procedimento de manutenção diferenciado. O que está
apresentado a seguir são os procedimentos, verificações, ensaios e sequência básica, podendo ser
usadas para todos os equipamentos.
Para realização do serviço de manutenção da subestação devem ser providenciados alguns
documentos, conforme relação a seguir.
ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) preenchida e recolhida por um profissional legalmente
habilitado;
Manual dos fabricantes dos equipamentos;
Formulário de relatórios técnicos dos ensaios e verificações dos equipamentos;
Folha de registro do relatório da manutenção anterior;
Procedimento de trabalho padronizado conforme item 10.11 da NR-10;
Documento da autorização comprobatória dos profissionais, conforme item 10.8 da NR-10.
Em condições normais, qualquer dispositivo elétrico vai produzir uma quantidade mínima de corrente
de fuga, conforme a classe de tensão e rigidez dielétrica do material. Esse fenômeno trata-se de uma
condição natural dos materiais, observado em sua fabricação.
No entanto, devido a problemas como absorção de umidade, acúmulo de sujeira, entre outros, a fuga
de corrente pode se tornar excessiva. Essa circunstância pode causar falha na operação do
equipamento, podendo danificá-lo e ainda provocar um choque elétrico em pessoas que possam entrar
em contato com o equipamento defeituoso.
O teste consiste em aplicar uma elevada tensão elétrica no equipamento durante um minuto, e não
pode haver o rompimento da isolação dielétrica do equipamento sob ensaio. Durante a realização do
ensaio, caso ocorra a falha da isolação do equipamento sob ensaio, o Hipot deve identificar essa
corrente de fuga e vir e desligar, e neste caso o equipamento está reprovado.
Eventualmente pode ocorrer de o equipamento sob ensaio apresentar falha na isolação e o Hipot não
desligar, vindo a manter a elevada tensão aplicada e danificando o equipamento sob ensaio.
O instrumento vem acompanhado de um cabo para aplicação de tensão e outro para retorno, caso oequipamento sob ensaio não suporte a tensão aplicada. Normalmente, o Hipot é utilizado para ensaio
em cabos de alta tensão.
Microhmímetro
É um instrumento utilizado para medir com precisão valores baixos de resistência de contato em
disjuntores e chaves seccionadoras. Também pode ser utilizado para medir resistência ôhmica do
enrolamento dos transformadores. Normalmente, a corrente utilizada para testes varia entre 1 mA e
100 A. Durante o ensaio é aplicada uma corrente elétrica que, ao percorrer o equipamento sob ensaio,
promove uma queda de tensão. De acordo com a primeira lei de Ohm, ao dividir a tensão medida pela
corrente elétrica aplicada, obtém-se a resistência elétrica.
Medidor de relação de espiras TTR
TTR é o instrumento utilizado para medir com precisão a relação entre espiras de um transformador.
Sendo o transformador uma máquina magnética que trabalha com uma proporção entre enrolamentos,
pela medição da relação entre eles podemos avaliar a situação dos enrolamentos, quanto á relação de
transformação e também quanto á continuidade.
O instrumento mede a relação de espira, a comutação de fase e a polaridade nos transformadores de
força, nos transformadores de potencial (TP) e de corrente (TC).
Quatro cabos acompanham o instrumento, dois comumente chamados H1 e H2, com a função de
excitar a bobina de maior tensão, e os cabos X1 e X2, com função de medir a corrente na bobina de
menor tensão do transformador.
Na medição é importante buscar a informação do tipo de ligação primária e secundária do
transformador sob ensaio, assim como a sua tensão de operação no primário e no secundário.
O medidor de relação de espiras pode ser digital (TTR eletrônico) ou analógico (TTR de manivela).
A Análise Cromatográfica dos gases determina a concentração dos gases dissolvidos no óleo mineral
isolante. A sua formação no interior dos equipamentos pode ser causa de algum tipo de problema,
como mau contato entre componentes internos, fugas de energia entre espiras, esforço à altascorrentes de curto circuito e tempo de trabalho prolongado com cargas elevadas.
Análise Físico Química
Os óleos minerais nos transformadores, além da propriedade de isolamento, têm a função de
resfriamento. Assim o elemento fluído transfere o calor desenvolvido e gerado nos circuitos magnéticos
dos enrolamentos e também no núcleo ferro magnético, através das correntes convectivas para a
carcaça do transformador e este, por sua vez transfere este calor para o meio ambiente. Como o papel
é também um agente isolante, cabe ao óleo fazer o isolamento dos enrolamentos entre eles e em
relação ao circuito magnético e a carcaça.
A análise físico-química determina a capacidade de isolação e o estado de envelhecimento do óleo
mineral. Os resultados são comparados aos valores pré-estabelecidos em normas. Valores fora dos
limites especificados indicam necessidade de tratamento termo-vácuo, substituição ou regeneração do
óleo mineral
Testes Elétricos de Materiais Isolantes
A preocupação com o desenvolvimento de técnicas e instrumentos de testes de isolação deequipamentos elétricos remonta aos primeiros estágios da produção de energia elétrica para
iluminação e força. A princípio a resistência de isolamento era medida com corrente contínua CC; este
método continua, aplicando-se quase que com exclusividade, mesmo depois do aparecimento da
corrente alternada CA. No início do século, apareceu na Inglaterra o primeiro instrumento, registrado
com o nome de "megger" , construído exclusivamente para medidas de isolamento. Este instrumento foi
aperfeiçoado ao longo dos anos e adaptado à evolução da eletricidade, com escalas de tensões mais
altas, de forma que, hoje em dia, continua send um dos instrumentos mais utilizados para medir a
resistência de isolamento dos equipamentos elétricos.
À medida que as máquinas elétricas aumentavam de tamanho, foram introduzidas novas técnicas detestes para cobrir algumas lacunas existentes, não satisfeitas plenamente com os testes com CC.
Graças a isso, hoje se dispõe de uma variedade de técnicas de ensaios para verificar as condições de
isolamento dos equipamentos elétricos.
a) Testes CC
Testes de alta tensão em gradientes escalonados.
Testes de alta tensão de valor fixo.
Teste de resistência de isolamento.
Determinação dos índices de polarização e absorção.
O processo de polarização é relativamente lento; as moléculas não polares se orientam mais
rapidamente do que as moléculas polares, já que, para formar dipolos orientados, necessitam de um
deslocamento eletrônico muito menor. O tempo necessário para a polarização de todas as moléculas
depende fundamentalmente das características do dielétrico, ou seja, da quantidade e tendência à
polarização das moléculas polares existentes no mesmo. Na pratica, o tempo necessário para
considerar um isolante polarizado (um motor, por exemplo, em condições normais de funcionamento) é
de dez minutos.
A energia aplicada ao dielétrico se transforma uma parte em calor, devido à fricção intermolecular no
acomodamento dos dipolos; outra parte é absorvida pelo dielétrico e armazenada no mesmo, em
função do alinhamento dos dipolos; esta energia se manifesta na tensão remanescente entre as placas
do capacitor após desligada da fonte de tensão. Por razões de segurança, tanto das pessoas como do
equipamento, esta energia deverá ser descarregada imediatamente após o teste, curto-circuitando os
enrolamentos contra o núcleo, por um tempo nunca inferior a quatro vezes o tempo que a tensão
permaneceu aplicada.
A corrente de absorção pode ser expressa pela fórmula abaixo:
Se a constante de tempo é pequena, a corrente capacitiva será desprezível depois de alguns segundos,
por outro lado, se a corrente de condução for muito pequena, a corrente lida no microamperímetro
poderá ser confundida com a corrente de absorção. Se a corrente de condução não for desprezível,
como ocorre na maioria dos casos, esta pode ser estimada como aquela corrente que circularia pelo
microamperimetro depois que o dielétrico fosse totalmente carregado, ou seja, quando as correntes
capacitiva e de absorção forem tão pequenas que a corrente no microamperimetro permaneçapraticamente constante, o que normalmente ocorre depois de 8 a 10 min de aplicada a tensão. A
corrente de condução pode também ser calculada pela seguinte equação:
Onde i1, i3,16 e i10 são as correntes lidas no microamperímetro para os tempos de 1, (3,16) e 10
unidades de tempo respectivamente; se a unidade de tempo escolhida é 1 minuto, os tempos seriam 1,
(3,16) e 10 minutos respectivamente. Uma vez calculada a corrente ii, conforme a fórmula acima, a
corrente de absorção ia, será calculada subtraindo, da corrente lida no microamperimetro, a corrente
de condução ii.
Trançando sobre um gráfico de coordenadas de tempo-corrente, em escala logarítmica, os valores de
corrente obtidos para os tempos 1, (3,16) e 10 unidades de tempo, resultará uma linha reta.
O valor de n varia entre zero e um, e define a taxa de absorção do dielétrico e suas impurezas para
cada caso em particular. Uma vez que a corrente de absorção é uma função exponencial, n definirá a
inclinação da reta.
2.2.3 Corrente de condução
A corrente de condução representa a verdadeira corrente de fuga que define a resistência de
isolamento do dielétrico. Esta corrente te dois componentes básicos: a) componente superficial, que
flui sobre a superfície do dielétrico; e b) componente volumétrica, que flui através da espessura do
isolante. A corrente superficial é devida a ionizações formadas por dissoluções de uma infinidade de
partículas ambientais depositadas sobre a superfície do isolante, tais como: óleo, graxa, polvo de
carvão de escovas e outros materiais oriundos do processo de fabricação. Esta corrente poderá
fornecer uma ideia das condições reais da isolação, por esta razão deverá ser, sempre que possível
medida à parte. A corrente de condução volumétrica é uma indicação da concentração iônica emobilidade no material. Estes íons são frequentemente originados pela dissolução de materiais
eletrolíticos procedentes de impurezas de fabricação e montagem, e por umidade absorvida d
ambiente. A água é sumamente eficiente na redução da resistência ôhmica por incrementar a
concentração iônica e mobilidade dos materiais, tanto superficial como volumetricamente.
A corrente de condução iiestá determinada pela lei de Ohm:
Onde Ri é a resistência ôhmica de isolamento, e E, a tensão aplicada ao dielétrico.
Teoricamente a resistência de isolamento deverá permanecer constante para qualquer valor de tensão
da classe de tensão do mesmo. Se isso acontecer, poderemos afirmar que a isolação está suportando e
que o dielétrico poderá ser destruído se a tensão continuar aplicada.
2.3 MEDIDAS DE ISOLAMENTO, O MEGGER
A resistência de isolamento pode ser determinada pela lei de Ohm, como vimos na seção anterior,
aplicando uma tensão de corrente contínua e medindo a corrente que circule pelo galvanômetro. A
resistência de isolamento é expressa em megaohms (106 ohms) em função dos grandes valores
manipulados.
Um dos primeiros instrumentos projetados exclusivamente para as medidas de isolamento foi o
"megger" , marca registrada da James Bidle.
O megger foi introduzido na Inglaterra no ano de 1904 e na América em 1910; ao longo dos anos foi
honrado como um dos instrumentos mais eficientes nos testes de avaliação do isolamento dos
equipamentos elétricos. O "megger" acompanhou o desenvolvimento industrial de forma que, à medidaque os equipamentos elétricos aumentavam de potencia e tensão, eram introduzidos novos
instrumentos, com tensões e escalas maiores, desta maneira encontram-se, hoje em dia, instrumentos
com escalas que chegam a 500.000 MW e 100.000V, em comparação com os fabricados originalmente
de 500 MW e 500 V.
A importância atual do "megger" , como instrumento de avaliação da isolação, baseia-se em uma
compreensão melhor dos fenômenos de polarização dos dielétricos e no aperfeiçoamento das técnicas
de teste com corrente contínua.
2.3.1 Princípio de funcionamento
O "megger" é fundamentalmente um ohmímetro de ímã permanente e bobinas cruzadas, de forma que
as leituras são precisas e independentes da tensão de alimentação. Figura 2.4. O ohmímetro consiste,
em essência, de duas bobinas montadas sobre um mesmo sistema móbil, juntamente com o ponteiro,
livre para rodas num campo magnético permanente. O sistema é fixado em uma mola e gira sobre um
mancal de rubi. A bobina deflectora A é conectada em série com a resistência de amortecimento R' e a
resistência de teste, conectada aos terminais "line" e "Earth" . A bobina B está ligada em série com a
resistência de controle R. As boinas A e B estão montadas no sistema móbil com determinado ângulo
entre elas e conectadas de tal forma que produzam torques em sentidos opostos. O ponteiro, não
obstante, se deslocará em um sentido tal que os dois torques fiquem em equilíbrio.
Figura 2.4 Princípio de funcionamento do megger: A, bobina principal; B, bobina de retenção; R, R'
resistências de amortecimento.
Quando a isolação em teste for perfeita, ou não for colocada nenhuma resistência entre os terminais
"line" e "Earth" , não circulará corrente pela bobina A. A bobina B, no entanto, receberá corrente e
tenderá a ocupar uma posição perpendicular aos polos, indicando sobre a escala a leitura de "inf"
(infinito). Quando uma resistência de valor infinito for conectada nos terminais "line" e "Earth" ,
circulará uma corrente pela bobina deflectora A, que produzirá um torque de sentido contrário dabobina B, de forma que a estrutura girará até os dois torques se igualarem. A bobina B atua, pois,
como uma mola de retenção.
A bobina de controle é dividida em duas partes, formando um sistema instável. A parte principal B
desenvolve um torque proporcional ao campo do ímã permanente. A outra parte B' é montada fora do
campo do ímã permanente, e conectada em série com a principal B, mas conectada em oposição, de
forma que os campos magnéticos externos tenham os seus efeitos neutralizados mutualmente. Em
outras palavras, qualquer campo externo que tenda a deslocar a estrutura da posição de infinito
produzirá torques idênticos e de sentidos contrários; o instrumento é imune a esse tipo de erro.
Se os terminais "line" e "Earth" forem curto-circuitados, o ponteiro simplesmente se deslocará para a
posição zero da escala. A resistência amortecedora R' oferece proteção contra correntes excessivas na
bobina A. Retirando o curto-circuito, o ponteiro se deslocará para a posição de "inf" na escala.
Em "meggers" manuais a precisão do instrumento não é afetada por variações de velocidade da
manivela, nem pela perda parcial do magnetismo do ímã permanente, uma vez que as duas bobinas
são atingidas pelo mesmo efeito.
A Figura 2.4 mostra a forma como o terminal de linha é guardado por um anel metálico para prevenir-
se contra erros devidos às correntes de fuga nos outros terminais; esta corrente é derivada e levada
para a fonte sem passar pela bobina deflectora Figura 2.5.
Figura 2.5 Vista externa de um megger manual.
2.3.2 Verificação da calibração
O procedimento exposto é geral e deverá ser validado para a maior parte dos tipos de instrumentosdisponíveis no mercado:
normal. Se o "megger" estiver bem ajustado, o ponteiro se deslocará lentamente para a posição "inf" ,
caso exista algum desvio deverá ser ajustado. Verificar todas as escalar em sentido crescente na
tensão que será realizado o teste;
e) Cheque do zero Depois de checar a posição de "inf" , e com a tensão normal de teste, encostar
rapidamente os terminais "line" e "Earth" e observar se o ponteiro se desloca subitamente para a
posição zero da escala; caso isto não aconteça, verificar se os cabos estão partidos ou mal conectados;
f) Conectar as garras dos cabos ao equipamento de acordo com o teste correspondente. Selecionar a
tensão de teste adequada e a menor escala do instrumento. Vá selecionando as escalas superiores de
forma a obter leituras o mais precisas possível;
g) Tomar as leituras de isolamento nos tempos respectivos conforme o procedimento específico para
cada teste;
h) Desligar o megger e colocar a chave de funções na posição de descarga, "discharge" , para
descarregar as energias capacitiva e de absorção. O tempo necessário para a descarga total do
dielétrico é estimado em quatro vezes superior ao tempo que estiver energizado, ou seja, se o testedurou 1 minuto, o tempo necessário para a descarga total será de 4 minutos. A descarga também pose
ser realizada com ajuda de um bastão de descarga curto-circuitando os terminais do instrumento
contra a carcaça, através de um resistor para limitar o valor da corrente.
Se não existir um megger disponível, a resistência de isolamento pode ser medida com a ajuda do
circuito da Figura 2.6. Um voltímetro de CC de alta sensibilidade, 100 ohms por volts pelo menos, é
conectado em série com o enrolamento da maquina através de um diodo.
Figura 2.6 medida da resistência de isolamento de uma máquina rotativa, quando não se dispõe de
um megger.
A seguinte sequência é recomendada:
1) Selecionar a escala do voltímetro em 500 ou 600 V;
2) Com os cabos L1 e L2, desconectados da máquina, fechar a chave CH1; regular a tensão no
transformados para o voltímetro indicar a tensão de teste desejada U1.
3) Conectar o cabo L1 ao enrolamento da máquina, curto-circuitando todos os extremos do
enrolamento; conectar L2 à carcaça da máquina;
4) Abrir a chave CH1; à medida que o dielétrico se carrega, a tensão no voltímetro cai decrescendo até
estabilizar, leia e registre a tensão U2 nos períodos determinados.
A resistência de isolamento é calculada pela fórmula:
Onde iaé a corrente de absorção em amperes; Ek é a tensão de cada degrau me volts; C a
capacitância do sistema em Farads; D o fator de proporcionalidade; k o degrau de tensão
considerado; t o tempo de duração de um ensaio em minutos; N o intervalo de tempo entre
cada degrau de tensão, na taxa de absorção como definido em 2.2.2.
2.7 MEDIDAS DAS PERDAS DIELÉTRICAS
A tensão alternada submete as moléculas do dielétrico a uma serie de esforços e
deslocamentos proporcionais à frequência. Como os materiais não são perfeitamente
elásticos, devido à viscosidade ou fricção intermolecular, a energia aplicada ao dielétrico na
expansão não corresponde à devolvida na compressão; a diferença dessa energia é
transformada em calor e constitui o que é chamado, por similaridade com o magnetismo,
histerese dielétrica ou perdas dielétricas.
Além das perdas por histerese, existem as perdas por joule devido às correntes decondução, medidas nos testes de CC; estas perdas não se comete grande erro ao considerar
as perdas por histerese coo perdas dielétricas totais. Estas perdas podem ser
matematicamente pela fórmula:
Onde Kc é uma constante típica do material ( perdas específicas emW/cmpor período e por
kV/mm de campo elétrico); f é a frequência em Hz; e E, o campo elétrico médio do dielétrico
em kV/mm.
Um dielétrico pode ser representado, para efeitos de calculo, por um capacitor ideal em
paralelo com uma resistência de valor tal que V/R represente as perdas no dielétrico. Comoum capacitor ideal não tem perdas, a constante Kc apresenta um ótimo índice para a medida
da qualidade dos materiais isolantes. Não obstante, na prática resulta mais interessante à
medida da tgd conforme mostrado na figura 2.11, já que essa não depende do volume do
dielétrico em teste.
Nos testes práticos de campo o ângulo d resulta muito pequeno, de forma que tgd = send
O tgd representa o fator de potência do dielétrico.
O fator de potência é muito sensível a variações de umidade no dielétrico, o que pode ser
explicado pelo alto fator de potência da agua, comparado com outros materiais (tabela 2.1).
Isto converte a media do fator de potencia num ótimo índice para avaliar as condições dos
conectado na posição B, a leitura do medidor dependera da tensão nos terminais Rs, ou seja,
do produto da corrente I que circula pelo dielétrico pelo valor da resistência fixa Rs. A escala
do instrumento está ajustada de tal forma que, quando a tensão de teste aplicada ao
dielétrico for de 2500 V, o ponteiro indicara diretamente o valor em milivoltamperes Figura
2.14.
Quando o amplificador for colocado na posição C, a tensão medida será uma resultante das
tensões em Rs e Ra; com respeito ao amplificador, as tensões estão em oposição. É possívelobter-se um balanceamento parcial ajustando o resistor Ra, de forma a obter uma leitura
mínima. Um completo balanceamento só seria possível se a qualidade do dielétrico fosse
equivalente à do instrumento (condensador de ar); de acordo com o diagrama vetorial a
tensão Vc é:
Com a tensão de teste ajustada em 2500 V o instrumento indica diretamente as perdas em
mW.
O instrumento dispõe ainda de uma chave comutadora que permite colocar o medidor em
três posições: "ground" (terra), "guard" (guarda) e "UST" (equipamento não aterrado).
Figura 2.14
A Figura 2.15 mostra, de forma sucinta, a ligação do medidor concernente aos cabos Hv (alta
tensão) e Lv (baixa tensão); o circuitoem teste representa o dielétrico de um transformadorde dois bobinados. Na posição b) mede as perdas dielétricas na isolação do bobinado
primário contra terra e contra bobinado secundário; na posição c) as perdas na isolação do
bobinado primário contra terra; e na posição d) as perdas na isolação entre o bobinado
primário e o bobinado secundário. A diferença entre as perdas obtidas nos testes a) e b)