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Manuseio e Descarte de Lâmpadas Fluorescentes Handling and
disposal of fluorescent lamps
Katia Naiara Santana dos Santos Departamento de Engenharia
Elétrica
Centro de Ensino Superior de Conselheiro Lafaiete – CES CL
Conselheiro Lafaiete, Brasil
[email protected]
José Antônio Prates de Olveira Departamento de Engenharia
Elétrica
Centro de Ensino Superior de Conselheiro Lafaiete – CES CL
Conselheiro Lafaiete, Brasil
[email protected]
Geraldo Leão Lana Departamento de Engenharia Elétrica
Centro de Ensino Superior de Conselheiro Lafaiete – CES CL
Conselheiro Lafaiete, Brasil
[email protected]
Abstract — The objective of this work is to investigate the
correct disposal of fluorescent lamps. Assuming that the
fluorescent lamp has mercury inside it, a heavy metal, highly
toxic, and that when improperly handled causes irreversible damage
to human health and the environment. Recycling of fluorescent lamps
plays an important role in environmental protection and the
achievement of sustainable development. Currently there is a
deficiency in the dissemination of specific services for the
recycling of such lamps, as well as the lack of environmental
awareness. It is of great importance the implementation of a
project encompassing an environmental awareness program for the
proper disposal. A study is presented for the assembly of a
Recycling Plant with all the necessary resources. As an
alternative, it is proposed a portable system, easy to handle and
implement, which solves the presented problem.
Keywords— Fluorescent lamps; Environmental awareness; Recycling
Plants.
I. INTRODUCÃOAs lâmpadas fluorescentes depois de utilizadas são
resíduos sólidos que contém substâncias tóxicas, entre elas o
mercúrio, que é um metal pesado com alto poder poluidor. A
desinformação e a falta de fiscalização sobre o descarte das
referidas lâmpadas resulta na destinação destas em aterros, lixões
e até mesmo em terrenos abandonados, ocorrendo à contaminação do
meio ambiente e colocando em risco a saúde da população. O
procedimento adequado irá mostrar a forma do descarte bem como o
processo do descarte e seus resultados. A legislação ambiental
brasileira da Constituição Federal, (Art. 225) estabelece que
“todos têm direito ao meio ambienteecologicamente equilibrado, bem
de uso comum do povo eessencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao PoderPúblico e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá-lopara as presentes e futuras gerações”. Devido não haver
umalegislação nacional especifica do descarte final de resíduos
quecontém mercúrio, a responsabilidade por qualquer dano a saúdeou
ao meio ambiente será sobre a pessoa física ou jurídica queo
adquirir, utilizou ou a produziu.
O primeiro recurso para suprir a falta de luz natural, foi o
fogo, que produz calor e luz, adquiridos pela queima da madeira. Em
1851, Irineu Evangelista de Souza, conhecido como o Barão de Mauá,
realizou a iluminação das ruas por meio do lampião a gás. Como
afirma Creder (p.177, 2002) “as lâmpadas fornecem a energia
luminosa que lhes é inerente com auxilio das luminárias, que são os
seus sustentáculos, através dos quais se obtêm melhor rendimento
luminoso, melhor proteção contra as intempéries, ligação a rede,
além do aspecto visual e agradável e estético”.
Atualmente existem vários tipos de lâmpadas, diferenciando pela
sua eficiência energética, intensidade luminosa, reprodução de
cores, preços etc. Apesar da variedade de tipos de lâmpadas existem
algumas que se destacam mais como: as incandescentes e as
fluorescentes.
II. LÂMPADAS INCANDESCENTESA primeira lâmpada de luz
incandescente de exito comercial foi inventada pelo norte americano
Thomas Alva Edison juntamente com seus 60 pesquisadores em 1879. As
lâmpadas incandescentes convencionais possuem bulbo de vidro e
dentro deste existe um filamento de tungstênio que é levado a
incandescência pela passagem da corrente. A oxidação é evitada
devido à presença de gás inerte (Níquel e Argônio) ou vácuo dentro
do bulbo que contém o filamento. Sendo que para conseguir uma maior
eficiência luminosa é necessário elevar a temperatura de seu
filamento, resultando em menor vida util. Quanto maior a
temperatura que o filamento for submetido, mais intensa e mais
branca será a luz. Uma lâmpada de 100 W ilumina mais que uma de 60
W, porém mais energia será consumida. De toda a energia que a
lâmpada consome apenas 5% vira a luz e o restante transforma-se em
calor. Devido ao alto consumo de energia, o Brasil está fazendo o
que outros países já fizeram: suspendendo a fabricação e
comercialização desse tipo de lâmpada.
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10.14684/SHEWC.17.2017.167-172
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III. LÂMPADAS FLUORESCENTESA lâmpada fluorescente foi inventada
por Nikola Tesla e introduzida no mercado em 1938. É um tipo de
lâmpada que utiliza a descarga elétrica através de um gás para
produzir luz. Este tipo de lâmpada é composta por bulbo cilíndrico
de vidro, revestidos por materiais fluorescentes, conhecidos por
cristais de fósforo. No interior da lâmpada existe vapor de
mercúrio a baixa pressão. “Os elétrons, ao colidirem com os átomos
de vapor de mercúrio, liberam energia não visível, a qual, em
contato com a pintura fluorescente do tubo, torna-se visível.”
(CREDER, p.91,1996). Para funcionamento da lâmpada é necessária a
existência do reator e do “starter” (dispositivo de partida). Desde
a época do apagão em 2011, as lâmpadas fluorescentes estão
presentes na maioria das residências brasileiras, onde todos foram
incentivados a usá-las devido ao seu menor consumo de energia e por
possuir até 20.000 horas de vida útil. Do ponto de vista técnico as
lâmpadas fluorescentes são a melhor alternativa social, porém do
ponto de vista ambiental essas lâmpadas tornam-se um problema
social. Esse tipo de lâmpada contém elementos químicos como o
mercúrio, metal pesado com alto poder poluidor e muitoprejudicial à
saúde. De acordo com a Associação Brasileira deNormas Técnicas
(ABNT) NBR 10.004, “o valor máximo demercúrio que pode estar
concentrado em uma unidade é de 100miligramas de mercúrio por quilo
do resíduo. O contato com asubstância em níveis mais altos pode
gerar sérios problemas desaúde”.
IV. LÂMPADAS DE LEDLED, diodo emissor de luz ou com sua
nomenclatura em inglês Light Emitting Diode. A inovação foi
descoberta pelo pesquisador britânico Henry Joseph Round em 1907, e
uso comercial somente em 1986. Este tipo de lâmpada possui em sua
composição diodos semicondutor que realizam a conversão de energia
elétrica em luz visível. As lâmpadas LED possuem uma durabilidade
de aproximadamente 25 vezes mais que as lâmpadas incandescentes e
três vezes mais do que as lâmpadas fluorescentes compactas. Além da
economia e da potência, lâmpadas LED não possuem mercúrio, podendo
ainda ser recicladas.
V. MERCÚRIOO mercúrio é um elemento químico de numero atômico 80
(80 prótons e 80 elétrons) e de massa atômica de 200,59. É um metal
liquido inodoro e de fácil volatização. Comparado a outros metais
não é um bom condutor de calor, por outro lado é um excelente
condutor de eletricidade. Muito utilizado em fabricação de pilhas,
baterias e lâmpadas fluorescentes, como também em fabricação de
aparelhos de medição de uso domestico, clinico e industrial.
Considerado um metal tóxico e poluente de alto risco, muito
perigoso considerando o contato com o organismo do homem, seja pela
via área, cutânea ou ingestão. Quando houver intoxicação por
inalação a pessoa pode apresentar sintomas como diarreia, dor no
estomago e febre. A alta intoxicação pode levar a doenças graves,
quando atinge o sistema nervoso.
AEIMM, 2010 revela: “Mercurialismo Metálico Ocupacional é uma
intoxicação determinada pela exposição aos vapores de
mercúrio presentes em ambientes de trabalho no qual é usado o Hg
metálico, registrada com o código CID T56. 1”. Por menor que seja a
quantidade de mercúrio já e o suficiente para contaminar um ser
humano.
Fig. 1. Mapa Mapa dos principais acidentes envolvendo
contaminação por mercúrio. Japão, Iraque, Paquistão, Camboja, Gana
e Guatemala são alguns dos locais que vivenciaram tragédias
silenciosas. (imagem: Henrique Kugler)
O mercúrio hoje é uma dos principais componentes para a
fabricação de muitas lâmpadas, por ser através dele que se consegue
aumentar a eficiência luminosa e sua vida útil, provocando economia
de energia elétrica.
TABELA II. Tipos de lâmpadas e suas quantidades de mercúrio
TIPO DE LÂMPADA POTÊNCIA QUANTIDADE MÉDIA
DE MERCÚRIO
VARIAÇÃO DAS MÉDIAS DE
MERCÚRIO POR POTÊNCIA
FLUORESCENTES TUBULARES
15 W A 110 W 0,015 G 0,008 G A 0,025 G
FLUORESCENTES COMPACTAS
5 W A 42 W 0,004 G 0,003 A 0,010 G
LUZ MISTA 160 W A 500 W 0,017 G 0,011 G A 0,045 G
VAPOR DE MERCÚRIO
80 W A 400 W 0,032 G 0,013 G A 0,080 G
VAPOR DE SÓDIO 70 W A 1000 W 0,019 G 0,015 A 0,030 G
VAPOR METÁLICO 35 W A 2000 W 0,045 G 0,010 G A 0,170 G
Segundo dados do CENSO 2010, do Instituto Brasileiro de
Geografia e Pesquisa (IBGE), 2013, Conselheiro Lafaiete possui uma
população estimada de 123.275 com cerca de 35.179 domicílios
particulares ocupados. Se cada um possuir somente uma lâmpada
fluorescente compacta, temos 140g de mercúrio na iluminação
residencial. Sendo que Minas Gerais possui uma população estimada
em 2013 de 20.593,356 com cerca de 2.934,362 domicílios
particulares ocupados, conforme Censo Demográfico 2010 do IBGE,
realizando o mesmo
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cálculo, estima cerca de 11.738 kg de mercúrio em todo estado
mineiro. Realizando o mesmo cálculo para o país brasileiro, tendo
uma população de 190.755.799 com 67.557.424 domicílios ocupados,
temos 270,230 kg de mercúrio.
VI. NORMAS E LEIS REFERENTES AO DESCARTE DELÂMPADAS
O lixo com alto risco de contaminação é uma grande preocupação
hoje devido seu descarte indevido. A lâmpada que contém mercúrio é
considerada como resíduo perigoso (resíduo classe I), que possui o
código F044, na NBR 10004:2004 (Resíduos Sólidos) da ABNT –
Associação Brasileira de Normas Técnicas que a classifica os
resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente
e à saúde pública, para que possam ser gerenciados adequadamente.
(ABNT, 2004). Esta norma regulamenta o uso e o pós uso do produto,
para que tenha o destino correto, passando pelo processo de
reciclagem, a fim de reaproveitar os materiais de sua composição,
define a periculosidades de diversos elementos e substancias
químicas. A NR 15 (Norma Regulamentadora), do Ministério do
Trabalho trata das atividades e operações em locais insalubres, e
também cita o mercúrio como um dos principais agentes nocivos que
afetam a saúde do trabalhador. (Anexo 13 da NR 15). Cada estado
Brasileiro é responsável pela criação das próprias leis referentes
à reciclagem de lâmpadas, podendo assim repassar aos seus
respectivos municípios. Em Minas Gerais a lei estadual Lei nº
18.031, de 12 de janeiro de 2009. No Art. 28 informa que o órgão
ambiental competente manterá banco de dados atualizado com
informações relativas a resíduos sólidos gerados, especialmente os
industriais e perigosos, indústrias de reciclagem, transporte e
destinação final devidamente licenciado. Nesta lei especifica
conforme o Art. 47, que fabricantes, importadores, distribuidores e
usuários finais são responsáveis pela destinação adequada dos
resíduos. Ficando sujeita a multa de R$50,00 (cinqüenta reais) a
R$50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais), será corrigida
periodicamente, com base nos índices estabelecidos na legislação
pertinente.
VII. METODOLOGIAA metodologia adotada neste trabalho foi
realizada por pesquisas bibliográficas, levantamento de dados
estatísticos, gráficos comparativos e consultas a empresas
especializadas nos processos de descartes de lâmpadas, sendo o
contato com essas empresas foram por trocas de emails. Foram
realizadas entrevistas com empresas de comercialização destes
produtos e de pessoas ligadas ao meio ambiente do município de
Conselheiro Lafaiete, para que pudesse verificar se há alguma
intervenção referente a estes tipos de lixos tóxicos. Devido hoje
uma das preocupações mundiais é garantir uma sustentabilidade
ambiental, que consiste conseguir o desenvolvimento em todos os
campos, sem que seja necessário agredir o meio ambiente. Outra
contribuição para este trabalho foi às entrevistas coletas da
população de Conselheiro Lafaiete, onde foi abordado o nível de
conhecimento e contado com estes produtos de risco ambiental e
prejudicial à saúde. Essas entrevistas de comunicação natural,
sobre o contato com estes produtos no cotidiano, forneceram
informações relevantes conforme o objetivo da pesquisa. Vale
ressaltar que a
confiabilidade e a legitimidade dessa pesquisa dependeram da
capacidade do pesquisador de unir a teoria e o conhecimento em
torno deste levantamento de caso.
Finalizando este trabalho foi realizado um levantamento de
custos para uma possível efetivação de uma Montagem de uma Unidade
Recicladora (UR), a MRT Compact Crush and Separation Plant – CCS,
usina compacta de separação, trituração e descontaminação de
lâmpadas fluorescentes. Sugerindo também uma segunda opção que é a
aquisição do Bulb Eater, mais conhecido como Papa Lâmpadas.
VIII. RESULTADOSDiante dos dados coletados em pesquisa
realizada, é indiscutível a falta de conhecimento da população
Lafaietense. Em entrevistas realizadas no mês de setembro de 2014
com pessoas físicas e alguns comércio do município, a maioria dos
entrevistados não sabiam que as lâmpadas fluorescentes continha
mercúrio e em seu pior caso não sabiam nem o que era o mercúrio e o
que ele ocasionava com seu contato direto. Houve relatos de várias
formas de descarte irregular.
Descartedelâmpadasquecontémmercúrio
6%
94%
Realizamdescartecorreto
Realizamdescarteincorreto
Formas de reciclagem no município de Conselherio Lafaiete –
Minas Gerais – Brasil
As lâmpadas são recicláveis e recuperáveis, podendo ter mais
durabilidade e atingir sua vida útil que é em média sete mil horas
e até mesmo ultrapassar esse número de horas. Descartá-las ao meio
ambiente contribuiria para o aumento do lixo eletrônico.
ColetaSeletiva
46%
27%
27%
Comércioquevendemlâmpadas
Comerciantesdelâmpadasquenãopossuemcoletaseletiva,assimcomonãopossuemsistemaderecolhadasComércio
de médioportequenãopossuemnenhumtipodecoleta
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Uma forma de reciclagem que merece ser citada é o
reaproveitamento da parte eletrônica das lâmpadas, onde passará a
funcionar normalmente. É o que realiza o senhor Jorge Roberto
Esperidião (Fubá), residente no município de Conselheiro Lafaiete.
Possui um trabalho interessante, porém pouco conhecido pela
população.
Esse processo se inicia pelo recolhimento de lâmpadas
fluorescentes compactas, por conhecidos e amigos onde são
realizados testes e análises para a possível recuperação ou seu
descarte junto à empresa HG descontaminação que é localizada no
município.
Pesquisa Experimental Uma pesquisa experimental foi realizada
nos comércios de materiais elétricos e grandes redes de
supermercados do município de Conselheiro Lafaiete, com o objetivo
de analisar o processo de devolução de lâmpadas fluorescentes pelo
consumidor final para o perfeito descarte das mesmas. As empresas
de comercialização destes materiais informaram que não fazem a
coleta seletiva, pois no município não existe local adequado para o
seu confinamento e reciclagem. O custo do envio direto ao
fabricante ficaria a cargo somente da empresa, ficando assim
inviável ao comerciante realizar esta coleta seletiva. Foi sugerido
pelos comerciantes que se houvesse a participação do município
deste processo, poderia ser realizado uma coleta seletiva
melhorando o assim o meio ambiente.
IX. SOLUÇÃO PROPOSTA Diante dos problemas apresentados, será
proposto sugestões para a coleta e reciclagem das lâmpadas
fluorescentes do município de Conselheiro Lafaiete.
1) Sugere campanha de conscientização junto à população e
comércio afins para a importância da coleta seletiva. Sugere ainda
que seja timbrada na embalagem das lâmpadas a informação sobre o
descarte correto, onde a mesma não contem informação sobre o devido
descarte. Programas de divulgação voltados para a conscientização
ambiental deveriam ser realizados por partes dos fabricantes assim
como também por órgãos públicos de cada município. Cartilhas e
panfletos deveriam ser confeccionados, informando a diferença de um
lixo e de um resíduo, com as suas devidas classificações, de acordo
com seu tipo, com a sua composição química, com a periculosidade.
Incentivando a redução, a reutilização, e a reciclagem de tais
lixos e assim identificando as cores das lixeiras para o devido
descarte de cada tipo de lixo. Poderia existir mais tipo de
lixeiras distribuídas nas ruas do município com suas coletas
seletivas como a lixeira da coleta seletiva para resíduos perigosos
que é no caso a cor laranja.
2) A sugestão ideal para implementação no município de
Conselheiro Lafaiete seria a MRT Compact Crush and Separation Plant
– CCS (Usina compacta de trituração, separação e descontaminação de
lâmpadas fluorescente). O processo em si é muito parecido com uma
usina de reciclagem tradicional e se trata de um maquinário
agrupado, podendo assim agrupar outras maquinas nela mesma. A
vantagem
principal da CCS é que todo o processo está enclausurado dentro
do container. Não só os operadores quanto os órgãos ambientais se
sentem mais seguros com isso. Todo material com exceção do pó
contendo fósforo e mercúrio sai descontaminado da máquina. Esse pó
deve seguir para destilação do mercúrio (destiladora MRT), e ser
enviado a aterros sanitários especializados em classe I, ou
empresas que recuperam o mercúrio. Emissão máxima do mercúrio na
área = 0,025 mg/m³. (Media 0,001 – 0,010 mg/m³ muito abaixo do
permitido.) Os componentes de metal são prensados e separados do
material ferroso e não ferroso. A máquina tritura o vidro duas
vezes e o filtra, para que o subproduto fica com alto grau de
pureza. Os níveis de mercúrio ficam abaixo das exigências = Max.
0.1 mg/1. Possui um peso de aproximadamente de 5 toneladas sendo
necessária uma área de 60m², com capacidade de:
• Lâmpadas inteiras: Média de 2000 tubos/hr;
• Material triturado: 300-350 kg/h.
A usina completa CCS-CS – Container fechado com capacidade em
media para 300kg e 2000 lâmpadas/h composta por:
• CCS+Cs: Maquina compacta de separação trituração e filtração
com pré tratamento de compactas 300 kg/h;
• HIDP: Processador de lâmpadas HID (vapor de sódio e de
mercúrio E40 e E27). Vendido separadamente;
• BPD-200: Destilador de mercúrio (Batelada de 200L). Vendido
separadamente.
Sendo que no momento da instalação a empresa disponibiliza um
técnico da Suécia para montagem e treinamento do colaborador que
irá manusear, sendo necessário somente um operador, é o ideal para
entender as instruções básicas e segui-las, não será necessário de
curso superior. O armazenamento das lâmpadas antes do processo pode
ser empilhado fora da caixa em uma prateleira ou até mesmo dentro
de caixas de papelão. Os resíduos já passada pelos processos podem
ser direcionados a containeres diretamente da máquina, por já
estarem descontaminado, com exceção do mercúrio e o pó fósforo. O
material que sai descontaminado pode ser vendido a fabricas
especializadas como:
• Vidro: lâmpadas fluorescentes, pisos de cerâmicas
vitrificados, isolantes térmicos, substituição para areia (limpeza
com jato de areia), espuma de vidro, tijolo de vidro e de
concreto;
• Pó de fósforo descontaminado: Fertilizantes, pigmentos para
tintas, componente (filler) de concreto;
• Mercúrio: O mercúrio sai da CCS misturado com pó fósforo. Para
ser separado e vendido, precisa ser destilado. A MRT System vendem
as maquinas de destiladoras de mercúrio. Prováveis compradores de
mercúrio líquido seriam fabricantes de lâmpadas, termômetros,
mistura de amalgama.
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Necessita de um investimento inicial de 3,208.580.00, para obter
uma estimativa (grosseira) do custo com frete, imposto e instalação
pode-se acrescentar 70% ao custo, totalizando em um valor de
5,454.586.00, no momento do pedido é necessário efetuar o pagamento
de 40%, 50% no dia do envio e 10% pagamento mediante a aprovação e
instalação e teste.
Através de convênio firmado entre os municípios de Conselheiro
Lafaiete, Ouro Branco e Congonhas em 02 de maio de 2011 foram
concedidos a licença ambiental que passaram a utilizar ECOTRES
(Consórcio Intermunicipal de Tratamento de Resíduos Sólidos) para a
disposição final de seus resíduos. Localizado no Alto da Varginha,
próximo à MG 129 o Aterro Sanitário foi construído com recursos do
PAC 1 (Programa de Aceleração do Crescimento), por meio da CODEVASF
com contrapartida dos três municípios. A empresa Ecovia é a
responsável pela operação no local que tem capacidade para
processamento do lixo de até 150 toneladas por dia. O aterro
sanitário é composto por:
• Unidade de apoio
• Sistema de pesagem
• Via de Acessos;
• Sistema de Impermeabilização
• Piezômetros
• Área de armazenamento para material de cobertura
• Unidade de triagem
• Unidade de Compostagem
• Sistema de tratamento de líquidos percolados
• Ecoponto
O aterro sanitário regional possui uma excelente estrutura como
visto acima, podendo assim ser implantado a UR no próprio local,
aproveitando sua unidade de triagem, e todos os seus procedimentos
para a coleta seletiva.
Como sugestão para implantação da usina de reciclagem, foi
projetado um galpão de aproximadamente 140 m² em estrutura metálica
com cobertura e tapamento lateral em telha galvanizada. No telhado
sugere-se que sejam intercaladas telhas translúcidas para melhor
aproveitamento da iluminação natural evitando-se ao máximo a
iluminação artificial. O portão de entrada em duas bandeiras
apresenta uma largura e altura de cinco metros para que seja
possível o fluxo de caminhões dentro do galpão.
Na área de confinamento foi sugerida a instalação de paletes
para o armazenamento correto das lâmpadas fluorescentes tubulares,
e, para o armazenamento das lâmpadas fluorescentes compactas podem
ser em caixas de papelão ou outro compartimento.
Deverá ser analisada junto à concessionária de energia a entrega
de alimentação com nível de tensão adequado para alimentação do
equipamento. A especificação do equipamento é 440V/25KW, mas deverá
ser acrescida uma potência para futuras ampliações que possa
ocorrer em função de aquisição de outros equipamentos.
É importante observar que a área hachurada no projeto deverá ser
revestida com piso epóxi para a impermeabilização da superfície,
impedindo a infiltração de produtos químicos e a contaminação do
solo. Outra vantagem do piso epóxi é em relação à limpeza, por não
apresentarem juntas, não acumulam bactérias. A principal
característica do piso epóxi é sua excelente resistência ao impacto
e desgaste, evitando o surgimento de fissuras ou trincas.
Fig. 2. Projeto para implantação de uma usina de reciclagem
Outra sugestão seria a aquisição de no mínimo de 04 Bub Eater,
para atender o município de Conselheiro Lafaiete. As vantagens
desse equipamento são enormes, afinal ela é relativamente pequena,
ótimos preços, não necessita de um espaço grande para manuseio,
reduz os riscos de contaminação com o operador durante seu
processo, e seu processo é móvel e podendo atender diretamente no
local de descarte sem ter gastos com os transportes das lâmpadas.
Sua grande desvantagem é que não consegue realizar a
descontaminação do filtro do mercúrio como os maquinários MRT
System, sendo assim, deverão ser encaminhados para a reciclagem ou
realizar o descarte correto. Abaixo descreve as etapas da
maquina:
• A lâmpada é alimentada para dentro do tubo de entrada da
máquina;
• Em cerca de um segundo, a lâmpada, seja linear ou de u-tubo
entra no aparelho e é esmagado em pedaços;
• O sistema de filtração de comedor Bulbo puxa o ar contaminado
fora do tambor de filtrar o pó, libertado assim o vapor de
mercúrio;
• O ar contaminado passa por um processo de filtragem de duas
fases, no caso azul. O primeiro filtro de captura fase mais de 99%
das partículas de pó de modelo. O segundo filtro HEPA fase atua
como um filtro de polimento e captura mais de 99,99% das partículas
restantes.
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• Nesse ponto, o ar é limpo, mas ainda contém vapor
demercúrio.
• O vapor de mercúrio é então soprado para fora da caixae azul
através da terceira e última filtro;
• O filtro de carbono não só captura o vapor demercúrio, mas
também que neutraliza convertendo ovapor para uma substância
não-perigosa;
• O ar limpo sai do bulbo Eater abertura de exaustão.
Segundo Márcia Calderaro do departamento comercial da Bulb
Eater, o valor para aquisição de cada Bulbo Eater hoje é de
35.900,00 incluindo:
ü Unidade processadora;
ü Kit de filtros:• Filtro BAG: Realiza a troca 1 a cada 675
lâmpadas;• Filtro HEPA: funciona em conjunto com um filtro de
carbono ativo localizado no recipiente de aço;• Filtro Carvão
Ativo: Cerca de 15kg a cada 1.000.000
de lâmpadas.• Unidade de vácuo/adaptadores T5, T8, T12;• Kit
CFL;ü Suporte para adaptadores.
Pode-se realizar uma programação semanal entre bairros para
recolher as lâmpadas descartadas, disponibilizando lixeiras
apropriadas para os devido descartes, hoje Conselheiro Lafaiete tem
em média 80 bairros, porém alguns bairros são pequenos ainda, estão
em desenvolvimento, podendo então realizar pontos estratégicos em
bairros mais populosos.
X. RESULTADOSDepois de verificados os problemas existentes,
discutindo e sugerindo melhorias, as lâmpadas fluorescentes por
apresentarem um custo relativamente inferior às lâmpadas LED são
largamente utilizadas em iluminação, possuindo uma vida útil em
média de 7.000 horas e consequentemente reduzindo o consumo de
energia. È atualmente a mais indicada, desde que haja uma
conscientização ambiental em relação ao seu devido descarte,
exigindo esforços do consumidor final, lojista e poder público.
Vale destacar a deficiência na legislação brasileira em vários
aspectos que vão desde a regulamentação das embalagens ao destino
final para resíduos sólidos. E aos órgãos públicos responsáveis
pela falta de iniciativa em promover projetos e educação ambiental
para o conhecimento da população do município. Pois uma das
melhores maneiras para contribuir a preservação ao meio ambiente é
a conscientização da população.
Este trabalho teve como objetivo de ressaltar a necessidade de
um comprometimento real com o destino das lâmpadas fluorescente no
município de Conselheiro Lafaiete, devido a não existência de uma
legislação regulamentadora. O descarte responsável e adequado das
lâmpadas contribui para a preservação do meio ambiente, promovendo
economia de recursos naturais e evitando a contaminação. Seja
responsável
pelo descarte correto de seus resíduos e não encaminhe mercúrio
para os aterros.
REFERÊNCIAS [1] AEIMM. Disponível em .
Acesso em: 03 de set. 2014. [2] AIR CYCLE, Bulb Eater.
Disponível em
. Acesso em: 08 de ago.2014
[3] BASTOS, Wanderley. O Vilão dos Metais. Disponível em 49.ed.
Acesso em: 06 de mai.2014.
[4] BULBOX. Disponível em < http://bulbox.com.br/>. Acesso
em: 06 deago. 2014.
[5] CONSTITUIÇÃO Federal. Capitulo VI Meio Ambiente, Artº
225.Disponível em. Acesso em: 11 set. 2014.
[6] CREDER, Hélio. Instalações Elétricas. 14. ed. Rio de
Janeiro: LTC,2002.
[7] DUARTE, Rosália. Pesquisa qualitativa: reflexões sobre o
trabalho decampo. Cadernos de Pesquisa, São Paulo nº115 2002.
Disponível em. Acesso em: 09 de ago. 2014.
[8] ECOTRES. Consórcio Público Intermunicipal de Tratamento
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–Proposta técnica.
[9] GRUPO AMBIENSYS, empresa história. Disponível em. Acesso em:
07 de ago.2014.
[10] HOGAN, Daniel Joseph. Redistribuição da população e meio
ambiente:São Paulo e Centro Oeste, Dinâmica Demográfica e
MudançaAmbiental. ISSN 1413-9243, Campinas. Disponível em. Acesso
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172
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