Manual do Professor para O Tutorial Fly Higher 2 Aviões no Ar: O que Fazem os Motores a Jato Versão piloto: Fevereiro 2014
Manual do Professor para
O Tutorial Fly Higher 2
Aviões no Ar: O que Fazem os Motores a Jato
Versão piloto: Fevereiro 2014
Manual do Professor para “Aviões no Ar: O que Fazem os Motores a Jato” Tutorial 2
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Sobre este documento
Este documento faz parte do segundo Tutorial do Projeto Fly Higher “AVIÕES NO AR: O QUE
FAZEM OS MOTORES A JATO” servindo de apoio ao ficheiro powerpoint. Pode ser utilizado
de forma independente, mas também surge no seguimento do trabalho do Tutorial 1
“AVIÕES NO AR: COMO VOAM OS HUMANOS”.
Tem como objetivo proporcionar aos estudantes uma perceção sobre o funcionamento dos
motores dos aviões e a necessidade de desenvolver uma alternativa mais poderosa – o jato
- para o motor de combustão interna, assim como uma compreensão dos princípios
científicos envolvidos.
Autor(es)
Autor: David Quince, Professor Assistente em Aeronáutica, Coventry University.
Editor: John Fairhurst, Associação Europeia de Diretores Escolares
Isenção de Responsabilidade
Os pontos de vista expressos nesta publicação pertencem aos autores e não refletem
necessariamente o ponto de vista da Comissão Europeia sobre o assunto.
Manual do Professor para “Aviões no Ar: O que Fazem os Motores a Jato” Tutorial 2
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Índice
Sumário do Tutorial ................................................................................................................... 4
Estrutura da Lição ..................................................................................................................... 5
PowerPoint – Notas Adicionais ..................................................................................................... 6
Slide 1: ................................................................................................................................................. 6
Slide 2: Fase 1. Introdução ao voo dos pássaros ................................................................................. 6
Slide 3: Vídeo ....................................................................................................................................... 6
Slide 4: Impulso .................................................................................................................................... 6
Slide 5: Física por detrás do Impulso ................................................................................................... 7
Slide 6: Avião em movimento para a frente ........................................................................................ 7
Slide 7: História dos Motores a Jato .................................................................................................... 8
Slide 8 ................................................................................................................................................... 8
Slide 9 ................................................................................................................................................... 8
Slide 10................................................................................................................................................. 9
Slide 11 Fundamentos sobre Motores............................................................................................... 10
Slide 12............................................................................................................................................... 10
Slide 13............................................................................................................................................... 11
Slide 14: Tipos de Motores ................................................................................................................ 11
Slide 15: Outros Tipos de Motores a Jato .......................................................................................... 11
Slide 16: Seleção de Motores ............................................................................................................ 12
Slide 17:Turbojatos ............................................................................................................................ 12
Slide 18: Turboventilador .................................................................................................................. 13
Slide 19: Turbopropulsor ................................................................................................................... 13
Slide 20: Estatorreator ....................................................................................................................... 13
Slide 21: Foguetão ............................................................................................................................. 13
Slide 22: Sumário ............................................................................................................................... 13
Slide 23: Conhecimentos Adicionais .................................................................................................. 14
Materiais Adicionais ................................................................................................................... 15
Dentro ou Fora da Aula ...................................................................................................................... 15
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Sumário do Tutorial
Faixa Etária:
O tutorial é concebido para estudantes dos 12 aos 16 anos.
Duração:
Para discussão completa: 50 + minutos
Mínimo possível: 35 minutos
(Os tempos sugeridos são indicativos e variáveis. Pretende-se que os professores giram
os recursos com flexibilidade, mediante as próprias circunstâncias.)
Materiais Necessários:
Computador e tela de projeção na sala
Balão pequeno (para demonstrações) ou uma série de balões para realizar
uma atividade equivalente
Peso num fio (opcional)
Braçadeira e 3 réguas de 30cm, uma de plástico, uma de madeira e uma de
metal (opcional)
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Estrutura da Lição Introdução (Slide 1)
Apresentação dos Objetivos (1 min)
Identificação da imagem de um avião (1 min)
Fase 1. Introdução ao Impulso e movimento em frente do avião (Slides 2 – 6) Revisão do T1 e Discussão: Como podem os aviões voar no ar? (2 mins)
Vídeo a explicar a física por detrás do voo dos pássaros (4 mins, incluindo vídeo de 2.30 minutos)
Discussão: O que é o Impulso? Quais os fenómenos da Física por detrás do Impulso? (2 -3 mins)
Demonstração (ou atividade equivalente); Balão largado (3 – 6 mins)
Fase 2. História da Propulsão de um Avião (Slides 7 – 10) Sir Isaac Newton – Carro a vapor de Newton (1 min)
Irmãos Wright e Kitty Hawk (1 min)
Sir Frank Whittle – Motor Turbojato (1 mins)
Fase 3. Fundamentos do Motor e Funcionamento (Slides 11 - 13) Funcionamento Básico do Motor (4 mins)
Motor a Hélice (2 mins)
Vídeo – Dentro de um Motor a Jato (2 min)
Fase 4. Tipos de Motor, Sumário e Informação Adicional (Slides 14 - 23) Brainstorming: Porque são utilizados diferentes motores? (3 – 4 min)
A seleção de motores é baseada nos requisitos de voo. Atualmente existem vários tipos de motor (2-5
min)
Tipos de motores (opcional, tema muito abrangente que poderá reduzir o tempo da componente
anterior): Turbojato, Turboventilador, Turbopropulsor, Estatorreator, Foguetão (6 - 10 mins)
Vídeo – Sumário sobre motores (1 min) e conhecimento adicional sobre Simulador de Motores (opcional e
possível atividade fora da aula)
Todas as durações são aproximadas, devendo servir como um guia. Obviamente, as discussões durante a
formação podem ser encurtadas ou desenvolvidas em maior profundidade, especialmente se os alunos
trabalharem em pequenos grupos antes de uma discussão mais ampla. O programa pode ser prolongado se o
professor apresentar alguns detalhes fornecidos neste Manual do Professor.
Seguindo os tempos mínimos sugeridos aqui teríamos uma formação de 35 minutos. Se preferir explorar algumas
atividades adicionais, a aula deverá demorar cerca de 50 a 55 minutos.
Os materiais adicionais podem ser utilizados para aumentar a duração ou podem ser definidos como trabalhos de
casa. Esperamos que considere também utilizar as competições do Fly Higher como materiais adicionais. Visite
http://www.flyhigher.eu.
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PowerPoint – Notas Adicionais
Slide 1: Introdução e Atividade Adicional Imagem principal: Motor Rolls Royce Trent 900 no Airbus A380 - Avião de passageiros.
Alguns factos sobre o Motor: 4.55 m de comprimento. Diâmetro de 2.94 m, peso 6.271 kg e produz
um impulso de 374 kN (kilo Newton). O motor do Renault Espace, ou outro carro familiar, é de cerca
de 150hp. (Sugerimos que, para turmas mais avançadas e/ou científicas utilize unidades mais
avançadas no Tutorial).
Slide 2: Fase 1. Introdução ao voo dos pássaros Utilize este slide como pano de fundo para pedir aos alunos para nomearem algumas criaturas vivas
que voem e o que têm em comum. Se a turma tiver trabalhado o Tutorial Fly Higher 1, terá algum
conhecimento sobre o voo dos pássaros e reconhecerá que os aviões não os imitam apenas.
Contudo, alguns elementos são relevantes para qualquer objeto voador: consumo de energia
elevado, peso minimizado e asas (ou hélices) que são moldadas aerodinamicamente.
Peso: embora alguns pássaros sejam pesados, todos têm uma estrutura óssea leve (Asas e peso
limitado - embora algumas aves maiores sejam pesadas, todas têm uma estrutura óssea leve e
plumagem extensa, que faz parecer os seus corpos maiores do que realmente são). Mamíferos
(como nós próprios) geralmente não voam. As nossas estruturas ósseas são demasiado pesadas, por
isso também não temos asas, não fomos concebidos para voar! (Os morcegos são uma exceção).
Os pássaros batem as asas para empurrar o ar para baixo, o que produz uma força oposta que
“eleva” o pássaro no ar. As suas asas são moldadas aerodinamicamente e produzirão alguma
elevação, mesmo quando o pássaro está apenas a planar (tal como acontece nos aviões).
Alguns mamíferos que vivem em árvores, esquilos asiáticos por exemplo, têm membros alados (em
forma de asa, quando estendidos, como as de um morcego), o que lhes permite planar, aumentando
assim a distância que conseguem saltar entre os ramos. No entanto, não conseguem levantar voo a
partir do chão.
Slide 3: Vídeo Vídeo sobre como os pássaros conseguem voar. Fonte – YouTube. Como voam os pássaros?
Agradecimento: www.pendulumswingmedia.com. Duração: 2:29
Slide 4: Impulso O impulso de um avião parte do motor e a elevação é produzida pelas asas aerodinâmicas (rígidas)
do avião.
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Não podemos somente copiar as asas e imitar o bater de asas dos pássaros. (De novo, ver Tutorial
FlyHigher 1.) Os pássaros são muito mais leves no que diz respeito ao peso, pelo que requerem
menos energia das suas asas para se elevarem no ar. Um avião de passageiros grande como o Boeing
747 é concebido para elevar aproximadamente 334 toneladas incluindo passageiros, bagagem,
combustível e o peso do próprio avião. O Renault Espace pesa 3 toneladas (3000kg) incluindo 7
passageiros que pesam em média 80kg cada. Deste modo, o avião pesa o mesmo que 112 Renault
Espace completamente cheios!
Recentemente tem sido realizado muito trabalho de investigação para tornar o corpo dos aviões
mais leves, utilizando materiais compósitos. A intenção é reduzir a massa total do avião, aumentar a
distância percorrida e diminuir o consumo de combustível. Os aviões mais novos – como o Airbus
380 – beneficiaram consideravelmente da nova tecnologia de materiais.
Não é possível que as asas do avião batam devido às limitações dos movimentos mecânicos
complexos requeridos; o peso adicional (para bater as asas do avião seria necessário que as mesmas
tivessem os próprios motores/atuadores e o seu próprio combustível) seria maior que a elevação
gerada.
As nossas máquinas, quer grandes quer pequenas, têm asas fixas de forma aerodinâmica – têm
forma de asas, com as vantagens da simplicidade e integridade estrutural, usando a velocidade para
alcançar a elevação. Os helicópteros, por vezes chamados aviões de “asas rotativas”, são bastante
diferentes, mas trabalham desta forma – ver Tutorial FlyHigher 3). A velocidade necessária – criada
pelo impulso – fez com que os pioneiros aeronáuticos se focassem na melhoria dos motores – o
motor a jato, inventado nos anos 40, com todos os desenvolvimentos gerados desde então.
Slide 5: Física por detrás do Impulso Demonstração do Professor (ou possível atividade na aula): Encher um balão simples com ar e
libertá-lo no ar. A turma pode ter visto antes, como parte do Tutorial 1; pode ou não querer repetir
esta atividade, dependendo da aula em si e do tempo. Como possível variação utilize o recurso
disponível em: http://www.bloodhoundssc.com/shop/balloon-car-kit.
Explicação: O ar dentro do balão está comprimido nas paredes de borracha do balão. Quando o
bocal ou abertura do balão é aberta, o ar sai. A terceira lei do movimento de Newton afirma que
cada ação tem uma reação igual e oposta. Assim, a ação de escape do ar cria uma reação – produz
uma força nas paredes do balão que o lançam no ar. (Uma vez que a Terceira Lei de Newton é tão
importante, deverá enfatizá-la novamente, embora já vários conteúdos tenham sido dedicados a
este tema no T1. De notar que o itinerário do voo do balão é muito irregular, porque não existem
estruturas como no avião (estabilizadores) para o controlar.
Slide 6: Avião em movimento para a frente O motor a jato do avião trabalha segundo o mesmo princípio que a terceira lei do movimento de
Newton. Os gases de escape quentes dos motores a jato do avião empurram o ar, o que por sua vez
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produz uma reação oposta nos motores. Como o motor está fixo ao avião, este cria um movimento
para a frente.
O movimento de avanço do avião e a forma aerodinâmica da asa fazem com que o ar na parte
superior da asa se mova mais rapidamente do que em baixo. Isto cria uma camada de baixa pressão
de ar acima da asa, ao contrário do que acontece na parte inferior. A diferença de pressão gera uma
força para cima, elevação, o que mantém o avião no ar. (Ver Tutorial FlyHigher 1.)
Slide 7: História dos Motores a Jato Sir Isaac Newton foi o primeiro a propor a teoria da explosão canalizada para a retaguarda. Um
exemplo simples de uma explosão canalizada para a retaguarda é um carro a vapor como se
apresenta no slide. Em 1687 Newton tentou testar as suas leis recém-formuladas com o seu
protótipo de "carro a vapor". Este carro tinha uma caldeira montada e para o fazer avançar, o vapor
saia pelo bocal na retaguarda. Embora o seu carro a vapor não tenha funcionado (o vapor não
produzia pressão suficiente) a sua teoria ou força explosiva canalizada para a retaguarda provou ser
produtiva nos últimos anos, quando adaptada para o fabrico de veículos rodoviários a vapor.
De notar que as máquinas a vapor, tão importantes para as primeiras redes de caminho-de-ferro,
funcionam com princípios bastante diferentes e não relacionados com a propulsão a jato.
Possível Extensão: (i) pedir aos alunos para pesquisarem e escreverem um breve resumo sobre
as várias realizações de Newton.
Possível Extensão: (ii) Pedir aos alunos para pesquisarem sobre os primeiros jatos, "os carros
de vapor” e por que motivo a ideia foi abandonada.
Slide 8 Os veículos rodoviários a vapor foram mais tarde substituídos por veículos a gasolina devido a um
desempenho muito superior da gasolina. A invenção da Combustão Interna (CI) do motor durante o
século XVIII fez com que os irmãos Wright adequassem o seu "Kitty Hawk" com um motor a gasolina
de 12 cavalos (hp).
Slide 9 As hélices são aerodinamicamente moldadas (portanto, são torcidas ao longo do comprimento).
Várias forças agem sobre a hélice. Os alunos poderão estar familiarizados com a força centrífuga e
tensões de curvatura (produzidas por cargas aerodinâmicas). Ambas complicam a conceção e a força
necessárias para que a hélice funcione.
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A força do impulso gerado pelas lâminas da hélice é determinada pela área do disco das lâminas.
Uma área muito pequena é, obviamente, menos eficiente, mas em contrapartida um disco muito
grande pode gerar mais ruído do que impulso!
Possível demonstração do professor:
Força centrífuga – rodopie um peso num fio e deixe-o voar
Tensão de Curvatura – Fixe uma régua de plástico numa das extremidades. Em seguida, com dois dedos
aplique carga na outra extremidade. A deformação da régua acontece devido à tensão de curvatura.
Empurre com força suficiente e a régua de plástico irá dobrar e dobrar... e então quebrar! (geralmente
subitamente). Com uma régua de madeira: a madeira - dependendo da espessura e tipo - provavelmente irá
dobrar menos e rachar e quebrar de forma irregular. Com uma régua de metal: o metal vai provavelmente
dobrar, mas não quebrar. No entanto, em algum momento irá ficar permanentemente distorcido, para
nunca mais retornar à sua forma original. Estas observações são lugares-comuns, mas enfatize que os
materiais com os quais as peças de aviões são produzidas são cruciais. Será que alguém quereria estar num
avião em pleno voo quando a hélice quebrasse de repente e voassem pedaços?!
Os aviões leves modernos ainda usam hélices (embora estas sejam feitas de materiais compósitos de
alta tecnologia que são mais leves e mais fortes do que os do passado). Fundamentalmente, o custo
de aquisição e manutenção de um motor de hélices é significativamente menor do que um motor a
jato. Aviões leves, que voam curtas distâncias a velocidades modestas e altitudes mais baixas são,
talvez, de um amador ou usados para pulverizador de um agricultor. Os baixos custos são
imperativos.
Os motores a jato são sofisticados e caros. Um avião pequeno, de alto desempenho (um Air-force,
por exemplo) que tem de voar a elevadas altitudes e velocidades será, obviamente, a jato, como
aviões executivos de uma empresa internacional (que tem de levar os seus VIPs a locais distantes,
mas rapidamente).
Slide 10 Desde 1903, ano do primeiro voo dos irmãos Wright, até ao final de 1930, o motor de combustão
interna a gasolina com uma hélice era o único meio utilizado para a propulsão de um avião. Foi Sir
Frank Whittle, um piloto britânico, quem concebeu o primeiro turbojato em 1930.
Na imagem encontramos um Gloster E28/39 e, como os alunos devem reparar rapidamente, não
existe uma hélice no nariz do avião. O motor tinha vários níveis de compressores e turbinas para
criar impulso para a frente, mas em última análise, dependia do gás de escape para empurrá-lo para
a frente - como o balão! Poderá ser importante salientar que este avião e o avião a hélices do slide
anterior parecem semelhantes, mas são muito diferentes os biplanos 30 anos mais antigos e os jatos
modernos 30 anos mais recentes.
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Slide 11 Fundamentos sobre Motores Este slide demonstra o funcionamento básico de um motor com pistões, que é essencialmente o
motor utilizado nos carros. Para demonstração, pode usar uma seringa vazia com um pistão numa
extremidade e um bocal na outra.
A primeira fase de funcionamento do motor é a entrada de ar pelo movimento descendente do
pistão. Um bom exemplo é quando o pistão de uma seringa é puxado para trás, enchendo-a de ar.
A segunda etapa está relacionada com a compressão de ar, que é executada pelo movimento
ascendente do pistão no cilindro. Demonstração - Se fechar o bico de uma seringa (ou bloqueá-lo
com o dedo) e empurrar o pistão na direção do bico, vai comprimir o ar lá dentro. Note que num
motor com pistões real, a entrada de ar fecha de forma segura, para evitar qualquer escape de ar a
partir do cilindro e permitir a compressão de todo o ar.
A terceira fase de funcionamento do motor envolve a combustão pela adição e ignição de
combustível. Obviamente trata-se de um processo complexo. Todo o combustível dentro do cilindro
tem de queimar e tem de ser injetada a quantidade certa de combustível. Para além disso, esta
entrada de combustível deve acontecer no momento correto no ciclo. Os alunos podem ter visto
“velas de ignição” em motores simples, como um cortador de relva ou um velho carro, e
possivelmente ouviram falar do "distribuidor" que liga mecanicamente a vela de ignição à parte
elétrica do carro no momento certo. Se puder, mostre-lhes. Os motores dos carros modernos são
controlados por computador e os alunos podem ter ouvido falar de sistemas de “injeção de
combustível" eletrónicos.
A quarta etapa é o escape de gases quentes através da abertura de escape. Estes gases quentes têm
elevada temperatura e pressão (energia) e enquanto escapam causam o movimento descendente do
pistão no interior do cilindro.
O movimento descendente do pistão provoca uma entrada de ar para o próximo ciclo. O ciclo
prossegue assim por diante repetidamente. O pistão está ligado à hélice do avião através de uma
peça que provoca o movimento de rotação da hélice, como apresentado no slide seguinte.
Slide 12 Como pode ver na fotografia, o propulsor é ligado através de um virabrequim, o que provoca o
movimento do pistão em rotação. Quantos mais pistões estiverem a bombear, mais energia é gerada
e o mais suavemente roda o virabrequim. Portanto, o motor tem vários cilindros, de modo a
fornecer uma fonte de energia contínua a partir de ignições individuais, com mais que um pistão
ligado ao virabrequim.
Geralmente, um motor de automóvel tem quatro cilindros - mas muitos têm seis (especialmente em
veículos mais sofisticados e/ou maiores). Os cilindros tendem a ser em pares para se obter um
equilíbrio, com dois ou três de cada lado. No entanto, pequenos motores, tais como os encontrados
em ciclomotores ou máquinas de jardinagem, têm um único cilindro e utilizam apenas um pistão,
uma vez que a exigência de potência é menor. Os veículos maiores (por exemplo, camiões que
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transportam cargas mais pesadas) ou veículos especializados (por exemplo, carros de corrida
Fórmula 1) terão 8, 10 ou 12 cilindros, dependendo das exigências.
Slide 13. 1) Vídeo – Duração: 1:41. Fonte – Youtube Dentro de um Motor a Jato.
Agradecimento: www.wydea.com.
2) Vídeo alternativo: http://www.youtube.com/watch?v=ON0sVe1yeOk
Slide 14: Tipos de Motores Na imagem - Airbus A380 de longa distância, aviões de dois andares com quatro motores gigantes
montados da Rolls Royce Trent 900 Motors ou Engine Alliance GP700. Estes são motores
turboventiladores, mais adequados para voos comerciais que precisam de motores robustos e
fiáveis.
O Airbus 380 é um dos aviões mais modernos. Pode transportar até 525 passageiros (com lugares
económicos, executivos e de primeira classe). Podia transportar 853 passageiros se existissem
apenas lugares de classe económica. Tem um alcance de 15,700 km e uma velocidade máxima de
945 km/h (9.755 milhas; 587 mph).
Para alunos mais avançados, podem devem ser introduzidos os números Mach, que expressam
velocidades (normalmente de aviões a jato) como uma fração da velocidade do som. Aviões
supersónicos voam mais rápido que a velocidade do som, daí a palavra "supersónico". A velocidade
máxima do Airbus é de 0,89 Mach. O Concorde atingia a velocidade máxima de 1,2 Mach.
.
Slide 15: Outros Tipos de Motores a Jato
Poderá focar-se neste slide e no próximo e não usar os slides 17-21, caso a idade/capacidade/interesse dos
alunos ou a duração da aula assim o exigir. O ponto essencial a salientar nestes slides é que há agora muitos
tipos diferentes de motores a jato e as novidades continuam a surgir.
Para fins não comerciais, o turboventilador não é necessariamente a melhor escolha. A utilização
militar, por exemplo, exige o melhor desempenho possível e o custo é um problema menor, ao
contrário do que acontece com as companhias aéreas. A tecnologia do motor a jato desenvolveu-se
consideravelmente e existe atualmente uma variedade de opções, como o slide apresenta.
Estatorreator – Avião espião de alta velocidade e alta altitude. Utiliza a velocidade maciça para
"forçar" o ar para dentro do motor. A imagem mostra o Lockheed SR-71 "Black Bird" sobre as
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montanhas de Sierra Nevada na Califórnia, em 1994. Foram apenas construídos 32 aviões deste tipo.
Os primeiros utilizadores foram a Força Aérea dos EUA e a NASA. Foi usado como avião de
reconhecimento aéreo por ser extremamente rápido (Mach 3 +, ou seja, uma velocidade de 1980
mph ou 3.186 Km/h). Um desempenho excecional do motor era o principal requisito deste avião,
tendo os custos uma importância secundária.
Turbojato – avião militar que tem de ser robusto e fiável, transportar cargas significativas e de forma
bastante rápida. Na imagem vê-se o Fairchild Republic A-10 Thunderbolt II, composto por um
assento e dois motores. No total foram construídos 716 e encontram-se ainda atualmente em
serviço. Foi concebido para proporcionar apoio aéreo próximo às forças terrestres, para atacar
tanques, veículos armados e outros alvos terrestres com defesas aéreas limitadas. A exigência
principal deste motor é o desempenho e fiabilidade.
Foguetão – NASA Atlantis Space Shuttle. Utiliza um motor de foguete criogénico de combustível
líquido. Um motor de foguete criogénico utiliza combustível (hidrogénio líquido) e um oxidante
(oxigénio líquido). Os requisitos principais deste motor não são apenas o desempenho e fiabilidade,
mas poderem operar no espaço (onde não há ar!). Por isso, o foguetão deve fornecer o seu próprio
oxigénio.
Turbopropulsor – Avião executivo pequeno; precisa de ser de preço acessível, mas fiável e
razoavelmente rápido. Na imagem vê-se um Beechcraft King Air 350i, um avião executivo com 8
lugares equipado com dois motores - Pratt e Whitney (Canadá). Não é tão rápido como a maioria dos
jatos (velocidade máxima de 523 kmh, 325 mph), mas é mais rápido que um avião de hélices
movidas com pistões (a pista está na palavra “Turbo”!). Os motores são leves, eficientes em termos
de combustível e simples na sua conceção (mais barato em termos de funcionamento e
manutenção).
Avião de hélices movidas com pistões – Na imagem vê-se o Antonov AN-2. Era um avião agrícola
monomotor, biplano (avião com duas asas principais empilhadas uma sobre a outra) concebido na
União Soviética (Rússia) em 1946. O avião tinha uma velocidade máxima baixa de 258 km/h (160
mph), mas conseguia transportar uma carga significativa (até 5.500 kg; 12.000lb). A exigência
principal do motor com pistões de 9 cilindros era produzir o impulso necessário para levantar o avião
no ar.
Slide 16: Seleção de Motores O slide contém as explicações necessárias.
Slide 17:Turbojatos
Funcionam segundo o mesmo princípio que o motor com pistões: Entrada de ar na parte da frente
do motor e compressão seguida de combustão, mas os gases de escape saem através de uma
turbina para gerar impulso adicional.
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Slide 18: Turboventilador O motor turboventilador tem um ventilador na entrada do motor para aumentar o impulso gerado
pelo motor. Uma característica chave do motor turboventilador é que o ventilador está no interior
da conduta do motor (não fora como uma hélice) e nem todo o ar passa através de todo o motor
como no Turbojato, sendo dividido em diferentes fluxos. Complexo, mas comum em aviões
comerciais.
Slide 19: Turbopropulsor Os motores turbopropulsores são geralmente usados em pequenos aviões subsónicos. Utilizam as
ideias principais de um turbojato, mas incluem maquinaria adicional para converter a energia nos
gases de escape de alta velocidade para conduzir uma hélice. Isto fornece a maior parte do impulso
propulsor ao avião, ao passo que os gases de escape que saem do motor contêm pouca energia em
comparação com um motor a jato e desempenham um papel menor na propulsão do avião.
Slide 20: Estatorreator Os estatorreatores são a forma mais simples de propulsão. O ciclo de energia que faz trabalhar o
motor é idêntica à do motor de combustão interna. A entrada de ar na frente a alta velocidade,
depois a compressão, alcançada dentro de um difusor (que abranda o ar, à medida que mais ar é
"forçado" para dentro, por isso a pressão aumenta). O combustível é queimado e pulverizado no
interior da câmara de combustão e, em seguida, finalmente o ar é expelido a alta velocidade através
do escape para gerar impulso.
Os motores estatorreatores dependem do avião já em movimento a alta velocidade e não
funcionam quando este está parado. Os estatorreatores precisam de assistência para a decolagem e
para acelerar a uma velocidade em que começam a produzir impulso. Trabalham de forma mais
eficiente a velocidades supersónicas de cerca de Mach 3.
Slide 21: Foguetão O motor de foguetão difere de todos os outros tipos de sistema de propulsão de aviões. Os motores
de foguetão não são motores de “respiração de ar" e utilizam quer combustível quer oxigénio, uma
vez que têm de funcionar em altitudes muito elevadas e em vácuo. Levar seu próprio abastecimento
de combustível e oxidante é também a sua principal fraqueza, devido ao aumento de peso que
acarreta. O impulso é gerado a partir das pressões elevadas no interior da câmara de combustão e o
bocal de descarga, que produz as mudanças de aceleração dos gases de escape.
Slide 22: Sumário Fonte: YouTube; Duração: 0:52. Agradecimento: www.rendermedia.co.uk
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Este vídeo não tem som! Pode precisar de o parar em determinadas alturas para verificar se os
alunos absorveram as ideias centrais. Discuta cada parte com os alunos à medida que o filme é
reproduzido.
Componentes na animação:
o Compressor – para comprimir o ar.
o Turbina – para extrair a energia dos gases quentes e colocar o compressor montado no eixo
em funcionamento.
o Câmara de combustão – para queimar o ar comprimido por adição de combustível.
o Invólucro do motor – para acomodar todas as componentes.
Como pode ver na animação, o ar frio (cor azul) que entra no motor é comprimido pelas hélices do
compressor, é queimado na câmara de combustão através da adição de uma mistura de ar-
combustível precisa; os gases quentes (cor vermelha) saem da turbina que fornece a força de
propulsão necessária para empurrar o avião para a frente.
Slide 23: Conhecimentos Adicionais Peça aos alunos para acederem ao website mencionado no slide (poderão fazê-lo na escola ou em
casa) e experimentar o simulador do motor.
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Materiais Adicionais
Dentro ou Fora da Aula
Sopa de Letras As duas sopas de letras que se seguem podem ser usadas de duas formas: com as palavras-chave listadas como
pistas ou sem essas palavras-chave. Podem ser utilizadas para prolongar a formação ou definidas como trabalho
de casa. Todas as palavras devem ter sido utilizadas na apresentação PowerPoint. As sopas de letras são
apresentadas num formato fácil de copiar (próxima secção). Todos os direitos de autor estão assegurados para
utilização educacional.
A Sopa de Letras 1 é de um nível mais acessível, mesmo sem as pistas. Todas as palavras são exibidas
vertical ou horizontalmente.
A Sopa de Letras 2 com as pistas é um pouco mais difícil; sem as pistas é bastante difícil! Uma série de
palavras estão escritas numa linha diagonal, ou da esquerda para a direita em linha reta, mas algumas
palavras mais simples estão apresentadas da direita para a esquerda.
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Várias atividades extra já foram mencionadas ao longo da aula. Naturalmente, estas atividades também podem
ser usadas como trabalho de casa:
Após a discussão de Sir Isaac Newton (Slide 7):
Extensão Possível: (i) Pedir aos alunos para pesquisarem e escreverem um breve resumo das
muitas realizações de Newton.
Extensão Possível: (ii) Pedir aos alunos para pesquisarem sobre os primeiros jatos "os carros a
vapor” (em oposição aos motores a vapor) e por que motivo a ideia foi abandonada.
Após o Tutorial
Extensão Possível (i) (Como o slide final sugere): Pedir aos alunos para acederem ao website
mencionado no slide - na escola, se for possível, ou em casa - e experimentar o simulador do
motor.
Extensão Possível (ii) Os alunos também podem investigar os muitos vídeos disponíveis no
YouTube que demonstram como funciona um motor a jato. Alguns são engraçados, outros são
bastante técnicos – os alunos decidem o quanto querem aprofundar os seus conhecimentos.
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SOPA DE LETRAS DE MOTORES A JATO 1A
Procura nove palavras relacionadas com motores a jato escondidas na grelha seguinte. As palavras são:
* Airbus * Combustão * Escape * Jato
* Elevação * Newton * Impulso * Turbina * Whittle
A J A T O
I E L E V A C A O N
R E S C A P E E
B T U R B I N A W
U T
S I M P U L S O O
W H I T T L E N
C O M B U S T A O
Cada vez que encontras uma palavra, explica o que significa.
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SOPA DE LETRAS SOBRE MOTORES A JATO 1B
Encontra as nove palavras sobre “Motores a Jato” escondidas na grelha seguinte
Sem pistas! Tens de as encontrar por ti próprio.
A R T O A T S U B M O C
I E L E V A C A O N U Y
R E S C A P E L K E J J
B T U R B I N A G W A H
U G F D S A Z X C T V B
S I M P U L S O O O M N
W H I T T L E L K N J H
T R E W Q S O D Y F U G
Cada vez que encontras uma palavra, explica o que significa.
18
SOPA DE LETRAS SOBRE MOTORES A JATO 2A
Encontra as onze palavras escondidas na grelha seguinte. De cada vez que encontras uma palavra, explica o
seu significado.
CUIDADO! Para além de estarem na vertical, horizontal ou diagonal, em alguns casos as palavras estão de
trás para a frente, ou seja, da direita para a esquerda. As palavras são:
* Airbus * Compressão * Escape
* Jato * Elevação * Newton * Estatorreator
* Foguetão * Impulso * Turbina * Whittle
I M P U L S O
E L E V A C A O C
N E W T O N A O
T F W I M
U O H R J P
R G I E B A R
B U T S U T E
I E T C S O S
N T L A S
A A E P A
O E O
E S T A T O R R E A T O R
19
SOPA DE LETARS SOBRE MOTORES A JATO 2B
Encontra onze palavras sobre “Motores a Jato” escondidas na grelha seguinte.
CUIDADO! Para além de estarem na vertical, horizontal ou diagonal, em alguns casos as palavras estão de
trás para a frente, ou seja, da direita para a esquerda.
Sem pistas! Tens de as encontrar por ti próprio.
I M P U L S O
O A C A V E L E C
N E W T O N A O
T F W I M
U O H R P
R G I E B J R
B U T S U A E
I E T C S T S
N T L A O S
A A E P A
O E O
E S T A T O R R E A T O R
De cada vez que encontras uma palavra, explica o seu significado.
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RESPOSTAS DA SOPA DE LETRAS
RESPOSTAS DA SOPA DE LETRAS SOBRE MOTORES A JATO. CONJUNTO 1
A J A T O
I E L E V A C A O N
R E S C A P E E
B T U R B I N A W
U T
S I M P U L S O O
W H I T T L E N
C O M B U S T A O
RESPOSTAS DA SOPA DE LETRAS SOBRE MOTORES A JATO. CONJUNTO 2
I M P U L S O
E L E V A C A O C
N E W T O N A O
T F W I M
U O H R J P
R G I E B A R
B U T S U T E
I E T C S O S
N T L A S
A A E P A
O E O
E S T A T O R R E A T O R
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