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MANUAL TÉCNICO PLÁSTICOS DO SADO line on www.plasticos-do-sado.pt [email protected] ACRÍLICO CN e EX
31

Manual Acrilico

Dec 29, 2015

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Page 1: Manual Acrilico

MANUAL TÉCNICO

PLÁSTICOS DO SADO lineon

[email protected]

ACRÍLICO CN e EX

Page 2: Manual Acrilico

Apresentação 03Propriedades gerais do acrílico 03Gama de produtos 03Aplicações 03

Propriedades do acrílico 03Propriedades ópticas 05Propriedades acústicas 05Comportamento ao calor 06Comportamento ao envelhecimento natural 06

Acrílico CN vs. Acrílico EX 07Propriedades relativamente comparáveis 07Os elementos de diferenciação 07Um mesmo campo de aplicações 07As possibilidades de reciclagem 08

Princípios de transformação 08Armazenamento das chapas 08Película de protecção 09Mecanização 09Cortar 10Furar 12Tornear 14Fresar 14Gravar 14Suavizar 14Polir 15Termomoldar 16Secagem prévia do acrílico EX 16Aquecimento 16Fabricação dos moldes 19Moldagem simples de superfícies 19Termo-moldagem de formas não desenvolvidas 19Dobrar/ quinar 24Arrefecer 25Erros a evitar 26Recozer 26

Montagem 27Montagem 27Montagem em perfis metálicos 27Curvar a frio 27Colar 27Soldar 28

Decoração 28Decoração 28Serigrafia 28Pintura 28Adesivos 28

Acabamento 29Polimento de acabamento 29Conservação das peças produzidas com acrílico 29

Resistência aos agentes químicos 29

Este documento foi criado a pensar em todos aqueles que trabalham com o acrílico com o intuito de lhes facultar informações que permitirão obter trabalhos de qualidade superior.

ÍNDICE

Page 3: Manual Acrilico

APRESENTAÇÃO

A produz e comercializa acrílicos e outros plásticos. Na nossa oferta encontra acrílico fundido (CN) e extrudido (EX) em diferentes configurações (chapas, barras, tubos, varões e espelhos). Estão disponíveis em múltiplas medidas, espessuras, pesos, cores e aspectos de superfície.

BREVE RESUMO DAS PROPRIEDADESO acrílico é um material termoplástico, rígido e transparente. Incolor e de excelente limpidez por natureza, pode ser matizado numa ampla gama de cores.

Inerte relativamente a numerosos agentes químicos agressivos, o acrílico assume-se como matéria plástica de referência pela estabilidade apresentada, quando colocado em ambientes exteriores, resistindo às condições climatéricas.

As chapas de acrílico podem ser trabalhadas ou transfomadas de acordo com técnicas muito variadas: industriais, artesanais ou artísticas.

Plásticos do Sado

Os produtos apresentados neste manual estão identificados em dois tipos:- Acrílico CN, para chapas acrílicas fundidas;- Acrílico EX, para chapas acrílicas extrudidas.

Estes materiais encontram-se disponíveis em múltiplas medidas, espessuras, tonalidades e aspectos de superfície. As informações detalhadas sobre estas combinações encontram-se no catálogo de produtos da .Plásticos do Sado

03

03

PROPRIEDADES GERAIS DO ACRÍLICO

GAMA DE PRODUTOS

As chapas acrílicas CN e EX podem ser aplicadas em sectores muito diversos, como por exemplo:

- Sinalização: rótulos, anúncios luminosos, painéis indicadores e de sinalização, expositores, publicidade no local de venda, …- Arquitectura, decoração, urbanismo e obras públicas: mobiliário urbano, portas, envidraçados, clarabóias, cúpulas, varandas, iluminação, mobiliário, barreiras acústicas, … - Sanitário: banheiras, bases de chuveiro, lavatórios, … - Automóvel: chapas de matrícula, reflectores laterais, ...

Pode ainda ser utilizado em muitas outras aplicações: barreiras, peças de precisão, estufas agrícolas, protecção de máquinas, solários, estações de lavagem, retroprojecção …

APLICAÇÕES

PROPRIEDADES DO ACRÍLICO

ISO NF OutrasUnidade

de m edidamm

Valor

obtidomm

Valor

obtido

Propriedades gerais

Abs orç ão água em 24 horas R 62 T 51002 DIN 53495 % 4 0,30 4 0,30

Abs orç ão água em 8 dias R 62 T 51002 DIN 53495 % 4 0,50 4 0,50

Abs orç ão m áx. de água por imersão

(1200 horas )Interna % 3 1,75 3 1,75

Densidade R 1183 T 51063 DIN 53479 g/cm 3 1,19 1,19

Propriedades mecânicas

Co eficient e de Po isso n a 20ºC 0,39 0,39

Ensaio de tracç ão a 23ºC R 527 T 51034 DIN 53455

Esfo rço de rot ura M P a 4 76 4 74

M ódulo de elastic idade M P a 4 3300 4 3300

Alargam ento da rot ura % 4 6 4 5

Ensaio de tracç ão a -20ºC R 527 T 51034 DIN 53455

Esfo rço de rot ura M P a 4 102

Alargam ento da rot ura % 4 5

NORMA DE ENSAIO ACRÍLICO CN ACRÍLICO EXTABELA DE

CARACTERÍSTICAS

(valor es indicativos)

Page 4: Manual Acrilico

04

04

ISO NF OutrasUnidade

de m edidamm

Valor

obtidomm

Valor

obtido

Propriedades mecânicas

Ensaio de tracç ão a 80ºC R 527 T 51034 DIN 53455

Esforço de rotura M P a 4 24

Alargam ento da rot ura % 4 22

Ensaio de flexão a 23ºC 178 T 51001 DIN 53452

Esforço de rotura M P a 4 140 4 120

M ódulo de elastic idade M P a 4 3000 4 3000

Ensaio de elastic idade Charpy sem

entalha179/ 1D T 51035 DIN 53453 KJ/m2 4 12 4 10

Ensaio de impact o Izod c om entalha R 180 AST M D256A KJ/m2 4 1,4 4 1,3

Dureza Ro ckwell, Escala M D 2039 AST M D785 95 90

Dureza Shore, Esc ala D R 868 T 51109 60 - 70 80

Resistência à compressão R 684 T 51101 DIN 53454 M P a 4 130 4 110

P roprie dades ópt icas

Transmissão luminosa T 51068 DIN 5036

espess ura 3 mm % 3 >92 3 >92

espess ura 5 mm % 5 >92 5 >92

espess ura 8 mm % 8 >92

espess ura 10 mm % 10 >92

Índice de ref racção T 51064 DIN 53491 1,492 1,492

P roprie dades eléc trica s

Rigidez dieléctric a C 26225 DIN 53481 KV/mm 20 a 25 20 a 25

Resistividade transversal C 26215 DIN 53482 Ohm.cm >1015 >1015

Co nstant e dieléctric a C 26 230 DIN 53483

a 50 Hz 3,7 3,7

a 1 M Hz 2,6 2,6

P roprie dades térm icas

Co eficient e de dilatação linear EN 2155-1 T 51251 DIN 52328 mm/m/ºC 0,065 0,070

Co ndutividade t érmica DIN 52612 W/m/ºC 0,17 0,19

Calor específico AST M C351 J/g/ºC 1,32 1,32

Co eficient e K de iso lamento DIN 4701

espess ura 3 mm W/m/ºC 3 5,3 3 5,3

espess ura 5 mm W/m/ºC 5 4,1 5 5,1

espess ura 10 mm W/m/ºC 10 4,5 10 4,5

Po nto amo leciment o Vic at B 10/10 R 306 T 51021 DIN 53460 ºC >110 >103

Temperat ura de defo rmação R 75/A T 51005 DIN 53461 ºC 109 102

Temp. máxima de ut ilização c ont ínua ºC 85 80

Temp. est ufa de mo ldagem ºC 130 - 180 140 - 170

Temp. máxima de aquec imento ºC 200 190

Co ntracç ão linear m áxima após

aqueciment o em espess ura >= 3 mm% 2 3

Co ntracç ão linear m áxima após

aqueciment o em espess ura < 3 mm% 2 6

Temp. máx. superfic ial em infr-

vermelhoºC 230 210

Temp. de princí pio de degradaç ão ºC 285 240

Inflam abilidade

Temperat ura de auto -inflamaç ão ºC aprox. 430 aprox. 430

Co mpo rtament o ao fo go epiradiado r P 92501 3 M 4 3 M 4

Ensaio para materiais termo fundív eis P 92505 3 não go teja 3 got eja

Comportamento ao fogo DIN 4102 B2 B2

Comportamento ao fogo BS 476 P .7 classe 3 classe 4

Comportamento ao fogo UL 94 HB HB

Índice de o xigénio T 5107AST M 2863

77% 18 18

Taxa de clo ro % 0 0

Taxa de nitro génio % < 0,02 < 0,02

NORMA DE ENSAIO ACRÍLICO CN ACRÍLICO EXTABELA DE

CARACTERÍSTICAS

(valor es indicat ivos)

Os valores apresentados são valores médios de ensaios em laboratório e têm, apenas, um carácter indicativo.

PROPRIEDADES DO ACRÍLICO

Page 5: Manual Acrilico

PROPRIEDADES ÓPTICAS

Lo

ng

itud

e d

e o

nd

a (

mm

).2100

1800

1500

1200

900

600

300

10 30 50 70 90 %

123

1

2

3

3 mm

5 mm

10 mm

PROPRIEDADES DO ACRÍLICO

05

05

Espectro de transmissão UV, Visivel, I.R., em 3, 5 e 10 mm de espessura.

PROPRIEDADES ACÚSTICAS

Medidas efectuadas de acordo com a norma ISO 140 e conforme a informação do C.S.T.B. N.º 32 468 de Setembro de 1991.

4442

40

38

36

34

32

30

28

26

24

22

200 2 64 8 10 12 14 16 18 20

Espessura (mm)

Rw

(d

B)

Ìndice de redução acústica Rw em função da espessura.

Page 6: Manual Acrilico

06

06

25

Temperatura em ºC

20

15

10

5

0-30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

Ala

rga

me

nto

em

%

Temperatura em ºC

0-30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

Esf

orç

o e

m M

pa

10

20

30

40

50

6060

70

80

90

100

110

COMPORTAMENTO AO CALOR

Variação da resistência em tracção e do módulo em função da temperatura de -20ºC a +80ºC.

Variação do esforço de ruptura em tracção em função da temperatura de -20ºC a +80ºC.

COMPORTAMENTO AO ENVELHECIMENTO NATURAL Variação da transmissão luminosa em função do tempo de exposição à

intempérie.

Medidas efectuadas num clima da Europa Central

500 2 4 6

Duração de exposição em anos8 10

60

70

80

90

100

Tra

nsm

issã

o lu

min

osa

em

%

PVC

PC

Acrílico CN e EX

Acrílico CN e EX

PCPVC

0

5

10

15

20

Difu

são

em

%

0 2 4 6 8 10Duração de exposição em anos

Variação da difusão em função do tempo de exposição à intempérie.

PROPRIEDADES DO ACRÍLICO

Page 7: Manual Acrilico

ACRÍLICO CN vs. ACRÍLICO EX

PROPRIEDADES RELATIVAMENTE

COMPARÁVEIS

OS ELEMENTOS DE DIFERENCIAÇÃO

Acrílico CN e EX

PCPVC

0

5

10

15

20Ín

dic

e d

e a

ma

rele

cim

en

to e

m %

0 2 4 6 8 10Duração de exposição em anos

25

O acrílico CN e EX possuem propriedades físicas pouco diferenciadas. Ambos têm um excelente comportamento ao envelhecimento natural. As suas diferenças mais sensíveis residem nas suas propriedades térmicas e químicas, assim como na sua transformação.

Entre ambos os materiais existem diferenças de natureza e de comportamento que devemos conhecer perfeitamente para obter produtos com qualidade.

GAMA DE ESPESSURASO acrílico CN oferece uma variedade quase ilimitada de espessuras.O acrílico EX é fabricado com espessuras de 1,5 a 20 mm.

VARIAÇÕES DIMENSIONAISO método de fabrico do acrílico CN permite ligeiras variações de espessuras, enquanto que no fabrico do acrílico EX essas variações são insignificantes ou mesmo nulas.

O comportamento em quente do acrílico CN é uniforme, com uma contracção de 2% em todas as direcções, por sua vez, a extrusão induz contracções variáveis de acordo com a espessura e direcção.

Na direcção da extrusão:- máximo de 3% em 3 mm e espessuras superiores,- máximo de 6% em espessuras inferiores.

Transversalmente:- 0,5% a 1%.

RESISTÊNCIA TÉRMICA E VISCOSIDADEO acrílico CN possui uma massa molecular média muito superior à do acrílico EX (2 200 000 contra 150 000), com uma zona de distribuição mais ampla, o que lhe confere uma resistência térmica superior e uma melhor resistência à microfissuração (quebra) sob a acção de dissolventes.

A zona de moldagem a quente da chapa fundida é mais ampla. O que faz com que o acrílico CN possa ser trabalhado de novo a quente, acção que é mais limitada no acrílico EX.

O acrílico EX, em quente, tem uma viscosidade notavelmente mais baixa, o que faz com que seja mais extensível que o acrílico CN, permitindo uma reprodução de formas muito mais detalhada no caso de peças delicadas.

07

07

COMPORTAMENTO AO ENVELHECIMENTO

NATURAL(Continuação)

Variação do índice de amarelecimento em função do tempo de exposição à intempérie.

PROPRIEDADES DO ACRÍLICO

Page 8: Manual Acrilico

08

08

PROPRIEDADES DO ACRÍLICO

OS ELEMENTOS DE DIFERENCIAÇÃO(Continuação)

PROPRIEDADES ÓPTICASO acrílico fundido possui uma qualidade superficial e uma pureza óptica ligeiramente superior ao acrílico extrudido.

UM MESMO CAMPO DE APLICAÇÕES

APLICAÇÕES COMUNSOs trabalhos existentes mostram que o acrílico Ex e CN podem, em numerosos casos, substituirem-se mutuamente. Mas, a escolha de um em detrimento do outro, deve ser tomada analisando, de acordo com a aplicação, a sua diferença de qualidade, das condições e custos de transformação.

AS POSSIBILIDADES DE RECICLAGEM

O TRATAMENTO DOS CORTESTanto o acrílico fundido como o extrudido podem ser reciclados. O tratamento dos recortes não apresenta nenhum problema particular no que se refere ao respeito pelo meio ambiente.

A reciclagem pode ser feita do seguinte modo:- os desperdícios de acrílico EX podem ser triturados e seguidamente injectados de novo ou extrusionados.- os desperdícios de acrílico CN, são desintegrados a elevadas temperaturas, resultando deste processo um produto destilado, permitindo a regeneração do monómero, em metacrilato de metilo.

A combustão das chapas acrílicas CN e EX não liberta nenhum gás tóxico ou corrosivo. No caso de não reciclagem, é pois possível eliminar as sobras por incineração depois de trituradas.

ARMAZENAMENTO DAS CHAPAS

As chapas devem ser armazenadas num local seco. Para reduzir a recuperação de humidade, é conveniente colocar uma cobertura de polietileno sobre as as chapas armazenadas.

É preferível armazenar as chapas na posição horizontal, sobre as paletes de entrega. Podem ainda ser guardadas em posição quase vertical, apoiando-as contra suportes contínuos inclinados a 80º, para evitar o aparecimento de curvaturas.

SegurançaOs limites das chapas, em particular das de reduzida espessura, apresentam frequentemente arestas cortantes. Por este motivo, aconselhamos o uso de luvas na sua manipulação.

ACRÍLICO CN vs. ACRÍLICO EX

PRINCÍPIOS DE TRANSFORMAÇÃO

Page 9: Manual Acrilico

Acrílico

Mesa

Serra Fluído de arrefecimento(ar comprimido ou água micronizada)

09

09

PRINCÍPIOS DE TRANSFORMAÇÃO

PELÍCULA DE PROTECÇÃOA PELÍCULA DE PROTECÇÃOAs chapas acrílicas fundidas e extrudidas, estão protegidas em ambos os lados por uma película de polietileno.

QUANDO RETIRAR A PELÍCULA?É aconselhável manter a película de protecção durante todas as fases de mecanização, com o fim de conservar a chapa em estado perfeito.

A película de protecção do acrílico CN deve ser retirada na sua totalidade antes do aquecimento e termoformagem. O aquecimento amplifica a aderência da cola existente na película dificultando a sua retirada.

Nos casos de moldagem, em que se pretende um bonito aspecto óptico, convém lavar previamente as chapas com água tépida e secá-las com um pano suave.

O aquecimento das chapas EX não apresenta nenhum risco para a película de protecção. Por tanto, a película pode ser mantida durante as operações de aquecimento e termoformagem.

Convém verificar o bom estado de conservação da película, isto é, que a mesma se encontra isenta de defeitos de superfície (riscos, borbulhas, picadas), que podem marcar a peça.

MECANIZAÇÃO

O acrílico possui uma dureza compreendida entre a da madeira e do ferro, estando bastante próxima da do latão ou das ligas metálicas ligeiras. Pode ser trabalhado com máquinas para madeira ou máquinas utilizadas em mecânica (corte, fresa, torno, berbequim).

ARREFECIMENTO DURANTE A MECANIZAÇÃOUma mecanização demasiado longa provoca aquecimentos localizados anormais, geradores de tensões internas, as quais necessitam ser relaxadas mediante um tratamento em estufa. Estas tensões, quando não tratadas, provovam o aparecimento de pequenos pontos de fragilidade, que podem desenvolver-se posteriormente sob a acção de dissolventes (por exemplo durante a colagem ou pintura). O aquecimento excessivo do material durante a mecanizaçõ pode ser evitado observando os seguintes princípios:

- asperção de água misturada com 2% de óleo de corte (óleo solúvel) , ou projecção de um pequeno jacto de ar comprimido ou ainda uma micronização de água frente ao corte.- boa evacuação das particulas.- ferramentas correctamente afiadas.

O acrílico EX é mais sensível ao sobreaquecimento do que o acrílico CN e como tal deve ser mecanizado com ferramentas perfeitamente afiadas e sob um arrefecimento eficaz.

SegurançaAs diversas acções de mecanização do acrílico podem provocar a projecção de partículas duras e afiadas. Recomenda-se a utilização de óculos de protecção durante todas estas operações.

Page 10: Manual Acrilico

Suporte

Régua

Acrílico

CORTAR O acrílico pode ser cortado com ferramentas muito rudimentares, como o serrote para metais (não aconselhado para o acrílico EX), ou muito sofisticadas como o laser. Habitualmente, utilizam-se serras circulares para corte rectilíneos e serras de cinta ou fresas para outros cortes.

CORTE MANUALPara pequenos trabalhos, pode utilizar-se um serrote para metais equipado com uma serra para metais ligeiros. Porém, este procedimento não se aconselha, já que se trata de uma operação delicada e demorada cujo resultado não apresenta muita qualidade.

Com espessuras finas (inferiores ou iguais a 3 mm), o acrílico pode ser cortado através de un gancho para estratificado pressionando fortemente a chapa pelo risco de modo rectilíneo, seguidamente exerce-se pressão em ambos os lados do risco.

SERRAS ELÉCTRICAS - SERRA DECINTAEste tipo de serra permite o corte de curvas mas produz cantos muito perfeitos e obriga a um importante trabalho de acabamento se se deseja um polimento perfeito. Este tipo de serra é utilizada para cortar as peças antes da moldagem ou para cortar as peças moldadas antes do acabamento.

Também se pode utilizar para o corte de blocos grossos.

Podem-se utilizar todas as máquinas de carpintaria com uma velocidade linear compreendida entre 15 e 25 m/s.

Ângulo de corte 90º

Espessura a serrar

Número de dentes por cm

< 15 mm 15 a 30 mm

5 dentes /cm 4 dentes /cm

La

rgu

ra d

a fo

lha

10

a 3

0 m

m

Espessura da folha0,8 a 1,2 mm

0,2

mm

Exemplo de serra de cinta em aço com dentes alternados.

SERRAS ELÉCTRICAS - SERRA CIRCULAR DE PONTAS DE CARBONOOs seus discos não necessitam ser afiadas muitas vezes, porém o acabamento do corte é menos perfeito do que o obtido com os discos de aço rápido.

Dentes de pontas alternadas. - Um dente por centímetro.

10

10

PRINCÍPIOS DE TRANSFORMAÇÃO

Page 11: Manual Acrilico

11

11

Velocidade periférica 3 000 m/ min Velocidade de avanço = 5 - 6 m/min

α = 10º /15ºγ= 0º /-5º γ

α

SERRAS ELÉCTRICAS - SERRA CIRCULAR DE AÇO RÁPIDOPermite um corte recto e preciso. Os limites ficam ligeiramente despolidos, podendo readquirir o seu brilho após um ligeiro polimento.

A máquina de mesa móvel e motor fixo é preferível ao carro motor/ serra móvel sobre uma mesa fixa.

PRINCÍPIOS DE TRANSFORMAÇÃO

Disco com dentes salientes de material duro reforçado (carbono). Forma recta ou trapedoizal alternada.

Velocidade periférica 3 000 m/ min Velocidade de avanço = 4 - 6 m/min

α = 30º /40ºγ= 0º /-4º

γ

α

Os dentes estão dispostos numa forma radial (o lado de ataque passa pelo centro) e inclinados para formar um ângulo de 45º no vértice do dente.

O dente não tem travamento porém a serra possui um desvio de cerca de 0,2% em cada lado. Espaçamento de 2 a 5 dentes por centímetro, de acordo com o acrílico que se pretende cortar.

É aconselhável o arrefecimento com água misturada com óleo “solúvel”.

Disco de aço rápido ou super rápido. Dentes alternados.

C N E X

T E M P E R A T U R A D E A QU EC I M E N T O

T e m p . m í n im a ( ºC ) 130 140

T e m p . m á xi m a (º C ) 200 190

L i m it e s a c o n s e l h a do s ( º C ) 165 +/- 190 160 +/- 175

T E M P E R A T U R A D E A R R EF E C IM E N T O

E s t u f a ( m i n / m m ) 3 +/- 4 2,5 +/- 3

Condições mé dias de aquecimento das chapas

Regimen de rotação calculado em função do diâmetro do disco.

CORTE COM RAIO LASEREste procedimento tem numerosas vantagens:

- permite reproduzir a maioria das formas com uma precisão excepcional.- produz poucas sobras.- fornece limites com excelente aspecto, que geralmente necessitam de pouco ou nenhum polimento no acabamento.

Não obstante induz constrangimentos importantes que precisam um recozimento antes de qualquer contacto com dissolventes.

CORTAR(Continuação)

Page 12: Manual Acrilico

FURAR FURADORAS, BROCAS E PONTASO furo pode ser feito através de furadores fixos ou móveis que utilizam brocas standards de aço rápido, super rápido ou de carbono, afiadas especialmente para o acrílico. A perfuração pode ainda ser feita com pontas cónicas “Drill File”.

Velocidade periférica =30 - 50 m/minVel. de avanço = 0,05 - 0,1 m/min

γ

ϕφ

α

β

βϕα γ= 3º /8º

= 60º /90º = 12º /16º= 0º /4º

Tendo em conta as características do acrílico, aconselha-se amolar a aresta da broca paralelamente ao seu eixo.

A broca deve ser limpa de forma regular, para facilitar a evacuação das particulas e limitar o aquecimento prejudicial ao acrílico. Para obter um bonito aspecto das paredes, é aconselhável realizar o furo com brocas de carboneto sob lubrificação intensa.

Brocas de aço rápido, super rápido ou de carbono.

Ponta cónica tipo “Drill File”.

Broca normal. Broca especialmente afiada para o acrílico.

CORTAR(Continuação)

12

12

PRINCÍPIOS DE TRANSFORMAÇÃO

Page 13: Manual Acrilico

13

13

PRINCÍPIOS DE TRANSFORMAÇÃO

Vp = 100 m/min

10000

Velocidade (rpm)

Diâmetro do furo (mm).

9000

8000

7000

6000

5000

4000

3000

2000

0

1000

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

Vp = 30 m/min

Vp = 50 m/min

De acordo com as diferentes velocidades peiféricas: regime de rotação (em rpm) em função do diâmetro do furo.

RUPTURA FÁCIL

0,4

Velocidade periférica (m/min)

0,3

0,2

0

0,1

0 25 50 75 100 125

ÓPTIMO

RE-AQUECIMENTO

Ava

nço

(m

m/r

ev.

)

Condições óptimas de perfuração: velocidade óptima de avanço em função da velocidade periférica.

FURAR(Continuação)

Serra de extracção Para furos de grande dimensão, aconselha-se a utilização de serras de extracção, fresas de copo do tipo Milford ou fresas de cabo.

Vr = 1000 rpmVa = 0,15 mm/rev.

Eixo de rotação.Corte AA

4º4º

4º85º

A A

70 mm

Detalhe do trepano

TrepanoOs furos de diâmetro muito grande podem ser realizados com trepano ajustável. Para maiores espessuras, a operação realiza-se em duas fases dando a volta à chapa.

Fresa de copo do tipo Milford.

Esquema de princípio do trepano ajustável; perfil das ferramentas de corte.

Page 14: Manual Acrilico

0º a 25º

7º a 12º

TORNEAR O acrílico pode ser trabalhado como os metais ligeiros através de ferramentas usuais, à maior velocidade de rotação possivel e com um avanço lento.

FRESAR REBAIXAMENTOUtilizam-se máquinas de broca vertical, portáteis ou em posto fixo, equipadas com fresas cilindricas de um ou vários gumes de aço carbono, monobloco de preferência.

A velocidade de rotação está compreendida entre 15 000 e 25 000 rpm. Aconselha-se a irrigar a chapa.

ACABAMENTO DOS CORTESAs fresadoras, plainas ou tupias permitem efectuar acabamentos nos cortes. Para a obtenção de um polido perfeito é necessário um polimento posterior.

Pode-se obter um aspecto polido numa só etapa através da utilização de ferramentas diamantadas, montadas em máquinas especiais em posto fixo.

PRODUÇÃO DE RANHURASPode realizar-se com uma serra circular ou uma tupia de carpinteiro, ou inclusivé com uma fresadora equipada com fresas de diversos perfis.

GRAVAR Realiza-se usualmente através de fresadoras montadas sobre pantógrafos, equipadas com fresas de pequeno diâmetro (2 a 6 mm) de perfis diversos.

Por outro lado, as máquinas de corte por raio laser permitem a gravação mercê da limitação em profundidade da acção do raio.

SUAVIZAR É necessário rectificar os cortes brutos ou suprimir pequenos defeitos de superfície, tais como riscos. Para tal pode-se utilizar uma lixa de água molhada, podendo ser realizado quer à mão quer por meio de uma polidora de disco, ou inclusivé com uma rectificadora de cinta. Neste último caso, a velocidade aconselhada da cinta é de 10 m/s. O lixar deve ser realizado sob irrigação de água, para limitar o aquecimento da matéria.

14

14

PRINCÍPIOS DE TRANSFORMAÇÃO

Page 15: Manual Acrilico

15

15

SUAVIZAR(Continuação)

PRINCÍPIOS DE TRANSFORMAÇÃO

POLIRPOLIMENTO POR ABRASÃODepois de lixado com lixa fina, o polido permite devolver à superfície o seu brilho inicial. Pode ser realizado à mão ou mediante procedimentos mecânicos.

POLIMENTO POR ABRASÃO - POLIMENTO MANUAL Necessita de um pano macio e de um agente polidor. Utilizaremos o Polish Altuglas N.º 1, ou o N.º 1 seguido do N.º 2, de acordo com o grau de polimento pretendido.

POLIMENTO POR ABRASÃO - POLIMENTO MECÂNICOAlgumas máquinas de corte utilizam ferramentas diamantadas que permitem a obtenção de um polimento directo. Nos casos mais frequentes, este polimento dos cortes é feito com uma polidora de cinta alcatifada ou através de discos de algodão ou de flanela, com massa de polir.

O polimento das superfícies planas requer o uso de máquinas portáteis de discos, equipadas com coberturas de feltro ou de pele de borrego, embebidas em Polish Altuglas.

Depois de polido, a aplicação do Cleaner Altuglas permite eliminar as marcas de dedos e da manipulação. Melhora o brilho e confere um certo carácter anti-estático que diminui a absorção de pó e a frequência de manutenção.

POLIMENTO COM CHAMAEsta técnica consiste em submeter os cortes da mecanização do acrílico fundido a uma chama de alta temperatura, limpa e operando sobre uma zona restrita. Um tempo de exposição muito curto da chama sobre a zona que se pretende tratar produz a sua fusão sem inflamação. A matéria fundida arrefece extendendo-se perfeitamente. Se a mecanização foi realizada com ferramentas que produzem cortes muito regulares, a passagem da chama permite obter superfícies polidas e brilhantes. Caso contrário, torna-se necessário proceder a um alisamento prévio.

O polimento com chama é um método muito rápido, porém requer alguns cuidados especiais.

As superfícies que se pretendem polir devem estar rigorosamente limpas e isentas de qualquer contaminação. Em particular, evitar todo o contacto com os dedos. Por último, este método induz o acrílico a tensões muito elevadas, pelo que é necessário

Page 16: Manual Acrilico

POLIR(Continuação)

relaxar o material através de um recozimento antes de o pintar ou serigrafar. Apesar deste recozimento, o material, nas zonas polidas com chama, apresenta riscos de microfissuração que não devem ser descurados.

Esta técnica não deve ser aplicada para o acrílico extrudido.

O material utilizado com maior frequência é o maçarico oxiacetilénico, com uma temperatura da chama na ordem dos 2.700 a 2.900 ºC.

A chama deve estar ajustada com um excedente de oxigénio (chama oxidante).

1 Dardo2 Zona necesária para polir o acrílico (3 a 5 cm)

Escala de temperatura

em funçãoda distância 0 5 10 15 cm

31

00

ºC

29

50

ºC

28

50

ºC

27

00

ºC

24

00

ºC

12

TERMOMOLDAR SEGURANÇAEm certos procedimentos de moldagem descritos a seguir, dilatam-se as chapas quentes, expondo uma face ao ar livre (por aspiração ou pressão de ar). A ruptura brutal (apesar de ser rara) de uma chapa durante a moldagem pode apresentar riscos para o pessoal situado na zona circundante. É necessário prever protecções que impeçam a projecção de pedaços eventualmente cortantes.

A operação de termomoldagem é composta de três fases: o aquecimento, a moldagem e o arrefecimento.

Aquecendo a uma temperatura adequada, variável segundo os tipos, o acrílico amolece e adquire uma consistência elástica. Um molde apropriado permite então dar-lhe uma grande variedade de formas. Depois de arrefecido, volta a encontrar a sua rigidez inicial conservando a forma que lhe foi induzida.

Quando uma peça de acrílico CN não apresenta a forma exactamente desejada, pode ser novamente aquecida para correcção, ou pode-se voltar a utilizar. Uma operação desta índole é mais difícil com o acrílico EX.

É absolutamente necessário retirar a película de protecção do acrílico CN antes do seu aquecimento e termomoldagem. De facto, o aquecimento amplifica a aderência da cola existente na película de protecção dificultando a sua retirada.

Este efeito não se verifica com a película de protecção do acrílico EX. Não obstante, apenas se deixará a película durante o aquecimento/ termomoldagem se a mesma está isenta de defeitos de superfície (picadas, riscos, borbulhas) susceptíveis de marcar a peça.

Polimento com chama de maçarico oxiacetilénico.

SECAGEM PRÉVIA DO ACRÍLICO EX

Em caso de humidade, a secagem prévia do acrílico EX é indispensável. Esta operação deve ser efetuada num secador ventilado entre os 75 e 80 ºC durante um período de 1 a 2 horas por milimetro de espessura.

AQUECIMENTO ESTUFA COM CIRCULAÇÃO DE AR QUENTETrata-se do único modo de aquecimento aceitável para peças que requerem propriedades ópticas elevadas e para espessuras superiores a 5 ou 6 mm. Permite a regulação do aquecimento e permite a manutenção das chapas CN em espera de moldagem. A fase de espera a alta temperatura é desaconselhada no caso do acrílico EX.

16

16

PRINCÍPIOS DE TRANSFORMAÇÃO

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AQUECIMENTO(Continuação)

AQUECIMENTO POR RADIAÇÃO INFRA-VERMELHAEste modo de aquecimento possui as seguintes vantagens:

- Reduzida inércia calorífica, que se traduz num funcionamento quase imediato.- Facilidade de deslocação (bandeja móvel que permite uma automatização da transferência).- Elevada rapidez de aquecimento, até 5 mm de espessura (1 minuto por milímetro em média).- Custo de instalação moderado para pequenas e médias superfícies.

Contudo, implica:- O aquecimento de uma só placa de cada vez.- Um pequeno ventilador, para controlo da temperatura.- Necessita de um aquecimento em duas fases, voltando o acrílico, quando o mesmo possui espessura igual ou superior a 5 mm (ou aquecimento simultâneo em ambos os lados).

PRINCÍPIOS DE TRANSFORMAÇÃO

Elemento I.V. - de cerâmica Elemento I.V. - de fundição

Elementos I.V. - de 250 a 450 W de potência

Acrílico

Altu

ra =

150

a 2

50

mm

Estufa de bandeja com elementos infra-vermelhos

DIFERENÇAS DE COMPORTAMENTO RELATIVAMENTE AO AQUECIMENTO Durante o primeiro aquecimento, as chapas acrílicas apresentam uma contracção, que deve ser tomada em conta no dimensionamento das peças de desbaste. Para o acrílico CN, esta contracção apresenta um máximo de 2%, sendo homogénea em todas as direcções. Para o acrílico EX, pode alcançar entre 3 e 6% segundo a espessura no sentido da extrusão, contra 0,5 a 1% no sentido transversal.

Graças às suas propriedades intrínsecas particulares, o acrílico CN pode suportar heterogeneidades de aquecimento que pode alcançar 10 a 15ºC na superfície de uma mesma placa, sem que a qualidade final seja afectada. Por seu lado o acrílico EX deve ser aquecido de uma forma muito homogénea: diferenças superiores a 5ºC

TEMPO DE AQUECIMENTO As durações e temperaturas de aquecimento variam em função do tipo de chapa acrílica e do modo de aquecimento.

C N EX

T E M P E R A T U R A D E A QU EC I M E N T O

Temp. mínima ( ºC) 130 140

Temp. máxima (ºC) 200 190

Limites aconselhados ( ºC) 165 +/- 190 160 +/- 175

T E M P E R A T U R A D E A R R EF E C IM E N T O

Estufa (min/mm) 3 +/- 4 2,5 +/- 3

Painéis de raios infra-vermelhos

1 painel de 2,2 Watts/cm 2 (seg/mm) 42 +/- 52 38 +/- 45

1 painel de 3,5 Watts/cm2 (seg/mm) 24 +/- 32 22 +/- 27

Condições mé dias de aquecime nto das chapas

Page 18: Manual Acrilico

AQUECIMENTO(Continuação)

podem induzir tensões consideráveis. Na fase de aquecimento, as diferenças de contracção longitudinal e transversal provocam deformação da chapa caso a mesma não se encontre apoiada sobre um chassi.

Num secador horizontal, o acrílico EX tem tendência a aderir às superfícies metálicas. Portanto, as bases de suporte devem estar protegidas por revestimentos fluorados ou siliconados aplicados por empresas especializadas de revestimentos.

As chapas extrudidas têm tendência a curvar, alargar e inclusive quebrar. Por conseguinte desaconselha-se vivamente a secagem vertical.

TEMPO DE MOLDAGEMA duração da moldagem varia com a natureza do produto, as condições térmicas e a complexidade da peça que se pretende obter. O ponto preponderante para a qualidade da peça é o tempo decorrido entre a saída da estufa da chapa quente (ou da paragem do aquecimento por infra-vermelhos) e o final efectivo da moldagem. Os diagramas seguintes apresentam as durações máximas de moldagem em função da temperatura, para as chapas acrílicas fundidas. Indicam ainda as zonas em que se torna perigoso ou mesmo impossível moldar o material. Neste caso, as microfissuras induzidas (crazing) resultam das tensões extremas às quais o acrílico se encontra submetido, devido a condições térmicas inadaptadas.

Para documentar este fenómeno, em laboratório mergulhamos em etanol a 95% durante 15 minutos amostras provenientes das partes mais dilatadas. Se a matéria possuir tensões internas anormais, essas amostras quebram.

160

140

130

120

80

60

40

20

0140 150 160 170 180 190 200 210

Temperatura (ºC).

Pre

sen

ça fo

ra d

a e

stu

fa. Te

mp

o (

seg

.).

INDEFORMÁVEL

MICRO-FISSURAÇÃO

MOLDAGEM

160

140

130

120

80

60

40

20

0140 150 160 170 180 190 200 210

Temperatura (ºC).

Pre

sen

ça fo

ra d

a e

stu

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seg

.).

INDEFORMÁVEL

MICROFISSURAÇÃO

MOLDAGEM

AM

OL

EC

IME

NT

O E

XC

ES

SIV

OD

A P

LA

CA

Zona de moldagem: acrílico CN em 3 mm.

Zona de moldagem: acrílico EX em 3 mm.

DIFERENÇAS DE COMPORTAMENTO À TERMO-MOLDAGEMInclusivé a 170ºC é necessário aplicar fortes cargas sobre o acrílico CN para induzir deformações. Contudo, estas cargas devem ser aplicadas de forma progressiva, já que uma tensão demasiado forte podería provocar uma ruptura.Inversamente, o acrílico EX requer menos cargas para deformar-se e presta-se mais facilmente a termo-moldagens que implicam múltiplos detalhes e arestas vivas.

18

18

PRINCÍPIOS DE TRANSFORMAÇÃO

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19

19

Molde

Acrílico

Cobertura

Pesos de pressão

FABRICAÇÃO DOS MOLDES

As matrizes, e eventualmente os moldes utilizados, podem ser de diversos materiais tais como a madeira, gesso, alumínio ou aço, as resinas poliésteres ou epóxidas reforçadas ou carregadas.

Para reduzir ao máximo as tensões da moldagem, recomenda-se o aquecimento das matrizes e dos suportes de contenção a uns 70ºC para o acrílico CN e 60ºC para o acrílico EX.

MOLDAGEM SIMPLES DE SUPERFÍCIES

A chapa acrílica corta-se de acordo a forma desenvolvida, tendo em conta a contracção previsível (acrílico CN: 2% sobre a longitude e largura; acrílico EX: respectivamente 3 a 6% ou 1%, de acordo com a direcção). Coloca-se a chapa aquecida sobre a forma e mantém-se com uma cobertura para evitar qualquer risco. Convém realizar um arrefecimento progressivo.

Acrílico

Calços

Molde

PRINCÍPIOS DE TRANSFORMAÇÃO

Acrílico

Molde Molde

Punção

TERMO-MOLDAGEM DE FORMAS NÃO

DESENVOLVIDAS

ASPIRAÇÃO LIVREPara formas de simetria perfeita, parecidas a um capacete esférico ou oval, o molde pode limitar-se a um moldura ou disco que se coloca sobre uma cuba de vácuo. Neste caso, a parte moldada não experimenta nenhum contacto, nehuma fricção e não se arrisca a ser marcada. Combinada com certos utensílios, esta técnica permite formas complexas, tais como as descritas mais abaixo.

Page 20: Manual Acrilico

TERMO-MOLDAGEM DE FORMAS NÃO DESENVOLVIDAS(Continuação)

Aspiração

Acrílico

Aro de sujeição

Cuba devácuo

Aro de molde

Impressão

Acrílico

Arode sujeição

Arode molde

Aspiração

SOPRO LIVREA instalação - muito simples - consiste numa bandeja que inclui a introdução de ar comprimido protegida por um difusor, evitando a projecção de ar fresco sobre o acrílico quente. A hermeticidade obtém-se bloqueando a chapa contra a bandeja através de um aro ou um suporte.

Aspiração livre numa cuba.

Aspiração livre numa cuba vom rasto de fundo.

Ar comprimido

Acrílico

Difusor

Apertomecânico

Apertomecânico

DETERMINAÇÃO DAS ESPESSURAS NAS ZONAS ALONGADASO esquema seguinte representa o corte de uma cúpula produzida por aspiração ou sopro livre. A espessura final no topo da cúpula é sensivelmente inferior à espessura inicial da chapa.

Sopro livre com difusor.

Espessura inicial

Espessura final

Acrílico

h

D

Redução da espessura no topo de uma clarabóia produzida por aspiração ou sopro livre.

20

20

PRINCÍPIOS DE TRANSFORMAÇÃO

Page 21: Manual Acrilico

TERMO-MOLDAGEM DE FORMAS NÃO

DESENVOLVIDAS (Continuação)

Quanto mais se estende a chapa maior é a redução da sua espessura no pico da curva. O esquema abaixo, indica para os acrílicos CN e EX, a relação entre a redução da espessura e o índice de distensão da chapa. A redução da espessura apresenta-se nas ordenadas, pela relação espessura final/espessura inicial. O índice de deformação está ilustrado nas abcissas, pela relação altura/diâmetro. Estas curvas são válidas para as cubas de base quadrada.

0,2

0,3

0,4

0,5

0,7

0,9

0,6

0,8

1

0,550,50,40,20,10 0,05 0,15 0,25 0,3 0,35 0,45

Relação altura da cúpula/ diâmetro da base

Esp

ess

ura

no

cu

me

da

pu

laE

sp

ess

ura

inic

ial d

a c

ha

pa

Acrílico EX

Acrílico CN

21

21

PRINCÍPIOS DE TRANSFORMAÇÃO

Quadro da estensão do acrílico em sopro ou aspiração livre. Evolução do índice de redução da espessura em função do índice de deformação.

Exemplo: Fabricação de clarabóias com 50cm de altura e 125 cm de diâmetro na base, com chapas de 4 mm de espessura.

A relação altura/diâmetro = 50/125 = 0,40. No gráfico pode-se verificar uma relação espessura final/espessura inicial próxima de 0,42 no acrílico EX e de 0,46 no acrílico CN. A espessura no pico da clarabóia será de 4 x 0,42 = 1,7 mm para o acrílico EX e de 4 x 0,46 = 1,8 mm para o acrílico CN.

ASPIRAÇÃO COM MOLDEUtiliza-se um molde côncavo e ôco com a forma exterior da peça que se pretende obter. Depois de aquecida, a chapa acrílica submete-se rapidamente e estanca no limite do molde, por meio de um aro ou suporte de forma apropriada. Produz-se vácuo no molde e a chapa adapta-se ao molde.

Vácuo

Acrílico

apertomecânico

Molde

apertomecânico

Aspiração com molde.

Page 22: Manual Acrilico

TERMO-MOLDAGEM DE FORMAS NÃO DESENVOLVIDAS (Continuação)

SOPRO SOB PRESSÃO COM MOLDE FÊMEAPor causa das pressões implementadas, é necessário prever moldes muito rígidos, geralmente metálicos, de madeira dura ou de resina epóxida. Respiradouros dispostos nos extremos permitem a evacuação do ar.

Para obter boa hermeticidade e impedir deslizamentos, a chapa acrílica deve estar bem apertada. Uma ligeira lubricação do molde, por exemplo com parafina, permite uma melhor distribuição dos movimentos de dilatação e facilita a desmoldagem. Os riscos de marcas são muito mais elevados na face que se encontra exposta ao ar sob pressão. Dependendo dos casos, em função do aspecto e apresentação pretendida, a moldagem por sopro faz-se através de molde ôco ou em relevo.

Exemplo: Uma bandeja produz-se, preferencialmente, com um molde ôco e letras ou motivos de painéis publicitários em molde de relevo.

Aperto mecânico

Chapa acrílica

Ar comprimido

Respiradouros

Se se pretende, uma parte do molde negativo pode subsistir sob forma de uma contra-molde para acentuar o relevo.

Aperto mecânico

Acrílico

Aro demolde

Molde macho

Ar comprimido

Aperto mecânico

Respiradouros

Chapa acrílica

Moldagem por punçãoFaz-se baixar, sobre o acrílico quente, um molde macho com a forma interior da peça, aplicando uma reduzida pressão.

Moldagem com molde ôco.

Moldagem com molde em relevo.

Moldagem por embutido simples.

22

22

PRINCÍPIOS DE TRANSFORMAÇÃO

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23

Aperto mecânico

Acrílico

Aro demolde

Molde macho

Contramolde

O molde não é necessariamente maciço. Pode ser aberto, possuindo apenas a armação que comporta os ângulos da peça pretendida. A restante superfície obtém-se mercê da tensão do acrílico durante o arrefecimento.

Aperto mecânico

Acrílico

Aro de molde

Molde(esqueleto)

MÉTODOS COMBINADOS SOPRO / ASPIRAÇÃO / PRENSAGEM

ASPIRAÇÃO E VÁCUO SOBRE UM MOLDEEste procedimento é aplicado sobretudo ao acílico CN, que possui memória elástica. Consiste em retirar, por aspiração, todo o ar de uma cuba de vácuo (a: primeira fase), para além da forma que se pretende realizar. Em seguida baixa-se um molde sobre a forma aspirada (b: segunda fase); por fim repõe-se o ar e por elasticidade o acrílico adapta-se ao molde (c: terceira fase).

MOLDAGEM COM MOLDE ÔCO E EM RELEVOEste procedimento apresenta o inconveniente de marcar ambas as faces da peça. Portanto é raramente utilizada.

TERMO-MOLDAGEM DE FORMAS NÃO

DESENVOLVIDAS (Continuação)

Moldagem embutida com molde e contra-molde.

Moldagem embutida com molde esqueleto.

PRINCÍPIOS DE TRANSFORMAÇÃO

Page 24: Manual Acrilico

EMBUTIDO E SOPRO COM MOLDENuma primeira fase, estende-se a chapa quente com o apoio de um molde punção até ao fundo do molde. Depois ajusta-se a chapa às paredes do molde com recurso à pressão do ar.

Aperto mecânico

Acrílico

b b

c

c a

a 1ª fase: formação de uma bolha por aspiraçãob 2ª fase: colocação do molde na cavidade formadac 3ª fase: reposição do ar livremente; o material adapta-se ao molde

Acrílico

Aperto mecânico

a 1ª fase: subida do punçãob 2ª fase: entrada de ar comprimido

a b

RespiradourosPunção

ASPIRAÇÃO E SOPROA mesma cuba serve para exercer o vácuo e posteriormente a pressão. Ao atingir a deformação máxima, o molde baixa sob a forma aspirada. Seguidamente quebra-se o vácuo e então, por elasticidade, a chapa adquire a forma do molde. Por fim, exerce-se pressão por meio de ar comprimido para que o acrílico se adapte perfeitamente a todas as partes do molde. Por razões de memória elástica, já focadas, este procedimento aplica-se principalmente ao acrílico CN.

Aperto mecânico

Acrílico

b b

c

c + d

a

a 1ª fase: formação de uma bolha por aspiraçãob 2ª fase: colocação do molde na cavidade formadac 3ª fase: reposição do ar livremente; o material adapta-se ao molded 4ª fase: entrada de ar comprimido para um melhor ajustamento

Moldagem composta: aspiração/ molde.TERMO-MOLDAGEM DE FORMAS NÃO DESENVOLVIDAS (Continuação)

Embutido e sopro com molde.

Embutido e sopro com molde.

DOBRAR/ QUINAR Quando a peça a produzir apenas possui pequenos vincos, separando superfícies planas, é preferível não aquecer a totalidade da chapa para não afectar a sua superfície plana.

O método consiste em aquecer localmente o acrílico ao longo da geratriz da dobra com recurso a uma ou várias resistências caloríficas eléctricas rectilíneas. Uma resistência constituída, por exemplo, por um fio de niquel/crómio mantido tenso

24

24

PRINCÍPIOS DE TRANSFORMAÇÃO

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DOBRAR/ QUINAR(Continuação)

através de uma mola ou um contrapeso, alimentado com baixa tensão (24- 48 volts).

PRECAUÇÕES AO PROCEDER À DOBRAGEM/ QUINAGEMPara limitar as tensões na zona de dobragem, convém observar algumas precauções, a saber:

- Limitar o aquecimento intenso unicamente à zona de dobragem; não ultrapassar os 70 a 80ºC nas zonas imediatamente circundantes. O ideal seria, e isto é possível graças ao seguinte dispositivo, colocar sobre a chapa, em ambos os lados do fio calorífico e paralelamente a este, duas caixas metálicas rectangulares, pelas quais circula água fria. A sua separação modular permite ajustar a largura da zona que se pretende aquecer. As paredes metálicas (alumínio ou inox) e a circulação da água fria no seu interior permitem uma redução rápida do calor sobre o acrílico nas zonas onde elas se encontram colocadas. Portanto permitem limitar o aquecimento estritamente à zona desejada.- Executar uma ranhura em forma de V para dobragem de ângulos estreitos e para fortes espessuras.- Aquecer uma zona tanto maior quanto mais espessa é a placa. No caso de uma dobra de ângulo recto, a largura desta zona alcança umas 5 vezes a espessura.- Elevar a temperatura do material ao ponto da dobragem poder ser feita sob a mais baixa carga possível. A título indicativo: 150 a 170ºC. Um só dispositivo com um fio calorífico e 2 caixas com água bastam geralmente para chapas até 5 mm de espessura. Com espessuras superiores são necessários dois dispositivos simétricos em ambos os lados da chapa.

4

4

4

4

12

2

3

3

3

1 chapa de acrílico2 fios de aquecimento3 caixas de arrefecimento4 circulação de água fria

3

Esquema dos dispositivos de aquecimento.

- Realizar a dobragem sem submeter a matéria a choques térmicos excessivos, em particular utilizando moldes de madeira.- Deixar arrefecer o produto naturalmente na sua forma.

Apesar destas precauções, a dobragem induz tensões internas elevadas. Também aqui se impõe uma pré-secagem antes de entrar em contacto com dissolventes, ou a colocação em serviço em condições de fortes solicitações.

ARREFECERPRECAUÇÕES AO PROCEDER AO ARREFECIMENTO- Para uma conservação perfeita da forma impressa, o produto deve continuar na matriz até que tenha arrefecido para temperaturas inferiores a 80 e 70ºC para o acrílico CN e EX respectivamente.- O arrefecimento deve ser o mais longo e uniforme possível para reduzir ao máximo as tensões internas.- Nas peças em acrílico EX convém praticar um acondicionamento térmico de relaxamento das tensões antes de as colocar em contacto com dissolventes, películas adesivas, pinturas ou tintas serigráficas.

PRINCÍPIOS DE TRANSFORMAÇÃO

Page 26: Manual Acrilico

ERROS A EVITAR Para obter um óptimo resultado, convém evitar certas anomalias de aplicação.

RISCO DE FISURAÇÃO OU DILACERAÇÃO DA PEÇA- um produto demasiado quente ou demasiado frio,- uma dilatação/ alongamento demasiado rápido,- um molde demasiado frio ou com limites demasiados agudos,- arrefecimento da matéria com jorro de ar local não difundido.

RISCO DE DISTORÇÕES ÓPTICAS- defeitos da superfícies do molde,- contacto da matéria com o molde a alta temperatura,- aquecimento superior a 190ºC,- molde demasiado frio,- arrefecimento da matéria com jorro de ar local mal difundido.

RECOZER ELIMINAÇÃO DAS TENSÕES INDUZIDAS NA MECANIZAÇÃO E MOLDAGEMSe as peças a colar foram alvo de uma mecanização importante ou se requerem uma grande estabilidade mecânica, é preferível recozê-las antes de as fundir. A finalidade desta operação é fazer diminuir as tensões internas criadas durante a mecanização ou moldagem. Sob efeito de dissolvente ou monómero, estas tensões poderiam provocar fissuras/ fendas na zona de colagem. Para relaxar estas tensões recomendamos um recozimento em estufa de ar ventilado.

DURAÇÕES E TEMPERATURAS DO RECOZIMENTOPara uma espessura igual, a duração da secagem é a mesma para peças planas relizadas a partir de chapas de acrílico fundido e extrudido. Apenas a temperatura varia: 85ºC para o acrílico CN e 75ºC para o acrílico EX. O tempo de permanência no secador é dado pela seguinte fórmula:

Duração do recozimento (em horas) = 2 + (0,225 x espessura (em mm)).

No caso das peças dobradas ou termo-moldadas, as temperaturas respectivas de recozimento devem reduzir-se em 15ºC para evitar deformações inoportunas, ou seja: 70ºC para o acrílico CN e 60ºC para o acrílico EX. O tempo de permanência das peças na estufa moldadas é dado pela seguinte fórmula:

Duração do recozimento (em horas) = 4 horas + (0,450 x espessura (em mm)).

A representação gráfica destas duas fórmulas, apresentada mais abaixo, permite uma leitura rápida dos tempos de permanência em função da espessura.

É importante que as peças arrefeçam na estufa, para não as submeter a novas tensões por choque térmico.

TEMPO DE RECOZIMENTOPEÇAS MOLDADASAcrílico CN a 70ºCAcrílico EX a 60ºC

TEMPO DE RECOZIMENTOPEÇAS PLANAS

Acrílico CN a 85ºCAcrílico EX a 75ºC

0 2 64 8 10 12 14 1816

Espessura (mm).

Du

raçã

o d

o r

eco

zid

o (

em

ho

ras)

.

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

Duração do recozimento.

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PRINCÍPIOS DE TRANSFORMAÇÃO

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MONTAGEMO acrílico é frequentemente aplicado em enquadramentos rígidos/ fixos, quer seja na sua forma plana original, quer seja sob forma curva obtida por curvagem a frio ou por temo-moldagem. Quer se trate de uma fixação em suporte rígido ou numa intersecção em perfis de fixação, é necessário respeitar algumas precauções elementares com o intuito de evitar rupturas ou deformações inoportunas com o tempo.

INCOMPATIBILIDADE COM OUTROS MATERIAISO acrílico não deve ser colocado em contacto com outros materiais plásticos não compatíveis, como por exemplo o PVC plastificado ou o betume de selagem de silicone que contenha ácido acético ou acetatos.

MONTAGEM

MONTAGEM EM PERFIS METÁLICOS

O coeficiente de dilatação do acrílico é cerca de 10 vezes o dos metais utilizados para o enquadramento. Convém considerar este facto no dimensionamento da chapa e manter espaços de dilatação sufucientes. Esta consideração aplica-se tanto nas medidas de corte em comprimento e largura como nos diâmetros dos furos para os dispositivos de fixação.

As chapas acrílicas são frequentemente encaixadas em perfis metálicos com recurso a borracha de butilo ou neopreno. Numa montagem desta natureza, convém ter o cuidado de deixar os espaços suficientes para os movimentos de contracção e dilatação do acrílico, e ter em conta, no caso do acrílico CN, as possíveis diferenças de espessura na mesma chapa.

A espessura da chapa deve ser suficiente para assegurar a sua rigidez sob esforços, tais como, a pressão do vento ou um aquecimento por efeito de estufa.

CURVAR A FRIOOs acrílicos CN e EX podem ser facilmente curvados a frio, o que permite a sua aplicação em superfícies curvas. Contudo, é necessário respeitar um raio mínimo de curvatura para evitar que as chapas fiquem submetidas a um esforço permanente excessivo, que com o decorrer do tempo provoca microfisurações e inclusive rupturas.

Os valores mínimos de raio de curvatura são os seguintes:- 165 vezes a espessura do acrílico CN,- 150 vezes a espessura do acrílico EX.

COLARA colagem consiste em criar em ambas as partes a unir uma junta de polimetacrilato de metilo (PMMA). Este procedimento pode ser realizado através de uma solução de PMMA num dissolvente, evaporando-se este último na sua maior parte durante o endurecimento, pode ainda ser feito directamente com formação no local de PMMA ou ainda por polimerização. Esta operação equivale a reconstituir o acrílico em contínuo com as zonas adjacentes e assemelha-se a uma soldadura.

Em ambos os casos, a primeira fase consiste num “destempero” das partes a serem coladas, realizado quer pelo dissolvente evaporável das colas de dissolventes, como pelo dissolvente monómero das colas polimerizáveis.

Antes de efectuar a colagem, é indispensável relaxar as peças através de um aquecimento, por forma a reduzir as tensões internas eventualmente produzidas pela mecanização ou moldagem.

Depois de seca e endurecida a cola, à temperatura ambiente, aconselha-se também melhorar a eficácia da colagem através de um recozimento de 2 a 5 horas a cerca de 60ºC.

OS DIFERENTES TIPOS DE COLAS

COLAS DE CONTACTOTratam-se de dissoluções de uma quantidade geralmente reduzida de PMMA num

Page 28: Manual Acrilico

COLAR(Continuação)

dissolvente, e inclusive do próprio dissolvente puro. O tempo de endurecimento corresponde ao tempo de evaporação do dissolvente, evaporação que é raramente completa.

COLAS POLIMERIZÁVEISSão soluções mais ou menos viscosas PMMA, às quais se junta, no momento de aplicação, catalizadores que permitem polimerizar o monómero. Cria-se assim na junta uma matéria idêntica ao acrílico, mas de menor peso molecular. O tempo de endurecimento corresponde à realização da polimerização.

Em condições ideais, a resistência ao nível da junta, medida por exemplo através de um ensaio de tracção, alcança os 60 a 70ºC das prestações da matéria de origem contínua.

Esta relação varia de 10 a 35% no caso das colas de contacto.

SOLDAR A soldagem consiste em colocar em contacto duas partes e provocar na zona de contacto um amolecimento considerável. Esta técnica limita-se unicamente ao acrílico EX e pode realizar-se mediante numerosos procedimentos: gases quentes, lâminas quentes, indução, rediações, ultra-sons, alta frequência, vibração.

Outro método consiste em realizar esta soldadura por introdução e fusão de matéria. Neste caso, o procedimento pode ser aplicado ao acrílico CN.

Esta operação gera tensões internas muito importantes que obrigam a um recozimento.

A resistência dos pontos de soldadura varia ntre 10 e 40% do valor do próprio material.

DECORAÇÃO As técnicas mais correntes de decoração do acrílico são a serigrafia, a transferência a quente, a pintura com pistola ou a aplicação de películas de vinil colorídas. A escolha de um destes métodos depende da geometria das peças, do número de cores que se vão aplicar, da duração esperada de vida e de dados económicos tais como as quantidades desejadas ou custo de produção.

SERIGRAFIA A fama da serigrafia deve-se ao brilho dos mates, estabilidade a longo prazo e a possibilidade de termo-moldar depois de aplicação do revestimento. Requer superfícies perfeitamente planas.

PINTURA A pintura com pistola pode aplicar-se a superfícies já moldadas e permite secagens mais rápidas.

ADESIVOS As películas auto-adesivas de vinil necessitam de um cuidado particular relativamente à preparação das superfícies e aplicação. Convém verificar antecipadamente a sua compatibilidade com o acrílico. Não permitem a termo-moldagem posterior.

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MONTAGEM

DECORAÇÃO

Page 29: Manual Acrilico

PRINCÍPIOS DE TRANSFORMAÇÃO (continuação)

O acrílico oferece uma boa resistência à água, álcalis, soluções aquosas de sais inórgânicos. Certos ácidos diluídos, tais como os ácidos cianídrico e fluorídrico atacam o acrílico, assim como os ácidos sulfúrico, nítrico e crómico concentrados. Os dissolventes do acrílico classificam-se em três categorias:

- dissolventes muito activos: o monómero de metacrilato de metilo e os hidrocarbonetos clorados,- dissolventes menos activos: aromáticos, aldeidos, acetonas e estéres (acetatos),- dissolventes a quente: alcoóis.

O quadro seguinte apresenta a resistância do acrílico CN e EX em caso de contacto com diferentes fluídos a temperatura ambiente durantes períodos de duração variáveis que podem alcançar um ano ou mais. O comportamento foi determinado unicamente com chapas incolores. Classifica-se de satisfatório quando as amostras testadas não apresentam modificações aparentes, tais como inchaço, dissolução, quebras, fendas, fragilidade. O aparecimento de uma coloração ligeira pode produzir-se sem que o produto se considere danificado.

POLIMENTO DE ACABAMENTO

Antes de embalar e envasilhar as peças produzidas com acrílico CN e EX, a aplicação do Altuglas Cleaner permite eliminar as marcas de dedos e de manipulação. Melhora o brilho e retarda o depósito de pó. Não obstante, se as peças apresentam riscos acidentais, convém polir-las previamente com o Polish Altuglas utilizando um pano suave ou uma polidora.

CONSERVAÇÃO DAS PEÇAS PRODUZIDAS COM

ACRÍLICO

Os conselhos seguintes podem ser aplicados para a conservação.

Certos produtos em aerossol que servem para dar brilho aos móveis também podem ser utilizados para voltar a dar brilho ao acrílico.

Do mesmo modo, certos abrilhantadores de automóveis (polishes) permitem tratar pequenos riscos. Em qualquer dos casos, é indispensável verificar a compatibilidade com o acrílico realizando um teste prévio.

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ACABAMENTO

RESISTÊNCIA AOS AGENTES QUÍMICOS

% CN EX % CN EX

Á c id o s

Ac ético 10 IN AL Fosfórico 10 IN IN

Ac ético 100 AF AF Fosfórico 95 AF AF

But irico co ncentrado IN AF Láctic o 20 IN IN

Cítrico saturado IN IN Nitric o 10 IN

Clo rídrico 10 IN IN Nitric o c onc entrado AF

Clo rídrico co ncentrado IN Oxálico saturado IN IN

Crómico 10 AF Parac ético AF AF

Crómico saturado AF AF Sulfúrico 10 IN IN

Fluo ridrico AL AF Sulfúrico 30 AL AL

Fó rmico 10 IN IN Sulfúrico 90 AF AF

Fó rmico co ncentrado 90 AF AF Tartáric o saturado IN IN

Produtos al imentares

Azeite IN IN Vinho IN IN

Sumo s de frut as IN IN Vinagre IN IN

Leite IN IN

F e nó i s

Creso l (metil-f enol) AF AF M etacres ol AF AF

Feno l AF AF

ACRÍLICOACRÍLICOPRODUTOPRODUTO

Page 30: Manual Acrilico

% CN EX % CN EX

Óleos

Óleo de c oc o IN Lanolina IN IN

Óleo lubrif icante AF AF Oleato de Sódio IN IN

Óleos minerais IN IN Paraf ina IN IN

Estearat o de but ilo IN AL

A l co ó i s

Amílico puro AF AF Metílico 10 IN IN

Benzílic o puro AF AF Metílico 50 AL AL

Butílico puro AF AF Metílico puro AF AF

Etílico 30 AL AF Pro pílico 10 AL AL

Etílico em curto contacto 10 IN IN Pro pílico 50 AF AF

Etílic o anidrit o puro AF AF

Bases

Carbo nato de Sódio saturado IN IN Soluç ão de hidró xido de só dio 10 IN AL

Potássio 10 IN AL Soluç ão de hidró xido de só dio 50 AF AF

Potássio 50 AF AF

Gases

Ac etileno IN IN Cidade IN IN

Anidrido sulfuro so IN IN Hidro génio IN IN

Anidrido sulfúric o AF AF Oxigénio IN IN

But ano IN IN Ozono IN IN

Dió xido de carbo no IN IN Pro pano IN IN

Dissolventes e diversos

Ac etato de butilo AF AF Freon AF AF

Ac etato de etilo AF AF Etalato de butilo AL AL

Acetona AF AF Etalato de nonilo AL AL

Ac etaldeido AF AF Etalato de oc tilo AL AL

Benzo aldeido AF AF Gasó leo AL AL

Ac eto -anidrido AL AL Gaso lina norm al AL AL

Anilina AF AF Gaso lina Super 100 oc tanas AL AL

Benzeno AF AF Glicerina IN IN

Ciclo hexano AF AF M ercúrio IN IN

Clo rof órm io AF AF M etil-etil-c eto na AF AF

Clo reto de etilo AF AF Naftalina AL AL

Clo reto de metilo AF AF Perc loro etileno AF AF

Diclo roet ano AF AF Sulfato de etilo AF AF

Dietil-glic ol IN IN Sulfo reto de carbo no AF AF

Dio xano IN IN Terebentina IN IN

Éter etílico AF AF To lueno AF AF

Etil-amina AF AF Triclo roet ano AF AF

Etil-glico l IN IN Triclo roet ileno AF AF

Fosfato de Tricreseno AF AF Xileno AF AF

Água de c loro 2 AL AL Clo reto de pot ássio saturado IN

Água do mar IN IN Clo reto de só dio (s al co zinha) IN IN

Soluç ão s aturada de clo reto

de só dio IN IN Hipo clo rito de cálcio IN IN

Dicromato de potássio 10 IN IN Iodeto de pot ássio IN IN

Dicromato de sódio 10 IN IN Fosfato de sódio IN IN

Clo reto de amó nio saturado IN Nitrat o de am ónio IN IN

Clo reto de cálcio saturado AF AF Sulfato de co bre AF AF

Clo reto de ferro 10 IN Sulfato de ferro IN IN

Solução de sais minerais

ACRÍLICOACRÍLICOPRODUTOPRODUTO

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RESISTÊNCIA AOS AGENTES QUÍMICOS

Page 31: Manual Acrilico

PRINCÍPIOS DE TRANSFORMAÇÃO (continuação)

Legenda: IN - Inócuo; AL - Ataque Limitado; AF - Ataque Forte

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RESISTÊNCIA AOS AGENTES QUÍMICOS

% CN EX % CN EX

Água o xigenada 40 volum es IN IN Lexívia 10º cloro IN IN

Água o xigenada 90 volum es AF AF Lexívia 48º cloro AF AF

Am oní aco so lução co ncentrada AF AF M ercúrio -cro mo IN IN

Am oní aco so lução de

densidade 0,88 IN IN Tintura de io do AF AF

Formol 40 IN IN

ACRÍLICOACRÍLICOPRODUTOPRODUTO

Produtos desinfectantes e de l impeza