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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO
CAMPUS ANGICOS
DEPARTAMENTODE CIÊNCIAS EXATAS,
TECNOLÓGICAS E HUMANAS
CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL
THALLIS THAUAN AZEVEDO DE SOUSA
ESTUDO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
PROVOCADAS POR FALHAS EM IMPERMEABILIZAÇÃO
NA REGIÃO DO MÉDIO OESTE POTIGUAR
Angicos – RN
2015
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THALLIS THAUAN AZEVEDO DE SOUSA
ESTUDO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
PROVOCADAS POR FALHAS EM IMPERMEABILIZAÇÃO
NA REGIÃO DO MÉDIO OESTE POTIGUAR
Monografia, apresentada a Universidade Federal
Rural do Semi árido – UFERSA Campus Angicos,
para a obtenção do título de bacharel em
Engenharia Civil.
Orientador: Prof. Dra. Andreza Kelly C. Nóbrega –
UFERSA
Angicos – RN
2015
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Biblioteca Campus Angicos (BCA)
Setor de Informação e Referência
S725eSousa, ThallisThauan Azevedo de .
Estudo de manifestações patológicas provocadas por falhas
em impermeabilização na região do Médio Oeste Potiguar. /
ThallisThauan Azevedo de Sousa.– Angicos, 2015.
62f. :il.
Orientador: Prof. Dra. Andreza Kelly C. Nóbrega.
Monografia (Graduação em Engenharia Civil). –
Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Pró-Reitoria de
Graduação.
1.Construção Civil.2.Impermeabilização.3.
Manifestações Patológicas. I. Título.
RN/UFERSA/BCA/41-15
CDD:690.1
Bibliotecária: Rebeka Maria de Carvalho Santos Godeiro
CRB-15/432
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Agradecimentos
Primeiramente gostaria de agradecer aos meus pais, Leilson Pereira de Sousa e Edna Maria
Azevedo e minhas avós Maria Luzia da Conceição e Ana Maria de Moura, as quais tenho
grande estima, pois sempre em momentos difíceis estão ao meu lado me dando seu carinho,
sua força e seu suor para que eu pudesse sempre e ininterruptamente continuar a minha
jornada na universidade. É a estas pessoas que sou muito grato e dedico este trabalho, e
obrigado por sempre acreditarem na minha capacidade. A vocês agradeço eternamente por
tudo.
A meu irmão Thiago Azevedo de Sousa, meus Tios Francisco Edno Azevedo e José Hélio
Azevedo pelo apoio dado durante essa caminhada. Aos meus amigos Allisson Paulineli e Joel,
que durante toda essa jornada me serviram de coração me ajudando bastante nas minhas
locomoções e em meus problemas. Muito obrigado por estarem sempre ao meu lado.
Especialmente aos meus amigos Albert Franklin e Fernando Henrique, companheiros de
morada durante o curso e companheiros de vida também, ao lado dos mesmos vivenciei
diversas experiências das quais jamais esquecerei, nasceu ai uma amizade pra vida toda.
Aos meus amigos de sempre, Paulo Almeida, Cassio Moura, Luiz Wagner, Pedro Vinicius,
Allison Wendel, Marcos Vidal, Cilas Almeida, Danilo Dantas, Pablo Alves. Muito obrigado
por sempre estarem apoiando este sonho na qual almejo á cinco anos.
Aos amigos especiais que fiz na cidade de Angicos, Paulo Henrique, Dhyego Shongas,
Andrew Pinheiro, Felipe Alves, Neto Pinheiro, Yuri Sousa, Jailton Santos, Rayanne Sousa,
Lorena Almeida, Sarah Rangel, Luisa Dantas.
Aos amigos de estudo, Filipe Carlos, João Emanuel, Danielly Cristina, Ornella Lacerda,
Marcondes Segundo, Hellyson Gurgel, Jean Lazzaro, Augusto, Thalis Ginani e Jhessica
Marques.
A minha amiga Débora Almeida, que contribuiu diretamente para a construção desse trabalho,
sendo eu eternamente grato a mesma pois teve uma atenção especial para comigo da qual
jamais esquecerei.
Aos meus colegas de trabalho da empresa R e R Construções, Célio Marques, Alex Dantas,
Neto Gonçalves e Marcos Roberto, além de me ensinarem bastante me disponibilizaram
tempo para que eu pudesse realizar as atividades necessárias para a finalização deste trabalho.
A orientadora deste trabalho, Andreza Kelly que disponibilizou tempo e dedicação para me
orientar, pelas contribuições dadas para o engrandecimento deste trabalho, e pelo incentivo.
A todos os meus familiares e amigos na qual me esqueci de citar mais que de certa forma
contribuíram e torceram por minha vitória.
A todos vocês serei eternamente grato!
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“Uma só vida pra viver, Tenho sede,
nela eu vou”
“Alexandre Magno Abrão.”
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RESUMO
No contexto da construção civil uma etapa presente e não menos importante em uma obra é a
impermeabilização, que tem a finalidade de barrar a passagem da água pela alvenaria e
demais elementos construtivos e visa proteger a estrutura do contato direto com a umidade,
esse contexto provoca a ocorrência de manifestações patológicas provocando assim um déficit
tanto no conforto visual da edificação como também na segurança estrutural da mesma. O
presente trabalho tem por objetivo realizar uma pesquisa sobre os fatores que levam a
ocorrência de problemas estruturais advindos da falta ou falha na impermeabilização em
construções residenciais na região do Médio Oeste Potiguar, assim como a importância dos
cuidados necessários na sua execução para se ter uma melhor eficácia. Foi realizada uma
coleta fotográfica das residências que desenvolveram manifestações patológicas visando
identificar o tipo e quais os erros executivos que ocasionaram o aparecimento das mesmas. A
pesquisa baseou-se em comparar os métodos executivos aplicados na região com os
estabelecidos em norma visando identificar os erros ocorridos no processo e até formas de
correção para os problemas encontrados. A pesquisa pode constatar a total falta de interesse
em impermeabilizar por parte dos responsáveis pela construção das residências analisadas,
fato que se dá pela ocorrência de manifestações patológicas passiveis de correção, mas que no
entanto, geram retrabalho e prejuízo para o dono da residência.
Palavras-chave: Impermeabilização. Manifestações patológicas. Construção civil.
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Tabela 3 do item 7.4.2 da NBR 6118/2003 relacionando o fator água/cimento com a classe
do concreto............................................................................................................................................32
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Porcentagem de investimentos nas edificações............... ..................................................... 15
Figura 2: Custo de impermeabilização x quando é executada. ............................................................ 16
Figura 3: Quadro com características impermeabilização rígida. ........................................................ 17
Figura 4: Execução de membrana de asfalto a frio. ............................................................................. 19
Figura 5: Execução de membrana de asfalto a quente. ........................................................................ 19
Figura 6: Execução de membrana acrílica. .......................................................................................... 20
Figura 7: Imprimação da superfície. .................................................................................................... 22
Figura 8: Execução de manta asfáltica com maçarico. ........................................................................ 23
Figura 9: Teste de estanqueidade. ........................................................................................................ 23
Figura 10: Processo de solda com equipamento automático. .............................................................. 24
Figura 11: Processo de solda com equipamento manual ..................................................................... 25
Figura 12: Fixação automática com parafusos e arruelas especiais. .................................................... 25
Figura 13: Fixação com perfis tipo cantoneira em reservatório. .......................................................... 26
Figura 14: Quadro com características dos sistemas. .......................................................................... 33
Figura 15: Principais efeitos de problemas de impermeabilização. ..................................................... 37
Figura 16: Fissuração vertical da alvenaria no canto da obra e fissura horizontal na base de alvenaria
provocada por movimentação higroscópica. ......................................................................................... 40
Figura 17: Fachada da residência 1 ...................................................................................................... 47
Figura 18: Fachada da residência 2. ..................................................................................................... 47
Figura 19: Fachada da residência 3. ..................................................................................................... 48
Figura 20: Fachada da residência 4. ..................................................................................................... 48
Figura 21: Fachada da residência 5. ..................................................................................................... 49
Figura 22: Fissuração provocada por umidade .................................................................................... 50
Figura 23: Corrosão em armaduras da laje na residência 1.. ............................................................... 51
Figura 24: Problema na pintura em parede interna da residência 1 ..................................................... 52
Figura 25: Problema na pintura em parede interna da residência 1 ..................................................... 52
Figura 26: Presença de mofo em parede interna da residência 2. ........................................................ 53
Figura 27: Presença de mofo em banheiro na residência 3 .................................................................. 54
Figura 28: Descascamento do revestimento em laje de reservatório na residência 3. ......................... 54
Figura 29: Presença de mofo em laje de reservatório sobre banheiro na residência 4. ........................ 55
Figura 30: Bolhas e descascamento em parede externa de banheiro na residência 4 ......................... 56
Figura 31: Problemas na pintura na residência 5. ................................................................................ 57
Figura 32: Raspagem e aplicação de selador em parede da residência 5. ............................................ 58
Figura 33: Aplicação de nova pintura em alvenaria da residência 5. ................................................... 58
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 10
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................................... 12
2.1 IMPERMEABILIZAÇÃO .............................................................................................................. 12
2.1.1 Breve histórico da utilização ........................................................................................................ 12
2.1.2 Classificação ................................................................................................................................ 13
2.1.3 Normalização ............................................................................................................................... 28
2.1.4 Impermeabilização de estruturas de concreto .............................................................................. 30
2.2 SISTEMAS IMPERMEABILIZANTES ........................................................................................ 31
2.3 PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO ...................................................................................... 34
2.4 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ........................................................................................... 34
2.4.1 Fissuras.. ....................................................................................................................................... 39
2.4.2 Mofo....... ...................................................................................................................................... 40
2.4.3 Problemas gerais na pintura ......................................................................................................... 41
2.4.4 Corrosão de armaduras ................................................................................................................. 41
3. METODOLOGIA DA PESQUISA ................................................................................................ 45
3.1 LOCAL DA PESQUISA ................................................................................................................. 45
3.2 COLETA DE DADOS .................................................................................................................... 46
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES . ................................................................................................ 49
4.1 RESIDENCIA 1 .............................................................................................................................. 49
4.2 RESIDENCIA 2 .............................................................................................................................. 52
4.3 RESIDENCIA 3 .............................................................................................................................. 53
4.4 RESIDENCIA 4 .............................................................................................................................. 54
4.5 RESIDENCIA 5 .............................................................................................................................. 56
5. CONCLUSÕES ............................................................................................................................... 58
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 59
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1. INTRODUÇÃO
É de interesse comum que toda edificação apresente condições de utilização esperadas.
Levando em conta esse fato, é importante lembrar que a ocorrência de manifestações
patológicas pode afetar essas condições de uso da edificação. Sabendo que grande parte dos
problemas apresentados pelas edificações advêm do processo construtivo e sabendo também
da importância da impermeabilização nesse processo, percebe-se que existe um descuido por
grande parte dos construtores na fase de execução.
KLEIN (1999) cita que a má qualidade da mão-de-obra pode favorecer o surgimento
de manifestações patológicas. Sendo que esse cenário causado muitas vezes por falta de
informação ou intenção de reduzir custo acaba prejudicando a qualidade final pretendida da
edificação.
O mesmo autor trata a impermeabilização como a proteção das construções contra a
infiltração da água, e sendo assim, o sucesso da mesma é bastante importante para que não
haja degradação dos materiais, principalmente, para que a edificação não perca a sua
habitabilidade. Apesar do baixo custo da incidência desta etapa com relação ao valor total da
obra, o cenário atual segundo Hussein (2013), aponta uma grande incidência das
manifestações patológicas causadas por falhas na referida impermeabilização, sendo que os
custos com os reparos depois da obra concluída podem atingir grandes gastos, se comparados
ao que seria gasto com sua implantação durante a obra. A falta de impermeabilização pode
ocasionar problemas de umidade, tornando os ambientes insalubres e com aspecto
desagradável, apresentando eflorescências, manchas, bolores, oxidação das armaduras, etc.
Os danos mais comuns observados na edificações são variáveis, tais como: danos
arquitetônicos, funcionais, estruturais, à saúde dos usuários entre outros, podendo assim, gerar
ações judiciais causando desgaste à ambas as partes (construtor e morador). Segundo Moraes
(2002), os principais responsáveis pelo insucesso na impermeabilização são: Falta de projeto;
mão de obra desqualificada ou pouco treinada; uso de materiais não normatizados; preparação
inadequada do substrato; caimentos para coletores pluviais insuficientes; interferências de
outros projetos na impermeabilização; transito sobre a impermeabilização; construção sobre a
laje já impermeabilizada, etc.
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A falta de um projeto de impermeabilização gera empecilhos para a fiscalização dos
serviços, na definição dos materiais a serem utilizados e nos detalhes de preparação de
preparação no substrato, ocasionando infiltrações em estruturas de concreto armado, corrosão
em armaduras, comprometimento da habitabilidade, custos e transtornos ao usuário.
Apesar dos estudos realizados, do surgimento de novas tecnologias que inovaram os
produtos que são utilizados e da obrigatoriedade do projeto de impermeabilização, pode-se
afirmar que a impermeabilização não está inserida em todas as obras, pois não é bem vista do
ponto de vista econômico, sendo que na maioria das vezes, recebe algum tipo de
revestimento, até por questão de estética, o que a torna invisível depois do término da
execução da obra. Além disso, por não ter função estrutural, acaba sendo colocada em 2º
plano, e, na visão comum do consumidor, se torna algo dispensável. (HUSSEIN, 2013)
Tendo por base os vários fatores que influenciam direta ou indiretamente nessas
manifestações patológicas, esse trabalho realiza um estudo realizado em obra, que trata sobre
a origem, reconhecimento e solução das patologias identificadas nas residências analisadas.
Mesmo diante da difusão do conhecimento sobre a impermeabilização e os materiais
utilizados nessa fase importante da obra, o cenário ainda aponta um aparecimento
considerável de patologias advindas da falta ou falha da mesma. Nesta pesquisa, o foco será
direcionado para as falhas causadas pela infiltração de umidade nas construções, o que traz
como conseqüências não só o desconforto no ambiente, mas também pode acarretar diversos
problemas inclusive estruturais, chegando até ao desuso da edificação.
Nesse contexto através de pesquisas direcionadas a esse campo, surgem questões sobre
a origem dos problemas causados não só pelas condições de uso, mas também por descuidos
no momento da execução ou da compatibilização de projetos, que serão estudados nessa
pesquisa, a fim de detectar e reconhecer os principais motivos dessas falhas e posteriormente
procurar maneiras eficientes e viáveis de resolvê-las.
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O trabalho têm como objetivo geral realizar um estudo das manifestações patológicas
em edificações na região do Médio Oeste Potiguar. Os objetivos mais específicos desse
trabalho são:
Pesquisar os tipos de impermeabilizações mais comuns em construções tipo
residências unifamiliares, considerando as classificações recomendadas.
Identificar as principais manifestações patológicas que ocorrem nas edificações .
Identificar os métodos mais eficazes para corrigir as manifestações patológicas
encontradas.
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 IMPERMEABILIZAÇÃO
2.1.1 Breve histórico da utilização
Tocar no termo impermeabilização segundo Klein (2002), é perpetrar em um caminho
metodológico que busca uma correta aplicação de sistemas impermeabilizantes, tendo em
vista que é a através da impermeabilização que se consegue uma proteção das construções
evitando a passagem de águas por meio de infiltrações.
Desde os tempos antigos eram empregados materiais que buscavam impermeabilizar,
exemplo deles os óleos e betumes naturais. Os livros apócrifos citam que Noé
impermeabilizou o casco da arca com óleos e betumes naturais. Segundo Picchi (1986), na era
romana era utilizado como material impermeabilizante a albumina composta por clara de ovo,
sangue, óleos, entre outros.
Tem-se informações de que as primeiras impermeabilizações registradas no século XX
foram confeccionadas com Coaltar Pitch (piche de alcatão, asfalto de hulha), com asfaltos
naturais armados com tecidos grosseiros (juta, papelão, entre outros), materiais estáveis e
impermeáveis, pouco plásticos, mas que satisfaziam as requisições da época pois não havia
alta movimentação estrutural das edificações que tinha pequeno porte e alta rigidez (SIKA
INFORMATION, 1991).
No Brasil, a registros de impermeabilizações já no inicio da colonização. Segundo
Moraes (2002), os primeiros serviços que se têm conhecimento são os fortes construídos pelos
portugueses. O "Forte de São Marcelo" situado em Salvador-BA e o "Forte dos reis magos"
em Natal-RN são os exemplos das construções impermeabilizadas na época. Ainda segundo o
mesmo autor, a técnica utilizada era a confecção de uma argamassa composta por óleo de
baleia, cal e areia, sendo essa de baixa permeabilidade.
Segundo Pozzoli (1991), foram encontradas em demolições na cidade de Recife-PE,
Santos-SP e São Paulo-SP, a aplicação sucessiva de camadas de jornal e piche. O mesmo
autor ainda cita o uso do betume no desenvolvimento da arquitetura brasileira a partir da 1ª
guerra mundial.
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Moraes (2002) diz em sua pesquisa que as técnicas de melhor desempenho chegaram
ao Brasil na década de 30 através do departamento de energia da light e dos pequenos
fabricantes de materiais impermeabilizantes que surgiram na época como a empresa "Sika"
que foi pioneira na confecção de aditivos para argamassa. O autor cita que os técnicos da light
trouxeram para o Brasil o emprego correto dos sistemas impermeabilizantes de fibroasfálto,
sendo os mesmos importados dos EUA e Canadá.
Picchi (1986) destaca que na década de 60 iniciou-se o uso de sistemas
impermeabilizantes com elastômeros sintéticos. O autor cita que o uso desse tipo de sistema
foi o propulsor do aprimoramento dos demais sistemas durante as décadas de 60, 70 e 80.
Segundo Moraes (2002), o principal intuito é que se dê a o serviço de
impermeabilização a devida importância tornando-o um serviço mais bem executado
garantindo o seu correto emprego. Essa causa vem dando importantes passos inclusive
fundamentando a idéia de tornar a impermeabilização um ramo da engenharia civil.
2.1.2 Classificação
Segundo a NBR 9575/2003, impermeabilização é o produto que resulta de um
conjunto de componentes e serviços que tem por finalidade proteger as construções contra a
ação deletéria de fluidos, de vapores e da umidade.
Segundo Righi (2009) a impermeabilização tem importância fundamental na
durabilidade das construções, pois os agentes trazidos pela água e os poluentes existentes no
ar provocam agravos irreversíveis a estrutura e prejuízos financeiros difíceis de serem
contornados. A impermeabilização é fator imprescindível para a segurança da edificação e
para a inteireza física do usuário.
Picchi (1986) alega que a impermeabilização é considerada um serviço especializado
dentro da construção civil, sendo um setor que exige uma razoável experiência, no qual
detalhes assumem um papel importante e onde a mínima falha, mesmo localizada, pode
comprometer todo o serviço. Além disso, há a necessidade de acompanhamento da rápida
evolução dos materiais e sistemas, o que propicia o surgimento de projetistas especializados.
No Brasil podem ser encontrados diversos produtos impermeabilizantes, de qualidade
e desempenho variáveis, de origens e métodos de aplicação diversas, normalizados ou não,
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que carecem ter suas características profundamente estudadas, permitindo a escolha de um
sistema de impermeabilização adequado. Procurar conhecer todos os parâmetros técnicos e
ações físicas e químicas envolvidas no processo para a escolha adequada do sistema
impermeabilizante é de grande relevância. (RIGHI, 2009)
Em relação ao custo da implantação da impermeabilização em uma edificação, a
Figura 1 demonstra que em relação ao custo total da obra a implantação desse sistema tem um
valor baixo, cerca de 1 a 3%.
Figura 1: Porcentagem de investimentos nas edificações.
Fonte: (VEDACIT, 2009, P.6)
Outro fator importante em relação a impermeabilização é o momento de sua execução,
pois sabendo que esse processo envolve o uso de outros materiais como argamassas e
revestimentos cerâmicos, sabe-se que realizar esse serviço depois o tornará mais caro e
oneroso para o orçamento da obra. A Figura 2 ilustra um comparativo entre o custo da
implantação de acordo com o seu período.
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Figura 2: Custo de impermeabilização x quando é executada.
Fonte: (Adaptado de ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO, 2005).
Para Hussein (2013) a falta de impermeabilização gera retrabalho, além de acarretar
prejuízos e trazer danos à saúde, portanto, o seu projeto é de relevante importância.
Outra questão não menos importante são os produtos utilizados na impermeabilização,
o mercado atualmente disponibiliza variados tipos de produtos impermeabilizantes, cada um
com sua maneira particular de preparação e aplicação, onde deve ser realizado um estudo para
saber qual tipo de impermeabilização utilizar nos componentes da obra. Após o
reconhecimento da classificação dos impermeabilizantes, deve-se analisar o produto a ser
utilizado, levando em consideração a qualidade do mesmo, através da importância do seu
papel na obra, e da relação custo-benefício.
De acordo com a ABNT NBR11905/2003 (Associação Brasileira de Normas Técnicas,
1992) os produtos devem ser fornecidos em embalagens totalmente fechadas, e devem conter
os seguintes dados:
a) denominação comercial;
b) finalidade;
c) características e consumo;
d) peso líquido;
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e) condições de armazenamento;
f) prazo máximo de estocagem;
g) data de fabricação.
Não diferente de outros produtos, os impermeabilizantes variam de acordo com sua
classe de desempenho e custo também. Abaixo são citados abaixo alguns produtos divididos
pelo seu tipo de impermeabilização. A Figura 3 apresenta produtos usados na
impermeabilização rígida descrevendo também suas características e aplicações.
Figura 3: Quadro com características impermeabilização rígida.
Fonte: Equipe de obra (2012, p. 17).
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Segundo Righi (2009), impermeabilização flexível abrange o conjunto de materiais ou
produtos que podem ser aplicados nas partes construtivas sujeitas à fissuração e são de dois
tipos, moldadas no local, e chamadas de membranas e pré-fabricadas e chamadas de mantas.
As membranas podem ser estruturadas ou não. Incluem-se como principais
estruturantes a tela de poliéster termo estabilizada, o véu de fibra de vidro e o tecido de
poliéster. O tipo de estruturante é definido conforme as solicitações de cada área e
dimensionamento de projeto. Outras camadas do produto devem ser aplicadas sobre o
estruturante até atingir a espessura ou consumo previsto no projeto.
As membranas tem como principal vantagem em relação as mantas o fato de não
apresentarem emendas. Segundo Cichinelli (2004) as membranas demandam um rígido
controle da espessura e, conseqüentemente, da quantidade de produto aplicado por metro
quadrado, sendo essa uma falha que fica difícil de visualizar. A seguir são apresentados os
tipos de membranas mais utilizados.
Membrana de polímero modificado com cimento
É um produto flexível indicado para impermeabilização de torres de água e
reservatórios de água potáveis elevados ou apoiados em estrutura de concreto armado. Pode
também ter adições de fibras de polipropileno que aumentam sua flexibilidade. O sistema é
formado à base de resinas termoplásticas e cimento aditivado, resultando numa membrana de
polímero que é modificada com cimento (VIAPOL, 2008).
Dentre suas características tem destaque a resistência a pressões hidrostáticas
positivas. Apresenta fácil aplicação, não altera a potabilidade da água, sendo atóxico e
inodoro acompanhando as movimentações estruturais e fissuras previstas nas normas
brasileiras (DENVER, 2008).
Membranas asfálticas
Segundo Righi (2009), são membranas que usam como materiais impermeabilizantes
produtos derivados do CAP (Cimento Asfáltico de Petróleo).
O autor ainda descreve que sua aplicação pode ser a frio, como se fosse uma pintura,
com trincha, rolo ou escova. Na primeira demão, aplicar o produto sobre o substrato seco e,
na segunda demão em sentido cruzado em relação à primeira e, a seguir, aplicar as demãos
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subseqüentes, aguardando os intervalos de secagem entre demãos até atingir consumo
recomendado. A Figura 4 mostra a aplicação a frio de uma membrana asfáltica com rolo de
pintura.
Figura 4: Execução de membrana de asfalto a frio.
Fonte: (LWART, 2009, p. 6)
Para serem aplicadas a quente (Figura 5), as membranas asfálticas demandam mão de
obra especializada, pois se faz necessário o uso de caldeiras.
Figura 5: Execução de membrana de asfalto a quente.
Fonte: (LWART, 2009, p. 32)
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Segundo Moraes (2002) em áreas com pouca ventilação careçe tomar cuidado na
utilização de produtos a quente porque apresentam restrições, tanto na manipulação quanto ao
risco de fogo.
Estas membranas têm uso adequado em baldrames e fundações de concreto, além de
serem também empregados como bloqueador de umidade quando aplicado em contrapisos
que irão receber pisos de madeira, primer para mantas asfálticas (DENVER, 2008).
Membrana acrílica
É um impermeabilizante produzido à base de resinas acrílicas dispersas, sendo
indicados para impermeabilização exposta de lajes de cobertura, marquises, telhados, pré-
fabricados e outros. (DENVER, 2008).
Para atuar como camada primária, é recomendado iniciar o sistema impermeabilizante
aplicando sobre a superfície úmida duas demãos de argamassa polimérica em sentidos
cruzados, este procedimento objetiva uma melhoria na aderência e no consumo (DENVER,
2008). É aplicado em demãos cruzadas, colocando uma tela industrial de poliéster como
reforço após a 1ª demão. Aplicar as demãos subseqüentes, aguardando os intervalos de
secagem entre demãos até atingir o consumo recomendado (Figura 6).
Figura 6: Execução de membrana acrílica.
Fonte: (SABBATINI, 2006, p. 3)
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Esse sistema tem como principal vantagem a não necessariedade de uma camada de
proteção mecânica sobre a membrana, somente será indispensável se o uso da laje for de
tráfego muito intenso de pessoas ou existir tráfego de automóveis. A desvantagem é que, por
não ter camada de proteção mecânica, necessita de reaplicação do produto periodicamente.
Mantas asfálticas
Consideradas membranas asfálticas pré-fabricadas, as mantas asfálticas são produzidas
à base de asfaltos modificados com polímeros e armados com estruturantes especiais, sendo a
combinação desses dois componentes responsáveis pelo desempenho das mantas. O asfalto
modificado presente na composição da manta é o responsável pela impermeabilização.
Existem mantas asfálticas dos mais variados tipos, que dependem da sua composição, do
estruturante interno, do acabamento externo e da sua espessura.
As principais vantagens das mantas asfálticas, segundo Mello (2005), são:
Espessura constante
Fácil controle e fiscalização
Aplicação do sistema de uma única vez
Menor tempo de aplicação
Não é necessário aguardar a secagem
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O método de aplicação deste produto inicia-se com uma demão de primer sobre a
superfície regularizada e seca, aguardando sua secagem. A Figura 7 mostra um terraço com
aplicação de primer para posterior aplicação da manta. Pode-se notar que também, neste caso,
foi executado o rodapé com mantas asfálticas.
Figura 7: Imprimação da superfície.
Fonte: (RIGHI, 2009, p. 38)
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A impermeabilização é executada com auxílio da chama de maçarico à gás (Figura 8).
Figura 8: Execução de manta asfáltica com maçarico.
Fonte: (VIAPOL, 2008)
Após a colocação da manta deve ser feito um teste de estanqueidade com uma lâmina
d´água, por 72 horas, a fim de detectar qualquer falha na impermeabilização (NBR
9574/2008). A Figura 9 demonstra essa etapa do processo.
Figura 9: Teste de estanqueidade.
Fonte: (RIGHI, 2009, p. 39)
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Manta de PVC
Segundo Cimino (2002), as mantas de PVC são compostas por duas lâminas de PVC,
com espessura final variando de 1,2 mm a 1,5 mm, e uma tela trançada de poliéster.
A manta de PVC é parecido com um carpete de borracha, sendo utilizada,
principalmente, em toda e qualquer piscina, reservatórios de água, cisternas, caixas d'água,
independentemente de formato ou tipo, bem como em coberturas, tanto planas como curvas.
As emendas são executadas por meio de termofusão com equipamentos apropriados
(Figura 10), que tem controle de temperatura e de velocidade de deslocamento, de forma a
garantir uniformidade e perfeita qualidade da solda.
Figura 10: Processo de solda com equipamento automático.
Fonte: (SILVA E OLIVEIRA, 2006, p. 77)
Quando não se é possível o uso do equipamento automático a solda é feita por
equipamento manual como na Figura 11.
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Figura 11: Processo de solda com equipamento manual.
Fonte: (SILVA E OLIVEIRA, 2006, p. 77)
A fixação das mantas de PVC deve ser efetuada com parafusos e arruelas especiais.
Após, é aplicada sobre a mesma, outra camada da manta empregando os equipamentos de
termofusão (SILVA E OLIVEIRA, 2006). Processo mostrado na Figura 12.
Figura 12: Fixação automática com parafusos e arruelas especiais.
Fonte: (SILVA E OLIVEIRA, 2006, p. 77)
Já para o caso de reservatórios, piscinas ou estruturas enterradas, segundo Cimino
(2002), a manta é instalada diretamente sobre uma manta geotêxtil de 3,5 mm de espessura,
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onde a função é absorver as pequenas irregularidades que possam haver no local da
aplicação. As fixações metálicas são executadas com perfis metálicos do tipo cantoneira, que
são rebitados ou parafusados na estrutura como mostrado na Figura 13.
Figura 13: Fixação com perfis tipo cantoneira em reservatório.
Fonte: (SILVA E OLIVEIRA, 2006, p. 77)
Segundo Loturco (2005) as mantas de PVC tem sua indicação direcionada
principalmente para obras enterradas e coberturas. Apresentam a vantagem de não aderir ao
substrato, o que suprime o risco de rompimentos frente à movimentações da estrutura, no
entanto a aplicação é mais minunciosa.
Outras vantagens desse sistema, segundo o mesmo autor, é o extenso conhecimento
que se tem sobre o comportamento do PVC; a execução em camada única, não necessitando
de proteção mecânica devido à dureza superficial; possibilidade de aplicação sobre pisos
existentes; apresenta resistência a raios ultravioletas; não propaga chamas; além da rapidez de
aplicação e limpeza na execução.
As desvantagens do sistema encontram-se nas dificuldades de detecção de eventuais
infiltrações, que poderão ocorrer por conta de o sistema não ser aderido, além da necessidade
de mão-de-obra especializada para sua colocação (ARANTES, 2007).
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Além dos materiais, o desempenho da impermeabilização está diretamente relacionada
à mão-de-obra. Como visto anteriormente, os produtos devem ser minuciosamente escolhidos
e colocados detalhadamente no projeto, que deve ser compatibilizado com os demais projetos,
como arquitetônico, estrutural, hidrossanitário e elétrico, e ajustado se necessário. A mesma
deve ser especializada, e, de acordo com a ABNT NBR9574:2003 (Associação Brasileira de
Normas Técnicas, 1986) deve atender a algumas obrigatoriedades, que vão desde as mais
básicas, como conter:
Os documentos a serem entregues para o executante, incluindo o projeto de
impermeabilização;
As especificações dos produtos e da forma que deverão ser empregados;
Os serviços a serem realizados e o modo de medição dos mesmos;
Até as mais específicas, onde são citados os detalhes de execução, como:
Precisão nas particularidades do projeto;
Argamassa que deve cobrir as cavidades existentes no local, que deve conter
cimento e areia, em um traço (1:3);
Forma de tratamento de trincas e fissuras, que depende do sistema a ser
empregado;
Umidade do substrato antes da impermeabilização, cabendo essa decisão ao
executante;
Arredondamento dos cantos obedecendo o raio indicado para cada produto;
Limpeza da superfície antes do procedimento, que deve estar livre de partículas
soltas;
Escoamento d’água, que deve ter no mínimo 1,0% de caimento em direção aos
coletores,
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Resistência da estrutura, que deve ser compatível com o produto
impermeabilizante;
Necessidade da regularização com argamassa, quando a substrato não oferecer
as condições básicas para a execução;
Atenção para os detalhes das partes pequenas, como ralos, emendas e rodapés;
Proteção do local contra as ações do clima, durante a execução, quando
necessário;
Proibição do tráfego no local, durante o tempo indicado para cada produto;
Atenção para as normas de segurança durante a execução das
impermeabilizações moldadas a quente;
Teste da lâmina d’água, onde, segundo MARIANE (2012), após o processo de
impermeabilização, deve ser mantida uma lâmina de água com 10 cm de altura
por um tempo de 72 horas, para verificação da eficiência do conjunto;
Processo a ser seguido novamente, caso seja obrigatório interromper o
procedimento.
Apesar de todos esses requisitos, os defeitos nos locais onde são realizadas os
trabalhos de impermeabilização, em sua grande maioria ocorrem pela desqualificação do
executante e não por defeito do produto. Isso é comum pelo fato de a construção civil ser um
mercado informal, e sendo assim a mão de obra que aplica o sistema impermeabilizante tem
como experiência muitas vezes os dados fornecidos pelo fabricante dos produtos ou por
experiências anteriores.
Por esse motivo, além dos cuidados que devem ser tomados quando se elabora um
projeto executável, o mesmo precisa ser de fácil interpretação para os executores, que devem
dispor de um mínimo de conhecimento sobre impermeabilização, e é fundamental que a
execução seja bem feita, pois além de proteger a estrutura do edifício contra ações exteriores,
a mesma garante que a edificação não sofrerá danos irreversíveis internos, causados pela
umidade, comprometendo a estabilidade do mesmo, sendo esse de grande, médio ou pequeno
porte.
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2.1.3 Normalização
PICCHI (1986) confirma que a elaboração de normas de impermeabilização pela
ABNT teve desenvolvimento no inicio da década de 70. Dentre os fatores que contribuíram
para esse alavanque, pode ser destacados a organização de produtores e aplicadores de
impermeabilização e as exigências impostas pela companhia de metrô de São Paulo para
aceitação de materiais para impermeabilização de seus túneis e estações. Surge então um
conjunto de normas técnicas composto por uma norma de execução, a NB-279/75
(aperfeiçoada pela NBR-8083/83).
Diversos avanços foram efetuados em nível de comissão de estudos gerais segundo
PORCELLO (1998). Como exemplo pode ser citada a NB-279/75 que trazia restritas
definições, sendo aperfeiçoada por nova terminologia, NBR-8083/83.
No Brasil, o conjunto de normas que tratam de impermeabilização é avaliado como
relativamente avançado. Contudo, as normas brasileiras são do tipo prescritivo e se referem a
um tipo especifico de material, indicando assim como o mesmo deve ser e como deve ser
aplicado. Esse tipo de modelo é o mais tradicional sendo encontrado em textos normativos de
quase todos os países, não se referindo só a materiais de impermeabilização como também
para materiais de construção em geral.
PICCHI (1986) avisa que a normalização prescritiva jamais acompanhará o ritmo da
atualização da inovação tecnológica no setor pois, até que os matérias utilizados atualmente
sejam especificados outros mais atualizados surgirão. Na Europa, a normalização prescritiva é
usada praticamente apenas no que rege materiais betuminosos, mesmo assim utiliza-se do
"Certificado de Homologação" para sistemas impermeabilizantes não tradicionais cobrindo
assim a lacuna da desatualização do sistema prescritivo. O mesmo autor ainda informa que
para sanar os problemas referentes a normalização prescritiva surge um novo conceito em
normalização, a de desempenho. Esse novo tipo de normalização se baseia no incentivo a
inovações tecnológicas e na possibilidade de avaliação de novas soluções.
Segundo PICCHI (1991) o principal objetivo da normalização de desempenho é
afastar os empecilhos e dar força as inovações tecnológicas sabendo que assim é que se pode
obter parâmetros sobre esses novos materiais, desta forma evitando restringir possíveis novas
soluções.
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No Brasil, a ABNT, através do CB-22 – Comitê Brasileiro de impermeabilização e
isolação térmica, já elaborou e publicou em torno de 35 normas de impermeabilização. As
normas se referem a produtos, ensaios, desempenho, e também temos as normas de projeto e
de terminologia.
O IBI – Instituto Brasileiro de Impermeabilização, publicou um livro com uma
coletânea destas normas, atualizadas até 1995. Algumas delas estão em processos de revisão e
atualização, e há novas normas sendo elaboradas.
É importante conhecer estas normas para consultá-las em casos de dúvidas. Mesmo
sabendo que as normas às vezes servem apenas como referência, podendo se trabalhar com
processos e sistemas não normalizados, é bom ter consciência que o código de defesa do
consumidor determina que havendo normas, elas devem ser adotadas. Caso contrário,
independente da causa de qualquer problema, a responsabilidade será de quem não as seguiu,
quando deveria tê-lo feito.
Atualmente existem muitas normas que tratam do assunto da impermeabilização, mas
segundo a ABNT, duas delas são as mais importantes:
A NBR 9574 de 12/2008 – Execução de impermeabilização que estabelece as
exigências e recomendações relativas à execução de impermeabilização para que sejam
atendidas as condições mínimas de proteção da construção contra a passagem de fluidos, bem
como a salubridade, segurança e conforto do usuário, de forma a ser garantida a
estanqueidade das partes construtivas que a requeiram, atendendo a NBR 9575.
E a NBR 9575 de 09/2010 – Impermeabilização – Seleção e projeto que estabelece as
exigências e recomendações relativas à seleção e projeto de impermeabilização, para que
sejam atendidas as condições mínimas de proteção de construção contra a passagem de
fluidos, bem como a salubridade, segurança e conforto do usuário, de forma a ser garantida a
estanqueidade das partes construtivas que a requeiram. Segundo as normas, os tipos de
impermeabilização são classificados segundo o material constituinte principal da camada
impermeável: argamassa com aditivo impermeabilizante; argamassa modificada com
polímero; argamassa polimérica; e cimento modificado com polímero. O asfáltico inclui:
membrana de asfalto modificado sem adição de polímero; membrana de asfalto elastomérico;
membrana de emulsão asfáltica; membrana de asfalto elastomérico, em solução; e manta
asfáltica.
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2.1.4 Impermeabilização de estruturas de concreto
A água no âmbito da construção civil é considerada uma inimiga de vários elementos
como a alvenaria, madeiramento, telhado e pintura. Segundo Botelho (2004), a água também
é inimiga do concreto armado pois as suas estruturas em contato permanente com a água
podem sofrer ataque em suas armaduras.
Segundo o mesmo autor, a resistência do concreto ao ataque da umidade pode ser
melhorada tomando-se os seguintes cuidados:
Trabalhar com concretos com baixa relação água/cimento, o que significa
trabalhar com concretos de alto Fck.
Com a posição das armaduras, para que as mesmas não fiquem próximas a face
do concreto;
Com o cobrimento, para que o mesmo seja adequado e usar também produtos
impermeabilizantes como vernizes e mantas;
Utilizar produtos como hidrofugantes na preparação do concreto, deixando
assim o concreto mais impermeável;
Realizar no concreto uma boa cura, pois a mesma sendo bem feita aumenta
significativamente a resistência a penetração da água no concreto.
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A NBR 6118/2003 em seu item 7.4.2, Tabela 3, traz uma correspondência entre as
classes de agressividade e a relação água/cimento:
Tabela 1: Tabela 3 do item 7.4.2 da NBR 6118/2003 relacionando o fator água/cimento com
a classe do concreto.
Classe I Classe II Classe III Classe IV
Relação água/cimento ≤0,65 ≤0,60 ≤0,55 ≤0,45
Classe do concreto
(𝐅𝐜𝐤, Mpa)
≥20 ≥25 ≥30 ≥40
Fonte: NBR 6118/2014
2.2 SISTEMAS IMPERMEABILIZANTES
Segundo Hussein (2013), outro fator bastante importante é a escolha do tipo de
sistema impermeabilizante a ser aplicado, Basicamente, esses produtos dividem-se em dois
grupos: rígidos e flexíveis, como mostra a Figura 14. Para escolher o tipo de sistema
impermeabilizante deve-se adquirir informações sobre a instabilidade, intempéries e cargas
em movimento nas quais cada parte da estrutura está submetida, e assim definir o tipo de
impermeabilização.
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Figura 14: Quadro com características dos sistemas.
Fonte: (SILVA E OLIVEIRA, 2006, p. 77)
Quanto à aderência ao substrato, os sistemas de impermeabilização, segundo Moraes
(2002) podem ser classificados como:
Aderido: Quando o material impermeabilizante é totalmente fixado ao
substrato, seja por fusão do próprio material ou por colagem com adesivos,
asfalto quente ou maçarico.
Semi-aderido: Quando a aderência é parcial e localizada em alguns pontos,
como platibandas e ralos.
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Flutuante: Quando a impermeabilização é totalmente desligada do substrato é
utilizada em estruturas de grande deformabilidade.
Souza e Melhado (1997) afirmam que a seleção do sistema de impermeabilização deve
ter como diretrizes: Atender aos requisitos de desempenho; a máxima racionalização
construtiva; a máxima construtibilidade; a adequação do sistema de impermeabilização aos
demais subsistemas, elementos e componentes do edifício; custo compatível com o
empreendimento e a durabilidade do sistema.
Impermeabilização rígida
A impermeabilização rígida normalmente é encontrada como argamassa
industrializada ou aditivo para argamassa ou concreto, onde, segundo a ABNT
NBR9689/1986 (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1986), é um produto que tem
natureza mineral ou inorgânica, que adicionado a mistura, diminui a permeabilidade desses
sistemas. Como não tem resistência a grandes movimentações, normalmente é utilizada nas
partes enterradas do edifício, e demanda aplicações mais detalhadas, pois pelo fato de ser
aplicada úmida e não ter grande resistência mecânica segue a forma da estrutura, logo, a
presença de fissuras ou outras imperfeições podem comprometer sue rendimento. Porém, se
devidamente executada, após sua cura, garante a proteção da construção contra fluidos e
umidade.
Impermeabilização flexível
Já a impermeabilização flexível é vendida em forma de mantas, que podem ser pré-
fabricadas ou moldadas in situ, podem ser aplicadas a quente ou a frio, e incorporam-se no
local da aplicação, garantindo estanqueidade mesmo com a estrutura se movimentando.
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2.3 PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO
Para Mello (2005), o projeto de impermeabilização deve estar contido no projeto de
uma edificação assim como os demais (elétrico e hidráulico por exemplo), pois a
impermeabilização deve ser estudada e adequada a todos os componentes de uma construção,
não sofrendo assim interferências.
Segundo a ABNT NBR9575/2003 (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2003),
o projeto de impermeabilização se divide em dois: o projeto básico e o projeto executivo.
O projeto básico deve conter as informações fundamentais para que a
impermeabilização seja realizada de modo correto, cumprindo sua função de proteger a
construção da umidade. Ele deve ser confeccionado para obras de edificações multifamiliares,
comerciais e mistas, industriais, bem como para túneis, barragens e obras de arte, pelo mesmo
responsável pelo projeto legal de arquitetura, conforme definido na ABNT NBR13532/1995
(Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2003, 1995).
O projeto executivo é a união de informações baseadas no projeto básico de
impermeabilização, porém, constam no mesmo especificações detalhadas de todos os sistemas
de impermeabilização a serem utilizados na construção. Além disso, o referido projeto deve
ser feito levando em consideração a existência dos projetos arquitetônico, estrutural,
hidráulico-sanitário, águas pluviais, gás e elétrico, para evitar problemas com sobrecargas,
detalhamentos, e até mesmo com a estética do prédio.
2.4 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
Por fim as patologias advindas da falha ou ausência da impermeabilização resultam do
excesso de umidade no edifício, e essas, segundo Lersch (2003), podem ser:
Umidade de infiltração, que é a passagem de umidade da parte externa para a parte
interna, através de trincas ou da própria capacidade de absorção do material;
Umidade ascensional, que é a umidade originada do solo, e sua presença pode ser
notada em paredes e solos;
Umidade por condensação, que é conseqüência do encontro do ar com alta umidade,
com superfícies apresentando baixas temperaturas, o que causa a precipitação da
umidade;
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Umidade de obra, que é basicamente a umidade presente na execução da obra, como
em argamassas e concreto;
Umidade acidental, que é o fluido gerado por falhas nos sistemas de tubulações, e que
acabam ocasionando infiltração.
Após uma análise dos tipos de umidade, das condições da obra, e das obrigatoriedades
que as normas relacionadas estipulam, pode-se escolher o sistema que será utilizado.
Escolhendo-se o sistema de impermeabilização, pode-se então escolher quais produtos serão
atualizados atentando-se sempre para o cuidado com a mão de obra que irá executar o projeto,
pois como visto anteriormente, a grande maioria dos erros relacionados a impermeabilização
são cometidos por parte da mão-de-obra. Nesses casos é necessária a fiscalização, e seguindo
esse raciocínio, Righi (2009) afirma que, o controle da execução da impermeabilização é
fundamental para sua eficácia e o mesmo deve ser feito pela empresa aplicadora e pelo
responsável da obra.
Porém, mesmo sabendo-se da importância desse processo, é comum a falta de
impermeabilização nas obras, sendo que a sua ausência, ou falhas na sua execução podem
gerar vários transtornos.
As falhas no processo de impermeabilização causam diversas patologias em uma
edificação. A Figura 15 mostra uma pesquisa de Antonelli (2002) que quantifica as principais
causas de infiltrações em uma edificação.
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Figura 15: Principais efeitos de problemas de impermeabilização.
Fonte: (SILVA E OLIVEIRA, 2006, p. 77)
Dentre as principais manifestações patológicas, Storte (2011) as divide em dois
grupos:
Grupo 1 que trata das manifestações provocadas pela infiltração d’água, devido à ausência ou
falha da impermeabilização e o grupo, que trata de manifestações originárias do processo
construtivo, que podem provocar danos à impermeabilização.
Dentre as do grupo 1 tem-se:
Corrosão das Armaduras: A corrosão das armaduras é uma das mais comuns manifestações
patológicas, e podem ser causadas por vários motivos: o Recobrimento das armaduras abaixo
do recomendado, o Concreto mal executado, acarretando elevada porosidade e fissuras de
retração. Além da formação de nichos de concretagem, devido ao traço, vibração ou formas
incorretos. o Deficiência de cura do concreto, causando fissuras, porosidade excessiva e
diminuição da resistência.
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Carbonatação: do Concreto Como conhecido, a reação do cimento com a água resulta em
compostos hidratados. Dessa reação resulta o hidróxido de cálcio, que em combinação com os
hidróxidos ferrosos do aço formam uma capa protetora para a armadura. A carbonatação do
concreto, que ocorre em concretos porosos ou com baixo cobrimento das armaduras reduz a
alcalinidade do concreto, tendo como consequência a destruição da capa da armadura,
permitindo o início do processo de corrosão, quando em presença de água, oxigênio e
diferença de potencial da armadura.
Eflorescência: A eflorescência é constituída de sais de metais alcalinos e alcalino-ferrosos.
Expostos à água, estes sais se dissolvem e vão para a superfície e a evaporação da água resulta
na formação de depósitos salinos. Ela pode alterar a aparência do elemento onde se deposita e
até causar degradação do mesmo.
Dentre as do grupo 2 tem-se:
Trincas e fissuras em estruturas de concreto
Dentre as manifestações patológicas das estruturas de concreto, as trincas são de peculiar
importância, pois podem ser problemas relacionados ao revestimento, avisar um suposto
problema estrutural ou indicar problemas de estanqueidade.
Elas podem surgir por diversos motivos, dentre os quais:
Variações térmicas
Os componentes de uma estrutura de concreto estão sujeitas a variações térmicas, o que
provocam variação na sua dimensão. Estes movimentos são restringidos pelos vínculos que
envolvem os materiais, gerando tensões que podem provocar trincas ou fissuras.
Deformação excessiva da estrutura
As estruturas que são feitas de concreto armado deformam-se sob ação de cargas, podendo
essas serem permanentes ou acidentais. Durante o cálculo estrutural a flecha admitida por
norma não compromete a estabilidade ou o efeito estético, porém se verificada
inadequadamente pode gerar deformações, que comprometem as alvenarias e outros
componentes ligados à estrutura, formando fissuras ou trincas.
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Recalques diferenciais
O solo pode se deformar de maneira desigual por efeito das cargas das fundações, gerando
recalques diferenciais que resultam em deslocamentos variáveis, provocando ocorrência de
trincas e fissuras.
Retração hidráulica
O concreto ou argamassa pode variar seu volume conforme sua absorção de água, retraído
quando seca e expandindo quando a absorve. Estas variações são inerentes ao concreto e
argamassas. A diferença no traço do concreto e argamassas causa maior ou menor retração,
podendo-se evitar problemas com os seguintes métodos: - menor relação água/cimento,
tornando o concreto menos poroso; - maior teor de agregados; - correta hidratação.
Falhas de concretagem
As falhas de concretagem geram uma superfície desagregada ou de baixa resistência, e são
responsáveis por grande parte das patologias de corrosão das armaduras, que geram fissuras
no concreto e expansão das armaduras.
Recobrimento das armaduras
A ausência de recobrimento adequado das armaduras pode gerar corrosão das armaduras,
tendo como manifestação a inutilização da capa de cobrimento das armaduras, facilitando o
contato com a umidade, podendo gerar fissuras, corrosão da armadura, e dilatação do
concreto.
Chumbamento de peças
As tubulações ou peças emergentes devem ser rigorosamente fixadas á superfície, para que
seu suposto deslocamento não prejudique o substrato, causando fissuras, nem a
impermeabilização empregada nesses locais.
Independente dos motivos do surgimento das fissuras, que podem ou não estar relacionados à
umidade, elas são sempre prejudiciais a estanqueidade da edificação, pois facilitam a
passagem de fluidos e permitem o aumento de umidade, além de que, se existentes no local
antes do processo de impermeabilização, e não forem devidamente reparadas, causam sérios
danos ao sistema, podendo inutilizá-lo.
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2.4.1 Fissuras
Segundo Thomaz (1989) o aumento do teor da umidade causa uma expansão do
material, enquanto que a diminuição desse teor provoca uma contração do material, as
mudanças higroscópicas provocam essas variações dimensionais que exercem grande
influência nas características de deformabilidade das alvenarias. Essa variação volumétrica
pode causar fissuras, tendo formato semelhante às causadas por retração.
Segundo Valle (2008) as fissuras ou trincas provocadas por variação de umidade dos
materiais de construção são muito semelhante àquelas provocadas pelas variações de
temperatura. O mesmo autor afirma ainda que a quantidade de água absorvida por um
material de construção depende de dois fatores: porosidade e capilaridade, sendo a
capilaridade o fator mais importante que rege a variação do teor de umidade dos materiais. Na
secagem de materiais porosos, a capilaridade provoca o aparecimento de forças de sucção,
responsáveis pela condução da água até a superfície do componente , onde ela será
posteriormente evaporada. Logo, deixando de se impermeabilizar, nos elementos construtivos
que tenham contato com o solo, os poros desses materiais exercem uma força de sucção,
absorvendo água e conseqüentemente transferindo para os demais elementos da construção.
Thomaz (1989) afirma que por causa da presença de umidade, as fissuras provocadas
pelo excesso da mesma podem se manifestar em qualquer local da alvenaria, mas
principalmente junto às bases das paredes, provocadas pela umidade ascendente, onde na
maioria das vezes há a presença de eflorescências facilitando o diagnostico. Além disso, elas
também aparecem freqüentemente em formas verticais, da altura do pé direito da parede. A
figura 16 demonstra exemplos de fissuras provocadas por excesso de umidade
Figura 16: Fissuração vertical da alvenaria no canto da obra e fissura horizontal na base de
alvenaria provocada por movimentação higroscópica.
Fonte: Thomaz (1989).
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Intervenções a serem feitas:
Segundo Júnior (1997), quando se trata da recuperação é sempre recomendável
considerar as fissuras como ativas, pois mesmo após corrigidas as causas que lhe originaram,
ainda podem ocorrer variações em sua abertura em função das variações térmicas e
higroscópicas da alvenaria e do próprio revestimento.
Sendo assim, uma alternativa para conferir maior capacidade de deformação seria com
a adição de polímeros ou fibras às argamassas utilizadas, ou utilizar uma argamassa flexível
própria de recuperação. Além disso Thomaz (1989) indica também o uso da tela metálica,
para auxiliar a argamassa. Apesar das origens das fissuras serem diversas, geralmente elas são
recuperadas do mesmo modo, que inclui a abertura das mesmas, em seguida, há a verificação
de vazamentos em tubulações hidráulicas próximo ao local. A abertura deve ser limpa com
material que estanqueie o revestimento em volta da mesma, deve-se esperar a secagem total
da região, e em seguida, aplica-se a argamassa flexível, recuperando o local e prevenindo
problemas semelhantes aos já ocorridos.
2.4.2 Mofo
Segundo Hussein (2013), o mofo se prolifera com facilidade em paredes expostas à
umidade, e que geralmente não tem contato com a luz. Essa umidade pode ser proveniente do
excesso da mesma no ar devido ao clima, a erros construtivos ou à umidade interna da parede,
adquirida pela capilaridade, por erro ou falta de impermeabilização.
Intervenções para a patologia identificada:
Em casos mais graves, segundo Letícia (2009) para se retirar o mofo das paredes,
antes devem ser verificados vazamentos ou infiltrações. Se não houver, deve ser retirada a
camada de pintura e passado um produto selador. Após a secagem, deve ser refeita a pintura.
Já em casos mais leves, a área com mofo deve ser limpa com produtos desinfetantes, que
evitem a proliferação destes fungos novamente no local.
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2.4.3 Problemas gerais na pintura
Segundo Valle (2008) dentre esses problemas, os únicos que geralmente não aparecem
logo após a aplicação da tinta são os causados pela umidade. Ainda assim, existem os
causados pela umidade do ar, vazamento de instalações hidráulicas e por infiltrações, estes
últimos podem ser observados quando existem danos irreversíveis no reboco, alvenaria ou até
mesmo na estrutura. Se manchas ou bolhas aparecem no meio da parede ou no forro, são
indicação de infiltração por tubulação hidráulica e devem ser verificados se não existem
vazamentos, se existir, devem ser consertados. Já os problemas causados por infiltração de
umidade do solo podem ser evitados com uma correta impermeabilização da viga baldrame.
Intervenções para a patologia identificada:
A correção dos locais com bolhas deve ser realizada da seguinte maneira, segundo
Letícia (2009):
Deve-se remover todas as bolhas ou manchas, partes soltas e mal aderidas com uso de
espátula, escova de aço e lixa. Em seguida aplica-se um fundo preparador para paredes à base
de água, e após sua secagem, deve-se nivelar a superfície com massa acrílica (áreas externas
ou molháveis) ou massa corrida (áreas secas) e refazer a pintura. Para o caso de
comprometimento de reboco, a mesma autora a firma que o mesmo deve ser refeito e
impermeabilizado.
No caso da laje de reservatório, a mesma autora relata que deve ser analisada a
gravidade do problema, tendo em vista que se a armadura já estiver comprometida a laje deve
ser refeita tomando-se os cuidados para que seja impermeabilizada.
2.4.4 Corrosão de armaduras
Para Helene (1986), corrosão é uma interação destrutiva de um material com o
ambiente, seja por reação química, ou eletroquímica.
Para Bauer (1994), a corrosão é transformação não intenciona de um metal, a partir de
suas superfícies expostas, em compostos não aderentes, solúveis ou despersíveis no ambiente
em que o metal se encontra.
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De maneira geral, a corrosão poderá ser entendida como a deterioração de um
material, por ação química ou eletroquímica do meio ambiente aliada ou não a esforços
mecânicos.
Segundo Andrade (1992), nos casos das barras de aços imersas no meio do concreto a
deterioração das armaduras de aço, é caracterizada pela destruição da película passivante
existente ao redor de toda a superfície exterior das barras. Esta película é formada como
resultado do impedimento da dissolução do ferro pela elevada alcalinidade da solução aquosa
que existe no concreto.
Não há corrosão na armadura de uma estrutura de concreto armado se o concreto que a
protege não sofrer contaminações e deterioração. Portanto é verdadeiro afirmar que quanto
mais inalterado se mantiver o concreto, maior será a proteção da armadura. (CASCUDO,
1997).
Segundo (GENTIL ,2003), a corrosão e a deterioração que são observadas no
concreto, podem ser associadas a fatores mecânicos, físicos, biológicos, entre tais como:
Mecânicos – Vibrações e erosão;
Físicos – Variações de temperatura;
Biológicos – Bactérias e fungos;
Químicos – Produtos químicos como ácidos e sais.
No caso abordado, o principal fator é o químico, onde o mesmo esta relacionado com
a presença de substâncias químicas na água, solo e atmosfera. As substâncias químicas mais
agressivas ao concreto são os ácidos sulfúrico e clorídrico, que podem agir na pasta de
cimento, no agregado e na armadura de aço-carbono.
2.4.4.1 Sintomas
Os três principais sintomas de deterioração do concreto armado são as fissuras, a
disgregação e a desagregação, e podem ser visíveis e facilmente diferenciados entre si.
a) Fissuras: Estão presentes em todas as construções de concreto e podem
aparecer após anos, semanas e até mesmo em poucas horas após o término da
concretagem. As fissuras podem ser classificadas quanto à movimentação como
“vivas” – Com movimentação, e “mortas” – estabilizadas e sem movimentação.
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b) Disgregações: É caracterizada pela ruptura do concreto especialmente em
regiões salientes dos elementos estruturais. A Figura 20 ilustra a disgregação na
estrutura de concreto armado em das residências visitadas:
c) Desagregação: É um dos sintomas que caracteriza a existência de ataques
químicos como: Reações com hidróxidos de cálcio proveniente da hidratação
dos componentes do cimento; Reações do íon sulfato com aluminato tricálcio
ou com a alumina do inerte numa solução saturada de hidróxido de cálcio,
originando expansões.
2.4.4.2 Diagnóstico
Como vimos, a corrosão das armaduras é uma patologia mais seria que as outras,
sendo que, a mesma não interfere apenas no conforto visual da estrutura mas sim em seu
funcionamento por completo. Por esse motivo um diagnóstico deve ser feito afim de detectar
essa patologia antes do comprometimento da estrutura.
Segundo Bauer (2005), esses diagnósticos podem ser realizados da seguinte forma:
Verificar se o posicionamento das fissuras coincide com os posicionamentos das
barras de aço, retirar um pedaço de concreto descobrindo a armadura e constatar se a mesma
apresenta-se oxidada. Constatar se na face oposta à superfície em que se encontra a armadura
oxidada, o concreto se encontra em bom estado. Caso as verificações forem positivas,
confirma-se o diagnóstico de corrosão da armadura que poderá ser química ou eletroquímica.
Se a corrosão for em segmentos curtos e isolados da barra, de forma pontual, ou em locais de
contato com outras barras, provavelmente a corrosão se deu por um ataque eletrolítico.Se a
corrosão for generalizada, provavelmente se deu por ataque químico.
2.4.4.3 Métodos de controle de corrosão
Além de uma impermeabilização bem executada e medidas relacionadas ao projeto e
execução, existem segundo Botelho (2008) métodos específicos para reduzir ou inibir a
corrosão das armaduras, entre as quais se podem enumerar:
métodos eletroquímicos (proteção catódica e anódica);
isolamento da armadura do eletrólito pelo uso de revestimentos
Orgânicos inertes (tintas) ou de revestimentos com metais mais nobres
(galvanização);
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inibição da reação catódica e/ou da reação anódica por meio de agentes
(chamados inibidores) que reagem com os produtos da corrosão e formam
camadas impermeáveis nas superfícies dos eletrodos.
Segundo ANDRADE (1992), os inibidores de corrosão são substâncias que possuem a
capacidade de bloquear a atividade da reação anódica, da reação catódica, ou de ambas. No
caso particular do concreto, estas substâncias devem ser ativas em um meio alcalino, e não
alterar substancialmente suas propriedades físicas, químicas e mecânicas.
De uma forma mais geral, GENTIL (2003) define inibidor de corrosão como sendo
uma substância ou mistura de substâncias que, quando presentes em concentrações adequadas
no meio corrosivo, reduzem ou eliminam a corrosão.
É importante salientar que os inibidores são específicos em termos do metal a
proteger, do meio corrosivo, da temperatura e da sua faixa de concentração. É essencial usar
uma quantidade adequada de inibidor, já que muitos agentes inibidores podem acelerar a
corrosão, provocando em especial um ataque localizado, como corrosão por pontos, se a
concentração for abaixo da correta.
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3. METODOLOGIA DA PESQUISA
Esse trabalho será baseado em três tipos de pesquisas:
Exploratória, utilizando os levantamentos bibliográficos feitos através de pesquisas
em livros, revistas, teses, normas técnicas e dissertações sobre o assunto;
Descritiva, onde serão realizadas visitas em residências e observada a presença de
patologias resultantes do excesso de umidade por falha ou ausência do sistema de
impermeabilização;
Explicativa, visando obter dados através do estudo dos casos, da razão dos
problemas ocorridos, e dos métodos de recuperação que podem ser empregados.
Dadas essas condições, foram realizados estudos para complementar as pesquisas
relacionadas a esse assunto, a fim de rever os principais erros que resultam nesse tipo de
patologia, e os principais danos que essas patologias causam às edificações.
Foi realizada uma revisão bibliográfica, onde obteve-se mais informações sobre os
principais tipos de impermeabilização, as situações em que são recomendados seu uso, seus
principais tipos de produtos, e o modo de aplicação dos mesmos.
3.1 LOCAL DA PESQUISA
As residências visitadas estão localizadas na região do Médio Oeste Potiguar em
cidades com população que varia entre 10 a 15 mil habitantes. Para analise in loco foram
escolhidas aleatoriamente 5 (cinco) residências unifamiliares, de pavimento único, com
problemas patológicos similares, resultantes do excesso de umidade no local e após analise,
serão verificadas as causas desses problemas. As casas são de área igual ou inferior a
120,00m² e idade superior a 3 anos, onde as patologias causadas por infiltrações se tornam
visíveis.
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3.2 COLETA DE DADOS
Os problemas de impermeabilização foram identificados visualmente e registrados
através de fotos, onde pode-se fazer um estudo mais detalhado do local. As figuras 17, 18, 19,
20 e 21 apresentam as fachadas das 5 residências visitadas.
A primeira residência visitada está localizada na cidade de Patú/RN, no bairro da
Estação. A Figura 17 demonstra a fachada da residência.
Figura 17: Fachada da residência 1.
Fonte: Acervo próprio (2015).
A residência 2 também está localizada na cidade de Patú/RN e também fica no bairro
da Estação, a Figura 18 apresenta a fachada da referida residência.
Figura 18: Fachada da residência 2.
Fonte: Acervo próprio (2015).
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A residência 3 está localizada na cidade de Almino Afonso/RN e situa-se no bairro
Centro, a Figura 19 retrata a fachada da mesma.
Figura 19: Fachada da residência 3.
Fonte: Acervo próprio (2015).
A residência 4 está localizada na cidade de Patú/RN, situada no bairro Centro, sua
fachada está representada na Figura 20.
Figura 20: Fachada da residência 4.
Fonte: Acervo próprio (2015).
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A residência 5 está localizada na cidade de Messias Targino/RN e situa-se no bairro
Nova Messias. A Figura 21 representa a fachada da residência.
Figura 21: Fachada da residência 5.
Fonte: Acervo próprio (2015).
A partir das informações adquiridas, foram estudadas formas para soluções que podem
ser adotadas, conforme as necessidades de cada edificação, para correção dos problemas
encontrados, verificando a finalidade dos produtos de acordo com as normas específicas e
recomendações dos fabricantes.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES .
Identificadas então as manifestações patológicas, as mesmas serão apresentadas a
seguir:
4.1 RESIDENCIA 1
A residência 1 foi a que apresentou o maior numero de manifestações patológicas,
dentre elas: fissuração, problemas na pintura e corrosão nas armaduras. A Figura 22 apresenta
a primeira manifestação citada:
Figura 22: Fissuração provocada por umidade.
Fonte: Acervo próprio (2015).
No caso da fissura mostrada na Figura 22 as fissuras estão acompanhadas de manchas,
o que as deixam bem mais visíveis. O fato de o tipo de fissura ser um tanto quanto mais
preocupante é que trata-se de uma laje, onde a mesma sustenta uma residência localizada no
pavimento superior a um comercio localizado no térreo. Nesse tipo de fissura é possível ver a
presença de manchas e mofos, indicando que sua causa é o excesso de umidade.
O tratamento para esse tipo de manifestação patológica o tratamento das fissuras
como ativas evitando assim que as mesmas voltem a aparecer mesmo após tratadas.
Recomenda-se também o uso de telas metálicas auxiliando a argamassa.
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Outra manifestação patológica encontrada na residência 1 é corrosão de armaduras, a
Figura 23 demonstra essa ocorrência:
Figura 23: Corrosão em armaduras da laje na residência 1.
Fonte: Acervo próprio (2015).
A manifestação patológica apresentada na Figura 23 traz uma preocupação para os
habitantes da residência, pois de acordo com a bibliografia, esse tipo de patologia
compromete a segurança estrutural de uma edificação. Geralmente seu diagnóstico é feito
retirando-se pedaços do concreto para verificação da corrosão, no caso estudado, a armadura
da laje apresenta-se evidentemente corroída, evidenciando assim um problema estrutural
grave para a edificação.
A bibliografia consultada avisa que a corrosão deve ser prevenida através de uma
impermeabilização bem feita e também através de agentes inibidores de corrosão como tintas
galvanizantes e métodos eletroquímicos. Para o caso analisado na residência 1 deve ser
executado um reforço estrutural afim de garantir a estabilidade dessa edificação.
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Além das duas manifestações patológicas já citadas, a residência 1 apresentou também
problemas na pintura. As Figuras 24 e 25 demonstram esses problemas:
Figura 24: Problema na pintura em parede interna da residência 1.
Fonte: Acervo próprio (2015).
Figura 25: Problema na pintura em parede interna da residência 1.
Fonte: Acervo próprio (2015).
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Apenas através de um contato visual pode-se constatar que a causa dessa manifestação
patológica é um vazamento nas instalações hidráulicas dessa residência. A bibliografia
consultada indica que para este tipo de problema, caso o reboco não esteja comprometido, a
solução é o conserto dos vazamentos e nova pintura da alvenaria.
4.2 RESIDENCIA 2
A residência 2 apresentou a presença de mofo em suas paredes internas. A Figura 26
demonstra essa manifestação patológica.
Figura 26: Presença de mofo em parede interna da residência 2.
Fonte: Acervo próprio (2015).
Esse tipo de problema apresentado na Figura 26 pode surgir por vários fatores, como a
má aplicação da tinta, tempo de secagem insuficiente e presença de umidade em ambientes
com pouca incidência de luz solar.
Recomenda-se para o tratamento desse tipo de manifestação patológica a lavagem da
pintura da alvenaria com soluções que eliminem esses fungos como por exemplo água
sanitária e desinfetantes.
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4.3 RESIDENCIA 3
A residência 3 apresentou assim como na 2, a presença de mofo, mas em intensidade
muito maior além de ter apresentado também a desagregação do revestimento. As Figuras 27
e 28 demonstram as manifestações patológicas ocorrentes nessa residência.
Figura 27: Presença de mofo em banheiro na residência 3.
Fonte: Acervo próprio (2015).
Figura 28: Descascamento do revestimento em laje de reservatório na residência 3.
Fonte: Acervo próprio (2015).
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A residência 3 apresenta manifestações patológicas semelhantes a residência de
numero 2, porém com um grau de dano maior. Para correção desse tipo de problema é
indicado que o revestimento seja refeito, pois o mesmo não apresenta mais condições de ser
lavado e pintado.
4.4 RESIDENCIA 4
A residência 4 apresentou problemas também semelhantes aos da residência 3 e 4,
apresentando a ocorrência de mofo e problemas na pintura. A Figura 29 apresenta a
ocorrência de mofo na residência 4.
Figura 29: Presença de mofo em laje de reservatório sobre banheiro na residência 4.
Fonte: Acervo próprio (2015).
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A Figura 30 apresenta problemas na pintura como bolhas e descascamento em parede externa
do mesmo banheiro.
Figura 30: Bolhas e descascamento em parede externa de banheiro na residência 4.
Fonte: Acervo próprio (2015).
O que se pode perceber no caso da residência 4 é o resultado de infiltração resultante
do reservatório que comumente é construído sobre os banheiros, a presença dos mesmo sem o
uso de argamassa com aditivo impermeabilizante gera esse tipo de manifestação patológica.
A maneira indicada para a correção desse problema é a limpeza da superfície como já
foi citado, e no caso dos problemas de bolhas a raspagem da pintura e por fim a aplicação de
uma nova camada de tinta.
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4.5 RESIDENCIA 5
A residência 5 está localizada na cidade de Messias Targino/RN e situa-se no bairro
Nova Messias. A Figura 30 representa a fachada da residência.
A residência 5 como pode-se perceber através da imagem é aparentemente nova, tem
pouco mais de 3 anos porém já passa pela sua primeira reforma. A residência 5 mesmo com
uma pouca idade em relação as demais apresentou os mesmos problemas na pintura
apresentados na Figura 31.
Figura 31: Problemas na pintura na residência 5.
Fonte: Acervo próprio (2015).
No caso da residência 5, houve a possibilidade de se registrar a medida corretiva
aplicada pelo dono da residência durante a reforma. A escolha do dono foi a indicada pela
bibliografia, sendo feita assim uma retirada da pintura danificada, aplicação de selador e por
fim a nova pintura. As Figuras 32 e 33 demonstram esse processo.
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Figura 32: Raspagem e aplicação de selador em parede da residência 5.
Fonte: Acervo próprio (2015).
Figura 33: Aplicação de nova pintura em alvenaria da residência 5.
Fonte: Acervo próprio (2015).
A residência 5 deu a pesquisa a oportunidade de constatar uma afirmação da
bibliografia consultada, a de que uma impermeabilização mal ou não executada gera prejuízo
e retrabalho. A ocorrência dessa manifestação patológica poderia ter sido evitada apenas com
o uso de argamassa impermeabilizante nas paredes externas da residência tendo em vista que
a infiltração se deu pela água da chuva que teve contato direto com a alvenaria.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através de visitas realizadas as residência e do registro das manifestações patológicas
por meio de fotografias foi possível identificar as mesmas e também as suas causas.
A residência 1 apresentou a maior ocorrência de manifestações, tendo apresentado
fissuras acompanhadas de manchas, problemas de pintura e corrosão das armaduras da laje,
essa ultima mais preocupante pelo fato desse problema acarretar um comprometimento
estrutural da edificação.
As residências 2 e 3 apresentaram a presença de mofo, sendo que a residência 3
mostrou-se mais afetada por esse problema, fato esse ligado a idade da residência 3 que já é
mais elevada. Além do mofo a residência 3 apresentou também uma manifestação patológica
mais grave em seu revestimento, o descascamento.
A residência de numero 4 apresentou também a presença de mofo, porém, o que
chamou mais atenção foi a ocorrência de problemas na pintura, problema esse que teve a
maior ocorrência no espaço amostral analisado.
Reforçando mais ainda a ocorrência de problemas na pintura, a residência 5 também
apresentou essa manifestação patológica, sendo que na mesma teve-se a oportunidade de
registrar o método de correção dessa patologia.
Assim, pôde-se constatar através dessa pesquisa que a manifestação patológica mais
ocorrente foi os problemas de pintura. Essa patologia não afeta a edificação do ponto de vista
estrutural e tem um custo de correção relativamente baixo. Esse fato torna os problemas de
pintura causados por infiltração visto como normais por parte dos donos das residências,
levando os a ver como desnecessária a impermeabilização.
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