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Manejo Multidisciplinar dos Comportamentos Inadequados dos Pacientes Internados em PS ou Enfermarias de Saúde Mental Simone G. Alonso
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Manejo multidisciplinar

Apr 11, 2017

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Healthcare

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Manejo Multidisciplinar dos Comportamentos Inadequados

dos Pacientes Internados em PS ou Enfermarias de Saúde Mental

Simone G. Alonso

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Conforme Lei 10216/2001

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EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS

São alterações nos pensamentos, sentimentos ou comportamentos para as quais se faz necessário intervenção imediata por representar risco significativo para pacientes ou para terceiros. (Kaplan, Sadock, 1995)

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EMERGÊNCIA

Situações de emergência: 1. Delirium Tremens2. Comportamento violento3. Toxicidade por drogas4. Tentativa de suicídio

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URGÊNCIA

Situações de urgência: 1. Comportamento bizarro

2. Agitação aguda3. Embriaguez4. Avaliação de internações5. Atitudes suicidas

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ELETIVAS1. Distúrbios situacionais (familiar, trabalho)

2. Ansiedade leve ou moderada3. Relacionamento Interpessoal - “Somente quero falar”4. Questões sobre medicação - receitas, ou informações acerca de efeitos colaterais5. Pacientes conhecidos, necessitando de suporte e contínuo envolvimento em programas de trabalho comunitário.

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Estes conceitos estão ligados de forma análoga ao elo que existe entre psiquiatria de emergência e os outros níveis de atendimento de saúde mental.

Não buscar recursos por parte do paciente ou de seu sistema social, pode transformar situações eletivas em urgências ou emergências.

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Prevalência de casos de psiquiatria

■ Aumento da:■ Exposição à violência e eventos estressores, ■ Consumo de substância psicoativas ■ Envelhecimento da população,

contribuem para aumentar os transtornos mentais na população.

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Prevalência de casos de psiquiatria

■ A prevalência de transtornos

mentais na população representa

cerca de 25% dos atendimentos nos

serviços de saúde. (CREMESP, 2010)

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Prevalência de casos na Emergência

■ A proporção de atendimentos de emergências devidos a transtornos mentais gira em torno de 3% do total de atendimentos efetuados em hospital geral de emergências.

■ Um quarto destas visitas são motivadas por comportamento agitado ou violento.

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Como identificar uma Emergência Psiquiátrica?

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COMPORTAMENTO!!!

■ Definição: é toda a atividade de um ser humano passível de observação por outra pessoa.

■ Todo comportamento tem um significado.

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Tipos de Comportamento■ Deprimido / Suicida■ Ansioso■ Agitado■ Agressivo■ Suspicaz■ Alheado da Realidade■ Histérico■ Psicossomático■ Anti-social

Os comportamentos gerados por situações de sofrimento mental, que necessitam de intervenção imediata são

Emergências Psiquiátricas.

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COMPORTAMENTOS

Deprimido/Suicida Ansioso

■ Humor deprimido, crises de choro, retraimento social, alterações do sono e apetite, verbalização de sentimentos de:

■ menos-valia■ desesperança■ desamparo

■ Manifestações Físicas: tremores, cefaléia, dispnéia, taquicardia, sudorese, boca seca

■ Manifestações psicológicas: temor intenso, hipervigilância/dificuldade para concentração, insônia, diminuição da libido, “nó na garganta” ou “aperto no peito”

Alto risco para SUICÍDIO !!!

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COMPORTAMENTOS

Agitado Agressivo■ Agitação, ansiedade,

humor eufórico, discurso contínuo, incapacidade para ouvir, inquietação, hipervigilância, insônia, alterações do sono e apetite

■ Faz projetos impossíveis e propõe negócios absurdos

■ Pode apresentar delírios e alucinações auditivas

■ Expressão inadequada de sentimentos (raiva, medo, tensão e culpa):

■ Agressões verbais■ Agressões físicas■ Atuações

■ Presente em:■ Intoxicações ou

abstinência de drogas■ Estados esquizofrênicos■ Psicose aguda■ Distúrbios da

Personalidade

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COMPORTAMENTOS

Suspicaz Alheado da Realidade■ Desconfiança

extrema, crença em conspiração, isolamento social, inflexibilidade do pensamento, superioridade, interpretações errôneas dos atos alheios

■ Caracteriza-se pelo juízo de realidade deteriorado, podendo manifestar-se com:■ A) Distorções graves do

pensamento (delírios), da sensopercepção (ilusões e alucinações) e do afeto (apatia, embotamento e dissociação)

■ B) Bloqueio psicomotor catatônico ( imobilismo, mutismo, distonia muscular, olhar fixo)

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Os objetivos do atendimento são:

✓Rápido diagnóstico,

✓Estabilização do quadro - através do tratamento dos sinais de sintomas.

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Os objetivos do atendimento são:

✓ Exclusão de causas orgânicas – a anamnese e o exame físico. Exames complementares : hemograma completo, eletrólitos, ureia e creatinina, glicemia, enzimas hepáticas, fatores de coagulação, ECG, EEG.

✓ Encaminhamento.

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Diagnósticos diferenciais✓ Drogas✓ Distúrbios Emocionais, ✓ Distúrbios Metabólicas ✓ Distúrbios Endócrinas ✓ Distúrbios Nutricionais ✓ Tumores e Trauma ✓ Infecção

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Transtornos mentais decorrentes de doenças clínicas

✓ Início agudo✓ Primeiro episódio✓ Idade acima de 40 anos✓ Doença clínica atual✓ Abuso de substâncias✓ Alucinações não auditivas✓ Sinais e sintomas neurológicos

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Transtornos mentais decorrentes de abuso de substâncias

Uso de substâncias psicoativas, incluindo episódios de intoxicação e de abstinência, comumente estão associados a comportamento agitado e/ou violento.❖Álcool❖Estimulantes (cocaína, anfetamina)❖Opiáceos❖Sedativos (barbitúricos, benzodiazepínicos)❖Outras substâncias: maconha, inalantes, esteroides anabólicos

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Atenção!!!!!!!■ Agitação ou agressão não é

particularidade de nenhum transtorno mental específico.

■ Pode acompanhar qualquer diagnóstico.■ Esquizofrenia,■ Manias e depressão■ Transtornos de personalidade (baixa tolerância a

frustração, controle pobre de impulsos)

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Transtornos psíquicos mais comuns no PS.

✓ Ideação ou tentativa de suicídio

✓ Agitação e agressividade

✓ Abuso de substâncias psicoativas

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Ideação ou tentativa de suicídio:

❖ 80% por ingestão de medicamentos prescritos pelo médico.

❖ 80% deram indícios de sua intenção

❖ Abordagem inicial: risco de vida.

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Agitação e agressividade✓ Qualquer psicopatologia pode evoluir para um

quadro de agitação/agressividade✓ Pacientes agitados e/ou agressivos costumam

apresentar baixa crítica em relação à sua morbidade e juízo crítico da realidade prejudicado.

✓ Portanto, podem não reconhecer a necessidade de ajuda externa.

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■ Atos violentos dentro do hospital geralmente são resultados de percepções errôneas por parte do paciente, ou reações a membros da equipe que são intrusivos, insensíveis ou indiferentes.

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Avaliação e atendimento do paciente agressivo

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Fatores de risco para heteroagressividade

✓ Distúrbios psicóticos como esquizofrenia e mania, principalmente se o paciente está paranoide ou tendo alucinações de comando.

✓ Intoxicação ou abstinência de álcool e drogas,

✓ Excitação catatônica,

✓ Distúrbios de personalidade caracterizado por fúria e fraco controle dos impulsos.

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Os fatores que aumentam a probabilidade de um ataque de violência

✓ Agitação/intenção declarada, ✓ Ter um plano específico, ✓ Disponibilidade de meios para violência,✓ Sexo masculino, ✓ Pouca idade (entre 15 e 24 anos), ✓ Baixa situação socioeconômica,✓ Fraco sistema de apoio social,

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Os fatores que aumentam a probabilidade de um ataque de violência

✓ História de tentativas de suicídio,✓ Estressores recentes,✓ História de comportamento violento, ✓ Manipulação,✓ Portar armas ou objetos utilizáveis como tal, ✓ Agitação psicomotora,✓ Intoxicação

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Comportamento do paciente ● É o preditor mais importante de

violência iminente. ● Atenção especial aos pacientes com:

● Mãos fechadas, ● Musculatura tensa, ● Sentado na ponta da cadeira, ● Inquieto; ● Que fala alto, de forma ameaçadora ou que

blasfemia;

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Manejo do ambiente

Fonte: Revista Brasileira de Psiquiatria • vol 32 • Supl II • out2010 • S98

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Medidas preventivas do ambiente

■ Objetos, mobiliário, dimensões da sala, dentre outros

■ Interrupção do atendimento em curso (grupos, atividades abertas...)

■ Relevar ordem de atendimento. Abordagem rápida.

■ Redução de estímulos ambientais (contenção de espaço)

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Manejo comportamental atitudinal

✓ O objetivo é estabelecer uma relação com o paciente o mais próxima possível de um vínculo de confiança e respeito.

✓ Este atendimento deve favorecer que o paciente sinta-se acolhido e o seu sofrimento reconhecido, levando ao estabelecimento de num esforço mútuo controlar a agressividade.

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ENTREVISTAO relacionamento entre o

entrevistador/entrevistado influencia diretamente no que o paciente diz ou não.

Tanto quanto possível, é importante ser franco, honesto, apoiador, compreensivo, não expressar irritação, hostilidade ou ameaças.

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O profissionalDeve ter:✓ Atitude calma, firme e segura, ✓ Estabelecer limites claros. ✓ Transmitir ao paciente a ideia de que se

está no controle, e agirá pronta e decisivamente, caso ele se descontrole, para proteger e evitar ferimentos a si mesmo e a terceiros.

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A abordagem✓ Não enfrente o paciente diretamente nem

tome atitudes punitivas.

✓ A autoestima do paciente é um ponto importante. Evite atitudes paternalistas ou críticas.

✓ Transmita atitude de respeito e autêntico envolvimento na solução do problema.

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Manejo atitudinal/comportamental

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Quando o técnico não sabe o que dizer, o melhor

enfoque é ouvir.

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CÍRCULO VICIOSO DO PACIENTE AGITADO

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Como intervir

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COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICAInstrumento para estabelecer a

Interrelação

ATENÇÃO!!!OBSERVAÇÃO!!!

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COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA

■ Tentar formar vínculo■ Manter canal aberto de comunicação

■ Olhar e ouvir atentamente■ Respeitar pausas silenciosas■ Não completar frases■ Controlar a comunicação não verbal

■ Ajudar a vítima a vir para a realidade■ Reconhecer e atuar em tentativas de

manipulação

Só para lembrar!

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COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA

■ Mentir, prometer, seduzir■ Chamar por nomes jocosos■ Ser agressivo e ríspido■ Ameaçar e desafiar a vítima■ Julgar, dar opinião pessoal ou “aconselhar”

O QUE NÃO FAZER !!!

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Manejo GeralA primeira e mais importante medida a

ser tomada frente a um paciente em emergência é PROTEGER-SE.

O manjo verbal é SEMPRE a primeira escolha.

A avaliação do risco que o paciente oferece é realizada constantemente.

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Manejo GeralNão se coloque em uma situação na qual

possa ser agredido:✓ Fique dentro do campo de visão de

outros membros da equipe. ✓ Pode ser necessário tirar colares e

brincos, ✓ Jamais entreviste um paciente que

tenha qualquer tipo de arma.

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Manejo Geral✓ Nunca chegue muito próximo a um

paciente paranóide, ✓ Mantenha-se a pelo menos um braço de

distância de qualquer paciente potencialmente violento.

✓ Não desafie ou enfrente um paciente psicótico.

✓ Sempre deixe uma via de escape aberta,

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Condutas■ Contenção Verbal: usar todos os

recursos da comunicação terapêutica■ Contenção de espaço: diminuição de

estímulos■ Contenção Química: usar os princípios do

preparo e administração de drogas■ Contenção Física/mecânica : realizar a

ação em grupo. Respeitar a técnica.

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MANEJO FARMACOLÓGICO ✓ Quando for necessário utilizar medicação

deve-se valer do princípio da tranquilização máxima com mínima sedação.

A sedação é considerada um efeito indesejado!✓ Entende-se por tranquilização rápida a

obtenção de redução significativa dos sintomas de agitação e agressividade sem a indução de sedação mais profunda ou prolongada, mantendo-se o paciente tranquilo, mas completa ou parcialmente responsivo.

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Medicações mais utilizadas ■ Antipsicóticos convencionais: haloperidol

e clorpromazina;

■ Benzodiazepínicos: diazepam, lorazepam e midazolam;

■ Antipsicóticos de nova geração, como olanzapina, ziprasidona, aripiprazol.

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Antipsicóticos de baixa potencia

■ Clorpromazina, levomepromazina

■ Consideradas pouco seguras porque podem provocar sedação excessiva, hipotensão, arritmias cardíacas e diminuição do limiar convulsivo.

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Antipsicóticos de alta potencia

■ Haloperidol ■ Apresentam menor incidência de sedação

excessiva ou hipotensão, menor probabilidade de arritmias cardíacas e menor efeito na redução do limiar convulsivo.

■ Por outro lado, têm maior chance de provocar sintomas extrapiramidais, como distonia aguda e acatsia – que pode ser erroneamente interpretada como piora da agitação psicomotora.

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Antipsicóticos de nova geração

■ Olanzapina, ziprazidona■ Apresentam melhor perfil de efeitos

colaterais, com boa eficácia em reduzir a agitação, sem causar sedação excessiva e com menor risco de ocorrência de sintomas extrapiramidais.

■ Por outro lado, os custos são bem maiores, para um perfil de eficácia semelhante, particularmente para o manejo de uma situação aguda.

Page 54: Manejo multidisciplinar

Algoritimo de atendimento

Fonte: medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1436/agitacao_psicomotora.htm

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O Manejo do Paciente Suicida

1º- Manejo das complicações médicas decorrentes tais como cortes, fraturas e intoxicações;

2º - Avaliação do risco de nova tentativa;3º - Decidir liberar ou internar?

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Algoritimo de atendimento

Page 57: Manejo multidisciplinar

O Manejo do Paciente SuicidaAvaliação do risco:

● Vida ou a morte do paciente.● Decisão não apenas sobre um diagnóstico,

mas sobre um prognóstico,● Avaliação do paciente acontece na

emergência e o profissional não o conhece profundamente,

● Conhecimento dos fatores de risco é um importante guia no manejo e na decisão da conduta a ser tomada.

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O Manejo do Paciente Suicida■ Questionar direta e francamente se ainda

tem vontade de acabar com a própria vida, ou se conseguiria controlar-se.

■ Muitas vezes o desabafo do paciente é o suficiente para tirá-lo de sua situação de angústia e sofrimento pessoal.

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O Manejo do Paciente Suicida■ A internação inadequada pode trazer

apenas prejuízos, para o sistema e para o paciente, porém

■ A não internação pode significar uma nova tentativa.

Page 60: Manejo multidisciplinar

O Manejo do Paciente SuicidaCritérios de avaliação:● Paciente psicótico, com presença de delírios,

ideia de comando ou alucinações. ● Alteração do nível de consciência,

impossibilitando a avaliação na emergência (ex: intoxicação).

● Quando não existe modificação na ideação suicida,

● Pouco ou nenhum suporte familiar. ● Tentativas frequentes ou em escalada. ● Quando o médico ainda tiver dúvidas.

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O Manejo do Paciente SuicidaDesde que os critérios anteriores sejam

descartados, pode-se partir para um ACORDO envolvendo o médico, paciente e familiares, considerando-se alguns princípios:

■ O paciente declare que os impulsos estão sob controle.

■ O paciente refere comunicar quando sentir uma piora do quadro de ideação suicida.

■ Se dispõe a realizar consultas frequentes.

Page 62: Manejo multidisciplinar

O Manejo do Paciente Suicida■ O médico dispõe-se a atendê-lo em qualquer

momento ou manter suporte imediato. ■ Reduzir fatores estressantes ou que

desencadearam a tentativa. ■ Garantir apoio incondicional dos familiares e

amigos. ■ Construir apoio realista no qual o paciente

possa reconhecer um motivo legítimo para o suicídio.

■ Oferecer alternativas para o suicídio.

Page 63: Manejo multidisciplinar

O Manejo do Paciente Suicida■ Manter o paciente sob vigilância e longe de

armas, medicamentos, cordas, mangueiras de chuveiro, janelas ou qualquer outro objeto que possa predispor o paciente a um novo ato.

■ Não deixar o paciente tomar decisões importantes. Uma decisão mal tomada pode ser motivo de uma nova tentativa de suicídio.

■ Evitar comentários que transformem o ato em algo como "fraqueza pessoal", "covardia" e outros.

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AVALIAÇÃO DO RISCO DE SUICÍDIO (ROY, 1989)

CARACTERÍSTICAS DEMOGRÁFICASVariável Alto Risco Baixo

Risco

Idade Sexo Situação conjugal Emprego

> 45 anos masculino divorciado/viúvo desempregado

< 45 anos feminino casado empregado

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AVALIAÇÃO DO RISCO DE SUICÍDIO (ROY, 1989)

RELAÇÕESVariável Alto Risco Baixo

Risco

Relações interpessoais conflituosas estáveis

Estrutura familiar caótica/conflituosa estável

Page 66: Manejo multidisciplinar

AVALIAÇÃO DO RISCO DE SUICÍDIO (ROY, 1989)

SAÚDEVariável Alto Risco Baixo

Risco

Física doença crônica hipocondria uso excessivo de medicamentos

Boa sente-se bem pouco uso

Mental depressão severa, psicose transt. pers. severo alcoolismo/abuso de drogas

depressão moderada neurose person. normalbebedor social

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AVALIAÇÃO DO RISCO DE SUICÍDIO (ROY, 1989)

ATIVIDADE SUICIDAVariável Alto Risco Baixo

RiscoIdeação suicida freqüente/intensa

prolongada Infreqüente/leve transitória

Tentativas de suicídio múltiplas planejada salvamento improvável desejo de morrer auto-acusação método letal

primeira impulsiva salvamento provável desejo de mudar raiva método não letal

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AVALIAÇÃO DO RISCO DE SUICÍDIO (ROY, 1989)

RECURSOSVariável Alto Risco Baixo

Risco

Pessoais poucas aquisições insight pobre afeto pobre e pouco controlável

muitas aquisições bom insight afeto adequado

Sociais isolamento família pouco envolvida

bom envolvimento integração família envolvida