Ministério da Ciência e Tecnologia Comissão Nacional de Energia Nuclear Instituto de Radioproteção e Dosimetria MANEJO AGRíCOLA E TEORES DE RADIONUClíDEOS NATURAIS EM VEGETAIS CULTIVADOS NO RIO DE JANEIRO Aluno Fernando Carlos Araujo Ribeiro Orientadora Ora. Dejanira da Costa Lauria RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL OUTUBRO DE 2004
78
Embed
MANEJO AGRíCOLA E TEORES DE RADIONUClíDEOS NATURAIS ...
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Ministério da Ciência e TecnologiaComissão Nacional de Energia NuclearInstituto de Radioproteção e Dosimetria
MANEJO AGRíCOLA E TEORES DERADIONUClíDEOS NATURAIS EM VEGETAIS
CULTIVADOS NO RIO DE JANEIRO
Aluno
Fernando Carlos Araujo Ribeiro
Orientadora
Ora. Dejanira da Costa Lauria
RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL
OUTUBRO DE 2004
ANEXO I
Fernando Carlos Araujo Ribeiro
MANEJO AGRíCOLA E TEORES DE RADIONUClíDEOS NATURAIS EM VEGETAIS
CULTIVADOS NO RIO DE JANEIRO
Dissertação aprovada para obtenção do
Grau de Mestre pelo Programa de Pós-Graduação
em Radioproteção e Dosimetria do Instituto de
Radioproteção e Dosimetria da Comissão
Nacional de Energia Nuclear na área de
Radioecologia
Orientadora: Dra. Dejanira da Costa lauriaIRD/CNEN
Rio de Janeiro - Brasil
Instituto de Radioproteção e Dosimetria - Comissão Nacional de Energia Nuclear
Coordenação de Pós-Graduação
2004
ANEXO 11
Ribeiro, Fernando Carlos Araujo
Manejo agrícola e teores de radionuclídeos naturais em vegetaiscultivados no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: IRD, 2004.
Xii, 61 p. 29,7 cm: il. Graf., tab.
Dissertação (mestrado) - Instituto de Radioproteção e Dosimetria
Rio de Janeiro, 2004.
1. Vegetais. 2. Fertilizantes. 3. Isótopos de rádio. 4. Incremento de
dose. 5. Fator de transferência solo-planta.
I - Instituto de Radioproteção e Dosimetria. 11 - Título.
ii
ANEXO 111
MANEJO AGRíGOLA E TEORES DE RADIONUCLíDEOS NATURAIS EM VEGETAIS
CULTIVADOS NO RIO DE JANEIRO
Fernando Carlos Araujo Ribeiro
DISSERTAÇÃO SUBMETIDA À COMISSÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO DO INSTITUTO DE
RADIOPROTEÇÃO E DOSIMETRIA DA COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR
COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DE GRAU DE
MESTRE EM RADIOPROTEÇÃO E DOSIMETRIA.
Aprovada por:
Dejanira da Costa Lauria - IRD/CNEN
Dra. Adelaide Maria Gondin da Fonseca Azeredo - IRD/CNEN
Dra. Irene Baptista de Alleluia - INT
Dra. Kenya Moore de Almeida Dias da Cunha - IRD/CNEN
RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL
OUTUBRO 2004
iii
ANEXO IV
o presente trabalho foi desenvolvido no Instituto de Radioproteção e Dosimetria da
Comissão Nacional de Energia Nuclear, sob orientação da Prof. Ora. Dejanira da Costa
Lauria, com auxílio concedido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES).
iv
Ao meu avô Abílio de Araújo, in memorian, com todo o amor e toda a saudade.
À Maria Eduarda Borges, que acaba de chegar neste mundo.
À vida que se renova.
Dedico
AGRADECIMENTOS
A Deus, por estar presente no meu dia a dia, por me dar forças e manter a minha fé, e
por colocar no meu caminho tantas pessoas incríveis.
Aos meus pais, Nelson e Regina, quem eu tanto amo. Meu mestrado só foi possível
porque tive o apoio de vocês, assim como em toda a minha vida. Se em algumas linhas for
possível expressar toda a minha gratidão, faço nestas agora.
Aos meus irmãos, Maurício e Renan, e minhas avós, Léa e limar, pela companhia, que
foi e sempre será muito importante. Deus foi muito bondoso colocando em minha vida
pessoas tão maravilhosas como todos os da minha família. Especialmente à "VÓ" Léa, pelo
apoio que me deu, que será sempre reconhecido e pelo qual sou muito grato, pois vai além
da questão material. Obrigado por cada bênção, por cada oração.
À minha orientadora, doutora Dejanira da Costa Lauria. O meu sucesso no meio
acadêmico é reflexo do seu. Muito mais que orientadora, fostes minha amiga e grande
conselheira, me ensinou a trilhar os caminhos ora largos e ora estreitos da pesquisa
científica. Obrigado pelo incentivo, pelo apoio, obrigado pela grande honra de ser seu
orientando de mestrado. Serei sempre grato, sempre seu aluno.
Aos meus amigos da iniciação científica e alunos do mestrado no IRD, companheiros
de estudos e trabalhos, obrigado pela companhia. Principalmente aos amigos e
companheiros bolsistas do Serviço de Avaliação do Impacto Ambiental (SEAIA), Aline
Gonzales Viana, Evana Abrantes do Nascimento Antunes, Esaú Francisco Sena dos Santos,
Flavia Bartoly Rosa, Isabel Cristina dos Reis Lima e Silva, Michele Maria da Silva.
São tantos os amigos aos quais gostaria de agradecer aqui que seria necessário
escrever mais uma dissertação. Mas eu não poderia deixar de citar Laércio Lara de
Carvalho, Sueli da Silva Peres, Mônica Aquino Pires do Rio, Horst Fernandes, Mariza
Ramalho Franklin, Maria Angélica Vergara Wasserman e todos os demais amigos da SEAIA,
Roosevelt Rosa, da CNEN/SEDE; Maria José Machado e os amigos do IRD em geral, e
Andrés Reinaldo Rodriguez Papa, do Observatório Nacional.
Aos amigos pessoais: Eliane Eugênia dos Santos, Paula Carreira Monteiro de Barros e
família, Giovanna Bitte de Oliveira e Rodi Provenci, Caio Azevedo de Oliveira e família;
Lidiane Fonseca de Lima, Regilane Carvalho Borges.
A muitos outros amigos quero agradecer, mas um agradecimento especial vai para
Natasha Guilera Salgado. Obrigado pelo incentivo, pelo ombro amigo.
ii
Um grande agradecimento à Luciana Rocha Hirsch, pelo companheirismo, pelo
carinho, pela presença, pela compreensão, pelo estímulo.
De todo o coração, muito obrigado:
A CAPES, pela concessão de bolsa de estudos para realização deste curso.
Aos professores do Curso, pelos ensinamentos, colaborações, incentivos e
companheirismo.
Aos funcionários do Serviço de Análises Ambientais (SEANA) do IRD, pela amizade,
pelo auxílio direto: Ana Cristina de Melo Ferreira, Virgínia Medeiros, Fernando Antonio
Coelho Gonçalves, Heliane Zylberberg, Cláudio de Carvalho Conti, Zenildo Lara de
Carvalho, José Ricardo de Luna Garcia, Carlos Henrique Romeiro, Vicente de Paula Melo,
Ricardo Pinheiro Lobo, Maria Lucia Godoy.
À secretária da Pós Graduação em Radioproteção e Dosimetria, Ângela Marta
Casemiro, pela atenção, amizade e serviços prestados.
À Doutora Irene Baptista de Alleluia, do INT, e aos amigos da PESAGRO: Fábio
Ambrosio Loureiro, da EENF, e aos funcionários do Campo Experimental de Avelar (EEI).
Às funcionárias da Biblioteca do IRD, Dilma Monteiro Silva e Elizabete Barros Correa
Ferreira.
Ao Instituto de Radioproteção e Dosimetria pela oportunidade concedida para a
realização do curso de Mestrado.
A todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para elaboração desse trabalho.
Por último, mas não menos importante, aos agricultores de Paty do Alferes e Nova
Friburgo, cujas contribuições foram importantíssimas para este trabalho.
A todos listados aqui, e aos que eu por descuido não relacionei nesta página, meus
mais sinceros agradecimentos e meu desejo que Deus os abençoe sempre.
No Brasil, segundo os dados do Censo do IBGE de 2000, somente 6,8% da população
acima dos 25 anos chega a cursar o nível superior (graduação, mestrado ou doutorado).
Meus companheiros de mestrado e eu fazemos parte de um seleto time de brasileiros que
tem acesso a tal grau de Educação. Em um país de 24 milhões de analfabetos, grande é a
nossa missão, e maior ainda é nossa responsabilidade. Seja na pesquisa científica ou em
qualquer atividade que concorra para o desenvolvimento nacional, mais que justo é
devolvermos todo o grau de instrução que nos foi proporcionado. Trabalhar para que isto
realmente ocorra é um dever e uma honra, a honra de contribuir para o desenvolvimento de
tecnologias e conhecimento que concorram para o aumento da qualidade de vida de nosso
povo.
iii
"Os bens mais valiosos que um homem pode possuir são intocáveis, mas conhecidos de
todos:
O sorriso sincero, com o propósito de revelar satisfação;
A honra da honestidade;
O conhecimento e as atitudes pensadas;
A simplicidade e a humildade do caráter;
A generosidade diante de situações do dia-a-dia."
"Palavras de otimismo e entusiasmo", editora Eko.
iv
RESUMO
O consumo de alimentos é uma importante rota de exposição interna dos seres
humanos à radiação emitida pelos radionuclídeos. Sabe-se que os fertilizantes químicos,
principalmente os fosfatados, contém teores variáveis de urânio e tório e dos produtos de
seus decaimentos radioativos, e desta forma contribuem para o aumento dos teores de
radionuclídeos naturais nos vegetais, ocasionando um aumento na dose a qual os
consumidores estão expostos. Os objetivos deste trabalho foram investigar os teores de
radionuclídeos nos vegetais cultivados sob diferentes manejos e fornecer informações sobre
as concentrações de radionuclídeos em fertilizantes brasileiros, obtendo dados de fatores de
transferência em vegetais cultivados no Brasil.
Nas amostras de fertilizantes fosfatados as concentrações de 226Ra variaram entre 35 e
430 Bq.kg-1, enquanto as concentrações de 228Ra variaram entre 32 e 176 Bq.kg-1. As
amostras de superfosfato simples apresentaram as maiores concentrações. Nos fertilizantes
orgânicos os valores de concentração variaram entre 14 e 51 Bq.kg-1para 226Ra e entre 34 e
142 Bq.kg-1 para 228Ra. Dentre estes fertilizantes, as mais elevadas concentrações foram
encontradas nas amostras de esterco bovino.
De modo geral, as culturas estudadas (alface, cenoura e feijão) não apresentaram
diferença estatisticamente significante entre os valores de concentrações, para vegetais
oriundos dos manejos convencional e orgânico. O mesmo foi observado em relação aos
fatores de transferência solo-planta, cujos valores foram de 2,56 E-02 para 226Ra e 3,56 E-02
para 228Ra na cultura do feijão, e 3,74 E-02 para 226Ra e de 4,74 E-02 para 228Ra na cultura
da alface. Na cultura da cenoura, o fator de transferência de 226Ra foi de 5,79 E-02 para os
dois manejos, enquanto o valor encontrado para 228Ra na cultura orgânica (1,14 E-01) foi
superior ao valor observado na cultura convencional (3,94 E-02).
Para a cultura do feijoeiro, os valores de concentração encontrados nas amostras do
manejo de subsistência foram inferiores aos valores encontrados nos manejos convencional
e orgânico, demonstrando que tanto o fertilizante orgânico quanto o fosfatado foram
responsáveis pelo aumento das concentrações de feijão cultivados naquelas culturas. Este
aumento foi estimado em 1 Bq.kgseco-1 de 226Ra e 2 Bq.kgseco-1 de 228Ra, o que implica em
um incremento de dose de 9,5 IJSv.a-1.
As amostras de alface coletadas no manejo hidropônico apresentaram as menores
concentrações de 226Ra e 228Ra, refletindo os baixos teores encontrados nas soluções
nutritivas.
v
ABSTRACT
The food consumption is an important way of internai exposition of human beings to
ionizing radiation. The chemical fertilizers, mainly the phosphate, may contain uranium and
thorium and their decay radioactive products in significant leveis. This way, the amount of
natural radionuclides in vegetables can increase as well as the dose due to food
consumption to consumers. This research aims to investigate the levei of radionuclides in
vegetables which were grown under different tiIIages and to obtain information about
radionuclides concentrations in Brazilian fertilizers as well as it aims to get data of transfer
factors for vegetables cultivated in Brazil.
In the phosphate fertilizer samples, the concentrations of 226Ra varied from 35 to 430
Bq.kg'1, whereas the 228Ra concentrations ranged from 32 to 176 Bq.kg'1. Among the
phosphate fertilizers, the highest radium concentrations were found in the super phosphate
one. The values of radium concentrations in organic fertilizers varied from 14 to 51 Bq.kg'1 for
226Ra and from 34 to 142 Bq.kg,1 for 228Ra. Among these fertilizers the highest concentrations
were found in bovine manure
Significant statistical differences were not observed between the concentration of 226Ra
and 228Ra in the vegetables cultivated in conventional tiIIage and the ones cultivated in
organic tiIIage. The same was observed for the soil-to-plant transfer factors, whose values
were 2.56 E-02 for 226Ra and 3.56 E-02 for 228Ra for the bean crop, 3.74 E-02 for 226Ra and
4.74 E-02 for 228Ra to lettuce crop. For carrot, the 226Ra transfer factor value for the two
tiIIages was 5.79 E-02, while the value for 228Ra in the organic tiIIage (1.14 E-01) was higher
than the value observed in the conventional tiIIages (3.94 E-02).
For the culture of the bean, the values of concentration found in the samples of the
subsistence handling had been inferior to the values found in the conventional and organic
tiIIage, demonstrating that as much the organic fertilizer as the phosphate one had been
responsible for the increase of the cultivated beans concentrations in those cultures. This
increase was estimated in 1 Bq.kgdr/ of 226Ra and 2 Bq.k9dry,1 of 228Ra, what implies in an
increment of dose of 9.5 IJSv.a'1.
The collected samples of lettuce in the hydroponic tiIIage presented low concentrations
of 226Ra and 228Ra, reflecting the low contents found in the nutritional solutions.
vi
SUMÁRIO
RESUMO v
ABSTRACT vi
CAPíTULO 1 - INTRODUÇÃO 1
CAPíTULO 2 - FUNDAMENTOS TEÓRICOS 3
2.1 Os elementos radioativos naturais 5
2.1.1 226Ra e 228Ra 6
2.1.2 210Pb 7
2.1.3 Radionuclídeos naturais em fertilizantes 8
2.1.4 Mecanismos de absorção e Razão de Concentração 13
2.1.5 Influência do manejo agrícola para a absorção de radionuclídeos naturais 15
2.1.6 Radionuclídeos naturais em vegetais da dieta da população da cidade
do Rio de Janeiro 16
3.1 Coleta de amostras no cultivo experimental do feijoeiro comum (Phaseolus
vulgaris) 18
3.2 Coleta de amostras na cultura da alface (lactuca sativa) e da cenoura (Daucus
carota) 21
3.3 Preparo das amostras de vegetais, de solo, corretivos, fertilizantes e água de
irrigação 22
3.4 Análises radioquímicas e radiométricas
3.5 Análise estatística dos dados
23
25
CAPíTULO 4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO 26
4.1 Radionuclídeos em fertilizantes
4.2 Radionuclídeos nas amostras de água de irrigação
26
28
vii
4.3 Radionuclídeos em vegetais
4.3.1 Feijão
4.3.2 Alface
4.3.3 Cenoura
4.4 Discussão geral
29
29
32
36
41
CAPíTULO 5 - CONCLUSÕES .45
CAPíTULO 6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .47
ANEXO V 52
viii
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 Série do decaimento radioativo do 238U .. , 5
Figura 2.2 Série do decaimento radioativo do 232Th 6
Figura 2.3 Fluxograma do processo de obtenção de fertilizantes fosfatados por via úmida
com ácido sulfúrico 10
Figura 3.1 Aspecto visual das parcelas experimentais aos 20, 35 e 50 dias após o
plantio 20
Figura 3.2 Aspectos do cultivo da alface sob manejos convencional, hidropônico e orgânico
em Nova Friburgo 21
Figura 4.1. Distribuição dos valores de concentração de isótopos de Ra nos fertilizantes
fosfatados 27
Figura 4.2. Distribuição dos valores de concentração de isótopos de Ra nos fertilizantes
orgânicos 27
Figura 4.3. Distribuição dos valores de concentração dos radioisótopos nas amostras de
feijão convencional e orgânico 29
Figura 4.4. Distribuição dos valores de concentração dos isótopos de 226Ra, 228Ra e 210Pb em
amostras de alface cultivadas em diferentes tipos de manejo 33
Figura 4.5. Distribuição de 226Ra, 228Ra e 210Pb em amostras de cenoura cultivadas sob
diferentes manejos 37
Figura 4.6. Distribuição de 226Ra em amostras de cenoura cultivadas sob diferentes
manejos 38
ix
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1 Elementos químicos considerados essenciais para as especles
vegetais 4
Tabela 2.2 Concentrações de urânio, tório, 226Ra e 228Ra (em Bq.kg-1) em rochas fosfáticas
de diferentes origens 11
Tabela 2.3 Concentração de radionuclídeos em fertilizantes e no fosfogesso 12
Tabela 2.4 Fator de Transferência de isótopos de rádio em vegetais 15
Tabela 3.1 Características físico-químicas do solo antes da implantação do experimento........19
Tabela 3.2 Características químicas e pH dos solos amostrados em Nova Friburgo-RJ, para as
culturas de alface e cenoura cultivadas sob os diferentes manejos 23
Tabela 4.1 Concentrações de 226Ra e 228Ra (Bq.kg-1) nos insumos e nas soluções nutritivas
(Bq.r1) utilizados no experimento de feijão e nas culturas de tomate, alface e cenoura 26
Tabela 4.2 Média geométrica, desvio geométrico, valor mínimo e máximo da concentração de
226Ra, 228Ra e 210Pb nas amostras de feijão 30
Tabela 4.3 Média geométrica, desvio geométrico, valor mínimo e máximo da concentração de
226Ra e 228Ra nas amostras de solo do experimento de feijão 31
Tabela 4.4 Média geométrica, desvio geométrico, valor mínimo e máximo, em Bq.kg-1, do Fator
de Transferência solo-planta para 226Ra e 228Ra nas amostras de feijão 32
Tabela 4.5 Média geométrica, desvio geométrico, valor mínimo e máximo da concentração de
226Ra, 228Ra e 210Pb nas amostras de alface 34
Tabela 4.6. Média geométrica, desvio geométrico, valor mínimo e máximo da concentração de
226Ra e 228Ra nas amostras de solo na cultura da alface 35
Tabela 4.7. Média geométrica, desvio geométrico, valor mínimo e máximo, em Bq.kg-1, do Fator
de Transferência solo-planta para 226Ra e 228Ra na cultura da alface 36
Tabela 4.9 Média geométrica, desvio geométrico, valor mínimo e máximo da concentração
de 226Ra, 228Ra e 210Pb nas amostras de cenoura (em Bq.kg-1 seco) 39
Tabela 4.10 Média geométrica, desvio geométrico, valor mínimo e máximo da concentração
de 226Ra e 228Ra nas amostras de solo para a cultura da cenoura .40
x
Tabela 4.11 Média geométrica, desvio geométrico, valor mínimo e máximo, em Bq.kg-1, do
Fator de Transferência solo-planta para 226Ra e 228Ra na cultura da cenoura .41
Tabela 4.12 Média geométrica, desvio geométrico, valor mínimo e máximo da concentração de
226R 228R 210Pb t d ç "A d b . tA . 43a, a e nas amos ras o lelJao e su SIS encla o.o 0 o .
Tabela 4.13 Concentração de 226Ra e 228Ra nos solo da área experimental antes da
implantação do experimento e no solo do cultivo de subsistência .43
xi
LISTA DE SíMBOLOS
a - radiação alfa, é uma particular carregada emitida pelo núcleo do átomo. Esta partícula
tem a mesma carga elétrica e a massa de um átomo de hélio (2 prótons, 2 nêutrons).
~ - radiação beta, uma particular carregada, também emitida pelo núcleo do átomo ou por
um nêutron, com a mesma carga e mesma massa de um elétron.
Bq.kg'1 ou Bq.r1- Concentração de atividade por quilo ou litro. É definida como a taxa de
transformações nucleares de um material radioativo, usada como medida da quantidade de
um radionuclídeo. 1Becquerel =1 transformação por segundo.
CNPAF - Centro Nacional de Pesquisas de Arroz e Feijão.
CNPS - Centro Nacional de Pesquisa de Solo.
DNPM - Departamento Nacional de Pesquisas Minerais.
EENF - Estação Experimental de Nova Friburgo.
EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
EPA - Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos.
FT - Fator de transferência.
IAEA - Agência Internacional de Energia Atômica.
ICRP - Comitê Internacional de Proteção Radiológica.
INT - Instituto Nacional de Tecnologia.
IRD - Instituto de Radioproteção e Dosimetria.
IUR - União Internacional de Radioecologistas.
KeV - unidade de energia empregada na física da radiações, definida como a energia
depositada por um elétron em movimento com a diferença de potencial de 1 volt. 1 eV =1,6 x 10.19 joule aproximadamente. 1 KeV = 1000 eV.
MAP - mono amônio fosfato, um tipo de fertilizante fosfatado.
MKP - fosfato monopotássico, fertilizante fosfatado e potássico utilizado na hidroponia.
NPK - fertilizantes químicos com teores de nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K).
PESAGRO - Empresa de Pesquisa Agrícola do Estado do Rio de Janeiro.
SEANA - Serviço de Análises Ambientais, divisão do IRD.
UNSCEAR - Comitê Cientifico da Organização da Organização das Nações Unidas.
J.lSV - micro Sievert. Sievert é a unidade de dose efetiva, uma medida de dose que reflete o
detrimento causado pela dose.
xii
CAPíTULO 1- INTRODUÇÃO
o consumo de alimentos é uma importante rota de exposlçao interna dos seres
humanos à radiação emitida pelos radionuclídeos. Devido à importância dos alimentos para
a saúde humana, níveis de radionuclídeos em alimentos têm sido determinados em muitos
Tabela 4.13 Concentração de 226Ra e 228Ra nos solo da área experimental antes da
implantação do experimento e no solo do cultivo de subsistência.
AmostraSolo original
Solo subsistência
226R (B k -1 )a q. 9 solo
57 ±261 ± 2
228R (B k -1 )a q. 9 solC?
80 ± 377 ± 3
Numa aproximação grosseira, considerando que a população carioca consumisse o
feijão plantado nesta região de Paty de Alferes, e considerando um consumo anual de 14
kg.a-1 (IBGE, 1995) o incremento de dose na população carioca devido ao uso de
43
fertilizante na cultura do feijão seria de 3,0 IJSv.a-1 devido ao 226Ra e 6,5 IJSv.a-1 devido
ao 228Ra, perfazendo um total de 9,5 IJSv.a-1. Comparando-se a produtividade alcançada
com os dois tipos de cultura: convencional e orgânica, 1840 kg.ha-1 e 1200 kg.ha-1,
respectivamente conclui-se que em relação ao rádio, e muito provavelmente em relação
aos outros radionuclídeos, a cultura convencional deve ser priorizada, uma vez que o
benefício, que seria a diminuição da dose devido ao cultivo orgânico não existe. Os custos
estimados para as duas culturas seriam R$ 680,00. h-1 para a cultura convencional e R$
210,00 por hectare para a cultura orgânica. A comparação do lucro obtido nas duas
culturas vai depender do preço de mercado do feijão orgânico.
Para a cultura de subsistência, infelizmente não foi possível estimar a produtividade.
44
CAPíTULO 5 - CONCLUSÕES
Foram analisados diferentes tipos de fertilizantes e corretivos agrícolas utilizados na
agricultura comercial do estado do Rio de Janeiro. Os valores de concentração
encontrados nos fertilizantes fosfatados, variando entre <0,001 e 430 Bq.kg,1 de 226Ra e
entre <0,002 e 176 Bq.kg,1 de 228Ra, são relativamente baixos quando comparados com
os fertilizantes utilizados em outros paises e reportados na literatura internacional.
Os valores de concentração nos fertilizantes orgânicos variaram entre 14 e 51
Bq.kg'1 para 226Ra e entre 34 e 142 Bq.kg'1 para 228Ra. Dentre estes fertilizantes, as
concentrações mais elevadas foram encontradas nas amostras de esterco bovino, cujos
valores de concentrações se assemelharam a alguns dos valores encontrados nos
fertilizantes fosfatados.
Devido à baixa concentração de rádio encontrada nos fertilizantes e as quantidades
utilizadas, os fertilizantes não aumentaram significativamente as concentrações de rádio
no solo. No entanto, a comparação entre as quantidades de rádio adicionadas ao solo
nas culturas orgânicas e convencionais mostrou que, devido às elevadas quantidades
utilizadas, o esterco bovino adiciona maior quantidade de Ra ao solo do que o fertilizante
fosfatado.
Os vegetais cultivados nos manejos orgânicos e convencionais (feijão, alface e
cenoura) apresentaram valores de concentração de 226Ra, 228Ra e 21°Pb similares,
indicando que a influência destes tipos de manejo nos teores de radionuclídeos não é
significativa. No entanto, os resultados obtidos no cultivo da cenoura mostraram que
dependendo das características do solo e das do adubo orgânico utilizado, concentrações
mais elevadas dos radioisótopos poderiam ser encontradas em vegetais cultivados sob
manejo orgânico.
Tanto o fertilizante fosfatado quanto o adubo orgânico são capazes de fornecer rádio
para os vegetais, em teores equivalentes. A quantidade de Ra adicionada ao feijão pelos
fertilizantes é estimada em cerca de 1 Bq.kgseco·1 de 226Ra e 2 Bq.kgseco,1 de 228Ra,
equivalendo numa primeira aproximação a um incremento de dose na população carioca
de 9,5 IJSv.a'1.
Os vegetais cultivados sob o manejo hidropônico, no entanto, apresentaram teores
de radioisótopos bem inferiores aqueles das outras culturas, o que é imputado às baixas
concentrações dos radioisótopos encontrados na solução nutritiva.
45
Foram estimados fatores de transferências solo-planta para o feijão, a alface e a
cenoura. Os valores estimados para o feijão, 2,56 E-02 para 226Ra e 3,56 E-02 para 228Ra
ou são superiores ou encontram-se no limite superior da faixa de dados reportados na
literatura, enquanto que o valor único encontrado para os dois isótopos em alface 4,20E
02 e aquele encontrado para 226Ra em cenoura, 5,79 E-02, são compatíveis com os
reportados na literatura. O valor de FT encontrado para 228Ra em cenoura na cultura
orgânica, 1,14 E-01, é superior ao valor observado na cultura convencional, 3,94 E-02,
indicando a influência do adubo orgânico na absorção do isótopo por este vegetal.
Estudos deverão ser conduzidos nas amostras coletadas para avaliar a influência
dos fertilizantes e dos tipos de manejo nas concentrações de urânio e metais pesados nas
amostras de vegetais e de solos coletadas.
46
CAPíTULO 6 . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBUQUERQUE, G. A. S. C., 1996. A produção de fosfato no Brasil: uma apreciaçãohistórica das condicionantes envolvidas. Séries Estudos e Documentos,CETEM/CNPq, 130p.
AMARAL, E. C. S., 1992. Modificação da exposição à radiação natural devido a atividadesagrícolas e industriais numa área de radioatividade natural elevada no Brasil. Tese,D. Se, UFRJ, Rio de Janeiro, 132p.
BORTOLl, M.; GAGLlONE, P., 1972. Radium-226 in environmental fertilizers and foods.Hea/th Physics, v. 32, p. 43-48.
CAMELO, L. G. L.; MIGUEZ, S. R.; MARBÁN, L., 1997. "Heavy metais input withphosphate fertilizers used in Argentina". The Science of the Total Environment, n.204, pp. 245-250.
CARVALHO, P.F.,1995. Po-210 and Pb-210 intake by the portuguese population: dietaryintake of Po-210 and Pb-210. Health Physics, p. 469-480.
CHEN, J.; GAO, J., 1993. The Chinese total diet study in 1990. Part I: Chemicalcontaminants. Journal ofAOAC International, v. 76, n. 6, p. 1193-1199.
CONTI, L. F., 1995. Programa de análise estatística e gráfica de dados, WINGRAF.Instituto de Radioproteção e Dosimetria, IRD/CNEN, Rio de Janeiro.
DANG, H.S., PULLAT, V. R., JAISWAL, D. D.; PARAMESWARAN, M.; SUNTA, C.M.,1990. Daily intake of uranium by urban Indian population. Journal of Radioanalyticaland NuclearChemistry, v. 138, n.1, p. 67-72.
DE-POLLI (coord.). Manual de adubação para o Estado do Rio de Janeiro, capítulo 9,Coleção Universidade Rural. Ciências Agrárias, n. 2, 179p., Editora UniversidadeRural, 1988.
DNPM, 2001. Anuário Mineral Brasileiro. Disponível eletronicamente emhttp://www.dnpm.gov.br/dnpmJegis/amb2001.html
EINSENBUD, M.; PETROW, H.; DREW, R. T.; ROSER, F. X.; KEGEL, G.; CULLEN, T. L.,1964. "Naturally occurring radionuclides in food and waters from the Brazilian areasof high radioactivity". In: The Environment Natural Radiation, Rice Universitysemicentennial Series, The University of Chicago Press.
EHLKEN, S.; KIRCHNER, G., 2002. "Environmental processes affecting plant root uptakeof radioactive trace elements and variability of transfer data: a review". Journal ofEnvironmental Radioactivity, v. 58, pp. 97-112.
EPA, 1999. Background Reporl on Ferlilizer Use, Contaminants and Regulations. EPA747.R.98.003, ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY, Washington D. C.Disponível eletronicamente em http://www.epa.gov/opptintr/fertilizer.pdf
47
FERNANDES, H. M.; PIRES DO RIO, M. A; FRANKUN, M. R. Impactos radiológicos daIndústria do Fosfato. CETEM, no prelo.
FREIRE, L. R.; BLOISE, R. M.; MOREIRA, G. N. C.; EIRA, P. A "Análise química dosolo". In: DE-POLU (coord.). Manual de adubação para o Estado do Rio de Janeiro,capítulo 3, Coleção Universidade Rural. Ciências Agrárias, n. 2, 179p., EditoraUniversidade Rural, 1988.
GERZABEK, M. H.; STREBL, F.; TEMMEL, B., 1998 "Plant uptake of radionuclides inIysimeter experiments", Environmental Pollution, v. 99, pp 93-103.
GUIMOND, J. R., 1990. "Radium in fertilizers". Capítulo 1-5, pp. 113-128. In: TheEnvironmental Behaviour of Radium. International Atomic Energy Agency, TechnicalReport Series, n. 310, v. 2, Viena, Áustria.
HAMILTON, E.I., 1972. The concentration of uranium in man and his diet. Health Physics,n.22, p. 149-153.
HANLON, E. A, 1991. "Naturally occurring radionuclides in agricultural products: anoverview". Proceedings of The National Symposium on Naturally OccurringRadionuclides in Agricultural Products, Orlando, Flórida, EUA
IAEA, 1990. The Environmental Behaviour of Radium. International Atomic Energy AgencyTechnical Report Series, n. 310, n. 2, Viena, Áustria.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATíSTICA, 1995. Consumo alimentarper capita. Pesquisa de orçamentos familiares 1995-1996. v.2. Rio de Janeiro.
ICRP, 1978.Limits for intakes of radionuclides by workers. Pari I. Pergamon Press, Oxford.
10ANNIDES, K. G.; MERTZIMEKIS, T.J.; PAPACHRISTODOULOU, C. A; TZIALLA, C. E.,1997. "Measurements of natural radioactivity in phosphate fertilizers". The Science ofthe Total Environment, v. 196, pp. 63-67.
IUR, 1989. vlh Repori of the Working Group Soil-to-plant Transfer Factors. IntemationalUnion of Radioecologists, RIVM, Bilthoven, Holanda.
LAUT, B. Y.; RAMACHANDRAN, T. V.; RAJAN, S., 1980. Lead-210 content of foodsamples in India. Radiation and Environmental Biophysics, v.32, n. 13-17.
LAURIA D.C.; RIBEIRO, F. C. A, ALLELUIA, I. B., 2001. "Avaliação da influência dosfertilizantes nos teores de rádio encontrados na cultura do tomate". In: Proceedingsof the IRPA Congress, Recife. CD-ROM.
LAURIA, D. C.; VASCONCELLOS, L. M. H.; GODOY, M. L. P.; ACAR, M. E. D.; ROLDÃO,L. L, 1998. "Razão de concentração planta-solo para 232Th, 238U, 226Ra e 228Ra emuma região brasileira rica em monazita", Revista Brasileira de Toxicologia, v. 11, n.2, pp 31-35.
48
LAURIA, D. C.; CONTI, L. F.; SOUZA, E. M.; HACON, S. Ingestão de radionuclídeos poruma população de uma região rica em monazita. In: Encontro Científico daSociedade Brasileira de Biociências Nucleares, 1997.
LI NSALATA, P.; MORSE, R. S.; FORD, H.; EINSENBUD, M.; PENNA FRANCA, E.;CASTRO, M. B. de; LOBAO, N.; SACHETT, 1.; CARLOS, M., 1989. "An assessmentof soil-to-plant concentration ratios for some natural analogues of the transuranicelements". Health Physics, v. 56, n.1., pp.33-46.
MALANCA, A; SOGNI, R.; LEAL, J. S. R., 2000. "Radioactivity in brazilian manioc-rootf1our". Radiation Protection and Dosimetry, v. 92, n. 4, pp. 329-334.
MALAVOLTA, E., 1976. "Manual de Química Agrícola", 1ª Edição, São Paulo, EditoraAgronômica Ceres Ltda.
MAROVIC, G.; SENCAR, J., 1995. "226Ra and possible water contamination due tophosphate fertilizer production". Journal of Radioanalisys and Nuclear Chemistry, v.200, n. 1, pp. 9-18.
MAYS, C. W.; ROWLAND, R. E. STEHNEY, A, 1985. Cancer risk from the lifetime intakeof Ra and U isotopes. Health Physics, v. 48, n. 5, p. 635-647.
McDONALD, P.; JACKSON, D.; LEONARD, D. P. R.; McKAY, K., 1999. An assessment of210Pb and 210pO in terrest; McKAY, K., 1999. An assessment of 210Pb and 210pO interrestrial foodstuffs from regions of England and Wales. Journal of EnvironmentalRadioactivity, n.43, p. 15-29.
MEURER, E. J., 2004. "Fundamentos de Química do Solo", 23 Edição, Porto Alegre,Editora Gênesis.
MOHAMED, A E.; RASHED, MOFTY, A, 2003. "Assessment of essential and toxicelements in some kind of vegetables". Ecotoxicology and Environmental Safety, v.55, pp. 251-260.
MORSE, R. S.; WELFORD, G. A, 1971. Dietary intake of 210Pb. Health Physics, v. 21, p.53-55.
OUGHTON, D. H.; SALBU, B.; RIISE, G.; L1EN, H.; 0STBY, G.; N0REN, A, 1992."Radionuclide mobility and bioavaibility in Norwegian and soviet soils". Analyst,v.117, pp. 481-486.
PENNA-FRANCA, E., 1977. "Review of brazilian investigations in areas of high naturalradioactivity. Part 11: Internai exposure and cytogenetic survey." In: Proceedings ofThe International Symposium on areas of high natural radioactivity, Poços deCaldas, 1977.29-48 pp.
PIETRZAK-FLlS, Z.; ROSIAK, L.; SUPLlNSKA, M. M.; CHRZANOWSKI, E.; DEMBINSKA,S., 2001. "Daily intakes of 238U, 234U, 232Th, 230Th, 228Th and 226Ra in the adultpopulation of Central Poland". The Science of the Total Environment, v. 273, pp.163-169.
49
PIETRZAK-FLlS, Z.; CHRZANOWSKI, E.; DEMBINSKA, S., 1997. "Intakes of 226Ra, 21°pband 210pO with food in Poland". The Science of the Total Environment, v. 203, pp.157-165.
RAMALHO, J. F. G. OP.; AMARAL SOBRINHO, N. M. B.; VELLOSO, A C. X., 1999."Acúmulo de metais pesados em solos cultivados com cana-de-açúcar pelo usocontínuo de adubação fosfatada e água de irrigação". Revista Brasileira de Ciênciado Solo, v. 23, pp. 971-979.
RIBEIRO, F. C. A; LAURIA, D. C.; ANTUNES, E. A F.; FERREIRA, A C.; LOUREIRO, F.A, 2004 "Manejo agrícola e teores de isótopos radioativos naturais em hortaliças".Anais do Fertbio 2004, Lages, CD-ROM.
RIBEIRO, F. C. A; LAURIA, D. C. 2003. Avaliação da disponibilidade de 226Ra em solosde diferentes manejos. XXIX Congresso Brasileiro de Ciência do Solo. RibeirãoPreto - SP.
ROCHEDO, E. R. R; WASSERMAN, M. A, 2000. "Avaliação de impacto ambiental: usode dados genéricos versus uso de valores específicos para o local. Caso do fator detransferência solo-planta". In: Proceedings do V ENAN, Rio de Janeiro, outubro de2000, em CD-ROM.
ROCHEDO, E. R R, WASSERMAN, M. A, 2003. "Avaliação de impacto radiológicoambiental".ln: ROCHEDO, E. R. R, Avaliação do Impacto Radiológico Ambiental,capítulo 5, Rio de Janeiro, IRD.
ROSA, R., 1997. Exposição potencial à radiação natural, no interior de residências, devidoao uso de fosfogesso na indústria da construção civil ". Tese, M. Se., Instituto deBiofísica Carlos Chagas Filho, UFRJ, 122p.
ROSOLEM, C. A; MARUBAYASHI, O. M., 1994. Seja o doutor do eu feijoeiro. In: PotafosInformações agronômicas, n. 68.
SAM, K. A; HOLM, E., 1995. "The natural radioactivity in phosphate deposits fromSudan". The Science ofthe Total Environment, v. 162, p. 173-178.
SANTOS, A J. G., 2002. Avaliação do impacto radiológico ambiental do fosfogessobrasileiro e Iixiviação de 226Ra e 210Pb. Tese (D.Sc.), Instituto de Pesquisas emEnergia Nuclear - IPEN, São Paulo.
SANTOS, E. E., 2002. Radionuclídeos naturais e metais pesados em vegetais da dieta dapopulação da cidade do Rio de Janeiro. Tese D.Sc., Instituto de Biologia - UERJ, Riode Janeiro.
SANTOS, E. E.; LAURIA, D. C.; AMARAL, E. C. S.; ROCHEDO, E. R R., 2002. "Dailyingestion of 232Th, 238U, 226Ra, 228Ra and 210pb in vegetables by inhabitants of Rio deJaneiro City". Journal of Environmental Radioactivity, v. 62, pp. 75-86.
SILVA, L.H.C, 1997. "Aspectos econômico-ambientais do uso do fosfogesso naagricultura". Tese, M. Se. COPPE - UFRJ, Rio de Janeiro, 127p.
50
SHUKLA, V. K.; MENON, M. R.; RAMACHANDRAN, AP.; SATHE, AP.; HINGORANI, S.B., 1994. Natural ai fallout radioactivity in milk and diet sampls in Bombay andpopulation dose rate estimates. Journal of Environmental Radioactivity, v. 25, p. 229237.
THIESSEN, K. M.; THORNE, M. C.; MAUL, P.R.; PROHL, G.; WHEATER, H. S., 1999."Modelling radionuclide distribution and transport in the environment". EnvironmentalPoHuüon, v. 100, pp. 151-177.
TWINING, J. R.; ZAW, M.; RUSSEL, R.; WILDE, K., 2004. "Seasonal changes of redoxpotential and microbial activity in two agricultural soils of tropical Australia: someimplications for soil-to-plant transfer of radionuclides". Journal of EnvironmentalRadioactivity, v. 76, pp. 265-272.
UNSCEAR, 1982. lonizing radiaüon: sources and biological effects. United NationsScientific Committee on the Effects of Atomic Radiation. New York, USA
UNSCEAR, 2000. Sources and Effects of lonizing Radiation. Volume I: sources. UnitedNations Scientific Committee on the Effects of Atomic Radiation. New York, USA
VASCONCELLOS, L. M. H.; AMARAL, E. C. S.; VIANNA, M. E., 1987. "Uptake of 226Raand 210Pb by food crops cultivated in a region of high natural radioactivity in Brazil".Journal of Environmental Radioactivity, v. 5, pp. 287-302
VASCONCELLOS, L. M. H.; LAURIA, D. C.; SILVA, L. H. C.; TADDEI, J. F., 1999."Relação entre as massas úmida, seca e de cinzas em materiais biológicos - umaferramenta para amostragens em campo e análise de amostras", Química Nova, v.22, n. 6, pp 889-893.
VENTURINE, L.; SORDI, G. A A, 1999. "Radioactivity in a committed effective dose fromsome brazilian foodstuffs". Health Physics Society.
WASSERMAN, M. A; PEREZ, D. V.; LAURIA, D. C., 2002. "Cultural inputs of 226Ra and228Ra in tropical agricultural environments". Radioprotecüon - CoHoques. Anais doECORAD 2001, v. 37, pp. 541-545.
WAYNE, R.O., 1990. A physical explanation of the lonormality of pollutant concentrations.Journal ofthe Air and Management Association, n. 40. pp. 1378-1383.
YAMAZAKI, I. M.; GERALDO, L. P., 2003. "Uranium content in phosphate fertilizerscommercially produced in Brazil". Applied Radiation and Isotopes, v. 59, pp. 133136.
ZHU, Y. G.; SHAW, G., 2000. "Soil contamination with radionuclides and potentialremediation". Chemosphere, v. 41, pp. 121-128.
51
ANEXO V
52
TabelaV.A. Concentração de 226Ra, 228Ra e 21Dpb, em Bq.r1, nas amostras de água de irrigação utilizadas nos manejos convencional e