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Malditos versos mal ditos 15

Jul 23, 2016

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Em “Malditos versos mal ditos”, as letras do poeta andam e se agitam em busca de um desafogo dessa vida alienada não pertencida. É um eco no vazio da solidão que acompanha quem se atreve pensar e a ir mais longe que a linha do horizonte, através da imaginação, da cogitação, da perquirição e da dúvida.
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São Paulo - 2015

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Copyright © 2015 by Editora Baraúna SE Ltda.

Projeto Gráfico Felippe Scagion

Revisão Priscila Loiola

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

________________________________________________________________

R544m

Roballo, Davi Malditos versos mal ditos / Davi Roballo. - 1. ed. - São Paulo: Baraúna, 2015.

ISBN 978-85-437-0470-8

1. Crônica brasileira. I. Título.

15-25172 CDD: 869.98 CDU: 821.134.3(81)-8

________________________________________________________________30/07/2015 30/07/2015

Impresso no BrasilPrinted in Brazil

DIREITOS CEDIDOS PARA ESTAEDIÇÃO À EDITORA BARAÚNA www.EditoraBarauna.com.br

Rua da Quitanda, 139 – 3º andarCEP 01012-010 – Centro – São Paulo – SPTel.: 11 3167.4261www.EditoraBarauna.com.br

Todos os direitos reservados.Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sem a expressa autorização da Editora e do autor. Caso deseje utilizar esta obra para outros fins, entre em contato com a Editora.

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À Itaciana, grande incentivadora ecompanheira de todas horas.

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Davi Roballo é jornalista, fotógrafo, possui gradu-ação em Comunicação Social pela Unigran e especiali-zações em Jornalismo Político pela Universidade Gama Filho e Comunicação e Marketing pelo Centro Universi-tário da Grande Dourados. Nasceu em São Borja e atual-mente reside em Porto Alegre.

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—Aqui estão reunidas as impressões de um poeta que procura

o sentido da vida através dos versos, palavras, poemas, extraídos do mais profundo sentimento, que por vezes são incompreendidos quando lidos na superficialidade. A obra refere-se às dores do ser humano, suas crises existenciais, angústias, descobertas, conflitos gerados por essas descobertas e, consequentemente, o rasgar da alma sensível que procura o saber como a ponte para a liberdade.

Não há como não mencionar que existem páginas de leveza e humor, de reflexão sobre a postura quanto ao amor e aos ques-tionamentos do comportamento humano. Tudo acoplado a uma visão que viaja entre a observação do cotidiano e estudos referen-tes ao tema, mas, vale ressaltar, o que impera são a inspiração da alma do poeta e o sentimento que divaga entre a razão, a fúria, a insatisfação e o desespero diante do vazio existencial.

Em “Malditos versos mal ditos”, as letras do poeta andam e se agitam em busca de um desafogo dessa vida alienada não pertencida. É um eco no vazio da solidão que acompanha quem se atreve pensar e a ir mais longe que a linha do horizonte, atra-vés da imaginação, da cogitação, da perquirição e da dúvida. É uma obra que tem as nuanças de um andarilho que persegue a própria sombra, palmilhando palmo a palmo a própria essência em busca de encontrar ao menos fragmentos de si mesmo nessa odisseia da vida, quando a todo o momento saímos à procura do nosso EU profundo não conectado (às vezes) conosco mesmo e, pudera, com os demais.

“Maldito versos mal ditos” é um grito no silêncio, um grito impressionado pela imagem refletida do próprio huma-no diante do espelho, uma imagem nua e crua.

Itaciana Santiago.

Porto Alegre, RS, 04 de setembro de 2015.

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I

Tão alto quer estar o homemSem asas, preso ao chão

Quer as alturasQuer ser mais que imensidão

Um mísero pó do póAssentado num grão de areiaSe alimentando de ilusão

Matando a sedeNa fonte da presunção.

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II

Pouco importa As sombras alheias

Quero sim meu próprio espaçoÚmido de meu suor

Trilhado por meus pésDesejar sombra alheia

É comer sem abrir a bocaUm dia chega o tempo

E apresenta o saldo da vidaQue pode ser uma

inundação de siOu nenhuma gota...

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III

A mentira e a verdadeIrmãs gêmeas

Nunca andam nuasVivem a trocar de roupa

Sob a luz da luaE a dúvidaÉ a estilista Das duas...

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IV

Tão pertoO riso do brilho de um olharQuanto os olhos da bocaMas tornam-se distantes

Quando as lágrimas são tristezaE a alegria é pouca...

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V

O que somos?Senão

A sobra do passadoE a sombra do futuroNo palco do presente

Na ópera do absurdo...

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VI

Já perdi as contasDe quantos sou

Ou em quantos me torneiSão tantas as exigências

Deste mundo triste, hipócritaQue meu eu

Em sua falsidade se afogou...

Ainda tento achar-meEm algum canto meu

Mas lembroQue nunca me vi

Nunca me encontreiA não ser em meus sonhos

Onde vive exiladoMeu secreto eu...

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—�

VII

Não estender a mãoA um velho hojeÉ como adentrar

No deserto Sem provisão de água

Simplesmente Por já estar saciado

Ignorando o longo caminhoBem como o sol implacável

E a aridez da areiaPois que o hoje

Esteve no ontemE estará no amanhã...