maio 2013 Flash 192 Cena en Familia Capa Próximas Realizações Capa Barragem dos Gagos 3 XXXV Aniversário 4 O Bowling voltou! 6 Doce Lisboa 7 Disney on Ice 9 Cake Design 10 Picos da Europa e País Basco 13 Destaques Próximas Realizações 01 a 05 julho - Colónia de Férias YA - Entrepreneurship School no ISCTE 08 a 12 julho - Colónia de Férias Jornada de Contrastes 10 a 24 julho - Colónia de Férias em Bath, Inglaterra 14 a 20 julho - Colónia de Férias na Quinta da Escola 20 a 28 julho - Viagem à Islândia 21 a 27 julho - Colónia de Férias na Quinta da Escola 03 a 11 agosto - Viagem a França: Normandia, Bretanha e Vale do Loire 05 a 09 agosto - Colónia de Férias no NexGym - Quinta das Conchas 14 setembro - Workshop: Tenha uma horta na sua casa Dia 25 de abril se realizó mas una cena convivio del Clube Galp Energia, que para mí no es un club y sí una familia. Fue una cena para unir fuerzas para lo que resta de temporada. Es verdad que comenzamos mal, pero lo que cuenta no es como se co- mienza pero sí como se acaba. Estamos a un pié de llegar a la final de la copa Inatel que no tengo la me- nor duda de que llegaremos a ella y la disputaremos como gladiadores de bola. Nuestro mayor éxito es la amistad que nos une ! Fuerza Galp Energia ! Mi familia ! Pedro Reyes Cena en Familia
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maio 2013 - Clube Galp Energia · vez, os tradicionais pastéis de nata, na “Nata Lisboa”, um novo conceito de exportação de pastéis de nata (não, não foi invenção do senhor
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maio 2013 Flas
h 192
Cena en Familia Capa
Próximas Realizações Capa
Barragem dos Gagos 3
XXXV Aniversário 4
O Bowling voltou! 6
Doce Lisboa 7
Disney on Ice 9
Cake Design 10
Picos da Europa e
País Basco
13
Destaques
Próximas Realizações
01 a 05 julho -
Colónia de Férias YA -
Entrepreneurship School no
ISCTE
08 a 12 julho - Colónia de
Férias Jornada de Contrastes
10 a 24 julho - Colónia de
Férias em Bath, Inglaterra
14 a 20 julho - Colónia de
Férias na Quinta da Escola
20 a 28 julho -
Viagem à Islândia
21 a 27 julho - Colónia de
Férias na Quinta da Escola
03 a 11 agosto - Viagem a
França: Normandia, Bretanha e
Vale do Loire
05 a 09 agosto - Colónia de
Férias no NexGym - Quinta das
Conchas
14 setembro - Workshop:
Tenha uma horta na sua casa
Dia 25 de abril se realizó mas una cena convivio del Clube Galp Energia,
que para mí no es un club y sí una familia.
Fue una cena para unir fuerzas para lo que resta de temporada.
Es verdad que comenzamos mal, pero lo que cuenta no es como se co-
mienza pero sí como se acaba.
Estamos a un pié de llegar a la final de la copa Inatel que no tengo la me-
nor duda de que llegaremos a ella y la disputaremos como gladiadores de
bola.
Nuestro mayor éxito es la amistad que nos une !
Fuerza Galp Energia ! Mi familia !
Pedro Reyes
Cena en Familia
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Cena en Familia
Sorteados 501
Os contemplados, na sequência do sorteio lançado pela Direção do Clube Galp Energia - Núcleo
Centro, com, cada qual, um livro da série 501 Must-Visit foram os Associados:
Teresa Calçado Carvalho
Miguel Gomes
Carlos Rafael
Maria Joana Gonçalves
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Barragem dos Gagos
Disputou-se, no passado dia 27 de abril, a primeira etapa do Campeonato Interno de Pesca Desportiva
do Clube Galp Energia - Núcleo Centro, referente ao ano de 2013. Esta primeira prova foi disputada
na Barragem dos Gagos, próximo de Fazendas de Almeirim, local onde nos deslocámos pela primeira
vez, sendo assim as técnicas a utilizar muito do desconhecimento de todos.
Este dia, ficou também marcado pelo forte vento e frio que se fez sentir, condições atmosféricas que
muito dificultaram a prática desta modalidade, e que muito terá contribuído para a não obtenção de
bons resultados e para a não captura de belos exemplares que existem nesta Barragem.
O primeiro classificado foi Rui Reis que capturou, durante as quatro horas de duração da prova, 6,480
kg de pescado (carpas e pimpões), tendo-se classificado nos lugares imediatos, respetivamente, Filipe
Bertelo com 4,600 Kg e Rui Batalha com 3,200 Kg. Este campeonato interno, que envolve cerca de
duas dezenas de pescadores, teve nesta prova a presença de quinze participantes.
De realçar ainda a captura de um exemplar (Carpa) com 5,600 Kg, por Rui Reis.
A classificação da prova, e respetivo peso de pescado capturado por cada pescador, foi a que se
indica abaixo:
Rui Reis
Clas
s Nome
Peso
(kg)
1º Rui Reis 6,500
2º Filipe Bertelo 4,600
3º Rui Batalha 3,200
4º José Couvinha 2,820
5º Jorge Cunha 2,560
6º José Cruz 2,440
7º Paulo Martins 2,060
8º Francisco Novo 1,740
9º Tobias Rasteiro 1,520
10º Daniel Bertelo 1,200
11º Camilo Marques 0,900
14º Francisco Mouro 0,000
14º Fernando Moreira 0,000
14º Joaquim Rodrigues 0,000
14º Americo Escaleira 0,000
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XXXV Aniversário
Almoço comemorativo
35º Aniversario
Clube Galp Energia
Com história para contar
Com centenas de participantes
Neste almoço comemorativo
Foi na Quinta das Oliveiras
Vamos recordar para toda a vida
Colegas de longas décadas
Núcleos regionais
Há muito que não se viam
Foram abraços até demais
Fomos até Alferrarede
Excelente Quinta das Oliveiras
As mesas já estavam postas
Estava tudo a maneira
Eu vou pedir um favor
Espero ser atendida
Arranjem mais passeios e almoços
Isto é que é vida
Tinham bolo de aniversário
Estava em cima da mesa
Cantámos os Parabéns
E para o ano há mais
Eu tenho mesmo a certeza
Maria Cândida Cardoso Serrano
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XXXV Aniversário
Sorteio A Filha do Papa Desta feita, a escolha, efetuada pela Direção do
Clube Galp Energia - Núcleo Centro, sobre o que
sortear entre os seus Associados em mais um
Flash informativo, recaiu sobre o 6º livro de Luís
Miguel Rocha – A Filha do Papa.
Luís Miguel Rocha apresenta no seu curriculum o fato de
ser o 1º escritor português a atingir o top do prestigiado
New York Times, tendo inclusivamente já vendido mais
de meio milhão de exemplares de A Filha do Papa.
Caso pretenda ser um dos seis contemplados com um
exemplar desta obra, deve contatar a Secretaria do
Clube Galp Energia - Núcleo Centro, até ao próximo dia
17 de julho, através do número 21 724 05 32 (extensão
interna 10 532) ou do endereço de mail interno Clube
GalpEnergia – Secretaria.
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O Bowling voltou! Pois foi! Teve início no passado sábado dia 20 de abril, nas magníficas instalações do Beloura Bowling
Sintra, o X Campeonato Interno de Bowling Feminino do Clube Galp Energia – Núcleo Centro.
Esta emblemática competição, que já chegou à dezena de edições, é a prova que por vezes algumas
iniciativas que se organizam quase apenas por carolice tornam-se posteriormente verdadeiros marcos
de vitalidade e companheirismo entre colegas associadas do Clube Galp Energia.
Numa manhã solarenga, apresentaram-se à competição 14 atletas altamente bem humoradas e bem
dispostas, para depois do defeso de inverno começarem este novo campeonato na sua melhor
performance possível! Depois da conversa posta em dia, do respectivo aquecimento efectuado,
começaram os lançamentos das bolas com o objectivo final do derrube integral dos pinos que lá ao
fundo teimosamente se mantinham em pé!
No entanto com o desenrolar dos lançamentos, e cada vez mais adaptadas às condições da pista, os
pinos cada vez ficavam menos em pé, o que fez rejubilar todas as participantes de alegria e
satisfação.
No final obtiveram-se óptimas prestações individuais o que faz prever deste campeonato um dos mais
renhidos de sempre! Foi sem dúvida uma óptima manhã de sábado passada por entre o suor, a
concentração e a pontaria, mas suportado claramente por um salutar convívio reinante entre todas as
participantes!
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Doce Lisboa 20 de Abril de 2013
Texto e fotografias: Clara Ramos
Muitas descrições se podem fazer sobre Lisboa; talvez a mais conhecida seja “Cidade Branca”,
por causa da sua incomparável luz. No entanto, não me lembraria de chamar a Lisboa “doce”. Mas,
depois do dia 20 de abril e do passeio que o Clube Galp Energia organizou, tenho de reconhecer que a
minha Lisboa é mesmo muito docinha!
Para se falar da doçaria associada a Lisboa, há que recuar ao tempo da ocupação romana e árabe.
Muitos dos doces que, ainda hoje, são tradicionais de Lisboa ficaram-nos desses tempos; um exemplo
é o “polme” (para fritar, com farinha e ovo), referido num livro de cozinha de Roma ou “cozer em
azeite” (fritar), que nos terá ficado dos árabes; fatias douradas e sonhos de abóbora fazem-se por
estes lados desde esses tempos!
A visita iniciou-se no Largo do Camões, onde nos foram dadas algumas explicações e logo nos
dirigimos para a Pastelaria Bénard, situada bem no coração do Chiado, ao lado da Brasileira. A Bénard
foi uma pastelaria muito chique desde o séc. XIX (foi fundada em 1868) até ao final da Segunda
Guerra Mundial, frequentada por senhoras, enquanto os homens, nomeadamente a intelectualidade,
frequentava a Brasileira. E aí se iniciou esta viagem pelos doces de Lisboa: os famosos croissants da
Bénard abriram as “hostilidades doceiras”!
O grupo seguiu para a Bijou do Calhariz, que existe desde 1927 mesmo ao lado do Elevador da
Bica e está mais ou menos como era nessa altura. E aí deliciámo-nos com a especialidade da casa: bolas
de berlim!
Dirigimo-nos então para o Bairro Alto, onde mais informação nos foi dada relacionada com o
tema. No séc. XVI, na Baixa medieval, havia a Rua das Confeitarias, próxima do atual Terreiro do
Paço, onde estas se situavam; as confeitarias foram regulamentadas no reinado de D. João I,
atendendo à sua importância na Lisboa de então. No séc. XVI, havia 150 confeiteiros a trabalhar na
Rua dos Confeiteiros.
Com o avançar dos séculos, os muitos conventos existentes em Lisboa (no tempo do terramoto,
havia em Lisboa 300 conventos, que, na sua maioria, caíram nessa altura) eram famosos pelos seus
doces. Para os conventos, iam meninas nobres para quem a família não tinha dinheiro para pagar dote
para um bom casamento, acompanhadas das suas aias. Os conventos tinham muita disponibilidade de
ovos (que lhes chegavam da população como dízimos) e a doçaria desenvolveu-se muito. As receitas
iam sendo apuradas e escritas; apenas a receita final ficava em segredo, não sendo passada a escrito.
Cruzado todo o Bairro Alto até à Rua D. Pedro V, nova paragem para mais uns docinhos! Desta
vez, os tradicionais pastéis de nata, na “Nata Lisboa”, um novo conceito de exportação de pastéis de
nata (não, não foi invenção do senhor ministro, a ideia surgiu antes!), numa loja com uma decoração
bem interessante e com uma vista magnífica sobre Lisboa.
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Depois de regalarmos os sentidos visual e gustativo, nova caminhada, desta vez até à Rua do
Século, para visita ao Convento dos Cardaes. Este convento foi fundado por D. Luísa Távora no séc.
XVII, acolhendo freiras da Ordem das Carmelitas Descalças e, até hoje, mantém a sua atividade
religiosa, atualmente com uma congregação de irmãs dominicanas. Paralelamente, e desde o séc. XIX,
acolhe senhoras cegas e com outras deficiências. O Convento dos Cardaes resistiu ao terramoto de
1755 quase sem ser destruído e, embora por fora tenha um aspeto muito austero, o seu interior é
ricamente decorado, nomeadamente a Igreja, com o altar em talha dourada e a nave envolta em
painéis de azulejos de Delft representando a vida de Santa Teresa de Ávila e pinturas no plano
superior. A visita ao Convento dos Cardaes terminou com doces, claro, desta vez, compotas e
chutneys.
Mais doces conventuais nos aguardavam! Depois de cruzarmos o Bairro Alto, desta vez em
direção a S. Pedro de Alcântara, encontrámos uma pequena loja, onde pudemos deliciar-nos com
pastéis de Tentúgal e pastéis de Santa Clara!
E nova caminhada, novo rumo! Desta vez, até ao Príncipe Real, mais propriamente até à Rua
Cecílio de Sousa, para uma visita à loja Claudio Corallo, especializada em cacau e café de S. Tomé e
Príncipe, onde nos foram dadas diversas explicações sobre o cacau. O cacau puro não tem sabor a
cacau nem a açúcar, o seu sabor é parecido com o da azeitona. O sabor a cacau só vem depois da
torrefação; provámos cacau puro e cacau a 73%, já com açúcar mas ainda bastante amargo.
O nosso passeio docinho terminaria na geladaria Ice Dreams, na Rua da Escola Politécnica, em
que as nossas papilas gustativas se deliciaram com diversos sabores de gelados: desde os tradicionais
chocolate ou morango, mas também papaia/hortelã, maracujá, menta/chocolate, amoras, alecrim ou
alfazema. Delícias atrás de delícias! A degustação de gelados varia com as épocas do ano; por
exemplo, de inverno, é possível saborear gelado de castanha com Vinho do Porto. A merecer visitas em
várias épocas do ano!
Mas… se o passeio docinho estava terminado, ainda não estava o passeio gastronómico! De novo
rumo à R. D. Pedro V, tivemos um lauto almoço no restaurante Paparrucha, novamente com uma vista
fantástica sobre Lisboa! Um final de passeio a condizer com a manhã bem doce que o Clube Galp
Energia nos proporcionou!
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Disney on Ice
E lá fomos nós felizes e contentes para o que prometia ser um Passaporte para a Aventura no Pavilhão
Atlântico.
Avós, filhos e netos.
Disney On Ice, a maravilha de espetáculo que encantou toda a família. Para uns viajar no tempo
revivendo a infância. Para os mais pequenos a fantasia, o sonho, o vibrar com algumas das figuras já
tão conhecidas de todos como o Mickey e a Minie, entre outros.
O viver histórias de encantar como o Walt Disney tão bem sabia fazer, conseguindo captar
transversalmente a atenção de todas as gerações.
Aconteceu mesmo a aventura, exploramos as terras do Rei Leão, abanamos a cabeça, batemos o pé
juntamente com a Lilo e o Stitch, voamos com o Peter Pan e a Sininho, velejamos com o temível
Capitão Gancho e nadamos com a pequena Sereia.
Regressámos à realidade satisfeitos de termos percorrido esse Mundo Único e Fantástico que é o
Mundo Disney.
Alfredo Quintas
maio 2013 Page 10
Cake Design
No dia 20 de abril, sábado, numa manhã solarenga, fomos até à Escola do Isto Faz-se em
Lisboa. Aí desvendamos os mistérios de como construir um bolo com vários andares,
desmistificámos a complicação de fazer um laço e da utilização de imensas ferramentas e
utensílios.
No fim da manhã, tínhamos construído um
bolo de dois andares, com um grande laço e
imensos enfeites de várias formas e feitios.
É sem dúvida um mundo de magia, onde nos é
possível construir tudo o que a nossa
imaginação consegue alcançar!
Neuza Carvalho
Workshop de Iniciação ao Vegetarianismo
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Workshop de Iniciação ao Vegetarianismo No âmbito da multidisciplinaridade dada às iniciativas promovidas pelo Clube Galp Energia - Núcleo
Centro, decorreu, no passado dia 13 de abril, uma atividade que no meu caso concreto me abriu
horizontes relativamente à forma de encarar a alimentação vegetariana: tratou-se de um workshop
subordinado ao tema “Iniciação ao Vegetarianismo”.
Este workshop, que contou com a presença de oito participantes e meia (sim porque uma das
participantes apenas tinha sete anos de idade), demonstrou ser uma verdadeira revolução na forma de
cozinhar lá em casa. Os legumes não se comem só na sopa, mas a lasanha de legumes e os legumes com
broa de milho têm sido um sucesso.
Esta iniciativa consistiu na tomada de conhecimento de alguns produtos que poderão substituir a
carne ou os lacticínios, como por exemplo a soja, o tofu e o seitan e na aprendizagem de receitas
cozinhadas com eles.
Começámos por fazer algumas marinadas que serviriam posteriormente para utilizar em alguns dos
pratos confecionados. Depois aprendemos a fazer um sumo revitalizante, que tomado ao pequeno-
almoço garante não só a desintoxicação do organismo, mas também consiste num cocktail de energia
para o dia inteiro. Este sumo, feito à base de frutas e vegetais, teve como principal novidade o fato
de ser feito com brócolos e que tanto agradou a todas as participantes. No final foi feita uma mousse
de chocolate sem ele, isto é, trata-se de uma mousse feita com bananas e com farinha de alfarroba,
que depois de tudo triturado resultou numa sobremesa fácil, rápida e muito saudável.
Enfim, todos os pratos confecionados e degustados foram do agrado de todas, não só pela
simplicidade da sua elaboração, como também pela certeza de uma alimentação mais saudável. Se
esta iniciativa tiver follow-up, poderão com certeza contar com a minha presença.
LBR
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Karting em Fátima
Maio é o mês de Nossa Senhora de Fátima e são muitos os peregrinos que cedo para lá caminham à
procura de renovar a sua fé, mas também há quem procure um pouco de adrenalina, velocidade e
porque não, um pouco de competição saudável.
Foi neste sentido que um grupo de colegas se reuniu no Funpark no passado dia 27 de abril para a 1ª
eliminatória do campeonato interno de Karting 2013.
A manhã estava perfeita para mais uma prova a alta velocidade, uma temperatura amena acompanhada
de uma agradável brisa com aroma a pinho, tão típico desta região, e que apenas cedeu lugar ao cheiro
do combustível quando os karts se fizeram à pista.
O grupo começou a chegar por volta das 10:30h, entre estreantes e as caras do costume, todos
pareciam ter fé de que garantiriam um lugar no pódio ou, pelo menos, o apuramento para a final do dia
11 de maio em Évora.
Seguiu-se o briefing e a qualificação, onde as picardias não tardaram a começar, “o teu kart está todo
kitado”, “é preciso ter mãozinhas” foram algumas das provocações proferidas pelos nossos pilotos.
A corrida foi bastante disputada e infelizmente marcada por um pequeno incidente, que impediu um
colega de completar a prova. No entanto, 11 dos 12 aspirantes de pilotos que participaram da
eliminatória foram apurados para a final…terá sido milagre?
Eu consegui um modesto 5º lugar e, sem dúvida, mais um excelente dia entre colegas e amigos.
Venha de lá a final! Vemo-nos em Évora!
Carlos Bonjour Matos
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Picos da Europa e País Basco
de 23 a 30 de abril de 2013
Dizem que uma das características das pessoas do signo Sagitário (como é o meu caso) é gostar muito
de viajar. Eu não acredito no que dizem os signos, mas não há dúvida que comigo nada pode ser mais
verdadeiro. Comecei a viajar com os meus pais, quando era pequena, por Espanha e Inglaterra, depois
houve uns anos em que, por várias razões, viajei apenas por Portugal e especialmente até Tavira, mas a
partir de certa altura abalancei-me a ir mais longe (mais exatamente de carro até à antiga Jugoslávia,
atravessando alguns países da Europa) e, a partir daí, nunca mais deixei de percorrer os trilhos deste
mundo. Com as mais diversas Agências de Viagens fui a lugares mais próximos ou mais longínquos,
passei pelas mais variadas aventuras, vivi situações inesquecíveis, muito boas e outras que não o foram
tanto, até que em 2008, por uma daquelas situações inesperadas com que nos deparamos na vida, tive
conhecimento da existência do Clube Galp Energia e fui numa viagem maravilhosa ao Laos, Vietname e
Cambodja.
Como gostei tanto, a partir daí decidi não viajar com mais ninguém. E assim cheguei à minha 14ª
viagem com o Clube, com o qual já fui a vários lugares do mundo, do Oriente e do Ocidente, do Norte e
do Sul e a vários pontos da Europa. E agora chegou a vez do Norte de Espanha, do qual apenas
conhecia poucas coisas.
Primeiro dia - 23 de Abril:
Num dia cheio de sol e temperatura agradável 48 pessoas (mais o Bruno Lopes da Direcção do Clube
Galp, a guia “Carocha” da Agência de Viagens que organizou o passeio e o motorista Nuno) partiram de
autocarro às 7,:0 horas, em direção ao país nosso vizinho da Península Ibérica. O primeiro destino
seria Salamanca, onde almoçámos, depois de duas paragens em áreas de serviço. Não conhecia a maior
parte dos companheiros de viagem, mas isso não constituiu problema, porque passadas umas horas,
parecia que todos éramos já velhos conhecidos, tal o ambiente de camaradagem e cumplicidade que se
estabeleceu. Depois do almoço no Hotel Corona Sol seguiu-se a visita à cidade acompanhada pela guia
local (Antónia).
Salamanca é uma cidade bastante próxima da fronteira de Vilar Formoso e está situada na histórica
Região de Leão. Esta região sofreu influências romanas, árabes e outras, mas menos significativas. A
cidade de Salamanca ostenta o título de "La Dorada" e o seu centro histórico foi considerado pela
UNESCO como património histórico da humanidade em 1988, tendo sido Capital Europeia da Cultura
em 2002. A sua Plaza Mayor é considerada a mais bonita de toda a Espanha.
Terra de clima ameno, a cidade está situada em local plano, mas com montanhas ao norte e ao sul.
Como seus maiores tesouros encontramos a Universidade de Salamanca (a segunda universidade mais
antiga da Europa, fundada no ano 1218 por Afonso IX de Leão), as Catedrais Nova e Velha, a Plaza
Mayor, a Ponte Romana, a Casa das Conchas, o Convento de las Dueñas e muitos outros. O título de “La
Dorada” deve-se ao fato de o arenito utilizado nas suas antigas construções apresentar uma coloração
levemente dourada clara e pode-se verificar que o título faz juz à sua beleza.
Não se conhece com exactidão o verdadeiro significado etimológico de Portugalete, sendo várias as
teorias que tratam de explicar a origem deste nome.
Para alguns estudiosos, o nome do lugar seria “Ugalete”, que em Euskera poderia significar “lugar com
água”, e ao qual se terá anteposto a palavra latina “ Portu”. Outra teoria afirma que Portugalete teria
o significado de “porto de seixos rolados”.
Do ponto de vista portuário, Portugalete foi inicialmente o lugar de saída da lã castelhana para a
Flandes. Portugalete contou no século XIX e nos primeiros anos do século XX com numerosas
tabernas onde se provavam as especialidades gastronómicas locais.
Era uma zona à entrada do canal, na qual se amontoavam as areias e sedimentos, o que tornava a
navegação difícil e até perigosa.
As maiores elevações que existem perto de Portugalete são as colinas de São Roque, Campanzar, Los
Hoyos e Repélega.
Depois de uma volta de autocarro pela cidade, fomos observar a Ponte suspensa da Biscaia ou Ponte
de Portugalete, que foi declarada Património da Humanidade pela UNESCO em 13 de Julho de 2006.
A decisão foi tomada após a avaliação de um total de 37 candidaturas de pontes do mesmo tipo, tendo
a estrutura basca sido escolhida por ser a única com essas características ainda no activo.
A Ponte suspensa, inaugurada em 1893, foi construída pelo engenheiro Alberto Palácios, discípulo do
criador da Torre Eiffel.
Depois desta decisão, já acolhida com agrado pelas autoridades locais, a ponte da Biscaia torna-se o
primeiro bem cultural do País Basco e o primeiro da Espanha a receber a classificação de Património
Industrial.
Conhecida popularmente como "A Ponte", a estrutura une há 113 anos as margens do Rio Nervion,
entre as localidades de Portugalete e Getxo, marcando desde a sua construção a imagem mais
reconhecida da parte industrial da cidade.
A ponte também sofreu danos durante a Guerra Civil porque o tabuleiro, no qual se pode atravessar
de uma margem para a outra, foi destruído, sendo reconstruído em 1941. Em 1998 a gôndola foi
inaugurada e em 1999 o percurso sobre a viga foi adaptado, de modo a que o público pudesse admirar
a estrutura desde o interior. Desde 1893 cerca de 650 milhões de pessoas já atravessaram o estuário
do rio Nervion.
Depois de atravessarmos o rio Nervion fomos ver um mareómetro. Após termos admirado a
grandiosidade que nos oferece este colosso de ferro, tomamos de novo contacto com o molhe de
Churruca.
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Picos da Europa e País Basco
O mareómetro, situado no final do molhe, foi construído em Paris e colocado pela Junta de Obras do
Porto em 1883. Trata-se de um instrumento náutico que regista a subida e descida do nível das águas
com as marés. Esta informação, de grande importância, facilitava aos barcos a sua passagem pela ria.
Hoje é uma testemunha que abre passagem para o Molhe de Ferro.
Agora a chuva era torrencial e o frio acentuava-se, pelo que seguimos para Bilbau, para o hotel que
nos aguardava – Hotel Grand Bilbao, onde jantámos.
Sexto dia - 28 de Abril:
Desta vez seguiram com o nosso grupo duas guias – Gracina e Elena, pois iríamos visitar vários Museus,
entre os quais o Guggenheim e o nosso grupo, que era grande, teria de ser dividido em dois.
Começaram por nos dizer que este tempo frio e chuvoso é normal no Norte de Espanha. Depois de
sairmos do Hotel fizemos uma panorâmica de Bilbau e seguimos para Guernica. Guernica e Luno (em
espanhol) ou Gernika-Lumo (em basco), é um município da Espanha na província da Biscaia, comunidade
autónoma do País Basco. Em 2012 tinha 16.812 habitantes (densidade de 1.984,9 habitantes por
quilómetro quadrado).
Visitámos em primeiro lugar a Casa de Juntas de Guernika. A cidade de Guernika foi durante séculos o
local de reunião dos povos de Biscaia. Antigamente, cada comarca tinha o seu representante para
debater os problemas comuns da região, os quais se reuniam em assembleias. Estas assembleias
realizavam-se junto à árvore de Guernika e chamavam-se Juntas Gerais da Biscaia. Duraram até 1876,
altura em que são abolidas as leis que regiam a vida de Biscaia. Após 102 anos de suspensão, as Juntas
voltam a reunir-se em 1979. Tem assim início a segunda etapa na vida desta instituição. A Casa de
Juntas e a árvore de Guernika são símbolos vivos da história do povo basco. O edifício das Juntas foi
erigido junto ao carvalho foral, ponto de encontro de todos os territórios do país basco.
Visitamos o núcleo central da Casa de Juntas, onde se celebram os plenários das Juntas Gerais de
Biscaia.
Trata-se de uma Instituição antiquíssima, pois as Juntas têm as suas origens na Idade Média, quando
as suas assembleias se reuniam no exterior e em redor da árvore de Guernika.
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Picos da Europa e País Basco
De início, existia uma pequena Capela, onde se celebrava um acto religioso que precedia o acto político
e onde também tinham lugar os juramentos dos Forais. As reuniões eram convocadas mediante o toque
de um corno. Com o decorrer do tempo, as assembleias mudaram o lugar de reunião para o interior do
recinto. A partir de 1826 e procurando um espaço mais de acordo com as necessidades da instituição,
a primitiva igreja foi demolida para se iniciar a construção do actual edifício. A sala de Juntas foi
então concebida como um espaço capaz de reunir as duas funções. Estamos assim perante uma igreja-
parlamento. Embora na actualidade a vertente eclesiástica tenha sido relegada para segundo plano
pela política, continua a manter-se tanto o altar como as pias de água benta como testemunhos de
épocas anteriores.
A árvore de Guernika é o símbolo mais universal dos bascos. À sua sombra celebraram-se inicialmente
as assembleias das Juntas Gerais, às quais vinham os representantes de todos os municípios biscaínos.
Perto da Casa e da tribuna, encontramos os diferentes exemplares da árvore de Guernika. A actual
foi plantada em 2005, com 19 anos de idade. No jardim encontram-se as suas antecessoras. O Tronco
Velho encontra-se rodeado de colunas e apesar de não ser a primeira de todas as árvores de
Guernika, é o resto mais antigo que existe. Em 1860 foi plantada a sua sucessora e permaneceu em
frente da tribuna até 2004, ano em que secou por completo e teve de ser substituída.
Deste modo, o seu significado simbólico vai-se perpetuando através dos sucessivos exemplares de
carvalhos, tal como a alma do país Basco se vai transmitindo de geração em geração.
A tribuna actual é reservada para ocasiões especiais como o juramento do cargo de presidente do
governo basco ou de deputado Geral da Biscaia.
O lustre da Sala de Juntas é uma oferta da Imperatriz Eugénia de Montijo, casada com Carlos III.
Guernica foi bombardeada pelos nazis em 26 de Abril de 1937, durante a Guerra Civil Espanhola, o que
inspirou Pablo Picasso na sua famosa obra "Guernica". Picasso pintou esse quadro para retratar o
estado de Guernica após o bombardeamento: restos de pessoas espalhados por todos os lados. Diz-se
que durante uma exposição um oficial nazi indagou a Picasso: «Foi você quem fez isso?», ao que ele
respondeu: «Não, foram vocês que fizeram»!
Após o fim da Guerra Civil, Picasso permitiu que a obra fosse emprestada ao Museu de Arte Moderna
de Nova Iorque, com a condição de que voltasse à Espanha somente quando a ditadura Franquista
caísse. Em 1981, depois da morte de Francisco Franco, a obra voltou ao território espanhol e está
actualmente exposta no Centro de Arte Rainha Sofia, em Madrid.
O ataque aéreo a Guernica teve lugar numa segunda-feira cheia de sol. Guernica é um povoado
histórico do País Basco, no nordeste da Espanha. Os habitantes, na maioria camponeses, levavam a sua
vida habitual, mesmo para uma época de guerra. A única coisa fora do normal foi a passagem de um
avião de reconhecimento, voando em círculos - isto às 11 horas. E só! Mas, por volta das 16 horas, o
céu escureceu. Voando em forma de "x", 23 aeronaves marcadas com uma cruz negra avançaram sobre
a cidade. Era a Legião Condor da Luftwaffe, a força aérea nazi.
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Durante três horas, a esquadra despejou 250 quilos de bombas de fragmentação e incendiárias,
transformando o lugarejo numa bola de fogo: 1.645 pessoas morreram e 889 ficaram feridas. Às
19,45 horas, quando a formação desapareceu no horizonte, a cidade tinha-se transformado em cinzas.
Foi o primeiro ensaio da guerra total, tal a sua devastação. Após a destruição houve um incêndio
favorecido pelo vento. As mortes verificaram-se nos refúgios ou por causa das metralhadoras a
campo aberto. Poucos edifícios ficaram de pé. Também se salvou a Igreja de Santa Maria, a Ponte da
Renteria, a Casa de Juntas e o Guernikaku Arbola e algumas casas. A zona da feira, o frontão e a rua
de São João passaram a ser apenas recordações.
Entrámos na Fundação Museu da Paz de Guernica. O Museu da Paz de Guernica é um museu temático
dedicado à cultura da paz. Inspirado no trágico bombardeamento de Guernica, aborda os dois âmbitos
de trabalho do Museu: a Historia e a Paz. Nas suas paredes há textos verdadeiramente comovedores.
O Museu da Paz de Guernica abre como Museo Gernika em 7 de Abril de 1998.
Era um museu que abordava, principalmente, o tema da história de Gernika-Lumo e o terrível
bombardeamento da cidade durante a Guerra Civil espanhola. Entre os anos 1999 e 2002, graças às
ajudas recebidas do Ministério da Cultura, entre outros, o museu leva a efeito obras adequadas do
edifício e, após a realização de um projecto museográfico e a execução do mesmo, é decidido
convertê-lo num Museu da Paz (o primeiro de Euskadi e de toda a Espanha).
É, pois, a partir de 2003 que o museu reabre as suas portas (8 de Janeiro de 2003) renovando o seu
perfil e ampliando as suas possibilidades e convertendo-se numa instituição de acordo com as
necessidades do mundo de hoje. É um espaço que cresceu para transformar-se num museu atractivo e
dinâmico, um museu para sentir e viver, um cenário em que a história amplia o caminho da
reconciliação, um lugar para pensar que, entre todos, podemos dar forma à paz.
O Museu celebrou ao longo de 2008 o seu décimo aniversário.
Chamou-me particularmente a atenção a seguinte frase que está numa das paredes do Museu: “A paz do século XXI - Ao longo da historia, temos combinado e fundido diferentes modelos de formas e ideias de paz. A paz, pois, não é uma ideia finita, fechada em si mesma. Trata-se antes de um barco, que não vai à deriva nem está ancorado, mas que navega carregado de desejos, ideias e vontades que evoluem ao mesmo tempo que nós mesmos, procurando formas de nos relacionarmos com as outras pessoas e de nos respeitarmos. Mas que se entende hoje por paz? que nos dizem aqueles que investigam a paz? onde está esse barco que nos mostra uma realidade mutante e em constante movimento? que leva no porão? para onde dirigimos o leme?”.
Numa parte do chão, em vidro, podem-se ver alguns destroços que ficaram depois do
bombardeamento, incluindo uma pequena boneca de pano. E não pude deixar de perguntar a mim
mesma: que teria acontecido à sua dona?
Numa outra parede do Museu, a toda a largura, está um mural de cerâmica que reproduz a famosa tela
de Picasso-Guernica.
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Após estas visitas voltámos a Bilbau, para almoçar.
Bilbau é a cidade basca mais populosa, que desenvolveu, já no século XIX, uma actividade comercial
importante que foi crescendo, ao ritmo da indústria, ao longo do rio Nervión. No século XX os grandes
projectos arquitectónicos transformaram Bilbau numa referência da arquitectura mundial: o Museu
Guggenheim, o Palácio de Congressos e da Música Euskalduna, o Metro (muito moderno) de Norman
Foster, o Aeroporto de Santiago Calatrava (situado a apenas 6 quilómetros), etc.
Os 700 anos de história de Bilbau reflectem-se nos edifícios e construções que encantam os
visitantes. O “Casco Velho” é Monumento Histórico-Artístico e constitui a referência para
reconstruir a história da cidade desde as suas origens. Nele se encontra a catedral de Santiago, o
Museu Arqueológico, Etnológico e Histórico de Biscaia e o reformado Teatro Arriaga. O centro
urbano constitui um exemplo da melhor arquitectura do século XX, com edifícios que são a sede, há
um século, das principais instituições e empresas de Bilbau, formando um destacado conjunto
arquitectónico realizado pelos melhores arquitectos locais.
O Museu Guggenheim Bilbau tornou-se o motor cultural e turístico do País Basco e o Museu das Belas
Artes é um dos melhores da Espanha; abriga uma completa e valiosa pinacoteca com três colecções:
arte antiga (El Greco, Zurbarán, Goya ou Van Dyck), arte contemporânea (Gauguin, Bacon ou Tàpies) e
arte basca (Regoyos, Zuloaga ou Iturrino).
Bilbau, capital da Biscaia, é a maior cidade do Norte de Espanha com 354 000 habitantes. Se
contarmos com a área metropolitana tem mais de 1.000.000 de habitantes. Está situada na margem do
rio Nervion e a 11 quilómetros do Mar Cantábrico, com o qual comunica a sua ria. Esta tem sido
fundamental para o desenvolvimento industrial e económico de Bilbau desde a sua fundação (ano
1300)., pois Bilbau começou por ser um pequeno bairro de pescadores (que é agora o casco velho). Em
1300 recebeu um documento de fundação, dando-lhe independência para se converter em povoação,
em porto. Aqui existe uma ria, que era um porto comercial para o Reino de Castela, exportando lã,
vinho e carvão. Bilbau cresceu entre os séculos XV e XIX e desenvolveu-se para o outro lado da ria no
final do século XIX. São Nicolau é o padroeiro dos marinheiros. Há aqui muitas igrejas dedicadas a
São Nicolau. Temos o mercado de flores aos domingos. Vemos uma ponte de Santiago Calatrava, com
um desenho que não é funcional, mas que é muito bonita. Tem uma alcatifa preta na parte destinada
aos peões, para as pessoas não escorregarem e caírem. Existe um depósito franco onde passavam as
mercadorias pela fronteira. É uma porta da ria à cidade e vice-versa.
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Bilbau é um dos principais focos económicos e culturais do norte da Península e uma referência
internacional arquitectónica e artística cujo cartão de visita é o famoso Museu Guggenheim,
oferecendo numerosas e variadas propostas para o ócio e a cultura.
O processo de renovação urbanística verificado nos últimos anos tem sido muito intenso e alterou a
sua fisionomia. Actualmente vive um grande momento de actividade. A oferta cultural é vasta e
sucede-se de forma contínua. Os seus museus e galerias não devem deixar de ser visitados: o Museu
de Belas Artes é uma excelente pinacoteca e está situado ao lado do Museu Guggenheim, inaugurado
em 1997, obra de Frank O. Gehry, com uma arquitectura espectacular. Um passeio pelo Casco Velho,
além de possibilitar conhecer um dos maiores centros comerciais da Europa, permite apreciar os
edifícios emblemáticos da cidade ou provar os “pintxos” (tapas) nas suas numerosas tabernas e cafés.
Bilbau é um ponto de referência internacional em gastronomia. Os excelentes restaurantes que
existem na cidade permitem desfrutar de uma mesa requintada, que aqui atinge a categoria de arte.
Bilbau, devido a estar perto do mar e da Cordilheira Cantábrica, possui arredores com grandes
contrastes. Se a costa oferece um grande número de propostas, não são menos as do interior. A
província de Biscaia é um território acidentado atravessado de norte a sul por várias cadeias de
montanhas. É uma paisagem de grande beleza caracterizada por vales muito verdes, casas encravadas
nas ladeiras e rios que correm entre montanhas de moderada altura, com não mais de 1.000 metros.
Neste ambiente rural existem parques naturais, biótipos, reservas… Esta terra tem muito que
oferecer e os seus recursos naturais são consideráveis. Por um lado, devido à proximidade da costa é
possível disfrutar de um grande número de praias, frequentadas durante todo o ano por pessoas que
vão passear ou praticar algum desporto. Na costa e na montanha, encontram-se povoações com
história, tradições ancestrais, deliciosos recantos onde se pode disfrutar de tranquilidade. A tudo
isto, junta-se a gastronomia e o património cultural
O euskera é um idioma não indo-europeu falado principalmente no País Basco ou Euskal Herria. O
território deste idioma estende-se a três âmbitos administrativos diferentes: em Espanha, às duas
Comunidades Autónomas de Euskadi e Navarra, e na República Francesa, a uma parte do seu
Departamento dos Pirineus Atlânticos.
Euskaltzaindia, a Real Academia da Língua Basca (1919), é a Instituição Académica oficial que se
encarrega da sua tutela e de estabelecer as normas filológicas do seu uso.
Com a abertura do Museu Guggenheim em 1997, Bilbau passou a ser uma cidade turística.
Passamos por um edifício da autoria de Sisa Vieira com 165 metros de altura e 42 andares, que é a
sede da empresa Argentina Iberdrola e o mais alto de Bilbau. Vemos o Palácio de Congressos e da
Música., que obteve em 2003 o prémio do melhor Centro de Congressos do mundo. Tem lugar para
1168 pessoas e aqui já cantou Monserrat Caballé, que referiu que era o local com melhor acústica onde
tinha cantado. Aqui também se realizam concertos da orquestra sinfónica.
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Picos da Europa e País Basco Passamos pelo novo estádio do Atlético Clube de Bilbau, que ontem empatou com o Barcelona. Vemos a
Praça do Sagrado Coração. O Metro é de 1945 e é um dos mais modernos de Espanha. Temos o tranvia
desde 2003.
Vamos agora pela auto-estrada A8 que começa em Irun e vai até à Galiza. O Nosso Hotel (Grand
Bilbao) foi o último que abriu em Bilbau.
A Espanha tem 17 comunidades autónomas e o País Basco tem 7.000 quilómetros quadrados, com uma
configuração em triângulo. A costa forma o lado maior do triângulo. Tem 2.100.000 habitantes. Todo o
Norte de Espanha tem em comum o clima. Aqui está situada a Cordilheira Cantábrica, com a sua parte
mais alta nas Astúrias. Há muitas montanhas e chuva. No Verão a média das temperaturas é de 25
graus e no Inverno situa-se entre 5 e 10 graus, tal como acontece hoje.
A agricultura aqui foi sempre muito pobre e o País Basco depende do clima. Aqui passou-se muita fome
e o gado é importante. Desde a entrada na União Europeia o produtor de leite recebe 28 cêntimos por
cada litro de leite. As vacas também dão a carne e também há peixe. Temos uma indústria conserveira
que é muito importante, sendo os peixes mais utilizados o bonito e a anchova. Aqui existe a ovelha
lacha (ou ovelha basca) para a produção de leite destinado ao fabrico de queijo. Estas ovelhas têm
uma grande quantidade de lã, mas a sua qualidade não é boa. O leite é bom e tem denominação de
origem. O outro pilar do sector primário é a indústria florestal, pois aqui encontramos muitos bosques
de pinheiros e eucaliptos. O eucalipto necessita de muita água e muitos nutrientes e o seu
crescimento é muito rápido (15 anos). Temos também castanheiros, acácias e carvalhos que são
árvores típicas desta região. Os Bascos têm a sua própria língua e cultura. Não se sabe bem qual a
origem dos bascos e da sua língua. O Euskera começou a falar-se na pré-história. O caminho de
Santiago foi muito importante para o desenvolvimento desta região. Aqui não havia nobreza, mas sim
senhores feudais e camponeses.
O movimento independentista basco quer reunir todas as regiões, mas Navarra não quer e França
também não.
No país basco o desporto favorito é a pelota basca que se joga com 2 paredes e um ou dois jogadores
e uma bola. Outro desporto típico são as regatas de traineiras. A mais famosa é na Concha de San
Sebastian. Outros desportos são o levantamento de pedras, o corte de troncos de madeira, com o
corte horizontal em sistema de contra-relógio. A música também é diferente: utilizam um xisto (uma
flauta com 3 orifícios), acompanhada por um tambor pequeno. Há danças com os homens e as mulheres
separados, o chorchico (baile de 8 pessoas) sem contacto físico entre os dançarinos, por causa das
tentações e ainda outras. O acordeão era considerado um instrumento do inferno, porque incitava as
pessoas a bailar e a manter contacto físico: Ainda hoje fazem bailes para dar as boas–vindas a uma
pessoa importante.
O governo basco regula a educação, a justiça e a saúde. Dos impostos 94% ficam aqui. Não necessitam
de ajuda da União Europeia nem do Governo de Madrid. No resto de Espanha não é assim! O
desemprego em Espanha é de 26% da população activa. No país basco é de 15%. No século XIX
começou-se a produzir ferro de forma intensiva para a indústria pesada.
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A população cresce e uma parte de Bilbau só foi construída 50 anos mais tarde, por causa da
valorização dos terrenos. Então as construções vão subindo pelos montes. Faltam infra-estruturas até
aos anos 70. Bilbau era nessa altura uma cidade muito feia e muito suja para se viver. Em 1983 teve
lugar a última destruição da cidade. Nessa altura, tudo mudou. Apareceu um novo motor para a
economia - os serviços e o turismo. Foram abertas grandes lojas por causa do museu Guggenheim.
No Museu uma das obras mais famosas é o cão feito de uma estrutura de aço inoxidável e plantas em
floração (umas no inverno, outras no verão). É o Puppy (mascote) desenhado por Jeff Koons em 1992.
É a chamada arte kitsch!
Jeff Koons casou-se com a famosa Cicciolina, uma artista italiana de segundo plano, que entrava em
filmes porno. Conta-se que um dia, quando veio apresentar um dos seus filmes a Portugal, foi
convidada a ir à Assembleia da Repúlica. Ela foi, mas quando entrou na sala, destapou um seio! Imagino
a situação e não posso deixar de sorrir!...Já se divorciou de Koons.
Neste Museu o tipo de arte que está exposto, por vezes não parece obra de arte. Mas a verdade é
que a arte é como a música: umas pessoas gostam, outras não. O nome Guggenheim vem de uma família
Suíça, de judeus, que foram para os Estados Unidos no século XIX. O filho que fundou este museu foi
Salomon, que casou com Helena Rotschild. Compraram as obras dos pintores mais célebres: mais de
150 quadros de Kandinsky, de Picasso, etc. Em 1993 fizeram uma fundação e abriram o primeiro
Museu, que está em Nova Iorque. O segundo Museu está em Veneza. Peggy Guggenheim era uma
sobrinha de Salomon e durante a guerra ajudou muitos artistas a ir para os Estados Unidos. Então,
como não tinham outros meios para lhe pagar, pagavam-lhe com obras de arte. O terceiro Museu
Guggenheim é o de Bilbau. Dentro do seu programa para melhorar a cultura e para ser um motor da
economia, a fundação Guggenheim procurava um local na Europa para instalar um Museu. Tinham
pensado em Madrid ou Barcelona, mas havia a Expo de Sevilha e os Jogos Olímpicos em Barcelona.
Então Bilbau ofereceu-se para acolher o Museu e a cidade acabou por ser escolhida, No primeiro ano
tiveram 1.200.000 visitantes, quando esperavam apenas 500.000. No pior ano, que foi 2001, tiveram
700.000 visitantes. A média é de 1 milhão de pessoas por ano. O edifício foi desenhado por Frank
Gehry e tem a forma de uma flor ou de um peixe. Na parte de trás do museu, no passeio, pode-se
passar debaixo das pernas de uma aranha gigantesca – A Mamã – obra em bronze da autoria de Louise
Bourgeois. As aranhas são animais com muitas patas para abraçar e têm muitos filhos. São
protectoras como as mães e para Louise Bourgeois simbolizam a força poderosa da mulher e da mãe.
Existem outras esculturas de aranhas da mesma artista no Canadá, nos Estados Unidos (Washington)
e no Japão.
O museu compõe-se de uma série de volumes interligados, recobertos de pedra calcária e de titânio.
A tudo isto é acrescentado o vidro e, com as suas formas curvilíneas e retorcidas, o conjunto parece-
me fascinante. A luz reflecte-se de modo diferente nas suas estruturas, conforme a hora do dia e o
Museu reflecte-se inteiro nas águas do rio Nervion. No interior há 19 galerias, tendo uma delas 130
metros de comprimento por 30 de largura, não tem colunas e pode conter obras de arte que
dificilmente caberão nas salas habituais de um museu. Foi pouco divulgado que 5 dias antes da
abertura deste Museu, a polícia basca evitou um atentado da ETA previsto para o dia da inauguração.
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Um agente suspeitou de dois homens que estavam perto do Museu e, quando lhes pediu a
identificação, um dos homens deu-lhe um tiro e matou-o. É por essa razão que a praça de acesso ao
Museu tem o nome de José Maria Aguirre, o guarda assassinado. À entrada do museu existem 7
túlipas gigantescas, de cores diferentes, de aço inoxidável.
No interior do museu encontramos um tipo de arte que ninguém entende. O artista também não quis
dizer nada - é a chamada arte minimalista. Entramos numa sala enorme onde todas as esculturas de
Richard Serra (são 7) utilizam o mesmo material e foram feitas numa fábrica na Alemanha. São obras
de 2005, 2006 e constituem um tipo de arte muito popular nos anos 60 e 70, - é o estudo da
geometria - as espirais, as elipses, os cones. O artista faz investigações sobre o espaço, a figura
geométrica. É o peso e a forma destas esculturas que faz que estejam de pé. “O artista Richard Serra quer que fiquemos afectados pela escultura e brinca com os nossos sentidos. Esta exposição é uma das exposições permanentes do Museu e chama-se a “Matéria do tempo”. Constitui a reflexão mais complexa em redor do aspecto físico do espaço e a natureza da escultura. As esculturas de Serra estabelecem uma nova relação com o visitante, cuja experiência com o objecto passa a formar parte essencial do seu significado. Esta exposição permite perceber a evolução das formas escultóricas de Serra, desde uma elipse dupla relativamente simples até à complexidade de uma espiral. À medida que o visitante observa e rodeia as esculturas, estas transformam-se de forma inesperada, criando uma vertiginosa e inolvidável sensação de espaço em movimento”.- Isto não é da
minha autoria. Foram palavras da guia, mas francamente, não vi nem senti nada do que aqui é dito, as
esculturas não me afectaram minimamente e não as queria em minha casa!...
Seguiu-se uma sala com outra exposição, onde há alguns quadros de arte mais moderna, figurativa,
mas que também não me disse grande coisa, mas achei interessante uma galeria muito simples, com
uma exposição intitulada “Sorrisos”: são 12 quadros com rostos de mulheres sorridentes, louras,
morena e ruivas, da autoria de Alex Katz e são os olhos que fazem a diferença entre todas.
Há depois o Salão dos Sonhos de Joseph Steib, onde vi muitos quadros de Picasso, dois quadros de
Vieira da Silva e um de Arpad Szenes e vários Kandinsky. Deste já gostei!
Na sala dos surrealistas ficamos com uma ideia do que se passa nos campos de concentração, que não
foram uma invenção nazi, pois já existiam antes. Os artistas fazem arte que reflecte aquilo que estão
a sentir no momento em que a fazem. Há diferentes temas sobre a Segunda Grande Guerra na sala “A
Arte durante a guerra” e fiquei a saber que Picasso era admirado pelos Nazis. Há aqui vários quadros
que tratam de exílios, fugas e clandestinidade.
Havia ainda muito que ver, mas o tempo estava a escassear e ainda tínhamos que visitar a Igreja de
Santiago.
A catedral basílica de Santiago, em Bilbau, encontra-se em pleno casco antigo da cidade. Está
dedicada ao Apóstolo Santiago (padroeiro da cidade) porque Bilbau formou parte do Caminho de
Santiago pela costa.
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A Catedral de Bilbau é um magnífico templo gótico edificado entre as últimas décadas do século XIV
e o século XV.
A construção nestes dois séculos faz que haja uma certa unidade de estilo no edifício, que é de um
gótico correcto e muito belo, embora de moderadas dimensões. A excepção a esta homogeneidade é a
fachada principal, que é neogótica e realizada no século XIX por Severino Achucarro.
O interior da catedral de Bilbau é de grande beleza. A planta é de cruz latina com três naves e
cruzeiro. Os suportes são pilares cilíndricos com colunas ligadas que suportam a pressão das nervuras
das abóbadas. A cabeceira é poligonal com charola.
Por vezes, a chuva dava tréguas e o sol dava um ar da sua graça. Porém, o nosso destino era San
Sebastian, onde chegámos ainda de dia. Mas a chuva tinha voltado e seguimos logo para o Hotel Palácio
de Alete, onde jantámos. Tinha sido um dia muito interessante!
Sétimo dia – 29 de Abril:
Quando saímos do Hotel, verificámos que a temperatura tinha subido e o Sol tinha reaparecido. Isto
permitiu-nos admirar melhor a cidade, que é bastante bonita. San Sebastián é uma pequena cidade de
183.000 habitantes, com uma actividade cultural invulgar para o seu tamanho. A baía da Concha é uma
pequena baía conhecida como a Pérola do Cantábrico, situada na costa do mar Cantábrico, em frente à
cidade de San Sebastián. A baía da Concha é o símbolo turístico de San Sebastián e, como o seu nome
indica, possui forma de concha e alberga duas praias (Ondarreta com 950 metros e a praia da Concha
com 1350 metros) e uma ilha no centro, a ilha de Santa Clara. De um lado está situado o Monte Urgull,
onde se diz que nasceu a cidade. Do outro lado, está o Monte Igueldo, onde existe um teleférico. A
rainha Maria Cristina ao vir aqui passar o Verão, trouxe consigo os nobres, que aqui construíram belas
casas.
Passamos pelo rio Urumea, com as suas famosas Pontes e candeeiros – a mais bonita é a ponte Maria
Cristina de Habsburgo, bisavó do Rei João Carlos. A praia mais famosa é a da Concha, mesmo no
centro da cidade. San Sebastian não sofreu durante a Guerra Civil, porque era o local de veraneio
preferido de Francisco Franco. Para aqui vinham também muitos actores famosos: Elisabeth Taylor,
Hitchcock, a espia Mata- Hari e muitos outros.
Apreciamos as praias de areia fina, o grande número de parques e jardins que convivem com a
arquitectura tradicional, romântica e contemporânea, o mar e a montanha a dois passos, a sua
qualidade de vida e a sua famosa gastronomia, que converteram San Sebastian nos últimos dois
séculos num destino turístico de primeiro plano.
San Sebastian nasceu como uma povoação pesqueira, cresceu como cidade comercial e fortaleza
militar, com a invasão das tropas napoleónicas e, depois de ter sido destruída quase por completo em
1813 na batalha com as tropas anglo-portuguesas, renasceu como cidade de serviços, sob o patrocínio
real, pois a rainha Maria Cristina escolheu esta cidade para passar as férias.
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Foi nos últimos anos do século XIX e inícios do século XX que San Sebastián se manifestou como
cidade culta, repleta de serviços e destino por excelência do turismo do norte de Espanha. A
grandiosidade dos seus edifícios é reflexo dos gostos da realeza e da burguesia do momento e dão-lhe
um carácter senhorial que soube adaptar-se aos tempos.
Um dos principais atractivos turísticos da cidade é a gastronomia, pois no seu território reúne mais
estrelas Michelin por metro quadrado do que nenhum outro lugar do mundo (de um total de sete
restaurante com 3 estrelas Michelin que há em toda a Espanha, três estão situados em San
Sebastian). Foi o berço do renascer da gastronomia basca através do movimento “a nova cozinha
basca”. A qualidade das suas matérias-primas e os seus mundialmente conhecidos “pintxos” ou tapas
(San Sebastian é considerada a capital mundial do “pintxo”) fazem as delícias de toda a gente.
Os passeios pelo centro da cidade, a chamada Área Romântica da Belle Époque, cujas ruas principais
são totalmente peatonais e junto ao rio Urumea, são outro dos pontos fortes da oferta turística de
San Sebastián.
Junto à foz do rio encontram-se o Teatro Victória Eugénia e o Hotel Maria Cristina, que constituem
um dos conjuntos monumentais mais atractivos da cidade. Atravessando o rio pela ponte de Maria
Cristina, a mais vistosa das pontes de San Sebastian, encontra-se a Estação do Norte e as vivendas
de estilo puramente francês situadas à beira do rio.
A actividade cultural cresceu ao mesmo ritmo que a actividade turística. O Festival Internacional de
Cinema, o Festival de Jazz e a Quinzena Musical são acontecimentos imprescindíveis ao longo do ano,
tal como os festivais cinematográficos temáticos e eventos das artes cénicas como o festival de
teatro.
A dezena de museus que possui, as magníficas esculturas de renome, a diversidade de teatros e salas
de exposições, são, sem dúvida, um claro exemplo da sua riqueza cultural. No século XX foi a sede do
Governo Nacionalista de Franco.
San Sebastián foi escolhida pelo jornal inglês The Guardian como "uma das cinco melhores cidades de
veraneio" do mundo, juntamente com Berlim, Estocolmo, Nova York e Amsterdão.
A actual catedral de San Sebastián é a igreja do Bom Pastor, edificada no século XIX como templo
neogótico que foi posteriormente elevada à categoria de catedral no século XX.
A catedral é de finais do século XIX. Em 1888 o arquitecto Manuel Eclavé, que foi o autor do
projecto, deu início às obras do edifício. Antes do lançamento da primeira pedra, depois da missa, o
infante Afonso XIII, com apenas 2 anos de idade, “assinou” os documentos oficiais para a
reconstrução da catedral. Nas fundações colocaram uma caixa de chumbo, com a fotografia do Papa,
da família real, juntamente com outros papéis e moedas. A construção demorou 11 anos: de 1888 a
1899, data em que se rematou o conjunto com a grande torre que culmina o pórtico da fachada
ocidental.
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Apesar disso, dois anos antes, em 1897, foi inaugurada esta grande igreja, cerimónia em que esteve
presente a família real - a Rainha Maria Cristina acompanhada dos seus filhos Afonso XIII e a
princesa das Astúrias, com a infanta Maria Teresa.
A catedral só foi consagrada em 1953. Custou o dobro do que tinha sido previsto, ou seja, 1.500.000
Euros. O órgão é de 1954 e também custou 1.500.000 Euros. Neste período de tempo foram feitas
remodelações (sem retábulo e sem vitrais). O chão que era de madeira de carvalho, foi substituído e
agora é de mármore. O estilo é neogótico, com arcos botantes a apoiar a estrutura. A fachada
principal tem 2 torres. A construção desta catedral, tal como a de Burgos, é inspirada na Catedral de
Colónia. Anteriormente era a Igreja do Sagrado Coração de Jesus e agora passou a ser a catedral do
Bom Pastor. Os artífices da catedral eram todos bascos. É a terceira maior catedral de Espanha,
depois da de Sevilha e da de Saragoça. É nessa época que ganha muita importância com o Caminho de
Santiago, que faz crescer a cidade. Encontra-se também no caminho do interior de Espanha para a
Costa Cantábrica. Era também uma rota comercial.
Manuel Eclavé inspirou-se nas catedrais góticas alemãs, mas especialmente na de Colónia. Por essa
razão é um edifício de acentuada verticalidade com arcos ogivais muito aguçados (o edifício mais alto
de San Sebastian) e uma grande quantidade de elementos decorativos como pináculos e carrancas,
além de uma colecção de 14 vitrais de Juan Bautista Lázaro que representam os doze apóstolos e os
Sagrados Corações de Jesus e Maria e duas rosáceas, o que lhe dá una espectacularidade
considerável.
Em meados do século XX (1953), a igreja do Bom Pastor converte-se na nova Catedral de San
Sebastián. Mais de cinquenta anos depois colocou-se o órgão, com mais de dez mil tubos e um peso de
mil toneladas, que fazem dele um dos maiores da Europa.
A catedral de San Sebastián é um enorme edifício neogótico com planta em cruz latina de três naves,
transepto e presbitério. As pias de água benta são conchas trazidas das Filipinas.
No interior existe uma cripta muito espaçosa e, no exterior, a torre, construída por Ramón Cortázar,
tem 75 metros de altura. O altar mor está dedicado ao Bom Pastor. Aí encontramos as estátuas de
Nossa Senhora del Carmen, Santo António, Santa Teresa e o Sagrado Coração.
Na sua fachada principal, destaca-se a “A Cruz da Paz”, obra do escultor Eduardo Chillida. Com os
seus 1.915 metros quadrados é a maior igreja de toda a cidade.
Passámos pelo Palácio dos Congressos, onde se realiza o Festival de cinema.
O Monte Igueldo é uma vasta zona geográfica situada a oeste da cidade de San Sebastián, entre a
praia de Ondarreta e a povoação de Orio. A área de Igueldo é um grande parque natural de 6,2
quiilómetros quadrados, com uma população muito escassa. Limita a norte com o mar e o seu litoral
rochoso oferece possibilidades para a pesca e a prática de desportos náuticos.