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Prospecto Preliminar de Distribuio Pblica Primria e Secundria de
Aes Ordinrias de Emisso do
Magazine Luiza S.A. Companhia de Capital Autorizado
Rua Voluntrios da Franca, n 1.465, CEP 14400-490, Franca, SP
CNPJ/MF n 47.960.950/0001-21, Cdigo ISIN n BRMGLUACNOR2
Cdigo de negociao na BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores,
Mercadorias e Futuros ("BM&FBOVESPA"): MGLU3 50.314.432 Aes
Ordinrias
Valor da Oferta - R$930.816.992,00 No contexto desta Oferta,
estima-se que o Preo por Ao estar situado entre R$16,00 e R$21,00,
ressalvado, no entanto,
que o Preo por Ao poder, eventualmente, ser fixado fora desta
faixa indicativa. O Magazine Luiza S.A. (Companhia) em conjunto com
Brazil Zia I LLC e Brazil Zia II LLC e com os demais acionistas
vendedores identificados neste Prospecto (Acionistas Vendedores)
esto realizando uma oferta pblica de distribuio primria e secundria
de 50.314.432 aes ordinrias, nominativas, escriturais e sem valor
nominal, de emisso da Companhia, todas livres e desembaraadas de
quaisquer nus ou gravames (Aes), compreendendo: (i) a distribuio
primria de 33.750.000 aes ordinrias de emisso da Companhia, e (ii)
a distribuio secundria de 16.564.432 aes ordinrias de emisso da
Companhia e de titularidade dos Acionistas Vendedores, a ser
realizada no Brasil, em mercado de balco no organizado, em
conformidade com os procedimentos da Instruo da Comisso de Valores
Mobilirios (CVM) n 400, de 29 de dezembro de 2003, conforme
alterada (Instruo CVM 400), com esforos de colocao das Aes no
exterior (Oferta). As Aes sero ofertadas no Brasil sob a coordenao
do Banco Ita BBA S.A. (Coordenador Lder ou Ita BBA), do Banco BTG
Pactual S.A. (BTG Pactual) e do BB Banco de Investimento S.A. (BB
Investimentos, e em conjunto com o Coordenador Lder e o BTG
Pactual, Joint Bookrunners), com a participao de determinadas
instituies financeiras integrantes do sistema de distribuio de
valores mobilirios (Coordenadores) e determinadas instituies
intermedirias autorizadas a operar no mercado de capitais
brasileiro, credenciadas junto BM&FBOVESPA, por eles convidadas
para efetuar exclusivamente esforos de colocao das Aes junto aos
Investidores No Institucionais (conforme definido neste Prospecto)
(Instituies Consorciadas e, em conjunto com os Joint Bookrunners e
os Coordenadores, Instituies Participantes da Oferta), incluindo
esforos de colocao de Aes a serem realizados (i) nos Estados Unidos
da Amrica pelo Itau BBA USA Securities, Inc., BTG Pactual US
Capital Corp e Banco do Brasil Securities LLC e determinadas
instituies financeiras a serem contratadas, exclusivamente para a
colocao de Aes junto a investidores institucionais qualificados
(qualified institutional buyers), residentes e domiciliados nos
Estados Unidos da Amrica, definidos em conformidade com a Regra
144A do Securities Act de 1933, editado pela Securities and
Exchange Commission dos Estados Unidos da Amrica, conforme alterada
(Regra 144A, Securities Act e SEC, respectivamente), de acordo com
isenes de registro previstas no Securities Act, e (ii) junto a
investidores localizados nos demais pases pelo Itau BBA USA
Securities, Inc., BTG Pactual US Capital Corp e BB Securities
Limited (Agentes de Colocao Internacional), fora dos Estados Unidos
da Amrica e do Brasil, nos termos do Regulamento S do Securities
Act e observada a legislao aplicvel no pas de domiclio de cada
investidor (investidores pertencentes aos itens i e ii acima, em
conjunto chamados Investidores Estrangeiros), que invistam no
Brasil em conformidade com os mecanismos de investimento
regulamentados pelo Conselho Monetrio Nacional, pelo Banco Central
do Brasil e pela CVM, e nos termos do Placement Facilitation
Agreement. Nos termos do artigo 24 da Instruo CVM 400, a quantidade
total das Aes inicialmente ofertadas poder ser acrescida em at 15%
(quinze por cento), ou seja, em at 7.547.164 aes ordinrias de
emisso da Companhia, nas mesmas condies e preo das Aes inicialmente
ofertadas ("Aes do Lote Suplementar"), conforme opo a ser outorgada
no Instrumento Particular de Contrato de Coordenao, Garantia Firme
de Liquidao e Distribuio Pblica Primria e Secundria de Aes
Ordinrias de Emisso do Magazine Luiza S.A. ("Contrato de
Distribuio") pela Companhia e pelos Acionistas Vendedores ao BTG
Pactual, as quais sero destinadas a atender um eventual excesso de
demanda a ser constatado no decorrer da Oferta ("Opo de Aes
Suplementares"). O BTG Pactual ter o direito exclusivo, a partir da
data de assinatura do Contrato de Distribuio e por um perodo de at
30 (trinta) dias contados, inclusive, da data de incio de negociao
das Aes na BM&FBOVESPA, de exercer a Opo de Aes Suplementares,
no todo ou em parte, em uma ou mais vezes, aps notificao aos demais
Joint Bookrunners, desde que a deciso de sobrealocao das aes
ordinrias de emisso da Companhia tenha sido tomada em comum acordo
entre os Joint Bookrunners no momento da precificao da Oferta. Na
hiptese de exerccio parcial ou total da Opo de Aes Suplementares
pelo BTG Pactual, ser dada preferncia para a alienao de aes dos
acionistas vendedores BRAZIL ZIA I LLC e BRAZIL ZIA II LLC,
limitado a 1.854.498 Aes. Adicionalmente, sem prejuzo da Opo de Aes
Suplementares, nos termos do artigo 14, 2, da Instruo CVM 400, a
quantidade total de Aes inicialmente ofertada poder, at a data de
publicao do Anncio de Incio de Distribuio Pblica Primria e
Secundria de Aes Ordinrias de Emisso da Companhia, a critrio da
Companhia e/ou dos Acionistas Vendedores e em comum acordo com os
Joint Bookrunners, ser acrescida em at 20% (vinte por cento) do
total de Aes inicialmente ofertadas, ou seja, em at 10.062.886 aes
ordinrias de emisso da Companhia, nas mesmas condies e no mesmo
preo das Aes inicialmente ofertadas (Aes Adicionais). O Preo por Ao
(conforme definido neste Prospecto) ser fixado aps a concluso do
procedimento de coleta de intenes de investimento realizado somente
junto a Investidores Institucionais (conforme definido neste
Prospecto) pelos Joint Bookrunners, conforme previsto no artigo 23,
1, e no artigo 44 da Instruo CVM 400 ("Procedimento de
Bookbuilding"). A escolha do critrio para determinao do Preo por Ao
(conforme definido neste Prospecto) justificada pelo fato de que o
Preo por Ao (conforme definido neste Prospecto) no promover a
diluio injustificada dos acionistas da Companhia e de que as Aes
sero distribudas por meio de oferta pblica, em que o valor de
mercado das Aes ser aferido com a realizao do Procedimento de
Bookbuilding que reflete o valor pelo qual os Investidores
Institucionais (conforme definido neste Prospecto) apresentaro suas
ordens de subscrio no contexto da Oferta. Os Investidores No
Institucionais (conforme definido neste Prospecto) no participaro
do Procedimento de Bookbuilding, e, portanto, no participaro da
fixao do Preo por Ao (conforme definido neste Prospecto).
(1) Com base no Preo por Ao de R$18,50, que o ponto mdio da
faixa de preos indicada acima. (2) Sem considerar as Aes do Lote
Suplementar e as Aes Adicionais. (3) Sem deduo das despesas da
Oferta.
A realizao da Oferta foi aprovada em Assembleia Geral
Extraordinria da Companhia realizada em 21 de fevereiro de 2011 e
os seus termos e condies foram aprovados em Reunio do Conselho de
Administrao realizada na mesma data, cujas atas foram arquivadas na
Junta Comercial do Estado de So Paulo (JUCESP) em 20 de maro de
2011 e publicadas no Dirio Oficial do Estado de So Paulo e no
jornal Valor Econmico em 01 de abril de 2011. A emisso das Aes com
excluso do direito de preferncia dos atuais acionistas da
Companhia, nos termos do artigo 172, inciso I, da Lei n 6.404, de
15 de dezembro de 1976, conforme alterada (Lei das Sociedades por
Aes), o Preo por Ao e o efetivo aumento de capital da Companhia,
dentro do limite de capital autorizado previsto em seu Estatuto
Social, sero aprovados em Reunio do Conselho de Administrao da
Companhia a ser realizada antes da concesso do registro da Oferta
pela CVM, cuja ata ser arquivada na JUCESP e publicada no Dirio
Oficial do Estado de So Paulo e no jornal Valor Econmico. A alienao
das Aes e a fixao do Preo por Ao pelos Acionistas Vendedores Brazil
Zia I LLC e Brazil ZIA II LLC no depende de nenhuma aprovao
especfica, nos termos dos seus atos constitutivos. Em razo disso, e
tendo em vista que os demais Acionistas Vendedores so pessoas
fsicas, no h necessidade de aprovaes societrias pelos Acionistas
Vendedores para a realizao da Oferta Secundria. Exceto pelo
registro da Oferta pela CVM, a Companhia, os Acionistas Vendedores
e os Joint Bookrunners no pretendem realizar nenhum registro da
Oferta ou das Aes nos Estados Unidos da Amrica e nem em qualquer
agncia ou rgo regulador do mercado de capitais de qualquer outro
pas. Ser admissvel o recebimento de reservas para Investidores No
Institucionais (conforme definido neste Prospecto), em data
indicada no Aviso ao Mercado e neste Prospecto Preliminar, para
subscrio ou aquisio, as quais somente sero confirmadas pelo
subscritor ou adquirente aps o incio do perodo de distribuio. A
Oferta foi registrada pela CVM em [] de [] de 2011, sob o n
CVM/SRE/REM/2011/[] e o n CVM/SRE/SEC/2011/[]. O registro da
presente Oferta no implica, por parte da CVM, garantia da
veracidade das informaes prestadas ou em julgamento sobre a
qualidade da Companhia, bem como sobre as aes a serem distribudas.
Este Prospecto no deve, em nenhuma circunstncia, ser considerado
uma recomendao de investimento nas Aes. Ao decidir investir nas
Aes, potenciais investidores devero realizar sua prpria anlise e
avaliao da situao financeira da Companhia, de suas atividades e dos
riscos decorrentes do investimento nas Aes. OS INVESTIDORES DEVEM
LER A SEO FATORES DE RISCO RELACIONADOS S AES E OFERTA NAS PGINAS
105 A 109 DESTE PROSPECTO E NOS ITENS 4 e 5 DO NOSSO FORMULRIO DE
REFERNCIA, ANEXO A ESTE PROSPECTO, PARA CINCIA DE CERTOS FATORES DE
RISCO QUE DEVEM SER CONSIDERADOS EM RELAO NOSSA COMPANHIA, OFERTA E
AO INVESTIMENTO NAS AES.
Joint Bookrunners
Agente Estabilizador Coordenador Lder
Assessor Independente da Companhia
Coordenadores
A data deste Prospecto Preliminar 6 de abril de 2011.
Preo (R$) (1) Comisses (R$) (1) (2) Recursos Lquidos (R$) (1)
(2) (3) Preo por ao 18,50 0,74 17,76 Oferta Primria 624.375.000,00
24.975.000,00 599.400.000,00 Oferta Secundria 306.441.992,00
12.257.679,68 294.184.312,32
930.816.992,00 37.232.679,68 893.584.312,32
As
info
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o.
-
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-
NDICE
DEFINIES
.......................................................................................................................................
7
INFORMAES CADASTRAIS DA COMPANHIA
.........................................................................
21
CONSIDERAES SOBRE ESTIMATIVAS E PERSPECTIVAS SOBRE O FUTURO
................. 22
SUMRIO DA COMPANHIA
............................................................................................................
24
QUEM SOMOS
.................................................................................................................................
24 NOSSO PBLICO E COMO O ACESSAMOS
........................................................................................
26 NOSSA CULTURA, NOSSA MISSO E VISO
.....................................................................................
28 NOSSOS PONTOS FORTES
..............................................................................................................
29 NOSSA ESTRATGIA
.......................................................................................................................
31 BREVE HISTRICO
..........................................................................................................................
33 INFORMAES CORPORATIVAS
.......................................................................................................
35
PRINCIPAIS FATORES DE RISCO RELATIVOS COMPANHIA
................................................ 36
SUMRIO DA OFERTA
...................................................................................................................
39
INFORMAES SOBRE A COMPANHIA, OS JOINT BOOKRUNNERS, OS
COORDENADORES, OS CONSULTORES E OS AUDITORES
..................................................... 54
INFORMAES RELATIVAS OFERTA
......................................................................................
58
COMPOSIO DO CAPITAL SOCIAL DA COMPANHIA
..........................................................................
58 ALOCAO DOS RECURSOS DA OFERTA NAS CONTAS PATRIMONIAIS
............................................... 61 ACIONISTAS
VENDEDORES
..............................................................................................................
61 DESCRIO DA OFERTA
..................................................................................................................
63 APROVAES SOCIETRIAS
............................................................................................................
64 PREO POR AO
..........................................................................................................................
64 QUANTIDADE, VALOR, ESPCIE DAS AES E RECURSOS LQUIDOS
................................................ 65 CUSTOS DE
DISTRIBUIO
..............................................................................................................
68 PBLICO ALVO
...............................................................................................................................
68 CRONOGRAMA TENTATIVO DA OFERTA
............................................................................................
69 PROCEDIMENTO DA OFERTA
............................................................................................................
70 VIOLAES DE NORMA DE CONDUTA
...............................................................................................
78 CONTRATO DE DISTRIBUIO
..........................................................................................................
78 PRAZO DE DISTRIBUIO
................................................................................................................
79 LIQUIDAO
...................................................................................................................................
79 REGIME DE DISTRIBUIO DAS AES
............................................................................................
80
3
-
ESTABILIZAO DO PREO DAS AES
...........................................................................................
81 RESTRIES NEGOCIAO DAS AES (LOCK-UP)
.......................................................................
81 CARACTERSTICAS DAS AES
.......................................................................................................
82 INSTITUIO ESCRITURADORA DAS AES
......................................................................................
83 NEGOCIAO DAS AES
...............................................................................................................
83 ALTERAO DAS CIRCUNSTNCIAS, REVOGAO OU MODIFICAO
................................................ 84 SUSPENSO E
CANCELAMENTO
.......................................................................................................
85 INADEQUAO DA OFERTA
..............................................................................................................
85 RELACIONAMENTO ENTRE A COMPANHIA, OS ACIONISTAS VENDEDORES, OS
JOINT BOOKRUNNERS E OS COORDENADORES
.........................................................................................
86 INFORMAES ADICIONAIS
..............................................................................................................
93
OPERAES VINCULADAS OFERTA
.......................................................................................
96
APRESENTAO DOS JOINT BOOKRUNNERS E DOS COORDENADORES
........................... 97
JOINT BOOKRUNNERS
.....................................................................................................................
97 Banco Ita BBA S.A.
..............................................................................................................
97 Banco BTG Pactual S.A.
........................................................................................................
99 BB Banco de Investimento S.A.
.........................................................................................100
COORDENADORES
........................................................................................................................101
Banco Santander (Brasil) S.A.
............................................................................................101
Banco Barclays S.A.
............................................................................................................103
FATORES DE RISCO RELACIONADOS S AES E OFERTA
............................................105
DESTINAO DOS RECURSOS
..................................................................................................110
CAPITALIZAO
...........................................................................................................................112
DILUIO
.......................................................................................................................................113
PLANOS DE OPES DE COMPRA DE AES
.................................................................................114
4
-
ANEXOS
.........................................................................................................................................117
ESTATUTO SOCIAL CONSOLIDADO DA COMPANHIA
.............................................................119
ATAS DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINRIA DA COMPANHIA E DA REUNIO
DO CONSELHO DE ADMINISTRAO DA COMPANHIA REALIZADAS EM 21 DE
FEVEREIRO DE 2011 APROVANDO A OFERTA
.........................................................................149
DECLARAES DA COMPANHIA, DOS ACIONISTAS VENDEDORES E DO
COORDENADOR LDER PARA FINS DO ARTIGO 56 DA INSTRUO CVM N. 400, DE
29 DE DEZEMBRO DE 2003, CONFORME ALTERADA
..............................................................173
MINUTA PADRO DE REGULAMENTO DE FUNDO DE INVESTIMENTOS DOS
EMPREGADOS DE SOCIEDADES DO GRUPO MAGAZINE LUIZA
...........................................197
MINUTA PADRO DE PROSPECTO DE FUNDO DE INVESTIMENTOS DOS
EMPREGADOS DE SOCIEDADES DO GRUPO MAGAZINE LUIZA
...........................................215
DEMONSTRAES FINANCEIRAS
.............................................................................................231
DEMONSTRAES FINANCEIRAS DA COMPANHIA RELATIVAS AOS EXERCCIOS
SOCIAIS ENCERRADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008, 2009 E 2010, E
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES
...........................................................................................233
FORMULRIO DE REFERNCIA
..................................................................................................321
5
-
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6
-
DEFINIES
Para os fins desde Prospecto, os termos ns e nossos e verbos na
primeira pessoa do plural referem-se Companhia, salvo referncia
diversa neste Prospecto. Os termos indicados abaixo tero o
significado a eles atribudos neste Prospecto e do Formulrio de
Referncia, conforme aplicvel, salvo referncia diversa.
Acionistas Controladores LTD Administrao e Participaes S.A. e
Wagner Garcia Participaes S.A..
Acionistas Vendedores Brazil Zia I LLC, Brazil Zia II LLC,
Wagner Garcia da Silva Junior, Fabrcio Bittar Garcia, Flvia Bittar
Garcia, Franco Bittar Garcia, Pelegrino Jos Donato e Onofre de
Paula Trajano, considerados em conjunto.
Aes 50.314.432 aes ordinrias, nominativas, escriturais, sem
valor nominal, de nossa emisso, todas livres e desembaraadas de
quaisquer nus ou gravames, objeto da Oferta, compreendendo
33.750.000 aes a serem emitidas por ns e 16.564.432 aes de nossa
emisso e de titularidade dos Acionistas Vendedores, sem considerar
as Aes do Lote Suplementar e as Aes Adicionais.
Aes Adicionais Nos termos do artigo 14, 2, da Instruo CVM 400, a
quantidade total de Aes inicialmente ofertada poder, a nosso
critrio, em comum acordo com os Joint Bookrunners, ser acrescida em
at 20% (vinte por cento) do total de Aes inicialmente ofertada, ou
seja, em at 10.062.886 aes ordinrias de nossa emisso, nas mesmas
condies e no mesmo preo das Aes inicialmente ofertadas.
Aes do Lote Suplementar Quantidade de at 4.837.146 aes ordinrias
de nossa emisso e 2.710.018 aes ordinrias de nossa emisso e de
titularidade dos Acionistas Vendedores, equivalente a at 15%
(quinze por cento) das Aes inicialmente ofertadas, sem considerar
as Aes Adicionais, nas mesmas condies e preo das Aes inicialmente
ofertada, destinada a atender um eventual excesso de demanda que
vier a ser constatado no mbito da Oferta e objeto da Opo de Aes
Suplementares conforme dispe o artigo 24, caput, da Instruo CVM
400. Na hiptese de exerccio parcial ou total da Opo de Aes
Suplementares pelo BTG Pactual, ser
7
-
DEFINIES
dada preferncia para a alienao de aes dos acionistas vendedores
BRAZIL ZIA I LLC e BRAZIL ZIA II LLC, limitado a 1.854.498 Aes,
Administrao Nosso Conselho de Administrao e Diretoria.
Administradores Membros do nosso Conselho de Administrao e
Diretoria.
Agente Estabilizador Banco BTG Pactual S.A.
Agentes de Colocao Internacional
Itau BBA USA Securities, Inc., BTG Pactual US Capital Corp, BB
Securities Limited e Banco do Brasil Securities LLC, considerados
em conjunto.
ANBIMA ANBIMA Associao Brasileira das Entidades dos Mercados
Financeiro e de Capitais.
Anncio de Encerramento O anncio informando acerca do resultado
final da Oferta, a ser publicado imediatamente aps a distribuio das
Aes, nos termos do artigo 29 e Anexo V da Instruo CVM 400.
Anncio de Incio O anncio informando acerca do incio do Perodo de
Colocao das Aes, a ser publicado em 29 de abril de 2011, nos termos
do artigo 52 e Anexo IV da Instruo CVM 400.
Assembleia Geral Assembleia geral de acionistas da
Companhia.
Assessor Independente da Companhia ou Rothschild
NM Rothschild & Sons (Brasil) Ltda. No contexto da Oferta, o
Rothschild atuar exclusivamente como assessor financeiro
independente da Companhia, no sendo uma das Instituies
Participantes da Oferta; portanto, no far quaisquer esforos de
venda ou colocao das Aes e no prestar garantia firme no contexto da
Oferta.
Aviso ao Mercado O aviso publicado em 7 de abril de 2011 e
republicado em 14 de abril de 2011, informando acerca dos termos e
condies da Oferta, incluindo o recebimento de Pedidos de Reservas,
em conformidade com o artigo 53 da Instruo CVM 400.
Banco Central ou BACEN Banco Central do Brasil.
BTG Pactual Banco BTG Pactual S.A.
8
-
DEFINIES
BTG Pactual Corretora BTG Pactual Corretora de Ttulos e Valores
Mobilirios S.A.
BB Investimentos BB Banco de Investimento S.A.
BM&FBOVESPA BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores,
Mercadorias e Futuros.
BNDES Banco Nacional do Desenvolvimento Econmico e Social
BNDES.
BR GAAP As prticas contbeis adotadas no Brasil compreendem
aquelas includas na legislao societria brasileira e os
Pronunciamentos, as Orientaes e as Interpretaes emitidos pelo Comit
de Pronunciamentos Contbeis CPC e homologados pela CVM.
Brasil ou Pas Repblica Federativa do Brasil.
CDI Certificados de Depsitos Interbancrios.
CFC Conselho Federal de Contabilidade.
Clientes Clientes da Companhia que j tenham realizado alguma
compra em qualquer de nossas lojas fsicas, lojas virtuais ou pelo
nosso site na internet.
Clientes Ativos Clientes da Companhia que tenham realizado
alguma compra em qualquer de nossas lojas fsicas, lojas virtuais ou
pelo nosso site na internet nos ltimos 12 meses.
CMN Conselho Monetrio Nacional.
CNPJ/MF Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica no Ministrio da
Fazenda.
Cdigo ANBIMA Cdigo ANBIMA de Regulao e Melhores Prticas para as
Ofertas Pblicas de Distribuio e Aquisio de Valores Mobilirios.
Cdigo Civil Lei n 10.406, de 10 de janeiro de 2002, e alteraes
posteriores.
9
-
DEFINIES
COFINS Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social,
calculada sobre o faturamento mensal, assim entendido o total das
receitas auferidas pela pessoa jurdica, independentemente de sua
denominao ou classificao contbil.
Companhia Magazine Luiza S.A.
Conselho de Administrao Conselho de Administrao da
Companhia.
Constituio Federal Constituio da Repblica Federativa do
Brasil.
Contrato de Colocao Internacional ou Placement Facilitation
Agreement
Contrato a ser celebrado entre a Companhia, os Acionistas
Vendedores e os Agentes de Colocao Internacional a fim de regular
os esforos de colocao das Aes no exterior pelos Agentes de Colocao
Internacional.
Contrato de Distribuio Instrumento Particular de Contrato de
Coordenao, Garantia Firme de Liquidao e Distribuio Pblica Primria e
Secundria de Aes Ordinrias de Emisso de Magazine Luiza S.A., a ser
celebrado entre a Companhia, os Acionistas Vendedores, os Joint
Bookrunners e a BM&FBOVESPA, esta ltima na qualidade de
interveniente anuente.
Contrato de Estabilizao Instrumento Particular de Contrato de
Prestao de Servios de Estabilizao de Preo das Aes Ordinrias de
Emisso de Magazine Luiza S.A., a ser celebrado entre a Companhia,
os Acionistas Vendedores, os Joint Bookrunners e a BTG Pactual
Corretora, a fim de regular a realizao de operaes bursteis visando
estabilizao do preo das Aes na BM&FBOVESPA.
Contrato do Novo Mercado Contrato de Participao no Novo Mercado,
celebrado entre a Companhia, os Acionistas Controladores, os
administradores da Companhia e a BM&FBOVESPA, em 5 de abril de
2011, cuja eficcia somente ter incio aps (i) a publicao do Anncio
de Incio, (ii) o envio BM&FBOVESPA, at um dia antes da publicao
do Anncio de Incio, dos documentos que comprovem a formalizao do
distrato do nosso Acordo de Acionistas celebrado em 17 de agosto de
2010 com o Capital International Private Equity Fund IV, L.P.; CGPE
LP; Brazil Zia I LLC; Brazil Zia II LLC; LTD. Administrao e
Participaes S.A.; Luiza Participaes Ltda; Wagner Garcia
10
-
DEFINIES
Participaes Ltda; Luiza Trajano Donato; Pelegrino Jos Donato;
Onofre de Paula Trajano; Luiza Helena Trajano Incio Rodrigueto;
Wagner Garcia da Silva Junior; Fabrcio Bittar Garcia; Flvia Bittar
Garcia; e Franco Bittar Garcia; e (iii) o referido distrato conter
previso no sentido de que sua vigncia se inicia a partir da data da
publicao do Anncio de Incio.
Coordenador Lder ou Ita BBA Banco Ita BBA S.A.
Joint Bookrunners O Coordenador Lder, o BTG Pactual e o BB
Investimentos, considerados em conjunto.
Coordenadores Banco Santander (Brasil) S.A. e Banco Barclays
S.A., considerados em conjunto.
CPC Comit de Pronunciamentos Contbeis.
CVM Comisso de Valores Mobilirios.
Data de Liquidao Prazo de at 3 (trs) dias teis, contados a
partir da data da publicao do Anncio de Incio, para a liquidao
fsica e financeira das Aes.
Data de Liquidao das Aes do Lote Suplementar
A liquidao fsica e financeira das Aes do Lote Suplementar ser
realizada em at 3 (trs) dias teis contados a partir da data do
exerccio da Opo de Aes Suplementares.
Deloitte Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes.
Dlar, dlar norte americano, USD ou US$
Moeda corrente nos Estados Unidos da Amrica.
EBITDA A Companhia calcula o EBITDA como o lucro lquido, antes
do imposto de renda e da contribuio social, das receitas (despesas)
financeiras e da depreciao e amortizao.
O EBITDA no uma medida de desempenho financeiro segundo as
Prticas Contbeis Adotadas no Brasil (BR GAAP) ou IFRS, e no deve
ser considerado como alternativa ao lucro lquido, como indicador de
desempenho operacional, como alternativa ao fluxo de caixa
operacional, ou como indicador de liquidez. O EBITDA no possui um
significado padro e a nossa definio de EBITDA pode
11
-
DEFINIES
no ser comparvel com as definies de EBITDA utilizadas por outras
companhias. Em razo de nosso clculo do EBITDA no considerar o
imposto de renda e a contribuio social, as receitas (despesas)
financeiras, a depreciao e a amortizao, o EBITDA funciona como um
indicador de nosso desempenho econmico geral, que no afetado por
alteraes das alquotas do imposto de renda e da contribuio social,
flutuaes das taxas de juros ou dos nveis de depreciao e amortizao.
Consequentemente, acreditamos que o EBITDA funciona como uma
ferramenta comparativa significativa para mensurar, periodicamente,
o nosso desempenho operacional, bem como para embasar determinadas
decises de natureza administrativa.
Acreditamos que o EBITDA permite um melhor entendimento no
apenas do nosso desempenho financeiro, mas tambm da nossa
capacidade de pagamento dos juros e principal da nossa dvida e para
contrair mais dvidas para financiar os nossos dispndios de capital
e o nosso capital de giro. Porm, uma vez que o EBITDA no considera
certos custos intrnsecos aos nossos negcios, que poderiam, por sua
vez, afetar significativamente os nossos lucros, tais como despesas
financeiras, impostos, depreciao, dispndios de capital e outros
encargos correspondentes, o EBITDA apresenta limitaes que afetam o
seu uso como indicador da nossa rentabilidade.
Estados Unidos ou EUA Estados Unidos da Amrica.
Estatuto Social Nosso Estatuto Social.
FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Servio.
Final Offering Memorandum Prospecto Definitivo de Distribuio
Pblica Primria e Secundria de Aes Ordinrias de Emisso da Companhia
para o esforo de colocao de Aes no exterior.
Formulrio de Referncia Formulrio de Referncia do Magazine Luiza
S.A. na data deste Prospecto, nos termos da Instruo CVM 480.
12
-
DEFINIES
Governo Federal, Unio ou Unio Federal
Governo Federal da Repblica Federativa do Brasil.
IASB International Accounting Standards Board.
IBGC Instituto Brasileiro de Governana Corporativa.
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica.
IBRACON Instituto dos Auditores Independentes do Brasil
IFRS International Financial Reporting Standards, correspondente
s normas internacionais de relatrios financeiros emitidos pelo
IASB.
IGP-DI ndice Geral de Preos Disponibilidade Interna, divulgado
pela Fundao Getulio Vargas FGV.
IGP-M ndice Geral de Preos de Mercado, divulgado pela Fundao
Getulio Vargas FGV.
ndice BM&FBOVESPA ou Ibovespa
Um dos indicadores de desempenho do mercado de aes no Brasil. O
ndice o valor atual de uma carteira terica composta pelas aes mais
negociadas na BM&FBOVESPA, representando 80% do nmero de
negcios e do volume financeiro verificados no mercado vista da
BM&FBOVESPA e 70% do somatrio da capitalizao burstil das
empresas listadas na BM&FBOVESPA. O Ibovespa constitudo a
partir de uma aplicao hipottica que reflete no apenas as variaes
dos preos das aes, mas tambm o impacto da distribuio dos proventos,
sendo considerado um indicador que avalia o retorno total das aes
que o compe.
Instituio Escrituradora das Aes
Ita Corretora S.A..
Instituies Consorciadas Corretoras de valores mobilirios
autorizadas a operar no mercado de capitais brasileiro,
credenciadas junto BM&FBOVESPA, convidadas pelos Joint
Bookrunners para efetuar exclusivamente esforos de colocao das Aes
junto aos Investidores No Institucionais.
13
-
DEFINIES
Instituies Participantes da Oferta
Os Joint Bookrunners, os Coordenadores e as Instituies
Consorciadas, considerados em conjunto.
Instruo CVM 40 Instruo da CVM n 40, de 7 de novembro de 1984 e
alteraes posteriores.
Instruo CVM 325 Instruo da CVM n. 400, de 27 de janeiro de 2000
e alteraes posteriores.
Instruo CVM 358 Instruo da CVM n. 400, de 03 de janeiro de 2002
e alteraes posteriores.
Instruo CVM 400 Instruo da CVM n. 400, de 29 de dezembro de 2003
e alteraes posteriores.
Instruo CVM 480 Instruo da CVM n. 400, de 07 de dezembro de
2009.
Investidores Institucionais Investidores Institucionais Locais e
Investidores Institucionais Estrangeiros, considerados em
conjunto.
Investidores Institucionais Estrangeiros
Investidores institucionais qualificados (qualified
institutional buyers), residentes e domiciliados nos Estados Unidos
da Amrica, definidos em conformidade com a Regra 144A do Securities
Act, nos termos de isenes de registro previstas no Securities Act,
e junto a investidores nos demais pases, fora dos Estados Unidos da
Amrica e do Brasil, nos termos do Regulamento S do Securities Act e
observada a legislao aplicvel no pas de domiclio de cada
investidor, que invistam no Brasil em conformidade com os
mecanismos de investimento da Lei n 4.131, da Resoluo CMN 2.689 e
da Instruo CVM 325.
Investidores Institucionais Locais
Investidores pessoas fsicas e jurdicas e clubes de investimento
registrados na BM&FBOVESPA, cujas intenes especficas ou globais
de investimento excedam R$300.000,00, alm de fundos de
investimentos, fundos de penso, entidades administradoras de
recursos de terceiros registradas na CVM, entidades autorizadas a
funcionar pelo BACEN, condomnios destinados aplicao em carteira de
ttulos e valores mobilirios registrados na CVM e/ou na
BM&FBOVESPA, companhias seguradoras, entidades abertas e
fechadas de previdncia complementar e de capitalizao, investidores
qualificados nos termos da regulamentao da CVM, em qualquer caso,
residentes, domiciliados ou com sede no Brasil.
14
-
DEFINIES
Investidores No Institucionais Investidores pessoas fsicas e
jurdicas residentes, domiciliados ou com sede no Brasil e clubes de
investimento registrados na BM&FBOVESPA que no sejam
considerados Investidores Institucionais e que desejem participar
da Oferta por meio do preenchimento de Pedidos de Reserva durante o
Perodo de Reserva.
Ita Corretora Ita Corretora de Valores S.A.
JUCESP Junta Comercial do Estado de So Paulo.
Lei n 4.131 Lei n 4.131, de 03 de setembro de 1962, conforme
alterada.
Lei de Diretrizes e Bases ou LDB
Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e alteraes
posteriores.
Lei de Responsabilidade Fiscal Lei Complementar n. 101, de 04 de
maio de 2000, conforme alterada.
Lei das Sociedades por Aes Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de
1976, e alteraes posteriores.
Lei do Mercado de Valores Mobilirios
Lei n. 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e alteraes
posteriores.
LTD LTD Administrao e Participaes S.A.
Luiza Consrcios Luiza Administradora de Consrcios Ltda.
Luiza Helena A Sra. Luiza Helena Trajano Incio Rodrigues.
Luizacred Luizacred S.A. Sociedade de Crdito, Financiamento e
Investimento.
Luiza Participaes Luiza Participaes Ltda.
Luizaseg Luizaseg Seguros S.A.
Novo Mercado Segmento especial de listagem dos Nveis
Diferenciados de Governana Corporativa da BM&FBOVESPA,
disciplinado pelo Regulamento do Novo Mercado.
Oferta A Oferta Primria e a Oferta Secundria, conjuntamente.
15
-
DEFINIES
Oferta de Varejo Oferta destinada a Empregados e Investidores No
Institucionais que realizem Pedidos de Reserva durante o Perodo de
Reserva.
Oferta Institucional A Oferta Institucional ser destinada a
Investidores Institucionais que devero apresentar suas intenes de
investimento durante o Procedimento de Bookbuilding, no sendo
admitidas para tais investidores reservas antecipadas ou
estipulados valores mnimo ou mximo de investimento.
Oferta Primria Distribuio pblica primria de 33.750.000 aes de
nossa emisso, no Brasil, com esforos de colocao no exterior, em
mercado de balco no organizado, em conformidade com a Instruo CVM
400, a qual ser coordenada pelos Joint Bookrunners.
Oferta Secundria Distribuio pblica secundria de 16.564.432 aes
de nossa emisso e de titularidade dos Acionistas Vendedores, no
Brasil, com esforos de colocao no exterior, em mercado de balco no
organizado, em conformidade com a Instruo CVM 400, a qual ser
coordenada pelos Joint Bookrunners.
Opo de Aes Suplementares Opo a ser outorgada pela Companhia e
pelos Acionistas Vendedores, no Contrato de Distribuio, ao BTG
Pactual para colocao das Aes do Lote Suplementar. O BTG Pactual ter
o direito exclusivo, a partir da data de assinatura do Contrato de
Distribuio e por um perodo de at 30 (trinta) dias contados,
inclusive, da data de incio de negociao das Aes na BM&FBOVESPA,
de exercer a Opo de Aes Suplementares, no todo ou em parte, em uma
ou mais vezes, aps notificao aos demais Joint Bookrunners, desde
que a deciso de sobrealocao das aes ordinrias de emisso da
Companhia tenha sido tomada em comum acordo entre os Joint
Bookrunners no momento da precificao da Oferta. Na hiptese de
exerccio parcial ou total da Opo de Aes Suplementares pelo BTG
Pactual, ser dada preferncia para a alienao de aes dos acionistas
vendedores BRAZIL ZIA I LLC e BRAZIL ZIA II LLC, limitado a
1.854.498 Aes.
16
-
DEFINIES
Pedido de Reserva Formulrio especfico, celebrado em carter
irrevogvel e irretratvel, exceto nas circunstncias ali previstas,
para a subscrio e/ou aquisio de Aes no mbito da Oferta de Varejo,
firmado por Investidores No Institucionais (inclusive Empregados e
Fundos de Investimento de Empregados) com uma nica Instituio
Consorciada durante o Perodo de Reserva.
Perodo de Reserva Perodo compreendido entre 14 de abril de 2011,
inclusive e 27 de abril de 2011, inclusive, destinado efetivao dos
Pedidos de Reserva pelos Investidores da Oferta de Varejo
(inclusive Empregados e Fundos de Investimento de Empregados).
Perodo de Reserva para Pessoas Vinculadas
Perodo compreendido entre 14 de abril de 2011, inclusive e 15 de
abril de 2011, inclusive, destinado efetivao dos Pedidos de Reserva
pelos Investidores da Oferta de Varejo que sejam Pessoas Vinculadas
(inclusive Empregados que sejam Pessoas Vinculadas).
Pessoas Vinculadas Investidores que sejam (i) nossos
administradores ou controladores, (ii) administradores ou
controladores de quaisquer das Instituies Participantes da Oferta
e/ou de quaisquer dos Agentes de Colocao Internacional, (iii)
outras pessoas vinculadas Oferta, ou (iv) cnjuges, companheiros,
ascendentes, descendentes ou colaterais at o segundo grau de
qualquer uma das pessoas referidas nos itens (i), (ii) e (iii)
anteriores. vedada a participao de Pessoas Vinculadas nos Fundos de
Investimento de Empregados.
PIB Produto Interno Bruto.
Prticas Contbeis Adotadas no Brasil ou BR GAAP
As prticas contbeis adotadas no Brasil compreendem aquelas
includas na legislao societria brasileira e os Pronunciamentos, as
Orientaes e as Interpretaes emitidos pelo Comit de Pronunciamentos
Contbeis - CPC e homologados pela CVM.
17
-
DEFINIES
Prazo de Distribuio O prazo para a distribuio das Aes ter incio
na data de publicao do Anncio de Incio e ser encerrado na data de
publicao do Anncio de Encerramento, limitado ao prazo mximo de 6
(seis) meses, contados a partir da data de publicao do Anncio de
Incio.
Preo por Ao No contexto da Oferta, estima-se que o Preo por Ao
estar situado entre R$16,00 e R$21,00, ressalvado, no entanto, que
o Preo por Ao poder ser fixado fora desta faixa, a qual meramente
indicativa. O Preo por Ao ser fixado aps a concluso do Procedimento
de Bookbuilding. A escolha do critrio para determinao do Preo por
Ao justificada pelo fato de que o Preo por Ao no promover a diluio
injustificada dos acionistas da Companhia e de que as Aes sero
distribudas por meio de oferta pblica, em que o valor de mercado
das Aes ser aferido com a realizao do Procedimento de Bookbuilding
que reflete o valor pelo qual os Investidores Institucionais
apresentaro suas ordens de subscrio no contexto da Oferta. Os
Investidores No Institucionais no participaro do Procedimento de
Bookbuilding, e, portanto, no participaro da fixao do Preo por
Ao.
Preliminary Offering Memorandum
Prospecto Preliminar de Distribuio Pblica Primria e Secundria de
Aes Ordinrias de Emisso da Companhia para o esforo de colocao de
Aes no exterior.
Procedimento de Bookbuilding Procedimento de coleta de intenes
de investimento realizado somente junto aos Investidores
Institucionais, no Brasil, pelos Joint Bookrunners e, no exterior,
pelos Agentes de Colocao Internacional, conforme previsto no artigo
44 da Instruo CVM 400. Os Investidores No Institucionais que
aderirem Oferta no participaro do Procedimento de Bookbuilding e,
portanto, no participaro da fixao do Preo por Ao.
Poder ser aceita a participao de Investidores Institucionais que
sejam Pessoas Vinculadas no processo de fixao do Preo por Ao,
mediante a participao destas no Procedimento de Bookbuilding, at o
limite mximo de 15% (quinze por cento) do valor da Oferta (sem
considerar as Aes do Lote Suplementar e as Aes Adicionais). Nos
termos do artigo 55 da Instruo CVM 400, caso seja verificado
excesso de demanda superior em 1/3 (um tero) quantidade de Aes
18
-
DEFINIES
inicialmente ofertadas (sem considerar as Aes do Lote
Suplementar e as Aes Adicionais), no ser permitida a colocao de Aes
a Investidores Institucionais que sejam Pessoas Vinculadas, sendo
as intenes de investimento realizadas por Investidores
Institucionais que sejam Pessoas Vinculadas automaticamente
canceladas. Os investimentos nas Aes realizados para proteo (hedge)
de operaes com derivativos (incluindo total return swaps) no sero
considerados investimentos efetuados por Pessoas Vinculadas para
fins da presente Oferta. A participao de Investidores
Institucionais que sejam Pessoas Vinculadas no procedimento de
Bookbuilding poder promover m formao de preo e o investimento nas
Aes por investidores que sejam Pessoas Vinculadas poder promover
reduo de liquidez das aes de nossa emisso no mercado secundrio.
Prospecto Definitivo O Prospecto Definitivo da Oferta Pblica de
Distribuio Primria e Secundria de Aes Ordinrias de Emisso do
Magazine Luiza S.A., incluindo seus anexos.
Prospecto ou Prospecto Preliminar
Este Prospecto Preliminar da Oferta Pblica de Distribuio Primria
e Secundria de Aes Ordinrias de Emisso do Magazine Luiza S.A.,
incluindo seus anexos.
Real, Reais ou R$ Moeda corrente do Brasil.
Regra 144A Rule 144A do Securities Act.
Regulamento S Regulation S do Securities Act.
Regulamento do Novo Mercado Regulamento de Listagem do Novo
Mercado da BM&FBOVESPA.
Restrio Venda de Aes (Lock-up)
A Companhia, seus Administradores, os Acionistas Vendedores, os
Acionistas Controladores e a acionista Luiza Trajano Donato
celebraro um acordo de restrio venda de aes de emisso da Companhia
(Lock-up), nos termos do Contrato de Colocao Internacional, o qual
vigorar pelo prazo de 180 dias a contar da data de publicao do
Anncio de Incio. Para mais informaes, veja Informaes Relativas
Oferta Restries Negociao das Aes (Lock-up), na pgina 81 deste
Prospecto.
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-
DEFINIES
SEC Securities and Exchange Commission, rgo regulador do mercado
de valores mobilirios dos Estados Unidos da Amrica.
Securities Act U.S. Securities Act de 1933, legislao dos Estados
Unidos da Amrica que regula operaes de mercado de capitais,
conforme alterada.
Valor Total da Distribuio R$930.816.992,00, considerando o preo
mdio por Ao indicado na capa deste Prospecto.
Vendas em Mesmas Lojas Vendas em lojas com no mnimo 12 meses de
operao.
Wagner Participaes Wagner Garcia Participaes Ltda.
Zia I Brazil Zia I LLC.
Zia II Brazil Zia II LLC.
20
-
INFORMAES CADASTRAIS DA COMPANHIA
Identificao Magazine Luiza S.A., companhia de capital
autorizado, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica do
Ministrio da Fazenda sob o n 47.960.950/0001-21e com atos
constitutivos arquivados na JUCESP sob o NIRE 35.3.0010481.1.
Registro na CVM Estamos em processo de obteno de registro de
companhia aberta perante a CVM.
Sede Localizada na cidade de Franca, Estado de So Paulo, na Rua
Voluntrios da Franca, n. 1465, CEP 14400-490.
Diretoria de Relaes com Investidores
Localizada na cidade de So Paulo, Estado de So Paulo, na Rua
Amazonas da Silva, n. 27, CEP 02051-000. O Diretor de Relaes com
Investidores o Sr. Roberto Bellissimo Rodrigues. O telefone do
departamento de relaes com investidores (11) 3504-2727, o fax (11)
3504-2727 e o e-mail [email protected].
Auditores Independentes Para as demonstraes financeiras
individuais e consolidadas relativas aos exerccios sociais
encerrados em 31 de dezembro de 2008, 2009 e 2010, Deloitte Touche
Tohmatsu Auditores Independentes.
Ttulos e Valores Mobilirios Emitidos
Nossas Aes sero listadas na BM&FBOVESPA sob o cdigo MGLU3,
no segmento denominado Novo Mercado.
Jornais nos quais divulgamos informaes
As publicaes realizadas pela Companhia em decorrncia da Lei das
Sociedades por Aes so divulgadas no Dirio Oficial do Estado de So
Paulo e no jornal Valor Econmico.
Sites na Internet
www.magazineluiza.com.br/prospecto As informaes constantes do
nosso website no so parte integrante deste Prospecto, nem se
encontram incorporadas por referncia a este.
21
-
CONSIDERAES SOBRE ESTIMATIVAS E PERSPECTIVAS SOBRE O FUTURO
Este Prospecto contm estimativas e perspectivas para o futuro,
principalmente nas sees Sumrio da Companhia, Principais Fatores de
Risco relativos Companhia e Fatores de Risco Relacionados s Aes e
Oferta nas pginas 24, 36 e 105, respectivamente, e no item 4.1 do
Formulrio de Referncia anexo a este Prospecto.
As estimativas e perspectivas sobre o futuro tm por embasamento,
em grande parte, expectativas atuais e projees concernentes a
eventos futuros e tendncias financeiras que afetam ou possam afetar
os nossos negcios. Muitos fatores importantes, alm daqueles
discutidos neste Prospecto, podem impactar adversamente nossos
resultados, tais como previstos nas estimativas e perspectivas
sobre o futuro. Tais fatores incluem, entre outros, os
seguintes:
mudana na conjuntura econmica, poltica e de negcios do
Brasil;
aumento de custos;
nossa incapacidade de implementar com xito nossa estratgia de
crescimento;
nosso nvel de endividamento, demais obrigaes financeiras e nossa
capacidade de contratar financiamentos quando necessrio e em termos
razoveis;
interesses dos Acionistas Controladores;
inflao, desvalorizao do real, flutuaes das taxas de juros
controle de cmbio, liquidez nos mercados financeiros e de
capitais;
leis e regulamentos existentes e futuros, inclusive na legislao
e regulamentao aplicvel s nossas atividades; e
outros fatores de risco discutidos na seo Sumrio da Companhia,
Principais Fatores de Risco relativos Companhia e Fatores de Risco
Relacionados s Aes e Oferta e nos itens 4. Fatores de Risco e 5.
Riscos de Mercado do Formulrio de Referncia, nas pginas 24, 36 e
105 deste Prospecto.
Essa lista de fatores de risco no exaustiva e outros riscos e
incertezas podem causar resultados que podem vir a ser
substancialmente diferentes daqueles contidos nas estimativas e
perspectivas sobre o futuro. As palavras acredita, pode, poder,
dever, visa, estima, continua, antecipa, pretende, espera e outras
similares tm por objetivo identificar estimativas e perspectivas
para o futuro. As consideraes sobre estimativas e perspectivas para
o futuro incluem informaes pertinentes a resultados e projees,
estratgia, planos de financiamentos, posio concorrencial, dinmica
setorial, oportunidades de crescimento potenciais, os efeitos de
regulamentao futura e os efeitos da concorrncia. Tais estimativas e
perspectivas para o futuro referem-se apenas data em que foram
expressas, e nem ns, nem o Coordenador Lder assumem a obrigao de
atualizar publicamente ou revisar quaisquer dessas estimativas em
razo da ocorrncia de nova informao, eventos futuros ou de quaisquer
outros fatores. Em vista dos
22
-
CONSIDERAES SOBRE ESTIMATIVAS E PERSPECTIVAS SOBRE O FUTURO
riscos e incertezas aqui descritos, as estimativas e
perspectivas para o futuro constantes neste Prospecto podem no vir
a se concretizar. Tendo em vista estas limitaes, os investidores no
devem tomar suas decises de investimento exclusivamente com base
nas estimativas e perspectivas para o futuro contidas neste
Prospecto.
23
-
SUMRIO DA COMPANHIA
Este sumrio apenas um resumo de nossas informaes. As informaes
contidas nesta seo so consistentes com as informaes completas sobre
ns que esto no Formulrio de Referncia; leia-o antes de aceitar a
Oferta.
QUEM SOMOS
Somos uma das maiores redes varejistas1 com foco em bens durveis
com grande presena nas classes populares do Brasil. Na data deste
Prospecto, opervamos 604 lojas e oito centros de distribuio
estrategicamente localizados em dezesseis Estados brasileiros,
cujas economias correspondem a 75% do PIB nacional2. Nessa mesma
data, contvamos com mais de 21 mil colaboradores, e uma base de
aproximadamente 22,8 milhes de Clientes3.
Somos uma companhia que cresceu consistentemente ao longo dos
anos, combinando crescimento orgnico e aquisies. Nos ltimos trs
exerccios sociais, nosso nmero de lojas passou de 444 ao final de
2008 para 604 ao final de 2010, e nossa receita total bruta passou
de R$3,4 bilhes de 2008 para R$5,7 bilhes ao final de 2010. Alm
disso, apenas em 2010, nossas vendas em base de mesmas lojas
cresceram 29,0%. Nos ltimos dez anos, nossa taxa anual composta de
crescimento da receita bruta de operaes de varejo foi de 25,8%.
Mais do que nmeros, somos uma companhia que valoriza pessoas.
Nossa cultura organizacional est centrada na valorizao dos nossos
colaboradores, na transparncia de nossas aes e decises e na nfase
especial que damos ao relacionamento com nossos clientes.
Acreditamos que nosso crescimento ao longo dos anos decorre
diretamente de termos aplicado estes princpios a nossas
atividades.
Somos, tambm, uma companhia que inova e que busca se antecipar a
tendncias de mercado. Acreditamos ter sido a primeira empresa de
varejo no Brasil a oferecer, em 1992, um canal virtual para a venda
dos nossos produtos, combinando tecnologia e atendimento pessoal em
nossas Lojas Virtuais, e tambm uma das primeiras que buscou, em
2001, constituir associaes com instituies financeiras para prover
uma ampla gama de servios e produtos financeiros voltados ao crdito
de consumo, seguros e garantias estendidas a nossos clientes.
As tabelas a seguir contm alguns de nossos principais
indicadores financeiros e operacionais para os perodos
indicados:
1 De acordo com o site
HTTP://n7hd.com/2011/03/magazine-luiza-pode-abrir-capital, em 22 de
maro de 2011. 2 De acordo com dados do IBGE. 3 De acordo com a
Market Data Solution Brasil Ltda., uma empresa terceirizada que
administra nossa base de dados.
24
-
SUMRIO DA COMPANHIA
Indicadores Financeiros
Exerccio social encerrado em 31 de dezembro de (em R$ milhes,
exceto se de outra forma indicado) 2010 2009 2008
Receita Lquida 4.808,0 3.351,0 2.610,5 Crescimento da Receita
Lquida 43,5% 28,4% 27,0% Lucro (Prejuzo) Lquido 68,8 (92,7) (76,6)
Margem Lquida (Lucro (Prejuzo) Lquido / Receita Lquida) 1,4% (2,8%)
(2,9%)
Outros Indicadores Financeiros
Exerccio social encerrado em 31 de dezembro de (em R$ milhes,
exceto se de outra forma indicado) 2010 2009 2008
Exerccio social encerrado em 31 de dezembro de
(em R$ milhes, exceto se de outra forma indicado) 2010 2009 2008
Receita Bruta 5.692,0 4.129,6 3.413,3 Crescimento da Receita Bruta
37,8% 21,0% 24,8% EBITDA (1) (5) 319,9 64,6 33,2 Margem EBITDA
(EBITDA / Receita Lquida) 6,7% 1,9% 1,3% Capital de Giro (2) 2,5
165,4 349,1 Capital Fixo (3) 767,9 541,8 503,8 Capital Investido
Total (Capital de Giro + Capital Fixo) 770,4 707,2 852,9
Endividamento Lquido Total (4) 400,9 440,2 734,6 Retorno sobre
Capital Investido (6) 21,5% 0,4% 2,9%
______________ (1) Calculamos o EBITDA (Earnings Before
Interest, Tax, Depreciation and Amortization) como o lucro
(prejuzo) lquido, antes do imposto de renda
e da contribuio social, das receitas (despesas) financeiras e da
depreciao e amortizao. Em razo de nosso clculo do EBITDA no
considerar o imposto de renda e a contribuio social, as receitas
(despesas) financeiras, a depreciao e a amortizao, o EBITDA
funciona como um indicador de nosso desempenho econmico geral, que
no afetado por alteraes das alquotas do imposto de renda e da
contribuio social, flutuaes das taxas de juros ou dos nveis de
depreciao e amortizao. Consequentemente, acreditamos que o EBITDA
funciona como uma ferramenta comparativa significativa para
mensurar, periodicamente, o nosso desempenho operacional, bem como
para embasar determinadas decises de natureza administrativa.
Acreditamos que o EBITDA permite um melhor entendimento no apenas
do nosso desempenho financeiro, mas tambm da nossa capacidade de
pagamento dos juros e principal da nossa dvida e para contrair mais
dvidas para financiar os nossos dispndios de capital e o nosso
capital de giro. Para uma reconciliao do EBITDA com o lucro
(prejuzo) lquido, vide item 3.2 do Formulrio de Referncia anexo a
este prospecto.
(2) Calculamos o Capital de Giro como o ativo circulante menos
(i) caixa e equivalentes de caixa e (ii) ttulos e valores
mobilirios, subtrado de passivo circulante menos (i) emprstimos e
financiamentos, (ii) financiamento da aquisio da Lojas Maia e (iii)
receitas diferidas. Outras companhias podem calcular o Capital de
Giro de maneira diferente da Companhia. Para uma reconciliao do
Capital de Giro com o ativo circulante e o passivo circulante.
(3) Calculamos o Capital Fixo como sendo as seguintes contas do
ativo no circulante: (i) contas a receber; (ii) imposto de renda e
contribuio social diferidos, (iii) outros ativos; (iv) imobilizado;
e (v) intangvel, menos as seguintes contas do passivo no
circulante: (i) depsitos interfinanceiros; (ii) impostos
parcelados; (iii) proviso para riscos tributrios, cveis e
trabalhistas; (iv) proviso tcnica de seguros; (v) proviso para
perda de investimentos; (vi) imposto de renda e contribuio social
diferidos; e (vii) imposto de renda e contribuio social diferidos
outras contas a pagar. Para uma reconciliao do Capital Fixo, vide
item 10. 1(c) do Formulrio de Referncia anexo a este Prospecto.
(4) Calculamos o Endividamento Lquido como sendo os emprstimos e
financiamentos (circulante e no circulante), adicionados do
financiamento da aquisio da Lojas Maia, subtrado do caixa e
equivalentes de caixa e ttulos e valores mobilirios (circulante e
no circulante). Outras companhias podem calcular o Endividamento
Lquido de maneira diferente da Companhia. Para uma reconciliao do
Endividamento Lquido, vide item 10. 1(c) do Formulrio de Referncia
anexo a este Prospecto.
(5) O EBITDA no uma medida de desempenho financeiro segundo as
Prticas Contbeis Adotadas no Brasil (BR GAAP) ou IFRS, e no deve
ser considerado como alternativa ao lucro lquido, como indicador de
desempenho operacional, como alternativa ao fluxo de caixa
operacional, ou como indicador de liquidez. O EBITDA no possui
significado padro e a nossa definio de EBITDA pode no ser comparvel
com as definies de EBITDA utilizadas por outras companhias. Porm,
uma vez que EBITDA no considera certos custos intrnsecos aos nossos
negcios, que poderiam, por sua vez, afetar significativamente os
nossos lucros, tais como despesas financeiras, impostos, depreciao,
dispndios de capital e outros encargos correspondentes, o EBITDA
apresenta limitaes que afetam o seu uso como indicador da nossa
rentabilidade.
(6) Retorno sobre capital investido calculado dividindo-se o
NOPLAT pelo Capital Investido Total. Calculamos o NOPLAT (Net
Operating Profit Less Adjusted Taxes) como sendo o lucro (prejuzo)
operacional antes do resultado financeiro, menos os respectivos
efeitos tericos de imposto de renda e contribuio social, que so
calculados a uma taxa terica de 34%.
25
-
SUMRIO DA COMPANHIA
Indicadores Operacionais
Exerccio social encerrado em 31 de dezembro de (em R$ milhes,
exceto se de outra forma indicado) 2010 2009 2008
Crescimento nas Vendas de Mercadorias Mesmas Lojas 29,0% 8,9%
10,5%
Crescimento nas Vendas de Mercadorias Mesmas Lojas Fsicas 24,7%
6,7% 7,6%
Crescimento nas Vendas de Mercadorias Site 75,0% 35,7% 55,1%
Quantidade de Lojas - Final do Perodo 604 455 444 Quantidade de
Lojas - Mdia do Perodo 514 451 408 rea de Vendas - Final do Perodo
(m2) 400.112 310.176 304.001 rea de Vendas - Mdia do Perodo (m2)
345.315 308.296 276.125 rea Mdia por Loja - Final de Perodo (m2)
662 682 685 Receita Lquida por m2 (R$ mil / ano) 13,9 10,9 9,5
NOSSO PBLICO E COMO O ACESSAMOS
Ao longo de mais de 50 anos de operao no varejo, nossa estratgia
e atuao estiveram voltadas ao varejo de bens durveis para a Classe
C, a classe social que mais cresce no Brasil, cuja renda familiar
mensal est entre R$1,0 mil e R$3,4 mil, representando
aproximadamente 95,4 milhes de pessoas, ou 50,5% da populao
brasileira, de acordo com dados publicados pelo IBGE em 2010. Em
nossa viso, o varejo de bens durveis para esta classe social o
segmento com um dos maiores potenciais de crescimento no setor de
varejo para os prximos anos, em vista dos seguintes fatores:
as condies macroeconmicas no Brasil, combinadas com programas
sociais de transferncia de renda, so favorveis ao crescimento da
renda e do poder de compra deste segmento;
a Classe C tem um perfil mais jovem, fazendo com que parte
significativa destes consumidores esteja prestes a ingressar no
mercado de trabalho e assim devero se manter economicamente ativos
por mais tempo, fenmeno tambm conhecido como bnus demogrfico;
a baixa penetrao de bens durveis nos domiclios da Classe C, o
que gera demanda reprimida por tais bens; e
o crescente acesso da Classe C Internet, o que possibilita um
maior volume de compras por meios eletrnicos.
Para facilitar o acesso desses clientes aos produtos que
ofertamos, em outubro de 2001, nos associamos ao Ita Unibanco, um
dos maiores bancos no Brasil4, para a formao da Luizacred,
4 De acordo com anlise do Banco Central do Brasil sobre os 50
maiores Bancos do Sistema Financeiro Nacional.
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SUMRIO DA COMPANHIA
nossa subsidiria financeira, na qual detemos participao de
capital de 50%. Essa associao permitiu a oferta de diversos
produtos financeiros a nossos clientes, dentre os quais se destacam
o carto de crdito, o emprstimo pessoal, o crdito direto ao
consumidor e o crdito consignado. Como detemos 50% da participao da
Luizacred, beneficiamo-nos de 50% dos lucros e perdas associados a
suas operaes, e beneficiamo-nos do conhecimento e experiencia do
Ita Unibanco em matria de aprovao de crdito. A Luizacred representa
uma importante ferramenta competitiva e fonte importante de
rentabilidade. Em 2010, a Luizacred financiou mais de 50% das
nossas vendas. Alm disso, contamos com uma base de 3,3 milhes de
cartes de crdito, consistindo em uma importante ferramenta de
fidelizao do cliente, apresentando um dos maiores ndices de ativao
do mercado, que era de aproximadamente 85% ao final de 2010. Nosso
carto de crdito possui a bandeira Mastercard, e pode ser utilizado
tanto em nossas lojas, em condies especiais em relao a outros
cartes de crdito, como em outros estabelecimentos comerciais. O
volume de vendas financiadas por Luizacred tem crescido fortemente
nos ltimos trs exerccios sociais, passando de R$1.986 milhes em
2008 para R$4.364 milhes ao final de 2010. Oferecemos, tambm,
seguros de garantia estendida e outros produtos de seguros aos
nossos clientes, por meio de nossa subsidiria Luizaseg, uma
associao com a Cardif, empresa do grupo BNP Paribas.
Adicionalmente, buscamos proporcionar uma experincia de compra
diferenciada por meio de nossa diversificada plataforma de vendas,
operada de forma integrada, consistente nos seguintes canais: (i)
lojas convencionais, com rea mdia de vendas de 1.000 m2, que contam
com mostrurio fsico e estoque prprio; (ii) lojas-conceito, com rea
mdia de vendas de 3.000 m2, com exposio do mix completo de produtos
e espao para oferta de servios diferenciados; (iii) lojas virtuais,
com rea mdia de vendas de 130 m2, na qual os produtos so vendidos
por meio de terminais de computadores com o auxlio de vendedores,
sem haver estoque fsico de mercadorias nas lojas; e (iv) site na
Internet, que oferece contedo, servios diferenciados e produtos
exclusivos para este canal. Em 2010, nossas vendas pelos canais
virtuais, incluindo lojas virtuais e site na Internet, consistiram
em uma das maiores operaes de comrcio eletrnico brasileiro,
representando R$807,3 milhes, ou 15,2% de nossas vendas de
mercadorias.
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SUMRIO DA COMPANHIA
O mapa abaixo indica o nmero e a localizao geogrfica de nossas
lojas e centros de distribuio:
Acreditamos que estamos posicionados de uma forma mpar para nos
beneficiarmos do potencial de crescimento do setor de varejo, e
atuarmos como um consolidador neste setor. Para tanto, aliamos o
reconhecimento e a solidez de nossa marca nas praas em que atuamos,
a multiplicidade de nossos canais de venda, e a oferta de crdito e
de demais servios a nossos clientes e nosso alcance nos principais
mercados nacionais com especial posicionamento no Nordeste do
Brasil, a regio que registrou o maior crescimento econmico no Pas
nos ltimos trs anos, de acordo com dados do IBGE.
NOSSA CULTURA, NOSSA MISSO E VISO
Nossa cultura organizacional est profundamente centrada na
valorizao dos nossos colaboradores e no respeito aos nossos
clientes. Valorizamos pessoas, e sempre as colocamos em primeiro
lugar. Isso se reflete no relacionamento com nossos clientes e na
poltica de gesto de pessoas que sempre adotamos.
Nossa viso a de ser uma companhia inovadora no varejo, atuando
em diversas linhas de produtos e servios para a casa da famlia
brasileira, atravs de diferentes tipos de lojas fsicas e de um
canal virtual forte, que encante o cliente com o melhor time de
colaboradores, com
Centro de Distribuio
Caxias
Navegantes
Ibipor Louveira
R. Preto Contagem
Simes Filho
Lojas do Magazine Luiza
Lojas (%)1 136 23%
15 2%
300 50%
153 25%
NE
CO
SE
S
604 100% Total
Cabedelo
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SUMRIO DA COMPANHIA
capacidade de relacionamento e proporcionando uma experincia de
compra diferenciada, a preos competitivos. Nossa misso a de colocar
em prtica a viso que temos de nossa Companhia, visando sempre o
bem-estar comum.
NOSSOS PONTOS FORTES
Acreditamos que nossos pontos fortes so:
Forte cultura corporativa, centrada na valorizao das pessoas.
Nossa cultura corporativa, voltada para a valorizao dos nossos
colaboradores e o foco no atendimento diferenciado aos clientes,
nossa marca distintiva. Nossos colaboradores so treinados e
estimulados a operar com qualidade e autonomia no atendimento aos
nossos clientes, visando evoluo em seu plano de carreira. A tomada
de decises no dia-a-dia de nossas lojas est a cargo de nossos
vendedores e gerentes que so responsveis pela gesto das operaes
como um todo, incluindo flexibilidade para negociar as condies de
venda, sempre observando diretrizes gerais para tanto. Praticamos
uma poltica meritocrtica de remunerao varivel, que considera no
apenas o cumprimento de metas, mas tambm a qualidade dos servios
prestados e os nveis de satisfao de nossos clientes. Alm disso, em
linha com nossa cultura organizacional, temos uma administrao
transparente e adotamos a poltica de portas abertas, que permite um
relacionamento mais estreito com colaboradores de todos os nveis
hierrquicos. Desde a primeira edio da pesquisa A Melhor Empresa
para se Trabalhar em 2002, publicada pela revista Exame, sempre
figuramos entre os primeiros colocados, o que evidencia a nossa
capacidade de crescer sem comprometer nossa cultura corporativa.
Entendemos que tais fatores foram e sero elementos-chave para o
atingimento de nossas metas e a fidelizao dos nossos clientes.
Consistente crescimento e evoluo de desempenho. Ao longo dos
ltimos dez anos, temos apresentado um crescimento constante em
termos de receita total bruta de operaes de varejo. O nosso
crescimento ocorreu organicamente e por meio de aquisies bem
sucedidas. Nossa base de lojas passou de 444 lojas em 31 de
dezembro de 2008 para 604 lojas em 31 de dezembro de 2010. Nos
ltimos dez anos, nossa taxa anual composta de crescimento da
receita bruta de operaes de varejo foi de 25,8%. Nesse mesmo
perodo, ingressamos no mercado da Regio Metropolitana de So Paulo,
por meio da inaugurao simultnea de 46 lojas, bem como adquirimos a
Lojas Maia, uma das maiores redes de varejo de bens durveis no
Nordeste do Brasil, o que nos permitiu ingressar naquela Regio, que
consideramos estratgica. Em 2010, alm da nossa expanso orgnica e da
aquisio da Lojas Maia, conseguimos crescer 29,2% na mesma base de
lojas, obtendo uma diluio significativa das despesas fixas. O peso
das despesas operacionais diminuiu cinco pontos percentuais,
permitindo que nosso EBITDA aumentasse para R$319,9 milhes, com
margem EBITDA de 6,7%, e nosso lucro lquido crescesse para R$68,8
milhes, representando 1,4% sobre a receita lquida.
Ampla base de clientes, com gesto de relacionamento voltada para
fidelizao e reteno. Acreditamos que, por meio da nossa habilidade
de se comunicar com a Classe C, e da consistncia e impacto de
nossas aes de marketing, conseguimos ampliar significativamente
nossa base de clientes nos ltimos trs anos, que aumentou em 10,3
milhes de clientes, tendo
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-
SUMRIO DA COMPANHIA
alcanado, na data deste Prospecto, cerca de 22,8 milhes de
clientes. Mais do que empreender esforos de captao de novos
clientes, entendemos que nos destacamos pelas nossas aes voltadas
para a fidelizao e reteno de nossos clientes atuais. Para tanto,
possumos um sofisticado sistema de gesto de relacionamento com o
cliente (CRM), que aplica modelos estatsticos sobre nossa robusta
base de dados de clientes e seu comportamento de consumo, de forma
a identificar e antecipar suas necessidades, criando ofertas
personalizadas de produtos e servios. As ferramentas de CRM tambm
so disponibilizadas para nossos colaboradores que atuam nas lojas,
para que eles reforcem o relacionamento com nossos clientes,
visando sua fidelizao e reteno. Estas aes so importantes para
manter e elevar as vendas por cliente da forma mais eficiente e
menos dispendiosa possvel.
Diversificada plataforma de vendas, integrada por meio da
multi-canalidade. Possumos diversos canais de vendas: Lojas
Convencionais, Lojas-Conceito, Lojas Virtuais, Loja na Internet e
Televendas. Fomos pioneiros na criao do conceito de Loja Virtual e
uma das primeiras redes de varejo a vender pela Internet5. Essa
variedade de estruturas nos proporciona maior flexibilidade para
ingressar em novos mercados e fortalecer nossa participao nos
mercados em que j estamos presentes, nos ajudando, ainda, a
otimizar os recursos a serem empregados. Alm disso, pesquisas
conduzidas pela Nielsen Global Consumer Report em junho de 2010
demonstraram que 55% das pessoas que realizam compras pela Internet
preferem operaes multi-canais. Temos por objetivo alcanar o cliente
onde ele estiver e integrar os servios pelos diversos canais de
venda, combinando a praticidade e comodidade proporcionada pela
Internet com o contato humano proporcionado em nossa rede de lojas
fsicas. Nossa experincia indica que clientes que compram por vrios
canais fazem mais compras que os demais clientes.
Localizao estratgica nos principais centros de consumo do pas e
elevada abrangncia logstica. Estamos presentes nas regies Sul,
Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Pas, o que nos permite acesso
ao mercado consumidor de dezesseis Estados, que conjuntamente
representavam 75% do PIB brasileiro em 2010, de acordo com dados do
IBGE. Acreditamos ter acumulado ao longo da nossa histria um
portflio de pontos comerciais estrategicamente localizados e de
grande visibilidade. Nossa bem-sucedida expanso para novos mercados
ao longo das ltimos anos nos conferiu importante conhecimento e
experincia quanto s particularidades em operar em diversas regies
do Brasil, tais como preferncias e caractersticas da populao de
cada regio, clima e perfil de renda. Por isso, possumos vantagens
competitivas por ter conhecimento em adaptar o mix dos nossos
produtos e lojas ao pblico-alvo de cada regio. Para atender demanda
nas regies em que atuamos, possumos oito centros de distribuio
estrategicamente localizados, com sistemas de informaes integrados
s nossas lojas, nos permitindo uma gesto eficiente dos nossos
estoques e o abastecimento dos nossos pontos de venda em tempo hbil
que contribuem para a entrega das mercadorias aos nossos clientes
dentro do prazo contratado. Entendemos estar especialmente bem
posicionados, com presena slida nas Regies Sul, Sudeste e Nordeste,
as principais regies em termos scio-econmicos no Brasil e com
potencial de crescimento.
5 De acordo com relatrio da Harvard Business School de 18 de
outubro de 2005.
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-
SUMRIO DA COMPANHIA
Portflio amplo de servios e produtos financeiros. Oferecemos,
por meio de nossa subsidiria Luizacred, opes atrativas de crdito
aos nossos clientes, principalmente no financiamento das vendas a
prazo. Em 2010, a Luizacred financiou mais de 50% das nossas
vendas. O Carto Luiza um importante instrumento de fidelizao de
nossos clientes e ampliao de nossas vendas e base de clientes.
Nossa habilidade e experincia em oferecer crdito de forma rpida e
simplificada so elementos fundamentais de diferenciao em relao
maioria de nossos concorrentes. Ao conceder crdito, possibilitamos
que nossos clientes realizem maior volume de compras. Luizacred
conta com o suporte financeiro do Ita Unibanco para as operaes de
crdito e financiamento, oferecendo, alm de carto de crdito e crdito
direto ao consumo, crdito pessoal e consignado a nossos clientes.
Nosso parceiro financeiro o nico responsvel pela poltica de
concesso de crdito aos nossos clientes. Adicionalmente, oferecemos
seguros de garantia estendida e outros produtos de seguro por meio
da Luizaseg e produtos de consrcio por meio do Consrcio Luiza, que
reforam nossa estratgia de agregar convenincia e disponibilidade de
diferentes modalidades de crdito, servios e produtos financeiros
aos nossos clientes. Acreditamos que esses produtos geram maior
valor agregado aos nossos negcios, impulsionam novas vendas,
expandem a base de dados de nossos clientes, bem como aumentam o
movimento de potenciais clientes dentro das lojas.
Administrao qualificada e experiente voltada para resultados,
apoiada por parceiros renomados. Nossa Administrao composta por
acionistas fundadores e administradores profissionais, aliando um
profundo conhecimento do setor varejista de bens durveis a uma viso
empresarial clara e experiente, favorecendo um processo gil de
tomada de deciso. A maioria de nossos executivos seniores possui em
mdia mais de 15 anos de experincia em varejo e mais de 10 anos de
carreira em nossa Companhia e so submetidos a avaliaes de
desempenho anuais. Acreditamos que a nossa equipe de
administradores tem contribudo para um incremento consistente em
nossos resultados financeiros e operacionais nos ltimos anos, e que
ela tem sido essencial para o crescimento de nossas receitas,
lucratividade e para a expanso bem sucedida de nossos negcios. Alm
disso, entendemos que parcerias estratgicas, que agreguem
conhecimento e experincias complementares a nossa, adicionam grande
valor aos nossos negcios. Nessa linha, firmamos parcerias com Ita
Unibanco e Cardif para a oferta de servios e produtos financeiros
aos nossos clientes, agregando conhecimento e experincia especfica
para estes negcios.
Ainda, em maio de 2005, fundos de private equity administrados
pela Capital International Inc., ou Capital, adquiriram participao
de 12,36% no nosso capital social. Como parte de sua atuao no nosso
Conselho de Administrao, a Capital tem contribudo para a adoo das
melhores prticas de governana corporativa e de ferramentas de gesto
financeira.
NOSSA ESTRATGIA
Pretendemos adotar as seguintes estratgias para alavancar nosso
crescimento e agregar valor aos nossos acionistas:
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SUMRIO DA COMPANHIA
Abrir novas lojas e expandir nossa cobertura geogrfica por meio
de crescimento orgnico e de aquisies.
Crescimento orgnico. Em 31 de dezembro de 2010, opervamos 604
lojas em dezesseis Estados do Brasil. Em linha com nosso histrico
de crescimento nos ltimos anos, pretendemos aumentar nossa presena
nas regies onde j atuamos, especialmente no Nordeste, buscando
oportunidades em cidades e bairros de alto potencial de consumo e
expandir a nossa presena geogrfica em Estados que apresentam uma
oportunidade atrativa para nossas atividades. Avaliamos
cuidadosamente as localidades com potencial para instalao de lojas,
baseada em estudos de mercado e dados sobre a populao local, bem
como sobre o perfil de renda, padro de consumo, trfego e
proximidade de nossos centros de distribuio para definir se a nova
praa atrativa. Atualmente, consideramos que cerca de 240 cidades
nos Estados em que atuamos, onde ainda no estamos presentes,
apresentam condies favorveis para a abertura de pelo menos uma
loja.
Crescimento por aquisies. Alm das iniciativas visando ao
crescimento orgnico, pretendemos expandir nossa rea de atuao por
meio de aquisies e parcerias estratgicas. Nosso mercado ainda
altamente fragmentado, com vrias redes de pequeno e mdio porte, o
que abre espao para consolidao futura. Exploraremos, sempre de
forma seletiva, oportunidades referentes a atividades
complementares s nossas e que apresentem sinergia com nossos
negcios, proporcionando rentabilidade, ganhos de escala e valor aos
nossos acionistas.
Aumentar a eficincia de nossas operaes, visando aumento de
receitas, rentabilidade e reduo de estoques. Nosso crescimento e a
consolidao de nossa posio de destaque no setor de varejo de bens
durveis passa pelo aumento da eficincia de nossas operaes. Para
tanto, continuaremos investindo em ferramentas de gesto comercial
de ponta-a-ponta para aperfeioar nosso sortimento por loja,
planejar melhor as nossas compras, abastecer corretamente as lojas
e assegurar giro dos produtos com reviso peridica dos preos.
Investiremos tambm na reviso dos processos nas lojas, incentivos
para fora de vendas e ferramentas para controlar despesas,
objetivando melhorar nossa produtividade e os indicadores de
satisfao dos nossos clientes. Adicionalmente, outra medida
importante a preparao da infraestrutura de logstica e sistemas para
viabilizar este crescimento acelerado e disperso regionalmente,
onde investiremos para aumentar capacidade, melhorando a
disponibilidade dos produtos e o nvel de servio ao consumidor
final, com reduo de custos.
Fortalecer e expandir a oferta de servios e produtos
financeiros. Acompanhando o desenvolvimento do mercado de crdito no
Brasil, uma de nossas principais estratgias consiste no aumento da
oferta de produtos e servios financeiros a nossos clientes,
beneficiando-nos de nossa atual base de clientes e sinergia
operacional com nossas atividades de varejo. Esperamos, assim,
aumentar a emisso e utilizao do Carto Luiza. Pretendemos continuar
investindo em iniciativas direcionadas captao de novos clientes,
bem como em campanhas dirigidas e personalizadas parcela de nossa
base de clientes que ainda no possui o Carto Luiza.
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-
SUMRIO DA COMPANHIA
Entendemos que h um grande potencial de crescimento de clientes
que compram ou utilizam nossos servios e produtos financeiros,
tendo em vista que apenas 3,0 milhes de clientes da nossa base de
22,8 milhes de clientes possuem o carto Luiza. A ampliao da oferta
de produtos e servios de crdito oferecidos aos nossos clientes
possibilita maior flexibilidade no pagamento, ampliando o poder de
compra e aumentando a fidelidade de nossa base de clientes, alm de
incrementar nossa receita de operaes de crdito.
Aperfeioar a experincia de compra por meio da multi-canalidade e
aumentar as vendas dos canais virtuais. Acreditamos que a
multiplicidade de canais de venda, atuando de forma integrada,
agrega valor experincia de compra do cliente e aumenta o alcance e
a capilaridade de nossa rede de pontos de venda. Assim,
continuaremos a investir na integrao entre os diversos canais de
vendas, em treinamento e desenvolvimento pessoal de nossos
colaboradores, em vendas virtuais e na ampliao de novas solues de
atendimento.
O comrcio eletrnico, em especial, apresenta um crescimento
proporcionalmente maior que os demais canais de venda, tendo em
vista o nmero crescente das vendas virtuais e de pessoas que
acessam a rede mundial de computador. Pretendemos continuar a
investir nas vendas pela Internet, por meio do aumento do mix de
produtos ofertados, de aquisies ou associaes com empresas
especializadas no mercado digital e da abertura de novas Lojas
Virtuais.
BREVE HISTRICO
Nossa histria teve incio em 1957, quando o casal Luiza Trajano e
Pelegrino Jos Donato fundou o Magazine Luiza em Franca, interior do
Estado de So Paulo. Em 1966, a fim de impulsionar nosso
crescimento, ingressou na sociedade o casal Maria Trajano Garcia,
irm de Luiza Trajano e Wagner Garcia, e nossa primeira loja foi
ampliada.
Em 1974, inauguramos a nossa primeira grande loja de
departamentos. Em 1976, fizemos nossa primeira grande aquisio, com
a compra das Lojas Mercantil, que possua filiais em outras cidades
da regio. Em 1983, iniciamos nossa expanso para fora do Estado de
So Paulo, atingindo diversas cidades do Tringulo Mineiro. Alguns
anos depois, em 1986, inauguramos nosso primeiro Centro de
Distribuio, em Ribeiro Preto, com sistemas automatizados e logstica
gil e inteligente, este foi um grande passo para consolidar o
crescimento de nossa rede.
Em 1991, iniciamos uma reestruturao societria a fim de propiciar
uma expanso aos negcios da sociedade. Foi nessa oportunidade que
ingressou em nosso quadro societrio a Holding LTD. No mesmo ano,
Luiza Helena Trajano, sobrinha de Luiza Trajano, assumiu a liderana
da sociedade e deu incio a uma grande transformao no nosso modelo
de gesto com o objetivo de fortalecer a sociedade para o sculo
seguinte.
Fomos pioneiros na criao do primeiro modelo de comrcio
eletrnico6. Nossas Lojas Eletrnicas, hoje chamadas Lojas Virtuais,
criadas por ns em 1992, foram resultado de um projeto inovador,
6 De acordo com relatrio da Harvard Business School de 18 de
outubro de 2005.
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SUMRIO DA COMPANHIA
cujas vendas eram realizadas por intermdio de terminais
multimdia, composto por vendedores que orientavam os clientes,
sendo que no havia produtos em exposio e nem nos estoques. Em 2000,
levamos a experincia adquirida em vendas virtuais para a internet,
com a criao e consagrao de nosso site magazineluiza.com, um dos
grandes sites do e-commerce brasileiro. Hoje, o site um dos maiores
do setor e conta com os mais modernos canais e ferramentas de
interao com os clientes, como videocast, podcast, blog e twitter.
Ainda no incio da dcada de 90, criamos as nossas maiores liquidaes:
a Liquidao Fantstica, um saldo de Natal realizado imediatamente aps
a virada do ano, no qual os clientes compram com at 70% de desconto
todas as mercadorias que conseguirem carregar, e o S Amanh, uma
promoo na qual, durante um determinado dia, o cliente pode comprar
um produto anunciado por um preo muito abaixo da mdia do
mercado.
Em 1996, ampliamos nossa rede de lojas no Paran e tambm
ingressamos no mercado do Centro-Oeste, no Mato Grosso do Sul, com
a aquisio das Lojas Felippe. Neste mesmo ano, apesar de ser uma
companhia de capital fechado, o Magazine Luiza divulgou seu
primeiro balano financeiro auditado externamente, exigncia
necessria somente em companhias de capital aberto.
Em 2001, nos associamos ao Unibanco para a criao da Luizacred,
uma financeira responsvel, principalmente, pelo financiamento dos
clientes. A Luizacred uma das maiores financeiras do pas e conta
com a slida estrutura de financiamento e os rgidos controles de
concesso de crdito do Ita Unibanco. Adicionalmente, adquirimos a
Wanel, rede de lojas na regio de Sorocaba. Em 2003, iniciamos
grande expanso, com a aquisio das Lojas Lder, na regio de Campinas,
e um processo de transio de marca foi iniciado. Em 2004, a expanso
seguiu, com a aquisio das Lojas Arno, no Rio Grande do Sul.
Em 2005, recebemos aporte de capital de fundos de private equity
administrados pela Capital International, Inc., sociedade
constituda em 1987 na Califrnia (EUA). A Capital International,
Inc. tem mais de 22 anos de experincia em investimentos nos
mercados emergentes e mais de 18 anos de experincia em private
equity, tendo participado de mais de 70 investimentos em private
equity em mais de 20 pases diferentes desde 1992. Isso possibilitou
nossa rpida expanso, a facilitao da entrada na capital paulista, a
construo do centro de distribuio Bandeirantes e a ampliao de nossa
estrutura em logstica. No mesmo ano, nos associamos Cardif, empresa
do Grupo BNP Paribas, para a criao da Luizaseg, uma seguradora
responsvel pelos produtos de garantia estendida e seguros, com
gesto compartilhada. Somos a nica empresa do varejo a possuir uma
seguradora prpria, instituda por meio de uma associao (joint
venture).
No demorou muito para o crescimento alcanar tambm o Estado de
Santa Catarina e expandir-se no Paran e no Rio Grande do Sul, com a
aquisio das Lojas Base, Kilar e Madol, em 2005. Neste ano, tambm
foram criados a TV Luiza, a Rdio Luiza e o Portal Luiza, veculos de
comunicao interna exclusivos para informar os colaboradores da
rede. O bom trabalho executado a partir deste posicionamento foi
reconhecido, cinco anos depois, com o prmio A Melhor Empresa na
Prtica do Falar com Seus Colaboradores, em pesquisa do Instituto
Great Place To Work.
34
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SUMRIO DA COMPANHIA
Em razo das atitudes inovadoras e voltadas ao pblico feminino,
recebemos, em 2007, o ttulo de A Melhor Empresa para a Mulher
Trabalhar no Brasil, em pesquisa do Instituto Great Place to Work.
O prmio foi um reconhecimento poltica de Recursos Humanos baseada
na valorizao do trabalho da mulher e na crena de sua evoluo dentro
da companhia.
Em 2008, abrimos simultaneamente 46 lojas na cidade de So Paulo,
o maior mercado consumidor brasileiro. O empreendimento, que comeou
com a mobilizao de centenas de profissionais, resultou na obteno de
mais de um milho de novos clientes. Em 2010, com a aquisio das
Lojas Maia, que possua 136 unidades espalhadas pelos nove Estados
da regio Nordeste, alcanamos a expressiva marca de 20 milhes de
clientes em 16 Estados do Brasil. Ao final de 2010, trouxemos para
a cidade de So Paulo nosso escritrio de negcios, situado no mesmo
prdio da Loja-Conceito na Marginal Tiet.
INFORMAES CORPORATIVAS
Nossa sede social est localizada na Rua Voluntrios da Franca, n.
1.465, CEP 14400-490, na cidade de Franca, no Estado de So Paulo,
Brasil. O nosso telefone geral (16) 3711-2000. O telefone de nosso
Departamento de Relaes com Investidores (11) 3504-2727 e nosso
website www.magazineluiza.com.br/prospecto
As informaes constantes em nosso website ou que podem ser
acessadas por meio dele, que no estejam indicadas no item
"Documentos e Informaes Relativos Companhia, no integram este
Prospecto e no so nele inseridas por referncia.
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PRINCIPAIS FATORES DE RISCO RELATIVOS COMPANHIA
Esta seo contempla, por exigncia do inciso IV, pargrafo 3, do
artigo 40, da Instruo CVM 400, apenas alguns dos fatores de risco
relacionados a ns. Esta seo no descreve todos os fatores de risco
relativos a ns e nossas atividades, os quais o investidor deve
considerar antes de adquirir as Aes no mbito da Oferta.
Assim, antes de tomar uma deciso de investimento nas Aes,
recomendamos a leitura cuidadosa de todas as informaes disponveis
neste Prospecto e no nosso Formulrio de Referncia, em especial a
seo 4 Fatores de Risco e a seo 5 Riscos de Mercado, em que podero
ser avaliados todos os riscos aos quais estamos expostos. Caso
qualquer dos riscos e incertezas aqui descritos efetivamente
ocorra, nossos negcios, nossa situao financeira e/ou os nossos
resultados operacionais podero ser afetados de forma adversa.
Consequentemente, o investidor poder perder todo ou parte
substancial de seu investimento nas Aes. A leitura deste Prospecto
no substitui a leitura do Formulrio de Referncia.
Se no conseguirmos manter nossa cultura organizacional durante a
nossa expanso, nossas operaes podero ser adversamente afetadas.
Acreditamos que nosso potencial de crescimento e o alcance de
nossas metas corporativas orientadas por resultados esto
diretamente relacionados nossa capacidade de atrair e manter os
melhores colaboradores.
Na medida em que expandimos nossos negcios para diferentes
localidades, podemos ser incapazes de, identificar, contratar e
manter trabalhando conosco um nmero suficiente de vendedores
alinhados nossa filosofia, ou, ainda, podemos ter problemas para
manter esta cultura corporativa, que parte integral da nossa marca,
conforme nos tornemos uma empresa maior. Em ambos os casos, tal
falha poderia resultar em uma piora em nosso atendimento ao cliente
e/ou no desempenho dos nossos vendedores, e conseqentemente em um
enfraquecimento da nossa marca. Entendemos que nossa cultura
organizacional e a nossa marca so cruciais para nossos planos de
negcio, e o insucesso em manter tal cultura e marca pode afetar
adversamente nossos negcios e resultados operacionais.
Problemas em nossos sistemas de tecnologia da informao, ou a
incapacidade de acompanhar a velocidade do desenvolvimento da
tecnologia, podero impactar adversamente nossas operaes e nosso
controle de estoque.
Nossas operaes dependem em grande parte do nosso sistema de
informao, que importante ferramenta de administrao de nossos
recursos e controle de nosso estoque. Problemas de administrao ou
de segurana em nossos sistemas, podem causar temporariamente a
interrupo de seu funcionamento. Caso no sejamos capazes de efetuar
os reparos a tempo e se essa eventual interrupo se prolongar,
nossas operaes e nossos controles operacionais e financeiros podem
ser prejudicados, o que pode afetar adversamente nossos resultados.
Adicionalmente, os nossos sistemas de tecnologia esto sujeitos a
atualizaes constantes. Caso no sejamos capazes de atualiz-los de
maneira constante, acompanhando a velocidade do desenvolvimento
tecnolgico, nossas operaes podero ser prejudicadas, o que pode
afetar adversamente nossos resultados.
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PRINCIPAIS FATORES DE RISCO RELATIVOS COMPANHIA
Estamos expostos a riscos relacionados ao financiamento e
emprstimos para nossos clientes.
Com a parceria financeira que mantemos com o Ita Unibanco,
criamos a Luizacred, por meio da qual oferecemos cartes de crdito
de bandeira prpria e de marca compartilhada e emprstimos pessoais.
Estamos sujeitos aos riscos normalmente associados ao fornecimento
deste tipo de financiamento, o que inclui o risco de inadimplncia
no pagamento do valor pr