IV Semana Alternativa de Jacarepaguá Apresenta
Jul 03, 2015
IV Semana Alternativa de Jacarepaguá
Apresenta
Magalhães Corrêa – 125 anosde Sertão Carioca
Exposição Virtual
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“Sim, senhores, o Rio tem o seu Sertão”
Ricardo Palma na introdução do livro Sertão Carioca
Armando Magalhães Corrêa nasceu em
07 de Setembro de 1885, no Rio de
Janeiro, então Distrito Federal. Foi
escultor, desenhista, professor e escritor.
Iniciou seus estudos de nível superior na
Escola Militar de Realengo, transferindo-
se mais tarde para a antiga Escola
Nacional de Belas Artes, onde fez curso
de escultura. Foto: O pulo da Onça,
1927.
Durante o mesmo curso ganhou um
prêmio de viagem de estudos ao
estrangeiro, em 1912, e fez um curso
de aperfeiçoamento em Paris. Obteve
várias premiações entre 1910 e 1930
como escultor, participando
regularmente de mostras artísticas,
inclusive no Salão Nacional de Belas-
Artes do Rio de Janeiro. Desenho:
Campos em Sernambetiba - 1931
Armando Magalhães Corrêa
era também um naturalista autodidata,
além de se arriscar no exercício da
etnografia. Trabalhou por mais de vinte
anos como modelador do Museu
Nacional do Rio de Janeiro,
aposentando-se em 1942, dois anos
antes de sua morte.
Pena: ponte colonial sobre o Rio
Taquara, 1931
Colaborou com artigos e
ilustrações a bico-de-pena para o
jornal carioca Correio da Manhã,
cujas matérias originaram livros
como Terra Carioca, Ilhas da
Guanabara e Sertão Carioca,
tema da nossa exposição.
Morador de Jacarepaguá, é
Magalhães Corrêa um dos, senão
o primeiro defensor das reservas
naturais do Brasil. Pena utilizada
para capa do livro Sertão Carioca
- 1936
Mapa retirado do livro Sertão Carioca posicionando geograficamente a região estudada por Magalhães Corrêa.
Sertão Carioca
O Sertão Carioca nasceu de uma série de artigos publicados no jornal carioca O Correio da Manhã, nos anos de 1931 e 1932. Editada em forma de livro pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro em 1936, as reportagens se basearam em informações primárias recolhidas no trabalho de campo realizado por Magalhães Corrêa, na forma de extensas e assíduas caminhadas por trilhas, estradas, fazendas, areais, praias, lagoas, aquedutos, barragens e pontes.
Açude do Camorim - 1931
Lagoa do Marapendy - 1932
O objetivo do texto era, por meio do estudo de uma região vizinha à cidade
do Rio de Janeiro, que compreendia os maciços da Tijuca e da Pedra
Branca e a baixada de Jacarepaguá, chamar a atenção para a falta de
assistência por parte dos poderes públicos, às gentes e às terras do sertão.
Pena: Casa de Caboclo - 1932.
Magalhães Corrêa queria destacar que os problemas dos sertanejos e dos
sertões não ocorriam apenas em lugares ermos e distantes da capital
federal. Começavam a poucas dezenas de quilômetros do seu centro
asfaltado e agitado. Pena: Estrada de Guaratiba - 1932
Pena 1- Vargem Grande estoque de carvão - 1931Pena 2 – Fortaleza de São Matheus - 1932
Pena 3 –Auto caminhão transportando lenha– 1931Pena 4 – Caçada de patos no Marapendy - 1931
Corrêa descreve o ambiente e
a fauna diária dos habitantes desse
sertão carioca. Pena: Tamanduá-
Bandeira - 1932
A fauna do Sertão
Pena: Capivaras, em torno de 1931
A fauna do Sertão
Pena: Jaguatirica - 1932
A fauna do Sertão
Surpreende a riqueza de detalhes,
tudo em prol de registrar as belezas de
um Jacarepaguá que não voltará a
surgir.
Pena: A Garça - 1931
A fauna do Sertão
Pena: Jacaré Verde - 1932
O Sertanejo Carioca
Além de descrever a fauna e a flora,
Magalhães retratou toda uma gama de
residentes e trabalhadores que viviam
da floresta que deveria ser preservada,
a fim de preservar a nacionalidade do
nosso povo e a própria população
sertanista de Jacarepaguá.
Pena: O Pescador - 1932
O Sertanejo Carioca
Pena: O Vassoureiro – 1931
O Sertanejo Carioca
Pena: O lixeiro - 1931
O Sertanejo Carioca
O Correio - 1931
O Sertanejo Carioca
Machadeiros - 1932
O Sertanejo Carioca
O Bananeiro - 1931
Pena 1- O leiteiroPena 2 – O tamanqueiro
Pena 1 – Carvoeiro (Balão) – Mato AltoPena 2 – O Açougueiro – Camorim
Pena 3 – As Esteireiras
No entanto, seu olhar recai também
sobre componentes humanos ou
influenciados pelos humanos –
aquedutos e barragens em operação,
fortificações abandonadas, estradas e
trilhas, casas e prédios diversos, sítios e
fazendas animais domésticos, canoas,
barcos, carroças, etc.
Pena: Represa do Camorim - 1931
Aqueduto Pau da Fome - 1932
Igreja de São Gonçalo do Amarante
Casa da fazenda do Camorim
Pena 1: Piabas – Estrada do PontalPena 2: Transporte de lenha – Cafundá
Pena 3: MarangáPena 4: Vargem Grande
“O patriotismo, o bom senso e o amor
pela natureza tudo podem”
Armando Magalhães Corrêa em Sertão Carioca
Fontes Pesquisadas e Bibliografia
CORRÊA, Armando Magalhães. Sertão Carioca. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Volume 167. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1936;
FRANCO, J. L. Andrade; DRUMMOND, J.A. Armando Magalhães Corrêa: gente e natureza de um sertão quase metropolitano. Revista História, Ciência, Saude – Manguinhos, v. 12, n 3, p. 1033-59, set-dez. 2005;
SARMENTO, C. E. B. Magalhães Corrêa e a invenção formal do Sertão Carioca. Rio de Janeiro: CPDOC, 1998;
Assentamentos de funcionários assalariados do Museu Nacional – 1927/1957. Localização: Ass11 D.295, pg, 31/56,57;
Ficha Técnica
Exposição Magalhães Corrêa – 125 anos de Sertão Carioca
Ficha Técnica
Cenografia e Montagem
Max MagalhãesElaine Jansen
Pesquisa de imagens, Seleção eEdição
Heluana MacêdoJovian Vianna
Pesquisa Histórica
Adriana CaetanoLuiz Nicacio
Curadoria
Adriana CaetanoHeluana Macêdo
GRUPO DE ESTUDOS DA BAIXADA DE JACAREPAGUÁ História, memória e patrimônio
Jacarepaguá, Setembro de 2010
Homenagem aos 416 anos