MACONHA E THC
Drogas Perturbadoras: nesse grande grupo temos as drogas que
produzem uma mudana qualitativa no funcionamento do SNC. Assim,
alteraes mentais que no fazem parte da normalidade como, por
exemplo, delrios, iluses e alucinaes, so produzidos por essas
drogas. Por essa razo, so chamadas de psicoticomimticas, ou seja,
drogas que mimetizam psicoses. Entre meninos em situao de rua, as
drogas perturbadoras mais usadas so: maconha e alguns medicamentos
anticolinrgicos, dentre os quais o triexifenidil (Artane) o mais
consumido (CARLINI,1994).
A maconha o nome dado aqui no Brasil a uma planta chamada
cientificamente de Cannabis sativa. Ela j era conhecida h pelo
menos 5.000 anos, sendo utilizada quer para fins medicinais quer
para "produzir risos".
O THC (tetraidrocanabinol) uma substncia qumica fabricada pela
prpria maconha, sendo o principal responsvel pelos efeitos da
planta. Assim, dependendo da quantidade de THC presente (o que pode
variar de acordo com o solo, clima, estao do ano, poca de colheita,
tempo decorrido entre a colheita e o uso), a maconha pode ter
potncia diferente, isto , produzir mais ou menos efeitos (CARLINI,
1981).
Efeitos no SNC
O mecanismo de ao da maconha ainda no est bem esclarecido.
Recentemente foram descobertas substncias endgenas (que o nosso
prprio organismo produz) no SNC que atuam de forma semelhante
maconha. Elas foram denominadas anandamidas. a partir dessa
descoberta que o mecanismo de ao da maconha est comeando a ser
elucidado.
Os efeitos no SNC dependero da qualidade da maconha fumada e da
sensibilidade de quem fuma. Para uma parte das pessoas, os efeitos
so uma sensao de bem-estar acompanhada de calma e relaxamento,
sentir-se menos fatigado, vontade de rir (hilariedade). Para outras
pessoas, os efeitos so mais para o lado desagradvel: sentem
angstia, ficam aturdidas, temerosas de perder o controle da cabea,
trmulas, suando. o que comumente chamam de "m viagem" ou
"bode".
H ainda evidente perturbao na capacidade da pessoa em calcular
tempo e espao, e um prejuzo na memria e ateno. Assim, sob a ao da
maconha, a pessoa erra grosseiramente na discriminao do tempo,
tendo a sensao de que se passaram horas, quando na realidade foram
alguns minutos; um tnel com 10 metros de comprimento pode parecer
ter 50 ou 100 metros.
Quanto aos efeitos na memria, eles se manifestam principalmente
na chamada memria a curto prazo, ou seja, aquela que nos importante
por alguns instantes. Um exemplo verdico auxilia a entender esse
efeito: uma telefonista de PABX em um hotel (que ouvia um dado
nmero pelo fone e no instante seguinte fazia a ligao) quando sob ao
da maconha no era mais capaz de lembrar-se do nmero que acabara de
ouvir.
Aumentando-se a dose e/ou dependendo da sensibilidade, os
efeitos psquicos agudos podem chegar at a alteraes mais evidentes,
com a predominncia de delrios e alucinaes. Delrio uma manifestao
mental pela qual a pessoa faz um juzo errado do que v ou ouve; por
exemplo, sob ao da maconha uma pessoa ouve a sirene de uma
ambulncia e julga que a polcia que vem prend-la; ou v duas pessoas
conversando e pensa que ambas esto falando mal ou mesmo tramando um
atentado contra ela. Em ambos os casos, esta mania de perseguio
(delrios persecutrios) pode levar ao pnico e, conseqentemente, a
atitudes perigosas ("fugir pela janela", agredir as pessoas
conversando, em "defesa" antecipada contra a agresso que julga
estar
Revista IMESC n 3, 2001. pp. 9-35.
sendo tramada). J a alucinao uma percepo sem objeto, isto , a
pessoa pode ouvir a sirene da polcia ou ver duas pessoas
conversando quando no existe quer a sirene quer as pessoas. As
alucinaes podem tambm ter fundo agradvel ou terrificante.
H ainda a considerar os efeitos psquicos crnicos (conseqncias
que aparecem aps o uso continuado por semanas, ou meses, ou mesmo
anos) produzidos pela maconha. Sabe-se que o uso continuado da
maconha interfere na capacidade de aprendizagem e memorizao e pode
induzir um estado de amotivao, isto , no sentir vontade de fazer
mais nada, pois tudo fica sem graa e sem importncia. Esse efeito
crnico da maconha chamado de sndrome amotivacional. Alm disso, a
maconha pode levar algumas pessoas a um estado de dependncia, isto
, elas passam a organizar suas vidas de maneira a facilitar o uso
de maconha, sendo que tudo o mais perde o seu real valor.
Finalmente, h provas cientficas de que se a pessoa tem uma doena
psquica qualquer, mas que ainda no est evidente (a pessoa consegue
"se controlar"), ou a doena j apareceu, mas est controlada com
medicamentos adequados, a maconha piora o quadro. Ou faz surgir a
doena, isto , a pessoa no consegue mais "se controlar", ou
neutraliza o efeito do medicamento e a pessoa passa a apresentar de
novo os sintomas da doena. Esse fato tem sido descrito com freqncia
na doena mental chamada esquizofrenia (CARLINI, 1981).
Efeitos no resto do organismo
Os efeitos fsicos agudos (isto , quando decorrem apenas algumas
horas aps fumar) so muito poucos: os olhos ficam meio avermelhados
(o que em linguagem mdica chama-se hiperemia das conjuntivas), a
boca fica seca (e l vai outra palavrinha mdica antiptica:
xerostomia - o nome difcil que o mdico d para boca seca) e o corao
dispara, de 60-80 batimentos por minuto pode chegar a 120-140 ou at
mesmo mais ( o que o mdico chama de taquicardia).
Os efeitos fsicos crnicos da maconha j so de maior monta. De
fato, com o continuar do uso, vrios rgos do nosso corpo so
afetados. Os pulmes so um exemplo disso. No difcil imaginar como
iro ficar esses rgos quando passam a receber cronicamente uma fumaa
que muito irritante, dado ser proveniente de um vegetal que nem
chega a ser tratado como o tabaco comum. Essa irritao constante
leva a problemas respiratrios (bronquites), alis como ocorre tambm
com o cigarro comum. Mas o pior que a fumaa de maconha contm alto
teor de hidrocarbonetos (maior mesmo que na do cigarro comum) e
entre eles existe uma substncia chamada benzopireno, conhecido
agente cancergeno; ainda no est provado cientificamente que a
pessoa que usa maconha cronicamente est sujeita a contrair cncer
dos pulmes com maior facilidade, mas os indcios em animais de
laboratrio de que assim pode ser so cada vez mais fortes.
Outro efeito fsico adverso (indesejvel) do uso crnico da maconha
refere-se a uma baixa produo do hormnio masculino, a testosterona.
Conseqentemente o homem apresenta um nmero bem reduzido de
espermatozides no lquido espermtico, ou seja, o homem ter mais
dificuldade de gerar filhos. Esse um efeito que desaparece quando a
pessoa deixa de fumar a planta (CARLINI, 1981).
DefinioA maconha (haxixe, erva, baseado) o nome dado a uma
planta conhecida cientificamente como Cannabis sativa. Em outros
pases conhecida por diferentes nomes como: THC, Hashishi, Bangh,
Ganja, Diamba, Marijuana, Marihiana. O THC uma substncia qumica
produzida pela planta da maconha, sendo essa a principal responsvel
pelos efeitos psquicos da droga no organismo. Atualmente, a
quantidade de THC encontrada na maconha de aproximadamente 4,5%. A
concentrao de THC na maconha pode variar de acordo com o solo, o
clima, a estao do ano, poca de colheita, tempo decorrido entre a
colheita e o uso (no Mxico existe uma variao gentica da maconha, a
sinsemilla sem sementes que pode ter entre 7,5 e 24% de THC).
Assim, a potncia da droga pode variar muito, produzindo mais ou
menos efeitos. A variao dos efeitos tambm se d de acordo com a
pessoa usuria, considerando que a reao droga depende da
sensibilidade do organismo do usurio.As folhas e inflorescncias
secas da planta podem ser fumadas (por meio de cigarros feitos
artesanalmente) ou ingeridas (comumente misturadas em bolos e
doces). A maconha tambm pode ser consumida por meio de uma pasta
semi-slida conhecida como haxixe, obtida a partir de uma grande
presso nas inflorescncias, sendo esta forma mais concentrada de THC
(at 28%).Incio
HistricoExistem referncias ao uso da maconha h mais de 12.000
anos. Ao longo do tempo, foi utilizada com fins medicinais, pelo
seu efeito de produzir risos e suas fibras utilizadas para confeco
de cordas e roupas. Entre 2.000 e 1.400 a.C. foi descoberto seu
efeito euforizante na ndia, onde foi utilizado com fins medicinais
como: estimular apetite, curar doenas venreas e induzir o sono. A
cannabis foi introduzida na Medicina Ocidental no sculo XIX,
chegando ao seu pice em sua ltima dcada. Porm, no incio do sculo XX
esse uso diminuiu, especialmente pela variedade de potenciais da
droga, sendo difcil o controle de sua dosagem.A partir de 1965, o
interesse cientfico pela maconha ressurgiu por terem conseguido
identificar a estrutura qumica dos componentes da droga,
possibilitando a obteno dos mesmos puros. Nos anos 90, comeou a ser
identificado usos teraputicos os quais esto sendo comprovados por
estudos cientficos. A maconha foi trazida ao Brasil pelos escravos
como uma forma de ligao com a terra natal. Foi cultivada com
finalidade txtil, inicialmente, sendo logo descoberto seus efeitos
perturbadores e usados para tal. Na dcada de 1930, iniciou-se uma
fase de represso contra o uso da maconha no Brasil, sendo em 1933
feitos os primeiros registros de prises pelo comrcio ilegal de
maconha. Em 1938, o Decreto-Lei n. 891 do Governo Federal proibiu
totalmente o plantio, cultivo, colheita e explorao por particulares
da maconha, em todo territrio nacional. Ao longo dos anos, foram
sendo feitas selees das espcies de plantas de maconha com maior
concentrao de THC: em 1960 o teor mdio de THC era 1,5%; em 1980
variava de 3 a 3,5%; e em 1990 a mdia chegou a 4,5%.Atualmente,
graas s pesquisas recentes, a maconha, ou substncias dela extradas,
reconhecida como medicamento em pelo menos duas condies clnicas:
reduz ou elimina nuseas e vmitos produzidos por medicamentos
anticncer e tem efeito benfico em alguns casos de epilepsia (doena
que se caracteriza por convulses ou ataques). Entretanto, bom
lembrar que a maconha (ou as substncias extradas da planta) tem
tambm efeitos indesejveis que podem ser prejudiciais.Incio
Mecanismo de AoO THC metabolizado no fgado gerando um metablito
(produto da metabolizao da substncia) mais potente que ele prprio.
Alm disso, o THC muito lipossolvel (solvel em lipdios gordura, e no
em gua) ficando armazenado no tecido adiposo. Essas caractersticas
do THC levam a um prolongamento do efeito deste no organismo.
Quando fumada, a maconha atinge seu efeito entre zero e dez minutos
e tem seu pico de ao aps 30 minutos do consumo por se concentrar no
crebro. Aps 45 a 60 minutos do consumo da substncia seus efeitos so
atenuados. Pela liberao do THC por meio do tecido adiposo ser
lenta, ele aparece na urina de semanas h meses aps o ltimo
uso.Incio
Efeitos no OrganismoOs efeitos provocados pelo THC no sistema
nervoso central dependem da dose consumida, da experincia, da
expectativa e do ambiente. Os efeitos esperados so: leve estado de
euforia, relaxamento, melhora da percepo para msica, paladar e
sexo, prolonga a percepo de tempo, risos imotivados, devaneios e
fica mais falante. No resto do corpo os efeitos so: vermelhido nos
olhos (hiperemia conjuntival), diminuio da produo de saliva (boca
seca) e taquicardia (freqncia superior ou igual a 140 batimentos
por minuto).O THC tem um efeito orexgeno no apetite, ou seja,
aumento de apetite. No h registro de morte por intoxicao por
consumo de maconha, visto que sua dose letal 1.000 vezes maior que
a usual. Incio
Conseqncias NegativasO uso crnico de maconha est associado a
problemas respiratrios, visto que a fumaa muito irritante, seu teor
de alcatro muito alto (maior que do tabaco) e contm benzopireno,
substncia cancergena. Outras conseqncias do fumo, semelhantes ao
tabaco, so: hipertenso, asma, bronquite, cnceres, doenas cardacas e
doenas crnicas obstrutivas areas. H conseqncias tambm na
fertilidade do homem por haver uma queda de 50 a 60% na produo de
testosterona. A maconha tem como efeito mais comum o bem-estar,
porm, ocasionalmente traz um desconforto acompanhado de uma
ansiedade intensa e idias de perseguio. Mais raramente pode haver
alucinaes. H tambm, os ocasionais flashbacks que consistem em
sintomas da intoxicao aps a interrupo do uso.Pode haver tambm, no
caso de pessoas com transtornos psicticos pr-existentes uma
exacerbao do quadro, como a esquizofrenia, exigindo mudanas no
tratamento da doena psiquitrica.Esse psicotrpico, quando usado
regularmente, traz problemas cognitivos como o prejuzo na memria e
na habilidade de resolver problemas, comprometendo seu rendimento
intelectual. Pode gerar a sndrome amotivacional, caracterizada por
problemas de ateno e motivao.A tolerncia observada apenas em casos
de consumo elevado da substncia. Quanto dependncia, 10% dos usurios
crnicos apresentam a fissura (desejo intenso pela droga) e
centralidade na droga. J a abstinncia, tambm observada em usurios
crnicos e em altas doses, caracterizada por: ansiedade, insnia,
perda de apetite, tremor das mos, sudorese, reflexos aumentados,
bocejos e humor deprimido.Sistema de Recompensa Cerebral Vrios
estudos tm mostrado ao longo do tempo que existe uma cadeia de
reaes, envolvendo os diversos neurotransmissores citados nos
mecanismos de ao das diferentes drogas de abuso, que culmina com a
liberao da dopamina na poro ventral do ncleo estriado chamada de
ncleo accumbens (NA). O NA recebe projees de neurnios dopaminrgicos
localizados na rea tegmental ventral, local de convergncia para
estmulos procedentes da amgdala, hipocampo, crtex entorrinal, giro
do cngulo anterior e parte do lobo temporal. Do ncleo accumbens
partem eferncias para o septo hipocampal, hipotlamo, rea cingulada
anterior e lobos frontais. Devido s suas conexes aferentes e
eferentes o NA desempenha importante papel na regulao da atribuio
de salincia (relevncia) das emoes, da motivao e da cognio. O
sistema mesocorticolmbico de recompensa como comentado, estende-se
a partir da rea tegmental ventral at o NA, passando para diferentes
reas, como o sistema lmbico e o crtex rbito-frontal. Alteraes no
sistema dopaminrgico, como por exemplo, a diminuio dos receptores
D2 de dopamina, poderiam ser responsveis por alteraes neste sistema
recompensa quando da utilizao de drogas de abuso. Este sistema est
ativado quando sentimos prazer, satisfao, ou seja, sensao de
bem-estar. Esta circuitaria do sistema recompensa alimentada por
estas sensaes. Quando se utiliza drogas de abuso, por exemplo, que
proporcionem sensaes de prazer, o sistema ativado, sempre mediado
pela dopamina. Interessante perceber que pessoas com deficincia no
sistema recompensa sempre esto buscando externamente (atravs de
substncias de abuso, por exemplo) uma maneira de ativar o sistema
que pode ser deficiente de maneira inata. Assim, por meio da memria
neuronal, esse sistema estaria marcado pelo prazer obtido pela
droga, o que acarreta o comportamento de procura pela substncia.
Como o circuito de recompensa mediado pela liberao de dopamina, alm
de alteraes na quantidade do neurotransmissor ou na sensibilidade
dos receptores D2 podem provocar, naqueles que apresentam estas
alteraes, uma falta de controle nos impulsos, buscando sempre uma
maior intensidade nas sensaes prazerosas, ou seja, impulsividade.
Inicialmente, o impulso que perfeitamente controlvel para a maioria
das pessoas conduzido de forma diferente por uma minoria. Este
controle est localizado em uma regio cerebral chamada de crtex
rbito-frontal. Pessoas com leses funcionais nesta circuitaria podem
apresentar dificuldades de controlar seus impulsos, aspecto
determinante no processo de dependncia. Foi demonstrado que, mesmo
drogas que no esto diretamente relacionadas ao sistema dopamingico,
so capazes de promover a ativao dopaminrgica indiretamente pela
sensao de conforto e prazer. Essa ativao pode gerar um circuito
reverberativo, acarretando na busca incessante pelo objeto de
prazer: a droga
Esta figura representa um corte sagital do crebro de um rato
onde esto representados as estruturas que compreendem sistema
lmbico, incluindo amgdala, hipocampo, crtex pr-frontal (PFC),
nucleus accumbens (N. Acc.), Globo plido ventral (VP) e rea
tegmental ventral (VTA). Os neurnios dopaminrgicos da rea tegmental
ventral modulam as informaes atravs do circuito lmbico via projees
para o nucleus accumbens, amgdala, hipocampo, crtex pr-frontal e
globo plido ventral. O aumento da transmisso dopaminrgica no
sistema lmbico, particularmente no nucleus accumbens, sustenta o
efeito reforador provocado pelas drogas de abuso no chamado sistema
recompensa. Esta figura representa a ao de psicoestimulantes
aumentando a transmisso dopaminrgica em reas que recebem projees da
rea tegmental ventral via interao com o transportador de dopamina.
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permission. Sigma-Aldrich brand products are sold exclusively
through Sigma-Aldrich, IncMecanismo de ao
A ao do -9-THC no sistema nervoso central se traduz pela fixao
sobre os receptores canabinides presentes no cerebelo, hipocampo e
crtex, que pertencem famlia da protena G . Os efeitos psquicos so
muito variveis, dependendo de expectativas individuais, estado de
esprito etc. e os funcionais, mesmo cardiovasculares ou
respiratrios, no chegam a ameaar a vida, mesmo em exposio a doses
elevadas.
Toxicocintica
A absoro se d por via respiratria, em minutos, e oral, em 1 a
4h, e mais lentamente, por via digestiva, sobretudo quando h
presena de alimentos no tubo gastrintestinal. A meia-vida de 28 h,
nas pessoas dependentes, e de 57 h em no-dependentes, com um
armazenamento em tecido adiposo. Aps metabolismo heptico e,
secundariamente em outros tecidos, como os pulmes, o subproduto
principal o 11-hidroxi-THC, que se encontra em quantidades
significativas no sangue e pode ser detectado laboratorialmente em
at 1 semana a mais de 3 meses. A excreo dos diferentes metablitos
do TCH pode ser freada por uma provvel circulao
entero-heptica.Quadro clnico
Sintomas cardiovasculares e respiratrios podem aparecer, com
taquicardia relacionada dose, vasodilatao da conjuntiva ocular,
hipotenso postural e lipotmia, complicaes agudas em portadores de
cardiopatias e usurios muito jovens, irritao de vias areas
superiores, bronquite e enfisema, cncer de orofaringe e pulmo.Os
sinais psquicos dependem da expectativa do usurio, sua experincia
prvia e "estado de esprito" no momento da absoro e incluem
relaxamento, diminuio da ansiedade, euforia, hilaridade espontnea,
aumento do apetite, prejuzo da memria de curto prazo, alterao da
percepo espao-tempo, aumento subjetivo da percepo sensorial,
exacerbao de transtornos "neurticos" e "psicticos"
pr-existentes.
Fontes: http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/modV.htm
http://www.obid.senad.gov.br/portais/OBID/conteudo/index.php?id_conteudo=11294&rastro=INFORMA%C3%87%C3%95ES+SOBRE+DROGAS%2FTipos+de+drogas/Maconha#inicio
Neurocincia do Uso de Substncias - Ilza Rosa Batista, Priscila P
Almeida, Gustavo Fadel, Rodrigo A. Bressan - LiNC - Lab
Interdisciplinar de Neurocincias Clnicas Universidade Federal de So
Paulo - UNIFESP Revista Mente e Crebro n 180 Revista IMESC n 3,
2001. pp. 9-35 DROGAS PSICOTRPICAS - O QUE SO E COMO AGEMElisaldo
Araujo Carlini Mdico, professor titular do Departamento de
Psicobiologia da Universidade Federal de So Paulo (UNIFESP),
diretor do Centro Brasileiro de Informaes sobre Drogas Psicotrpicas
(CEBRID) e membro do International Narcotics Control BoardSolange
Aparecida Nappo Farmacutica, doutora em Cincias pelo Departamento
de Psicobiologia-UNIFESP, pesquisadora do CEBRID e Conselheira do
CONEN-SP representando a Comunidade Acadmico-CientficaJos Carlos
Fernandes Galdurz Mdico psiquiatra, doutor em Cincias pelo
Departamento de Psicobiologia-UNIFESP e pesquisador do CEBRIDAna
Regina Noto Farmacutica, psicloga, doutora em Cincias pelo
Departamento de Psicobiologia-UNIFESP e pesquisadora do CEBRID
Animaes em dependncia qumica Virtual Unifesp