Top Banner
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE LUCIANA CRISTINA GONÇALVES DE OLIVEIRA ANDRADE Avaliação Psicofísica do Sistema Visual em Pacientes Portadores de Diabetes Mellitus tipo 2: um estudo na Unidade Básica de Saúde da Universidade Federal do Amapá Macapá 2012
121

Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

Jan 10, 2017

Download

Documents

vudien
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Page 1: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

1

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

MESTRADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

LUCIANA CRISTINA GONÇALVES DE OLIVEIRA ANDRADE

Avaliação Psicofísica do Sistema Visual em Pacientes Portadores de Diabetes Mellitus

tipo 2: um estudo na Unidade Básica de Saúde da Universidade Federal do Amapá

Macapá

2012

Page 2: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

2

LUCIANA CRISTINA GONÇALVES DE OLIVEIRA ANDRADE

Avaliação Psicofísica do Sistema Visual em Pacientes Portadores de Diabetes Mellitus

tipo 2: um estudo na Unidade Básica de Saúde da Universidade Federal do Amapá

Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de

Pesquisa e Pós-Graduação em Ciências da Saúde,

Universidade Federal do Amapá, como requisito

para a obtenção do grau de Mestre em Ciências da

Saúde.

Orientadora: Profª. Drª. Maria Izabel Tentes Côrtes.

Macapá

2012

Page 3: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

3

LUCIANA CRISTINA GONÇALVES DE OLIVEIRA ANDRADE

Avaliação Psicofísica do Sistema Visual em Pacientes Portadores de Diabetes Mellitus

tipo 2: um estudo na Unudade Básica de Saúde da Universidade Federal do Amapá

Dissertação aprovada como requisito para obtenção do

título de Mestre no Programa de Pesquisa e Pós-

Graduação em Ciências da Saúde, Universidade

Federal do Amapá, pela Comissão Examinadora

formada pelos professores:

Data da Avaliação: 20 de setembro de 2012

Comissão avaliadora:

Professora Drª. Maria Izabel Tentes Côrtes - Orientador

Programa de Pesquisa e Pós-Graduação Universidade Federal do Amapá

Mestrado em Ciências da Saúde – Presidente

Professor Dr. Givago da Silva Souza

Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Fisiologia, UFPA

Núcleo de Medicina Tropical, UFPA – Membro Titular

Professora Drª. Maira Tiyomi Sacata Tongu Nazima

Universidade Federal do Amapá – Membro Titular

Professora Drª.Silvia Maria Mathes Faustino

Universidade Federal do Amapá – Membro Titular

Professora Drª. Artemis Socorro do Nascimento Rodrigues

Universidade Federal do Amapá – Membro Suplente

Page 4: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

4

Para André, meu amado esposo, às minhas

filhas, Amanda e Aimée, por amor a

vocês, sempre me encorajo em busca do

melhor.

Page 5: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

5

AGRADECIMENTOS

Acima de tudo, agradeço a Deus que me deu saúde e força de vontade para não

desanimar no meio do caminho.

À Profª Drª Maria Izabel Tentes Côrtes, excelente orientadora, pela sua indiscutível

competência, disposição, companheirismo, encorajamento e humildade em compartilhar seu

conhecimento.

À Profª Drª Luidimila, pelo acolhimento no grupo de pacientes da UBS- Unifap de

controle de diabetes e sempre presteza em nos apoiar.

À Profª Drª Maira Tongu, por fazer a avaliação clínica oftalmológica dos participantes

dessa pesquisa.

À Profª Bandeira, por nos ceder espaço na UBS-Unifap, para que pudéssemos realizar

grande parte desse trabalho.

À MSc. Eliza Maria Lacerda, pela sua incansável presteza, incentivo e atenção, todas

as vezes que estive no Núcleo de Medicina Tropical-UFPa, e orientações à distância. Suas

contribuições foram inúmeras.

Ao Profº Dr. Anderson Raiol Rodrigues, que mesmo tomado de seus afazeres, sempre

esteve disponível para esclarecer as dúvidas necessárias.

Ao meu esposo, André Andrade, maior incentivador e apoiador dessa etapa da minha

vida.

A minha fiel companheira de pesquisa e estudo Jocimara Nascimento, sem a sua

contribuição e companheirismo tudo teria sido muito mais difícil.

A todos os participantes voluntários dessa pesquisa pela disponibilidade e paciência na

realização das etapas desse estudo.

À minha irmã Ana Carolina, pelas palavras de incentivo, amor e ajuda sempre que

precisei para que pudesse trabalhar em paz.

Aos meus colegas da Faculdade de Macapá- FAMA, pelo apoio nos momentos em que

precisei me ausentar.

À Elizângela e Márcia por cuidarem tão bem da minha casa e dos tesouros mais

preciosos que tenho minhas filhas Amanda e Aimée.

E serei sempre grata de todo meu coração à minha mãe Nazaré Cristina, pelos

ensinamentos, pelos valores passados, pelo esforço para me proporcionar educação para que

eu pudesse ser a mulher que sou hoje, obrigada mãe.

A todos aqueles que contribuíram de alguma forma para a realização deste trabalho.

Page 6: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

6

O coração do homem planeja o seu

caminho, mas o Senhor lhe dirige os

passos. Provérbios 16:9

Page 7: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

7

RESUMO

Diabetes mellitus é um problema de saúde pública prevalente, em ascendência com elevado

ônus social e econômico, cujo diagnóstico é desconhecido em metade dos indivíduos

portadores. Essa patologia é a maior causa de cegueira adquirida, amputação de membro

inferior sem uma situação de trauma e falência renal nos programas de diálise. Além de que, é

a causa de 6% de todas as mortes e responsável por 30% de hospitalizações. Objetivos:

avaliar o desempenho do sistema visual humano de indivíduos com diabetes mellitus com ou

sem retinopatia diabética instalada, usando paradigmas psicofísicos experimentais. Métodos:

foram testados 32 participantes diagnosticados com DM2 (52,62 ± 12,17 anos). Testes

psicofísicos usados: Teste de Ordenamento de Cores de Farnworth-Munsell –FM-100- (n=63)

e o Teste de Sensibilidade ao Contrate Espacial de Luminância-FSCEL- (n=63), cujos

parâmetros utilizados foram o valor de erro, raiz do erro e pontos médios. Os resultados de

cada participante e os valores médios do grupo foram comparados com intervalos de

confiança e tolerância estabelecidos a partir do grupo controle. Para avaliar as diferenças entre

o grupo de diabetes mellitus tipo 2 e o grupo controle, utilizou-se o teste-t e para avaliar

correlações entre hemoglobina glicada, glicemia de jejum, tempo de doença e desempenho

nos testes utilizou-se o índice de correlação linear de Pearson (α=0.05). Resultados: FSCEL:

31(49,20%) dos olhos com DM, apresentou pelo menos uma frequência alterada e a média

desse grupo apresentou-se abaixo do limite inferior do intervalo de confiança em todas as

freqüências testadas, essas alterações foram observadas principalmente nas freqüências

médias (4 e 6 cpg). Relacionando os valores de hemoglobina glicada e glicemis de jejum

utilizando-se o índice de correlação de Pearson, observou-se que não houve correlação.

Houve correlação para o tempo de doença e as freqüências de 0,5, 0,8, 2,4,6,10 e 15cpg

(P<0,05). FM-100: 19(30,15%) olhos com DM apresentaram valores de erro acima do limite

de tolerância superior. A média de erro do grupo DM foi de 165,41±84,08, estatisticamente

diferente, depois de realizado teste t-student, dos erros do controle, que foi de 79,37±58,59

para p < 0,0001. Quando realizado o teste de correlação de Pearson para os valores de

Hemoglobina glicada e glicemia de jejum em relação ao erro, observou-se que não houve

correlação. Para a variável tempo de doença, observou-se uma correlação fraca entre os

parâmetros analisados Conclusão:mais de 30% dos participantes apresentaram alguma

alteração para a visão de cor ou SCEL; Foram encontradas alterações cromáticas e

acromáticas.A visão acromática foi mais sensível a doença, pois apresentou os piores

resultados. A alteração se deu principalmente nas frequências espaciais médias que

compreendem as frequências de 4cpg e 6cpg; Existe associação das alterações visuais com

danos na retina;Apesar dos valores de glicemia não influenciarem os resultado dos exames

psicofísicos, o tempo de doença apresentou relação com o resultado. Apresentado piores

resultados os pacientes com mais tempo de doença.

Palavras-chave: Diabetes tipo 2. Psicofísica visual. Retinopatia diabética. Sensibilidade ao

contraste. Visão de cores.

Page 8: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

8

ABSTRACT

Diabetes mellitus is a prevalent growing public health problem with high social and economic

burden, whose diagnosis is unknown in half holders. This disease is the leading cause of

blindness, lower limb amputation without a state of trauma and renal failure in dialysis

programs. Besides that is the cause of 6% of all deaths, and accounts for 30% of

hospitalizations. Objectives: To evaluate the performance of the human visual system of

individuals with diabetes mellitus with or without diabetic retinopathy installed using

psychophysical experimental paradigms. Methods: We tested 32 participants diagnosed with

DM2 (52.62 ± 12.17 years). Psychophysical tests used: Test Spatial Color of Farnworth-

Munsell-100-FM-(n = 63) and Sensitivity Test to Hire Space Luminance-FSCEL-(n = 63),

whose parameters used were the error value, root of the error and midpoints. The results of

each participant and group mean values were compared with confidence intervals and

tolerance established from the control group. To evaluate the differences between the group of

type 2 diabetes mellitus and the control group, we used the t-test and to evaluate correlations

between glycated hemoglobin, fasting glucose, disease duration and performance tests we

used the linear correlation index Pearson (α = 0.05). Results: FSCEL: 31 (49.20%) of eyes

with DM, had at least one frequency changed and the average of this group appeared below

the lower limit of the confidence interval at all frequencies tested, these changes were

observed mainly in the average frequencies (4 and 6 cpd). Relating the values of glycated

hemoglobin and fasting glicemis using the Pearson correlation index, there was no

correlation. Correlation to disease duration and frequencies of 0.5, 0.8, and 2,4,6,10 15cpg (p

<0.05). FM-100: 19 (30.15%) eyes with DM presented above error the upper tolerance limit.

The average error of the DM group was 165.41 ± 84.08, statistically different, after

undertaking Student t test, the errors of the control, which was 79.37 ± 58.59 for p <0.0001.

When performed the Pearson correlation test for glycated hemoglobin values and fasting

glucose compared to the error, there was no correlation. For the variable duration of disease,

there was a weak correlation between the parameters measured. Conclusions: Over 30% of

participants showed abnormalities in color vision or SCEL; chromatic and achromatic vision

alterations were found. Achromatic vision was more sensitive to disease, because it showed

the worst results. The change was primarily in medium spatial frequencies corresponding to

4cpg and 6cpg frequencies; there is an association of visual impairment with damage to the

retina; spite of glycemia does not influence the outcome of psychophysical tests, disease

duration was correlated with outcomes obtained; patients with longer disease presented worse

outcomes.

Keywords: Diabetes type 2. Visual psychophysics. Diabetic retinopathy. Contrast sensitivity.

Color vision.

Page 9: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

9

LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Projeção de casos de diabetes de 2000 a 2030 19

Figura 2- Critérios diagnósticos para o Diabetes 20

Figura 3- Critérios diagnósticos para o Pré-diabetes 21

Figura 4 - Retina normal e com retinopatia 23

Figura 5 -

Retinopatia Diabética não proliferativa (observa-se pontos anormais

mostrando pequeno sangramento;as manchas amarelas são tecido

gorduroso que escaparam dos vasos danificados, causando edema

macular e visão borradaRetina - camadas celulares

24

Figura 6

Retinopatia diabética proliferativa (observação intensa

neovascularização e vasos emergindo o disco óptico, pontos de

hemorragia difusa, extravasamento de conteúdo intravascular

cobrindo a mácula.Cones e bastonetes

25

Figura 7 Hemorragia vítrea difusa 25

Figura 8

Retina de um indivídio com retinopatia diabética. Observa-se pontos

difusos de sangramento e lesões esbranquiçadas demonstrando áreas

isquemiadas

26

Figura 9 Via neural da visão 27

Figura 10

Representação das camadas da retina

28

Figura 11 Vista lateral globo ocular- mácula. 29

Figura 12 Região da fóvea contendo os cones e vasos sanguíneos semelhante a

raízes 29

Figura 13 Retina- camadas celulares- de cima para baixo: células ganglionares,

corpos celulares dos neurônios bipolares, cones e bastonetes 30

Figura 14 Cones e bastonetes

31

Figura 15 Cones, bastonetes - retina 31

Figura 16

Em(A) versão original do Teste de 100 matizes de Farnworth-Munsell

e (B) Resultado do testemostrando o eixo tritande um pessoa com

defeito no canal de cor azul amarelo

33

Figura 17 Exemplo de estímulo exibido em diferentes frequências espaciais e

diferentes níveis de contrastes. 34

Page 10: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

10

Figura 18 Optótipos de Snellen 37

Figura 19 PranchasPseudoisocromáticas de Ishihara 37

Figura 20

Exemplo de estímulo visual utilizado em testes psicofísicos que

medem a Função de Sensibilidade ao Contraste Espacial de

Luminância. Na coluna da esquerda estão demonstrados estímulos

visuais em forma de redes senoidais estacionárias que aparecem nas

telas de testes e na coluna da direita é demonstrado o aspecto gráfico

das senóides para cada um dos padrões de estímulos visuais

correspondentes. Schade (1956), Campbell e Green (1965) e

Campbell e Robson (1968), entre outros (RODRIGUES, 2003).

39

Figura 21 Representação gráfica do teste de luminância 40

Figura 22

Seqüência de realização de uma série do teste FM 100. Em (A)

visualiza-se a tela inicial de apresentação. Em (B), os estímulos

desordenados, permanecendo fixos dois quadrados de modelo e

orientação. Em (C), a seqüência sendo reordenada

PranchasPseudoisocromáticas de Ishihara

41

Figura 23 Representação gráfica do teste de Farnsworth- Munsell 42

Figura 24

Gráfico expressando valores de sensibilidade ao contraste em função

da frequência espacial com limites de tolerância (superior e inferior)

estabelecidos a partir dos valores numéricos de 31 participantes do

grupo controle.Os losangos representam os resultados de 31 olhos de

participantes com DM (49,20%) de 63 testados, com pelo menos uma

frequência espacial alterada.PranchasPseudoisocromáticas de Ishihara

48

Figura 25

Curvas representativas de Intervalo de confiança superior e inferior

(LCS e LCI) de 31 participantes do grupo controle e média dos

participantes do grupo com DM. Nota-se a média, conforme

representada em losangos, abaixo do Intervalo de Confiança do grupo

controle em todas as frequências, principalmente nas frequências

médias (4cpg e 6cpg)

49

Figura 26

Gráficos de correlação entre hemoglobina glicada e as 11 frequências

espaciais do teste FSCEL. Após análise dos dados com o índice de

correlação de Pearson observou-se que não houve correlação entre

HA1C e as freqüências espaciais, como representado nas figuras de

26(a) a 26(k)

50

Figura 27

Gráficos de correlação entre glicemia de jejum e as 11 frequências

espaciais do teste FSCEL. Após análise dos dados com o índice de

correlação de Pearson observou-se que não houve correlação entre os

valores de glicemia de jejum e as freqüências espaciais, como

representado nas figuras de 27(a) a 27(k)

53

Figura 28

Gráficos de correlação entre glicemia de jejum e as 11 frequências

espaciais do teste FSCEL. Após análise dos dados com o índice de

correlação de Pearson observou-se que não houve correlação entre os

valores de glicemia de jejum e as freqüências espaciais, como

56

Page 11: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

11

representado nas figuras de 27(a) a 27(k)

Figura 29

Limite de Tolerância para a raiz quadrada do valor de erro do FM-100

de 62 olhos de participantes do grupo controle. Os losangos

representam 63 olhos de participantes com DM, dos quais, 19 olhos

com diabetes mellitus (30,15%) testados apresentaram valores de erro

acima do limite de tolerância superior.

61

Figura 30

Limites de confiança superior e inferior para a raiz do erro FM-100 de

62 olhos de participantes controles. Média de erro de olhos com DM

foi de 165,41 (r2

=12,47) acima de limite de confiança superior do

grupo controle, que foi de 79,37 (r2

=8). Após aplicação do teste-t para

análise do valor do erro (raiz quadrada), verificou-se que existe

diferença estatística entre os grupos DM e controle, pois, p

(unilateral)= <0,0001 e p (bilateral) = <0,0001; intervalo de confiança

de 95%.

62

Figura 31

Demonstração da correlação dos valores de hemoglobina glicada e o

número de erros do F M-100.

63

Figura 32

Demonstração da correlação dos valores de glicemia de jejum e o

número de erros do F M-100.

63

Figura 33 Demonstração de correlação do tempo de doença e o número de erros

do F M-100 64

Figura 34

Comparação dos níveis de glicemia com os testes realizados

65

Figura 35 Comparação das alterações da retina com os testes realizados 65

Figura 36 Comparação das alterações do teste de Sensibilidadeao contraste

espacial de luminância 65

Figura 37 Comparação das alterações do teste de Sensibilidade ao contraste

espacial de luminância 66

.

Page 12: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

12

LISTA DE TABELAS

Tabela 1-

Dados clínicos de 32 participantes (63 olhos) do grupo com diabetes

mellitus tipo 2 representados pelo código do participante, idade,

acuidade visual (A/V), glicemia de jejum, hemoglobina glicada

(HA1C) e pressão intra ocular (PIO).

45

Tabela 2-

Dados clínicos de 31 participantes (62 olhos) do grupo controle

representados pelo código do participante, idade, acuidade visual

(A/), glicemia de jejum,ehemoglobina glicada (HA1C).

46

Page 13: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

13

ABREVIATURAS

BHR Barreira hematorretiniana

DM Diabetes mellitus

DM2 Diabetes mellitus 2

FSC Função de sensibilidade ao contraste

FSCEL Função de sensibilidade ao contraste espacial de luminância

FM-100 Teste de Farnsworth-Munssel

RD Retinopatia diabética

RDNP Retinopatia diabética não-proliferativa

RDP Retinopatia diabética proliferativa

SBD Sociedade Brasileira de Diabetes

UBS Unidade básica de saúde

Page 14: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

14

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 16

2 REFERENCIAL TEÓRICO 19

2.1 DIABETES 19

2.1.1 Diabetes mellitus 19

2.2 RETINOPATIA DIABÉTICA 21

2.2.1 Classificação da retinopatia diabética 23

2.3 FUNÇÃO VISUAL 27

2.3.1 A retina 28

2.3.2 Bastonetes e cones 30

2.4 TESTES PSICOFÍSICOS 32

2.4.1 Teste de Ordenamento de Cores de Farnsworth-Munsell 32

2.4.2 Teste de Função de Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância 33

3. MATERIAIS E MÉTODOS 35

3.1 POPULAÇÃO DE ESTUDO 35

3.2 PROCEDIMENTOS INICIAIS 36

3.3 TESTES PSICOFÍSICOS 38

3.3.1 Avaliação psicofísica da função de sensibilidade ao contraste espacial de

luminância-FSCEL 38

3.3.2 Avaliação psicofísica da discriminação de cores de Farnsworth-Munssel

FM-100 40

3.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA 42

3.4.1 Ìndice de correlação linear de Pearson 42

3.4.2 Intervalos de confiança e de tolerância 42

4 RESULTADOS 44

4.1 PROCEDIMENTOS INICIAIS 44

4.2 RESULTADOS DA AVALIAÇÃO PSICOFÍSICA 47

4.2.1 Avaliação da Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância 47

4.2.2 Avaliação da Discriminação de Cores pelo Teste FM-100 60

Page 15: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

15

4.2.3 Comparação entre os testes 64

5 DISCUSSÃO 67

5.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO TESTE FSCEL 67

5.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO TESTE FM-100 70

6 CONCLUSÃO 72

REFERÊNCIAS 73

ANEXOS 1- 78

APÊNDICE B - M 80

Page 16: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

16

1 INTRODUÇÃO

Dados recentes da Sociedade Brasileira de Diabetes estimam que mais de 250 milhões

de pessoas no mundo todo tem Diabete mellitus (DM), o que corresponde a 6% da população

mundial.

Esse número pode chegar a 380 milhões até o ano de 2030, e isso afetaria

principalmente a população economicamente ativa dos países emergentes. Para a Sociedade

Brasileira de Diabetes (SBD), hoje, não há estatísticas reais sobre o diabetes no Brasil, o

último censo de 1988 sobre diabetes no Brasil revelou que essa doença afeta 7,6% da

população urbana com idade entre 30 a 69 anos.

Dados mais recentes em um estudo regional conduzido por Torquato (2003) em

Ribeirão Preto e utilizando a mesma metodologia do censo nacional de diabetes, mostrou uma

estimativa de 12% no ano de 2006 para a população diabética, esses dados provavelmente

refletem a realidade do Brasil. Esses também mostram que o número estimado de brasileiros

com a doença é de 10.294.200.

DM é um problema de saúde pública prevalente, em ascendência com elevado ônus

social e econômico, cujo diagnóstico é desconhecido em metade dos indivíduos portadores

(GEORG et al, 2005), sendo essa patologia a maior causa de cegueira adquirida, amputação

de membro inferior sem uma situação de trauma e falência renal nos programas de diálise.

Além de que, é a causa de 6% de todas as mortes e responsável por 30% de hospitalizações

(BEZERRA; BARCELÓ; MACHADO, 2001).

A retinopatia diabética (RD) é a segunda causa de cegueira irreversível, precedida

apenas pela degeneração macular relacionada com a idade. É a principal causa de cegueira

entre 25 e 75 anos de idade (VILELA et al, 1997). As complicações microvasculares do

diabetes mellitus na retina constituem-se na principal causa de cegueira da população

economicamente ativa no Brasil (BRASIL, 1996) e no mundo (KLEIN R; KLEIN BE;

MOSS; 1984; SÁNCHEZ-THORIN, 1998).

A Organização Mundial da Saúde estima que isso já afeta a quase 5% dos 37 milhões

de cegos no mundo (RESNOKOFF et al, 2004). Mais de 75% dos diabéticos com mais de 20

anos de evolução, sofrem alguma forma de retinopatia. Também ficou demonstrado que 13%

dos diabéticos com cinco anos de evolução apresentam algum grau de retinopatia, que

aumenta para 90% com 15 anos de evolução, quando a diabetes se diagnostica antes dos 30

anos (KLEIN R et al, 1984).

Estes dados, muitas vezes, auxiliam o clínico geral no monitoramento do tempo de

aparecimento do diabetes tipo 2.

Page 17: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

17

Diferentes mecanismos interagindo entre si, tais como: fatores genéticos, bioquímicos

e fatores de risco ambientais, como: o fumo, dieta, sedentarismo, entre outros, irão contribuir

para o aparecimento da retinopatia diabética (BROWNLEE, 2001 e 2005). Tais fatores

refletem-se nos níveis glicêmicos aumentados (hiperglicemia), sendo essa condição um dos

principais fatores desencadeantes da retinopatia diabética. A hiperglicemia aumentada atuará

modulando e alterando os fatores de crescimento, metabolismo e nos mecanismos de

sinalização das células retinianas (BROWNLEE, 2001; BOELTER et al, 2003).

Os mecanismos supracitados demonstram a sensibilidade das células retinianas no

Diabete Mellitus. Clinicamente, a primeira manifestação da retinopatia diabética é detectada

ao exame de fundo de olho, através da observação dos primeiros microaneurismas na

circulação retiniana, em geral no pólo posterior, na região macular. Ferris (1994) afirma que,

se todos os pacientes com retinopatia proliferativa tivessem sido tratados precocemente, a

incidência de cegueira poderia diminuir de 50% para 5%, reduzindo em 90% os casos de

perda visual e de cegueira. Contudo, o diagnóstico dessa condição clínica é realizado quando

o dano neurológico periférico já está instalado em um estado avançado.

A prevenção baseia-se no controle clínico rigoroso e detecção precoce de alterações

fundoscópicas que ameacem a visão, como edema macular diabético e neovascularização

retiniana (SUGANO et al 2001; CHEW et al 1996). O tratamento dessas alterações é eficaz

na prevenção da cegueira quando instituído precocemente (CHEW et al 1996).

Muitos trabalhos que investigaram a função visual têm mostrado alteração da função

visual em pessoas com DM com ou sem retinopatia diabética comprovada clinicamente

(GUALTIERI, 2009), daí a hipótese levantada de que a avaliação visual através de testes

psicofísicos e eletrofisiológicos possa detectar precocemente alterações visuais nesse grupo de

pacientes, podendo-se intervir precocemente.

O sistema visual humano pode ser avaliado através da utilização de um grande

conjunto de procedimentos anatômicos, eletrofisiológicos e psicofísicos, alguns dos quais

existentes desde o século XIX, como a oftalmoscopia, outros desenvolvidos ao longo do

século XX, como a eletrorretinografia de campo total e a eletroencefalografia de eventos

(registro do potencial cortical provocado visual), e outros extremamente recentes, criados na

última década, como a tomografia de coerência óptica e a eletrorretinografia multifocal.

Esses procedimentos, somados à investigação clínica geral e à clínica especializada

oftalmológica e neurológica, permitem a caracterização detalhada das alterações visuais em

condições patológicas como a retinopatia diabética.

Page 18: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

18

Por ser a retinopatia diabética uma das principais manifestações clínicas do DM e uma

das principais causas de cegueira no mundo, é de grande importância a investigação da função

visual nessa patologia, uma vez que, as funções sensoriais são extremamente sensíveis no DM

e que alterações visuais podem aparecer nos testes psicofísicos mesmo antes de alterações no

exame de fundo do olho, identificando os pacientes que estejam sob maior risco de

desenvolverem complicações visuais.

O projeto surgiu mediante a preocupação e necessidade de uma investigação mais

criteriosa de alterações visuais a fim de prevenir as complicações oftalmológicas dos

pacientes diabéticos que são atendidos na Unidade Básica de Saúde da UNIFAP, uma vez que

essa triagem ainda não havia sido feita.

Com isso, espera-se que os testes psicofísicos tornem-se ferramentas indispensáveis

da avaliação visual e entrem no protocolo de rotina para incrementar o controle e melhor

direcionamento no tratamento multidisciplinar desses pacientes, pois são instrumentos de fácil

manuseio, não invasivos e que trazem preciosas informações de alterações visuais.

Esse estudo teve como objetivo geral avaliar o desempenho do sistema visual humano

de indivíduos com diabetes mellitus com ou sem retinopatia diabética instalada, usando

paradigmas psicofísicos experimentais. E como objetivos específicos:

a) Avaliar a Função de Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância em

pessoas com tempos diferentes de doença;

b) Avaliar a capacidade de discriminação de cores utilizando o Método de

Ordenamento de Cores de Farnsworth-Munsell;

c) Comparar com normas estatísticas estabelecidas;

d) Avaliar a prevalência de alterações da visão pacientes com Diabete mellitus e

correlacionar com o tempo de doença.

Page 19: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

19

2 REFERENCIAL TEORICO

2.1 DIABETES

2.1.1 Diabetes mellitus

O diabetes mellitus (DM) por definição é o resultado da diminuição da secreção de

insulina, sendo um defeito heterogêneo primário do metabolismo dos carboidratos, que com

inúmeros fatores etiológicos, leva o indivíduo a um quadro de hiperglicemia (GUYTON;

HALL, 2002).

Sua prevalência no Brasil é equivalente entre os sexos, sendo a faixa etária de 30 a 69

anos a mais acometida normalmente tem início insidioso e evolução silenciosa. As

complicações clínicas mais comuns do DM são a retinopatia, microangiopatias e o

desenvolvimento de infecções nos pés conhecida como pé diabético (BARAUNA et al, 2003).

Em 2005, 1,1 milhões de pessoas morreram de diabetes e suas complicações e quase

80% dos óbitos ocorreram em países de baixa e média renda. Quase metade dos óbitos

ocorreu em pessoas com idade inferior a 70 anos. A OMS (organização mundial de saúde)

estima que as mortes por diabetes e suas complicações dobrem de 2005 até 2030 (World

Health Organization, 2009).

Estimativas mundiais apontam que em 2010 o número de casos portadores de DM tipo

2 foi de 220 milhões e até 2025 serão 280 milhões (FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE

DIABETES, 2005). Para Parvez, Kawar e Nahas (2007) o número de casos de diabetes deve

chegar a 366 milhões até o ano de 2030, conforme demonstra o mapa com a projeção de 2000

para 2030.

Figura 1- Projeção de casos de diabetes de 2000 a 2030

Fonte: Parvez, Kawar e Nahas, 2007

Page 20: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

20

O diabetes pode apresentar duas formas clínicas: tipo 1, conhecida como diabetes

juvenil ou insulinodependente, e o diabetes tipo 2, conhecida como diabetes de adultos. A

primeira está relacionada a uma doença auto-imune que determinam a ausência na produção

de insulina ou quando essa é produzida em quantidade insuficiente devido a destruição das

células beta, produtoras de insulina. O DM tipo 2 (DM2), também possui carga genética,

porém sua manifestação está fortemente ligada a fatores ambientais, obesidade e sedentarismo

(MARCELINO; CARVALHO, 2005).

Ainda descrevem os autores que os principais sintomas do DM são: polidipsia (sede

excessiva), poliúria (excesso de urina), polifagia (fome excessiva) e emagrecimento. Outros

sinais clínicos como sonolência, dores generalizadas, formigamento e dormências, cansaço

doloroso nas pernas, câimbras, nervosismo, indisposição para o trabalho, desânimo, visão

turva e cansaço físico e mental estão associados ao DM.

O manejo do diabetes assim como seus critérios de diagnóstico, estãosempre sendo

objeto de estudos. Após a ultima atualização desses critérios feita pela Sociedade Brasileira de

Diabetes em 2009, os critérios de diagnóstico utilizados atualmente segundo a Sociedade

Brasileira de Diabetes (2011) estão descritos nas tabelas 1 e 2.

Figura 2 - Critérios diagnósticos para o Diabetes

CRITÉRIOS COMENTÁRIOS

A1C≥6,5% O teste deve ser realizado através de método rastreável ao método

do DCCT e devidamente certificado pelo

NationalGlycohemoglobinStandardizationProgram (NGSP)

(http://www.ngsp.org).

GLICEMIA DE JEJUM

≥ 126mg/dl

O período de jejum deve ser definido como ausência de ingestão

calórica por pelo menos 8 horas.

GLICEMIA 2 HS APÓS

SOBRECARGA COM

75MG DE GLICOSE:

≥200mg/dl

Em teste oral de tolerância à glicose. Esse teste deverá ser

conduzido com a ingestão de uma sobrecarga de 75 g de glicose

anidra, dissolvida em água, em todos os indivíduos com glicemia

de jejum entre 100 mg/dL e 125 mg/dL.

GLICEMIA AO

ACASO≥ 200mg/dl

Em pacientes com sintomas clássicos de hiperglicemia, ou em

crise hiperglicêmica.

Importante: a positividade de qualquer um dos parâmetros diagnósticos descritos confirma o

diagnóstico de diabetes. Na ausência de hiperglicemia comprovada, os resultados devem ser

confirmados com a repetição dos testes.

Fonte:adaptado American Diabetes Association. Standards of Medical Care in Diabetes – 2011.

Diabetes Care2011;34(Suppl 1):S11-S61. Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes (2011)- Posicionamento oficial SBD nº 3, 2011

Page 21: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

21

Figura 3 - Critérios diagnósticos para o Pré-diabetes ou Risco aumentado de Diabetes

CRITÉRIOS COMENTÁRIOS

A1C entre 5,7% e 6,4% De acordo com recomendação recente para o uso da A1C no

diagnóstico do diabetes e do pré-diabetes.

GLICEMIA DE

JEJUMentre 100 e

125mg/dl

Condição anteriormente denominada “glicemia de jejum alterada”.

GLICEMIA 2 HS APÓS

SOBRECARGA COM

75MG DE GLICOSE: de

140 a 199mg/dl

Em teste oral de tolerância à glicose. Condição anteriormente

denominada “tolerância diminuída à glicose”.

GLICEMIA AO

ACASO≥ 200mg/dl

Em pacientes com sintomas clássicos de hiperglicemia, ou em

crise hiperglicêmica.

Importante: a positividade de qualquer um dos parâmetros diagnósticos descritos confirma o

diagnóstico de pré-diabetes.

Fonte:SBD(2011) adaptado American Diabetes Association. Standards of Medical Care in

Diabetes – 2011. Diabetes Care2011;34(Suppl 1):S11-S61.

Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes (2011)- Posicionamento oficial SBD nº 3, 2011

O DM tipo 2 compreende um conjunto de doenças metabólicas, caracterizada por

hiperglicemia resultante de defeitos da síntese e secreção de insulina e/ou sua ação nos tecidos

(CAMPOS et al, 2004).

A idade inicial para o desenvolvimento do DM tipo 2 é geralmente em torno dos 40

anos de idade, com pico de incidência por volta dos 60 anos. A maioria dos pacientes com

essa doença é sedentária e obesa e a associação com a idade avançada, cada vez mais comum

na população, representa um dos maiores fatores de risco para o diabetes tipo 2 (GROSS et al,

2002).

2.2 RETINOPATIA DIABÉTICA

A retinopatia é uma das complicações mais comuns e está presente tanto no diabetes

tipo 1 quanto no tipo 2, especialmente em pacientes com longo tempo e doença sem controle

glicêmico. Constitui um fator de morbidade de elevado impacto econômico, uma vez que a

retinopatia diabética é a causa mais comum de cegueira adquirida (BOSCO et al, 2005).

Ocorre em cerca de 95% dos pacientes com diabetes mellitus tipo 1e em mais de

60%dos pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Estes dados explicam o risco de 25 vezes

maior de cegueira em pacientes com diabetes mellitus do que na população em geral

(ESTEVES et al, 2008).

Os vasos da retina são caracterizados por células endoteliais contínuas, não

fenestradas, com junções intercelulares impermeáveis que se apresentam para formar a

barreira hemato-retiniana (BHR). A interação das células endoteliais forma a barreira que

permite ao tecido, assim como ao endotélio capilar a ao endotélio pigmentar da retina, criarem

condições para um tecido com integridade funcional (BOSCO et al, 2005).

Page 22: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

22

Ainda diz o autor que há três tipos de junções intercelulares: as junções ou zonas de

oclusão, as zonas de adesão e as junções gap. Entre as células endoteliais dos vasos da retina

existem apenas zonas de oclusão entremeadas com desmossomos. No DM ocorre ruptura

dessas junções e é essa ruptura, e a perda das células murais denominadas pericitos que se

denomina retinopatia diabética.

A queixa de borramento da visão em pacientes diabéticos é comum durante estado

agudo de descompensação metabólica. Isso ocorre pela alteração das propriedades refratárias

oculares durante a hiperglicemia. Neste estado, mais água é retida no cristalino devido à alta

osmolaridade do meio extracelular, assim a superfície fica mais convexa e consequentemente,

a refração da luz que passa pelo cristalino é modificada. No entanto esses efeitos são

reversíveis e qualidade da visão é recuperada com o restabelecimento do controle glicêmico

(GUALTIERI, 2009).

A fisiologia retiniana predispõe ao dano causado pelo diabetes, pois, os axônios não

são mielinizados e necessitam de mais energia para seu metabolismo; os vasos da retina são

relativamente hipóxicos (pO2 ~ 25mm); a retina possui menos mitocôndrias que as camadas

mais externas. Apesar da escassa vascularização, a retina possui alta demanda metabólica e

sua obtenção de energia é através da glicólise, um meio menos eficiente de gerar ATP

(adenosina-tri-fosfato) do que a fosforilação oxidativa (ANTONETTI et al, 2006, apud

SERRARBASSA, 2008).

Essa combinação de alta demanda metabólica e mínimo de suprimento vascular pode

limitar a habilidade da retina interna de se adaptar frente ao estresse metabólico do diabetes

(SERRARBASSA; DIAS; VIEIRA, 2008).

Page 23: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

23

Figura 4 - Retina normal e com retinopatia

Fonte: www.coursejournal-medicina.blog<acesso em 08/11/2010>

Nos capilares retinianos de pacientes com DM pode-se observar, com microscopia

eletrônica: capilares com junções endotelias; aumento na vacuolização citoplasmática;

pericitos com alteração degenerativa; espessamento da membrana basal, este espessamento de

causa desconhecida altera a função celular e/ou difusão de oxigênio e reduz o contato entre o

pericito e a célula endotelial (BOSCO et al, 2005).

2.2.1 Classificação da retinopatia diabética

A retinopatia diabética (RD) é clinicamente dividida em dois estágios principais:

retinopatia diabética não-proliferativa (RDNP) e retinopatia diabética proliferativa (RDP).

Com base nas alterações morfológicas a RDNP é subdividida em, leve moderada,

grave e muito grave. A forma proliferativa de RD pode ser inicial de alto risco e avançada. O

edema macular pode estar presente em qualquer dos estágios de retinopatia diabética

(GUALTIERI, 2009).

A RDNP é caracterizada por alterações intra-retinianas associadas ao aumento da

permeabilidade capilar e à oclusão vascular que pode ocorrer ou não nessa fase. Há presença

de microaneurismas, edema macular, hemorragias intraretinianas e exsudatos duros

(extravasamento de lipoproteínas). Esse nível de comprometimento deve ser esperado em

quase todos os pacientes com aproximadamente 25 anos de DM, porém em muitos casos pode

não haver evolução significativa (BOSCO et al, 2005).

Page 24: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

24

Figura 5- Retinopatia Diabética não proliferativa (observa-se pontos anormais mostrando pequeno

sangramento;as manchas amarelas são tecido gorduroso que escaparam dos vasos danificados,

causando edema macular e visão borrada.

Fonte: http://www.sciencephoto.com/media/256161/view<acessado em 31/12/2010>

Nos estágios grave e muito grave de retinopatia diabética não proliferativa ocorre

oclusão capilar acentuada que é fator de alto risco de progressão para o estágio mais grave

(GUALTIERI, 2009).

A retinopatia diabética proliferativa é o estado mais grave e avançado da doença e

além dos sinais clínicos observados na fase menos grave, na RDP observa-se a formação de

neovasos na retina e/ou no disco óptico, que se estendem pela superfície da retina ou em

direção à cavidade vítrea. Os neovasos possuem menos pericito e junções intercelulares do

que um capilar típico (GUALTIERI, 2009).

Segundo a mesma autora, há uma quantidade maior de fenestrações, o que favorece o

extravasamento de conteúdo intravascular e hemorragias. De acordo com o padrão de

proliferação observado a retinopatia diabética proliferativa se apresenta em três estágios:

inicial (presença de neovasos finos sem tecido fibroso); intermediária (ocorre aumento do

calibre extensão dos neovasos com início de formação de componente fibroso); progressiva

(há progressão dos neovasos com proliferação fibrovascular intensa).

Page 25: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

25

Figura 6- Retinopatia diabética proliferativa (observação intensa neovascularização e vasos

emergindo o disco óptico, pontos de hemorragia difusa, extravasamento de conteúdo intravascular

cobrindo a mácula.

Fonte: http://www.sciencephoto.com/media/256163/view<acessado em 31/12/2010>

A neovascularização origina-se usualmente no disco óptico e/ou nas grandes veias da

retina podendo estender-se para o vítreo. Esse estágio é bastante grave, pois, o rompimento

dos vasos neoformados pode causar sangramentos maciços na cavidade vítrea, ou no espaço

pré-retiniano, resultando no aparecimento de sintomas visuais como “os pontos flutuantes” ou

“teias de aranha” no campo visual, ou até mesmo a perda visual senão tratado a tempo

(BOSCO et al, 2005).

Figura 7 - Hemorragia vítrea difusa

Fonte: http://www.sciencephoto.com/media/255878/view<acesso em 08/11/2010>

A incidência da RD é reconhecidamente relacionada ao tempo de doença instalada e o

controle metabólico do paciente diabético, que constitui seu principal fator de risco,

Page 26: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

26

incluindo-se também o controle pressórico. Porém nem todos os indivíduos desenvolvem a

forma grave, mesmo na presença de hiperglicemia, hipertensão arterial sistêmica e de outros

fatores relacionados (ESTEVES et al, 2008).

Figura 8 - Retina de um indivídio com retinopatia diabética. Observa-se pontos difusos de

sangramento e lesões esbranquiçadas demonstrando áreas isquemiadas.

Fonte: http://www.sciencephoto.com/media/256977/view<acessado em 31/12/2010>

Além dos fatores já citados Esteves et al (2008), também atribui o risco de

desenvolvimento de RD para gestantes com 1,63 a 2,48 maior vezes de desenvolver RD do

que mulheres não grávidas; portadores de nefropatia diabética associada a 95% de risco para

desenvolvimento de edema macular; há prevalência de 30% mais ocorrências no sexo

masculino; tabagismo, por riscos vasculares gerais; dislipidemia por estarem associados à

maior formação de exsudatos duros e além de fatores genéticos.

A detecção precoce da RD é importantíssima para a eficácia dos tratamentos, pois

quanto mais tarde, maior a morbidade do paciente e maior o risco da instalação da cegueira,

pois, há maior prevalência de retinopatia diabética nos primeiros 5 anos da doença, em média

13%, aumentando muito após 10-15 anos, e, média 90% (MAIA JUNIOR et al, 2007).

Pacientes portadores de diabetes tipo 2 tiveram redução significante da sensibilidade

ao contraste e discriminação cromática, sendo a segunda um comprometimento difuso

(GUALTIERI, 2009). Ainda diz a autora que esses pacientes apresentam alterações visuais

detectáveis por testes eletrofisiológicos e psicofísicos, mesmo sem haver instalação de

retinopatia diabética e que as alterações visuais observadas precedem o surgimento das

alterações morfológicas da retina.

Page 27: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

27

2.3 TESTES PSICOFÍSICOS

2.3.1 Teste de Ordenamento de Cores de Farnsworth-Munsell

O Teste de 100 Matizes de Farnsworth-Munsell tem por objetivo identificar e diferenciar

deficiências congênitas ou adquiridas de discriminar cores. Esse teste usa o método de

ordenamento de cores para medir a capacidade do indivíduo de discriminá-las (BIRCH,

1993).

O Teste dos 100 Matizes de Farnsworth-Munsell está baseado na habilidade da pessoa de

ordenar 85 peças pintadas com matizes de mesma saturação e brilho e iluminação fotópica em

uma sequência cromática do espaço de cores. Em sua versão original apresenta 85 pedras de

plástico preto que possuem selos coloridos de diferentes valores cromáticos, com 12 mm de

diâmetro aderidos no centro de uma de suas faces, são agrupadas em 4 porções, separadas em

caixas distintas (figura 16 a). A 1ª caixa do rosa ao amarelo (pedras 85 a 22); 2ª caixa do

amarelo ao verde (pedras 21 a 43); 3ª caixa do verde ao azul (pedras 42 a 64) e a 4ª caixa do

azul ao rosa (pedras 63 a 85). Cada caixa contém as pedras final e inicial presas e 21 pedras

soltas. A face das pedras, oposta à do adesivo colorido, é numerada para que o examinador

possa determinar a pontuação do paciente (KJAER, 2000).

A versão atual desse teste, a Renotation Munsell, é baseada em um espaço visual

abrangente, contendo 1928 pontos. Essa versão foi aprimorada e adotada pelo Comitê de

Colorimetria da Optical Society of America (INDOW,1995; BIRCH, 2001; BRAINARD,

2003) apud Feitosa-Santana (2005).

O total de erros cometidos pelo participante no teste é determinado pela soma do erro,

menos 2 para cada pedra. Uma sequência perfeita de cores resulta, portanto, em erro total

igual a zero.

Cada uma dos matizes apresenta um número de ordenamento, desconhecido pelo

participante testado, sendo a magnitude do erro calculada para cada peça proporcional à

distância entre a ordenação feita pelo sujeito e a posição correta da peça (LACERDA;

VENTURA; SILVEIRA, 2011).

Page 28: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

28

Figura 16 – Em (A) versão original do Teste de 100 matizes de Farnworth-Munsell e (B)

Resultado do teste mostrando o eixo tritan de um pessoa com defeito no canal de cor azul amarelo.

Fonte: adaptado de http://jnnp.bmj.com/content/75/suppl_4/iv2.full.

2.3.2 Teste de Função de Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância

A função de sensibilidade ao contraste (FSC) é uma medida clássica que permite

descrever mecanismos relacionados ao processamento visual de objetos em níveis diferentes

de contraste. Além de ser um dos principais indicadores da percepção visual, fornece uma das

descrições mais completas do sistema visual (SANTOS; FRANÇA, 2006).

A sensibilidade ao contraste é definida como a recíproca do limiar de contraste. Limiar

de contraste pode ser definido como a quantidade mínima de contraste necessária para

detectar um objeto qualquer, de uma determinada frequência espacial. Essa por sua vez, é o

número de ciclos por unidade de espaço, que em percepção visual da forma foram

convencionalmente denominados ciclos por grau de ângulo visual (cpg). O contraste é

definido pela relação entre a luminância mínima divida pela soma das duas (SANTOS;

FRANÇA, 2006).

As grades de ondas senoidais podem ser usadas para avaliar simultaneamente a

sensibilidade ao contraste e as frequências espaciais. Os padrões podem ser gerados

eletronicamente em uma tela de computador ou graficamente em um cartão ou tabela de teste.

Como mostrada a figura 6, a frequência espacial das listras aumenta ao longo do eixo

horizontal da esquerda para a direita (isto é, as listras ficam mais finas e mais próximas umas

das outras) e o contraste diminui, movendo-se para cima no eixo vertical (SPALTON;

HITCHINGS; HUNTER, 2006).

Page 29: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

29

Figura 17- Exemplo de estímulo exibido em diferentes frequências espaciais e diferentes níveis de

contrastes.

Fonte:http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1516-36872010000100006&script=sci_arttext

Page 30: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

30

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Para esse estudo foram pré-selecionados 120 voluntários, onde desses 47 foram para o

grupo de diabetes mellitus tipo 2 e 73 para o grupo controle. Dos pré-selecionados para o

grupo de diabetes mellitus, 15 foram excluídos por não atenderem aos critérios de inclusão,

onde 8 por apresentarem baixa visão, 4 não realizaram os testes psicofísicos e 3 por

desinteresse ou falta de disponibilidade para realizar os testes. Dos pré-selecionados para o

grupo controle, 34 foram excluídos da pesquisa por apresentarem acuidade visual superior a

20/20, o que foi determinado para esse estudo e 8 por falta de disponibilidade ou desinteresse

em realizar os testes.

Sendo assim, obteve-se um n final de 63 participantes onde, 32 para o grupo de

diabetes mellitus, desses 19 participantes do sexo feminino (59,38%) e 13 do sexo masculino

(40,62%) e 31 para o grupo controle, desses 10 participantes do sexo masculino (32,25%) e

21 participantes do sexo feminino (67,75%), gerando um banco de dados de n=62 olhos

controles (idade: M=49,3 ± 9,1 anos), e de n= 63 olhos de voluntários para o grupo de

diabetes mellitus (idade: M= 52,62 ± 12,17anos).

Os voluntários foram selecionados no ambulatório da Unidade Básica de Saúde da

Universidade Federal do Amapá- UNIFAP, para o grupo de diabetes mellitus e na UNIFAP e

por indicação dos próprios selecionados para o grupo de diabetes mellitus e funcionários da

UNIFAP, para o grupo controle.

3.1 POPULAÇÕES DE ESTUDO

Foram avaliados aspectos visuais de pessoas com história de DM com ou sem

comprovação clínica de retinopatia diabética (RP) em diferentes tempos de doença. A escolha

desse grupo deve-se ao fato do mesmo já estar participando de um programa de tratamento

controle padrão e ter o acompanhamento por uma equipe multiprofissional, inclusive com

oftalmologista.

O critério central para inclusão neste estudo é a participação no programa de controle

do DM da Unidade Básica de Saúde (UBS) da UNIFAP.

Os critérios complementares considerados serão: ausência de alteração oftalmológica

ou neuro-oftalmológica; ausência de determinadas doenças que potencialmente podem causar

alterações no sistema visual tais como, hipertensão arterial, tratamento prolongado a base de

cloroquina, alcoolismo crônico e doenças neurodegenerativas como doença de Parkinson e

doença de Alzheimer, entre outras.

Page 31: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

31

Foram retirados da amostra indivíduos que não atenderem algum dos critérios para

admissão nesse estudo ou não participaram em algum dos testes psicofísicos estabelecidos

para esse estudo. Após recrutamento na unidade básica de saúde Unifap, foi realizada

anamnese do participante (Apêndice-A).

O grupo com DM foi submetidos aos testes visuais para avaliação da Função de

Sensibilidade ao Contraste de Espacial de Luminância (FSCEL) e capacidade de

discriminação de cores pelo Teste de Farnsworth-Munsell de 100 Matizes (FM-100), sendo os

dados obtidos usados para a realização de estudos comparativos do desempenho do sistema

visual desses indivíduos através dos testes psicofísicos, exame de fundoscopia de olho,

retinografia e controle metabólico do diabetes através do teste de glicemia de jejum e

hemoglobina glicada (A1C).

Todos os indivíduos assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido, e os

que desistiram em participar do estudo, não lhes houve ônus algum ou qualquer outro

prejuízo.

3.2 PROCEDIMENTOS INICIAIS

Inicialmente, dois procedimentos oftalmológicos rotineiros foram realizados: o Teste

de Acuidade Visual com os Optotipos de Snellen, que tem como objetivo medir a capacidade

do sujeito quanto à discriminação visual de detalhes finos e de alto contraste, e o Teste de

Discriminação de Cores com Pranchas Pseudoisocromáticas de Ishihara, usado para descartar

deficiências congênitas da visão de cores dos tipos protan e deutan (ISHIHARA, 1997).

Todos os participantes deste estudo foram submetidos aos testes de acuidade visual e de

Ishihara.

Para o teste de acuidade visual com os Optotipos de Snellen, onde as letras se

apresentam em sequência horizontal (escala optométrica) o participante foi posicionado a uma

distância de 6m e orientado a fazer a leitura pelas fileiras de letras maiores para as menores,

sempre dizendo verbalmente que letra estava vendo. O teste foi feito monocularmente.

O teste para defeitos congênitos de visão de cores utilizando as pranchas

pseudoisocromáticas de Ishihara, também foi realizado monocularmente, distando às placas

75 cm do olho testado, onde o participante deveria informar verbalmente qual número estava

vendo e o participante foi considerado normal quando apresentou no máximo 6 erros como

reposta. Não houveram participantes daltônicos na amostra.

Todos os participantes foram previamente esclarecidos a respeito do procedimento dos

testes.

Page 32: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

32

Cabe aqui ressaltar que o presente trabalho está em conformidade com as normas da

resolução 19696 do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 1996), e o mesmo foi submetido

para apreciação e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFAP, sob o protocolo

no. FR-278871/09 - CEP.

Figura 18- Optótipos de Snellen Figura 19 - Pranchas de Ishihara

Fonte: www.google.com Fonte: www.google.com

Antes de se proceder aos exames psicofísicos foram realizado o exame de fundo do

olho, com o auxilio de um oftalmoscópio para verificar a possibilidade de lesões retinianas de

outras etiologias, retinografia e campimetria.Uma vez realizados os procedimentos

oftalmológicos e o participante aprovado para participação no estudo, foi submetido aos testes

de avaliação psicofísica do sistema visual.

Page 33: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

33

3.3 TESTES PSICOFÍSICOS

Para realização deste estudo, serão utilizados dois testes psicofísicos, o Teste de

Ordenamento de Cores de Farnworth-Munsell e o Teste de Sensibilidade ao Contrate Espacial

de Luminância. Estes testes foram desenvolvidos em computador no Laboratório de

Neurofisiologia do Núcleo de Medicina Tropical da Universidade Federal do Pará e cedidos

em colaboração aos trabalhos que estão sendo desenvolvidos na Universidade Federal do

Amapá.

3.3.1 Avaliação Psicofísica da Função de Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância

Os estímulos visuais que foram usados neste teste baseiam-se em estudos realizados na

década de sessenta em estudos de quantificação da sensibilidade ao contraste de luminância

do sistema visual humano (CAMPBELL e GREEN, 1965; CAMPBELL e GUBISCH 1966).

Eles consistem em redes espaciais estacionárias e isocromáticas, moduladas senoidalmente ao

longo de uma determinada direção da tela onde os estímulos são apresentados, a qual é

posicionada a distâncias fixas, predeterminadas.

Os testes compreenderam estímulos cromáticos e acromáticos desenvolvidos em

linguagem de programação C++ para uso em microcomputadores dotados de placa gráfica de

resolução espaço-temporal de alto desempenho com as seguintes especificações: processador

intel core2 quadq8400775 motherboard p4775 gigabyte ep41ud3l memoria ddr2 800 2gb

kingstonhd 500 gigabyte serial ata II 7200 rpm placa videopcie 1gb hd5770 monitor LCD

21,5 samsungecofit p2270 mswindows 7 professional 32bits.

Page 34: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

34

Figura 20 - Exemplo de estímulo visual utilizado em testes psicofísicos que medem a Função de

Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância. Na coluna da esquerda estão demonstrados

estímulos visuais em forma de redes senoidais estacionárias que aparecem nas telas de testes e na

coluna da direita é demonstrado o aspecto gráfico das senóides para cada um dos padrões de estímulos

visuais correspondentes. Schade (1956), Campbell e Green (1965) e Campbell e Robson (1968), entre

outros (RODRIGUES, 2003).

Embora o teste possa ser feito mono ou binocularmente, este trabalho utilizou a

estimulação monocular, uma vez que as diferentes doenças que acometem o sistema visual

humano podem afetar desigualmente e progredir diferentemente nos dois olhos. Os

participantes foram testados posicionados a 3 metros de distância e condições de iluminação

adequadas para o teste. Os estímulos foram redes senoidais verticais apresentados em 11

freqüências espaciais entre 0,2 ciclos/graus e 30 ciclos/grau.

Os resultados foram mostrados em valores de sensibilidade ao contraste,

correspondente ao inverso do contraste limiar.

Para cada participante foi realizada uma medida de sensibilidade ao contraste em onze

freqüências espaciais para cada olho, utilizando o método de ajuste ou escada, que consiste

em mostrar o estímulo, depois diminuir o contraste de forma que o participante não visse mais

o estímulo e posteriormente o contraste foi aumentado gradativamente pelo avaliador, até que

se estabelecesse a percepção do menor limiar de sensibilidade ao contraste. Essa informação

foi obtida, através da resposta verbal do participante, se estava vendo ou não o estímulo. Não

0,2

cpg

0,5

cpg

0,8

cpg

1,0

cpg

Page 35: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

35

houve tempo estabelecido para a realização do teste. Sendo que antes de realizar o teste, o

participante foi orientado acerca do teste.

Figura 21- Representação gráfica do teste de luminância

ARA001019 D

1

10

100

1000

0.1 1 10 100

Freqüência espacial (cpg)

Sen

sibi

lida

de a

o co

ntra

ste

SENSIBILIDADE AO CONTRASTE DE LUMINÂNCIA

Fonte: Cortês 2003

Os resultados foram apresentados de forma numérica e gráfica. Onde, a representação

gráfica expressará no eixo das ordenadas a sensibilidade ao contraste de luminância em

função da freqüência espacial.

Os valores numéricos da sensibilidade ao contraste foram expressos matematicamente

em log10, para melhor representação gráfica.

3.3.2 Avaliação Psicofísica da Discriminação de Cores pelo Teste de Ordenamento de Cores

de Farnsworth-Munsell

No presente estudo, foi usada uma versão computadorizada, em vez de 100 matizes,

essa versão possui 85. Na descrição do teste, os estímulos foram exibidos na tela em quatro

séries de 22 quadrados coloridos, isoluminantes entre si e em relação ao fundo, igualmente

espaçados no diagrama da CIE, sendo apresentada uma série de cada vez.

Os participantes foram testados monocularmente com estímulos de 1° de lado,

distância da tela de 1m, saturação correspondente a uma pureza de cor de 30% e os

participantes foram testados uma única vez, sem tempo estabelecido para a realização do

teste. Nesse teste a tarefa do participante foi reordenar as peças coloridas da forma mais

fidedigna a forma de apresentação do teste.

As matizes foram mostradas de forma ordenada e explicado ao participante que as

mesmas seriam distribuídas aleatoriamente, permanecendo na sequência de cores apenas a

Page 36: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

36

primeira e a última cor, para servir de orientação ao participante durante o ordenamento.

Durante o ordenamento das cores, nenhuma interferência do avaliador foi feita. Ao término de

cada sequência foi permitido ao participante avaliar sua ordenação e fazer quantas alterações

julgasse necessário.

Figura 22- Seqüência de realização de uma série do teste FM 100. Em (A) visualiza-se a tela inicial

de apresentação. Em (B), os estímulos desordenados, permanecendo fixos dois quadrados de modelo

e orientação. Em (C), a seqüência sendo reordenada.

A B

C

Fonte: Adaptado de GONÇALVES, 2006.

Os resultados foram automaticamente computados e apresentados de forma gráfica e

numérica, usando-se uma rotina implementada por software, baseada no manual de Dean

Farnsworth (1954), onde, a forma gráfica apresentada é polar, a qual demonstra os erros

cometidos nas diversas regiões do espaço de cor. Neste gráfico a distância a partir do centro

representava o número de erros cometidos, enquanto a coordenada angular representava os

matizes das cores a serem ordenadas.

Page 37: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

37

Figura 23 - Representação gráfica do teste de Farnsworth- Munsell

185 84

8382

8180

79

78

77

76

75

74

73

72

71

70

69

68

67

66

65

64

63

62

61

60

59

58

57

56

55

54

53

52

51

50

4948

47464544434241

4039

38

37

36

35

34

33

32

31

30

29

28

27

26

25

24

23

22

21

20

19

18

17

16

15

14

13

12

11

10

9

8

76

54

3 2

Ctr 31-45 anos (n = 33)

Média

Desvio padrão

Pureza = 30%

Estímulo = 1º

Erros:

X = 65

D.P. = 29

Pontos médios:

E = 27

D = 61

S = 80

I = 46

4

TESTE DE ORDENAMENTO DE CORES DE FARNSWORTH-MUNSELL1

R

G

Y

B

P

20

19

18

17

16

15

14

13

12

11

10

8

3

5

6

7

9

Fonte: Côrtes, 2003.

3.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA

3.4.1 Índice de Correlação Linear de Pearson e teste-Tstudent

Com intuito de avaliar a resposta visual alterada em função do tempo de doença, foi

feita a correlação linear para indicar o quanto uma variável fixa (Diabete mellitus) estará

influenciando as demais variáveis (tempo de doença).

Esse índice de correlação também foi utilizado para correlacionar os valores de

glicemia de jejum e hemoglobina glicada com o valor de erro e raiz do erro do teste FM-100 e

correlacionar as mesmas variáveis com cada frequência espacial de luminância.

Para avaliar as diferenças estatísticas entre os grupos de DM2 e controle, foi utilizado

o teste paramétrico de comparação entre amostras independentes teste-tstudent. Foi

considerado α=0,05. A realização dos testes estatísticos foram feitos com suporte do

programa BioEstat 5.0.

3.4.2 Intervalos de confiança e de tolerância

Com a finalidade de caracterizar uma amostra para que, a partir dos resultados obtidos,

seja possível uma dada inferência a respeito da população que contém tal amostra. Para tanto,

foram definidos valores normativos através de estudos estatísticos descritivos de amostras

populacionais, utilizando os métodos de estimativas por intervalos de confiança.

Page 38: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

38

Porém, como por diversas razões as características de uma amostra podem não

representar as da população, esta diferença sempre impõe um erro de inferência. Por isto,

somente quando este erro for estatisticamente tratável, tendo-se a exata idéia da probabilidade

de se estar errando, é possível inferir resultados obtidos de uma amostra populacional, sendo a

estimativa entendida como uma aproximação do dado verdadeiro que sempre contém um

componente de incerteza. Deste modo, para o adequado tratamento de dados observacionais,

torna-se necessário o estabelecimento de determinados critérios, como o grau de confiança e o

erro padrão da estimativa, a fim de verificar se a inferência de uma estimativa pode levar (ou

não) a conclusões equivocadas (ARANGO, 2005).

Neste sentido, duas estimativas intervalares podem ser citadas: o intervalo de

confiança e o intervalo de tolerância. O intervalo de confiança é calculado para estimar, por

exemplo, entre que valores da amostra podem estar a média e/ou a variância (desconhecidas)

de uma população. Por sua vez, o intervalo de tolerância apresenta os valores extremos no

qual espera-se isolar uma proporção da população, sendo esses valores determinados a partir

dos valores obtidos da amostra durante o estudo (ARANGO, 2005).

Page 39: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

39

4 RESULTADOS

Avaliou-se através de testes clínicos e psicofísicos o desempenho do sistema visual de

participantes com histórico clínico de Diabetes mellitus. Este grupo de participantes

compreendeu 32 pessoas, com idade média=52,62 ± 12,17 anos, o participante de nº 29 do

referido grupo, possui visão monocular, pois, segundo informações colhidas na anamnese,

a visão do olho direito foi perdida por ter apresentado retinopatia diabética, resultando

assim, em um banco de dados de n=63 olhos, ao invés de n=64 olhos. A função visual

destes participantes foi avaliada clinicamente por exames oftalmológicos em consultório

clínico, compreendendo os exames de acuidade visual, fundo de olho e pressão intra-

ocular,e em laboratório de estudos da função visual da UNIFAP, sendo realizada a medida

da sensibilidade ao contraste espacial de luminância e determinação da capacidade de

discriminação de cores.

Para o grupo controle obteve-se um banco de dados de n=62 olhos, com idade média=

49,3± 9,1 anos. Os dados obtidos para os participantes com diabetes mellitus foram

comparados aos dados de um grupo controle de mesma faixa etária. Ambos os grupos

realizaram exames de controle metabólico do diabetes através do teste de glicemia de

jejum e hemoglobina glicada (A1C). Para o grupo de diabetes mellitus, o objetivo desses

exames laboratoriais foi verificar o controle da doença e quantificar

possíveisdescompensações, já para o grupo controle o objetivo foi excluir a presença de

pré-diabetes ou diabetes. Os dados descritos estão apresentados nas tabelas 1 e 2.

4.1 PROCEDIMENTOS INICIAIS

Os participantes foram avaliados monocularmente, já que as alterações visuais

em diabéticos podem acometer diferentemente os olhos. Preliminarmente aos testes

psicofísicos em computador, foram realizadas as seguintes avaliações oftalmológicas de

rotina: a determinação da acuidade visual por optotipos de Snellen; e a avaliação da presença

de deficiências visuais hereditárias para cores, pelo uso das placas pseudoisocromáticas de

Ishihara. Tais exames objetivaram verificar respectivamente a necessidade da realização de

correção dióptrica quando a acuidade visual encontrava-se além de 20/30 e verificar a

existência de deficiências hereditárias da visão de cores do tipo protanopia e deuteranopia,

possibilitando desta forma descartar anormalidade visual decorrente dos dois problemas

visuais citados. Além destes dois exames, foi realizado a retinografia computadorizada, para

verificação da presença de retinopatia diabética, e avaliação do campo visual de 27

participantes com diabetes mellitus através da Campimetria Automática de Humphrey, mas,

Page 40: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

40

devido este procedimento de avaliação não ter sido realizado para todos os participantes,seus

resultados não serão apresentados aqui, estando os mesmos disponíveis na seção de Apêndice.

Os mesmos procedimentos preliminares de avaliação visual empregado para os

participantes com diabetes mellitus foram aplicados para os controles, com exceção ao exame

de campo visual, retinografia e aferição da pressão intra-ocular.

Tabela 1- Dados clínicos de 32 participantes (63 olhos) do grupo com diabetes mellitus tipo 2

representados pelo código do participante, idade, acuidade visual (A/V), glicemia de jejum,

hemoglobina glicada (HA1C) e pressão intra ocular (PIO).

Nº CÓDIGO IDADE A/V*

OD/OE

GLICEMIA

DE JEJUM

HA1C** PIO***

OD/OE

1 ARN111222 56 20/20;20/25 106 5,9 16; 16

2 MTM111222 56 20/20;20/20 178 8,8 16; 16

3 MLO111220 45 20/20;20/20 298 9 20; 20

4 NVS111201 39 20/20; 20/30 **** **** ****

5 IMB110908 34 20/20; 2020 184 8 18; 18

6 MFP110902 45 20/30;20/40 202 9 22; 20

7 MLS110830 83 20/30;20/40 99 6 21; 21

8 MNF110916 50 20/30;20/30 146 7 16; 16

9 JBA110922 56 20/25;20/30 **** **** ****

10 JSF110923 59 20/30;20/30 **** **** ****

11 AMG111222 51 20/30;20/30 **** **** ****

12 EES110804 40 20/20;20/20 144 7,8 16; 16

13 JMS110614 54 20/20;20/20 134 8 20; 20

14 LSN110804 31 20/20;20/20 138 8,3 14; 14

15 MSN110825 56 20/25;20/25 98 6,1 20; 20

16 MNC110804 51 20/20;20/20 109 6 14; 14

17 PES110622 32 20/25;20/25 **** **** ****

18 ASL110617 45 20/20;20/20 69 6,2 16; 14

19 AMC110818 43 20/20;20/20 288 9,9 18; 18

20 RRP110915 53 20/25;20/25 200 8,2 18; 20

21 LCA111228 64 20/30;20/30 116 6,1 18; 20

22 BSR120109 64 20/25;20/40 132 6,9 16; 16

23 AMP120119 49 20/20;20/20 89 5,9 20; 18

24 MJF120119 52 20/20;20/20 96 6,6 22; 22

25 AMF110708 43 20/20;20/20 122 7,7 18; 20

26 MMC110630 53 20/25;20/20 81 5,5 18; 18

27 RNB110617 74 20/40;20/40 91 5,9 24; 24

28 UCA110621 70 20/100;20/30 113 6,6 30; 28

29 MCA110815 75 OE 20/40 96 5,9 OE 14

30 MJA110805 58 20/20; 20/20 115 6,6 16; 14

31 JFN120123 46 20/20; 20/20 134 6,9 20; 18

32 JMB110824 57 20/20; 20/20 102 6,8 19; 18

Fonte: Dados coletados na pesquisa.*AV OD/OE:acuidade visual olho direito e olho esquerdo;

**HA1C:hemoglobina glicada; PIO:pressãointra-ocular;****não realizou teste/exame. Todos os

participantes que apresentaram acuidade visual alterada foram corrigidos para o teste.

Page 41: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

41

Tabela 2Dados clínicos de 31 participantes (62 olhos) do grupo controle representados pelo código do

participante, idade, acuidade visual (A/), glicemia de jejum,ehemoglobina glicada (HA1C).

Nº CÓDIGO IDADE A/V*

OD/OE

HA1C** GLICEMIA

DE JEJUM

1 AJR120216 51 20/15;20/15 *** ***

2 ALN120122 41 20/20; 20/20 5,9 96

3 JSS120122 41 20/13; 20/20 6 97

4 LCG110620 36 20/20; 20/15 6,2 90

5 MIT110722 37 20/15; 20/15 5,5 96

6 MLM120122 48 20/15; 20/15 5,5 92

7 RKF120224 47 20/20; 20/20 6,3 99

8 EMS120411 51 20/13; 20/15 6 99

9 JAN110715 51 20/20; 20/20 *** ***

10 LOR120404 60 20/15; 20/20 5,2 94

11 MCP120327 49 20/20; 20/20 *** ***

12 LCO120327 60 20/15; 20/20 5,9 98

13 MGS120330 51 20/20; 20/20 5 100

14 FCA110719 42 20/20; 20/20 5,6 98

15 MCA110715 45 20/20; 20/25 5,8 97

16 MJA110718 39 20/20; 20/20 *** ***

17 MJG120323 42 20/20; 20/20 6 95

18 RSF120326 31 20/20; 20/20 5,9 82

19 EBC120324 61 20/15; 20/15 6,2 96

20 GRS120329 62 20/15;20/20 5,9 89

21 IPC120326 61 20/15; 20/15 6 99

22 JAS120324 61 20/15; 20/15 *** ***

23 MCS120403 63 20/20; 20/20 5,6 96

24 NLD120404 62 20/20; 20/20 6,2 96

25 OMM120327 62 20/20; 20/20 5,6 84

26 MGL120121 47 20/20; 20/20 6,2 97

27 ACT110713 40 20/20; 20/20 *** ***

28 MMC110629 49 20/20; 20/20 *** ***

29 VSP110627 43 20/20; 20/20 *** ***

30 MFN120416 47 20/20; 20/20 5,9 97

31 RSB120416 51 20/20; 20/20 5 98

Fonte: Dados coletados na pesquisa.*AV OD/OE:acuidade visual olho direito e olho esquerdo;

**HA1C:hemoglobina glicada;***não realizou teste/exame

Apesar dos níveis de HA1C dos participantes do grupo controles apresentarem-se

dentro dos parâmetros clínicos considerados normais, para a SBD (2011), alguns participantes

estariam classificados com pré-diabetes, o que é uma informação epidemiológica importante,

mesmo que essa condição não determine alteração visual.

Na amostra foram encontrados 30 olhos sem retinopatia diabética e 20 olhos com

retinopatia diabética e 13 olhos não foram analisados com retinografia.

Page 42: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

42

4.2 RESULTADOS DA AVALIAÇÃO PSICOFÍSICA VISUAL

Em seguida aos exames de rotina, o desempenho visual de participantes do grupo

controle e participantes com diabetes mellitus foi avaliado pelos testes computadorizados de

medida da função de sensibilidade ao contraste espacial de luminância (FSCEL) e avaliação

da capacidade de discriminação de cores pelo teste de ordenamento de Farnsworth-Munsell.

Ambos os grupos foram comparados com relação às suas médias aritméticas e a suposição de

que os dados dos participantes com diabetes mellitus diferem dos controles é levantada em

função da análise dos dados através do teste paramétrico de comparação entre amostras

independentes t de Student.

4.2.1 Avaliação da Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância

No Teste de Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância foram avaliados 32

participantes com diabetes mellitus e 31 participantes controles. Para a representação gráfica

dos dados, foi determinado o intervalo de confiança e intervalo de tolerância, a partir dos

controles testados.

Na comparação entre os resultados de cada participante do grupo com DM e os limites de

tolerância superior e inferior estabelecido para o grupo controle, conforme mostrado na figura

20, verificou-se que 31 olhos com diabetes mellitus (49,20%) de 63 olhos testados,

apresentaram pelo menos uma frequência alterada. A média do grupo com diabetes mellitus

apresentou-se abaixo do limite inferior do intervalo de confiança do grupo controle em todas

as frequências testadas conforme mostra a figura 24. Percebe-se em ambos os gráficos (figura

24 e 25) que as alterações na resposta de sensibilidade ao contraste para o grupo com DM

dão-se principalmente nas frequências médias em especial as frequências de 4 e 6 ciclos por

grau.

Page 43: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

43

Figura 24 - Gráfico expressando valores de sensibilidade ao contraste em função da frequência

espacial com limites de tolerância (superior e inferior) estabelecidos a partir dos valores numéricos de

31 participantes do grupo controle.Os losangos representam os resultados de 31 olhos de participantes

com DM (49,20%) de 63 testados, com pelo menos uma frequência espacial alterada.

Fonte: Dados coletados na pesquisa.

Page 44: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

44

Figura 25 - Curvas representativas de Intervalo de confiança superior e inferior (LCS e LCI) de 31

participantes do grupo controle e média dos participantes do grupo com DM. Nota-se a média,

conforme representada em losangos, abaixo do Intervalo de Confiança do grupo controle em todas as

frequências, principalmente nas frequências médias (4cpg e 6cpg)

Fonte: Dados coletados na pesquisa.

Correlação da Hemoglobina glicada e as frequências espaciais.

A hemoglobina glicada foi comparada como uma variável independente de forma a

mostrar a sua influência na resposta visual em 11 frequências espaciais do teste de

sensibilidade ao contraste espacial acromático (variável fixa). Através do índice de correlação

linear de Pearson,teste utilizado para a verificação de todas as correlações para esse estudo,

para ver o tanto que essa variável influenciou nas frequências, observou-se que não existe

correlação entre os parâmetros analisados.

Page 45: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

45

Correlação da Glicemia de jejum e as frequências espaciais em cpg

A correlação entre glicemia de jejum e as 11 frequências espaciais do teste FSCEL. Após

análise dos dados com o índice de correlação de Pearson observou-se que não houve correlação entre

os valores de glicemia de jejum e as freqüências espaciais.

Correlação entre tempo (meses) de doença e SCEL

Apesar da hemoglobina glicada e a glicemia de jejum não mostrar nenhuma correlação

pela análise com o teste de Pearson, verificou-se a correlação do tempo de doença de diabetes

mellitus com alteração na resposta visual das frequências espaciais testadas. Como mostra a

figura 28, observou-se que existe correlação entre tempo de doença e valores de sensibilidade

ao contraste obtido pelo teste de sensibilidade ao contraste espacial de luminância, nas

frequências de 0.5; 0.8; 2; 4; 6; 10 e 15 ciclos/grau.

Figura 28 - Gráficos de correlação entre glicemia de jejum e as 11 frequências espaciais do teste

FSCEL. Após análise dos dados com o índice de correlação de Pearson observou-se que não houve

correlação entre os valores de glicemia de jejum e as freqüências espaciais, como representado nas

figuras de 27(a) a 27(k).

Fonte: Dados coletados na pesquisa . Fonte: Dados coletados na pesquisa.

Figura 28 (a) Frequência espacial 0,2

cpg e correlação com tempo de doença;

r (Pearson) = -0,1351

Figura 28 (c). Frequência espacial 0,8

cpg e correlação com tempo de doença;

r (Pearson) = -0,2977;(p)=0,0178

Page 46: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

46

Fonte: Dados coletados na pesquisa Fonte: Dados coletados na pesquisa

Fonte: Dados coletados na pesquisa Fonte: Dados coletados na pesquisa.

Figura 28 (b). Frequência espacial 0,5

cpg e correlação com tempo de doença;

r (Pearson) = -0,0271;(p)=0,0316

Figura 28 (d). Frequência espacial 1

cpg e correlação com tempo de doença;

r (Pearson) = -0,0244

Figura 28 (e). Frequência espacial 2

cpg e correlação com tempo de doença;

r (Pearson) = -0,2891;(p)=0,0215

Figura 28 (g). Frequência espacial 6 cpg

e correlação com tempo de doença; r

(Pearson) = -0,3441;(p)=0.0057

Page 47: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

47

Fonte: Dados coletados na pesquisa. Fonte: Dados coletados na pesquisa

Figura 28 (f). Frequência espacial 4

cpg e correlação com tempo de doença;

r (Pearson) = -0,34321;(p)=0,0059

Figura 28 (h). Frequência espacial 10

cpg e correlação com tempo de doença;

r (Pearson) = -0,2962;(p)=0,0183

Page 48: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

48

Fonte: Dados coletados na pesquisa. Fonte: Dados coletados na pesquisa.

Fonte: Dados coletados na pesquisa.

Figura 28 (j). Frequência espacial 20 cpg

e correlação com tempo de doença; r

(Pearson) = -0,2352

Figura 28 (i). Frequência espacial 15 cpg

e correlação com tempo de doença; r

(Pearson) = -0,2502;(p)=0,0479

Figura 28 (k). Frequência espacial 30

cpg e correlação com tempo de doença;

r (Pearson) = -0,1457

Page 49: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

49

4.2.2. Avaliação da Discriminação de Cores pelo Teste de Ordenamento de Farnsworth-

Munsell

No Teste de Ordenamento de Cores de Farnsworth-Munsell (FM-100) foram avaliados

32 participantes com diabetes mellitus e 31 participantes do grupo controle. Na análise de

comparação dos resultados entre os grupos, para a análise de cada participante do grupo com

DM e os limites de tolerância superior e inferior definidos para o grupo controle,como

mostrado na figura 25, verificou-se que 19 olhos com diabetes mellitus (30,15%) de 63 olhos

com DM testados apresentaram valores de erro acima do limite de tolerância superior. Os

demais participantes do grupo com DM apresentaram valores próximos ao limite superior de

tolerância. É importante ressaltar que nenhum participante com DM apresentou valores de

erro próximo ao limite inferior de tolerância estabelecido para os controles.

Na análise da média do grupo com DM quando comparada aos limites inferior e

superior de confiança estabelecido para o grupo controle (figuras 29), nota-se que a média do

grupo com DM para o valor de erro foi bem acima do limite superior do intervalo de

confiança do grupo controle. O valor da média de erro do grupo com DM foi de

165,41±84,08, estatisticamente diferente, depois de realizado teste t-student, dos erros do

controle, que foi de 79,37±58,59 para p < 0,0001.

Page 50: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

50

Figura 29. Limite de Tolerância para a raiz quadrada do valor de erro do FM-100 de 62 olhos de

participantes do grupo controle. Os losangos representam 63 olhos de participantes com DM, dos

quais, 19 olhos com diabetes mellitus (30,15%) testados apresentaram valores de erro acima do limite

de tolerância superior.

Fonte: Dados coletados na pesquisa.

Page 51: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

51

Figura 30. Limites de confiança superior e inferior para a raiz do erro FM-100 de 62 olhos de

participantes controles. Média de erro de olhos com DM foi de 165,41 (r2 =12,47) acima de limite de

confiança superior do grupo controle, que foi de 79,37 (r2 =8).Após aplicação do teste-t para análise do

valor do erro (raiz quadrada), verificou-se que existe diferença estatística entre os grupos DM e

controle, pois, p (unilateral)= <0,0001 e p (bilateral) = <0,0001; intervalo de confiança de 95%.

Fonte: Dados coletados na pesquisa.

Foi realizada também a verificação da correlação dos valores da hemoglobina glicada

e da glicemia de jejum dos participantes DM2 com o número de erros obtidos no teste de

ordenamento de cores. Após a análise observou-se que não existe correlação entre os

parâmetros analisados, conforme figuras 31 e 32. Já para a variável tempo de doença,

observou-se uma correlação fraca entre os parâmetros analisados (figura 33).

Page 52: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

52

Participantes que apresentaram maior tempo de doença, para esse grupo por volta de

40 meses, apresentaram maior quantidade de erros como pode ser observado alguns

participantes no Apêndice K.

Figura 31. Demonstração da correlação dos valores de hemoglobina glicada e o número de erros do F

M-100.

Fonte: Dados coletados na pesquisa.

Figura 32. Demonstração da correlação dos valores de glicemia de jejum e o número de erros do F M-

100.

Fonte: Dados coletados na pesquisa.

Page 53: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

53

Figura 33. Demonstração de correlação do tempo de doença e o número de erros do F M-100.

Fonte: Dados coletados na pesquisa.

4.2.3. Comparação entre os testes

Após a realização de uma análise isolada, foi realizada também uma comparação entre

os testes, onde observou-se que, dentre os pacientes com glicemia de jejum alterada, ou seja,

descompensada, apresentaram piores resultados visuais nos testes de SCL, retinografia e

acuidade visual.

Após a análise estatística comparando o grupo de participantes com retinopatia

diabética e sem retinopatia diabética, observou-se que não houve diferença estatística entre

esses grupos. Existe diferença entre o grupo controle e diabetes mellitus tipo II.

A maior parte dos pacientes com alterações de retina apresentaram glicemia

descompensada os alterações nos testes de SCL e FM 100. A grande maioria dos olhos com

alterações de SCL apresentaram acuidade visual alterada (64.5 %), glicemia descompensada

(60%), alterações de retina (48%) e na visão de cores (45%). A grande maioria dos olhos com

alteração em FM100 também apresentam alteração de SCL glicemia descompensada,

alterações de acuidade e retina.Para os resultados supracitados ver figuras 34, 35, 36 e 37.

Page 54: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

54

Figura 34. Comparação dos níveis de glicemia com os testes realizados

Dos 37 (69.8 %) olhos de pacientes com glicemia de jejum alterada

29 de 37 , 78,37837838 % olhos testados Hb Glicosilada

12 de 37 , 32,43243243 % olhos testados Acuidade visual

6 de 37 , 16,21621622 % olhos testados Fundoscopia

14 de 37 , 37,83783784 % olhos testados Retinografia

3 de 37 , 8,108108108 % olhos testados PIO

17 de 37 , 45,94594595 % olhos testados FSCEL

10 de 37 , 27,02702703 % olhos testados FM-100

Os olhos de pacientes com glicemia descompensada apresentaram

piores resultados visuais nos testes de FSCEL, retinografia e

acuidade visual.

Fonte: Dados coletados na pesquisa

Figura 35. Comparação das alterações da retina com os testes realizados

Dos 22 (41.6 %) de olhos com alterações na retina

15 de 22 , 68,18181818 % olhos testados

Glicemia de

jejum.

5 de 22 , 22,72727273 % olhos testados PIO.

12 de 22 , 54,54545455 % olhos testados HbGlic

8 de 22 , 36,36363636 % olhos testados

Acuidade

visual.

11 de 22 , 50 % olhos testados SCL.

9 de 22 , 40,90909091 % olhos testados FM-100.

A maior parte dos pacientes com alterações de retina apresentaram

glicemia descompensada; alterações nos testes de SCL e FM-100.

Fonte: Dados coletados na pesquisa

Figura 36. Comparação das alterações do teste de Sensibilidade ao contraste espacial de

luminância

Dos 31 (49.2 %) dos olhos de pacientes com alteração de SCL:

15 de 25 , 60 % olhos testados Glicemia de jejum.

12 de 25 , 48 % olhos testados HbGlic.

20 de 31 , 64,51612903 % olhos testados Acuidade visual.

6 de 25 , 24 % olhos testados PIO.

12 de 25 , 48 % olhos testados

Retinografia e/ou

Fundoscopia.

14 de 31 , 45,16129032 % olhos testados FM-100.

A grandes maioria dos olhos com alterações de SCL apresentaram

acuidade visual alterada (64.5 %), glicemia descompensada (60%),

alterações de retina (48%) e na visão de cores (45%) Fonte: Dados coletados na pesquisa

Page 55: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

55

Figura 37. Comparação das alterações do teste FM-100

Dos 19 (30.2 %) dos olhos de pacientes com alteração de FM-100

10 de 17 , 58,82352941 % olhos testados Glicemia de jejum.

8 de 17 , 47,05882353 % olhos testados HbGlic.

11 de 19 , 57,89473684 % olhos testados Acuidade visual.

9 de 17 , 52,94117647 % olhos testados Retinografia e/ou

Fundoscopia.

3 de 17 , 17,64705882 % olhos testados PIO.

15 de 19 , 78,94736842 % olhos testados SCL.

A grande maioria dos olhos com alteração em FM-100 também

apresentam alteração de SCL, glicemia descompensada, alterações de

acuidade e retina. Fonte: Dados coletados na pesquisa

Page 56: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

56

5 DISCUSSÃO

Diversos estudos relatam sobre diabetes, seus critérios de diagnóstico, sinais e sintomas e

suas principais complicações como pé diabético, edema macular e a retinopatia diabética

(RD) em função das complicações microvasculares. Muitos desses estudos, com relação às

alterações visuais, compartilham da idéia de que quando a visão é afetada pelo DM, sendo

geralmente as lesões já estão instaladas e muitas vezes o indivíduo diabético já estava doente

e desconhecia o diagnóstico (ESTEVES et al.,2008; MAIA JUNIOR et al.,2007; BOSCO et

al.,2004).

Segundo Fong et al (2004), a perda visual devido a retinopatia diabética ocorre através

de uma variedade de mecanismos, incluindo descolamento retiniano, pré-retiniano ou

hemorragia vítrea, glaucoma neovascular associado, e edema macular ou não perfusão

capilar.A presença da retinopatia diabética pode indicar disfunção micro circulatória em

outros sistemas orgânicos (CHEUNG e WONG, 2008 e LIEW et al 2009).

Esteves e colaboradores (2008) afirmam que os principais fatores de riscos para a RD

são o mau controle glicêmico e pressórico e a maior duração do DM. Obviamente, o risco de

perda visual devido à retinopatia diabética pode ser reduzido pelo efetivo controle da glicose

sanguínea e pressão sanguínea e pela detecção precoce e tratamento oportuno.

5.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO TESTE DE SENSIBILIDADE AO CONTRASTE

ESPACIAL DE LUMNÂNCIA

Segundo Arden (1978), testar a sensibilidade ao contraste é o mais compreensivo

método de estimar a qualidade da visão em comparação à medida da acuidade visual pelos

cartões de Snellen. Pois estes últimos por apresentarem-se em alto contraste podem oferecer

uma resposta não satisfatória quando comparados à sensibilidade ao contraste testado em

diferentes níveis de contrastes.

Brinchmann-Hansen e colaboradores (1993) correlacionam o teste de sensibilidade ao

contraste mais fortemente com o grau de retinopatia diabética do que outro teste psicofísico

da função visual. Eles são enfáticos em relatar que no diabetes, a sensibilidade ao contraste

pode ser marcadamente reduzida apesar de acuidade visual normal. Medindo a função visual

que refletem mudanças retinianas precoces este tipo de teste poderia potencialmente ser usado

na detecção daquelas mudanças.

No presente trabalho, os valores médios obtidos para o grupo com DM2 em relação ao

grupo controle, apresentaram-se abaixo do intervalo de tolerância e intervalo de confiança,

Page 57: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

57

onde 49,20% dos olhos testados apresentaram pelo menos uma frequência alterada. Vale

ressaltar, que todas as frequências testadas estavam com média abaixo desses intervalos,

principalmente as frequências médias de 4cpg e 6cpg, o que corrobora com vários achados na

literatura.

Gualtieri (2005) não encontrou diferença estatística no desempenho dos pacientes com e

sem retinopatia diabética instalada, porém os limiares médios do grupo com retinopatia

diabética foram maiores que do grupo sem retinopatia diabética, o que corrobora também com

os achados do presente estudo, pois, apesar dos participantes não terem sidos separados em

grupos com e sem retinopatia diabética, quando foi realizada a comparação entre os testes,

observou-se que os olhos com alteração na retina, que compreendem 41,6% também

apresentaram piores resultados para o teste FSCEL (figura 35).

Ainda diz a autora que a não significância estatística entre os grupos com retinopatia e

sem retinopatia diabética, está coerente com a idéia de origem neural para o dano funcional, o

que pode inferir que a presença da retinopatia diabética não tem efeito significativo sobre a

redução da sensibilidade ao contraste espacial de luminância, embora os limiares medidos no

seu estudo tenham mostrado menores valores para o grupo com retinopatia diabética.

Com o objetivo de determinar o efeito do diabetes na função retiniana interna e

externa em pessoas com diabetes e retinopatia não detectável clinicamente ou com retinopatia

diabética não proliferativa, Jackson e colaboradores (2011) ao estudarem a função retiniana de

35 adultos com retinopatia diabética não proliferativa e acuidade visual normal através da

sensibilidade ao contraste e perimetria de frequência duplicada (PFD) observaram perdas em

todas as medidas da função visual quando comparadas aos participantes com visão normal. A

função retiniana interna medida pela PFD mostrou perda da função visual para pacientes com

retinopatia diabética não proliferativa com 83% dos pacientes exibindo perdas clinicamente

significantes. Ainda no presente estudo é importante ressaltar que a função de fotorreceptores

bastonetes foi extremamente perdida com a maioria dos pacientes com retinopatia diabética

não proliferativa exibindo perdas significantes para a sensibilidade visual adaptada ao escuro.

Eles concluíram que ambas as funções retinianas internas e externas exibiram perdas

relacionadas à RDNP. A perimetria de frequência duplicada e outros testes da função visual

revelaram uma faixa expandida do diabetes induzindo danos até mesmo em pacientes com

boa acuidade visual.

Gartaganis e Colaboradores (2001) ao avaliarem a função de sensibilidade ao contraste

para quatro frequências espaciais em 16 pacientes com perda no teste oral de tolerância a

glicose segundo os critérios da OMS (1985) e comparado a 11 pessoas normais, observaram

Page 58: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

58

perda estatisticamente significante de sensibilidade ao contraste e associado com perda no

teste oral de tolerância a glicose (p < 0.001) em todas as frequências espaciais testadas,

mesmo os grupos sendo similar em idade, acuidade visual e correção refrativa. Esses

resultados sugerem dano funcional precoce de tecido vascular ou neuronal, presumindo assim

o envolvimento da via óptica correlacionado a diabetes precoce. Os autores ainda afirmam

que as bases fisiológicas para esses deficits ainda são desconhecidas.

Durante a análise dos dados desse estudo, pode-se verificar que quando utilizado o índice

de correlação de Pearson para correlacionar as 11 frequências espaciais com os índices de

hemoglobina glicada e glicemia de jejum, não houve correlação entre os parâmetros

analisados, o que está de acordo com o estudo de Gualtieri (2004), porém difere do estudo

citado quando os valores das freqüências foram analisados com o tempo de doença, pois, no

estudo citado não foi encontrada correlação com o tempo de doença e no presente estudo

observou-se que existe essa correlação e ela apresentou-se nas freqüências 0,5; 0,8; 2; 4; 6; 10

e 15 ciclos por grau. Para essas frequência p< 0,05.

Provavelmente essa alteração em várias freqüências não sendo específica para nenhuma

delas, possa estar relacionada ao estudo feito por Arden (2001), onde o mesmo diz que a

hipóxia do tecido retiniano pode ser a principal causa da redução da função visual em

diabéticos e que essas alterações, provavelmente ocorrem antes que alterações de fundo de

olho sejam perceptíveis ao exame oftalmológico.

Segundo Santos e Simas (2001) a função de sensibilidade ao contraste e a acuidade

visual, parecem formar os principais indicadores dos aspectos críticos da percepção visual, o

que parece ser uma explicação coerente da diminuição desses parâmetros diante uma

alteração morfofuncional, pois neste estudo os pacientes com pior acuidade visual

apresentaram alterações do FSCEL.

Para Esteves et al. (2008) e Bosco et al . (2004) apesar da hiperglicemia ser um fator de

risco modificável, o mau controle glicêmico implica em sérios danos para os problemas

oculares em indivíduos com diabetes, pois a permanência prolongada de maus níveis

glicêmicos (glicemia de jejum e HbA1c) aumenta o risco para o surgimento da RD, ou agrava

as lesões já existentes. Ainda dizem os autores que em apenas 3,5 anos após o DM2, a RD

está presente em 12,6% dos pacientes e 8% dos indivíduos com pré-diabetes já apresentam

RD.

Misra et al., 2010 não encontrou diferença significativa na FSCEL entre os casos com e

sem retinopatia diabética, porém esse estudo encontrou associação significativa entre a HA1C

e a sensibilidades ao contraste, o que não foi observado no presente estudo. Para o autor esses

Page 59: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

59

achados, implicam que a sensibilidade ao contraste é alterada pelo diabetes, mas não é afetada

de forma crescente, de acordo com as alterações microvasculares, características da

progressão da retinopatia diabética e que não teve efeito significativo sobre as alterações de

SCEL. Ainda diz o autor, que as alterações relacionadas ao diabetes podem estar mais

relacionadas a alterações da função da retina caudadas por distúrbios no metabolismo de

hidratos de carbono, representados pela hemoglobina glicada.

Nesse estudo foi observado que a maior parte dos participantes com alterações na retina

apresentaram glicemia descompensada e alterações FSCEL e FM-100, o que parece estar

relacionado ao que descreveram os autores supracitados.

A perda da sensibilidade ao contraste na presença de diabetes com o sem retinopatia tem

sido bem reconhecida, embora o tipo de perda de sensibilidade ao contraste não seja idêntica

para todos os pacientes diabéticos (VERROTTI ET AL.; 1998). Segundo Marainie

colaboradores (1994), a perda na sensibilidade ao contraste tem sido variavelmente atribuída a

mudanças retinianas, mas também a mudanças no cristalino. E os fatores de riscos

relacionados incluem a idade avançada, pressão arterial sistólica elevada, diabetes e

nefropatia.

5.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO TESTE DEFARNSWORTH-MUNSELL FM-100

No teste FM-100, para a média dos participantes, verificou-se que 30,15% dos olhos

com DM2, apresentaram valores de erro acima do limite de tolerância e confiança

estabelecidos a partir do grupo controle, e após tratar esses dados estatisticamente com o

teste-t, houve diferença estatística entre os grupos, p< 0,0001. Esses dados concordam com os

de Santana et al. 2010, que também encontrou diferença estatística entre o grupo DM2 e

controles.

Esses achados diferem dos encontrados por Santana (2005) que não encontrou

significância estatística entre os grupos, porém o presente estudo corrobora com a mesma

autora e Gualtieri (2005) que assim como essa pesquisa, não encontrou correlação com a

idade, glicemia capilar e hemoglobina glicada.

Não há consenso na literatura com relação aos resultados dos testes visuais, em geral

com os níveis de glicose sanguíneo e o controle metabólico recente, realizado pelos níveis de

A1C.

Alguns estudos encontraram correlação de perdas visuais com A1C descompensada

(MENTONI et al.,1982; ZIZMAN e ADAMS, 1982; FROST-LARSEN,CHRISTIANSEN e

PARVING,1983; KLEIN et al, 1984).

Page 60: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

60

Em relação ao tempo de doença, o presente estudo encontrou uma correlação fraca

para os parâmetros analisados, já Gualtieri (2005) e Santana (2005), encontraram uma

correlação moderada para o tempo de doença e valores de erro do teste.

FEITOSA-SANTANA et al (2010) encontram correlação com o tempo de doença, que

corrobora com esse estudo, e com a hemoglobina glicada, achado esse que difere do estudo.

O tempo de doença já vem sendo descrito na literatura como um fator relevante para o

aparecimento de alterações da função visual assim como a piora dessas quando já existentes.

Segundo Esteves et al. (2008), a duração do DM, facilmente identificada nos pacientes com

DM1, é de difícil determinação nos pacientes com DM2, pois, estima-se que em pacientes

com DM2, a doença já esteja presente há cerca de 4 a 7 anos em relação à época em que é

feito o diagnóstico de DM. Essa observação explica a presença de RD já na ocasião do

diagnóstico em pacientes com DM2.

A redução da visão de cores, segundo Greenstein (2004) e Kurtenbach (2006), ocorre

provavelmente a uma redução da sensibilidade dos fotorreceptores. Sendo assim a

hiperglicemia e consequentemente a redução de oxigênio nos neurônios na retina, eleva os

limiares dos fotorreceptores, reduzindo a sensibilidade de absorção dos mesmos. Pode ser que

essa seja a explicação para os piores resultados do FM-100, terem sido para participantes com

níveis glicêmicos descompensados.

Page 61: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

61

6 CONCLUSÃO

O diabetes indiscutivelmente é um agravo que limita o paciente em alguma fase da sua

vida. Os estudos têm mostrado que um dos principais prejuízos a essa população é a cegueira

proveniente da retinopatia diabética, porém antes mesmo da instalação da RD, é comum que

os pacientes queixem-se de alterações visuais como: vista embaçada, turva, dificuldade em ler

entre outras que, geralmente, ocorrem concomitantes a níveis glicêmicos descompensados.

A literatura tem demonstrado que o mau controle glicêmico é um dos estopins para

que surjam então as complicações.

Nesse estudo a visão acromática foi mais sensível a doença, pois apresentou os piores

resultados. A alteração se deu principalmente nas frequências espaciais médias que

compreendem as frequências de 4cpg e 6cpg.

Existe associação das alterações visuais com danos na retina, pois, dos 22 participantes

com alteração na retina, que representaram 41,6% dos olhos testados, 11 apresentaram

alterações no teste de SCEL e 9 no teste de ordenamento de cores FM-100.

Apesar dos valores de glicemia não influenciarem os resultado dos exames psicofísicos,

o tempo de doença apresentou relação com o resultado. Apresentado piores resultados os

pacientes com mais tempo de doença.

Mais pesquisas com paradigmas psicofísicos se fazem necessárias para esse grupo com a

finalidade de melhor elucidação dos mecanismos e progressão das alterações visuais para

indivíduos com diabetes mellitus tipo 2, pois, aspectos importantes como a relação aos

resultados dos testes visuais, em geral com níveis glicêmicos e o controle metabólico recente

representada pelos níveis de hemoglobina glicada, ainda não tem consenso na literatura.

Page 62: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

62

REFERÊNCIAS

ARANGO, H.G. Bioestatística- teórica e computacional. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2005.

ARDEN, G. B. The importance of measuring contrast sensitivity in cases of visual

disturbance.Br J Ophthalmol. 62:198–209, 1978.

ARDEN, G. B. The absence of diabetic retinopathy in patients with retinitis pigmentosa:

implications for pathophysiology and possible treatment..Br J Ophthalmol.2001; 85(3): 366-

70

BARAUNA, A.M.; CANTO, R.S.T.; OLIVEIRA, A.M.S.; SOARES, A.B.; SILVA, C.D.C.;

CARDOSO, F.A.G. Avaliação do equilíbrio estático do portador de diabetes mellitus pela

biofotogrametria. Diabetes clínica 1. p. 57-62, 2003.

BEZERRA BARBOSA, R.; BARCELÓ, A.; MACHADO, C.A. Campanha nacional de

detecção de casos suspeitos de diabetes mellitus no Brasil: relatório preliminar. Rev. Panam.

SaúdePublica: Pan Am J Public Health. 10(5): 318-27, 2001.

BIRCH, J.Diagnosis of Defective ColourVision.Oxford: OxfordUniversity Press, 1993 184

pp.

BOELTER, M. C.; DE AZEVEDO,M. J.; GROSS, J. L.; LAVINSKY, J. Fatores de risco para

a Retinopatia Diabética. Arq. Bras. Oftalmol. 66:239-47, 2003.

BOSCO, A. et al. Retinopatia diabética. Arq.Bras.Endocrinol. Metab.vol 49, n.2,p. 217-27,

Abril 2005.

BRASIL. Ministério da Saúde. Diabetes melito. Guia básico para diagnóstico e

tratamento. Brasília: Sociedade Brasileira de Diabetes; 1996. p.5, 7, 57. [Programa Harvard/

Joslin/ SBD].

BRINCHMANN-HANSEN, O.; BANGSTAD, H.J.; HULTGREN, S.; FLETCHER, R.;

DAHL-JORGENSEN, K..; HANSSEN, K..F.; SANDVIK, L. Psychophysical visual function

retinopathy and glycemic control in insulin-dependent diabeticswith normal visual acuity.

ActaOphthalmol (Copenh).71:230–7, 1993.

BROWNLEE, M. Biochemistry and Molecular cell Biology of diabetic complications.

Nature. 414:813-820, 2001.

BROWNLEE, M. The pathobiology of diabetic complicationns: a unifying mechanism.

Diabetes ; 54:1615-25, 2005.

CAMPBELL, F. W.; GREEN, D. G. Optical and retinal factors affecting visual resolution.

Journal of Physiology(London), v. 181, p. 576-593, 1965b.

CAMPBELL, F. W.; GUBISCH, R. W. Optical quality of the human

eye.JournalofPhysiology (London), v. 186, p. 558-578, 1966.

Page 63: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

63

CAMPOS, K. L.; DAMASCENO,D.C.; LIMA, P.H.O.; VOLPATO, G.T.; RUDGE,M.V.C.

Classificação dos métodos experimentais de indução para o diabetes mellitus tipo 2.Diabetes

Clínica 1.p. 64-68, 2004.

CHEUNG, N.; WONG, T. Y. Diabetic retinopathy and systemic vascular

complications.ProgRetin Eye Res.27(2):161-176, 2008.

CHEW, E. Y.; KLEIN, M. L.; FERRIS, F. L.; REMALEY, N. A.; MURPHY, R. P.;,

CHANTRY, K. Association of elevated serum lipid levels with retinal hard exudate in

diabetic retinopathy. EarlyTreatmentDiabeticRetinopathyStudy (ETDRS) Report 22. Arch.

Ophthalmol.114(9):1079-84, 1996.

CÔRTES, M. I. T. Alterações Psicofísicas Visuais em Pacientes com a Doença de

Parkinson. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas

(Área de Concentração Neurociências). Belém: Universidade Federal do Pará, Centro de

Ciências Biológicas, Departamento de Fisiologia, 2003. 77 pp.

DANGELO, J.G.; FATTINI, C.A. Anatomia humana sistêmica e segmentar. 7 ed. São

Paulo: Atheneu, 2007.

ESTEVES, J. et al. Fatores de risco para retinopatia diabetica. Arq.Bras.Endocrinol.Metab.

52(3).p.431-441, 2008.

FARNSWORTH, D.The Farnsworth-Munsell 100-Hue Test for the Examination of Color

Discrimination Manual. Baltimore, Maryland: Munsell Color Macbeth, 1957.

FEITOSA-SANTANA, C. Reconstrução do espaço de cores de pacientes com

discromatopsiaadquirida: diabéticos tipos 2 e intoxicados por vapor de mercúrio. Dissertação

de Mestrado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, (2005).

FEITOSA-SANTANA, C.; PARAMEI, G. V.; NISHI, M.; GUALTIERI, M.; COSTA, M. F.;

VENTURA, D. F. Color vision impairment in type 2 diabetes assessed by the D-15d test and

the Cambridge colour test. Journal of the college of optometrists, 2010.

FERRIS, F. L. Results of 20 years of research on the treatment of diabetic retinopathy.

Preventive Medicine, 23:740-742,1994.

FONG, D. S.; AIELLO, L.; GARDNER, T. W, et al; American

DiabetesAssociation.Retinopathy in diabetes.DiabetesCare.27(suppl 1):S84-S87, 2004.

GARTAGANIS, S. P.; PSYROJANNIS, A. J.; KOLIOPOULOS, J. X.; MELA, E. K.

Contrast Sensitivity Function in Patients with Impaired Oral Glucose Tolerance.

Optometryand Vision Science. vol. 78, no. 3, pp. 157–16, 2001.

GEORG, A. E.; DUNCAN, B. B.; TOSCANO, C. M.; SCHMIDT, M. I.; MENGUE, S.;

DUARTE, C.; POLANCZYK, C. Analise econômica de programa para rastreamento do

diabetes mellitus no Brasil. Rev. Saúde Pública, 39(3)452-60,2005.

GONÇALVES, N. V. O. Avaliação psicofísica de uma amostra da população

discromatópsica de belém por meio dos métodos mollon-reffin e farnsworth-munsell de

Page 64: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

64

100 matizes. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas

(Área de Concentração Neurociências). Belém: Universidade Federal do Pará, Centro de

Ciências Biológicas, Departamento de Fisiologia, 2006. 144 pp.

GREENSTEIN, V. C.; HOLOPIGIAN, K.; SEIPLE, W.; CARR, R. E. & HOOD. Atypical

multifocal ERG responses in patients with diseases affecting the photoreceptors. Vision

Research. 2004.

GROSS, L.J.et al. Diabetes melito: diagnóstico, classificação e avaliação do controle

glicêmico. Arq.Bras. Endocronol. Met. vol 46, n.1, fev 2002.

GUALTIERI, M. Visão de cores e sensibilidade ao contraste em indivíduos com diabete

melito: avaliação psicofísica e eletrofisiológica. Dissertação de Mestrado, Instituto de

Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.

GUALTIERI, M.; NISHI, M.; LAGO, M & VENTURA, D. F. Color discrimination and

chomatic contrast sensitivity assessed in type 2 diabetic patients without retinopathy.

Association for Researchin Vision andOphthalmology, 2005. 46: 4750.

GUALTIERI, M. Avaliação funcional da visão de pacientes diabéticos em estados de pré

e pós-retinopatia diabética. Biblioteca da USP, São Paulo, 2009. Disponível em:

<http://www.teses.usp.br>.

INTERNATIONAL DIABETES FEDERATION. Diabetes prevalence,2005 [texto da

Internet]. [citado em 11 de julho de 2009]. Disponivel em: http://www.idf.org.

ISHIHARA, S.The Series of Plates Designed as a Test for Colour-Deficiency. 38

PlatesEdition.Tokyo, Japan: Kanehara, 1997. 9 pp.

JACKSON, G. R.; SCOTT, I. U.; QUILLEN, D. A.; WALTER, L. E.; GARDNER, T. W.

Inner retinal visual dysfunction is a sensitive marker of non-proliferative diabetic retinopathy.

Br J Ophthalmolp.1-5, 2011.

KLEIN, R,; KLEIN B.E.; MOSS S. E.; DAVIS, M. D.; METS, D. L. The Wisconsin

epidemiologic study of diabetic retinopathy. II: Prevalence and risk of diabetic retinopathy

when age at diagnosis is less than 30 years. Arch. Ophthalmol. ;102:520-526,1984.

KLEIN, R, KLEIN, B. E, MOSS, S. E. Visual impairment in

diabetes.Ophthalmology91(1):1-9,1984.

KURTENBACH, A.; MAYSER, H. M.; JAGLE, H.; FRITSCHE, A.; ZRENNER, E.

Hyperoxia, hyperglycaemia and photoreceptor sensitivity in normal and diabetic subjects.

Visual neuroscience, 2006.

LIEW, G.; WONG, T. Y.; MITCHELL, P.; CHEUNG, N.; WANGJJ.Retinopathy predicts

coronary heart diseasemortality. Heart. 2009;95(5):391-394.

MAIA JUNIOR, O.; TAKAHASHI, W.Y.; BONANOMI, M.T.; MARBAK, R.F.;

NEWTON,J.K.; Estabilidade visual na retinopatia diabética tratada por panfotocoagulação

com laser. Arq.Bras.Endocrinol.Metab.51(4).p. 575-580, 2007.

Page 65: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

65

MARAINI, G.; ROSMINI, F.; GRAZIOSI, P.; TOMBA, M. C.; BONACINI, M.;

COTICHINI, R.; PASQUINI, P.; SPERDUTO, R. D. Influence of type and severity of pure

forms of age-related cataract on visual acuity and contrast sensitivity. Invest Ophthalmol

Vis Sci. 35:262–7, 1994.

MARCELINO, D.B.; CARVALHO, M.D.B. Reflexões sobre o diabetes tipo 1 e sua relação

com o emocional. Psicologia, Reflexão e Crítica. 18(1),p.72-77, 2005.

MISRA, S.; SAXENA, S.; KISHORE.; BHASKER, S. K.; MISRA, A.; MEYER, C. H.

Association of contrast sensitivity with LogMAR visual acuity and glycosylated hemoglobin

in non-insulin dependent diabetes mellitus. Department of Ophthalmology.Medical

University, Lucknow, India, 2010.

PARVEZ,H; KAWAR,B.; NAHAS,M.E. Obesityand diabetes em thedeveloping world- A

growingchallenge. N Engl. J. Med;356:213-215 Jan, 2007. Disponível

em:<http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMp068177>.

RESNIKOFF, S.; PASCOLINI, D.; ETYA’ALE, D.; KOCUR, I.;PARARAJASEGARAM,

R.; POKHAREL, G. P.; MARIOTTI, S. P.. Global data on visual impairment in the year

2002.Bulletin of the World Health Organization, 82:844-851, 2004.

RODRIGUES, A.R.; BOTELHO DE SOUZA, C.R.; RODRIGUES, P.S.S.; SILVEIRA, A.T.;

CÔRTES, M.I.T.; CASTRO, A.J.O.; DAMIN, E.T.B.; MELLO, G.A.; VIEIRA, J.L.F.;

PINHEIRO,M.C.N.; VENTURA, D.F.; SILVEIRA, L.C.L. Visual dysfunction follow ing

Mercury exposure – necessity of norms for Amazonian populations. In: ETO, K.,

NAKAMURA, K., SILVEIRA, L.C.L., TEZUKA, H., NAGAI, K., HORIIKE, H. (eds.).

Proceedings of the International Workshop on Health and Environmental Effects of

Mercury – Impacts of Mercury in South and Central America, p. 188-202. Minamata,

Japan: National Institute for MinamataDisease. 266 pp., 2003.

SÁNCHEZ-THORIN, J. C. The epidemiology of diabetes mellitus and diabetic

retinopathy.IntOphthalmol Clin.38(2):11-8,1998.

SANTOS, N.A.; FRANÇA, V.C.R.M. Desenvolvimento da sensibilidade ao contraste para

freqüências espaciais em crianças. Psicologia em Estudo. v.11.p.599-605, set/dez, 2006.

SANTOS, N. A. e SIMAS, M. L. B. Função de Sensibilidade ao Contraste: Indicador da

Percepção Visual da Forma e da Resolução Espacial. Psicologia: Reflexão e Crítica, 2001,

14(3), pp. 589-597.

SERRARBASSA, P.D.; DIAS, A.F.G.; VIEIRA, M.F. Novos conceitos em retinopatia

diabética: dano neurológico versus dano vascular. Arq. Bras. Oftalmol. 71(3).p. 459-63,

2008.

SOCIEDADE BRASILEIRA de DIABETES - SBD. Dados sobre diabetes mellitus no

Brasil [texto na Internet]. [citado 11 de julho de 2009]. Rio de Janeiro:SBD; 2005. Disponível

em: http://www.diabetes.org.br .

Page 66: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

66

SUGANO, D. M.; SERRA, D. C.; BARROS, R. A.; REHDER, J. R. C. L. Impacto da

retinopatia diabética em campanha de prevençäo da cegueira. ArqMéd ABC. 24(1):47-50,

2001.

TORQUATO, M. T. C. G.; MONTENEGRO JUNIOR, R. M.; VIANA, L. A. L.; SOUZA, R.

A. H. G.; LANNA, C. M. M.; LUCAS, J. C. B.; BIDURIN, C.; FOSS, M. C. Prevalence of

diabetes mellitus and impaired glucose tolerance in the urban population aged 30-69

years in RibeirãoPreto (São Paulo), Brasil. São Paulo ed. jun;121(6):224-230, 2003.

VERROTTI, A.; LOBEFALO, L.; PETITTI, M. T.; MASTROPASQUA, L.; MORGESE,

G.; CHIARELLI, F.; GALLENGA, P.E. Relationship between contrast sensitivityand

metabolic control in diabetics with and without retinopathy. AnnMed. 30:369–74, 1998.

VILELA, M. P.; SAADI, A. K.; PETSCH, L.; GIACOMET, A. Inquérito entre pacientes e

médicos sobre as estratégias aplicadas na prevenção e tratamento da retinopatia diabética.

Arq.Bras. Oftalmol.60:152-5, 1997.

World Health Organization.Diabetes Mellitus: Report of a WHO Study Group. Technical

Report Series, No. 727.Geneva: World Health Organization. 10–8, 1985.

World Health Organization – WHO, 2009.Disponívelem:

http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs312/en/index.html. Acessado em: 02/01/2011.

Page 67: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

67

ANEXOS

Page 68: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

68

ANEXO 1- APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA

Page 69: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

69

APÊNDICES

Page 70: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

70

Apêndice -A

FICHA DE ANAMNESE- AVALIAÇÃO VISUAL EM PACIENTES DM

1 Dados de Identificação

Código:

Nome completo: __________________________________________________

Endereço:_______________________________________________________

Contato: Fone Res:________________Cel: ( )_________________________

Sexo: F( ) M( ) Data de nascimento:_____/_____/_____ Idade :

Data da avaliação: _____/_____/_____ Patologia:_________________

Cor: Branco ( ) Pardo ( ) Negro ( ) Índio ( ) Amarelo ( )

Estado Civil: Solteiro ( ) Casado ( ) Viúvo ( ) Divorciado ( )

Escolaridade –

Profissão atual –

Profissão anterior –

2-Histórico

Page 71: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

71

Dificuldade em discriminar cores- sim ( ) não ( ) (S.I.C)

Familiares com problemas em discriminar cores- sim ( ) não ( )

Doenças oculares –

Doenças neurológicas –

Tabagismo/ Etilismo –

3-Interrogatório Complementar

Horário da última refeição-

Controle da HAS –

Controle Diabetes mellitus -

Medicação em uso -

Page 72: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

72

4-Doenças da fase adulta e infantil

5- Acuidade Visual – TESTE DE SNELLEN

Condições de avaliação:_________________________________

OD = ____________________

OS = ____________________

6- OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES

Page 73: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

73

Teste de Ishihara das Lâminas Pseudoisocromáticas

Tabela 1 – Planilha para acompanhamento do teste de Ishihara .

Nº Normal Discriminação

Resposta do Sujeito

Deficiente Ausente D S

1 12 12 12

2 8 3 X

3 29 70 X

4 5 2 X

5 3 5 X

6 15 17 X

7 74 21 X

8 6 X X

9 45 X X

10 5 X X

11 7 X X

12 16 X X

13 73 X X

14 X 5 X

15 X 45 X

Protan Deutan

Grave Leve Grave leve X

16 26 6 26 2 26 X

17 42 2 42 4 42 X

Page 74: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

74

Conclusão:

TESTE DE SNELLEN

Condições de avaliação:_________________________________

OD = ____________________

OS = ____________________

Page 75: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

75

Page 76: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

76

Apêndice B - Dados de anamnese de participantes do grupo controle.

CÓDIGO IDADE SEXO ESCOLARIDADE TABAGISMO ETILISMO OUTRAS

DOENÇAS

AJR120216 51 M 3º grau incompleto Nega Social -

ALN120122 39 M 3º grau Nega Social -

JSS120122 41 M 3º grau Nega Social -

LCG110620 37 F Mestrando Nega Social Asma

MIT110722 37 F Doutorado Nega Nega -

MLM12012

2

48 F 3º grau Nega Social -

RKF120224 47 F Pós-graduado Nega Social -

EMS120411 51 F Ensino médio Nega Social -

JAN110715 51 M -

LOR120404 60 F Ensino médio Nega Nega -

MCP120327 49 F Fundamental Nega Social -

LCO120327 60 M Ensino médio Nega Nega -

MGS120330 51 F Ensino médio Nega Nega -

FCA110719 42 M Ensino médio -

MCA110715 45 F Fundamental -

MJA110718 39 M Ensino médio Nega Nega -

MJG120323 42 F Ensino médio Nega Nega -

RSF120326 31 F Ensino médio Nega Social -

EBC120324 61 M Ensino médio Nega Nega -

GRS120329 62 F Ensino médio Sim + 10 anos Social -

IPC120326 61 F Ensino médio Nega Nega -

JAS120324 61 M Ensino médio Nega Nega -

MCS120403 63 F Ensino médio P/30 anos abst

10 anos

Social 1980 AVEH*

Page 77: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

77

NLD120404 62 F Fundamental Nega Nega -

OMM12327 62 M 3º GRAU SIM + 30

ANOS

Social -

MGL120121 47 F Pós-graduado lato-

sensu

Nega Nega -

ACT110713 40 F Ensino médio Nega Nega -

MMC11062

9

49 F Ensino médio Nega Nega -

VSP110627 43 F Fundamental Nega Nega -

MFN120416 47 F Ensino médio Nega Nega -

RSB120416 51 F Ensino médio Nega Nega -

*Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico.

Page 78: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

78

Apêndice C - Dados de anamnese de participantes que compõem o grupo DIABETES.

PACIENTES

DIABÉTICOS

IDADE SEXO ESCOLARIDADE TABAGISMO ETILISMO OUTRAS

DOENÇAS

ARN111222-56 56 M FUNDAMENTAL INC NEGA NEGA

MTM111222-56 56 F FUNDAMENTAL INC NEGA NEGA

MLO111220-45 45 F ENSINO MÉDIO NEGA NEGA

NVS111201-39 39 M ENSINO MÉDIO NEGA NEGA

IMB110908-34 34 F ENSINO MÉDIO NEGA SOCIALMENTE

MFP110902-45 45 M FUNDAMENTAL INC ABSTINÊNCIA HÁ

15 ANOS-INÍCIO 16a

ABSTINÊNCIA HÁ 4

ANOS

MLS110830-83 83 F ENSINO MÉDIO NEGA NEGA

MNF110916-50 50 F FUNDAMENTAL INC NEGA NEGA DISLIPIDEMIA

JBA110922-56 56 M FUNDAMENTAL NEGA NEGA

JSF110923-59 59 M MÉDIO INC NEGA NEGA

AMG111222-51 51 F MÉDIO NEGA NEGA

EES110804-40 40 F MÉDIO NEGA NEGA

JMS110614-54 54 F 3º GRAU NEGA SOCIALMENTE

LSN110804-31 31 M 3º GRAU NEGA SOCIALMENTE

MSN110825-56 56 M FUNDAMENTAL NEGA SOCIALMENTE

MNC110804-51 51 F FUNDAMENTAL INC NEGA NEGA

PES110622-32 32 F FUNDAMENTAL INC NEGA NEGA

ASL110617-45 45 M 3º GRAU NEGA NEGA

AMC110818-43 43 M FUNDAMENTAL ABSTINÊNCIA HÁ 8

ANOS-INÍCIO 15a

ABSTINÊNCIA HÁ 3

ANOS

RRP110915-53 53 F FUNDAMENTAL INC ABSTINÊNCIA HÁ 3

ANOS-INÍCIO 15a

SOCIALMENTE

LCA111228-64 64 F FUNDAMENTAL INC NEGA NEGA AVC I? E?

BSR120109-64 64 F FUNDAMENTAL INC NEGA NEGA

Page 79: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

79

AMP120119-49 49 M FUNDAMENTAL INC NEGA ABSTINÊNCIA HÁ 3

MJF120119-52 52 F MÉDIO NEGA NEGA

AMF110708- 43 43 M MÉDIO NEGA NEGA

MMC110630- 53 53 F MÉDIO NEGA SOCIALMENTE CAT ABR/2011

RNB110617-74 74 F NÃO ALFABETIZADA NEGA NEGA DISLIPIDEMIA

UCA110621-70 70 M FUNDAMENTAL NEGA NEGA GLAUCOMA ?

MCA110815-75 75 F FUNDAMENTAL NEGA NEGA PERDA VISÃO

D

MJA110805-58 58 M MÉDIO NEGA NEGA

JFN120123-46 46 F 3º GRAU INC NEGA NEGA

JMB110824-57 57 F PÓS-GRADUADO NEGA NEGA

MEDIA 52,625

DP 12,17016

HOMENS 13 40,62%

MULHERES 19 59,38%

Apêndice D – Dados clínicos dos participantes do grupo diabetes

CÓDIGO RETINOGRAFIA PIO FUNDOSCOPIA ACUIDADE TEMPO DOENÇA

ANOS

ARN111222-56 D NORMAL 16 NORMAL 20/20 3

ARN111222-56 E NORMAL 16 NORMAL 20/25

MTM111222-56 D RETINOPATIA 16 NORMAL 20/20 3

MTM111222-56 E NORMAL 16 NORMAL 20/20

MLO111220-45 D NORMAL 20 NORMAL 20/20 4

MLO111220-45 E NORMAL 20 NORMAL 20/20

NVS111201-39 D - - - 20/20 4

NVS111201-39 E - - - 20/30

Page 80: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

80

IMB110908-34 D NORMAL 18 NORMAL 20/20 5

IMB110908-34 E NORMAL 18 NORMAL 20/20

MFP110902-45 D NORMAL 22 NORMAL 20/30 11

MFP110902-45 E RETINOPATIA? 20 NORMAL 20/40

MLS110830-83 D NORMAL 21 NORMAL 20/30 40

MLS110830-83 E RETINOPATIA

INSIPIENTE

21 NORMAL 20/40

MNF110916-50 D RETINOPATIA

INSIPIENTE

16 NORMAL 20/30 18

MNF110916-50 E NORMAL 16 NORMAL 20/30

JBA110922-56 D - - - 20/25 5

JBA110922-56 E - - - 20/30

JSF110923-59 D - - - 20/30 2

JSF110923-59 E - - - 20/30

AMG111222-51 D - - - 20/30 7

AMG111222-51 E - - - 20/30

EES110804-40 D RETINOPATIA

INSIPIENTE

16 NORMAL 20/20 3

EES110804-40 E RETINOPATIA

INSIPIENTE

16 NORMAL 20/20

JMS110614-54 D NORMAL 20 NORMAL 20/20 2

JMS110614-54 E RETINOPATIA? 20 NORMAL 20/20

LSN110804-31 D NORMAL 14 NORMAL 20/20 1

LSN110804-31 E NORMAL 14 NORMAL 20/20

MSN110825-56 D NORMAL 20 NORMAL 20/25 6

MSN110825-56 E NORMAL 20 NORMAL 20/25

MNC110804-51 D NORMAL 14 NORMAL 20/20 3

MNC110804-51 E NORMAL 14 NORMAL 20/20

PES110622-32 D - - - 20/25 2

Page 81: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

81

PES110622-32 E - - - 20/25

ASL110617-45 D NORMAL 16 NORMAL 20/20 4

ASL110617-45 E NORMAL 14 NORMAL 20/20

AMC110818-43 D NORMAL 18 CERATOSE? 20/20 7

AMC110818-43 E NORMAL 18 NORMAL 20/20

RRP110915-53 D RETINOPATIA

INSIPIENTE

18 NORMAL 20/25 12

RRP110915-53 E RETINOPATIA

INSIPIENTE

20 NORMAL 20/25

LCA111228-64 D RETINOPATIA

INSIPIENTE

18 OPACIDADE 20/30 3

LCA111228-64 E RETINOPATIA

INSIPIENTE

20 OPACIDADE 20/30

BSR120109-64 D NORMAL 16 NORMAL 20/25 1

BSR120109-64 E CONSTRIÇÃO

ARTERIOLAR

16 ATROFIA

IRIANA

20/40

AMP120119-49 D RETINOPATIA

INSIPIENTE

20 NORMAL 20/20 1

AMP120119-49 E RETINOPATIA

INSIPIENTE

18 NORMAL 20/20

MJF120119-52 D NORMAL 22 NORMAL 20/20 0,5

MJF120119-52 E NORMAL 22 NORMAL 20/20

AMF110708- 43 D NORMAL 18 NORMAL 20/20 5

AMF110708- 43 E NORMAL 20 NORMAL 20/20

MMC110630- 53 D PO LASER 18 NORMAL 20/25 15

MMC110630-53 E RETINOPATIA 18 NORMAL 20/20

RNB110617-74 D RETINOPATIA 24 NUBÉCULA

NASAL

20/40 3

RNB110617-74 E RETINOPATIA 24 NUBÉCULA

NASAL

20/40

Page 82: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

82

UCA110621-70 D RETINOPATIA 30 OPACIDADE 20/100 6

UCA110621-70 E RETINOPATIA 28 OPACIDADE 20/30

MCA110815-75 E RETINOPATIA

COM

DEGENERAÇÃO

MACULAR

14 OPACIDADE

NUCLEAR;ALT

ERAÇÃO EPR

20/40 18

MJA110805-58 D NORMAL 16 LESÃO PÁLIDA 20/20 10

MJA110805-58 E HEMORRAGIA

POLO POST

14 NORMAL 20/20

JFN120123-46 D NORMAL 20 NORMAL 20/20 0,5

JFN120123-46 E NORMAL 18 NORMAL 20/20

JMB110824-57 D NORMAL 19 NORMAL 20/20 5

JMB110824-57 E NORMAL 18 NORMAL 20/20

MEDIA 6,5625

DESVPAD 7,719633536

Apêndice E – Dados numéricos de erros do FM 100 de participantes que compõem o grupo DM e participantes que compõem o grupo controle.

CÓDIGO DM ERRO

FM100

RAIZ DO

ERRO

GRUPO

CONTROLE

ERRO

FM100

RAIZ DO

ERRO

ARN111222-56 D 116 10,8 FCA110719-42 D 52 7

ARN111222-56 E 132 11,5 FCA110719-42 E 52 7

MTM111222-56 D 80 9 AJR120216-51 D 52 7

MTM111222-56 E 56 7 AJR120216-51 E 48 7

MLO111220-45 D 152 12 ALN120122-39 D 44 7

MLO111220-45 E 224 15 ALN120122-39 E 44 7

NVS111201-39 D 64 8 JSS120122-41 D 60 8

Page 83: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

83

NVS111201-39 E 156 12 JSS120122-41 E 96 10

IMB110908-34 D 260 16 LCG110620-35 D 20 4

IMB110908-34 E 200 14,142 LCG110620-35 E 20 4

MFP110902-45 D 372 19 MIT110722-37 D 32 6

MFP110902-45 E 264 16 MIT110722-37 E 28 6

MLS110830-83 D 168 13 MLM120122-48

D

36 6

MLS110830-83 E 268 16 MLM120122-48 E 40 9

MNF110916-50 D 452 21 RKF120224-47 D 80 9

MNF110916-50 E 396 20 RKF120224-47 E 88 9

JBA110922-56 D 132 11 MJG120323-42 D 52 7

JBA110922-56 E 128 11 MJG120323-42 E 52 7

JSF110923-59 D 76 9 RSF120326-31 D 56 7

JSF110923-59 E 64 8 RSF120326-31 E 52 7

AMG111222-51 D 152 12 EMS120411-51 D 44 7

AMG111222-51 E 196 14 EMS120411-51 E 68 8

EES110804-40 D 68 8 MCP120327-49 D 28 5

EES110804-40 E 56 7 MCP120327-49 E 24 5

JMS110614-54 D 156 12 LCO120327-60 D 60 8

JMS110614-54 E 116 11 LCO120327-60 E 76 9

LSN110804-31 D 104 10 EBC120324-61 D 36 6

LSN110804-31 E 124 11 EBC120324-61 E 40 6

MSN110825-56 D 52 7 GRS120329-62 D 52 7

MSN110825-56 E 44 7 GRS120329-62 E 36 6

MNC110804-51 D 124 11 IPC120326-61 D 56 7

MNC110804-51 E 240 15 IPC120326-61 E 48 7

PES110622-32 D 136 12 JAS120324-61 D 68 8

PES110622-32 E 240 15 JAS120324-61 E 52 7

Page 84: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

84

ASL110617-45 D 152 12 MCS120403-63 D 28 5

ASL110617-45 E 220 15 MCS120403-63 E 24 5

AMC110818-43 D 93 10 OMM120327-62

D

60 8

AMC110818-43 E 108 10 OMM120327-62

E

36 6

RRP110915-53 D 164 13 MGL120121-47 D 64 8

RRP110915-53 E 216 15 MGL120121-47 E 73 9

LCA111228-64 D 212 15 ACT110713-40 D 116 11

LCA111228-64 E 140 12 ACT110713-E 140 12

BSR120109-64 D 108 10 JMB110721-53 D 128 11

BSR120109-64 E 164 13 JMB110721-53E 140 12

AMP120119-49 D 252 16 MMC110629-49

D

200 14

AMP120119-49 E 260 16 MMC110629-49

E

292 17

MJF120119-52 D 180 13 RCA110721-33 D 144 12

MJF120119-52 E 176 13 RCA110721-33E 40 6

AMF110708- 43 D 144 12 RSM110811-38 D 140 12

AMF110708- 43 E 156 12 RSM110811-38E 240 15

MMC110630- 53 D 80 9 VSP110627-43 D 176 13

MMC110630-53 E 100 10 VSP110627-43 E 200 14

RNB110617-74 D 176 13 MFN120416 47 D 108 10

RNB110617-74 E 264 16 MFN120416 47 E 144 12

UCA110621-70 D 152 12 RSB120416-51 D 128 11

UCA110621-70 E 144 12 RSB120416-51 E 132 11

MCA110815-75 E 340 18

MJA110805-58 D 196 14

MJA110805-58 E 160 13

Page 85: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

85

JFN120123-46 D 124 11

JFN120123-46 E 100 10

JMB110824-57 D 108 10

JMB110824-57 E 164 13

Média 165,412698 12,4799757 Média 79,375 8

Desvio Padrão 84,0847566 3,13348996 Desvio Padrão 58,5961719 2,899473

n da amostra 56

p-valor 0,9

g-valor 0,95

a-valor 0,05

z(1-p)/2 -1,645

X2

g,N-1 38,958

k 1,972

Média 79,375 8,489088

desvio padrão 58,5961719 2,899473

LT superior 194,912451 14,20615

LT inferior -36,162451 2,77203

Page 86: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

86

Apêndice F – Valores numéricos absolutos das 11 frequências espaciais do teste de sensibilidade ao contrate espacial de luminância de

participantes que compõem o grupo de DM2.

Paciente diabético 0,2 0,5 0,8 1 2 4 6 10 15 20 30

ARN111222-56 D 14,59 58,33 116,66 233,33 155,55 23,34 12,97 16,67 3,10 1,40 1,02

ARN111222-56 E 9,73 58,33 155,55 155,55 233,33 58,33 19,45 11,67 3,79 1,15 1,02

MTM111222-56 D 7,79 38,89 116,66 155,55 233,33 155,55 155,55 116,66 23,34 6,49 1,20

MTM111222-56 E 9,73 38,89 58,33 116,66 233,33 233,33 233,33 58,33 23,34 12,97 1,02

MLO111220-45 D 9,73 29,17 38,89 58,33 233,33 233,33 116,66 58,33 23,34 12,97 2,74

MLO111220-45 E 10,61 38,89 58,33 155,55 155,55 155,55 233,33 116,66 19,45 16,67 3,91

NVS111201-39 D 11,67 38,89 116,66 155,55 116,66 233,33 58,33 58,33 29,17 23,34 2,37

NVS111201-39 E 3,56 19,45 38,89 29,17 58,33 58,33 19,45 12,97 3,27 1,01 1,02

IMB110908-34 D 3,18 16,67 10,61 19,45 19,45 23,34 23,34 16,67 2,47 1,01 1,02

IMB110908-34 E 3,67 16,67 14,59 12,97 29,17 16,67 10,61 7,30 3,10 1,01 1,22

MFP110902-45 D 6,15 38,89 58,33 116,66 116,66 116,66 19,45 12,97 5,09 1,12 1,02

MFP110902-45 E 4,88 19,45 23,34 38,89 58,33 58,33 58,33 16,67 4,51 1,18 1,02

MLS110830-83 D 8,98 19,45 29,17 29,17 23,34 8,98 7,79 3,67 1,87 1,32 1,02

MLS110830-83 E 6,15 14,59 16,67 29,17 38,89 29,17 16,67 10,61 3,46 1,24 1,02

MNF110916-50 D 6,88 14,59 19,45 23,34 29,17 38,89 12,97 7,30 5,85 2,21 1,02

MNF110916-50 E 7,30 19,45 29,17 29,17 58,33 29,17 23,34 10,61 6,15 3,10 1,02

JBA110922-56 D 38,89 233,33 58,33 155,55 233,33 233,33 233,33 116,66 155,55 133,19 29,17

JBA110922-56 E 29,17 58,33 155,55 233,33 233,33 466,65 233,33 116,66 116,66 186,47 58,33

JSF110923-59 D 14,59 466,65 116,66 116,66 233,33 155,55 116,66 29,17 12,97 5,85 2,25

JSF110923-59 E 23,34 58,33 116,66 116,66 233,33 58,33 19,45 23,34 8,98 7,30 2,68

AMG111222-51 D 6,15 19,45 19,45 23,34 16,67 19,45 9,73 1,00 1,01 1,01 1,50

AMG111222-51 E 3,34 7,54 6,66 10,28 22,61 18,84 28,26 18,84 8,70 1,48 1,07

EES110804-40 D 9,73 58,33 58,33 116,66 233,33 233,33 155,55 155,55 58,33 9,73 1,02

EES110804-40 E 11,67 38,89 58,33 116,66 155,55 233,33 233,33 116,66 58,33 6,49 1,02

Page 87: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

87

JMS110614-54 D 8,98 38,89 58,33 116,66 155,55 155,55 116,66 29,17 14,59 6,88 1,27

JMS110614-54 E 8,34 38,89 58,33 116,66 155,55 116,66 116,66 23,34 12,97 5,32 1,04

LSN110804-31 D 16,67 38,89 58,33 116,66 233,33 466,65 466,65 155,55 38,89 12,97 1,02

LSN110804-31 E 23,34 116,66 155,55 233,33 233,33 466,65 1000,00 155,55 38,89 6,88 1,08

MSN110825-56 D 23,34 58,33 29,17 116,66 116,66 233,33 116,66 58,33 16,67 6,49 1,61

MSN110825-56 E 7,79 58,33 38,89 155,55 116,66 38,89 29,17 14,59 6,49 2,29 1,02

MNC110804-51 D 38,89 38,89 38,89 58,33 116,66 116,66 38,89 19,45 3,18 1,46 1,02

MNC110804-51 E 6,49 29,17 23,34 38,89 116,66 58,33 58,33 7,79 3,02 1,01 1,02

PES110622-32 D 4,19 12,97 11,67 16,67 11,67 19,45 8,34 5,85 1,84 1,45 1,32

PES110622-32 E 3,18 10,61 12,97 9,73 12,97 11,67 8,98 2,95 1,35 2,00 1,28

ASL110617-45 D 11,67 58,33 466,65 466,65 466,65 1000,00 233,33 466,65 116,66 133,19 14,59

ASL110617-45 E 6,15 58,33 116,66 155,55 233,33 233,33 233,33 466,65 233,33 38,89 6,65

AMC110818-43 D 3,02 8,98 14,59 16,67 29,17 58,33 23,34 8,98 7,79 5,57 1,65

AMC110818-43 E 6,15 16,67 16,67 14,59 19,45 38,89 14,59 8,34 4,04 3,46 2,06

RRP110915-53 D 8,34 16,67 38,89 38,89 155,55 38,89 38,89 29,17 7,79 4,68 2,13

RRP110915-53 E 5,85 23,34 38,89 116,66 233,33 466,65 233,33 38,89 14,59 6,88 2,63

LCA111228-64 D 8,34 29,17 29,17 58,33 29,17 19,45 19,45 5,85 2,09 1,19 1,02

LCA111228-64 E 8,34 19,45 23,34 58,33 58,33 116,66 58,33 19,45 3,91 2,70 1,02

BSR120109-64 D 4,68 29,17 38,89 38,89 116,66 116,66 58,33 14,59 5,09 3,18 1,05

BSR120109-64 E 6,49 10,61 29,17 23,34 38,89 29,17 23,34 2,09 1,93 1,13 1,67

AMP120119-49 D 3,46 23,34 38,89 58,33 58,33 116,66 58,33 116,66 38,89 14,59 2,88

AMP120119-49 E 9,73 29,17 38,89 233,33 116,66 58,33 155,55 58,33 29,17 12,97 4,34

MJF120119-52 D 19,45 116,66 58,33 116,66 155,55 155,55 155,55 16,67 38,89 5,57 1,18

MJF120119-52 E 14,59 29,17 58,33 155,55 116,66 233,33 155,55 38,89 29,17 11,67 1,88

AMF110708- 43 D 4,19 19,45 58,33 38,89 155,55 233,33 233,33 116,66 58,33 16,67 1,33

AMF110708- 43 E 5,32 29,17 29,17 116,66 155,55 233,33 155,55 38,89 23,34 8,34 1,02

MMC110630- 53 D 6,88 38,89 38,89 116,66 155,55 155,55 116,66 29,17 16,67 8,98 1,02

MMC110630-53 E 6,15 29,17 29,17 155,55 116,66 116,66 58,33 23,34 8,34 3,67 1,02

Page 88: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

88

RNB110617-74 D 3,79 19,45 38,89 29,17 58,33 58,33 58,33 10,61 5,85 1,87 1,02

RNB110617-74 E 4,68 23,34 23,34 29,17 38,89 58,33 19,45 8,98 3,10 1,45 1,02

UCA110621-70 D 14,59 58,33 38,89 58,33 23,34 10,61 4,88 6,15 3,79 1,69 1,02

UCA110621-70 E 9,73 38,89 29,17 58,33 155,55 116,66 29,17 19,45 7,30 4,88 1,11

MCA110815-75 E 4,88 23,34 12,97 29,17 16,67 10,61 5,85 3,02 1,70 1,01 1,02

MJA110805-58 D 5,319 19,448 23,336 29,169 58,333 58,333 58,333 16,671 7,789 4,044 1,321

MJA110805-58 E 5,57 23,34 29,17 38,89 58,33 116,66 29,17 29,17 11,67 5,85 1,82

JFN120123-46 D 4,88 29,17 58,33 155,55 116,66 155,55 155,55 116,66 1,01 1,01 1,02

JFN120123-46 E 6,49 38,89 58,33 155,55 155,55 155,55 155,55 38,89 6,88 2,34 1,02

JMB110824-57 D 7,30 38,89 38,89 58,33 1000,00 116,66 116,66 38,89 9,73 8,34 1,02

JMB110824-57 E 6,49 23,34 23,34 29,17 58,33 116,66 58,33 23,34 16,67 2,64 1,02

Média 9,766036 44,21017 55,78322 93,28866 136,0999 142,3761 106,7924 53,92087 22,78093 12,77677 3,064722

Desvio Padrão 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

Apêndice G– Valores numéricos absolutos das 11 frequências espaciais do teste de sensibilidade ao contrate espacial de luminância de

participantes que compõem o grupo controle.

CÓDIGOS

PARTICIPANTES

CONTROLES

0,2 0,5 0,8 1 2 4 6 10 15 20 30

AJR120216-51 D 16,67 58,33 116,66 155,55 233,33 116,66 58,33 23,34 6,15 5,85 1,38

AJR120216-51 E 11,67 38,89 116,66 116,66 155,55 155,55 155,55 58,33 23,34 11,67 2,81

ALN120122-39 D 16,67 116,66 116,66 155,55 233,33 233,33 233,33 116,66 38,89 19,45 1,40

ALN120122-39 E 12,97 38,89 58,33 116,66 233,33 233,33 233,33 155,55 58,33 23,34 2,21

JSS120122-41 D 23,34 116,66 116,66 155,55 233,33 233,33 116,66 58,33 19,45 4,88 1,24

JSS120122-41 E 29,17 155,55 116,66 233,33 233,33 233,33 155,55 29,17 10,61 2,10 1,50

Page 89: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

89

LCG110620-37 D 23,34 116,66 58,33 155,55 466,65 466,65 233,33 116,66 29,17 8,98 1,02

LCG110620-37 E 38,89 116,66 116,66 116,66 233,33 233,33 233,33 116,66 38,89 9,73 1,02

MIT110722-37 D 23,34 233,33 155,55 466,65 233,33 233,33 233,33 58,33 58,33 29,17 6,65

MIT110722-37 E 58,33 466,65 233,33 466,65 466,65 466,65 233,33 116,66 58,33 29,17 11,67

MLM120122-48 D 14,59 58,33 58,33 155,55 155,55 155,55 155,55 116,66 29,17 19,45 3,36

MLM120122-48 E 16,67 58,33 116,66 58,33 155,55 155,55 58,33 19,45 12,97 3,27 1,23

RKF120224-47 D 8,343 38,890 38,890 58,333 116,663 116,663 116,663 38,890 6,495 3,786 1,024

RKF120224-47 E 11,67 38,89 58,33 58,33 116,66 116,66 116,66 23,34 11,67 5,32 1,17

EMS120411-51 D 8,34 58,33 58,33 116,66 155,55 233,33 155,55 58,33 23,34 8,98 4,51

EMS120411-51 E 6,15 23,34 58,33 155,55 155,55 233,33 155,55 155,55 38,89 29,17 4,68

JAN110715-51 D 8,34 29,17 38,89 58,33 116,66 116,66 155,55 58,33 16,67 6,49 2,52

JAN110715-51 E 5,57 29,17 23,34 58,33 58,33 116,66 23,34 5,85 3,27 3,02 1,74

LOR120404-60 D 23,34 116,66 116,66 233,33 155,55 233,33 116,66 58,33 19,45 4,88 2,21

LOR120404-60 E 16,67 38,89 58,33 116,66 155,55 233,33 155,55 38,89 23,34 3,36 3,46

MCP120327-49 D 11,67 58,33 58,33 116,66 116,66 116,66 116,66 29,17 19,45 9,73 2,25

MCP120327-49 E 14,59 29,17 58,33 116,66 233,33 233,33 233,33 38,89 12,97 8,98 2,42

LCO120327-60 D 8,34 38,89 58,33 58,33 155,55 116,66 155,55 58,33 19,45 14,59 1,96

LCO120327-60 E 11,67 38,89 58,33 116,66 233,33 233,33 155,55 155,55 58,33 23,34 1,28

MGS120330-51 D 8,34 58,33 29,17 116,66 233,33 116,66 116,66 58,33 19,45 11,67 1,93

MGS120330-51 E 16,67 29,17 58,33 233,33 233,33 233,33 155,55 116,66 58,33 12,97 3,67

FCA110719-42 D 6,88 58,33 58,33 116,66 155,55 155,55 116,66 29,17 14,59 5,32 1,40

FCA110719-42 E 6,88 29,17 58,33 58,33 116,66 155,55 116,66 38,89 38,89 16,67 2,68

MCA110715-45 D 4,88 14,59 19,45 58,33 116,66 116,66 58,33 19,45 23,34 3,27 3,10

MCA110715-45 E 5,85 38,89 58,33 58,33 233,33 466,65 233,33 29,17 29,17 9,73 2,10

MJA110718-39 D 16,67 38,89 116,66 58,33 233,33 233,33 466,65 155,55 58,33 29,17 7,30

MJA110718-39 E 16,67 38,89 58,33 116,66 155,55 233,33 116,66 58,33 19,45 11,67 3,46

MJG120323-42 D 14,59 58,33 58,33 58,33 116,66 116,66 155,55 58,33 23,34 19,45 3,46

MJG120323-42 E 14,59 58,33 58,33 116,66 155,55 116,66 155,55 58,33 29,17 14,59 3,91

Page 90: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

90

RSF120326-31 D 14,59 29,17 38,89 58,33 155,55 233,33 155,55 116,66 19,45 8,34 2,88

RSF120326-31 E 8,34 29,17 58,33 58,33 233,33 233,33 155,55 155,55 38,89 11,67 3,36

EBC120324-61 D 38,89 155,55 233,33 233,33 233,33 233,33 116,66 58,33 16,67 9,73 3,18

EBC120324-61 E 29,17 116,66 116,66 155,55 233,33 233,33 466,65 116,66 38,89 19,45 4,51

GRS120329-62 D 7,30 58,33 58,33 155,55 233,33 233,33 116,66 38,89 14,59 8,34 1,44

GRS120329-62 E 8,34 58,33 58,33 233,33 233,33 466,65 233,33 116,66 29,17 12,97 6,29

IPC120326-61 D 6,88 116,66 116,66 233,33 233,33 233,33 155,55 155,55 29,17 14,59 1,69

IPC120326-61 E 8,34 58,33 58,33 116,66 155,55 233,33 155,55 116,66 58,33 8,98 1,82

JAS120324-61 D 38,89 233,33 58,33 155,55 466,65 466,65 466,65 155,55 29,17 8,98 4,68

JAS120324-61 E 12,97 116,66 233,33 466,65 466,65 466,65 466,65 155,55 58,33 29,17 3,36

MCS120403-63 D 11,67 58,33 58,33 116,66 116,66 116,66 116,66 29,17 19,45 9,73 2,25

MCS120403-63 E 14,59 29,17 58,33 116,66 233,33 233,33 233,33 38,89 12,97 8,98 2,42

NLD120404-62 D 8,98 58,33 38,89 58,33 116,66 116,66 58,33 29,17 8,34 3,79 2,21

NLD120404-62 E 12,97 29,17 58,33 116,66 233,33 155,55 155,55 38,89 14,59 5,85 1,02

OMM120327-62 D 16,67 155,55 233,33 155,55 233,33 233,33 233,33 155,55 12,97 7,30 1,28

OMM120327-62 E 7,30 58,33 116,66 58,33 233,33 233,33 155,55 58,33 16,67 10,61 2,81

MGL120121-47 D 38,89 116,66 58,33 155,55 466,65 466,65 466,65 233,33 116,66 133,19 38,89

MGL120121-47 E 23,34 116,66 155,55 233,33 466,65 466,65 233,33 233,33 233,33 38,89 29,17

ACT110713-40 D 4,19 23,34 116,66 155,55 233,33 155,55 38,89 14,59 6,88 4,88 2,29

ACT110713-E 4,51 14,59 29,17 38,89 58,33 29,17 4,68 6,88 1,99 1,32 1,02

MMC110629-49 D 4,51 19,45 29,17 29,17 58,33 58,33 14,59 16,67 9,73 2,34 1,05

MMC110629-49 E 5,57 29,17 58,33 116,66 155,55 233,33 116,66 12,97 16,67 7,79 1,02

VSP110627-43 D 5,09 23,34 58,33 58,33 58,33 155,55 29,17 29,17 1,08 2,00 2,47

VSP110627-43 E 8,98 29,17 58,33 58,33 58,33 58,33 38,89 12,97 4,04 1,01 1,46

MFN120416 47 D 4,88 19,45 19,45 23,34 29,17 38,89 23,34 10,61 4,68 2,10 1,36

MFN120416 47 E 3,56 23,34 23,34 16,67 38,89 116,66 58,33 11,67 3,56 3,91 1,35

RSB120416-51 D 8,98 38,89 29,17 58,33 116,66 155,55 116,66 58,33 19,45 16,67 5,42

RSB120416-51 E 9,73 23,34 38,89 58,33 155,55 233,33 116,66 116,66 38,89 16,67 4,88

Page 91: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

91

Média 15,16427 74,39991 83,13199 138,3246 208,083 221,8981 171,8193 77,37719 30,7893 13,89667 3,839564

Desvio Padrão 10,84298 72,81717 53,01097 96,57428 105,2199 113,8378 110,8872 57,45216 34,06822 18,19871 6,168629

Apêndice H- Valores numéricos logarítmicos das 11 frequências espaciais do teste de sensibilidade ao contrate espacial de luminância de

participantes que compõem o grupo de DM.

Diabetes 0,2 0,5 0,8 1 2 4 6 10 15 20 30

ARN111222-56 D 1,164018 1,765913 2,066932 2,367962 2,191874 1,36803 1,112912 1,221969 0,491088 0,146924 0,010282

ARN111222-56 E 0,988148 1,765913 2,191874 2,191874 2,367962 1,765913 1,288879 1,067207 0,578203 0,062419 0,010282

MTM11222-56 D 0,891461 1,589835 2,066932 2,191874 2,367962 2,191874 2,191874 2,066932 1,36803 0,812552 0,080977

MTM111222-56 E 0,988148 1,589835 1,765913 2,066932 2,367962 2,367962 2,367962 1,765913 1,36803 1,112912 0,010282

MLO111220-45 D 0,988148 1,464916 1,589835 1,765913 2,367962 2,367962 2,066932 1,765913 1,36803 1,112912 0,438489

MLO111220-45 E 1,025873 1,589835 1,765913 2,191874 2,191874 2,191874 2,367962 2,066932 1,288879 1,221969 0,592278

NVS111201-39 D 1,067207 1,589835 2,066932 2,191874 2,066932 2,367962 1,765913 1,765913 1,464916 1,36803 0,374717

NVS111201-39 E 0,551398 1,288879 1,589835 1,464916 1,765913 1,765913 1,288879 1,112912 0,51417 0,004318 0,010282

IMB110908-34 D 0,502468 1,221969 1,025873 1,288879 1,288879 1,36803 1,36803 1,221969 0,391927 0,004318 0,010282

IMB110908-34 E 0,564586 1,221969 1,164018 1,112912 1,464916 1,221969 1,025873 0,863517 0,491088 0,004318 0,08477

MFP110902-45 D 0,789172 1,589835 1,765913 2,066932 2,066932 2,066932 1,288879 1,112912 0,706659 0,04854 0,010282

MFP110902-45 E 0,688304 1,288879 1,36803 1,589835 1,765913 1,765913 1,765913 1,221969 0,653815 0,07324 0,010282

MLS110830-83 D 0,953454 1,288879 1,464916 1,464916 1,36803 0,953454 0,891461 0,564586 0,271659 0,120518 0,010282

MLS110830-83 E 0,789172 1,164018 1,221969 1,464916 1,589835 1,464916 1,221969 1,025873 0,538615 0,09212 0,010282

MNF110916-50 D 0,837279 1,164018 1,288879 1,36803 1,464916 1,589835 1,112912 0,863517 0,767003 0,344553 0,010282

MNF110916-50 E 0,863517 1,288879 1,464916 1,464916 1,765913 1,464916 1,36803 1,025873 0,789172 0,491088 0,010282

JBA110922-56 D 1,589835 2,367962 1,765913 2,191874 2,367962 2,367962 2,367962 2,066932 2,191874 2,124476 1,464916

JBA110922-56 E 1,464916 1,765913 2,191874 2,367962 2,367962 2,668992 2,367962 2,066932 2,066932 2,270606 1,765913

JSF110923-59 D 1,164018 2,668992 2,066932 2,066932 2,367962 2,191874 2,066932 1,464916 1,112912 0,767003 0,352467

Page 92: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

92

JSF110923-59 E 1,36803 1,765913 2,066932 2,066932 2,367962 1,765913 1,288879 1,36803 0,953454 0,863517 0,428737

AMG111222-51 D 0,789172 1,288879 1,288879 1,36803 1,221969 1,288879 0,988148 0,001375 0,004305 0,004318 0,175521

AMG111222-51 E 0,523898 0,8775 0,823261 1,012009 1,354258 1,275096 1,451152 1,275096 0,939546 0,170148 0,028026

EES110804-40 D 0,988148 1,765913 1,765913 2,066932 2,367962 2,367962 2,191874 2,191874 1,765913 0,988148 0,010282

EES110804-40 E 1,067207 1,589835 1,765913 2,066932 2,191874 2,367962 2,367962 2,066932 1,765913 0,812552 0,010282

JMS110614-54 D 0,953454 1,589835 1,765913 2,066932 2,191874 2,191874 2,066932 1,464916 1,164018 0,837279 0,104425

JMS110614-54 E 0,921344 1,589835 1,765913 2,066932 2,191874 2,066932 2,066932 1,36803 1,112912 0,725841 0,016365

LSN110804-31 D 1,221969 1,589835 1,765913 2,066932 2,367962 2,668992 2,668992 2,191874 1,589835 1,112912 0,010282

LSN110804-31 E 1,36803 2,066932 2,191874 2,367962 2,367962 2,668992 3 2,191874 1,589835 0,837279 0,035246

MSN110825-56 D 1,36803 1,765913 1,464916 2,066932 2,066932 2,367962 2,066932 1,765913 1,221969 0,812552 0,206638

MSN110825-56 E 0,891461 1,765913 1,589835 2,191874 2,066932 1,589835 1,464916 1,164018 0,812552 0,360543 0,010282

MNC110804-51 D 1,589835 1,589835 1,589835 1,765913 2,066932 2,066932 1,589835 1,288879 0,502468 0,165727 0,010282

MNC110804-51 E 0,812552 1,464916 1,36803 1,589835 2,066932 1,765913 1,765913 0,891461 0,480014 0,004318 0,010282

PES110622-32 D 0,621925 1,112912 1,067207 1,221969 1,067207 1,288879 0,921344 0,767003 0,265256 0,16093 0,121034

PES110622-32 E 0,502468 1,025873 1,112912 0,988148 1,112912 1,067207 0,953454 0,469231 0,129658 0,300173 0,1085

ASL110617-45 D 1,067207 1,765913 2,668992 2,668992 2,668992 3 2,367962 2,668992 2,066932 2,124476 1,164018

ASL110617-45 E 0,789172 1,765913 2,066932 2,191874 2,367962 2,367962 2,367962 2,668992 2,367962 1,589835 0,822944

AMC110818-43 D 0,480014 0,953454 1,164018 1,221969 1,464916 1,765913 1,36803 0,953454 0,891461 0,745926 0,217638

AMC110818-43 E 0,789172 1,221969 1,221969 1,164018 1,288879 1,589835 1,164018 0,921344 0,606841 0,538615 0,314409

RRP110915-53 D 0,921344 1,221969 1,589835 1,589835 2,191874 1,589835 1,589835 1,464916 0,891461 0,670709 0,32919

RRP110915-53 E 0,767003 1,36803 1,589835 2,066932 2,367962 2,668992 2,367962 1,589835 1,164018 0,837279 0,419215

LCA111228-64 D 0,921344 1,464916 1,464916 1,765913 1,464916 1,288879 1,288879 0,767003 0,319776 0,076929 0,010282

LCA111228-64 E 0,921344 1,288879 1,36803 1,765913 1,765913 2,066932 1,765913 1,288879 0,592278 0,431828 0,010282

BSR120109-64 D 0,670709 1,464916 1,589835 1,589835 2,066932 2,066932 1,765913 1,164018 0,706659 0,502468 0,02257

BSR120109-64 E 0,812552 1,025873 1,464916 1,36803 1,589835 1,464916 1,36803 0,319776 0,2848 0,051953 0,223265

AMP120119-49 D 0,538615 1,36803 1,589835 1,765913 1,765913 2,066932 1,765913 2,066932 1,589835 1,164018 0,458724

AMP120119-49 E 0,988148 1,464916 1,589835 2,367962 2,066932 1,765913 2,191874 1,765913 1,464916 1,112912 0,63757

MJF120119-52 D 1,288879 2,066932 1,765913 2,066932 2,191874 2,191874 2,191874 1,221969 1,589835 0,745926 0,073521

Page 93: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

93

MJF120119-52 E 1,164018 1,464916 1,765913 2,191874 2,066932 2,367962 2,191874 1,589835 1,464916 1,067207 0,273195

AMF110708- 43

D

0,621925 1,288879 1,765913 1,589835 2,191874 2,367962 2,367962 2,066932 1,765913 1,221969 0,125318

AMF110708- 43 E 0,725841 1,464916 1,464916 2,066932 2,191874 2,367962 2,191874 1,589835 1,36803 0,921344 0,010282

MMC110630- 53

D

0,837279 1,589835 1,589835 2,066932 2,191874 2,191874 2,066932 1,464916 1,221969 0,953454 0,010282

MMC110630-53

E

0,789172 1,464916 1,464916 2,191874 2,066932 2,066932 1,765913 1,36803 0,921344 0,564586 0,010282

RNB110617-74 D 0,578203 1,288879 1,589835 1,464916 1,765913 1,765913 1,765913 1,025873 0,767003 0,271659 0,010282

RNB110617-74 E 0,670709 1,36803 1,36803 1,464916 1,589835 1,765913 1,288879 0,953454 0,491088 0,16093 0,010282

UCA110621-70 D 1,164018 1,765913 1,589835 1,765913 1,36803 1,025873 0,688304 0,789172 0,578203 0,22898 0,010282

UCA110621-70 E 0,988148 1,589835 1,464916 1,765913 2,191874 2,066932 1,464916 1,288879 0,863517 0,688304 0,045163

MCA110815-75 E 0,688304 1,36803 1,112912 1,464916 1,221969 1,025873 0,767003 0,480014 0,230186 0,004318 0,010282

MJA110805-58 D 0,725841 1,288879 1,36803 1,464916 1,765913 1,765913 1,765913 1,221969 0,891461 0,606841 0,121034

MJA110805-58 E 0,745926 1,36803 1,464916 1,589835 1,765913 2,066932 1,464916 1,464916 1,067207 0,767003 0,260394

JFN120123-46 D 0,688304 1,464916 1,765913 2,191874 2,066932 2,191874 2,191874 2,066932 0,004305 0,004318 0,010282

JFN120123-46 E 0,812552 1,589835 1,765913 2,191874 2,191874 2,191874 2,191874 1,589835 0,837279 0,368788 0,010282

JMB110824-57 D 0,863517 1,589835 1,589835 1,765913 3 2,066932 2,066932 1,589835 0,988148 0,921344 0,010282

JMB110824-57 E 0,812552 1,36803 1,36803 1,464916 1,765913 2,066932 1,765913 1,36803 1,221969 0,422194 0,010282

Média 0,899849 1,496691 1,601923 1,811953 1,957234 1,929844 1,741614 1,390154 0,983174 0,63659 0,193582

Desvio Padrão 0,26424 0,308991 0,334238 0,3946 0,41778 0,470124 0,524273 0,549446 0,552821 0,542513 0,343961

Page 94: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

94

Apêndice I- Valores numéricos logarítmicos das 11 frequências espaciais do teste de sensibilidade ao contrate espacial de luminância de

participantes que compõem o grupo de controle.

CÓDIGOS

CONTROLES

0,2 0,5 0,8 1 2 4 6 10 15 20 30

AJR120216-51 D 1,221969 1,765913 2,066932 2,191874 2,367962 2,066932 1,765913 1,36803 0,789172 0,767003 0,138506

AJR120216-51 E 1,067207 1,589835 2,066932 2,066932 2,191874 2,191874 2,191874 1,765913 1,36803 1,067207 0,448481

ALN120122-39 D 1,221969 2,066932 2,066932 2,191874 2,367962 2,367962 2,367962 2,066932 1,589835 1,288879 0,147589

ALN120122-39 E 1,112912 1,589835 1,765913 2,066932 2,367962 2,367962 2,367962 2,191874 1,765913 1,36803 0,344553

JSS120122-41 D 1,36803 2,066932 2,066932 2,191874 2,367962 2,367962 2,066932 1,765913 1,288879 0,688304 0,092491

JSS120122-41 E 1,464916 2,191874 2,066932 2,367962 2,367962 2,367962 2,191874 1,464916 1,025873 0,321729 0,175521

LCG110620-37 D 1,36803 2,066932 1,765913 2,191874 2,668992 2,668992 2,367962 2,066932 1,464916 0,953454 0,010282

LCG110620-37 E 1,589835 2,066932 2,066932 2,066932 2,367962 2,367962 2,367962 2,066932 1,589835 0,988148 0,010282

MIT110722-37 D 1,36803 2,367962 2,191874 2,668992 2,367962 2,367962 2,367962 1,765913 1,765913 1,464916 0,822944

MIT110722-37 E 1,765913 2,668992 2,367962 2,668992 2,668992 2,668992 2,367962 2,066932 1,765913 1,464916 1,067207

MLM20122-48 D 1,164018 1,765913 1,765913 2,191874 2,191874 2,191874 2,191874 2,066932 1,464916 1,288879 0,526212

MLM120122-48 E 1,221969 1,765913 2,066932 1,765913 2,191874 2,191874 1,765913 1,288879 1,112912 0,51417 0,088607

RKF120224-47 D 0,921344 1,589835 1,589835 1,765913 2,066932 2,066932 2,066932 1,589835 0,812552 0,578203 0,010282

RKF120224-47 E 1,067207 1,589835 1,765913 1,765913 2,066932 2,066932 2,066932 1,36803 1,067207 0,725841 0,069857

EMS120411-51 D 0,921344 1,765913 1,765913 2,066932 2,191874 2,367962 2,191874 1,765913 1,36803 0,953454 0,653815

EMS120411-51 E 0,789172 1,36803 1,765913 2,191874 2,191874 2,367962 2,191874 2,191874 1,589835 1,464916 0,670709

JAN110715-51 D 0,921344 1,464916 1,589835 1,765913 2,066932 2,066932 2,191874 1,765913 1,221969 0,812552 0,400819

JAN110715-51 E 0,745926 1,464916 1,36803 1,765913 1,765913 2,066932 1,36803 0,767003 0,51417 0,480014 0,240683

LOR120404-60 D 1,36803 2,066932 2,066932 2,367962 2,191874 2,367962 2,066932 1,765913 1,288879 0,688304 0,344553

LOR120404-60 E 1,221969 1,589835 1,765913 2,066932 2,191874 2,367962 2,191874 1,589835 1,36803 0,526212 0,538615

MCP120327-49 D 1,067207 1,765913 1,765913 2,066932 2,066932 2,066932 2,066932 1,464916 1,288879 0,988148 0,352467

MCP120327-49 E 1,164018 1,464916 1,765913 2,066932 2,367962 2,367962 2,367962 1,589835 1,112912 0,953454 0,383229

LCO120327-60 D 0,921344 1,589835 1,765913 1,765913 2,191874 2,066932 2,191874 1,765913 1,288879 1,164018 0,293247

Page 95: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

95

LCO120327-60 E 1,067207 1,589835 1,765913 2,066932 2,367962 2,367962 2,191874 2,191874 1,765913 1,36803 0,1085

MGS120330-51 D 0,921344 1,765913 1,464916 2,066932 2,367962 2,066932 2,066932 1,765913 1,288879 1,067207 0,286445

MGS120330-51 E 1,221969 1,464916 1,765913 2,367962 2,367962 2,367962 2,191874 2,066932 1,765913 1,112912 0,564586

FCA110719-42 D 0,837279 1,765913 1,765913 2,066932 2,191874 2,191874 2,066932 1,464916 1,164018 0,725841 0,147589

FCA110719-42 E 0,837279 1,464916 1,765913 1,765913 2,066932 2,191874 2,066932 1,589835 1,589835 1,221969 0,428737

MCA110715-45 D 0,688304 1,164018 1,288879 1,765913 2,066932 2,066932 1,765913 1,288879 1,36803 0,51417 0,491088

MCA110715-45 E 0,767003 1,589835 1,765913 1,765913 2,367962 2,668992 2,367962 1,464916 1,464916 0,988148 0,321729

MJA110718-39 D 1,221969 1,589835 2,066932 1,765913 2,367962 2,367962 2,668992 2,191874 1,765913 1,464916 0,863517

MJA110718-39 E 1,221969 1,589835 1,765913 2,066932 2,191874 2,367962 2,066932 1,765913 1,288879 1,067207 0,538615

MJG120323-42 D 1,164018 1,765913 1,765913 1,765913 2,066932 2,066932 2,191874 1,765913 1,36803 1,288879 0,538615

MJG120323-42 E 1,164018 1,765913 1,765913 2,066932 2,191874 2,066932 2,191874 1,765913 1,464916 1,164018 0,592278

RSF120326-31 D 1,164018 1,464916 1,589835 1,765913 2,191874 2,367962 2,191874 2,066932 1,288879 0,921344 0,458724

RSF120326-31 E 0,921344 1,464916 1,765913 1,765913 2,367962 2,367962 2,191874 2,191874 1,589835 1,067207 0,526212

EBC120324-61 D 1,589835 2,191874 2,367962 2,367962 2,367962 2,367962 2,066932 1,765913 1,221969 0,988148 0,502468

EBC120324-61 E 1,464916 2,066932 2,066932 2,191874 2,367962 2,367962 2,668992 2,066932 1,589835 1,288879 0,653815

GRS120329-62 D 0,863517 1,765913 1,765913 2,191874 2,367962 2,367962 2,066932 1,589835 1,164018 0,921344 0,156919

GRS120329-62 E 0,921344 1,765913 1,765913 2,367962 2,367962 2,668992 2,367962 2,066932 1,464916 1,112912 0,79891

IPC120326-61 D 0,837279 2,066932 2,066932 2,367962 2,367962 2,367962 2,191874 2,191874 1,464916 1,164018 0,22898

IPC120326-61 E 0,921344 1,765913 1,765913 2,066932 2,191874 2,367962 2,191874 2,066932 1,765913 0,953454 0,260394

JAS120324-61 D 1,589835 2,367962 1,765913 2,191874 2,668992 2,668992 2,668992 2,191874 1,464916 0,953454 0,670709

JAS120324-61 E 1,112912 2,066932 2,367962 2,668992 2,668992 2,668992 2,668992 2,191874 1,765913 1,464916 0,526212

MCS120403-63 D 1,067207 1,765913 1,765913 2,066932 2,066932 2,066932 2,066932 1,464916 1,288879 0,988148 0,352467

MCS120403-63 E 1,164018 1,464916 1,765913 2,066932 2,367962 2,367962 2,367962 1,589835 1,112912 0,953454 0,383229

NLD120404-62 D 0,953454 1,765913 1,589835 1,765913 2,066932 2,066932 1,765913 1,464916 0,921344 0,578203 0,344553

NLD120404-62 E 1,112912 1,464916 1,765913 2,066932 2,367962 2,191874 2,191874 1,589835 1,164018 0,767003 0,010282

OMM120327-62

D

1,221969 2,191874 2,367962 2,191874 2,367962 2,367962 2,367962 2,191874 1,112912 0,863517 0,1085

OMM120327-62 0,863517 1,765913 2,066932 1,765913 2,367962 2,367962 2,191874 1,765913 1,221969 1,025873 0,448481

Page 96: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

96

E

MGL120121-47 D 1,589835 2,066932 1,765913 2,191874 2,668992 2,668992 2,668992 2,367962 2,066932 2,124476 1,589835

MGL120121-47 E 1,36803 2,066932 2,191874 2,367962 2,668992 2,668992 2,367962 2,367962 2,367962 1,589835 1,464916

ACT110713-40 D 0,621925 1,36803 2,066932 2,191874 2,367962 2,191874 1,589835 1,164018 0,837279 0,688304 0,360543

ACT110713-E 0,653815 1,164018 1,464916 1,589835 1,765913 1,464916 0,670709 0,837279 0,298411 0,120518 0,010282

MMC110629-49

D

0,653815 1,288879 1,464916 1,464916 1,765913 1,765913 1,164018 1,221969 0,988148 0,368788 0,019452

MMC110629-49

E

0,745926 1,464916 1,765913 2,066932 2,191874 2,367962 2,066932 1,112912 1,221969 0,891461 0,010282

VSP110627-43 D 0,706659 1,36803 1,765913 1,765913 1,765913 2,191874 1,464916 1,464916 0,035368 0,300173 0,391927

VSP110627-43 E 0,953454 1,464916 1,765913 1,765913 1,765913 1,765913 1,589835 1,112912 0,606841 0,004318 0,165727

MFN120416 47 D 0,688304 1,288879 1,288879 1,36803 1,464916 1,589835 1,36803 1,025873 0,670709 0,321729 0,134053

MFN120416 47 E 0,551398 1,36803 1,36803 1,221969 1,589835 2,066932 1,765913 1,067207 0,551398 0,592278 0,129658

RSB120416-51 D 0,953454 1,589835 1,464916 1,765913 2,066932 2,191874 2,066932 1,765913 1,288879 1,221969 0,733975

RSB120416-51 E 0,988148 1,36803 1,589835 1,765913 2,191874 2,367962 2,066932 2,066932 1,589835 1,221969 0,688304

Média 1,070972 1,717529 1,819771 2,01968 2,230271 2,266732 2,101019 1,724647 1,295735 0,950835 0,400685

Desvio Padrão 0,276298 0,317641 0,259256 0,294339 0,255203 0,249039 0,364874 0,39002 0,409442 0,386765 0,323051

Page 97: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

97

Parâmetro Estatístico

n da amostra 62

p-valor 0,9

-valor 0,95

-valor 0,05

z(1-p)/2 -1,645

X2

-1 44,038

K 1,951

Média 1,070972 1,717529 1,819771 2,01968 2,230271 2,266732 2,101019 1,724647 1,295735 0,950835 0,400685

desvio padrão 0,276298 0,317641 0,259256 0,294339 0,255203 0,249039 0,364874 0,39002 0,409442 0,386765 0,323051

LT superior 1,610149 2,337384 2,32569 2,594062 2,728282 2,752714 2,813045 2,485744 2,094734 1,705579 1,031097

LT inferior 0,531795 1,097673 1,313851 1,445297 1,73226 1,78075 1,388992 0,96355 0,496736 0,19609 -0,22973

n da amostra 62

p-valor 0,95

Média 1,070972 1,717529 1,819771 2,01968 2,230271 2,266732 2,101019 1,724647 1,295735 0,950835 0,400685

desvio padrão 0,276298 0,317641 0,259256 0,294339 0,255203 0,249039 0,364874 0,39002 0,409442 0,386765 0,323051

IC superior 1,141138 1,798194 1,885609 2,094428 2,29508 2,329976 2,193679 1,823693 1,399714 1,049054 0,482725

IC inferior 1,000805 1,636863 1,753932 1,944932 2,165461 2,203488 2,008358 1,6256 1,191756 0,852615 0,318645

Page 98: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

98

Apêndice J– Correlação entre erros do teste FM 100 e valores de HÁ1C e glicemia de jejum.

Paciente diabético Erro

FM100

Raiz HbGLIC GLICEMIA DE

JEJUM

ARN111222-56 D 116 10,8 5,9 106

ARN111222-56 E 132 11,5 5,9 106

MTM111222-56 D 80 9 8,8 178

MTM111222-56 E 56 7 8,8 178

MLO111220-45 D 152 12 9 298

MLO111220-45 E 224 15 9 298

IMB110908-34 D 260 16 8 184

IMB110908-34 E 200 14,142 8 184

MFP110902-45 D 372 19 9 202

MFP110902-45 E 264 16 9 202

MLS110830-83 D 168 13 6 99

MLS110830-83 E 268 16 6 99

MNF110916-50 D 452 21 7 146

MNF110916-50 E 396 20 7 146

EES110804-40 D 68 8 7,8 144

EES110804-40 E 56 7 7,8 144

JMS110614-54 D 156 12 8 134

JMS110614-54 E 116 11 8 134

LSN110804-31 D 104 10 8,3 138

LSN110804-31 E 124 11 8,3 138

MSN110825-56 D 52 7 6,1 98

MSN110825-56 E 44 7 6,1 98

MNC110804-51 D 124 11 6 109

Page 99: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

99

MNC110804-51 E 240 15 6 109

ASL110617-45 D 152 12 6,2 69

ASL110617-45 E 220 15 6,2 69

AMC110818-43 D 93 10 9,9 288

AMC110818-43 E 108 10 9,9 288

RRP110915-53 D 164 13 8,2 200

RRP110915-53 E 216 15 8,2 200

LCA111228-64 D 212 15 6,1 116

LCA111228-64 E 140 12 6,1 116

BSR120109-64 D 108 10 6,9 132

BSR120109-64 E 164 13 6,9 132

AMP120119-49 D 252 16 5,9 89

AMP120119-49 E 260 16 5,9 89

MJF120119-52 D 180 13 6,6 96

MJF120119-52 E 176 13 6,6 96

AMF110708- 43 D 144 12 7,7 122

AMF110708- 43 E 156 12 7,7 122

MMC110630- 53 D 80 9 5,5 81

MMC110630-53 E 100 10 5,5 81

RNB110617-74 D 176 13 5,9 91

RNB110617-74 E 264 16 5,9 91

UCA110621-70 D 152 12 6,6 113

UCA110621-70 E 144 12 6,6 113

MCA110815-75 E 340 18 5,9 96

MJA110805-58 D 196 14 5,9 96

MJA110805-58 E 160 13 6,6 115

JFN120123-46 D 124 11 6,9 134

JFN120123-46 E 100 10 6,9 134

Page 100: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

100

JMB110824-57 D 108 10 6,8 102

JMB110824-57 E 164 13 6,8 102

Parâmetros estatísticos

Erro e

HbGlic

Erro e Glicemia Raiz e HbGlic Raiz e Glicemia

n (pares)

=

53 n (pares) = 53 n (pares)

=

53 n (pares)

=

53

r

(Pearson)

=

-0,0775 r

(Pearson)

=

0,0193 r

(Pearson)

=

-

0,0993

r

(Pearson)

=

0,0125

IC 95% = -0.34 a 0.20 IC 95% = -0.25 a 0.29 IC 95% = -0.36 a 0.18 IC 95%

=

-0.26 a 0.28

IC 99% = -0.42 a 0.28 IC 99% = -0.33 a 0.37 IC 99% = -0.43 a 0.26 IC 99%

=

-0.34 a 0.36

R2 = 0,006 R2 = 0,0004 R2 = 0,0099 R2 = 0,0002

t = -0,5552 t = 0,138 t = -0,713 t = 0,0894

GL = 51 GL = 51 GL = 51 GL = 51

(p) = 0,5812 (p) = 0,8908 (p) = 0,4791 (p) = 0,9291

Poder

0.05 =

0,0519 Poder 0.05

=

0,0581 Poder

0.05 =

0,0918 Poder

0.05 =

0,0507

Poder

0.01 =

0,4025 Poder 0.01

=

0,0509 Poder

0.01 =

0,6152 Poder

0.01 =

0,0619

Não existe correlação entre os parâmetros

analisados

Apêndice K – Correlação entre as freqüências espaciais do teste FSCEL e valores HÁ1C e glicemia de jejum

Page 101: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

101

CÓDIGO DM 0,2 0,5 0,8 1 2 4 6 10 15 20 30 HbGlic Glicemia

ARN111222-56 D 1,164018 1,765913 2,066932 2,367962 2,191874 1,36803 1,112912 1,221969 0,491088 0,146924 0,010282 5,9 106

ARN111222-56 E 0,988148 1,765913 2,191874 2,191874 2,367962 1,765913 1,288879 1,067207 0,578203 0,062419 0,010282 5,9 106

MTM111222-56 D 0,891461 1,589835 2,066932 2,191874 2,367962 2,191874 2,191874 2,066932 1,36803 0,812552 0,080977 8,8 178

MTM111222-56 E 0,988148 1,589835 1,765913 2,066932 2,367962 2,367962 2,367962 1,765913 1,36803 1,112912 0,010282 8,8 178

MLO111220-45 D 0,988148 1,464916 1,589835 1,765913 2,367962 2,367962 2,066932 1,765913 1,36803 1,112912 0,438489 9 298

MLO111220-45 E 1,025873 1,589835 1,765913 2,191874 2,191874 2,191874 2,367962 2,066932 1,288879 1,221969 0,592278 9 298

IMB110908-34 D 0,502468 1,221969 1,025873 1,288879 1,288879 1,36803 1,36803 1,221969 0,391927 0,004318 0,010282 8 184

IMB110908-34 E 0,564586 1,221969 1,164018 1,112912 1,464916 1,221969 1,025873 0,863517 0,491088 0,004318 0,08477 8 184

MFP110902-45 D 0,789172 1,589835 1,765913 2,066932 2,066932 2,066932 1,288879 1,112912 0,706659 0,04854 0,010282 9 202

MFP110902-45 E 0,688304 1,288879 1,36803 1,589835 1,765913 1,765913 1,765913 1,221969 0,653815 0,07324 0,010282 9 202

MLS110830-83 D 0,953454 1,288879 1,464916 1,464916 1,36803 0,953454 0,891461 0,564586 0,271659 0,120518 0,010282 6 99

MLS110830-83 E 0,789172 1,164018 1,221969 1,464916 1,589835 1,464916 1,221969 1,025873 0,538615 0,09212 0,010282 6 99

MNF110916-50 D 0,837279 1,164018 1,288879 1,36803 1,464916 1,589835 1,112912 0,863517 0,767003 0,344553 0,010282 7 146

MNF110916-50 E 0,863517 1,288879 1,464916 1,464916 1,765913 1,464916 1,36803 1,025873 0,789172 0,491088 0,010282 7 146

EES110804-40 D 0,988148 1,765913 1,765913 2,066932 2,367962 2,367962 2,191874 2,191874 1,765913 0,988148 0,010282 7,8 144

EES110804-40 E 1,067207 1,589835 1,765913 2,066932 2,191874 2,367962 2,367962 2,066932 1,765913 0,812552 0,010282 7,8 144

JMS110614-54 D 0,953454 1,589835 1,765913 2,066932 2,191874 2,191874 2,066932 1,464916 1,164018 0,837279 0,104425 8 134

JMS110614-54 E 0,921344 1,589835 1,765913 2,066932 2,191874 2,066932 2,066932 1,36803 1,112912 0,725841 0,016365 8 134

LSN110804-31 D 1,221969 1,589835 1,765913 2,066932 2,367962 2,668992 2,668992 2,191874 1,589835 1,112912 0,010282 8,3 138

LSN110804-31 E 1,36803 2,066932 2,191874 2,367962 2,367962 2,668992 3 2,191874 1,589835 0,837279 0,035246 8,3 138

MSN110825-56 D 1,36803 1,765913 1,464916 2,066932 2,066932 2,367962 2,066932 1,765913 1,221969 0,812552 0,206638 6,1 98

MSN110825-56 E 0,891461 1,765913 1,589835 2,191874 2,066932 1,589835 1,464916 1,164018 0,812552 0,360543 0,010282 6,1 98

MNC110804-51 D 1,589835 1,589835 1,589835 1,765913 2,066932 2,066932 1,589835 1,288879 0,502468 0,165727 0,010282 6 109

MNC110804-51 E 0,812552 1,464916 1,36803 1,589835 2,066932 1,765913 1,765913 0,891461 0,480014 0,004318 0,010282 6 109

ASL110617-45 D 1,067207 1,765913 2,668992 2,668992 2,668992 3 2,367962 2,668992 2,066932 2,124476 1,164018 6,2 69

ASL110617-45 E 0,789172 1,765913 2,066932 2,191874 2,367962 2,367962 2,367962 2,668992 2,367962 1,589835 0,822944 6,2 69

AMC110818-43 D 0,480014 0,953454 1,164018 1,221969 1,464916 1,765913 1,36803 0,953454 0,891461 0,745926 0,217638 9,9 288

Page 102: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

102

AMC110818-43 E 0,789172 1,221969 1,221969 1,164018 1,288879 1,589835 1,164018 0,921344 0,606841 0,538615 0,314409 9,9 288

RRP110915-53 D 0,921344 1,221969 1,589835 1,589835 2,191874 1,589835 1,589835 1,464916 0,891461 0,670709 0,32919 8,2 200

RRP110915-53 E 0,767003 1,36803 1,589835 2,066932 2,367962 2,668992 2,367962 1,589835 1,164018 0,837279 0,419215 8,2 200

LCA111228-64 D 0,921344 1,464916 1,464916 1,765913 1,464916 1,288879 1,288879 0,767003 0,319776 0,076929 0,010282 6,1 116

LCA111228-64 E 0,921344 1,288879 1,36803 1,765913 1,765913 2,066932 1,765913 1,288879 0,592278 0,431828 0,010282 6,1 116

BSR120109-64 D 0,670709 1,464916 1,589835 1,589835 2,066932 2,066932 1,765913 1,164018 0,706659 0,502468 0,02257 6,9 132

BSR120109-64 E 0,812552 1,025873 1,464916 1,36803 1,589835 1,464916 1,36803 0,319776 0,2848 0,051953 0,223265 6,9 132

AMP120119-49 D 0,538615 1,36803 1,589835 1,765913 1,765913 2,066932 1,765913 2,066932 1,589835 1,164018 0,458724 5,9 89

AMP120119-49 E 0,988148 1,464916 1,589835 2,367962 2,066932 1,765913 2,191874 1,765913 1,464916 1,112912 0,63757 5,9 89

MJF120119-52 D 1,288879 2,066932 1,765913 2,066932 2,191874 2,191874 2,191874 1,221969 1,589835 0,745926 0,073521 6,6 96

MJF120119-52 E 1,164018 1,464916 1,765913 2,191874 2,066932 2,367962 2,191874 1,589835 1,464916 1,067207 0,273195 6,6 96

AMF110708- 43 D 0,621925 1,288879 1,765913 1,589835 2,191874 2,367962 2,367962 2,066932 1,765913 1,221969 0,125318 7,7 122

AMF110708- 43 E 0,725841 1,464916 1,464916 2,066932 2,191874 2,367962 2,191874 1,589835 1,36803 0,921344 0,010282 7,7 122

MMC110630- 53 D 0,837279 1,589835 1,589835 2,066932 2,191874 2,191874 2,066932 1,464916 1,221969 0,953454 0,010282 5,5 81

MMC110630-53 E 0,789172 1,464916 1,464916 2,191874 2,066932 2,066932 1,765913 1,36803 0,921344 0,564586 0,010282 5,5 81

RNB110617-74 D 0,578203 1,288879 1,589835 1,464916 1,765913 1,765913 1,765913 1,025873 0,767003 0,271659 0,010282 5,9 91

RNB110617-74 E 0,670709 1,36803 1,36803 1,464916 1,589835 1,765913 1,288879 0,953454 0,491088 0,16093 0,010282 5,9 91

UCA110621-70 D 1,164018 1,765913 1,589835 1,765913 1,36803 1,025873 0,688304 0,789172 0,578203 0,22898 0,010282 6,6 113

UCA110621-70 E 0,988148 1,589835 1,464916 1,765913 2,191874 2,066932 1,464916 1,288879 0,863517 0,688304 0,045163 6,6 113

MCA110815-75 E 0,688304 1,36803 1,112912 1,464916 1,221969 1,025873 0,767003 0,480014 0,230186 0,004318 0,010282 5,9 96

MJA110805-58 D 0,725841 1,288879 1,36803 1,464916 1,765913 1,765913 1,765913 1,221969 0,891461 0,606841 0,121034 5,9 96

MJA110805-58 E 0,745926 1,36803 1,464916 1,589835 1,765913 2,066932 1,464916 1,464916 1,067207 0,767003 0,260394 6,6 115

JFN120123-46 D 0,688304 1,464916 1,765913 2,191874 2,066932 2,191874 2,191874 2,066932 0,004305 0,004318 0,010282 6,9 134

JFN120123-46 E 0,812552 1,589835 1,765913 2,191874 2,191874 2,191874 2,191874 1,589835 0,837279 0,368788 0,010282 6,9 134

JMB110824-57 D 0,863517 1,589835 1,589835 1,765913 3 2,066932 2,066932 1,589835 0,988148 0,921344 0,010282 6,8 102

JMB110824-57 E 0,812552 1,36803 1,36803 1,464916 1,765913 2,066932 1,765913 1,36803 1,221969 0,422194 0,010282 6,8 102

Page 103: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

103

Hb Glic e freq

0,2 0,5 0,8 1 2

Colunas 1 e 2 Colunas 1 e 3 Colunas 1 e 4 Colunas 1 e 5 Colunas 1 e 6

n (pares)

=

53 n (pares)

=

53 n (pares)

=

53 n (pares)

=

53 n (pares)

=

53

r

(Pearson)

=

-

0,1065

r

(Pearson)

=

-0,1503 r

(Pearson)

=

-0,0188 r

(Pearson)

=

-0,115 r

(Pearson)

=

0,0724

IC 95%

=

-0.37 a 0.17 IC 95%

=

-0.40 a 0.13 IC 95%

=

-0.29 a 0.25 IC 95%

=

-0.37 a 0.16 IC 95%

=

-0.20 a 0.34

IC 99%

=

-0.44 a 0.25 IC 99%

=

-0.47 a 0.21 IC 99%

=

-0.37 a 0.33 IC 99%

=

-0.45 a 0.24 IC 99%

=

-0.28 a 0.41

R2 = 0,0113 R2 = 0,0226 R2 = 0,0004 R2 = 0,0132 R2 = 0,0052

t = -

0,7649

t = -1,0857 t = -0,1343 t = -0,8268 t = 0,5184

GL = 51 GL = 51 GL = 51 GL = 51 GL = 51

(p) = 0,4478 (p) = 0,2827 (p) = 0,8937 (p) = 0,4122 (p) = 0,6064

Poder

0.05 =

0,1079 Poder

0.05 =

0,2626 Poder

0.05 =

0,0186 Poder

0.05 =

0,1296 Poder

0.05 =

0,1271

Poder

0.01 =

0,71 Poder

0.01 =

1,8885 Poder

0.01 =

0,1286 Poder

0.01 =

0,8456 Poder

0.01 =

0,0135

4 6 10

Colunas 1 e 7 Colunas 1 e 8 Colunas 1 e 9

n (pares)

=

53 n (pares)

=

53 n (pares)

=

53

r

(Pearson)

=

0,2179 r

(Pearson)

=

0,2266 r

(Pearson)

=

0,1759

Page 104: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

104

IC 95%

=

-0.06 a 0.46 IC 95%

=

-0.05 a 0.47 IC 95%

=

-0.10 a 0.43

IC 99%

=

-0.14 a 0.53 IC 99%

=

-0.13 a 0.53 IC 99%

=

-0.19 a 0.49

R2 = 0,0475 R2 = 0,0513 R2 = 0,0309

t = 1,5948 t = 1,6611 t = 1,2758

GL = 51 GL = 51 GL = 51

(p) = 0,1168 (p) = 0,1027 (p) = 0,2077

Poder

0.05 =

0,4686 Poder

0.05 =

0,4941 Poder

0.05 =

0,3488

Poder

0.01 =

0,2234 Poder

0.01 =

0,2431 Poder

0.01 =

0,1411

15 20 30

Colunas 1 e 10 Colunas 1 e 11 Colunas 1 e

12

n (pares)

=

53 n (pares)

=

53 n (pares)

=

53

r

(Pearson)

=

0,1673 r

(Pearson)

=

0,1642 r

(Pearson)

=

0,0509

IC 95%

=

-0.11 a 0.42 IC 95%

=

-0.11 a 0.42 IC 95%

=

-0.22 a

0.32

IC 99%

=

-0.19 a 0.49 IC 99%

=

-0.20 a 0.49 IC 99%

=

-0.30 a

0.39

R2 = 0,028 R2 = 0,0269 R2 = 0,0026

t = 1,212 t = 1,1884 t = 0,3637

GL = 51 GL = 51 GL = 51

(p) = 0,231 (p) = 0,2401 (p) = 0,7176

Page 105: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

105

Poder

0.05 =

0,3261 Poder

0.05 =

0,3178 Poder

0.05 =

0,0961

Poder

0.01 =

0,1272 Poder

0.01 =

0,1222 Poder

0.01 =

0,0095

Glicemia e freq.

Colunas 1 e 2 Colunas 1 e 3 Colunas 1 e 4

n (pares)

=

53 n (pares)

=

53 n (pares)

=

53

r

(Pearson)

=

-

0,1576

r

(Pearson)

=

-0,2997 r

(Pearson)

=

-

0,1966

IC 95%

=

-0.41 a 0.12 IC 95%

=

-0.53 a -0.03 IC 95%

=

-0.44 a 0.08

IC 99%

=

-0.48 a 0.20 IC 99%

=

-0.59 a 0.06 IC 99%

=

-0.51 a 0.16

R2 = 0,0248 R2 = 0,0898 R2 = 0,0387

t = -

1,1399

t = -2,2437 t = -1,432

GL = 51 GL = 51 GL = 51

(p) = 0,2596 (p) = 0,0291 (p) = 0,1582

Poder

0.05 =

0,3028 Poder

0.05 =

15,5182 Poder

0.05 =

0,6555

Poder

0.01 =

2,2852 Poder

0.01 =

113,1913 Poder

0.01 =

8,3266

Page 106: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

106

Colunas 1 e 5 Colunas 1 e 6 Colunas 1 e 7 Colunas 1 e 8

n (pares)

=

53 n (pares)

=

53 n (pares)

=

53 n (pares)

=

53

r

(Pearson)

=

-0,2512 r

(Pearson)

=

-0,0959 r

(Pearson)

=

0,0095 r

(Pearson)

=

0,002

IC 95%

=

-0.49 a 0.02 IC 95%

=

-0.36 a 0.18 IC 95%

=

-0.26 a 0.28 IC 95%

=

-0.27 a 0.27

IC 99%

=

-0.55 a 0.11 IC 99%

=

-0.43 a 0.26 IC 99%

=

-0.34 a 0.36 IC 99%

=

-0.35 a 0.35

R2 = 0,0631 R2 = 0,0092 R2 = 0,0001 R2 = 0

t = -1,853 t = -0,6879 t = 0,0676 t = 0,0143

GL = 51 GL = 51 GL = 51 GL = 51

(p) = 0,0696 (p) = 0,4946 (p) = 0,9464 (p) = 0,9886

Poder

0.05 =

2,3705 Poder

0.05 =

0,0846 Poder

0.05 =

0,0475 Poder

0.05 =

0,0397

Poder

0.01 =

837,2802 Poder

0.01 =

0,5744 Poder

0.01 =

0,0671 Poder

0.01 =

0,0809

Colunas 1 e 9 Colunas 1 e 10 Colunas 1 e 11 Colunas 1 e 12

n (pares)

=

53 n (pares)

=

53 n (pares)

=

53 n (pares)

=

53

r

(Pearson)

=

-0,0164 r

(Pearson)

=

-0,0666 r

(Pearson)

=

0,0111 r

(Pearson)

=

0,1057

IC 95%

=

-0.29 a 0.26 IC 95%

=

-0.33 a 0.21 IC 95%

=

-0.26 a 0.28 IC 95%

=

-0.17 a 0.37

IC 99%

=

-0.36 a 0.33 IC 99%

=

-0.41 a 0.29 IC 99%

=

-0.34 a 0.36 IC 99%

=

-0.25 a 0.44

R2 = 0,0003 R2 = 0,0044 R2 = 0,0001 R2 = 0,0112

Page 107: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

107

t = -0,1174 t = -0,4765 t = 0,0793 t = 0,7594

GL = 51 GL = 51 GL = 51 GL = 51

(p) = 0,907 (p) = 0,6358 (p) = 0,9371 (p) = 0,4511

Poder

0.05 =

0,021 Poder

0.05 =

0,0359 Poder

0.05 =

0,0492 Poder

0.05 =

0,185

Poder

0.01 =

0,1223 Poder

0.01 =

0,3267 Poder

0.01 =

0,0643 Poder

0.01 =

0,0479

Apêndice L – Correlação entre erros do teste FM 100 e tempo de doença DM.

Paciente diabético Erro

FM100

Raiz Tempo de

doença

ARN111222-56 D 116 10,77032961 3

ARN111222-56 E 132 11,48912529 3

MTM111222-56 D 80 8,94427191 3

MTM111222-56 E 56 7,483314774 3

MLO111220-45 D 152 12,32882801 4

MLO111220-45 E 224 14,96662955 4

NVS111201-39 D 64 8 4

NVS111201-39 E 156 12,489996 4

IMB110908-34 D 260 16,1245155 5

IMB110908-34 E 200 14,14213562 5

MFP110902-45 D 372 19,28730152 11

MFP110902-45 E 264 16,24807681 11

MLS110830-83 D 168 12,9614814 40

MLS110830-83 E 268 16,37070554 40

MNF110916-50 D 452 21,26029163 18

Page 108: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

108

MNF110916-50 E 396 19,89974874 18

JBA110922-56 D 132 11,48912529 5

JBA110922-56 E 128 11,3137085 5

JSF110923-59 D 76 8,717797887 2

JSF110923-59 E 64 8 2

AMG111222-51 D 152 12,32882801 7

AMG111222-51 E 196 14 7

EES110804-40 D 68 8,246211251 3

EES110804-40 E 56 7,483314774 3

JMS110614-54 D 156 12,489996 2

JMS110614-54 E 116 10,77032961 2

LSN110804-31 D 104 10,19803903 1

LSN110804-31 E 124 11,13552873 1

MSN110825-56 D 52 7,211102551 6

MSN110825-56 E 44 6,633249581 6

MNC110804-51 D 124 11,13552873 3

MNC110804-51 E 240 15,49193338 3

PES110622-32 D 136 11,66190379 2

PES110622-32 E 240 15,49193338 2

ASL110617-45 D 152 12,32882801 4

ASL110617-45 E 220 14,83239697 4

AMC110818-43 D 93 9,643650761 7

AMC110818-43 E 108 10,39230485 7

RRP110915-53 D 164 12,80624847 12

RRP110915-53 E 216 14,69693846 12

LCA111228-64 D 212 14,56021978 3

LCA111228-64 E 140 11,83215957 3

BSR120109-64 D 108 10,39230485 1

Page 109: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

109

BSR120109-64 E 164 12,80624847 1

AMP120119-49 D 252 15,87450787 1

AMP120119-49 E 260 16,1245155 1

MJF120119-52 D 180 13,41640786 5

MJF120119-52 E 176 13,26649916 5

AMF110708- 43 D 144 12 5

AMF110708- 43 E 156 12,489996 5

MMC110630- 53 D 80 8,94427191 15

MMC110630-53 E 100 10 15

RNB110617-74 D 176 13,26649916 3

RNB110617-74 E 264 16,24807681 3

UCA110621-70 D 152 12,32882801 6

UCA110621-70 E 144 12 6

MCA110815-75 E 340 18,43908891 18

MJA110805-58 D 196 14 10

MJA110805-58 E 160 12,64911064 10

JFN120123-46 D 124 11,13552873 6

JFN120123-46 E 100 10 6

JMB110824-57 D 108 10,39230485 5

JMB110824-57 E 164 12,80624847 5

Page 110: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

110

PARÂMETROS ESTATÍSTICOS

Tempo e

erro

Tempo e

raiz

Colunas 1 e

2

Colunas 1 e

3

n (pares) = 63 n (pares) = 63

r (Pearson)

=

0,3632 r (Pearson)

=

0,3396

IC 95% = 0.13 a 0.56 IC 95% = 0.10 a 0.54

IC 99% = 0.05 a 0.61 IC 99% = 0.02 a 0.60

R2 = 0,1319 R2 = 0,1154

t = 3,0449 t = 2,8203

GL = 61 GL = 61

(p) = 0,0034 (p) = 0,0064

Poder 0.05

=

0,9037 Poder 0.05

=

0,8632

Poder 0.01

=

0,7331 Poder 0.01

=

0,6604

Existe correlação fraca entre tempo de doença e valor de erro

do FM 100.

Page 111: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

111

Apêndice M – Correlação entre as freqüências espaciais do teste FSCEL e o tempo de doença.

Paciente diabético 0,2 0,5 0,8 1 2 4 6 10 15 20 30 Tempo de

doença

ARN111222-56 D 1,16 1,77 2,07 2,37 2,19 1,37 1,11 1,22 0,49 0,15 0,01 3

ARN111222-56 E 0,99 1,77 2,19 2,19 2,37 1,77 1,29 1,07 0,58 0,06 0,01 3

MTM111222-56 D 0,89 1,59 2,07 2,19 2,37 2,19 2,19 2,07 1,37 0,81 0,08 3

MTM111222-56 E 0,99 1,59 1,77 2,07 2,37 2,37 2,37 1,77 1,37 1,11 0,01 3

MLO111220-45 D 0,99 1,46 1,59 1,77 2,37 2,37 2,07 1,77 1,37 1,11 0,44 4

MLO111220-45 E 1,03 1,59 1,77 2,19 2,19 2,19 2,37 2,07 1,29 1,22 0,59 4

NVS111201-39 D 1,07 1,59 2,07 2,19 2,07 2,37 1,77 1,77 1,46 1,37 0,37 4

NVS111201-39 E 0,55 1,29 1,59 1,46 1,77 1,77 1,29 1,11 0,51 0,00 0,01 4

IMB110908-34 D 0,50 1,22 1,03 1,29 1,29 1,37 1,37 1,22 0,39 0,00 0,01 5

IMB110908-34 E 0,56 1,22 1,16 1,11 1,46 1,22 1,03 0,86 0,49 0,00 0,08 5

MFP110902-45 D 0,79 1,59 1,77 2,07 2,07 2,07 1,29 1,11 0,71 0,05 0,01 11

MFP110902-45 E 0,69 1,29 1,37 1,59 1,77 1,77 1,77 1,22 0,65 0,07 0,01 11

MLS110830-83 D 0,95 1,29 1,46 1,46 1,37 0,95 0,89 0,56 0,27 0,12 0,01 40

MLS110830-83 E 0,79 1,16 1,22 1,46 1,59 1,46 1,22 1,03 0,54 0,09 0,01 40

MNF110916-50 D 0,84 1,16 1,29 1,37 1,46 1,59 1,11 0,86 0,77 0,34 0,01 18

MNF110916-50 E 0,86 1,29 1,46 1,46 1,77 1,46 1,37 1,03 0,79 0,49 0,01 18

JBA110922-56 D 1,59 2,37 1,77 2,19 2,37 2,37 2,37 2,07 2,19 2,12 1,46 5

JBA110922-56 E 1,46 1,77 2,19 2,37 2,37 2,67 2,37 2,07 2,07 2,27 1,77 5

JSF110923-59 D 1,16 2,67 2,07 2,07 2,37 2,19 2,07 1,46 1,11 0,77 0,35 2

JSF110923-59 E 1,37 1,77 2,07 2,07 2,37 1,77 1,29 1,37 0,95 0,86 0,43 2

AMG111222-51 D 0,79 1,29 1,29 1,37 1,22 1,29 0,99 0,00 0,00 0,00 0,18 7

AMG111222-51 E 0,52 0,88 0,82 1,01 1,35 1,28 1,45 1,28 0,94 0,17 0,03 7

EES110804-40 D 0,99 1,77 1,77 2,07 2,37 2,37 2,19 2,19 1,77 0,99 0,01 3

EES110804-40 E 1,07 1,59 1,77 2,07 2,19 2,37 2,37 2,07 1,77 0,81 0,01 3

Page 112: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

112

JMS110614-54 D 0,95 1,59 1,77 2,07 2,19 2,19 2,07 1,46 1,16 0,84 0,10 2

JMS110614-54 E 0,92 1,59 1,77 2,07 2,19 2,07 2,07 1,37 1,11 0,73 0,02 2

LSN110804-31 D 1,22 1,59 1,77 2,07 2,37 2,67 2,67 2,19 1,59 1,11 0,01 1

LSN110804-31 E 1,37 2,07 2,19 2,37 2,37 2,67 3,00 2,19 1,59 0,84 0,04 1

MSN110825-56 D 1,37 1,77 1,46 2,07 2,07 2,37 2,07 1,77 1,22 0,81 0,21 6

MSN110825-56 E 0,89 1,77 1,59 2,19 2,07 1,59 1,46 1,16 0,81 0,36 0,01 6

MNC110804-51 D 1,59 1,59 1,59 1,77 2,07 2,07 1,59 1,29 0,50 0,17 0,01 3

MNC110804-51 E 0,81 1,46 1,37 1,59 2,07 1,77 1,77 0,89 0,48 0,00 0,01 3

PES110622-32 D 0,62 1,11 1,07 1,22 1,07 1,29 0,92 0,77 0,27 0,16 0,12 2

PES110622-32 E 0,50 1,03 1,11 0,99 1,11 1,07 0,95 0,47 0,13 0,30 0,11 2

ASL110617-45 D 1,07 1,77 2,67 2,67 2,67 3,00 2,37 2,67 2,07 2,12 1,16 4

ASL110617-45 E 0,79 1,77 2,07 2,19 2,37 2,37 2,37 2,67 2,37 1,59 0,82 4

AMC110818-43 D 0,48 0,95 1,16 1,22 1,46 1,77 1,37 0,95 0,89 0,75 0,22 7

AMC110818-43 E 0,79 1,22 1,22 1,16 1,29 1,59 1,16 0,92 0,61 0,54 0,31 7

RRP110915-53 D 0,92 1,22 1,59 1,59 2,19 1,59 1,59 1,46 0,89 0,67 0,33 12

RRP110915-53 E 0,77 1,37 1,59 2,07 2,37 2,67 2,37 1,59 1,16 0,84 0,42 12

LCA111228-64 D 0,92 1,46 1,46 1,77 1,46 1,29 1,29 0,77 0,32 0,08 0,01 3

LCA111228-64 E 0,92 1,29 1,37 1,77 1,77 2,07 1,77 1,29 0,59 0,43 0,01 3

BSR120109-64 D 0,67 1,46 1,59 1,59 2,07 2,07 1,77 1,16 0,71 0,50 0,02 1

BSR120109-64 E 0,81 1,03 1,46 1,37 1,59 1,46 1,37 0,32 0,28 0,05 0,22 1

AMP120119-49 D 0,54 1,37 1,59 1,77 1,77 2,07 1,77 2,07 1,59 1,16 0,46 1

AMP120119-49 E 0,99 1,46 1,59 2,37 2,07 1,77 2,19 1,77 1,46 1,11 0,64 1

MJF120119-52 D 1,29 2,07 1,77 2,07 2,19 2,19 2,19 1,22 1,59 0,75 0,07 5

MJF120119-52 E 1,16 1,46 1,77 2,19 2,07 2,37 2,19 1,59 1,46 1,07 0,27 5

AMF110708- 43 D 0,62 1,29 1,77 1,59 2,19 2,37 2,37 2,07 1,77 1,22 0,13 5

AMF110708- 43 E 0,73 1,46 1,46 2,07 2,19 2,37 2,19 1,59 1,37 0,92 0,01 5

MMC110630- 53 D 0,84 1,59 1,59 2,07 2,19 2,19 2,07 1,46 1,22 0,95 0,01 15

MMC110630-53 E 0,79 1,46 1,46 2,19 2,07 2,07 1,77 1,37 0,92 0,56 0,01 15

Page 113: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

113

RNB110617-74 D 0,58 1,29 1,59 1,46 1,77 1,77 1,77 1,03 0,77 0,27 0,01 3

RNB110617-74 E 0,67 1,37 1,37 1,46 1,59 1,77 1,29 0,95 0,49 0,16 0,01 3

UCA110621-70 D 1,16 1,77 1,59 1,77 1,37 1,03 0,69 0,79 0,58 0,23 0,01 6

UCA110621-70 E 0,99 1,59 1,46 1,77 2,19 2,07 1,46 1,29 0,86 0,69 0,05 6

MCA110815-75 E 0,69 1,37 1,11 1,46 1,22 1,03 0,77 0,48 0,23 0,00 0,01 18

MJA110805-58 D 0,726 1,289 1,368 1,465 1,766 1,766 1,766 1,222 0,891 0,607 0,121 10

MJA110805-58 E 0,75 1,37 1,46 1,59 1,77 2,07 1,46 1,46 1,07 0,77 0,26 10

JFN120123-46 D 0,69 1,46 1,77 2,19 2,07 2,19 2,19 2,07 0,00 0,00 0,01 6

JFN120123-46 E 0,81 1,59 1,77 2,19 2,19 2,19 2,19 1,59 0,84 0,37 0,01 6

JMB110824-57 D 0,86 1,59 1,59 1,77 3,00 2,07 2,07 1,59 0,99 0,92 0,01 5

JMB110824-57 E 0,81 1,37 1,37 1,46 1,77 2,07 1,77 1,37 1,22 0,42 0,01 5

HbTempo e freq

0,2 0,5 0,8 1

Colunas 12 e 1 Colunas 2 e 12 Colunas 3 e 12 Colunas 4 e 12

n (pares)

=

63 n (pares)

=

63 n (pares)

=

63 n (pares)

=

63

r

(Pearson)

=

-

0,1351

r

(Pearson)

=

-0,271 r

(Pearson)

=

-0,2977 r

(Pearson)

=

-0,244

IC 95%

=

-0.37 a 0.12 IC 95%

=

-0.49 a -0.02 IC 95%

=

-0.51 a -0.05 IC 95%

=

-0.46 a 0.00

IC 99%

=

-0.44 a 0.19 IC 99%

=

-0.54 a 0.06 IC 99%

=

-0.56 a 0.03 IC 99%

=

-0.52 a 0.08

R2 = 0,0183 R2 = 0,0734 R2 = 0,0886 R2 = 0,0595

t = -1,065 t = -2,1986 t = -2,4353 t = -1,9648

Page 114: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

114

GL = 61 GL = 61 GL = 61 GL = 61

(p) = 0,291 (p) = 0,0316 (p) = 0,0178 (p) = 0,0539

Poder

0.05 =

0,2503 Poder

0.05 =

12,2839 Poder

0.05 =

99,7484 Poder

0.05 =

3,7452

Poder

0.01 =

1,7751 Poder

0.01 =

335,7244 Poder

0.01 =

2,637 Poder

0.01 =

97274

2 4 6 10

Colunas 5 e 12 Colunas 6 e 12 Colunas 7 e 12 Colunas 8 e 12

n (pares)

=

63 n (pares)

=

63 n (pares)

=

63 n (pares)

=

63

r

(Pearson)

=

-0,2891 r

(Pearson)

=

-0,3432 r

(Pearson)

=

-0,3441 r

(Pearson)

=

-0,2962

IC 95%

=

-0.50 a -0.04 IC 95%

=

-0.54 a -0.10 IC 95%

=

-0.55 a -0.11 IC 95%

=

-0.51 a -0.05

IC 99%

=

-0.56 a 0.04 IC 99%

=

-0.60 a -0.02 IC 99%

=

-0.60 a -0.03 IC 99%

=

-0.56 a 0.03

R2 = 0,0836 R2 = 0,1178 R2 = 0,1184 R2 = 0,0878

t = -2,3584 t = -2,8538 t = -2,8625 t = -2,4225

GL = 61 GL = 61 GL = 61 GL = 61

(p) = 0,0215 (p) = 0,0059 (p) = 0,0057 (p) = 0,0183

Poder

0.05 =

42,6128 Poder

0.05 =

5074,536 Poder

0.05 =

3318,722 Poder

0.05 =

85,1475

Poder

0.01 =

7,3764 Poder

0.01 =

1,0082 Poder

0.01 =

1,0075 Poder

0.01 =

3,0234

Page 115: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

115

15 20 30

Colunas 9 e 12 Colunas 10 e 12 Colunas 11 e 12

n (pares)

=

63 n (pares)

=

63 n (pares) = 63

r

(Pearson)

=

-0,2502 r

(Pearson)

=

-0,2352 r (Pearson)

=

-0,1457

IC 95%

=

-0.47 a 0.00 IC 95%

=

-0.46 a 0.01 IC 95% = -0.38 a 0.11

IC 99%

=

-0.53 a 0.08 IC 99%

=

-0.52 a 0.09 IC 99% = -0.45 a 0.18

R2 = 0,0626 R2 = 0,0553 R2 = 0,0212

t = -2,0185 t = -1,8899 t = -1,1502

GL = 61 GL = 61 GL = 61

(p) = 0,0479 (p) = 0,0634 (p) = 0,2545

Poder

0.05 =

4,7252 Poder

0.05 =

2,7816 Poder 0.05

=

0,3132

Poder

0.01 =

5,15E+08 Poder

0.01 =

2757,326 Poder 0.01

=

2,3959

Existe correlação entre tempo de doença e valores de sensibilidade ao contraste obtidos pelo SCL nas frequencias de 0.5; 0.8; 2; 4; 6; 10 e

15 cpg.

Page 116: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

116

Apêndice N- Análise estatística entre os grupos com retinopatia e sem retinopatia diabética

FM100

Table Analyzed Data 1

One-way analysis of variance

P value P<0.0001

P value summary ***

Are means signif. different? (P < 0.05)

Yes

Number of groups 3

F 30,13

R squared 0,3832

Bartlett's test for equal variances

Bartlett's statistic (corrected) 1,939

P value 0,3793

P value summary ns

Do the variances differ signif. (P < 0.05)

No

ANOVA Table SS df MS

Treatment (between columns) 554,2 2 277,1

Residual (within columns) 892 97 9,196

Total 1446 99

Bonferroni's Multiple Comparison Test

Mean Diff.

t Significant? P < 0.05?

Summary 95% CI of diff

Controle vs Com retinose -5,442 6,783 Yes *** -7.397 to -3.487

Page 117: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

117

Controle vs Sem retinose -4,054 5,789 Yes *** -5.760 to -2.348

Com retinose vs Sem retinose 1,388 1,586 No ns -0.7445 to 3.521

SCEL

Table Analyzed Data 2

Two-way RM ANOVA Matching by cols

Source of Variation % of total variation

P value

Interaction 0,25 0,3569

Time 58,33 P<0.0001

Column Factor 4,53 P<0.0001

Subjects (matching) 16,8555 P<0.0001

Source of Variation P value summary

Significant?

Interaction ns No

Time *** Yes

Column Factor *** Yes

Subjects (matching) *** Yes

Source of Variation Df Sum-of-squares

Mean square

F

Interaction 20 1,312 0,06558 1,087

Time 10 311,9 31,19 517,1

Column Factor 2 24,21 12,11 13,03

Subjects (matching) 97 90,12 0,9291 15,4

Residual 970 58,51 0,06032

Page 118: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

118

Number of missing values 0

Bonferroni posttests

Controle vs Com retinose

Column Factor Controle Com retinose Difference 95% CI of diff.

0.2 1,081 0,8466 -0,2341 -0.5481 to 0.07993

0.5 1,75 1,41 -0,3401 -0.6541 to -0.02605

0.8 1,851 1,525 -0,3267 -0.6407 to -0.01264

1 2,032 1,781 -0,2512 -0.5652 to 0.06282

2 2,238 1,868 -0,37 -0.6840 to -0.05596

4 2,27 1,822 -0,4478 -0.7618 to -0.1338

6 2,107 1,65 -0,4572 -0.7712 to -0.1432

10 1,749 1,299 -0,4501 -0.7641 to -0.1361

15 1,298 0,9065 -0,3918 -0.7058 to -0.07774

20 0,9777 0,5057 -0,472 -0.7860 to -0.1580

30 0,3979 0,1167 -0,2812 -0.5953 to 0.03277

Column Factor Difference t P value Summary

0.2 -0,2341 2,371 P > 0.05 ns

0.5 -0,3401 3,444 P<0.01 **

0.8 -0,3267 3,308 P < 0.05 *

1 -0,2512 2,544 P > 0.05 ns

2 -0,37 3,747 P<0.01 **

Page 119: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

119

4 -0,4478 4,535 P<0.001 ***

6 -0,4572 4,63 P<0.001 ***

10 -0,4501 4,558 P<0.001 ***

15 -0,3918 3,967 P<0.001 ***

20 -0,472 4,78 P<0.001 ***

30 -0,2812 2,848 P < 0.05 *

Controle vs SEm retinose

Column Factor Controle SEm retinose Difference 95% CI of diff.

0.2 1,081 0,9287 -0,152 -0.4261 to 0.1221

0.5 1,75 1,531 -0,2196 -0.4937 to 0.05452

0.8 1,851 1,658 -0,1931 -0.4672 to 0.08104

1 2,032 1,878 -0,1544 -0.4285 to 0.1197

2 2,238 2,062 -0,1758 -0.4499 to 0.09827

4 2,27 2,025 -0,2447 -0.5188 to 0.02941

6 2,107 1,865 -0,2417 -0.5158 to 0.03242

10 1,749 1,505 -0,2437 -0.5178 to 0.03042

15 1,298 1,039 -0,2593 -0.5334 to 0.01482

20 0,9777 0,6578 -0,3199 -0.5940 to -0.04575

30 0,3979 0,1579 -0,24 -0.5141 to 0.03411

Column Factor Difference t P value Summary

0.2 -0,152 1,763 P > 0.05 ns

0.5 -0,2196 2,548 P > 0.05 ns

0.8 -0,1931 2,24 P > 0.05 ns

Page 120: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

120

1 -0,1544 1,791 P > 0.05 ns

2 -0,1758 2,04 P > 0.05 ns

4 -0,2447 2,839 P > 0.05 ns

6 -0,2417 2,804 P > 0.05 ns

10 -0,2437 2,827 P > 0.05 ns

15 -0,2593 3,008 P < 0.05 *

20 -0,3199 3,711 P<0.01 **

30 -0,24 2,784 P > 0.05 ns

Com retinose vs Sem retinose

Column Factor Com retinose SEm retinose Difference 95% CI of diff.

0.2 0,8466 0,9287 0,08214 -0.2605 to 0.4248

0.5 1,41 1,531 0,1205 -0.2221 to 0.4631

0.8 1,525 1,658 0,1336 -0.2090 to 0.4762

1 1,781 1,878 0,09683 -0.2458 to 0.4395

2 1,868 2,062 0,1941 -0.1485 to 0.5368

4 1,822 2,025 0,2031 -0.1395 to 0.5457

6 1,65 1,865 0,2155 -0.1271 to 0.5582

10 1,299 1,505 0,2064 -0.1362 to 0.5491

15 0,9065 1,039 0,1325 -0.2101 to 0.4751

20 0,5057 0,6578 0,1522 -0.1905 to 0.4948

30 0,1167 0,1579 0,04126 -0.3014 to 0.3839

Column Factor Difference t P value Summary

0.2 0,08214 0,7624 P > 0.05 ns

0.5 0,1205 1,118 P > 0.05 ns

0.8 0,1336 1,24 P > 0.05 ns

1 0,09683 0,8987 P > 0.05 ns

2 0,1941 1,802 P > 0.05 ns

Page 121: Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade

121

4 0,2031 1,885 P > 0.05 ns

6 0,2155 2,001 P > 0.05 ns

10 0,2064 1,916 P > 0.05 ns

15 0,1325 1,23 P > 0.05 ns

20 0,1522 1,412 P > 0.05 ns

30 0,04126 0,3829 P > 0.05 ns

Não existe diferença estatística entre os olhos com DM II com retinose e os olhos com DMII sem retinose. Existe diferença entre contre controle

e DMII.