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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
MESTRADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
LUCIANA CRISTINA GONÇALVES DE OLIVEIRA ANDRADE
Avaliação Psicofísica do Sistema Visual em Pacientes Portadores de Diabetes Mellitus
tipo 2: um estudo na Unidade Básica de Saúde da Universidade Federal do Amapá
Macapá
2012
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LUCIANA CRISTINA GONÇALVES DE OLIVEIRA ANDRADE
Avaliação Psicofísica do Sistema Visual em Pacientes Portadores de Diabetes Mellitus
tipo 2: um estudo na Unidade Básica de Saúde da Universidade Federal do Amapá
Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de
Pesquisa e Pós-Graduação em Ciências da Saúde,
Universidade Federal do Amapá, como requisito
para a obtenção do grau de Mestre em Ciências da
Saúde.
Orientadora: Profª. Drª. Maria Izabel Tentes Côrtes.
Macapá
2012
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LUCIANA CRISTINA GONÇALVES DE OLIVEIRA ANDRADE
Avaliação Psicofísica do Sistema Visual em Pacientes Portadores de Diabetes Mellitus
tipo 2: um estudo na Unudade Básica de Saúde da Universidade Federal do Amapá
Dissertação aprovada como requisito para obtenção do
título de Mestre no Programa de Pesquisa e Pós-
Graduação em Ciências da Saúde, Universidade
Federal do Amapá, pela Comissão Examinadora
formada pelos professores:
Data da Avaliação: 20 de setembro de 2012
Comissão avaliadora:
Professora Drª. Maria Izabel Tentes Côrtes - Orientador
Programa de Pesquisa e Pós-Graduação Universidade Federal do Amapá
Mestrado em Ciências da Saúde – Presidente
Professor Dr. Givago da Silva Souza
Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Fisiologia, UFPA
Núcleo de Medicina Tropical, UFPA – Membro Titular
Professora Drª. Maira Tiyomi Sacata Tongu Nazima
Universidade Federal do Amapá – Membro Titular
Professora Drª.Silvia Maria Mathes Faustino
Universidade Federal do Amapá – Membro Titular
Professora Drª. Artemis Socorro do Nascimento Rodrigues
Universidade Federal do Amapá – Membro Suplente
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Para André, meu amado esposo, às minhas
filhas, Amanda e Aimée, por amor a
vocês, sempre me encorajo em busca do
melhor.
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AGRADECIMENTOS
Acima de tudo, agradeço a Deus que me deu saúde e força de vontade para não
desanimar no meio do caminho.
À Profª Drª Maria Izabel Tentes Côrtes, excelente orientadora, pela sua indiscutível
competência, disposição, companheirismo, encorajamento e humildade em compartilhar seu
conhecimento.
À Profª Drª Luidimila, pelo acolhimento no grupo de pacientes da UBS- Unifap de
controle de diabetes e sempre presteza em nos apoiar.
À Profª Drª Maira Tongu, por fazer a avaliação clínica oftalmológica dos participantes
dessa pesquisa.
À Profª Bandeira, por nos ceder espaço na UBS-Unifap, para que pudéssemos realizar
grande parte desse trabalho.
À MSc. Eliza Maria Lacerda, pela sua incansável presteza, incentivo e atenção, todas
as vezes que estive no Núcleo de Medicina Tropical-UFPa, e orientações à distância. Suas
contribuições foram inúmeras.
Ao Profº Dr. Anderson Raiol Rodrigues, que mesmo tomado de seus afazeres, sempre
esteve disponível para esclarecer as dúvidas necessárias.
Ao meu esposo, André Andrade, maior incentivador e apoiador dessa etapa da minha
vida.
A minha fiel companheira de pesquisa e estudo Jocimara Nascimento, sem a sua
contribuição e companheirismo tudo teria sido muito mais difícil.
A todos os participantes voluntários dessa pesquisa pela disponibilidade e paciência na
realização das etapas desse estudo.
À minha irmã Ana Carolina, pelas palavras de incentivo, amor e ajuda sempre que
precisei para que pudesse trabalhar em paz.
Aos meus colegas da Faculdade de Macapá- FAMA, pelo apoio nos momentos em que
precisei me ausentar.
À Elizângela e Márcia por cuidarem tão bem da minha casa e dos tesouros mais
preciosos que tenho minhas filhas Amanda e Aimée.
E serei sempre grata de todo meu coração à minha mãe Nazaré Cristina, pelos
ensinamentos, pelos valores passados, pelo esforço para me proporcionar educação para que
eu pudesse ser a mulher que sou hoje, obrigada mãe.
A todos aqueles que contribuíram de alguma forma para a realização deste trabalho.
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O coração do homem planeja o seu
caminho, mas o Senhor lhe dirige os
passos. Provérbios 16:9
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RESUMO
Diabetes mellitus é um problema de saúde pública prevalente, em ascendência com elevado
ônus social e econômico, cujo diagnóstico é desconhecido em metade dos indivíduos
portadores. Essa patologia é a maior causa de cegueira adquirida, amputação de membro
inferior sem uma situação de trauma e falência renal nos programas de diálise. Além de que, é
a causa de 6% de todas as mortes e responsável por 30% de hospitalizações. Objetivos:
avaliar o desempenho do sistema visual humano de indivíduos com diabetes mellitus com ou
sem retinopatia diabética instalada, usando paradigmas psicofísicos experimentais. Métodos:
foram testados 32 participantes diagnosticados com DM2 (52,62 ± 12,17 anos). Testes
psicofísicos usados: Teste de Ordenamento de Cores de Farnworth-Munsell –FM-100- (n=63)
e o Teste de Sensibilidade ao Contrate Espacial de Luminância-FSCEL- (n=63), cujos
parâmetros utilizados foram o valor de erro, raiz do erro e pontos médios. Os resultados de
cada participante e os valores médios do grupo foram comparados com intervalos de
confiança e tolerância estabelecidos a partir do grupo controle. Para avaliar as diferenças entre
o grupo de diabetes mellitus tipo 2 e o grupo controle, utilizou-se o teste-t e para avaliar
correlações entre hemoglobina glicada, glicemia de jejum, tempo de doença e desempenho
nos testes utilizou-se o índice de correlação linear de Pearson (α=0.05). Resultados: FSCEL:
31(49,20%) dos olhos com DM, apresentou pelo menos uma frequência alterada e a média
desse grupo apresentou-se abaixo do limite inferior do intervalo de confiança em todas as
freqüências testadas, essas alterações foram observadas principalmente nas freqüências
médias (4 e 6 cpg). Relacionando os valores de hemoglobina glicada e glicemis de jejum
utilizando-se o índice de correlação de Pearson, observou-se que não houve correlação.
Houve correlação para o tempo de doença e as freqüências de 0,5, 0,8, 2,4,6,10 e 15cpg
(P<0,05). FM-100: 19(30,15%) olhos com DM apresentaram valores de erro acima do limite
de tolerância superior. A média de erro do grupo DM foi de 165,41±84,08, estatisticamente
diferente, depois de realizado teste t-student, dos erros do controle, que foi de 79,37±58,59
para p < 0,0001. Quando realizado o teste de correlação de Pearson para os valores de
Hemoglobina glicada e glicemia de jejum em relação ao erro, observou-se que não houve
correlação. Para a variável tempo de doença, observou-se uma correlação fraca entre os
parâmetros analisados Conclusão:mais de 30% dos participantes apresentaram alguma
alteração para a visão de cor ou SCEL; Foram encontradas alterações cromáticas e
acromáticas.A visão acromática foi mais sensível a doença, pois apresentou os piores
resultados. A alteração se deu principalmente nas frequências espaciais médias que
compreendem as frequências de 4cpg e 6cpg; Existe associação das alterações visuais com
danos na retina;Apesar dos valores de glicemia não influenciarem os resultado dos exames
psicofísicos, o tempo de doença apresentou relação com o resultado. Apresentado piores
resultados os pacientes com mais tempo de doença.
Palavras-chave: Diabetes tipo 2. Psicofísica visual. Retinopatia diabética. Sensibilidade ao
contraste. Visão de cores.
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ABSTRACT
Diabetes mellitus is a prevalent growing public health problem with high social and economic
burden, whose diagnosis is unknown in half holders. This disease is the leading cause of
blindness, lower limb amputation without a state of trauma and renal failure in dialysis
programs. Besides that is the cause of 6% of all deaths, and accounts for 30% of
hospitalizations. Objectives: To evaluate the performance of the human visual system of
individuals with diabetes mellitus with or without diabetic retinopathy installed using
psychophysical experimental paradigms. Methods: We tested 32 participants diagnosed with
DM2 (52.62 ± 12.17 years). Psychophysical tests used: Test Spatial Color of Farnworth-
Munsell-100-FM-(n = 63) and Sensitivity Test to Hire Space Luminance-FSCEL-(n = 63),
whose parameters used were the error value, root of the error and midpoints. The results of
each participant and group mean values were compared with confidence intervals and
tolerance established from the control group. To evaluate the differences between the group of
type 2 diabetes mellitus and the control group, we used the t-test and to evaluate correlations
between glycated hemoglobin, fasting glucose, disease duration and performance tests we
used the linear correlation index Pearson (α = 0.05). Results: FSCEL: 31 (49.20%) of eyes
with DM, had at least one frequency changed and the average of this group appeared below
the lower limit of the confidence interval at all frequencies tested, these changes were
observed mainly in the average frequencies (4 and 6 cpd). Relating the values of glycated
hemoglobin and fasting glicemis using the Pearson correlation index, there was no
correlation. Correlation to disease duration and frequencies of 0.5, 0.8, and 2,4,6,10 15cpg (p
<0.05). FM-100: 19 (30.15%) eyes with DM presented above error the upper tolerance limit.
The average error of the DM group was 165.41 ± 84.08, statistically different, after
undertaking Student t test, the errors of the control, which was 79.37 ± 58.59 for p <0.0001.
When performed the Pearson correlation test for glycated hemoglobin values and fasting
glucose compared to the error, there was no correlation. For the variable duration of disease,
there was a weak correlation between the parameters measured. Conclusions: Over 30% of
participants showed abnormalities in color vision or SCEL; chromatic and achromatic vision
alterations were found. Achromatic vision was more sensitive to disease, because it showed
the worst results. The change was primarily in medium spatial frequencies corresponding to
4cpg and 6cpg frequencies; there is an association of visual impairment with damage to the
retina; spite of glycemia does not influence the outcome of psychophysical tests, disease
duration was correlated with outcomes obtained; patients with longer disease presented worse
outcomes.
Keywords: Diabetes type 2. Visual psychophysics. Diabetic retinopathy. Contrast sensitivity.
Color vision.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Projeção de casos de diabetes de 2000 a 2030 19
Figura 2- Critérios diagnósticos para o Diabetes 20
Figura 3- Critérios diagnósticos para o Pré-diabetes 21
Figura 4 - Retina normal e com retinopatia 23
Figura 5 -
Retinopatia Diabética não proliferativa (observa-se pontos anormais
mostrando pequeno sangramento;as manchas amarelas são tecido
gorduroso que escaparam dos vasos danificados, causando edema
macular e visão borradaRetina - camadas celulares
24
Figura 6
Retinopatia diabética proliferativa (observação intensa
neovascularização e vasos emergindo o disco óptico, pontos de
hemorragia difusa, extravasamento de conteúdo intravascular
cobrindo a mácula.Cones e bastonetes
25
Figura 7 Hemorragia vítrea difusa 25
Figura 8
Retina de um indivídio com retinopatia diabética. Observa-se pontos
difusos de sangramento e lesões esbranquiçadas demonstrando áreas
isquemiadas
26
Figura 9 Via neural da visão 27
Figura 10
Representação das camadas da retina
28
Figura 11 Vista lateral globo ocular- mácula. 29
Figura 12 Região da fóvea contendo os cones e vasos sanguíneos semelhante a
raízes 29
Figura 13 Retina- camadas celulares- de cima para baixo: células ganglionares,
corpos celulares dos neurônios bipolares, cones e bastonetes 30
Figura 14 Cones e bastonetes
31
Figura 15 Cones, bastonetes - retina 31
Figura 16
Em(A) versão original do Teste de 100 matizes de Farnworth-Munsell
e (B) Resultado do testemostrando o eixo tritande um pessoa com
defeito no canal de cor azul amarelo
33
Figura 17 Exemplo de estímulo exibido em diferentes frequências espaciais e
diferentes níveis de contrastes. 34
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10
Figura 18 Optótipos de Snellen 37
Figura 19 PranchasPseudoisocromáticas de Ishihara 37
Figura 20
Exemplo de estímulo visual utilizado em testes psicofísicos que
medem a Função de Sensibilidade ao Contraste Espacial de
Luminância. Na coluna da esquerda estão demonstrados estímulos
visuais em forma de redes senoidais estacionárias que aparecem nas
telas de testes e na coluna da direita é demonstrado o aspecto gráfico
das senóides para cada um dos padrões de estímulos visuais
correspondentes. Schade (1956), Campbell e Green (1965) e
Campbell e Robson (1968), entre outros (RODRIGUES, 2003).
39
Figura 21 Representação gráfica do teste de luminância 40
Figura 22
Seqüência de realização de uma série do teste FM 100. Em (A)
visualiza-se a tela inicial de apresentação. Em (B), os estímulos
desordenados, permanecendo fixos dois quadrados de modelo e
orientação. Em (C), a seqüência sendo reordenada
PranchasPseudoisocromáticas de Ishihara
41
Figura 23 Representação gráfica do teste de Farnsworth- Munsell 42
Figura 24
Gráfico expressando valores de sensibilidade ao contraste em função
da frequência espacial com limites de tolerância (superior e inferior)
estabelecidos a partir dos valores numéricos de 31 participantes do
grupo controle.Os losangos representam os resultados de 31 olhos de
participantes com DM (49,20%) de 63 testados, com pelo menos uma
frequência espacial alterada.PranchasPseudoisocromáticas de Ishihara
48
Figura 25
Curvas representativas de Intervalo de confiança superior e inferior
(LCS e LCI) de 31 participantes do grupo controle e média dos
participantes do grupo com DM. Nota-se a média, conforme
representada em losangos, abaixo do Intervalo de Confiança do grupo
controle em todas as frequências, principalmente nas frequências
médias (4cpg e 6cpg)
49
Figura 26
Gráficos de correlação entre hemoglobina glicada e as 11 frequências
espaciais do teste FSCEL. Após análise dos dados com o índice de
correlação de Pearson observou-se que não houve correlação entre
HA1C e as freqüências espaciais, como representado nas figuras de
26(a) a 26(k)
50
Figura 27
Gráficos de correlação entre glicemia de jejum e as 11 frequências
espaciais do teste FSCEL. Após análise dos dados com o índice de
correlação de Pearson observou-se que não houve correlação entre os
valores de glicemia de jejum e as freqüências espaciais, como
representado nas figuras de 27(a) a 27(k)
53
Figura 28
Gráficos de correlação entre glicemia de jejum e as 11 frequências
espaciais do teste FSCEL. Após análise dos dados com o índice de
correlação de Pearson observou-se que não houve correlação entre os
valores de glicemia de jejum e as freqüências espaciais, como
56
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representado nas figuras de 27(a) a 27(k)
Figura 29
Limite de Tolerância para a raiz quadrada do valor de erro do FM-100
de 62 olhos de participantes do grupo controle. Os losangos
representam 63 olhos de participantes com DM, dos quais, 19 olhos
com diabetes mellitus (30,15%) testados apresentaram valores de erro
acima do limite de tolerância superior.
61
Figura 30
Limites de confiança superior e inferior para a raiz do erro FM-100 de
62 olhos de participantes controles. Média de erro de olhos com DM
foi de 165,41 (r2
=12,47) acima de limite de confiança superior do
grupo controle, que foi de 79,37 (r2
=8). Após aplicação do teste-t para
análise do valor do erro (raiz quadrada), verificou-se que existe
diferença estatística entre os grupos DM e controle, pois, p
(unilateral)= <0,0001 e p (bilateral) = <0,0001; intervalo de confiança
de 95%.
62
Figura 31
Demonstração da correlação dos valores de hemoglobina glicada e o
número de erros do F M-100.
63
Figura 32
Demonstração da correlação dos valores de glicemia de jejum e o
número de erros do F M-100.
63
Figura 33 Demonstração de correlação do tempo de doença e o número de erros
do F M-100 64
Figura 34
Comparação dos níveis de glicemia com os testes realizados
65
Figura 35 Comparação das alterações da retina com os testes realizados 65
Figura 36 Comparação das alterações do teste de Sensibilidadeao contraste
espacial de luminância 65
Figura 37 Comparação das alterações do teste de Sensibilidade ao contraste
espacial de luminância 66
.
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1-
Dados clínicos de 32 participantes (63 olhos) do grupo com diabetes
mellitus tipo 2 representados pelo código do participante, idade,
acuidade visual (A/V), glicemia de jejum, hemoglobina glicada
(HA1C) e pressão intra ocular (PIO).
45
Tabela 2-
Dados clínicos de 31 participantes (62 olhos) do grupo controle
representados pelo código do participante, idade, acuidade visual
(A/), glicemia de jejum,ehemoglobina glicada (HA1C).
46
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ABREVIATURAS
BHR Barreira hematorretiniana
DM Diabetes mellitus
DM2 Diabetes mellitus 2
FSC Função de sensibilidade ao contraste
FSCEL Função de sensibilidade ao contraste espacial de luminância
FM-100 Teste de Farnsworth-Munssel
RD Retinopatia diabética
RDNP Retinopatia diabética não-proliferativa
RDP Retinopatia diabética proliferativa
SBD Sociedade Brasileira de Diabetes
UBS Unidade básica de saúde
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 16
2 REFERENCIAL TEÓRICO 19
2.1 DIABETES 19
2.1.1 Diabetes mellitus 19
2.2 RETINOPATIA DIABÉTICA 21
2.2.1 Classificação da retinopatia diabética 23
2.3 FUNÇÃO VISUAL 27
2.3.1 A retina 28
2.3.2 Bastonetes e cones 30
2.4 TESTES PSICOFÍSICOS 32
2.4.1 Teste de Ordenamento de Cores de Farnsworth-Munsell 32
2.4.2 Teste de Função de Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância 33
3. MATERIAIS E MÉTODOS 35
3.1 POPULAÇÃO DE ESTUDO 35
3.2 PROCEDIMENTOS INICIAIS 36
3.3 TESTES PSICOFÍSICOS 38
3.3.1 Avaliação psicofísica da função de sensibilidade ao contraste espacial de
luminância-FSCEL 38
3.3.2 Avaliação psicofísica da discriminação de cores de Farnsworth-Munssel
FM-100 40
3.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA 42
3.4.1 Ìndice de correlação linear de Pearson 42
3.4.2 Intervalos de confiança e de tolerância 42
4 RESULTADOS 44
4.1 PROCEDIMENTOS INICIAIS 44
4.2 RESULTADOS DA AVALIAÇÃO PSICOFÍSICA 47
4.2.1 Avaliação da Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância 47
4.2.2 Avaliação da Discriminação de Cores pelo Teste FM-100 60
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4.2.3 Comparação entre os testes 64
5 DISCUSSÃO 67
5.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO TESTE FSCEL 67
5.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO TESTE FM-100 70
6 CONCLUSÃO 72
REFERÊNCIAS 73
ANEXOS 1- 78
APÊNDICE B - M 80
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1 INTRODUÇÃO
Dados recentes da Sociedade Brasileira de Diabetes estimam que mais de 250 milhões
de pessoas no mundo todo tem Diabete mellitus (DM), o que corresponde a 6% da população
mundial.
Esse número pode chegar a 380 milhões até o ano de 2030, e isso afetaria
principalmente a população economicamente ativa dos países emergentes. Para a Sociedade
Brasileira de Diabetes (SBD), hoje, não há estatísticas reais sobre o diabetes no Brasil, o
último censo de 1988 sobre diabetes no Brasil revelou que essa doença afeta 7,6% da
população urbana com idade entre 30 a 69 anos.
Dados mais recentes em um estudo regional conduzido por Torquato (2003) em
Ribeirão Preto e utilizando a mesma metodologia do censo nacional de diabetes, mostrou uma
estimativa de 12% no ano de 2006 para a população diabética, esses dados provavelmente
refletem a realidade do Brasil. Esses também mostram que o número estimado de brasileiros
com a doença é de 10.294.200.
DM é um problema de saúde pública prevalente, em ascendência com elevado ônus
social e econômico, cujo diagnóstico é desconhecido em metade dos indivíduos portadores
(GEORG et al, 2005), sendo essa patologia a maior causa de cegueira adquirida, amputação
de membro inferior sem uma situação de trauma e falência renal nos programas de diálise.
Além de que, é a causa de 6% de todas as mortes e responsável por 30% de hospitalizações
(BEZERRA; BARCELÓ; MACHADO, 2001).
A retinopatia diabética (RD) é a segunda causa de cegueira irreversível, precedida
apenas pela degeneração macular relacionada com a idade. É a principal causa de cegueira
entre 25 e 75 anos de idade (VILELA et al, 1997). As complicações microvasculares do
diabetes mellitus na retina constituem-se na principal causa de cegueira da população
economicamente ativa no Brasil (BRASIL, 1996) e no mundo (KLEIN R; KLEIN BE;
MOSS; 1984; SÁNCHEZ-THORIN, 1998).
A Organização Mundial da Saúde estima que isso já afeta a quase 5% dos 37 milhões
de cegos no mundo (RESNOKOFF et al, 2004). Mais de 75% dos diabéticos com mais de 20
anos de evolução, sofrem alguma forma de retinopatia. Também ficou demonstrado que 13%
dos diabéticos com cinco anos de evolução apresentam algum grau de retinopatia, que
aumenta para 90% com 15 anos de evolução, quando a diabetes se diagnostica antes dos 30
anos (KLEIN R et al, 1984).
Estes dados, muitas vezes, auxiliam o clínico geral no monitoramento do tempo de
aparecimento do diabetes tipo 2.
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Diferentes mecanismos interagindo entre si, tais como: fatores genéticos, bioquímicos
e fatores de risco ambientais, como: o fumo, dieta, sedentarismo, entre outros, irão contribuir
para o aparecimento da retinopatia diabética (BROWNLEE, 2001 e 2005). Tais fatores
refletem-se nos níveis glicêmicos aumentados (hiperglicemia), sendo essa condição um dos
principais fatores desencadeantes da retinopatia diabética. A hiperglicemia aumentada atuará
modulando e alterando os fatores de crescimento, metabolismo e nos mecanismos de
sinalização das células retinianas (BROWNLEE, 2001; BOELTER et al, 2003).
Os mecanismos supracitados demonstram a sensibilidade das células retinianas no
Diabete Mellitus. Clinicamente, a primeira manifestação da retinopatia diabética é detectada
ao exame de fundo de olho, através da observação dos primeiros microaneurismas na
circulação retiniana, em geral no pólo posterior, na região macular. Ferris (1994) afirma que,
se todos os pacientes com retinopatia proliferativa tivessem sido tratados precocemente, a
incidência de cegueira poderia diminuir de 50% para 5%, reduzindo em 90% os casos de
perda visual e de cegueira. Contudo, o diagnóstico dessa condição clínica é realizado quando
o dano neurológico periférico já está instalado em um estado avançado.
A prevenção baseia-se no controle clínico rigoroso e detecção precoce de alterações
fundoscópicas que ameacem a visão, como edema macular diabético e neovascularização
retiniana (SUGANO et al 2001; CHEW et al 1996). O tratamento dessas alterações é eficaz
na prevenção da cegueira quando instituído precocemente (CHEW et al 1996).
Muitos trabalhos que investigaram a função visual têm mostrado alteração da função
visual em pessoas com DM com ou sem retinopatia diabética comprovada clinicamente
(GUALTIERI, 2009), daí a hipótese levantada de que a avaliação visual através de testes
psicofísicos e eletrofisiológicos possa detectar precocemente alterações visuais nesse grupo de
pacientes, podendo-se intervir precocemente.
O sistema visual humano pode ser avaliado através da utilização de um grande
conjunto de procedimentos anatômicos, eletrofisiológicos e psicofísicos, alguns dos quais
existentes desde o século XIX, como a oftalmoscopia, outros desenvolvidos ao longo do
século XX, como a eletrorretinografia de campo total e a eletroencefalografia de eventos
(registro do potencial cortical provocado visual), e outros extremamente recentes, criados na
última década, como a tomografia de coerência óptica e a eletrorretinografia multifocal.
Esses procedimentos, somados à investigação clínica geral e à clínica especializada
oftalmológica e neurológica, permitem a caracterização detalhada das alterações visuais em
condições patológicas como a retinopatia diabética.
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Por ser a retinopatia diabética uma das principais manifestações clínicas do DM e uma
das principais causas de cegueira no mundo, é de grande importância a investigação da função
visual nessa patologia, uma vez que, as funções sensoriais são extremamente sensíveis no DM
e que alterações visuais podem aparecer nos testes psicofísicos mesmo antes de alterações no
exame de fundo do olho, identificando os pacientes que estejam sob maior risco de
desenvolverem complicações visuais.
O projeto surgiu mediante a preocupação e necessidade de uma investigação mais
criteriosa de alterações visuais a fim de prevenir as complicações oftalmológicas dos
pacientes diabéticos que são atendidos na Unidade Básica de Saúde da UNIFAP, uma vez que
essa triagem ainda não havia sido feita.
Com isso, espera-se que os testes psicofísicos tornem-se ferramentas indispensáveis
da avaliação visual e entrem no protocolo de rotina para incrementar o controle e melhor
direcionamento no tratamento multidisciplinar desses pacientes, pois são instrumentos de fácil
manuseio, não invasivos e que trazem preciosas informações de alterações visuais.
Esse estudo teve como objetivo geral avaliar o desempenho do sistema visual humano
de indivíduos com diabetes mellitus com ou sem retinopatia diabética instalada, usando
paradigmas psicofísicos experimentais. E como objetivos específicos:
a) Avaliar a Função de Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância em
pessoas com tempos diferentes de doença;
b) Avaliar a capacidade de discriminação de cores utilizando o Método de
Ordenamento de Cores de Farnsworth-Munsell;
c) Comparar com normas estatísticas estabelecidas;
d) Avaliar a prevalência de alterações da visão pacientes com Diabete mellitus e
correlacionar com o tempo de doença.
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2 REFERENCIAL TEORICO
2.1 DIABETES
2.1.1 Diabetes mellitus
O diabetes mellitus (DM) por definição é o resultado da diminuição da secreção de
insulina, sendo um defeito heterogêneo primário do metabolismo dos carboidratos, que com
inúmeros fatores etiológicos, leva o indivíduo a um quadro de hiperglicemia (GUYTON;
HALL, 2002).
Sua prevalência no Brasil é equivalente entre os sexos, sendo a faixa etária de 30 a 69
anos a mais acometida normalmente tem início insidioso e evolução silenciosa. As
complicações clínicas mais comuns do DM são a retinopatia, microangiopatias e o
desenvolvimento de infecções nos pés conhecida como pé diabético (BARAUNA et al, 2003).
Em 2005, 1,1 milhões de pessoas morreram de diabetes e suas complicações e quase
80% dos óbitos ocorreram em países de baixa e média renda. Quase metade dos óbitos
ocorreu em pessoas com idade inferior a 70 anos. A OMS (organização mundial de saúde)
estima que as mortes por diabetes e suas complicações dobrem de 2005 até 2030 (World
Health Organization, 2009).
Estimativas mundiais apontam que em 2010 o número de casos portadores de DM tipo
2 foi de 220 milhões e até 2025 serão 280 milhões (FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE
DIABETES, 2005). Para Parvez, Kawar e Nahas (2007) o número de casos de diabetes deve
chegar a 366 milhões até o ano de 2030, conforme demonstra o mapa com a projeção de 2000
para 2030.
Figura 1- Projeção de casos de diabetes de 2000 a 2030
Fonte: Parvez, Kawar e Nahas, 2007
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O diabetes pode apresentar duas formas clínicas: tipo 1, conhecida como diabetes
juvenil ou insulinodependente, e o diabetes tipo 2, conhecida como diabetes de adultos. A
primeira está relacionada a uma doença auto-imune que determinam a ausência na produção
de insulina ou quando essa é produzida em quantidade insuficiente devido a destruição das
células beta, produtoras de insulina. O DM tipo 2 (DM2), também possui carga genética,
porém sua manifestação está fortemente ligada a fatores ambientais, obesidade e sedentarismo
(MARCELINO; CARVALHO, 2005).
Ainda descrevem os autores que os principais sintomas do DM são: polidipsia (sede
excessiva), poliúria (excesso de urina), polifagia (fome excessiva) e emagrecimento. Outros
sinais clínicos como sonolência, dores generalizadas, formigamento e dormências, cansaço
doloroso nas pernas, câimbras, nervosismo, indisposição para o trabalho, desânimo, visão
turva e cansaço físico e mental estão associados ao DM.
O manejo do diabetes assim como seus critérios de diagnóstico, estãosempre sendo
objeto de estudos. Após a ultima atualização desses critérios feita pela Sociedade Brasileira de
Diabetes em 2009, os critérios de diagnóstico utilizados atualmente segundo a Sociedade
Brasileira de Diabetes (2011) estão descritos nas tabelas 1 e 2.
Figura 2 - Critérios diagnósticos para o Diabetes
CRITÉRIOS COMENTÁRIOS
A1C≥6,5% O teste deve ser realizado através de método rastreável ao método
do DCCT e devidamente certificado pelo
NationalGlycohemoglobinStandardizationProgram (NGSP)
(http://www.ngsp.org).
GLICEMIA DE JEJUM
≥ 126mg/dl
O período de jejum deve ser definido como ausência de ingestão
calórica por pelo menos 8 horas.
GLICEMIA 2 HS APÓS
SOBRECARGA COM
75MG DE GLICOSE:
≥200mg/dl
Em teste oral de tolerância à glicose. Esse teste deverá ser
conduzido com a ingestão de uma sobrecarga de 75 g de glicose
anidra, dissolvida em água, em todos os indivíduos com glicemia
de jejum entre 100 mg/dL e 125 mg/dL.
GLICEMIA AO
ACASO≥ 200mg/dl
Em pacientes com sintomas clássicos de hiperglicemia, ou em
crise hiperglicêmica.
Importante: a positividade de qualquer um dos parâmetros diagnósticos descritos confirma o
diagnóstico de diabetes. Na ausência de hiperglicemia comprovada, os resultados devem ser
confirmados com a repetição dos testes.
Fonte:adaptado American Diabetes Association. Standards of Medical Care in Diabetes – 2011.
Diabetes Care2011;34(Suppl 1):S11-S61. Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes (2011)- Posicionamento oficial SBD nº 3, 2011
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21
Figura 3 - Critérios diagnósticos para o Pré-diabetes ou Risco aumentado de Diabetes
CRITÉRIOS COMENTÁRIOS
A1C entre 5,7% e 6,4% De acordo com recomendação recente para o uso da A1C no
diagnóstico do diabetes e do pré-diabetes.
GLICEMIA DE
JEJUMentre 100 e
125mg/dl
Condição anteriormente denominada “glicemia de jejum alterada”.
GLICEMIA 2 HS APÓS
SOBRECARGA COM
75MG DE GLICOSE: de
140 a 199mg/dl
Em teste oral de tolerância à glicose. Condição anteriormente
denominada “tolerância diminuída à glicose”.
GLICEMIA AO
ACASO≥ 200mg/dl
Em pacientes com sintomas clássicos de hiperglicemia, ou em
crise hiperglicêmica.
Importante: a positividade de qualquer um dos parâmetros diagnósticos descritos confirma o
diagnóstico de pré-diabetes.
Fonte:SBD(2011) adaptado American Diabetes Association. Standards of Medical Care in
Diabetes – 2011. Diabetes Care2011;34(Suppl 1):S11-S61.
Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes (2011)- Posicionamento oficial SBD nº 3, 2011
O DM tipo 2 compreende um conjunto de doenças metabólicas, caracterizada por
hiperglicemia resultante de defeitos da síntese e secreção de insulina e/ou sua ação nos tecidos
(CAMPOS et al, 2004).
A idade inicial para o desenvolvimento do DM tipo 2 é geralmente em torno dos 40
anos de idade, com pico de incidência por volta dos 60 anos. A maioria dos pacientes com
essa doença é sedentária e obesa e a associação com a idade avançada, cada vez mais comum
na população, representa um dos maiores fatores de risco para o diabetes tipo 2 (GROSS et al,
2002).
2.2 RETINOPATIA DIABÉTICA
A retinopatia é uma das complicações mais comuns e está presente tanto no diabetes
tipo 1 quanto no tipo 2, especialmente em pacientes com longo tempo e doença sem controle
glicêmico. Constitui um fator de morbidade de elevado impacto econômico, uma vez que a
retinopatia diabética é a causa mais comum de cegueira adquirida (BOSCO et al, 2005).
Ocorre em cerca de 95% dos pacientes com diabetes mellitus tipo 1e em mais de
60%dos pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Estes dados explicam o risco de 25 vezes
maior de cegueira em pacientes com diabetes mellitus do que na população em geral
(ESTEVES et al, 2008).
Os vasos da retina são caracterizados por células endoteliais contínuas, não
fenestradas, com junções intercelulares impermeáveis que se apresentam para formar a
barreira hemato-retiniana (BHR). A interação das células endoteliais forma a barreira que
permite ao tecido, assim como ao endotélio capilar a ao endotélio pigmentar da retina, criarem
condições para um tecido com integridade funcional (BOSCO et al, 2005).
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22
Ainda diz o autor que há três tipos de junções intercelulares: as junções ou zonas de
oclusão, as zonas de adesão e as junções gap. Entre as células endoteliais dos vasos da retina
existem apenas zonas de oclusão entremeadas com desmossomos. No DM ocorre ruptura
dessas junções e é essa ruptura, e a perda das células murais denominadas pericitos que se
denomina retinopatia diabética.
A queixa de borramento da visão em pacientes diabéticos é comum durante estado
agudo de descompensação metabólica. Isso ocorre pela alteração das propriedades refratárias
oculares durante a hiperglicemia. Neste estado, mais água é retida no cristalino devido à alta
osmolaridade do meio extracelular, assim a superfície fica mais convexa e consequentemente,
a refração da luz que passa pelo cristalino é modificada. No entanto esses efeitos são
reversíveis e qualidade da visão é recuperada com o restabelecimento do controle glicêmico
(GUALTIERI, 2009).
A fisiologia retiniana predispõe ao dano causado pelo diabetes, pois, os axônios não
são mielinizados e necessitam de mais energia para seu metabolismo; os vasos da retina são
relativamente hipóxicos (pO2 ~ 25mm); a retina possui menos mitocôndrias que as camadas
mais externas. Apesar da escassa vascularização, a retina possui alta demanda metabólica e
sua obtenção de energia é através da glicólise, um meio menos eficiente de gerar ATP
(adenosina-tri-fosfato) do que a fosforilação oxidativa (ANTONETTI et al, 2006, apud
SERRARBASSA, 2008).
Essa combinação de alta demanda metabólica e mínimo de suprimento vascular pode
limitar a habilidade da retina interna de se adaptar frente ao estresse metabólico do diabetes
(SERRARBASSA; DIAS; VIEIRA, 2008).
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23
Figura 4 - Retina normal e com retinopatia
Fonte: www.coursejournal-medicina.blog<acesso em 08/11/2010>
Nos capilares retinianos de pacientes com DM pode-se observar, com microscopia
eletrônica: capilares com junções endotelias; aumento na vacuolização citoplasmática;
pericitos com alteração degenerativa; espessamento da membrana basal, este espessamento de
causa desconhecida altera a função celular e/ou difusão de oxigênio e reduz o contato entre o
pericito e a célula endotelial (BOSCO et al, 2005).
2.2.1 Classificação da retinopatia diabética
A retinopatia diabética (RD) é clinicamente dividida em dois estágios principais:
retinopatia diabética não-proliferativa (RDNP) e retinopatia diabética proliferativa (RDP).
Com base nas alterações morfológicas a RDNP é subdividida em, leve moderada,
grave e muito grave. A forma proliferativa de RD pode ser inicial de alto risco e avançada. O
edema macular pode estar presente em qualquer dos estágios de retinopatia diabética
(GUALTIERI, 2009).
A RDNP é caracterizada por alterações intra-retinianas associadas ao aumento da
permeabilidade capilar e à oclusão vascular que pode ocorrer ou não nessa fase. Há presença
de microaneurismas, edema macular, hemorragias intraretinianas e exsudatos duros
(extravasamento de lipoproteínas). Esse nível de comprometimento deve ser esperado em
quase todos os pacientes com aproximadamente 25 anos de DM, porém em muitos casos pode
não haver evolução significativa (BOSCO et al, 2005).
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24
Figura 5- Retinopatia Diabética não proliferativa (observa-se pontos anormais mostrando pequeno
sangramento;as manchas amarelas são tecido gorduroso que escaparam dos vasos danificados,
causando edema macular e visão borrada.
Fonte: http://www.sciencephoto.com/media/256161/view<acessado em 31/12/2010>
Nos estágios grave e muito grave de retinopatia diabética não proliferativa ocorre
oclusão capilar acentuada que é fator de alto risco de progressão para o estágio mais grave
(GUALTIERI, 2009).
A retinopatia diabética proliferativa é o estado mais grave e avançado da doença e
além dos sinais clínicos observados na fase menos grave, na RDP observa-se a formação de
neovasos na retina e/ou no disco óptico, que se estendem pela superfície da retina ou em
direção à cavidade vítrea. Os neovasos possuem menos pericito e junções intercelulares do
que um capilar típico (GUALTIERI, 2009).
Segundo a mesma autora, há uma quantidade maior de fenestrações, o que favorece o
extravasamento de conteúdo intravascular e hemorragias. De acordo com o padrão de
proliferação observado a retinopatia diabética proliferativa se apresenta em três estágios:
inicial (presença de neovasos finos sem tecido fibroso); intermediária (ocorre aumento do
calibre extensão dos neovasos com início de formação de componente fibroso); progressiva
(há progressão dos neovasos com proliferação fibrovascular intensa).
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25
Figura 6- Retinopatia diabética proliferativa (observação intensa neovascularização e vasos
emergindo o disco óptico, pontos de hemorragia difusa, extravasamento de conteúdo intravascular
cobrindo a mácula.
Fonte: http://www.sciencephoto.com/media/256163/view<acessado em 31/12/2010>
A neovascularização origina-se usualmente no disco óptico e/ou nas grandes veias da
retina podendo estender-se para o vítreo. Esse estágio é bastante grave, pois, o rompimento
dos vasos neoformados pode causar sangramentos maciços na cavidade vítrea, ou no espaço
pré-retiniano, resultando no aparecimento de sintomas visuais como “os pontos flutuantes” ou
“teias de aranha” no campo visual, ou até mesmo a perda visual senão tratado a tempo
(BOSCO et al, 2005).
Figura 7 - Hemorragia vítrea difusa
Fonte: http://www.sciencephoto.com/media/255878/view<acesso em 08/11/2010>
A incidência da RD é reconhecidamente relacionada ao tempo de doença instalada e o
controle metabólico do paciente diabético, que constitui seu principal fator de risco,
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26
incluindo-se também o controle pressórico. Porém nem todos os indivíduos desenvolvem a
forma grave, mesmo na presença de hiperglicemia, hipertensão arterial sistêmica e de outros
fatores relacionados (ESTEVES et al, 2008).
Figura 8 - Retina de um indivídio com retinopatia diabética. Observa-se pontos difusos de
sangramento e lesões esbranquiçadas demonstrando áreas isquemiadas.
Fonte: http://www.sciencephoto.com/media/256977/view<acessado em 31/12/2010>
Além dos fatores já citados Esteves et al (2008), também atribui o risco de
desenvolvimento de RD para gestantes com 1,63 a 2,48 maior vezes de desenvolver RD do
que mulheres não grávidas; portadores de nefropatia diabética associada a 95% de risco para
desenvolvimento de edema macular; há prevalência de 30% mais ocorrências no sexo
masculino; tabagismo, por riscos vasculares gerais; dislipidemia por estarem associados à
maior formação de exsudatos duros e além de fatores genéticos.
A detecção precoce da RD é importantíssima para a eficácia dos tratamentos, pois
quanto mais tarde, maior a morbidade do paciente e maior o risco da instalação da cegueira,
pois, há maior prevalência de retinopatia diabética nos primeiros 5 anos da doença, em média
13%, aumentando muito após 10-15 anos, e, média 90% (MAIA JUNIOR et al, 2007).
Pacientes portadores de diabetes tipo 2 tiveram redução significante da sensibilidade
ao contraste e discriminação cromática, sendo a segunda um comprometimento difuso
(GUALTIERI, 2009). Ainda diz a autora que esses pacientes apresentam alterações visuais
detectáveis por testes eletrofisiológicos e psicofísicos, mesmo sem haver instalação de
retinopatia diabética e que as alterações visuais observadas precedem o surgimento das
alterações morfológicas da retina.
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27
2.3 TESTES PSICOFÍSICOS
2.3.1 Teste de Ordenamento de Cores de Farnsworth-Munsell
O Teste de 100 Matizes de Farnsworth-Munsell tem por objetivo identificar e diferenciar
deficiências congênitas ou adquiridas de discriminar cores. Esse teste usa o método de
ordenamento de cores para medir a capacidade do indivíduo de discriminá-las (BIRCH,
1993).
O Teste dos 100 Matizes de Farnsworth-Munsell está baseado na habilidade da pessoa de
ordenar 85 peças pintadas com matizes de mesma saturação e brilho e iluminação fotópica em
uma sequência cromática do espaço de cores. Em sua versão original apresenta 85 pedras de
plástico preto que possuem selos coloridos de diferentes valores cromáticos, com 12 mm de
diâmetro aderidos no centro de uma de suas faces, são agrupadas em 4 porções, separadas em
caixas distintas (figura 16 a). A 1ª caixa do rosa ao amarelo (pedras 85 a 22); 2ª caixa do
amarelo ao verde (pedras 21 a 43); 3ª caixa do verde ao azul (pedras 42 a 64) e a 4ª caixa do
azul ao rosa (pedras 63 a 85). Cada caixa contém as pedras final e inicial presas e 21 pedras
soltas. A face das pedras, oposta à do adesivo colorido, é numerada para que o examinador
possa determinar a pontuação do paciente (KJAER, 2000).
A versão atual desse teste, a Renotation Munsell, é baseada em um espaço visual
abrangente, contendo 1928 pontos. Essa versão foi aprimorada e adotada pelo Comitê de
Colorimetria da Optical Society of America (INDOW,1995; BIRCH, 2001; BRAINARD,
2003) apud Feitosa-Santana (2005).
O total de erros cometidos pelo participante no teste é determinado pela soma do erro,
menos 2 para cada pedra. Uma sequência perfeita de cores resulta, portanto, em erro total
igual a zero.
Cada uma dos matizes apresenta um número de ordenamento, desconhecido pelo
participante testado, sendo a magnitude do erro calculada para cada peça proporcional à
distância entre a ordenação feita pelo sujeito e a posição correta da peça (LACERDA;
VENTURA; SILVEIRA, 2011).
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Figura 16 – Em (A) versão original do Teste de 100 matizes de Farnworth-Munsell e (B)
Resultado do teste mostrando o eixo tritan de um pessoa com defeito no canal de cor azul amarelo.
Fonte: adaptado de http://jnnp.bmj.com/content/75/suppl_4/iv2.full.
2.3.2 Teste de Função de Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância
A função de sensibilidade ao contraste (FSC) é uma medida clássica que permite
descrever mecanismos relacionados ao processamento visual de objetos em níveis diferentes
de contraste. Além de ser um dos principais indicadores da percepção visual, fornece uma das
descrições mais completas do sistema visual (SANTOS; FRANÇA, 2006).
A sensibilidade ao contraste é definida como a recíproca do limiar de contraste. Limiar
de contraste pode ser definido como a quantidade mínima de contraste necessária para
detectar um objeto qualquer, de uma determinada frequência espacial. Essa por sua vez, é o
número de ciclos por unidade de espaço, que em percepção visual da forma foram
convencionalmente denominados ciclos por grau de ângulo visual (cpg). O contraste é
definido pela relação entre a luminância mínima divida pela soma das duas (SANTOS;
FRANÇA, 2006).
As grades de ondas senoidais podem ser usadas para avaliar simultaneamente a
sensibilidade ao contraste e as frequências espaciais. Os padrões podem ser gerados
eletronicamente em uma tela de computador ou graficamente em um cartão ou tabela de teste.
Como mostrada a figura 6, a frequência espacial das listras aumenta ao longo do eixo
horizontal da esquerda para a direita (isto é, as listras ficam mais finas e mais próximas umas
das outras) e o contraste diminui, movendo-se para cima no eixo vertical (SPALTON;
HITCHINGS; HUNTER, 2006).
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29
Figura 17- Exemplo de estímulo exibido em diferentes frequências espaciais e diferentes níveis de
contrastes.
Fonte:http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1516-36872010000100006&script=sci_arttext
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30
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Para esse estudo foram pré-selecionados 120 voluntários, onde desses 47 foram para o
grupo de diabetes mellitus tipo 2 e 73 para o grupo controle. Dos pré-selecionados para o
grupo de diabetes mellitus, 15 foram excluídos por não atenderem aos critérios de inclusão,
onde 8 por apresentarem baixa visão, 4 não realizaram os testes psicofísicos e 3 por
desinteresse ou falta de disponibilidade para realizar os testes. Dos pré-selecionados para o
grupo controle, 34 foram excluídos da pesquisa por apresentarem acuidade visual superior a
20/20, o que foi determinado para esse estudo e 8 por falta de disponibilidade ou desinteresse
em realizar os testes.
Sendo assim, obteve-se um n final de 63 participantes onde, 32 para o grupo de
diabetes mellitus, desses 19 participantes do sexo feminino (59,38%) e 13 do sexo masculino
(40,62%) e 31 para o grupo controle, desses 10 participantes do sexo masculino (32,25%) e
21 participantes do sexo feminino (67,75%), gerando um banco de dados de n=62 olhos
controles (idade: M=49,3 ± 9,1 anos), e de n= 63 olhos de voluntários para o grupo de
diabetes mellitus (idade: M= 52,62 ± 12,17anos).
Os voluntários foram selecionados no ambulatório da Unidade Básica de Saúde da
Universidade Federal do Amapá- UNIFAP, para o grupo de diabetes mellitus e na UNIFAP e
por indicação dos próprios selecionados para o grupo de diabetes mellitus e funcionários da
UNIFAP, para o grupo controle.
3.1 POPULAÇÕES DE ESTUDO
Foram avaliados aspectos visuais de pessoas com história de DM com ou sem
comprovação clínica de retinopatia diabética (RP) em diferentes tempos de doença. A escolha
desse grupo deve-se ao fato do mesmo já estar participando de um programa de tratamento
controle padrão e ter o acompanhamento por uma equipe multiprofissional, inclusive com
oftalmologista.
O critério central para inclusão neste estudo é a participação no programa de controle
do DM da Unidade Básica de Saúde (UBS) da UNIFAP.
Os critérios complementares considerados serão: ausência de alteração oftalmológica
ou neuro-oftalmológica; ausência de determinadas doenças que potencialmente podem causar
alterações no sistema visual tais como, hipertensão arterial, tratamento prolongado a base de
cloroquina, alcoolismo crônico e doenças neurodegenerativas como doença de Parkinson e
doença de Alzheimer, entre outras.
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31
Foram retirados da amostra indivíduos que não atenderem algum dos critérios para
admissão nesse estudo ou não participaram em algum dos testes psicofísicos estabelecidos
para esse estudo. Após recrutamento na unidade básica de saúde Unifap, foi realizada
anamnese do participante (Apêndice-A).
O grupo com DM foi submetidos aos testes visuais para avaliação da Função de
Sensibilidade ao Contraste de Espacial de Luminância (FSCEL) e capacidade de
discriminação de cores pelo Teste de Farnsworth-Munsell de 100 Matizes (FM-100), sendo os
dados obtidos usados para a realização de estudos comparativos do desempenho do sistema
visual desses indivíduos através dos testes psicofísicos, exame de fundoscopia de olho,
retinografia e controle metabólico do diabetes através do teste de glicemia de jejum e
hemoglobina glicada (A1C).
Todos os indivíduos assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido, e os
que desistiram em participar do estudo, não lhes houve ônus algum ou qualquer outro
prejuízo.
3.2 PROCEDIMENTOS INICIAIS
Inicialmente, dois procedimentos oftalmológicos rotineiros foram realizados: o Teste
de Acuidade Visual com os Optotipos de Snellen, que tem como objetivo medir a capacidade
do sujeito quanto à discriminação visual de detalhes finos e de alto contraste, e o Teste de
Discriminação de Cores com Pranchas Pseudoisocromáticas de Ishihara, usado para descartar
deficiências congênitas da visão de cores dos tipos protan e deutan (ISHIHARA, 1997).
Todos os participantes deste estudo foram submetidos aos testes de acuidade visual e de
Ishihara.
Para o teste de acuidade visual com os Optotipos de Snellen, onde as letras se
apresentam em sequência horizontal (escala optométrica) o participante foi posicionado a uma
distância de 6m e orientado a fazer a leitura pelas fileiras de letras maiores para as menores,
sempre dizendo verbalmente que letra estava vendo. O teste foi feito monocularmente.
O teste para defeitos congênitos de visão de cores utilizando as pranchas
pseudoisocromáticas de Ishihara, também foi realizado monocularmente, distando às placas
75 cm do olho testado, onde o participante deveria informar verbalmente qual número estava
vendo e o participante foi considerado normal quando apresentou no máximo 6 erros como
reposta. Não houveram participantes daltônicos na amostra.
Todos os participantes foram previamente esclarecidos a respeito do procedimento dos
testes.
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32
Cabe aqui ressaltar que o presente trabalho está em conformidade com as normas da
resolução 19696 do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 1996), e o mesmo foi submetido
para apreciação e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFAP, sob o protocolo
no. FR-278871/09 - CEP.
Figura 18- Optótipos de Snellen Figura 19 - Pranchas de Ishihara
Fonte: www.google.com Fonte: www.google.com
Antes de se proceder aos exames psicofísicos foram realizado o exame de fundo do
olho, com o auxilio de um oftalmoscópio para verificar a possibilidade de lesões retinianas de
outras etiologias, retinografia e campimetria.Uma vez realizados os procedimentos
oftalmológicos e o participante aprovado para participação no estudo, foi submetido aos testes
de avaliação psicofísica do sistema visual.
Page 33
33
3.3 TESTES PSICOFÍSICOS
Para realização deste estudo, serão utilizados dois testes psicofísicos, o Teste de
Ordenamento de Cores de Farnworth-Munsell e o Teste de Sensibilidade ao Contrate Espacial
de Luminância. Estes testes foram desenvolvidos em computador no Laboratório de
Neurofisiologia do Núcleo de Medicina Tropical da Universidade Federal do Pará e cedidos
em colaboração aos trabalhos que estão sendo desenvolvidos na Universidade Federal do
Amapá.
3.3.1 Avaliação Psicofísica da Função de Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância
Os estímulos visuais que foram usados neste teste baseiam-se em estudos realizados na
década de sessenta em estudos de quantificação da sensibilidade ao contraste de luminância
do sistema visual humano (CAMPBELL e GREEN, 1965; CAMPBELL e GUBISCH 1966).
Eles consistem em redes espaciais estacionárias e isocromáticas, moduladas senoidalmente ao
longo de uma determinada direção da tela onde os estímulos são apresentados, a qual é
posicionada a distâncias fixas, predeterminadas.
Os testes compreenderam estímulos cromáticos e acromáticos desenvolvidos em
linguagem de programação C++ para uso em microcomputadores dotados de placa gráfica de
resolução espaço-temporal de alto desempenho com as seguintes especificações: processador
intel core2 quadq8400775 motherboard p4775 gigabyte ep41ud3l memoria ddr2 800 2gb
kingstonhd 500 gigabyte serial ata II 7200 rpm placa videopcie 1gb hd5770 monitor LCD
21,5 samsungecofit p2270 mswindows 7 professional 32bits.
Page 34
34
Figura 20 - Exemplo de estímulo visual utilizado em testes psicofísicos que medem a Função de
Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância. Na coluna da esquerda estão demonstrados
estímulos visuais em forma de redes senoidais estacionárias que aparecem nas telas de testes e na
coluna da direita é demonstrado o aspecto gráfico das senóides para cada um dos padrões de estímulos
visuais correspondentes. Schade (1956), Campbell e Green (1965) e Campbell e Robson (1968), entre
outros (RODRIGUES, 2003).
Embora o teste possa ser feito mono ou binocularmente, este trabalho utilizou a
estimulação monocular, uma vez que as diferentes doenças que acometem o sistema visual
humano podem afetar desigualmente e progredir diferentemente nos dois olhos. Os
participantes foram testados posicionados a 3 metros de distância e condições de iluminação
adequadas para o teste. Os estímulos foram redes senoidais verticais apresentados em 11
freqüências espaciais entre 0,2 ciclos/graus e 30 ciclos/grau.
Os resultados foram mostrados em valores de sensibilidade ao contraste,
correspondente ao inverso do contraste limiar.
Para cada participante foi realizada uma medida de sensibilidade ao contraste em onze
freqüências espaciais para cada olho, utilizando o método de ajuste ou escada, que consiste
em mostrar o estímulo, depois diminuir o contraste de forma que o participante não visse mais
o estímulo e posteriormente o contraste foi aumentado gradativamente pelo avaliador, até que
se estabelecesse a percepção do menor limiar de sensibilidade ao contraste. Essa informação
foi obtida, através da resposta verbal do participante, se estava vendo ou não o estímulo. Não
0,2
cpg
0,5
cpg
0,8
cpg
1,0
cpg
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35
houve tempo estabelecido para a realização do teste. Sendo que antes de realizar o teste, o
participante foi orientado acerca do teste.
Figura 21- Representação gráfica do teste de luminância
ARA001019 D
1
10
100
1000
0.1 1 10 100
Freqüência espacial (cpg)
Sen
sibi
lida
de a
o co
ntra
ste
SENSIBILIDADE AO CONTRASTE DE LUMINÂNCIA
Fonte: Cortês 2003
Os resultados foram apresentados de forma numérica e gráfica. Onde, a representação
gráfica expressará no eixo das ordenadas a sensibilidade ao contraste de luminância em
função da freqüência espacial.
Os valores numéricos da sensibilidade ao contraste foram expressos matematicamente
em log10, para melhor representação gráfica.
3.3.2 Avaliação Psicofísica da Discriminação de Cores pelo Teste de Ordenamento de Cores
de Farnsworth-Munsell
No presente estudo, foi usada uma versão computadorizada, em vez de 100 matizes,
essa versão possui 85. Na descrição do teste, os estímulos foram exibidos na tela em quatro
séries de 22 quadrados coloridos, isoluminantes entre si e em relação ao fundo, igualmente
espaçados no diagrama da CIE, sendo apresentada uma série de cada vez.
Os participantes foram testados monocularmente com estímulos de 1° de lado,
distância da tela de 1m, saturação correspondente a uma pureza de cor de 30% e os
participantes foram testados uma única vez, sem tempo estabelecido para a realização do
teste. Nesse teste a tarefa do participante foi reordenar as peças coloridas da forma mais
fidedigna a forma de apresentação do teste.
As matizes foram mostradas de forma ordenada e explicado ao participante que as
mesmas seriam distribuídas aleatoriamente, permanecendo na sequência de cores apenas a
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36
primeira e a última cor, para servir de orientação ao participante durante o ordenamento.
Durante o ordenamento das cores, nenhuma interferência do avaliador foi feita. Ao término de
cada sequência foi permitido ao participante avaliar sua ordenação e fazer quantas alterações
julgasse necessário.
Figura 22- Seqüência de realização de uma série do teste FM 100. Em (A) visualiza-se a tela inicial
de apresentação. Em (B), os estímulos desordenados, permanecendo fixos dois quadrados de modelo
e orientação. Em (C), a seqüência sendo reordenada.
A B
C
Fonte: Adaptado de GONÇALVES, 2006.
Os resultados foram automaticamente computados e apresentados de forma gráfica e
numérica, usando-se uma rotina implementada por software, baseada no manual de Dean
Farnsworth (1954), onde, a forma gráfica apresentada é polar, a qual demonstra os erros
cometidos nas diversas regiões do espaço de cor. Neste gráfico a distância a partir do centro
representava o número de erros cometidos, enquanto a coordenada angular representava os
matizes das cores a serem ordenadas.
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37
Figura 23 - Representação gráfica do teste de Farnsworth- Munsell
185 84
8382
8180
79
78
77
76
75
74
73
72
71
70
69
68
67
66
65
64
63
62
61
60
59
58
57
56
55
54
53
52
51
50
4948
47464544434241
4039
38
37
36
35
34
33
32
31
30
29
28
27
26
25
24
23
22
21
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
76
54
3 2
Ctr 31-45 anos (n = 33)
Média
Desvio padrão
Pureza = 30%
Estímulo = 1º
Erros:
X = 65
D.P. = 29
Pontos médios:
E = 27
D = 61
S = 80
I = 46
4
TESTE DE ORDENAMENTO DE CORES DE FARNSWORTH-MUNSELL1
R
G
Y
B
P
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
8
3
5
6
7
9
Fonte: Côrtes, 2003.
3.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA
3.4.1 Índice de Correlação Linear de Pearson e teste-Tstudent
Com intuito de avaliar a resposta visual alterada em função do tempo de doença, foi
feita a correlação linear para indicar o quanto uma variável fixa (Diabete mellitus) estará
influenciando as demais variáveis (tempo de doença).
Esse índice de correlação também foi utilizado para correlacionar os valores de
glicemia de jejum e hemoglobina glicada com o valor de erro e raiz do erro do teste FM-100 e
correlacionar as mesmas variáveis com cada frequência espacial de luminância.
Para avaliar as diferenças estatísticas entre os grupos de DM2 e controle, foi utilizado
o teste paramétrico de comparação entre amostras independentes teste-tstudent. Foi
considerado α=0,05. A realização dos testes estatísticos foram feitos com suporte do
programa BioEstat 5.0.
3.4.2 Intervalos de confiança e de tolerância
Com a finalidade de caracterizar uma amostra para que, a partir dos resultados obtidos,
seja possível uma dada inferência a respeito da população que contém tal amostra. Para tanto,
foram definidos valores normativos através de estudos estatísticos descritivos de amostras
populacionais, utilizando os métodos de estimativas por intervalos de confiança.
Page 38
38
Porém, como por diversas razões as características de uma amostra podem não
representar as da população, esta diferença sempre impõe um erro de inferência. Por isto,
somente quando este erro for estatisticamente tratável, tendo-se a exata idéia da probabilidade
de se estar errando, é possível inferir resultados obtidos de uma amostra populacional, sendo a
estimativa entendida como uma aproximação do dado verdadeiro que sempre contém um
componente de incerteza. Deste modo, para o adequado tratamento de dados observacionais,
torna-se necessário o estabelecimento de determinados critérios, como o grau de confiança e o
erro padrão da estimativa, a fim de verificar se a inferência de uma estimativa pode levar (ou
não) a conclusões equivocadas (ARANGO, 2005).
Neste sentido, duas estimativas intervalares podem ser citadas: o intervalo de
confiança e o intervalo de tolerância. O intervalo de confiança é calculado para estimar, por
exemplo, entre que valores da amostra podem estar a média e/ou a variância (desconhecidas)
de uma população. Por sua vez, o intervalo de tolerância apresenta os valores extremos no
qual espera-se isolar uma proporção da população, sendo esses valores determinados a partir
dos valores obtidos da amostra durante o estudo (ARANGO, 2005).
Page 39
39
4 RESULTADOS
Avaliou-se através de testes clínicos e psicofísicos o desempenho do sistema visual de
participantes com histórico clínico de Diabetes mellitus. Este grupo de participantes
compreendeu 32 pessoas, com idade média=52,62 ± 12,17 anos, o participante de nº 29 do
referido grupo, possui visão monocular, pois, segundo informações colhidas na anamnese,
a visão do olho direito foi perdida por ter apresentado retinopatia diabética, resultando
assim, em um banco de dados de n=63 olhos, ao invés de n=64 olhos. A função visual
destes participantes foi avaliada clinicamente por exames oftalmológicos em consultório
clínico, compreendendo os exames de acuidade visual, fundo de olho e pressão intra-
ocular,e em laboratório de estudos da função visual da UNIFAP, sendo realizada a medida
da sensibilidade ao contraste espacial de luminância e determinação da capacidade de
discriminação de cores.
Para o grupo controle obteve-se um banco de dados de n=62 olhos, com idade média=
49,3± 9,1 anos. Os dados obtidos para os participantes com diabetes mellitus foram
comparados aos dados de um grupo controle de mesma faixa etária. Ambos os grupos
realizaram exames de controle metabólico do diabetes através do teste de glicemia de
jejum e hemoglobina glicada (A1C). Para o grupo de diabetes mellitus, o objetivo desses
exames laboratoriais foi verificar o controle da doença e quantificar
possíveisdescompensações, já para o grupo controle o objetivo foi excluir a presença de
pré-diabetes ou diabetes. Os dados descritos estão apresentados nas tabelas 1 e 2.
4.1 PROCEDIMENTOS INICIAIS
Os participantes foram avaliados monocularmente, já que as alterações visuais
em diabéticos podem acometer diferentemente os olhos. Preliminarmente aos testes
psicofísicos em computador, foram realizadas as seguintes avaliações oftalmológicas de
rotina: a determinação da acuidade visual por optotipos de Snellen; e a avaliação da presença
de deficiências visuais hereditárias para cores, pelo uso das placas pseudoisocromáticas de
Ishihara. Tais exames objetivaram verificar respectivamente a necessidade da realização de
correção dióptrica quando a acuidade visual encontrava-se além de 20/30 e verificar a
existência de deficiências hereditárias da visão de cores do tipo protanopia e deuteranopia,
possibilitando desta forma descartar anormalidade visual decorrente dos dois problemas
visuais citados. Além destes dois exames, foi realizado a retinografia computadorizada, para
verificação da presença de retinopatia diabética, e avaliação do campo visual de 27
participantes com diabetes mellitus através da Campimetria Automática de Humphrey, mas,
Page 40
40
devido este procedimento de avaliação não ter sido realizado para todos os participantes,seus
resultados não serão apresentados aqui, estando os mesmos disponíveis na seção de Apêndice.
Os mesmos procedimentos preliminares de avaliação visual empregado para os
participantes com diabetes mellitus foram aplicados para os controles, com exceção ao exame
de campo visual, retinografia e aferição da pressão intra-ocular.
Tabela 1- Dados clínicos de 32 participantes (63 olhos) do grupo com diabetes mellitus tipo 2
representados pelo código do participante, idade, acuidade visual (A/V), glicemia de jejum,
hemoglobina glicada (HA1C) e pressão intra ocular (PIO).
Nº CÓDIGO IDADE A/V*
OD/OE
GLICEMIA
DE JEJUM
HA1C** PIO***
OD/OE
1 ARN111222 56 20/20;20/25 106 5,9 16; 16
2 MTM111222 56 20/20;20/20 178 8,8 16; 16
3 MLO111220 45 20/20;20/20 298 9 20; 20
4 NVS111201 39 20/20; 20/30 **** **** ****
5 IMB110908 34 20/20; 2020 184 8 18; 18
6 MFP110902 45 20/30;20/40 202 9 22; 20
7 MLS110830 83 20/30;20/40 99 6 21; 21
8 MNF110916 50 20/30;20/30 146 7 16; 16
9 JBA110922 56 20/25;20/30 **** **** ****
10 JSF110923 59 20/30;20/30 **** **** ****
11 AMG111222 51 20/30;20/30 **** **** ****
12 EES110804 40 20/20;20/20 144 7,8 16; 16
13 JMS110614 54 20/20;20/20 134 8 20; 20
14 LSN110804 31 20/20;20/20 138 8,3 14; 14
15 MSN110825 56 20/25;20/25 98 6,1 20; 20
16 MNC110804 51 20/20;20/20 109 6 14; 14
17 PES110622 32 20/25;20/25 **** **** ****
18 ASL110617 45 20/20;20/20 69 6,2 16; 14
19 AMC110818 43 20/20;20/20 288 9,9 18; 18
20 RRP110915 53 20/25;20/25 200 8,2 18; 20
21 LCA111228 64 20/30;20/30 116 6,1 18; 20
22 BSR120109 64 20/25;20/40 132 6,9 16; 16
23 AMP120119 49 20/20;20/20 89 5,9 20; 18
24 MJF120119 52 20/20;20/20 96 6,6 22; 22
25 AMF110708 43 20/20;20/20 122 7,7 18; 20
26 MMC110630 53 20/25;20/20 81 5,5 18; 18
27 RNB110617 74 20/40;20/40 91 5,9 24; 24
28 UCA110621 70 20/100;20/30 113 6,6 30; 28
29 MCA110815 75 OE 20/40 96 5,9 OE 14
30 MJA110805 58 20/20; 20/20 115 6,6 16; 14
31 JFN120123 46 20/20; 20/20 134 6,9 20; 18
32 JMB110824 57 20/20; 20/20 102 6,8 19; 18
Fonte: Dados coletados na pesquisa.*AV OD/OE:acuidade visual olho direito e olho esquerdo;
**HA1C:hemoglobina glicada; PIO:pressãointra-ocular;****não realizou teste/exame. Todos os
participantes que apresentaram acuidade visual alterada foram corrigidos para o teste.
Page 41
41
Tabela 2Dados clínicos de 31 participantes (62 olhos) do grupo controle representados pelo código do
participante, idade, acuidade visual (A/), glicemia de jejum,ehemoglobina glicada (HA1C).
Nº CÓDIGO IDADE A/V*
OD/OE
HA1C** GLICEMIA
DE JEJUM
1 AJR120216 51 20/15;20/15 *** ***
2 ALN120122 41 20/20; 20/20 5,9 96
3 JSS120122 41 20/13; 20/20 6 97
4 LCG110620 36 20/20; 20/15 6,2 90
5 MIT110722 37 20/15; 20/15 5,5 96
6 MLM120122 48 20/15; 20/15 5,5 92
7 RKF120224 47 20/20; 20/20 6,3 99
8 EMS120411 51 20/13; 20/15 6 99
9 JAN110715 51 20/20; 20/20 *** ***
10 LOR120404 60 20/15; 20/20 5,2 94
11 MCP120327 49 20/20; 20/20 *** ***
12 LCO120327 60 20/15; 20/20 5,9 98
13 MGS120330 51 20/20; 20/20 5 100
14 FCA110719 42 20/20; 20/20 5,6 98
15 MCA110715 45 20/20; 20/25 5,8 97
16 MJA110718 39 20/20; 20/20 *** ***
17 MJG120323 42 20/20; 20/20 6 95
18 RSF120326 31 20/20; 20/20 5,9 82
19 EBC120324 61 20/15; 20/15 6,2 96
20 GRS120329 62 20/15;20/20 5,9 89
21 IPC120326 61 20/15; 20/15 6 99
22 JAS120324 61 20/15; 20/15 *** ***
23 MCS120403 63 20/20; 20/20 5,6 96
24 NLD120404 62 20/20; 20/20 6,2 96
25 OMM120327 62 20/20; 20/20 5,6 84
26 MGL120121 47 20/20; 20/20 6,2 97
27 ACT110713 40 20/20; 20/20 *** ***
28 MMC110629 49 20/20; 20/20 *** ***
29 VSP110627 43 20/20; 20/20 *** ***
30 MFN120416 47 20/20; 20/20 5,9 97
31 RSB120416 51 20/20; 20/20 5 98
Fonte: Dados coletados na pesquisa.*AV OD/OE:acuidade visual olho direito e olho esquerdo;
**HA1C:hemoglobina glicada;***não realizou teste/exame
Apesar dos níveis de HA1C dos participantes do grupo controles apresentarem-se
dentro dos parâmetros clínicos considerados normais, para a SBD (2011), alguns participantes
estariam classificados com pré-diabetes, o que é uma informação epidemiológica importante,
mesmo que essa condição não determine alteração visual.
Na amostra foram encontrados 30 olhos sem retinopatia diabética e 20 olhos com
retinopatia diabética e 13 olhos não foram analisados com retinografia.
Page 42
42
4.2 RESULTADOS DA AVALIAÇÃO PSICOFÍSICA VISUAL
Em seguida aos exames de rotina, o desempenho visual de participantes do grupo
controle e participantes com diabetes mellitus foi avaliado pelos testes computadorizados de
medida da função de sensibilidade ao contraste espacial de luminância (FSCEL) e avaliação
da capacidade de discriminação de cores pelo teste de ordenamento de Farnsworth-Munsell.
Ambos os grupos foram comparados com relação às suas médias aritméticas e a suposição de
que os dados dos participantes com diabetes mellitus diferem dos controles é levantada em
função da análise dos dados através do teste paramétrico de comparação entre amostras
independentes t de Student.
4.2.1 Avaliação da Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância
No Teste de Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância foram avaliados 32
participantes com diabetes mellitus e 31 participantes controles. Para a representação gráfica
dos dados, foi determinado o intervalo de confiança e intervalo de tolerância, a partir dos
controles testados.
Na comparação entre os resultados de cada participante do grupo com DM e os limites de
tolerância superior e inferior estabelecido para o grupo controle, conforme mostrado na figura
20, verificou-se que 31 olhos com diabetes mellitus (49,20%) de 63 olhos testados,
apresentaram pelo menos uma frequência alterada. A média do grupo com diabetes mellitus
apresentou-se abaixo do limite inferior do intervalo de confiança do grupo controle em todas
as frequências testadas conforme mostra a figura 24. Percebe-se em ambos os gráficos (figura
24 e 25) que as alterações na resposta de sensibilidade ao contraste para o grupo com DM
dão-se principalmente nas frequências médias em especial as frequências de 4 e 6 ciclos por
grau.
Page 43
43
Figura 24 - Gráfico expressando valores de sensibilidade ao contraste em função da frequência
espacial com limites de tolerância (superior e inferior) estabelecidos a partir dos valores numéricos de
31 participantes do grupo controle.Os losangos representam os resultados de 31 olhos de participantes
com DM (49,20%) de 63 testados, com pelo menos uma frequência espacial alterada.
Fonte: Dados coletados na pesquisa.
Page 44
44
Figura 25 - Curvas representativas de Intervalo de confiança superior e inferior (LCS e LCI) de 31
participantes do grupo controle e média dos participantes do grupo com DM. Nota-se a média,
conforme representada em losangos, abaixo do Intervalo de Confiança do grupo controle em todas as
frequências, principalmente nas frequências médias (4cpg e 6cpg)
Fonte: Dados coletados na pesquisa.
Correlação da Hemoglobina glicada e as frequências espaciais.
A hemoglobina glicada foi comparada como uma variável independente de forma a
mostrar a sua influência na resposta visual em 11 frequências espaciais do teste de
sensibilidade ao contraste espacial acromático (variável fixa). Através do índice de correlação
linear de Pearson,teste utilizado para a verificação de todas as correlações para esse estudo,
para ver o tanto que essa variável influenciou nas frequências, observou-se que não existe
correlação entre os parâmetros analisados.
Page 45
45
Correlação da Glicemia de jejum e as frequências espaciais em cpg
A correlação entre glicemia de jejum e as 11 frequências espaciais do teste FSCEL. Após
análise dos dados com o índice de correlação de Pearson observou-se que não houve correlação entre
os valores de glicemia de jejum e as freqüências espaciais.
Correlação entre tempo (meses) de doença e SCEL
Apesar da hemoglobina glicada e a glicemia de jejum não mostrar nenhuma correlação
pela análise com o teste de Pearson, verificou-se a correlação do tempo de doença de diabetes
mellitus com alteração na resposta visual das frequências espaciais testadas. Como mostra a
figura 28, observou-se que existe correlação entre tempo de doença e valores de sensibilidade
ao contraste obtido pelo teste de sensibilidade ao contraste espacial de luminância, nas
frequências de 0.5; 0.8; 2; 4; 6; 10 e 15 ciclos/grau.
Figura 28 - Gráficos de correlação entre glicemia de jejum e as 11 frequências espaciais do teste
FSCEL. Após análise dos dados com o índice de correlação de Pearson observou-se que não houve
correlação entre os valores de glicemia de jejum e as freqüências espaciais, como representado nas
figuras de 27(a) a 27(k).
Fonte: Dados coletados na pesquisa . Fonte: Dados coletados na pesquisa.
Figura 28 (a) Frequência espacial 0,2
cpg e correlação com tempo de doença;
r (Pearson) = -0,1351
Figura 28 (c). Frequência espacial 0,8
cpg e correlação com tempo de doença;
r (Pearson) = -0,2977;(p)=0,0178
Page 46
46
Fonte: Dados coletados na pesquisa Fonte: Dados coletados na pesquisa
Fonte: Dados coletados na pesquisa Fonte: Dados coletados na pesquisa.
Figura 28 (b). Frequência espacial 0,5
cpg e correlação com tempo de doença;
r (Pearson) = -0,0271;(p)=0,0316
Figura 28 (d). Frequência espacial 1
cpg e correlação com tempo de doença;
r (Pearson) = -0,0244
Figura 28 (e). Frequência espacial 2
cpg e correlação com tempo de doença;
r (Pearson) = -0,2891;(p)=0,0215
Figura 28 (g). Frequência espacial 6 cpg
e correlação com tempo de doença; r
(Pearson) = -0,3441;(p)=0.0057
Page 47
47
Fonte: Dados coletados na pesquisa. Fonte: Dados coletados na pesquisa
Figura 28 (f). Frequência espacial 4
cpg e correlação com tempo de doença;
r (Pearson) = -0,34321;(p)=0,0059
Figura 28 (h). Frequência espacial 10
cpg e correlação com tempo de doença;
r (Pearson) = -0,2962;(p)=0,0183
Page 48
48
Fonte: Dados coletados na pesquisa. Fonte: Dados coletados na pesquisa.
Fonte: Dados coletados na pesquisa.
Figura 28 (j). Frequência espacial 20 cpg
e correlação com tempo de doença; r
(Pearson) = -0,2352
Figura 28 (i). Frequência espacial 15 cpg
e correlação com tempo de doença; r
(Pearson) = -0,2502;(p)=0,0479
Figura 28 (k). Frequência espacial 30
cpg e correlação com tempo de doença;
r (Pearson) = -0,1457
Page 49
49
4.2.2. Avaliação da Discriminação de Cores pelo Teste de Ordenamento de Farnsworth-
Munsell
No Teste de Ordenamento de Cores de Farnsworth-Munsell (FM-100) foram avaliados
32 participantes com diabetes mellitus e 31 participantes do grupo controle. Na análise de
comparação dos resultados entre os grupos, para a análise de cada participante do grupo com
DM e os limites de tolerância superior e inferior definidos para o grupo controle,como
mostrado na figura 25, verificou-se que 19 olhos com diabetes mellitus (30,15%) de 63 olhos
com DM testados apresentaram valores de erro acima do limite de tolerância superior. Os
demais participantes do grupo com DM apresentaram valores próximos ao limite superior de
tolerância. É importante ressaltar que nenhum participante com DM apresentou valores de
erro próximo ao limite inferior de tolerância estabelecido para os controles.
Na análise da média do grupo com DM quando comparada aos limites inferior e
superior de confiança estabelecido para o grupo controle (figuras 29), nota-se que a média do
grupo com DM para o valor de erro foi bem acima do limite superior do intervalo de
confiança do grupo controle. O valor da média de erro do grupo com DM foi de
165,41±84,08, estatisticamente diferente, depois de realizado teste t-student, dos erros do
controle, que foi de 79,37±58,59 para p < 0,0001.
Page 50
50
Figura 29. Limite de Tolerância para a raiz quadrada do valor de erro do FM-100 de 62 olhos de
participantes do grupo controle. Os losangos representam 63 olhos de participantes com DM, dos
quais, 19 olhos com diabetes mellitus (30,15%) testados apresentaram valores de erro acima do limite
de tolerância superior.
Fonte: Dados coletados na pesquisa.
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51
Figura 30. Limites de confiança superior e inferior para a raiz do erro FM-100 de 62 olhos de
participantes controles. Média de erro de olhos com DM foi de 165,41 (r2 =12,47) acima de limite de
confiança superior do grupo controle, que foi de 79,37 (r2 =8).Após aplicação do teste-t para análise do
valor do erro (raiz quadrada), verificou-se que existe diferença estatística entre os grupos DM e
controle, pois, p (unilateral)= <0,0001 e p (bilateral) = <0,0001; intervalo de confiança de 95%.
Fonte: Dados coletados na pesquisa.
Foi realizada também a verificação da correlação dos valores da hemoglobina glicada
e da glicemia de jejum dos participantes DM2 com o número de erros obtidos no teste de
ordenamento de cores. Após a análise observou-se que não existe correlação entre os
parâmetros analisados, conforme figuras 31 e 32. Já para a variável tempo de doença,
observou-se uma correlação fraca entre os parâmetros analisados (figura 33).
Page 52
52
Participantes que apresentaram maior tempo de doença, para esse grupo por volta de
40 meses, apresentaram maior quantidade de erros como pode ser observado alguns
participantes no Apêndice K.
Figura 31. Demonstração da correlação dos valores de hemoglobina glicada e o número de erros do F
M-100.
Fonte: Dados coletados na pesquisa.
Figura 32. Demonstração da correlação dos valores de glicemia de jejum e o número de erros do F M-
100.
Fonte: Dados coletados na pesquisa.
Page 53
53
Figura 33. Demonstração de correlação do tempo de doença e o número de erros do F M-100.
Fonte: Dados coletados na pesquisa.
4.2.3. Comparação entre os testes
Após a realização de uma análise isolada, foi realizada também uma comparação entre
os testes, onde observou-se que, dentre os pacientes com glicemia de jejum alterada, ou seja,
descompensada, apresentaram piores resultados visuais nos testes de SCL, retinografia e
acuidade visual.
Após a análise estatística comparando o grupo de participantes com retinopatia
diabética e sem retinopatia diabética, observou-se que não houve diferença estatística entre
esses grupos. Existe diferença entre o grupo controle e diabetes mellitus tipo II.
A maior parte dos pacientes com alterações de retina apresentaram glicemia
descompensada os alterações nos testes de SCL e FM 100. A grande maioria dos olhos com
alterações de SCL apresentaram acuidade visual alterada (64.5 %), glicemia descompensada
(60%), alterações de retina (48%) e na visão de cores (45%). A grande maioria dos olhos com
alteração em FM100 também apresentam alteração de SCL glicemia descompensada,
alterações de acuidade e retina.Para os resultados supracitados ver figuras 34, 35, 36 e 37.
Page 54
54
Figura 34. Comparação dos níveis de glicemia com os testes realizados
Dos 37 (69.8 %) olhos de pacientes com glicemia de jejum alterada
29 de 37 , 78,37837838 % olhos testados Hb Glicosilada
12 de 37 , 32,43243243 % olhos testados Acuidade visual
6 de 37 , 16,21621622 % olhos testados Fundoscopia
14 de 37 , 37,83783784 % olhos testados Retinografia
3 de 37 , 8,108108108 % olhos testados PIO
17 de 37 , 45,94594595 % olhos testados FSCEL
10 de 37 , 27,02702703 % olhos testados FM-100
Os olhos de pacientes com glicemia descompensada apresentaram
piores resultados visuais nos testes de FSCEL, retinografia e
acuidade visual.
Fonte: Dados coletados na pesquisa
Figura 35. Comparação das alterações da retina com os testes realizados
Dos 22 (41.6 %) de olhos com alterações na retina
15 de 22 , 68,18181818 % olhos testados
Glicemia de
jejum.
5 de 22 , 22,72727273 % olhos testados PIO.
12 de 22 , 54,54545455 % olhos testados HbGlic
8 de 22 , 36,36363636 % olhos testados
Acuidade
visual.
11 de 22 , 50 % olhos testados SCL.
9 de 22 , 40,90909091 % olhos testados FM-100.
A maior parte dos pacientes com alterações de retina apresentaram
glicemia descompensada; alterações nos testes de SCL e FM-100.
Fonte: Dados coletados na pesquisa
Figura 36. Comparação das alterações do teste de Sensibilidade ao contraste espacial de
luminância
Dos 31 (49.2 %) dos olhos de pacientes com alteração de SCL:
15 de 25 , 60 % olhos testados Glicemia de jejum.
12 de 25 , 48 % olhos testados HbGlic.
20 de 31 , 64,51612903 % olhos testados Acuidade visual.
6 de 25 , 24 % olhos testados PIO.
12 de 25 , 48 % olhos testados
Retinografia e/ou
Fundoscopia.
14 de 31 , 45,16129032 % olhos testados FM-100.
A grandes maioria dos olhos com alterações de SCL apresentaram
acuidade visual alterada (64.5 %), glicemia descompensada (60%),
alterações de retina (48%) e na visão de cores (45%) Fonte: Dados coletados na pesquisa
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55
Figura 37. Comparação das alterações do teste FM-100
Dos 19 (30.2 %) dos olhos de pacientes com alteração de FM-100
10 de 17 , 58,82352941 % olhos testados Glicemia de jejum.
8 de 17 , 47,05882353 % olhos testados HbGlic.
11 de 19 , 57,89473684 % olhos testados Acuidade visual.
9 de 17 , 52,94117647 % olhos testados Retinografia e/ou
Fundoscopia.
3 de 17 , 17,64705882 % olhos testados PIO.
15 de 19 , 78,94736842 % olhos testados SCL.
A grande maioria dos olhos com alteração em FM-100 também
apresentam alteração de SCL, glicemia descompensada, alterações de
acuidade e retina. Fonte: Dados coletados na pesquisa
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56
5 DISCUSSÃO
Diversos estudos relatam sobre diabetes, seus critérios de diagnóstico, sinais e sintomas e
suas principais complicações como pé diabético, edema macular e a retinopatia diabética
(RD) em função das complicações microvasculares. Muitos desses estudos, com relação às
alterações visuais, compartilham da idéia de que quando a visão é afetada pelo DM, sendo
geralmente as lesões já estão instaladas e muitas vezes o indivíduo diabético já estava doente
e desconhecia o diagnóstico (ESTEVES et al.,2008; MAIA JUNIOR et al.,2007; BOSCO et
al.,2004).
Segundo Fong et al (2004), a perda visual devido a retinopatia diabética ocorre através
de uma variedade de mecanismos, incluindo descolamento retiniano, pré-retiniano ou
hemorragia vítrea, glaucoma neovascular associado, e edema macular ou não perfusão
capilar.A presença da retinopatia diabética pode indicar disfunção micro circulatória em
outros sistemas orgânicos (CHEUNG e WONG, 2008 e LIEW et al 2009).
Esteves e colaboradores (2008) afirmam que os principais fatores de riscos para a RD
são o mau controle glicêmico e pressórico e a maior duração do DM. Obviamente, o risco de
perda visual devido à retinopatia diabética pode ser reduzido pelo efetivo controle da glicose
sanguínea e pressão sanguínea e pela detecção precoce e tratamento oportuno.
5.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO TESTE DE SENSIBILIDADE AO CONTRASTE
ESPACIAL DE LUMNÂNCIA
Segundo Arden (1978), testar a sensibilidade ao contraste é o mais compreensivo
método de estimar a qualidade da visão em comparação à medida da acuidade visual pelos
cartões de Snellen. Pois estes últimos por apresentarem-se em alto contraste podem oferecer
uma resposta não satisfatória quando comparados à sensibilidade ao contraste testado em
diferentes níveis de contrastes.
Brinchmann-Hansen e colaboradores (1993) correlacionam o teste de sensibilidade ao
contraste mais fortemente com o grau de retinopatia diabética do que outro teste psicofísico
da função visual. Eles são enfáticos em relatar que no diabetes, a sensibilidade ao contraste
pode ser marcadamente reduzida apesar de acuidade visual normal. Medindo a função visual
que refletem mudanças retinianas precoces este tipo de teste poderia potencialmente ser usado
na detecção daquelas mudanças.
No presente trabalho, os valores médios obtidos para o grupo com DM2 em relação ao
grupo controle, apresentaram-se abaixo do intervalo de tolerância e intervalo de confiança,
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57
onde 49,20% dos olhos testados apresentaram pelo menos uma frequência alterada. Vale
ressaltar, que todas as frequências testadas estavam com média abaixo desses intervalos,
principalmente as frequências médias de 4cpg e 6cpg, o que corrobora com vários achados na
literatura.
Gualtieri (2005) não encontrou diferença estatística no desempenho dos pacientes com e
sem retinopatia diabética instalada, porém os limiares médios do grupo com retinopatia
diabética foram maiores que do grupo sem retinopatia diabética, o que corrobora também com
os achados do presente estudo, pois, apesar dos participantes não terem sidos separados em
grupos com e sem retinopatia diabética, quando foi realizada a comparação entre os testes,
observou-se que os olhos com alteração na retina, que compreendem 41,6% também
apresentaram piores resultados para o teste FSCEL (figura 35).
Ainda diz a autora que a não significância estatística entre os grupos com retinopatia e
sem retinopatia diabética, está coerente com a idéia de origem neural para o dano funcional, o
que pode inferir que a presença da retinopatia diabética não tem efeito significativo sobre a
redução da sensibilidade ao contraste espacial de luminância, embora os limiares medidos no
seu estudo tenham mostrado menores valores para o grupo com retinopatia diabética.
Com o objetivo de determinar o efeito do diabetes na função retiniana interna e
externa em pessoas com diabetes e retinopatia não detectável clinicamente ou com retinopatia
diabética não proliferativa, Jackson e colaboradores (2011) ao estudarem a função retiniana de
35 adultos com retinopatia diabética não proliferativa e acuidade visual normal através da
sensibilidade ao contraste e perimetria de frequência duplicada (PFD) observaram perdas em
todas as medidas da função visual quando comparadas aos participantes com visão normal. A
função retiniana interna medida pela PFD mostrou perda da função visual para pacientes com
retinopatia diabética não proliferativa com 83% dos pacientes exibindo perdas clinicamente
significantes. Ainda no presente estudo é importante ressaltar que a função de fotorreceptores
bastonetes foi extremamente perdida com a maioria dos pacientes com retinopatia diabética
não proliferativa exibindo perdas significantes para a sensibilidade visual adaptada ao escuro.
Eles concluíram que ambas as funções retinianas internas e externas exibiram perdas
relacionadas à RDNP. A perimetria de frequência duplicada e outros testes da função visual
revelaram uma faixa expandida do diabetes induzindo danos até mesmo em pacientes com
boa acuidade visual.
Gartaganis e Colaboradores (2001) ao avaliarem a função de sensibilidade ao contraste
para quatro frequências espaciais em 16 pacientes com perda no teste oral de tolerância a
glicose segundo os critérios da OMS (1985) e comparado a 11 pessoas normais, observaram
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58
perda estatisticamente significante de sensibilidade ao contraste e associado com perda no
teste oral de tolerância a glicose (p < 0.001) em todas as frequências espaciais testadas,
mesmo os grupos sendo similar em idade, acuidade visual e correção refrativa. Esses
resultados sugerem dano funcional precoce de tecido vascular ou neuronal, presumindo assim
o envolvimento da via óptica correlacionado a diabetes precoce. Os autores ainda afirmam
que as bases fisiológicas para esses deficits ainda são desconhecidas.
Durante a análise dos dados desse estudo, pode-se verificar que quando utilizado o índice
de correlação de Pearson para correlacionar as 11 frequências espaciais com os índices de
hemoglobina glicada e glicemia de jejum, não houve correlação entre os parâmetros
analisados, o que está de acordo com o estudo de Gualtieri (2004), porém difere do estudo
citado quando os valores das freqüências foram analisados com o tempo de doença, pois, no
estudo citado não foi encontrada correlação com o tempo de doença e no presente estudo
observou-se que existe essa correlação e ela apresentou-se nas freqüências 0,5; 0,8; 2; 4; 6; 10
e 15 ciclos por grau. Para essas frequência p< 0,05.
Provavelmente essa alteração em várias freqüências não sendo específica para nenhuma
delas, possa estar relacionada ao estudo feito por Arden (2001), onde o mesmo diz que a
hipóxia do tecido retiniano pode ser a principal causa da redução da função visual em
diabéticos e que essas alterações, provavelmente ocorrem antes que alterações de fundo de
olho sejam perceptíveis ao exame oftalmológico.
Segundo Santos e Simas (2001) a função de sensibilidade ao contraste e a acuidade
visual, parecem formar os principais indicadores dos aspectos críticos da percepção visual, o
que parece ser uma explicação coerente da diminuição desses parâmetros diante uma
alteração morfofuncional, pois neste estudo os pacientes com pior acuidade visual
apresentaram alterações do FSCEL.
Para Esteves et al. (2008) e Bosco et al . (2004) apesar da hiperglicemia ser um fator de
risco modificável, o mau controle glicêmico implica em sérios danos para os problemas
oculares em indivíduos com diabetes, pois a permanência prolongada de maus níveis
glicêmicos (glicemia de jejum e HbA1c) aumenta o risco para o surgimento da RD, ou agrava
as lesões já existentes. Ainda dizem os autores que em apenas 3,5 anos após o DM2, a RD
está presente em 12,6% dos pacientes e 8% dos indivíduos com pré-diabetes já apresentam
RD.
Misra et al., 2010 não encontrou diferença significativa na FSCEL entre os casos com e
sem retinopatia diabética, porém esse estudo encontrou associação significativa entre a HA1C
e a sensibilidades ao contraste, o que não foi observado no presente estudo. Para o autor esses
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59
achados, implicam que a sensibilidade ao contraste é alterada pelo diabetes, mas não é afetada
de forma crescente, de acordo com as alterações microvasculares, características da
progressão da retinopatia diabética e que não teve efeito significativo sobre as alterações de
SCEL. Ainda diz o autor, que as alterações relacionadas ao diabetes podem estar mais
relacionadas a alterações da função da retina caudadas por distúrbios no metabolismo de
hidratos de carbono, representados pela hemoglobina glicada.
Nesse estudo foi observado que a maior parte dos participantes com alterações na retina
apresentaram glicemia descompensada e alterações FSCEL e FM-100, o que parece estar
relacionado ao que descreveram os autores supracitados.
A perda da sensibilidade ao contraste na presença de diabetes com o sem retinopatia tem
sido bem reconhecida, embora o tipo de perda de sensibilidade ao contraste não seja idêntica
para todos os pacientes diabéticos (VERROTTI ET AL.; 1998). Segundo Marainie
colaboradores (1994), a perda na sensibilidade ao contraste tem sido variavelmente atribuída a
mudanças retinianas, mas também a mudanças no cristalino. E os fatores de riscos
relacionados incluem a idade avançada, pressão arterial sistólica elevada, diabetes e
nefropatia.
5.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO TESTE DEFARNSWORTH-MUNSELL FM-100
No teste FM-100, para a média dos participantes, verificou-se que 30,15% dos olhos
com DM2, apresentaram valores de erro acima do limite de tolerância e confiança
estabelecidos a partir do grupo controle, e após tratar esses dados estatisticamente com o
teste-t, houve diferença estatística entre os grupos, p< 0,0001. Esses dados concordam com os
de Santana et al. 2010, que também encontrou diferença estatística entre o grupo DM2 e
controles.
Esses achados diferem dos encontrados por Santana (2005) que não encontrou
significância estatística entre os grupos, porém o presente estudo corrobora com a mesma
autora e Gualtieri (2005) que assim como essa pesquisa, não encontrou correlação com a
idade, glicemia capilar e hemoglobina glicada.
Não há consenso na literatura com relação aos resultados dos testes visuais, em geral
com os níveis de glicose sanguíneo e o controle metabólico recente, realizado pelos níveis de
A1C.
Alguns estudos encontraram correlação de perdas visuais com A1C descompensada
(MENTONI et al.,1982; ZIZMAN e ADAMS, 1982; FROST-LARSEN,CHRISTIANSEN e
PARVING,1983; KLEIN et al, 1984).
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60
Em relação ao tempo de doença, o presente estudo encontrou uma correlação fraca
para os parâmetros analisados, já Gualtieri (2005) e Santana (2005), encontraram uma
correlação moderada para o tempo de doença e valores de erro do teste.
FEITOSA-SANTANA et al (2010) encontram correlação com o tempo de doença, que
corrobora com esse estudo, e com a hemoglobina glicada, achado esse que difere do estudo.
O tempo de doença já vem sendo descrito na literatura como um fator relevante para o
aparecimento de alterações da função visual assim como a piora dessas quando já existentes.
Segundo Esteves et al. (2008), a duração do DM, facilmente identificada nos pacientes com
DM1, é de difícil determinação nos pacientes com DM2, pois, estima-se que em pacientes
com DM2, a doença já esteja presente há cerca de 4 a 7 anos em relação à época em que é
feito o diagnóstico de DM. Essa observação explica a presença de RD já na ocasião do
diagnóstico em pacientes com DM2.
A redução da visão de cores, segundo Greenstein (2004) e Kurtenbach (2006), ocorre
provavelmente a uma redução da sensibilidade dos fotorreceptores. Sendo assim a
hiperglicemia e consequentemente a redução de oxigênio nos neurônios na retina, eleva os
limiares dos fotorreceptores, reduzindo a sensibilidade de absorção dos mesmos. Pode ser que
essa seja a explicação para os piores resultados do FM-100, terem sido para participantes com
níveis glicêmicos descompensados.
Page 61
61
6 CONCLUSÃO
O diabetes indiscutivelmente é um agravo que limita o paciente em alguma fase da sua
vida. Os estudos têm mostrado que um dos principais prejuízos a essa população é a cegueira
proveniente da retinopatia diabética, porém antes mesmo da instalação da RD, é comum que
os pacientes queixem-se de alterações visuais como: vista embaçada, turva, dificuldade em ler
entre outras que, geralmente, ocorrem concomitantes a níveis glicêmicos descompensados.
A literatura tem demonstrado que o mau controle glicêmico é um dos estopins para
que surjam então as complicações.
Nesse estudo a visão acromática foi mais sensível a doença, pois apresentou os piores
resultados. A alteração se deu principalmente nas frequências espaciais médias que
compreendem as frequências de 4cpg e 6cpg.
Existe associação das alterações visuais com danos na retina, pois, dos 22 participantes
com alteração na retina, que representaram 41,6% dos olhos testados, 11 apresentaram
alterações no teste de SCEL e 9 no teste de ordenamento de cores FM-100.
Apesar dos valores de glicemia não influenciarem os resultado dos exames psicofísicos,
o tempo de doença apresentou relação com o resultado. Apresentado piores resultados os
pacientes com mais tempo de doença.
Mais pesquisas com paradigmas psicofísicos se fazem necessárias para esse grupo com a
finalidade de melhor elucidação dos mecanismos e progressão das alterações visuais para
indivíduos com diabetes mellitus tipo 2, pois, aspectos importantes como a relação aos
resultados dos testes visuais, em geral com níveis glicêmicos e o controle metabólico recente
representada pelos níveis de hemoglobina glicada, ainda não tem consenso na literatura.
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TORQUATO, M. T. C. G.; MONTENEGRO JUNIOR, R. M.; VIANA, L. A. L.; SOUZA, R.
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68
ANEXO 1- APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA
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70
Apêndice -A
FICHA DE ANAMNESE- AVALIAÇÃO VISUAL EM PACIENTES DM
1 Dados de Identificação
Código:
Nome completo: __________________________________________________
Endereço:_______________________________________________________
Contato: Fone Res:________________Cel: ( )_________________________
Sexo: F( ) M( ) Data de nascimento:_____/_____/_____ Idade :
Data da avaliação: _____/_____/_____ Patologia:_________________
Cor: Branco ( ) Pardo ( ) Negro ( ) Índio ( ) Amarelo ( )
Estado Civil: Solteiro ( ) Casado ( ) Viúvo ( ) Divorciado ( )
Escolaridade –
Profissão atual –
Profissão anterior –
2-Histórico
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71
Dificuldade em discriminar cores- sim ( ) não ( ) (S.I.C)
Familiares com problemas em discriminar cores- sim ( ) não ( )
Doenças oculares –
Doenças neurológicas –
Tabagismo/ Etilismo –
3-Interrogatório Complementar
Horário da última refeição-
Controle da HAS –
Controle Diabetes mellitus -
Medicação em uso -
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72
4-Doenças da fase adulta e infantil
5- Acuidade Visual – TESTE DE SNELLEN
Condições de avaliação:_________________________________
OD = ____________________
OS = ____________________
6- OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES
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73
Teste de Ishihara das Lâminas Pseudoisocromáticas
Tabela 1 – Planilha para acompanhamento do teste de Ishihara .
Nº Normal Discriminação
Resposta do Sujeito
Deficiente Ausente D S
1 12 12 12
2 8 3 X
3 29 70 X
4 5 2 X
5 3 5 X
6 15 17 X
7 74 21 X
8 6 X X
9 45 X X
10 5 X X
11 7 X X
12 16 X X
13 73 X X
14 X 5 X
15 X 45 X
Protan Deutan
Grave Leve Grave leve X
16 26 6 26 2 26 X
17 42 2 42 4 42 X
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74
Conclusão:
TESTE DE SNELLEN
Condições de avaliação:_________________________________
OD = ____________________
OS = ____________________
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76
Apêndice B - Dados de anamnese de participantes do grupo controle.
CÓDIGO IDADE SEXO ESCOLARIDADE TABAGISMO ETILISMO OUTRAS
DOENÇAS
AJR120216 51 M 3º grau incompleto Nega Social -
ALN120122 39 M 3º grau Nega Social -
JSS120122 41 M 3º grau Nega Social -
LCG110620 37 F Mestrando Nega Social Asma
MIT110722 37 F Doutorado Nega Nega -
MLM12012
2
48 F 3º grau Nega Social -
RKF120224 47 F Pós-graduado Nega Social -
EMS120411 51 F Ensino médio Nega Social -
JAN110715 51 M -
LOR120404 60 F Ensino médio Nega Nega -
MCP120327 49 F Fundamental Nega Social -
LCO120327 60 M Ensino médio Nega Nega -
MGS120330 51 F Ensino médio Nega Nega -
FCA110719 42 M Ensino médio -
MCA110715 45 F Fundamental -
MJA110718 39 M Ensino médio Nega Nega -
MJG120323 42 F Ensino médio Nega Nega -
RSF120326 31 F Ensino médio Nega Social -
EBC120324 61 M Ensino médio Nega Nega -
GRS120329 62 F Ensino médio Sim + 10 anos Social -
IPC120326 61 F Ensino médio Nega Nega -
JAS120324 61 M Ensino médio Nega Nega -
MCS120403 63 F Ensino médio P/30 anos abst
10 anos
Social 1980 AVEH*
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77
NLD120404 62 F Fundamental Nega Nega -
OMM12327 62 M 3º GRAU SIM + 30
ANOS
Social -
MGL120121 47 F Pós-graduado lato-
sensu
Nega Nega -
ACT110713 40 F Ensino médio Nega Nega -
MMC11062
9
49 F Ensino médio Nega Nega -
VSP110627 43 F Fundamental Nega Nega -
MFN120416 47 F Ensino médio Nega Nega -
RSB120416 51 F Ensino médio Nega Nega -
*Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico.
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78
Apêndice C - Dados de anamnese de participantes que compõem o grupo DIABETES.
PACIENTES
DIABÉTICOS
IDADE SEXO ESCOLARIDADE TABAGISMO ETILISMO OUTRAS
DOENÇAS
ARN111222-56 56 M FUNDAMENTAL INC NEGA NEGA
MTM111222-56 56 F FUNDAMENTAL INC NEGA NEGA
MLO111220-45 45 F ENSINO MÉDIO NEGA NEGA
NVS111201-39 39 M ENSINO MÉDIO NEGA NEGA
IMB110908-34 34 F ENSINO MÉDIO NEGA SOCIALMENTE
MFP110902-45 45 M FUNDAMENTAL INC ABSTINÊNCIA HÁ
15 ANOS-INÍCIO 16a
ABSTINÊNCIA HÁ 4
ANOS
MLS110830-83 83 F ENSINO MÉDIO NEGA NEGA
MNF110916-50 50 F FUNDAMENTAL INC NEGA NEGA DISLIPIDEMIA
JBA110922-56 56 M FUNDAMENTAL NEGA NEGA
JSF110923-59 59 M MÉDIO INC NEGA NEGA
AMG111222-51 51 F MÉDIO NEGA NEGA
EES110804-40 40 F MÉDIO NEGA NEGA
JMS110614-54 54 F 3º GRAU NEGA SOCIALMENTE
LSN110804-31 31 M 3º GRAU NEGA SOCIALMENTE
MSN110825-56 56 M FUNDAMENTAL NEGA SOCIALMENTE
MNC110804-51 51 F FUNDAMENTAL INC NEGA NEGA
PES110622-32 32 F FUNDAMENTAL INC NEGA NEGA
ASL110617-45 45 M 3º GRAU NEGA NEGA
AMC110818-43 43 M FUNDAMENTAL ABSTINÊNCIA HÁ 8
ANOS-INÍCIO 15a
ABSTINÊNCIA HÁ 3
ANOS
RRP110915-53 53 F FUNDAMENTAL INC ABSTINÊNCIA HÁ 3
ANOS-INÍCIO 15a
SOCIALMENTE
LCA111228-64 64 F FUNDAMENTAL INC NEGA NEGA AVC I? E?
BSR120109-64 64 F FUNDAMENTAL INC NEGA NEGA
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79
AMP120119-49 49 M FUNDAMENTAL INC NEGA ABSTINÊNCIA HÁ 3
MJF120119-52 52 F MÉDIO NEGA NEGA
AMF110708- 43 43 M MÉDIO NEGA NEGA
MMC110630- 53 53 F MÉDIO NEGA SOCIALMENTE CAT ABR/2011
RNB110617-74 74 F NÃO ALFABETIZADA NEGA NEGA DISLIPIDEMIA
UCA110621-70 70 M FUNDAMENTAL NEGA NEGA GLAUCOMA ?
MCA110815-75 75 F FUNDAMENTAL NEGA NEGA PERDA VISÃO
D
MJA110805-58 58 M MÉDIO NEGA NEGA
JFN120123-46 46 F 3º GRAU INC NEGA NEGA
JMB110824-57 57 F PÓS-GRADUADO NEGA NEGA
MEDIA 52,625
DP 12,17016
HOMENS 13 40,62%
MULHERES 19 59,38%
Apêndice D – Dados clínicos dos participantes do grupo diabetes
CÓDIGO RETINOGRAFIA PIO FUNDOSCOPIA ACUIDADE TEMPO DOENÇA
ANOS
ARN111222-56 D NORMAL 16 NORMAL 20/20 3
ARN111222-56 E NORMAL 16 NORMAL 20/25
MTM111222-56 D RETINOPATIA 16 NORMAL 20/20 3
MTM111222-56 E NORMAL 16 NORMAL 20/20
MLO111220-45 D NORMAL 20 NORMAL 20/20 4
MLO111220-45 E NORMAL 20 NORMAL 20/20
NVS111201-39 D - - - 20/20 4
NVS111201-39 E - - - 20/30
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80
IMB110908-34 D NORMAL 18 NORMAL 20/20 5
IMB110908-34 E NORMAL 18 NORMAL 20/20
MFP110902-45 D NORMAL 22 NORMAL 20/30 11
MFP110902-45 E RETINOPATIA? 20 NORMAL 20/40
MLS110830-83 D NORMAL 21 NORMAL 20/30 40
MLS110830-83 E RETINOPATIA
INSIPIENTE
21 NORMAL 20/40
MNF110916-50 D RETINOPATIA
INSIPIENTE
16 NORMAL 20/30 18
MNF110916-50 E NORMAL 16 NORMAL 20/30
JBA110922-56 D - - - 20/25 5
JBA110922-56 E - - - 20/30
JSF110923-59 D - - - 20/30 2
JSF110923-59 E - - - 20/30
AMG111222-51 D - - - 20/30 7
AMG111222-51 E - - - 20/30
EES110804-40 D RETINOPATIA
INSIPIENTE
16 NORMAL 20/20 3
EES110804-40 E RETINOPATIA
INSIPIENTE
16 NORMAL 20/20
JMS110614-54 D NORMAL 20 NORMAL 20/20 2
JMS110614-54 E RETINOPATIA? 20 NORMAL 20/20
LSN110804-31 D NORMAL 14 NORMAL 20/20 1
LSN110804-31 E NORMAL 14 NORMAL 20/20
MSN110825-56 D NORMAL 20 NORMAL 20/25 6
MSN110825-56 E NORMAL 20 NORMAL 20/25
MNC110804-51 D NORMAL 14 NORMAL 20/20 3
MNC110804-51 E NORMAL 14 NORMAL 20/20
PES110622-32 D - - - 20/25 2
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81
PES110622-32 E - - - 20/25
ASL110617-45 D NORMAL 16 NORMAL 20/20 4
ASL110617-45 E NORMAL 14 NORMAL 20/20
AMC110818-43 D NORMAL 18 CERATOSE? 20/20 7
AMC110818-43 E NORMAL 18 NORMAL 20/20
RRP110915-53 D RETINOPATIA
INSIPIENTE
18 NORMAL 20/25 12
RRP110915-53 E RETINOPATIA
INSIPIENTE
20 NORMAL 20/25
LCA111228-64 D RETINOPATIA
INSIPIENTE
18 OPACIDADE 20/30 3
LCA111228-64 E RETINOPATIA
INSIPIENTE
20 OPACIDADE 20/30
BSR120109-64 D NORMAL 16 NORMAL 20/25 1
BSR120109-64 E CONSTRIÇÃO
ARTERIOLAR
16 ATROFIA
IRIANA
20/40
AMP120119-49 D RETINOPATIA
INSIPIENTE
20 NORMAL 20/20 1
AMP120119-49 E RETINOPATIA
INSIPIENTE
18 NORMAL 20/20
MJF120119-52 D NORMAL 22 NORMAL 20/20 0,5
MJF120119-52 E NORMAL 22 NORMAL 20/20
AMF110708- 43 D NORMAL 18 NORMAL 20/20 5
AMF110708- 43 E NORMAL 20 NORMAL 20/20
MMC110630- 53 D PO LASER 18 NORMAL 20/25 15
MMC110630-53 E RETINOPATIA 18 NORMAL 20/20
RNB110617-74 D RETINOPATIA 24 NUBÉCULA
NASAL
20/40 3
RNB110617-74 E RETINOPATIA 24 NUBÉCULA
NASAL
20/40
Page 82
82
UCA110621-70 D RETINOPATIA 30 OPACIDADE 20/100 6
UCA110621-70 E RETINOPATIA 28 OPACIDADE 20/30
MCA110815-75 E RETINOPATIA
COM
DEGENERAÇÃO
MACULAR
14 OPACIDADE
NUCLEAR;ALT
ERAÇÃO EPR
20/40 18
MJA110805-58 D NORMAL 16 LESÃO PÁLIDA 20/20 10
MJA110805-58 E HEMORRAGIA
POLO POST
14 NORMAL 20/20
JFN120123-46 D NORMAL 20 NORMAL 20/20 0,5
JFN120123-46 E NORMAL 18 NORMAL 20/20
JMB110824-57 D NORMAL 19 NORMAL 20/20 5
JMB110824-57 E NORMAL 18 NORMAL 20/20
MEDIA 6,5625
DESVPAD 7,719633536
Apêndice E – Dados numéricos de erros do FM 100 de participantes que compõem o grupo DM e participantes que compõem o grupo controle.
CÓDIGO DM ERRO
FM100
RAIZ DO
ERRO
GRUPO
CONTROLE
ERRO
FM100
RAIZ DO
ERRO
ARN111222-56 D 116 10,8 FCA110719-42 D 52 7
ARN111222-56 E 132 11,5 FCA110719-42 E 52 7
MTM111222-56 D 80 9 AJR120216-51 D 52 7
MTM111222-56 E 56 7 AJR120216-51 E 48 7
MLO111220-45 D 152 12 ALN120122-39 D 44 7
MLO111220-45 E 224 15 ALN120122-39 E 44 7
NVS111201-39 D 64 8 JSS120122-41 D 60 8
Page 83
83
NVS111201-39 E 156 12 JSS120122-41 E 96 10
IMB110908-34 D 260 16 LCG110620-35 D 20 4
IMB110908-34 E 200 14,142 LCG110620-35 E 20 4
MFP110902-45 D 372 19 MIT110722-37 D 32 6
MFP110902-45 E 264 16 MIT110722-37 E 28 6
MLS110830-83 D 168 13 MLM120122-48
D
36 6
MLS110830-83 E 268 16 MLM120122-48 E 40 9
MNF110916-50 D 452 21 RKF120224-47 D 80 9
MNF110916-50 E 396 20 RKF120224-47 E 88 9
JBA110922-56 D 132 11 MJG120323-42 D 52 7
JBA110922-56 E 128 11 MJG120323-42 E 52 7
JSF110923-59 D 76 9 RSF120326-31 D 56 7
JSF110923-59 E 64 8 RSF120326-31 E 52 7
AMG111222-51 D 152 12 EMS120411-51 D 44 7
AMG111222-51 E 196 14 EMS120411-51 E 68 8
EES110804-40 D 68 8 MCP120327-49 D 28 5
EES110804-40 E 56 7 MCP120327-49 E 24 5
JMS110614-54 D 156 12 LCO120327-60 D 60 8
JMS110614-54 E 116 11 LCO120327-60 E 76 9
LSN110804-31 D 104 10 EBC120324-61 D 36 6
LSN110804-31 E 124 11 EBC120324-61 E 40 6
MSN110825-56 D 52 7 GRS120329-62 D 52 7
MSN110825-56 E 44 7 GRS120329-62 E 36 6
MNC110804-51 D 124 11 IPC120326-61 D 56 7
MNC110804-51 E 240 15 IPC120326-61 E 48 7
PES110622-32 D 136 12 JAS120324-61 D 68 8
PES110622-32 E 240 15 JAS120324-61 E 52 7
Page 84
84
ASL110617-45 D 152 12 MCS120403-63 D 28 5
ASL110617-45 E 220 15 MCS120403-63 E 24 5
AMC110818-43 D 93 10 OMM120327-62
D
60 8
AMC110818-43 E 108 10 OMM120327-62
E
36 6
RRP110915-53 D 164 13 MGL120121-47 D 64 8
RRP110915-53 E 216 15 MGL120121-47 E 73 9
LCA111228-64 D 212 15 ACT110713-40 D 116 11
LCA111228-64 E 140 12 ACT110713-E 140 12
BSR120109-64 D 108 10 JMB110721-53 D 128 11
BSR120109-64 E 164 13 JMB110721-53E 140 12
AMP120119-49 D 252 16 MMC110629-49
D
200 14
AMP120119-49 E 260 16 MMC110629-49
E
292 17
MJF120119-52 D 180 13 RCA110721-33 D 144 12
MJF120119-52 E 176 13 RCA110721-33E 40 6
AMF110708- 43 D 144 12 RSM110811-38 D 140 12
AMF110708- 43 E 156 12 RSM110811-38E 240 15
MMC110630- 53 D 80 9 VSP110627-43 D 176 13
MMC110630-53 E 100 10 VSP110627-43 E 200 14
RNB110617-74 D 176 13 MFN120416 47 D 108 10
RNB110617-74 E 264 16 MFN120416 47 E 144 12
UCA110621-70 D 152 12 RSB120416-51 D 128 11
UCA110621-70 E 144 12 RSB120416-51 E 132 11
MCA110815-75 E 340 18
MJA110805-58 D 196 14
MJA110805-58 E 160 13
Page 85
85
JFN120123-46 D 124 11
JFN120123-46 E 100 10
JMB110824-57 D 108 10
JMB110824-57 E 164 13
Média 165,412698 12,4799757 Média 79,375 8
Desvio Padrão 84,0847566 3,13348996 Desvio Padrão 58,5961719 2,899473
n da amostra 56
p-valor 0,9
g-valor 0,95
a-valor 0,05
z(1-p)/2 -1,645
X2
g,N-1 38,958
k 1,972
Média 79,375 8,489088
desvio padrão 58,5961719 2,899473
LT superior 194,912451 14,20615
LT inferior -36,162451 2,77203
Page 86
86
Apêndice F – Valores numéricos absolutos das 11 frequências espaciais do teste de sensibilidade ao contrate espacial de luminância de
participantes que compõem o grupo de DM2.
Paciente diabético 0,2 0,5 0,8 1 2 4 6 10 15 20 30
ARN111222-56 D 14,59 58,33 116,66 233,33 155,55 23,34 12,97 16,67 3,10 1,40 1,02
ARN111222-56 E 9,73 58,33 155,55 155,55 233,33 58,33 19,45 11,67 3,79 1,15 1,02
MTM111222-56 D 7,79 38,89 116,66 155,55 233,33 155,55 155,55 116,66 23,34 6,49 1,20
MTM111222-56 E 9,73 38,89 58,33 116,66 233,33 233,33 233,33 58,33 23,34 12,97 1,02
MLO111220-45 D 9,73 29,17 38,89 58,33 233,33 233,33 116,66 58,33 23,34 12,97 2,74
MLO111220-45 E 10,61 38,89 58,33 155,55 155,55 155,55 233,33 116,66 19,45 16,67 3,91
NVS111201-39 D 11,67 38,89 116,66 155,55 116,66 233,33 58,33 58,33 29,17 23,34 2,37
NVS111201-39 E 3,56 19,45 38,89 29,17 58,33 58,33 19,45 12,97 3,27 1,01 1,02
IMB110908-34 D 3,18 16,67 10,61 19,45 19,45 23,34 23,34 16,67 2,47 1,01 1,02
IMB110908-34 E 3,67 16,67 14,59 12,97 29,17 16,67 10,61 7,30 3,10 1,01 1,22
MFP110902-45 D 6,15 38,89 58,33 116,66 116,66 116,66 19,45 12,97 5,09 1,12 1,02
MFP110902-45 E 4,88 19,45 23,34 38,89 58,33 58,33 58,33 16,67 4,51 1,18 1,02
MLS110830-83 D 8,98 19,45 29,17 29,17 23,34 8,98 7,79 3,67 1,87 1,32 1,02
MLS110830-83 E 6,15 14,59 16,67 29,17 38,89 29,17 16,67 10,61 3,46 1,24 1,02
MNF110916-50 D 6,88 14,59 19,45 23,34 29,17 38,89 12,97 7,30 5,85 2,21 1,02
MNF110916-50 E 7,30 19,45 29,17 29,17 58,33 29,17 23,34 10,61 6,15 3,10 1,02
JBA110922-56 D 38,89 233,33 58,33 155,55 233,33 233,33 233,33 116,66 155,55 133,19 29,17
JBA110922-56 E 29,17 58,33 155,55 233,33 233,33 466,65 233,33 116,66 116,66 186,47 58,33
JSF110923-59 D 14,59 466,65 116,66 116,66 233,33 155,55 116,66 29,17 12,97 5,85 2,25
JSF110923-59 E 23,34 58,33 116,66 116,66 233,33 58,33 19,45 23,34 8,98 7,30 2,68
AMG111222-51 D 6,15 19,45 19,45 23,34 16,67 19,45 9,73 1,00 1,01 1,01 1,50
AMG111222-51 E 3,34 7,54 6,66 10,28 22,61 18,84 28,26 18,84 8,70 1,48 1,07
EES110804-40 D 9,73 58,33 58,33 116,66 233,33 233,33 155,55 155,55 58,33 9,73 1,02
EES110804-40 E 11,67 38,89 58,33 116,66 155,55 233,33 233,33 116,66 58,33 6,49 1,02
Page 87
87
JMS110614-54 D 8,98 38,89 58,33 116,66 155,55 155,55 116,66 29,17 14,59 6,88 1,27
JMS110614-54 E 8,34 38,89 58,33 116,66 155,55 116,66 116,66 23,34 12,97 5,32 1,04
LSN110804-31 D 16,67 38,89 58,33 116,66 233,33 466,65 466,65 155,55 38,89 12,97 1,02
LSN110804-31 E 23,34 116,66 155,55 233,33 233,33 466,65 1000,00 155,55 38,89 6,88 1,08
MSN110825-56 D 23,34 58,33 29,17 116,66 116,66 233,33 116,66 58,33 16,67 6,49 1,61
MSN110825-56 E 7,79 58,33 38,89 155,55 116,66 38,89 29,17 14,59 6,49 2,29 1,02
MNC110804-51 D 38,89 38,89 38,89 58,33 116,66 116,66 38,89 19,45 3,18 1,46 1,02
MNC110804-51 E 6,49 29,17 23,34 38,89 116,66 58,33 58,33 7,79 3,02 1,01 1,02
PES110622-32 D 4,19 12,97 11,67 16,67 11,67 19,45 8,34 5,85 1,84 1,45 1,32
PES110622-32 E 3,18 10,61 12,97 9,73 12,97 11,67 8,98 2,95 1,35 2,00 1,28
ASL110617-45 D 11,67 58,33 466,65 466,65 466,65 1000,00 233,33 466,65 116,66 133,19 14,59
ASL110617-45 E 6,15 58,33 116,66 155,55 233,33 233,33 233,33 466,65 233,33 38,89 6,65
AMC110818-43 D 3,02 8,98 14,59 16,67 29,17 58,33 23,34 8,98 7,79 5,57 1,65
AMC110818-43 E 6,15 16,67 16,67 14,59 19,45 38,89 14,59 8,34 4,04 3,46 2,06
RRP110915-53 D 8,34 16,67 38,89 38,89 155,55 38,89 38,89 29,17 7,79 4,68 2,13
RRP110915-53 E 5,85 23,34 38,89 116,66 233,33 466,65 233,33 38,89 14,59 6,88 2,63
LCA111228-64 D 8,34 29,17 29,17 58,33 29,17 19,45 19,45 5,85 2,09 1,19 1,02
LCA111228-64 E 8,34 19,45 23,34 58,33 58,33 116,66 58,33 19,45 3,91 2,70 1,02
BSR120109-64 D 4,68 29,17 38,89 38,89 116,66 116,66 58,33 14,59 5,09 3,18 1,05
BSR120109-64 E 6,49 10,61 29,17 23,34 38,89 29,17 23,34 2,09 1,93 1,13 1,67
AMP120119-49 D 3,46 23,34 38,89 58,33 58,33 116,66 58,33 116,66 38,89 14,59 2,88
AMP120119-49 E 9,73 29,17 38,89 233,33 116,66 58,33 155,55 58,33 29,17 12,97 4,34
MJF120119-52 D 19,45 116,66 58,33 116,66 155,55 155,55 155,55 16,67 38,89 5,57 1,18
MJF120119-52 E 14,59 29,17 58,33 155,55 116,66 233,33 155,55 38,89 29,17 11,67 1,88
AMF110708- 43 D 4,19 19,45 58,33 38,89 155,55 233,33 233,33 116,66 58,33 16,67 1,33
AMF110708- 43 E 5,32 29,17 29,17 116,66 155,55 233,33 155,55 38,89 23,34 8,34 1,02
MMC110630- 53 D 6,88 38,89 38,89 116,66 155,55 155,55 116,66 29,17 16,67 8,98 1,02
MMC110630-53 E 6,15 29,17 29,17 155,55 116,66 116,66 58,33 23,34 8,34 3,67 1,02
Page 88
88
RNB110617-74 D 3,79 19,45 38,89 29,17 58,33 58,33 58,33 10,61 5,85 1,87 1,02
RNB110617-74 E 4,68 23,34 23,34 29,17 38,89 58,33 19,45 8,98 3,10 1,45 1,02
UCA110621-70 D 14,59 58,33 38,89 58,33 23,34 10,61 4,88 6,15 3,79 1,69 1,02
UCA110621-70 E 9,73 38,89 29,17 58,33 155,55 116,66 29,17 19,45 7,30 4,88 1,11
MCA110815-75 E 4,88 23,34 12,97 29,17 16,67 10,61 5,85 3,02 1,70 1,01 1,02
MJA110805-58 D 5,319 19,448 23,336 29,169 58,333 58,333 58,333 16,671 7,789 4,044 1,321
MJA110805-58 E 5,57 23,34 29,17 38,89 58,33 116,66 29,17 29,17 11,67 5,85 1,82
JFN120123-46 D 4,88 29,17 58,33 155,55 116,66 155,55 155,55 116,66 1,01 1,01 1,02
JFN120123-46 E 6,49 38,89 58,33 155,55 155,55 155,55 155,55 38,89 6,88 2,34 1,02
JMB110824-57 D 7,30 38,89 38,89 58,33 1000,00 116,66 116,66 38,89 9,73 8,34 1,02
JMB110824-57 E 6,49 23,34 23,34 29,17 58,33 116,66 58,33 23,34 16,67 2,64 1,02
Média 9,766036 44,21017 55,78322 93,28866 136,0999 142,3761 106,7924 53,92087 22,78093 12,77677 3,064722
Desvio Padrão 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
Apêndice G– Valores numéricos absolutos das 11 frequências espaciais do teste de sensibilidade ao contrate espacial de luminância de
participantes que compõem o grupo controle.
CÓDIGOS
PARTICIPANTES
CONTROLES
0,2 0,5 0,8 1 2 4 6 10 15 20 30
AJR120216-51 D 16,67 58,33 116,66 155,55 233,33 116,66 58,33 23,34 6,15 5,85 1,38
AJR120216-51 E 11,67 38,89 116,66 116,66 155,55 155,55 155,55 58,33 23,34 11,67 2,81
ALN120122-39 D 16,67 116,66 116,66 155,55 233,33 233,33 233,33 116,66 38,89 19,45 1,40
ALN120122-39 E 12,97 38,89 58,33 116,66 233,33 233,33 233,33 155,55 58,33 23,34 2,21
JSS120122-41 D 23,34 116,66 116,66 155,55 233,33 233,33 116,66 58,33 19,45 4,88 1,24
JSS120122-41 E 29,17 155,55 116,66 233,33 233,33 233,33 155,55 29,17 10,61 2,10 1,50
Page 89
89
LCG110620-37 D 23,34 116,66 58,33 155,55 466,65 466,65 233,33 116,66 29,17 8,98 1,02
LCG110620-37 E 38,89 116,66 116,66 116,66 233,33 233,33 233,33 116,66 38,89 9,73 1,02
MIT110722-37 D 23,34 233,33 155,55 466,65 233,33 233,33 233,33 58,33 58,33 29,17 6,65
MIT110722-37 E 58,33 466,65 233,33 466,65 466,65 466,65 233,33 116,66 58,33 29,17 11,67
MLM120122-48 D 14,59 58,33 58,33 155,55 155,55 155,55 155,55 116,66 29,17 19,45 3,36
MLM120122-48 E 16,67 58,33 116,66 58,33 155,55 155,55 58,33 19,45 12,97 3,27 1,23
RKF120224-47 D 8,343 38,890 38,890 58,333 116,663 116,663 116,663 38,890 6,495 3,786 1,024
RKF120224-47 E 11,67 38,89 58,33 58,33 116,66 116,66 116,66 23,34 11,67 5,32 1,17
EMS120411-51 D 8,34 58,33 58,33 116,66 155,55 233,33 155,55 58,33 23,34 8,98 4,51
EMS120411-51 E 6,15 23,34 58,33 155,55 155,55 233,33 155,55 155,55 38,89 29,17 4,68
JAN110715-51 D 8,34 29,17 38,89 58,33 116,66 116,66 155,55 58,33 16,67 6,49 2,52
JAN110715-51 E 5,57 29,17 23,34 58,33 58,33 116,66 23,34 5,85 3,27 3,02 1,74
LOR120404-60 D 23,34 116,66 116,66 233,33 155,55 233,33 116,66 58,33 19,45 4,88 2,21
LOR120404-60 E 16,67 38,89 58,33 116,66 155,55 233,33 155,55 38,89 23,34 3,36 3,46
MCP120327-49 D 11,67 58,33 58,33 116,66 116,66 116,66 116,66 29,17 19,45 9,73 2,25
MCP120327-49 E 14,59 29,17 58,33 116,66 233,33 233,33 233,33 38,89 12,97 8,98 2,42
LCO120327-60 D 8,34 38,89 58,33 58,33 155,55 116,66 155,55 58,33 19,45 14,59 1,96
LCO120327-60 E 11,67 38,89 58,33 116,66 233,33 233,33 155,55 155,55 58,33 23,34 1,28
MGS120330-51 D 8,34 58,33 29,17 116,66 233,33 116,66 116,66 58,33 19,45 11,67 1,93
MGS120330-51 E 16,67 29,17 58,33 233,33 233,33 233,33 155,55 116,66 58,33 12,97 3,67
FCA110719-42 D 6,88 58,33 58,33 116,66 155,55 155,55 116,66 29,17 14,59 5,32 1,40
FCA110719-42 E 6,88 29,17 58,33 58,33 116,66 155,55 116,66 38,89 38,89 16,67 2,68
MCA110715-45 D 4,88 14,59 19,45 58,33 116,66 116,66 58,33 19,45 23,34 3,27 3,10
MCA110715-45 E 5,85 38,89 58,33 58,33 233,33 466,65 233,33 29,17 29,17 9,73 2,10
MJA110718-39 D 16,67 38,89 116,66 58,33 233,33 233,33 466,65 155,55 58,33 29,17 7,30
MJA110718-39 E 16,67 38,89 58,33 116,66 155,55 233,33 116,66 58,33 19,45 11,67 3,46
MJG120323-42 D 14,59 58,33 58,33 58,33 116,66 116,66 155,55 58,33 23,34 19,45 3,46
MJG120323-42 E 14,59 58,33 58,33 116,66 155,55 116,66 155,55 58,33 29,17 14,59 3,91
Page 90
90
RSF120326-31 D 14,59 29,17 38,89 58,33 155,55 233,33 155,55 116,66 19,45 8,34 2,88
RSF120326-31 E 8,34 29,17 58,33 58,33 233,33 233,33 155,55 155,55 38,89 11,67 3,36
EBC120324-61 D 38,89 155,55 233,33 233,33 233,33 233,33 116,66 58,33 16,67 9,73 3,18
EBC120324-61 E 29,17 116,66 116,66 155,55 233,33 233,33 466,65 116,66 38,89 19,45 4,51
GRS120329-62 D 7,30 58,33 58,33 155,55 233,33 233,33 116,66 38,89 14,59 8,34 1,44
GRS120329-62 E 8,34 58,33 58,33 233,33 233,33 466,65 233,33 116,66 29,17 12,97 6,29
IPC120326-61 D 6,88 116,66 116,66 233,33 233,33 233,33 155,55 155,55 29,17 14,59 1,69
IPC120326-61 E 8,34 58,33 58,33 116,66 155,55 233,33 155,55 116,66 58,33 8,98 1,82
JAS120324-61 D 38,89 233,33 58,33 155,55 466,65 466,65 466,65 155,55 29,17 8,98 4,68
JAS120324-61 E 12,97 116,66 233,33 466,65 466,65 466,65 466,65 155,55 58,33 29,17 3,36
MCS120403-63 D 11,67 58,33 58,33 116,66 116,66 116,66 116,66 29,17 19,45 9,73 2,25
MCS120403-63 E 14,59 29,17 58,33 116,66 233,33 233,33 233,33 38,89 12,97 8,98 2,42
NLD120404-62 D 8,98 58,33 38,89 58,33 116,66 116,66 58,33 29,17 8,34 3,79 2,21
NLD120404-62 E 12,97 29,17 58,33 116,66 233,33 155,55 155,55 38,89 14,59 5,85 1,02
OMM120327-62 D 16,67 155,55 233,33 155,55 233,33 233,33 233,33 155,55 12,97 7,30 1,28
OMM120327-62 E 7,30 58,33 116,66 58,33 233,33 233,33 155,55 58,33 16,67 10,61 2,81
MGL120121-47 D 38,89 116,66 58,33 155,55 466,65 466,65 466,65 233,33 116,66 133,19 38,89
MGL120121-47 E 23,34 116,66 155,55 233,33 466,65 466,65 233,33 233,33 233,33 38,89 29,17
ACT110713-40 D 4,19 23,34 116,66 155,55 233,33 155,55 38,89 14,59 6,88 4,88 2,29
ACT110713-E 4,51 14,59 29,17 38,89 58,33 29,17 4,68 6,88 1,99 1,32 1,02
MMC110629-49 D 4,51 19,45 29,17 29,17 58,33 58,33 14,59 16,67 9,73 2,34 1,05
MMC110629-49 E 5,57 29,17 58,33 116,66 155,55 233,33 116,66 12,97 16,67 7,79 1,02
VSP110627-43 D 5,09 23,34 58,33 58,33 58,33 155,55 29,17 29,17 1,08 2,00 2,47
VSP110627-43 E 8,98 29,17 58,33 58,33 58,33 58,33 38,89 12,97 4,04 1,01 1,46
MFN120416 47 D 4,88 19,45 19,45 23,34 29,17 38,89 23,34 10,61 4,68 2,10 1,36
MFN120416 47 E 3,56 23,34 23,34 16,67 38,89 116,66 58,33 11,67 3,56 3,91 1,35
RSB120416-51 D 8,98 38,89 29,17 58,33 116,66 155,55 116,66 58,33 19,45 16,67 5,42
RSB120416-51 E 9,73 23,34 38,89 58,33 155,55 233,33 116,66 116,66 38,89 16,67 4,88
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91
Média 15,16427 74,39991 83,13199 138,3246 208,083 221,8981 171,8193 77,37719 30,7893 13,89667 3,839564
Desvio Padrão 10,84298 72,81717 53,01097 96,57428 105,2199 113,8378 110,8872 57,45216 34,06822 18,19871 6,168629
Apêndice H- Valores numéricos logarítmicos das 11 frequências espaciais do teste de sensibilidade ao contrate espacial de luminância de
participantes que compõem o grupo de DM.
Diabetes 0,2 0,5 0,8 1 2 4 6 10 15 20 30
ARN111222-56 D 1,164018 1,765913 2,066932 2,367962 2,191874 1,36803 1,112912 1,221969 0,491088 0,146924 0,010282
ARN111222-56 E 0,988148 1,765913 2,191874 2,191874 2,367962 1,765913 1,288879 1,067207 0,578203 0,062419 0,010282
MTM11222-56 D 0,891461 1,589835 2,066932 2,191874 2,367962 2,191874 2,191874 2,066932 1,36803 0,812552 0,080977
MTM111222-56 E 0,988148 1,589835 1,765913 2,066932 2,367962 2,367962 2,367962 1,765913 1,36803 1,112912 0,010282
MLO111220-45 D 0,988148 1,464916 1,589835 1,765913 2,367962 2,367962 2,066932 1,765913 1,36803 1,112912 0,438489
MLO111220-45 E 1,025873 1,589835 1,765913 2,191874 2,191874 2,191874 2,367962 2,066932 1,288879 1,221969 0,592278
NVS111201-39 D 1,067207 1,589835 2,066932 2,191874 2,066932 2,367962 1,765913 1,765913 1,464916 1,36803 0,374717
NVS111201-39 E 0,551398 1,288879 1,589835 1,464916 1,765913 1,765913 1,288879 1,112912 0,51417 0,004318 0,010282
IMB110908-34 D 0,502468 1,221969 1,025873 1,288879 1,288879 1,36803 1,36803 1,221969 0,391927 0,004318 0,010282
IMB110908-34 E 0,564586 1,221969 1,164018 1,112912 1,464916 1,221969 1,025873 0,863517 0,491088 0,004318 0,08477
MFP110902-45 D 0,789172 1,589835 1,765913 2,066932 2,066932 2,066932 1,288879 1,112912 0,706659 0,04854 0,010282
MFP110902-45 E 0,688304 1,288879 1,36803 1,589835 1,765913 1,765913 1,765913 1,221969 0,653815 0,07324 0,010282
MLS110830-83 D 0,953454 1,288879 1,464916 1,464916 1,36803 0,953454 0,891461 0,564586 0,271659 0,120518 0,010282
MLS110830-83 E 0,789172 1,164018 1,221969 1,464916 1,589835 1,464916 1,221969 1,025873 0,538615 0,09212 0,010282
MNF110916-50 D 0,837279 1,164018 1,288879 1,36803 1,464916 1,589835 1,112912 0,863517 0,767003 0,344553 0,010282
MNF110916-50 E 0,863517 1,288879 1,464916 1,464916 1,765913 1,464916 1,36803 1,025873 0,789172 0,491088 0,010282
JBA110922-56 D 1,589835 2,367962 1,765913 2,191874 2,367962 2,367962 2,367962 2,066932 2,191874 2,124476 1,464916
JBA110922-56 E 1,464916 1,765913 2,191874 2,367962 2,367962 2,668992 2,367962 2,066932 2,066932 2,270606 1,765913
JSF110923-59 D 1,164018 2,668992 2,066932 2,066932 2,367962 2,191874 2,066932 1,464916 1,112912 0,767003 0,352467
Page 92
92
JSF110923-59 E 1,36803 1,765913 2,066932 2,066932 2,367962 1,765913 1,288879 1,36803 0,953454 0,863517 0,428737
AMG111222-51 D 0,789172 1,288879 1,288879 1,36803 1,221969 1,288879 0,988148 0,001375 0,004305 0,004318 0,175521
AMG111222-51 E 0,523898 0,8775 0,823261 1,012009 1,354258 1,275096 1,451152 1,275096 0,939546 0,170148 0,028026
EES110804-40 D 0,988148 1,765913 1,765913 2,066932 2,367962 2,367962 2,191874 2,191874 1,765913 0,988148 0,010282
EES110804-40 E 1,067207 1,589835 1,765913 2,066932 2,191874 2,367962 2,367962 2,066932 1,765913 0,812552 0,010282
JMS110614-54 D 0,953454 1,589835 1,765913 2,066932 2,191874 2,191874 2,066932 1,464916 1,164018 0,837279 0,104425
JMS110614-54 E 0,921344 1,589835 1,765913 2,066932 2,191874 2,066932 2,066932 1,36803 1,112912 0,725841 0,016365
LSN110804-31 D 1,221969 1,589835 1,765913 2,066932 2,367962 2,668992 2,668992 2,191874 1,589835 1,112912 0,010282
LSN110804-31 E 1,36803 2,066932 2,191874 2,367962 2,367962 2,668992 3 2,191874 1,589835 0,837279 0,035246
MSN110825-56 D 1,36803 1,765913 1,464916 2,066932 2,066932 2,367962 2,066932 1,765913 1,221969 0,812552 0,206638
MSN110825-56 E 0,891461 1,765913 1,589835 2,191874 2,066932 1,589835 1,464916 1,164018 0,812552 0,360543 0,010282
MNC110804-51 D 1,589835 1,589835 1,589835 1,765913 2,066932 2,066932 1,589835 1,288879 0,502468 0,165727 0,010282
MNC110804-51 E 0,812552 1,464916 1,36803 1,589835 2,066932 1,765913 1,765913 0,891461 0,480014 0,004318 0,010282
PES110622-32 D 0,621925 1,112912 1,067207 1,221969 1,067207 1,288879 0,921344 0,767003 0,265256 0,16093 0,121034
PES110622-32 E 0,502468 1,025873 1,112912 0,988148 1,112912 1,067207 0,953454 0,469231 0,129658 0,300173 0,1085
ASL110617-45 D 1,067207 1,765913 2,668992 2,668992 2,668992 3 2,367962 2,668992 2,066932 2,124476 1,164018
ASL110617-45 E 0,789172 1,765913 2,066932 2,191874 2,367962 2,367962 2,367962 2,668992 2,367962 1,589835 0,822944
AMC110818-43 D 0,480014 0,953454 1,164018 1,221969 1,464916 1,765913 1,36803 0,953454 0,891461 0,745926 0,217638
AMC110818-43 E 0,789172 1,221969 1,221969 1,164018 1,288879 1,589835 1,164018 0,921344 0,606841 0,538615 0,314409
RRP110915-53 D 0,921344 1,221969 1,589835 1,589835 2,191874 1,589835 1,589835 1,464916 0,891461 0,670709 0,32919
RRP110915-53 E 0,767003 1,36803 1,589835 2,066932 2,367962 2,668992 2,367962 1,589835 1,164018 0,837279 0,419215
LCA111228-64 D 0,921344 1,464916 1,464916 1,765913 1,464916 1,288879 1,288879 0,767003 0,319776 0,076929 0,010282
LCA111228-64 E 0,921344 1,288879 1,36803 1,765913 1,765913 2,066932 1,765913 1,288879 0,592278 0,431828 0,010282
BSR120109-64 D 0,670709 1,464916 1,589835 1,589835 2,066932 2,066932 1,765913 1,164018 0,706659 0,502468 0,02257
BSR120109-64 E 0,812552 1,025873 1,464916 1,36803 1,589835 1,464916 1,36803 0,319776 0,2848 0,051953 0,223265
AMP120119-49 D 0,538615 1,36803 1,589835 1,765913 1,765913 2,066932 1,765913 2,066932 1,589835 1,164018 0,458724
AMP120119-49 E 0,988148 1,464916 1,589835 2,367962 2,066932 1,765913 2,191874 1,765913 1,464916 1,112912 0,63757
MJF120119-52 D 1,288879 2,066932 1,765913 2,066932 2,191874 2,191874 2,191874 1,221969 1,589835 0,745926 0,073521
Page 93
93
MJF120119-52 E 1,164018 1,464916 1,765913 2,191874 2,066932 2,367962 2,191874 1,589835 1,464916 1,067207 0,273195
AMF110708- 43
D
0,621925 1,288879 1,765913 1,589835 2,191874 2,367962 2,367962 2,066932 1,765913 1,221969 0,125318
AMF110708- 43 E 0,725841 1,464916 1,464916 2,066932 2,191874 2,367962 2,191874 1,589835 1,36803 0,921344 0,010282
MMC110630- 53
D
0,837279 1,589835 1,589835 2,066932 2,191874 2,191874 2,066932 1,464916 1,221969 0,953454 0,010282
MMC110630-53
E
0,789172 1,464916 1,464916 2,191874 2,066932 2,066932 1,765913 1,36803 0,921344 0,564586 0,010282
RNB110617-74 D 0,578203 1,288879 1,589835 1,464916 1,765913 1,765913 1,765913 1,025873 0,767003 0,271659 0,010282
RNB110617-74 E 0,670709 1,36803 1,36803 1,464916 1,589835 1,765913 1,288879 0,953454 0,491088 0,16093 0,010282
UCA110621-70 D 1,164018 1,765913 1,589835 1,765913 1,36803 1,025873 0,688304 0,789172 0,578203 0,22898 0,010282
UCA110621-70 E 0,988148 1,589835 1,464916 1,765913 2,191874 2,066932 1,464916 1,288879 0,863517 0,688304 0,045163
MCA110815-75 E 0,688304 1,36803 1,112912 1,464916 1,221969 1,025873 0,767003 0,480014 0,230186 0,004318 0,010282
MJA110805-58 D 0,725841 1,288879 1,36803 1,464916 1,765913 1,765913 1,765913 1,221969 0,891461 0,606841 0,121034
MJA110805-58 E 0,745926 1,36803 1,464916 1,589835 1,765913 2,066932 1,464916 1,464916 1,067207 0,767003 0,260394
JFN120123-46 D 0,688304 1,464916 1,765913 2,191874 2,066932 2,191874 2,191874 2,066932 0,004305 0,004318 0,010282
JFN120123-46 E 0,812552 1,589835 1,765913 2,191874 2,191874 2,191874 2,191874 1,589835 0,837279 0,368788 0,010282
JMB110824-57 D 0,863517 1,589835 1,589835 1,765913 3 2,066932 2,066932 1,589835 0,988148 0,921344 0,010282
JMB110824-57 E 0,812552 1,36803 1,36803 1,464916 1,765913 2,066932 1,765913 1,36803 1,221969 0,422194 0,010282
Média 0,899849 1,496691 1,601923 1,811953 1,957234 1,929844 1,741614 1,390154 0,983174 0,63659 0,193582
Desvio Padrão 0,26424 0,308991 0,334238 0,3946 0,41778 0,470124 0,524273 0,549446 0,552821 0,542513 0,343961
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94
Apêndice I- Valores numéricos logarítmicos das 11 frequências espaciais do teste de sensibilidade ao contrate espacial de luminância de
participantes que compõem o grupo de controle.
CÓDIGOS
CONTROLES
0,2 0,5 0,8 1 2 4 6 10 15 20 30
AJR120216-51 D 1,221969 1,765913 2,066932 2,191874 2,367962 2,066932 1,765913 1,36803 0,789172 0,767003 0,138506
AJR120216-51 E 1,067207 1,589835 2,066932 2,066932 2,191874 2,191874 2,191874 1,765913 1,36803 1,067207 0,448481
ALN120122-39 D 1,221969 2,066932 2,066932 2,191874 2,367962 2,367962 2,367962 2,066932 1,589835 1,288879 0,147589
ALN120122-39 E 1,112912 1,589835 1,765913 2,066932 2,367962 2,367962 2,367962 2,191874 1,765913 1,36803 0,344553
JSS120122-41 D 1,36803 2,066932 2,066932 2,191874 2,367962 2,367962 2,066932 1,765913 1,288879 0,688304 0,092491
JSS120122-41 E 1,464916 2,191874 2,066932 2,367962 2,367962 2,367962 2,191874 1,464916 1,025873 0,321729 0,175521
LCG110620-37 D 1,36803 2,066932 1,765913 2,191874 2,668992 2,668992 2,367962 2,066932 1,464916 0,953454 0,010282
LCG110620-37 E 1,589835 2,066932 2,066932 2,066932 2,367962 2,367962 2,367962 2,066932 1,589835 0,988148 0,010282
MIT110722-37 D 1,36803 2,367962 2,191874 2,668992 2,367962 2,367962 2,367962 1,765913 1,765913 1,464916 0,822944
MIT110722-37 E 1,765913 2,668992 2,367962 2,668992 2,668992 2,668992 2,367962 2,066932 1,765913 1,464916 1,067207
MLM20122-48 D 1,164018 1,765913 1,765913 2,191874 2,191874 2,191874 2,191874 2,066932 1,464916 1,288879 0,526212
MLM120122-48 E 1,221969 1,765913 2,066932 1,765913 2,191874 2,191874 1,765913 1,288879 1,112912 0,51417 0,088607
RKF120224-47 D 0,921344 1,589835 1,589835 1,765913 2,066932 2,066932 2,066932 1,589835 0,812552 0,578203 0,010282
RKF120224-47 E 1,067207 1,589835 1,765913 1,765913 2,066932 2,066932 2,066932 1,36803 1,067207 0,725841 0,069857
EMS120411-51 D 0,921344 1,765913 1,765913 2,066932 2,191874 2,367962 2,191874 1,765913 1,36803 0,953454 0,653815
EMS120411-51 E 0,789172 1,36803 1,765913 2,191874 2,191874 2,367962 2,191874 2,191874 1,589835 1,464916 0,670709
JAN110715-51 D 0,921344 1,464916 1,589835 1,765913 2,066932 2,066932 2,191874 1,765913 1,221969 0,812552 0,400819
JAN110715-51 E 0,745926 1,464916 1,36803 1,765913 1,765913 2,066932 1,36803 0,767003 0,51417 0,480014 0,240683
LOR120404-60 D 1,36803 2,066932 2,066932 2,367962 2,191874 2,367962 2,066932 1,765913 1,288879 0,688304 0,344553
LOR120404-60 E 1,221969 1,589835 1,765913 2,066932 2,191874 2,367962 2,191874 1,589835 1,36803 0,526212 0,538615
MCP120327-49 D 1,067207 1,765913 1,765913 2,066932 2,066932 2,066932 2,066932 1,464916 1,288879 0,988148 0,352467
MCP120327-49 E 1,164018 1,464916 1,765913 2,066932 2,367962 2,367962 2,367962 1,589835 1,112912 0,953454 0,383229
LCO120327-60 D 0,921344 1,589835 1,765913 1,765913 2,191874 2,066932 2,191874 1,765913 1,288879 1,164018 0,293247
Page 95
95
LCO120327-60 E 1,067207 1,589835 1,765913 2,066932 2,367962 2,367962 2,191874 2,191874 1,765913 1,36803 0,1085
MGS120330-51 D 0,921344 1,765913 1,464916 2,066932 2,367962 2,066932 2,066932 1,765913 1,288879 1,067207 0,286445
MGS120330-51 E 1,221969 1,464916 1,765913 2,367962 2,367962 2,367962 2,191874 2,066932 1,765913 1,112912 0,564586
FCA110719-42 D 0,837279 1,765913 1,765913 2,066932 2,191874 2,191874 2,066932 1,464916 1,164018 0,725841 0,147589
FCA110719-42 E 0,837279 1,464916 1,765913 1,765913 2,066932 2,191874 2,066932 1,589835 1,589835 1,221969 0,428737
MCA110715-45 D 0,688304 1,164018 1,288879 1,765913 2,066932 2,066932 1,765913 1,288879 1,36803 0,51417 0,491088
MCA110715-45 E 0,767003 1,589835 1,765913 1,765913 2,367962 2,668992 2,367962 1,464916 1,464916 0,988148 0,321729
MJA110718-39 D 1,221969 1,589835 2,066932 1,765913 2,367962 2,367962 2,668992 2,191874 1,765913 1,464916 0,863517
MJA110718-39 E 1,221969 1,589835 1,765913 2,066932 2,191874 2,367962 2,066932 1,765913 1,288879 1,067207 0,538615
MJG120323-42 D 1,164018 1,765913 1,765913 1,765913 2,066932 2,066932 2,191874 1,765913 1,36803 1,288879 0,538615
MJG120323-42 E 1,164018 1,765913 1,765913 2,066932 2,191874 2,066932 2,191874 1,765913 1,464916 1,164018 0,592278
RSF120326-31 D 1,164018 1,464916 1,589835 1,765913 2,191874 2,367962 2,191874 2,066932 1,288879 0,921344 0,458724
RSF120326-31 E 0,921344 1,464916 1,765913 1,765913 2,367962 2,367962 2,191874 2,191874 1,589835 1,067207 0,526212
EBC120324-61 D 1,589835 2,191874 2,367962 2,367962 2,367962 2,367962 2,066932 1,765913 1,221969 0,988148 0,502468
EBC120324-61 E 1,464916 2,066932 2,066932 2,191874 2,367962 2,367962 2,668992 2,066932 1,589835 1,288879 0,653815
GRS120329-62 D 0,863517 1,765913 1,765913 2,191874 2,367962 2,367962 2,066932 1,589835 1,164018 0,921344 0,156919
GRS120329-62 E 0,921344 1,765913 1,765913 2,367962 2,367962 2,668992 2,367962 2,066932 1,464916 1,112912 0,79891
IPC120326-61 D 0,837279 2,066932 2,066932 2,367962 2,367962 2,367962 2,191874 2,191874 1,464916 1,164018 0,22898
IPC120326-61 E 0,921344 1,765913 1,765913 2,066932 2,191874 2,367962 2,191874 2,066932 1,765913 0,953454 0,260394
JAS120324-61 D 1,589835 2,367962 1,765913 2,191874 2,668992 2,668992 2,668992 2,191874 1,464916 0,953454 0,670709
JAS120324-61 E 1,112912 2,066932 2,367962 2,668992 2,668992 2,668992 2,668992 2,191874 1,765913 1,464916 0,526212
MCS120403-63 D 1,067207 1,765913 1,765913 2,066932 2,066932 2,066932 2,066932 1,464916 1,288879 0,988148 0,352467
MCS120403-63 E 1,164018 1,464916 1,765913 2,066932 2,367962 2,367962 2,367962 1,589835 1,112912 0,953454 0,383229
NLD120404-62 D 0,953454 1,765913 1,589835 1,765913 2,066932 2,066932 1,765913 1,464916 0,921344 0,578203 0,344553
NLD120404-62 E 1,112912 1,464916 1,765913 2,066932 2,367962 2,191874 2,191874 1,589835 1,164018 0,767003 0,010282
OMM120327-62
D
1,221969 2,191874 2,367962 2,191874 2,367962 2,367962 2,367962 2,191874 1,112912 0,863517 0,1085
OMM120327-62 0,863517 1,765913 2,066932 1,765913 2,367962 2,367962 2,191874 1,765913 1,221969 1,025873 0,448481
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96
E
MGL120121-47 D 1,589835 2,066932 1,765913 2,191874 2,668992 2,668992 2,668992 2,367962 2,066932 2,124476 1,589835
MGL120121-47 E 1,36803 2,066932 2,191874 2,367962 2,668992 2,668992 2,367962 2,367962 2,367962 1,589835 1,464916
ACT110713-40 D 0,621925 1,36803 2,066932 2,191874 2,367962 2,191874 1,589835 1,164018 0,837279 0,688304 0,360543
ACT110713-E 0,653815 1,164018 1,464916 1,589835 1,765913 1,464916 0,670709 0,837279 0,298411 0,120518 0,010282
MMC110629-49
D
0,653815 1,288879 1,464916 1,464916 1,765913 1,765913 1,164018 1,221969 0,988148 0,368788 0,019452
MMC110629-49
E
0,745926 1,464916 1,765913 2,066932 2,191874 2,367962 2,066932 1,112912 1,221969 0,891461 0,010282
VSP110627-43 D 0,706659 1,36803 1,765913 1,765913 1,765913 2,191874 1,464916 1,464916 0,035368 0,300173 0,391927
VSP110627-43 E 0,953454 1,464916 1,765913 1,765913 1,765913 1,765913 1,589835 1,112912 0,606841 0,004318 0,165727
MFN120416 47 D 0,688304 1,288879 1,288879 1,36803 1,464916 1,589835 1,36803 1,025873 0,670709 0,321729 0,134053
MFN120416 47 E 0,551398 1,36803 1,36803 1,221969 1,589835 2,066932 1,765913 1,067207 0,551398 0,592278 0,129658
RSB120416-51 D 0,953454 1,589835 1,464916 1,765913 2,066932 2,191874 2,066932 1,765913 1,288879 1,221969 0,733975
RSB120416-51 E 0,988148 1,36803 1,589835 1,765913 2,191874 2,367962 2,066932 2,066932 1,589835 1,221969 0,688304
Média 1,070972 1,717529 1,819771 2,01968 2,230271 2,266732 2,101019 1,724647 1,295735 0,950835 0,400685
Desvio Padrão 0,276298 0,317641 0,259256 0,294339 0,255203 0,249039 0,364874 0,39002 0,409442 0,386765 0,323051
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97
Parâmetro Estatístico
n da amostra 62
p-valor 0,9
-valor 0,95
-valor 0,05
z(1-p)/2 -1,645
X2
-1 44,038
K 1,951
Média 1,070972 1,717529 1,819771 2,01968 2,230271 2,266732 2,101019 1,724647 1,295735 0,950835 0,400685
desvio padrão 0,276298 0,317641 0,259256 0,294339 0,255203 0,249039 0,364874 0,39002 0,409442 0,386765 0,323051
LT superior 1,610149 2,337384 2,32569 2,594062 2,728282 2,752714 2,813045 2,485744 2,094734 1,705579 1,031097
LT inferior 0,531795 1,097673 1,313851 1,445297 1,73226 1,78075 1,388992 0,96355 0,496736 0,19609 -0,22973
n da amostra 62
p-valor 0,95
Média 1,070972 1,717529 1,819771 2,01968 2,230271 2,266732 2,101019 1,724647 1,295735 0,950835 0,400685
desvio padrão 0,276298 0,317641 0,259256 0,294339 0,255203 0,249039 0,364874 0,39002 0,409442 0,386765 0,323051
IC superior 1,141138 1,798194 1,885609 2,094428 2,29508 2,329976 2,193679 1,823693 1,399714 1,049054 0,482725
IC inferior 1,000805 1,636863 1,753932 1,944932 2,165461 2,203488 2,008358 1,6256 1,191756 0,852615 0,318645
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98
Apêndice J– Correlação entre erros do teste FM 100 e valores de HÁ1C e glicemia de jejum.
Paciente diabético Erro
FM100
Raiz HbGLIC GLICEMIA DE
JEJUM
ARN111222-56 D 116 10,8 5,9 106
ARN111222-56 E 132 11,5 5,9 106
MTM111222-56 D 80 9 8,8 178
MTM111222-56 E 56 7 8,8 178
MLO111220-45 D 152 12 9 298
MLO111220-45 E 224 15 9 298
IMB110908-34 D 260 16 8 184
IMB110908-34 E 200 14,142 8 184
MFP110902-45 D 372 19 9 202
MFP110902-45 E 264 16 9 202
MLS110830-83 D 168 13 6 99
MLS110830-83 E 268 16 6 99
MNF110916-50 D 452 21 7 146
MNF110916-50 E 396 20 7 146
EES110804-40 D 68 8 7,8 144
EES110804-40 E 56 7 7,8 144
JMS110614-54 D 156 12 8 134
JMS110614-54 E 116 11 8 134
LSN110804-31 D 104 10 8,3 138
LSN110804-31 E 124 11 8,3 138
MSN110825-56 D 52 7 6,1 98
MSN110825-56 E 44 7 6,1 98
MNC110804-51 D 124 11 6 109
Page 99
99
MNC110804-51 E 240 15 6 109
ASL110617-45 D 152 12 6,2 69
ASL110617-45 E 220 15 6,2 69
AMC110818-43 D 93 10 9,9 288
AMC110818-43 E 108 10 9,9 288
RRP110915-53 D 164 13 8,2 200
RRP110915-53 E 216 15 8,2 200
LCA111228-64 D 212 15 6,1 116
LCA111228-64 E 140 12 6,1 116
BSR120109-64 D 108 10 6,9 132
BSR120109-64 E 164 13 6,9 132
AMP120119-49 D 252 16 5,9 89
AMP120119-49 E 260 16 5,9 89
MJF120119-52 D 180 13 6,6 96
MJF120119-52 E 176 13 6,6 96
AMF110708- 43 D 144 12 7,7 122
AMF110708- 43 E 156 12 7,7 122
MMC110630- 53 D 80 9 5,5 81
MMC110630-53 E 100 10 5,5 81
RNB110617-74 D 176 13 5,9 91
RNB110617-74 E 264 16 5,9 91
UCA110621-70 D 152 12 6,6 113
UCA110621-70 E 144 12 6,6 113
MCA110815-75 E 340 18 5,9 96
MJA110805-58 D 196 14 5,9 96
MJA110805-58 E 160 13 6,6 115
JFN120123-46 D 124 11 6,9 134
JFN120123-46 E 100 10 6,9 134
Page 100
100
JMB110824-57 D 108 10 6,8 102
JMB110824-57 E 164 13 6,8 102
Parâmetros estatísticos
Erro e
HbGlic
Erro e Glicemia Raiz e HbGlic Raiz e Glicemia
n (pares)
=
53 n (pares) = 53 n (pares)
=
53 n (pares)
=
53
r
(Pearson)
=
-0,0775 r
(Pearson)
=
0,0193 r
(Pearson)
=
-
0,0993
r
(Pearson)
=
0,0125
IC 95% = -0.34 a 0.20 IC 95% = -0.25 a 0.29 IC 95% = -0.36 a 0.18 IC 95%
=
-0.26 a 0.28
IC 99% = -0.42 a 0.28 IC 99% = -0.33 a 0.37 IC 99% = -0.43 a 0.26 IC 99%
=
-0.34 a 0.36
R2 = 0,006 R2 = 0,0004 R2 = 0,0099 R2 = 0,0002
t = -0,5552 t = 0,138 t = -0,713 t = 0,0894
GL = 51 GL = 51 GL = 51 GL = 51
(p) = 0,5812 (p) = 0,8908 (p) = 0,4791 (p) = 0,9291
Poder
0.05 =
0,0519 Poder 0.05
=
0,0581 Poder
0.05 =
0,0918 Poder
0.05 =
0,0507
Poder
0.01 =
0,4025 Poder 0.01
=
0,0509 Poder
0.01 =
0,6152 Poder
0.01 =
0,0619
Não existe correlação entre os parâmetros
analisados
Apêndice K – Correlação entre as freqüências espaciais do teste FSCEL e valores HÁ1C e glicemia de jejum
Page 101
101
CÓDIGO DM 0,2 0,5 0,8 1 2 4 6 10 15 20 30 HbGlic Glicemia
ARN111222-56 D 1,164018 1,765913 2,066932 2,367962 2,191874 1,36803 1,112912 1,221969 0,491088 0,146924 0,010282 5,9 106
ARN111222-56 E 0,988148 1,765913 2,191874 2,191874 2,367962 1,765913 1,288879 1,067207 0,578203 0,062419 0,010282 5,9 106
MTM111222-56 D 0,891461 1,589835 2,066932 2,191874 2,367962 2,191874 2,191874 2,066932 1,36803 0,812552 0,080977 8,8 178
MTM111222-56 E 0,988148 1,589835 1,765913 2,066932 2,367962 2,367962 2,367962 1,765913 1,36803 1,112912 0,010282 8,8 178
MLO111220-45 D 0,988148 1,464916 1,589835 1,765913 2,367962 2,367962 2,066932 1,765913 1,36803 1,112912 0,438489 9 298
MLO111220-45 E 1,025873 1,589835 1,765913 2,191874 2,191874 2,191874 2,367962 2,066932 1,288879 1,221969 0,592278 9 298
IMB110908-34 D 0,502468 1,221969 1,025873 1,288879 1,288879 1,36803 1,36803 1,221969 0,391927 0,004318 0,010282 8 184
IMB110908-34 E 0,564586 1,221969 1,164018 1,112912 1,464916 1,221969 1,025873 0,863517 0,491088 0,004318 0,08477 8 184
MFP110902-45 D 0,789172 1,589835 1,765913 2,066932 2,066932 2,066932 1,288879 1,112912 0,706659 0,04854 0,010282 9 202
MFP110902-45 E 0,688304 1,288879 1,36803 1,589835 1,765913 1,765913 1,765913 1,221969 0,653815 0,07324 0,010282 9 202
MLS110830-83 D 0,953454 1,288879 1,464916 1,464916 1,36803 0,953454 0,891461 0,564586 0,271659 0,120518 0,010282 6 99
MLS110830-83 E 0,789172 1,164018 1,221969 1,464916 1,589835 1,464916 1,221969 1,025873 0,538615 0,09212 0,010282 6 99
MNF110916-50 D 0,837279 1,164018 1,288879 1,36803 1,464916 1,589835 1,112912 0,863517 0,767003 0,344553 0,010282 7 146
MNF110916-50 E 0,863517 1,288879 1,464916 1,464916 1,765913 1,464916 1,36803 1,025873 0,789172 0,491088 0,010282 7 146
EES110804-40 D 0,988148 1,765913 1,765913 2,066932 2,367962 2,367962 2,191874 2,191874 1,765913 0,988148 0,010282 7,8 144
EES110804-40 E 1,067207 1,589835 1,765913 2,066932 2,191874 2,367962 2,367962 2,066932 1,765913 0,812552 0,010282 7,8 144
JMS110614-54 D 0,953454 1,589835 1,765913 2,066932 2,191874 2,191874 2,066932 1,464916 1,164018 0,837279 0,104425 8 134
JMS110614-54 E 0,921344 1,589835 1,765913 2,066932 2,191874 2,066932 2,066932 1,36803 1,112912 0,725841 0,016365 8 134
LSN110804-31 D 1,221969 1,589835 1,765913 2,066932 2,367962 2,668992 2,668992 2,191874 1,589835 1,112912 0,010282 8,3 138
LSN110804-31 E 1,36803 2,066932 2,191874 2,367962 2,367962 2,668992 3 2,191874 1,589835 0,837279 0,035246 8,3 138
MSN110825-56 D 1,36803 1,765913 1,464916 2,066932 2,066932 2,367962 2,066932 1,765913 1,221969 0,812552 0,206638 6,1 98
MSN110825-56 E 0,891461 1,765913 1,589835 2,191874 2,066932 1,589835 1,464916 1,164018 0,812552 0,360543 0,010282 6,1 98
MNC110804-51 D 1,589835 1,589835 1,589835 1,765913 2,066932 2,066932 1,589835 1,288879 0,502468 0,165727 0,010282 6 109
MNC110804-51 E 0,812552 1,464916 1,36803 1,589835 2,066932 1,765913 1,765913 0,891461 0,480014 0,004318 0,010282 6 109
ASL110617-45 D 1,067207 1,765913 2,668992 2,668992 2,668992 3 2,367962 2,668992 2,066932 2,124476 1,164018 6,2 69
ASL110617-45 E 0,789172 1,765913 2,066932 2,191874 2,367962 2,367962 2,367962 2,668992 2,367962 1,589835 0,822944 6,2 69
AMC110818-43 D 0,480014 0,953454 1,164018 1,221969 1,464916 1,765913 1,36803 0,953454 0,891461 0,745926 0,217638 9,9 288
Page 102
102
AMC110818-43 E 0,789172 1,221969 1,221969 1,164018 1,288879 1,589835 1,164018 0,921344 0,606841 0,538615 0,314409 9,9 288
RRP110915-53 D 0,921344 1,221969 1,589835 1,589835 2,191874 1,589835 1,589835 1,464916 0,891461 0,670709 0,32919 8,2 200
RRP110915-53 E 0,767003 1,36803 1,589835 2,066932 2,367962 2,668992 2,367962 1,589835 1,164018 0,837279 0,419215 8,2 200
LCA111228-64 D 0,921344 1,464916 1,464916 1,765913 1,464916 1,288879 1,288879 0,767003 0,319776 0,076929 0,010282 6,1 116
LCA111228-64 E 0,921344 1,288879 1,36803 1,765913 1,765913 2,066932 1,765913 1,288879 0,592278 0,431828 0,010282 6,1 116
BSR120109-64 D 0,670709 1,464916 1,589835 1,589835 2,066932 2,066932 1,765913 1,164018 0,706659 0,502468 0,02257 6,9 132
BSR120109-64 E 0,812552 1,025873 1,464916 1,36803 1,589835 1,464916 1,36803 0,319776 0,2848 0,051953 0,223265 6,9 132
AMP120119-49 D 0,538615 1,36803 1,589835 1,765913 1,765913 2,066932 1,765913 2,066932 1,589835 1,164018 0,458724 5,9 89
AMP120119-49 E 0,988148 1,464916 1,589835 2,367962 2,066932 1,765913 2,191874 1,765913 1,464916 1,112912 0,63757 5,9 89
MJF120119-52 D 1,288879 2,066932 1,765913 2,066932 2,191874 2,191874 2,191874 1,221969 1,589835 0,745926 0,073521 6,6 96
MJF120119-52 E 1,164018 1,464916 1,765913 2,191874 2,066932 2,367962 2,191874 1,589835 1,464916 1,067207 0,273195 6,6 96
AMF110708- 43 D 0,621925 1,288879 1,765913 1,589835 2,191874 2,367962 2,367962 2,066932 1,765913 1,221969 0,125318 7,7 122
AMF110708- 43 E 0,725841 1,464916 1,464916 2,066932 2,191874 2,367962 2,191874 1,589835 1,36803 0,921344 0,010282 7,7 122
MMC110630- 53 D 0,837279 1,589835 1,589835 2,066932 2,191874 2,191874 2,066932 1,464916 1,221969 0,953454 0,010282 5,5 81
MMC110630-53 E 0,789172 1,464916 1,464916 2,191874 2,066932 2,066932 1,765913 1,36803 0,921344 0,564586 0,010282 5,5 81
RNB110617-74 D 0,578203 1,288879 1,589835 1,464916 1,765913 1,765913 1,765913 1,025873 0,767003 0,271659 0,010282 5,9 91
RNB110617-74 E 0,670709 1,36803 1,36803 1,464916 1,589835 1,765913 1,288879 0,953454 0,491088 0,16093 0,010282 5,9 91
UCA110621-70 D 1,164018 1,765913 1,589835 1,765913 1,36803 1,025873 0,688304 0,789172 0,578203 0,22898 0,010282 6,6 113
UCA110621-70 E 0,988148 1,589835 1,464916 1,765913 2,191874 2,066932 1,464916 1,288879 0,863517 0,688304 0,045163 6,6 113
MCA110815-75 E 0,688304 1,36803 1,112912 1,464916 1,221969 1,025873 0,767003 0,480014 0,230186 0,004318 0,010282 5,9 96
MJA110805-58 D 0,725841 1,288879 1,36803 1,464916 1,765913 1,765913 1,765913 1,221969 0,891461 0,606841 0,121034 5,9 96
MJA110805-58 E 0,745926 1,36803 1,464916 1,589835 1,765913 2,066932 1,464916 1,464916 1,067207 0,767003 0,260394 6,6 115
JFN120123-46 D 0,688304 1,464916 1,765913 2,191874 2,066932 2,191874 2,191874 2,066932 0,004305 0,004318 0,010282 6,9 134
JFN120123-46 E 0,812552 1,589835 1,765913 2,191874 2,191874 2,191874 2,191874 1,589835 0,837279 0,368788 0,010282 6,9 134
JMB110824-57 D 0,863517 1,589835 1,589835 1,765913 3 2,066932 2,066932 1,589835 0,988148 0,921344 0,010282 6,8 102
JMB110824-57 E 0,812552 1,36803 1,36803 1,464916 1,765913 2,066932 1,765913 1,36803 1,221969 0,422194 0,010282 6,8 102
Page 103
103
Hb Glic e freq
0,2 0,5 0,8 1 2
Colunas 1 e 2 Colunas 1 e 3 Colunas 1 e 4 Colunas 1 e 5 Colunas 1 e 6
n (pares)
=
53 n (pares)
=
53 n (pares)
=
53 n (pares)
=
53 n (pares)
=
53
r
(Pearson)
=
-
0,1065
r
(Pearson)
=
-0,1503 r
(Pearson)
=
-0,0188 r
(Pearson)
=
-0,115 r
(Pearson)
=
0,0724
IC 95%
=
-0.37 a 0.17 IC 95%
=
-0.40 a 0.13 IC 95%
=
-0.29 a 0.25 IC 95%
=
-0.37 a 0.16 IC 95%
=
-0.20 a 0.34
IC 99%
=
-0.44 a 0.25 IC 99%
=
-0.47 a 0.21 IC 99%
=
-0.37 a 0.33 IC 99%
=
-0.45 a 0.24 IC 99%
=
-0.28 a 0.41
R2 = 0,0113 R2 = 0,0226 R2 = 0,0004 R2 = 0,0132 R2 = 0,0052
t = -
0,7649
t = -1,0857 t = -0,1343 t = -0,8268 t = 0,5184
GL = 51 GL = 51 GL = 51 GL = 51 GL = 51
(p) = 0,4478 (p) = 0,2827 (p) = 0,8937 (p) = 0,4122 (p) = 0,6064
Poder
0.05 =
0,1079 Poder
0.05 =
0,2626 Poder
0.05 =
0,0186 Poder
0.05 =
0,1296 Poder
0.05 =
0,1271
Poder
0.01 =
0,71 Poder
0.01 =
1,8885 Poder
0.01 =
0,1286 Poder
0.01 =
0,8456 Poder
0.01 =
0,0135
4 6 10
Colunas 1 e 7 Colunas 1 e 8 Colunas 1 e 9
n (pares)
=
53 n (pares)
=
53 n (pares)
=
53
r
(Pearson)
=
0,2179 r
(Pearson)
=
0,2266 r
(Pearson)
=
0,1759
Page 104
104
IC 95%
=
-0.06 a 0.46 IC 95%
=
-0.05 a 0.47 IC 95%
=
-0.10 a 0.43
IC 99%
=
-0.14 a 0.53 IC 99%
=
-0.13 a 0.53 IC 99%
=
-0.19 a 0.49
R2 = 0,0475 R2 = 0,0513 R2 = 0,0309
t = 1,5948 t = 1,6611 t = 1,2758
GL = 51 GL = 51 GL = 51
(p) = 0,1168 (p) = 0,1027 (p) = 0,2077
Poder
0.05 =
0,4686 Poder
0.05 =
0,4941 Poder
0.05 =
0,3488
Poder
0.01 =
0,2234 Poder
0.01 =
0,2431 Poder
0.01 =
0,1411
15 20 30
Colunas 1 e 10 Colunas 1 e 11 Colunas 1 e
12
n (pares)
=
53 n (pares)
=
53 n (pares)
=
53
r
(Pearson)
=
0,1673 r
(Pearson)
=
0,1642 r
(Pearson)
=
0,0509
IC 95%
=
-0.11 a 0.42 IC 95%
=
-0.11 a 0.42 IC 95%
=
-0.22 a
0.32
IC 99%
=
-0.19 a 0.49 IC 99%
=
-0.20 a 0.49 IC 99%
=
-0.30 a
0.39
R2 = 0,028 R2 = 0,0269 R2 = 0,0026
t = 1,212 t = 1,1884 t = 0,3637
GL = 51 GL = 51 GL = 51
(p) = 0,231 (p) = 0,2401 (p) = 0,7176
Page 105
105
Poder
0.05 =
0,3261 Poder
0.05 =
0,3178 Poder
0.05 =
0,0961
Poder
0.01 =
0,1272 Poder
0.01 =
0,1222 Poder
0.01 =
0,0095
Glicemia e freq.
Colunas 1 e 2 Colunas 1 e 3 Colunas 1 e 4
n (pares)
=
53 n (pares)
=
53 n (pares)
=
53
r
(Pearson)
=
-
0,1576
r
(Pearson)
=
-0,2997 r
(Pearson)
=
-
0,1966
IC 95%
=
-0.41 a 0.12 IC 95%
=
-0.53 a -0.03 IC 95%
=
-0.44 a 0.08
IC 99%
=
-0.48 a 0.20 IC 99%
=
-0.59 a 0.06 IC 99%
=
-0.51 a 0.16
R2 = 0,0248 R2 = 0,0898 R2 = 0,0387
t = -
1,1399
t = -2,2437 t = -1,432
GL = 51 GL = 51 GL = 51
(p) = 0,2596 (p) = 0,0291 (p) = 0,1582
Poder
0.05 =
0,3028 Poder
0.05 =
15,5182 Poder
0.05 =
0,6555
Poder
0.01 =
2,2852 Poder
0.01 =
113,1913 Poder
0.01 =
8,3266
Page 106
106
Colunas 1 e 5 Colunas 1 e 6 Colunas 1 e 7 Colunas 1 e 8
n (pares)
=
53 n (pares)
=
53 n (pares)
=
53 n (pares)
=
53
r
(Pearson)
=
-0,2512 r
(Pearson)
=
-0,0959 r
(Pearson)
=
0,0095 r
(Pearson)
=
0,002
IC 95%
=
-0.49 a 0.02 IC 95%
=
-0.36 a 0.18 IC 95%
=
-0.26 a 0.28 IC 95%
=
-0.27 a 0.27
IC 99%
=
-0.55 a 0.11 IC 99%
=
-0.43 a 0.26 IC 99%
=
-0.34 a 0.36 IC 99%
=
-0.35 a 0.35
R2 = 0,0631 R2 = 0,0092 R2 = 0,0001 R2 = 0
t = -1,853 t = -0,6879 t = 0,0676 t = 0,0143
GL = 51 GL = 51 GL = 51 GL = 51
(p) = 0,0696 (p) = 0,4946 (p) = 0,9464 (p) = 0,9886
Poder
0.05 =
2,3705 Poder
0.05 =
0,0846 Poder
0.05 =
0,0475 Poder
0.05 =
0,0397
Poder
0.01 =
837,2802 Poder
0.01 =
0,5744 Poder
0.01 =
0,0671 Poder
0.01 =
0,0809
Colunas 1 e 9 Colunas 1 e 10 Colunas 1 e 11 Colunas 1 e 12
n (pares)
=
53 n (pares)
=
53 n (pares)
=
53 n (pares)
=
53
r
(Pearson)
=
-0,0164 r
(Pearson)
=
-0,0666 r
(Pearson)
=
0,0111 r
(Pearson)
=
0,1057
IC 95%
=
-0.29 a 0.26 IC 95%
=
-0.33 a 0.21 IC 95%
=
-0.26 a 0.28 IC 95%
=
-0.17 a 0.37
IC 99%
=
-0.36 a 0.33 IC 99%
=
-0.41 a 0.29 IC 99%
=
-0.34 a 0.36 IC 99%
=
-0.25 a 0.44
R2 = 0,0003 R2 = 0,0044 R2 = 0,0001 R2 = 0,0112
Page 107
107
t = -0,1174 t = -0,4765 t = 0,0793 t = 0,7594
GL = 51 GL = 51 GL = 51 GL = 51
(p) = 0,907 (p) = 0,6358 (p) = 0,9371 (p) = 0,4511
Poder
0.05 =
0,021 Poder
0.05 =
0,0359 Poder
0.05 =
0,0492 Poder
0.05 =
0,185
Poder
0.01 =
0,1223 Poder
0.01 =
0,3267 Poder
0.01 =
0,0643 Poder
0.01 =
0,0479
Apêndice L – Correlação entre erros do teste FM 100 e tempo de doença DM.
Paciente diabético Erro
FM100
Raiz Tempo de
doença
ARN111222-56 D 116 10,77032961 3
ARN111222-56 E 132 11,48912529 3
MTM111222-56 D 80 8,94427191 3
MTM111222-56 E 56 7,483314774 3
MLO111220-45 D 152 12,32882801 4
MLO111220-45 E 224 14,96662955 4
NVS111201-39 D 64 8 4
NVS111201-39 E 156 12,489996 4
IMB110908-34 D 260 16,1245155 5
IMB110908-34 E 200 14,14213562 5
MFP110902-45 D 372 19,28730152 11
MFP110902-45 E 264 16,24807681 11
MLS110830-83 D 168 12,9614814 40
MLS110830-83 E 268 16,37070554 40
MNF110916-50 D 452 21,26029163 18
Page 108
108
MNF110916-50 E 396 19,89974874 18
JBA110922-56 D 132 11,48912529 5
JBA110922-56 E 128 11,3137085 5
JSF110923-59 D 76 8,717797887 2
JSF110923-59 E 64 8 2
AMG111222-51 D 152 12,32882801 7
AMG111222-51 E 196 14 7
EES110804-40 D 68 8,246211251 3
EES110804-40 E 56 7,483314774 3
JMS110614-54 D 156 12,489996 2
JMS110614-54 E 116 10,77032961 2
LSN110804-31 D 104 10,19803903 1
LSN110804-31 E 124 11,13552873 1
MSN110825-56 D 52 7,211102551 6
MSN110825-56 E 44 6,633249581 6
MNC110804-51 D 124 11,13552873 3
MNC110804-51 E 240 15,49193338 3
PES110622-32 D 136 11,66190379 2
PES110622-32 E 240 15,49193338 2
ASL110617-45 D 152 12,32882801 4
ASL110617-45 E 220 14,83239697 4
AMC110818-43 D 93 9,643650761 7
AMC110818-43 E 108 10,39230485 7
RRP110915-53 D 164 12,80624847 12
RRP110915-53 E 216 14,69693846 12
LCA111228-64 D 212 14,56021978 3
LCA111228-64 E 140 11,83215957 3
BSR120109-64 D 108 10,39230485 1
Page 109
109
BSR120109-64 E 164 12,80624847 1
AMP120119-49 D 252 15,87450787 1
AMP120119-49 E 260 16,1245155 1
MJF120119-52 D 180 13,41640786 5
MJF120119-52 E 176 13,26649916 5
AMF110708- 43 D 144 12 5
AMF110708- 43 E 156 12,489996 5
MMC110630- 53 D 80 8,94427191 15
MMC110630-53 E 100 10 15
RNB110617-74 D 176 13,26649916 3
RNB110617-74 E 264 16,24807681 3
UCA110621-70 D 152 12,32882801 6
UCA110621-70 E 144 12 6
MCA110815-75 E 340 18,43908891 18
MJA110805-58 D 196 14 10
MJA110805-58 E 160 12,64911064 10
JFN120123-46 D 124 11,13552873 6
JFN120123-46 E 100 10 6
JMB110824-57 D 108 10,39230485 5
JMB110824-57 E 164 12,80624847 5
Page 110
110
PARÂMETROS ESTATÍSTICOS
Tempo e
erro
Tempo e
raiz
Colunas 1 e
2
Colunas 1 e
3
n (pares) = 63 n (pares) = 63
r (Pearson)
=
0,3632 r (Pearson)
=
0,3396
IC 95% = 0.13 a 0.56 IC 95% = 0.10 a 0.54
IC 99% = 0.05 a 0.61 IC 99% = 0.02 a 0.60
R2 = 0,1319 R2 = 0,1154
t = 3,0449 t = 2,8203
GL = 61 GL = 61
(p) = 0,0034 (p) = 0,0064
Poder 0.05
=
0,9037 Poder 0.05
=
0,8632
Poder 0.01
=
0,7331 Poder 0.01
=
0,6604
Existe correlação fraca entre tempo de doença e valor de erro
do FM 100.
Page 111
111
Apêndice M – Correlação entre as freqüências espaciais do teste FSCEL e o tempo de doença.
Paciente diabético 0,2 0,5 0,8 1 2 4 6 10 15 20 30 Tempo de
doença
ARN111222-56 D 1,16 1,77 2,07 2,37 2,19 1,37 1,11 1,22 0,49 0,15 0,01 3
ARN111222-56 E 0,99 1,77 2,19 2,19 2,37 1,77 1,29 1,07 0,58 0,06 0,01 3
MTM111222-56 D 0,89 1,59 2,07 2,19 2,37 2,19 2,19 2,07 1,37 0,81 0,08 3
MTM111222-56 E 0,99 1,59 1,77 2,07 2,37 2,37 2,37 1,77 1,37 1,11 0,01 3
MLO111220-45 D 0,99 1,46 1,59 1,77 2,37 2,37 2,07 1,77 1,37 1,11 0,44 4
MLO111220-45 E 1,03 1,59 1,77 2,19 2,19 2,19 2,37 2,07 1,29 1,22 0,59 4
NVS111201-39 D 1,07 1,59 2,07 2,19 2,07 2,37 1,77 1,77 1,46 1,37 0,37 4
NVS111201-39 E 0,55 1,29 1,59 1,46 1,77 1,77 1,29 1,11 0,51 0,00 0,01 4
IMB110908-34 D 0,50 1,22 1,03 1,29 1,29 1,37 1,37 1,22 0,39 0,00 0,01 5
IMB110908-34 E 0,56 1,22 1,16 1,11 1,46 1,22 1,03 0,86 0,49 0,00 0,08 5
MFP110902-45 D 0,79 1,59 1,77 2,07 2,07 2,07 1,29 1,11 0,71 0,05 0,01 11
MFP110902-45 E 0,69 1,29 1,37 1,59 1,77 1,77 1,77 1,22 0,65 0,07 0,01 11
MLS110830-83 D 0,95 1,29 1,46 1,46 1,37 0,95 0,89 0,56 0,27 0,12 0,01 40
MLS110830-83 E 0,79 1,16 1,22 1,46 1,59 1,46 1,22 1,03 0,54 0,09 0,01 40
MNF110916-50 D 0,84 1,16 1,29 1,37 1,46 1,59 1,11 0,86 0,77 0,34 0,01 18
MNF110916-50 E 0,86 1,29 1,46 1,46 1,77 1,46 1,37 1,03 0,79 0,49 0,01 18
JBA110922-56 D 1,59 2,37 1,77 2,19 2,37 2,37 2,37 2,07 2,19 2,12 1,46 5
JBA110922-56 E 1,46 1,77 2,19 2,37 2,37 2,67 2,37 2,07 2,07 2,27 1,77 5
JSF110923-59 D 1,16 2,67 2,07 2,07 2,37 2,19 2,07 1,46 1,11 0,77 0,35 2
JSF110923-59 E 1,37 1,77 2,07 2,07 2,37 1,77 1,29 1,37 0,95 0,86 0,43 2
AMG111222-51 D 0,79 1,29 1,29 1,37 1,22 1,29 0,99 0,00 0,00 0,00 0,18 7
AMG111222-51 E 0,52 0,88 0,82 1,01 1,35 1,28 1,45 1,28 0,94 0,17 0,03 7
EES110804-40 D 0,99 1,77 1,77 2,07 2,37 2,37 2,19 2,19 1,77 0,99 0,01 3
EES110804-40 E 1,07 1,59 1,77 2,07 2,19 2,37 2,37 2,07 1,77 0,81 0,01 3
Page 112
112
JMS110614-54 D 0,95 1,59 1,77 2,07 2,19 2,19 2,07 1,46 1,16 0,84 0,10 2
JMS110614-54 E 0,92 1,59 1,77 2,07 2,19 2,07 2,07 1,37 1,11 0,73 0,02 2
LSN110804-31 D 1,22 1,59 1,77 2,07 2,37 2,67 2,67 2,19 1,59 1,11 0,01 1
LSN110804-31 E 1,37 2,07 2,19 2,37 2,37 2,67 3,00 2,19 1,59 0,84 0,04 1
MSN110825-56 D 1,37 1,77 1,46 2,07 2,07 2,37 2,07 1,77 1,22 0,81 0,21 6
MSN110825-56 E 0,89 1,77 1,59 2,19 2,07 1,59 1,46 1,16 0,81 0,36 0,01 6
MNC110804-51 D 1,59 1,59 1,59 1,77 2,07 2,07 1,59 1,29 0,50 0,17 0,01 3
MNC110804-51 E 0,81 1,46 1,37 1,59 2,07 1,77 1,77 0,89 0,48 0,00 0,01 3
PES110622-32 D 0,62 1,11 1,07 1,22 1,07 1,29 0,92 0,77 0,27 0,16 0,12 2
PES110622-32 E 0,50 1,03 1,11 0,99 1,11 1,07 0,95 0,47 0,13 0,30 0,11 2
ASL110617-45 D 1,07 1,77 2,67 2,67 2,67 3,00 2,37 2,67 2,07 2,12 1,16 4
ASL110617-45 E 0,79 1,77 2,07 2,19 2,37 2,37 2,37 2,67 2,37 1,59 0,82 4
AMC110818-43 D 0,48 0,95 1,16 1,22 1,46 1,77 1,37 0,95 0,89 0,75 0,22 7
AMC110818-43 E 0,79 1,22 1,22 1,16 1,29 1,59 1,16 0,92 0,61 0,54 0,31 7
RRP110915-53 D 0,92 1,22 1,59 1,59 2,19 1,59 1,59 1,46 0,89 0,67 0,33 12
RRP110915-53 E 0,77 1,37 1,59 2,07 2,37 2,67 2,37 1,59 1,16 0,84 0,42 12
LCA111228-64 D 0,92 1,46 1,46 1,77 1,46 1,29 1,29 0,77 0,32 0,08 0,01 3
LCA111228-64 E 0,92 1,29 1,37 1,77 1,77 2,07 1,77 1,29 0,59 0,43 0,01 3
BSR120109-64 D 0,67 1,46 1,59 1,59 2,07 2,07 1,77 1,16 0,71 0,50 0,02 1
BSR120109-64 E 0,81 1,03 1,46 1,37 1,59 1,46 1,37 0,32 0,28 0,05 0,22 1
AMP120119-49 D 0,54 1,37 1,59 1,77 1,77 2,07 1,77 2,07 1,59 1,16 0,46 1
AMP120119-49 E 0,99 1,46 1,59 2,37 2,07 1,77 2,19 1,77 1,46 1,11 0,64 1
MJF120119-52 D 1,29 2,07 1,77 2,07 2,19 2,19 2,19 1,22 1,59 0,75 0,07 5
MJF120119-52 E 1,16 1,46 1,77 2,19 2,07 2,37 2,19 1,59 1,46 1,07 0,27 5
AMF110708- 43 D 0,62 1,29 1,77 1,59 2,19 2,37 2,37 2,07 1,77 1,22 0,13 5
AMF110708- 43 E 0,73 1,46 1,46 2,07 2,19 2,37 2,19 1,59 1,37 0,92 0,01 5
MMC110630- 53 D 0,84 1,59 1,59 2,07 2,19 2,19 2,07 1,46 1,22 0,95 0,01 15
MMC110630-53 E 0,79 1,46 1,46 2,19 2,07 2,07 1,77 1,37 0,92 0,56 0,01 15
Page 113
113
RNB110617-74 D 0,58 1,29 1,59 1,46 1,77 1,77 1,77 1,03 0,77 0,27 0,01 3
RNB110617-74 E 0,67 1,37 1,37 1,46 1,59 1,77 1,29 0,95 0,49 0,16 0,01 3
UCA110621-70 D 1,16 1,77 1,59 1,77 1,37 1,03 0,69 0,79 0,58 0,23 0,01 6
UCA110621-70 E 0,99 1,59 1,46 1,77 2,19 2,07 1,46 1,29 0,86 0,69 0,05 6
MCA110815-75 E 0,69 1,37 1,11 1,46 1,22 1,03 0,77 0,48 0,23 0,00 0,01 18
MJA110805-58 D 0,726 1,289 1,368 1,465 1,766 1,766 1,766 1,222 0,891 0,607 0,121 10
MJA110805-58 E 0,75 1,37 1,46 1,59 1,77 2,07 1,46 1,46 1,07 0,77 0,26 10
JFN120123-46 D 0,69 1,46 1,77 2,19 2,07 2,19 2,19 2,07 0,00 0,00 0,01 6
JFN120123-46 E 0,81 1,59 1,77 2,19 2,19 2,19 2,19 1,59 0,84 0,37 0,01 6
JMB110824-57 D 0,86 1,59 1,59 1,77 3,00 2,07 2,07 1,59 0,99 0,92 0,01 5
JMB110824-57 E 0,81 1,37 1,37 1,46 1,77 2,07 1,77 1,37 1,22 0,42 0,01 5
HbTempo e freq
0,2 0,5 0,8 1
Colunas 12 e 1 Colunas 2 e 12 Colunas 3 e 12 Colunas 4 e 12
n (pares)
=
63 n (pares)
=
63 n (pares)
=
63 n (pares)
=
63
r
(Pearson)
=
-
0,1351
r
(Pearson)
=
-0,271 r
(Pearson)
=
-0,2977 r
(Pearson)
=
-0,244
IC 95%
=
-0.37 a 0.12 IC 95%
=
-0.49 a -0.02 IC 95%
=
-0.51 a -0.05 IC 95%
=
-0.46 a 0.00
IC 99%
=
-0.44 a 0.19 IC 99%
=
-0.54 a 0.06 IC 99%
=
-0.56 a 0.03 IC 99%
=
-0.52 a 0.08
R2 = 0,0183 R2 = 0,0734 R2 = 0,0886 R2 = 0,0595
t = -1,065 t = -2,1986 t = -2,4353 t = -1,9648
Page 114
114
GL = 61 GL = 61 GL = 61 GL = 61
(p) = 0,291 (p) = 0,0316 (p) = 0,0178 (p) = 0,0539
Poder
0.05 =
0,2503 Poder
0.05 =
12,2839 Poder
0.05 =
99,7484 Poder
0.05 =
3,7452
Poder
0.01 =
1,7751 Poder
0.01 =
335,7244 Poder
0.01 =
2,637 Poder
0.01 =
97274
2 4 6 10
Colunas 5 e 12 Colunas 6 e 12 Colunas 7 e 12 Colunas 8 e 12
n (pares)
=
63 n (pares)
=
63 n (pares)
=
63 n (pares)
=
63
r
(Pearson)
=
-0,2891 r
(Pearson)
=
-0,3432 r
(Pearson)
=
-0,3441 r
(Pearson)
=
-0,2962
IC 95%
=
-0.50 a -0.04 IC 95%
=
-0.54 a -0.10 IC 95%
=
-0.55 a -0.11 IC 95%
=
-0.51 a -0.05
IC 99%
=
-0.56 a 0.04 IC 99%
=
-0.60 a -0.02 IC 99%
=
-0.60 a -0.03 IC 99%
=
-0.56 a 0.03
R2 = 0,0836 R2 = 0,1178 R2 = 0,1184 R2 = 0,0878
t = -2,3584 t = -2,8538 t = -2,8625 t = -2,4225
GL = 61 GL = 61 GL = 61 GL = 61
(p) = 0,0215 (p) = 0,0059 (p) = 0,0057 (p) = 0,0183
Poder
0.05 =
42,6128 Poder
0.05 =
5074,536 Poder
0.05 =
3318,722 Poder
0.05 =
85,1475
Poder
0.01 =
7,3764 Poder
0.01 =
1,0082 Poder
0.01 =
1,0075 Poder
0.01 =
3,0234
Page 115
115
15 20 30
Colunas 9 e 12 Colunas 10 e 12 Colunas 11 e 12
n (pares)
=
63 n (pares)
=
63 n (pares) = 63
r
(Pearson)
=
-0,2502 r
(Pearson)
=
-0,2352 r (Pearson)
=
-0,1457
IC 95%
=
-0.47 a 0.00 IC 95%
=
-0.46 a 0.01 IC 95% = -0.38 a 0.11
IC 99%
=
-0.53 a 0.08 IC 99%
=
-0.52 a 0.09 IC 99% = -0.45 a 0.18
R2 = 0,0626 R2 = 0,0553 R2 = 0,0212
t = -2,0185 t = -1,8899 t = -1,1502
GL = 61 GL = 61 GL = 61
(p) = 0,0479 (p) = 0,0634 (p) = 0,2545
Poder
0.05 =
4,7252 Poder
0.05 =
2,7816 Poder 0.05
=
0,3132
Poder
0.01 =
5,15E+08 Poder
0.01 =
2757,326 Poder 0.01
=
2,3959
Existe correlação entre tempo de doença e valores de sensibilidade ao contraste obtidos pelo SCL nas frequencias de 0.5; 0.8; 2; 4; 6; 10 e
15 cpg.
Page 116
116
Apêndice N- Análise estatística entre os grupos com retinopatia e sem retinopatia diabética
FM100
Table Analyzed Data 1
One-way analysis of variance
P value P<0.0001
P value summary ***
Are means signif. different? (P < 0.05)
Yes
Number of groups 3
F 30,13
R squared 0,3832
Bartlett's test for equal variances
Bartlett's statistic (corrected) 1,939
P value 0,3793
P value summary ns
Do the variances differ signif. (P < 0.05)
No
ANOVA Table SS df MS
Treatment (between columns) 554,2 2 277,1
Residual (within columns) 892 97 9,196
Total 1446 99
Bonferroni's Multiple Comparison Test
Mean Diff.
t Significant? P < 0.05?
Summary 95% CI of diff
Controle vs Com retinose -5,442 6,783 Yes *** -7.397 to -3.487
Page 117
117
Controle vs Sem retinose -4,054 5,789 Yes *** -5.760 to -2.348
Com retinose vs Sem retinose 1,388 1,586 No ns -0.7445 to 3.521
SCEL
Table Analyzed Data 2
Two-way RM ANOVA Matching by cols
Source of Variation % of total variation
P value
Interaction 0,25 0,3569
Time 58,33 P<0.0001
Column Factor 4,53 P<0.0001
Subjects (matching) 16,8555 P<0.0001
Source of Variation P value summary
Significant?
Interaction ns No
Time *** Yes
Column Factor *** Yes
Subjects (matching) *** Yes
Source of Variation Df Sum-of-squares
Mean square
F
Interaction 20 1,312 0,06558 1,087
Time 10 311,9 31,19 517,1
Column Factor 2 24,21 12,11 13,03
Subjects (matching) 97 90,12 0,9291 15,4
Residual 970 58,51 0,06032
Page 118
118
Number of missing values 0
Bonferroni posttests
Controle vs Com retinose
Column Factor Controle Com retinose Difference 95% CI of diff.
0.2 1,081 0,8466 -0,2341 -0.5481 to 0.07993
0.5 1,75 1,41 -0,3401 -0.6541 to -0.02605
0.8 1,851 1,525 -0,3267 -0.6407 to -0.01264
1 2,032 1,781 -0,2512 -0.5652 to 0.06282
2 2,238 1,868 -0,37 -0.6840 to -0.05596
4 2,27 1,822 -0,4478 -0.7618 to -0.1338
6 2,107 1,65 -0,4572 -0.7712 to -0.1432
10 1,749 1,299 -0,4501 -0.7641 to -0.1361
15 1,298 0,9065 -0,3918 -0.7058 to -0.07774
20 0,9777 0,5057 -0,472 -0.7860 to -0.1580
30 0,3979 0,1167 -0,2812 -0.5953 to 0.03277
Column Factor Difference t P value Summary
0.2 -0,2341 2,371 P > 0.05 ns
0.5 -0,3401 3,444 P<0.01 **
0.8 -0,3267 3,308 P < 0.05 *
1 -0,2512 2,544 P > 0.05 ns
2 -0,37 3,747 P<0.01 **
Page 119
119
4 -0,4478 4,535 P<0.001 ***
6 -0,4572 4,63 P<0.001 ***
10 -0,4501 4,558 P<0.001 ***
15 -0,3918 3,967 P<0.001 ***
20 -0,472 4,78 P<0.001 ***
30 -0,2812 2,848 P < 0.05 *
Controle vs SEm retinose
Column Factor Controle SEm retinose Difference 95% CI of diff.
0.2 1,081 0,9287 -0,152 -0.4261 to 0.1221
0.5 1,75 1,531 -0,2196 -0.4937 to 0.05452
0.8 1,851 1,658 -0,1931 -0.4672 to 0.08104
1 2,032 1,878 -0,1544 -0.4285 to 0.1197
2 2,238 2,062 -0,1758 -0.4499 to 0.09827
4 2,27 2,025 -0,2447 -0.5188 to 0.02941
6 2,107 1,865 -0,2417 -0.5158 to 0.03242
10 1,749 1,505 -0,2437 -0.5178 to 0.03042
15 1,298 1,039 -0,2593 -0.5334 to 0.01482
20 0,9777 0,6578 -0,3199 -0.5940 to -0.04575
30 0,3979 0,1579 -0,24 -0.5141 to 0.03411
Column Factor Difference t P value Summary
0.2 -0,152 1,763 P > 0.05 ns
0.5 -0,2196 2,548 P > 0.05 ns
0.8 -0,1931 2,24 P > 0.05 ns
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1 -0,1544 1,791 P > 0.05 ns
2 -0,1758 2,04 P > 0.05 ns
4 -0,2447 2,839 P > 0.05 ns
6 -0,2417 2,804 P > 0.05 ns
10 -0,2437 2,827 P > 0.05 ns
15 -0,2593 3,008 P < 0.05 *
20 -0,3199 3,711 P<0.01 **
30 -0,24 2,784 P > 0.05 ns
Com retinose vs Sem retinose
Column Factor Com retinose SEm retinose Difference 95% CI of diff.
0.2 0,8466 0,9287 0,08214 -0.2605 to 0.4248
0.5 1,41 1,531 0,1205 -0.2221 to 0.4631
0.8 1,525 1,658 0,1336 -0.2090 to 0.4762
1 1,781 1,878 0,09683 -0.2458 to 0.4395
2 1,868 2,062 0,1941 -0.1485 to 0.5368
4 1,822 2,025 0,2031 -0.1395 to 0.5457
6 1,65 1,865 0,2155 -0.1271 to 0.5582
10 1,299 1,505 0,2064 -0.1362 to 0.5491
15 0,9065 1,039 0,1325 -0.2101 to 0.4751
20 0,5057 0,6578 0,1522 -0.1905 to 0.4948
30 0,1167 0,1579 0,04126 -0.3014 to 0.3839
Column Factor Difference t P value Summary
0.2 0,08214 0,7624 P > 0.05 ns
0.5 0,1205 1,118 P > 0.05 ns
0.8 0,1336 1,24 P > 0.05 ns
1 0,09683 0,8987 P > 0.05 ns
2 0,1941 1,802 P > 0.05 ns
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4 0,2031 1,885 P > 0.05 ns
6 0,2155 2,001 P > 0.05 ns
10 0,2064 1,916 P > 0.05 ns
15 0,1325 1,23 P > 0.05 ns
20 0,1522 1,412 P > 0.05 ns
30 0,04126 0,3829 P > 0.05 ns
Não existe diferença estatística entre os olhos com DM II com retinose e os olhos com DMII sem retinose. Existe diferença entre contre controle
e DMII.