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Curitiba, tera-feira, 10 de maio de 2011
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Curitiba, tera-feira, 10 de maio de 2011 Ano XII - Nmero 625
Jornal-Laboratrio do Curso de Jornalismo da Universidade
Positivolona.up.com.br
O nico jornal-laboratrio
DIRIOdo Brasil
O jovem e os de-safi os do merca-do de trabalho
Pg. 4 e 5
Coluna
Especial
Um novo perfil de mes. o que revela um acompanha-mento realizado
pela Secre-taria Municipal de Sade de Curitiba. Segundo o rgo, a
mulher curitibana escolhe engravidar mais tarde por preferir seguir
um planeja-mento familiar mais adequado e privilegiar a carreira
profis-sional.
Pg. 3
Mulher curitibana engravida mais tardeMarcos MonteiroEnsaio
fotogrfi co
O humor do CQC e a Libertadores da AmricaPg. 6
Opinio
Universidade
Universidades tm dificuldades no uso de redes sociaisPg. 7
A Praa Santos Andrade e seus vendedores ambulantes
Pg. 8
Os interesses de Obama e as reeleies.
Pg. 2
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Curitiba, tera-feira, 10 de maio de 2011 2
Expediente
EditorialExistem pautas que
se impe diante do tr a -b a l h o dirio dos jor-nais, capazes de
revirar a rotina e transformar o planejamento prvio.
Usando exemplos re-centes de como o jornalis-mo mutante, dinmico
e inesperado, podemos citar o aumento do preo dos combustveis - e o
fantasma da inflao -, o julgamento do STF so-bre a unio estvel
entre homossexuais - e todos os seus desdobramen-tos sociais -,
entre tan-tos outros assuntos que adquirem musculatura por si
s.
Neste ano, o Lona est buscando conciliar a publicao de pautas
sobre temas de interesse pblico e cobrir os as-suntos mais
importantes do cotidiano.
Como temos conscin-cia plena de que no con-seguiremos oferecer
uma informao exclusiva - at porque jornalismo impresso no deveria
se
pautar pelo furo, exceto em casos de reportagens investigativas
aprofun-dadas e muito bem es-tudadas - pretendemos trazer ao nosso
leitor uma viso particular da atualidade, com fontes locais e seus
pontos de vista, com um vis mais voltado ao nosso pblico
universitrio.
Sabemos que a iseno no passa por nossas p-ginas, sequer qualquer
veculo de comunicao a atinge em sua totali-dade. A subjetividade
elemento essencial para um jornal mais humano e conectado com a
reali-dade que nos cerca.
Na edio de hoje esta-mos abordando o acom-panhamento da
Secre-taria Municipal de Sade de Curitiba sobre o perfil das mes
curitibanas, os desafios do mercado de trabalho, os meandros da
poltica internacional e o uso de redes sociais nas
universidades.
Uma boa leitura a todos.
Ainda no se sabe ao certo o que vai acontecer nas eleies de 2012
para presidente, nos EUA. Apesar da populari-dade do presidente
estadun-idense ter se sobressado aps a morte de Bin Laden,
mant-er-se popular e convencer a populao a reeleg-lo no ser to
fcil. Hoje, Obama tem 57% de aprovao no seu governo, ou seja, subiu
11 pontos depois que o famoso terrorista foi assassinado.
Depois de divulgada a in-formao de que Osama tinha sido morto em
seu esconderijo na capital paquistanesa, o presidente Obama j
contava com um pequeno aumento de aprovao. Situao melhor no
existiria para se divulgar a morte do terrorista mais pro-cura no
mundo inteiro. Alm disso, fez com que grande par-te dos
estadunidenses ficas-sem mais tranquilos depois dessa divulgao.
Grande parte dos estadunidenses esto aliviados com a morte do
terrorista mais procurado e causador do 11 de Setembro.
Agora, os eleitores em sua maioria republicanos e
inde-pendentes, aprovam o desem-penho de seu presidente em geral, e
tambm com relao a sua poltica externa, guerra do Afeganisto e na
ameaa ao terrorismo.
Esse aumento de populari-dade no reflete o estado da economia
norte-americana, o prprio Obama afirmou que a populao ainda sofre
com a alta nos preos dos com-bustveis e o alto ndice de de-semprego
ps-crise.
Segundo especialistas, a taxa de desemprego nos EUA se deve ao
nmero de ci-dados que voltam a procurar emprego, que acontece aps
cinco meses consecutivos. Segundo o Departamento de Trabalho, 43,4%
dos ameri-canos esto h cerca de seis meses fora do mercado
profis-sional.
J o aumento no preo da gasolina causado por con-flitos
existentes no Oriente Mdio, fazendo com que a cotao do petrleo
aumente
gradativamente. Isso de grande impacto para a popu-lao, que
estava acostumada com baixos preos para abas-tecer o carro.
O ps-crise nos Estados Unidos uma problemtica para a
popularidade e a aceita-o de Obama, que ainda no mostrou grandes
providn-cias para normalizar a situa-o no pas.
Outro fator que diminui as chances do atual presi-dente o avano
dos repub-licanos. A ex-governadora do Alaska, Sarah Palin,
re-publicana e lder do movi-mento ultra-direitista Tea Party, se
mostra uma grande oponente de Obama. Aps a morte do lder da Al
Qae-da, Sarah Palin afirmou que mostrar a foto de Bin Laden morto
era parte da misso.
Palin adotou a plataforma da reforma tica durante seu governo do
Alaska. Essa a imagem que a populao americana tem da
ex-gover-nadora.
Yes, We CanBarbara Zem
Reitor Jos Pio Martins
Vice-Reitor e Pr-Reitor de Administrao Arno Gnoatto
Pr-Reitor de Graduao Renato Casagrande
Pr-Reitor de Ps-Graduao e Pesquisa Bruno Fernandes
Coordenao dos Cursos de Comunicao SocialAndr Tezza
Consentino
Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga
Ferreira
Professores-orientadores Elza Aparecida de Oliveira Filha e
Marcelo Lima
Editores-chefes Daniel Zanella, Laura Bordin, Priscila Schip
O LONA o jornal-laboratrio do Curso de Jornalismo da
Universi-dade Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300
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Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba -PR CEP 81280-30
Fone: (41) 3317-3044.
Opinio
Reeleio vistaDbora Mariotto
A popularidade do presi-dente norte-americano Barack Obama
caracterizada por altos e baixos. Segundo o Instituto Gallup, no
dia seguinte sua eleio em 2008, era de 68%. Porm, os altos nveis de
desemprego e a crise econmica derrubaram essa popularidade
drastica-mente. A aprovao do gov-erno Obama chegou a 46%, menor que
a do ex-presidente George Bush.
Com esses dados, a reeleio de Obama em 2012 se mostrava
praticamente im-possvel. E assim continuaria se no fosse a sorte do
presi-dente.
Dez anos aps o maior aten-tado terrorista da histria, as Torres
Gmeas, e da promes-sa de Bush, que pegaria Bin Laden vivo ou morto,
a sorte de Obama se revela.
O esconderijo onde Bin Laden residia h cerca de seis anos foi
descoberto. Ficava nos arredores de Islamabad, capital
paquistanesa.
No era toa o bom hu-mor de Obama no domingo
(01/05), em um encontro com jornalistas. O motivo seria Bin
Laden, que fora encontrado? Ou ser que era intuio? Com certeza era
a descoberta do terrorista, e com ela, a con-fiana de quem sairia
dos m-seros simpatizantes e iria ao apogeu da popularidade.
O fato que, no dia seguinte divulgao das im-agens alegres do
presidente, o canal Globo News divulgou a notcia que o lder da Al
Qa-eda havia sido encontrado e morto.
Consequentemente, aps a notcia ser confirmada por vrios outros
canais, e atingi-do um recorde de manifesta-es no Twitter (5 mil
por segundo), o presidente falou sobre a vitria dos Esta-dos Unidos
contra o lder do terrorismo, com um sonoro a justia foi feita. No
dia seguinte, a popularidade de Barack Obama disparou che-gando a
76%.
E assim, Obama se torna quase um super-heri para o povo
americano, e por que no, para toda a populao
mundial. O terrorista mais procurado do mundo foi mor-to, e
deu-se fim a vida daquele que acabou com tantas vidas.
Uma guerra que durou mais de 3.500 dias e consum-iu 1 trilho de
dlares ter-mina com a morte mais cara da histria. O corpo do
ter-rorista, dizem estar no fundo do mar, e h imagens para provar,
imagens que no podem ser divulgadas. O medo dos americanos agora a
possvel represlia, ou as represlias. E Al Qaeda terrorismo, e
ter-rorismo inexplicvel. E ele sentenciou: (...) essa morte no
marca o fim de nossos es-foros.
Esforos polticos? Claro. Reforar a segurana nacional para se
manter em alta e evi-tar as tais represlias essen-cial para a
vitria no prximo ano.
A campanha de reeleio do presidente norte-ameri-cano foi lanada
no incio deste ano, e seu maior cabo eleitoral ser, sem dvi-das,
Osama Bin Laden, o morto.
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Curitiba, tera-feira, 10 de maio de 2011 3
A Secretaria Municipal de Sade de Curitiba divulgou um
acompanhamento realiza-do pelo Centro de Epidemiolo-gia a respeito
de um novo perfil das curitibanas. Os resultados mostram que as
mulheres es-to deixando a gravidez para mais tarde e se preocupando
com a carreira profissional.
Dados da Secretaria Mu-nicipal de Sade mostram que, em 2000,
apenas 26% das mu-lheres tinham filhos aps os 30 anos. Hoje, 34%
delas escolhem ter filhos entre os 30 e 39 anos. Segundo a
asses-sora de imprensa da Secretaria Municipal de Sade da cidade,
Claudia Gabardo, a compara-o desses dados feita para ser utilizada
como ferramen-ta de gesto, com o objetivo de avaliar as
transformaes ocorridas e buscar atender as necessidades desta parte
da populao. Para Claudia, o fato de as mulheres estarem es-tudando
e preparando-se para a carreira profissional faz com que elas
avaliem as dificul-
dades da criao dos filhos. A prefeitura percebeu essa mu-dana no
perfil das mulheres e resolveu orientar sobre a im-portncia do
planejamento fa-miliar, completa a assessora.
Para a assistente social An-dra Braga, o planejamento familiar
uma forma de or-ganizao tanto financeira quanto emocional. Hoje, as
mulheres buscam uma esta-bilidade antes de engravida-rem, disse.
Andra acredita que o planejamento familiar contribui para que as
famlias tenham mais qualidade de vida. Planejar a gravidez uma
forma de ter certeza do que se quer e estar preparada para a
chegada de um filho.
O resultado aponta que as mulheres esto planejando a gravidez. A
principal causa das mes estarem tendo filhos mais tarde o grau de
escolari-dade das mulheres. O acom-panhamento tambm revelou que
cada vez menos mulheres tm pouca ou nenhuma in-struo. Em 2000, 1%
das mes no tinham instruo. Hoje, em 2011, esse nmero passou
Um novo sistema ser criado para facilitar o reconhecimento de
cadveres no identificados que ficam nas sedes do IML pelo Paran. A
iniciativa que do delegado-geral da Polcia Civil Marcus Vincius
Michelotto, em conjunto com o diretor-ger-al do Instituto Mdico,
Porcdio Villani, e representantes de uni-dades policiais como a
Delega-cia de Homicdios e a Delegacia de Vigilncia e Capturas,
insti-tuir um banco de dados com informaes de todos os corpos.
O objetivo montar um sistema centralizado dos de-saparecidos de
todo o estado do Paran para organizar os corpos no identificados
que esto nas cmaras frigorficas morturias do IML. Segundo o
delegado Michelotto, o trabalho integrado entre a Polcia Civil e o
IML quer possibilitar o re-
Polcia vai criar banco de dados no IMLNovo sistema vai auxiliar
na organizao da identificao de corpos nas sedes do IML no Paran
conhecimento dos cadveres com mais segurana e rapidez, evitando
acmulo de corpos no Instituto Mdico Legal e per-mitindo que as
famlias dessas pessoas no passem por mais sofrimento e
constrangimento.
De acordo com Michelotto, a ideia que a Delegacia de Vigilncia e
Capturas central-ize informaes de desapare-cidos. O objetivo criar
um banco de dados dentro do site da polcia civil, restrito para os
policiais, com fotos das pessoas encontradas mortas sem
identificao, para que os policiais possam cruzar as informaes das
queixas dos desaparecidos da sua regio com os corpos encontrados em
qualquer IML do Paran.
Processo
Para que o trabalho seja efetuado de modo permanente
e no ocorra mais a acumu-lao de corpos no IML, ser implantada a
identificao numrica dos cadveres, por meio de pulseiras plsticas
individuais e impermeveis.
Para que todo o trabalho seja eficiente, alm das impresses
digitais e a percia da arcada dentria, todos os corpos sero
fotografados para mostrar a face, cicatrizes, tatuagens, roupas,
deformaes anatmicas congnitas ou adquiridas. Por questes de
segurana, ser fei-ta coleta de material biolgico para exame de
investigao de vnculo gentico (DNA), para assegurar e facilitar
ainda mais todo processo de identificao.
Segundo o mdico legista e diretor do IML, Porcdio Vil-lani, esse
cruzamento de in-formaes entre os rgos policiais e o IML significa
um avano. A inteno tratar com respeito e humanidade os
cadveres no identificados. Pensando nisso, ns mudamos a forma de
identificao feita anteriormente, afirma Villani.
O mdico ressalta que esse sistema deve entrar em vigor em breve.
Esse plano j de-veria existir a algum tempo, faltava comunicao
entre os rgos. O novo sistema deve ser implantado o mais breve
possvel, diz Villani.
O sistema comear a fun-cionar quando a Celepar, rgo responsvel
pela informtica do governo do Paran, criar o site e liberar a pgina
para os policiais civis e para o IML. A partir da, os dados dos
cor-pos no identificados ficaro disponveis para a populao. As fotos
tiradas dos cad-veres s sero disponibilizadas aos rgos
governamentais.
Problemas
Neste ano, com o novo governo,
as denncias contra o IML vi-eram tona. No incio de abril, havia
78 corpos acondiciona-dos nas cmaras frias do IML. Alm disso, o
instituto constan-temente sofre com problemas estruturais na sala
de radio-logia e com a falta de viaturas para recolher os
cadveres.
O secretrio da Segurana Pblica do Paran, Reinaldo Almeida Csar,
anunciou me-didas emergenciais para solu-cionar os problemas do
IML. De imediato, sero contratados temporariamente mdicos
le-gistas, peritos e auxiliares de necropsia, peritos
qumico-le-gais, toxicologistas, auxiliares administrativos e
motoristas para o instituto de Curitiba e das 17 unidades
instala-das no Estado. Essas medi-das ainda esto em tramite, e
devem ser colocadas em prtica at o comeo do se-gundo semestre de
2011.
gatha Trezub Dea
Mulheres curitibanas estudam mais e tm filhos mais tarde
para 0,1%. A relao entre o nmero de nascidos e o grau de instruo
das mes e re-velou que um nvel de esco-laridade maior contribui
para a reduo da gestao entre as mulheres mais jovens. Para
a coordenadora do curso de pedagogia da Universidade Positivo,
Josemary Morastoni, as mulheres esto em busca da estabilidade
financeira para que possam dar uma segu-rana de vida para sua
famlia.
Antigamente, as mulheres pretendiam casar, hoje, devido ao
destaque no mer-cado de trabalho, as mul-heres priorizam a profisso
e casam cada vez mais tarde, reflete a pedagoga.
Vitria Peluso
Mes curitibanas adiam a gravidez, diz acompanhamento realizado
pela Secretaria Municipal da Sade
Divulgao
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Curitiba, tera-feira, 10 de maio de 2011 4
SOCIEDADE
O crescimento avanado da economia brasileira faz com que
empresas diversifiquem a forma de atuao para se manter na
concorrncia. Mais tecnologias disponveis, au-mento das exportaes e
do consumo interno e pblico consumidor mais exigente. Essa nova
fase se reflete tam-bm no mercado de trabalho, exigindo que o
profissional tenha um diferencial: a quali-ficao. Segundo o
Instituto de Pes-
quisa Econmica Aplicada (Ipea), na ltima dcada, a participao de
trabalhadores com mais de 11 anos de es-tudo no mercado de trabalho
cresceu 15%. Porm, a mo de obra formada por univer-sidades e cursos
profission-alizantes no suficiente para suprir as necessidades do
mercado.Atualmente, o Brasil pas-
sa pelo que os especialis-tas chamam de apago da mo-de-obra.
Dados do Ipea evidenciam dficit de 123,3 mil vagas formais para
profissionais qualificados e
que possuam experincia nos setores do comrcio e da in-dstria. No
Sistema Nacional de Emprego (Sine), a falta de profissionalizao fez
com que 1,6 milho de vagas deixas-sem de ser preenchidas em 2009. O
principal motivo pelo qual
sobram vagas a desqualifi-cao profissional, que englo-ba a baixa
escolaridade, falta de conhecimento tcnico e inexperincia. Porm,
mesmo com curso superior, se o tra-balhador no investir no
apri-moramento das habilidades e passar constantemente por uma
reciclagem, ter a mes-ma dificuldade de ingressar no mercado de
trabalho.
Especializao
De acordo com a pedagoga e analista do Servio Nacional de
Aprendizagem Comer-cial (Senac) Danuza Pacce, as empresas esto
buscando pessoas que consigam aliar prtica teoria, mas tambm possam
trabalhar em equipe. O profissional tem que ter o conhecimento do
trabalho, mas saber se relacionar. Estar aberto discusso e ao
dilo-
go para estar sempre se aper-feioando. Andr Bellafronte sabe
como
fundamental a qualificao profissional, especialmente na rea em
que trabalha. Alm de ser diretor de marketing de uma empresa de
informtica, ele professor de Tecnologia da Informao (TI), setor em
amplo crescimento. Para se manter atento s mudanas no mercado,
Bellafronte realiza especializaes curtas pelo menos trs vezes ao
ano. Um profissional especializa-
do consegue uma abrangncia de mercado maior, pois ele ga-rante
slidos conhecimentos, o que far com que o mercado reconhea este
diferencial, pois poucas so as pessoas que se especializam, ou
estudam a fundo uma determinada rea do conhecimento, afirma.O
aprendizado de novos
idiomas tambm uma tima forma de se preparar para o mercado de
trabalho. H 20 anos, ser fluente em apenas uma lngua j era
suficiente. Atualmente, ter um segundo idioma no considerado mais
diferencial e sim, pr-requisito na hora da entrevista de emprego.
Hoje preciso falar uma
terceira, quarta lngua porque o mercado est globalizado. Ento,
essa troca de informa-es constante e o cidado precisa se comunicar
com o mundo mais do que nunca. Entre as lnguas mais procu-radas
esto o ingls e francs, esclarece o diretor de opera-es do Centro
Europeu, Ron-aldo Cavalheri.
Ensino tcnico
Uma das maneiras encontra-das pelo poder pblico para
suprir a falta de mo-de-obra qualificada no Brasil atravs do
incentivo para que jovens realizem cursos tcnicos e
profissionalizantes, que fa-zem parte da chamada educa-o
profissional. Dados coletados, entre 2002
e 2007, pelo Centro de Polti-cas Sociais da Fundao Getlio Vargas
e Instituto Vo-torantim, mostram que jovens que possuem cursos
tcnicos ou de capacitao, tm 48% mais chance de conseguir um emprego
do que pessoas sem esse tipo de escolaridade. A pesquisa mostra
tambm
que, para quem possui educa-o profissional, a remunera-o costuma
ser 13% maior. O desemprego para esses profis-sionais inferior,
aproxima-damente 60% das pessoas que cursaram a educao
profis-sional esto ocupadas. Mas esse nmero pode ser ainda maior,
nas Faculdades de Tec-nologia (Fatecs) de So Paulo, quase 90%, de
40 mil alunos, saem do curso j empregados. Os cursos tcnicos so
con-
siderados uma forma de in-gressar os jovens rapidamente no
mercado de trabalho, pois podem ser realizados durante ou aps o
ensino mdio. Com
carga horria mnima de 800 horas, equivalente a dois anos, eles
viso capacitar o aluno com conhecimentos tericos e prticos em
diversas reas do setor produtivo. A analista de educao
profissional do Senac, Jane Claudino Tosin, acredita que a
capacitao profissional deveria comear para todos os alunos desde os
15 anos. O jovem termina o ensino mdio que hoje em dia no qualifica
pra nada. Nem para uma profisso e muitas vezes no d garantia na
qualidade de ensino. Muitos deles no tm acesso faculdade, ento como
vo se qualificar? A for-mao tcnica vem contribuir para que tenhamos
profission-ais com mais capacitao, as-segura. Jane explica que o
curso tc-
nico pode ser tambm uma maneira de complementar o ensino
superior. A gente comea a preparar o profis-sional no ensino
tcnico, que pode dar continuidade ao aprendizado, na mesma rea, em
uma universidade. De acordo com o Ministrio da
Educao, existem 185 cursos tcnicos disponveis no Brasil.
Porm, Jane afirma que se deve pesquisar muito antes de ingressar
uma instituio. Uma das melhores manei-ras para saber se o MEC
re-conhece o curso tcnico desejado atravs do portal do prprio orgo
http://portal.mec.gov.br.Vemos em algumas esco-
las de educao profissional equvocos. Elas vendem cursos tcnicos
que na re-alidade no so. Por exem-plo, com carga horria de duzentas
horas. Entenden-do como curso tcnico, eles esto vendendo algo
que
Desafios do mercado de trabalhoFalta de qualificao profissional
limita crescimento da economia eimpede que milhes de vagas sejam
preenchidas todos os anos
Manuela Ghizzoni
Universidade Positivo
Cursos de capacitao melhoram o salrio e chances de promoo no
emprego
______________
O profissional tem que ter o conhecimento do trabalho, mas saber
se relacionar. Estar aberto discusso e ao dilogo para estar sempre
se aperfeioando
Danuza Pacce______________
Os trs grandes clubes pa-ranaenses divulgaram os dados
referentes aos balanos finan-ceiros de 2010. O Clube Atltico
Paranaense foi o nico clube a fechar as contas no azul.
O time da Baixada fechou o ano com um supervit de mais de R$ 6,2
milhes em suas contas. Coritiba e
Paran Clube tiveram mais despesas do que receitas e apresentaram
dficit de R$ 13,9 milhes e R$ 7 milhes,
respectivamente.
Balano 2010 Lucro e prejuzos
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Curitiba, tera-feira, 10 de maio de 2011 5
no , alerta Jane.
Benefcios do estgioO estgio uma das melhores
maneiras para que o estudante tenha contato com o mercado de
trabalho durante a gradu-ao, auxiliando a enfrentar os futuros
desafios profissionais. Segundo a psicloga da Central de Carreiras
da Universidade Positivo, Leandra Koginski Cor-telleti, as empresas
esto procu-rando atualmente profissionais que tenham tanto
conhecimen-to tcnico, como prtico. O aluno vai desenvolver suas
competncias, porque dentro da graduao ele se desenvolve na
teoria. J no estgio, o aluno vai conseguir viabilizar a prti-ca
profissional e se encontrar com a realidade do mercado, garante
Leandra.Enquanto cursava a universi-
dade, a engenheira de produo Laiza Ferreira Dias realizou
di-versos estgios para adquirir experincia. Para ela, o salrio e o
aprendizado dirio so as maiores vantagens. Alm da remunerao, que
importante na vida do estudante, tambm podemos ver na prtica o
conhe-cimento que na faculdade ap-enas terico. possvel ter uma viso
crtica e abrir a mente para coisas novas, explica.Quem deseja dar o
primeiro
passo na hora de procurar um estgio, Leandra aconselha que o
estudante elabore um bom currculo e invista nos cursos de
capacitao. O currculo deve estar bem organizado e ter as informaes
necessrias para o recrutador. Quando o aluno no tem experincia
profissional, importante que procure cursos de
aperfeioamento.Segundo a psicloga, o merca-
do para estagirios em Curitiba est em expanso. Entre os cur-sos
lderes em oportunidades esto Administrao, Cincias Contbeis,
Sistemas de Infor-mao, Engenharia da Com-putao e Economia. Os
cur-sos que tm mais nmeros de vagas divulgadas so da rea de negcio.
Mas o mercado est bem aquecido tambm na rea
de tecnologia.
Cursos de extensoAinda dentro da univer-
sidade possvel se qualifi-car sem afetar o desempenho escolar.
Atravs dos cursos de extenso, oferecidos pelas prprias instituies
de ensino, o aluno consegue de forma rpida e eficaz que os
conheci-mentos em sala de aula sejam aprimorados. Yvina de Lima,
responsvel
pela Complementao Cur-ricular da Universidade Positivo, explica
que as exten-ses so atividades extracur-riculares presentes em
todos os ncleos de graduao. uma ampliao de conhecimentos tcnicos,
tericos e at mesmo de contatos profissionais. Os cursos de extenso
aju-
dam a incrementar o currculo profissional e situar o aluno em
relao s novidades na rea de trabalho pretendida. A carga horria
varia entre duas e 30 horas, sendo que a maioria das aulas acontece
em finais de semana. Outro benefcio de realizar extenso dentro da
prpria universi-dade o desconto oferecido na matrcula. O valor para
quem j estudante pode diminuir em at duzentos reais.Cientes da
necessidade de
qualificao profissional, Yvi-na de Lima afirma que os
estu-dantes esto procurando cada vez mais a extenso. Esse ano houve
uma melhora de 50% na demanda por esse tipo de curso.Alm do
aprofundamento,
os cursos se caracterizam tam-bm pelo dinamismo e varie-dade nos
assuntos abordados. Normalmente, a cada semes-tre novos cursos so
ofertados pelas instituies. O estudante universitrio Flavio Campana
escolheu cursar Jornalismo Es-portivo para ampliar os
con-hecimentos no assunto. Alm de aprender mais sobre a rea, acabei
fazendo vrios contatos que hoje so extremamente importantes para
mim. O
conhecimento e bom contato na minha profisso so tudo.
Ps Graduao X Mestrado
Nos ltimos anos, houve au-mento na oferta de ps-gradu-aes. Em
todo o Brasil, j so mais de oito mil cursos cadas-trados no MEC. O
levantamen-to realizado pelo Ministrio da Comunicao constata que em
2010 houve crescimento de 20% nos cursos superiores, incluindo
mestrados e douto-rados.A qualidade do ensino tam-
bm melhorou, especialmente nos ltimos trs anos. Na avaliao feita
pela Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior
(Capes,) 112 programas receberam a nota mxima, equivalente ao
pa-dro internacional. Em compa-rao com as pesquisas anteri-ores,
19% das ps-graduaes aumentaram a qualidade, o que leva o Brasil ao
13 lugar no ranking da produo cient-fica mundial. A ps-graduao se
divide
em duas reas: lato senso e strito senso. Na primeira, esto
includas as especializaes e MBAs, com grande pro-cura atualmente.
Apesar de ser baseado no modelo norte-
americano, o MBA (do ingls, Master in Business Adminis-tration)
uma ps-graduao como qualquer outra, s que voltada para
administradores interessados na gesto de em-presas. Nessa
especializao, o aluno possui disciplinas como marketing, relaes
humanas, finanas e contabilidade. J o stricto sensus inclui
mes-
trados e doutorados. A diferen-a em relao s especializaes que,
aps o trmino do stricto
sensus, o estudante ganha o ttulo de mestre e diploma
reconhecido legamente. J no latu sensus, o aluno ganha apenas o
certificado de con-cluso. Porm, com tantas ofertas,
como saber qual o tipo ideal
de capacitao para cada pes-soa?O Pr-Reitor de Ps Gradua-
o da Universidade Positivo, Bruno Henrique Fernandes, explica
que a especializao ideal para quem deseja ganhar novos
conhecimentos na rea de atuao profissional. A pessoa que se forma
hoje
e fica cinco, dez anos s atu-ando no mercado de trabalho acaba
no acompanhando a evoluo do que acontece em seu prprio campo de
atu-ao. Ento interessante de tempos em tempos ela voltar, reciclar,
fazer uma nova for-mao. Eu diria que nesse ponto uma boa
especializao atende bem. Ao contrrio do lato senso, o
mestrado ideal para aquela pessoa que j tem uma ma-turidade
profissional e pre-tende ampliar os horizontes do conhecimento,
espe-cialmente na rea da pes-quisa.Quando falamos do mes-
trado, o foco no tanto trans-mitir conhecimento de ponta e sim,
formar as pessoas que vo formar esses conhecimen-tos. Pessoas que
tm interesse em se desenvolver uma rea de pesquisa ou na rea de
docn-cia, esclarece Fernandes.
O crescimento da economia brasileira depende da existncia de
profissionais qualificados
______________
A formao tcnica vem contribuir para
que tenhamos profissionais com
mais capacitaoJane Tosin
______________
Manuela Ghizzoni
O Atltico Paranaense integra um ranking seleto de clubes que no
tiveram prejuzos no ano passado. Ao
seu lado encontram-se So Paulo, Inter, Cruzeiro e Corinthians.
Coritiba e Paran esto na lista dos 20
clubes com maiores prejuzos em 2010.
RankingO Atltico -PR contabilizou em seu balano
os valores correspondentes a indenizao do jogador Dagoberto
(atual So Paulo) no valor de R$ 8,4 milhes . Entretanto, o valor
ainda
no foi depositado nas contas do clube.
Justificativas I O Coritiba e o Paran Clube apontaram
justificativas semelhantes: a temporada de segunda diviso do
campeonato brasileiro e a consequente queda acentuada de
patrocnios,
direitos de transmisso e pblico.
Justificativas II
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Curitiba, tera-feira, 10 de maio de 2011
O que Corinthians, Flumi-nense, Cruzeiro, Grmio e In-ternacional
tm em comum? Todos j foram eliminados da Taa Libertadores da Amrica
desse ano. Claro que o Corin-thians nem chegou a entrar de fato na
competio, sendo elim-inado pelo fraco Tolima ainda na
Pr-Libertadores.
Mas os outros quatro times chegaram, mesmo que alguns aos
trancos e barrancos, s oi-tavas de final. Junto com o Santos
poderamos ter a maio-ria de times nas quartas do campeonato,
teramos duelos magnficos como Santos e Cru-zeiro e um GRE-NAL que
iria entrar para a histria. Mas no, o sonho de ter cinco
brasileiros en-tre os oito melhores da Amrica foi por gua abaixo na
ltima quarta-feira.
Quarta-feira, dia 4 de maio de 2011, vai ficar conhecida na
histria do futebol brasileiro como a quarta maldita. O dia em que
quatro equipes brasilei-ras foram eliminadas da Lib-ertadores de
uma s vez. Sorte que o Santos jogou na tera, sendo o nico
representante do Brasil agora na competio con-tinental.
O mais duro ver que as vantagens foram revertidas, ti-rando o
Grmio que j foi para o jogo no Chile respirando por aparelhos e que
teve a m sorte de jogar sem o pilar de sustenta-o do time, o
goleiro Victor. O Inter apagou, foi eliminado em cinco minutos,
mostrando que Falco no tem a mnima ca-pacidade de ser tcnico, quem
dir comentarista. O Cruzeiro se perdeu, entrou com um salto 15 em
sete lagoas e viu seu tc-nico perder a cabea e dar uma cotovelada
no jogador do Once
Estupro no piada
ramos seisA sociedade est to cnica
que hoje em dia a misoginia (dio ao feminino) e o precon-ceito
so semeados sob a ms-cara do senso de humor. O apresentador do CQC
Rafinha Bastos, j conhecido por piadas medocres e preconceituosas,
ataca agora com sua verso ma-chista. Cansado de reproduzir chaves
sobre gordos, carecas, deficientes, judeus e pago-deiros, o
humorista achou que seria engraado fazer apolo-gia ao estupro. Toda
mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada feia pra
caralho. T reclamando do qu? Deveria dar graas a Deus. Isso pra voc
no foi um crime, e sim uma oportunidade, esse parte do texto
apresentado por Rafinha em seu stand up.
O estupro uma das for-mas mais graves de violn-cia de gnero. No
apenas a agresso fsica que incomoda, mas sim a opresso psicolgica,
a violao do corpo, do ntimo, a submisso e a humilhao que deixam
marcas profundas nas vtimas. A piada, que para Rafinha Bastos
parecia inova-dora, to velha quanto nossa civilizao. A ideia
machista que nos ensina no seja estu-prada em vez de no estu-pre,
est enraizada em nossa sociedade e contribui para que a
responsabilidade pela violn-cia seja atribuda vtima e no ao
agressor. Justificar um estu-pro pela tamanho da saia que a mulher
usava ou pela natureza do homem, incapaz de contro-lar seus
instintos, cruel. Nada justifica ou miniminiza um estupro,
independente da situao da mulher, ela conti-nua sendo vtima da
agresso.
Outra ideia comum de que existem mulheres estu-
Gnero Esporte
Dilclia Queiroz Danilo Georgete
Caldas que, cai entre ns, deu um baile ttico no Cruzeiro.
O Fluminense, time de guer-reiros, milagres, mostrou que tudo um
dia acaba. A cota de milagres do time das laranjei-ras se esgotou,
o ento brilhante tcnico que a imprensa exaltava, pecou. O Flu caiu
feio frente a equipe paraguaia do Libertad. Em nenhum momento
esboou alguma reao, foi medocre.
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Quarta-feira, dia 4 de maio de 2011, vai ficar conhecida na
histria do futebol brasileiro como a quarta maldita.
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Agora o Santos, que se sal-vou da eliminao na tera, graas a uma
exibio de gala do goleiro Rafael, vai precisar da sorte para passar
pela equi-pe do Once Caldas. Ganso se machucou no ltimo domingo,
pela final do paulista, e Elano ainda est bichado. Mais do que
nunca Neymar vai ter que chamar a responsa e levar o time da Vila
Belmiro nas costas.
As manchetes da imprensa amanh vo ser: O Santos o Brasil na
Libertadores , O Brasil agora Santos. Mas pergunte para qualquer
outra torcida para quem eles vo torcer, a resposta de 90% vai ser
toro para o Santos cair fora.
Que Alexandre Dumas, o autor de Os Trs Mosque-teiros, me perdoe
agora, mas vou alterar sua consagrada frase. Com o Santos na
Liberta-dores, um por todos e todos contra um.
6
@dilceliaqueiroz
Cursa o 3perodo da noite.
@danilogeorgete
Cursa o 5 perodo da noite e publica seus textos no endereo
http://www.danilogeorgete.blogspot.com
prveis. Em alguns casos o estupro encarado como cor-tesia. o que
defende Rafinha Bastos: mulheres fora do pa-dro de beleza,
solteironas ou lsbicas devem encarar a vio-lncia sexual como um
favor.
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Nada justifica ou miniminiza um estu-pro, independente da situao
da mulher, ela continua sendo vtima da agresso.
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Segundo dados do Programa de Desenvolvimento das Na-es Unidas
para a Amrica Latina, 33% das mulheres en-tre 16 e 49 anos de idade
j so-freram algum tipo de abuso sexual, e a cada 12 segundos uma
mulher violentada no Brasil. O estudo ainda revela que 70% dos
casos ocorrem dentro de casa, onde os agres-sores so membros da
famlia da vtima. Apesar dos nmeros revelarem o tamanho do
prob-lema, mulheres ainda so si-lenciadas em meio a chacotas.
O humor inteligente deve questionar os padres estabe-lecidos
pela sociedade, trazer tona a hipocrisia e os pre-conceitos
existentes. Deve ini-tar a reflexo a cerca de temas importantes.
Mas Rafinha Bas-tos, atravs do humor ofensivo, somente perpetua as
ideias de uma sociedade conservadora. Insultar minorias, difundir
pre-conceitos o que a sociedade faz h milhares de anos. No h nada
de novo ou irreverente, somente a pobreza de contedo e a chatice
das piadas velhas.
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Curitiba, tera-feira, 10 de maio de 2011 7
Universidades brasileiras tm dificuldade em usar redes
sociaisCamila Rehbein
Estamos em tempos de mudana. Hoje, muitas empresas e instituies
de ensino se deparam com as redes sociais, mas tm re-ceio de
utiliz-las por no saberem qual a melhor maneira para usar seus
re-cursos e tambm por no reconhecerem o potencial que essas redes
possuem.
Segundo pesquisa da So-ciedade de Gesto da Tec-nologia da
Informao (So-citm), na Inglaterra, cerca de 90% das empresas
bloque-iam o acesso de seus fun-cionrios s redes sociais. O motivo
o medo de que os computa-dores rece-bam vrus ao utilizar as redes
sociais: 63% dos en-t revis tados a f i r m a r a m que o uso das
redes so-ciais pelos funcionr i -os signifi-caria perda de
tempo.
No meio acadmico a situao no diferente. Mesmo depois da ex-ploso
das redes sociais como Twitter, Orkut e Face-book, muitas
universidades ainda no reconheceram o potencial comunicador que
redes como essas oferecem. Quando algum tuta uma informao, uma
notcia, essa pessoa est fazendo uma grande divulgao. importantssimo
termos noo da dimenso das redes sociais como meio de comu-nicao,
afirma o coordena-dor do curso de Especializa-o em Novas
Tecnologias em Jornalismo da PUCPR, Zanei Ramos Barcellos.
Para Barcellos, as re-des sociais so muito teis,
pois propem ao aluno um debate que pode ampliar o assunto fora
de sala de aula. Mas para que isso acontea, precisamos que os
alunos tenham maturi-dade para utiliz-la de for-ma correta, pois em
vez de ampliar os debates em sala acabamos abrindo uma por-ta para
disperso, afirma.
UniversidadesHoje, as redes sociais vm
mostrando sua importncia e como a utilizao correta
pode trazer b e n e f c i o s para a co-munidade. Um exem-plo
foi a mo-bilizao re-alizada por jovens egp-cios em fe-vereiro deste
ano. Eles planejaram as mani-f e s t a e s u t i l i zando o
Facebook e outras redes so-
ciais que levaram der-rubada do presidente Hos-ni Mubarak, que
estava havia 30 anos no poder.
Quanto mais demorada for a insero das univer-sidades e at dos
professo-res nas redes sociais, o efeito negativo pode ser maior,
pois lentido traz consequncias profundas nesse meio. o que afirma o
consultor e es-pecialista em Geraes e Re-des Sociais, Sidnei
Oliveira.
Segundo ele, as univer-sidades no possuem nenhu-ma poltica para
aproveitar a utilizao das redes sociais. Na maioria das vezes so os
professores que esto en-saiando alguma coisa, mas ainda algo bem
tmido no uso das redes sociais e do po-tencial dessas redes,
afirma.
As redes sociais, como se configuram hoje, surgiram dentro do
meio acadmico e isso torna o seu uso pelas uni-versidades um fator
inevitvel. Oliveira afirma que, com o au-mento no uso dessas redes
pelos alunos, as universidades podero anal-isar uma forma mais
prag-mtica para a utilizao das redes sociais. Eles precisam quebrar
essa resistncia e comear a ver essas redes como meios de
comunica-o, afirma.
Para Barcel-los, as univer-sidades no entenderam o papel das
re-des sociais. S agora o assunto est amadure-cendo e as
uni-versidades es-to percebendo que as redes sociais so um novo
modo de fazer comuni-cao, explica.
____________ As universidades esto percebendo que as redes
so-ciais so um novo modo de fazer comunicao.
Zanei Barcellos ____________
Em Curitiba, as universi-dades esto comeando a uti-lizar as
redes sociais, exemplo da Universidade Tuiuti do Paran, que est em
proces-so de implantao das redes sociais no meio acadmico.
No Brasil, esse processo tambm ocorre de forma bem tmida e
experimental. As organizaes existentes querem primeiro perceber
como funciona este mundo
novo para no correrem riscos, afirma o professor do Departamento
de En-genharia da Informtica, Miguel Mira da Silva, em entrevista
ao Instituto de Estudos Avanados (IEA).
Num mundo em que tudo informatizado e tudo muito rpido, a ateno
do jovem fragmentada e mais superficial. Enquanto fala no celular,
ele abre vrias p-
A utilizao correta das redes sociais pode trazer benefcios aos
estudantes
Camila Rebhein
ginas da internet e v todas as informaes ao mesmo tem-po, afirma
Sidnei Oliveira.
Segundo ele, o modelo tradicional de aula no mais aderente para
alunos que so informatizados, pois na prtica os estudantes no
precisam que algum ex-ponha algo para eles, mas que esse algum d a
oportuni-dade para que a informao passada possa ser checada.
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Curitiba, tera-feira, 10 de maio de 2011
FOTOGRAFIA8
Em meio a gritos pedindo por uma Defensoria Pbli-ca, existem
aqueles que no sabem nem do que se trata. No sabem [e no querem
saber] por que todas aquelas pessoas esto ali. Esperam simplesmente
no serem abordados, nem incomodados por todas aquelas pes-soas que
entregam panfletos na Praa Santos Andrade.
Um olhar alm da manifestao, o que tentamos trazer com essas
fotos.
Outro olharMARCOS MONTEIRO