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7/17/2019 Logoterapia de Viktor Frankl http://slidepdf.com/reader/full/logoterapia-de-viktor-frankl 1/5 A TERAPIA  DO SENTIDO  DA  VIDA, ALAN  DA  SILVA VERAS' E  RODRIGO  BASTOS  MELLO l LTERN TIV er um sentido para  viver  é uma boa maneira de prevenir o adoecimento psíquico. Essa  é uma das  teses funda- mentais  da escola existencialista de psicoterapia conhecida como Logoterapia.  Para Viktor Emil Frankl  (1905-1997),  criador dessa forma de psicoterapia, o ser humano carrega consigo um desejo por sentido que, ao ser ig- norado, tende  a  levar  à  frustração existencial, que por sua vez  pode  se  exacerbar  em  agressi- vidade,  adiccão  às  drogas, depressão  e  tentati- vas  de  suicídio  (FRANKL,  2011),  Por  esse  motivo a  Logoterapia,  além  de ajudar na superação de traumas  e condicionamentos, visa a levar o pa- ciente a encontrar sentido para viver. Falar sobre  sentido, contudo,  é  encarar  o fato de que  esses apresentam duas faces:  uma relativa e  outra absoluta.  A  face  relativa mostra que  aquilo  que tem  sentido  para alguém pode não ter  para  outrem  e que  essa  relatividade  tem
5

Logoterapia de Viktor Frankl

Jan 08, 2016

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Artigo publicado na revista Psicologia da Editora Mythos
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Page 1: Logoterapia de Viktor Frankl

7/17/2019 Logoterapia de Viktor Frankl

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A

  TERAPIA

 D O

SENTIDO

  DA

  VIDA,

ALAN

 DA

 SILVA

  V E R A S '

E  RODRIGO

  BASTOS

 MELLO

l L T E R N T I V

er um sentido para

  v iv e r

  é uma boa

maneira de prevenir o adoecimento

psíquico.

  Essa  é uma das

  teses funda-

mentais

  da escola existencial ista d e

psicoterapia c onhecida como Logoterapia. Para

Viktor Emil Frankl

  (1905-1997),

  criador dessa

forma de psicoterapia, o ser humano carrega

consigo um desejo por sentido que, ao ser ig-

norado,

  tende

  a

  levar

  à

  frustração existencial ,

que por sua vez

  pode

  se

 e x a c e r b a r

 em

  agressi -

vidade, adiccão

 à s

 drogas, depressão

  e

 tentati-

vas

 d e

 suicídio

  ( FR A N K L , 2011), P or esse

  mot ivo

a  Logoterapia,

  além

  de ajudar na superação de

t raumas e condicionamentos, v isa a levar o pa-

ciente a encontrar sentido para viver.

Falar sobre  sentido, contudo,  é   e n c a ra r  o

fato

  de que

  esses ap resen tam duas f aces :

  um a

relativa e outra absoluta. A face  relativa mostra

que aquilo

  que tem

  sentido  pa ra a l guém pode

não ter

  para outrem

 e que

 essa   re l a t i v i dade

  te m

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a  ve r com a fo rma como cada pessoa pr io r iza de-

te rminados valo res .

  Imaginemos

  que   duas garo tas

fo ram conv idadas para

  um a

  reunião

  com

  alguns

amigos ,

 porém, n o outro d ia  tinham

 prova

  na

  facul -

dade.

  Para   a   pr imeira

  garota, naquele

  momento,  o

valo r  que  envolv ia   o   estudo estava sobre   o da   ami -

zade :  e la   decid iu

 f i car

  em

  casa

  e

  estudar, pois para

ela ,

  i sso

 tinha

  mais

  sen t ido

  do que ir ao

  encont ro

com

 os

 amigos

  -

  passado

 o

 fato

 não se

 a r r ependeu.

A  outra

 garota j á

  dominava

  o

 a s s un t o ,

 e o

 va l o r

  de

compar t i l ha r   uns   ins tan tes   com os  amigos   e ra  ma i s

f o r t e   do que

  es tudar , porém, pe la mera compet ição

de

  sa ber , dec id iu f i car

  em

  casa

  e

  l ança r - se

  aos l i -

v ros

  -

  depo is

  se

 a r r e p e n de u

 por não ter  feito  o que

tinha m a i s sen t i do para  e la  naque le momen to .  Esse

e x e m p l o n o s

  mos t r a

  que,

  na que la s i t uação ,

 o

 v a l o r

de   e s t uda r

 t i nha

  pesos d i f e ren tes para   as  ga ro tas ,

logo,  e ra  r e l a t i vo .

O

 m esmo exem p lo se rve para f a l a r  d a  f a c e ab s o -

luta   do  sen t i do .

  Esta

  most ra   que o que é  re lat ivo   no

gera l é

 abso lu to

  no

  pa r t icu l a r . Naque la c i rcuns tân -

c ia ,

 pa ra

 a

  segunda garo ta,

  i r ao

  encon t r o

  dos

  am i -

gos era um

  v a l o r

  que se

 s o b r e p un ha

 ao de

 e s tudar .

Nesse  caso , um chama do exc lus ivo para v ivenc iar a

alegr ia  do  com panhe i r ismo,   um a oportunidade q ue

nã o

  retornar ia   e na

 qual

  ela não

  poder ia pedi r

  qu e

outra

  pessoa   lh e

 substituísse.

  Porém   ela não   a ten-

deu ao   chamado   do s   va lo res , co locando   na

 frente

aque le  que era   menos  importante  no  momento.

Portanto,  se no geral o sentido ap resen ta uma face

re lat iva, no par t icular m ost ra out ra a bso luta. É ta-

re fa

  da

  Logoterap ia a judar

  pessoas   a

  e s ta rem ma is

sens íve is

  aos

  seus va lores , para

  poder v ivenc iá- los

nas

  ma i s

  d i v e r sas

  c i r cuns tânc ias . Des ta fo rm a e l as

enxe rga rão

  sen t i do

  na

  v i da , passando

  a ter uma

pos tu ra m a i s asse r t i va d i an te de la .

No  p r ocesso   de

  a j uda

  na

  busca

 d e

  sen t ido , do is

e l emen tos são de  e x t r ema impo r tânc ia :  o  v a l o r  e o

contexto , po is ,

  o

  sen t ido (que

  é uma

  po tênc ia )

  é a

r ea l i z ação   de um

  v a l o r

  em um

  c o n t e x t o   (PEREIRA,

2012).  O   sen t ido pode   se r

  r e a l i z a d o

  ou  não, con-

fo rme a atitude  de   cada  um. P o r exemp lo : uma

  f l o r

ou  ob ra  de  ar te pode   se r

 enca rada

 a penas como   um

amo n t o ado

  de

 ca rbono .

  P o r

 out ro lado,

 um a   pessoa

pode

 enxe rga r a l go a lém da compos i ção

 química

  ou

b ioqu ímica

  e

 a d m i r a r -s e

 com a

 be leza

 de um

 buque,

:

Revista

 Psicologia  í

 ESPECÍAL TERAPIAS

Page 3: Logoterapia de Viktor Frankl

7/17/2019 Logoterapia de Viktor Frankl

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chegando inc lus ive

  a

  emoc iona r -se

  ao

  receber

  um

desses

  em uma data e spe c ia l . Outra pessoa pode

de te r -se du ran te

  m in u to s f r e n te   a uma

  i m a g e m

b a r r o c a

  b u s c a n d o   o s   s i gn i f i cados   da s  l inhas escu l -

p idas pe lo ar t is ta .

  Isso

  s ign i f ica d izer

  que

  a lém

  de

desper ta r pa ra va lo res como

  o

 amor ,

  a

 g ra t i dão

  ou o

respei to ,   é   n e c e s s á r i o  d i r ec i oná - l os a   a lgo conc re to

na   v ida, po is , é no encont ro do va lor com o

  ob j e t o

que o   sent ido ganha contorno. Ass im, d iz-se   que o

sent ido é a lgo em potenc ia l e que, para ser rea l iza-

do, prec isa de um e sfor ço em sua d i re ção. Ou se ja , o

homem es tá imerso em uma l i be rdade que cam inha

la te ra lmen te

  com a

  r e s p o n s a b i l i d a d e

 de

  r esponder

ao  mu n d o ,

  de modo que é possível dizer que não é

a  v ida   que

  e sc reve

  ao   homem   o que   fazer . Antes,

o

  f u s t i g a

  a responder c r i a t i vamen te con fo rme seus

v a l o r e s p e s s o a i s .

A   VISÃO  D E H O M E M  E O

DIAGNÓSTICO

  DIMENSIONAL

Começamos  a

 notar

 a

 impor tânc ia  ps ico te rapêu-

t ica  q ue

 sub jaz

 em um   tr a t am e n t o

  ps i co lóg i co foca -

do nos va lo res . Con tudo uma ques tão j á se ap resen-

ta : o que capa c i ta o ser humano a cap tar va lore s?

An t e s

  de

  da rmos nossa respos ta convém ressa l ta r

que e la está em conformidade com a ant ropolog ia

f i l osó f i ca de uma esco la de ps i co te rap ia e que ou -

t ras esco las ap resen tam v i sões

  de

  homem

  d i fe ren -

t es , po r tan to te rão ou t ras respos tas .

Para  a   Logoterapia,  o ser  humano   é uma   unidade

apesar

  da multiplicidade, ou seja, uma síntese biopsi-

cos-social e

 noológica.

 S ó é

 possível compreen dê-lo par-

cialmente,

  mot ivo   esse

  qu e   deve levar o   estudioso   do

homem

  a uma

  abertura para

 o

 diálogo interdisciplinar.

Também

  em

  re lação

 ao

  diagnóst ico psiquiátr ico,

  a Lo-

goterapia defende

  que não se

 deve co nsiderar apenas

exclusivamente a   dimensão biológica, psicológica   ou

social  do paciente. Antes, deve existir um esforço para

olhar

 o homem em sua integral idade, em um diagnósti-

co

 dimensional. Neste, busca

 d istinguir

  entre origens e

mani fes tações

 das

 doenças.

 O

 Quadro

 l

  i lustrar

  o

 parâ-

metro para

 o

 diagnóst ico dimensional:

No  Quadro

  l

  abaixo)  v e m o s

 que as

 doenças

 va -

r i am con fo rme  a   e t i o l og ia   e a   s i n t o ma to l o g i a ,  as

"doenças

  comuns

são as

  or igens

  e

  man i fes tações

somá t i cas . As de

 o r i gens

  e

 ma n i fes tações ps íqu i cas

ETIOLOGIA

S IN TOM A TOL OGIA S IN TOM A TOL OGIA

SOMÁTICA

PSÍQUICA

ETIOLOGIA

SOMÁTICA

DOENÇA EM

SENTIDO

 BANAL

PSICOSE. NEUROSES

REATIVAS E NEUROSES

FUNCIONAIS

ETIOLOGIA

PSÍQUICA

NEUROSES

ORGÂNICAS  OU

PSEUDONEUR05ES

NEUROSES

VERDADEIRAS OU

PSICONEUROSE5

Quadro

 l -  Extraído

  de:

 Guberman; Soto, 2006.

Revista

 Psicologia

  ESPECIAL

 TERAPIAS

 5

Page 4: Logoterapia de Viktor Frankl

7/17/2019 Logoterapia de Viktor Frankl

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sã o  as   neuroses  propriamente ditas. A  pseudoneu-

rose   t r a ta -se do adoec imen to o rgân ico desenca -

deado

  por

 fatores

  psíquicos. Neurose

  reativa,

  fun-

c iona l ou ps icose são t ipos de doe nça s de o r igem

somática

  e

 sintomatologia psíquica. Convém esc la-

recer  que , con fo rme

  a

  Logo te rap ia ,

  há no

  homem

um a   c o n e x ão entre  o   psíquico   e o físico,  de   modo

que

  t odo fenóme no ps íquico se dá de fo rma pa ra le -

la

  a um

  fenómeno psíqu ico,

  e

 v i ce -ve rsa .

Para  F rank l (2003)  a   s o c i e d a d e t a m b é m   te m

um

  pape l  importante

  no

  p rocesso

 de

  adoec imen to .

Cond i ções

  de

  v ida degradan tes a fe ta r i am d i re ta -

me n te  o   psicofís ico   f avo rec endo o apa rec imen to de

doenças .

 A lém d i sso , aspec tos cu l tu ra i s com es t i l os

de

 v ida desp o jados

 de

 v a lo res comun i tá r ios ,

  ou que

impedem   a  e x p r e s s ã o  da   l i be rdade   pessoa l , se r i am

causadores

  de doenças . Tais  es t i los de v ida v io len-

ta r i am d i re tamen te

  a

  l i be rdade

 e a

 r e s p o n s a b i l id a -

de das  pessoas , endendo   à   impos ição  ao   mod ismo

ou

  ao

  totalitarismo.

  No mod ismo as   pessoas  s im-

p lesmen te seguem o que os ou t ros faze m, e no to -

ta l i t a r ismo , o que os ou t ros ditam. N o p e n s a m e n t o

de   F r a n k l

 (1990)

  o idea l ser ia um modelo de v ida

soc ia l  que   equ i l i b rasse  a   l i be rdade  com a  r e s p o n s a -

b i l idade.  Esse estilo  de  v ida d i ssemina r ia  o   va lo r d a

conv ivênc ia  comun i tá r i a ao mesmo

  tempo

  em que

incent ivar ia  a  pa r t i c i pação c r i a t iva  e   vo luntár ia ne la .

O  desequi l íbr io soc ia l ent re l iberdad e   e   r es -

ponsabilidade, quando  encarado

  em

  nível  pessoal,

apon ta pa ra   a   c r i se  e m   r e l ação  a os   v a l o r e s . Nessa,

o

 sujeito

 se encontra com

  sér ias

  dificuldades

  para

es tabe lece r

  p r io r idades ,

  pa ra distinguir  àqu i lo   que

é

 significativo

  para

  si. E

 isso pode

  ser potencializa-

do de   duas mane i ras :  a   pr imei ra ,  é   pe la imposição

de va lores , quando a voz do outro é ca lada em

 prol

da

  un i form idade (o que ser ia uma caracter ís t ica co-

mum de reg imes

  ditatoriais).

  A segunda, é pelo es-

vaz iam en to da fa la , que descons t ró i qua lquer va lo r

que uma   pessoa

  sustente (caracter ís t ica

 d a

  cultura

pe rmeada   de uma  filosofia

 niilista .

  A pessoa em

cr ise  de   va lo res encon t ra -se d ian te   do   vaz io ex i s -

tenc ia l , pe lo que se d iz estar v ivenc iando uma neu-

rose

  noogênica, de cunho espiritual,  pois é pela di-

mensão da   esp i r i t ua l i dade  que o  homem   é

 capaz

 de

cap ta r

 v a l o r e s

 e

 h ie ra rqu izá - l os den t ro

  de um

 s i s te -

m a

  de re levânc ia i nd iv idua l

  (FRANKL, 2012).

 Ass im ,

também a espi r i tua l idade é a fetada por est i los de

v ida soc ia l .

D ian te do quad ro ap resen tado , e tendo em con-

ta que na

 a tua l i dade

 há um

 c r e s c e n t e grito

 por

 sen -

tido

  (FRANKL,  2012) , aquele

  que se

  in teressa pe la

Logo te rap ia

 não

 pode

 se dar ao

 direito

 d e

 a l i ena r -se

da   s i tuação po l í t ica

  que

 envo l ve

 s ua

 soc iedade .

 Não

pode se

 furtar

  ao

  conhec imen to sóc io -h i s tó r i co

  de

con st i tu ição de seu povo. Antes, deve a tuar na d i re-

çã o

  de desenvolver pessoas com senso cr í t ico agu-

*54

Revista

 Psicologia

  l ESPECIAL

 TERAPIAS

Page 5: Logoterapia de Viktor Frankl

7/17/2019 Logoterapia de Viktor Frankl

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rio   P re t o -SP   e   Quixadá-CE;

  cu r sos

 d e

  ex t ensã o

 e m

Sa l vador -BA,   São

  Luís-MA

  e Recife-PE;

  g rupos

  de

es tudos

  em

  Be lo Hor i zon te-MG

 e Rio de

 J ane i r o -RJ .

N o

  intuito

  de

  f a z e r

  a

  Logoterap ia

  se

 e x p a n d i r

pelo B ras i l , des de 2010,  a   Assoc i ação  B r as i l e i r a  de

Logo te r ap i a

  (ABLAE)  vem

  t o m a n d o

  um a

  sé r ie

  de

medidas .

  Deve

  se

  des tacar

  o

 fato

  de, em 2012, ela

te r

  l a nçado

 a

  rev ista

  e let rônica

  Logos

 &

  Ex istência.

 

Esse

 pe r i ód ico ,

 que tem

  duas ed i ções anua i s ,

 é

 des-

t i nado

  a

  pub l i cações académ i cas

 de

  teor exc lus ivo

  NO  MODISMO  AS

  P E S S O A S

  SIMPLESMEN-

TE  SEGUEM

  O Q UE O S

  OUTROS FAZEM,

  E NO

TOTALITARISMO,  O Q U E O S

  OUTROS

  D I-

TAM.  NO  PENSAMENTO  D E  FRANKL  1990)  O

IDEAL SERIA

  UM

  M O D E L O

  D E  VIDA

  SOCIAL

QUE EQUIL IBRASSE A LIBERDADE COM A

R E S P O N S A B I L I D A D E .

çado

  sob re

  as

  ques tões soc ia i s ,

 d e

  f o rm a

  que   e las

se

  percebam como corresponsáveis pela

 construção

da

  rea l idade. Nota -se com isso que, ape sar de te r

su a   génese  e m   ambiente c l ín ico indiv idual ,   a   Logo-

te rap ia t raz

  um a

 teor ia

  que

  aponta para

 u m a

 espé -

cie de

  P s i co l og ia  Soc i a l .  Po r t an t o

  não

  se r ia

  de ad-

m i ra r se encon t r ássem os l ogo te r apeu tas a t uando

em

 t r aba l hos com un i t á r ios

 e

 p ro je tos educa c iona is .

A

  LOGOTERAPIA  NO  BRASIL

Estudos

  recentes apontam que,

  nos  últimos

anos ,

  vem aum en tando o nú m ero de pub l i cações

sobre L ogoterap ia

  no

  B ras i l  (VERAS;  ROCHA,

 2014).

Isso

  pode ind ica r

  um

  despe r t am en to

  de

  i n te resse

pela   esco la

  ex i s tenc ia l i s ta . A lguns fa to re s podem

esta r in te r l igados : cu rso s de espe c ia l i za ção o fe re-

c idos

  pela

  Assoc iação

  de

  Logoterap ia V ik to r Em i l

Frank l  em

  Cur i t i ba -PR

  e

  pela

  Soc iedade

 B r as i l e i ra

de

  Logoterapia

  em São Paulo-SP; oferta  de  estágio

curr icu lar (há mais de 20, no curso de Psicologia da

Un ive rs idade

  E s t adua l

 da  Pa raíba);

  l inha

  de

  pesqu i -

sa   em

  Logo te r ap i a den t ro

  do

  m es t r ado

 em

  C iênc ias

da

  Re l ig ião

  da

  U n i ve r s i dade  Federa l

  da

  Pa ra íba ;

 o

Cent ro V ik to r F rank l , em Por to   A l eg re -RS   e o Nú-

c leo de

 Logo terap ia

  em

  Saúde,

 Educação  e

 T r aba l ho

(Agir

  3) em São

 Pau lo -SP, o fe rece ndo sup erv isão

 a

l ogo te rapeutas ; cu rsos de  e spec ia l i zação em R ibe i -

em

  Logo te r ap i a

  e

  pode

  ser

  acessado

  l i v remente

pela

  Internet.

  A

  ABLAE

  t am bém   ve m   r ea l i zando , a

cada  do is anos ,

 o   Congresso

 B r as i l e i ro

 de

 Logo te r a -

pia. Este

 o

 congress o en t ra rá

 na sua

 sé t ima ed ição

 e

terá como palco  a  Univers idade Federal do Rio  G ran -

de  do

 Sul,

 em

  Por to

 A l eg re -RS,

 en t re

  os

 d ias

 07 e 09

de

  novem bro .

 Essa  será   uma boa

  opor tun idade para

conhecer

  me lhor

  o que é a

 Lo go te r ap ia

  e o que ela

vem de sem penhan do em no sso pa ís .

*

  A l a n

 da

 Si lva Vera s

 tem

  f o rm a ç ã o

  em Teologia (2008)

e

  em

  Psicologia

  (2013).  Atualmente  é aluno  da

  Pós-

graduação

  em Logoterapia pela

  Faculdade

  de

  Ciências

Socia is  e

 A p l ic a d a s

  d o

  P a ra n á ,

  atende  em

  consul tó r io

cl ín ico

  e m

  S a l v a d o r - B A ,

 fa z

  parte

  d a

 equipe

  d o

  Setor

d e Qualidade de V i d a  no Trabalho  e

 Telemática

 da 82

a

CIPM

  e d o

 Núcleo

  d e E s t u d os

  Interdisciplinar

  em  Saú-

d e Integral da

  Univers idade

  do

  Estado

  da

 Bahia.

*

  Rodrigo Bastos Mello  possui graduação

  em

  Psicolo-

gia (2007)

 e

 es p ec i a l iz a ç ã o

  em

  Psicoterapia An al í t ica

(2009).

 Atua  como psicólogo

  clínico

 em  Salvador-BA.

Referências bibl iográf icas:

G U B E R M A N ,

 Marta;

 SOTO,

 Eugênio Pérez . Dicionário de Logote-

rapia.

  Lisboa: Pa ul us , 2006.

F R A N K L ,  Viktor Emil .  A vontade  de sentido. São Paulo: Paulus,

2011.

. Psicoterapia  e

 sentido

 do

 vida.

 São Paulo:

Quad ran t e , 2003.

.

  Psicoterapia

  para

  todos.  Petrópolis, RJ:

Vozes 1990.

Pereira,

  Ivo

  Studart .  A ética  do sentido  da   v ida:

  fundamentos

filosóficos  da Logoterapia. A p a r e c id a : Ideias  Letras, 2012.

V E R A S ,

 A l a n

 d a

  Silva;

 R O C H A ,

  Nádia Maria Dourado. Produção

de

  art igos sobre Logoterapia

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em  09 de

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Revista

 Psicologia

 l ESPECIAL TERAPIAS

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