CI/SfB PAVIMENTOS FLOORS PLANCHERS CDU 692.5 ISSN 1646-3595 (23) Gf (Ajv) NOVEMBRO DE 2012 LEIRIVIGA PAVIMENTOS ALIGEIRADOS DE VIGOTAS PREFABRICADAS DE BETÃO PRÉ-ESFORÇADO O presente Documento de Aplicação (DA), de carácter voluntário, define as características e estabelece as condições de execução e de utilização do sistema de construção de pavimentos LEIRIVIGA, constituídos por vigotas prefabricadas de betão pré-esforçado, blocos de cofragem e betão complementar moldado em obra, do qual é detentora a empresa LEIRIVIGA, S.A.. O Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) emite um parecer técnico favorável relativamente aos pavimentos LEIRIVIGA, descritos na secção 1 do presente Documento de Aplicação, nas seguintes condições: • a empresa LEIRIVIGA, S.A. assegura a constância das condições de produção que permitem a aposição da Marcação CE, nomeadamente através de um adequado controlo interno da produção, sintetizado na secção 3; • o campo de aplicação dos pavimentos respeita as regras descritas na secção 2; • as condições de execução e utilização dos pavimentos respeitam as regras descritas na secção 6. A utilização dos pavimentos LEIRIVIGA fica também condicionada pelas disposições aplicáveis da regulamentação e da documentação normativa em vigor. Este Documento de Aplicação é válido até 30 de novembro de 2015, podendo ser renovado mediante solicitação atempada ao LNEC. O LNEC reserva-se o direito de proceder à suspensão ou ao cancelamento deste Documento de Aplicação caso ocorram situações que o justifiquem, nomeadamente perante qualquer facto que ponha em dúvida a constância da qualidade dos pavimentos ou dos seus elementos constituintes. Lisboa e Laboratório Nacional de Engenharia Civil, em novembro de 2012. DA 34 LNEC Departamento de Edifícios AV DO BRASIL 101 • 1700-066 LISBOA • PORTUGAL fax: (+ 351) 21 844 30 28 [email protected]www.lnec.pt A situação de validade do DA pode ser verificada no portal do LNEC (www.lnec.pt). LEIRIVIGA, S.A. Sede e fábrica: Ponte das Mestras 2400-447 LEIRIA tel.: (+351) 24 481 77 50 fax: (+351) 24 481 77 51 e-e: [email protected]www.leiriviga.pt O CONSELHO DIRETIVO Carlos Pina Presidente
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LEIRIVIGAleiriviga.pt/uploads/website_leiriviga/elfinder/DA_34 LNEC.pdf · de cofragem e betão complementar moldado em obra, do qual é detentora a empresa LEIRIVIGA, S.A.. O Laboratório
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• a empresa LEIRIVIGA, S.A. assegura a constância das condições de produção que permitem a aposição da Marcação CE,nomeadamenteatravésdeumadequadocontrolointernodaprodução,sintetizadonasecção3;
Os pavimentos LEIRIVIGA são constituídos por vigotasprefabricadas de betão pré-esforçado e blocos de cofragem,recebendo em obra uma camada de betão armado (betãocomplementar) com função resistente e de solidarização doconjunto.
O seu funcionamento estrutural é comparável ao de uma lajecomarmaduraresistenteunidirecional,sendoindispensável,paraquetalsemelhançatenhavalidade,queseassegureemantenhaanecessáriaaderênciaentreobetãocomplementareasvigotas.
Asvigotas colocadas nos pavimentos LEIRIVIGA sãoobjetodeMarcaçãoCE,deacordocomaNormaPortuguesaNPEN15037-1:2008 – “Produtos prefabricados de betão. Pavimentos comvigotaseblocosdecofragem.Parte1:Vigotas”.
Os blocos de cofragem colocados nos pavimentos LEIRIVIGA,cujaproduçãotemsidoatéagoraenquadradapelaEspecificaçãoLNECE436-1995,deverãopassaraserobjetodeMarcaçãoCE,deacordocomasNormasEuropeiasEN15037-2:2009+A1:2011– “Precast concrete products – Beam-and-block systems.Part2:Concreteblocks”eEN15037-3:2009+A1:2011–“Precastconcrete products – Beam-and-block systems. Part 3: Clayblocks”.
1.2 Característicasdoselementosconstituintes
1.2.1 Vigotas
As vigotas são prefabricadas, de betão pré-esforçado, comarmadura constituída por fios de aço aderentes. No Anexo Isão representados em corte transversal os diferentes tipos devigotascomindicaçãodosvaloresrelativosàssuasdimensõeseàposiçãodosfiosdeaço.
O betão, de comportamento especificado, de massa volúmicanormal e consistência terra húmida, é conforme com aNP EN 206-1 e apresenta a seguinte designação: C35/45;XC1(Pt);Cl0,20;D8.
OsfiosdeaçocomasdesignaçõesY1770C4,0IeY1770C5,0I,certificados pela Associação para a Certificação de Produtos(CERTIF), satisfazemàscaracterísticasmecânicasestabelecidasna Especificação LNEC E 452-2011 – “Fios de aço para pré--esforço. Características e ensaios”, a que correspondem osvaloresapresentadosnoquadroI:
QUADRO ICaracterísticasdosfiosdeaço
d(mm)
A(mm2)
Rm(MPa)
Fm(kN)
Fm,máx.(kN)
Fp0,1(kN)
Agt(%)
E(GPa)
4,0 12,61770
22,3 25,6 19,63,5 205 ± 10
5,0 19,6 34,7 39,9 30,5
emque:
d diâmetro(valornominal)
A áreadasecçãotransversal(valornominal)
Rm tensãoderoturaàtração(valornominal)
Fm forçaderoturaàtração(valorcaracterísticomínimoreferenteaoquantilhode95%)
O betão complementar é aplicado em camada contínua deespessuravariável,masnãoinferiora30mm,eincorporaumaarmaduradedistribuição.
Estebetão,decomportamentoespecificado,demassavolúmicanormal,éconformecomaNPEN206-1eapresentaaseguintedesignação:C25/30;XC1(Pt);Cl 0,40.A consistênciado betãofresco e a máxima dimensão dos agregados devem permitir opreenchimentofácilecompletodosespaçosentreasvigotaseosblocosdecofragem.
Nos quadros de Elementos de Medição do Anexo IV sãofornecidos osvalores da secção da armadura de distribuição aincorporarnacamadadebetãocomplementar.
2 CAMPODEAPLICAÇÃO
Talcomoparaoutrospavimentoscomamesmaconstituiçãoeomesmosistemaestrutural,ocampodeaplicaçãoparaosdiversostipos considerados dos pavimentos LEIRIVIGA abrange apenaso seu emprego em edifícios de habitação ou com ocupação eutilizaçãosemelhantes.
Não se consideram abrangidas as situações em que sejaprevisívelaatuaçãopredominantedeaçõesresultantesdecargasconcentradasoudecargasdinâmicas,dechoqueevibração,pormaiselevadaquesejaacapacidaderesistentedospavimentos.Por este motivo, a utilização dos pavimentos nestes últimoscasos cai fora do âmbito deste DA e carece de prévio estudoespecífico,eventualmenteporverificaçãoexperimental.
Autilizaçãodospavimentoscomvãossuperioresaoitometrosfica igualmente fora do âmbito do presente DA, devendo serobjetodeestudoadequadoemcadacasodeaplicação.
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3 FABRICOECONTROLODAQUALIDADE
3.1 Vigotas
a) Instalaçõeseprocessodefabrico
Asvigotassãofabricadasnas instalações localizadasemPontedas Mestras, Leiria, por sistema mecanizado, sendo a suamoldagem feita, sem moldes fixos, sobre uma plataforma debetão,aolongodaqualsedeslocaumdispositivomecânicodedistribuição, moldagem lateral e compactação do betão porvibração.
Afimdeevitaraaderênciadabasedasvigotasà superfíciedaplataforma, esta é previamente humedecida com um produtolíquidoapropriado.
Opré-esforçoéaplicadoindividualmenteemcadafioutilizandomacaco hidráulico acionado eletricamente e no qual se podemedir o alongamento dos fios e controlar, por manómetro, aforça a aplicar de harmonia com a tensão de pré-esforço naorigemindicadanoAnexoI.
Terminada a betonagem, as vigotas são conservadas no localde fabrico em condições ambientais naturais, efetuando-se amolhagemdasuperfíciedobetãocomáguaatéàdataemqueo respetivo betão atinja o valor da resistência à compressãoindicadonoAnexoI.
Quando tais resistências são atingidas, o que normalmente sepodeverificarentre2e5diasapósamoldagemdasvigotas,éfeitaatransmissãogradualesimultâneadopré-esforçodosfiosàsvigotasdecadaplataforma,pormeiodesistemahidráulico.
A empresa efetua um controlo de produção que incidebasicamentesobreosseguintesaspetos:equipamento,matérias--primas(cimento,agregadoseaçodepré-esforço),processodefabricoeprodutoacabado.
Sobre o equipamento são efetuadas as seguintes verificações:calibração do equipamento de laboratório; calibração doequipamento de pesagem e de medição dimensional evolumétrica; aferição dos manómetros do macaco hidráulico;inspeçõesdabetoneira,domacacohidráulicoedamáquinademoldagem(incluindomoldeseguia-fios).
Sobre o cimento, com Marcação CE, é efetuada, na receção,inspeçãodaguiaderemessa.
Sobre os agregados, com Marcação CE, são efetuadas asseguintesverificações:nareceção,inspeçãodaguiaderemessa;e,nadescarga,inspeçãodoaspetoedagranulometria.
Sobre o processo de fabrico são efetuadas as seguintesverificações: ensaios para determinação da resistência à
compressão de provetes moldados com o betão utilizado nofabrico das vigotas, na data de transmissão do pré-esforçoàs vigotas e aos 28 dias; medição do alongamento obtido naextremidadedosfiosparaconfirmaçãodasforçasdepré-esforçoaplicadase registadasemmanómetro; inspeçãodoaspetodassuperfícies de betão durante a moldagem das vigotas e dascondiçõesdeproteçãocontraasecagem.
Sobre o produto acabado são efetuadas as seguintesverificações: medição das dimensões da secção transversal,do posicionamento e do deslizamento da armadura de pré--esforçonassuasextremidades;dacurvaturalateraledaflechadas vigotas; inspeção do estado das superfícies de betão, dedefeitosaparentes,demarcação/etiquetagem,dascondiçõesdearmazenamentoedefornecimentodasvigotas.
3.2 Blocosdecofragem
a) Instalaçõeseprocessodefabrico
Osblocosdecofragemdebetãodeagregadosdeargilaexpandidae os blocos de cofragem cerâmicos, fornecidos pela empresaprodutora de pavimentos, são fabricados por diversas fábricasprodutorasdeblocos.
b) Controlodaprodução
Sobre os blocos de cofragem de betão de agregados de argilaexpandidaeosblocosdecofragemcerâmicossãoefetuadas,nareceção,asseguintesverificações:inspeçãodoaspeto,mediçãodasdimensõesemediçãodamassa.
As vigotas colocadas no mercado têm aposta a Marcação CE,acompanhadadainformaçãoconstantedoAnexoZAdanormaNP EN 15037-1. A empresa deve disponibilizar, a pedido, arespetivadeclaraçãodeconformidadeCE.
5 APRECIAÇÃODOSPAVIMENTOS
5.1 Característicasmecânicas
No Anexo I e no Anexo III são fornecidos os valores dascaracterísticasmecânicas,respetivamente,dasvigotasisoladasedospavimentos,necessáriosparaaverificaçãodasegurançaemrelaçãoaosdiferentesestadoslimites.
A determinação dos valores dessas características mecânicasfoiefetuadaatravésdecálculoautomáticoemcomputador.Ocálculo teve por base os valores das características mecânicasdosmateriaisconstituintesdospavimentosregistadosem1.2eovalordepré-esforçonaorigemindicadonoAnexoI.
Ao valor do pré-esforço na origem referido correspondem osvalores de pré-esforço, ao fim de determinados intervalos detempo,tambémindicadosnoAnexoIparaasdiferentesvigotasproduzidas.
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Adeterminaçãodosvaloresdecálculodosesforçosresistentesdas vigotas e dos pavimentos teve em conta as disposiçõesdefinidas na regulamentação em vigor aplicável, com asadaptaçõesnecessáriasaestetipodepavimentos.
Foram ainda determinados para os diferentes pavimentos osvaloresdofatorderigidez,EI,autilizarnaverificaçãodoestadolimitededeformação.
5.2 Comportamentoemcasodeincêndio
Os materiais constituintes dos pavimentos – quer os dos seuscomponentes prefabricadosquero betão complementar – sãodaclassedereaçãoaofogoA1(não-combustíveis).
• REI 30 desde que apresentem um revestimento naface inferior com uma espessura mínima de 15 mm deargamassadecimentoeareiaoudecimento,caleareia;
• REI 60 desde que apresentem um revestimento naface inferior com uma espessura mínima de 15 mm deargamassa de cimento e agregados leves (vermiculite,perliteoufibrasminerais).
Estasclassesderesistênciaaofogopoderãoseradotadas,desdeque nos apoios se garanta um valor de cálculo do momentoresistenteúltimonegativonãoinferiora15%dovalordecálculodomomentoresistenteúltimopositivo,fornecidonastabelas.
NocasodeedifíciosdehabitaçãoasexigênciasasatisfazersãoasqueconstamnoDecreto-Lein.º220/2008,de12denovembro,queestabeleceoregimejurídicodasegurançacontraincêndiosem edifícios, e no Regulamento Técnico de Segurança contraIncêndio em Edifícios, aprovado pela Portaria n.º 1532/2008,de 29 de dezembro. Os pavimentos poderão satisfazer àsexigênciasdesteregulamentomedianteumacriteriosaescolhadorevestimentodeteto.
5.3 Isolamentosonoro
Ospavimentosacabados,comoelementosdecompartimentaçãoentre espaços interiores sobrepostos de edifícios, contribuemlargamenteparao isolamentosonoroque sepodeestabelecerentre esses espaços, o qual, de acordo com o disposto naregulamentação emvigor,deve serdeterminado com base emensaiosarealizarnolocal.Osparâmetrosquecaracterizamesseisolamento sonoro são o índice de isolamento sonoro a sonsde condução aérea eo índicede isolamento sonoro a sonsdepercussão,podendoessesíndices,noprojetodospavimentos,serestimadosdeacordocomametodologiaaseguirreferida.
Oíndicedeisolamentosonoroasonsaéreos,Rw,dospavimentosacabados, incluindo os revestimentos de piso e de tetorigidamenteligadosàlaje,dependedasuamassa,oquepermiteque os valores do Rw possam, de um modo aproximado, serestimadosatravésda"leidamassa",emboraesta"lei"seapliqueaelementoshomogéneos.
No caso destes pavimentos, a existência dos blocos dealigeiramentoconduzaligeirasreduçõesdosvaloresdoRwqueserãotantomaioresquantomaiorforoaligeiramentoproduzido,nopavimento,pelosblocos.
Noscasosemqueoisolamentoproporcionadopelopavimentoésuperiora35dBe inferiora45dBdevetambémprever-seacontribuiçãodatransmissãomarginal,quesetraduz,emtermosmédios,numareduçãode3dBnosvaloresde Rw.ParavaloresdeRwsuperioresa45dBéaconselhávelrecorreràverificaçãodocomportamento em obra, pois as previsões podem revelar-sebastantefalíveis.
Se não se considerarem as reduções anteriormente referidas,paraumpavimentocomumamassade260kg/m2estima-seumvalordeRwpróximode48dB.
O índice de isolamento sonoro a sons de percussão, Ln,w, paraalém de depender da constituição da laje é função do tipode revestimento de piso a adotar. É possível estimar-se esseíndicerecorrendoàaplicaçãodoinvarianteRw+Ln,w,desdequese conheça a massa por unidade de superfície do pavimento,admitindoaaplicabilidadeda"leidamassa"paraadeterminaçãodeRw.
No caso de lajes aligeiradas de vigotas, não revestidas, érecomendadaaadoçãodovalor120parao invarianteRw+Ln,wreferido [Ln,w, em dB/(oit./3)], o que, conhecido o valor de Rw,permiteadeterminaçãodeLn,w.
Analogamenteaoreferidoparaossonsaéreos,deveadmitir-seaocorrênciadeumatransmissãomarginaldossonsdepercussão,que se traduz em média num acréscimo dos valores do Ln,w,inicialmenteestimados,emcercade2dB.
As exigências de isolamento sonoro a satisfazer são as queconstamdoRegulamentodosRequisitosAcústicosdosEdifícios.
5.4 Isolamentotérmico
Os parâmetros que caracterizam o isolamento térmico –resistênciatérmica,R,oucoeficientedetransmissãotérmica,U–podemserdeterminadosrecorrendoamétodosconvencionais.
Estes parâmetros devem ser determinados nas situações emqueos pavimentostêmde satisfazer exigênciasde isolamentotérmico,comoéocasodelajesdeesteiraoudecoberturaedepavimentossobreespaçosexterioresoulocaisnãoaquecidos.
Estes pavimentos, por si sós, não garantem a satisfação dasexigências aplicáveis, que constam do Regulamento dasCaracterísticas de ComportamentoTérmico dos Edifícios, peloquesetornanecessário,naquelassituações,preversoluçõesdeisolamentotérmicocomplementar.
Averificaçãodasegurançadospavimentos,combasenosvaloresde cálculo fornecidos no Anexo III, deverá ser efetuada emrelaçãoaosestadoslimitesúltimosderesistênciaeemrelaçãoaosestadoslimitesdeutilização–fendilhaçãoedeformação–,conformeoscritériosdefinidosnoRegulamentodeSegurançaeAcçõesparaEstruturasdeEdifíciosePontesenoRegulamentodeEstruturasdeBetãoArmadoePré-esforçado.
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a) Segurança em relação aos estados limites últimos deresistência
A condição de segurança em relação aos estados limitesúltimosderesistênciaexprime-severificandoqueosvaloresdecálculo do momento fletor resistente e do esforço transversoresistente,designadosporMRdeVRd,sãoiguaisousuperioresaoscorrespondentesesforçosatuantes,relativosàscombinaçõesdeaçõesespecificadasnoartigo9.ºdoRegulamentodeSegurançaeAcçõesparaEstruturasdeEdifíciosePontes.
b) Segurançaemrelaçãoaosestadoslimitesdefendilhação
A condição de segurança em relação ao estado limite defendilhação exprime-se verificando que o valor do momentoresistente designado por Mfctk, correspondente à formação defendas, é igual ou superior ao momento atuante devido àscombinaçõesdeaçõesdefinidasdeacordocomoartigo12.ºdoRegulamentodeSegurançaeAcçõesparaEstruturasdeEdifíciose Pontes. Estas combinações de ações poderão ser, conformeas condições do meio ambiente, combinações frequentes, emambiente poucoou moderadamente agressivo, e combinaçõesraras,emambientemuitoagressivo.
c) Segurançaemrelaçãoaosestadoslimitesdedeformação
A condição de segurança em relação ao estado limite dedeformação exprime-se verificando que o valor da flechaadmissível,definidadeacordocomoartigo72ºdoRegulamentode Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado, é igual ousuperior ao valor da flecha devida à combinação frequente deações. No cálculodaflecha instantâneadeverão ser utilizadososvaloresdofatorderigidez,fornecidosnoAnexoIII.Aflechaalongoprazo,emquesãotidosemcontaosefeitosdafluênciadosbetões,poderáserdeterminadamultiplicandoovalordaflechainstantâneaporumfatordadopelaexpressão
× ϕ
+ Σ ΨS
S 1 S1+ g
g q
M
M M
emqueMSgeMSg+∑ Ψ1 MSq são,respetivamente,osvaloresdosmomentosfletores atuantesdevido às ações permanentes e àcombinaçãofrequentedeaçõeseϕéocoeficientedefluência,aquesepodeemgeralatribuirovalor2.
6.2 Condiçõesgeraisdeexecuçãodospavimentos
Noscasoscorrentes,aexecuçãodospavimentosdevesatisfazerànormaNPENV13670-1–“Execuçãodeestruturasembetão.Parte 1: Regras gerais”, em conformidade com o Decreto-Lein.º301/2007,de23deagosto,erealizar-sedeacordocom:
• Montagem de escoramento provisório, para apoiointermédio das vigotas. Deve notar-se que esteescoramento tem de ser criteriosamente disposto demodo a evitar esforços de flexão capazes de provocarfendilhaçãodasvigotas não só na sua face inferior, naszonas entre os apoios, como também na face superior,sobreosapoios.
• Montagem das cofragens junto dos apoios dospavimentos, para moldagem de zonas maciças nascondiçõesrecomendadasem6.3,eaolongodasnervurastransversaisque,noreferidoparágrafo,sãopreconizadas.
• Colocaçãodosblocosdecofragementrevigotas,apoiadosnos banzos destas, com eliminação das filas de blocoscorrespondentesàsfaixasmaciçasdopavimento.
• Disposição, nas condições recomendadas em 6.3,da armadura de distribuição, na camada de betãocomplementar,dasarmadurasdasnervurastransversaisedasarmadurasnosapoios,quandoprevistas.
• Instalação de passadiços para trânsito de pessoal e detransportedobetão,afimdeevitaracirculaçãosobreosblocosdecofragem.
• Rega abundante das vigotas e dos blocos de cofragem,precedendoabetonagem,comvistaaevitaradessecaçãoemelhoraraaderênciadobetãocomplementar.
• Lançamento,espalhamento,regularizaçãoecompactaçãodobetãocomplementar,tendoocuidadodeassegurarasuaperfeitaaderênciaàsfacesexpostasdasvigotaseamanutençãoda espessura previstada camadade betãoacima dos blocos de cofragem. Deve notar-se que, pormotivo da relativa e natural fragilidade da estrutura,quandoemexecução,estará restringidoousodemeiospotentesde compactação,oque exige especial cuidadonaconduçãodabetonagem.
• Manutençãodahumidadedobetãoemobra,duranteosprimeirosdiasdoendurecimento,porexemplo,pormeiode rega ou de recobrimento, conservado humedecido,da superfície betonada. A extensão e duração destescuidados dependerão das condições de temperatura ehumidadeambientais.
Independentemente das disposições construtivas a seguirrecomendadas,deveráoprodutordospavimentosforneceraosutilizadoresindicaçõessobreoscuidadosaternotransportedasvigotas,suamovimentaçãoecolocaçãoemobra.
a) Armaduradedistribuição
Os pavimentos devem comportar sempre uma armadura dedistribuiçãoconstituídaporvarõesdispostosnasduasdireçõeseintegradanacamadacontínuadobetãocomplementar.
Nos pavimentos com vão igual ou superior a quatro metrosdeverãoserdispostas,alémdaarmaduradedistribuição,nervurastransversais contínuas de betão armado espaçadas cerca de
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2 metros.A larguradestas nervurasdeverá ser, no mínimo,de100mm.Aarmaduradeveráserconstituída,nomínimo,pordoisvarões colocados imediatamente acima das vigotas.A área dasuasecçãodeverá serobtidamultiplicandometadedaáreadaarmaduradedistribuiçãodo pavimento, indicada noAnexo IV,peladistânciaentrenervurastransversaisou,nocasodeexistirapenasumanervura,peladistânciaentreestaeoapoio.
b) Açõesprovenientesdeparedesdivisórias
Estes pavimentos poderão ser considerados com condiçõesestruturaisquepermitamteremcontaasaçõesresultantesdeparedes divisórias desde que essas ações sejam consideradasatuando nas suas condições reais, o que implica, na zona dasdivisórias, um reforço da armadura de distribuição, referidaanteriormente. Porém, no caso de as paredes divisórias seencontrarem na direção das vigotas dos pavimentos, deverá oreforçodaarmaduradedistribuiçãosercomplementadocomacolocaçãodevigotassuplementaresdispostasapardasprevistasparaopavimento.
c) Apoiodasvigotasesolidarização
Asvigotasdeverãoter,emgeral,aentregamínimade100mm,nos apoios, a menos que razões especiais imponham menorentregaesemprejuízodasegurançaque,nestecaso,deveráserconvenientementecomprovada.
Os extremos das vigotas, nos apoios dos pavimentos, devemser solidarizados através de cintas ou de vigas betonadas emconjuntocomacamadadebetãocomplementardospavimentos.
Os painéis dos pavimentos devem ser limitados lateralmente,segundo a direção longitudinal das vigotas, por cintas ou porvigastambémbetonadasemconjuntocomacamadadebetãocomplementardospavimentos.
Ascintasdevemteruma largura igualà larguradaparedequeencimameumaalturanãoinferiora0,20m,devendoestevalormínimo da altura ser aumentado no caso de paredes muitoespessas, com largura superior a 0,50 m. As cintas devem serarmadas longitudinalmente com, pelo menos, 4 varões de12mmdediâmetroquandoseutilizeaçoA235,ou4varõesde10mmdediâmetroquandoseutilizemaçosA400ouA500,etransversalmentecomestribosde6mmdediâmetroespaçadosnomáximode0,20m.NasregiõesdoPaísdemaiorsismicidade,recomenda-se a redução deste espaçamento máximo dosestribospara0,10a0,15m,naszonasdascintaspróximasdosmontantes,numcomprimentode0,75a1,00m.
Quandosetratedepavimentoscomapoiosdeencastramentoou continuidade, devem prever-se faixas maciças de betãoarmadopararesistênciaaosmomentosnegativos.Abetonagemdestasfaixasfaz-senos intervalosentrevigotasdeixados livrespelanãocolocaçãodefiadasdeblocosdecofragem,convindoque,nossucessivosintervalos,onúmerodeblocossejaalternadopara evitar que a ligação da faixa maciça à zona aligeiradado pavimento se faça em alinhamento reto, mais propício aoaparecimentodefendasaolongodessaligação.
A larguradasfaixas maciças assim como a armadura a utilizarparaaresistênciaaosmomentosnegativosatuantesdeverãoserconvenientementedimensionadas.
Quando se trate de pavimentos dimensionados considerandoa existênciade apoios simples é recomendávelque nos apoios
existaumaarmaduracapazdeabsorverosesforçosdetraçãonafacesuperiordospavimentosresultantesdarestriçãodarotaçãodos apoios,que sempre severificam em condições normaisdeserviço.A referida armadura deverá ser constituída por varõesdispostosnadireçãodasvigotas,comcomprimentomínimo,apartirdafacedeapoio, iguala1/10devãolivredopavimento,de secção, por metro de largura, não inferior à da armadurade distribuição recomendada e cujos varões integrados nacamadadebetãocomplementardeverãoserconvenientementeamarradosnascintasounasvigasemqueasvigotasseapoiam.
d) Aberturas
Aexecuçãodeaberturascomainterrupçãodevigotasépossíveldesdeque se adotemdisposições construtivas especiais como,porexemplo,nervurastransversaisdevidamentedimensionadasondeasvigotasinterrompidaspossamserdevidamenteapoiadas.A adoção destas disposições deve ser convenientementejustificada.
A execução de aberturas conseguidas pela eliminação de umou mais blocos de cofragem entre duas vigotas contíguas nãonecessita,emgeral,deverificaçãodesegurançacomplementar,amenosqueessasaberturaspossamcondicionaracapacidaderesistentedopavimento.
e) Açõesprovenientesdecargassuspensas
Não possuindo os blocos de cofragem resistência suficienteparasuportareventuaisações resultantesdeequipamentosoude instalações a suspender dos tetos, esta suspensão tem deser assegurada por peças apropriadas, incluídas no pavimentoduranteasuaexecução.
Paratal,poderãoserusadaspequenaslajetasdebetãoarmadoapoiadas em duas vigotas contíguas e substituindo blocos decofragem,àsquaisseencontramligadosganchosdesuspensãodosequipamentosafixarnaparteinferiordospavimentos.
• verificação das dimensões da secção das vigotas e doposicionamentodaarmadura;
• determinação do valor da tensão de pré-esforço nasarmadurasdasvigotas.
Os ensaios de blocos de cofragem consistiram na verificaçãodas suas dimensões, massa e capacidade resistente e foramefetuadosde acordo com as Especificações LNEC E 442-1995,E443-1995eE444-1995.
Os resultados dos ensaios foram globalmente satisfatórios,permitindo comprovar que os componentes prefabricados dospavimentos ensaiados possuem as características definidas
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em 1.2 e satisfazem às exigências constantes das NormasNP EN 206-1 e NP EN 15037-1 e da Especificação LNECE436-1995,aplicáveisrespetivamenteabetão,vigotaseablocosdecofragem.Complementarmenteverificou-seasatisfaçãodasexigênciasrelativasavigotasconstantesdaEspecificaçãoLNECE435-2012.
8 VERIFICAÇÃODAQUALIDADE
8.1 Constânciadaqualidade
A entidade produtora deve garantir condições de fabrico queassegurem a constância das características dos componentesprefabricadosdo sistemade pavimentosdefinidas no presenteDA,devendoasinstalaçõesdefabricoserdirigidasportécnicodeengenharia,devidamentehabilitadoeresponsávelpelaqualidadedomaterialproduzido.
Perante qualquer facto que faça pôr em dúvida a condiçãoessencial da constância da qualidade do material produzido, oLaboratórioNacionaldeEngenhariaCivilreserva-seodireitodeexigir a realizaçãode ensaiosdeverificaçãodas característicasdosprodutosprefabricados,porcontadaempresaprodutoradospavimentoseemcondiçõesadefinir.
pelo que deverá a fiscalização decidir, quando necessário, asverificações e a realização de ensaios de receção, os quais sejustificam em caso de dúvida sobre a qualidade do materialfornecido.
• verificação das dimensões e da massa dos blocos (nummínimo de três blocos), as quais devem satisfazer aosvaloresindicadosnoAnexoII;adiferençaentreaslargurasefetivas dos blocos de um mesmo tipo, num mesmofornecimento,nãodeveultrapassar10mm;
• verificação da capacidade resistente dos blocos (nummínimo de três blocos de betão de agregados deargila expandida e de três blocos cerâmicos), a qualdeve satisfazer às condições indicadas nas normasEN15037-2:2009+A1:2011eEN15037-3:2009+A1:2011,para blocos não resistentes da classe declarada peloprodutor.
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DA 00 5 ANEXO I.1 – CARACTERÍSTICAS DAS VIGOTAS LEIRIVIGA
(1) Valores médios do pré-esforço nas armaduras das vigotas ao fim dos intervalos de tempo indicados. Estes intervalos são definidos a partir da data de moldagem e correspondem ao pré-esforço na origem acima indicado.
(2) fckj - valor característico da tensão de rotura à compressão do betão das vigotas quando da transmissão do pré-esforço às vigotas, a verificar em ensaios sobre provetes cúbicos de 15 cm de aresta.
DA349DA
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ANEXO II.1 – CARACTERÍSTICAS DOS BLOCOS DE COFRAGEM LEIRIVIGA
GEOMETRIA TRANSVERSAL
BL48x12x23 BL38x12x23 BL30x12x23
massa = 7,0 kg massa = 5,5 kg massa = 4,5 kg
BL22x12x23 BL48x16x23 BL38x16x23
massa = 4,0 kg massa = 7,5 kg massa = 7,0 kg
BL30x16x23 BL22x16x23 BL38x20x23
massa = 4,5 kg massa = 4,5 kg massa = 7,5 kg
BL30x20x23 BL23x20x23 BL38x25x23
massa = 5,0 kg massa = 5,0 kg massa = 9,0 kg
DA3410 DA
ANEXO II.2 – CARACTERÍSTICAS DOS BLOCOS DE COFRAGEM LEIRIVIGA
GEOMETRIA TRANSVERSAL
BL30x25x23 BL22x25x23 C48x12x25
massa = 8,5 kg massa = 6,0 kg massa = 8,5 kg
C40x12x25 C34x12x25 C22x12x25
massa = 7,5 kg massa = 6,5 kg massa = 4,5 kg
C48x16x25 C40x16x25 C34x16x25
massa = 10,0 kg massa = 8,5 kg massa = 7,0 kg
C22x16x25 C40x20x25 C34x20x25
massa = 6,0 kg massa = 10,5 kg massa = 9,0 kg
DA3411DA
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ANEXO II.3 – CARACTERÍSTICAS DOS BLOCOS DE COFRAGEM LEIRIVIGA