-
LETRA ( 13
)
JOHANNES GUTENBE RG Thxto impresso, "156
LETRA ESTE NAO E UM uvRo SOBRE FONTES. E urn livro sobre como
usa-las. Elas sao urn recurso essencial empregado por designers
graficos, assim como vidro, pedra, ferro e infuneros materiais sao
utilizados por arquitetos. Os designers as vezes criam suas
pr6prias fontes e letragens personalizadas. Mas e mais frequente
ve-los consultando a vasta biblioteca de fontes existentes.
escolhendo-as e combinando-as em resposta a publicos ou situas:oes
especificas. Fazer isso com senso de humor e sabedoria requer
conhecimento de como - e por que - as letras evoluiram.
A origem das palavras esta nos gestos do corpo. As primeiras
fontes foram modeladas diretamente sobre as formas da caligrafia.
No entanto, elas nao sao gestos corporais, mas imagens
manufaturadas para repetis:ao infinita. A hist6ria da tipografia
reflete uma tensao continua entre a mao e a maquina, o organico e o
geometrico, o corpo humano e o sistema abstrato. Essas tensoes, que
marcaram o nascimento das letras impressas ha mais de quinhentos
anos, continuam a energizar a tipografia hoje.
Os tipos m6veis, inventados por Johannes Gutenberg na Alemanha
no inicio do seculo xv, revolucionaram a escrita no Ocidente. Ao
contrario dos escribas, que fabricavam livros e docurnentos a mao,
a impressao com tipos permitia a produs:ao em massa. Grandes
quantidades de letras podiam ser fundidas a partir de um molde e
concatenadas em "formas". Depois que as paginas eram revisadas,
corrigidas e impressas, as letras eram dispensadas em caixas
subdivididas para reutilizas:ao.
Os tipos m6veis haviam sido empregados antes disso na China, mas
Ia forarn menos uteis. Enquanto o sistema de escrita chines contem
dezenas de milhares de caracteres distintos, o alfabeto Iatino
traduz os sons da fala em urn pequeno conjunto de sinai.s
apropriados a mecanizas:ao. A famosa Biblia de Gutenberg baseou-se
no manuscrito. Emulando a densa e escura escrita manual conhecida
como letra g6tica, ele reproduziu sua textura erratica criando
varias:oes de cada letra, bern como infuneras ligaturas (caracteres
que
Este capitulo amplia e revisa o artigo "Laws of the Letter (Leis
da letra]. de Ellen Lupton e J. Abbott Miller, publicado em Design
Writing Research: Writing on Graphic Design (Nov;~ York: IGosk,
1996: Londres: Phaidon. 1999). pp 53-61.
-
LETRA 114
NICOLAS JEN SON aprendeu a imprimir onde ntlsceu a tipograjitl,
em Mllinz, ntl Alerntlnhtl,
tlntts de estllbdear grtijictl pr6pritl em
Veneztl. SUils letras tim hastes vertictlis fortes, e a
trtlnsi~o do trayo
grosso ptlra o fino reflete o caminho de uma pena
de bico largo.
A CE NTAUR, desenhada entre 1912 e 1914 por Bruce Rogers, ~
uma
revive.scincia do tipo de Jenson que enfatiza seu lra~ado em
Jormtl de faixa.
A RU tT Joi projelada pelo tip6grafo, profosscr
e te6rico holandls Gerrit Noordzij. Iissa
fonte, construfda digillllmente nos
anos 1990, captura a qualidade dinllmica e tridimensional
das
I los tppdlatur mariti the iiii welda,~ hen~ . d . fra lotcl, 1M
thcchirchcma
euar aatur tcr mar that l.t;,wctc,orthatl ratrizappellanturqu:
aodortbathccosiuth .mitini frattUm & ma1 in ~ or the chU
aau~lt"S mamlm fraa tJDICI. that ben in th r b . . d b _.J OD.C
~at that oti o'o nn~tx ~ ~eu ~acortbccom~~c ta funttn anaquiS au
ben or foyc and RIAdl1 Lorem ipsum dolor si Lorem ipsum dolor sit
amet , consectetuer adipis consectetuer adipiscing elit. Integer
pharetra, 1 Integer pharetra, nisl u1 ut luctus ullamcorper,
ullamcorper, augue tort augue tortor egestas cu egestas ante, vel
pharetra vel pharetra pede urna ' urna ac neque. Mauris neque. M
auris ac mi e eu purus tincidunt fauc
vanum laboraverunt , Lorem ipsum dolor ~ si Do.minus custodie~
consectetuer adipisci Lstra vigilavit qui cos1 Integer pharetra,
nis: num est vobis ante h: ullamcorper, augue t rgere postquam
sede: ante, vel pharetra pee i manducatis panem neque. Mauris ac mi
m dederit dilectis sui tincidunt faucibus. P ALMI IVXT A LXX
dignissim lectus. Nun
fontts rolntlntlS do ~culo xv, bem como mas origens g6tiCtlS
(lntlis que A SCALA Joi apresentada em 1991 pelo tip6grafo lwlandls
Martin Majoor. Embora esstl Jottte emi1~ntemente contemporllnea
tenha serifas geomttricas e formas racionais quase modulares, ela
reflete tlS origens caligrclficas da tipograjia, o que fica
evidente em caracteres como a letra a.
humat~istlls) . Como o pr6prio Noordz ij explica, Jenson
"adaptou as letras alem/Js a modtl itlllitlna (um pouco mtlis
redonda, um pouco
mais leve) e tlSsim criou os tipos romanos.
Q GOLDEN TYPE {oi criado por um riformador do design, o ingtes
William Morris, em 1890. Ele procurou recaplurar a densidade escura
e solene dtlS pclgintlS de Jenson.
A ADOBE / EN SON {oi projetada em 1995 por Robert Slimbach, que
refonnula fo ttlts hist6riCtlS para uso digitlll. A Adobe Jenson t
menos estilizada e decorativa que a Centaur.
-
LETRA I I 5
S td ne forte tuo atrea Hie tim
-
CEOFROY TORY
afirmava q~
-
Aabcdef ABCD
~R
ttallc/1 /tt:, ~
JJ6, JVCg2
GEORGE BI CK H A M , 174] Amoslras da "Roman Prinl" Jimprc:ssao
romanaf t da
"llalia11 Hand"Jc:scrita ilatiana j.
Essa acusa~lo foi contada a BaskemUe em um:~ carta de seu
3dmirador Benjamin Fnnklm. 0 texto integral pode ser consultado em
F E. Pudoe, john Baskcrvilt' of Barm~ngltam: t..mcr-Foutldtr and
Printer (l..ondres: Frederick Muller Umited, 1975). p 68. Ver
tambem Robert Bnnghurst, Elunmlos do t stfto lipogrdfico (S2o
P;IUio: Co~ac Naafy. zoos).
ILUMINISMO E ABSTRA~AO
Os artistas do Renascimento buscaram padroes proporcionais em
corpos humanos idealizados. Em 1529 , o designer e tip6grafo
frances Geofroy Tory publicou uma serie de diagramas que vinculavam
a anatomia das letras a do homem. Uma nova abordagem, distanciada
do corpo, despontaria na era do lluminismo cientifico e
fi1os6fico.
Em 1693, urn comite frances nomeado por Luis x1v pos-se a
construir letras romanas em um diagrama finamente tramado. Ao
contrario dos diagramas de Tory, que eram gravados em madeira, as
representar;oes da romain du roi (alfabeto do rei) eram buriladas
em chapas de cobre. As fontes de chumbo derivadas desses diagramas
de grande formato reAetem o carater linear do processo e a atitude
cientifica do comite real.
As tetras entalhadas, cujas linhas Auidas nao se atem ao
diagrama mecanico da prensa tipografica, oferec.iam urn meio apto a
tetragem formal. Reprodur;oes entalhadas da arte caligrafic.a
disseminaram a obra dos grandes mestres caligrafos do secuto xv
111. Livros como The Universal Penman (1743), de George Bickham,
traziam tetras romanas- cada qual gravada como urn caractere (mico
- e manuscritas profusamente curvas.
A tipografia do secuto XV III foi influenciada por novos estilos
manusc.ritos e suas reprodur;oes gravadas. lmpressores como Will
iam Caston, na decada de 1720, e john Baskervi lle, na de 1750,
abandonaram a rigida pena humanista em favor da pena metalica
Aexivet e da pena de ave com ponta fina - instrumentos que
produziam linhas fluidas e ondulantes. Baskerville, urn mestre
caligrafo, teria admirado as linhas finamente esculpidas que
apareciam nos livros de escrita entalhada. As fontes que ele criou
eram tao definidas e contrastadas que seus contemporaneos o
acusaram de "cegar os teitores do pais, pois os trar;os de suas
tetras, de tao finos e estreitos, machucam os olhos.n Para aumentar
a impressionante precisao de suas paginas, Baskerville fazia suas
pr6prias tintas e passava a ferro suas paginas ap6s
imprimi-tas.
Na virada do secuto x1x, o severo vocabulario de Baskerville foi
levado ao extremo por Giambattista Bodoni na ltalia e Firmin Didot
na Franr;a. Suas fontes, com eixos totalmente verticais, contraste
extreme entre trar;os grosses e finos e serifas nitidas como
laminas, foram a porta de entrada para uma visao da tipografia
desvincutada da caligrafia.
A romain du rot nio foi projetada por urn tip6grafo, mas por urn
comite govemamental composto por dols padzes, urn contador e urn
engenheiro. Robert Bringhurst, 1992
-
P. VIR G ILl I M A R 0 N I S
BUCOLICA ECLOGA I. cui nomen TITrRUS.
M E L I B OE u s. T 1 T y R u s.
T ITYRE, tu patt.We recubans fub tegmine fagi Silvefirem tenui
Mufam meditaris avena: Nos patrice fines, et dulcia linquimus arva;
Nos patriam fugimus: tu, Tityre, lentus in umbra
5 Formofam refonare doces Amaryllida filvas. T. 0 Melibree, Deus
nobis ha:c otia fecit:
Namque erit ille mihi femper Deus: illius aram Srepe tener
nofiris ab ovilibus imbuet agnus. llle meas errare boves, ut
cernis, et ipfum
10 Ludere, qure vellem, calamo permifit agrefti. M. Non equidem
invideo; miror magis: undique totis
Ufque adeo turbatur agris. en ipfe capellas Protenus reger ago :
hanc etiam vix, Tityre, duco: Hie inter denfas corylos modo namque
gemellos,
I 5 Spem gregis, ah! filice in nuda connixa reliquit. Srepe
malum hoc nobis, fi mens non lreva fui1fet, De crelo tatlas memini
prredicere quercus: Srepe finiftra cava prredixit ab ilice cornix.
Sed tamen, ifte Deus qui fit, da, Tityre, nobis.
20 T. Urbem, quam dicunt Romam, Melibree, putavi Stultus ego
huic noftrre fimilem, quo Crepe folemus Paftores ovium teneros
depellere fretus. Sic canibus catulos fimiles, fie matribus
hredos
A Noram;
-
VIRGILIO (ESQ.) P~gina de livro, 1757 Impressa por john
Baskerville As fontes criadas por john Baskerville no skulo xv 11 1
eram notaveis - e att mesmo chocantes para a epoca- por suas formas
afiadas e eretas, e por seu forte contraste entre elementos grossos
e fi nos. AJtm de uma fonte de texto romana, essa p6gina usa
versais it6licas, versa is grandes (generosa mente espacejadas)
versaletes (dimensionadas para acompanhar o texto em caixa-baixa) e
numerais nc1o alinhados (com ascendentes, descendentes e corpo
pequeno, para foncionar com caracteres minusculos).
RACINE (01 R.) P~gina de Jivro, t8ot Impressa por Firmin Didot
As fontes gravadas pela famaia Didot na Frans;a eram ainda mais
abstratas e severas que as de Baskerville, com serifas retangulares
e urn forte contraste grossofmo. Os impressores e tip6grafos do
skulo XIX chamavam essas fontes resplandecentes de "modernas".
Ambas as p6ginasforam reproduzidas do livro de William Dana
Orcutt, In Quest of the Perfect Book (Nova York: Little, Brown and
Company, 1926); as margens nao sao precisas.
LA THEBAIDE, ou
LES FRERES ENNEMIS,
TRAGEDIE.
------------------------------------------------
ACTE PREMIER.
SCENE I. .J OCASTE, OLYMPE.
.IOCA.STL
ILS sont sortis, Olympe? Ah! mortelles douleurs! Qu'un moment de
repos me va couter de pleurs! Mes yeux depuis six mois etoient
ouverts aux larmes., Et le sommeilles ferme en de telles alarmes!
Puisse plut6t Ia mort les fermer pour jamais, Et m'emp~cher de voir
le plus noir des forfaits! Mais en sont-ils aux mains?
-
1 8 J :S; A t 10 o'Clock Ita 1M Mtlf'rting:
l QUANTITY OF OLI
ORDAGI Salls m~!!ji;" ~the rema ,k of the Sch'
nome dado ao estilo tipogrtijico injlado e ltiper-negritado que
apareceu 1w infcio do stculo X IX. Essasfontes exaguaram a
polarizao das letras em componentes grossos e }it1os vistas 11a
tipograjia formal de Bodoni e Didot.
ECl PC tAS ou retangulares. essas fontes jizeram com que a
serifa passasse de detalhe rejitw.do a laje estnllural. Componente
arquiletonico independente, a serifa retangular ajirma seu peso e
massa. Apresentado em Bo6. esse estilo foi rapidamente denunciado
por puristas: uma monstruosidade tipogrtijica".
...
espa;;os estreitos. Anulll:ios do stwlo XIX costumavam combinar
Jontes de proporfdes e estilos variados na mesma ptigina, mas essas
misturas bombtisticas eram tipicamente alit1lwdas em composifdeS
csttiticas e centralizadas.
c6nco t wn termo do stculo xtx criado para designar letras sem
serifa. Tais Jontes clwmavam a alenfdO por sua frontalidade macifa.
Embora 110 stculo xx essas fontcs ten ham servido freqilttl temente
para transmitir neutralidade, g6ticas extravagantementt: decoradas
jti foram comuns .
LETRA I 2.0
Minha pessoa era horrenda, rninha estatura gigante. 0 que isso
queria dizer? Quem era eu? 0 que era eu? ( ... ) Criador maldito!
Por que criaste urn monstro tao medonho que ate mesmo tu te
afastaste de mim em desgosto? Mary Shelley, Frankenstein, 1831
-
I r'rRA 21
0 historiador da 11pograjia Rob Roy Kelly (1916- 1004) l
-
LETRA I 22
DURYEA'S IMPORTED
CORNSTARCH [ESQ.] Cartao comercial litografico, r878 A ascenfilo
da propaganda no siculo XIX estimulou a demanda por letras em
grande escala, que pudessem chamar a ateno no ambiente urbana.
Aqui, r~m homem aparece colando um cartaz em flagrante desrespeito
d lei, enquanto um policial aproxima-se na esquina.
FULL MOON [DIR. j Cartaz tipografico, 1875 Uma duzia de fontes
diforentes e utilizada nesse cartoz de um cruzeiro a vapor. Em cada
linha, tamanhos e estilos diforentes foram escolhidos para ampliar
ao mtiximo o tamanho das letras no espafo dispon{vel. Embora as
fontes sejam ex6ticas, o leiaute t tao esttitico e convencional
quanta uma ltipide.
-
ST - MIOHA5L;~9
TEMPERANCE BAND I Prof. V. Yeager, Leader, will give a G :x&
:151( 4!!!!!1;acl!!!!!!!l) ..
R8tRLitBT a
On the Steamer
BELLE! -To Oabrook and Watch Hlil,
On Sa.turday Evening, July 17th, Leaving Wharf at 7! o'clock.
Returning Jo Westerly
at 10~ o'clock. K enneth will be at Osbrook.
TICKETS, ;. FORTY GENTS. G. B. & J. H. Utter, Ste&m
Printers, Weetel"ly, R. I.
- TH EO VAN OOESBURG,jimdador e principal promot.or do movimento
holandes De Stijl. projetou este alfabeto com elementos
perpendiculares em 1919. Aplicad
-
LfTRA 2.)
EDWARD JO II NSTON biiStOUSC
em antigas inscri~oes romanas para criar este diagrama de
caractae~ "esswciais", em 1906. Embora zombasse da lttragtm dt
displays comuciais, johnston 11tlo tevt problemas em aceitar o
embdezamet1to clasfomoas inspiradas no ptrlodo mtdoeval.
Sobre a Fu!llr3. vcr Christopher Burke, Paul Rtlllltr: noc Art
ofTypograploy jPaul Rl'nner: a arte da tipografiaj (Nova York:
Princeton Architec1ural Press. 1998). Sobre as fon tl'S
expenmentais das decadas de 1920 e 1930. ver Robtn Kutross,
Unju~to)itd Texts: l'aspectives on Typography (Londrt's: Hyphen
Press. 2.002). pp 2B-45
REPORMA E REVOLU;AO
Alguns designers consideravam a distor~ao do alfabeto grosseira
e imoral, Jigada a urn sistema industrial destrutivo e desumano. Em
1906, Edward johnston reanimou a procura por urn alfabeto essencial
e padronizado, alertando para os "perigos" do exagero. lnspirado no
movimento Arts and Crafts do secu lo XI X, johnston voltou-se para
0 Renascimento e para a !dade Media em busca de tetras puras e nao
corrompidas.
Embora reformadores como johnston permanecessem romanticamen te
ligados a hist6ria, eles redefiniram a figura do designer como urn
intelectuaJ dis tanciado do comercio. 0 moderno reformador do
design era urn cri tico da sociedade, esfor~ando-se para criar
objetos e imagens que desafiariam e revisariam habitos e praticas
dominantes.
Os artistas de vanguarda do inicio do secuJo xx rejeitaram as
formas hist6ricas mas adotaram o modelo do critico outsider.
Membros do grupo De Stijl na Holanda reduziram o alfabeto a
elementos perpendiculares. Na Bauhaus, Herbert Bayer e josef Albers
construiram alfabetos com fo rmas geometricas basicas- circulo,
quadrado e triangulo -, que consideravam elementos de uma linguagem
universal da visao.
Tais experimentos entendiam o alfabeto como urn sistema de
rela~oes abstratas. Assim como os impressores populares do secuJo
x1x. os designers de vanguarda abandonaram a busca por urn alfabeto
essencial e perfeitamente conformado, mas ofereceram alternativas
austeras e te6ricas em Iugar das novidades solicitas da grande
propaganda.
Montados como maquinas, com componentes modulares. esses
projetos experimentais imitavam a produ~ao fabri l, mas a maioria
deles foi produzida a mao e nao chegou a ter versoes mecanicas
(embora muitos estejam dispon iveis em meio digital). A Futura,
projetada por Paul Renner em 1927, encamou as obsessoes da
vanguarda em uma fonte multifuncional e comercial. Em bora Renner
rejeitasse o movimento ativo da caligrafia em favor de formas mais
"tranquilizadoras" e abstratas, ele temperou a geometria da Futura
com varia~oes sutis em seus tra~os, curvas e propor~oes. Renner deu
a Futura diversos pesos, vendo-a como uma ferramenta artistica para
construir paginas com grada~oes de cinza.
As formas tranquilizadoras e abstratas dessas novas fontes que
dispensam o movimento manuscrito oferecern ao tip6grafo novos
valores tonais afinados corn grande pureza. Esses tipos podern ser
usados ern pesos leves, semipretos ou saturadamente pretos. Paul
Renner, 1931
-
WIM CROUWEL publicou seus desenhos para um "novo a!fabeto" sem
diagonais ou curvas em 1967. A The Foundry, em Londres, COmtfOu a
desenvolver e a
lan~r edit:s digitais das fontes de Crouwel em 1997.
Ver Wim Crouwel, New Alphabet (Amsterdam: Wim Crouwel(fotal
Design. 1967); e Wim Crouwel. Kees Broos e David Quay, Wim Crouwel:
Alphabets (Amsterdam: BIS Publishers, 2003).
LETRA I 26
-
LlTRA 27
WlM CRouwu mo~trava es~u ve11do cs,aneadn" de uma GaramoLd para
contra5tar com scu novo alfabtto, n~al formas aceatavam a tstrutura
miwlatla da tela.
7U7..ANA Uc.'J
-
CURATOJ:l.: JOSEPH WESNEF Linda Ferguson SteveHandschu James Hay
Matthew H oil and$CUL PTURI
C. Gary Laatsch ~Brian Liljeblad :::::;) Dora Natella (.)
Matthew Schellenberg ~ Richard String i Michell Thomas m f
RobertWilhelm ~pening Reception : FridayJun e 8,5:3G-~8:30 pm c ~
< ......
..
...
etro it Foe y s Galler)(313)96 2 _90 2 5 43 Beaubie r\, Third
Floor TROIT, MICHIGAN 48 2 26
H N WEDNESDAY- SATURDAY
ours: oon to6pnf-
LETRA I z8
ED FELLA produziu uma obra de tipogra.fia experimental que
influmciou fortemertte o design de tipos 11a decada ck 1990. Seus
cartazes para a Detroit Fows Gallery trazem fonruzs danific:adas e
difeituosas. desenltadas a mao ou recollt idas do refugo de
copiadoras de terceira gerafiiO ou de 1/lminas de letragem por
transferertcia como a Letrasel. Awvo do Cooper-Hewitt, National
Design Mr+seum .
-
TIPOGRAFlA COMO NARRATI VA
No come~o dos anos 1990, enquanto as ferramentas de design
digital abriam as portas para a reprodu~ao e a integrac;:ao de
diversos meios, crescia a insatisfac;:ao de muitos designers com as
superficies lim pas e imaculadas. Procurava-se lanc;:ar a letra no
mundo rude e d.ustico dos processes fisicos. Ela, que por seculos
havia buscado a perfeic;:ao em temologias cada vez mais exatas. foi
arranhada. dobrada. manchada e poluida.
Template Gothic: tecnologia imperfeita A fonte Template Gothic,
de Barry Deck, projetada em 1990, baseia-se em letras desenhadas
com urn estencil de plastico. Assim, a fonte refere-se a urn
processo ao mesmo tempo meciinico e manual. Deck fez este projeto
quando era aluno de Ed Fella, cujos cartazes experimentais
inspiraram uma
gera~ao de tip6gafos digitais. Ap6s seu lanc;:amento comercial
pela Emigre Fonts, a Template Gothic passou a ser usada em todo o
mundo, tornando-se um emblema da "tipografia digital" dos anos
90.
Dead History: nutrindo-se do passado A fonte Dead History, de P.
Scott Makela, tambem projetada em T990. e urn pastiche de duas
fontes existentes: a tradicional fonte serifada Centennial e a
classica pop VAG Rounded. Manipulando os vetores de fontes prontas,
Makela adotou a estrategia de apropriac;ao empregada na arte e na
musica contemporaneas, aludindo ainda a importancia da hist6ria e
do precedente, importantes para quase toda inovac;ao
tipografica.
CcDdEeFfGgHhiiJjiCl< Os tip6grafos holandeses Erik von
BlokJand e Just van Rossum combinaram JS figuras do designer e do
programador, criando fon tes que contem acaso, mudanc;:a e
incerteza. Sua fonte Beowulf. de 1990, foi a primeira de uma serie
de fontes com con tornos aleat6rios e comportamento programado.
Os metodos industriais de produ~ao da tipografia for~aram todas
as letras a ser identicas ( ... ) Hoje, a tipografia e produzida
com equipamentos sofisticados, que nao impoern tais regras. As
unicas limita~oes residern ern nossas expectativas. Erik van
Blokland e Just van Rossum, zooo
-
LETRA JO
DB VOLTA AO TRABALHO
Embora os anos 1990 sejam mais lembrados por imagens de
decadencia, os designers tipograJicos continuaram a construir urn
repert6rio de fontes de uso comum. projetadas para acomodar
confortavelmente grandes quantidades de texto. Em vez de contar sua
propria hist6ria, essas fontes fomecem aos designers paletas
Aexiveis de letras, coordenadas em famllias maiores.
Mrs Eaves: mulher trabalhadora Enquanto fazia fontes display
experimentais, Zuzana LiCko, intrepida pioneira da aurora digital,
produziu alguns revivals hist6ricos nos anos 1990. A Mrs Eaves,
desenhada em 1996 e inspirada nos tipos do seculo XVII I de John
Baskerville (seu nome vern de sua amante e govemanta Sarah Eaves),
tornou-se uma das fontes mais populares do seu tempo.
Quadraat: Barraco faz-tudo Projetadas na Holanda, fontes como a
Scala, de Martin Majoor (usada no texto deste livro) , e a
Quadraat, de Fred Smeijers, oferecem interpreta
-
lETRA 3 I
RIIOUT CONTACT
-CUISSICS I CIJ8TOOOR 17
PAQ
-
LETRA } 2
2
6. a font without temporal lnflectoon. without the lmerlnt
7. ar a,..ohtlcal font, a font that
8. a font unaffected by the force of gravity and the welaht
ol
9. a font without fomily,
10. 1 Marshall Mcluhan font that stubbornly persists I
11. a font that takes advantaa of all that promosed
12. a font that does something other than sit on Its ass In a
dl&lbl
13. a font wi th the
14. a recomblnont font- every letterform the unruly child of a
predictable but
15. a font that sounds as aood
18. a font that responds and reacts to the meaning It
carrie~
20. a font that mlaht sense your level of agitation, f .. r.
or
2L a font prone to sudden outbursts
22. a font that exceeds the tnooaoapll ...
-
IITRA JJ
font thl .. ,.t, b w he
font that refuses to utter omperatives or commands
karaoke font. a l ipsynching font, a font without 1 voice of its
own
font that los tens while ot speaks
font that toules effortlessl y between langu1ges
font for speaking In ton&uos
font that 01 L I
1 metropolitan font for uptown, the ghetto, ~nd suburboa
alike
font that simultaneously translat ..
font hat
-
ANATOMIA LETRA I 34
LIGATURA ASCEN DENTE
BARRA IIORJZONTAL
-
LETRA J 5
o:
Algum rlmutltos J>Odrm r lrtru1 rxclttmtrltlr m mdadr," maior
l'"'tr dtH Jontn mlo r prc')Cillda dr,~a manriru. A czlll.rax
normalmmu 0< upcz 11m po11co rna~> q11r a mttadr dn altura dt
vtr~al . Quanta mawr jM a allllrax rm rdurtlo cl all lim dr
-
TAMANHO
11 pt~1l0" tqurw&lwa a 1 pa&ea
6 pul) cquwolcm t1 1 JWitgt&dr&
Aja ~CiliA !>I 60 PONIOS As font(~ 1
-
LHKA 37 TAMANHO
INTFRSTA.l l }~VI RODON I 32 rT MRS FAVI:S }2 1' 1
Parec;o gorda neste parcigrafo? Essen kim' tim o mcsmo ramanho
em pnfO.(, mea citjacntcs alttm.s-x. pesos e propor(iks.
Quando duas fontes sao compostas como mesmo tamanho em pontos.
uma costuma parecer maior que a outra. As diferenc;as de altura-x,
peso de linha e largura afetam a escala aparente da letra .
A Mn Ea,e,, projrtada por Zt1 Bnsktrville fcitos no st!mlo xv
111. joi batizada tnt ltomcnagem a Saralt Eavc.s, amante.
govcrnanta c coltlboraciora dt Baskenitlc. 0 ca(a( vivru jwllo
pordcusscis unos ali sc casar em 1764.
bela altura -x Maoo"s alturns-x. aciotclfla' no ;,i{ 11lo
xx.ftum as Jontts paruaem mworrs ma.\imizando rt area rontula rta
cirmmsilo gerul cia letra. Toda fonte quer saber: "Parec;o gorda
neste paragrafo?" Tudo e uma questao de contexto. Uma fonte pode
parecer perfeitamente esbelta na tela, mas gorducha e fora de forma
quando impressa. Algumas sao desenhadas com linhas mais pesadas que
outras, ou tern alturas-x maiores. A Helvetica nao e gorda. Ela
tern ossos grandes.
IIHHTJ CA 9/12
Toda fonte quer saber: "Pare9o gorda neste paragrafo?" Tudo e
uma questao de contexte. Uma fonte pode parecer perfeitamente
esbelta na tela, mas gorducha e fora de forma quando impressa.
HEI~H1CA 12/1.\
Tod a fo nte quet saber : " Pare~o gorda nes te paragrafo?" T
udo e uma questiio de contexte . Uma fo nte pod e pa recer
perfeitamente esbe lta na tela. mas go rducha e fo ta de fo rma
quando im p ressa. Algumas sao d ese nhadas com lin has mai s
pesadas que ou tras. o u tern allu ras- x ma io res. A Mrs Eaves
tern cinlura baixa e co rpo peque no . MR~ EAV~S 9/11.
Toda fonte quer saber : " Pare~o gorda neste panigrafo ?" Tudo e
uma quesUio de co ntexto. Uma fonte pode parecer p erfeitamente
esbelta na tela, mas gorducha e fora de forma quando impressa.
MRS ~AVlS 12/14
0 ltllllllltho-padrilo em 11111itos programas i de 11 pl. Embora
is.~o 11ormalmmte oit ltxlos legfveil em tela, tipos de texto com
11 pt costtuncmt f>tlrtcer grattdt<
-
l ETRA I 38
-
L F. TRA 3 9
REV O LVER:
ZEITSC HR tFT FO R FILM
]R EV I ST A DE CINEMA) Revista, 1998-2oo3 Designer: Gerwin
Schmidt Essa rt:vista foi criada por e para diretores de cinema. 0
contraste wtre tipos grandes e ptiginas pequenas gera drama e
surpresa,
-
LETRA 40 T
-
lFl RA 4 I
IASP ER MORRISON:
VERYTHJNC BUT Tit[ WALLS
Livro. 2002 Drsigncrs: Jasper Morrison, Lars Muller c Matilda
Plojel Editor: Lars Muller Design das vitrines Cappellini: Jasper
Mornson Fotogralia: Dan Meyers A lpografia realiza-se em escala
urbana nesta vilrint criada pelo d~signtr industnal Jasper
Morrison. A arqLiileturtl existtnte detennina o tamauho r o ritmo
das Jetras monumtntais.
-
CLASSIPICACTAO
IIUMANJ>lA' >\1 j(Jnlt'l ror111mu\ do1 }(wlo} X\' r X\ I
~lll t41CIVUI?I tJ wligrajia cltlssica. A Jontr Sobon Joi proJelada
por Jan Tschichold em 1
-
lETRA I 4 l
Sa bon SABON 14 1'1
Baskerville IIA~KI I(Villl 14 f'l
Bodoni llOllOSI 1-j 1'1
Clarendon (tAR I Nl>ON IIL II I 14 P I
Gill Sans C. Ill ~A.N~ 14 Pl
Helvetica IIF I \FTIC'\ 14 VT
Futuro I UIURA 14 PT
Esre nao e um livro sabre fo nres, mas sobrc como usa-las. As
fom es sao recursos essencia is ao designer grafico, assim como o
vidro, a pedra, o ac;o e ourros materia is sao essenciais ao a
rquitet o.
~AHON 9/12
Este nao e um livro sobre fontes, mas sabre como usa-las. As
fontes sao recursos essencia.is ao designer gnifico, assim como o
vidro, a pedra, o ac;;o e outros mate riais sao essenciais ao
arquiteto. 81\SK[RVllll: 9/12
Este nau ~ um livro sobre fun tes, mas sobre comu usti-las. As
fontes sao recursos essenr iais ao des igner grafico, ass im como o
viJro, a pedra , o a9o e outros mate riais siio essencia is ao
urquite to. nOf>ON I 0001( 95/ 12
Este nao e urn livro sabre fon tes, mas sabre como usa-las. As
fontes sao recursos essenciais ao designer grafico. assim como o
vidro, a pedra. o ac;:o e outros materiais sao essenciais ao
arquiteto. c:JARFNOON tiGHT 8f12.
Este nao e urn livro sobre fontes , mas sobre como usa-las.As
fontes sao recursos essenciais ao designer grafico, assim como o
vidro, a pedra, o ac;o e outros materiais sao essenciais ao
arquiteto. C.ltl 'AN~ R FColiiAI< 9/12
Este nao e um livro sobre fontes , mas sobre como usa-las. As
fontes sao recursos essenciais ao designer grafico, assim como o
vidro. a pedra, o a
-
CSWEENEY'S
TAKil: )0111' aumstll. Q UES'IION: ytNtr ag:rrmo11. R EMOVE
l'r.jrtJNI Ibt rrmtfkt111 ojOfhm. WALK W ITH rr. 10
11f11Yi111'01 p/llfl. A !.ONE? l n. IIIOIIt. !.nAVE rr. lllllltr
a frtt11 ll'lflt s!Jy. txpoJttf. ttfktrt. Do NOT'. b11ry it. Do
NOT'. lil!t uitb it. Nr.vu: 111 JOlt' bomt. NOT'. in )'Oitr lift.
IT IS: l'tral. IT GROWS: /tin a slkldou~ We MIJST: rarr)'
llnii'IIJ.
LA Til SUMMER ~ EARLY FAll
2002 t WE W ILL f~IOI1fF IXH
-
lFTRA 4 5 FAMfLIAS
A ideia de organizar fontes em famil ias combinadas data do
seculo XV I , quando OS irnpressoreS comes:aram a coordenar tipos
romanos e italicos. 0 conceito foi formalizado na virada do secuJo
xx.
A fonte romana eo nucleo ou a espinha de onde deriva uma familia
tipografica. ~008 GAMAMOND RfC.Ul.AK A forma romanfJ, lwnbbn chmdr
cit "regulur, ( '' vu'Sdo
normal t rt'tta tie uma Jotllt. f lipOOI (,ARAMOND BOLD [ SEM
IBOlU No stculo x.x. wrson bold dr fonles de Lrl(lo
tradi.;ionasforam
aiadas para satisjaur a neccssidadr ck jormas enftltica.l.
Famrl/as mlo,rnfuJu\ nllrmulmtnlr "" lucm 1111111 mnpla gam a t/(
pe
Estofadas nas bordas. es~as letras
ficam JMerte~ r ~em brilJ10.
CRIME TIPOGRAFICO:
PHl>DOVfRSALET6
F.ssas vers&s wcolhidas Jr ilfr
-
GRANDBS PAMfLIAS LETRA I 46
FAMiLIA THESIS l'r"}rtmlu pur Luu~ tl( Groot. lHCt
-
LETRA 47
Interstate Light Interstate Light Compressed Interstate Light
Condensed Interstate Regular Interstate Regular Compressed
Interstate Regular Condensed Interstate Bold Interstate Bold
Compressed Interstate Bold Condensed Interstate Black Interstate
Black Compressed Interstate Black Condensed l'rojrtadnpor Tobia<
Frrrtfous. Font Burrau. 199!
nn Scala Scala Italic SCALA CAPS
Scala Bold
pp Scala Sans Scala Sans Italic SCALA SANS CAPS
Scala Sans Bold
GRANDES FAMiLIAS
---
.....
................... Mo.M ..
u u u u u ~-__,_,.. .... .......
....._ __ ....,._ .......... u ~ 11 N I \ I R \ foa prOjtiCIIill
pclollpogmjo sl
-
PROJETANDO PONTES
MERCUR\ BOLD SMALL CAPS Prova, ZOO} Destgner: Jonathan Hoefler,
TI1c HoeAer Type Foundry A Mtrcul'} fo projrtada para a produplo dr
jomais modemos. ou se;a. para a impussao rapida t dt grande toltmu
em papel barato. As notas dtsta prolltl, que most ram apmas tuna
das variantes dtssa vasta Jamnia llpogrtlfica. comentam tudo - da
largura ou ptso das lctras ao tamanlto t ti forma das scrifas.
-
I.ETRA I 49
LAS VEGAS: CASTAWAYS
Desenhos e tipos acabados, 2001 Dirc~ao de a rte: Andy Cruz
Design tipogr :ifico: Ken Barber Engenharia de fonte: Rich Roat
House Industries A Castaways pertence a uma sirie de fontes
digitais baseadas na sinalizao comercial de Las Vegru. A
sinalizaviio original foi feita por artistas letristas cujos
letreiros e logotipos eram fti tos d milo. A Ho~
-
I ETRA I 50
T H E LOC U ST (ESQ.( E MELT BA NANA (D l R.) Cartazes
serigrafados, 2 002 Designer: Nolen Strals Nem todas as tetras sdo
tipograjicas. A letragem manual ai11da e 11ma jor~a vibrante no
design grajico, como most.ram esses cartazes de dois ever1tos
musicais de Balt.imore. A letragem manual tambem i a base de vd
rias fontes digi tais, mas dificilment.e etas chegam perto da
potencia das tetras verdadeiramente Jeitas d mdo.
-
LOGOTIPOS
Johannes Hubner
ubner
lngenieurburo Informations- und Funktechnlk
Tel 0351-4272181 Fax 0351-4272191 Funk 0172-351 3564
BunaustraBe 21 01 109 Dresden
www.johannes-huebner.de [email protected]
LETRA I 52
HUBNER
Programa de identidade, 1998 Designer: Anton Stankowski A
identidade visual desta firma de engenharia usa a letra H como
marca. As propor,oes da marca mudam de acordo com o contexto.
~r
-
ll IRA 5!
os LOGOTI ros usam a tipografia e a letragem para grafar o nome
de uma organiza~ao de um modo memor:ivel. Se algumas marcas sao
feitas com sfmbolos abstralos ou icones pict6ricos, urn logotipo
usa letras para criar uma imagem dislinta.
Os logotipos podem ser feitos com fontes existentes ou com
letras personalizadas. Atualmente, muitos deles te rn va rias
versoes para uso em situa~oes diversas. Um logotipo faz parte de um
programa de identidade mais abrangente. que o designer concebe como
uma linguagem viva (e mutante) de acordo com as
circunstiincias.
the
1111 NOGUCHI MUSFUM
logollpo, 2004 DestgnNs: Abbott M tiler e lt>remy lloffman,
Pentagram
museum
Os ladM dr um quculrado joram 1utlvrmenlr rncurvado~ w1
rtifrrbJcia a obra de lsamu Nogucht, que da JJOmr ao NogtKlll
Museum. 0 quadrado tlJJmvo roordcnrHr rom a Jonle Bala11ce, qtte
tambem po,sui drmt11tos lcvemellle curvos.
LOGOTIPO S
RACII El COM [Y Logotipos. 2003 Designer: Anton Ginzburg Esses
logotipos. Jeitos para 1111111 designer de moda. tHam letras
tradicionais dr maneira COJJirmportiJea. A Jormalidadr dos
caratJeres manuscritos
c/cissico~ e atenuada prlo uso de letras minusculas JJa escnta
do nome da designer. rnquanto a letra M em caixa-alta 1111
part{cula "coMey" injeta um elemeniOSt
-
FONTES DE TELA
LETIERSCAPES
Site, zooz Designer: Peter Cho Esse site experimental traz
letras bitmap animadas em um esparo tridimensional.
LETRA 54
Fui ficando cansado da gritarla por tipos mais suavizados que
corrigissem o senilhamento dos tipos digitais. Enquanto uma parte
de mim chorava ao ver a Garamond retalhada na grade de pixels, a
outra parte pensava, "E dai7" John Maeda, 2001
-
LETRA 'j 'j PONTES DB TELA
A suaviza~o, que usa tons de cinza para criar a ilusao de
contomos curvos, e eficaz para a
reprodu~o de textos na tela em tamanhos grandes.
Em 1lrmmhor~m=s, no =t=ID. ~ ledm p~CezDJ d.sfooadca M UJIDI
derianerw (e leitcrea) Jre&:n!m \.Slr .fa:r:rta cle,... ucstr
cuo.
\ """zu1do digual [tlllll ,,litlmtgj tria a ''P'"'"' '" df
IIIIIC1 /J
-
P ONTES BITMAP LETRA I 56
rontes bitmap sao feita s para mostradores digitai s. font e s
oitma~ sao feitas ~ara mostrauores ui~itai s em tamannos es~ecffico
s. Fontes bitmap sao para mostradores digitais. Fontes bittnap sao
feitas para mostradores digitais. fon tes bitmap sao feitas para
mostradores digitais em tamanhos especfficos. Fontes binnap sao
feitas para mostradores digitais. r 'MIliA 1 O I\ I s Pro;erarln
por Zuzcma Liiko pMa u C"11ugrr. 1985 E;sa,jorllt> IHimup
illrop(Jram '" Jumtlm tipogr(l.Jira> prrcedento En11gre. Empror
Ooklmul r Uru"r~nl , todn> dn mnma dt>lg>l rr.
Fonte 5 bitmap 5 a o feit as p a r a mos trador es d i gitai5
ern t arna n hos e 5 pedfico 5. FarJtes ilitlnap siiet feitas para
metstradares digitais em t amartftos espe c/ftcos. Fontes bitmap
sao feitas para mostradores digitais em tamanhos espedfic:os.
Font'es bitmap siiO reit'os poro mostrodores digimis em mmon/Jos
especificos. I'IXfll.'\ ki
-
I [TRA S7
AS FONTES BITMAP sao fcitas dos pixels (picture dements [ou
elementos pictograficosl) que estruturam a tela. Se uma letra
PostScript consiste de um contorno vetorizado, um caractere bitmap
contem um numero fixo de umdades retilineas "ligadas" ou
"desligadas".
Fontes de contorno sao escalaveis, ou seja, podem ser
reproduzidas em meios de alta resolu~ao bern como impressas em
quase qualquer tamanho. No en tanto. sao dificeis de ler em
pequenas dimensoes na tela. onde os caracteres sao traduzidos em
pixels. (A suaviza~ao pode ate piorar a legibilidade de textos
pequenos.) Em uma fonte bitmap, os pixels nao se dissolvem a medida
que as letras crescem. Alguns designers gostam de explorar esse
efeito, que chama a aten~ao para a geomelria digital das letras. As
fontes de pixels sao amplamente utilizadas tanto no meio impressa
quanto no digital.
8 pK Cor porate
16PK Corporate 24PK Corporate 32P" Corporate
I ""')''n"' hrtm,,p, I"!Jrl"fltlJ''"" ~rr U\Oclll nu h.uttanlto'
'"'/'f' r.Ju os lui\, utt:C1 ,'\ pt\\1~. t'nfur \f'U ,,.,r,,,
Lellt,ltl41dc,prr,i\llmrtah ,wu wu.lad, s ,J, t.-1" Fm tria "'""
jonll' htur ,/nr scr ltl(l5lmcla rm 111141l1pil'< 1111'" d~
1ru
J~mollllt un~:ma/ (um llpo dr 8 fiX dnr It/ umpluu/u I''"" Jli .
.14. 1-' fl.\ r Cl>\1011 I"'' dull! I) '" h ''" dr
Mill:020-6393294
NIJHOf & I EE
Reabo, 2003 Ess( recibo de cmxa r~gistradora, impressa com uma
Jonte bitmap, vem de uma livraria de design e tipogrnfia em
Amstuda. (A at
-
EXBRciCIO COM LBTRAS
Crie um prot6tipo para uma fonte bitmap desenhando tetras em uma
maJha quadrada. Substitua as cu rvas e diagonais das tetras
tradicionais por elementos retilineos. Evite fazer "escadas"
detalhadas, que nao passam de curvas e diagonais disfar\adas. Esse
exercicio revis ita os anos 19 10 e 1920, quando designers de
vanguarda faziam fontes experimentais baseados em elementos
geometricos simples. 0 projeto tambem reftete a estrutu ra das
tecnologias digitais - dos recibos de caixas registradoras e placas
de LEOS as fontes de tela - , mostrando de que maneira uma fonte
pode funcionar como urn sistema de elementos.
Exemplo1 d~ lrabalho~ dr estudatJ tr> do Mar)land lnslllutt
Colleg~ oj Art
lAMES AI VARFZ
LETRA 58
I \VI NPY NHSE
-
LETRA S 9 EXERciCIO COM LETRAS
JOn' POTTS
[ BRUCI ~JiliN
URINDON MCCUAN
-
TH E X IX AMENDMENT
lnstala~ao tipografica na Grand Central Station . Nova York.
1995 Designer: Stephen Doyle Clientc: The New York State Divis ion
of Women Patrocinadores: l11e New York State Division of Women.
Metropolitan Trans portation Authority. Revlon e Merrill Lynch
Lupton0001Lupton0002Lupton0003Lupton0004Lupton0005Lupton0006Lupton0007Lupton0008Lupton0009Lupton0010Lupton0011Lupton0012Lupton0013Lupton0014Lupton0015Lupton0016Lupton0017Lupton0018Lupton0019Lupton0020Lupton0021Lupton0022Lupton0023Lupton0024Lupton0025Lupton0026Lupton0027Lupton0028Lupton0029Lupton0030Lupton0031Lupton0032Lupton0033Lupton0034Lupton0035Lupton0036Lupton0037Lupton0038Lupton0039Lupton0040Lupton0041Lupton0042Lupton0043Lupton0044Lupton0045Lupton0046Lupton0047Lupton0048