por Jussara Meira Ilustrações: Luiz Gustavo Mafaciolli
por Jussara MeiraIlustrações: Luiz Gustavo Mafaciolli
Editora ResponsávelJussara Meira
RevisãoProf. Domingos Assunção
Projeto Gráfico e DiagramaçãoCamila de Almeida
amiga onça
ilustrações: Luiz Gustavo Mafaciolli
Era uma vez uma linda onça, que vivia nopantanal mato-grossense, bem no coração do
Brasil. Ela se chamava Bety.A pequena fera era representante legítima
da espécie onça-pintada, que habita a regiãopantaneira.
Todos os dias, Bety ia com suas coleguinhascaçar às margens de um rio que passava em
frente de sua toca.
Certo dia, Bety se atrasou para a caça.Mamãe onça, preocupada com a segurança de
sua oncinha disse:− Minha rainhazinha, não vá para longe daqui;essas matas têm-se tornado muito perigosas.
Para cá tem vindo terríveis predadores.− Predadores? O que são predadores? –
perguntou Bety.
− Predadores são homens que destroem asflorestas e matam os animais. Eles podem ser de
todos os tipos, altos, baixos, claros, escuros...mas todos pertencem à mesma espécie: os
humanos − respondeu mamãe onça.− Humanos? − perguntou a pequena onça.
− Sim, humanos. Eles não têm a nossa força,porém usam armas de fogo, que, num simples
instante, podem matar uma grande onçapintada– alertou mamãe onça.
− Nossa, mamãezinha! Vou ficar atenta! –exclamou Bety.
No outro lado do pantanal, numa cidade chamada Poconé, vivia um garoto muito inteligente,
chamado Vitório.
Um dia, ele resolveu fazer uma artimanha, tirar fotos da floresta. Ele saiu escondido de sua mãe.
Ao ver o menino saindo, a mãe recomendou:− Meu filho, não vá sair por aí fotografando bichos, porque pode ser perigoso. Lembre se que na mata
tem onças assassinas. Elas são terríveis, traiçoeiras, e você é apenas um menino indefeso,
uma presa fácil.
Vitório, teimoso e ingênuo, fez o contrário,caminhou quilômetros até adentrar na mata.
Depois de tanto andar, chegou a um lindo lugar,onde tirou fotos de aves, borboletas, jacarés e
de muitas plantas exóticas da região.
Depois de algum tempo, cansado, sentou-se àsmargens de um rio.
Enquanto descansava, ele avistou umapequena onça pintada.
Naquele momento, suas pernas tremeram, eVitório entrou em pânico.
− Deve ser o predador − pensou Bety.Vitório também ficou apavorado, e suas pernas
paralisaram.− Vou morrer! − ambos pensaram.
− Por favor, guarde sua arma de fogo − gritouBety.
− Não é arma de fogo! É uma máquina fotográfica− respondeu Vitório. − Minha mãe disse que as
onças são traiçoeiras. Acho que ela quer meenganar − refletiu o menino.
− Você é um caçador? − perguntou Bety.Não! Estou apenas tirando fotos – disse o
menino.
Ao se aproximar, Vitório viu que a onça era umfilhote. Ao vê-la de perto, percebeu a doçura
em seu olhar.− Posso tirar fotos suas? − perguntou o menino
para a onça.− Tudo bem – disse a oncinha.
Contentes, os dois passaram a tarde tirandofotos. Bety fez pose na água, em cima de pedras
e árvores.
− Você é muito legal! − exclamou Bety no finalda brincadeira.
− Nunca imaginei que as onças fossem tãoqueridas – respondeu o menino.
− Há também humanos bons – disse a oncinha.Então os dois se despediram, e cada um voltou
para sua casa.
Editora ResponsávelJussara Meira
RevisãoProf. Domingos Assunção
Projeto Gráfico e DiagramaçãoCamila de Almeida
amiga onça
ilustrações: Luiz Gustavo Mafaciolli