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Livro 101 Culturas:Manual de tecnologias agrícolas R$ 125,00
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Livro 101 Culturas:Manual de tecnologias agrícolas R$ 125,00€¦ · Joaquim Gonçalves de Pádua, Hugo Adelande de Mesquita, Miralda Bueno de Paula, Vicente Luiz de Carvalho, Paulo

Jan 19, 2021

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Livro 101 Culturas:Manual de tecnologias agrícolas R$ 125,00

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920 Páginas - Ano 2019 –

ISBN: 978-85-99764-42-8

SUMÁRIO Apresentação Prólogo Prefácio 1 Abacate (Persea americana Mill.) Luiz Carlos Chamhum Salomão, Dalmo Lopes de Siqueira 2 Abacaxi (Ananas comosus (L.) Merril) Lenira Viana Costa Santa-Cecília, Sara Maria Chalfoun, José Roberto da Silva, Waldir Vicente dos Santos, Antonio Martinez de Carvalho, João Carlos Guimarães, Elifas Nunes de Alcântara, Celeste Maria Patto de Abreu 3 Abóbora-menina (Cucurbita moschata Duch.) Maria Helena Tabim Mascarenhas, Valter Rodrigues Oliveira, Juliana Carvalho Simões, Georgeton Soares Ribeiro Silveira, Leda Morais de Andrade Resende 4 Abobrinha-italiana (Cucurbita pepo L. var. melopepo) Maria Helena Tabim Mascarenhas, Georgeton Soares Ribeiro Silveira, Valter Rodrigues Oliveira, Juliana Carvalho Simões, Leda Morais de Andrade Resende 5 Açafrão (Curcuma longa L.) Rita de Cassia Alves Pereira 6 Agrião (Rorippa nasturtium-aquaticum L.) Maria Aparecida Nogueira Sediyama, Wânia dos Santos Neves, André Lage Perez, Cláudia Lúcia de Oliveira Pinto 7 Alface (Lactuca sativa L.) Maria Aparecida Nogueira Sediyama, José Márcio Oliveira Ribeiro, Marinalva Woods Pedrosa, André Lage Perez 8 Algodão (Gossypium hirsutum L.) Marcelo Abreu Lanza, Júlio César Viglioni Penna 9 Alho (Allium sativum L.) Rovilson José de Souza, Fábio Silva Macêdo, Jony Eishi Yuri, Francisco Vilela Resende 10 Alho-poró (Allium ampeloprasum L.) Maria Aparecida Nogueira Sediyama, Maira Christina Marques Fonseca, Wânia dos Santos Neves 11 Almeirão (Cichorium intibus L.) e chicória (Cichorium endivia L.) Maria Aparecida Nogueira Sediyama, José Márcio Oliveira Ribeiro, Ana Cláudia Albanez 12 Amendoim (Arachis hypogaea L.) Andrea Rocha Almeida de Moraes, Tricia Costa Lima, Paulo Geraldo Berger 13 Amora-preta (Rubus spp.) Ângelo Albérico Alvarenga, Emerson Dias Gonçalves, Carolina Ruiz Zambon, Luiz Fernando de Oliveira da Silva, Rafael Pio, Pedro Henrique Abreu Moura, Paulo Márcio Norberto 14 Anonáceas: Pinha (Annona squamosa L.), Atemoia (Annona squamosa L. x Annona cherimola Mill.), Graviola (Annona muricata L.) Marlon Cristian Toledo Pereira, Silvia Nietsche, Abel Rebouças São José, Eurico Eduardo Pinto de Lemos, Edson Hiydu Mizobutsi, Clarice Diniz Alvarenga Corsato 15 Arroz (Oryza sativa L.) Plínio César Soares, Moizés de Sousa Reis, Vanda Maria de Oliveira Cornélio, Antônio Rodrigues Vieira, Elifas Nunes de Alcântara, Paulo Rebelles Reis, Vicente Luiz de Carvalho 16 Banana (Musa spp.) Maria Geralda Vilela Rodrigues, Sérgio Luiz Rodrigues Donato, Mário Sérgio Carvalho Dias, Ariane Castricini, Alniusa Maria de Jesus, José Tadeu Alves da Silva, Polyanna Mara de Oliveira, João Batista Ribeiro da Silva Reis, Antônio Cláudio Ferreira da Costa, Lair Victor Pereira 17 Batata (Solanum tuberosum L.) Joaquim Gonçalves de Pádua, Hugo Adelande de Mesquita, Miralda Bueno de Paula, Vicente Luiz de Carvalho, Paulo Rebelles Reis, Elifas Nunes de Alcântara 18 Batata-baroa ou mandioquinha-salsa (Arracacia xanthorrhiza Banc.) Maria Aparecida Nogueira Sediyama, Mário Puiatti, Maria José Granate 19 Batata-doce (Ipomoea batatas (L.) Lam.) Maria Aparecida Nogueira Sediyama, Tocio Sediyama, Anselmo Eloy Silveira Viana, Antonio Carlos Baião de Oliveira 20 Berinjela (Solanum melongena L.) Fábio Teixeira Delazari, Derly José Henriques da Silva, Marcelo Coutinho Picanço, Eduardo Seiti Gomide Mizubuti 21 Beterraba (Beta vulgaris L. subsp. vulgaris [ex Beta vulgaris L. var. crassa (Alef.) J. Helm; ex Beta vulgaris L. var. conditiva]) Mário Puiatti, Fernando Luiz Finger 22 Braquiária (Urochloa spp. Syn. Brachiaria spp.) Domingos Sávio Queiroz, Edilane Aparecida da Silva, Leonardo de Oliveira Fernandes, Maria Celuta Machado Viana, José Reinaldo Mendes Ruas, Ricardo Reis e Silva, Angélica de Freitas Coelho, Luciano Saraiva Santos, Ricardo Andrade Reis

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23 Brócolos (Brassica oleracea L. var. italica Plenck) Sanzio Mollica Vidigal, Marinalva Woods Pedrosa 24 Cacau (Theobroma cacao L.) Luiz Antônio dos Santos Dias, Antônio de Pádua Alvarenga, Gilberto Bernardo de Freitas, Acelino Couto Alfenas, Denise Cunha Fernandes dos Santos Dias 25 Café (Coffea arabica L.) Waldênia de Melo Moura, Antônio Alves Pereira, Sérgio Maurício Lopes Donzeles, Glória Zélia Teixeira Caixeta, Sammy Fernandes Soares, Fábio Daniel Tancredi, Marcelo de Freitas Ribeiro, Antônio Carlos Baião de Oliveira, Édio Luiz da Costa, Madelaine Venzon 26 Cana-de-açúcar (Saccharum spp.) Geraldo Antonio Resende Macêdo, José Mauro Valente Paes, Luís Cláudio Inácio da Silveira, Mauro Wagner de Oliveira, Édio Luiz da Costa 27 Caqui (Diospyros kaki L.) Claudio Horst Bruckner, Juliana Cristina Vieccelli 28 Cebola (Allium cepa L.) Sanzio Mollica Vidigal, Édio Luiz da Costa, Américo Iorio Ciociola Júnior 29 Cenoura (Daucus carota L.) Mário Puiatti, Fernando Luiz Finger, Wânia dos Santos Neves, Juliana Maria Oliveira 30 Chuchu (Sechium edule L.) Maria Helena Tabim Mascarenhas, Georgeton Soares Ribeiro Silveira, Valter Rodrigues Oliveira, Juliana Carvalho Simões, Leda Morais de Andrade Resende, Juliana Maria de Oliveira 31 Citros (Citrus spp.) Dalmo Lopes de Siqueira, Luiz Carlos Chamhum Salomão, Ester Alice Ferreira 32 Coco-da-baía (Cocos nucifera L.) Luiz Carlos Chamhum Salomão, Dalmo Lopes de Siqueira 33 Copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica (L.) Spreng.) Simone Novaes Reis, Elka Fabiana Aparecida Almeida, Lívia Mendes de Carvalho, Erivelton Resende, Izabel Cristina dos Santos 34 Couve-chinesa (Brassica pekinensis (Lou.) Rupr., Brassica chinensis L.) Sanzio Mollica Vidigal, Marinalva Woods Pedrosa 35 Couve-comum (Brassica oleracea L. var. acephala DC.) Sanzio Mollica Vidigal, Marinalva Woods Pedrosa 36 Couve-flor (Brassica oleracea L. var. botrytis L.) Sanzio Mollica Vidigal, Paulo Roberto Gomes Pereira 37 Ervilha (Pisum sativum L.) Rogério Faria Vieira, Cleide Maria Ferreira Pinto, Clibas Vieira, Warley Marcos Nascimento, Renan Cardoso Lima 38 Eucalipto (Eucalyptus spp.) Lísias Coelho, José Mauro Santana da Silva 39 Feijão (Phaseolus vulgaris L.) Trazilbo José de Paula Júnior, Rogério Faria Vieira, José Eustáquio de Souza Carneiro, Madelaine Venzon, Fábio Aurélio Dias Martins, Hudson Teixeira, João Roberto de Mello Rodrigues, Magno Antônio Patto Ramalho, Ângela de Fátima Barbosa Abreu, Elaine Aparecida de Souza 40 Feijão-arroz (Vigna umbellata (Thunb.) Ohwi & Ohashi) Rogério Faria Vieira, Tatiane Cravo Ferreira, Renan Cardoso Lima 41 Feijão-azuki (Vigna angularis (Willd.) Ohwi & Ohashi) Rogério Faria Vieira, Clibas Vieira, Lucas Rodrigues Vieira de Sousa, Renan Cardoso Lima 42 Feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.) Rogério Faria Vieira, Clibas Vieira, Francisco Rodrigues Freire Filho, Renan Cardoso Lima 43 Feijão-mungo-verde (Vigna radiata L.) Rogério Faria Vieira, Clibas Vieira, Ari Flávio Ferreira de Souza, Renan Cardoso Lima 44 Feijão-vagem (Phaseolus vulgaris L.) Cleide Maria Ferreira Pinto, Rogério Faria Vieira, Juliana Maria Oliveira, Wânia dos Santos Neves, Renan Cardoso Lima 45 Figo (Ficus carica L.) Ângelo Albérico Alvarenga, Paulo Márcio Norberto, Vicente Luiz de Carvalho, Lenira Viana Costa Santa-Cecília, Rodrigo Luz Cunha, Válter José da Silva 46 Fisalis (Physalis peruviana L.) Janaína Muniz, Aike Anneliese Kretzschmar, Leo Rufato, Andrea De Rossi Rufato 47 Flores comestíveis Izabel Cristina dos Santos, Andréia Fonseca Silva, Lívia Mendes de Carvalho, Simone Novaes Reis 48 Flores tropicais Simone Novaes Reis, Izabel Cristina dos Santos, Lívia Mendes de Carvalho, Andréia Fonseca Silva 49 Gengibre (Zingiber officinale Roscoe) Carlos Alberto Simões do Carmo, Maurício José Fornazier, Hélcio Costa, Luiz Carlos Prezotti, Maria Elizabete Oliveira Abaurre, José Mauro de Sousa Balbino, David dos Santos Martins, José Aires Ventura, André Guarçoni Martins 50 Girassol (Helianthus annuus L.) José Carlos Fialho de Resende, Alexandre Magno Brighenti, Ariomar Rodrigues dos Santos, Cesar de Castro, Claudio Guilherme Portela de Carvalho, Regina Maria Villas Bôas de Campos Leite 51 Goiaba (Psidium guajava L.)

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Carlos Eduardo Magalhães dos Santos, Jussara Cristina Firmino da Costa, Gener Augusto Penso, Luciana Domiciano Silva Rosado 52 Gramíneas forrageiras Domingos Sávio Queiroz, Leonardo de Oliveira Fernandes, Edilane Aparecida Silva, Leidy Darmony de Almeida Rufino, Virgílio Mesquita Gomes, Ana Cláudia Ruggieri, Ricardo Andrade Reis, Fernando Oliveira Franco, Maria Celuta Machado Viana, Rafael Monteiro Araújo Teixeira, José Reinaldo Mendes Ruas 53 Grão-de-bico (Cicer arietinum L.) Rogério Faria Vieira, Clibas Vieira, Cleide Maria Ferreira Pinto, Warley Marcos Nascimento, Pablo HenriqueTeixeira, Renan Cardoso Lima 54 Hortaliças não convencionais Marinalva Woods Pedrosa, Maria Aparecida Nogueira Sediyama, Andréia Fonseca Silva, Maria Helena Tabim Mascarenhas, Maria Regina Miranda Souza, Izabel Cristina dos Santos, Maira Christina Marques Fonseca 55 Inhame ou cará (Dioscorea spp.) Francisco Hevilásio Freire Pereira, Mário Puiatti 56 Jiló (Solanum aethiopicum gr. Gilo) Cleide Maria Ferreira Pinto, Wânia dos Santos Neves, Marcelo Coutinho Picanço, Genaína Aparecida de Souza 57 Leguminosas forrageiras Edilane Aparecida Silva, Domingos Sávio Queiroz, Leonardo de Oliveira Fernandes, Leidy Darmony de Almeida Rufino, Virgílio Mesquita Gomes, Ana Cláudia Ruggieri, Ricardo Andrade Reis, Fernando Oliveira Franco, Maria Celuta Machado Viana, Rafael Monteiro Araújo Teixeira, José Reinaldo Mendes Ruas 58 Lentilha (Lens culinaris Medik) Rogério Faria Vieira, Clibas Vieira, Cleide Maria Ferreira Pinto, Renan Cardoso Lima 59 Lichia (Litchi chinensis Sonn.) Dalmo Lopes de Siqueira, Luiz Carlos Chamhum Salomão, Carlos Miranda Carvalho 60 Maçã (Malus domestica Borkhausen) Claudio Horst Bruckner, Américo Wagner Júnior 61 Macaúba (Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd.) José Carlos Fialho de Resende, Sérgio Yoshimitsu Motoike, Leonardo Duarte Pimentel, José Antônio Saraiva Grossi 62 Mamão (Carica papaya L.) Mário Sérgio Carvalho Dias, Maria Geralda Vilela Rodrigues, Ariane Castricini, Alniusa Maria de Jesus, João Batista Ribeiro da Silva Reis, Antônio Cláudio Ferreira da Costa, Ramilo Nogueira Martins 63 Mamona (Ricinus communis L.) Nívio Poubel Gonçalves, Heloisa Mattana Saturnino, Reinaldo Nunes de Oliveira, Maria Aparecida Resende Vilela Faria, Hernane Pereira da Silva, Thaís Rejane Nogueira de Sá 64 Mandioca (Manihot esculenta Crantz) Tocio Sediyama, Anselmo Eloy Silveira Viana, Maria Aparecida Nogueira Sediyama 65 Manga (Mangifera indica L.) José Carlos Moraes Rufini, José Darlan Ramos, Marcelo Barreto da Silva, Lusinério Prezotti, Alexandre Sylvio Vieira da Costa, Mayara Neves Santos Guedes 66 Maracujá (Passiflora spp.) Mário Sérgio Carvalho Dias, Maria Geralda Vilela Rodrigues, João Batista Ribeiro da Silva Reis, Alniusa Maria de Jesus, Ariane Castricini, Antônio Cláudio Ferreira da Costa, Renata da Silva Canuto de Pinho, João José Costa Silva 67 Marmelo (Cydonia oblonga Mill. e Chaenomeles spp.) Ângelo Albérico Alvarenga, Paulo Márcio Norberto, Vicente Luiz de Carvalho, Rogério Antônio Silva, Rodrigo Luz Cunha, Lenira Viana Costa Santa-Cecília, Válter José da Silva 68 Melancia (Citrullus lanatus Schrad) Maria Helena Tabim Mascarenhas, Georgeton Soares Ribeiro Silveira, Valter Rodrigues Oliveira, Juliana Carvalho Simões, Leda Morais de Andrade Resende 69 Melão (Cucumis melo L. var. inodorus; var. cantalupensis) Sanzio Mollica Vidigal, Valter Rodrigues Oliveira, Maria Helena Tabim Mascarenhas, Juliana Carvalho Simões 70 Milho (Zea mays L.) Glauco Vieira Miranda, Izabel Cristina dos Santos, João Carlos Cardoso Galvão,Trazilbo José de Paula Júnior 71 Mirtilo (Vaccinum sp.) Emerson Dias Gonçalves, Angelo Albérico Alvarenga, Luiz Fernando de Oliveira da Silva, Pedro Henrique de Abreu Moura, Luis Eduardo Correa Antunes, Renato Trevisan, Rafael Pio, Paulo Márcio Norberto, Vanessa da Fontoura Custodio Monteiro 72 Mogno-africano (Khaya ivorensis A. Chev.) Flávio Pereira Silva, Maria das Dores David Silva, Eduarda Timponi Pereira Duarte Ferreira 73 Moranga-híbrida (Cucurbita maxima Duch. x Cucurbita moschata Duch.) Maria Helena Tabim Mascarenhas, Georgeton Soares Ribeiro Silveira, Valter Rodrigues Oliveira, Juliana Carvalho Simões, Leda Morais de Andrade Resende 74 Morango (Fragaria x ananassa Duch.) Mário Sérgio Carvalho Dias, João Batista Ribeiro da Silva Reis, Alniusa Maria de Jesus, Ariane Castricini, Antônio Cláudio Ferreira da Costa, Luciana Nogueira Londe, Dilermando Dourado Pacheco 75 Noz macadâmia (Macadamia spp.) Gerival Vieira, Ernani Luiz Agnes 76 Oliveira (Olea europaea L.) Adelson Francisco de Oliveira, Luiz Fernando de Oliveira da Silva 77 Orquídeas

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Affonso Henrique Lima Zuin, Sabrina Aparecida Pinto, Virginia Silva Carvalho, Gizella Machado Ventura 78 Palma-forrageira (Opuntia ficus-indica Mill.) Polyanna Mara de Oliveira, Djalma Cordeiro dos Santos, Sérgio Luiz Rodrigues Donato, Wânia dos Santos Neves, João Batista Ribeiro da Silva Reis, Maria da Conceição Silva, Luciana Nogueira Londe 79 Pepino (Cucumis sativus L.) Maria Helena Tabim Mascarenhas, Georgeton Soares Ribeiro Silveira, Valter Rodrigues Oliveira, Juliana Carvalho Simões, Leda Morais de Andrade Resende 80 Pêssego, nectarina e ameixa (Prunus spp.) Ângelo Albérico Alvarenga, Paulo Márcio Norberto, Vicente Luiz de Carvalho, Rogério Antônio Silva, Rodrigo Luz Cunha, Lenira Viana Costa Santa-Cecília, Emerson Dias Gonçalves, Válter José da Silva 81 Pimenta (Capsicum spp.) Cleide Maria Ferreira Pinto, Cláudia Lúcia de Oliveira Pinto, Fabiano Ricardo Brunele Caliman, Gisele Rodrigues Moreira, Madelaine Venzon, Wânia dos Santos Neves, Michele Lopes Pereira 82 Pimenta-do-reino (Piper nigrum L.) Cleide Maria Ferreira Pinto, Genaína Aparecida de Souza, Cláudia Lúcia de Oliveira Pinto, Juliana Andrea Martinez Chiguachi, Wânia dos Santos Neves, Laércio Zambolim 83 Pimentão (Capsicum annuum L.) Cleide Maria Ferreira Pinto, Sanzio Molica Vidigal, Gisele Rodrigues Moreira, Fabiano Ricardo Brunele Caliman, Madelaine Venzon, Marcelo Coutinho Picanço, Wânia dos Santos Neves 84 Pitaia (Hylocereus spp. e Selenecereus spp.) José Darlan Ramos, Verônica Andrade dos Santos, Fábio Oseias dos Reis Silva, Leonardo Pereira da Silva Brito, Ellison Rosario de Oliveira, Miriã Cristina Pereira Fagundes 85 Plantas aromáticas Maira Christina Marques Fonseca, Andréia Fonseca Silva, Marinalva Woods Pedrosa, Viviane Modesto Arruda, Pedro Melillo de Magalhães, Elen Sonia Duarte, Rosana Gonçalves Rodrigues das Dores 86 Plantas medicinais Maira Christina Marques Fonseca, Andréia Fonseca Silva, Glyn Mara Figueira, Ilio Montanari Junior, Cintia Armond, Franceli Silva, Ernane Ronie Martins 87 Pupunha (Bactris gasipaes Kunth) Marcus Raphael Alves de Lima Neto, José Roberto Moro 88 Quiabo (Abelmoschus esculentus L.) Marcelo Barreto da Silva, Carlos Roberto Costa, Alexandre Sylvio Vieira da Costa, Lusinério Prezotti 89 Rabanete (Raphanus sativus L.) Sanzio Mollica Vidigal, Marinalva Woods Pedrosa 90 Repolho (Brassica oleracea L. var. capitata L.) Sanzio Mollica Vidigal, Paulo Roberto Gomes Pereira, Marinalva Woods Pedrosa 91 Rosa (Rosa spp.) Lívia Mendes de Carvalho, Elka Fabiana Aparecida Almeida, Simone Novaes Reis, Izabel Cristina dos Santos 92 Rúcula (Eruca sativa L.) Maria Aparecida Nogueira Sediyama, Elem Fialho Martins, Cláudia Lúcia de Oliveira Pinto 93 Salsa (Petroselinum sativum Hoffm.), salsa-crespa (P. crispum (Miller) A.W. Miller) Cleide Maria Ferreira Pinto, Cláudia Lúcia de Oliveira Pinto, Genaína Aparecida de Souza, Wânia dos Santos Neves, Fernanda Pereira Andrade 94 Seringueira (Hevea spp.) Antônio de Pádua Alvarenga, Genaína Aparecida de Souza 95 Soja (Glycine max L.) Ana Cristina Pinto Juhász, Gilda Pizzolante de Pádua, João Batista Ribeiro da Silva Reis, José Mauro Valente Paes, Hudson Teixeira, Edson Hirose, João Chrisóstomo Pedroso Neto, Fábio Aurélio Dias Martins, Maurício Antônio de Oliveira Coelho 96 Sorgo (Sorghum bicolor L.) Carlos Juliano Brant Albuquerque, Adriano de Souza Guimarães, Cícero Beserra de Menezes, José Avelino Santos Rodrigues, Raphael Augusto da Costa Parrella, Rogério Soares de Freitas, Evandro de Abreu Fernandes, Diego Vicente da Costa 97 Taro (Colocasia esculenta (L.) Schott) Mário Puiatti, Francisco Hevilásio Freire Pereira 98 Tomate (Solanum lycopersicum L.) Fábio Teixeira Delazari, Derly José Henriques da Silva, Eduardo Seiti Gomide Mizubuti, Marcelo Coutinho Picanço 99 Trigo (Triticum aestivum L.) Maurício Antônio de Oliveira Coelho, Vanoli Fronza, Joaquim Soares Sobrinho, Paulo Roberto Valle da Silva Pereira, Alberto Luiz Marsaro Júnior, Douglas Lau 100 Urucum (Bixa orellana L.) Flávio Pereira Silva, Marcelo de Freitas Ribeiro 101 Uva (Vitis spp.) Murillo de Albuquerque Regina, Claudia Rita de Souza, Renata Vieira da Mota, Isabela Peregrino, Frederico Alcântara Novelli Dias, Rodrigo Meirelles de Azevedo Pimentel Referências Bibliografia consultada

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APRESENTAÇÃO Após o imenso sucesso do livro “101 Culturas - Manual de Tecnologias Agrícolas”, lançado pela EPAMIG em 2007, temos o prazer de disponibilizar ao estado de Minas Gerais e a todo o Brasil a segunda edição desta grande obra, como parte das comemorações dos 45 anos da EPAMIG. Este livro reúne, em um único volume, as informações tecnológicas mais relevantes para 101 espécies agrícolas, fruto de pesquisas realizadas na EPAMIG e em várias instituições de pesquisa e ensino do Estado e do País. Como na primeira edição, esta também foi coordenada por pesquisadores da EPAMIG. Os autores convidados para escrever os capítulos são pesquisadores e professores de várias instituições de pesquisa agrícola não só de Minas Gerais, mas também de outros Estados, com ênfase na participação, em cada capítulo, de equipes multi-institucionais e interdisciplinares. Nos 101 capítulos do livro, procura-se despertar o interesse do leitor para que a publicação seja uma fonte permanente de consultas. São enfatizados aspectos relevantes, como a importância econômica da cultura, as exigências climáticas, as épocas mais adequadas de plantio, as cultivares disponíveis, a produção de sementes ou mudas, o espaçamento e a densidade de plantio, o preparo do solo, as operações de calagem e de adubação, a irrigação, o controle de plantas espontâneas, pragas e doenças, a colheita e a comercialização. A EPAMIG apresenta com muito orgulho esta segunda edição do “101 Culturas”, na certeza de que, mais uma vez, este livro tornar-se-á referência como fonte de recomendações práticas e atualizadas para agricultores, técnicos, extensionistas, pesquisadores, professores e estudantes. Como uma das instituições vinculadas à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (SEAPA), juntamente com a EMATER-MG e o IMA, a EPAMIG, com o lançamento desta obra, contribui para a apresentação de soluções tecnológicas para o desenvolvimento sustentável da agropecuária. Nilda de Fátima Ferreira Soares Presidente da EPAMIG

CARMO, C.A.S. do; FORNAZIER, M.J.; COSTA, H.; PREZOTTI, L.C.; ABAURRE, M.E.O; BALBINO, J.M. de S.; MARTINS, D.S.; VENTURA, J.A.; MARTINS, A.G. Gengibre (Zingiber officinale Roscoe) In: PAULA Junior, T.J.; VENZON, M. 101 Culturas: Manual de tecnologias agrícolas. 2.ed rev. e atual., Belo Horizonte: EPAMIG, 2019. p.423-432. (ISBN: 978-85-99764-42-8).

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Gengibre (Zingiber officinale Roscoe) 423

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Carlos Alberto Simões do Carmo, Maurício José Fornazier, Hélcio Costa, Luiz Carlos Prezotti, Maria Elizabete Oliveira Abaurre, José Mauro de Sousa Balbino, David dos Santos Martins,

José Aires Ventura, André Guarçoni MartinsC

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O gengibre é planta herbácea perene e o

rizoma é a parte comercializada. É usado na ali-

mentação e na indústria, como matéria-prima

para fabricação de bebidas, perfumes, produtos

de confeitaria ou medicamento, principalmente

na medicina popular. Existem várias espécies

comestíveis de gengibre que diferem pelo as-

pecto fenotípico, aroma, rendimento, conteúdo

de fibras e óleos.O incremento do consumo interno e

das exportações estão colaborando para o

crescimento da área plantada e rentabilidade

da cultura no Brasil. Todavia, a escassez de

informações técnicas tem levado o agricultor

ao manejo inadequado e ao baixo rendimento

da cultura na Região Sul do país e no Estado

do Espírito Santo.

Com a expansão dos cultivos, há ne-

cessidade de informações tecnológicas como

melhoria na nutrição, manejo das pragas e

patógenos, melhoria no sistema de produção

e manejo pós-colheita, visando obter o pa-

drão de qualidade de rizomas que atenda às

expectativas dos mercados e agregue valor à

produção.

ÉPOCA DE PLANTIO

O gengibre adapta-se a climas quentes

e úmidos, tropical e subtropical, temperaturas

variando de 25 °C a 30 °C e precipitação anual

em torno de 1.500 mm. Em razão disso, no Es-

pírito Santo, a cultura do gengibre é implantada

de agosto a outubro, sendo setembro o mais

recomendado. Plantios antecipados aumen-

tam o custo de produção e os tardios reduzem

o rendimento da cultura. A planta alcança a

maturidade em junho-julho, independente

da época de plantio. No Estado do Paraná, o

plantio se concentra de agosto a outubro e no

Ceará, de outubro a dezembro.

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CULTIVARES

O caule do gengibre é rizoma alongado,

com coloração do amarelo ao marrom, um

pouco achatado e ramos fragmentados irregu-

larmente e tamanho variando de 3 a 16 cm de

comprimento, 3 a 4 cm de largura e 2 cm de

espessura, com terminações conhecidas como

“dedos”. O amido é o principal constituinte do

córtex e do cilindro central.

As variedades de gengibre mais cultiva-

das no Brasil são Gigante Chinesa (Blue green

ginger) e Japonesa (Yellow ginger). Na Região

Sul são utilizadas as variedades Havaiana,

Jamaicana, Takahashi e IAC. No Estado do

Espírito Santo, a variedade mais cultivada

é a Gigante, pela produtividade, aspecto co-

mercial dos rizomas e aceitação no mercado

internacional.

PRODUÇÃO DE MUDAS

O gengibre é propagado vegetativamente

com partes do rizoma. É fundamental que o

material propagativo venha de lavouras sadias,

isentas de pragas e doenças e que seja retirado

de rizomas não lavados e expostos ao sol. Deve

pesar entre 80 e 120 g, ter três a cinco brotos,

ser quebrado do rizoma principal e selecionado

por tamanho. Deve ser armazenado por dois ou

três dias para cicatrização das partes rompidas.

PREPARO DO SOLO

Os rizomas se desenvolvem melhor em

solos de textura argilo-arenosa, bem drenados,

de elevada fertilidade e ricos em matéria or-

gânica. Solos argilosos e compactados podem

deformar os rizomas.

A área deve ser preparada em períodos

de menor incidência de chuvas para se evitar

impacto ambiental; os sulcos de plantio devem

estar em curva de nível, com declives entre

0,5% e 1,0%.

Para uma agricultura sustentável é neces-

sária a utilização de técnicas que possibilitem

a melhoria das condições físicas e químicas

do solo. A adoção de práticas de controle da

erosão é indispensável para a manutenção da

camada superficial do solo (horizonte A) que

contém os maiores teores de matéria orgânica e

nutrientes e a capacidade produtiva. O plantio

em curva de nível, a manutenção de faixas de

vegetação a cada 20 m e o controle das lâminas

de irrigação reduzem o escorrimento superficial

e evitam a erosão.

ESPAÇAMENTO E DENSIDADE DE PLANTIO

O espaçamento de plantio varia de 0,90 a

1,20 m entre linhas e de 0,20 m a 0,25 m entre

plantas. Os sulcos devem ter 20 cm de profun-

didade e as mudas devem ser distribuídas no

sentido longitudinal do sulco e cobertas com

10 cm de terra. A muda deve ser colocada na

encosta superior do sulco em terrenos decli-

vosos para facilitar as amontoas e possibilitar

o desenvolvimento dos rizomas na camada de

maior disponibilidade de terra.

CALAGEM E ADUBAÇÃO

É necessário o conhecimento da fertili-

dade do solo para que as boas práticas de

nutrição sejam aplicadas, pois os desequilí-

brios influenciam a produtividade da lavoura,

provocam o desenvolvimento de doenças e de

distúrbios fisiológicos que desvalorizam os

rizomas. Com a análise de solo e a demanda

da cultura, é possível estimar as quantidades

de nutrientes a serem suplementadas para ob-

tenção de maiores produtividades.

A calagem objetiva elevar o pH do solo,

neutralizar o alumínio tóxico e elevar os teores

de bases, como cálcio e magnésio. A calagem

para a cultura do gengibre tem importância

adicional, pois previne o distúrbio fisiológico

denominado “jacaré”, relacionado a rachaduras

na película do rizoma. Esse distúrbio é mais co-

mum em solos de menor retenção de umidade

e baixo teor de cálcio. Quando mais de 20% da

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Gengibre (Zingiber officinale Roscoe) 425

101 Culturas - EPAMIG101 Culturas - EPAMIG

área do rizoma é afetada, o produto é destinado

ao mercado interno para consumo in natura e

para indústrias farmacêuticas, de condimentos

e cosméticos. Mudas com sintomas acentuados

desse distúrbio possuem baixa brotação e são

descartadas. Uma das formas de se estimar a

adubação de plantio é pelo uso das recomen-

dações conforme Quadro 1.

A adubação fosfatada deve ser aplicada

70% no plantio e 30% na segunda amontoa.

Recomendam-se de 30 a 50 kg/ha de N e 80 a

100 kg/ha de K2O em cada uma das três amon-

toas.

A adubação orgânica é indispensável

em razão do diferencial de crescimento que

proporciona, principalmente em solos com

teores de matéria orgânica inferior a 3 dag/kg.

Os benefícios são atribuídos à liberação gra-

dativa de nutrientes e estruturação do solo,

favorecendo o crescimento do sistema radicu-

lar. Entretanto, é necessário efetuar os cálculos

com base na quantidade que será aplicada e no

teor de nutriente do adubo orgânico. As doses

de adubos orgânicos variam de 20 a 30 t/ha no

plantio e essa dose deve ser repetida nas duas

primeiras amontoas. Deve possuir relação C/N

próxima ou inferior a 20, ser incorporado ao

solo antes do plantio e distribuído de 10 a 15

dias antes das amontoas e no meio das linhas,

para evitar danos às plantas.

Em solos com baixos teores de boro e

zinco, recomenda-se aplicar 3 kg/ha de B e

5 kg/ha de Zn. É recomendado utilizar formas

de liberação lenta dos nutrientes, como com-

postos silicatados de micronutrientes. Sugere-

se aplicar 8 g desses compostos/m de sulco.

O nitrogênio é o elemento extraído em

maior quantidade pela cultura do gengibre.

Os sintomas de deficiência surgem nas folhas

mais velhas, inicialmente com coloração ver-

de-pálida, e progridem para amarelecimento

de todo o limbo foliar. Deficiência e excesso

de N são prejudiciais à planta e aplicações

acima da exigência da cultura induzem ao

estiolamento, maior suscetibilidade a pragas,

maior desenvolvimento da parte aérea e menor

formação de raízes.

O fosforo, além de melhorar o aspecto

visual dos rizomas, proporciona acentuado

aumento de produtividade quando aplicado

na dose requerida. Para atender a demanda da

planta, é necessário elevar as doses em solos

argilosos. Solos arenosos facilitam a absorção

pelas plantas e, nesse caso, as doses podem

ser menores. Deve-se dar preferência para a

aplicação de adubos fosfatados nas covas ou

sulcos e na forma granulada.

O potássio é o segundo nutriente mais

extraído pelo gengibre; entretanto, os sintomas

de deficiência são pouco frequentes. Recomen-

da-se seu parcelamento, com parte no plantio e

o restante nas adubações em cobertura.

IRRIGAÇÃO

A planta de gengibre necessita do forne-

cimento regular de água durante todo o ciclo

QUADRO 1 - Recomendação de adubação de plantio para a cultura do gengibre

Fósforo(1)

Potássio(1)

Baixo Médio Alto

kg/ha de N – P2O5 – K2O

Baixo 20-400-40 20-400-30 20-400-20

Médio 20-300-40 20-300-30 20-300-20

Alto 20-200-40 20-200-30 20-200-20

(1) Teor apresentado na análise de solo.

101 Culturas.indb 425 02/09/2019 15:37:34

Page 10: Livro 101 Culturas:Manual de tecnologias agrícolas R$ 125,00€¦ · Joaquim Gonçalves de Pádua, Hugo Adelande de Mesquita, Miralda Bueno de Paula, Vicente Luiz de Carvalho, Paulo

Carmo, C.A.S. et al.426

49 G

engi

bre

101 Culturas - EPAMIG101 Culturas - EPAMIG

vegetativo, sendo necessárias irrigações perió-

dicas. Entretanto, o solo não deve permanecer

encharcado para evitar o apodrecimento dos

rizomas. Os sistemas de irrigação por infiltra-

ção ou localizada são os mais recomendados,

porém o mais utilizado tem sido a aspersão.

PLANTAS ESPONTÂNEAS

A primeira capina do gengibre deve

ocorrer entre 40 e 60 dias após o plantio

(DAP), quando também é realizada a primeira

amontoa. As demais amontoas são realizadas

aos 90-110 DAP, 120-150 DAP e 180 DAP. Nor-

malmente são realizadas manualmente com

enxadão, retirando-se a terra da parte inferior

do camalhão, jogando-a para cima da linha de

plantio. Visam facilitar o desenvolvimento das

raízes, proteger os rizomas dos raios solares e

evitar perda de solo por processos erosivos.

Devem ser realizadas com solo úmido para

maior facilidade e eficiência na operação. Re-

comenda-se prévia vistoria na lavoura antes

da amontoa para identificar e erradicar plantas

contaminadas por fungos de solos, bactérias e

nematoides. Os locais dessas contaminações

devem ser bem identificados e a amontoa rea-

lizada posteriormente.

PRAGAS E DOENÇAS

Um dos grandes desafios da cultura do

gengibre é a carência de informações sobre

pragas e doenças da cultura e as consequentes

incertezas para a tomada de decisão quanto às

medidas de controle. No Quadro 2 será apre-

sentada a descrição e a biologia dos insetos

associados à cultura.

Na literatura, encontram-se relacionadas

diversas pragas do gengibre que ocorrem em

diferentes países produtores, como Austrália,

Brasil, China, Egito, Estados Unidos, Índia e

Nigéria, entre outros. Vários insetos presentes

nas regiões brasileiras, apesar de ainda não

terem sido reportados oficialmente atacando

a cultura do gengibre, são relatados causando

prejuízos em outros países. Além disso, exis-

tem insetos-praga considerados polífagos que

podem se adaptar a cultura do gengibre. Assim,

em razão do seu potencial são apresentadas as

seguintes pragas potenciais:

a) Tripes - Thrips tabaci (Lindeman,

1889) - Thysanoptera: Thripidae;

b) Pulgão - Pentalonia nigronervosa

(Coquerel, 1859) - Hemiptera:

Aphididae;

c) Cochonilha-do-rizoma – Aspidiella

hartii (Cockerell, 1895) - Hemiptera:

Diaspididae;

d) Cochonilha-do-coqueiro - Aspidiotus

destructor (Signoret, 1869) - Hemiptera:

Diaspididae;

e) Larva-arame - Conoderus scalaris

(Germar, 1824) - Coleoptera: Elateridae;

f) Vaquinhas - Cerotoma sp.; Diabrotica

speciosa (Germar, 1824) - Coleoptera:

Chrysomelidae;

g) Besouro-do-fumo - Lasioderma

serr icorne (Fabricius, 1792) -

Coleoptera: Anobiidae;

h) Besouro - Tenebroides mauritanicus

(L., 1758) - Coleoptera: Trogossitidae;

i) Caruncho-das-tulhas - Araecerus

fasciculatus (DeGeer, 1775) -

Coleoptera: Anthribidae;

j) Besouro - Stegobium paniceum (Lin-

naeus, 1758) - Coleoptera: Anobiidae;

k) Traça - Anagasta kuehniella (Zeller,

1879) - Lepidoptera: Pyralidae;

l) Traça-dos-brotos – Conogethes

punctiferalis (Guenee, 1854) - Lepidoptera:

Crambidae.

Embora considerada planta rústica, o

gengibre pode apresentar diversas doenças,

tanto no campo quanto em pós-colheita (Qua-

dro 3). Os maiores prejuízos econômicos são

causados por patógenos de solo, que provocam

101 Culturas.indb 426 02/09/2019 15:37:34

Page 11: Livro 101 Culturas:Manual de tecnologias agrícolas R$ 125,00€¦ · Joaquim Gonçalves de Pádua, Hugo Adelande de Mesquita, Miralda Bueno de Paula, Vicente Luiz de Carvalho, Paulo

49 G

engi

bre

Gengibre (Zingiber officinale Roscoe) 427

101 Culturas - EPAMIG101 Culturas - EPAMIG

QU

AD

RO

2 -

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Stei

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pre

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1852

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a

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dan

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bre.

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tin

ua)

101 Culturas.indb 427 02/09/2019 15:37:34

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Carmo, C.A.S. et al.428

49 G

engi

bre

101 Culturas - EPAMIG101 Culturas - EPAMIG

Mos

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enos

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frio

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i m

ais

de

300

esp

écie

s d

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ros,

in

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gibr

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ouro

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ibol

ium

cas

tan

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erbs

t, 1

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ra:

Ten

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Bes

ouro

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ho-

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mel

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trad

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índ

rica

s, c

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com

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azen

amen

to.

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ltip

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elos

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rin

has

, fu

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grã

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rad

os, d

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tuos

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or o

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as p

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São

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cip

al-

men

te,

ond

e h

á co

nce

ntr

ação

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imp

ure

zas,

p

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s aq

uec

idos

, p

ó e

pro

du

tos

em d

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-p

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ão.

As

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e d

esin

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das

par

tes

vege

tais

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amen

to s

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fun

dam

enta

is p

ara

red

uzi

r d

anos

. É

fu

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amen

tal

o cu

idad

o co

m p

roxi

-m

idad

e d

e lo

cais

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amen

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roce

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ento

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grão

s p

ela

infe

staç

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ruza

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Arm

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amen

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ibu

i p

ara

dim

i-n

uiç

ão d

as p

erd

as

Prag

asD

escr

ição

Dan

os e

sin

tom

atol

ogia

do

ataq

ue

Med

idas

de

con

trol

e(con

clu

são)

101 Culturas.indb 428 02/09/2019 15:37:34

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49 G

engi

bre

Gengibre (Zingiber officinale Roscoe) 429

101 Culturas - EPAMIG101 Culturas - EPAMIG

QU

AD

RO

3 -

Pri

nci

pai

s d

oen

ças

do

gen

gibr

e, p

atóg

enos

cau

sad

ores

, des

criç

ão, s

obre

vivê

nci

a e

mei

o d

e d

isse

min

ação

, con

diç

ões

favo

ráve

is e

med

idas

de

con

trol

e

Doe

nça

s(p

atóg

enos

)D

escr

ição

Sob

revi

vên

cia

Mei

o d

e d

isse

min

ação

Con

diç

ões

favo

ráve

isM

edid

as d

e co

ntr

ole

Man

cha-

da-

folh

a ou

d

e Fi

lost

icta

(P

hyl

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icta

zi

ngi

beri

)

Oco

rre

de

man

eira

gen

eral

izad

a n

as

lavo

ura

s d

e ge

ngi

bre.

As

folh

as in

fec-

tad

as a

pre

sen

tam

peq

uen

as le

sões

de

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ato

alon

gad

o e

colo

raçã

o br

anca

. C

om o

des

envo

lvim

ento

da

doe

nça

, as

les

ões

se t

orn

am n

ecró

tica

s e

se

form

am p

icn

ídio

s.

O

fun

go

sobr

eviv

e n

os

rest

os c

ult

ura

is.

Oco

rre,

pri

nci

pal

men

-te

, p

or

resp

ingo

s d

e ág

ua

de

chu

va o

u i

r-ri

gaçã

o

Tem

per

atu

ras

de

19 °

C-

22

°C,

exce

sso

de

ni-

trog

ênio

, el

evad

a in

so-

laçã

o e

alta

u

mid

ade

rela

tiva

do

ar.

A m

aior

se

veri

dad

e oc

orre

em

n

ov

emb

ro-d

ezem

bro

, em

per

íod

os c

hu

voso

s.

Uti

liza

ção

de

mu

das

sad

ias,

ro-

taçã

o d

e cu

ltu

ras,

irr

igaç

ão p

or

gote

jam

ento

ou

mic

ro a

sper

são

e cu

ltiv

o so

b so

mbr

ite,

em

per

íod

os

de

elev

ada

inso

laçã

o.

Eli

min

ar

rest

os d

e cu

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ras

e so

quei

ras

re-

man

esce

nte

s qu

e p

ossi

bili

tam

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brev

ivên

cia

do

pat

ógen

o.

Mu

rch

a-d

e-Fu

sari

um

(F

usa

riu

m o

xysp

oru

m

f.sp

. zin

gibe

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Ap

odre

cim

ento

nos

riz

omas

e o

fu

n-

go a

pre

sen

ta e

stru

tura

s d

e re

sist

ên-

cia

que

sobr

eviv

em n

o so

lo p

or v

á-ri

os a

nos

. O

s si

nto

mas

in

icia

m c

om

amar

elec

imen

to d

as f

olh

as i

nfe

rior

es

e p

oste

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mu

rch

a to

tal

da

pla

nta

; es

cure

cim

ento

vas

cula

r e

ocor

rên

cia

de

mic

élio

bra

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nos

riz

omas

, p

o-d

end

o oc

orre

r p

odri

dão

tot

al.

A

dis

sem

inaç

ão

do

fun

go

pod

e oc

orre

r p

or

mei

o d

e im

ple

-m

ento

s ag

ríco

las,

águ

a d

e ir

riga

ção

e m

ud

as

infe

ctad

as.

Tem

per

atu

ras

de

24 °

C-

28 °

C,

pH

do

solo

5,5

-6,

0, e

stre

sse

híd

rico

e

solo

s co

m b

aixo

teo

r d

e m

atér

ia o

rgân

ica.

Uti

liza

ção

de

mu

das

sad

ias,

rot

a-çã

o co

m g

ram

ínea

s (e

.g. m

ilh

o ou

p

asta

gen

s) e

inte

graç

ão d

o cu

ltiv

o m

ínim

o, p

rin

cip

alm

ente

com

bai

-xo

inóc

ulo

no

solo

. É fu

nd

amen

tal

que

se e

lim

ine

pla

nta

s in

fect

adas

(r

ogu

ing)

e

ente

rran

do-

as

lon

ge

das

áre

as d

e cu

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o.

Mu

rch

a-d

e-Sc

lero

tiu

m

(Scl

erot

ium

rol

fsii

)

Fun

go d

e so

lo q

ue

ocor

re e

m c

amp

o e

pós

-col

hei

ta. S

eus

sin

tom

as s

ão p

o-d

rid

ão d

o ri

zom

a co

m p

oste

rior

for

-m

ação

de

escl

eród

ios.

Ess

e fu

ngo

sob

revi

ve p

or

mei

o d

os

escl

eród

ios

e em

div

erso

s h

osp

edei

ros

alte

rnat

ivos

, se

nd

o m

ui-

to

com

um

a

ocor

rên

cia

na

cult

ura

do

feij

ão.

A

con

tam

inaç

ão

do

solo

e

da

pla

nta

se

d

á p

or

imp

lem

ento

s ag

ríco

las,

águ

a d

e ir

-ri

gaçã

o e

mu

das

infe

c-ta

das

.

Uso

de

solo

mu

ito

cul-

tiva

do,

te

mp

erat

ura

s d

e 20

°C

-24

°C, e

xces

so

de

adu

bos

nit

roge

na-

dos

e e

leva

da

um

idad

e d

o so

lo.

Pod

rid

ão-d

e-R

osel

inia

(R

osel

lin

ia

sp.)

Pató

gen

o h

abit

ante

d

o so

lo

e se

us

sin

tom

as n

os r

izom

as s

ão f

orm

ação

d

e cr

esci

men

to m

icel

ial d

e co

lora

ção

bran

ca q

ue

se t

orn

a p

ard

o-n

egra

; o

sin

tom

a m

ais

cara

cter

ísti

co s

ão e

s-tr

ias

neg

ras

quan

do

se c

orta

o r

izo-

ma.

O f

un

go l

eva

à p

odri

dão

tot

al d

o ri

zom

a.

Sob

revi

ve n

os r

esto

s cu

l-tu

rais

e h

osp

edei

ros

al-

tern

ativ

os.

No

Esp

irit

o S

anto

oco

rre

em d

iver

sas

cult

ura

s, ta

is

com

o ba

tata

, ca

fé,

man

-d

ioqu

inh

a-sa

lsa

e ta

ro

Por

mei

o d

e m

ater

ial

pro

pag

ativ

o in

fect

ado

e im

ple

men

tos

agrí

-co

las.

Tem

per

atu

ras

de

14 °

C-

18 °

C,

solo

s co

m m

a-té

ria

orgâ

nic

a n

ão d

e-co

mp

osta

e p

H i

nfe

rior

a

5,5.

Man

ejo

do

solo

e m

anu

ten

ção

do

equ

ilíb

rio

nu

tric

ion

al.

Evi

tar

so-

los

com

ele

vad

a co

nce

ntr

ação

de

mat

éria

org

ânic

a n

ão d

ecom

pos

-ta

. R

eali

zar

rota

ção

de

cult

ura

s co

m g

ram

ínea

s e

uti

liza

r m

ater

ial

pro

pag

ativ

o sa

dio

.

(con

tin

ua)

101 Culturas.indb 429 02/09/2019 15:37:34

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Carmo, C.A.S. et al.430

49 G

engi

bre

101 Culturas - EPAMIG101 Culturas - EPAMIG

Pod

rid

ão f

ún

gica

d

os r

izom

as e

m p

ós-

colh

eita

(Fu

sari

um

sp

p.,

Scle

roti

um

sp

. e

Ros

elli

nia

sp

.).

No

Esp

írit

o S

anto

fo

ram

en

con

trad

os

tam

bém

: A

crem

oniu

m

mu

roru

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Acr

osta

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us

lute

oalb

us,

Fu

sari

um

oxy

spor

um

, La

siod

iplo

dia

theo

brom

a,

Scle

roti

um

rol

fsii

e

Fusa

riu

m s

p.

A

pod

rid

ão-m

ole

é co

nsi

der

ada

a p

rin

cip

al d

oen

ça d

os r

izom

as d

o ge

n-

gibr

e em

pós

-col

hei

ta e

ass

ocia

da

ao

cult

ivo

em s

olos

com

pac

tad

os e

com

ex

cess

o d

e u

mid

ade.

O r

izom

a ap

re-

sen

ta p

odri

dão

-mol

e e

odor

fét

ido

Man

ejo

inad

equ

ado

da

lavo

ura

, co

mo

uso

ex

cess

ivo

de

N

e d

os

pro

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os

de

ben

efi-

ciam

ento

, ti

pos

de

em-

bala

gen

s e

arm

azen

a-m

ento

inad

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ado,

qu

e p

rovo

cam

fe

rim

ento

s n

as

raíz

es.

Arm

aze-

nam

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em

loc

ais

de

elev

ada

tem

per

atu

ra e

p

ouca

ve

nti

laçã

o p

er-

mit

em c

ond

içõe

s fa

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ráve

is p

ara

o d

esen

vol-

vim

ento

dos

fu

ngo

s.

São

in

dic

adas

a r

otaç

ão d

e cu

ltu

-ra

s, a

du

baçã

o eq

uil

ibra

da

com

P e

C

a, l

imp

eza

sist

emát

ica

dos

equ

i-p

amen

tos

uti

liza

dos

n

os

trat

os

cult

ura

is e

col

hei

ta,

pre

ven

ção

a fe

rim

ento

s n

a co

lhei

ta e

ben

efi-

ciam

ento

, la

vage

m d

as r

aíze

s em

ág

ua

lim

pa

e co

rren

te,

seca

gem

pid

a e

arm

azen

amen

to e

m l

o-ca

is f

resc

os e

ven

tila

dos

.

Pod

rid

ão-m

ole

(Pec

toba

cter

ium

sp

p.)

.E

ntr

e as

bac

téri

as

asso

ciad

as à

s p

odri

dõe

s d

e p

ós-c

olh

eita

no

Esp

írit

o S

anto

, fo

ram

id

enti

fica

das

as

esp

écie

s E

nte

roba

cter

clo

acae

su

bsp

. clo

acae

e

Pseu

dom

onas

flu

ores

cen

s

A

pod

rid

ão-m

ole

é co

nsi

der

ada

a p

rin

cip

al

doe

nça

d

os

rizo

mas

d

o ge

ngi

bre

em p

ós-c

olh

eita

. O

riz

oma

apre

sen

ta p

odri

dão

-mol

e e

odor

fé-

tid

o.

Mat

eria

l p

rop

agat

ivo,

águ

a d

e ch

uva

e ir

riga

-çã

o. S

obre

vive

em

res

-to

s cu

ltu

rais

e n

os r

i-zo

mas

.

Tem

per

atu

ras

de

18 °

C-

22

°C.

Exc

esso

d

e N

. E

stá

asso

ciad

a ta

mbé

m

ao

cult

ivo

em

solo

s co

mp

acta

dos

e

com

al

ta

um

idad

e e

feri

-m

ento

s n

as r

aíze

s.

Evi

tar

solo

s en

char

cad

os,

rota

ção

de

cult

ura

s, a

du

baçã

o eq

uil

ibra

da

com

cál

cio

e co

ntr

ole

de

inse

tos

cau

sad

ores

de

feri

men

tos

nas

raí

-ze

s.

Nem

atoi

des

Mel

oido

gyn

e in

cogn

ita,

M.

hap

la, M

. are

nar

ia,

M. j

avan

ica,

Pr

atyl

ench

us

coffe

ae

e Sc

ute

llon

ema

brad

ys

Os

sin

tom

as m

ais

freq

uen

tes

da

pre

-se

nça

d

os

Nem

atoi

des

n

as

pla

nta

s sã

o d

efor

maç

ão d

os r

izom

as e

oco

r-rê

nci

a d

e le

sões

e r

ach

adu

ras

que

fa-

cili

tam

o a

par

ecim

ento

de

pod

rid

ões

cau

sad

as p

or f

un

gos

e ba

ctér

ias.

Sob

revi

vem

no

solo

, ri

-zo

mas

e

hos

ped

eiro

s al

tern

ativ

os

com

o m

an-

dio

quin

ha-

sals

a e

taro

im

por

tan

tes

oler

ícol

as

cult

ivad

as

nas

m

esm

as

regi

ões

do

gen

gibr

e.

Oco

rre

pri

nci

pal

men

-te

por

mu

das

con

tam

i-n

adas

, im

ple

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tos

agrí

cola

s e

águ

a d

e ch

uva

e i

rrig

ação

.

Sol

os a

ren

osos

e b

aixo

s te

ores

de

mat

éria

org

â-n

ica

pre

dis

põe

m a

su

a oc

orrê

nci

a e

des

envo

l-vi

men

to.

Com

o m

edid

a d

e m

anej

o re

co-

men

da-

se a

uti

liza

ção

de

mat

eria

l p

rop

agat

ivo

sad

io,

adiç

ão d

e m

a-té

ria

orgâ

nic

a ao

sol

o e

rota

ção

de

cult

ura

s co

m g

ram

ínea

s ou

pla

n-

tas

anta

gôn

icas

com

o cr

otal

ária

, m

ucu

na

e ta

gete

s.

Doe

nça

s(p

atóg

enos

)D

escr

ição

Sob

revi

vên

cia

Mei

o d

e d

isse

min

ação

Con

diç

ões

favo

ráve

isM

edid

as d

e co

ntr

ole

(con

clu

são)

101 Culturas.indb 430 02/09/2019 15:37:34

Page 15: Livro 101 Culturas:Manual de tecnologias agrícolas R$ 125,00€¦ · Joaquim Gonçalves de Pádua, Hugo Adelande de Mesquita, Miralda Bueno de Paula, Vicente Luiz de Carvalho, Paulo

49 G

engi

bre

Gengibre (Zingiber officinale Roscoe) 431

101 Culturas - EPAMIG101 Culturas - EPAMIG

desvalorização comercial das raízes além de

inviabilizarem o material propagativo para

novos plantios. O manejo adequado do gengibre

com uso de práticas como rotação de cultura,

utilização de mudas de qualidade e água de

irrigação livre de contaminantes, são medidas

fundamentais para o sucesso com a cultura,

uma vez que ainda são raros os agrotóxicos

registrados e indicados para utilização com

o seu cultivo. Para evitar maior disseminação

das doenças é recomendado o monitoramento

constante da lavoura, de modo a manter a

sustentabilidade do empreendimento nas di-

ferentes regiões produtoras.

COLHEITA E PÓS-COLHEITA

O ponto de colheita do gengibre é ca-

racterizado pela redução da planta, amareleci-

mento da folhagem e murcha dos brotos e das

flores. No Espírito Santo o ciclo vegetativo da

cultura é de cerca de 10 meses, na região sul é

entre 7 e 10 meses e no Nordeste é de 7 meses.

Recomenda-se roçar a parte aérea da

planta a 10-20 cm do solo, antes da colheita. Os

restos culturais são utilizados para proteger os

rizomas dos raios solares. Essa prática antecipa

a cicatrização do rizoma e evita ferimentos e

contaminações. Se a colheita se estender, deve-

se irrigar para manter o solo úmido e a planta

vegetando.

Utiliza-se a colheita manual com enxa-

dão devido à sensibilidade dos rizomas a danos

mecânicos e contaminações por patógenos. Os

rizomas colhidos devem ser colocados com

cuidado em caixas plásticas e transportados

de imediato para beneficiamento. O excesso

de terra deve ser eliminado ainda no campo,

facilitando a lavagem.

A lavagem e limpeza dos rizomas visa

melhorar o aspecto comercial do produto.

Nessa etapa, deve-se estar atento com o des-

tino da água residuária. Os resíduos devem

ser removidos e depositados em locais apro-

priados para evitar contaminação do solo e

da água. As raízes devem permanecer úmidas

até a lavagem com forte jato de água livre de

contaminantes.

A limpeza é realizada com instrumento

cortante e afiado para eliminar raízes, novas

brotações e manchas e danos mecânicos que

prejudiquem o aspecto comercial.

Para evitar possíveis contaminações por

patógenos nos produtos submetidos ao trans-

porte de longas distancias, recomenda-se que

logo após a limpeza seja realizada rápida imer-

são dos rizomas em calda contendo produtos

fitossanitários e à base de cálcio.

Problemas ambientais são constatados

na lavagem, devido à localização dos lavadores

em áreas de preservação permanente (APP) e

ao fato de a água utilizada, captada de riachos

e lagoas, ser imediatamente retornada ao mes-

mo ponto de captação. Se essa água apresentar

contaminação, pode prejudicar o solo e outros

cultivos a jusante. Recomenda-se a construção

de lavadores que atendam as normas ambien-

tais para o adequado destino aos resíduos só-

lidos. Efluentes gerados nesse tipo de lavador

são destinados a caixas de coleta interligadas e

bombeados para sumidouro. Em solos de tex-

tura mais argilosa, a água deve ser bombeada

para sumidouro com desnível mínimo de 6 m

da fonte de captação. Em solos mais arenosos,

o desnível deve ser de, no mínimo, 10 m.

Os rizomas devem ser distribuídos em

bancadas suspensas a céu aberto logo após a

limpeza, de preferência em locais cobertos e

arejados, protegidos de pássaros e roedores.

O período de secagem é determinado pelas

horas de sol, temperatura ambiente, umidade

relativa do ar e estágio de maturação do rizo-

ma, variando de 24 a 72 h. Os rizomas devem

ser embalados após estarem totalmente secos

e com cortes cicatrizados. Rizomas úmidos

predispõem a ocorrência de fungos que in-

101 Culturas.indb 431 02/09/2019 15:37:34

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Carmo, C.A.S. et al.432

49 G

engi

bre

101 Culturas - EPAMIG101 Culturas - EPAMIG

viabilizam a comercialização. Aqueles muito

secos perdem peso e acarretam prejuízo para

o agricultor.

Rizomas destinados à exportação são

classificados em quatro categorias: ‘Médio’,

‘Grande’, ‘Extragrande’ e ‘Mix’, este último

a mistura das três categorias, classificação

estabelecida como exigência dos países im-

portadores. O produto que não se enquadra

nesses padrões é destinado às indústrias e

ao mercado interno. Rizomas destinados à

exportação são embalados em caixas perso-

nalizadas de 13,6 kg e com identificação do

produtor e rastreabilidade do lote. O gengibre

é comercializado no mercado interno em cai-

xas tipo “K”, caixas plásticas, sacos telados

ou a granel.

O gengibre deve ser armazenado em gal-

pões cobertos, ventilados e isentos de insetos,

roedores e animais domésticos. As caixas de-

vem ficar sobre estrados e permanecer abertas

até o momento do transporte. Existe o comércio

de rizomas lavados e acondicionados em caixas

plásticas e os compradores classificam e emba-

lam em seus packing houses. O transporte das

caixas destinadas ao mercado internacional é

realizado diretamente da região produtora até

o destino final em contêineres refrigerados a

13 °C e umidade relativa de 90%.

101 Culturas.indb 432 02/09/2019 15:37:34